módulo 5 - CTA Eletrônica

Transcrição

módulo 5 - CTA Eletrônica
ATENÇÃO:
O material a seguir é parte de uma das aulas da
apostila de MÓDULO 5 que por sua vez, faz parte
do CURSO DE TELECOMUNICAÇÕES
(MÓDULO 5 ao 7).
A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o
treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar.
Você poderá adquirir o arquivo digital da apostila
completa (16 aulas), ou ainda na forma impressa que
será enviada por por correio. Entre na nova loja
virtual CTA Eletrônica e veja como:
www.lojacta.com.br
Além de ter a apostila e estuda-la, torne-se aluno e
assim poderá tirar dúvidas de cada uma das questões
dos blocos atrelados a cada uma das aulas da apostila,
receber as respostas por e-mail, fazer parte do
ranking de módulos e após a conclusão do módulo
com prova final, participar do ranking geral e poder
ser chamado por empresas do ramo de eletroeletrônica.
Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa
página de cursos:
www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp
APOSTILA
AULA
16
MÓDULO - 5
MONITORES DE COMPUTADOR
Aspectos - resolução - tempo de resposta - contraste e brilho
CGA - VGA - SVGA - pinagem do conector DB-15
Fonte chaveada para monitores defeitos e funcionamento geral
Processamento de sinais e polarização do cinescópio
O microprocessador - circuitos vertical e horizontal - Defeitos
Esquema completo do monitor Daewoo modelo 523X
MONITOR DE COMPUTADOR
O substantivo “monitor” vem de monitorar ou exibir
(também chamado de tela ou unidade de display visual) é
um display eletrônico utilizado como um periférico do
computador. O monitor é formado por um dispositivo de
exibição, um circuito eletroeletrônico e um gabinete,
como é mostrado na figura 1. O dispositivo de
visualização em monitores modernos é do tipo painel fino
com “tela de cristal líquido e com transistor de película
fina” (TFT-LCD), enquanto os monitores mais antigos,
usam um tubo de raios catódicos cuja profundidade é
semelhante ao tamanho da tela.
figura 1
Originalmente, monitores de computador foram
utilizados para processamento de dados, enquanto
receptores de televisão foram usadas para
entretenimento. A partir da década de 1980, os
computadores (e seus monitores) têm sido usados tanto
para processamento de dados quanto entretenimento,
enquanto os televisores têm implementado algumas
funcionalidades do computador. O ponto comum nos
televisores e monitores de computador, foi em relação ao
seu aspecto, que passou de 4:3 para 16:9 (16:10 para
monitores), no que chamamos de widescreen (tela
larga).
Até o início de 1980, eram conhecidos como terminais de
vídeo e fisicamente conectados ao computador e do
teclado. Os monitores eram monocromáticos, e a
qualidade de imagem era ruim (inclusive com cintilação.
Em 1981, a IBM introduziu o CGA (Adaptador Gráfico de
Cor), que possibilitava exibir quatro cores com resolução
de 320 por 200 pixels. Em 1984 a IBM introduziu o
adaptador gráfico avançado que foi capaz de produzir 16
cores e tinha uma resolução de 640 por 350.
ELETRÔNICA
O CRT (cathode ray tube) manteve o padrão para
monitores de computador através da década de 1990. A
tecnologia CRT permaneceu dominante no mercado dos
monitores para PC (personal computer) para o novo
milênio, em parte, porque era mais barato produzir
ângulos de visão oferecido perto de 180 graus.
Medidas de desempenho
O desempenho de um monitor é medida pelos seguintes
parâmetros:
Luminância: é medida em candelas por metro quadrado
(cd/m2 também chamado de Nit).
Proporções: é a razão entre o comprimento horizontal
com o comprimento vertical. Monitores geralmente têm a
proporção 4:3, 5:4, 16:10 ou 16:09. Veja uma série de
aspectos e suas medidas na figura 2.
figura 2
Tamanho da imagem visível (polegadas): é
geralmente medido na diagonal, mas as larguras e
alturas reais são mais informativos uma vez que não são
afetados pela relação de aspecto da mesma forma. Para
CRTs, o tamanho visível é tipicamente 1 em (25 mm)
menor do que o próprio tubo.
Resolução de exibição: é o número de pixels em cada
dimensão distinta que pode ser exibido. A resolução
máxima é limitada pela densidade de pontos.
Dot pitch é a distância entre sub-pixels da mesma cor em
milímetros. Em geral, quanto menor o dot pitch, mais
nítida será a imagem mostrada. Veja na figura 3 como
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 261
APOSTILA
MÓDULO - 5
figura 3
são mostrados caracteres pretos em um fundo branco
(fósforos R, G e B acesos).
Taxa de atualização: é o número de vezes em um
segundo que um monitor é iluminado. Máxima taxa de
atualização é limitado pelo tempo de resposta.
Tempo de resposta: é o tempo que um pixel em um
monitor leva para ir de ativa (preto) para inativa (branco)
e novamente a ativa (branco) mais uma vez, medido em
milissegundos. Números menores significam transições
mais rápidas e, portanto, menos brilho geral.
Taxa de contraste: é a relação entre a luminosidade da
cor mais brilhante (branco) ao da cor mais escura (preto)
que o monitor é capaz de produzir. Podemos dizer que
nos CRT´s, esta característica é infinita, pois o fósforo
chega a apagar em uma imagem escuro, o que não
ocorre com um monitor de LCD. Já para as telas OLED,
além do brilho muito maior, também consegue-se apagar
totalmente a imagem, quando isso for necessário.
Consumo de energia: é medida em watts.
Ângulo de visão: é o ângulo máximo no qual as imagens
no monitor pode ser visto, sem degradação excessiva à
imagem. Ela é medida em graus horizontalmente e
verticalmente.
A área, altura e largura das telas com medidas idênticas
diagonal podem variar conforme relação de aspecto.
Em dispositivos bidimensionais como são os monitores
de computador, o tamanho da tela ou tamanho da
imagem visível é a quantidade real de espaço na tela que
está disponível para exibir uma imagem, vídeo ou
espaço de trabalho.
Principais medidas para dispositivos de exibição são:
largura, altura, área total e da diagonal (dada em
polegadas).
O tamanho de uma tela é geralmente feita pela medição
diagonal, ou seja, a distância entre dois cantos opostos
da tela. Este método de medição é herdada do método
utilizado para a primeira geração de CRT de televisão
(veja figura 4).
figura 4
Proporção da
imagem
Até cerca de 2003, a
maioria dos monitores
de computador teve
um aspecto 4:3 sendo
que alguns ainda
tinham 5:4 (tela mais
quadrada). Entre 2003
e 2006, os monitores
passaram a ser
widescreen 16:9 e na
maior parte 16:10 (8:5) sendo que esta razão de aspecto
tornou-se comumente disponível, primeiro em laptops e
mais tarde também em monitores independentes.
Razões para essa transição, foi o uso de produtos para
monitores, ou seja, além de jogos de computador
widescreen e visualização de filmes, também permitiram
o uso de processador de texto com duas páginas padrão
lado a lado, bem como exibir os software CAD de grande
porte, com desenhos e menus de aplicativos.
Em 2008, a relação de aspecto 16:10 tornou-se a versão
mais comum nas vendas de monitores LCD e no mesmo
ano, 16:10 tornou-se padrão dominante para laptops e
notebooks.
Em 2011, não widescreen (4:3) são somente fabricados
em pequenas quantidades. De acordo com a Samsung
isso ocorreu porque a demanda para os velhos
monitores "tem diminuído rapidamente nos últimos anos
e prevem que até o final de 2011, a produção de todo tipo
de painel em 4:3 ou similar será interrompido devido à
falta de demanda ".
Resolução
A resolução para monitores de computador têm
aumentado ao longo do tempo. De 320 × 200 durante o
início dos anos 80, a 800 × 600 durante o final dos anos
90. Desde 2009 a resolução mais vendida para
monitores de computador é 1920x1080 (equivalente à
resolução FULL HD utilizada para televisores).
Economia de energia
A maioria dos monitores modernos passa para um modo
de economia de energia se nenhum sinal de entrada de
vídeo é recebido. Isso permite que os sistemas
operacionais modernos desliguem o monitor após um
determinado período de inatividade. Isso também
aumenta a vida útil do monitor.
Alguns monitores também desligam-se totalmente após
um período de tempo em stand-by.
Laptops mais modernos fornecem um método de tela
que escurece após períodos de inatividade ou quando a
bateria está em uso. Isso prolonga a vida da bateria e
reduz o desgaste.
CIRCUITOS ELETROELETRÔNICOS DO MONITOR
Os monitores de computador (ou de outros
equipamentos), utilizam o mesmo sistema de geração de
imagem utilizado nos aparelhos de TV; geralmente
utilizam um Tubo de Raios Catódicos, ou TRC (CRT em
inglês). Este cinescópio é baseado na imagem gerada
por pontos luminosos (fosforescente) excitados por
feixes de elétrons que se chocam com a tela (feixes R, G
e B). Para deflexionar estes 3 feixes, é utilizado um
sistema de bobinas defletoras, que irão fazer uma
varredura da tela em sentido horizontal (BDH) e vertical
(BDV).
Portanto, estes monitores precisarão receber dois sinais
básicos: o sinal de vídeo (imagem), que no caso será
subdividido em 3 sinais (R, G e B); e o sinal de
sincronismo de deflexão, que também será subdividido
em 2 sinais: o sincronismo horizontal (HSync) e
sincronismo vertical (VSync), que servirão para
sincronizar a deflexão dos feixes com a imagem gerada.
Nos monitores modernos, teremos ainda a entrada de
sinais de dados e clock (SDA e SCK) que servirão de
comunicação entre o microprocessador do monitor e a
262
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA
APOSTILA
figura 5
MÓDULO - 5
DIAGRAMA EM BLOCOS DE UM MONITOR
APAGAMENTO
R
ENTRADA DE SINAIS
(C O N E C T O R)
PROCESSAMENTO
DE VÍDEO RGB
R
B
G
SDA
SCK
V SYNC
H SYNC
M
I
C
R
O
OSCILADOR
VERTICAL
OSC
HORIZONTAL
CONTROLE
DE TODOS
CIRCUITOS
B
SCREEN
MAT
BOBINA
DEFLETORA
VERTICAL
GERADOR
DE
RAMPA
DRIVE
FOCO
CONTRASTE
E BRILHO
SAÍDA
FONTE
AUXILIAR
DE +B
HORIZONTAL
CPU (Central Processing Unit), para mandar
informações gerais de configuração adotada pelo
computador (resolução de imagem, tamanho da tela,
etc.).
Os monitores, por serem unidades autônomas e não
receberem sinais transmitidos por emissoras, não
precisam adotar nenhum sistema padrão de cor, como
ocorreu nos televisores. Assim, o sistema de cor é
basicamente o RGB puro (não trabalha com o sinal Y
nem os sinais diferença de cor), gerando a partir destas 3
cores primárias, todas as outras cores, inclusive o preto e
branco.
Nas aulas anteriores, tínhamos comentado sobre os
monitores e demos um diagrama básico. Nesta aula,
iremos aprofundar este estudo, onde daremos então um
diagrama completo, que pode ser aplicado a maioria dos
monitores.
Na figura 5, temos o diagrama completo do monitor, onde
podemos ver a entrada de sinais pelo conector DB-15 e
todo o processamento dos sinais de vídeo, sincronismos
e geração de excitação do tubo. Na figura 6, vemos a
padronização dos pinos do conector DB-15, cujos
detalhes veremos mais adiante. Na figura 7, temos os
aspectos mecânicos macho e fêmea do conector e na
figura 8, diversos conectores utilizados na comunicação
do computador para periféricos.
HORIZONTAL
VÍDEO
VERTICAL
SAÍDA
BOBINA
DEFLETORA
+B
BLOCO
ALTA
TENSÃO
ABL
TSH
CORREÇÃO
ALMOFADA
E/W
vertical, entram já separados no monitor e seguem
caminhos separados, cada um para seu circuito
correspondente. O circuito horizontal consiste num
oscilador, que gerará uma forma de onda “quadrada”
para chavear a saída horizontal, que por sua vez, gerará
os pulsos de alta tensão para deflexionar as BDH e
excitar o TSH, gerando as tensão de MAT, foco e screen.
O circuito vertical, também é semelhante aos dos
televisores; temos o oscilador, que gerará a rampa
vertical, para excitar a saída de potência. Nela também
serão gerados os pulsos fly-back para excitar as BDV.
SINAIS DE DADOS E CLOCK (SDA-SCK): Nos
monitores modernos, temos um terceiro conjunto de
sinais que entram (e saem) do monitor, eles são
chamados de dados e clock (I²C); estes sinais irão se
comunicar diretamente com o microprocessador do
monitor, levando as informações de frequência de
figura 6
SINAIS R G B (VÍDEO VGA – Video Graphics Adapter):
Voltando à figura 5, vemos que os sinais RGB irão direto
para o circuito de vídeo, que atualmente consiste em um
circuito integrado, cuja função é de amplificador destes
sinais, muito semelhante ao amplificador de vídeo dos
televisores modernos CRT.
Depois, os 3 sinais (RGB) irão para a saída de potência,
que normalmente está na placa junto ao cinescópio;
estes amplificadores finais darão poder de corrente para
excitar os catodos do cinescópio.
Hsync e Vsync: Os sinais de sincronismo horizontal e
ELETRÔNICA
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 263
APOSTILA
MÓDULO - 5
trabalho, resolução da imagem, liga ou desliga o monitor,
etc.
Para estudarmos o monitor de computador iremos
utilizar um esquema elétrico do monitor Daewoo modelo
523X, que se encontra encartado nas últimas páginas
desta aula. Portanto, todos os circuitos serão
exemplificados em cima deste modelo de monitor e
apesar de não ser um modelo tão moderno, é muito
didático e servirá para demonstrar as funções de cada
circuito.
Uma parte interessante do esquema é o desenho do
conector “DB15”, que faz a conexão do monitor com
o CPU do computador:
Vamos então conferir os sinais de cada pino (acompanhe
com a figura 6):
1 – sinal R
2 – sinal G
3 – sinal B
4 e 5 - terra geral
6 – terra do vivo do pino 1
7 – terra do vivo do pino 2
8 – terra do vivo do pino 3
9 - 5V (opcional)
12 – comando (SDA)
13 – HSync
14 – VSync
15 - comando (SCL)
10 e 11 - desconectados
OBS: Os pinos de 1 a 8 são padrões para todos os
monitores; os pinos 13 e 14 são padrões dos monitores
SVGA com entrada de sincronismos separados, e os
pinos 12 e 15 padrões dos monitores com comunicação
de dados e clock.
figura 7
VGA - Video Graphics Array (VGA)
É um standard de gráficos de computadores introduzido
em 1987 pela IBM, sendo também usado vulgarmente
para designar o conector associado ao standard.
Detalhes Técnicos e especificação do VGA:
256KBytes de memória de vídeo em RAM
Modos de 16 e de 256 cores
Paleta de 262144 cores (seis bits [64 valores] para cada
uma das componentes de vermelho, verde e azul)
Clock mestre selecionável entre 25MHz ou 28MHz
Máximo de 800 pixels horizontais
Máximo de 600 linhas
Taxas de atualização de até 70 Hz
Modo planar: até 16 cores (4 planos de bits)
Modo packed-pixel: 256 cores (Modo 13h)
Suporte a rolagem de tela suave por hardware
Suporte a algumas operações de 'Raster'
'Barrel shifter'
suporte a divisão de tela
Fontes por software
SVGA – Super Video Graphics Adapter
Histórico
Originalmente, o SVGA era uma extensão do padrão
VGA lançado pela IBM em 1987. Diferentemente do
VGA—um padrão definido integralmente pela IBM—, o
Super VGA foi definido pela Video Electronics Standards
Association (VESA), um consórcio aberto constituído
para promover interoperabilidade e definir padrões.
Quando usada como uma especificação de resolução,
em comparação com o VGA ou XGA por exemplo, o
termo SVGA normalmente se refere a uma resolução de
800×600 pixels.
O Super VGA foi inicialmente definido em 1989. Naquela
primeira versão, significava uma resolução de 800×600
com pixels de 4 bits. Cada pixel podia exibir uma entre 16
cores possíveis. Isso foi rapidamente estendido para
1024×768 com pixels de 8 bits, e foi além nos anos
subsequentes.
Especificações
Conector de 15 pinos para monitor SVGA.
Embora o número de cores estivesse definido na
especificação original, isto logo se tornou irrelevante (em
contraste com os antigos padrões CGA e EGA) visto que
a interface entre a placa de vídeo e o monitor VGA ou
Super VGA usa voltagens analógicas simples para
indicar a profundidade de cor desejada. Como resultado,
no que toca ao monitor, não há limite teórico à quantidade
de cores diferentes que podem ser exibidas. Isso se
aplica à qualquer monitor VGA ou Super VGA.
Embora a saída de uma placa de vídeo VGA ou Super
VGA seja analógica, os cálculos internos que a placa
realiza para chegar até estas tensões de saída, são
inteiramente digitais. Para incrementar a quantidade de
cores que um sistema Super VGA pode exibir, não há
necessidade de qualquer alteração no monitor, mas a
placa de vídeo necessita lidar com números muito
maiores e pode necessitar ser redesenhada a partir do
zero. Mesmo assim, os principais fabricantes de chips
gráficos começaram a produzir componentes para
placas de vídeo com Hi-Color (64K cores) poucos meses
após a introdução da Super VGA.
No papel, o Super VGA foi substituído pelo Super XGA,
mas na prática, a indústria logo abandonou a tentativa de
fornecer um nome
único para cada figura 8
padrão de vídeo
em alta resolução, e praticamente todos os
sistemas de vídeo
produzidos entre
o fim dos anos
1990 e o início dos
2 0 0 0 s ã o
classificados
como Super VGA.
264
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA
APOSTILA
MÓDULO - 5
FONTE CHAVEADA DO MONITOR
A fonte de alimentação é uma fonte chaveada paralela (já
abordada neste módulo). É muito simples, mas traz, o
controle de tensão de saída obtida no secundário,
através de um fotoacoplador ligado ao primário. Seu
diagrama completo pode ser visto na figura 9, sendo que
o circuito resumido da fonte pode ser visto na figura 10.
A tensão AC de alimentação será retificada e filtrada,
gerando 150Vdc sobre C002, sendo o negativo desse
capacitor a referência negativa (Vss) do transformador
chopper e do integrado IC001.
O IC001 é um integrado de fonte básico, onde em seu
interior temos o transistor chaveador (FET) o circuito
oscilador e controle, mais o circuito de proteção por
excesso de corrente (OCP), como ilustra a figura 10.
Nesta figura temos a diagramação interna (resumida) do
IC001 STR-F6653, onde podemos salientar o pino 5,
como sendo a tensão “zero” de referência (Vss); o pino 4
recebe a tensão de alimentação, gerada pelo
enrolamento do chopper (pino 1). Na partida inicial da
fonte esta alimentação é gerado pelo resistor de partida
R002. Esta tensão será regulada internamente gerando
as tensões de polarização do integrado.
O pino 3 do IC001 receberá a tensão de retorno de 150V
à 300V (para rede de 110Vac e 220Vac) entregue via pino
3 do chopper, chegando até o dreno do FET, que servirá
de chave eletrônica ligando este pino a tensão “zero” do
primário via source (pino 2 do CI). Com isto será fechado
o circuito do enrolamento primário gerando uma corrente
crescente, para que no corte do FET, seja gerado os
pulsos de tensão para o secundário que serão retificados
e filtrados.
A corrente do primário passará por R009, gerando uma
tensão (negativa em relação ao ponto zero), que servirá
de controle para excesso de corrente pelo pino 1 do IC.
Neste mesmo pino entrará a tensão do acoplador óptico
que servirá de controle para a tensão de saída do
secundário.
Podemos então resumir que o FET irá chavear o primário
figura 9
12V
DEGAUSS
165V
AC
165V
65V
65V
Filam
35V
35V
15V
ELETRÔNICA
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 265
APOSTILA
do chopper, gerando um campo magnético que, no corte
do FET induzirá tensão nos pinos do secundário.
A tensão de alimentação do IC01 é gerada pelo próprio
chopper, através da retificação da tensão do pino 1, que
torna o circuito crítico, pois qualquer problema na partida
da fonte, não gerará tensão de alimentação, fazendo a
fonte ficar inoperante.
figura 10
Outro ponto importante é o controle de estabilização da
tensão de alimentação do horizontal (+B), esta tensão é
gerada à partir da tensão de 160V da fonte, retificada no
pino 10 do chopper. Esta tensão controlará a condução
do amplificador de erro (IC101) que fará o acoplador
óptico conduzir mais ou menos, que fará o acoplador
óptico conduzir mais ou menos, de acordo com a
corrente circulante pelos pinos 1 e 2 do acoplador.
Quando a tensão de 160V subir, o amplificador de erro
aumentará sua polarização (via pino R), diminuindo a
tensão “K” e aumentando a corrente no LED interno ao
fotoacoplador (pinos 1 e 2), fazendo o transistor interno
aumentar sua polarização (coletor e emissor nos pinos 3
e 4 respectivamente); isto fará a tensão no pino 1 do
IC1001 aumentar, fazendo o transistor chaveador
(interno ao CI) cortar mais rapidamente, diminuindo as
tensões induzidas, fazendo a tensão de 160V abaixar e
voltar a sua amplitude correta.
Se a tensão de 160V abaixar o oposto ocorrerá,
diminuindo a polarização do fotoacoplador e baixando a
tensão no pino 1 do IC01, fazendo o transistor chaveador
manter-se mais tempo saturado elevando a tensão de
160V a níveis normais. Assim a tensão de 160V (e as
outras consequentemente) ficarão estabilizadas,
independente do consumo dos circuitos do monitor.
Este tipo de controle é bem mais preciso do que o
estudado na TV Sharp. No próximo módulo, iremos
estudar com mais detalhes outros tipos de controles das
fontes chaveadas e seus amplificadores de erro.
Uma grande novidade nas fontes dos monitores, é que
ela também gera as tensões de polarização do vertical e
circuitos secundários, que nos televisores é gerado pelo
MÓDULO - 5
TSH. Normalmente a fonte dos monitores também gera a
tensão de filamento do cinescópio. Nos monitores as
tensões de Foco e Screen continuam sendo geradas
pelo TSH.
Outra diferença em relação aos televisores, é que a
tensão de polarização da saída horizontal (+B) não é fixa,
e deverá ser gerada por uma fonte auxiliar. Isso é
necessário porque a frequência do horizontal pode variar
de acordo com a resolução da imagem do monitor e por
isso a tensão também poderá variar, devido a essa
mudança. Essa fonte auxiliar de +B, deve ser controlada
pelo micro e ou pela própria frequência do horizontal,
como veremos mais adiante.
Outro ponto interessante nesta fonte, é que ela é
sincronizada com o horizontal, através dos pulsos FBP
vindos do horizontal, este sincronismo ocorre com a
atuação do transformador isolador que gera pulsos no
pino 1 do IC101, controlando a partida do ciclo de
funcionamento do transistor chaveador. Na TV Philco
CPH05, já tínhamos visto esse mesmo efeito, que não é
comum nas fontes dos monitores.
Junto ao esquema da fonte, encontramos um circuito de
desmagnetização (degauss) do cinescópio, comandado
pelo transistor Q105, que acionará o relê RL001, que
provocará uma forte corrente AC passando pelas
bobinas desmagnetizadoras, corrente esta, controlada
pelo PTC TH001.
figura 11
O circuito de desmagnetização nos televisores,
normalmente necessita que desliguemos o cabo de força
da rede, para que o PTC esfrie (cerca de 15 minutos), e
somente então com a nova ligação do televisor à rede,
possa acontecer nova desmagnetização. Nos monitores,
este circuito é acionada diretamente pelo usuário,
quando aparecer manchas coloridas no tubo. O
comando do usuário irá gerar uma tensão de polarização
na base do transistor Q105, fazendo o mesmo saturar e
atracar o relê RL001, acionando o circuito
desmagnetizador, que ficará assim por alguns segundos,
voltando a desarmar o relé.
ANÁLISE DE DEFEITOS NA FONTE
A análise de defeitos nas fontes de monitores é um pouco
mais complexa do que nos televisores, já que é
responsável pela polarização quase que inteira do
monitor, inclusive do vertical e cinescópio (filamento).
Podemos aplicar a técnica do jumpeamento da fonte alta,
mas só com isso não será suficiente para fazer o monitor
funcionar. Devemos ainda utilizar 2 fontes externas
auxiliares neste jumpeamento, para alimentar o vertical,
266
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA