A revista de negócios do aço brasil

Transcrição

A revista de negócios do aço brasil
Grips Editora – Ano 14 – Nº 97 – outubro de 2013
A revista de negócios do aço
EXCLUSIVO: A NOVA USINA SIDERÚRGICA DO MÉXICO
brasil
A Cedisa é destaque no cenário nacional pelo elevado padrão de qualidade de seus produtos e serviços.
Sua unidade industrial no Espírito Santo possui certificação ISO 9001, agregando mais valor e qualidade
para seu produto final. Com unidades nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão, Minas Gerais,
Bahia e Pernambuco, atende em todo o território brasileiro.
Conte com a Cedisa, um parceiro de confianca com qualidade, agilidade e preço.
www.viapapel.com.br
LINHA DE DISTRIBUIÇÃO:
t Chapas laminadas a quente de 1,20 a 32mm de espessura
t Chapas grossas até 250mm de espessura
t Chapas xadrez
t Chapas galvanizadas 0,43 a 1,95mm de espessura
t Aço para construção CA-50 e CA-60
t Tela soldada
t Barra redonda/retangular/quadrada
t Vigas laminadas I, U e H
t Cantoneiras
2
LINHA DE PRODUÇÃO:
t Vigas Soldadas VS, CVS e CS
t Perfis U simples / enrijecidos
t Telha galvalume e pré-pintada, ondulada / trapézio 25 e 40
t Chapas cortadas conforme projeto: oxicorte e plasma de alta definição
t Chapa oxicortada até 250mm de espessura
t Chapa lambril para portões
t Chapa expandida
t Tubos de aço pretos e galvanizados: redondo, quadrado e retangular
w w w.cedisa.com.br
siderur gia brasil Nº 97
Rodovia BR 101, km 10 – Laranjeiras – Serra - ES – CEP 29167-183
Telefone: (27) 2123 3233
OUTUBRO/2013
índice
6 Galvanização
Apesar de muito difundida e
utilizada na Europa e América
do Norte a galvanização por
imersão a quente ainda é
pouco utilizada no Brasil. No
congresso e feira Galvabrasil
2013 serão discutidas as
principais questões que
poderão mudar este quadro.
EDITORIAL
4 Novidades
na América Latina
Empresas
26 Cedisa
40 Internacional
Nova Usina de Aço no México
Com produção estimada de 2
milhões de toneladas de laminados a
frio e galvanizados, a nova unidade
já funciona a todo vapor.
38
Gestão
Custo Brasil
44
Eventos
55
Automotivo
32 Clipping 56
Estatísticas
Entidades
33 Sicetel
62
Empresas & negócios
Processos
34 Tecnologia
DOC otimiza matriz
66
Anunciantes
Processos
28 Corte
e preparação de arestas de metais
energética
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
3
editorial
Henrique Isliker Pátria
O
Editor Responsável
s países emergentes entre os quais o Brasil
têm a necessidade de consolidar a sua posição econômica perante o mundo num momento de grandes transformações. O próprio
termo emergente remete para algo que está
nascendo, crescendo e se emergindo num cenário novo. Assim como o Brasil, o México é um país que vem
se apresentando como o destino de investimentos e procurando conquistar novos espaços no cenário mundial.
A revista Siderurgia Brasil, convidada
como única representante da imprensa
brasileira, o que muito nos honrou, esteve
visitando as novas e modernas instalações
e participou da solenidade de inauguração
do centro industrial Ternium em Monterey
no México. A nova usina que pertence ao
grupo Techint foi criada a partir de uma
aliança estratégica envolvendo a Ternium mexicana e a
Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation.
Outro destaque desta edição é o caderno especial sobre galvanização, processo pelo qual os metais como zinco
e níquel são agregados ao aço dando-lhe maior resistência, ampliando sua vida útil e disseminando a sua utilização
por diversos campos do cotidiano.
Este caderno foi elaborado a partir de um convênio
que firmamos com o ICZ, instituto responsável pela reali-
zação em São Paulo do congresso e feira Galvabrasil 2013,
um evento que promete trazer para a discussão todos os
pontos positivos da atividade além de reunir empresários
e profissionais em torno do tema comum.
Temos uma fotografia exata de como se encontra o setor neste momento e quais são as principais iniciativas e
investimentos futuros.
Também retratamos a maratona de feiras empresariais
(ufa!!!) a que fomos submetidos nos últimos dias. Na mesma semana foram realizadas a Tubotech e a
Feira de Corte e Conformação em São Paulo e
a feira Mercopar em Caxias do Sul, RS.
Ouvimos vários empresários envolvidos
com a atividade metal-mecânica se queixando da ausência de diálogo entre os organizadores dos eventos, pois no entender
de muitos, todos saem perdendo com esta
coincidência de datas.
Há ainda um artigo muito interessante sobre o famigerado custo Brasil. A grande verdade é que a cada dia constatamos um maior distanciamento na competitividade da
indústria brasileira em relação ao resto do mundo.
Fique ainda com as importantes estatísticas, a melhor cobertura dos eventos e as notícias que movimentaram a siderurgia brasileira.
Boa leitura!
Novidades
na América
Latina
EXPEDIENTE
Edição 97 - ano 14 - outubro 2013
Siderurgia Brasil é uma publicação
de propriedade da Grips Marketing
e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto
Nacional de Propriedade Industrial
sob nº 823755339.
4
siderur gia brasil Nº 97
Coordenador Geral: Henrique Isliker
Pátria/Diretora Executiva: Maria da
Glória Bernardo Isliker/TI: Vicente
Bernardo/Administrativo: Supervisora: Maria Rosangela de Carvalho/
Assistente: Anderson Rodrigues
Medeiras/Editor e Jornalista Responsável: Henrique Isliker Pátria
- MTb-SP 37.567/Entrevistas e
Reportagens: Ricardo Torrico/Marcus Frediani Mtb 13.953/Comercial:
Supervisor: Márcio Machado
Projeto Editorial: Grips Editora/Projeto Gráfico: Via Papel Estúdio/Edição
de Arte/DTP: Priscilla Ramos Nannini e
André Siqueira/Capa: Criação: André Siqueira/Imagens: Montagem com fotos de Shutterstock, André Siqueira, ICZ e Claudio Lira.
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A EMPRESAS DO SETOR E ASSINATURAS
A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua
total responsabilidade e não refletem
necessariamente a opinião dos editores.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj.
111 – São Paulo-SP – CEP 05407-002
– Tel.: +55 11 3811-8822
[email protected]
www.siderurgiabrasil.com.br
Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer
meio, sem prévia autorização.
OUTUBRO/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
Precisão, inovação e tecnologia para
transformar chapas em tubos de aço
www.viapapel.com.br
Há mais 50 anos, a Comega é uma tradicional fábrica de tubos de aço carbono com costura. Atua nos
mais variados segmentos, entre eles açúcar e álcool, mineração, irrigação, implementos agrícolas,
construção civil, máquinas e equipamentos industriais.
Atualmente investe na modernização de suas instalações, através da aquisição de sistema de solda
indutiva, incluindo carro de corte, para aumentar a qualidade e a velocidade da produção, além de
incorporar equipamentos para ensaios e acabamento.
Certificada na norma NBR ISO 9001:2008 desde maio de 2002, a empresa demonstra que o investimento não é apenas tecnológico, mas também de gestão de qualidade, capacitação e treinamento
dos funcionários, mantendo o foco na satisfação dos clientes.
Quando precisar de tubos, lembre-se da Comega. Só quem produz com seriedade, pode oferecer
qualidade, versatilidade e regularidade no fornecimento de tubos de aço, com preços competitivos.
São Paulo - SP
OUTUBRO/2013
Rua Costa Barros, 3030
Vila Alpina – CEP 03210-001
(11) 2701-3406
Ribeirão Preto - SP
Rua Peru, 3006
Tanquinho – CEP 14075-310
(16) 3969-9660
s i d ewww.comega.com.br
ru r gi a bra si l Nº 97
5
ESPECIAL
A
galvanização
por imersão
a quente
6
siderur gia bra sil Nº 97
O UTUB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
E
a ter uma dureza até superior à da
própria peça. Além desta proteção mecânica (barreira) o principal motivo de se utilizar o zinco
neste processo é a proteção catódica que faz sobre a peça, cujo
principal elemento é o ferro, mais
nobre que o zinco (zinco é mais
eletronegativo, corroendo-se primeiro no contato com o meio
ambiente em relação ao ferro).
Neste processo a peça é totalmente imersa no banho de zinco
líquido (zinco fundido entre 450
e 460°C), e toda a superfície da
peça que permitir acesso, será
protegida. A molhabilidade da superfície da peça se permite com
facilidade em função da boa fluidez do zinco fundido.
Atualmente é um processo
bastante utilizado e difundido na
Europa e América do Norte, porém, no Brasil, não podemos dizer
o mesmo por uma simples questão de cultura e principalmente
pela falta de conhecimento e divulgação nos meios acadêmicos,
piorando ainda mais a situação
em função do
não interesse pelos formandos
dos cursos médio e técnico, pelos
cursos de engenharia, nos últimos anos. Ainda hoje, às vésperas
da Copa de 2014 e da Olimpíada
de 2016, é muito comum e nada
difícil encontrar profissionais da
área de construção civil e arquitetos que desconhecem o processo de galvanização, assim como,
suas diversas e possíveis aplicações em suas obras e que há mais
de cinquenta anos são comuns
na Europa e América do Norte, a
exemplo de vergalhão galvanizado para fabricação das armaduras
metálicas de construções com
concreto, perfis estruturais (steel
framing), perfis em substituição
de dormentes de madeira para
ferrovias, etc.
Constitui-se no processo de
melhor custo benefício não só
em relação aos demais processos
de galvanização como também
em relação a outros processos
de proteção contra corrosão com
produtos como óleo, tintas, vernizes, resinas e outros. Além do
mais, conforme a agressividade
do meio ou região em que se
encontram as peças
Foto: André Siqueira / Shutterstock
ntre os processos
de proteção contra
corrosão de peças
de aço e de ferro
fundido, a galvanização por imersão
a quente geral (por bateladas), é
o mais eficiente, visto que, além
da difusão intermetálica, formação de ligas de Fe-Zn na superfície de contato fazem com que o
revestimento se torne integrado
ao metal base. A camada de zinco depositada pode atingir até
250 mícrons (1 mícron = 0,001
mm) de espessura de camada
uniforme. Além de proteger a
superfície e a alma da peça, o revestimento permite o manuseio
para armazenagem, transporte e
montagem mecânica, sem danos
a superfície, em função da resistência à abrasão das ligas Fe-Zn,
formadas desde a alma da peça
até a superfície, onde a camada
formada é de zinco puro. A camada de Fe-Zn mais próxima da
alma da peça chega
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
7
ESPECIAL
8
siderur gia bra sil Nº 97
ferro fundido galvanizado por
imersão a quente – verificação
da espessura do revestimento por
processo não destrutivo – método
de ensaio”.
Existe hoje uma tendência
de construções metálicas, edificações que são erguidas rapidamente, sem maiores transtornos
à vizinhança, que, se comparando às construções de concreto,
têm-se uma redução significativa
de consumo de água (até 59%),
redução sensível no tráfego de
caminhões, visto que, as estruturas são produtos semiacabados,
redução de entulhos gerados por
escavações já que as dimensões
e a resistência mecânica do aço
permitem menores fundações e
assim por diante.
Necessitamos de construções
com “almas saudáveis”, sustentáveis, ou seja, com vida útil longa,
com componentes de alta durabilidade, minimizando desta
forma os recursos naturais, conforme orienta a ABNT NBR 15575
– Edificações habitacionais – Desempenho.
Vantagens da
Galvanização Geral por
Imersão a Quente
Foto: Divulgação ICZ
e equipamentos que se pretende proteger com a galvanização,
existe ainda a possibilidade de
garantir uma proteção extra do
galvanizado com a pintura sobre
a sua superfície, processo conhecido como Duplex. Para se ter
uma ideia, a título de exemplo,
uma peça galvanizada pode ter
sua vida útil prolongada por até 5
vezes sobre a previsão para uma
peça somente pintada e quando pintada sobre o galvanizado
pode-se chegar a uma vida útil
prolongada por até 7,5 vezes em
relação à peça simplesmente protegida apenas com pintura.
Em função de ser um processo simples, rápido e acompanhar
o desenvolvimento sustentável,
as empresas de galvanização conseguem atender o mercado de
forma rápida, eficaz e estão disponíveis em todo o país com instalações de diversas capacidades
e equipamentos de processo.
No Brasil o processo é suportado pelas normas ABNT relacionadas a seguir, que estão sendo
revisadas pela CEE – 114 – Comissão de Estudo Especial de Galvanização por Imersão a Quente,
reativada recentemente pelo ICZ:
NBR 6323 – “Galvanização de
produtos de aço ou ferro fundido
– Especificação”;
NBR 7397 – “Produto de aço ou
ferro fundido revestido de zinco
por imersão a quente – determinação da massa do revestimento
por unidade de área – método de
ensaio”;
NBR 7398 – “Produto de aço ou
ferro fundido galvanizado por
imersão a quente – verificação da
aderência do revestimento – método de ensaio”;
NBR 7399 – “Produto de aço ou
Aumento da vida útil do aço
• A durabilidade dos produtos
galvanizados é diretamente proporcional à espessura do revestimento do zinco e inversamente à
agressividade do meio ambiente.
• Os produtos galvanizados podem aumentar sua vida útil de
três a cinco vezes.
Redução do custo de manutenção
• Este processo apresenta baixa
manutenção, aumentando o intervalo entre as manutenções,
reduzindo os custos decorrentes
dessa operação ao longo do ciclo
de vida útil do projeto, quando
comparado com outros sistemas
de proteção contra corrosão.
• Atualmente o setor elétrico utiliza o sistema de galvanização em
100% nas suas estruturas metálicas (linhas de distribuição e subestações), assim como o setor
rodoviário (defensas metálicas,
pórticos) e o setor de iluminação
pública (postes).
Rapidez do processo
• Com a galvanização geral por
imersão à quente é possível revestir a peça completamente, interna e externamente, em alguns
O UTUB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
• Regras para proteção da saúde
dos funcionários.
Aspecto econômico
• Longa vida útil;
• Durabilidade dos componentes;
• Flexibilidade da funcionalidade
das infraestruturas;
• A reabilitação;
• Facilidade de desconstrução /
desmontagem dos diversos componentes.
Aspecto ambiental
• A proteção do ambiente natural,
a minimização do consumo de
recursos naturais, a maximização
da reutilização de recursos renováveis e recicláveis;
• Abordagem Integrada de Ciclo
de Vida do projeto considerando
as qualidades ambientais.
• Baixas emissões no processo.
• Aço galvanizado é 100% reciclável;
• O zinco é 100% reciclável;
Estima-se consumo de 25 litros
de água por tonelada de aço galvanizado (outros métodos 2.000
litros);
• Os resíduos líquidos do processo
são reutilizáveis, quando exauridos
são neutralizados antes do descarte;
• Menor consumo de recursos
pela alta durabilidade e baixa
manutenção
Versatilidade das
Aplicações
• Armazenagem (silos, tanques)
• Iluminação (postes)
• Defensas metálicas (guard rail)
• Pórticos em rodovias
• Estruturas Metálicas
• Telecomunicações (torres)
• Eletrificações (torres)
• Energia Eólica (torres e acessórios) (vide figura a seguir)
• Construção Civil (vergalhão galvanizado, perfis em aço)
• Pontes e Viadutos (metálicas e
de concreto)
• Tuneis
• Elementos de fixação (parafusos, porcas, arruelas)
• Agropecuária (pivôs de irrigação)
• Tubulações
Paulo Silva Sobrinho é engenheiro e Coordenador técnico do ICZ.
Foto: Divulgação ICZ
minutos. Logo após a galvanização a peça está pronta para ser
utilizada.
Compatibilidade com outros revestimentos
• O aço galvanizado pode ser
pintado, resultando na combinação conhecida como sistema
duplex. Este sistema. Além de
conferir cor ao material (por estética, segurança e sinalização),
aumenta sua vida útil em cerca
de mais duas vezes, sendo indicada para ambientes extremamente agressivos.
Dupla proteção
• A galvanização protege o aço de
duas formas: proteção por barreira e proteção catódica:
Proteção por barreira:
• O revestimento de zinco isola
todas as superfícies internas e externas do contato com os agentes oxidantes presentes no meio
ambiente. O zinco é unido metalurgicamente, fundindo se ao
aço, diferente de outros processos que apenas aderem superficialmente.
Proteção catódica:
• O zinco, por ser mais eletronegativo que o aço, sofre corrosão
preferencial ao aço, protegendo
o mesmo.
Independente das condições climáticas
• O processo da galvanização é
realizado
independentemente
das condições climáticas do ambiente em que se encontra, ou
seja, sem danos à superfície galvanizada.
Sustentabilidade
Aspecto social
• Criação de um ambiente saudável e não tóxico;
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
9
10
siderur gia brasil Nº 97
OUTUBRO/2013
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
11
ESPECIAL
Valorizar para
O ICZ passa por uma nova fase, na qual pretende
revigorar suas diretrizes para representar melhor ainda
toda a cadeia produtiva dos metais não ferrosos e da
galvanização do Brasil.
O
Instituto de Metais
Não Ferrosos (ICZ) é,
hoje, um órgão que
abrange os setores
dos metais zinco, níquel e chumbo, em
todos os níveis. Ele atua como elo
de unidade da cadeia e fórum natural para intercâmbio de informações entre eles, divulgando os benefícios do uso dos metais, de forma a contribuir para o crescimento
do consumo, com o objetivo explícito de promover o fortalecimento
da indústria por meio da geração e
da disseminação do conhecimento
e das melhores formas de gestão,
produção e inovações tecnológicas. Complementarmente – mas
não menos importante –, ele busca
ser o indutor do crescimento sustentável nesses setores de metais,
contribuindo para o crescimento
do Brasil e para a utilização adequada de seus recursos naturais.
Além de fortalecer a indústria desses metais e as ligas que deles derivam, como o Zamac, a tarefa do jovem presidente da entidade, Eduardo Tarrazo Perez – que também é o
responsável pelo Global Marketing
& Business Development da Votorantim Metais Zinco – é fortalecer e
difundir as vantagens e benefícios
do sistema de galvanização, que
são muitas mesmo.
12
bra
97
siderur gia br
a sil Nº 96
Nesta entrevista exclusiva concedida à revista Siderurgia Brasil,
Eduardo fala, entre outros temas,
do mercado de não ferrosos e de
galvanoplastia e dos desafios que
este tem que encarar para crescer,
do trabalho do ICZ e, é claro, de
suas metas na direção de entidade, que estão muito bem alinhadas
com a vontade dos 40 associados
do instituto de expandir seus negócios e de valorizar o uso dos metais não ferrosos neste enorme país
chamado Brasil.
Siderurgia Brasil: Como está
focada a atuação do ICZ atualmente?
Eduardo Tarrazo Perez: O Instituto
atua nos setores de metais não ferrosos em diferentes nichos. Dentro do
setor de zinco, temos muitos associados galvanizadores, que é um segmento muito importante pra gente.
Praticamente a metade do zinco
produzido hoje no Brasil vai para o
mercado de galvanização. A outra
vai para o mercado de fundição. Vão
peças de Zamac, liga que é ideal para
a produção de peças fundidas sob
pressão. Já no setor de níquel, trabalhamos muito com projetos relacionados ao desenvolvimento de ligas
especiais. Neste exato momento,
estamos mapeando esse mercado
para fazê-lo avançar no Brasil, uma
vez que, em função da ausência de
SOE UTUB
T E MB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
fortalecer
Foto: Divulgação ICZ
tecnologia por aqui, a indústria nacional ainda não é capaz de produzir
todos os tipos de ligas desse metal
para as aplicações específicas que o
país precisa, o que faz com que grande parte das peças ainda cheguem
por aqui via importação. Assim, estamos fazendo o levantamento para
consolidar essa cultura, conhecer o
potencial dessa indústria e identificar
onde, de fato, estão as oportunidades para as ligas de níquel, a fim de
atacar esses nichos. E, ultimamente,
temos tido uma atuação importante
também no setor de aço inoxidável,
com o qual mantemos uma parceria
bastante produtiva por meio da Nucleinox, uma associação que cuida
dos interesses do segmento, uma
vez que o níquel entra em grande
porcentagem na composição do
inox e temos interesse na atualização
dessa indústria.
OUT
UBBR
R O/2013
SE T EM
O/2013
E o chumbo, continua sendo visto como o “patinho feio” entre
os metais não ferrosos, em função de suas propriedades, digamos, não muito ecológicas?
O ICZ vem desenvolvendo parcerias
com alguns players dessa indústria
em busca de tecnologias novas,
pensando no meio ambiente. Sim,
o chumbo ainda é um pouco visto
como altamente poluente. A gente
quer tirar um pouco dessa imagem
negativa. Já existem empresas que
tratam o chumbo com tecnologias
adequadas visando à preservação
do meio ambiente, que queremos
migrar para a indústria, a fim de
fortalecê-la, bem como a atuação do
instituto, que pode servir de porta de
entrada também para o desenvolvimento de outros segmentos de metais não ferrosos, que consideramos
uma etapa ulterior de nosso trabalho.
Nesse cenário, como vem
evoluindo o mercado de galvanização?
A galvanização é uma das principais
frentes de utilização dos metais não
ferrosos. Nas últimas três décadas, a
indústria se estabeleceu e evoluiu
muito tecnicamente. Das primeiras
galvanizações até os dias atuais, a
gente consegue notar isso de uma
maneira muito clara, até mesmo no
que diz respeito à parte ambiental,
que atualmente é dotada com sistemas de exaustão cada vez mais desenvolvidos. Hoje, dispomos de novos sistemas de galvanização que
permitem enclausurar os processos
e captar eficientemente todos os
efluentes e os gases.
s i d eer
ru
u r gi a bras
brasii l Nº 97
96
13
ESPECIAL
Foto: Divulgação ICZ
dois anos, cerca de dez novas plantas
foram instaladas.
Como estão divididas, em termos
derruba os preços das commodities
de porte, as empresas que atuam
e dos produtos no mercado. No caso
nesse segmento?
dos metais não ferrosos, você vai enFalando de galvanização, costumacontrar o zinco, o níquel e o alumínio
mos separar as empresas entre as
com preços baixos, abaixo do ideal. E
que fazem a galvanização contínua
muitos produtores, que não consee aquelas de galvanização geral. Em
guem ser competitivos em termos
termos de galvanização contínua,
de custo, acabam tendo que fechar
temos uns 60% a 65% de empresas
as portas. E esse é o retrato do mograndes, como a Usiminas e a Germento atual também no Brasil: emdau, que galvanizam os arabora alguns segmentos do país
mes, as chapas da indústria
estejam crescendo em ritmo
Já em termos
automobilística, de fogões e
acelerado, parte da demanda,
de produção, no
geladeiras, entre outros. Já em
como é o caso dos metais ferrogeral,
o
mercado
termos de galvanização geral,
sos, não se cresceu tanto quanbrasileiro de metais to se esperava ao longo desses
temos hoje, no Brasil, algo em
não ferrosos tem
torno de cem produtores que
últimos três anos.
a realizam, sendo que apenas
crescido, porém
uns dez podem ser consideranum ritmo atrelado Houve alguma queda sigdos grandes players. As outras
nificativa na produção de
ao crescimento
são todas pequenas e médias
2012 para 2011?
do PIB nacional.
empresas.
Não. Falando de preços, eles
Ou seja, não é
estão estabilizados num paum crescimento
Em termos de faturamento,
tamar baixo. Já em termos de
como vêm evoluindo esses
produção, no geral, o mercado
expressivo.
mercados?
brasileiro de metais não ferroComo está atrelado à movisos tem crescido, porém num
mentação das commodities, o merritmo atrelado ao crescimento do PIB
cado de metais não ferrosos não vive,
nacional. Ou seja, não é um crescihoje em dia, um momento muito
mento expressivo. Na contravertenpositivo. Temos aí a crise europeia, os
te, a indústria de galvanização geral
Estados Unidos, que ainda não estão
vem crescendo bastante, acima da
totalmente recuperados do baque
média da indústria, batendo numa
de 2008, a China com crescimento
média de dois dígitos ao ano de 2010
abaixo das previsões. E quando se
para cá, até como resultado do grantem uma demanda que não acomde aporte de investimentos que, em
panha a oferta, acaba se tendo exparticular, esse segmento recebeu e
cesso de produção, num ciclo que
continua recebendo. Só nos últimos
14
siderur gia bra sil Nº 97
E qual tem sido a resposta do
mercado consumidor?
Embora continue avançando, a demanda não cresceu tão fortemente
quanto essa oferta, e no ritmo que
esses players que investiram em galvanização haviam previsto. Então,
um dos desafios do ICZ é justamente
desenvolver a cultura da galvanização, para que essas capacidades novas e instaladas sejam preenchidas.
Esse é um dos nossos principais objetivos. No mercado automobilístico,
a aplicação de peças galvanizadas já
é bastante consolidada, porque praticamente 100% das carroçarias, hoje,
no Brasil são galvanizadas. Agora, estamos trabalhando muito próximo
da indústria de petróleo e gás e da
Petrobras, para que se galvanizem
mais e mais estruturas metálicas, assim como as correias transportadoras, por exemplo.
Construção civil também é um
mercado que vem sendo mais e
mais tratado como alvo, não é?
Com certeza. E as estruturas galvanizadas trazem muitas vantagens e
benefícios para esse tipo de cliente,
como a rapidez da obra e o fato de
se evitar muitos transtornos na vizinhança desta, além da resistência
que o material utilizado apresenta.
Em outras palavras, a gente tem todos os benefícios do aço, mais os benefícios da galvanização. O aço galvanizado confere uma vida útil muito
maior ao projeto, e ainda oferece
vantagens adicionais, como as que
dizem respeito à segurança: o material galvanizado é antichama, e reage
muito melhor em casos de incêndio.
Quando você anda pela rua vê pontes com o concreto trincado, isso já é
sinal de corrosão, porque a ferrugem
O UTUB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
Tecnologia e Natureza
juntas na arte da
Galvanização
www.lumegal.com.br
OUT UB R O/2013
Diariamente dedicamos 100% de nossos recursos para atender às suas necessidades, porque sabemos que antes de ganhar o seu negócio, temos
que conquistar a sua confiança. Por isso investimos continuamente na qualidade dos processos
industriais de gestão: somos certificados pela Norma ISO 9001:2000, além da implementação do sistema de Gestão Ambiental ISO 14.001.
www.viapapel.com.br
De todas as vantagens que podemos oferecer,
nenhuma é mais importante que a confiança.
Confiança adquirida ao saber que está recebendo
o melhor de nós. Isto significa que quanto mais
você nos conhecer, mais confiará em nossos
serviços, bem como nas pessoas que os oferecem.
Este é o resultado de uma total dedicação ao
serviço de Zincagem a Fogo Lumegal.
DIADEMA – SP
INDAIATUBA – SP
Avenida Dr. Café Filho, 262
Rua Hermínio de Mello, 1193
Jardim Casa Grande – CEP 09961-420
Fone/Fax: (55) 11 4066-6466
Dist. Ind. Domingos Giomi – CEP 13347-330
Fone/Fax: (55) 19 3935-9888
w w w. l u m e g a l . c o m . b r
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
15
ESPECIAL
começa a ser exposta através do
concreto. E isso poderia ser evitado
se essa estrutura fosse galvanizada. E
exatamente essa a consciência que a
gente quer desenvolver nos clientes
e nos profissionais de engenharia e
arquitetura: a de não é olhar simplesmente para o menor custo, ou para o
custo inicial de uma obra ou de uma
estrutura e, sim, olhar para o ciclo de
vida dela, considerando também o
custo que ela vai me dar em termos
de manutenção no longo prazo. O
custo inicial usando peças galvanizadas talvez seja um pouco mais
alto. Mas o ciclo de vida dessa obra é
muito maior e o beneficio é bastante
aparente.
O senhor tem uma razão percentual de quanto esse custo maior
impacta o preço de uma obra?
Ele pode variar, dependendo da obra.
Mas, na construção de um viaduto,
por exemplo, na qual você utiliza vergalhões e outras estruturas metálicas,
ele é cerca de 8% maior do que as
peças convencionais de aço. Mas, em
termos de economia no longo prazo com as manutenções, esse custo
maior se paga muito rapidamente.
Como exemplo, posso citar um case
recente da Sabesp, que, numa obra,
resolveu utilizar peças galvanizadas
na estrutura de cobertura de seus reservatórios. Veja bem, estamos falando de um ambiente úmido em que
as peças têm contato direto com a
água, e, que, por isso, exigia que as
manutenções fossem feitas a intervalos máximos de três anos. Agora,
com as peças galvanizadas, elas só
precisarão ser feitas a cada dez anos,
o que absorverá muito rapidamente aquele investimento inicial maior
com as estruturas galvanizadas. E,
dependendo do ambiente de uso –
como um ambiente seco, por exemplo –, manutenções que, antes, se
16
siderur gia bra sil Nº 97
Nem as obras do PAC, do Pré-sal e as de preparação do Brasil
para receber a Copa do Mundo e
as Olimpíadas turbinam a expectativa de preenchimento dessa
ociosidade?
Infelizmente não. Apesar de sentirQual é o share da galvanização
mos que o mercado, de uma
na construção civil?
Em galvanização geral e tubuSim, o chumbo ainda maneira geral, vem buscando a galvanização de forma
lações temos algo em torno
é um pouco visto
crescente, como é o caso de
de 30%. Para a parte de torres,
como
altamente
sua aplicação nos projetos de
por volta de 20%. E esse é um
poluente. A gente
petróleo e gás e nas obras de
mercado bem grande, porque
todas as torres de transmissão
quer tirar um pouco infra-estrutura, a expectativa
que tínhamos era muito maior.
são, por norma, galvanizadas.
dessa imagem
Afinal, obras de infra-estrutura
E os 50% restantes são bem
negativa. Já existem demandam aço, e a galvanipulverizados: alambrados, posempresas que
zação é a melhor forma de
tes de luz, defensas metálicas,
tratam o chumbo
proteger esse aço. Só que em
defensas de proteção, placas,
função do atraso das obras do
corrimãos, pisos, grades metácom tecnologias
licas, etc.
adequadas visando à PAC e de outros problemas, os
preservação do meio investimentos em infraestrutuQual a produção atual e o
ra ainda não se materializaram,
ambiente.
faturamento do mercado de
gerando, entre outras coisas,
aço galvanizado no Brasil?
esse excesso de capacidade
Em galvanização geral, estimamos
produtiva, num mercado que, ainda
que a produção orbite as 800 mil
assim, cresce.
toneladas de aço galvanizado, o que
pode aumentar substancialmenParte desse excedente de produte quando se inclui a galvanização
ção não poderia ser exportado?
contínua. Em termos de faturamenNovamente, aqui, precisamos fazer
to atual, nossa estimativa é de R$ 1
uma separação entre galvanização
bilhão para o setor de galvanização
geral e galvanização contínua. No
geral. Porém, essa cifra pode duplicar
âmbito da galvanização geral, raraou triplicar se também for consideramente você vai ver exportação, pordo o mercado de galvanização conque o serviço tem que ser feito muito
tínua.
rapidamente, para atender demanda
internas bastante específicas. O esE qual o nível de ociosidade destruturista metálico envia o aço para
sa indústria?
galvanização e aquilo volta em sete
O mercado de galvanização, hoje,
dias para ser utilizado pelo cliente.
está operando com 70% da capaciPorém, em galvanização contínua –
dade instalada. Temos essa medida
que são as chapas –, isso acontece
pelas visitas que fazemos regularhoje, mas num volume muito menor
mente aos players e aos associados.
do que acontecia no passado. Em
Tem aqueles que trabalham em três
2006, 2007 e 2008 a indústria tinha
turnos, mas muitos reduziram para
linhas de galvanização contínua que
dois, que é a média de todos os tooperavam na capacidade plena, para
dos os galvanizadores do Brasil.
tentar extrair o máximo de consumo
faziam necessárias a cada três/quatro
anos, podem levar até 40 para serem
necessárias. Ou seja, a estrutura pode
resistir e dura até dez vezes mais, sem
apresentar problemas.
O UTUB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
17
ESPECIAL
Foto: Divulgação ICZ
com o Inmetro nesse sentido, a fim
de que, futuramente, possamos ter
um “Selo Inmetro” para a galvanização, além de outras parcerias, como,
por exemplo, para obtenção de selos de sustentabilidade.
do mercado doméstico. E, aquilo
que a gente não consumia por aqui,
a gente exportava, principalmente
para construção civil. Mas eram outros tempos, existia margem, o dólar
estava forte. Depois, com a crise internacional de 2008, o real se valorizou e a indústria passou a desviar seu
foco para o mercado interno, criando
bolsões de ociosidade e deixando
de produzir para exportar. E deu no
que deu: hoje, o mercado brasileiro
importa mais do que exporta. E o
motivo é a capacidade instalada e o
quanto dela está sendo preenchido.
O que o Brasil importa em termos
de peças galvanizadas?
Bons exemplos são as defensas metálicas, guard-rails e arames galvanizados, que costumam chegar da
China com preço bem mais baixo do
que os produtos nacionais.
E quanto à qualidade desses materiais?
Alguns são bem problemáticos,
como foi o caso do arame galvanizado, que chegava aqui fora de especificação. Isso, aliás, foi um motivo de
uma briga do ICZ com os fornecedores internacionais, porque queríamos
que o arame chegasse aqui com a
qualidade necessária, para que se
estabelecesse um cenário de competição justa. Começamos, então, a
trabalhar em cima da normatização
da galvanização, pensando ainda no
18
siderur gia bra sil Nº 97
Que tipo de ajuda o setor tem recebido do governo?
Na verdade, muito pouca. A alta carga tributária e os atrasos nos projematerial importado, a fim de que o
tos do PAC são exemplos claros do
material importado chegue aqui norque, exatamente, ele não está fazenmatizado, para brigar pelo mercado
do para nos ajudar. O atual governo
em iguais condições.
chegou até a colocar algumas iniciativas, como, por exemplo, a redução
O que existe em termos de
do custo da energia elétrica. Só que
normatização nesse sentido?
na indústria de metais não ferrosos
Bem, temos a norma ABNT NBR
esse benefício ainda não foi sentido.
6323, de 2007, que especifica os reEssa medida não gera competitiviquisitos para galvanização de
dade, principalmente se fizeprodutos de aço, pelo procesmos uma comparação com
E as estruturas
so não contínuo, que, entre
países em desenvolvimento
galvanizadas trazem como a China, onde eles têm
outras coisas, estabelece a espessura da camada de zinco.
muitas vantagens e energia com custo mais baixo
Isso é muito prático quando
benefícios para esse do que a do Brasil. Sim, são farecebemos uma denúncia de
tipo de cliente, como tores que ajudam, sem dúvida,
que um produto está chemas que, no caso da indústria
a rapidez da obra e
gando de fora do país fora
de metais não ferrosos ajuda
o fato de se evitar
das especificações da 6323.
a sobreviver, mas não garante
Já tivemos um caso bem inmuitos transtornos a evolução. Então, o governo
teressante com o arame, no
na vizinhança desta, brasileiro precisa avançar muiqual demos até suporte para
além da resistência to nesse aspecto.
o pessoal da alfândega. O
que o material
grande problema continua
dúvida alguma, o
utilizado apresenta. ICZSem
sendo a fiscalização, porque
tem muitos desafios
nada impede que mesmo
e metas a serem cumpriuma empresa brasileira de
dos. Qual será o foco do
fundo de quintal faça alguma coisa
trabalho dos senhores no curdiferente, em desacordo com a norto e médio prazo?
ma. Seja como for, essa é uma das
O que a gente está fazendo no ICZ
frentes de trabalho do ICZ: a gente
é um plano de trabalho mais sólido
quer desenvolver uma padronizaem múltiplas frentes, baseado em
ção da qualidade ainda mais rígida
três pilares, que são o do desenvole normatizá-la. Isso porque se um
vimento técnico e tecnológico da
galvanizador faz o seu trabalho mal,
indústria, o da segurança e meio
ele pode prejudicar a imagem da
ambiente, e o do desenvolvimenindústria como um todo. Estamos
to do mercado gerar demanda,
buscando, inclusive, uma parceria
que abrange a parte de marketing
O UTUB R O/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
mesmo. Hoje, um dos nossos focos
principais está voltado para a galvanização geral. Mas, é claro, a gente
também trata dos assuntos da galvanização contínua, embora esse
mercado esteja mais concentrado
na mão de grandes – e poucos –
players. Nosso objetivo maior é atuar na promoção do processo, para
difundir suas vantagens e benefícios. Mas há muito trabalho também no campo dos metais não ferrosos. Para eles, a sustentabilidade é
um viés importante que queremos
tratar. Queremos ensinar as pessoas
a trabalhar direito com a entrada de
novas tecnologias ambientalmente
amigáveis. Já estamos fazendo isso
como chumbo, por meio de um
plano de trabalho com parceiros
e associados do ICZ, para desfazer
aquela imagem de “patinho feio” entre os não ferrosos. Além da questão
da sustentabilidade, queremos ajudar a indústria nacional a se desenvolver para capacitá-la a produzir
diferentes tipos de ligas, como as
especiais e as superligas de níquel,
com a ajuda de um parceiro nosso,
o Senai, que está estudando conosco a introdução de novas tecnologias para fabricá-las no país. Hoje
entra muito material importado no
Brasil, e deixamos de gerar muitos
empregos por não dominar essas
tecnologias. Já no caso do zinco,
além da promoção da galvanização,
queremos difundir e desenvolver
também o mercado do Zamac, colocando as vantagens de seu uso
versus outras modalidades de ligas
e de metais.
E como pretendem fazer a comunicação dessas propostas ao
mercado?
O ICZ tem 40 associados, sendo
que 19 deles atuam no mercado
de galvanização. É uma mescla inOUT UB R O/2013
do Níquel, que também que foi criateressante, e estamos sempre em
do pra estabelecer uma relação com
contato com eles para ouvir, discutir
o público. Além disso, daremos conpossibilidades e entender suas detinuidade a outro importante projeto
mandas. Outro importante ponto
do ICZ, de repercussão internacional.
de contato e debates é a realização
do 2º GalvaBrasil, o Congresso BraQue projeto é esse?
sileiro de Galvanização, que realiO Prêmio Brasil Galvanizado,
zado em paralelo a uma feira
que nasceu no ano passado
com a exposição de empresas
Queremos ensinar
com o objetivo de reconheorganizações do setor, que
as pessoas a
cer o trabalho de profissionais
fundamenta, fortalece e comtrabalhar
direito
como engenheiros, arquitetos,
plementa o ciclo de palestras.
com a entrada de
artistas plásticos, que investem
Este ano, o evento acontece
novas tecnologias
na valorização de seus projenos dias 21 e 22 de outubro,
tos, garantindo um futuro suscom a participação de muitos
ambientalmente
convidados especiais, como
amigáveis. Estamos tentável para o nosso país. Os
vencedores desse prêmio, prorepresentantes da Infraero, da
fazendo isso com
movido no ano passado, irão
Alumar, que vem para falar das
o chumbo, para
participar do International Galpossibilidades e do sucesso da
desfazer
aquela
vanizing Awards 2015, que será
utilização do aço galvanizado.
Nosso propósito com esse
imagem de “patinho realizado em conjunto com o
evento Intergalva 2015 na cievento é impactar principalfeio” entre os não
dade de Liverpool, Inglaterra,
mente o pessoal qualificado,
ferrosos.
com organização da European
como arquitetos e engenheiGeneral Galvanizers Associaros dos mais diversos setores e
tion (EGGA), que associa todas as endas empresas que estão investindo
tidades europeias de galvanização. O
em novos projetos, além dos órgãos
Brasil irá participar pela primeira vez
governamentais. Estamos esperanem 2015 e, terá entre os trabalhos
do a participação de 200 profissioque irão concorrer, a obra “Armazém
nais e, com certeza, queremos não
de Açúcar – Santos-SP”, um armasó repetir, como superar o sucesso
zém gigantesco e bonito, com toda
da primeira realização do evento.
a estrutura da cobertura galvanizada
numa aplicação portuária, que teve
De que forma o ICZ está presenprojeto da Blat Estruturas Metálicas e
te na internet?
Criamos dois portais: o do ICZ e o
a Armco Staco como galvanizador.
Portal da Galvanização, que traz
tudo sobre o processo. Trata-se de
NOTA DO EDITOR
uma plataforma digital que a genNa data de realização desta entrevista, dia 25
te desenvolveu para fortalecer esse
de setembro, Eduardo Tarrazo Perez ainda ocusegmento, e que tem até uma ferpava o cargo de presidente do ICZ. No início de
ramenta de comparação para que
outubro ele se desligou da Votorantim Metais
dentro de uma obra o ciclo de vida
Zinco e, por consequência disso, deixou também
do material galvanizado versus pintade ocupar o cargo, sendo substituído por Carlos
do. Basta você coloca a especificação
Marcelo Gonçalves Henriques, gerente comercial
do ambiente e o tipo de obra e ele
da mesma empresa. Numa das próximas edições
faz o calculo para você, apontando
da revista Siderurgia Brasil, traremos também
as vantagens e o custo/benefício da
uma entrevista com o novo executivo do ICZ.
galvanização. E temos, ainda, o Portal
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
19
ESPECIAL
Vantagens da
galvanização
A
Foto: Divulgação ICZ
A galvanização a fogo
oferece inúmeras vantagens
para melhorar a qualidade e
resistência do aço.
20
siderur gia bra sil Nº 97
galvanização a fogo
é o meio mais versátil e econômico de
proteger estruturas,
peças e equipamentos metálicos
contra a corrosão. A aplicação de
zinco no aço, de modo a melhorar sua qualidade e resistência,
tem sido a vocação da Galvânica
Beretta desde a sua fundação, em
1981. Mas você sabe quais são todas as vantagens desse processo?
Menor custo inicial – Por ser
um processo industrial altamente mecanizado, a galvanização a
fogo, tem um custo inicial menor
do que os outros revestimentos
anticorrosivos.
Baixo custo de manutenção – A galvanização é o mais
versátil e econômico para se proteger o aço e o ferro fundidos,
por longos períodos, contra a
corrosão. Em equipamentos ou
estruturas localizados em áreas
de difícil acesso, montadas de
forma compacta ou ainda com
restrições quanto à segurança, o
aumento dos intervalos de manutenção reduz os custos decorrentes desta operação e da interrupção de serviços.
Durabilidade – A durabilidade dos produtos galvânicos é
diretamente proporcional à espessura do revestimento de zinco
e inversamente proporcional à
agressividade do meio ambiente.
Ela costuma atingir vinte anos em
atmosferas industriais, vinte anos
na orla marítima e mais de 25 em
áreas rurais.
Confiabilidade – O processo
de galvanização é simples, direto
e totalmente controlado. A espessura (massa) do revestimento formado é uniforme, previsível e de
simples especificação (NBR 6323).
Tenacidade – Devido ao
processo de imersão no zinco
O UTUB R O/2013
Patrocinamos:
www.siderurgiabrasil.com.br
IMAGINE VIVER
AT É C I N C O
VEZES MAIS.
symbia.com.br
C O M A G A LVA N I Z A Ç Ã O ,
O AÇO JÁ TEM ESSA
POSSIBILIDADE.
A Votorantim Metais apoia a galvanização, que une estética, durabilidade e segurança em
uma única obra. Produzimos e oferecemos o zinco, metal responsável por prolongar em até
cinco vezes a vida útil do aço. O resultado é uma obra cheia de personalidade e segura por
muito mais tempo, para fazer história.
Votorantim Metais. Aliada de um futuro duradouro.
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
21
Valorizar profissionais que utilizam a galvanização também faz parte do nosso jeito de ser. Conheça o Prêmio Brasil Galvanizado: www.icz.org.br/premiobrasilgalvanizado.
ESPECIAL
superfície, retoques ou pinturas,
logo após a galvanização, a peça
está pronta para ser utilizada.
Proteção da galvanização
– O revestimento produzido pela
galvanização protege o aço de
três maneiras:
1. O revestimento de zinco sofre uma corrosão ambiental mínima sob a ação do meio ambiente,
o que proporciona uma vida longa e previsível;
2. O revestimento é corroído
preferencialmente, fornecendo
uma proteção catódica (de sacrifício) para as pequenas áreas
da peça expostas ao meio ambiente devido, por exemplo, ao
esmerilhamento, cortes ou danos
acidentais. Se o revestimento for
riscado, os sulcos são preenchidos por compostos de zinco formados pela corrosão ambiental,
os quais impedem que o metal
base seja corroído;
3. Quando a área danificada é
extensa, a proteção catódica do
zinco impede que a corrosão se
propague sob o revestimento.
www.beretta.com.br
Foto: Divulgação ICZ
fundido surge um revestimento
unido metalurgicamente ao aço
pela formação de camadas de
liga Fe-Zn e Zn. Este revestimento
confere ao produto galvanizado
uma grande resistência a avarias
mecânicas durante a manipulação, estocagem, transporte e instalação. Além disso, a dureza do
revestimento faz com que ele seja
particularmente adequado em
aplicações onde a abrasão poderia ser um problema.
Total cobertura – Superfícies
internas, externas, cantos vivos
e fendas estreitas são totalmente revestidas através do processo de imersão da peça de zinco.
Somando-se a isto, este processo
de galvanização mantém a espessura do revestimento nos cantos
e bordas.
Rapidez no processo – Em
alguns minutos, pode-se obter
um revestimento sobre uma peça.
As modernas linhas de zincagem
contínua, por exemplo, produzem
chapas com excelente qualidade
de revestimento, no ritmo de 500
m²/min. Se exigir a preparação da
22
siderur gia bra sil Nº 97
O UTUB R O/2013
SEUS PARCEIROS NO CORTE E CONFORMAÇÃO
www.siderurgiabrasil.com.br
A PARTIR DE CHAPAS DE METAIS BOBINADOS
YOUR PARTNERS IN CUTTING AND FORMING FROM COILED METAL STRIP
Equipamentos Auxiliares para Alimentação,
Linhas de Prensas, Conformadoras,
Cortes Especiais, Puncionamento e
Processamento de Superfícies.
BRASIL
A união da tecnologia européia com a flexibilidade
brasileira gerando melhores resultados em
Produtividade e Qualidade.
OUT UB R O/2013
Auxiliary equipments for Press
Lines, Roll forming Lines, Special
Cuts Lines, Punching Lines and
Processing Lines.
EUROPA / ASIA (CHINA)
The European technology and the Brazilian
flexibility creating better results in Productivity
and Quality.
Líderes, não seguidores.
Leaders, not followers.
Av. Avelino Maciel Neto, 2201
Glorinha - RS - Brasil
Fone +55 (51) 3487-1717
Fax +55 (51) 3487-1773
www.divimec.com.br
Via Como 11, Garbagnate
Lecco – Italy
Phone+39 031879393
Fax +39 031879394
www.novastilmec.com
s i d e ru r gi a bras i l Nº 97
23
ESPECIAL
Evento para tornar
o aço mais nobre
Divulgando as vantagens do uso do aço galvanizado, a
segunda edição do Galvabrasil deve se consolidar como
o mais importante evento de um setor com enorme
potencial de crescimento no país.
E
Foto: Divulgação ICZ
m 2012, o governo
brasileiro anunciou
que os investimentos em infraestrutura devem totalizar
R$ 133 bilhões nos
próximos 25 anos. Esses investimentos são uma excelente oportunidade para aumentar a demanda
pelo aço galvanizado, considerando que o consumo per capita brasileiro ainda é muito baixo,
em compara-
24
siderur gia bra sil Nº 97
ção com outros países: 1,6 kg por
ano, contra 8 kg no Chile, 16 kg nos
EUA e 20 kg na Europa.
Segundo o Instituto de Metais Não ferrosos (ICZ), somente
8,5% do total de aço bruto produzido no Brasil recebem algum
tratamento anticorrosivo e, mesmo assim, 75% desse já reduzido
percentual recebem pintura com
tintas especiais e somente 25%
são galvanizados por meio de
imersão em cubas de zinco quente. Nesse contexto, o setor de aço
galvanizado estima um crescimento médio anual de aproximadamente 10% nos próximos cinco anos. Essa estimativa poderá
ser ampliada devido às diversas
oportunidades a serem desenvolvidas na aplicação destes produtos que ainda precisam ser explorados e difundidos no país, já
que a utilização desse tipo de aço
na construção de grandes obras
públicas ou simples prédios de
moradia conta com o argumento
irrefutável da sustentabilidade do
aço galvanizado.
Promovida pelo ICZ, o Galvabrasil – Congresso Brasileiro de
Galvanização, cuja segunda edição será realizada nos dias 22 e
23 de outubro de 2013, no Caesar
Park, em São Paulo, se consolida
como o principal ponto de encontro e de fomento desse mercado com enorme potencial de
crescimento. A primeira edição
do Galvabrasil, realizada em outubro de 2011, reuniu as principais empresas do setor e realizou
conferências e palestras técnicas
com especialistas nacionais e internacionais com a participação
de mais de duzentos congressistas, nove patrocinadores e 21
expositores, que participaram do
evento promovendo a galvanização, seus benefícios, aplicações e
vantagens. O público do Galvabrasil é formado por empresários,
engenheiros, arquitetos, universitários e profissionais técnicos responsáveis pela difusão de novas
tecnologias e aplicações e por
expressivos contatos comerciais.
A revista Siderurgia Brasil, um
dos veículos oficiais do evento,
está dando todo o apoio ao Galvabrasil através de um caderno
especial que mostra as melhores
aplicações dos produtos galvanizados, bem como uma entrevista
com o presidente do ICZ. A Grips
Editora estará presente na Galvabrasil 2013, distribuindo suas
publicações – revistas Siderurgia
Brasil e Agrimotor, e o Guia de
Compras da Siderurgia Brasileira
– aos profissionais interessados
em se manter atualizados com
as últimas novidades desses importantes setores da economia
nacional.
www.galvabrasil.com.br
www.icz.org.br
O UTUB R O/2013
55 anos de
empreendedorismo e
qualidade
Tubos de Aço Carbono com Costura
Cordão de Solda Interno Removido (RR)
Cordão de Solda Interno Alto (RA)
NBR ISO 9001
Peças e Conjuntos
Processos de corte a laser, curvas, solda,
estampagem, pintura, fresa,
componentes e acessórios agregados
Tubos Trefilados de Precisão
Especiais e Redondos
Perfilados Tubulares
Tubos Quadrados
e Retangulares
BR TUV CERT,
NBR ISO 9001 e
ISO TS 16949.
Fone (11) 2147-6500
Fax (11) 2480-4647
[email protected]
www.golin.com.br
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
11
Fotos: Divulgação
empresas
Expansão com sucesso garantido
A pujança industrial de Pernambuco motivou a capixaba
Cedisa a investir em uma nova unidade processadora,
localizada no município de Cabo de Santo Agostinho.
F
iel à política de fortalecer constantemente a presença de sua
marca no mercado
nacional de distribuição de aço, apresentando novas soluções para seus
clientes, a Cedisa Central de Aço
S.A. encontra-se na etapa final de
26
siderur gia brasil Nº 97
implantação de sua filial de Pernambuco. “Transformar aço em solução tem sido nosso lema desde
1980, quando inauguramos nossa
matriz, localizada em Serra (ES).
Mas essas soluções precisam estar
cada vez mais próximas dos nossos
clientes”, afirma Francisco Valadare,
gerente da filial de Recife.
Localizada no km 29,6 da Rodovia BR 101, no município de Cabo
de Santo Agostinho, ocupando
uma área de 3 mil metros quadrados, a nova unidade será composta
por linhas de produção de telhas,
onduladas e trapezoidais, de perfis
U dobrados, simples e enrijecidos,
com espessuras de até 3 mm, e de
OUTUBRO/2013
27
www.siderurgiabrasil.com.br
corte a plasma de alta definição,
com até 70 mm de espessura. Após
serem beneficiados, esses produtos
serão comercializados, no atacado
e varejo, tendo como mercadosalvo os setores de petróleo e gás,
indústria, infraestrutura, construção
civil, metalúrgicas e estruturista.
A nova unidade contará com
uma capacidade instalada para
1.200 toneladas de estoque e 1.000
toneladas mensais de produção,
que, segundo as projeções da Cedisa, deverá ser atingida em três anos,
OUTUBRO/2013
considerando a premissa de que a
empresa já conta com uma ampla
carteira de clientes na região. O investimento foi de aproximadamente 3 milhões de reais, considerando
os equipamentos e o estoque inicial
de 500 toneladas. A expectativa de
amortização desse investimento é
de quatro a cinco anos. “A escolha
para implantar nossa nova filial recaiu em Pernambuco em função
dos clientes que já atendemos na
região e do alto volume de investimentos que estão sendo feitos na
infraestrutura e indústria pesada do
estado”, explica Francisco Valadare.
Considerada pelo Instituto Nacional de Distribuidores de Aço
(Inda) a 16ª maior distribuidora de
aço independente do Brasil, além
da matriz em Serra e da unidade
prestes a ser inaugurada, a Cedisa
conta com oito unidades de negócios espalhadas pelo Brasil: duas
filiais, em Macaé (RJ) e Salvador (BA)
e seis escritórios, em Belo Horizonte (MG), Cachoeiro do Itapemirim
(ES), Campinas (SP), Itabuna (BA),
São Luiz (MA) e Rio de Janeiro (RJ).
A Cedisa, no entanto, planeja novas
expansões, tanto na abertura de novas unidades de negócios como na
transformação de seus escritórios
de vendas em filiais com estoques
próprios. Além da expansão territorial, a empresa planeja ampliar suas
unidades de produção, principalmente de tubos metálicos, com um
investimento que deverá atingir
R$ 5 milhões nos próximos anos.
www.cedisa.com.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
27
Processos
Corte e preparação
de arestas de metais
Neste artigo, os autores indicam os conceitos básicos dos processos
de corte mais utilizados na indústria metalmecânica.
Edson Urtado e Luiz Gimenes Jr.*
O
s processos de corte são utilizados
na preparação de
arestas para soldagem, montagem e
manutenção. Definindo corte como a separação ou
remoção de material, temos os processos de corte frequentemente
utilizados: mecânicos ou térmicos.
As arestas ou chanfros mais usuais
na preparação para a soldagem são
apresentados na figura1.
O modo de operação dos processos de corte pode ser manual,
semiautomático, mecanizado ou
automático. A figura 2 mostra a
aplicação dos processos de corte.
Conforme a figura 2, podemos
observar a sequência de fabricação
de um processo de corte, onde A é a
matéria-prima; B, as especificações,
desenho; C, o processo de corte; D,
o modo de operação (manual, mecanizado, automático ou semiautomárico); e E, a peça pronta.
Os processos de corte mecânico mais usuais são:
• Corte por serra
• Disco abrasivo
• Ferramenta cortante – guilhotina
• Usinagem
• Jato d’água
28
siderur gia brasil Nº 97
Figura 1: Chanfros
usuais no segmento
metalmecânico.
Figura 2:
Sequência de
fabricação pelo
processo de corte
térmico.
Os processos de corte térmico
mais usuais foco deste artigo, são:
• Oxicorte (pode ser definido
também como corte químico)
• Plasma
• Laser
Oxicorte – O processo de oxi-
corte foi desenvolvido em 1895 a
partir da combinação com o gás
acetileno e o oxigênio (C2H2), mistura que ainda é muito utilizada.
Com a capacidade de corte até
700 mm, possui uma versatilidade de aplicações, sendo utilizado
OUTUBRO/2013
29
www.siderurgiabrasil.com.br
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
29
Processos
para o corte de aço carbono em
larga escala devido à sua facilidade
operacional e elevadas tolerâncias
do processo. O princípio de funcionamento é através do pré-aquecimento do material a ser cortado
até sua temperatura de ignição; a
seguir, o jato de oxigênio de alta
pressão expulsa o material, tendo
como resultado o corte. Para as
áreas de manutenção é bastante
utilizado no modo manual devido
à facilidade de locomoção dos cilindros de gás e do maçarico. Diversas empresas utilizam o oxicorte
semiautomático com carro motorizado, conhecido no mercado metalomecânico como “tartaruga” de
corte, para preparação de chanfros
para a soldagem.
Corte a plasma – O corte plasma foi desenvolvido por cientistas
da Union Carbide a partir de estudos com o processo TIG, onde foi
observado que o arco constringido
tem um aumento da densidade de
energia, o qual, com um elevado
fluxo de gás separa materiais. As primeiras aplicações foram para cortar
aço inoxidável com gás nitrogênio.
Após diversos desenvolvimentos,
o processo foi melhorado como a
adição do gás oxigênio para cortar
aço carbono, melhorando a qualidade da borda cortada e também
a velocidade de corte. Atualmente,
os plasmas de alta precisão – arco
com alta densidade de energia
– fornecem qualidade e produtividade para o processo nas aplicações mecanizadas e automáticas.
Usualmente, é utilizado no modo
mecanizado para cortes de até 75
mm de espessura no aço carbono
e 160 mm no aço inox, com a combinação de gases. Para aplicações
na área de manutenção e cortes
não lineares, os sistemas manuais
utilizando ar comprimido atendem
30
siderur gia brasil Nº 97
com excelência a aplicações de
corte até 64 mm de espessura no
aço carbono, podendo cortar outros metais também.
Corte a laser – O corte laser
tem excelentes resultados no corte
de materiais até 12 mm de espessura, sendo muitas vezes superior
ao processo de corte plasma, em
virtude da exatidão das medidas
da peça cortada, principalmente furos. Excelente processo para
chapas de menor espessura foi desenvolvido a partir de 1960. O processo baseia na fusão de uma poça
causada pela intensidade do feixe
laser com um fluxo de gás inerte
ou ativo, que expulsa o material e
o protege das paredes ao mesmo
tempo. Quando o calor imposto ao
material é maior do que as suas características de refração, condução
ou dispersão de energia provoca
um aumento da temperatura no
ponto de contato do feixe laser.
Quando a temperatura é suficiente
para iniciar a vaporização do material, inicia um furo e, com o movimento linear e a energia intensa
imposta ao material, ocorre a ação
do corte. Substituindo-se o gás
inerte por outro ativo, como o oxigênio, pode-se gerar mais energia
devido à reação exotérmica entre o
oxigênio e o ferro contido nos metais ferrosos, como o aço carbono.
Os lasers industriais mais utilizados
para o processo de corte são CO2 e
fibra com potências elevadas, entre
2 kW e 10 kW. As espessuras de corte
Foto 1: Corpo de
prova de 32 mm,
com corte a laser
usuais na indústria para o processo
são de até 20 mm para o material
aço carbono, podendo chegar a 32
mm, conforme a foto 1.
O laser CO2 é o mais utilizado
no segmento metalmecânico. O
gás CO2 compõe apenas de 1%
a 9% do volume do meio laser.
O volume restante é composto
pelos gases He (60% a 85%) e N2
(13% a 35%). Devido à sua capacidade de produzir potência muito
elevada com relativa eficiência,
lasers CO2 são utilizados principalmente para aplicações de processamento de materiais. A saída
padrão desses lasers é de 10,6 µm
e a potência de saída pode variar
de 1 W a mais de 10 kW.
O laser a fibra é um tipo de laser
no qual o meio ativo é uma fibra óptica dopada com terras raras, como
itérbio, túlio ou érbio. O bombeamento é geralmente realizado por
diodos e o comprimento do meio
de ganho é extremamente grande,
de vários metros. O meio pode suportar vários kW de emissão, pois
há uma alta relação entre o comprimento e o diâmetro, o que permite
uma boa extração de calor. A distorção do feixe é minimizada pela guia
de onda da fibra. Um equipamento
típico é construído com uma fibra
de vidro multicamadas dopado por
itérbio, com emissão entre 1.07 μm
e 1.08 μm, ou por túlio (λ=1,7 μm a
2,2 μm) ou érbio (λ=1,54 μm). A figura 6 mostra a fibra óptica dopada
por itérbio e o sistema de bombeamento que é realizado por diodos
de potência.
A norma ISO 9013:2002 classifica os cortes térmicos quanto à
geometria, tolerâncias e aspectos
da borda. Os principais pontos da
norma são: angularidade, rugosidade, raio do canto superior, sangria
do corte e quantidade de escória.
OUTUBRO/2013
31
www.siderurgiabrasil.com.br
Figura 3.
Angularidade
no corte térmico
conforme ISO 9013.
Tabela 1: Relação
entre a espessura e
o ângulo do corte da
borda do material
conforme a ISO
9013. Obs.: Desvio
em polegadas (“) e
ângulo em graus (o).
OUTUBRO/2013
A figura 3 apresenta as características do corte quanto à angularidade (chanfro) por zonas de 1 a 5,
sendo 1 a menor angularidade. É
importante destacar que o corte
plasma de alta definição não está
relacionado na tabela, onde resultados próximos ao laser podem ser
encontrados com a combinação de
todo o sistema: CNC, software, controle de altura e fonte de energia.
A tabela apresenta a relação
entre a espessura do material (aço
carbono) e o ângulo da borda cortada, conforme as zonas de corte
apresentadas na figura 3.
Os processos de corte térmico apresentam excelente de-
sempenho no corte de metais,
principalmente no aço carbono.
Processos híbridos estão sendo
utilizados para maximizar os resultados, como, por exemplo, plasma
e puncionadeira, onde a utilização
da exatidão da ferramenta de corte mecânico com a velocidade do
corte linear plasma apresentam
excelentes resultados.
Referências
ALMEIDA, M. B. Q. Oxicorte. Rio
de Janeiro: Senai/RJ – Centro de
Tecnologia de Solda, 2000.
MAJUMDAR, J.D. MANNA, I. Laser processing of materials. In: Sadhana Vol. 28, Parts 3 & 4, June/August
2003, pp. 495–562. India. Acesso em
5/Maio/2011<http://www.
ias.ac.in/sadhana/Pdf2003JunAug/Pe1103.pdf>.
SENAI. Soldagem. São Paulo: SENAI-SP editora, 2013.
STEEN, W.M. MAZUMDER,
J. Laser Material Processing.
4.ed. London: Spring, 2010.
URTADO, E. Processos de
Corte e Preparação de Arestas.
Notas de Aula. 2013. Acesso em
4/Outubro/2013<http://sites.
google.com/site/profeurtado/
engenharia-de-soldagem>.
*Edson Urtado é engenheiro eletricista e especialista
em educação, professor de cursos
de tecnologia, graduação e pósgraduação, com MBA em finanças.
Atua no segmento metalomecânico há 18 anos.
*Luiz Gimenes Jr. é gerente geral
do website www.infosolda.com.br,
professor de graduação na FatecSP, coordenador de Laboratório da
Fatec-Itaquera, de pós-graduação
no Senai-SP, coautor do livro Soldagem, da editora Senai 2ed 2013. Com
mais de 30 anos de experiência em
soldagem, é consultor em Tecnologia e Engenharia para certificação
de processos e soldadores brasadores
([email protected]).
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
31
clipping
INDÚSTRIA NAVAL BRASILEIRA EM FASE DE RECUPERAÇÃO
O setor recebe uma injeção de US$ 5 bilhões para se modernizar e atender ao pré-sal, mas enfrenta gargalos gerados por
duas décadas de esquecimento. Na década de 1970, a indústria naval brasileira era a segunda maior do mundo e empregava 40 mil trabalhadores, mas virou o milênio com apenas 600 metalúrgicos. Nos últimos cinco anos retomou o crescimento,
tendo como principal motivação a exploração de petróleo e gás em águas profundas. O Plano de Renovação da Frota de
Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam), da Petrobras, prevê um gasto de US$ 5 bilhões entre 2008 e 2014 com a contratação de 146 novas embarcações de apoio.
CERTIFICAÇÃO DO
MERCADO DE REPOSIÇÃO
AUTOMOTIVA
EMPLACAMENTO DE
VEÍCULOS PERMANECE
ESTÁVEL
Representantes do GMA – Grupo de Manutenção
Automotiva, que reúne o Sindipeças, SindirepaSP, Sincopeças, Sicap/Andap e Abrapneus, participaram do painel de debate “A qualidade no
aftermarket e os avanços nos programas de certificação compulsória de autopeças”, realizado no
I Fórum IQA – Qualidade Automotiva. “A reparação de veículos trabalha no projeto de lei para regulamentar o negócio no Brasil, desenvolver normas e procedimentos no setor, e as competências
dos profissionais”, explicou Luiz Sérgio Alvarenga,
coordenador do GMA.
Em setembro, o setor automotivo cresceu 8,87% em
relação a setembro de 2012 e 0,86% no acumulado de
janeiro a setembro – sem considerar, porém, o emplacamento de motocicletas, que sofre com a retração de
crédito desde 2008. Sobre o mês anterior, ocorreu uma
queda de 5,76%, atribuída ao menor número de dias
úteis. Segundo Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, “a ligeira queda, de pouco mais de 1%, no acumulado do ano, não preocupa o setor, que deve apresentar
um resultado bom, embora mais moderado do que nos
últimos anos.”
www.fenabrave.com.br
www.iqa.org.br
32
CARROS COMEÇAM A SER
RECICLADOS NO BRASIL
MONTADORAS PROJETAM
INVESTIR R$ 73,1 BILHÕES
O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG) está coordenando um projeto para a instalação da primeira unidade de reciclagem de veículos no Brasil. A iniciativa tem a parceria da Agência
de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que cederá todos os
equipamentos, além do apoio da ArcelorMittal e da Confederação
Nacional das Seguradoras de Veículos. Segundo Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa, no Japão, cerca
de 95% dos veículos em fim de vida útil são reciclados, enquanto, no
Brasil, isso é feito com apenas 1,5% da frota que sai de circulação.
As montadoras deverão investir R$ 73,1 bilhões no Brasil entre
2013 e 2017, em novas fábricas, ampliações e modernização
das unidades já instaladas no país. O pacote inclui também
o que será aplicado em qualidade, produtividade, desenvolvimento de novos produtos e o cumprimento das metas de
eficiência energética impostas pelo Inovar-Auto. Com o montante, a capacidade produtiva da indústria local subirá das
atuais 4,3 milhões de unidades por ano para 5,7 milhões por
ano no período.
www.exposucata.com.br
www.anfavea.com.br
siderur gia brasil Nº 97
OUTUBRO/2013
www.siderurgiabrasil.com.br
Entidades
Sicetel premia projeto de iniciativa social
Ao completar 79 anos de existência a entidade premia
empresas por projetos de alcance na sociedade.
O
Fotos: Divulgação
Sindicato Nacional
da Indústria de Trefilação e Laminação
de Metais Ferrosos
(Sicetel) realizou na
noite do dia 27 de
setembro a cerimônia de entrega
da 1ª edição do Prêmio Destaque
Sicetel 2013 – Iniciativa Social. Durante a cerimônia, o presidente da
entidade, Daniele Pestelli, falou
sobre a história do Sicetel, que na
ocasião completou 79 anos, sendo
um dos mais antigos sindicatos do
Brasil. Ele também homenageou
dois empreendedores do parque
siderúrgico nacional: Benjamin
Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e
Jorge Gerdau, presidente do Grupo
Gerdau. Ambos foram presenteados com um retrato pintado pelo
artista plástico Carmelo Gentil Filho,
OUTUBRO/2013
Vencedor do prêmio e
o presidente da Sicetel,
Daniele Pestelli
Concorrentes ao prêmio
que expôs algumas de suas obras
durante o evento.
Os homenageados foram enfáticos em afirmar que o setor passa
por um momento difícil e que é
preciso que haja união para enfrentar a crise. Para Jorge Gerdau,
a responsabilidade pela falta de
competitividade no setor
é do governo. Benjamim
Steinbruch também fez
críticas ao governo, ressaltando que o Brasil tem um
enorme potencial de crescimento, mas caminha a
passos muito lentos e precisa que as reformas políticas sejam feitas o mais
rápido possível.
Após os discursos dos
homenageados, o presidente do Sicetel divulgou
que o vencedor da 1ª edição do Prêmio Destaque Sicetel
2013 – Iniciativa Social foi o Projeto
Reciclagem Inclusiva Gerdau, da
Gerdau Aços Brasil. O Sicetel e a Gerdau reverteram o valor da premiação, de R$ 10.000,00, para a AACD –
Associação de Assistência à Criança
Deficiente, em reconhecimento à
excelência da sua contribuição para
o amparo, o bem-estar e a reabilitação de crianças e adolescentes. Na
ocasião, o cheque foi entregue por
Daniele Pestelli a Regina Helena Scripilliti Velloso, presidente da AACD, e
a João Octaviano Machado Neto, superintendente geral da entidade.
Ao final do evento, as pessoas
presentes receberam um exemplar
do livro “Empresas Válidas”, autografado pelo autor, Nélio Arantes.
www.sicetel.org.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
33
Processos
Tecnologia DOC otimiza a matriz energética de siderúrgicas
Muitas tecnologias de oxicombustíveis, como a Diluted Oxygen
Combustion (DOC), estão disponíveis para ajudar as siderúrgicas a
reduzir seu consumo de energia e suas emissões no meio ambiente.
Pedro Zagury*
A
otimização da matriz
energética no setor
siderúrgico tem sido
discutida em todo
o mundo. Nas siderúrgicas onde são
usados combustíveis não gerados
internamente, a oxicombustão
torna-se uma solução técnica e
economicamente atrativa e viável
para a eliminação de combustíveis
externos, como óleo combustível,
gás natural ou gás liquefeito de petróleo. Em processos como aquecimento de panelas, fornos poço,
fornos de forjaria e fornos
contínuos de reaquecimento,
é possível substituir totalmente o combustível externo por
oxigênio e combustíveis de
menor poder calorífico, tais
como gás de alto-forno, gás de
coqueira ou gás de aciaria.
O remanejamento do combustível mais nobre gerado
internamente, como o gás de
coqueria, pode ser realizado
por meio da substituição do
mesmo por oxigênio e gás de
alto-forno em processos como
34
siderur gia brasil Nº 97
aquecimento de regeneradores de
altos-fornos. A aplicação de oxicombustão nesses processos por
meio da tecnologia DOC (Diluted
Oxygen Combustion) traz benefícios
adicionais, como melhor uniformidade de temperatura, redução de
emissão de poluentes, além da redução do custo energético e otimização da matriz energética. Neste
artigo são apresentados os resultados obtidos com a tecnologia DOC
desenvolvida pela Praxair, acionista
da White Martins, em diversos processos na indústria siderúrgica.
Para um processo de aquecimento de forno, como em fornos
de reaquecimento, a oxicombustão reduz ou elimina o nitrogênio no ar de combustão e reduz
substancialmente a quantidade de
calor perdido nos gases de combustão, em comparação com um
sistema de combustão com ar.
Para os fornos que usam ar à temperatura ambiente, a economia de
combustível pode ser de até 60% e
a redução de gases de combustão
é de aproximadamente 85%, conforme mostrado na figura 1.
Figura 1: Comparação da exigência de combustível e volume de efluente gasoso para sistemas
oxicombustível X ar-combustível para atingir 1GJ de calor disponível para o processo, tendo o metano
como combustível, ar a 21°C e gás de combustão a 1150°C.
OUTUBRO/2013
35
www.siderurgiabrasil.com.br
Figura 2: Esquema que ilustra o conceito de enriquecimento de oxigênio para aumentar a temperatura
da chama como alternativa ao enriquecimento com combustíveis de poder calorífico mais elevado
Produtividade – O oxigênio é capaz ainda de aumentar
a produtividade do forno, se necessário, sem grandes mudanças.
Tradicionalmente, o aumento da
produtividade (normalmente entre 10% e 20%) é o benefício “mais
fácil” que se pode atingir com tecnologias de oxicombustível para
uma grande variedade de fornos
e condições.
Substituição de combustível – As siderúrgicas geralmente
têm abundância de combustíveis
de baixo valor de aquecimento,
como gás de alto-forno (GAF). No
entanto, a sua utilização é limitada
pelo fato de a combustão do GAF
com ar resultar em uma temperatura baixa de chama, abaixo da
exigência de muitos processos
siderúrgicos. Muitas vezes, o GAF
pode não ser utilizado por este
motivo. Por outro lado, é prática
comum enriquecer o GAF com um
combustível de maior poder calorífico, como o gás natural (GN) ou
gás de coqueira (GCO), para criar
uma mistura de combustível, aumentando o seu poder calorífico
e, por conseguinte, a sua temperatura de chama com o ar, como
exposto na figura 2.
OUTUBRO/2013
Uma alternativa mais econômica ao enriquecimento de combustível pode ser o enriquecimento de
oxigênio, ou seja, a adição de oxigênio com pureza de média a alta
ao ar de combustão. A abordagem
é utilizada na tecnologia de Stove
Oxygen Enrichment (SOE) ou, em
português, Oxicombustão em Fornos Regeneradores, da Praxair, para
regeneradores de alto-forno.
Exemplos e resultados
Reaquecimento do aço – Duas
estratégias podem ser empregadas
para reduzir a energia e as emissões
gerais em fornos de reaquecimento. A primeira utiliza a conversão de
uma ou mais zonas do forno de arcombustível para oxicombustível.
Esta abordagem pode ser utilizada
sem a necessidade de fazer qualquer ajuste na mistura de combustível consumida dentro do forno.
A Praxair tem obtido economia
de combustível de 20% a 45% nas
zonas de fornos que foram convertidas de sistemas de combustão à
base de ar para sistemas de combustão à base de oxigênio, e economia de custos anuais que varia
de US$ 200.000 a US$ 450.000 por
forno. A conversão das zonas mais
próximas da extremidade de carga
Figura 3:
Queimadores
do forno de
reaquecimento sem
lanças (à esquerda)
e com as lanças
de combustível
e oxigênio DOC
instaladas (à
direita)
do forno normalmente resulta em
maiores economias de combustível
por tonelada de aço, já que essas
são as maiores áreas do forno.
Em fornos que não requerem
quantidades significativas de combustível suplementar, esta abordagem permitirá liberar o subproduto
de combustível para uso em outras
partes da usina. Esses combustíveis
podem, finalmente, deslocar o uso
de combustível comprado e, assim,
reduzir as emissões globais de CO2
em toda a usina.
A instalação da tecnologia DOC
da Praxair em um forno de reaquecimento contínuo tipo pusher de
84” pode ser vista na figura 3. Neste caso, foram adaptadas lanças de
oxigênio dentro dos queimadores
existentes, de modo que não foi
necessário fazer nenhum trabalho
refratário no forno. O sistema oxicombustível de 153 GJ/h (145 MM
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
35
Processos
Tabela 1: Comparação da
combustão de ar de GN, ar de GCO e
oxigênio de GAF
Tabela 2: Dados de
desempenho para o
enriquecimento de
oxigênio de forno
36
BTU/h) na zona primária do forno
de reaquecimento alcançou uma
economia de combustível de 0,27
GJ/ton de aço e consumiu 0,026
toneladas de oxigênio por tonelada
de aço, com uma economia líquida
de cerca de 10 GJ por tonelada de
oxigênio.
siderur gia brasil Nº 97
A abordagem alternativa para
a aplicação de oxicombustão em
um forno de reaquecimento é
ajustar a mistura de combustível
utilizada no forno. Tal como acontece com os regeneradores de
altos-fornos, os queimadores de
oxigênio-BFG podem reproduzir o
comportamento de queimadores
de ar-GN ou ar-GCO em fornos de
reaquecimento.
A combustão com oxigênio
permite uma maior percentagem
de GAF na mistura de combustível,
o que estende o estoque de GCO
disponível. Devido ao poder calorífico mais baixo do GAF, o sistema
de abastecimento de combustível
terá de ser modificado para acomodar um fluxo de magnitude maior
conforme tabela 1.
Enriquecimento de oxigênio
em fogão de alto forno – O SOE
é um método para adicionar oxigênio de elevada pureza ao ar de
combustão e, assim, eliminar o uso
de combustíveis de alto poder calorífico. É usado comercialmente na
América do Norte, América do Sul e
Ásia. O uso do gás natural foi completamente eliminado nas duas
usinas nos EUA e o uso de gás de
coqueira foi reduzido em cerca de
36% na usina na Ásia. Além disso,
uma maior concentração de CO2
no gás de combustão proporciona
uma maior transferência de calor
por radiação no domo e, assim,
reduz a temperatura do domo e o
consumo de combustível.
OUTUBRO/2013
37
www.siderurgiabrasil.com.br
Figura 4: Instalação típica do pré-aquecedor de panela DOC (à esquerda) mostrando as conexões da
tubulação na face fria e a face quente do bloco de queimador (à direita).
Aquecimento de panelas
– Embora o aquecimento de panelas consuma uma parcela relativamente pequena do orçamento total de energia de uma usina
siderúrgica, é um elemento que
consome energia de forma ineficiente e pode se tornar um processo mais sustentável por meio
de melhorias na tecnologia de
combustão. Além disso, o aquecimento de panelas realizado de
forma incorreta pode ter um grande efeito sobre a eficiência energética dos maiores consumidores
de energia dentro da aciaria, como o forno elétrico a
arco, o conversor de LD ou
o forno panela.
Uma vez que a maioria das panelas de aciaria
precisa ser pré-aquecida
acima de 1150ºC (2100ºF),
mais de 60% da energia é
expelida para a chaminé
se forem utilizados queimadores a ar. Nessas condições, o DOC da Praxair
fornece um meio de reduzir o consumo de energia
em mais de 50%, reduzindo, ao mesmo tempo, as
emissões de carbono e as
emissões de NOx. A figura
OUTUBRO/2013
4 mostra uma instalação típica do
aquecedor de panelas, e a tabela 3
resume os resultados obtidos com
alguns clientes.
Conclusão
Muitas tecnologias de oxicombustíveis estão disponíveis para
ajudar as siderúrgicas a reduzir seu
consumo de energia e suas emissões no meio ambiente. Essas tecnologias podem ser implantadas a
curto prazo, sem a necessidade de
custos de capital significativos e
com mudanças relativamente pequenas nos processos atuais.
Tabela 3: Resultados
de pré-aquecimento
de panela de oxicombustível em
clientes da Praxair
O DOC é uma tecnologia de
oxicombustível que foi aplicada em
uma variedade de fornos em vários
setores. Ela supera todos os problemas clássicos de sistemas de oxicombustíveis para oferecer uma solução
ideal de oxicombustível. No setor
siderúrgico, a tecnologia DOC tem
sido utilizada com sucesso para o
aquecimento de aço e aquecimento
de panelas. As aplicações de substituição de combustível, como o enriquecimento de oxigênio de forno,
estão sendo amplamente adotadas
em todo o mundo, permitindo que
os gases combustíveis de maior poder calorífico, como GGO e o gás natural, sejam preservados ou utilizados
em aplicações mais nobres.
Ao longo dos anos, a Praxair desenvolveu e patenteou as tecnologias oxicombustíveis citadas aqui,
que cobrem todo esse espectro de
combustão e podem fornecer uma
solução adequada, sob medida
para qualquer necessidade.
*Pedro Zagury, engenheiro metalúrgico, é gerente de tecnologia e
aplicações da White Martins.
www.praxair.com
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
37
Gestão
Custo Brasil: o preço da ineficiência
Os principais fatores que compõem o custo Brasil são sistêmicos e
dependem quase que totalmente de ações e projetos governamentais.
Enio Feijó*
A
s implicações do custo Brasil são muitas,
mas sua raiz é basicamente um conjunto
bem conhecido de
fatores que atrapalham a competitividade das empresas e emperram o desenvolvimento
do país. Dentre eles, os mais impactantes são a exagerada carga tributária, a legislação fiscal complexa e
ultrapassada, a excessiva burocracia
administrativa e tributária, além da
precária infraestrutura logística em
todo o país. Podemos somar a isso o
alto custo do dinheiro (taxa de juros
e spread bancário), inflação em alta
e mão de obra pouco qualificada.
Como resultado, temos o custo Brasil,
que nada mais é senão o custo extremamente elevado de produtos domésticos, quando comparados com
similares importados vendidos aqui,
ou mesmo com produtos nossos
quando colocados em outros países.
Em um estudo recente, a Fiesp identifica esse custo como sendo 38% a
mais em relação a países emergentes
e 30% a mais quando comparado a
países desenvolvidos.
Um dos fatores que mais impactam o custo Brasil e o ambiente de
negócios é a alta carga tributária,
uma das mais vultosas do mundo,
38
siderur gia br asil Nº 97
que penaliza tanto as empresas
como os consumidores. Pode-se
dizer que as ações do governo têm
sido bastante acanhadas no sentido
de reduzir carga tributária. Recentemente, o senado aprovou uma medida provisória que visava à desoneração da folha de pagamento de
alguns setores. Na prática, entretanto, a medida gerou uma redução de
apenas 0,5%, em média, no preço
final de produtos e serviços. Isso indica que não se deve esperar do governo muito mais do que reduções
pontuais, como do IPI para determinados setores. A propósito, essas
medidas se mostram protecionistas
para as empresas de tais segmentos.
É o reconhecimento, pelo Estado, de
que esses setores não conseguem
competir com os importados devido à ineficiência sistêmica.
Não é difícil compreender a falta de vontade política do governo
para uma ampla reforma tributária,
já que esses recursos são usados
para manter a máquina do governo e financiar projetos – alguns, é
certo, importantes para melhorar
a competitividade do país e outros
tantos mais populistas, visando a
manter a governabilidade e a elegibilidade. Infelizmente, o que sobra é maldirecionado e malgerido.
Escândalos de superfaturamento
estão por toda parte, assim como
casos e mais casos de nepotismo
e de funcionários fantasmas que
constam da folha de pagamento
sem nunca terem atuado.
Na esteira dos impostos vem a
burocracia fiscal, fruto de uma legislação fiscal complexa e ultrapassada, com mais de 3.200 normas
tributárias que exigem do setor
privado uma estrutura descomunal.
No ano passado, um estudo do Banco Mundial identificou que no Brasil
uma empresa chega a gastar 2.600
horas por ano no processamento de
tributos. Em países desenvolvidos, o
tempo gasto é de apenas 179 horas. Mais um detalhe: são necessários cerca de 200 funcionários para
atender às normas fiscais no Brasil,
enquanto empresas norte-americanas do mesmo porte necessitam
de apenas quatro. Em um estudo recente, a Fiesp revela que essa carga
tributária e a excessiva burocracia
fiscal são responsáveis por metade
do custo Brasil. Contribuindo um
pouco menos, sem deixar de ser
importante, surge a ineficiência da
infraestrutura, que penaliza todos os
setores da economia, do industrial
ao agronegócio e o setor extrativista. Com pouco investimento, capaOUTUBRO/2013
39
www.siderurgiabrasil.com.br
OUTUBRO/2013
e aumentar a competitividade.
Vale a ressalva: por mais que se
tenha alta eficiência operacional, sempre é possível atuar em
variáveis internas e descobrir
processos que podem nos dar
um pouco mais de eficiência e
nos tornar mais competitivos.
Focar na capacitação e
no desenvolvimento dos colaboradores é uma forma de
fomentar a melhoria, que, aliás,
ainda é um ‘mantra’ nas empresas
japonesas, independentemente do
nível de competitividade em que
se encontram. Embora a história
mostre que, em países como Japão,
Taiwan, Coreia do Sul e China, essas
virtudes foram fomentadas, coordenadas ou incentivadas pelo governo, podemos inventar um novo
modelo em que o principal fator de
Foto: Divulgação
cidade deficiente de gestão e foco
no curto prazo, é difícil imaginar que
os problemas de infraestrutura possam ser resolvidos dentro de cinco,
seis ou oito anos. Geralmente, são
projetos com cerca de dez anos de
maturação e que, por isso, acabam
saindo do foco do governo.
Pode-se concluir que os principais fatores que compõem o custo
Brasil são sistêmicos e dependem
quase que totalmente de ações e
projetos governamentais. É possível chegar também à conclusão de
que as chances de o governo adotar uma abordagem mais assertiva
sobre esses fatores são quase nulas
– pelo menos no curto prazo. Portanto, sobra para as empresas e os
empresários brasileiros a missão de
atuar sobre fatores que estão a seu
alcance, no sentido de reduzir custos
competitividade está nas empresas e na capacidade individual. Na opinião de Michael
Porter, consultor e professor
da Harvard Business School,
a prosperidade de um país é
criada, não herdada. Ela não
deriva das riquezas naturais,
do número de trabalhadores
ou do valor de sua moeda. Outrossim, é função da capacidade de inovar de suas empresas.
*Enio Feijó é consultor e especialista em Melhoria Contínua, instrutor
do Six Sigma Academy & Company
(USA), professor de Gestão da Qualidade do CEA (Centro de Estudos Automotivos), da FEI e FGV. Atuou como
diretor de Qualidade e Implementação de Six Sigma na Ford América do
Sul e foi diretor e fundador do Six Sigma Institute Brasil.
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
39
INTERNACIONAL
O México dá um
passo à frente
Em solenidade concorrida no estado de Nuevo León, no México, as organizações Techint
inauguraram o Centro Industrial Ternium, um complexo siderúrgico que irá produzir cerca
de dois milhões de toneladas de laminados a frio e galvanizados por ano e colocará o
México na rota dos grandes produtores de aço do mundo.
Henrique Pátria*
A
acabam de inaugurar o Centro Industrial Ternium na região de Pesquería, estado de Nuevo León.
A nova unidade da Ternium
nasceu de uma aliança estratégica
envolvendo a Ternium Mexicana e
a Nippon Steel & Sumitomo Metal
Corporation, e foi construída com a
expectativa de produção inicial de
cerca de 1,5 milhão de toneladas
anuais de laminados a frio e mais
400 mil toneladas de aços galvanizados. Essa unidade deve substituir cerca de 40% das importações
mexicanas destes produtos. Para a
construção da unidade de galva-
Fotos: Cláudio Lira
empresa
Contando com equipamentos de última
geração que irão
assegurar o máximo
de desempenho e
altíssimo índice de produtividade,
as organizações Techint do México
40
siderur gia br asil Nº 97
OUTUBRO/2013
41
www.siderurgiabrasil.com.br
nização foi constituída a Tecnigal,
com os mesmos sócios mas com o
foco em alta tecnologia na produção de aços galvanizados.
O início da construção da usina
deu-se em 2010 em uma área total
de 438 hectares. Foram investidos
inicialmente US$ 1,1 milhão, e utilizados no seu momento mais crítico, cerca de 3.200 trabalhadores
simultaneamente. A nova unidade
é composta de seis naves produtivas e duas linhas especializadas que
fabricam aços de alto valor agregado, principalmente para a indústria
automotiva. Segundo Paolo Rocca, presidente da Techint, principal
acionista da Ternium, “A expectativa
é substituir a importação de aços de
alta qualidade utilizados pela indústria automotiva pelos novos produtos que a empresa já está começando colocar no mercado”.
Foram despendidos três anos na
construção da nova unidade que
possui 75.500 m2 de obras de construção civil e instaladas mais de 21
OUTUBRO/2013
toneladas de moderníssimos equipamentos. Segundo a empresa, a nova
unidade que vai trabalhar de maneira integrada é a mais moderna versão
de eficiência e tecnologia na produção de aços de alto valor agregado.
A construção e desenvolvimento
da obra foi um dos primeiros complexos industriais do México, que
foi concebido dentro de um padrão
absolutamente sustentável. Desde o
planejamento, passando pela execução e com o desenvolvimento
do projeto, foram sempre observadas as mais rigorosas normas de
manutenção e de desenvolvimento
do meio ambiente. Há um plano de
conservação e manutenção da flora
e fauna nativa na região da construção da usina que já contabilizou o
resgate de mais de 17.500 espécies
de fauna e flora nativas. Estão disponibilizados 99 hectares de área em
torno da usina, considerados reserva ecológica. A construção foi agraciada com a Certificação LEED®, outorgada pelo Conselho dos Edifícios
Verdes dos Estados Unidos (USGBC),
que reconhece as melhores práticas
de construção e operação de prédios em todo o mundo.
s i d e rur gi a bra si l Nº 97
41
INTERNACIONAL
Os produtos
O Centro Industrial Ternium possui uma linha de Decapado – Tándem
Continuo a Frío (PLTCM), que é um
processo pelo qual é feita a limpeza
química do aço e simultaneamente a
perfeita adequação da largura e espessura da lâmina. Este processo garante a planicidade, a sua adequação de
largura e a qualidade da superfície do
produto final. Nesta linha assim como
na infraestrutura e serviços necessários
para a sua operação foram investidos
cerca de US$ 770 milhões.
Além disso, nesta linha está incluída
uma seção de processos de acabamento a frio, que compreende a lavagem
eletrolítica e outros procedimentos complementares que conferem ao produto
a limpeza superficial e a manutenção de
todas as propriedades mecânicas exigidas
do produto final.
A segunda linha, que foi planejada
e montada na sequência das operações é a linha chamada de Galvanizado Contínuo Tecnigal, que foi construída com investimento de US$ 330
milhões e está definida para produzir
cerca de 400 mil toneladas de aço
galvanizado, totalmente voltada para
a indústria automobilística. A galvanização é uma operação pela qual
42
siderur gia brasil Nº 97
se acrescenta zinco ao laminado frio
tornando-o resistente à corrosão.
O evento de inauguração
Contando com a presença do presidente do México, Enrique Peña Nieto,
diversas autoridades entre as quais o
secretário da Economia Ildefonso Guajardo, o governador do Estado de Nuevo León, Rodrigo Medina de la Cruz,
Paolo Rocca, presidente da Organização
Techint, grupo ao qual pertence a Ternium, Maximo Vedoya, presidente de
Ternium no México e o vice-presidente
executivo de Nippon Steel & Sumitomo
Metal Corporation, Shinya Higuchi, além
de inúmeros convidados foi realizada
no dia 18 de setembro a cerimônia de
inauguração da nova usina. Na sua fala
o presidente da Techint ressaltou que a
obra foi concluída no tempo planejado
e que este é um centro industrial estratégico para o México, pois seus produtos irão contribuir diretamente para a
substituição de importação de vários
itens destinados à indústria automobilística. Concluiu dizendo que a Techint,
que tem mais de sessenta anos no país,
abre uma nova oportunidade e cria 600
empregos diretos e mais 460 empregos
indiretos para produzir aços que terão a
capacidade de competir em nível internacional além de delimitar espaços para
OUTUBRO/2013
43
www.siderurgiabrasil.com.br
Enrique Peña Nieto,
presidente do
México
Paolo Rocca,
presidente da
Techint
OUTUBRO/2013
a criação de um novo polo industrial em Pesquería, Nuevo León.
Por sua vez o presidente do México Enrique Peña Nieto, além de
parabenizar os diretores da empresa, destacou que esta inauguração
representa um ato de grande confiança dos investidores no país. No
cenário atual o México vem enfrentando os desafios e conseguindo
desenvolvimento sustentado, com
propósitos firmes e contínuos.
Nossa participação
A revista Siderurgia Brasil foi
convidada e com muita satisfação
representou a imprensa do Brasil
nesta solenidade. Estive presente
juntamente com o repórter fotográfico Claudio Lira.
*Henrique Pátria é editor responsável da revista Siderurgia Brasil
e diretor da Grips Editora.
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
43
eventos
Vitrine industrial
da região Sul
Os resultados da Intermach 2013
confirmam sua importância
para o desenvolvimento do setor
metalmecânico da região Sul do país.
O
balanço feito pelos organizadores da Intermach 2013 –
Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas,
Equipamentos, Automação e
Serviços para a Indústria Metalmecânica, realizada no período de 9 a 13
de setembro, no complexo da Expoville, em
Joinville (SC), aponta resultados positivo em
visitação e perspectivas de negócios. Nos
cinco dias, o evento recebeu 32 mil visitantes e deve gerar R$ 360 milhões em negócios a partir dos contatos feitos.
Em seus dois dias de atividades, a rodada de negócios
cumpriu a missão de criar novas
oportunidades de
negócios, possibilitando o encontro
de empresas de
todos os níveis e
de diferentes atividades, para ampliar as relações
de fornecimento e
oferta de produtos
e serviços. Foram
feitas 976 reuniões
entre 13 empresas
compradoras
e
400 vendedores. O
44
siderur gia brasil Nº 97
O UTUB R O/2013
45
www.siderurgiabrasil.com.br
evento foi realizado pela Bolsa
de Negócios e Subcontratação
de Santa Catarina, em parceria
com a Messe Brasil, promotora
da Intermach. “O evento foi tão
bem sucedido, que já estamos
prevendo realizar outros semelhantes para os segmentos de
plásticos, construção e metalurgia, em parceria com a Messe
Brasil”, destacou Nelson Fleith,
presidente da Bolsa.
O Cintec 2013 Mecânica e
Automação – Congresso de
Inovação Tecnológica, um ciclo de palestras e minicursos,
apresentando pesquisas e
tendências dos materiais, processos e produtos no segmento
metalmecânico, com a participação de 650 pessoas, foi realizado
paralelamente à Intermach 2013.
OUT UB R O/2013
O evento contou também com
uma central de reciclagem, para
separar os resíduos gerados pela
feira. A iniciativa permitiu encaminhar os materiais a destinos
ambientalmente adequados, evitando ampliar volumes nos lixões
e aterros sanitários ou em locais
impróprios para descarte.
www.intermach.com.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
45
eventos
Tubotech 2013
confirma
expectativas
Recebendo mais de 15 mil visitantes, o evento
movimentou o mercado com novidades
tecnológicas e boas perspectivas de negócios.
C
onsolidada como uma das maiores feiras das Américas
para o setor de tubos e segmentos correlatos, a 7ª edição da Tubotech – Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes foi realizada de
1º a 3 de outubro, no centro de exposições Imigrantes,
em São Paulo. Voltado aos profissionais da cadeia produtiva dos setores de petróleo, gás, automotivo, construção civil, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas e infraestrutura, o evento
reuniu 750 expositores
do Brasil e de outros 26
países, em uma área de
32 mil m², e recebeu
um público superior a
15 mil visitantes.
Em função da ampla sinergia entre expositores e mercado
consumidor,
nesta
46
siderur gia brasil Nº 97
O UTUB R O/2013
47
www.siderurgiabrasil.com.br
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
47
eventos
edição, novos eventos simultâneos
foram agregados à feira, com as estreias da Wire South America – Feira
Internacional de Fios e Cabos e da
Smagua Brasil – Feira Internacional
de Irrigação, Saneamento e Manejo
de Água e, pela primeira vez integrada à Tubotech, ocorreu a 6ª Feinox – Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável.
Na cerimônia de abertura, José
48
siderur gia brasil Nº 97
Roberto Sevieri, diretor de operações do Grupo Cipa Fiera Milano,
organizadora do evento, ressaltou
o crescimento da feira, o posicionamento da Tubotech como o único
das Américas e o segundo mais importante do mundo para a área de
tubos, acessórios e componentes.
“Reunimos toda a cadeia produtiva
para gerar negócios, difundir conhecimentos e promover o network. A
realização de quatro
feiras simultâneas, de
setores complementares, em um só local,
aumenta os resultados
e oportunidades de
negócios em diversos
segmentos”, afirmou
Sevieri. Luciano Targiani diretor da Tarcom
Promoções, empresa
copromotora da Tubotech, falou sobre as
oportunidades de negócios que a Tubotech
proporciona, o potencial de consumo e a
estimativa crescente de
mercado. “É com muito
orgulho que damos início a mais uma edição
da Tubotech. Estamos
num momento oportuno para fortalecer este
O UTUB R O/2013
49
www.siderurgiabrasil.com.br
segmento no mercado nacional”, disse Targiani.
Além das inovações tecnológicas,
serviços e ampla
variedade de soluções a Tubotech é
também um ponto
de encontro e atualização do setor.
Na grade de programação, foram
realizados os seminários “Gestão dos
Recursos Hídricos e Qualidade das
Águas” e “Águas subterrâneas do Brasil”, promovidos pela Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), discutindo temas sobre
irrigação e qualidade da água, a Techshow, seminário dos expositores
OUT UB R O/2013
com palestras técnicas e o 6º Congresso
do Aço Inox (Coninox), que abordou
temas como a indústria atual do aço no
Brasil e no mundo,
a situação e novas
perspectivas para os
próximos dois anos,
o uso do aço inoxidável na indústria de
papel e celulose e a
utilização de aços inoxidáveis em veículos pesados e a tendência para toda
cadeia automotiva.
A 8ª edição da Tubotech já tem
data marcada: 6 a 8 de outubro de
2015, no centro de exposições Imigrantes, em São Paulo.
www.tubotech.com.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
49
eventos
Feira de negócios
em Caxias do Sul
Os organizadores estimam a concretização de um
elevado volume de negócios entre os expositores e
visitantes da Mercopar 2013.
A
22ª edição da Mercopar – Feira de
Subcontratação e
Inovação
Industrial, realizada no
período de 1º a 4
de outubro, no centro de feiras e
eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), projeta resultados positivos. O evento contabilizou 35 mil visitantes, o mesmo
número da edição anterior e, segundo a estimativa dos organizadores, deve gerar negócios em
torno de R$ 148 milhões nos próximos doze meses, a partir dos
contatos diretos ou das rodadas
realizadas pelo Projeto Comprador Nacional e Internacional.
50
siderur gia brasil Nº 97
A Mercopar 2013 reuniu expositores brasileiros e também
da Alemanha, Argentina, Canadá, China, Holanda, Itália, Romênia e Turquia. O evento é realizado pelo Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas do
Rio Grande do Sul (Sebrae/RS)
e pela Hannover Fairs Sulamérica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG. Uma pesquisa
realizada junto aos expositores
revelou que 54% deles participaram da feira com o objetivo
de ampliar o número de seus
clientes e 93% consideraram o
evento bom ou ótimo para essa
finalidade. A mesma pesquisa
indicou que cerca de 90% dos
O UTUB R O/2013
51
www.siderurgiabrasil.com.br
expositores pretendem participar da próxima edição, que acontecerá de 30 de setembro a 3 de outubro de 2014.
“A Mercopar continua cumprindo com o seu
papel de criar oportunidades para empresas de
todos os portes, especialmente micro e pequenas,
contribuindo para o desenvolvimento de toda a
sociedade. É uma feira que se renova ano a ano,
antecipando-se e atendendo às demandas do empresariado”, afirma o presidente do Sebrae-RS, Vitor
Augusto Koch. “Esta é uma feira totalmente consolidada, que atende às necessidades dos expositores naquilo que é o mais importante: proporcionar
a negociação entre compradores e vendedores,
em um ambiente totalmente focado em negócios.
A cada quatro contatos feitos pelos expositores,
um tem forte perspectiva de se concretizar como
negócio”, afirma o diretor da Hannover Fairs Sulamérica, Constantino Bäumle.
www.mercopar.com.br
OUT UB R O/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
51
eventos
Soldas e corte de metais apresentaram evento em São Paulo
A Feira de Corte e Conformação de Metais e a Brazil Welding Show
uniram-se para apresentar as novidades dos setores de solda e
estamparia de metais em evento realizado em São Paulo.
R
ealizaram-se no período de 1
a 4 de outubro em São Paulo
a Feira de Corte e Conformação de Metais juntamente
com a Brazil Welding Show,
feira e seminário sobre tecnologia de solda. Ambas conseguiram
reunir especialistas, usuários, empresários e
profissionais envolvidos com processos de
estampagem de metais e soldas utilizadas
na confecção de estruturas metálicas, tubos e outros produtos.
O evento, que é realizado a cada dois
anos pela Aranda Eventos, foi marcado pela
exposição das principais novidades em máquinas e equipamentos e tecnologias de
corte e conformação de chapas e produtos
metálicos. Em paralelo, também foi realizado o Congresso com a apresentação de
trabalhos técnicos, estudos de caso e debates sobre temas como: hidroconformação, estampabilidade de chapas metálicas,
52
siderur gia brasil Nº 97
simulação dos processos de conformação,
CAD/CAM no processamento de chapas,
recalque rotativo, repuxo, sistemas de carga e descarga de máquinas, troca rápida
de matrizes, sistemas de movimentação
e armazenagem de chapas, terceirização
dos serviços de estampagem, corte a laser
e jato d’água, conformação de materiais
pré-pintados, processamento de tubos,
embutimento, união de chapas (soldagem
e rebitagem) e tratamento superficial (galvanoplastia e pintura).
Já a feira e seminário Brazil Welding
Show, que foi promovida pela primeira vez
pela Aranda Eventos em parceria com a
Messe Essen e apoio da German Welding
Society, ofereceu aos expositores de todo
o mundo a oportunidade de mostrar as
novidades e produtos de solda ao mercado brasileiro, que por certo serão mais utilizadas frente a tantos projetos de grande
porte como a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016, a exploração do présal, o mercado automobilístico e a indústria
naval e o desenvolvimento dos projetos de
infraestrutura nacionais.
A Grips Editora prestigiou o evento instalando um stand onde foram distribuídas
aos participantes da mostra as revistas Siderurgia Brasil e Agrimotor, além do Guia de
Compras da Siderurgia Brasileira.
www.arandanet.com.br/eventos2013/ccm
O UTUB R O/2013
53
www.siderurgiabrasil.com.br
Indústria do nordeste se reúne em Recife
A Fimmepe Mecânica Nordeste consolida-se a cada ano como um importante
canal de promoção do desenvolvimento e modernização da indústria regional.
A
19ª edição da Fimmepe
Mecânica
Nordeste – Feira da
Indústria Mecânica,
Metalúrgica e de
Material Elétrico de
Pernambuco, que acontecerá no
período de 22 a 25 de outubro de
2013, no centro de convenções de
Recife, apresentará inovações em
equipamentos industriais, automação e controle de processos, material eletroeletrônico e robótica.
Esta edição será realizada por uma
parceria entre o Simmepe – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material Elétrico do
Estado de Pernambuco e a Reed
Exhibitions Alcantara Machado.
Cerca de 150 empresas vão expor suas marcas no pavilhão com
13,5 mil m², reunindo os principais
fabricantes e distribuidores de máquinas, equipamentos e componentes. Os organizadores estimam
que o evento receba cerca de 7 mil
visitantes, um público qualificado
formado por empresários, engenheiros e técnicos tomadores de
decisão, dispostos a encontrar soluções e novos fornecedores.
Para o presidente do Simmepe,
Sebastião Pontes, o papel desempenhado pela feira cresce ainda mais
na atual fase vivida pelo Nordeste.
OUT UB R O/2013
“A região tem sido alvo de elevados
investimentos com reflexos muito
positivos sobre o setor industrial.
Isso tem proporcionado um significativo aumento na demanda por
parte das empresas que necessitam se equipar para poderem aproveitar as oportunidades que estão
surgindo”, destaca Pontes.
Simultaneamente à Fimmepe, será realizada a Pernambuco
Petroleum Business, uma conferência promovida pelo Instituto
Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que reunirá
representantes de empresas nacionais e estrangeiras que atuam no mercado de petróleo, gás
natural, offshore e naval, além de
potenciais fornecedores e representantes dos governos federal e
estadual. O evento será uma oportunidade para que sejam apre-
sentadas as oportunidades de
negócio relacionadas ao setor
de caldeiraria pesada, fundição,
usinagem, forjaria e galvanização no estado, confirmando
a consolidação da cadeia de
fornecedores e o aumento da
competitividade da indústria
metal mecânica da região.
Além da exposição, o evento contará com rodadas de
negócios entre as empresas
expositoras e os compradores
das companhias instaladas no
Nordeste, aproveitando a energia
e o clima de negócios que envolve toda a feira. Para estimular as
empresas de outros estados a
investir no mercado nordestino,
haverá encontro com potenciais
representantes comerciais para
que as empresa possam desenvolver novos canais de distribuição e prestação de serviços.
Entre os segmentos participantes da feira destacam-se os
de automação e controle de processos, componentes industriais,
engenharia industrial, entidades,
informática, máquinas e equipamentos, manutenção e peças de
reposição, material eletroeletrônico, navipeças, óleo e gás, robótica,
serviços e consultorias.
www.mecanicanordeste.org.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
53
eventos
Normas brasileiras
em debate
Nos dias 30 e 31 de outubro, vai acontecer em São Paulo o principal fórum de
debates das normas técnicas brasileiras e sua relação com as normas internacionais.
O
tema principal do
Exponorma,
que
norteará todas as
atividades, é Normas
Técnicas asseguram
uma mudança positiva, o mesmo escolhido para
celebrar o Dia Mundial da Normalização (14 de outubro), instituído
pela World Standard Cooperation
(WSC), formada pela International
Organization for Standardization
(ISO), pela International Electrotechnical Commission (IEC) e pela
International Telecommunications
Union. O Congresso destacará os
temas Rotulagem Ambiental, Sustentabilidade e Segurança.
A necessidade de agregar
qualidade a produtos e processos
para conquistar competitividade
e maior acesso a mercados fez
com que a norma internacional
ISO 9001 se tornasse ferramenta
de gestão de grandes e pequenas
organizações, nos mais diversos
ramos de atividade. Da sua publicação até hoje, numa trajetória
de mais de 25 anos, a norma passou por algumas revisões, a maior
delas em 2000. Uma nova versão,
ainda em fase de minuta, tem lançamento previsto para 2015. A síntese das sugestões recebidas nesta atualização será divulgada no
Exponorma – Congresso e Exposição, evento que a Associação Bra-
54
sider ur gia brasil Nº 97
sileira de Normas Técnicas (ABNT)
realizará nos dias 30 e 31 de outubro, no centro de convenções Frei
Caneca, em São Paulo (SP).
A versão que está em vigor
tem cinco anos e foi publicada
no Brasil como ABNT NBR ISO
9001:2008, Sistemas de gestão da
qualidade – Requisitos, e pode ser
aplicada a qualquer organização,
independentemente do seu porte e ramo de atuação (incluindo
prestação de serviços, área pública ou privada, com ou sem fins
lucrativos, etc.). A implementação de um Sistema de Gestão da
Qualidade (SGQ) com base nessa
norma é uma decisão estratégica da organização que busca
melhorias para o seu negócio e
no atendimento às necessidades
dos seus clientes.
Estão previstos ainda minicursos e palestras paralelas, que
proporcionarão um melhor entendimento dos benefícios gerados
pelas normas técnicas no cotidiano. Na área de exposição, Comitês
Técnicos e organizações de variados perfis têm a oportunidade de
demonstrar aos visitantes os seus
casos de sucesso obtidos com a
aplicação de normas técnicas.
Participarão como expositores:
a Associação Brasileira de Ensaios
Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(Abimaq), Associação Brasileira de
Artigos e Equipamentos Médicos,
Odontológicos, Hospitalares e de
Laboratórios (Abimo), Associação
Brasileira da Indústria Química
(Abiquim), Associação Brasileira
dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq),
Associação Brasileira da Indústria
de Ferramentas e Abrasivos (ABFA),
Associação Nacional da Indústria
de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), Instituto Aço Brasil, Instituto Brasileiro
do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Instituto de Fomento e
Coordenação Industrial (IFI/DCTA),
Sindicato da Indústria de Artefatos
de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e o
Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças), que
estará com dois estandes, sendo
um para dividir com associados e
o outro só para oficinas de reparação automotiva.
www.abnt.org.br/exponorma
OUTUBRO/2013
automotivo
www.siderurgiabrasil.com.br
Desempenho global do setor automotivo
Em agosto, os EUA voltaram para a primeira posição em vendas
de veículos, enquanto o Brasil manteve a quarta posição.
E
Fotos: Imprensa Ford
m agosto deste ano,
os Estados Unidos
ultrapassam a China
e subiram para a primeira colocação com
um crescimento de
16,8% em relação ao ano passado.
Mesmo em segundo lugar, a China
vem apresentando o mesmo ritmo
que o mercado americano, com
um aumento de 14,4% nas vendas
em relação ao mesmo período de
2012. Entretanto, as posições se invertem no acumulado do ano, tendo a China ultrapassado a marca
de 12 milhões de carros vendidos
no ano. Os dados chineses incluem
apenas veículos de passeio. Para
o restante dos países, os números
englobam automóveis e veiculos
comerciais leves.
OUTUBRO/2013
O Japão ocupa a terceira colocação, com uma queda de 1,2%
no mês. O Brasil mantém o quarto lugar, com uma retração significativa de
22,9% nas vendas de
carros e comerciais leves. A Rússia subiu uma
posição, ocupando o
quinto lugar, mesmo
registrando um recuo
de 10,4% em agosto
em comparação com
o mesmo mês de 2012.
A Alemanha, agora em
sexto lugar, caiu 5,8%
no mês em relação ao
ano anterior. Inverten-
do algumas posições com relação
ao ranking de julho, a Índia, o Canadá e a Coreia do Sul ocuparam
as sétima, oitava e nona colocações, registrando crescimentos de
1%, 6,4% e 27,3%, respectivamente,
em suas vendas. A França caiu para
o décimo lugar com um recuo de
9,7% nas vendas em comparação a
agosto de 2012.
No que se refere a marcas, a
Toyota manteve primeira colocação
com um aumento de 0,1% nas vendas. A Volkswagen ficou em segundo lugar, com uma queda de 4,7%.
Na terceira posição está a Ford, com
um aumento de 10,9%.
www.jato.com/brazil
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
55
estatísticas
Exportações de
máquinas em recuperação
Apesar do crescimento de 11,8% registrado em agosto, sobre julho,
as exportações acumuladas no período de janeiro a agosto ainda são
10,3% inferiores às do mesmo período de 2012.
F
aturamento – Em
agosto de 2013, o faturamento da indústria
de máquinas e equipamentos foi de R$ 7,266
bilhões, o que significou um crescimento de 6,8% sobre o
mês anterior, em conformidade com o
comportamento sazonal do setor. No
entanto, apesar desse crescimento, o
faturamento acumulado no período de
janeiro a agosto, que totalizou R$ 52,156
bilhões, é 6,7% inferior ao registrado no
mesmo período de 2012.
Consumo aparente – Em agosto, o consumo aparente de máquinas
e equipamentos no mercado interno
(produção menos exportações mais
importações) foi de R$ 10,653 bilhões, valor 0,6% inferior ao do mês
anterior, confirmando a inversão da
tendência de recuperação iniciada
em janeiro de 2013. No período de
janeiro a agosto, o
consumo aparente foi de R$ 80,277
bilhões, valor 5,6%
superior ao do
mesmo período
de 2012. No entanto, eliminando-se
o efeito cambial, o
resultado passa a
ser 0,2% inferior
ao do mesmo pe-
56
siderur gia brasil Nº 97
ríodo de 2012. Vale observar que a
média anual da participação das importações no consumo nacional de
máquinas e equipamentos saltou de
52% em 2007 para 69% em 2013.
Balança comercial – Em agosto,
as exportações do setor atingiram US$
1,249 bilhão, valor 11,8% superior ao do
mês anterior, confirmando a tendência de recuperação. A participação das
exportações sobre o faturamento do
setor atingiu o patamar de 32%, aproximando-se dos níveis históricos de 1/3
do faturamento. As exportações acumuladas no período de janeiro a agosto
atingiram US$ 7,897 bilhões, valor ainda
10,3% inferior ao registrado no mesmo
período de 2012. Os principais destinos
das exportações brasileiras de máquinas
e equipamentos são, por ordem de importância, América Latina (39,4%), Estados Unidos (22,6%) e Europa (19,7%).
No mês de agosto, o mercado nacional importou
US$ 2,722 bilhões
em máquinas e
equipamentos,
o que significou
uma queda de
4,6% sobre o
mês anterior. As
importações acumuladas no período de janeiro a
agosto atingiram
US$ 21,749 bilhões, valor 7% superior
ao do mesmo período de 2012. As
principais origens das importações de
máquinas e equipamentos em valores
são os Estados Unidos (25,1%), China (16,9%), Alemanha (12,3%) e Itália
(7,7%). No entanto, nas importações
em peso, a China já aparece com folga
na primeira posição.
Em agosto, o déficit da balança comercial de máquinas e equipamentos
atingiu US$ 1,473 bilhão, valor 15,1% inferior ao do mês anterior, resultado atribuído ao crescimento das exportações.
No acumulado do ano, o déficit atingiu
US$ 13,851 bilhões, valor 20,2% superior
ao do mesmo período de 2012.
NUCI e emprego – Em agosto de
2013, o nível de utilização da capacidade instalada do setor foi de 77%, índice
0,3% inferior ao do mês anterior, mas
8,0% superior ao de agosto de 2012. A
carteira de pedidos teve uma ligeira recuperação de 0,5% em relação ao mês
anterior, mas também uma forte queda de 16,2% quando comparada com
agosto de 2012, puxada principalmente pelos setores fabricantes de bens
sob encomenda.
O setor encerrou o mês de agosto
empregando 257.526 trabalhadores, o
que significou uma leve queda de 0,1%
sobre o mês anterior, mas também uma
elevação de 1,0% sobre agosto de 2012.
www.abimaq.org.br
OUTUBRO/2013
57
www.siderurgiabrasil.com.br
Quer falar com toda a cadeia
do agronegócio brasileiro?
Use o caminho mais curto, dinâmico e econômico.
Anuncie na revista Agrimotor e colha os melhores
frutos de seu investimento.
A revista Agrimotor com tiragem
mensal e circulação em todo o Brasil
atinge integrantes da cadeia com
poder de decisão.
Decida-se por divulgar sua marca no
veículo de maior penetração do setor.
Ligue já: (11) 3811-8822
OUTUBRO/2013
Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111
Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002
Tel/Fax: (11) 3811-8822
[email protected]
www.agrimotor.com.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
57
estatísticas
Produção de veículos
na gangorra
O crescimento de 15,2% na produção de autoveículos em setembro, bem
como os seguidos recordes de produção, já refletem o incentivo gerado pelo
Inovar-Auto, na opinião do presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior.
M
ercado – De acordo
com o levantamento
mensal da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
no mês de setembro de 2013, foram
licenciados 309.872 autoveículos
(veículos leves, ônibus e caminhões),
nacionais e importados, o que significou uma queda de 5,9% em relação
aos 329.143 autoveículos licenciados
em agosto e uma elevação de 7,6%
sobre setembro de 2012. No período
de janeiro a setembro deste ano, foram licenciados 2.780.385 autoveículos, volume 0,3% inferior ao do mesmo período de 2012.
As vendas internas de máquinas
agrícolas automotrizes, nacionais e
importadas, atingiram 7.318 unidades em setembro, volume 6,2% inferior ao do mês anterior, mas 16%
superior ao de setembro de 2012. Em
todo o período de janeiro a setembro de 2013, foram comercializadas
63.864 unidades, o que representou
uma elevação de 25,1% em relação
ao mesmo período de 2012.
Produção – Em setembro de
2013, a indústria nacional produziu
332.029 autoveículos, o que significou uma redução de 2,5% em relação ao mês anterior, mas também
58
siderur gia brasil Nº 97
uma elevação de 15,2% sobre setembro de 2012. No período de janeiro
a setembro, a produção atingiu
2.841.603 autoveículos, superando em 13,9% o volume produzido no mesmo período de 2012.
A produção nacional de máquinas agrícolas automotrizes
atingiu 8.836 unidades em setembro, o que representou uma
queda de 3,4% sobre a produção do
mês anterior, mas um significativo
crescimento de 36,3% sobre setembro de 2012. No período de janeiro a
setembro de 2013, a indústria nacional produziu 75.884 unidades, volume 19,8% superior ao produzido no
mesmo período de 2012.
De acordo com o presidente da
Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior,
os seguidos recordes de produção
já refletem o incentivo à produção
nacional gerado pelo Inovar-Auto.
“Os recentes anúncios de investimentos para o período 2013 a
2017 nos fazem crer que a tendência de localização da produção,
incentivada pelo Inovar-Auto, já é
uma realidade”, explica.
Exportação – Em setembro
de 2013, o valor total das exportações de autoveículos e máquinas
agrícolas automotrizes atingiu US$
1,433 bilhão, o que significou uma
redução de 14,6% sobre o mês anterior, mas também uma elevação
de 28,1% sobre setembro de 2012.
No acumulado do período de janeiro a setembro deste ano, o valor das exportações atingiu US$
12,426 bilhões, valor 13,4% maior
do que o registrado no mesmo
período de 2012.
Em volume, as exportações de
autoveículos encerraram setembro
com 45.495 unidades, o que significou uma queda de 29% sobre
64.071 unidades exportadas no mês
anterior, mas também um significativo crescimento de 66,6% sobre as
27.309 unidades exportadas em setembro de 2012. No acumulado de
janeiro a setembro, o crescimento
foi de 31,6%, passando de 325.240
unidades em 2012 para 428.176 unidades em 2013. As exportações de
máquinas agrícolas atingiram 1.644
unidades em setembro, volume
8,7% superior ao do mês anterior e
44,5% também superior ao de setembro de 2012.
Emprego – Em setembro deste ano, o setor automotivo empregou 154.720 trabalhadores,
volume 0,1% superior ao do mês
anterior e 4,5%, também superior
ao de setembro de 2012.
www.anfavea.com.br
OUTUBRO/2013
59
www.siderurgiabrasil.com.br
Evolução dos mercados
de zinco, níquel e chumbo
A
tabela mostra a evolução dos mercados domésticos de zinco, níquel e chumbo.
No caso do zinco, os valores correspondem à produção, exportação, importação
e consumo aparente (produção interna menos exportações mais importações).
No caso do níquel, os valores correspondem à produção, exportação, importação e consumo aparente. Já quanto ao chumbo, o Brasil importa todo o volume
consumido internamente.
ESTATÍSTICAS METAIS NÃO FERROSOS (t)
(*) Fonte: ALICE-Web (**) Vendas mercado interno (N.D.:dado não disponível) + importações (***)Ni Eletrolítico, Ni em FeNi, Matte de Ni
www.icz.org.br
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
59
estatísticas
Aumenta a produção
de aço
Em agosto, a produção e as vendas internas de aço bruto mantiveram sua
tendência de recuperação, refletindo a elevação no consumo aparente.
A
produção brasileira
de aço bruto em
agosto de 2013 foi
de 3 milhões de
toneladas, volume
4,5% superior ao do
mesmo mês em 2012. Em relação
aos laminados, a produção de
agosto foi de 2,3 milhões de toneladas, o que significa uma alta
de 3,6% quando comparada com
agosto do ano passado. A produção dos laminados alcançou
17,6 milhões de toneladas, o que
significa uma redução de 1,4% e
um aumento de 2,1%, respectivamente, sobre o mesmo período
de 2012.
Quanto às vendas internas, o
resultado de agosto atingiu 2,1
milhões de toneladas de produtos, o que significou uma elevação
de 10,5% em relação a agosto de
2012. As vendas acumuladas em
2013 totalizaram 15,3 milhões de
toneladas, volume 4,4% maior do
que o acumulado no mesmo período de 2012.
Balança comercial – Em agosto de 2013, as exportações de produtos siderúrgicos atingiram 582
mil toneladas e US$ 440 milhões.
Com esse resultado, no período de
janeiro a agosto de 2013, as exportações totalizaram 5,5 milhões de
produção siderúrgica brasileira
(*) Dados preliminares.
60
siderur gia brasil Nº 97
toneladas e US$ 3,8 bilhões, representando um declínio de 17,4% em
volume e de 21,6% em valor, em
comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em agosto, as importações de
produtos siderúrgicos atingiram 337
mil toneladas e US$ 389 milhões e,
no acumulado de janeiro a agosto
de 2013, totalizaram 2,4 milhões de
toneladas, volume 9,2% inferior ao
do mesmo período de 2012.
Em agosto, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos (produção – exportações +
importações) foi de 2,4 milhões de
toneladas, totalizando 17,7 milhões
de toneladas no período de janeiro a agosto de 2013. Esses valores
representaram elevações de 9,8% e
3,1%, respectivamente, em relação
aos resultados dos mesmos períodos de 2012.
www.acobrasil.org.br
Unid.:103 t
Fonte: Aço Brasil
OUTUBRO/2013
61
www.siderurgiabrasil.com.br
Distribuição de aço
faz suas contas
Contrariando as expectativas, as vendas de aço
registraram um crescimento de 9,6% sobre julho e as
compras 9,7% no acumulado do ano.
V
endas e compras –
Segundo o levantamento mensal realizado pelo Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider) junto aos distribuidores
associados ao Instituto Nacional
dos Distribuidores de Aço (Inda),
em agosto o setor registrou uma
elevação histórica de 9,6% nas
vendas de aço em relação ao
mês anterior, passando de 368,8
mil para 424,1 mil toneladas.
Em comparação com agosto de
2012, a elevação foi de 12%. No
acumulado de janeiro a agosto,
as vendas somaram 2,955 milhão
de toneladas, o que representa
uma elevação de 1,8% em comparação a igual período do ano
anterior. “O índice de vendas em
agosto de 2013 atingiu um novo
recorde para o período, superan-
OUTUBRO/2013
do as 409,3 mil toneladas de aços
planos comercializadas em julho
de 2008. Essa conquista é resultado da volatilidade dos preços
e estoques mais justos”, explica
o presidente do Sindisider Carlos
Jorge Loureiro.
As compras realizadas em agosto também apresentaram um crescimento de 2,2% em comparação
com o mês anterior, totalizando
422,7 mil toneladas. Em relação
a agosto de 2012, quando foram
compradas 377,5 mil toneladas, a
alta foi de 12%. As compras acumuladas no período de janeiro a agosto contabilizaram um aumento de
9,7% em relação ao mesmo período de 2012, com um volume total
de 3,140 milhões de toneladas.
Importações e
estoques – De acordo com dados do
Sindisider, as importações de aços planos
comuns pelo mercado brasileiro
encerraram agosto com uma alta
de 15,1% em relação ao mês anterior, totalizando 211,7 mil toneladas. No entanto, no acumulado do
ano, as importações sofreram uma
queda de 13,1%, com 1,018 milhão
de toneladas.
Os estoques da rede de distribuição encerraram o mês de agosto
com 1,130 milhão de toneladas, recuando 0,1% em relação a julho. Com
isso, o giro dos estoques caiu de 2,9
em julho para 2,7 meses em agosto.
Segundo as projeções feitas
pelo Sindisider, em setembro,
tanto as compras quanto as vendas poderão ter uma retração em
torno de 5%.
www.sindisider.org.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
61
EMPRESAS E NEGÓCIOS
ABIMAQ RECEBE O MINISTRO
FERNANDO PIMENTEL
Com o intuito de apresentar os pleitos do setor de máquinas e equipamentos ao governo, no dia 2 de setembro, a Abimaq – Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos recebeu em sua sede a visita do
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Os principais pontos tratados na reunião foram o conteúdo local e
o regime de Ex-tarifário. Durante o encontro, o presidente da entidade, Luiz
Aubert Neto, solicitou uma maior exigência de conteúdo nacional em máquinas e equipamentos comercializados no país. “Pedimos que os projetos realizados com dinheiro
público tenham conteúdo nacional. Da forma como tem sido feito, nós estamos rifando a indústria
nacional”, afirmou Aubert. Ele também pediu atenção especial para a questão da importação de máquinas usadas. “Os bens de capital usados que são importados não atendem às exigências feitas aos
fabricantes no Brasil. Esses equipamentos já são sucatas e não ajudam a melhorar a produtividade
das empresas”, disse.
O ministro Fernando Pimentel ressaltou que é preciso atuar na criação não só de incentivos para produção local como de medidas que controlem a importação. “Taxar o importado, simplesmente, não
resolve”, afirmou. Ele ainda lembrou que, apesar da recente valorização do dólar, que tem ajudado a
indústria de bens de capital nacional, ela tem sido prejudicada por um longo período com câmbio
desfavorável.
www.abimaq.org.br
Fotos: Div
ulgação
VANTAGENS ADICIONAIS DA LATA DE AÇO
PROMOCIONAL
62
siderur gia brasil Nº 96
Embalagens promocionais arrojadas, sofisticadas e com design cada vez mais inovador chamam a atenção dos consumidores para diversos produtos, desde biscoitos finos, bombons e panetones até relógios, roupas e acessórios em geral. Além de dar um charme a mais, destacam os produtos no ponto
de venda. As latas de aço são ótimas opções para este tipo de ação e já fazem sucesso no mercado.
As latas promocionais estimulam a reutilização das embalagens dos produtos após o consumo e
oferecem inúmeras utilidades. Além de aumentar o tempo de vida da embalagem na casa do consumidor, a marca do produto fica exposta por mais tempo.
Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), explica que o aço permite litografias e formatos diferenciados dos outros materiais. “As latas de aço possuem características
ideais como embalagem promocional,
pois são resistentes, versáteis e duráveis. Sem contar com o fato de serem a
embalagem mais ecológica do mundo,
100% recicláveis”, afirma Thais.
www.abeaco.org.br
OUTUBRO/2013
63
www.siderurgiabrasil.com.br
ANFAVEA APRESENTA INOVAR-MÁQUINAS
AO MDIC
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou o Inovar-Máquinas – Programa
de Desenvolvimento da Indústria de Máquinas Autopropulsadas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no dia 10 de outubro, em Brasília. O programa prevê a melhoria da competitividade do segmento
de máquinas agrícolas, rodoviárias e de construção por meio de incentivos à produção local. “Se o projeto de novas
tecnologias de propulsão, entregue em julho, foi a primeira missão impossível realizada por esta gestão da Anfavea, este
definitivamente é a segunda missão impossível que conseguimos cumprir. A proposta para que o segmento possa se
reindustrializar é um consenso entre nossas associadas. E também temos a concordância formal da Abimaq”, declarou o
presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior.
A proposta do Inovar-Máquinas foi baseada no Inovar-Auto e prevê o aumento da aquisição de insumos e peças brasileiras, incentivo ao investimento e crescimento das compras de máquinas industriais. De 2007 a 2012 a participação dos importados nas vendas internas de máquinas de
construção e rodoviárias registrou uma taxa anual de crescimento de 46% e hoje representa
um terço do total das comercializações. De acordo com estimativa feita pela Anfavea e Abimaq, se esse ritmo fosse mantido, em 2018, a participação seria de mais de 50%.
www.anfavea.com.br
'LYLVmR3HoDV7XEXODUHV
Peças Tubulares Curvadas
Corte Reto | Corte Angular
Furações | Roscas
Corte a Laser | Fresagem
Usinagem.
'LYLVmR7XERV
Tubos Estruturais
sem costura
Tubos Industriais
com costura
Tubos de Condução
Consulte-nos
CRCC
Empresa Certificada
BNDES
OUTUBRO/2013
(11)2088-7810
www.dagan.com.br
[email protected]
7XERV3HUÀODGRV7XERV
7UHÀODGRVFRP7UDWDPHQWR
7pUPLFRDOpPGHPDLVXP
s i d e ru r gi a bra si l Nº 96
63
&HQWURGH8VLQDJHP520,
EMPRESAS E NEGÓCIOS
PCP PRODUTOS SIDERÚRGICOS
INAUGURA FILIAL
Foto: Rick Ueda
A PCP Produtos Siderúrgicos, empresa do Grupo PCP Steel, inaugurou sua filial na cidade de Indaiatuba (SP), em uma área de aproximadamente 3.000 m² e com capacidade para estocar mais de 20 mil
toneladas de aço. Para Humberto Cervelin, diretor geral do Grupo PCP Steel, a aposta na região é estratégica. A nova filial pretende captar negócios nos estados de Goiás, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, além
de atender a região de Minas Gerais, que já é um forte mercado consumidor dos produtos da empresa. A
meta é dobrar as vendas no setor em até dois anos. “Queremos estar próximos ao cliente e ao mercado.
Vamos aumentar gradativamente nossa força de vendas e de assistência técnica, que hoje representa um
diferencial perante os concorrentes.”
A matriz da PCP Produtos Siderúrgicos fica em Caxias do Sul (RS). A empresa é a Parceira Certificada da usina siderúrgica finlandesa Ruukki para distribuição exclusiva, suporte técnico e manufatura de aços de alta
resistência “O Brasil é um mercado em crescimento, não apenas nas atividades de mineração, construção
e transporte, mas também porque os clientes estão percebendo a necessidade de avançar em soluções
de aço com eficiência de energia”, afirma Josu Piña, vice-presidente da Ruukki Metals.
www.pcpsteel.net
QUEDA NO TOTAL DE
VEÍCULOS FINANCIADOS
No período de janeiro a agosto deste ano, foram financiado 4,4 milhões de veículos, volume 5%
menor que o do mesmo período de 2012. Em agosto, foram financiados 582.222 veículos, contra 594 mil no mês anterior e 683 mil em agosto de 2012. Em agosto, o valor dos financiamentos
concedidos, de R$ 13,12 bilhões, foi 3% menor que o do mês anterior e 20% também menor do
que o de agosto de 2012.
www.acrefi.org.br
64
siderur gia brasil Nº 96
OUTUBRO/2013
65
www.siderurgiabrasil.com.br
SISTEMA MODULAR E
FLEXÍVEL
O Sistema Versus de fabricação de estruturas
modulares é um apoio indispensável para a modalidade de lean manufacturing. Os tubos verticais
são autotravados por um encaixe plástico muito
resistente, sendo que cada ponto resiste a uma
compressão de 800 kg. Os tubos horizontais são
unidos por conectores diversos que encaixam a
pressão. O fechamento da estrutura do sistema é
feito somente com parafusos localizados na parte
inferior e superior. Essa vantagem permite modificar a altura, a lateral e o ângulo de todos os planos em questão de segundos, com enorme segurança. O Sistema Versus foi desenvolvido pela
Versus do Brasil, fabricante de flow racks, carros de
transporte e esteiras, entre outros produtos.
www.versusbr.com.br
ALGUNS SETORES
INDUSTRIAIS CRESCEM
ACIMA DA MÉDIA
O aumento de 6% nos investimentos no primeiro semestre deste ano e o forte desempenho da indústria automotiva no período levaram alguns segmentos industriais a apresentar
taxas de crescimento mais expressivas do que
a média do setor. No período de janeiro a julho, a produção industrial avançou 2% na comparação com o mesmo período de 2012. No
entanto, dez dos 27 setores pesquisados pelo
IBGE cresceram mais, conseguindo elevar sua
produção em mais de 5%.
OUTUBRO/2013
s i d e ru r gi a bra si l Nº 96
65
anunciantes
Balanças Navarro Ltda. . .................................................................................................................................................................................................................................51
Cedisa Central de Aço S.A. ..............................................................................................................................................................................................................2ª capa
Comega Indústria de Tubos Ltda. . ............................................................................................................................................................................................................5
Dagan Ind. e Com. de Produtos Siderúrgicos Ltda. .....................................................................................................................................................................63
Divimec Tecnologia Industrial Ltda. ......................................................................................................................................................................................................23
ETS Tubos e Aços Comercial Ltda. ..........................................................................................................................................................................................................59
Extretec Indústria e Comércio de Trefilados Ltda. ........................................................................................................................................................................45
Galvânica Beretta Ltda. ..........................................................................................................................................................................................................................10-11
Grips Editora . ...........................................................................................................................................................................................................................................3ª capa
Grupo WDM ........................................................................................................................................................................................................................................................51
Infosolda Serviços Industriais Ltda. ........................................................................................................................................................................................................65
Isoeste Ind. e Com. de Isolantes Térmicos Ltda. .................................................................................................................................................................4ª capa
Lumegal Indústria e Comércio Ltda. .....................................................................................................................................................................................................15
Marko Sistemas Metálicos de Construção Ltda. ............................................................................................................................................................................47
Metalúrgica Golin S.A. ....................................................................................................................................................................................................................................25
Metalúrgica Várzea Paulista Ltda. - Unistamp . ................................................................................................................................................................................43
Mineração Usiminas S.A. ..............................................................................................................................................................................................................................17
Panatlântica S/A . ...............................................................................................................................................................................................................................................29
Perfilados Granado Ltda. ..............................................................................................................................................................................................................................65
Regional Telhas ...................................................................................................................................................................................................................................................39
Revista Agrimotor .............................................................................................................................................................................................................................................57
Trifer Indústria Metalúrgica Ltda. . ...........................................................................................................................................................................................................22
Unival Com. de Válvulas e Acess. Ind. Ltda. . .....................................................................................................................................................................................49
Votorantim Metais Zinco S.A. ....................................................................................................................................................................................................................21
66
siderur gia brasil Nº 97
OUTUBRO/2013
67
A sua marca precisa aparecer
em boa companhia
www.siderurgiabrasil.com.br
Todas as marcas desejam ser
reconhecidas, tanto pelo
consumidor final como pelo
próprio universo corporativo.
www.viapapel.com.br
Anunciando em uma
publicação séria, com
credibilidade no setor
siderúrgico, auditada pelo IVC e
filiada da Anatec, você aumenta
o valor da sua marca e aparece
para o seu potencial consumidor.
A revista Siderurgia Brasil reúne
todas essas qualidades com sua
publicação mensal impressa e com
sua edição digital, que pode ser
visualizada em smartphones, tablets
ou computadores pessoais, atingiu
75 mil acessos no mês de julho.
OUTUBRO/2013
A Grips é uma editora
especializada em publicações
segmentadas, mantém a revista
Siderugia Brasil e o Guia de
Compras da Siderurgia.
Agora você já sabe, se precisar falar
com o mercado siderúrgico, este é o
caminho mais curto e rápido.
Não perca tempo, planeje seus
anúncios para as próximas edições.
R. Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111
São Paulo - SP CEP 05407-002
Telefone: 11 3811-8822
www.siderurgiabrasil.com.br
s i d e ru r gi a bra si l Nº 97
67

Documentos relacionados