A revista de negócios do aço brasil
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A revista de negócios do aço brasil
Grips Editora – Ano 14 – Nº 97 – outubro de 2013 A revista de negócios do aço EXCLUSIVO: A NOVA USINA SIDERÚRGICA DO MÉXICO brasil A Cedisa é destaque no cenário nacional pelo elevado padrão de qualidade de seus produtos e serviços. Sua unidade industrial no Espírito Santo possui certificação ISO 9001, agregando mais valor e qualidade para seu produto final. Com unidades nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, atende em todo o território brasileiro. Conte com a Cedisa, um parceiro de confianca com qualidade, agilidade e preço. www.viapapel.com.br LINHA DE DISTRIBUIÇÃO: t Chapas laminadas a quente de 1,20 a 32mm de espessura t Chapas grossas até 250mm de espessura t Chapas xadrez t Chapas galvanizadas 0,43 a 1,95mm de espessura t Aço para construção CA-50 e CA-60 t Tela soldada t Barra redonda/retangular/quadrada t Vigas laminadas I, U e H t Cantoneiras 2 LINHA DE PRODUÇÃO: t Vigas Soldadas VS, CVS e CS t Perfis U simples / enrijecidos t Telha galvalume e pré-pintada, ondulada / trapézio 25 e 40 t Chapas cortadas conforme projeto: oxicorte e plasma de alta definição t Chapa oxicortada até 250mm de espessura t Chapa lambril para portões t Chapa expandida t Tubos de aço pretos e galvanizados: redondo, quadrado e retangular w w w.cedisa.com.br siderur gia brasil Nº 97 Rodovia BR 101, km 10 – Laranjeiras – Serra - ES – CEP 29167-183 Telefone: (27) 2123 3233 OUTUBRO/2013 índice 6 Galvanização Apesar de muito difundida e utilizada na Europa e América do Norte a galvanização por imersão a quente ainda é pouco utilizada no Brasil. No congresso e feira Galvabrasil 2013 serão discutidas as principais questões que poderão mudar este quadro. EDITORIAL 4 Novidades na América Latina Empresas 26 Cedisa 40 Internacional Nova Usina de Aço no México Com produção estimada de 2 milhões de toneladas de laminados a frio e galvanizados, a nova unidade já funciona a todo vapor. 38 Gestão Custo Brasil 44 Eventos 55 Automotivo 32 Clipping 56 Estatísticas Entidades 33 Sicetel 62 Empresas & negócios Processos 34 Tecnologia DOC otimiza matriz 66 Anunciantes Processos 28 Corte e preparação de arestas de metais energética OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 3 editorial Henrique Isliker Pátria O Editor Responsável s países emergentes entre os quais o Brasil têm a necessidade de consolidar a sua posição econômica perante o mundo num momento de grandes transformações. O próprio termo emergente remete para algo que está nascendo, crescendo e se emergindo num cenário novo. Assim como o Brasil, o México é um país que vem se apresentando como o destino de investimentos e procurando conquistar novos espaços no cenário mundial. A revista Siderurgia Brasil, convidada como única representante da imprensa brasileira, o que muito nos honrou, esteve visitando as novas e modernas instalações e participou da solenidade de inauguração do centro industrial Ternium em Monterey no México. A nova usina que pertence ao grupo Techint foi criada a partir de uma aliança estratégica envolvendo a Ternium mexicana e a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation. Outro destaque desta edição é o caderno especial sobre galvanização, processo pelo qual os metais como zinco e níquel são agregados ao aço dando-lhe maior resistência, ampliando sua vida útil e disseminando a sua utilização por diversos campos do cotidiano. Este caderno foi elaborado a partir de um convênio que firmamos com o ICZ, instituto responsável pela reali- zação em São Paulo do congresso e feira Galvabrasil 2013, um evento que promete trazer para a discussão todos os pontos positivos da atividade além de reunir empresários e profissionais em torno do tema comum. Temos uma fotografia exata de como se encontra o setor neste momento e quais são as principais iniciativas e investimentos futuros. Também retratamos a maratona de feiras empresariais (ufa!!!) a que fomos submetidos nos últimos dias. Na mesma semana foram realizadas a Tubotech e a Feira de Corte e Conformação em São Paulo e a feira Mercopar em Caxias do Sul, RS. Ouvimos vários empresários envolvidos com a atividade metal-mecânica se queixando da ausência de diálogo entre os organizadores dos eventos, pois no entender de muitos, todos saem perdendo com esta coincidência de datas. Há ainda um artigo muito interessante sobre o famigerado custo Brasil. A grande verdade é que a cada dia constatamos um maior distanciamento na competitividade da indústria brasileira em relação ao resto do mundo. Fique ainda com as importantes estatísticas, a melhor cobertura dos eventos e as notícias que movimentaram a siderurgia brasileira. Boa leitura! Novidades na América Latina EXPEDIENTE Edição 97 - ano 14 - outubro 2013 Siderurgia Brasil é uma publicação de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823755339. 4 siderur gia brasil Nº 97 Coordenador Geral: Henrique Isliker Pátria/Diretora Executiva: Maria da Glória Bernardo Isliker/TI: Vicente Bernardo/Administrativo: Supervisora: Maria Rosangela de Carvalho/ Assistente: Anderson Rodrigues Medeiras/Editor e Jornalista Responsável: Henrique Isliker Pátria - MTb-SP 37.567/Entrevistas e Reportagens: Ricardo Torrico/Marcus Frediani Mtb 13.953/Comercial: Supervisor: Márcio Machado Projeto Editorial: Grips Editora/Projeto Gráfico: Via Papel Estúdio/Edição de Arte/DTP: Priscilla Ramos Nannini e André Siqueira/Capa: Criação: André Siqueira/Imagens: Montagem com fotos de Shutterstock, André Siqueira, ICZ e Claudio Lira. Impressão: Ipsis Gráfica e Editora DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A EMPRESAS DO SETOR E ASSINATURAS A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj. 111 – São Paulo-SP – CEP 05407-002 – Tel.: +55 11 3811-8822 [email protected] www.siderurgiabrasil.com.br Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização. OUTUBRO/2013 www.siderurgiabrasil.com.br Precisão, inovação e tecnologia para transformar chapas em tubos de aço www.viapapel.com.br Há mais 50 anos, a Comega é uma tradicional fábrica de tubos de aço carbono com costura. Atua nos mais variados segmentos, entre eles açúcar e álcool, mineração, irrigação, implementos agrícolas, construção civil, máquinas e equipamentos industriais. Atualmente investe na modernização de suas instalações, através da aquisição de sistema de solda indutiva, incluindo carro de corte, para aumentar a qualidade e a velocidade da produção, além de incorporar equipamentos para ensaios e acabamento. Certificada na norma NBR ISO 9001:2008 desde maio de 2002, a empresa demonstra que o investimento não é apenas tecnológico, mas também de gestão de qualidade, capacitação e treinamento dos funcionários, mantendo o foco na satisfação dos clientes. Quando precisar de tubos, lembre-se da Comega. Só quem produz com seriedade, pode oferecer qualidade, versatilidade e regularidade no fornecimento de tubos de aço, com preços competitivos. São Paulo - SP OUTUBRO/2013 Rua Costa Barros, 3030 Vila Alpina – CEP 03210-001 (11) 2701-3406 Ribeirão Preto - SP Rua Peru, 3006 Tanquinho – CEP 14075-310 (16) 3969-9660 s i d ewww.comega.com.br ru r gi a bra si l Nº 97 5 ESPECIAL A galvanização por imersão a quente 6 siderur gia bra sil Nº 97 O UTUB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br E a ter uma dureza até superior à da própria peça. Além desta proteção mecânica (barreira) o principal motivo de se utilizar o zinco neste processo é a proteção catódica que faz sobre a peça, cujo principal elemento é o ferro, mais nobre que o zinco (zinco é mais eletronegativo, corroendo-se primeiro no contato com o meio ambiente em relação ao ferro). Neste processo a peça é totalmente imersa no banho de zinco líquido (zinco fundido entre 450 e 460°C), e toda a superfície da peça que permitir acesso, será protegida. A molhabilidade da superfície da peça se permite com facilidade em função da boa fluidez do zinco fundido. Atualmente é um processo bastante utilizado e difundido na Europa e América do Norte, porém, no Brasil, não podemos dizer o mesmo por uma simples questão de cultura e principalmente pela falta de conhecimento e divulgação nos meios acadêmicos, piorando ainda mais a situação em função do não interesse pelos formandos dos cursos médio e técnico, pelos cursos de engenharia, nos últimos anos. Ainda hoje, às vésperas da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, é muito comum e nada difícil encontrar profissionais da área de construção civil e arquitetos que desconhecem o processo de galvanização, assim como, suas diversas e possíveis aplicações em suas obras e que há mais de cinquenta anos são comuns na Europa e América do Norte, a exemplo de vergalhão galvanizado para fabricação das armaduras metálicas de construções com concreto, perfis estruturais (steel framing), perfis em substituição de dormentes de madeira para ferrovias, etc. Constitui-se no processo de melhor custo benefício não só em relação aos demais processos de galvanização como também em relação a outros processos de proteção contra corrosão com produtos como óleo, tintas, vernizes, resinas e outros. Além do mais, conforme a agressividade do meio ou região em que se encontram as peças Foto: André Siqueira / Shutterstock ntre os processos de proteção contra corrosão de peças de aço e de ferro fundido, a galvanização por imersão a quente geral (por bateladas), é o mais eficiente, visto que, além da difusão intermetálica, formação de ligas de Fe-Zn na superfície de contato fazem com que o revestimento se torne integrado ao metal base. A camada de zinco depositada pode atingir até 250 mícrons (1 mícron = 0,001 mm) de espessura de camada uniforme. Além de proteger a superfície e a alma da peça, o revestimento permite o manuseio para armazenagem, transporte e montagem mecânica, sem danos a superfície, em função da resistência à abrasão das ligas Fe-Zn, formadas desde a alma da peça até a superfície, onde a camada formada é de zinco puro. A camada de Fe-Zn mais próxima da alma da peça chega OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 7 ESPECIAL 8 siderur gia bra sil Nº 97 ferro fundido galvanizado por imersão a quente – verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo – método de ensaio”. Existe hoje uma tendência de construções metálicas, edificações que são erguidas rapidamente, sem maiores transtornos à vizinhança, que, se comparando às construções de concreto, têm-se uma redução significativa de consumo de água (até 59%), redução sensível no tráfego de caminhões, visto que, as estruturas são produtos semiacabados, redução de entulhos gerados por escavações já que as dimensões e a resistência mecânica do aço permitem menores fundações e assim por diante. Necessitamos de construções com “almas saudáveis”, sustentáveis, ou seja, com vida útil longa, com componentes de alta durabilidade, minimizando desta forma os recursos naturais, conforme orienta a ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho. Vantagens da Galvanização Geral por Imersão a Quente Foto: Divulgação ICZ e equipamentos que se pretende proteger com a galvanização, existe ainda a possibilidade de garantir uma proteção extra do galvanizado com a pintura sobre a sua superfície, processo conhecido como Duplex. Para se ter uma ideia, a título de exemplo, uma peça galvanizada pode ter sua vida útil prolongada por até 5 vezes sobre a previsão para uma peça somente pintada e quando pintada sobre o galvanizado pode-se chegar a uma vida útil prolongada por até 7,5 vezes em relação à peça simplesmente protegida apenas com pintura. Em função de ser um processo simples, rápido e acompanhar o desenvolvimento sustentável, as empresas de galvanização conseguem atender o mercado de forma rápida, eficaz e estão disponíveis em todo o país com instalações de diversas capacidades e equipamentos de processo. No Brasil o processo é suportado pelas normas ABNT relacionadas a seguir, que estão sendo revisadas pela CEE – 114 – Comissão de Estudo Especial de Galvanização por Imersão a Quente, reativada recentemente pelo ICZ: NBR 6323 – “Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especificação”; NBR 7397 – “Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente – determinação da massa do revestimento por unidade de área – método de ensaio”; NBR 7398 – “Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a quente – verificação da aderência do revestimento – método de ensaio”; NBR 7399 – “Produto de aço ou Aumento da vida útil do aço • A durabilidade dos produtos galvanizados é diretamente proporcional à espessura do revestimento do zinco e inversamente à agressividade do meio ambiente. • Os produtos galvanizados podem aumentar sua vida útil de três a cinco vezes. Redução do custo de manutenção • Este processo apresenta baixa manutenção, aumentando o intervalo entre as manutenções, reduzindo os custos decorrentes dessa operação ao longo do ciclo de vida útil do projeto, quando comparado com outros sistemas de proteção contra corrosão. • Atualmente o setor elétrico utiliza o sistema de galvanização em 100% nas suas estruturas metálicas (linhas de distribuição e subestações), assim como o setor rodoviário (defensas metálicas, pórticos) e o setor de iluminação pública (postes). Rapidez do processo • Com a galvanização geral por imersão à quente é possível revestir a peça completamente, interna e externamente, em alguns O UTUB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br • Regras para proteção da saúde dos funcionários. Aspecto econômico • Longa vida útil; • Durabilidade dos componentes; • Flexibilidade da funcionalidade das infraestruturas; • A reabilitação; • Facilidade de desconstrução / desmontagem dos diversos componentes. Aspecto ambiental • A proteção do ambiente natural, a minimização do consumo de recursos naturais, a maximização da reutilização de recursos renováveis e recicláveis; • Abordagem Integrada de Ciclo de Vida do projeto considerando as qualidades ambientais. • Baixas emissões no processo. • Aço galvanizado é 100% reciclável; • O zinco é 100% reciclável; Estima-se consumo de 25 litros de água por tonelada de aço galvanizado (outros métodos 2.000 litros); • Os resíduos líquidos do processo são reutilizáveis, quando exauridos são neutralizados antes do descarte; • Menor consumo de recursos pela alta durabilidade e baixa manutenção Versatilidade das Aplicações • Armazenagem (silos, tanques) • Iluminação (postes) • Defensas metálicas (guard rail) • Pórticos em rodovias • Estruturas Metálicas • Telecomunicações (torres) • Eletrificações (torres) • Energia Eólica (torres e acessórios) (vide figura a seguir) • Construção Civil (vergalhão galvanizado, perfis em aço) • Pontes e Viadutos (metálicas e de concreto) • Tuneis • Elementos de fixação (parafusos, porcas, arruelas) • Agropecuária (pivôs de irrigação) • Tubulações Paulo Silva Sobrinho é engenheiro e Coordenador técnico do ICZ. Foto: Divulgação ICZ minutos. Logo após a galvanização a peça está pronta para ser utilizada. Compatibilidade com outros revestimentos • O aço galvanizado pode ser pintado, resultando na combinação conhecida como sistema duplex. Este sistema. Além de conferir cor ao material (por estética, segurança e sinalização), aumenta sua vida útil em cerca de mais duas vezes, sendo indicada para ambientes extremamente agressivos. Dupla proteção • A galvanização protege o aço de duas formas: proteção por barreira e proteção catódica: Proteção por barreira: • O revestimento de zinco isola todas as superfícies internas e externas do contato com os agentes oxidantes presentes no meio ambiente. O zinco é unido metalurgicamente, fundindo se ao aço, diferente de outros processos que apenas aderem superficialmente. Proteção catódica: • O zinco, por ser mais eletronegativo que o aço, sofre corrosão preferencial ao aço, protegendo o mesmo. Independente das condições climáticas • O processo da galvanização é realizado independentemente das condições climáticas do ambiente em que se encontra, ou seja, sem danos à superfície galvanizada. Sustentabilidade Aspecto social • Criação de um ambiente saudável e não tóxico; OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 9 10 siderur gia brasil Nº 97 OUTUBRO/2013 OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 11 ESPECIAL Valorizar para O ICZ passa por uma nova fase, na qual pretende revigorar suas diretrizes para representar melhor ainda toda a cadeia produtiva dos metais não ferrosos e da galvanização do Brasil. O Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ) é, hoje, um órgão que abrange os setores dos metais zinco, níquel e chumbo, em todos os níveis. Ele atua como elo de unidade da cadeia e fórum natural para intercâmbio de informações entre eles, divulgando os benefícios do uso dos metais, de forma a contribuir para o crescimento do consumo, com o objetivo explícito de promover o fortalecimento da indústria por meio da geração e da disseminação do conhecimento e das melhores formas de gestão, produção e inovações tecnológicas. Complementarmente – mas não menos importante –, ele busca ser o indutor do crescimento sustentável nesses setores de metais, contribuindo para o crescimento do Brasil e para a utilização adequada de seus recursos naturais. Além de fortalecer a indústria desses metais e as ligas que deles derivam, como o Zamac, a tarefa do jovem presidente da entidade, Eduardo Tarrazo Perez – que também é o responsável pelo Global Marketing & Business Development da Votorantim Metais Zinco – é fortalecer e difundir as vantagens e benefícios do sistema de galvanização, que são muitas mesmo. 12 bra 97 siderur gia br a sil Nº 96 Nesta entrevista exclusiva concedida à revista Siderurgia Brasil, Eduardo fala, entre outros temas, do mercado de não ferrosos e de galvanoplastia e dos desafios que este tem que encarar para crescer, do trabalho do ICZ e, é claro, de suas metas na direção de entidade, que estão muito bem alinhadas com a vontade dos 40 associados do instituto de expandir seus negócios e de valorizar o uso dos metais não ferrosos neste enorme país chamado Brasil. Siderurgia Brasil: Como está focada a atuação do ICZ atualmente? Eduardo Tarrazo Perez: O Instituto atua nos setores de metais não ferrosos em diferentes nichos. Dentro do setor de zinco, temos muitos associados galvanizadores, que é um segmento muito importante pra gente. Praticamente a metade do zinco produzido hoje no Brasil vai para o mercado de galvanização. A outra vai para o mercado de fundição. Vão peças de Zamac, liga que é ideal para a produção de peças fundidas sob pressão. Já no setor de níquel, trabalhamos muito com projetos relacionados ao desenvolvimento de ligas especiais. Neste exato momento, estamos mapeando esse mercado para fazê-lo avançar no Brasil, uma vez que, em função da ausência de SOE UTUB T E MB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br fortalecer Foto: Divulgação ICZ tecnologia por aqui, a indústria nacional ainda não é capaz de produzir todos os tipos de ligas desse metal para as aplicações específicas que o país precisa, o que faz com que grande parte das peças ainda cheguem por aqui via importação. Assim, estamos fazendo o levantamento para consolidar essa cultura, conhecer o potencial dessa indústria e identificar onde, de fato, estão as oportunidades para as ligas de níquel, a fim de atacar esses nichos. E, ultimamente, temos tido uma atuação importante também no setor de aço inoxidável, com o qual mantemos uma parceria bastante produtiva por meio da Nucleinox, uma associação que cuida dos interesses do segmento, uma vez que o níquel entra em grande porcentagem na composição do inox e temos interesse na atualização dessa indústria. OUT UBBR R O/2013 SE T EM O/2013 E o chumbo, continua sendo visto como o “patinho feio” entre os metais não ferrosos, em função de suas propriedades, digamos, não muito ecológicas? O ICZ vem desenvolvendo parcerias com alguns players dessa indústria em busca de tecnologias novas, pensando no meio ambiente. Sim, o chumbo ainda é um pouco visto como altamente poluente. A gente quer tirar um pouco dessa imagem negativa. Já existem empresas que tratam o chumbo com tecnologias adequadas visando à preservação do meio ambiente, que queremos migrar para a indústria, a fim de fortalecê-la, bem como a atuação do instituto, que pode servir de porta de entrada também para o desenvolvimento de outros segmentos de metais não ferrosos, que consideramos uma etapa ulterior de nosso trabalho. Nesse cenário, como vem evoluindo o mercado de galvanização? A galvanização é uma das principais frentes de utilização dos metais não ferrosos. Nas últimas três décadas, a indústria se estabeleceu e evoluiu muito tecnicamente. Das primeiras galvanizações até os dias atuais, a gente consegue notar isso de uma maneira muito clara, até mesmo no que diz respeito à parte ambiental, que atualmente é dotada com sistemas de exaustão cada vez mais desenvolvidos. Hoje, dispomos de novos sistemas de galvanização que permitem enclausurar os processos e captar eficientemente todos os efluentes e os gases. s i d eer ru u r gi a bras brasii l Nº 97 96 13 ESPECIAL Foto: Divulgação ICZ dois anos, cerca de dez novas plantas foram instaladas. Como estão divididas, em termos derruba os preços das commodities de porte, as empresas que atuam e dos produtos no mercado. No caso nesse segmento? dos metais não ferrosos, você vai enFalando de galvanização, costumacontrar o zinco, o níquel e o alumínio mos separar as empresas entre as com preços baixos, abaixo do ideal. E que fazem a galvanização contínua muitos produtores, que não consee aquelas de galvanização geral. Em guem ser competitivos em termos termos de galvanização contínua, de custo, acabam tendo que fechar temos uns 60% a 65% de empresas as portas. E esse é o retrato do mograndes, como a Usiminas e a Germento atual também no Brasil: emdau, que galvanizam os arabora alguns segmentos do país mes, as chapas da indústria estejam crescendo em ritmo Já em termos automobilística, de fogões e acelerado, parte da demanda, de produção, no geladeiras, entre outros. Já em como é o caso dos metais ferrogeral, o mercado termos de galvanização geral, sos, não se cresceu tanto quanbrasileiro de metais to se esperava ao longo desses temos hoje, no Brasil, algo em não ferrosos tem torno de cem produtores que últimos três anos. a realizam, sendo que apenas crescido, porém uns dez podem ser consideranum ritmo atrelado Houve alguma queda sigdos grandes players. As outras nificativa na produção de ao crescimento são todas pequenas e médias 2012 para 2011? do PIB nacional. empresas. Não. Falando de preços, eles Ou seja, não é estão estabilizados num paum crescimento Em termos de faturamento, tamar baixo. Já em termos de como vêm evoluindo esses produção, no geral, o mercado expressivo. mercados? brasileiro de metais não ferroComo está atrelado à movisos tem crescido, porém num mentação das commodities, o merritmo atrelado ao crescimento do PIB cado de metais não ferrosos não vive, nacional. Ou seja, não é um crescihoje em dia, um momento muito mento expressivo. Na contravertenpositivo. Temos aí a crise europeia, os te, a indústria de galvanização geral Estados Unidos, que ainda não estão vem crescendo bastante, acima da totalmente recuperados do baque média da indústria, batendo numa de 2008, a China com crescimento média de dois dígitos ao ano de 2010 abaixo das previsões. E quando se para cá, até como resultado do grantem uma demanda que não acomde aporte de investimentos que, em panha a oferta, acaba se tendo exparticular, esse segmento recebeu e cesso de produção, num ciclo que continua recebendo. Só nos últimos 14 siderur gia bra sil Nº 97 E qual tem sido a resposta do mercado consumidor? Embora continue avançando, a demanda não cresceu tão fortemente quanto essa oferta, e no ritmo que esses players que investiram em galvanização haviam previsto. Então, um dos desafios do ICZ é justamente desenvolver a cultura da galvanização, para que essas capacidades novas e instaladas sejam preenchidas. Esse é um dos nossos principais objetivos. No mercado automobilístico, a aplicação de peças galvanizadas já é bastante consolidada, porque praticamente 100% das carroçarias, hoje, no Brasil são galvanizadas. Agora, estamos trabalhando muito próximo da indústria de petróleo e gás e da Petrobras, para que se galvanizem mais e mais estruturas metálicas, assim como as correias transportadoras, por exemplo. Construção civil também é um mercado que vem sendo mais e mais tratado como alvo, não é? Com certeza. E as estruturas galvanizadas trazem muitas vantagens e benefícios para esse tipo de cliente, como a rapidez da obra e o fato de se evitar muitos transtornos na vizinhança desta, além da resistência que o material utilizado apresenta. Em outras palavras, a gente tem todos os benefícios do aço, mais os benefícios da galvanização. O aço galvanizado confere uma vida útil muito maior ao projeto, e ainda oferece vantagens adicionais, como as que dizem respeito à segurança: o material galvanizado é antichama, e reage muito melhor em casos de incêndio. Quando você anda pela rua vê pontes com o concreto trincado, isso já é sinal de corrosão, porque a ferrugem O UTUB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br Tecnologia e Natureza juntas na arte da Galvanização www.lumegal.com.br OUT UB R O/2013 Diariamente dedicamos 100% de nossos recursos para atender às suas necessidades, porque sabemos que antes de ganhar o seu negócio, temos que conquistar a sua confiança. Por isso investimos continuamente na qualidade dos processos industriais de gestão: somos certificados pela Norma ISO 9001:2000, além da implementação do sistema de Gestão Ambiental ISO 14.001. www.viapapel.com.br De todas as vantagens que podemos oferecer, nenhuma é mais importante que a confiança. Confiança adquirida ao saber que está recebendo o melhor de nós. Isto significa que quanto mais você nos conhecer, mais confiará em nossos serviços, bem como nas pessoas que os oferecem. Este é o resultado de uma total dedicação ao serviço de Zincagem a Fogo Lumegal. DIADEMA – SP INDAIATUBA – SP Avenida Dr. Café Filho, 262 Rua Hermínio de Mello, 1193 Jardim Casa Grande – CEP 09961-420 Fone/Fax: (55) 11 4066-6466 Dist. Ind. Domingos Giomi – CEP 13347-330 Fone/Fax: (55) 19 3935-9888 w w w. l u m e g a l . c o m . b r s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 15 ESPECIAL começa a ser exposta através do concreto. E isso poderia ser evitado se essa estrutura fosse galvanizada. E exatamente essa a consciência que a gente quer desenvolver nos clientes e nos profissionais de engenharia e arquitetura: a de não é olhar simplesmente para o menor custo, ou para o custo inicial de uma obra ou de uma estrutura e, sim, olhar para o ciclo de vida dela, considerando também o custo que ela vai me dar em termos de manutenção no longo prazo. O custo inicial usando peças galvanizadas talvez seja um pouco mais alto. Mas o ciclo de vida dessa obra é muito maior e o beneficio é bastante aparente. O senhor tem uma razão percentual de quanto esse custo maior impacta o preço de uma obra? Ele pode variar, dependendo da obra. Mas, na construção de um viaduto, por exemplo, na qual você utiliza vergalhões e outras estruturas metálicas, ele é cerca de 8% maior do que as peças convencionais de aço. Mas, em termos de economia no longo prazo com as manutenções, esse custo maior se paga muito rapidamente. Como exemplo, posso citar um case recente da Sabesp, que, numa obra, resolveu utilizar peças galvanizadas na estrutura de cobertura de seus reservatórios. Veja bem, estamos falando de um ambiente úmido em que as peças têm contato direto com a água, e, que, por isso, exigia que as manutenções fossem feitas a intervalos máximos de três anos. Agora, com as peças galvanizadas, elas só precisarão ser feitas a cada dez anos, o que absorverá muito rapidamente aquele investimento inicial maior com as estruturas galvanizadas. E, dependendo do ambiente de uso – como um ambiente seco, por exemplo –, manutenções que, antes, se 16 siderur gia bra sil Nº 97 Nem as obras do PAC, do Pré-sal e as de preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas turbinam a expectativa de preenchimento dessa ociosidade? Infelizmente não. Apesar de sentirQual é o share da galvanização mos que o mercado, de uma na construção civil? Em galvanização geral e tubuSim, o chumbo ainda maneira geral, vem buscando a galvanização de forma lações temos algo em torno é um pouco visto crescente, como é o caso de de 30%. Para a parte de torres, como altamente sua aplicação nos projetos de por volta de 20%. E esse é um poluente. A gente petróleo e gás e nas obras de mercado bem grande, porque todas as torres de transmissão quer tirar um pouco infra-estrutura, a expectativa que tínhamos era muito maior. são, por norma, galvanizadas. dessa imagem Afinal, obras de infra-estrutura E os 50% restantes são bem negativa. Já existem demandam aço, e a galvanipulverizados: alambrados, posempresas que zação é a melhor forma de tes de luz, defensas metálicas, tratam o chumbo proteger esse aço. Só que em defensas de proteção, placas, função do atraso das obras do corrimãos, pisos, grades metácom tecnologias licas, etc. adequadas visando à PAC e de outros problemas, os preservação do meio investimentos em infraestrutuQual a produção atual e o ra ainda não se materializaram, ambiente. faturamento do mercado de gerando, entre outras coisas, aço galvanizado no Brasil? esse excesso de capacidade Em galvanização geral, estimamos produtiva, num mercado que, ainda que a produção orbite as 800 mil assim, cresce. toneladas de aço galvanizado, o que pode aumentar substancialmenParte desse excedente de produte quando se inclui a galvanização ção não poderia ser exportado? contínua. Em termos de faturamenNovamente, aqui, precisamos fazer to atual, nossa estimativa é de R$ 1 uma separação entre galvanização bilhão para o setor de galvanização geral e galvanização contínua. No geral. Porém, essa cifra pode duplicar âmbito da galvanização geral, raraou triplicar se também for consideramente você vai ver exportação, pordo o mercado de galvanização conque o serviço tem que ser feito muito tínua. rapidamente, para atender demanda internas bastante específicas. O esE qual o nível de ociosidade destruturista metálico envia o aço para sa indústria? galvanização e aquilo volta em sete O mercado de galvanização, hoje, dias para ser utilizado pelo cliente. está operando com 70% da capaciPorém, em galvanização contínua – dade instalada. Temos essa medida que são as chapas –, isso acontece pelas visitas que fazemos regularhoje, mas num volume muito menor mente aos players e aos associados. do que acontecia no passado. Em Tem aqueles que trabalham em três 2006, 2007 e 2008 a indústria tinha turnos, mas muitos reduziram para linhas de galvanização contínua que dois, que é a média de todos os tooperavam na capacidade plena, para dos os galvanizadores do Brasil. tentar extrair o máximo de consumo faziam necessárias a cada três/quatro anos, podem levar até 40 para serem necessárias. Ou seja, a estrutura pode resistir e dura até dez vezes mais, sem apresentar problemas. O UTUB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 17 ESPECIAL Foto: Divulgação ICZ com o Inmetro nesse sentido, a fim de que, futuramente, possamos ter um “Selo Inmetro” para a galvanização, além de outras parcerias, como, por exemplo, para obtenção de selos de sustentabilidade. do mercado doméstico. E, aquilo que a gente não consumia por aqui, a gente exportava, principalmente para construção civil. Mas eram outros tempos, existia margem, o dólar estava forte. Depois, com a crise internacional de 2008, o real se valorizou e a indústria passou a desviar seu foco para o mercado interno, criando bolsões de ociosidade e deixando de produzir para exportar. E deu no que deu: hoje, o mercado brasileiro importa mais do que exporta. E o motivo é a capacidade instalada e o quanto dela está sendo preenchido. O que o Brasil importa em termos de peças galvanizadas? Bons exemplos são as defensas metálicas, guard-rails e arames galvanizados, que costumam chegar da China com preço bem mais baixo do que os produtos nacionais. E quanto à qualidade desses materiais? Alguns são bem problemáticos, como foi o caso do arame galvanizado, que chegava aqui fora de especificação. Isso, aliás, foi um motivo de uma briga do ICZ com os fornecedores internacionais, porque queríamos que o arame chegasse aqui com a qualidade necessária, para que se estabelecesse um cenário de competição justa. Começamos, então, a trabalhar em cima da normatização da galvanização, pensando ainda no 18 siderur gia bra sil Nº 97 Que tipo de ajuda o setor tem recebido do governo? Na verdade, muito pouca. A alta carga tributária e os atrasos nos projematerial importado, a fim de que o tos do PAC são exemplos claros do material importado chegue aqui norque, exatamente, ele não está fazenmatizado, para brigar pelo mercado do para nos ajudar. O atual governo em iguais condições. chegou até a colocar algumas iniciativas, como, por exemplo, a redução O que existe em termos de do custo da energia elétrica. Só que normatização nesse sentido? na indústria de metais não ferrosos Bem, temos a norma ABNT NBR esse benefício ainda não foi sentido. 6323, de 2007, que especifica os reEssa medida não gera competitiviquisitos para galvanização de dade, principalmente se fizeprodutos de aço, pelo procesmos uma comparação com E as estruturas so não contínuo, que, entre países em desenvolvimento galvanizadas trazem como a China, onde eles têm outras coisas, estabelece a espessura da camada de zinco. muitas vantagens e energia com custo mais baixo Isso é muito prático quando benefícios para esse do que a do Brasil. Sim, são farecebemos uma denúncia de tipo de cliente, como tores que ajudam, sem dúvida, que um produto está chemas que, no caso da indústria a rapidez da obra e gando de fora do país fora de metais não ferrosos ajuda o fato de se evitar das especificações da 6323. a sobreviver, mas não garante Já tivemos um caso bem inmuitos transtornos a evolução. Então, o governo teressante com o arame, no na vizinhança desta, brasileiro precisa avançar muiqual demos até suporte para além da resistência to nesse aspecto. o pessoal da alfândega. O que o material grande problema continua dúvida alguma, o utilizado apresenta. ICZSem sendo a fiscalização, porque tem muitos desafios nada impede que mesmo e metas a serem cumpriuma empresa brasileira de dos. Qual será o foco do fundo de quintal faça alguma coisa trabalho dos senhores no curdiferente, em desacordo com a norto e médio prazo? ma. Seja como for, essa é uma das O que a gente está fazendo no ICZ frentes de trabalho do ICZ: a gente é um plano de trabalho mais sólido quer desenvolver uma padronizaem múltiplas frentes, baseado em ção da qualidade ainda mais rígida três pilares, que são o do desenvole normatizá-la. Isso porque se um vimento técnico e tecnológico da galvanizador faz o seu trabalho mal, indústria, o da segurança e meio ele pode prejudicar a imagem da ambiente, e o do desenvolvimenindústria como um todo. Estamos to do mercado gerar demanda, buscando, inclusive, uma parceria que abrange a parte de marketing O UTUB R O/2013 www.siderurgiabrasil.com.br mesmo. Hoje, um dos nossos focos principais está voltado para a galvanização geral. Mas, é claro, a gente também trata dos assuntos da galvanização contínua, embora esse mercado esteja mais concentrado na mão de grandes – e poucos – players. Nosso objetivo maior é atuar na promoção do processo, para difundir suas vantagens e benefícios. Mas há muito trabalho também no campo dos metais não ferrosos. Para eles, a sustentabilidade é um viés importante que queremos tratar. Queremos ensinar as pessoas a trabalhar direito com a entrada de novas tecnologias ambientalmente amigáveis. Já estamos fazendo isso como chumbo, por meio de um plano de trabalho com parceiros e associados do ICZ, para desfazer aquela imagem de “patinho feio” entre os não ferrosos. Além da questão da sustentabilidade, queremos ajudar a indústria nacional a se desenvolver para capacitá-la a produzir diferentes tipos de ligas, como as especiais e as superligas de níquel, com a ajuda de um parceiro nosso, o Senai, que está estudando conosco a introdução de novas tecnologias para fabricá-las no país. Hoje entra muito material importado no Brasil, e deixamos de gerar muitos empregos por não dominar essas tecnologias. Já no caso do zinco, além da promoção da galvanização, queremos difundir e desenvolver também o mercado do Zamac, colocando as vantagens de seu uso versus outras modalidades de ligas e de metais. E como pretendem fazer a comunicação dessas propostas ao mercado? O ICZ tem 40 associados, sendo que 19 deles atuam no mercado de galvanização. É uma mescla inOUT UB R O/2013 do Níquel, que também que foi criateressante, e estamos sempre em do pra estabelecer uma relação com contato com eles para ouvir, discutir o público. Além disso, daremos conpossibilidades e entender suas detinuidade a outro importante projeto mandas. Outro importante ponto do ICZ, de repercussão internacional. de contato e debates é a realização do 2º GalvaBrasil, o Congresso BraQue projeto é esse? sileiro de Galvanização, que realiO Prêmio Brasil Galvanizado, zado em paralelo a uma feira que nasceu no ano passado com a exposição de empresas Queremos ensinar com o objetivo de reconheorganizações do setor, que as pessoas a cer o trabalho de profissionais fundamenta, fortalece e comtrabalhar direito como engenheiros, arquitetos, plementa o ciclo de palestras. com a entrada de artistas plásticos, que investem Este ano, o evento acontece novas tecnologias na valorização de seus projenos dias 21 e 22 de outubro, tos, garantindo um futuro suscom a participação de muitos ambientalmente convidados especiais, como amigáveis. Estamos tentável para o nosso país. Os vencedores desse prêmio, prorepresentantes da Infraero, da fazendo isso com movido no ano passado, irão Alumar, que vem para falar das o chumbo, para participar do International Galpossibilidades e do sucesso da desfazer aquela vanizing Awards 2015, que será utilização do aço galvanizado. Nosso propósito com esse imagem de “patinho realizado em conjunto com o evento Intergalva 2015 na cievento é impactar principalfeio” entre os não dade de Liverpool, Inglaterra, mente o pessoal qualificado, ferrosos. com organização da European como arquitetos e engenheiGeneral Galvanizers Associaros dos mais diversos setores e tion (EGGA), que associa todas as endas empresas que estão investindo tidades europeias de galvanização. O em novos projetos, além dos órgãos Brasil irá participar pela primeira vez governamentais. Estamos esperanem 2015 e, terá entre os trabalhos do a participação de 200 profissioque irão concorrer, a obra “Armazém nais e, com certeza, queremos não de Açúcar – Santos-SP”, um armasó repetir, como superar o sucesso zém gigantesco e bonito, com toda da primeira realização do evento. a estrutura da cobertura galvanizada numa aplicação portuária, que teve De que forma o ICZ está presenprojeto da Blat Estruturas Metálicas e te na internet? Criamos dois portais: o do ICZ e o a Armco Staco como galvanizador. Portal da Galvanização, que traz tudo sobre o processo. Trata-se de NOTA DO EDITOR uma plataforma digital que a genNa data de realização desta entrevista, dia 25 te desenvolveu para fortalecer esse de setembro, Eduardo Tarrazo Perez ainda ocusegmento, e que tem até uma ferpava o cargo de presidente do ICZ. No início de ramenta de comparação para que outubro ele se desligou da Votorantim Metais dentro de uma obra o ciclo de vida Zinco e, por consequência disso, deixou também do material galvanizado versus pintade ocupar o cargo, sendo substituído por Carlos do. Basta você coloca a especificação Marcelo Gonçalves Henriques, gerente comercial do ambiente e o tipo de obra e ele da mesma empresa. Numa das próximas edições faz o calculo para você, apontando da revista Siderurgia Brasil, traremos também as vantagens e o custo/benefício da uma entrevista com o novo executivo do ICZ. galvanização. E temos, ainda, o Portal s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 19 ESPECIAL Vantagens da galvanização A Foto: Divulgação ICZ A galvanização a fogo oferece inúmeras vantagens para melhorar a qualidade e resistência do aço. 20 siderur gia bra sil Nº 97 galvanização a fogo é o meio mais versátil e econômico de proteger estruturas, peças e equipamentos metálicos contra a corrosão. A aplicação de zinco no aço, de modo a melhorar sua qualidade e resistência, tem sido a vocação da Galvânica Beretta desde a sua fundação, em 1981. Mas você sabe quais são todas as vantagens desse processo? Menor custo inicial – Por ser um processo industrial altamente mecanizado, a galvanização a fogo, tem um custo inicial menor do que os outros revestimentos anticorrosivos. Baixo custo de manutenção – A galvanização é o mais versátil e econômico para se proteger o aço e o ferro fundidos, por longos períodos, contra a corrosão. Em equipamentos ou estruturas localizados em áreas de difícil acesso, montadas de forma compacta ou ainda com restrições quanto à segurança, o aumento dos intervalos de manutenção reduz os custos decorrentes desta operação e da interrupção de serviços. Durabilidade – A durabilidade dos produtos galvânicos é diretamente proporcional à espessura do revestimento de zinco e inversamente proporcional à agressividade do meio ambiente. Ela costuma atingir vinte anos em atmosferas industriais, vinte anos na orla marítima e mais de 25 em áreas rurais. Confiabilidade – O processo de galvanização é simples, direto e totalmente controlado. A espessura (massa) do revestimento formado é uniforme, previsível e de simples especificação (NBR 6323). Tenacidade – Devido ao processo de imersão no zinco O UTUB R O/2013 Patrocinamos: www.siderurgiabrasil.com.br IMAGINE VIVER AT É C I N C O VEZES MAIS. symbia.com.br C O M A G A LVA N I Z A Ç Ã O , O AÇO JÁ TEM ESSA POSSIBILIDADE. A Votorantim Metais apoia a galvanização, que une estética, durabilidade e segurança em uma única obra. Produzimos e oferecemos o zinco, metal responsável por prolongar em até cinco vezes a vida útil do aço. O resultado é uma obra cheia de personalidade e segura por muito mais tempo, para fazer história. Votorantim Metais. Aliada de um futuro duradouro. OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 21 Valorizar profissionais que utilizam a galvanização também faz parte do nosso jeito de ser. Conheça o Prêmio Brasil Galvanizado: www.icz.org.br/premiobrasilgalvanizado. ESPECIAL superfície, retoques ou pinturas, logo após a galvanização, a peça está pronta para ser utilizada. Proteção da galvanização – O revestimento produzido pela galvanização protege o aço de três maneiras: 1. O revestimento de zinco sofre uma corrosão ambiental mínima sob a ação do meio ambiente, o que proporciona uma vida longa e previsível; 2. O revestimento é corroído preferencialmente, fornecendo uma proteção catódica (de sacrifício) para as pequenas áreas da peça expostas ao meio ambiente devido, por exemplo, ao esmerilhamento, cortes ou danos acidentais. Se o revestimento for riscado, os sulcos são preenchidos por compostos de zinco formados pela corrosão ambiental, os quais impedem que o metal base seja corroído; 3. Quando a área danificada é extensa, a proteção catódica do zinco impede que a corrosão se propague sob o revestimento. www.beretta.com.br Foto: Divulgação ICZ fundido surge um revestimento unido metalurgicamente ao aço pela formação de camadas de liga Fe-Zn e Zn. Este revestimento confere ao produto galvanizado uma grande resistência a avarias mecânicas durante a manipulação, estocagem, transporte e instalação. Além disso, a dureza do revestimento faz com que ele seja particularmente adequado em aplicações onde a abrasão poderia ser um problema. Total cobertura – Superfícies internas, externas, cantos vivos e fendas estreitas são totalmente revestidas através do processo de imersão da peça de zinco. Somando-se a isto, este processo de galvanização mantém a espessura do revestimento nos cantos e bordas. Rapidez no processo – Em alguns minutos, pode-se obter um revestimento sobre uma peça. As modernas linhas de zincagem contínua, por exemplo, produzem chapas com excelente qualidade de revestimento, no ritmo de 500 m²/min. Se exigir a preparação da 22 siderur gia bra sil Nº 97 O UTUB R O/2013 SEUS PARCEIROS NO CORTE E CONFORMAÇÃO www.siderurgiabrasil.com.br A PARTIR DE CHAPAS DE METAIS BOBINADOS YOUR PARTNERS IN CUTTING AND FORMING FROM COILED METAL STRIP Equipamentos Auxiliares para Alimentação, Linhas de Prensas, Conformadoras, Cortes Especiais, Puncionamento e Processamento de Superfícies. BRASIL A união da tecnologia européia com a flexibilidade brasileira gerando melhores resultados em Produtividade e Qualidade. OUT UB R O/2013 Auxiliary equipments for Press Lines, Roll forming Lines, Special Cuts Lines, Punching Lines and Processing Lines. EUROPA / ASIA (CHINA) The European technology and the Brazilian flexibility creating better results in Productivity and Quality. Líderes, não seguidores. Leaders, not followers. Av. Avelino Maciel Neto, 2201 Glorinha - RS - Brasil Fone +55 (51) 3487-1717 Fax +55 (51) 3487-1773 www.divimec.com.br Via Como 11, Garbagnate Lecco – Italy Phone+39 031879393 Fax +39 031879394 www.novastilmec.com s i d e ru r gi a bras i l Nº 97 23 ESPECIAL Evento para tornar o aço mais nobre Divulgando as vantagens do uso do aço galvanizado, a segunda edição do Galvabrasil deve se consolidar como o mais importante evento de um setor com enorme potencial de crescimento no país. E Foto: Divulgação ICZ m 2012, o governo brasileiro anunciou que os investimentos em infraestrutura devem totalizar R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos. Esses investimentos são uma excelente oportunidade para aumentar a demanda pelo aço galvanizado, considerando que o consumo per capita brasileiro ainda é muito baixo, em compara- 24 siderur gia bra sil Nº 97 ção com outros países: 1,6 kg por ano, contra 8 kg no Chile, 16 kg nos EUA e 20 kg na Europa. Segundo o Instituto de Metais Não ferrosos (ICZ), somente 8,5% do total de aço bruto produzido no Brasil recebem algum tratamento anticorrosivo e, mesmo assim, 75% desse já reduzido percentual recebem pintura com tintas especiais e somente 25% são galvanizados por meio de imersão em cubas de zinco quente. Nesse contexto, o setor de aço galvanizado estima um crescimento médio anual de aproximadamente 10% nos próximos cinco anos. Essa estimativa poderá ser ampliada devido às diversas oportunidades a serem desenvolvidas na aplicação destes produtos que ainda precisam ser explorados e difundidos no país, já que a utilização desse tipo de aço na construção de grandes obras públicas ou simples prédios de moradia conta com o argumento irrefutável da sustentabilidade do aço galvanizado. Promovida pelo ICZ, o Galvabrasil – Congresso Brasileiro de Galvanização, cuja segunda edição será realizada nos dias 22 e 23 de outubro de 2013, no Caesar Park, em São Paulo, se consolida como o principal ponto de encontro e de fomento desse mercado com enorme potencial de crescimento. A primeira edição do Galvabrasil, realizada em outubro de 2011, reuniu as principais empresas do setor e realizou conferências e palestras técnicas com especialistas nacionais e internacionais com a participação de mais de duzentos congressistas, nove patrocinadores e 21 expositores, que participaram do evento promovendo a galvanização, seus benefícios, aplicações e vantagens. O público do Galvabrasil é formado por empresários, engenheiros, arquitetos, universitários e profissionais técnicos responsáveis pela difusão de novas tecnologias e aplicações e por expressivos contatos comerciais. A revista Siderurgia Brasil, um dos veículos oficiais do evento, está dando todo o apoio ao Galvabrasil através de um caderno especial que mostra as melhores aplicações dos produtos galvanizados, bem como uma entrevista com o presidente do ICZ. A Grips Editora estará presente na Galvabrasil 2013, distribuindo suas publicações – revistas Siderurgia Brasil e Agrimotor, e o Guia de Compras da Siderurgia Brasileira – aos profissionais interessados em se manter atualizados com as últimas novidades desses importantes setores da economia nacional. www.galvabrasil.com.br www.icz.org.br O UTUB R O/2013 55 anos de empreendedorismo e qualidade Tubos de Aço Carbono com Costura Cordão de Solda Interno Removido (RR) Cordão de Solda Interno Alto (RA) NBR ISO 9001 Peças e Conjuntos Processos de corte a laser, curvas, solda, estampagem, pintura, fresa, componentes e acessórios agregados Tubos Trefilados de Precisão Especiais e Redondos Perfilados Tubulares Tubos Quadrados e Retangulares BR TUV CERT, NBR ISO 9001 e ISO TS 16949. Fone (11) 2147-6500 Fax (11) 2480-4647 [email protected] www.golin.com.br OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 11 Fotos: Divulgação empresas Expansão com sucesso garantido A pujança industrial de Pernambuco motivou a capixaba Cedisa a investir em uma nova unidade processadora, localizada no município de Cabo de Santo Agostinho. F iel à política de fortalecer constantemente a presença de sua marca no mercado nacional de distribuição de aço, apresentando novas soluções para seus clientes, a Cedisa Central de Aço S.A. encontra-se na etapa final de 26 siderur gia brasil Nº 97 implantação de sua filial de Pernambuco. “Transformar aço em solução tem sido nosso lema desde 1980, quando inauguramos nossa matriz, localizada em Serra (ES). Mas essas soluções precisam estar cada vez mais próximas dos nossos clientes”, afirma Francisco Valadare, gerente da filial de Recife. Localizada no km 29,6 da Rodovia BR 101, no município de Cabo de Santo Agostinho, ocupando uma área de 3 mil metros quadrados, a nova unidade será composta por linhas de produção de telhas, onduladas e trapezoidais, de perfis U dobrados, simples e enrijecidos, com espessuras de até 3 mm, e de OUTUBRO/2013 27 www.siderurgiabrasil.com.br corte a plasma de alta definição, com até 70 mm de espessura. Após serem beneficiados, esses produtos serão comercializados, no atacado e varejo, tendo como mercadosalvo os setores de petróleo e gás, indústria, infraestrutura, construção civil, metalúrgicas e estruturista. A nova unidade contará com uma capacidade instalada para 1.200 toneladas de estoque e 1.000 toneladas mensais de produção, que, segundo as projeções da Cedisa, deverá ser atingida em três anos, OUTUBRO/2013 considerando a premissa de que a empresa já conta com uma ampla carteira de clientes na região. O investimento foi de aproximadamente 3 milhões de reais, considerando os equipamentos e o estoque inicial de 500 toneladas. A expectativa de amortização desse investimento é de quatro a cinco anos. “A escolha para implantar nossa nova filial recaiu em Pernambuco em função dos clientes que já atendemos na região e do alto volume de investimentos que estão sendo feitos na infraestrutura e indústria pesada do estado”, explica Francisco Valadare. Considerada pelo Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda) a 16ª maior distribuidora de aço independente do Brasil, além da matriz em Serra e da unidade prestes a ser inaugurada, a Cedisa conta com oito unidades de negócios espalhadas pelo Brasil: duas filiais, em Macaé (RJ) e Salvador (BA) e seis escritórios, em Belo Horizonte (MG), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Campinas (SP), Itabuna (BA), São Luiz (MA) e Rio de Janeiro (RJ). A Cedisa, no entanto, planeja novas expansões, tanto na abertura de novas unidades de negócios como na transformação de seus escritórios de vendas em filiais com estoques próprios. Além da expansão territorial, a empresa planeja ampliar suas unidades de produção, principalmente de tubos metálicos, com um investimento que deverá atingir R$ 5 milhões nos próximos anos. www.cedisa.com.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 27 Processos Corte e preparação de arestas de metais Neste artigo, os autores indicam os conceitos básicos dos processos de corte mais utilizados na indústria metalmecânica. Edson Urtado e Luiz Gimenes Jr.* O s processos de corte são utilizados na preparação de arestas para soldagem, montagem e manutenção. Definindo corte como a separação ou remoção de material, temos os processos de corte frequentemente utilizados: mecânicos ou térmicos. As arestas ou chanfros mais usuais na preparação para a soldagem são apresentados na figura1. O modo de operação dos processos de corte pode ser manual, semiautomático, mecanizado ou automático. A figura 2 mostra a aplicação dos processos de corte. Conforme a figura 2, podemos observar a sequência de fabricação de um processo de corte, onde A é a matéria-prima; B, as especificações, desenho; C, o processo de corte; D, o modo de operação (manual, mecanizado, automático ou semiautomárico); e E, a peça pronta. Os processos de corte mecânico mais usuais são: • Corte por serra • Disco abrasivo • Ferramenta cortante – guilhotina • Usinagem • Jato d’água 28 siderur gia brasil Nº 97 Figura 1: Chanfros usuais no segmento metalmecânico. Figura 2: Sequência de fabricação pelo processo de corte térmico. Os processos de corte térmico mais usuais foco deste artigo, são: • Oxicorte (pode ser definido também como corte químico) • Plasma • Laser Oxicorte – O processo de oxi- corte foi desenvolvido em 1895 a partir da combinação com o gás acetileno e o oxigênio (C2H2), mistura que ainda é muito utilizada. Com a capacidade de corte até 700 mm, possui uma versatilidade de aplicações, sendo utilizado OUTUBRO/2013 29 www.siderurgiabrasil.com.br OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 29 Processos para o corte de aço carbono em larga escala devido à sua facilidade operacional e elevadas tolerâncias do processo. O princípio de funcionamento é através do pré-aquecimento do material a ser cortado até sua temperatura de ignição; a seguir, o jato de oxigênio de alta pressão expulsa o material, tendo como resultado o corte. Para as áreas de manutenção é bastante utilizado no modo manual devido à facilidade de locomoção dos cilindros de gás e do maçarico. Diversas empresas utilizam o oxicorte semiautomático com carro motorizado, conhecido no mercado metalomecânico como “tartaruga” de corte, para preparação de chanfros para a soldagem. Corte a plasma – O corte plasma foi desenvolvido por cientistas da Union Carbide a partir de estudos com o processo TIG, onde foi observado que o arco constringido tem um aumento da densidade de energia, o qual, com um elevado fluxo de gás separa materiais. As primeiras aplicações foram para cortar aço inoxidável com gás nitrogênio. Após diversos desenvolvimentos, o processo foi melhorado como a adição do gás oxigênio para cortar aço carbono, melhorando a qualidade da borda cortada e também a velocidade de corte. Atualmente, os plasmas de alta precisão – arco com alta densidade de energia – fornecem qualidade e produtividade para o processo nas aplicações mecanizadas e automáticas. Usualmente, é utilizado no modo mecanizado para cortes de até 75 mm de espessura no aço carbono e 160 mm no aço inox, com a combinação de gases. Para aplicações na área de manutenção e cortes não lineares, os sistemas manuais utilizando ar comprimido atendem 30 siderur gia brasil Nº 97 com excelência a aplicações de corte até 64 mm de espessura no aço carbono, podendo cortar outros metais também. Corte a laser – O corte laser tem excelentes resultados no corte de materiais até 12 mm de espessura, sendo muitas vezes superior ao processo de corte plasma, em virtude da exatidão das medidas da peça cortada, principalmente furos. Excelente processo para chapas de menor espessura foi desenvolvido a partir de 1960. O processo baseia na fusão de uma poça causada pela intensidade do feixe laser com um fluxo de gás inerte ou ativo, que expulsa o material e o protege das paredes ao mesmo tempo. Quando o calor imposto ao material é maior do que as suas características de refração, condução ou dispersão de energia provoca um aumento da temperatura no ponto de contato do feixe laser. Quando a temperatura é suficiente para iniciar a vaporização do material, inicia um furo e, com o movimento linear e a energia intensa imposta ao material, ocorre a ação do corte. Substituindo-se o gás inerte por outro ativo, como o oxigênio, pode-se gerar mais energia devido à reação exotérmica entre o oxigênio e o ferro contido nos metais ferrosos, como o aço carbono. Os lasers industriais mais utilizados para o processo de corte são CO2 e fibra com potências elevadas, entre 2 kW e 10 kW. As espessuras de corte Foto 1: Corpo de prova de 32 mm, com corte a laser usuais na indústria para o processo são de até 20 mm para o material aço carbono, podendo chegar a 32 mm, conforme a foto 1. O laser CO2 é o mais utilizado no segmento metalmecânico. O gás CO2 compõe apenas de 1% a 9% do volume do meio laser. O volume restante é composto pelos gases He (60% a 85%) e N2 (13% a 35%). Devido à sua capacidade de produzir potência muito elevada com relativa eficiência, lasers CO2 são utilizados principalmente para aplicações de processamento de materiais. A saída padrão desses lasers é de 10,6 µm e a potência de saída pode variar de 1 W a mais de 10 kW. O laser a fibra é um tipo de laser no qual o meio ativo é uma fibra óptica dopada com terras raras, como itérbio, túlio ou érbio. O bombeamento é geralmente realizado por diodos e o comprimento do meio de ganho é extremamente grande, de vários metros. O meio pode suportar vários kW de emissão, pois há uma alta relação entre o comprimento e o diâmetro, o que permite uma boa extração de calor. A distorção do feixe é minimizada pela guia de onda da fibra. Um equipamento típico é construído com uma fibra de vidro multicamadas dopado por itérbio, com emissão entre 1.07 μm e 1.08 μm, ou por túlio (λ=1,7 μm a 2,2 μm) ou érbio (λ=1,54 μm). A figura 6 mostra a fibra óptica dopada por itérbio e o sistema de bombeamento que é realizado por diodos de potência. A norma ISO 9013:2002 classifica os cortes térmicos quanto à geometria, tolerâncias e aspectos da borda. Os principais pontos da norma são: angularidade, rugosidade, raio do canto superior, sangria do corte e quantidade de escória. OUTUBRO/2013 31 www.siderurgiabrasil.com.br Figura 3. Angularidade no corte térmico conforme ISO 9013. Tabela 1: Relação entre a espessura e o ângulo do corte da borda do material conforme a ISO 9013. Obs.: Desvio em polegadas (“) e ângulo em graus (o). OUTUBRO/2013 A figura 3 apresenta as características do corte quanto à angularidade (chanfro) por zonas de 1 a 5, sendo 1 a menor angularidade. É importante destacar que o corte plasma de alta definição não está relacionado na tabela, onde resultados próximos ao laser podem ser encontrados com a combinação de todo o sistema: CNC, software, controle de altura e fonte de energia. A tabela apresenta a relação entre a espessura do material (aço carbono) e o ângulo da borda cortada, conforme as zonas de corte apresentadas na figura 3. Os processos de corte térmico apresentam excelente de- sempenho no corte de metais, principalmente no aço carbono. Processos híbridos estão sendo utilizados para maximizar os resultados, como, por exemplo, plasma e puncionadeira, onde a utilização da exatidão da ferramenta de corte mecânico com a velocidade do corte linear plasma apresentam excelentes resultados. Referências ALMEIDA, M. B. Q. Oxicorte. Rio de Janeiro: Senai/RJ – Centro de Tecnologia de Solda, 2000. MAJUMDAR, J.D. MANNA, I. Laser processing of materials. In: Sadhana Vol. 28, Parts 3 & 4, June/August 2003, pp. 495–562. India. Acesso em 5/Maio/2011<http://www. ias.ac.in/sadhana/Pdf2003JunAug/Pe1103.pdf>. SENAI. Soldagem. São Paulo: SENAI-SP editora, 2013. STEEN, W.M. MAZUMDER, J. Laser Material Processing. 4.ed. London: Spring, 2010. URTADO, E. Processos de Corte e Preparação de Arestas. Notas de Aula. 2013. Acesso em 4/Outubro/2013<http://sites. google.com/site/profeurtado/ engenharia-de-soldagem>. *Edson Urtado é engenheiro eletricista e especialista em educação, professor de cursos de tecnologia, graduação e pósgraduação, com MBA em finanças. Atua no segmento metalomecânico há 18 anos. *Luiz Gimenes Jr. é gerente geral do website www.infosolda.com.br, professor de graduação na FatecSP, coordenador de Laboratório da Fatec-Itaquera, de pós-graduação no Senai-SP, coautor do livro Soldagem, da editora Senai 2ed 2013. Com mais de 30 anos de experiência em soldagem, é consultor em Tecnologia e Engenharia para certificação de processos e soldadores brasadores ([email protected]). s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 31 clipping INDÚSTRIA NAVAL BRASILEIRA EM FASE DE RECUPERAÇÃO O setor recebe uma injeção de US$ 5 bilhões para se modernizar e atender ao pré-sal, mas enfrenta gargalos gerados por duas décadas de esquecimento. Na década de 1970, a indústria naval brasileira era a segunda maior do mundo e empregava 40 mil trabalhadores, mas virou o milênio com apenas 600 metalúrgicos. Nos últimos cinco anos retomou o crescimento, tendo como principal motivação a exploração de petróleo e gás em águas profundas. O Plano de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam), da Petrobras, prevê um gasto de US$ 5 bilhões entre 2008 e 2014 com a contratação de 146 novas embarcações de apoio. CERTIFICAÇÃO DO MERCADO DE REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA EMPLACAMENTO DE VEÍCULOS PERMANECE ESTÁVEL Representantes do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, que reúne o Sindipeças, SindirepaSP, Sincopeças, Sicap/Andap e Abrapneus, participaram do painel de debate “A qualidade no aftermarket e os avanços nos programas de certificação compulsória de autopeças”, realizado no I Fórum IQA – Qualidade Automotiva. “A reparação de veículos trabalha no projeto de lei para regulamentar o negócio no Brasil, desenvolver normas e procedimentos no setor, e as competências dos profissionais”, explicou Luiz Sérgio Alvarenga, coordenador do GMA. Em setembro, o setor automotivo cresceu 8,87% em relação a setembro de 2012 e 0,86% no acumulado de janeiro a setembro – sem considerar, porém, o emplacamento de motocicletas, que sofre com a retração de crédito desde 2008. Sobre o mês anterior, ocorreu uma queda de 5,76%, atribuída ao menor número de dias úteis. Segundo Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, “a ligeira queda, de pouco mais de 1%, no acumulado do ano, não preocupa o setor, que deve apresentar um resultado bom, embora mais moderado do que nos últimos anos.” www.fenabrave.com.br www.iqa.org.br 32 CARROS COMEÇAM A SER RECICLADOS NO BRASIL MONTADORAS PROJETAM INVESTIR R$ 73,1 BILHÕES O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG) está coordenando um projeto para a instalação da primeira unidade de reciclagem de veículos no Brasil. A iniciativa tem a parceria da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que cederá todos os equipamentos, além do apoio da ArcelorMittal e da Confederação Nacional das Seguradoras de Veículos. Segundo Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa, no Japão, cerca de 95% dos veículos em fim de vida útil são reciclados, enquanto, no Brasil, isso é feito com apenas 1,5% da frota que sai de circulação. As montadoras deverão investir R$ 73,1 bilhões no Brasil entre 2013 e 2017, em novas fábricas, ampliações e modernização das unidades já instaladas no país. O pacote inclui também o que será aplicado em qualidade, produtividade, desenvolvimento de novos produtos e o cumprimento das metas de eficiência energética impostas pelo Inovar-Auto. Com o montante, a capacidade produtiva da indústria local subirá das atuais 4,3 milhões de unidades por ano para 5,7 milhões por ano no período. www.exposucata.com.br www.anfavea.com.br siderur gia brasil Nº 97 OUTUBRO/2013 www.siderurgiabrasil.com.br Entidades Sicetel premia projeto de iniciativa social Ao completar 79 anos de existência a entidade premia empresas por projetos de alcance na sociedade. O Fotos: Divulgação Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel) realizou na noite do dia 27 de setembro a cerimônia de entrega da 1ª edição do Prêmio Destaque Sicetel 2013 – Iniciativa Social. Durante a cerimônia, o presidente da entidade, Daniele Pestelli, falou sobre a história do Sicetel, que na ocasião completou 79 anos, sendo um dos mais antigos sindicatos do Brasil. Ele também homenageou dois empreendedores do parque siderúrgico nacional: Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau. Ambos foram presenteados com um retrato pintado pelo artista plástico Carmelo Gentil Filho, OUTUBRO/2013 Vencedor do prêmio e o presidente da Sicetel, Daniele Pestelli Concorrentes ao prêmio que expôs algumas de suas obras durante o evento. Os homenageados foram enfáticos em afirmar que o setor passa por um momento difícil e que é preciso que haja união para enfrentar a crise. Para Jorge Gerdau, a responsabilidade pela falta de competitividade no setor é do governo. Benjamim Steinbruch também fez críticas ao governo, ressaltando que o Brasil tem um enorme potencial de crescimento, mas caminha a passos muito lentos e precisa que as reformas políticas sejam feitas o mais rápido possível. Após os discursos dos homenageados, o presidente do Sicetel divulgou que o vencedor da 1ª edição do Prêmio Destaque Sicetel 2013 – Iniciativa Social foi o Projeto Reciclagem Inclusiva Gerdau, da Gerdau Aços Brasil. O Sicetel e a Gerdau reverteram o valor da premiação, de R$ 10.000,00, para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente, em reconhecimento à excelência da sua contribuição para o amparo, o bem-estar e a reabilitação de crianças e adolescentes. Na ocasião, o cheque foi entregue por Daniele Pestelli a Regina Helena Scripilliti Velloso, presidente da AACD, e a João Octaviano Machado Neto, superintendente geral da entidade. Ao final do evento, as pessoas presentes receberam um exemplar do livro “Empresas Válidas”, autografado pelo autor, Nélio Arantes. www.sicetel.org.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 33 Processos Tecnologia DOC otimiza a matriz energética de siderúrgicas Muitas tecnologias de oxicombustíveis, como a Diluted Oxygen Combustion (DOC), estão disponíveis para ajudar as siderúrgicas a reduzir seu consumo de energia e suas emissões no meio ambiente. Pedro Zagury* A otimização da matriz energética no setor siderúrgico tem sido discutida em todo o mundo. Nas siderúrgicas onde são usados combustíveis não gerados internamente, a oxicombustão torna-se uma solução técnica e economicamente atrativa e viável para a eliminação de combustíveis externos, como óleo combustível, gás natural ou gás liquefeito de petróleo. Em processos como aquecimento de panelas, fornos poço, fornos de forjaria e fornos contínuos de reaquecimento, é possível substituir totalmente o combustível externo por oxigênio e combustíveis de menor poder calorífico, tais como gás de alto-forno, gás de coqueira ou gás de aciaria. O remanejamento do combustível mais nobre gerado internamente, como o gás de coqueria, pode ser realizado por meio da substituição do mesmo por oxigênio e gás de alto-forno em processos como 34 siderur gia brasil Nº 97 aquecimento de regeneradores de altos-fornos. A aplicação de oxicombustão nesses processos por meio da tecnologia DOC (Diluted Oxygen Combustion) traz benefícios adicionais, como melhor uniformidade de temperatura, redução de emissão de poluentes, além da redução do custo energético e otimização da matriz energética. Neste artigo são apresentados os resultados obtidos com a tecnologia DOC desenvolvida pela Praxair, acionista da White Martins, em diversos processos na indústria siderúrgica. Para um processo de aquecimento de forno, como em fornos de reaquecimento, a oxicombustão reduz ou elimina o nitrogênio no ar de combustão e reduz substancialmente a quantidade de calor perdido nos gases de combustão, em comparação com um sistema de combustão com ar. Para os fornos que usam ar à temperatura ambiente, a economia de combustível pode ser de até 60% e a redução de gases de combustão é de aproximadamente 85%, conforme mostrado na figura 1. Figura 1: Comparação da exigência de combustível e volume de efluente gasoso para sistemas oxicombustível X ar-combustível para atingir 1GJ de calor disponível para o processo, tendo o metano como combustível, ar a 21°C e gás de combustão a 1150°C. OUTUBRO/2013 35 www.siderurgiabrasil.com.br Figura 2: Esquema que ilustra o conceito de enriquecimento de oxigênio para aumentar a temperatura da chama como alternativa ao enriquecimento com combustíveis de poder calorífico mais elevado Produtividade – O oxigênio é capaz ainda de aumentar a produtividade do forno, se necessário, sem grandes mudanças. Tradicionalmente, o aumento da produtividade (normalmente entre 10% e 20%) é o benefício “mais fácil” que se pode atingir com tecnologias de oxicombustível para uma grande variedade de fornos e condições. Substituição de combustível – As siderúrgicas geralmente têm abundância de combustíveis de baixo valor de aquecimento, como gás de alto-forno (GAF). No entanto, a sua utilização é limitada pelo fato de a combustão do GAF com ar resultar em uma temperatura baixa de chama, abaixo da exigência de muitos processos siderúrgicos. Muitas vezes, o GAF pode não ser utilizado por este motivo. Por outro lado, é prática comum enriquecer o GAF com um combustível de maior poder calorífico, como o gás natural (GN) ou gás de coqueira (GCO), para criar uma mistura de combustível, aumentando o seu poder calorífico e, por conseguinte, a sua temperatura de chama com o ar, como exposto na figura 2. OUTUBRO/2013 Uma alternativa mais econômica ao enriquecimento de combustível pode ser o enriquecimento de oxigênio, ou seja, a adição de oxigênio com pureza de média a alta ao ar de combustão. A abordagem é utilizada na tecnologia de Stove Oxygen Enrichment (SOE) ou, em português, Oxicombustão em Fornos Regeneradores, da Praxair, para regeneradores de alto-forno. Exemplos e resultados Reaquecimento do aço – Duas estratégias podem ser empregadas para reduzir a energia e as emissões gerais em fornos de reaquecimento. A primeira utiliza a conversão de uma ou mais zonas do forno de arcombustível para oxicombustível. Esta abordagem pode ser utilizada sem a necessidade de fazer qualquer ajuste na mistura de combustível consumida dentro do forno. A Praxair tem obtido economia de combustível de 20% a 45% nas zonas de fornos que foram convertidas de sistemas de combustão à base de ar para sistemas de combustão à base de oxigênio, e economia de custos anuais que varia de US$ 200.000 a US$ 450.000 por forno. A conversão das zonas mais próximas da extremidade de carga Figura 3: Queimadores do forno de reaquecimento sem lanças (à esquerda) e com as lanças de combustível e oxigênio DOC instaladas (à direita) do forno normalmente resulta em maiores economias de combustível por tonelada de aço, já que essas são as maiores áreas do forno. Em fornos que não requerem quantidades significativas de combustível suplementar, esta abordagem permitirá liberar o subproduto de combustível para uso em outras partes da usina. Esses combustíveis podem, finalmente, deslocar o uso de combustível comprado e, assim, reduzir as emissões globais de CO2 em toda a usina. A instalação da tecnologia DOC da Praxair em um forno de reaquecimento contínuo tipo pusher de 84” pode ser vista na figura 3. Neste caso, foram adaptadas lanças de oxigênio dentro dos queimadores existentes, de modo que não foi necessário fazer nenhum trabalho refratário no forno. O sistema oxicombustível de 153 GJ/h (145 MM s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 35 Processos Tabela 1: Comparação da combustão de ar de GN, ar de GCO e oxigênio de GAF Tabela 2: Dados de desempenho para o enriquecimento de oxigênio de forno 36 BTU/h) na zona primária do forno de reaquecimento alcançou uma economia de combustível de 0,27 GJ/ton de aço e consumiu 0,026 toneladas de oxigênio por tonelada de aço, com uma economia líquida de cerca de 10 GJ por tonelada de oxigênio. siderur gia brasil Nº 97 A abordagem alternativa para a aplicação de oxicombustão em um forno de reaquecimento é ajustar a mistura de combustível utilizada no forno. Tal como acontece com os regeneradores de altos-fornos, os queimadores de oxigênio-BFG podem reproduzir o comportamento de queimadores de ar-GN ou ar-GCO em fornos de reaquecimento. A combustão com oxigênio permite uma maior percentagem de GAF na mistura de combustível, o que estende o estoque de GCO disponível. Devido ao poder calorífico mais baixo do GAF, o sistema de abastecimento de combustível terá de ser modificado para acomodar um fluxo de magnitude maior conforme tabela 1. Enriquecimento de oxigênio em fogão de alto forno – O SOE é um método para adicionar oxigênio de elevada pureza ao ar de combustão e, assim, eliminar o uso de combustíveis de alto poder calorífico. É usado comercialmente na América do Norte, América do Sul e Ásia. O uso do gás natural foi completamente eliminado nas duas usinas nos EUA e o uso de gás de coqueira foi reduzido em cerca de 36% na usina na Ásia. Além disso, uma maior concentração de CO2 no gás de combustão proporciona uma maior transferência de calor por radiação no domo e, assim, reduz a temperatura do domo e o consumo de combustível. OUTUBRO/2013 37 www.siderurgiabrasil.com.br Figura 4: Instalação típica do pré-aquecedor de panela DOC (à esquerda) mostrando as conexões da tubulação na face fria e a face quente do bloco de queimador (à direita). Aquecimento de panelas – Embora o aquecimento de panelas consuma uma parcela relativamente pequena do orçamento total de energia de uma usina siderúrgica, é um elemento que consome energia de forma ineficiente e pode se tornar um processo mais sustentável por meio de melhorias na tecnologia de combustão. Além disso, o aquecimento de panelas realizado de forma incorreta pode ter um grande efeito sobre a eficiência energética dos maiores consumidores de energia dentro da aciaria, como o forno elétrico a arco, o conversor de LD ou o forno panela. Uma vez que a maioria das panelas de aciaria precisa ser pré-aquecida acima de 1150ºC (2100ºF), mais de 60% da energia é expelida para a chaminé se forem utilizados queimadores a ar. Nessas condições, o DOC da Praxair fornece um meio de reduzir o consumo de energia em mais de 50%, reduzindo, ao mesmo tempo, as emissões de carbono e as emissões de NOx. A figura OUTUBRO/2013 4 mostra uma instalação típica do aquecedor de panelas, e a tabela 3 resume os resultados obtidos com alguns clientes. Conclusão Muitas tecnologias de oxicombustíveis estão disponíveis para ajudar as siderúrgicas a reduzir seu consumo de energia e suas emissões no meio ambiente. Essas tecnologias podem ser implantadas a curto prazo, sem a necessidade de custos de capital significativos e com mudanças relativamente pequenas nos processos atuais. Tabela 3: Resultados de pré-aquecimento de panela de oxicombustível em clientes da Praxair O DOC é uma tecnologia de oxicombustível que foi aplicada em uma variedade de fornos em vários setores. Ela supera todos os problemas clássicos de sistemas de oxicombustíveis para oferecer uma solução ideal de oxicombustível. No setor siderúrgico, a tecnologia DOC tem sido utilizada com sucesso para o aquecimento de aço e aquecimento de panelas. As aplicações de substituição de combustível, como o enriquecimento de oxigênio de forno, estão sendo amplamente adotadas em todo o mundo, permitindo que os gases combustíveis de maior poder calorífico, como GGO e o gás natural, sejam preservados ou utilizados em aplicações mais nobres. Ao longo dos anos, a Praxair desenvolveu e patenteou as tecnologias oxicombustíveis citadas aqui, que cobrem todo esse espectro de combustão e podem fornecer uma solução adequada, sob medida para qualquer necessidade. *Pedro Zagury, engenheiro metalúrgico, é gerente de tecnologia e aplicações da White Martins. www.praxair.com s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 37 Gestão Custo Brasil: o preço da ineficiência Os principais fatores que compõem o custo Brasil são sistêmicos e dependem quase que totalmente de ações e projetos governamentais. Enio Feijó* A s implicações do custo Brasil são muitas, mas sua raiz é basicamente um conjunto bem conhecido de fatores que atrapalham a competitividade das empresas e emperram o desenvolvimento do país. Dentre eles, os mais impactantes são a exagerada carga tributária, a legislação fiscal complexa e ultrapassada, a excessiva burocracia administrativa e tributária, além da precária infraestrutura logística em todo o país. Podemos somar a isso o alto custo do dinheiro (taxa de juros e spread bancário), inflação em alta e mão de obra pouco qualificada. Como resultado, temos o custo Brasil, que nada mais é senão o custo extremamente elevado de produtos domésticos, quando comparados com similares importados vendidos aqui, ou mesmo com produtos nossos quando colocados em outros países. Em um estudo recente, a Fiesp identifica esse custo como sendo 38% a mais em relação a países emergentes e 30% a mais quando comparado a países desenvolvidos. Um dos fatores que mais impactam o custo Brasil e o ambiente de negócios é a alta carga tributária, uma das mais vultosas do mundo, 38 siderur gia br asil Nº 97 que penaliza tanto as empresas como os consumidores. Pode-se dizer que as ações do governo têm sido bastante acanhadas no sentido de reduzir carga tributária. Recentemente, o senado aprovou uma medida provisória que visava à desoneração da folha de pagamento de alguns setores. Na prática, entretanto, a medida gerou uma redução de apenas 0,5%, em média, no preço final de produtos e serviços. Isso indica que não se deve esperar do governo muito mais do que reduções pontuais, como do IPI para determinados setores. A propósito, essas medidas se mostram protecionistas para as empresas de tais segmentos. É o reconhecimento, pelo Estado, de que esses setores não conseguem competir com os importados devido à ineficiência sistêmica. Não é difícil compreender a falta de vontade política do governo para uma ampla reforma tributária, já que esses recursos são usados para manter a máquina do governo e financiar projetos – alguns, é certo, importantes para melhorar a competitividade do país e outros tantos mais populistas, visando a manter a governabilidade e a elegibilidade. Infelizmente, o que sobra é maldirecionado e malgerido. Escândalos de superfaturamento estão por toda parte, assim como casos e mais casos de nepotismo e de funcionários fantasmas que constam da folha de pagamento sem nunca terem atuado. Na esteira dos impostos vem a burocracia fiscal, fruto de uma legislação fiscal complexa e ultrapassada, com mais de 3.200 normas tributárias que exigem do setor privado uma estrutura descomunal. No ano passado, um estudo do Banco Mundial identificou que no Brasil uma empresa chega a gastar 2.600 horas por ano no processamento de tributos. Em países desenvolvidos, o tempo gasto é de apenas 179 horas. Mais um detalhe: são necessários cerca de 200 funcionários para atender às normas fiscais no Brasil, enquanto empresas norte-americanas do mesmo porte necessitam de apenas quatro. Em um estudo recente, a Fiesp revela que essa carga tributária e a excessiva burocracia fiscal são responsáveis por metade do custo Brasil. Contribuindo um pouco menos, sem deixar de ser importante, surge a ineficiência da infraestrutura, que penaliza todos os setores da economia, do industrial ao agronegócio e o setor extrativista. Com pouco investimento, capaOUTUBRO/2013 39 www.siderurgiabrasil.com.br OUTUBRO/2013 e aumentar a competitividade. Vale a ressalva: por mais que se tenha alta eficiência operacional, sempre é possível atuar em variáveis internas e descobrir processos que podem nos dar um pouco mais de eficiência e nos tornar mais competitivos. Focar na capacitação e no desenvolvimento dos colaboradores é uma forma de fomentar a melhoria, que, aliás, ainda é um ‘mantra’ nas empresas japonesas, independentemente do nível de competitividade em que se encontram. Embora a história mostre que, em países como Japão, Taiwan, Coreia do Sul e China, essas virtudes foram fomentadas, coordenadas ou incentivadas pelo governo, podemos inventar um novo modelo em que o principal fator de Foto: Divulgação cidade deficiente de gestão e foco no curto prazo, é difícil imaginar que os problemas de infraestrutura possam ser resolvidos dentro de cinco, seis ou oito anos. Geralmente, são projetos com cerca de dez anos de maturação e que, por isso, acabam saindo do foco do governo. Pode-se concluir que os principais fatores que compõem o custo Brasil são sistêmicos e dependem quase que totalmente de ações e projetos governamentais. É possível chegar também à conclusão de que as chances de o governo adotar uma abordagem mais assertiva sobre esses fatores são quase nulas – pelo menos no curto prazo. Portanto, sobra para as empresas e os empresários brasileiros a missão de atuar sobre fatores que estão a seu alcance, no sentido de reduzir custos competitividade está nas empresas e na capacidade individual. Na opinião de Michael Porter, consultor e professor da Harvard Business School, a prosperidade de um país é criada, não herdada. Ela não deriva das riquezas naturais, do número de trabalhadores ou do valor de sua moeda. Outrossim, é função da capacidade de inovar de suas empresas. *Enio Feijó é consultor e especialista em Melhoria Contínua, instrutor do Six Sigma Academy & Company (USA), professor de Gestão da Qualidade do CEA (Centro de Estudos Automotivos), da FEI e FGV. Atuou como diretor de Qualidade e Implementação de Six Sigma na Ford América do Sul e foi diretor e fundador do Six Sigma Institute Brasil. s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 39 INTERNACIONAL O México dá um passo à frente Em solenidade concorrida no estado de Nuevo León, no México, as organizações Techint inauguraram o Centro Industrial Ternium, um complexo siderúrgico que irá produzir cerca de dois milhões de toneladas de laminados a frio e galvanizados por ano e colocará o México na rota dos grandes produtores de aço do mundo. Henrique Pátria* A acabam de inaugurar o Centro Industrial Ternium na região de Pesquería, estado de Nuevo León. A nova unidade da Ternium nasceu de uma aliança estratégica envolvendo a Ternium Mexicana e a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, e foi construída com a expectativa de produção inicial de cerca de 1,5 milhão de toneladas anuais de laminados a frio e mais 400 mil toneladas de aços galvanizados. Essa unidade deve substituir cerca de 40% das importações mexicanas destes produtos. Para a construção da unidade de galva- Fotos: Cláudio Lira empresa Contando com equipamentos de última geração que irão assegurar o máximo de desempenho e altíssimo índice de produtividade, as organizações Techint do México 40 siderur gia br asil Nº 97 OUTUBRO/2013 41 www.siderurgiabrasil.com.br nização foi constituída a Tecnigal, com os mesmos sócios mas com o foco em alta tecnologia na produção de aços galvanizados. O início da construção da usina deu-se em 2010 em uma área total de 438 hectares. Foram investidos inicialmente US$ 1,1 milhão, e utilizados no seu momento mais crítico, cerca de 3.200 trabalhadores simultaneamente. A nova unidade é composta de seis naves produtivas e duas linhas especializadas que fabricam aços de alto valor agregado, principalmente para a indústria automotiva. Segundo Paolo Rocca, presidente da Techint, principal acionista da Ternium, “A expectativa é substituir a importação de aços de alta qualidade utilizados pela indústria automotiva pelos novos produtos que a empresa já está começando colocar no mercado”. Foram despendidos três anos na construção da nova unidade que possui 75.500 m2 de obras de construção civil e instaladas mais de 21 OUTUBRO/2013 toneladas de moderníssimos equipamentos. Segundo a empresa, a nova unidade que vai trabalhar de maneira integrada é a mais moderna versão de eficiência e tecnologia na produção de aços de alto valor agregado. A construção e desenvolvimento da obra foi um dos primeiros complexos industriais do México, que foi concebido dentro de um padrão absolutamente sustentável. Desde o planejamento, passando pela execução e com o desenvolvimento do projeto, foram sempre observadas as mais rigorosas normas de manutenção e de desenvolvimento do meio ambiente. Há um plano de conservação e manutenção da flora e fauna nativa na região da construção da usina que já contabilizou o resgate de mais de 17.500 espécies de fauna e flora nativas. Estão disponibilizados 99 hectares de área em torno da usina, considerados reserva ecológica. A construção foi agraciada com a Certificação LEED®, outorgada pelo Conselho dos Edifícios Verdes dos Estados Unidos (USGBC), que reconhece as melhores práticas de construção e operação de prédios em todo o mundo. s i d e rur gi a bra si l Nº 97 41 INTERNACIONAL Os produtos O Centro Industrial Ternium possui uma linha de Decapado – Tándem Continuo a Frío (PLTCM), que é um processo pelo qual é feita a limpeza química do aço e simultaneamente a perfeita adequação da largura e espessura da lâmina. Este processo garante a planicidade, a sua adequação de largura e a qualidade da superfície do produto final. Nesta linha assim como na infraestrutura e serviços necessários para a sua operação foram investidos cerca de US$ 770 milhões. Além disso, nesta linha está incluída uma seção de processos de acabamento a frio, que compreende a lavagem eletrolítica e outros procedimentos complementares que conferem ao produto a limpeza superficial e a manutenção de todas as propriedades mecânicas exigidas do produto final. A segunda linha, que foi planejada e montada na sequência das operações é a linha chamada de Galvanizado Contínuo Tecnigal, que foi construída com investimento de US$ 330 milhões e está definida para produzir cerca de 400 mil toneladas de aço galvanizado, totalmente voltada para a indústria automobilística. A galvanização é uma operação pela qual 42 siderur gia brasil Nº 97 se acrescenta zinco ao laminado frio tornando-o resistente à corrosão. O evento de inauguração Contando com a presença do presidente do México, Enrique Peña Nieto, diversas autoridades entre as quais o secretário da Economia Ildefonso Guajardo, o governador do Estado de Nuevo León, Rodrigo Medina de la Cruz, Paolo Rocca, presidente da Organização Techint, grupo ao qual pertence a Ternium, Maximo Vedoya, presidente de Ternium no México e o vice-presidente executivo de Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, Shinya Higuchi, além de inúmeros convidados foi realizada no dia 18 de setembro a cerimônia de inauguração da nova usina. Na sua fala o presidente da Techint ressaltou que a obra foi concluída no tempo planejado e que este é um centro industrial estratégico para o México, pois seus produtos irão contribuir diretamente para a substituição de importação de vários itens destinados à indústria automobilística. Concluiu dizendo que a Techint, que tem mais de sessenta anos no país, abre uma nova oportunidade e cria 600 empregos diretos e mais 460 empregos indiretos para produzir aços que terão a capacidade de competir em nível internacional além de delimitar espaços para OUTUBRO/2013 43 www.siderurgiabrasil.com.br Enrique Peña Nieto, presidente do México Paolo Rocca, presidente da Techint OUTUBRO/2013 a criação de um novo polo industrial em Pesquería, Nuevo León. Por sua vez o presidente do México Enrique Peña Nieto, além de parabenizar os diretores da empresa, destacou que esta inauguração representa um ato de grande confiança dos investidores no país. No cenário atual o México vem enfrentando os desafios e conseguindo desenvolvimento sustentado, com propósitos firmes e contínuos. Nossa participação A revista Siderurgia Brasil foi convidada e com muita satisfação representou a imprensa do Brasil nesta solenidade. Estive presente juntamente com o repórter fotográfico Claudio Lira. *Henrique Pátria é editor responsável da revista Siderurgia Brasil e diretor da Grips Editora. s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 43 eventos Vitrine industrial da região Sul Os resultados da Intermach 2013 confirmam sua importância para o desenvolvimento do setor metalmecânico da região Sul do país. O balanço feito pelos organizadores da Intermach 2013 – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica, realizada no período de 9 a 13 de setembro, no complexo da Expoville, em Joinville (SC), aponta resultados positivo em visitação e perspectivas de negócios. Nos cinco dias, o evento recebeu 32 mil visitantes e deve gerar R$ 360 milhões em negócios a partir dos contatos feitos. Em seus dois dias de atividades, a rodada de negócios cumpriu a missão de criar novas oportunidades de negócios, possibilitando o encontro de empresas de todos os níveis e de diferentes atividades, para ampliar as relações de fornecimento e oferta de produtos e serviços. Foram feitas 976 reuniões entre 13 empresas compradoras e 400 vendedores. O 44 siderur gia brasil Nº 97 O UTUB R O/2013 45 www.siderurgiabrasil.com.br evento foi realizado pela Bolsa de Negócios e Subcontratação de Santa Catarina, em parceria com a Messe Brasil, promotora da Intermach. “O evento foi tão bem sucedido, que já estamos prevendo realizar outros semelhantes para os segmentos de plásticos, construção e metalurgia, em parceria com a Messe Brasil”, destacou Nelson Fleith, presidente da Bolsa. O Cintec 2013 Mecânica e Automação – Congresso de Inovação Tecnológica, um ciclo de palestras e minicursos, apresentando pesquisas e tendências dos materiais, processos e produtos no segmento metalmecânico, com a participação de 650 pessoas, foi realizado paralelamente à Intermach 2013. OUT UB R O/2013 O evento contou também com uma central de reciclagem, para separar os resíduos gerados pela feira. A iniciativa permitiu encaminhar os materiais a destinos ambientalmente adequados, evitando ampliar volumes nos lixões e aterros sanitários ou em locais impróprios para descarte. www.intermach.com.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 45 eventos Tubotech 2013 confirma expectativas Recebendo mais de 15 mil visitantes, o evento movimentou o mercado com novidades tecnológicas e boas perspectivas de negócios. C onsolidada como uma das maiores feiras das Américas para o setor de tubos e segmentos correlatos, a 7ª edição da Tubotech – Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes foi realizada de 1º a 3 de outubro, no centro de exposições Imigrantes, em São Paulo. Voltado aos profissionais da cadeia produtiva dos setores de petróleo, gás, automotivo, construção civil, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas e infraestrutura, o evento reuniu 750 expositores do Brasil e de outros 26 países, em uma área de 32 mil m², e recebeu um público superior a 15 mil visitantes. Em função da ampla sinergia entre expositores e mercado consumidor, nesta 46 siderur gia brasil Nº 97 O UTUB R O/2013 47 www.siderurgiabrasil.com.br OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 47 eventos edição, novos eventos simultâneos foram agregados à feira, com as estreias da Wire South America – Feira Internacional de Fios e Cabos e da Smagua Brasil – Feira Internacional de Irrigação, Saneamento e Manejo de Água e, pela primeira vez integrada à Tubotech, ocorreu a 6ª Feinox – Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável. Na cerimônia de abertura, José 48 siderur gia brasil Nº 97 Roberto Sevieri, diretor de operações do Grupo Cipa Fiera Milano, organizadora do evento, ressaltou o crescimento da feira, o posicionamento da Tubotech como o único das Américas e o segundo mais importante do mundo para a área de tubos, acessórios e componentes. “Reunimos toda a cadeia produtiva para gerar negócios, difundir conhecimentos e promover o network. A realização de quatro feiras simultâneas, de setores complementares, em um só local, aumenta os resultados e oportunidades de negócios em diversos segmentos”, afirmou Sevieri. Luciano Targiani diretor da Tarcom Promoções, empresa copromotora da Tubotech, falou sobre as oportunidades de negócios que a Tubotech proporciona, o potencial de consumo e a estimativa crescente de mercado. “É com muito orgulho que damos início a mais uma edição da Tubotech. Estamos num momento oportuno para fortalecer este O UTUB R O/2013 49 www.siderurgiabrasil.com.br segmento no mercado nacional”, disse Targiani. Além das inovações tecnológicas, serviços e ampla variedade de soluções a Tubotech é também um ponto de encontro e atualização do setor. Na grade de programação, foram realizados os seminários “Gestão dos Recursos Hídricos e Qualidade das Águas” e “Águas subterrâneas do Brasil”, promovidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), discutindo temas sobre irrigação e qualidade da água, a Techshow, seminário dos expositores OUT UB R O/2013 com palestras técnicas e o 6º Congresso do Aço Inox (Coninox), que abordou temas como a indústria atual do aço no Brasil e no mundo, a situação e novas perspectivas para os próximos dois anos, o uso do aço inoxidável na indústria de papel e celulose e a utilização de aços inoxidáveis em veículos pesados e a tendência para toda cadeia automotiva. A 8ª edição da Tubotech já tem data marcada: 6 a 8 de outubro de 2015, no centro de exposições Imigrantes, em São Paulo. www.tubotech.com.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 49 eventos Feira de negócios em Caxias do Sul Os organizadores estimam a concretização de um elevado volume de negócios entre os expositores e visitantes da Mercopar 2013. A 22ª edição da Mercopar – Feira de Subcontratação e Inovação Industrial, realizada no período de 1º a 4 de outubro, no centro de feiras e eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), projeta resultados positivos. O evento contabilizou 35 mil visitantes, o mesmo número da edição anterior e, segundo a estimativa dos organizadores, deve gerar negócios em torno de R$ 148 milhões nos próximos doze meses, a partir dos contatos diretos ou das rodadas realizadas pelo Projeto Comprador Nacional e Internacional. 50 siderur gia brasil Nº 97 A Mercopar 2013 reuniu expositores brasileiros e também da Alemanha, Argentina, Canadá, China, Holanda, Itália, Romênia e Turquia. O evento é realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e pela Hannover Fairs Sulamérica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG. Uma pesquisa realizada junto aos expositores revelou que 54% deles participaram da feira com o objetivo de ampliar o número de seus clientes e 93% consideraram o evento bom ou ótimo para essa finalidade. A mesma pesquisa indicou que cerca de 90% dos O UTUB R O/2013 51 www.siderurgiabrasil.com.br expositores pretendem participar da próxima edição, que acontecerá de 30 de setembro a 3 de outubro de 2014. “A Mercopar continua cumprindo com o seu papel de criar oportunidades para empresas de todos os portes, especialmente micro e pequenas, contribuindo para o desenvolvimento de toda a sociedade. É uma feira que se renova ano a ano, antecipando-se e atendendo às demandas do empresariado”, afirma o presidente do Sebrae-RS, Vitor Augusto Koch. “Esta é uma feira totalmente consolidada, que atende às necessidades dos expositores naquilo que é o mais importante: proporcionar a negociação entre compradores e vendedores, em um ambiente totalmente focado em negócios. A cada quatro contatos feitos pelos expositores, um tem forte perspectiva de se concretizar como negócio”, afirma o diretor da Hannover Fairs Sulamérica, Constantino Bäumle. www.mercopar.com.br OUT UB R O/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 51 eventos Soldas e corte de metais apresentaram evento em São Paulo A Feira de Corte e Conformação de Metais e a Brazil Welding Show uniram-se para apresentar as novidades dos setores de solda e estamparia de metais em evento realizado em São Paulo. R ealizaram-se no período de 1 a 4 de outubro em São Paulo a Feira de Corte e Conformação de Metais juntamente com a Brazil Welding Show, feira e seminário sobre tecnologia de solda. Ambas conseguiram reunir especialistas, usuários, empresários e profissionais envolvidos com processos de estampagem de metais e soldas utilizadas na confecção de estruturas metálicas, tubos e outros produtos. O evento, que é realizado a cada dois anos pela Aranda Eventos, foi marcado pela exposição das principais novidades em máquinas e equipamentos e tecnologias de corte e conformação de chapas e produtos metálicos. Em paralelo, também foi realizado o Congresso com a apresentação de trabalhos técnicos, estudos de caso e debates sobre temas como: hidroconformação, estampabilidade de chapas metálicas, 52 siderur gia brasil Nº 97 simulação dos processos de conformação, CAD/CAM no processamento de chapas, recalque rotativo, repuxo, sistemas de carga e descarga de máquinas, troca rápida de matrizes, sistemas de movimentação e armazenagem de chapas, terceirização dos serviços de estampagem, corte a laser e jato d’água, conformação de materiais pré-pintados, processamento de tubos, embutimento, união de chapas (soldagem e rebitagem) e tratamento superficial (galvanoplastia e pintura). Já a feira e seminário Brazil Welding Show, que foi promovida pela primeira vez pela Aranda Eventos em parceria com a Messe Essen e apoio da German Welding Society, ofereceu aos expositores de todo o mundo a oportunidade de mostrar as novidades e produtos de solda ao mercado brasileiro, que por certo serão mais utilizadas frente a tantos projetos de grande porte como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a exploração do présal, o mercado automobilístico e a indústria naval e o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura nacionais. A Grips Editora prestigiou o evento instalando um stand onde foram distribuídas aos participantes da mostra as revistas Siderurgia Brasil e Agrimotor, além do Guia de Compras da Siderurgia Brasileira. www.arandanet.com.br/eventos2013/ccm O UTUB R O/2013 53 www.siderurgiabrasil.com.br Indústria do nordeste se reúne em Recife A Fimmepe Mecânica Nordeste consolida-se a cada ano como um importante canal de promoção do desenvolvimento e modernização da indústria regional. A 19ª edição da Fimmepe Mecânica Nordeste – Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco, que acontecerá no período de 22 a 25 de outubro de 2013, no centro de convenções de Recife, apresentará inovações em equipamentos industriais, automação e controle de processos, material eletroeletrônico e robótica. Esta edição será realizada por uma parceria entre o Simmepe – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco e a Reed Exhibitions Alcantara Machado. Cerca de 150 empresas vão expor suas marcas no pavilhão com 13,5 mil m², reunindo os principais fabricantes e distribuidores de máquinas, equipamentos e componentes. Os organizadores estimam que o evento receba cerca de 7 mil visitantes, um público qualificado formado por empresários, engenheiros e técnicos tomadores de decisão, dispostos a encontrar soluções e novos fornecedores. Para o presidente do Simmepe, Sebastião Pontes, o papel desempenhado pela feira cresce ainda mais na atual fase vivida pelo Nordeste. OUT UB R O/2013 “A região tem sido alvo de elevados investimentos com reflexos muito positivos sobre o setor industrial. Isso tem proporcionado um significativo aumento na demanda por parte das empresas que necessitam se equipar para poderem aproveitar as oportunidades que estão surgindo”, destaca Pontes. Simultaneamente à Fimmepe, será realizada a Pernambuco Petroleum Business, uma conferência promovida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que reunirá representantes de empresas nacionais e estrangeiras que atuam no mercado de petróleo, gás natural, offshore e naval, além de potenciais fornecedores e representantes dos governos federal e estadual. O evento será uma oportunidade para que sejam apre- sentadas as oportunidades de negócio relacionadas ao setor de caldeiraria pesada, fundição, usinagem, forjaria e galvanização no estado, confirmando a consolidação da cadeia de fornecedores e o aumento da competitividade da indústria metal mecânica da região. Além da exposição, o evento contará com rodadas de negócios entre as empresas expositoras e os compradores das companhias instaladas no Nordeste, aproveitando a energia e o clima de negócios que envolve toda a feira. Para estimular as empresas de outros estados a investir no mercado nordestino, haverá encontro com potenciais representantes comerciais para que as empresa possam desenvolver novos canais de distribuição e prestação de serviços. Entre os segmentos participantes da feira destacam-se os de automação e controle de processos, componentes industriais, engenharia industrial, entidades, informática, máquinas e equipamentos, manutenção e peças de reposição, material eletroeletrônico, navipeças, óleo e gás, robótica, serviços e consultorias. www.mecanicanordeste.org.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 53 eventos Normas brasileiras em debate Nos dias 30 e 31 de outubro, vai acontecer em São Paulo o principal fórum de debates das normas técnicas brasileiras e sua relação com as normas internacionais. O tema principal do Exponorma, que norteará todas as atividades, é Normas Técnicas asseguram uma mudança positiva, o mesmo escolhido para celebrar o Dia Mundial da Normalização (14 de outubro), instituído pela World Standard Cooperation (WSC), formada pela International Organization for Standardization (ISO), pela International Electrotechnical Commission (IEC) e pela International Telecommunications Union. O Congresso destacará os temas Rotulagem Ambiental, Sustentabilidade e Segurança. A necessidade de agregar qualidade a produtos e processos para conquistar competitividade e maior acesso a mercados fez com que a norma internacional ISO 9001 se tornasse ferramenta de gestão de grandes e pequenas organizações, nos mais diversos ramos de atividade. Da sua publicação até hoje, numa trajetória de mais de 25 anos, a norma passou por algumas revisões, a maior delas em 2000. Uma nova versão, ainda em fase de minuta, tem lançamento previsto para 2015. A síntese das sugestões recebidas nesta atualização será divulgada no Exponorma – Congresso e Exposição, evento que a Associação Bra- 54 sider ur gia brasil Nº 97 sileira de Normas Técnicas (ABNT) realizará nos dias 30 e 31 de outubro, no centro de convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). A versão que está em vigor tem cinco anos e foi publicada no Brasil como ABNT NBR ISO 9001:2008, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos, e pode ser aplicada a qualquer organização, independentemente do seu porte e ramo de atuação (incluindo prestação de serviços, área pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, etc.). A implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) com base nessa norma é uma decisão estratégica da organização que busca melhorias para o seu negócio e no atendimento às necessidades dos seus clientes. Estão previstos ainda minicursos e palestras paralelas, que proporcionarão um melhor entendimento dos benefícios gerados pelas normas técnicas no cotidiano. Na área de exposição, Comitês Técnicos e organizações de variados perfis têm a oportunidade de demonstrar aos visitantes os seus casos de sucesso obtidos com a aplicação de normas técnicas. Participarão como expositores: a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas e Abrasivos (ABFA), Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), Instituto Aço Brasil, Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI/DCTA), Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), que estará com dois estandes, sendo um para dividir com associados e o outro só para oficinas de reparação automotiva. www.abnt.org.br/exponorma OUTUBRO/2013 automotivo www.siderurgiabrasil.com.br Desempenho global do setor automotivo Em agosto, os EUA voltaram para a primeira posição em vendas de veículos, enquanto o Brasil manteve a quarta posição. E Fotos: Imprensa Ford m agosto deste ano, os Estados Unidos ultrapassam a China e subiram para a primeira colocação com um crescimento de 16,8% em relação ao ano passado. Mesmo em segundo lugar, a China vem apresentando o mesmo ritmo que o mercado americano, com um aumento de 14,4% nas vendas em relação ao mesmo período de 2012. Entretanto, as posições se invertem no acumulado do ano, tendo a China ultrapassado a marca de 12 milhões de carros vendidos no ano. Os dados chineses incluem apenas veículos de passeio. Para o restante dos países, os números englobam automóveis e veiculos comerciais leves. OUTUBRO/2013 O Japão ocupa a terceira colocação, com uma queda de 1,2% no mês. O Brasil mantém o quarto lugar, com uma retração significativa de 22,9% nas vendas de carros e comerciais leves. A Rússia subiu uma posição, ocupando o quinto lugar, mesmo registrando um recuo de 10,4% em agosto em comparação com o mesmo mês de 2012. A Alemanha, agora em sexto lugar, caiu 5,8% no mês em relação ao ano anterior. Inverten- do algumas posições com relação ao ranking de julho, a Índia, o Canadá e a Coreia do Sul ocuparam as sétima, oitava e nona colocações, registrando crescimentos de 1%, 6,4% e 27,3%, respectivamente, em suas vendas. A França caiu para o décimo lugar com um recuo de 9,7% nas vendas em comparação a agosto de 2012. No que se refere a marcas, a Toyota manteve primeira colocação com um aumento de 0,1% nas vendas. A Volkswagen ficou em segundo lugar, com uma queda de 4,7%. Na terceira posição está a Ford, com um aumento de 10,9%. www.jato.com/brazil s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 55 estatísticas Exportações de máquinas em recuperação Apesar do crescimento de 11,8% registrado em agosto, sobre julho, as exportações acumuladas no período de janeiro a agosto ainda são 10,3% inferiores às do mesmo período de 2012. F aturamento – Em agosto de 2013, o faturamento da indústria de máquinas e equipamentos foi de R$ 7,266 bilhões, o que significou um crescimento de 6,8% sobre o mês anterior, em conformidade com o comportamento sazonal do setor. No entanto, apesar desse crescimento, o faturamento acumulado no período de janeiro a agosto, que totalizou R$ 52,156 bilhões, é 6,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2012. Consumo aparente – Em agosto, o consumo aparente de máquinas e equipamentos no mercado interno (produção menos exportações mais importações) foi de R$ 10,653 bilhões, valor 0,6% inferior ao do mês anterior, confirmando a inversão da tendência de recuperação iniciada em janeiro de 2013. No período de janeiro a agosto, o consumo aparente foi de R$ 80,277 bilhões, valor 5,6% superior ao do mesmo período de 2012. No entanto, eliminando-se o efeito cambial, o resultado passa a ser 0,2% inferior ao do mesmo pe- 56 siderur gia brasil Nº 97 ríodo de 2012. Vale observar que a média anual da participação das importações no consumo nacional de máquinas e equipamentos saltou de 52% em 2007 para 69% em 2013. Balança comercial – Em agosto, as exportações do setor atingiram US$ 1,249 bilhão, valor 11,8% superior ao do mês anterior, confirmando a tendência de recuperação. A participação das exportações sobre o faturamento do setor atingiu o patamar de 32%, aproximando-se dos níveis históricos de 1/3 do faturamento. As exportações acumuladas no período de janeiro a agosto atingiram US$ 7,897 bilhões, valor ainda 10,3% inferior ao registrado no mesmo período de 2012. Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos são, por ordem de importância, América Latina (39,4%), Estados Unidos (22,6%) e Europa (19,7%). No mês de agosto, o mercado nacional importou US$ 2,722 bilhões em máquinas e equipamentos, o que significou uma queda de 4,6% sobre o mês anterior. As importações acumuladas no período de janeiro a agosto atingiram US$ 21,749 bilhões, valor 7% superior ao do mesmo período de 2012. As principais origens das importações de máquinas e equipamentos em valores são os Estados Unidos (25,1%), China (16,9%), Alemanha (12,3%) e Itália (7,7%). No entanto, nas importações em peso, a China já aparece com folga na primeira posição. Em agosto, o déficit da balança comercial de máquinas e equipamentos atingiu US$ 1,473 bilhão, valor 15,1% inferior ao do mês anterior, resultado atribuído ao crescimento das exportações. No acumulado do ano, o déficit atingiu US$ 13,851 bilhões, valor 20,2% superior ao do mesmo período de 2012. NUCI e emprego – Em agosto de 2013, o nível de utilização da capacidade instalada do setor foi de 77%, índice 0,3% inferior ao do mês anterior, mas 8,0% superior ao de agosto de 2012. A carteira de pedidos teve uma ligeira recuperação de 0,5% em relação ao mês anterior, mas também uma forte queda de 16,2% quando comparada com agosto de 2012, puxada principalmente pelos setores fabricantes de bens sob encomenda. O setor encerrou o mês de agosto empregando 257.526 trabalhadores, o que significou uma leve queda de 0,1% sobre o mês anterior, mas também uma elevação de 1,0% sobre agosto de 2012. www.abimaq.org.br OUTUBRO/2013 57 www.siderurgiabrasil.com.br Quer falar com toda a cadeia do agronegócio brasileiro? Use o caminho mais curto, dinâmico e econômico. Anuncie na revista Agrimotor e colha os melhores frutos de seu investimento. A revista Agrimotor com tiragem mensal e circulação em todo o Brasil atinge integrantes da cadeia com poder de decisão. Decida-se por divulgar sua marca no veículo de maior penetração do setor. Ligue já: (11) 3811-8822 OUTUBRO/2013 Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002 Tel/Fax: (11) 3811-8822 [email protected] www.agrimotor.com.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 57 estatísticas Produção de veículos na gangorra O crescimento de 15,2% na produção de autoveículos em setembro, bem como os seguidos recordes de produção, já refletem o incentivo gerado pelo Inovar-Auto, na opinião do presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior. M ercado – De acordo com o levantamento mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no mês de setembro de 2013, foram licenciados 309.872 autoveículos (veículos leves, ônibus e caminhões), nacionais e importados, o que significou uma queda de 5,9% em relação aos 329.143 autoveículos licenciados em agosto e uma elevação de 7,6% sobre setembro de 2012. No período de janeiro a setembro deste ano, foram licenciados 2.780.385 autoveículos, volume 0,3% inferior ao do mesmo período de 2012. As vendas internas de máquinas agrícolas automotrizes, nacionais e importadas, atingiram 7.318 unidades em setembro, volume 6,2% inferior ao do mês anterior, mas 16% superior ao de setembro de 2012. Em todo o período de janeiro a setembro de 2013, foram comercializadas 63.864 unidades, o que representou uma elevação de 25,1% em relação ao mesmo período de 2012. Produção – Em setembro de 2013, a indústria nacional produziu 332.029 autoveículos, o que significou uma redução de 2,5% em relação ao mês anterior, mas também 58 siderur gia brasil Nº 97 uma elevação de 15,2% sobre setembro de 2012. No período de janeiro a setembro, a produção atingiu 2.841.603 autoveículos, superando em 13,9% o volume produzido no mesmo período de 2012. A produção nacional de máquinas agrícolas automotrizes atingiu 8.836 unidades em setembro, o que representou uma queda de 3,4% sobre a produção do mês anterior, mas um significativo crescimento de 36,3% sobre setembro de 2012. No período de janeiro a setembro de 2013, a indústria nacional produziu 75.884 unidades, volume 19,8% superior ao produzido no mesmo período de 2012. De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, os seguidos recordes de produção já refletem o incentivo à produção nacional gerado pelo Inovar-Auto. “Os recentes anúncios de investimentos para o período 2013 a 2017 nos fazem crer que a tendência de localização da produção, incentivada pelo Inovar-Auto, já é uma realidade”, explica. Exportação – Em setembro de 2013, o valor total das exportações de autoveículos e máquinas agrícolas automotrizes atingiu US$ 1,433 bilhão, o que significou uma redução de 14,6% sobre o mês anterior, mas também uma elevação de 28,1% sobre setembro de 2012. No acumulado do período de janeiro a setembro deste ano, o valor das exportações atingiu US$ 12,426 bilhões, valor 13,4% maior do que o registrado no mesmo período de 2012. Em volume, as exportações de autoveículos encerraram setembro com 45.495 unidades, o que significou uma queda de 29% sobre 64.071 unidades exportadas no mês anterior, mas também um significativo crescimento de 66,6% sobre as 27.309 unidades exportadas em setembro de 2012. No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento foi de 31,6%, passando de 325.240 unidades em 2012 para 428.176 unidades em 2013. As exportações de máquinas agrícolas atingiram 1.644 unidades em setembro, volume 8,7% superior ao do mês anterior e 44,5% também superior ao de setembro de 2012. Emprego – Em setembro deste ano, o setor automotivo empregou 154.720 trabalhadores, volume 0,1% superior ao do mês anterior e 4,5%, também superior ao de setembro de 2012. www.anfavea.com.br OUTUBRO/2013 59 www.siderurgiabrasil.com.br Evolução dos mercados de zinco, níquel e chumbo A tabela mostra a evolução dos mercados domésticos de zinco, níquel e chumbo. No caso do zinco, os valores correspondem à produção, exportação, importação e consumo aparente (produção interna menos exportações mais importações). No caso do níquel, os valores correspondem à produção, exportação, importação e consumo aparente. Já quanto ao chumbo, o Brasil importa todo o volume consumido internamente. ESTATÍSTICAS METAIS NÃO FERROSOS (t) (*) Fonte: ALICE-Web (**) Vendas mercado interno (N.D.:dado não disponível) + importações (***)Ni Eletrolítico, Ni em FeNi, Matte de Ni www.icz.org.br OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 59 estatísticas Aumenta a produção de aço Em agosto, a produção e as vendas internas de aço bruto mantiveram sua tendência de recuperação, refletindo a elevação no consumo aparente. A produção brasileira de aço bruto em agosto de 2013 foi de 3 milhões de toneladas, volume 4,5% superior ao do mesmo mês em 2012. Em relação aos laminados, a produção de agosto foi de 2,3 milhões de toneladas, o que significa uma alta de 3,6% quando comparada com agosto do ano passado. A produção dos laminados alcançou 17,6 milhões de toneladas, o que significa uma redução de 1,4% e um aumento de 2,1%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2012. Quanto às vendas internas, o resultado de agosto atingiu 2,1 milhões de toneladas de produtos, o que significou uma elevação de 10,5% em relação a agosto de 2012. As vendas acumuladas em 2013 totalizaram 15,3 milhões de toneladas, volume 4,4% maior do que o acumulado no mesmo período de 2012. Balança comercial – Em agosto de 2013, as exportações de produtos siderúrgicos atingiram 582 mil toneladas e US$ 440 milhões. Com esse resultado, no período de janeiro a agosto de 2013, as exportações totalizaram 5,5 milhões de produção siderúrgica brasileira (*) Dados preliminares. 60 siderur gia brasil Nº 97 toneladas e US$ 3,8 bilhões, representando um declínio de 17,4% em volume e de 21,6% em valor, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em agosto, as importações de produtos siderúrgicos atingiram 337 mil toneladas e US$ 389 milhões e, no acumulado de janeiro a agosto de 2013, totalizaram 2,4 milhões de toneladas, volume 9,2% inferior ao do mesmo período de 2012. Em agosto, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos (produção – exportações + importações) foi de 2,4 milhões de toneladas, totalizando 17,7 milhões de toneladas no período de janeiro a agosto de 2013. Esses valores representaram elevações de 9,8% e 3,1%, respectivamente, em relação aos resultados dos mesmos períodos de 2012. www.acobrasil.org.br Unid.:103 t Fonte: Aço Brasil OUTUBRO/2013 61 www.siderurgiabrasil.com.br Distribuição de aço faz suas contas Contrariando as expectativas, as vendas de aço registraram um crescimento de 9,6% sobre julho e as compras 9,7% no acumulado do ano. V endas e compras – Segundo o levantamento mensal realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider) junto aos distribuidores associados ao Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), em agosto o setor registrou uma elevação histórica de 9,6% nas vendas de aço em relação ao mês anterior, passando de 368,8 mil para 424,1 mil toneladas. Em comparação com agosto de 2012, a elevação foi de 12%. No acumulado de janeiro a agosto, as vendas somaram 2,955 milhão de toneladas, o que representa uma elevação de 1,8% em comparação a igual período do ano anterior. “O índice de vendas em agosto de 2013 atingiu um novo recorde para o período, superan- OUTUBRO/2013 do as 409,3 mil toneladas de aços planos comercializadas em julho de 2008. Essa conquista é resultado da volatilidade dos preços e estoques mais justos”, explica o presidente do Sindisider Carlos Jorge Loureiro. As compras realizadas em agosto também apresentaram um crescimento de 2,2% em comparação com o mês anterior, totalizando 422,7 mil toneladas. Em relação a agosto de 2012, quando foram compradas 377,5 mil toneladas, a alta foi de 12%. As compras acumuladas no período de janeiro a agosto contabilizaram um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período de 2012, com um volume total de 3,140 milhões de toneladas. Importações e estoques – De acordo com dados do Sindisider, as importações de aços planos comuns pelo mercado brasileiro encerraram agosto com uma alta de 15,1% em relação ao mês anterior, totalizando 211,7 mil toneladas. No entanto, no acumulado do ano, as importações sofreram uma queda de 13,1%, com 1,018 milhão de toneladas. Os estoques da rede de distribuição encerraram o mês de agosto com 1,130 milhão de toneladas, recuando 0,1% em relação a julho. Com isso, o giro dos estoques caiu de 2,9 em julho para 2,7 meses em agosto. Segundo as projeções feitas pelo Sindisider, em setembro, tanto as compras quanto as vendas poderão ter uma retração em torno de 5%. www.sindisider.org.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 61 EMPRESAS E NEGÓCIOS ABIMAQ RECEBE O MINISTRO FERNANDO PIMENTEL Com o intuito de apresentar os pleitos do setor de máquinas e equipamentos ao governo, no dia 2 de setembro, a Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos recebeu em sua sede a visita do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Os principais pontos tratados na reunião foram o conteúdo local e o regime de Ex-tarifário. Durante o encontro, o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, solicitou uma maior exigência de conteúdo nacional em máquinas e equipamentos comercializados no país. “Pedimos que os projetos realizados com dinheiro público tenham conteúdo nacional. Da forma como tem sido feito, nós estamos rifando a indústria nacional”, afirmou Aubert. Ele também pediu atenção especial para a questão da importação de máquinas usadas. “Os bens de capital usados que são importados não atendem às exigências feitas aos fabricantes no Brasil. Esses equipamentos já são sucatas e não ajudam a melhorar a produtividade das empresas”, disse. O ministro Fernando Pimentel ressaltou que é preciso atuar na criação não só de incentivos para produção local como de medidas que controlem a importação. “Taxar o importado, simplesmente, não resolve”, afirmou. Ele ainda lembrou que, apesar da recente valorização do dólar, que tem ajudado a indústria de bens de capital nacional, ela tem sido prejudicada por um longo período com câmbio desfavorável. www.abimaq.org.br Fotos: Div ulgação VANTAGENS ADICIONAIS DA LATA DE AÇO PROMOCIONAL 62 siderur gia brasil Nº 96 Embalagens promocionais arrojadas, sofisticadas e com design cada vez mais inovador chamam a atenção dos consumidores para diversos produtos, desde biscoitos finos, bombons e panetones até relógios, roupas e acessórios em geral. Além de dar um charme a mais, destacam os produtos no ponto de venda. As latas de aço são ótimas opções para este tipo de ação e já fazem sucesso no mercado. As latas promocionais estimulam a reutilização das embalagens dos produtos após o consumo e oferecem inúmeras utilidades. Além de aumentar o tempo de vida da embalagem na casa do consumidor, a marca do produto fica exposta por mais tempo. Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), explica que o aço permite litografias e formatos diferenciados dos outros materiais. “As latas de aço possuem características ideais como embalagem promocional, pois são resistentes, versáteis e duráveis. Sem contar com o fato de serem a embalagem mais ecológica do mundo, 100% recicláveis”, afirma Thais. www.abeaco.org.br OUTUBRO/2013 63 www.siderurgiabrasil.com.br ANFAVEA APRESENTA INOVAR-MÁQUINAS AO MDIC A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou o Inovar-Máquinas – Programa de Desenvolvimento da Indústria de Máquinas Autopropulsadas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no dia 10 de outubro, em Brasília. O programa prevê a melhoria da competitividade do segmento de máquinas agrícolas, rodoviárias e de construção por meio de incentivos à produção local. “Se o projeto de novas tecnologias de propulsão, entregue em julho, foi a primeira missão impossível realizada por esta gestão da Anfavea, este definitivamente é a segunda missão impossível que conseguimos cumprir. A proposta para que o segmento possa se reindustrializar é um consenso entre nossas associadas. E também temos a concordância formal da Abimaq”, declarou o presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior. A proposta do Inovar-Máquinas foi baseada no Inovar-Auto e prevê o aumento da aquisição de insumos e peças brasileiras, incentivo ao investimento e crescimento das compras de máquinas industriais. De 2007 a 2012 a participação dos importados nas vendas internas de máquinas de construção e rodoviárias registrou uma taxa anual de crescimento de 46% e hoje representa um terço do total das comercializações. De acordo com estimativa feita pela Anfavea e Abimaq, se esse ritmo fosse mantido, em 2018, a participação seria de mais de 50%. www.anfavea.com.br 'LYLVmR3HoDV7XEXODUHV Peças Tubulares Curvadas Corte Reto | Corte Angular Furações | Roscas Corte a Laser | Fresagem Usinagem. 'LYLVmR7XERV Tubos Estruturais sem costura Tubos Industriais com costura Tubos de Condução Consulte-nos CRCC Empresa Certificada BNDES OUTUBRO/2013 (11)2088-7810 www.dagan.com.br [email protected] 7XERV3HUÀODGRV7XERV 7UHÀODGRVFRP7UDWDPHQWR 7pUPLFRDOpPGHPDLVXP s i d e ru r gi a bra si l Nº 96 63 &HQWURGH8VLQDJHP520, EMPRESAS E NEGÓCIOS PCP PRODUTOS SIDERÚRGICOS INAUGURA FILIAL Foto: Rick Ueda A PCP Produtos Siderúrgicos, empresa do Grupo PCP Steel, inaugurou sua filial na cidade de Indaiatuba (SP), em uma área de aproximadamente 3.000 m² e com capacidade para estocar mais de 20 mil toneladas de aço. Para Humberto Cervelin, diretor geral do Grupo PCP Steel, a aposta na região é estratégica. A nova filial pretende captar negócios nos estados de Goiás, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, além de atender a região de Minas Gerais, que já é um forte mercado consumidor dos produtos da empresa. A meta é dobrar as vendas no setor em até dois anos. “Queremos estar próximos ao cliente e ao mercado. Vamos aumentar gradativamente nossa força de vendas e de assistência técnica, que hoje representa um diferencial perante os concorrentes.” A matriz da PCP Produtos Siderúrgicos fica em Caxias do Sul (RS). A empresa é a Parceira Certificada da usina siderúrgica finlandesa Ruukki para distribuição exclusiva, suporte técnico e manufatura de aços de alta resistência “O Brasil é um mercado em crescimento, não apenas nas atividades de mineração, construção e transporte, mas também porque os clientes estão percebendo a necessidade de avançar em soluções de aço com eficiência de energia”, afirma Josu Piña, vice-presidente da Ruukki Metals. www.pcpsteel.net QUEDA NO TOTAL DE VEÍCULOS FINANCIADOS No período de janeiro a agosto deste ano, foram financiado 4,4 milhões de veículos, volume 5% menor que o do mesmo período de 2012. Em agosto, foram financiados 582.222 veículos, contra 594 mil no mês anterior e 683 mil em agosto de 2012. Em agosto, o valor dos financiamentos concedidos, de R$ 13,12 bilhões, foi 3% menor que o do mês anterior e 20% também menor do que o de agosto de 2012. www.acrefi.org.br 64 siderur gia brasil Nº 96 OUTUBRO/2013 65 www.siderurgiabrasil.com.br SISTEMA MODULAR E FLEXÍVEL O Sistema Versus de fabricação de estruturas modulares é um apoio indispensável para a modalidade de lean manufacturing. Os tubos verticais são autotravados por um encaixe plástico muito resistente, sendo que cada ponto resiste a uma compressão de 800 kg. Os tubos horizontais são unidos por conectores diversos que encaixam a pressão. O fechamento da estrutura do sistema é feito somente com parafusos localizados na parte inferior e superior. Essa vantagem permite modificar a altura, a lateral e o ângulo de todos os planos em questão de segundos, com enorme segurança. O Sistema Versus foi desenvolvido pela Versus do Brasil, fabricante de flow racks, carros de transporte e esteiras, entre outros produtos. www.versusbr.com.br ALGUNS SETORES INDUSTRIAIS CRESCEM ACIMA DA MÉDIA O aumento de 6% nos investimentos no primeiro semestre deste ano e o forte desempenho da indústria automotiva no período levaram alguns segmentos industriais a apresentar taxas de crescimento mais expressivas do que a média do setor. No período de janeiro a julho, a produção industrial avançou 2% na comparação com o mesmo período de 2012. No entanto, dez dos 27 setores pesquisados pelo IBGE cresceram mais, conseguindo elevar sua produção em mais de 5%. OUTUBRO/2013 s i d e ru r gi a bra si l Nº 96 65 anunciantes Balanças Navarro Ltda. . .................................................................................................................................................................................................................................51 Cedisa Central de Aço S.A. ..............................................................................................................................................................................................................2ª capa Comega Indústria de Tubos Ltda. . ............................................................................................................................................................................................................5 Dagan Ind. e Com. de Produtos Siderúrgicos Ltda. .....................................................................................................................................................................63 Divimec Tecnologia Industrial Ltda. ......................................................................................................................................................................................................23 ETS Tubos e Aços Comercial Ltda. ..........................................................................................................................................................................................................59 Extretec Indústria e Comércio de Trefilados Ltda. ........................................................................................................................................................................45 Galvânica Beretta Ltda. ..........................................................................................................................................................................................................................10-11 Grips Editora . ...........................................................................................................................................................................................................................................3ª capa Grupo WDM ........................................................................................................................................................................................................................................................51 Infosolda Serviços Industriais Ltda. ........................................................................................................................................................................................................65 Isoeste Ind. e Com. de Isolantes Térmicos Ltda. .................................................................................................................................................................4ª capa Lumegal Indústria e Comércio Ltda. .....................................................................................................................................................................................................15 Marko Sistemas Metálicos de Construção Ltda. ............................................................................................................................................................................47 Metalúrgica Golin S.A. ....................................................................................................................................................................................................................................25 Metalúrgica Várzea Paulista Ltda. - Unistamp . ................................................................................................................................................................................43 Mineração Usiminas S.A. ..............................................................................................................................................................................................................................17 Panatlântica S/A . ...............................................................................................................................................................................................................................................29 Perfilados Granado Ltda. ..............................................................................................................................................................................................................................65 Regional Telhas ...................................................................................................................................................................................................................................................39 Revista Agrimotor .............................................................................................................................................................................................................................................57 Trifer Indústria Metalúrgica Ltda. . ...........................................................................................................................................................................................................22 Unival Com. de Válvulas e Acess. Ind. Ltda. . .....................................................................................................................................................................................49 Votorantim Metais Zinco S.A. ....................................................................................................................................................................................................................21 66 siderur gia brasil Nº 97 OUTUBRO/2013 67 A sua marca precisa aparecer em boa companhia www.siderurgiabrasil.com.br Todas as marcas desejam ser reconhecidas, tanto pelo consumidor final como pelo próprio universo corporativo. www.viapapel.com.br Anunciando em uma publicação séria, com credibilidade no setor siderúrgico, auditada pelo IVC e filiada da Anatec, você aumenta o valor da sua marca e aparece para o seu potencial consumidor. A revista Siderurgia Brasil reúne todas essas qualidades com sua publicação mensal impressa e com sua edição digital, que pode ser visualizada em smartphones, tablets ou computadores pessoais, atingiu 75 mil acessos no mês de julho. OUTUBRO/2013 A Grips é uma editora especializada em publicações segmentadas, mantém a revista Siderugia Brasil e o Guia de Compras da Siderurgia. Agora você já sabe, se precisar falar com o mercado siderúrgico, este é o caminho mais curto e rápido. Não perca tempo, planeje seus anúncios para as próximas edições. R. Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 São Paulo - SP CEP 05407-002 Telefone: 11 3811-8822 www.siderurgiabrasil.com.br s i d e ru r gi a bra si l Nº 97 67