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Aniversariantes de Junho Dedo de Deus Transporte da Cabana à Sede do Parque Ivan, Aline, Elizete e Trindade no cume do Dedo de Deus Replantio na Urca Nicole e Dione no Etna Aniversariantes de Maio Julho/2009 - 100 exemplares - Boletim Informativo IMPRESSO CEG Mural CEG Família Ribeiro, em sua casa, no Grajaú. Sede do Clube por 10 anos Leia nesta edição: Rafting para Aquecer Para Cima todo Santo Ajuda www.guanabara.org.br JULHO/2009 programação JULHO D A TA Via / Local Graduação 4 Mutirão de Reflorestamento / Morro da Urca área do CEG 5 Pico dos Quatro / Pedra da Gávea Caminhada Semi Pesada 11 Garrafão / Agulha do Diabo / PNSO Caminhadas pesadas com Escalada 12 Mirante Simone / PNSO Caminhada leve superior 18 Peito de Pombo / Sana com artificial Caminhada pesada 18 Torres de Bonsucesso / Teresópolis/Friburgo 25 Festa Julina do CEG / Parque do Grajaú Guia Francisco Saraiva Caminhada Caliano Ivan Azevedo / Ricardo Penna Schmidt Ivan e Trindade Mario Senna / Francisco Saraiva Nicole e Dione aniversariantes do mês Os locais e horários de encontro são combinados nas quintas-feiras anteriores às excursões. Procure o guia responsável nas reuniões sociais, ou ligue para o clube quinta-feira à noite: Tel.: 3285-8653 2 1 1 2 2 4 4 4 4 5 5 6 6 6 7 7 7 7 9 9 9 9 9 9 10 11 12 12 12 13 13 Maria Helena Aguiar Fantinati Marly Ferrari Laviola Adriana Santos da Rocha Loures Walmir Leite de Barros Eliel França Gomes Jana Menezes Assad José Benito Rodrigues Quintas Mônica Ferreira Dias Lucia Rebello Concentino Yolanda Soares Alves Carlos Leal Ferreira Cooper Lucy Felix Garrana Luiz Soares da Costa Antônio Pamplona Figueiredo Junior Igor Devulksky Prata Janir Rosa Solange Maria Figueirêdo Ecy Pontes de Carvalho Junior Gian Shimada Brotto José Emiliano Starosky Luiz Fernando Martins Ribeiro Paulo Monteiro Machado Sérgio Pedro Quinteiro Zoéga Márcio Marrocos de Araújo Maria Dayse de Macedo Daniel dos Santos Borges José Reginaldi Dante Marcelo Eduardo de Oliveira Bruno Rossini Montebello Celso Cardeman 13 14 15 15 15 16 16 17 17 18 19 19 20 20 23 24 25 26 26 26 26 26 27 27 27 27 29 29 30 Cheila Maria Dantas Coutinho Alice Aparecida Camargo Giselle Benevento do Valle Márcia M. Arroyo Cruz Myriam Mota Fabio Francisco N. de Medeiros José Coelho Filho Angela de Carvalho Mattos Rafael Cunha Marini Vera Lucia de Araújo Borges Ana Lúcia Freitas da Silva Ruth Menezes da Costa Adalberto José da Silva Britto Daniela Silva Santos Alex Elizeu Cardoso Alexandre Guimarães Fernandes Cléber José Padinha Luz Ana Maria de Araújo David Simpson João Carlos de Souza Marques Moacyr dos Reis Abreu Paula Gabriela Santos Freitas Beatriz Helena Fegueira da Silva Claudia Rodrigues Arnaud Marcelo Brito Vieira Rosana Giordani Cesar Adauto Gonçalves Torres Conchita Garcez Kaleche Pan Elizete Ignácio dos Santos Vencendo nossos obstáculos juntos para chegarmos juntos ao topo, ou no melhor lugar, para ver uma linda paisagem. Roberto - Completando a Valeria, hoje moramos em Houston, Texas, lugar plano como panqueca e as únicas elevações próximas são os viadutos... CEG - O que diria sobre o Guanabara de ontem e o de hoje? Valeria - Conheci muita gente boa, pessoas que são “patrimônio do Guanabara”. Sempre que tenho oportunidade indico o Guanabara. Tenho medo de escrever os nomes dos amigos daquela época: esquecer alguém seria injusto. Tenho saudades dos bons momentos, saudades das Festas!!!!!! Afinal eu fui diretora Social e descobri que tenho talento pra isso. Roberto - Existe isso? Às vezes, vendo os emails trocados entre os amigos, parece que nada mudou, digo, a essência, a preocupação com a natureza, segurança, amizade, atividades, festas... Isso parece que sempre existiu e sempre existirá. Há fases altas e baixas, mas aquela cobertura miudinha no Centro do Rio parece que tem um borogodó muito legal! CEG - Que mensagem deixaria aos futuros guanabarinos, após 50 anos de existência do Clube? Valeria - Novas ideias, antigos ideais.... Roberto - Jamais deixem de celebrar a vida após uma atividade!! Seja com champanhe, skol, garapinha de alambique de beira de estrada ou com a bebida mais doce, a água fresca de um riacho limpinho!!! Tabela de PPreços reços Mensalidade*: Mensalidade - casal*: Matrícula ou Descongelamento: Curso Básico de Montanhismo: Curso Avançado de Escalada: R$ 20,00 R$ 33,00 R$ 60,00 R$ 450,00 R$ 240,00 *Veja no clube, preços especiais para anuidade Expediente Diretoria P r e s i d e n t e Flavio Peixoto Vice Presidente Roberto Schmidt Te s o u r e i r o Luiz Alberto Correia Secretaria Geral Ana Lúcia Andrade Raphael Gouy Diretor Técnico Boris Flegr Diretor Social Dione Conde Nicole Ingouville Dir Dir.. Meio Ambiente Francisco Saraiva Diretor Divulgação Carla Vieira Conselho Fiscal Efetivo Carlos Trindade José Emiliano Starosky José Ivan Azevedo Suplente Irini Petro Rodolfo Campos Suelly Ribeiro Colaboraram nesta edição: Textos: Aline Almeida, Elizete Ignácio, Nicole Ingouville, Roberto Schmidt e Rosangela de Castro Fotos: Alexandre de Souza, Carlos Trindade, Dione Conde, Rosangela de Castro, Suelly Ribeiro e Waldecy Lucena Edição e Diagramação: Carla Vieira Reuniões Sociais do CEG Todas as quintas-feiras, a partir das 19h. Caso queira contribuir com esse boletim, envie seus artigos, notícias, comentários e sugestões ashington LLuiz, uiz, 9 - cobertura para R ua W Washington Rio de Janeiro - RJ - Cep 20230-020 ou por e-mail: [email protected] Tel.: 3285-8653 As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição oficial do Centro Excursionista Guanabara. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto àqueles que queiram 11 www.guanabara.org.br JULHO/2009 história do guanabara O ano era 1986. Em uma caminhada ao Costão da Urca, pelo clube Carioca, Roberto de Albuquerque da Silveira Lobo (sócio 560) conheceu o Centro Excursionista Guanabara. A quantidade de caminhadas, somada a descontração e ao clima informal fez com que Roberto, hoje casado com a também sócia Valeria Malaquias Coelho Matias (sócia 603), começasse a freqüentar o CEG. Conheça um pouco da história do casal que atualmente mora no Texas, mas que no mês de julho está em visita ao Brasil. CEG - Como soube da existência do Guanabara? Roberto - Soube do mesmo quando fiz um Curso Básico no Carioca em 1986, quando descobri o montanhismo. Numa das caminhadas do Carioca ao Costão do Pão de Açúcar conheci o Flavinho Peixoto. Valeria - Numa quinta feira do mês dezembro de 1991 Roberto (o Lobo) me levou numa reunião do clube. Tinha uma meia dúzia de pessoas fazendo um amigo oculto de final de ano. CEG - Por que e quando começou a frequentar o Clube? Roberto - Quem me levou lá foi a Bernadete, antiga sócia. Acho que foi em 1988... Valeria - Sempre gostei dessas atividades, mas nunca tive oportunidade de fazer. E apaixonada por um montanhista e canoista, enfim um homem que adora essas coisas, não tive como deixar de participar. CEG - Por que entrou para sócio e que idade tinha na ocasião? Roberto - Gostei muito do clima informal e alegre do Clube. E havia muito mais caminhadas que no Carioca; o Guanabara era mais voltado para escaladas naquela época. Tinha 26 ou 27 anos. Valeria - Todas as reuniões eu frequentava e as atividades também. Aí eu pensei: “Se o namoro acabar, eu posso continuar a fazer parte do Clube independente do Roberto ou não”. Eu tinha 27 anos. CEG - O que mudou na sua vida após o montanhismo? 10 Roberto - Já praticava alguma coisa antes, mas diferente. O relacionamento, a amizade encontrada no Clube me encantou. E não posso esquecer de uma viagem à Serra do Cipó. Primeiro fizemos a trilha dos Rios. Encerramos o dia na trilha dos Bares. Valeria - Aprendi que existem lugares lindos para se conhecer, mas que são privilégios de poucos. E a harmonia e as diferenças das pessoas que frequentam e praticam o montanhismo é incrível. CEG - Qual a experiência que ficou desse “esporte diferente”? Roberto - Ahhhhhh! Essa é fácil! Sentar no topo da Agulhinha do Diabo, Serra dos Órgãos e ver o mundão lá embaixo... Valeria - Ter um auto-conhecimento, saber respeitar suas limitações para não prejudicar editorial FESTA JULINA E ATIVIDADES DIGNAS DA TEMPORADA O mês de julho promete! Caminhadas e escaladas estão agendadas para o Dedo de Deus, Garrafão com Agulha do Diabo, Pico do Eco, Peito de Pombo, Mirante Simone, Pico dos Quatro e para finalizar com Chave de Ouro, a nossa Festa Julina na Reserva Municipal do Grajaú, no dia 25, a partir das 9h, com atividades de montanha e de 11h às 17h com comes e bebes, brincadeiras etc... Nosso diretor de Meio Ambiente continua com os mutirões de reflorestamento no Morro da Urca. No dia 4 foi construída uma cerca para impedir a invasão nas áreas onde as mudas estão em crescimento e foi preparado mais um trecho (retirada do Capim Colonião e plantação de mudas de espécies da Mata Atlântica) da área que nos cabe conservar, na encosta norte do Morro da Urca. Essas mudas foram compradas pelo Mario Senna através de uma doação de nosso sócio honorário Salim Zebulum, intermediada pela Suelly. Fiquem atentos para a Festa do 9, no dia 01 de agosto em comemoração aos nove anos da FEMERJ. A festa será no Clube Calabouço (o mesmo do ano passado) e o DJ Seblen já confirmou o comando das carrapetas. Portanto preparem os “corpichos” nas paredes, trilhas, academias e nos Limites Verticais da vida pois as atividades serão intensas! Roberto Schmidt o próximo. CEG - Alguma vez ou alguma situação levouo a fazer a clássica pergunta: “o que eu estou fazendo aqui”? Roberto - Uma palavra: K2 (né Dudu?) Valeria - Simmmmmmmmmmmmmmmmm CEG - A formação de sua atual família teve como base o Guanabara? Valeria - Como base não. Mas ajudou muito a conhecer o Roberto, um homem de caráter, responsável e ao mesmo tempo aventureiro. Uma pessoa que pensa em todos, no melhor para todos. E sabe ajudar a vencer nossos limites. Com essas experiências casamos, num período de um ano, e estamos juntos até hoje. 3 artigo www.guanabara.org.br JULHO/2009 artigo RAFTING PARA AQUECER... Dia 21 de março, encontro na Praça da Bandeira. Os preparativos: “Mas onde? É grande a praça! No canto, perto do posto de gasolina... Mas leva agasalho, faz frio? E para guardar as coisas, o ônibus tem segurança?” Quatro horas e meia depois, tudo pacientemente esclarecido pelo Trindade, estávamos no lugar onde entraríamos nos botes. Quer dizer, no ônibus “quentão”, para chegar ao ponto de partida na água. Isso com todo mundo de capacete amarelo e bóia vermelha, devidamente paramentado e com adrenalina para começar a aventura! Os botes deixaram a margem, todo mundo querendo cair na primeira corredeira, mas ainda era hora de remar esperando por ela. A farra ficava por conta de jogar água e molhar todo mundo – um monte de crianças recuperadas das suas idades de fato, que nessa hora eram só detalhes... Curva do S, Francesa, Tobogã, Surpresa, Hollywood – as corredeiras do mapa da internet se sucediam à nossa frente e a emoção saía pela boca em forma de grito, pura diversão! Teve até bote com “pneu furado”, solidariedade para acolher os “sobreviventes”, dividir o peso enquanto vinha o socorro, uma perna ralada na pedra e a alegria que continuou. Na chegada, a visão (e o cheiro...) do crime ambiental: as águas do Paraibuna encontraram o Piabanha e o Paraíba do Sul, acabou a farra do contato com a água. Já não podia mais, a contaminação nos apresentou à poluição do (des)encontro dos Três Rios. Mas o nosso encontro nos deixou renovados para outras aventuras. Esse foi o marco do reencontro: uma parte do grupo dos anos oitenta, a “média guarda” (autoria da Suelly, para definir o meio termo entre velha e jovem guarda...), com os frequentadores de hoje do clube. Antes, já chegávamos à festa dos 50 anos, ao carnaval, às reuniões das 5ªs feiras. Só que o rebatismo, com direito a adrenalina, contato com a natureza e gosto de conquista, foi dentro dos botes! Pra funcionar como aquecimento! E com direito a CCBD – o Certificado de Coragem, Bravura e Destemor! Assim é que se chega! “OI NÓS AQUI ‘TRAVEZ!” Rosangela de Castro e Abreu fique por dentro Festival Kmon de Curta Metragens de Montanha “Passou um sufoco na montanha e registrou? Mande pra gente. Escalou com aquele amigo que é uma figura e que falou um monte de besteira? Queremos ver. Pensou em fazer uma história fictícia ambientada na montanha? Filme, edite e nos envie”. Participe você também do Festival Kmon de Curta Metragens de Montanha Montanha. Ainda há tempo. Você tem até o dia 10 de agosto para enviar sua obra. O Festival acontecerá no dia 8 de setembro, no cine Gonzaguinha, localizado no Centro de Artes Calouste Gulbenkian - Praça XI. Mais informações no site www.kmonfestival.com.br 4 descer pela neve até o teleférico, acompanhando um grupo com um guia. Eu estava morrendo de vontade de caminhar pela neve. Saí correndo pela neve montanha abaixo numa deliciosa sensação de liberdade. O percurso de descida era espetacular. Ao longo do trajeto passamos por algumas crateras, algumas maiores e outras menores. Havia momentos em que não se via absolutamente nada além de uma imensidão branca, apenas um grupo caminhando em fila indiana à frente, e suas pegadas na neve deixadas para trás. Parei para fotografar uma cratera espetacular, que me deu a sensação de estar numa paisagem lunar. Em pouco tempo as pegadas do grupo se desfaziam e não era possível visualizar o caminho. Decidi que não era uma boa ficar para trás, e corri atrás do grupo. A volta a TTaormina aormina aormina. Cheguei ao teleférico e tomei uma reconfortante xícara de chá. Meus pés estavam gelados. A minha bota não era à prova d´água, e inúmeras vezes eu havia enterrado o pé na neve fofa. Desci o teleférico e fiquei aguardando a chegada do ônibus que nos levaria de volta à Catânia às 16h30. Era noite quando estávamos no segundo ônibus, o que nos levaria de Catânia de volta à Taormina. Olhávamos pela janela a imensidão do Etna naquele início de noite, maravilhadas com a nossa excursão. Estávamos exaustas e felizes. De repente Dione me dá uma cotovelada e aponta para o cume. Havia uma faixa de lava vermelha incandescente! O Etna estava entrando em erupção! Não podíamos acreditar na nossa sorte. Era uma erupção pequena, é claro, nada que alarmasse a população, mas para nós era a coisa mais fantástica que tínhamos visto até então. Só de pensar que estávamos ali pertinho poucas horas antes... Emoção maior nós só experimentaríamos ao vermos as impressionantes explosões do vulcão Stromboli, no arquipélago Eólico, poucos dias depois. Mas essa história já foi relatada no último boletim. Quando chegamos a Taormina decidimos que teríamos que comemorar aquele dia espetacular em grande estilo. Escolhemos um restaurante perto do hotel, pedimos uma deliciosa massa e brindamos com vinho Nero d’Avila ao sucesso da nossa excursão. Voltamos ao hotel para descansar, pois no dia seguinte pegaríamos um trem até Palermo, na outra extremidade da Sicília. Os custos custos. Passagem de ônibus TaorminaCatania-Taormina: • 7.60, Passagem de ônibus Catania-Etna-Catania: • 5.60, Funivia dell’Etna (teleférico): • 27.00, beber uma cerveja italiana gelada no ônibus da volta vendo o Etna entrar em erupção: não tem preço! Nicole Ingouville 9 www.guanabara.org.br diferença no ambiente. Fazia frio e havia neve por toda parte. Pedimos informações a um guia sobre a subida. Ele disse que estávamos com sorte, pois aquele era o primeiro dia de sol do ano, com temperatura agradável. No dia anterior fazia zero grau e ventava muito. O dia realmente estava lindo, o céu era um azul de brigadeiro. Deste ponto é possível contratar um guia para fazer a caminhada até um dos cumes, atravessando pela neve fofa. Mas também é possível fazer a caminhada pela estradinha aberta por trator, um túnel no meio do gelo, com paredes que chegavam a 3 m de altura. Optamos por caminhar pela estrada, para não encharcar as botas e roupas na neve. Era a opção mais segura de subir sem guia. Caminhar pela neve sem guia é perigoso, pois é fácil perder-se naquela grande imensidão branca, que pode esconder perigos sob a neve. Recomendaram-nos andar bem no meio da estradinha devido ao perigo de colapso das paredes, que começavam a derreter com o sol. A ascensão pela estradinha era como estar num filme bizarro, a Bufa do Etna! Uma névoa gelada descia caminho abaixo, pelo túnel de gelo que subíamos. Havia momentos em que não podíamos ver nada, tamanha era a bufa. De vez em quando caíam pequenos pedaços da parede de gelo. Após 1h30 de caminhada chegamos a um pequeno refúgio no colo entre dois cumes, a 2.900. À direita estava um dos cumes, uma cratera formada pela erupção 8 JULHO/2009 de 2001. Caminhamos até a cratera por um caminho pela neve e percorremos todo o perímetro da boca do vulcão. Havia uma fumaça branca saindo do centro, era incrível estar ali na beira da boca do vulcão. Lá fincamos a bandeira do Guanabara e tiramos muitas fotos, pulando de alegria. Era possível ver a cidade da Catânia abaixo, a segunda maior da Sicília. Para nós era inconcebível haver uma cidade tão populosa na base de um vulcão como este. O que essa gente toda tem na cabeça? A Catânia é a verdadeira cidade do vulcão. Boa parte da cidade foi construída da lava que desceu na grande erupção de 1669 que matou cerca de 12 mil pessoas. De volta ao pequeno refúgio, entramos para conversar com os guias sobre a ascensão à cratera vizinha à cratera ativa. Para chegar lá, era necessário caminhar por 1h30 na neve, ter calçados especiais e muita disposição. Desde as erupções de 2001 e 2002 só é permitida a ascensão à cratera ativa com um guia especializado e certificado. Não há placas nem marcações na trilha, e é muito fácil se perder. Por motivo de segurança, tivemos que ficar a uma distância mínima de 40 m da cratera ativa. É possível ver a lava, um vermelho de brilho radiante, um inferno de Dante. Só é permitido permanecer por 40 min. ali, pois a volta é longa e às 16h fecharia o teleférico. A descida pela neve. Depois de tirarmos várias fotos na entrada do refúgio, decidi artigo PARA CIMA TODO SANTO AJUDA... E quando “cima” é o Dedo de Deus, mais ainda. Foi ao escalar este cume que a percepção despertou: escalar é melhor que desescalar, assim como subir trilhas em comparação a descer (ai, meu joelho). Considerando não apenas física como também metafisicamente, para baixo não é santo que ajuda, e sim seu antagônico (aquele que dá azar falar o nome). Para cima, sim!, é que todo santo ajuda. Ajudou a todos nós (Aline, Elizete, Ivan e Trindade) a atingirmos o cume do Dedo de Deus: sem perrengue, sem história para contar (digo daquelas que fazem jornal vender), a não ser esta própria história que diz que não tem história para contar e esta reflexão que inverte o ditado (outrora pessimista) popular. Aline Almeida (Alfacinha) UM DIA PERFEITO!!! UM PRESENTE DE DEUS! Voltávamos do Dedo de Deus, Aline comentou que nosso grupo não teria histórias para contar, afinal, não enfrentamos nenhum perrengue. Não enfrentamos raios, chuvas, trovoadas; ninguém passou mal; houve alguns escorregões, é verdade, mas nada que justificasse um: “Nossa, passamos o maior perrengue no Dedo Deus”. Pelo contrário. A excursão já começou dentro do esperado. Nas horas marcadas, todos estavam lá. Quer dizer, a Aline atrasou um minuto. Deveria encontrar o Ivan às 5h da manhã, mas como resolveu ir a pé de Botafogo para o Largo do Machado, chegou às 5h01. Eu atrasei um pouquinho também, e ao invés de encontrá-los às 5h10 no Quengas, cheguei às 5h12. Isto, óbvio, fez o Trindade esperar dois minutos a mais na Leopoldina. Mas até aí, o dia se anunciava calmo e tranquilo. A hora marcada pelo Trindade para chegarmos ao Paraíso foi 6h45. Mas chegamos às 6h25. Sabíamos que estes 20 minutos seriam preciosos para voltarmos antes do anoitecer. Então não perdemos tempo e rumamos para a trilha. Começamos a caminhar já com dia claro, o que foi ótimo. Até a chegada à base da Chaminé das Pedras Soltas (parece que as pedras soltaram mesmo, e o que sobrou foi uma aderência com cabo de aço) foi tudo tranquilo. O nosso “perrenguinho” começou com o fim desta subida, pois o restante da trilha está muito molhado, com cabos de aço e diversos pontos com subidas íngremes e escorregadias. O que deixou a caminhada bem mais difícil e nos atrasou um pouco. Muitos escorregões e arranhões depois, chegamos na base da Leste cansados. Eu já estava achando aquilo um perrengue enorme. Fiquei para trás com Trindade me acompanhado e queria voltar dali mesmo. Mas o sol estava brilhando, Aline já havia tocado pra cima. Ivan e Trindade estavam a todo vapor e eu não me senti capaz de acabar com tanta animação. A solução foi tocar para o alto. A escalada continuou como dantes: Aline sem nem dar conta das subidas que para mim parecia um rolamento de pedras morro acima. Ivan e Trin na maior 5 www.guanabara.org.br animação e eu me arrastando com a ajuda dos dois. Fiquei bastante chateada porque não tive o meu melhor desempenho para subir e não curti tanto as escaladas. Para não dizer que nada me agradou, gostei das chaminés, técnica de escalada que eu ainda não havia feito. Óbvio que os pontos mais emocionantes foram os tradicionais Cavalinho e Maria Cebola. Aliás, estava tão “adrenada” com tudo que preferi segurar na mão dos deuses para passar estes lances. Os deuses, no caso, foram Ivan e Trindade (sem más intenções). O Ivan, de vingança, balançou bastante a escada quando eu estava subindo: acho que ele tava pensando que era o deus do vento! Quando chegamos ao cume uma neblina densa se anunciava. Foi um pouco frustrante tanto esforço para não ver tudo o que víamos nas fotos alheias. Mas este não era um dia de más surpresas e dez minutos depois a neblina se dissipou e um tempo lindo se fez. Pudemos ver os JULHO/2009 Três Picos de um lado e o Cristo Redentor de outro: todo o Rio de Janeiro abaixo de nós. Então entendi a magia daquele lugar. É realmente um privilégio chegar ali, ainda mais com tudo transcorrendo tão bem. A descida foi feita com dois rapéis iniciados pela “Descidas Vertiginosas”, em uma base diferente dos rapéis da Teixeira, com pontos em negativo e em uma horizontal alucinante. De volta à base da Leste, iniciamos nossa descida escorregadia, mas sem maiores surpresas. Para encurtar, chegamos à estrada às 17h45, com 45 minutos de atraso em relação ao cronograma inicial, o que, sendo o Dedo de Deus, pareceu excelente a todos. Neste ponto eu realizei todo o feito e iniciei meu processo de “recurtição” da escalada. Voltamos para o Rio, paramos no Alemão. Chegamos bem em casa. Um dia perfeito!!! Um presente de Deus! Elizete Ignácio (com auxílio de Aline, Ivan e TTrindade) rindade) Festa dos Aniversariantes do Mês de Junho A última reunião social do mês de junho foi uma daquelas reuniões que entrarão para a história. Na quinta-feira de 25 de junho foi realizado o evento de comemoração dos aniversários do mês com um delicioso churrasco de carnes nobres na nossa Mad Maria, pilotada pelo especialista Tio Luiz. Para os vegetarianos havia espetinhos de legumes preparados pelo Play e Dione, além de brownie da Nicole e doces típicos de festa junina. Ao som de forró e com decoração típica do dia de São João, a sede do clube borbulhava de sócios e amigos. Como já é de tradição, o aniversariante Rogéria bancou cerveja para todos, e a aniversariante Claudinha se deliciava com 6 a batidinha de limão do Tio Luiz. Às 22h, horário de fechamento do clube, o pessoal estendeu a comemoração à “Diagonal das Quengas”, a sub-sede do CEG. Lá já esperavam mais amigos, entre eles sócios do nosso clube-irmão CERJ, com mais cerveja e boas histórias para contar. artigo ETNA, O MAIOR VULCÃO ATIVO DA EUROPA “Sem a Sicília, a Itália não pode ser totalmente compreendida… É lá que as pessoas encontram a chave para todas as coisas” (Goethe) Em maio de 2009 as diretoras sociais do CEG Nicole e Dione partiram em uma viagem de férias de quase um mês pelo Sul da Itália, região de intensa atividade vulcânica, famosa por sua gastronomia e vinícolas, banhada pelo mar azul-turquesa mediterrâneo. Ao longo da viagem, elas passariam pelos quatro vulcões mais importantes do mediterrâneo: o Vesúvio, o Etna, Volcano e Stromboli. Esta é a história da ascensão ao Etna, o maior vulcão ativo da Europa. Taormina, Sicília, 09 de maio de 2009 2009. Quando abrimos a porta da sacada do quarto do hotel não podíamos acreditar na vista. O belíssimo mar transparente de Taormina bem à nossa frente; à esquerda, a lua cheia e amarela, como um limão siciliano; e à direita, o majestoso monte Etna – imponente sobre o Mediterrâneo, claramente visível, ainda com neve e expelindo fumaça. Na manhã seguinte madrugaríamos para seguirmos na excursão mais esperada da viagem, a ascensão ao Etna. Era incrível imaginar que dentro de algumas horas estaríamos naquele cume, o ponto mais alto do Sul da Itália. O Mt. Etna é o maior e mais volumoso vulcão da Itália, com 3.329m de altura, e está quase constantemente em estado de erupção. Rumo ao Etna. Pegamos o ônibus das 6h35 de Taormina até Catânia, cidade base sul do Etna, onde chegamos às 7h45. Tínhamos 30 min. para tomar café da manhã antes que o ônibus para o Etna partisse da rodoviária de Catânia. O trajeto inicial de subida é uma área extremamente fértil e verde, cheia de vinhedos de onde se produzem os vinhos Nerello Mascalese e Nero d’Ávola da região. À medida que subimos mais, a paisagem muda radicalmente. Tudo ao nosso redor se torna preto, marcas de erupções de anos anteriores. A estrada de subida ao Refúgio Sapienza, Nicolosi Nord, a 1.923 m, foi reaberta na lava endurecida em um ziguezague ascendente, reconstruída após a última grande erupção. O motorista do ônibus fez uma parada para vermos algumas marcas da destruição. À esquerda, havia uma casa de três andares, totalmente coberta pela lava, da qual podíamos ver apenas o telhado. Mais à frente, à direita, havia uma casa intacta, que havia sido poupada pelo vulcão. A lava havia passado a um metro da porta de entrada da casa, como se ela tivesse sido coberta por uma cápsula protetora, um oásis no meio da destruição. Impressionante! O motorista disse que os moradores tinham reza muito forte. Se tinham! Chegamos ao ponto final às 10h05. A ascensão ascensão. Ao lado do Refúgio Sapienza, também reconstruído após a última grande erupção, está a Funivia dell’Etna, o teleférico que leva os turistas até 2.500 m de altura. De lá iniciamos nossa excursão a pé. Logo que saímos do teleférico podíamos sentir a 7
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