PDF - Sindicato dos Químicos de São Paulo

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PDF - Sindicato dos Químicos de São Paulo
Fevereiro de 2015 – nº 441
Responsável: Diretoria Colegiada
Secretaria de Tecnologia da Comunicação
Diretor: Deusdete José das Virgens
SINDICATO DOS TRABALHADORES QUÍMICOS, PLÁSTICOS, FARMACÊUTICOS E SIMILARES DE SÃO PAULO E REGIÃO
ASSEMBLEIA
FARMACÊUTICOS
dia
sexta
19h
Na Subsede Taboão
Estr. Kizaemon Takeuti, 1.751
HAVERÁ TRANSPORTE NAS REGIÕES
Eleições no
Sindicato
2 a 6 de março
Fique atento ao itinerário
das urnas e participe!
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EDITORIAL
Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás
A luta pela ampliação de
direitos para a classe trabalhadora faz parte das conquistas
civilizatórias próprias de um
Estado democrático como o
brasileiro, fortalecidas com a
Constituinte de 1988 e ampliadas nos últimos 13 anos por
um projeto de inclusão social
e de valorização do trabalho.
Na última década foram
gerados mais de 21,2 milhões
de empregos formalizados,
o número de contribuintes
para a Previdência saltou de
39,8 milhões em 2003 para
69,6 milhões em 2013. A taxa
de desemprego foi reduzida
de 12,3% para 4,9% em 2014.
O crescimento da massa
salarial possibilitou que, em
2014, 60% da população estivesse concentrada nas classes A, B e C; em 2002 esse percentual era de apenas 37%.
O Brasil está entre os sete
países que diminuíram a dívida bruta em comparação com
o PIB, entre 2003 e 2013, en-
quanto que países como Itália, Alemanha, Japão, Estados
Unidos e Canadá aumentaram as suas dívidas públicas.
No entanto, os donos dos
meios de comunicação, a elite e setores empresariais, em
uma combinação perversa,
insistem em nos fazer crer
A estratégia do
capital financeiro é
propor a redução ou
retirada de direitos
dos trabalhadores
que estamos em crise, que a
inflação está fora de controle
e a economia cai ladeira abaixo. Entretanto, o que eles não
conseguem explicar é por que
diante de um quadro tão catastrófico, o desemprego continua caindo e as categorias
acumulam ganhos reais em
suas respectivas datas-base.
Certamente a crise iniciada em 2008 pelos países ricos
está longe de um desfecho e
tem impactos no mundo inteiro, incluindo o Brasil.
Acreditamos que o governo deve buscar as condições
de crescimento com investimentos produtivos, estimulando o mercado interno
e ampliando os direitos e a
proteção social. Aliás, essa
foi a fórmula do pós-guerra
na Europa que resultou na
retomada da economia e do
bem-estar social através de
um ciclo de desenvolvimento
econômico e social que é referência mundial.
Diante de graves crises
como a que se vivencia desde
2008, a estratégia dos setores empresariais e do capital
financeiro é disputar os recursos públicos e a renda do
trabalho, propondo a redução
ou retirada de direitos.
Por outro lado, não podemos permitir que o Estado
realize ajustes para agradar
o grande capital e acalmar o
mercado financeiro através
do sacrifício dos trabalhadores aos moldes do que está
sendo proposto pelas Medidas Provisórias nº 664 e 665,
que retiram direitos previdenciários e trabalhistas do
povo brasileiro.
No que se refere ao seguro-desemprego, além de não enfrentar o grande desafio, que
é o de reduzir a rotatividade,
penaliza trabalhadores que
vivem em situação de extrema vulnerabilidade, como os
da construção civil e os rurais.
Por outro lado, temos mais de
18 milhões de trabalhadores
na informalidade, o que representa uma perda anual de
mais de R$ 60 milhões com
INSS e FGTS, enquanto que
com a economia do seguro-desemprego o governo espera arrecadar R$ 16 milhões.
A Câmara e o Senado federal são espaços de grandes
embates, a legislatura eleita em 2014 apresenta perfil
extremamente conservador,
tudo isso é somado à redução
da bancada de trabalhadores,
que não consegue competir
com as campanhas milionárias do agronegócio, da mídia
e do capital financeiro. Temos uma pauta no Congresso que será retomada neste
ano. Temas fundamentais
como salário mínimo, jornada de trabalho, fim da demissão imotivada e fim do Fator
Previdenciário estão entre
as prioridades do movimento sindical que travará uma
grande luta no Congresso e
fora dele para aprová-los.
Portanto, seguiremos 2015
apoiando as medidas que forem a favor da classe trabalhadora e criticando e lutando
contra qualquer iniciativa que
represente retrocesso social.
Diretoria Colegiada
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Pelo presente edital, ficam convocados todos os trabalhadores associados ou não, empregados nas indústrias farmacêuticas da base territorial do
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo, Taboão da Serra, Embu, Embu-Guaçu e Caieiras,
para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 27 de fevereiro de 2015 às 18:30 horas em primeira chamada, e às 19:00 horas
em segunda chamada, na Subsede da entidade, sito à Estrada Kizaemon Takeuti, 1751 – Taboão da Serra – SP, para discutirem e deliberarem a seguinte
ordem do dia: 1) Discussão e deliberação sobre a pauta a ser encaminhada ao SINDUSFARMA, por ocasião da Campanha Salarial que definirá a norma coletiva para o período 2015/2016; 2) Discussão e deliberação sobre a cobrança de taxa para o custeio da negociação coletiva e negociações por empresa;
3) Outorga de poderes à diretoria do sindicato para encaminhamento das negociações com o SINDUSFARMA, bem como assinar convenção Coletiva de
Trabalho; 4) Defender-se ou suscitar dissídio coletivo de trabalho perante o TRT da 2ª Região, podendo outorgar poderes a advogados para tanto; 5)
Autorização para decretar greve nas empresas da categoria que compõem o setor farmacêutico, caso restarem infrutíferas as tentativas de acordo. E para
que chegue ao conhecimento de todos os trabalhadores da categoria e no futuro ninguém alegue desconhecimento, publica-se o presente edital a ser
fixado nas sedes e subsedes e no órgão informativo da entidade bem como na imprensa local. São Paulo, 23 de fevereiro de 2015. Diretoria Colegiada.
Sindiluta
é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Químicas, Plásticas, Farmacêuticas, Cosméticas e Similares de
São Paulo, Taboão da Serra, Embu, Embu-Guaçu e Caieiras
SEDE CENTRAL – Rua Tamandaré, 348 – 01525-000 – Liberdade – São Paulo – Tel.: 3209.3811
Taboão da Serra – Estr. Kizaemon Takeuti, 1.751 – Tel.: 4137.9237
SUBSEDES
Caieiras – Rua São Benedito, 105 – Tel.: 4605.4297
Santo Amaro – Rua Ada Negri, 127 – Tel.: 5641.2228
Lapa – Rua Domingos Rodrigues, 420 – Tel.: 3836.6228 Embu-Guaçu – Praça Inácio Pires de Moraes, 7, sala 2 – Centro
São Miguel – Rua Arlindo Colaço, 32 – Tel.: 2297.0631
Tels.: (11) 4661.2589 / 4661.2168
DIRETORIA COLEGIADA – GESTÃO 2012/2015 – Adir Gomes Teixeira, Alessandra Cruz, Alex Ricardo Fonseca, Antenor Eiji Nakamura (Kazu), Aparecida Pedro (Cida), Benedito Alves de Souza (Benê), Carlos Brito (Carioca), Carlos Gomes Batista (Carlinhos),
Célia Passos, Deusdete J. das Virgens (Dedé), Edielson Santos, Edilson de Paula Oliveira, Edson Passoni, Edson Azevedo, Elaine Alves Blefari, Elizabete Maria da Silva (Bete), Erasmo Carlos Isabel (Tucão), Francisco Chagas, Geralcino Teixeira, Geraldo
Guimarães, Hélio Rodrigues de Andrade, Hélvio Alaeste Benicio, Jaqueline Souza da Silva, João Carlos de Rosis, José Alves Neto, José Francisco de Andrade (Chiquinho), José Isaac Gomes, Leônidas Sampaio Ribeiro, Lourival Batista Pereira, Lucineide
Varjão Soares (Lu), Luiz Carlos Gomes (Xiita), Luiz P. de Oliveira (Luizão), Lutembergue Nunes Ferreguete, Maria Aparecida Araújo do Carmo (Cidinha), Martisalem Covas Pontes (Matu), Milton Pereira de Hungria, Nilson Mendes da Silva, Osvaldo da Silva
Bezerra (Pipoka), Renato Carvalho Zulato, Ronaldo Rodrigues de Lima, Rosana Sousa de Deus, Rosemeire Gomes de Brito (Rose), Sebastião Carlos P. dos Santos (Branco).
Jornalista responsável: Soraia Nigro de Lima (MTb 20.149) – Redação: Juliana Leuenroth – Diagramação e ilustrações: Paulo Monteiro de Araujo – Impressão: Cândido & Oliveira Gráfica Ltda. – Tiragem: 50.000
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Farmacêuticos definem
reivindicações dia 27
Assembleia, dia 27, sexta-feira, na Subsede Taboão, aprova pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2015
Com data-base em 1º de
abril, os trabalhadores do setor farmacêutico se reúnem
na próxima sexta-feira, dia
27 de fevereiro, às 19 horas,
na Subsede Taboão (Estr. Kizaemon Takeuti, 1.751) para
definir e aprovar a pauta de
reivindicações que será entregue à bancada patronal.
As negociações com os patrões, sob coordenação da Fetquim (Federação dos Trabalhadores Químicos), começam em
março num cenário bastante
positivo. “Todos os indicadores da indústria farmacêutica
estão positivos e nossa meta
é conquistar, além da reposição da inflação, 5% de aumento real”, adianta Adir Gomes
Teixeira, secretário de Organização do Sindicato. Outros
pontos importantes, como redução da jornada de trabalho,
extensão da licença-maternidade de 180 dias para todas
as empresas e organização no
local de trabalho, também devem integrar a pauta de 2015.
Lucro alto
O faturamento da indústria farmacêutica represen-
tou 18% dos R$ 356,5 bilhões
que a indústria química como
um todo faturou no Brasil no
ano passado. De acordo com
o Sindusfarma – entidade que
representa as empresas nas
negociações com os trabalhadores – o valor das vendas
cresceu 13,3%, chegando a
mais de R$ 65,7 bilhões. O volume de vendas também aumentou 7,9%, atingindo mais
de 3,1 bilhões de unidades.
O desempenho do mercado de medicamentos genéricos foi ainda melhor, com
aumento de 18,4% no fatu-
ramento, totalizando R$ 16,2
bilhões, e crescimento de
10,5% no volume de unidades
vendidas, que somou mais de
871,7 milhões de unidades.
Outro resultado positivo da
indústria farmacêutica no ano
foi o crescimento das exportações, que superou o verificado nas importações. Segundo
informações do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, as exportações do setor cresceram 3,5%,
enquanto as importações cresceram apenas 0,07%, o que fez
o déficit comercial do setor re-
gistrar um recuo de 0,8%, algo
inédito nos últimos 10 anos.
A produção física da indústria farmacêutica é outro bom
indicador do setor. Segundo a
Pesquisa Industrial Mensal
do IBGE, o crescimento foi de
5,7% no estado de São Paulo e
2,1% no Brasil em 2014.
Com relação ao emprego
no setor, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do
Trabalho e Emprego mostram
que foram gerados 1.525 novos
empregos nas empresas farmacêuticas do estado de São Paulo.
Sindicato elege nova diretoria
Serão cinco dias de votação, de 2 a 6 de março. Fique atento ao itinerário das urnas e participe!
Os sócios e sócias do Sindicato dos Químicos de São Paulo elegem, em março, a nova
direção da entidade, que ficará no comando até 2019.
A Chapa 1 – Organizar,
Lutar e Conquistar é a única
a concorrer ao pleito e se compromete a dar continuidade ao
projeto cutista que está na direção da entidade desde 1982.
A chapa conta com alguns
integrantes da atual gestão,
mas teve uma renovação de
37% dos candidatos e garantiu
uma representação de 33% de
mulheres em sua composição.
A votação acontece nos
dias 2, 3, 4, 5 e 6 de março e,
para facilitar a participação
de todos os sócios, haverá urnas fixas na sede e regionais
e urnas itinerantes nas principais empresas de São Paulo.
A apuração dos votos acontece na manhã de sábado, 7
de março, a partir das 9h, na
sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo (Rua Tamandaré, 348, Liberdade).
ONDE VOTAR
URNAS ITINERANTES
URNAS FIXAS
URNA 1 - SEDE CENTRAL
R. Tamandaré, 348 – Liberdade
URNA 2 - SUBSEDE SANTO AMARO
R. Ada Negri, 127 – Santo Amaro
URNA 3 - SUBSEDE LAPA
R. Domingos Rodrigues, 420 – Lapa
URNA 4 - SUBSEDE SÃO MIGUEL
R. Arlindo Colaço, 32
URNA 5 - SUBSEDE TABOÃO
Estrada Kizaemon Takeuti, 1751
URNA 6 - SUBSEDE CAIEIRAS
R. São Benedito nº 105 – Jd São Francisco
URNA 49 - SUBSEDE EMBU-GUAÇU
Praça Inácio Pires de Moraes, 7, sala 2
– Centro
URNA 7 - Avon industrial e Avon cosméticos
URNA 8 - Blau
URNA 9 - Fundação Butantan
URNA 10 - Nitroquímica
URNA 11 - Otto Baumgart
URNA 12 - Baxter
URNA 13 - Sansuy (2 unidades)
URNA 14 - Zaraplast matriz e filial
URNA 15 - EMPRESAS DE CAIEIRAS
Mazda, IBQ, Sintequímica, Athenas, KR, Costa
Aguiar, Reimold, Danfler, SW, Mamaplast, Produplast, Serlonas, Serplastic, Sabs, Nova Mark,
Bag Plast, Polyplastic, Maxpol, Salzburg, Woldi
URNA 16 - EMPRESAS ZONA LESTE
Muriel-GFG, Caprichosa, Machini, Iraja, Imake,
Tec Tubos
URNA 17 - EMPRESAS ZONA LESTE
Air liquide, Devintex, Formcar do Brasil, Pack
Light, Polierg, Inkstand, Degradée, Multitons,
Ciamix, Art Tecnica, Perez, Fiplas
URNA 18 - EMPRESAS ZONA LESTE
Tecnoplast, Plastifer, Zuka matriz e filial, BCF,
Mack-Ross, Tepron, Crystalpack
URNA 19 - EMPRESAS ZONA LESTE
Indutil, Dermiwil, Anaconda/Casa Adelino,
Farmaervas, Galdo Plast, Plast-Leo
URNA 20 - EMPRESAS ZONA LESTE
Vilapack, Dileta, Carly, Romafilm, Hydropress,
Famapack, PQ Silicas Brasil, Plastilania, Colordex
URNA 21 - EMPRESAS ZONA LESTE
ACP, Fabriplast, Ebram, Domaplast, Abracor
URNA 22 - EMPRESAS ZONA LESTE
Santa Cruz, Gasparotto, Lafra, Rayon, AZ 4,
Plasvik, LBS Laborosa, Jonas Vogel, New Turtle,
Indiplas, Projetelas, Duplex, Lifeplas
URNA 23 - EMPRESAS ZONA LESTE
Jaques Dijoux, Blisfarma, Artefasa, Plast Mark,
Colauto, Sabrinia, Artefasa
URNA 24 - EMPRESAS ZONA LESTE
Baldacci, Walpack, Cremer S.A., Ophthalmos, 5 S
Indústria, Polirama, Dreco, TRB Pharma, New Pen,
Lancini, Alpina, Plaxiglas, Magica
URNA 25 - EMPRESAS ZONA LESTE
Construlev, Boto, Dutoplast, Moduline,
Injecom, Braslimpia, Luaplast, THR, Factoplast,
Cegeplast, Cimapla
URNA 26 - EMPRESA ZONA LESTE
Sigmaplast, Imake, Uninjet, Technocap,
Lucheti, Technoveda, Rock Bolt do Brasil, LL
Baquelite, JTS, Floral Atlanta, Nuno
URNA 27 - EMPRESAS ZONA LESTE
Primo, Jean Carlo, Nova Vulcão, Presley Light,
Decorplac, Darplas, Alpes, Kohatsu, Retoque,
Plastcap, Injeplastic, Eternety, Giraplast
Embalagens
URNA 28 - EMPRESAS ZONA SUL
Eurofarma (2 unidades), Biosintética
URNA 29 - EMPRESAS ZONA SUL
Emplarel, Solventex, Sanval, Classic Amenities,
Krolon-Polibeny, Laboratil
URNA 30 - EMPRESAS ZONA SUL
Schering, Electro Plastic, Freedom, Fabiani,
D’altomare, Tayo, Biancolor, Apsen, Portofino
URNA 31 - EMPRESAS ZONA SUL
Poly-Vac S/A, Technopharma, Weckerle do
Brasil, Virbac, Poliprop, Medlab, Serpac
URNA 32 - EMPRESAS ZONA SUL
Indaco, Fer-Plastic, Piatex, Hazak, Tec Vidros,
ITW Delfast, Flagian, Descartável, Polifibra
URNA 33 - EMPRESAS ZONA SUL
Bayer, Montana, Shering Plough, Acriresina,
Symrise Aromas, Nicol’s
URNA 34 - EMPRESAS TABOÃO
Novartis, Huntsman, Sherwin-Willians
URNA 35 - EMPRESAS TABOÃO
Kanaflex, Gerresheimer, Triospuma, Fábrica de
Ideias, Propack, Libbs, CCP
URNA 36 - EMPRESAS TABOÃO
ATB, Nasha
URNA 37 - EMPRESAS TABOÃO
Foseco, Akzo Nobel, Logoplaste, Vedic Hindus,
Mueller
URNA 38 - EMPRESAS TABOÃO
Bergamo, Biolab Samus
URNA 39 - EMPRESAS TABOÃO
J Kovacs, Oxyplas, Xiksis, Magno, Blanver, Kert
Cosméticos, Qualinjet, Frascomar Julyplast
URNA 40 - EMPRESAS ZONA OESTE
Camada, Injectra, Toyoplast, Jorge Lockmann,
Acme do Brasil, Juvenal Oliveira
URNA 41 - EMPRESAS ZONA OESTE
L’Oréal/Procosa, Globalpack, Weleda, Jet Plast
URNA 42 - EMPRESAS ZONA OESTE
Alcon, Almeida Prado, Cristália, Nobelplast,
Nobelpack, Nobeltec, Plastirrico
URNA 43 - EMPRESAS ZONA OESTE
Alpha Plástico, Opus, Cromaster, Allpac, Natural
Line, Grarampac, Plano
URNA 44 - EMPRESAS ZONA OESTE
Scipião, Cryovac, Anastácio, Gilvadan, Roche,
Pulvitec, DSM Nutricionais
URNA 45 - EMPRESAS ZONA OESTE
Althaia, Vitaderm, Mecaplastic, MB7, Cária,
Momenta Farmacêutica, Uma, Boreto & Cardoso
URNA 46 - EMPRESA ZONA OESTE
Piter Pan, Acrilar, Hazak, Probac, Floreal,
Espada, Perucas Estoril
URNA 47 - EMPRESAS ZONA OESTE
Vitalab, Bubai Du, Kitoplastic, Styron do Brasil,
Cromex, Ecolabor, Irmãos Perfeito, Rasul, H&N
Homeopatia
URNA 48 - EMPRESAS ZONA OESTE
ATP/Altaplast (2 unidades), Marron, Plastness
Eletros, Alel, GKL, Multicores, Atual Pastic,
Algoes, Korbet, Manufato, EBT – Empresa
Brasileira Termoplastica, Gávea
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Sabesp admite que Sistema
Cantareira pode secar
Chuvas de Carnaval melhoram o nível do reservatório, mas recuperação total deve demorar dez anos
Durante o período eleitoral
o governador Geraldo Alckmin
abafou a crise hídrica e tentou
a todo custo culpar São Pedro
pela falta de chuvas. Após a
reeleição do governo do PSDB
o assunto deixou de ser tabu
e a própria Sabesp (empresa
de abastecimento de São Paulo) anunciou que o Sistema
Cantareira poderia secar em
março. As chuvas de Carnaval
melhoraram um pouco o nível
do reservatório, mas a crise hídrica está longe de acabar.
A falta d’água que atinge
o Estado de São Paulo desde o
ano passado não é culpa do clima. De fato, as chuvas têm sido
menos intensas desde 2013,
mas há vários anos o governo
vem sendo alertado de que o
sistema de abastecimento precisava de investimentos para
continuar a atender o crescimento da cidade de São Paulo.
Em 2004, ano em que a
Sabesp renovou a autorização
para administrar a água da
cidade, já se falava da necessidade de realizar obras para aumentar a capacidade de armazenamento e para a metrópole
não ficar tão dependente do
Sistema Cantareira. Não levou
muito tempo para a previsão
se concretizar e o caos se instalar. O volume útil do Cantareira, que atende 8,8 milhões de
pessoas na Grande São Paulo,
se esgotou em julho de 2014.
Sob o comando do PSDB há
20 anos, o Estado de São Paulo
não fez os investimentos necessários para evitar essa situação e, na iminência da crise,
apelou para medidas emergenciais como obras para uso do
volume morto, racionamento
e multa para os consumidores
que gastassem água demais.
A Sabesp insiste em negar,
mas desde outubro passado há
racionamento em 35 municípios e a situação tende a piorar.
O que poucos sabem é
que, mesmo com a economia
da população e ainda que São
Pedro mande muita chuva, a
recuperação do sistema pode
levar dez anos. Pior, se a população continuar a crescer,
os reservatórios atuais não
darão conta do recado.
Em recente entrevista
para a Agência Brasil, o geólogo Pedro Luiz Côrtes, pro-
Fotos: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem
fessor da área ambiental da
USP (Universidade de São
Paulo), disse que se deixarmos de contar com a água
do Cantareira e do Alto Tietê
(segundo maior reservatório
que também registra níveis
críticos) vamos perder mais
de 50% da água que era utilizada para o abastecimento
da região metropolitana de
São Paulo. “Vamos sofrer consequências na qualidade de
vida, na geração de empregos
e nas atividades econômicas.
Isso poderia ter sido evitado
com um planejamento adequado”, avaliou. De acordo
com Côrtes a represa Billings
tem sido apontada como opção, mas está com 50% da sua
capacidade, e torná-la uma alternativa real demanda investimentos significativos. “Captação, estação de tratamento,
interligação à rede, isso leva
alguns anos”, pontuou.
Diante da situação a sociedade civil se organizou e
criou, em janeiro, o Coletivo
de Luta pela Água. Na última semana o grupo divulgou
um manifesto com propostas
para o enfrentamento da crise de abastecimento.
O Coletivo reivindica transparência na divulgação dos
dados pela Sabesp e anunciou
que entrará com uma Ação
Civil Pública para responsabilização do governo Geraldo
Alckmin (PSDB) pela crise.
O Coletivo também quer
que o governo Alckmin decrete Estado de Calamidade
Pública nas Bacias Hidrográficas do Alto Tietê e dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e
que apresente logo um plano
de emergência contemplando,
entre outras medidas: prioridade no abastecimento para
consumo humano e dessedentação de animais; manutenção
do abastecimento em hospitais, asilos, creches, aeroportos e afins; não penalização da
população que mora nas periferias e pontos mais altos da
cidade; distribuição imediata
de caixas d’água para a população de baixa renda, entre outras reivindicações.
O grupo fará, ainda, um
ato público para o próximo
dia 20 de março, Dia de Luta
pela Água, mas o local ainda
não foi definido.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
• A cidade cresceu muito (na capital a população saltou de 4,8
milhões, em 1960, para 11,8 milhões em 2013). A Sabesp estima
que 25% da água se perca no caminho entre a distribuidora e
as torneiras das casas.
• A urbanização, a verticalização e a impermeabilização do
solo também contribuem para a piora da situação.
• Faltaram investimentos para aumentar a oferta do sistema,
controlar as perdas e conscientizar a população da necessidade do consumo consciente, entre outras ações.