Eu creio na Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica
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Eu creio na Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica
Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Maio de 2008 Eu creio na Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica, Romana! Salve, Salve Santo Padre, abençoa o povo que te ama! Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO da paróquia e convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 CURITIBA-Pr Tel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.) Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis) EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horário Segunda-feira: 6h30 Terça e quarta-feira: 6h30 e 19h Quinta-feira: 6h30 e 18h30 Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Novena: 8h30 Sábado: 6h30, 17h e 19h Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira: 9h, 14h30, 16h30, 19h30, 21h BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18h Sábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17h Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606 Encontros de Entreajuda (domingo) Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 15,00 (quinze reais), com direito a um livro ou fita K7 de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular do Fr Zanini: 9971-8844. ANIVERSARIANTES Nossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de junho, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. SUGESTÕES Caro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês. Expediente do Boletim Pároco: Frei Alvadi Pedro Marmentini Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio Zanini Jornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani Coordenadora: Erotides F. Carvalho. Fotógrafa: Sueli F. Assunção. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia Helena Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de Cássia Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia. Diagramação: Edgar Larsen (tel. 8405-3048) Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106) Tiragem: 6.000 exemplares 50 - Ano IX - Maio de 2008 Demonstrativo financeiro Abril de 2008 RECEITAS Dízimo paroquial.................................................................................................. R$ Ofertas................................................................................................................ R$ Espórtulas/batizados/casamentos........................................................................ R$ Total.................................................................................................................... R$ 40.680,00 13.114,00 1.460,00 55.254,00 Dizimistas cadastrados:......................................................................................................... 1.373 Dizimistas que contribuíram:..................................................................................................... 743 DESPESAS Dimensão Religiosa Salários/encargos sociais/vales transporte........................................................... R$ Plano de saúde dos funcionários........................................................................... R$ Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia...................................................... R$ Despesas da casa paroquial................................................................................. R$ Luz/água/telefone/correio.................................................................................... R$ Despesas c/culto/ornamentação.......................................................................... R$ Seguro Predial e de veículos................................................................................. R$ Manutenção e combustível de veículos.................................................................. R$ Manut/compra/móveis/utensílios/equipamentos................................................... R$ Conservação de imóveis/ reformas/pinturas.......................................................... R$ Material de limpeza/expediente/xerox................................................................... R$ Revistas/internet/jornal “O Capuchinho”/ WEB...................................................... R$ Serviços contábeis............................................................................................... R$ Total................................................................................................................... R$ Dimensão Missionária Taxa para a Arquidiocese...................................................................................... R$ Taxa para a Província freis capuchinhos................................................................. R$ Material pastoral e catequético............................................................................. R$ Curso Diácono..................................................................................................... R$ Total................................................................................................................... R$ Dimensão Social Ação Social V.N. Sra. da Luz................................................................................. R$ (Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras) Confraternização, café do dízimo........................................................................... R$ Homenagens/festividades/confraternizações......................................................... R$ Total................................................................................................................... R$ TOTAL GERAL...................................................................................................... R$ 8.736,30 360,67 3.240,00 1.771,63 2.727,94 225,00 3.315,04 834,89 6.305,69 11.237,00 799,71 2.905,70 150,00 42.609,57 6.598,00 6.286,90 1.327,00 180,00 14.39l,90 3.000,00 1.500,00 555,00 5.055,00 62.056,47 “Ninguém se apresente de mãos vazias diante de Javé: cada um traga seu dom, conforme a bênção que Javé, seu Deus, lhe tiver proporcionado”! (Deuteronômio 16,17) Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade. Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP Quer ser um frei capuchinho? Conheça mais sobre os freis capuchinhos pelo site: www.capuchinhosprsc.org.br ORAÇÃO VOCACIONAL Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém. BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS “O Senhor te abençoe e te proteja. Mostre-te a sua face e se compadeça de ti. Volva a ti o seu rosto e te dê a paz” FATOS DA VIDA PAROQUIAL Homenagem às Mães Como forma de reconhecimento da importância das mães e do seu papel intransferível na família e na sociedade, a paróquia N. Sra das Mercês as homenageou com a entrega de rosas, acompanhadas de cartões perfumados, ao final de todos as missas daquele final de semana (10 e 11 de maio). No total, foram entregues 2.000 rosas. Além disso, como mais uma maneira de homenagear as mães da comunidade, a paróquia proporcionou delicioso café, com variedades de bolos e salgados, após as missas, no salão paroquial. Diretrizes para os próximos anos Aos dias 13 e 14 de maio, a Arquidiocese de Curitiba realizou assembléia para estudo, discussão e aprofundamento sobre o “Documento de Aparecida”. O objetivo do evento foi estabelecer as “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil de 2008 a 2010”. Nossa Paróquia das Mercês participou do encontro, com a pre- sença do frei Alvadi Pedro Marmentini. O ”Documento de Aparecida” foi elaborado na V Conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe, em ocasião da visita do Papa Bento XVI ao Brasil, que ocorreu em maio de 2007, na cidade de Aparecida do Norte – SP. Santa Rita Aos 21 de maio ocorreu o encerramento da novena de Santa Rita de Cássia, com a celebração da Santa missa, pelo frei Moacir Antônio Nasato. Ao final da missa, frei Moacir abençoou as 120 dúzias de rosas, distribuídas aos devotos de Santa Rita. O evento, sob coordenação de Tereza Manzochi Bialli, ocorreu em clima de muita fé e devoção. Comemoração a Corpus Christi Como ocorre tradicionalmente, os católicos de várias paróquias da Arquidiocese de Curitiba reuniram-se na Catedral Metropolitana para iniciar a procissão em comemoração do dia de Corpus A LEGIÃO DE MARIA O que é Legião de Maria? É um grupo de cristãos que desejando ser autênticos, trabalham duas horas por semana a favor do próximo e, semanalmente, se reúnem para planejar suas atividades e se fortalecer espiritualmente. Não é difícil ser legionário, porque sempre há orientação e em todo trabalho outro legionário nos ajuda. Se um dia você for convidado para pertencer à Legião de Maria, não se negue, porque pode ser uma graça e a passagem de Deus pela sua vida. Não diga que não tem tempo ou capacidade. Com Deus tudo podemos. Na Legião de Maria você fará o bem não só aos outros, mas principalmente a você mesmo. Venha conhecer a Legião de Maria. Contate-se com Myriam (Tel. 3336.1547) ASSEMBLÉIA PAROQUIAL Às 20h de 24 de junho de 2008, no salão paroquial, a Paróquia Nossa Sra. das Mercês,obedecendo o cronograma e as orientações da Mitra Arquidiocesana de Curitiba, realiza mais uma Assembléia Paroquial. 1º) O Conselho Paroquial de Pastoral, CPP, reuniu-se para preparar a Assembléia Paroquial e propôs às diversas coordenações das pastorais e movimentos: a) apresentar o estudo do resumo adaptado das Novas Diretrizes da CNBB, doc. Nº 87 (2008 – 2010), para torná-lo conhecido; b) analisar, à luz da nossa realidade paroquial, estas Novas Diretrizes da CNBB; c) escolher as pistas de ação, que se aplicam à nossa paróquia. 2º) Cada pastoral e movimento se reunirá com seu grupo para apontar estas pistas de ação à luz das Diretrizes da CNBB. Para ajudar na reflexão são apresentadas duas questões: - Como abandonar as estruturas ultrapassadas? - Como passar de uma pastoral de conservação para uma pastoral missionária? 3º) No dia da assembléia paroquial, cada pastoral e movimento apresentarão o resumo sobre os desafios levantados, como também as pistas de ação, retratando o perfil da nossa realidade paroquial. Objetivo geral das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008-2010): Evangelizar - a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários; - à luz da evangélica opção pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando da construção de uma sociedade justa e solidária, “para que todos tenham Vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Todos estão convidados a participar da assembléia. Sua presença e participação é muito importante. Frei Alvadi P. Marmentini, OFMCap Pároco Christi, este ano celebrado aos 22 de maio. Os fiéis enfeitaram as ruas por onde passaria o cortejo. Nossa paróquia enfeitou um trecho de 15 m de comprimento, por 2 m de largura. A confecção do tapete foi realizada pelo do Grupo de Jovens, sob a coordenação de Lucielly de Castro Koeheler. O trabalho recebeu inúmeros elogios. Parabéns ao Grupo de Jovens pelo carinho e dedicação! Terceiro Encontro de Jovens Sob a coordenação de Elizangela Ana Marcon e Niceu Romero e com a colaboração de grande parte dos casais do ECC, foi realizado o 3º Encontro de Jovens da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, no final de semana de 31 de maio a 1º de junho. O evento reuniu 60 jovens. Como era esperado, o encontro conseguiu transmitir mensagens fortes de vida e esperança à juventude. A graça e força do Espírito Santo solidificou os bons propósitos da juventude disposta e animada para o testemunho cristão. AÇÃO SOCIAL MERCÊS Graças à ajuda de nossos paroquianos, de tantas outras pessoas e dos dizimistas, a paróquia Nossa Senhora das Mercês continua seus trabalhos de ação social, beneficiando tantas pessoas carentes. Neste ano, as distribuições deste mês estão sendo feitas para estas quatro comunidades: - Nossa Senhora das Mercês: 370kg de alimentos, 9 cestas básicas, 6 caixas de leite; - Toca de Assis: 50kg de alimento, 80 peças de roupa, 16 pares de calçados, e 24 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc); - Paróquia de Almirante Tamandaré: 940 kg de alimentos, 1.818 peças de roupa, 175 pares de calçados, 346 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc); - Paróquia Vila Nossa Senhora da Luz (CIC): 700kg de alimento, 1.384 peças de roupa, 187 pares de calçados, 815 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc) e R$ 3.000,00 (porcentagem do nosso dízimo) para os trabalhos de promoção humana daquela comunidade. A paróquia Nossa Senhora da Luz tem amplo trabalho de promoção humana, como, padaria comunitária, cursos profissionalizantes para pessoas carentes (mecânica básica, corte e costura, curso de gesso), ginástica para idosos, esportes para adolescentes, etc. A porcentagem do nosso dízimo ajuda a manter os trabalhos de promoção humana daquela comunidade. O pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Almirante Tamandaré, frei José Reimi Martins, agradeceu a ajuda com especial destaque no boletim daquela paróquia. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 51 CATEQUESE JUNHO – FESTA JUNINA Chegamos ao mês das Festas Juninas! No Brasil, são comemoradas de maneira bem divertida! Quem não vai a alguma festa com barracas para comprar e comer doces e pipocas, dançar quadrilha, estourar bombinhas e admirar os fogos? E porque nós, católicos, comemoramos a vida de três santos nessas festas, vamos ver se vocês descobrem quais são eles. É fácil, substituam os símbolos pelas letras correspondentes e descubram quais são os três santos homenageados em junho: CONHECENDO UM POUCO MAIS... São João era o primo de segundo grau de Jesus, porque suas mães, Maria e Isabel, eram primas. Elas eram muito amigas e Isabel pediu que Maria a ajudasse depois que João nascesse. Para que Maria soubesse quando João teria nascido e fosse à sua casa ajudá-la, Isabel prometeu fazer uma fogueira. Um dia, Nossa Senhora viu, ao longe, uma fumacinha e depois chamas bem vermelhas. Dirigiu-se para a casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes do catolicismo. Começou, assim, a ser festejado São João com fogueira, mastro, e outras coisas bonitas, como, foguetes, balões, danças, etc… São Pedro foi um grande amigo de Jesus! Ele tinha uma fé tão sólida, que Jesus logo percebeu e mudou o seu nome (que era Simão) para Pedro, que significa “rocha”. Pedro era o primeiro que geralmente falava em nome dos apóstolos (Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 12,41; Jo 6,69), e coube a ele continuar a edificação da Igreja que Cristo fundou, a nossa! Jesus falou: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18) e “Darte-ei as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16,19). Por isso dizemos que São Pedro é quem manda a chuva! É um folclore, já que ele tem as chaves do céu! O CHAMADO Turma, todos nós somos chamados a ser amigos de Jesus. Neste mês, falamos muito desse chamado, e do que precisamos fazer para pôr em prática os conselhos que Ele nos deu. Esses santos, que homenageamos, responderam a este chamado com grande “SIM” ! E nós, como estamos respondendo a ele? Não é fácil sermos como Ele nos ensinou, mas com esforço conseguiremos! Vamos nos ajudar a aceitar esse convite, colocando em ordem as nuvens abaixo, para encontrar a frase que podemos dizer toda vez que fazemos algo não muito correto, para construir o dia-a-dia de nosso “SIM” ao grande Mestre! Santo Antônio não conheceu Jesus pessoalmente, mas selou bela amizade com Ele, mesmo tendo nascido mais de um milênio depois, em 1195. Ele era português e ouviu o chamado de Jesus (assim como Pedro, quando Jesus o chamou no barco de pesca) abandonando sua vida de conforto (pois era de família muito rica) para ser seu seguidor, tornandose primeiramente frade agostiniano e depois frade menor franciscano. Ele era piedoso e ajudava muito os humildes e, por isso, é conhecido como o protetor dos pobres, e nas igrejas distribui-se os pãezinhos de Santo Antônio, como forma de não faltar alimento nas casas. Ele fazia pregações maravilhosas, tanto que até chegavam a alterar a rotina das cidades por onde passava. Morreu aos 36 anos e é um dos santos mais populares da Igreja. RESPOSTA DA CHARADA DA EDIÇÃO DE MAIO (PENTECOSTES): Quem respondeu a, b, e, f acertou. Parabéns se você foi um deles, já está no BOM caminho! 52 - Ano IX - Maio de 2008 A ARTE DE EDUCAR A arte de educar leva a criar um ambiente educativo para os filhos poderem desenvolver a capacidade de agir com liberdade. Segundo Paulo Freire, “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Isto quer dizer que necessitamos dos outros para a humanização, para ser mais: não podemos nos realizar no isolamento, no individualismo, mas em comunhão, na solidariedade. O coração é a base da educação. A arte de educar leva os pais a amar seus filhos. As crianças, que se sentem respeitadas e valorizadas pela família, têm melhor rendimento na escola, têm mais amigos e vida mais saudável. Acompanhar com atenção e muito amor os filhos durante a vida toda, especialmente na infância e na adolescência. Para educar é necessário conhecer sempre mais os filhos. Educar é dar condições para os filhos desenvolverem a capacidade de agir. A finalidade específica da educação é o crescimento na capacidade da pessoa ser livre, conseguir superarse, evoluir, libertar-se e amar. Educar é arte, arte maravilhosa e divina com a qual os pais motivam e dão condições para os filhos desenvolverem a capacidade de ser livres. Diante de certas situações não adianta falar muito, dar belas lições de moral, muito menos corrigir severamente e castigar. O que de melhor po- dem os pais fazer nesses momentos é conseguir que os filhos se unam com eles pela oração. Como seriam diferentes os filhos se os pais fossem os primeiros a rezar, invocando a Deus que é Pai. Os filhos aprenderiam que Deus é família maravilhosa, família que nos convida a ser uma família feliz e santa. Alegria e esperança, mansidão e humildade, paz e segurança, compreensão e diálogo reinarão em todas as famílias que vivem conforme os valores evangélicos. Irmã Luiza Gema Zanolla Diretora da Escola Vicentina Nossa Senhora das Mercês SENTIDO DA VIDA Freqüentemente nos deparamos com pessoas que dizem “minha vida não tem sentido!” Mas, o que é que realmente dá sentido às nossas vidas? O que, na verdade, dá ao ser humano motivação para viver? A doutrina de Viktor Frankl, que não é cristão, mas fala estritamente como terapeuta, merece uma reflexão. Nascido na Àustria, perseguido pelo nacional-socialismo, que o encerrou no campo de concentração de Auschwitz, donde conseguiu escapar com vida, passou a residir nos Estados Unidos. Estudioso do ser humano, verificou, entre outras coisas, que, embora a juventude norte-americana tenha liberdade para praticar sexo, o índice de neuróticos entre os cidadãos norte-americanos é muito elevado. Na verdade, a descontração sexual nos Estados Unidos é livremente vivenciada pelos jovens. Ora, segundo as concepções freudianas, a neurose é o produto da repressão do sexo. A frustração sexual é mecanismo desencadeador de doenças. Foi o que levou Viktor Frankl a perguntar como se explicava a neurose de tanta gente livre para praticar o sexo. Mais: o mesmo pesquisador verificou que, nos Estados Unidos, o impulso de auto-afirmação ou a vontade de poder encontra ampla realização e satisfação. Aos jovens são dadas chances que a juventude de outros países ignora. Ora, segundo Alfred Adler, a neurose decorre da frustração da auto-afirmação das pessoas. É doença da personalidade cujo impulso de auto-afirmação ou cuja vontade de poder é reprimida. Perguntou, então, Frankl: Como se explicam numerosos casos de neurose existente nos Estados Unidos se lá a juventude goza de liberdade sexual, de garantias profissionais e facilidades sociais? Em outras palavras: se o desejo de prazer e o desejo de poder encontram sua satisfação, como entender tantos casos de neurose entre os jovens norte-americanos? O pesquisador austríaco respondeu: O vazio e a angústia existenciais, que afetam o homem, decorrem muitas vezes de outra frustração, não levada em conta por Freud e Adler. Com efeito, dizia Frankl, em todo o homem há também a “vontade de sentido” ou desejo de saber o significado da vida, o por quê e o para que viver. Tal necessidade de sentido da vida é um impulso especificamente humano, arraigado nas camadas mais profundas do psiquismo. É a falta de resposta para a vontade de se ter um sentido para a vida que explica muitos casos de suicídio em nossos dias. Feita a análise, Viktor Frankl chegou à conclusão de que três são os valores estáveis capazes de dar ao homem o sentido da vida: Deus, que não tem princípio nem fim; o espírito, que não se desintegra e nem desaparece, e a eternidade, que significa perpetuidade. Daí ter criado um novo método psicoterápico – a Logoterapia – que tenta levar o paciente à descoberta dos valores estáveis, capazes de o saciar plenamente. Segundo Frankl, o médico que não ajuda o paciente a encontrar o sentido da vida e a descobrir os valores estáveis, fracassa em sua missão. Wilfried Daim, discípulo de Frankl , chega a afirmar que o psicoterapêuta que não instala no paciente valores estáveis, não o liberta da neurose. O psicólogo austríaco lembra a todos que os valores apregoados pela fé são os únicos aptos a responder ao homem. Bem dizia S. Agostinho depois de ter percorrido algumas escolas de filosofia da sua época: “Senhor, Tu nos fizeste para Ti, e inquieto estará nosso coração enquanto não repousar em Ti” (Conf. I,1). Diante da avalanche de propostas materialistas para responder ao homem de hoje, os bens espirituais – tidos por muitos apenas como meramente poéticos – são os únicos valores capazes de satisfazer aos anseios mais profundo do homem. Na época materialista em que vivemos, presenciando tantos casos de neurose existencial, a doutrina de Viktor Frankl é certamente luz e solução para muitos dos que se debatem na angústia e no desespero. Isto se compreende bem: qualquer promessa de felicidade transitória só pode deixar decepcionado o homem, cujas aspirações se voltam para a felicidade sem fim. Qualquer bem que passa, por mais fascinante que seja, é pequeno demais para a fome infinita do coração humano. Frei Alvadi Pedro Marmentini, OFMCap Psicólogo e parapsicólogo [email protected] Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 53 O QUE DIZ A LEI - (XIX) “O que vamos tratar nesse número é a discussão sobre células-tronco embrionárias, aprovado o seu uso em pesquisas científicas”. Muitas vidas se perdem pelo caminho, como através das drogas, da bebida, dos acidentes de trânsito e até por doenças. Usando, pois, as células-tronco acredita-se que se não 100% (cem por cento) dos resultados der certo, mas, pelo menos a maioria alcançará resultado positivo. O que se percebe é o interesse na utilização das células-tronco para solucionar problemas que existem, para tratamento de pessoas que nasceram com problemas físicos de origem genética ou que os contraíram no decorrer de suas vidas. Mas aí vem a grande pergunta: E aquele ser que estava constituído naquela célula-tronco, se ele já existia como ser humano, como uma lei pode permitir sua destruição? Em julgamento histórico, STF aprova pesquisas com células-tronco de embriões. BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quinta-feira, 29 de maio, por 6 votos a 5, as pesquisas com células-tronco embrionárias fertilizadas in vitro após três anos de congelamento. Votaram a favor das pesquisas os ministros Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia, Ellen Gracie, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e o relator do processo, ministro Carlos Ayres Britto. Foram considerados votos vencidos os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Alberto Menezes Direito, Eros Grau, Cezar Peluso e o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. Eles consideram o artigo 5º da Lei de Biossegurança constitucional, mas impuseram ressalvas a forma da aplicação da lei. O Ministro Cezar Peluso sugeriu que, para compor a composição dos comitês de ética o nome 54 - Ano IX - Maio de 2008 dos técnicos, seja avaliado pelo órgão central de Saúde vinculado ao CONEP (Conselho Nacional de Saúde). Reivindicação semelhante apresentou o presidente da Casa, o ministro Gilmar Mendes, para quem a fiscalização é imprescindível e, atualmente, deficiente. Biossegurança A Lei de Biossegurança foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2005 e, no mesmo ano, foi alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), movida pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Católico fervoroso, Fonteles defende que a vida humana inicia-se na fecundação e que, portanto, o artigo 5º da lei - que permite os estudos com as células congeladas por mais de três anos e com autorização dos doadores - fere o direito à vida e a dignidade da pessoa humana. O advogado que representa o Congresso, Leonardo Mundim, comemorou decisão tomada pelo plenário do STF. “A decisão do STF recupera a esperança de milhares de pessoas vitimadas com doenças degenerativas, cuja cura depende dos investimentos nas pesquisas com células embrionárias”, declarou. BRASÍLIA - Com decisão definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias, o coordenador do Movimento Brasil sem Aborto, Jaime Ferreira Lopes, lamentou nesta quinta-feira, dia 29 de maio, a conclusão do julgamento. Lopes afirmou que o Brasil está perdendo no “momento em que se permite que a vida seja sacrificada em seu nascedouro”. “Esta decisão já está tomada ainda que contrarie os nossos princípios. A nossa concepção é de que nos embriões existe vida. Portanto, a pesquisa com células-tronco embrionárias constitui sim uma violação da vida no nosso entendimento”, destacou. O coordenador afirmou ainda que “Não há o que se discutir em uma decisão do STF. Se o Supremo assim entendeu, é porque tinha as suas razões para entender”. De acordo com Lopes, a idéia do movimento é incentivar a adoção de embriões que, segundo Lopes, teria como objetivo sensibilizar os progenitores para que, em vez de disponibilizarem o material para pesquisas científicas, eles adotem casais inférteis sem condições de arcar com os custos de uma fertilização in vitro e promovam esta fertilização. A outra possibilidade, de acordo com ele, é de que seja aprovado pelo Congresso Nacional o PL 1184/03, que trata da reprodução assistida e obriga a transferência “a fresco” de todos os embriões obtidos, não permitindo o seu congelamento. SÃO PAULO - Em nota oficial divulgada na noite desta quinta-feira, 29 de maio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que aprovou por 6 votos a 5 as pesquisas com célulastronco embrionárias. “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou a validade constitucional do artigo 5º e seus parágrafos da Lei de Biossegurança, n. 11.105/2005, que permite aos pesquisadores usarem, em pesquisas científicas e terapêuticas, os embriões criados a partir da fecundação in vitro e que estão congelados há mais de três anos em clínicas de fertilização. A decisão do STF revelou grande divergência sobre a questão em julgamento, o que mostra que há ministros do Supremo que, nesse caso, têm posições éticas semelhantes à da CNBB. Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra. Reconhecer que o embrião é um ser humano desde o início do seu ciclo vital significa também constatar a sua extrema vulnerabilidade que exige o empenho nos confrontos de quem é fraco, uma atenção que deve ser garantida pela conduta ética dos cientistas e dos médicos, e de uma oportuna legislação nacional e internacional. Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. A circunstância de estar in vitro ou no útero materno não diminui e nem aumenta esse direito. É lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas. A CNBB continuará seu trabalho em favor da vida, desde a concepção até o seu declínio natural. Brasília, 29 de maio de 2008” Valter Kisielewicz Advogado e vice-presidente do CAEP. PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA – n.º 23 Cada ser humano é do jeito que é, como resultado de uma série de programações registradas em seu Subconsciente. As programações individuais são aquelas advindas do período da gestação, do parto, da infância, da adolescência ou de qualquer outra fase da vida. Existem também programações culturais, que são aquelas originárias dos povos dos quais determinada pessoa descende. Mas, o ser humano é também partícula do universo e elemento da natureza viva e, por isso, traz programadas em seu subconsciente as leis que governam o universo e a vida. Estas programações são naturais, porque fazem parte da própria natureza do ser humano; são universais, porque são próprias de todos os seres humanos; são imutáveis, porque não é possível desprogramá-las, tampouco alterá-las. Cabe somente conhecê-las e respeitálas. A desobediência a estas leis gera atrito, sofrimento, desintegração. A Parapsicologia do Sistema Grisa apresenta três Leis Cósmicas Básicas: Lei da Harmonia, Lei da Evolução e Lei da Vibração. A primeira grande lei que está presente em tudo no universo é a Lei da Harmonia. Ela integra a essência do universo e está escrita no mais íntimo do ser humano. Harmonia é ordem, que pode ser per- cebida nos átomos ou nas galáxias. Harmonia é a essência do existir, pois só existe aquilo em que a harmonia predomina. Portanto, em nosso universo a harmonia predomina sobre o caos, o amor predomina sobre o ódio, e a saúde predomina sobre a doença. No ser humano a Lei da Harmonia é a que desencadeia o desejo de felicidade. É impossível ser feliz em estado de desarmonia, isto é, em conflito com a Lei da Harmonia. Por essa mesma razão sofre mais quem tem raiva, ódio ou inveja do que aquele que é alvo delas. Sim, pois quem tem raiva, ódio, inveja ou qualquer outro sentimento de desarmonia é quem primeiro cria atrito com a Harmonia Cósmica. E o atrito fere, machuca, queima, destrói. Todo ato e toda atitude, toda palavra e todo pensamento que viole a harmonia afasta o ser humano da felicidade. Por isso é impossível encontrar um injusto, um avarento, um egoísta, um desonesto feliz. Qualquer ser humano que viole de alguma forma a Lei da Harmonia desconhece a autêntica felicidade. Todo sofrimento é sinal de alerta, um aviso, de que algo está em desarmonia. Quando a harmonia é recuperada o sofrimento desaparece. Para exercitar-se: Quando estiver sofrendo, pare, concentre-se e busque dentro si mesmo a causa do sofrimento, identifique o que está em desarmonia, descubra em que aspectos a Lei da Harmonia foi quebrada, tome consciência do que fazer para harmonizar-se novamente. A oração e exercícios de Meditação podem ajudar. Flávio Wozniack - Parapsicólogo 3336-5896 - 9926-5464 Atendimentos: 1. Gratuito (para carentes) Paróquia das Mercês – 3335-5752 2. Particular - Rua Manoel Ribas, 852 - sala 12 – Mercês 3. Cursinho gratuito de Parapsicologia: Na Paróquia das Mercês (sala da Torre), às quintas-feiras das 19h30 às 20h30. O curso tem início na 1ª quinta-feira de cada mês, sendo possível ingressar em qualquer etapa. Programação: Como funciona a mente: Consciente e Subconsciente; As causas da Depressão, pânico, medos, inseguranças etc; Como corrigir as programações negativas da mente; Técnicas de Relaxamento e Programação Mental. Trazer 1kg de alimento ou R$ 5,00 para o trabalho social da Paróquia. MULHER E MATERNIDADE Ser mulher e mãe são dois papéis distintos, embora ambos se complementam. Será que toda mulher tem a vocação para ser mãe? Trata-se de uma escolha e, necessariamente, a mulher não precisa escolher ser mãe porque esta escolha implica várias tarefas a serem cumpridas: criar, educar o filho e liber tá-lo para a vida. Esse projeto de vida na mãe, emocionalmente saudável, vem interiorizado até mesmo antes do filho nascer. Ser mãe é ter a consciência de que um dia o filho cresce e voa, isto é, “abandona o ninho”. Se a mãe tem outros projetos na vida, ela continua seguindo em frente com seus planos tão logo o filho ganhe asas. Caso contrário, a síndrome do “ninho vazio” pode lhe representar um esvaziar-se da vida. O filho nasce da mãe, mas não pertence à mãe. O vínculo “mãe e filho” não pára de se transformar ao longo dos anos de vida. Biologicamente, é determinado que a primeira ruptura mãe e filho acon- tece com o cor te do cordão umbilical. Emocionalmente, esse ato simbólico se repete ao longo da vida do adulto. O desmame é outra perda para o filho. Em cada fase da vida o vínculo mãe e filho se repete passa por grandes transformações. O filho cresce e se torna independente, e essa aparente ruptura é impor tante, se reconhecida conscientemente por par te da mãe e do filho. Cada conquista representa para ambos um ganho e uma perda. Para ganhar precisa perder. Por exemplo: ao perder os privilégios da infância, a criança ganha a liberdade de escolha. Na adolescência, o jovem passa a ser o protagonista da sua própria história. A tarefa de criar e educar é renovadora para ambos, mãe e filho. A mulher que escolhe livremente ser mãe, sem renunciar a outros papéis, como da vida conjugal e da profissão, tem mais condições de transmitir para o filho que a vida é boa e que vale a pena ser vivida. Por tanto, mãe, não faça do seu filho a única razão da sua vida, é muita responsabilidade para ele. Rosecler Schmitz Psicóloga Clínica CRP-08/10728 Cel.: (41) 9601 6045 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 55 12 DE JUNHO, O DIA DOS NAMORADOS! Este é um dia de muitas juras de amor, abraços apertados, beijos, muitos mimos, flores e presentes. Tudo para festejar e comemorar o seu querido parceiro, companheiro, namorado, adolescente, jovem, noivo ou casado! Namorar é preparar-se para assumir a vida a dois e assim continuar a enamorar-se todos os dias de casados. Canta-se e proclama-se o amor em verso e em prosa! No entanto, só o amor não sustenta a relação. Não existem vários tipos de amor, um destinado a familiares e outro ao cônjuge ou a Deus. Entre marido e mulher não há laços de sangue. A mútua sedução tem que ser ininterrupta porque não havendo nenhuma garantia de durabilidade, com qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza e, de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna! Casaram-se. “Te amo pra lá, te amo pra cá”. É lindo mas, insustentável. O sucesso do casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolveram dividir o mesmo teto, deve existir algo mais do que amor. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. As agressões devem ser reduzidas a zero. Ao contrário, a disposição para ouvir argumentos alheios e a paciência devem crescer progressivamente. Amor só, não basta. Não pode haver competição nem comparações. É obrigatório saber usar o jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. O bom humor é sábio remédio para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. É preciso encarar as situações com certa tranqüilidade e com sadio e sincero humor. Amar só, é pouco. A inteligência é outro fator preponderante e deve ajudar a ter um cérebro programado para enfrentar doenças, tensões, rejeições, demissões inesperadas e contas para pagar. É preciso ter e manter a disciplina para educar filhos, dar exemplo e não gritar. O casal tem que ser, naturalmente, um bom psicólogo e saber que, no casamento, não adian- 56 - Ano IX - Maio de 2008 ta apenas amar. Entre casais que se unem, visando a longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, de espaço para os amigos de infância, de vida própria e de um tempo para cada um. A confiança é outro fator de grande importância. É muito sábio saber manter certa camaradagem e, às vezes, até fingir que não viu e fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente fusão e, por isso, amar só, não basta. Entre homem e mulher – que acham que o amor é só poesia – tem que haver discernimento e racionalidade. Urge convencer-se que o amor pode ser bom, que pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não são dois “amores”. Tem que saber que, se aquele amor faz bem ou não e se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sadios sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta. Ao longo dos meus 36 anos de relacionamento amoroso e conjugal, posso até dar algumas dicas, sem ser dona da verdade, sem ser conselheira, mas simplesmente apontar a experiência vivida. Sinto-me feliz – deixando de lado as agruras, os desprendimentos, o amor próprio, as desilusões de sucesso – com a vida de mútua doação para conseguir os frutos que, em resumo, são estes: a felicidade, conquistada na vivência do amor no diaa-dia, na luta, na dor e na alegria, com muita doação, vivendo na parceria e na fidelidade ao companheiro. Neste dia dos namorados, que ele seja vivido intensamente aos que estão nesta fase! Um bom encontro aos que o procuram! Felicidades, parabéns a todos nós! Deus, que é amor, nos faça vivê-lo – assim bonito nas suas realidades normais – todos os dias da nossa vida! Erotides Floriani Carvalho FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO Celebramos a festa de S. Pedro e S. Paulo no dia 29 de junho que, neste ano, ocorre num domingo. É festa litúrgica da apostolicidade e unidade eclesial. Ao mesmo tempo, é festa do calendário folclórico popular que nós chamamos de festa junina. Enfim, uma festa que enche o coração da gente. Pedro era pescador. Como todo judeu, aprendeu a ler e escrever na sinagoga de Cafarnaum. Paulo era fariseu ou mestre da lei e adquiriu o título de cidadão romano. Naqueles tempos era proibido às mulheres de estudar. Nossa Senhora era analfabeta, mas ninguém neste mundo viveu com tanta sabedoria como ela. Tive a felicidade de visitar, em Roma, a Prisão Mamertina onde Pedro esteve preso. Pedro, condenado à crucificação, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, dizendo ser indigno de morrer como Jesus. Paulo, por ser romano, foi decapitado. Os restos mortais de Pedro estão na cripta da Basílica do Vaticano, que visitei com respeito e gratidão. Isto só foi descoberto na primeira metade do século XX. E os de Paulo estão na Basílica de S. Paulo “extra muros”, que também visitei e rezei. Cristo instituiu sua Igreja sobre a rocha firme e inabalável do pontífice, primeiramente representado por Pedro. Pedro assumiu a cidade de Roma como local de seu apostolado, nela escreveu suas cartas e nela deu sua própria vida por amor a Cristo. Para nós, católicos, é dia do Papa, sucessor de Pedro. “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isto, e sim o meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta rocha edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-20). O nome Pedro, em grego Petros e em aramaico Kephas (ro- cha), foi usado pela primeira vez por Jesus, e justamente para designar a missão de Simão. Pedro e Paulo representam a apostolicidade da Igreja. Somos a Igreja católica, apostólica e romana. Devemos sentir a firmeza desta Rocha bendita. Todos os bispos são sucessores dos apóstolos em união com Pedro. Esta sucessão é firmada na His- tória cristã. Nenhuma outra religião possui historicamente estas qualificações. Sabemos que Pedro e Paulo tiveram divergências sobre alguns pontos de adaptação do cristianismo aos pagãos. Para os cristãos judeus era proibido entrar em casas de não judeus, comer carne de porco e de certos outros animais, e era obrigatória a circuncisão e a obediência às leis mosaicas. Pedro procurava seguir estas tradições, mas Paulo, ocupado com o apostolado entre os gentios, procurava isentá-los. Tudo isso foi resolvido no concílio apostólico de Jerusalém (At 15, 1-29) e a paz voltou para a primitiva Igreja Cristã até nossos dias. Somos católicos na comunhão com Pedro e seus sucessores e nos sentimos tranqüilos e felizes por isto. Acreditamos na veracidade da Igreja de Cristo que está centrada e firmada no comando do Papa com os bispos. Sabemos que aconteceram e ainda existem mais ou menos cinqüenta e quatro mil cismas ou divisões de grupos pentecostais cristãos, cada qual com seus fundadores, diferentes uns dos outros, apoiados em suas próprias idéias que são obrigatórias para seus seguidores. A cada dia nascem mais e mais grupos dissidentes pentecostais. Por que será que tantos católicos abandonam sua Igreja que, para nós, é a única verdadeira de Cristo? Os motivos principais são estes: falta de fé esclarecida, busca de novas tentativas econômicas, antipatia com alguns sacerdotes e bispos católicos, certos preceitos de moral, maus exemplos de católicos, o relativismo que faz cada pessoa seguir seu gosto pessoal, falta de atualização ou “aggiornamento” como dizia o saudoso papa João XXIII. Feliz o católico que persevera em sua religião! “As portas do Inferno não prevalecerão contra ela”. Frei Ovídio Zanini, OFMCap “O CAPUCHINHO” COMEMORA o 9º aniversário! É com muita alegria e satisfação que a equipe coordenadora do jornal O capuchinho lembra seu 9º aniversário. São nove anos repletos de dedicação e trabalho. Desde o início, no ano de 1999, a elaboração do jornal contou com pessoas dispostas a dar o melhor de si para a realização da Pastoral da Comunicação na paróquia N. Sra. das Mercês. Hoje, com algumas mudanças no quadro de colaboradores, o trabalho, pode-se dizer, que melhora a cada ano que passa, graças à dedicação de todos os que participam da confecção de O Capuchinho. Desenvolver atividade voluntária é tarefa prazerosa e recompensadora, ainda mais quando o tra- balho é voltado à pratica religiosa. Há apenas dois anos faço parte da equipe do jornal e tenho aprendido com esse trabalho a cada edição que passa. Além de desenvolver a escrita, encontrei pessoas que acrescentaram em vários aspectos da minha vida. Mesmo com problemas e ocupações do dia-adia, uma mãe doente no hospital, a fase de adaptação a novo emprego, as pessoas que contribuem para o jornal não deixam a corda arrebentar e seguem em frente com atividades desta pastoral. Embora alguns artigos várias vezes atrasem a ser enviados e cheguem quase na hora de fechar a edição, nosso boletim não desanima e continua sua caminhada. No fim, tudo dá certo porque há dedicação e esforço. Façamos a nossa parte que o resto Deus proverá. “Esforça-te e tenhas bom ânimo, porque o Senhor Deus é contigo” (Josué;1-9). Desta maneira, nosso jornal sempre recebeu elogios e tornou-se um dos ícones da igreja N. Sra das Mercês. Esperamos que “O Capuchinho” possa comemorar tantos outros aniversários. Desejamos que sempre estejam a sua frente pessoas empenhadas a desenvolver bom trabalho, para que continue, assim, referência da nossa paróquia. Janaína Martins Trindade - Jornalista Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 57 QUER CAMINHAR? QUER CORRER? Se você quer se tornar um caminhante ou um corredor de forma saudável e segura, inclua em seu “kit” os seguintes itens: - Relógio cronômetro para marcar o tempo de sua atividade; - Medidor de freqüência cardíacas para monitorar seus batimentos cardíacos enquanto você se exercita (não obrigatório); - Dois pares de tênis com solado alto que ofereça amortecimento e estabilidade. Existem tênis específicos para caminhada e para corrida: (*1) (*2) - Boné para proteger-se do sol; roupas leves, bem arejadas. Corpo abafado perde sais minerais e eletrólitos sem necessidade. Suar não é sinônimo de perda de gordura; - Água, muita água, principalmente no verão; - Procure alternar o tipo de piso, como também trajetos para evitar a monotonia; - Controle das descidas – Existe uma sobrecarga nas articulações do joelho, tornozelo e quadris em descida, se não houver controle da velocidade. Correndo em descida, o corpo pode pesar até 4 vezes mais. Diminua o ritmo, incline o corpo um pou- co para trás e mantenha os cotovelos ligeiramente afastados para dar maior equilíbrio e sustentação ao corpo. Passadas curtas absorvem o impacto; - Complete a corrida ou a caminhada com alguns exercícios para o abdômen e braços; - Não fuja dos alongamentos; - Procure uma companhia – é mais agradável e seguro. Notas: (*1) Ao comprar seu tênis, saiba qual é seu tipo de pisada – calcanhares virados para dentro (pronação) ou para fora (supinação). Para isto, pegue um calçado seu usado e observe onde está concentrado o desgaste. Lembre-se que o tênis para pronadores têm uma barra reforçada de cor diferente, cinza ou preta, do lado de dentro. Para os supinadores, o reforço fica do lado de fora. Na dúvida, opte por um neutro. (*2) Seu tênis deve ser sempre meio número maior do que o seu pé, principalmente se você for corredor, evitando assim a perda de unhas. Dicas do prof. Tadeu Natálio Presidente da Associação PRÓ-CORRER de incentivo ao esporte - telefone 9973-4282 UTILIZE SUAS “EMOÇÕES” A SEU FAVOR No seu dia-a-dia, quantas vezes você teve ações e reações que fizeram você se questionar: “Ah! Não era isso que eu queria dizer!...” “Não era isso que eu queria fazer!...” Que força estranha é essa que faz você dizer ou fazer o que não quer? Sabe por que isso acontece? É porque o comportamento do ser humano está relacionado com duas funções de sua mente: o consciente e o subconsciente. O consciente é a mente racional e o subconsciente é a mente irracional. O ideal é o consciente comandar o subconsciente, mas, quando ocorre o inverso, as pessoas muitas vezes se deixam levar por atitudes irracionais. Para entender melhor o conceito de consciente e subconsciente, imagine um iceberg flutuando em imenso mar. A parte do iceberg que fica acima da superfície do mar equivale à nossa mente racional, ou seja, o consciente, sendo apenas 10% de todo o iceberg. Ele detém a capacidade de pensar, raciocinar, analisar e tomar decisões. A porção que fica submersa equivale ao nosso subconsciente, à nossa mente irracional, o qual representa 90%. Segundo programações nele existentes, o subconsciente desencadeia todas as reações sentimentais e emocionais do indivíduo, dos sentimentos mais profundos aos mais mesquinhos. Se neste momento você ouvisse uma música de Natal, qual seria sua sensação, seu sentimento? Provavelmente, se você tiver lembranças (programações mentais) de “Natais Felizes”, terá a sensação de alegria, entusiasmo e bem-estar. Se, ao contrário, você passou “Natais” sozinho ou guarda recordações de acontecimentos tristes dessa época, você possivelmente aciona essa programação e sente a sensação de tristeza. Há sentimentos e emoções que percebemos 58 - Ano IX - Maio de 2008 claramente nos outros e, às vezes, em nós mesmos, que evidenciam sua irracionalidade. Você tem medo de rato ou de frágil e inofensivo inseto como a barata? É porque, um dia, foi gravado em seu subconsciente – através de experiência negativa – que o rato (ou a barata) é “perigoso e nojento”. Se essa programação não for desfeita, o absurdo de sua reação irracional e mecânica permanecerá ao longo dos anos. Você deve ter observado que muitas de suas preocupações são mais produtos da sua imaginação do que da realidade. Grande parte dos temores e preocupações nunca se tornam concretas. Sabe por quê? Porque você não manteve esses sentimentos em evidência, não se envolvendo em profunda emoção em relação a eles. Você tem o direito de vivenciar sentimentos positivos e agradáveis emoções, mas sob o comando do seu consciente racional. O subconsciente não diferencia o real do imaginário. A neurologia comprovou que a mesma região do cérebro é acionada tanto para o real, como para o imaginário. Portanto, aproveite da imaginação positiva. Mantenha sempre em sua mente coisas boas, alegres e sonhos produtivos. “O que se cria na mente Subconsciente torna-se Realidade”. Familiarize-se com suas forças íntimas e deixe seu subconsciente agir a seu favor. Para que isso se realize, a condição primordial é o relaxamento físico e mental. A relaxação física, quando praticada diariamente, é acompanhada de “relaxação mental”, que nos permite controlar melhor, conscientemente, o nosso mecanismo automático (subconsciente). Na maioria das vezes, as pessoas se deixam dominar por suas emoções e desejos. Quem têm boas intenções, mas não são capazes de atingir as suas metas, é porque não dominam o seu subconsciente. Estas pessoas são como o Apóstolo Paulo que, no sétimo capítulo da carta aos Romanos, disse: “Há uma força em mim que não me deixa realizar o bem que desejo fazer, e me arrasta para o mal que não quero fazer”. (Rom 7,15). Você já se sentiu assim? Ótimo! Então você sabe que essa força advém das programações de seu subconsciente! Você percebe que o subconsciente no ser humano é maravilhosamente desenvolvido e extraordinariamente poderoso. No entanto, paradoxalmente, continua irracional, mecânico e automático. Sabendo disso, você percebe a importância de dominar o seu subconsciente e colocá-lo a serviço do consciente. Para você melhorar como pessoa, com sua família, ou como profissional, e para sentir-se calmo sereno e confiante diante das dificuldades e obstáculos do dia-a-dia, reserve diariamente, pelo menos, quinze minutos para se compenetrar e buscar, dentro de si, nas profundezas de sua mente, a tranqüilidade, a serenidade e a segurança. A melhor hora para sugestionar o subconsciente é antes de adormecer, logo ao despertar e quando em estado de relax (corpo relaxado e mente tranqüila). O subconsciente executa suas mais altas funções quando os sentidos objetivos estão em repouso. É nesse momento que aflora a sabedoria interior. Nas profundezas reside o poder infinito, a sabedoria infinita, a saúde infinita. Tenha uma vida espiritual, converse com Deus e agradeça sempre “o dom da vida”. Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga e Hipnóloga fone 3225-3526 FR. ALCIDES ROSSA Frei Alcides Rossa, filho de Vitório Rossa e Ema Pellegrini, nasceu em Barra Fria, hoje Lacerdópolis-SC, aos 29.7.1935 que, então, pertencia ao Município de Campos Novos-SC. Padre Mathias Michelizzo batizou-o na igreja São Paulo Apóstolo, em Capinzal-SC, aos 28.9.1935. Dom Daniel Hostin, bispo de Lajes-SC, crismou-o na igreja de Herval Velho-SC, aos 11.2.1943. Recebeu a primeira eucaristia na igreja N. Sra. das Dores em Lacerdópolis, em missa presidida pelo frei Augusto Wonelig, OFM. Após ter iniciado o primeiro grau na Escola Municipal Pinheiros (1947-1949), ingressou no Seminário São Francisco de Assis, em Lacerdópolis-SC e fez os demais estudos com os freis capuchinhos até ser ordenado sacerdote aos 22.12.1962, por D. Jerônimo Mazzarotto, auxiliar de Curitiba, na igreja N. Sra. das Mercês. Em Lacerdópolis, entre seus familiares, parentes e conhecidos, celebrou sua primeira missa solene aos 30.12.1962. Frei Alcides trabalhou em vários lugares, como, Siqueira Campos, Butiatuba, Londrina, Ponta Grossa, Florianópolis, Curitiba, igreja das Mercês, na Cúria Provincial e na Casa de Oração. Em nossa igreja das Mercês de 1980 a 1984, de 1990 a 1993 e de 1996 a 1997. Como pároco cuidou das Pastorais e dos movimentos eclesiais. Repintou o interior da igreja das Mercês, mas somente nas partes em que não há pinturas e enfeites. Frei Alcides era inteligente e sabia expor os assuntos com muita clareza. Sua oratória fluente e clara prendia a atenção dos ouvintes. Sua dinâmica e metodologia nas palestras motivaram os muitos convites para assessorar cursos aos mais variados grupos. Tinha mente aberta e atualizada diante dos problemas da Igreja e do mundo. Era de convivência fraterna alegre, participa- 29.07.1935 – Lacerdópolis-SC 28.04.2008 – Curitiba-PR tiva e receptiva. Manteve e cultivava amizades, mostrando lealdade e fidelidade aos compromissos assumidos. Em seus trabalhos era muito preciso, atencioso e capaz. Sabia estar presente em todos os momentos para acompanhar atividades, celebrações religiosas, movimentos eclesiais e na vida fraterna. Nas dificuldades e pro- blemas sabia mostrar seu sorriso característico, que comunicava e ensinava. Sabia respeitar as pessoas, colocando-se no mesmo plano, mas, ao mesmo tempo, sendo muito franco. Procurou usar seus dons para servir a Igreja e a Ordem. Nos últimos anos de sua vida, frei Alcides enfrentou diversas dificuldades de saúde, um verdadeiro calvário. Sofreu muito, mas nunca desanimou. Após ter sido operado do coração por três vezes e ter tido complicações, inesperadamente viu-se diante de problemas provocados por um tumor maligno que, lentamente, foi invadindo seu organismo, obrigando-o a passar por diversas cirurgias penosas. Com os enfermeiros, freis e pessoas que dele cuidavam, mostrava-se educado e amável. Passou o último mês de sua vida internado no Hospital N. Sra. das Graças, definhando, imobilizado, sem poder falar e até sem comer pois o câncer atingiu seu esôfago. No dia 28 de abril de 2008, às 21h10, faleceu serenamente. Às 6h30 de 29.4.2008, houve missa exequial na Igreja das Mercês, com a presença dos freis do convento e da cúria provincial e do povo. Às 11h seu corpo foi transladado para Butiatuba, onde foi celebrada outra missa exequial, às15h30 na capela interna do convento de Butiatuba-PR, presidida por fr. Darci Catafesta, vigário provincial, e concelebrada pelos 14 sacerdotes presentes. Terminada a missa, fr. Mauro V. Rodrigues presidiu a encomendação. A seguir, o corpo foi conduzido ao cemitério e, após as orações rituais proferidas também por fr. Mauro, foi depositado na sepultura, enquanto os presentes cantavam “Com minha Mãe estarei”. Sua alma gozava da visão beatífica do Senhor na Glória. Interessante notar que choveu o dia inteiro. Durante a missa, a chuva foi parando e quando foi sepultado o sol apareceu no horizonte, pondo-se lentamente. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 59 MÊS DO CORAÇÃO DE JESUS “Se alguém tem sede, diz Jesus, venha a Mim e beba” (Jo 7,37-39). Com este convite Jesus nos chama para entrar no seu Coração, fonte infinita de luz, verdade, vida e salvação. Só amamos a Deus quando conhecemos profundamente o Coração de Jesus, expressão real do amor de Deus Pai. É deste amor que surgem nosso compromisso e nossa aliança com o Amado. Devemos corresponder a este amor com confiança e simplicidade, com espírito de reparação, com amor ao próximo, em especial, aos mais necessitados. As raízes da devoção ao Sagrado Coração de Jesus encontram-se nas Sagradas Escrituras e na tradição da Igreja. Muitos são os textos bíblicos que auxiliam entender esta devoção. Desde os primeiros tempos de Cristianismo, os cristãos se tornaram devotos do lado aberto do Coração de Cristo. Na Idade Média, surgiram os primeiros devotos, como, São Bernardo, São Boaventura, Santo Alberto Magno, Santa Gertrudes, Santa Catarina de Sena, entre outros. Mas foram as visões e revelações de Santa Margarida Maria Alacoque, ocorridas entre 1673 a 1675, que salientaram o amor de Deus por nós, sempre misericordioso e fiel, porém, continuamente ultrajado e desconhecido dos seres humanos. Por isso, Jesus disse: “Eis o Coração que tanto amou os homens e deles só recebe ingratidões”. Os ensinamentos de Santa Margarida Maria Alacoque foram determinando a forma da devoção ao Coração de Jesus: ante a ingratidão e o abandono dos homens, a reparação e a comunhão nas primeiras sextas-feiras, bem como, a instituição da solenidade do Sagrado Coração de Jesus na oitava de Corpus Christi. Jesus pediu também que se fizesse uma imagem mostrando o seu Coração. Como reconhecimento ao Coração de Jesus, que tanto nos ama, os devotos fazem a entronização dessa imagem em seus lares. O movimento responsável pela devoção ao Sagrado Coração de Jesus é o Apostolado da Oração. Refletindo sobre a vida de Jesus e de suas atitudes com as pessoas humanas, podemos descobrir as múltiplas riquezas do Sagrado Coração de Jesus, tais como: Coração Humilde Pediu a João Batista que o batizasse (Mt 3,13). Lavou os pés dos discípulos (Jo 13,5). Coração Obediente Deu mostras da sua submissão aos pais, acompanhando-os na viagem a Nazaré (Lc 2,51). Coração Compassivo Curou enfermos (Mt 9,5-7). Ressuscitou mortos (Mt 9,25). Coração Justo Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22,21). Coração Misericordioso Perdoou a mulher adúltera, recomendando que não voltasse a pecar (Jo 8,11). Coração Carinhoso Abraçava as crianças, abençoando-as (Mt 18,2-5). Coração Terno Na noite da despedida, chamou seus discípulos de “filhinhos... amigos” (Jo 13, 33). Coração Amigo Chorou por Lázaro diante das lágrimas de suas irmãs (Jo 11,35-37). Coração Manso Disse ao soldado que o esbofeteou: “Se falei mal, diz-me em quê. Se falei bem, por que me feres?” (Jo 18,23). Coração Forte Expulsou os mercadores do templo. Assim, não admitiu que a casa de Deus se tornasse um covil de ladrões (Mt 21,13). Coração Majestoso Dominou as forças da natureza, acalmou a tempestade, dizendo: “Cala-te! Silencia” (Mc 4,39). Coração Poderoso Seria impossível enumerar a riqueza, a profundidade, a beleza, a ternura e a harmonia que existe no Sagrado Coração de Jesus. Diante da Sua magnitude, a humanidade se curva agradecida para proclamar: “Sagrado Coração de Jesus, eu confio em Vós”. Maria Inês Karam Salata Membro do Apostolado da Oração SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA OU DE LISBOA No próximo dia 13 de junho celebraremos Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa. Este Santo tão popular nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195, recebendo o nome de Fernando Martins de Bulhões. Filho de família de ascendência nobre, Fernando vive com os pais e uma irmã, Maria, até aos 15 anos de idade. Em 1210 entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de S. Agostinho, em Lisboa. Sempre se demonstrou muito estudioso e inteligente. Oito anos depois (em 1218), Fernando era ordenado sacerdote. Aos 25 anos de idade, Fernando conheceu os franciscanos e decidiu entrar para a Ordem Franciscana, mudando seu nome para Antônio. Numa completa entrega à missão, partiu para Marrocos, mas logo adoeceu e vê-se obrigado a regressar, aportando em Messina, na Sicília, depois de viagem cheia de perigos. Os franciscanos dessa cidade cuidaram dele e, em dois meses, tinha recuperado a saúde. Na festa de Pentecostes, foi convidado ao Capítulo Geral de Assis, chegando, com outros franciscanos em Santa Maria dos Anjos (perto de Assis). Participou desse Capítulo Geral de 1221 – conhecido como “das Esteiras” (porque os frades dormiam em cima de esteiras) – onde pôde ver São Francisco de Assis. Admitido na província franciscana da Romagna, os superiores descobriram nele dotes de pregador. Por 60 - Ano IX - Maio de 2008 isso, a partir de 1222, frei Antônio percorreu quase toda a Itália como pregador e mestre de Teologia, chegando a ser convocado pelo próprio Francisco de Assis para ensinar em Bolonha, Montpelier ou Toulouse, tornando-se o primeiro franciscano a ensinar teologia. Com a morte de S. Francisco, em 1226, Frei António muda-se para a cidade italiana de Pádua, onde passa a escrever os sermões dominicais. A afluência às suas missas aumenta de tal maneira que, em breve, terá de discursar em campo aberto. A sua celebridade aumenta ao ponto de ser santificado, ainda em vida, pelo povo, que disputava por um simples pedaço do seu hábito como relíquia. Aos 13 de junho de 1231, nas mediações de Pádua, na Itália, faleceu Santo Antônio, aos 36 anos de idade. Foi canonizado Santo antes que se completasse um ano de sua morte, aos 30 de maio de 1232. Seu sepulcro foi erigido em Pádua, onde, ao longo do tempo, foi sendo alvo de grandes peregrinações, na Igreja de Santo Antônio. Por outro lado, a Igreja de S. Antônio de Lisboa, erguida sobre a sua casa, também é alvo de intensa peregrinação. O dia 13 de junho é, pois, a data de celebração do santo em Lisboa e Pádua, as cidades que o viram nascer e morrer. Santo Antônio é conhecido como “o santo casamenteiro” porque, já em vida, orientava os namorados, noivos e casais. As famílias acorriam a ele para ouvir seus conselhos. Quanto aos pãezinhos de Santo Antônio, contase que certa vez faltou pão no convento dos freis e estes pediram ao Frei Antônio que encontrasse uma solução. Frei Antônio colocou-se em oração e imediatamente os cestos vazios se encheram de pães, que foram também distribuídos aos pobres. Até hoje, às terças feiras, em muitas Igrejas, são distribuídos os pãezinhos de Santo Antônio, para recordar que ele é o Santo dos pobres; e que partilhar o pão é partilhar a vida e comprometer-se com as causas sociais. Por quê Santo Antônio é invocado como protetor das coisas perdidas? Conta-se que, em 1890, na cidade de Toulon (França), uma senhora perdeu as chaves de seu armário. Então fez uma promessa a Santo Antônio, que se encontrasse as chaves daria pães aos pobres. Encontrou as chaves e, pelo resto de sua vida, distribuiu pães aos pobres. Daí que surgiu a Pia União de Santo Antônio. A novena de Santo Antônio começou em 1617 na cidade de Bolonha (Itália). Uma senhora, necessitando de grande graça, recorreu a Santo Antônio. Em certa noite, em sonho, ele lhe apareceu e disse: “Visite, em nove terças-feiras seguidas a minha imagem na Igreja e será atendida”. Fez conforme o santo dissera e conseguiu o desejado. Até nossos dias muitas pessoas fazem as nove terças-feiras (novena), ou treze terças-feiras (trezena) e alcançam de Deus, através de Santo Antônio, as graças desejadas. Programação para os dias dedicados a Santo Antônio Na paróquia N. Sra. das Mercês, todos os anos festejamos Santo Antônio, com o tríduo. Neste ano celebraremos de 12 a 15 de junho com a distribuição dos pãezinhos e a oração de Santo Antônio nas celebrações eucarísticas e também nas celebrações de Entreajuda (no dia 12 de junho). No dia de Santo Antônio (13 de junho) teremos a missa da família, às 19 horas, em nossa Igreja. Venha participar com sua família. As possíveis ofertas serão encaminhadas às casas onde se formam jovens para a vida capuchinha. Santo Antônio, rogai por nós e pelas nossas famílias. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap. VAMOS JOGAR O NOSSO “EU” NA LATA DE LIXO? Você já deve ter notado que as criancinhas são muito mais sensitivas do que racionais, tendo em vista que o intelecto das mesmas ainda está em fase de formação. Assim, nas primeiras fases da vida o ser humano encontra-se, nesse aspecto, bem mais próximo dos animaizinhos, pela preponderância dos comportamentos instintivos. Por exemplo: se oferecermos a uma criancinha a alternativa de que ela receba 1 sorvete agora ou 7 sorvetes dentro de 10 dias, ela provavelmente optará pela satisfação imediata de seus desejos: 1 sorvete agora! Nós, como adultos, possuímos o nosso intelecto desenvolvido. No entanto, um fenômeno curioso (e desastroso sob o ponto de vista da evolução das espécies!) tem sido bastante observado: temos buscado, de forma quase irracional e altamente instintiva, a satisfação imediata de nossos desejos. E este, obviamente, é um processo de “animalização”, onde o instinto passa a preponderar sobre o racional! Tudo, hoje, é prazer JÁ. É satisfazer-ME. E o problema desta auto-satisfação é que, com ela, o “EU” fica exageradamente inflado, enquanto que o “NÓS” reduz-se praticamente ao zero. Deste modo, somem as ‘causas comuns’, desaparece o sentido de ‘fazer o bem ao outro, sem esperar qualquer retorno pessoal’. E, como conseqüência, ocorre a total falência do amor (que, em última análise, constitui-se exatamente em buscar o bem da pessoa amada, de forma desvinculada de interesses próprios, pessoais). E note que esta não é uma questão apenas filosófica ou religiosa. Basta olharmos para o lado e veremos, já com grande proximidade de nós, as separações de casais (quantos conhecidos seus estão separados?), o excesso de bebida alcoólica (já não é o hábito de alguns de seus amigos e familiares?), as drogas (você duvida que elas estão presentes nas escolas de nossos filhos?), a miséria (já não se faz bem presente nas ruas das nossas cidades?), e até mesmo os casos mais violentos como os de filhos matando pais (Suzanne Von Richtofen) e pais matando filhos (Isabella de Oliveira Nardoni)! Por outro lado, também podemos perceber que estamos rodeados de pessoas boas! Então, por que casos de tamanha desgraça têm ocorrido? Certamente, uma das grandes causas (claro, há muitas outras!) é a animalesca busca pelo prazer, pessoal e imediato: o chamado “hedonismo”! E o antídoto para isso é um só: jogar o nosso “EU” na lata de lixo! Quão próximos esses (indiscutivelmente sérios!) problemas terão que estar de nós, para que tomemos uma atitude nesse sentido? Um bom caminho, sem dúvida, é fazer mais pelos outros e pensar menos em nós mesmos! Enquanto nosso olhar estiver dirigido para os nossos próprios umbigos, continuaremos amargando tristezas, ansiedades, preocupações e desastres. Marcos de Lacerda Pessoa PAREI DE FUMAR E AGORA? É possível minimizar as conseqüências do tabagismo no organismo Dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar a população sobre os males causados pelo hábito de fumar. Muitos tabagistas, que reconhecem esses danos e decidem parar, ainda sofrem com as conseqüências do antigo vício, principalmente com bronquite, enfisema e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). “A nicotina liberada pela queima do cigarro irrita os pulmões e estruturas respiratórias, causando uma reação inflamatória que modifica os brônquios e obstrui o fluxo aéreo”. Toda a respiração é prejudicada, porque diminui a oxigenação dos tecidos e causa a desnutrição dos músculos. Assim, as pernas e braços ficam mais fracos e o paciente precisa de mais energia para realizar tarefas rotineiras. “Com o aumento do cansaço, dores musculares e câimbras, a pessoa acaba se afastando de atividades físicas e o sedentarismo piora a sua condição”. Uma opção de tratamento para pacientes com DPOC é a fisioterapia respiratória, que pode aliviar a falta de ar, melhorar o condicionamento cardiovascular, aumentar a força muscular e promover a qualidade de vida. “Com aplicação de algumas manobras, orientação dos padrões respiratórios e posturas facilitadoras da ventilação pulmonar, o fisioterapeuta respiratório atua no tratamento da DPOC, promovendo a desobstrução dos brônquios”, aponta a especialista. Quando necessário, o profissional pode prescrever e orientar exercícios aeróbicos e de força para melhorar o condicionamento cardio-respiratório, a força muscular e a flexibilidade articular, diminuin- do os sintomas da doença. Logo, o paciente volta às suas atividades diárias, sem precisar gastar tanta energia quanto antes. Durante o tratamento médico, o acompanhamento do fisioterapeuta ajuda os pacientes e familiares a aprenderem como lidar com a doença e com as crises. “A orientação profissional estimula ainda toda a família a abandonar hábitos nocivos à saúde como o tabagismo e o sedentarismo – fatores de risco predisponentes às doenças cardiovasculares, câncer e DPOC”, salienta. O poder das agulhas A acupuntura, técnica oriental que usa agulhas para estimular pontos específicos do corpo, também pode ser uma aliada para abandonar o fumo e, depois, para recuperar a saúde. “A acupuntura ajuda a fortalecer os órgãos comprometidos pelo fumo, inclusive o pulmão, e ainda diminui a ansiedade na fase da abstinência”, explica a acupunturista da Clínica Contato, Alessandra Banwart. Pesquisas da Organização Mundial da Saúde, publicadas em 2002, mostraram que a acupuntura reduz em até 70% o prazer de fumar. Assim, sem prazer no fumo, o paciente tem maior facilidade em manter-se afastado do vício. “Sempre indico a meus pacientes que, além do tratamento convencional e da acupuntura, a mudança de ambientes e de ritmo de vida, uma boa alimentação, prática de atividades físicas e o convívio social são fundamentais para o êxito na luta contra o cigarro”, considera. Rita de Cássia Munhoz Fisioterapeuta F: 32341616/92052778 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 61 OS SACRAMENTOS DA PENITÊNCIA E DA UNÇÃO DOS ENFERMOS Nos números anteriores de nosso jornal O Capuchinho, refletimos sobre os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia. Agora estudaremos a Penitência e a Unção dos Enfermos. O Sacramento da Penitência É também chamado de “confissão”, porque supõe a declaração dos pecados diante do sacerdote; ou de “reconciliação” porque nos leva à reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs. O Sacramento da Penitência foi instituído por Jesus Cristo quando conferiu aos apóstolos (e neles aos seus sucessores) o dom do Espírito Santo e lhes disse: “Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). A parábola do filho pródigo (Lc 15,11-24), contada por Jesus, mostra o processo de conversão daquele filho (e de todos nós) e o amor misericordioso e acolhedor do pai (Deus). Há tantas outras passagens bíblicas em que Jesus mostra o amor misericordioso do Pai, sempre pronto a perdoar (cf. Mt 9,2-8; Lc 5,17-26; 23,35-43; Jo 8,1-11) (cf. Mário de França Miranda, “O Sacramento da Penitência”, S. Paulo, Loyola, 1986, pp. 30-46). Por quê Jesus instituiu o Sacramento da Penitência? Porque Ele sabia de nossa fragilidade e de nossa inclinação ao pecado. Então quis que, através de um sacramento, pudéssemos voltar à amizade com Deus e com nossos irmãos e irmãs. Os efeitos do Sacramento da Penitência são: a) Perdoa nossos pecados e reconstitui em nós a graça de Deus; b) Reconcilia-nos com a Igreja, visto que o pecado quebra a comunhão fraterna; c) Dá-nos a paz e a tranqüilidade de consciência e intensa consolação espiritual; d) Antecipa, de certa maneira, o julgamento misericordioso de Deus, ao qual seremos submetidos no final de nossa vida terrestre. Por quê se confessar com o Padre? Não basta se confessar diretamente com Deus? De fato, só Deus pode perdoar os pecados (cf. Mc 2,7). Por ser o Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: “O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados” (Mc 2,10). Em virtude de sua autoridade divina, Cristo transmite esse poder aos apóstolos (e aos seus sucessores) para que o exerçam em seu nome (cf. Jo 20,21-23), encarregando-os do ministério da reconciliação (cf. 2Cor 5,20). Por isso, é o próprio Jesus que, através do sacerdote, nos perdoa. E, do ponto de vista humano, temos necessidade de falar à alguém das nossas dificuldades, de buscar orientação e de ouvir alguém dizer, em nome de Deus: “Eu te perdôo dos teus pecados”. Quando devemos nos confessar? Sempre que sentirmos necessidade. Mesmo que não tenha- 62 - Ano IX - Maio de 2008 mos cometido pecados graves, não é bom passar muito tempo sem se confessar, pois a confissão, além de perdoar os pecados, confere-nos a graça de Deus para sermos fortes diante das dificuldades e progredirmos no processo de conversão. “A confissão regular dos nossos pecados nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra as más tendências, a ver-nos curados por Cristo e a progredir na vida do Espírito” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1458). O Sacramento da Unção dos Enfermos A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram presentes na vida do ser humano. Na doença, a pessoa experimenta sua impotência, seus limites e sua transitoriedade. A doença pode levar a pessoa à angústia, a fechar-se sobre si mesma e, às vezes, até ao desespero e a revolta contra Deus. Mas também pode tornar a pessoa mais madura e ajudá-la a discernir em sua vida o que é essencial. Não raro a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a Ele. Nosso Senhor Jesus Cristo sempre teve com- paixão dos doentes e realizou a cura de muitos deles (cf. Mt 4,24). Não curou todos os enfermos. Suas curas eram sinais da vinda do Reino de Deus. Sua compaixão para com os enfermos é tão grande que ele se identifica com eles: “Estive doente e me visitaste” (Mt 25,36). Na missão que confere aos discípulos diz: “Curai os doentes” (Mt 10,8). E ao partir deste mundo, encarrega os seus discípulos de continuar sua missão, cuidando dos doentes: “Eles imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados” (Mc 16,18). Na carta do Apóstolo Tiago encontramos o fundamento bíblico do Sacramento da Unção dos enfermos. Ali se diz: “Se alguém de vocês está enfermo, chame o presbítero da Igreja para que ore por ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente, o Senhor o levantará e se tiver pecado receberá o perdão” (Tg 5,14-15). Os efeitos do sacramento da Unção dos Enfermos são: a) Por dom particular do Espírito Santo, confere ao doente ou aquele que sofre, o conforto, a paz e a coragem para enfrentar suas dificuldades. Quer levar o enfermo à cura da alma, e também à do corpo, se for esta a vontade de Deus. E se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados. b) Une o enfermo à paixão redentora de Jesus Cristo. Então o sofrimento recebe novo sentido: torna-se participação na obra salvífica de Cristo. c) Por este sacramento, o enfermo contribui para a santificação da Igreja e de todas as pessoas (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn.1520-1522). A Unção dos Enfermos não é um sacramento só para os que se encontram às portas da morte. Poderão recebê-lo aquelas pessoas que começam a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice. Pode-se recebê-lo, inclusive, antes de cirurgia de alto risco. Se um enfermo, que recebeu a Unção dos Enfermos recobrar a saúde pode, em caso de recair em doença grave, receber de novo este sacramento. No decorrer da mesma enfermidade, este sacramento pode ser repetido se a doença se agravar. O mesmo vale para pessoas de idade avançada cuja fragilidade se acentua. Como conclusão, notemos que os Sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos têm função curativa (são chamados “sacramentos de cura”) visto que, perdoando os nossos pecados, restitui-nos a saúde do espírito e também do corpo, se esta for a vontade de Deus. Aproveitemos então, sempre que necessário, destes dons maravilhosos deixados por Jesus Cristo para a nossa vida e salvação. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap CURSO DE NOIVOS O curso de noivos, oferecido pela Paróquia N. Sra. das Mercês, visa preencher a necessidade e a procura crescente, pois, a paróquia têm se tornado referencial de acolhimento e atendimento às mais variadas necessidades. Desta forma, atualmente se encontram à disposição 9 (nove) casais distribuídos em determinados dias de cada mês para estarem promovendo o curso personalizado para os noivos. O curso personalizado é realizado em três encontros semanais, no final e no meio da semana, na casa do casal que oferece o curso, com duração aproximada de uma hora e trinta minutos para cada encontro. Normalmente, o dia e o horário são previamente agendados com o próprio casal no mês em que se encontra realizando o curso. A proposta do curso personalizado é buscar melhor reflexão entre os noivos do real sentido do matrimônio, e deixá-los mais a vontade para participar e interagir tirando as dúvidas que surgirem. Com esta iniciativa espera-se estar atendendo as expectativas dos jovens casais, e estar contribuindo para a boa formação desta nova célula familiar. Paz e bem, Einar e Adrian Miranda Meira [email protected] CRONOGRAMA ENCONTRO DE NOIVOS – 2008 Janeiro Fevereiro Semana Final de semana Março Semana Final de semana Abril Semana Final de semana Maio Semana Final de semana Junho Semana Final de semana Julho Semana Final de semana Agosto Semana Final de semana Setembro Semana Final de semana Outubro Semana Final de semana Novembro Semana Final de semana Dezembro Férias Roberto e Rossana Miguel e Ana Tereza 3015-3716 3339-2076 Luiz Carlos/Marilda João e Scheila 3336-5520 3232-9912 Roberto e Rossana Einar e Adriana 3015-3716 3249-1266 Miguel e Ana Tereza Nilson e Andrea 3339-2076 3345-9120 / 9607-1321 Nilson José Carlos e Lucíola João e Scheila 3225-1672 / 3552-2116 3232-9912 João e Júlia Nilson e Andrea 3018-6817 3345-9120 / 9607-1321 Nilson Fábio e Liliane Miguel e Ana Tereza 335-0864 / 9977-7659 3339-2076 Luiz Carlos/Marilda Nilson e Andrea 3336-5520 3345-9120 / 9607-1321 Nilson José Carlos e Lucíola João e Scheila 3225-1672 / 3552-2116 3232-9912 Luiz e Ceiça Nilson e Andrea Férias 3339-0220 3345-9120 / 9607-1321 Nilson O SENTIDO DO DÍZIMO O assunto “dízimo” é sempre muito polêmico, em qualquer lugar. É preciso lançar luzes em nossas mentes, para que possamos refletir serenamente sobre este assunto. Com o objetivo de contribuir para essa reflexão colocamos o tema em pauta, apresentando cinco características importantes do dízimo: a) Dízimo é ação de graças É dever do cristão agradecer a Deus. Nossa gratidão deve ser concreta, não apenas por palavras. Agradecemos concretamente a Deus quando nos abrimos à conversão, buscando viver integralmente o Evangelho, e quando nos comprometemos com o Reino de Deus ajudando a expansão do evangelho e da Igreja. Essa ajuda é, ao mesmo tempo, o testemunho, o trabalho apostólico e a oferta material. Se é certo que recebemos tudo de Deus, é justo que lhe ofereçamos algo para a realização de seu reino, para anúncio do evangelho e sustento da Igreja. b) O dízimo do Povo de Deus No Antigo Testamento, Deus ordenou o dízimo a seu povo, os israelitas. Todo israelita, fiel a Deus, oferecia rigorosamente 10% de tudo o que produzia. Para Israel, o dízimo era sinal de fidelidade e penhor de novas bênçãos de Deus que nunca desiludiu seu Povo. No Novo Testamento, o dízimo foi substituído pela partilha dos bens. Os primeiros cristãos dividiam seus bens com os pobres da comunidade, Por isso, não havia necessitados entre eles. O importante, em ambos os Testamentos, é que Deus pede um sinal de amor a Ele e à comunidade. O grande mandamento é “Amar a Deus sobretudo e aos irmãos como a nós mesmos”. c) O dízimo é pastoral e educativo Insistimos em dizer “Pastoral do Dízimo” porque acreditamos no grande alcance pastoral desse sistema. Dízimo não é maneira de ganhar dinheiro. Ele deve ser a única fonte de entrada para os cofres do templo, eliminando as taxas e espórtulas. O importante é o sentido da oferta. O dízimo se oferece como agradecimento a Deus, como participante de uma comunidade, como interessado no sustento da Igreja e na evangelização para o crescimento do Reino de Deus. O dízimo é educativo também para os bispos e os padres que devem arcar com suas despesas pessoais, com o salário que recebem da comissão do dízimo, ofertando também o seu próprio dízimo, como testemunho de fé. d) Dízimo, expressão de vida comunitária Durante anos insistimos na formação dos Grupos de Reflexão. Insistimos ainda que o dízimo deveria surgir como expressão da vida comunitária. De fato, os que começam a participar ativamente de uma comunidade compreendem facilmente o dízimo e chegam a desejá-lo como necessário. Não podemos esperar que nossas comunidades sejam perfeitas para depois instalarmos o dízimo. Primeiro porque nunca serão perfeitas, segundo porque o próprio dízimo ajudá-las-á a se aperfeiçoarem. O fato de contribuir para a subsistência e desenvolvimento de sua comunidade atesta inte- resse e amor pela mesma, e à medida que aumentam esse interesse e amor, aumenta igualmente a vontade de ajudar a comunidade em todos os sentidos, proporcionando o crescimento do espírito comunitário e o desenvolvimento e aperfeiçoamento da própria comunidade. e) Dízimo é co-responsabilidade O Concílio Vaticano II nos diz que todo bispo é responsável por toda a Igreja, porque formamos um colegiado. Dizemos nós que também todo cristão é responsável por toda Igreja, pois somos um Povo. Se todos somos responsáveis pela Igreja universal, somos mais ainda pela particular (diocese), e muito mais pela local (paróquia). Uma vez que, segundo as palavras de Cristo, somos membros de um só corpo, cada um deve sentir-se responsável pelo corpo todo, especialmente pela parte em que está inserido, pois se não amamos o que vemos, como podemos dizer que amamos o que não vemos? O amor pela comunidade revela maturidade quando leva a nos sacrificar por ela e a oferecer para sua manutenção – de maneira alegre, espontânea e conscientemente – o dízimo que somos capazes de doar. Quem podendo, não contribui financeiramente com sua Comunidade, é um membro irresponsável. Agradecemos a disponibilidade e a compreensão de nossos dizimistas e benfeitores. Por eles, oramos para que Deus continue a abençoar a cada um de vocês e suas famílias. Pastoral do Dízimo Reflexão acima está baseada no livro “Dízimo” de Dom José Maria Maimone, bispo emérito de Umuarama-PR Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 63 PARÓQUIA PESSOAL “CRISTO REDENTOR” A Igreja e o Problema das Drogas “... e sereis minhas testemunhas, em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (At 1,8b). De 19 a 26 de junho deste ano, o Governo Federal, através da Secretaria Nacional Antidrogas, promove a Semana Nacional Antidrogas. A Pastoral da Sobriedade faz parte da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz e se integra nessa atividade e desenvolve reflexões e atividades junto aos organismos que atuam na sociedade (Conselhos, Fóruns,...) e junto aos poderes públicos defendendo sempre a política “antidrogas” que seja eficaz, prática e que gere vida. Os problemas decorrentes do uso de drogas não atingem somente a dimensão humana ou física, ou seja, a faculdade de decidir – o livre-arbítrio, o discernimento do dependente – , mas também a dimensão social, ou seja, a harmonia familiar e a convivência social fora do lar. As causas do uso de drogas não são isoladas ou independentes. Algumas das principais causas são a falta de emprego, os baixos salários, a corrupção, a curiosidade, falta de auto-estima, crise familiar, submissão à moda, busca desenfreada do prazer, falta de informação, vazio pessoal, individualismo, egoísmo, materialismo, competitividade. As vítimas da drogas vêem nela a forma de ‘libertação’, a maneira de preencher o seu vazio existencial, o vazio de seu coração. A Prevenção é a solução. Quais são as propostas da Igreja? Primeiro, desvincular a questão de aspectos meramente repressivos. Esta é, sobretudo, uma questão de amor. É preciso enfrentar o problema das drogas com ações articuladas. Começa na família, passa pela escola e chega até a comunidade. O Estado, a Igreja, os meios e comunicação e toda a Sociedade articulados e organizados promovem ações concretas. Tais ações devem gerar “atitudes em defesa da vida”. A Prevenção começa na família, que deve criar um clima de aconchego, confiança e segurança para despertar a consciência em prol da vida. Para isso, os pais devem se preparar, se informar, assistir a palestras, procurar subsídios em livros e revistas e consultar especialistas. Os meios de comunicação também desempe- 64 - Ano IX - Maio de 2008 nham papel fundamental na formação das crianças e dos jovens, pois estes tendem a imitar os modelos apresentados pela televisão, o que pode estimular o uso de drogas para a busca do prazer. A Prevenção deve ser feita pela informação correta. É preciso falar sobre os efeitos das drogas, sobre os truques e artimanhas que os traficantes usam. A população deve ser informada quanto aos riscos e conseqüências do uso de drogas. Precisamos recorrer ao diálogo. A formação humana verdadeira se dá na educação para o amor, o respeito, o cuidado e a promoção da vida. É fundamental que a educação ofereça oportunidades para que crianças, adolescentes, jovens e adultos tenham experiências positivas, da alegria de conviver, de servir e cultivar momentos e situações de felicidade. Os educadores e os pais, de modo particular, precisam educar para a liberdade com responsabilidade e para a autonomia, com metodologia que alie sabiamente ternura e firmeza. Nessa questão, dois extremos devem ser evitados: de um lado, a ausência ou omissão e o laxismo (tendência de fugir ao dever, à lei), porque Rua Jacarezinho, 1717 – Mercês Telefone: (41) 3339-1113 Pároco: Padre João Ceconello Missas: Domingos e terças-feiras: 16h, 19h Encontro de oração e aconselhamento familiar: em todas as terças-feiras às 14h30 Grupos de auto-ajuda da Pastoral da Sobriedade para dependentes químicos e familiares: aos domingos às 17h; às terças-feiras, às 20h SEMANA NACIONAL ANTIDROGAS 19 a 26 de junho as crianças não terão oportunidade de conhecer e aprender limites importantes, e, de outro lado, a superproteção e o rigor excessivo, porque não há amadurecimento das pessoas quando se tornam vulneráveis, permanecem ingênuas, ou são inibidas. A informação educativa deve estar centrada, sempre evitando sensacionalismo, exagero, ameaça e chantagem. Através do diálogo, do coração aberto, munidos de informações atuais, os pais devem mostrar aos filhos, o terrível monstro das drogas e ensiná-los, desde pequenos, a dizer não. Os pais e educadores devem ensinar valores espirituais e morais sólidos às crianças e aos jovens. A flexibilidade do diálogo constante, em ambiente de carinho, respeito e amor é um dos segredos da Prevenção. O diálogo contribui para ajudar o jovem a vencer a luta interior – própria da idade –, permitindo a formação de indivíduos íntegros, capazes de resistir aos apelos do mundo, mantendo-se longe das drogas. Ao Poder Público cabe reprimir, impedir o plantio e a comercialização de drogas. A dignidade humana deve ser preservada e protegida. O Poder Público também deve promover atividades culturais e esportivas, marcar presença através dessas ações. Além dessas medidas preventivas, deve-se despertar a solidariedade, através do tratamento, da recuperação e da reinserção social. É preciso que a cultura da morte seja substituída pela cultura da vida em Jesus Cristo. “Piedade Redentora de Cristo, dá-nos a sobriedade.” Padre João Ceconello Assessor Eclesiástico Nacional CNBB – Pastoral da Sobriedade