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www.revistaoutdoor.pt nº2 novembro/ dezembro 2011 outdoor Revista Torna-te fã Filipe Palma a solo na antárctida Diana Gomes da Silva Desafiar os céus em família São Silvestre de Lisboa 2011 rafting Vamos lá descer o rio! começar A esquiar Mais além depois do Everest de João Garcia parque natural do faial Disponível para iPad Truques e Dicas fotografar O outono com Joel Santos Editorial Ficha técnica Chegou o número2! J á se sente o frio, as primeiras chuvas já caíram e até já nevou… O Outono chegou em força e com ele o novo número da Revista Outdoor! Enquadrado com o estado do tempo, o número de Novembro traz-nos novos desportos, diferentes actividades, novas personalidades, e muito mais… A categoria Ar transformou-se em Neve e aqui encontrarás bons conselhos e sugestões. É de facto gratificante elaborar este projecto num país com uma comunidade de amantes de desporto aventura e outdoor tão significativa. Adoramos desafios, amamos a natureza e temos grandes Aventureiros e Desportistas no nosso País… Histórias fantásticas, desafios superados, grandes resultados aos quais queremos dar voz. Nesta edição recordamos a Travessia do Filipe Palma em Kayak na Antárctica, damos a conhecer as paixões da nossa piloto Diana Gomes da Silva, desvendamos os segredos do rafting no nosso país e, claro, não faltam sugestões para quebrar a rotina. Na categoria Fotografia não percam os truques e dicas para boas fotos na nova estação. Acreditamos que a leitura deste número da Revista Outdoor seja uma fuga às constantes notícias negativas que nos chegam diariamente e que a mesma nos motiva a todos para partir à Aventura. Obrigado a todos os que continuam connosco e a colaborar neste projecto. Boas Aventuras e até Janeiro. Não se esqueçam de ir acompanhando todas as novidades no Portal Aventuras. www.portalaventuras.clix.pt Edição nº2 WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00 Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Fax: 214702973 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: [email protected] Registo ERC n.º 126085 Editor e Director Nuno Neves | [email protected] Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | [email protected] Sofia Carvalho | [email protected] Revisão Cláudia Caetano Colaboraram neste número: andré pombo, António Marques Vidal, Aurélio Faria, cláudio silva, filipe palma, joão garcia, joão marques, Joel Santos, Jorge Vilela de Carvalho, Magali Tarouca, nuno luís, nuno rodrigues, Paulo Quintans, pedro alves, ricardo mendes, teresa conceição. Design Editorial Inês Rosado Fotografia de capa magali tarouca Desenvolvimento Ângelo Santos Equipa Portal Aventuras Segue-nos no Facebook! 4 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Directrizes EDITORIAL 04 GRANDE REPORTAGEM A solo na Antárctida, Filipe Palma em Kayak nº2 Novembro_Dezembro 2011 06 EM FAMÍLIA O outro lado de Sintra/GPS Paper 12 EVENTO - São Silvestre de Lisboa 2011 16 04 aventura EVENTO — Tow Out pela noite fora 20 DESCOBRIR — Um elefante chamado Casa 24 ENTRE AMIGOS— Um passeio em Btt 28 entrevista Desafiar os céus com Diana Gomes da Silva 30 POR TERRA VIAGEM — Birmânia - Mynamar Confort 34 ACTIVIDADE — Randonneur 38 DESAFIO — GR-14 Rio Douro - O percurso 42 POR ÁGUA ACTIVIDADE — Experimentar o Rafting. Vamos lá descer o Rio... 48 Filipe Palma, é o português que a solo concretizou a travessia da Antráctida. «Toda a gente tem oportunidades na vida, cabe a nós agarrá-las. Tal como muitos outros, sonhei com a Antárctida. A única diferença é que transformei esse sonho em realidade!» NEVE Truques e dicas para começar a esquiar 52 INDOOR - Preparação para desportos de Inverno 56 ENTREVISTA — João Marques por Sofia Carvalho 58 EQUIPA-TE PARA A NEVE 62 30 FOTOGRAFIA ENTREVISTA — Natugrafia por Magali Tarouca 64 PORTFOLIO DO MÊS — Nuno Luís 70 FOTOGRAFIA DO MÊS — Por Joel Santos 74 Truques e Dicas de Joel Santos — Fotografar o Outono 76 Aplicação para iPhone e iPad — SnapSeed 78 SOS Sobreviver ao Frio 80 KIDS Aventura-te com a tua Escola 84 Conhecida por desafiar os céus como ninguém, com acrobacias que nos fazem suster a respiração e suspirar de admiração, nem só a pilotar um avião Diana Gomes da Silva nos consegue surpreender. DESCOBRIR PARQUE NATURAL DO FAIAL Um tesouro entre Mares e Vulcões livro aventura Mais Além depois do Everest natal com aventura Pousada de Juventude das Penhas da Saúde 90 97 90 98 100 Receitas Outdoor Bannock 102 ACTIVIDADES OUTDOOR 104 DESPORTO ADAPTADO CANOAGEM/DEFICIÊNCIA MOTORA 112 ESPAÇO APECATE 116 A segurança em actividades ao Ar Livre A fechar 120 Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista. O Parque Natural do Faial, eleito com o rótulo EDEN em turismo sustentável, oferece desde trilhos nos vulcões a observação de baleias. Iremos conhecer este destino de excelência, apelidado de um tesouro entre mares e vulcões. Grande Reportagem Filipe Palma em Caiaque A solo na antárCtida O s olhos sinistros, a boca enorme, os Antárctida. Única foca com reputação de caçadentes caninos e incisivos dora, a foca-leopardo ataca pinguins e frontais que servem seres vivos que rondem as plataformas para rasgar as presas, de gelo antárcticas. “Enquanto «tene a cabeça grande, tava manter a viginum corpo de quase quatro meEnquanto «tentava manter a vigilância sobre o bicho» tros, e meia tonelada de peso. lância sobre o bicho» que se apro«Foi uma visão muito pior do que ximava do caiaque, o coração do que se aproximava do tinha imaginado!». A água gelada aventureiro sofreu novo baque: caiaque, o coração do contribuiu para aumentar ainda «Um bloco de gelo desprendeuaventureiro sofreu mais o medo de Filipe Palma. -se de um dos glaciares, e caiu novo baque (...)” Sentir tão perto a beleza mortífera com grande estrondo na água! Tive de uma foca-leopardo, paralisou, por sorte porque a foca assustou-se tanto momentos, os reflexos. «Se o caiaque ticomo eu, e fugiu…» vesse motor, teria rapidamente fugido dali!...» Logo no primeiro dia de expedição, a travessia dos Encurralado entre a foca e os blocos de gelo, Filipe oito quilómetros da gigantesca baía de Andvers parou de remar, e tentou esquecer o que apren- revelou-se um teste à resistência e aos nervos. Já dera e ouvira sobre o mamífero mais temível da nas imediações da desocupada base chilena Pre6 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Na relativa segurança e conforto da tenda montada em cima do gelo, depois de seis horas de lentas mas extenuantes remadas, Filipe reflectiu sobre as incertezas dos oito a nove dias ainda previstos de expedição, em solitário, na Antárctida. Inédita em Portugal, a ideia de navegar de caiaque na Antárctida, surgira em Fevereiro de 2001: «Na altura, e para conhecer esta zona, gastando o mínimo possível, trabalhei como “faz-tudo” num veleiro que levava turistas da Patagónia argentina até à Península Antárctica, e fui confrontado com aquilo que já se sabe: um continente agreste e implacável de características singulares, que até há pouco mais de 100 anos, ainda não tinha sido pisado pelo homem!» cial na ilha de Cuverville. «Estava previsto ainda passar a primeira noite com o veleiro ao lado como apoio, para verificar o material, mas com o agravamento das condições meteorológicas, que podiam bloquear a baía com blocos de gelo, e o perigo em fundear naquela zona, preferiram não arriscar!» Na solidão da noite, pensou no tempo que levava a montar e a desmontar o acampamento, e decidiu realizar etapas mais longas de navegação: «No planeamento pessimista de 10 dias para realizar a travessia, queria ter mais tempo para ficar acampado a apreciar aquela natureza fantástica, mas implacável e agreste». Para proteger-se do pior, Filipe tinha planeado remar sempre que possível pelos canais, mais abrigados dos ventos fortes que sopram do planalto antárctico. As rajadas regulares de 40 a 50 nós, (75 a 90 km/hora), provocavam um efeito de mareta, e a ondulação fazia o caiaque surfar, em desequilíbrio, com riscos de afundamento de passageiro e carga. «Com a água a um grau centígrado, em caso de imersão teria morte certa em 5 minutos! Os 5 minutos representavam também o tempo máximo para manobras de emergência: se o caiaque se virasse, poderia tentar “esquimotar”, e subir para cima da embarcação virada, para o corpo resistir mais algum tempo ao frio.» Em 2003, quando soube que José Inácio Júnior procurava tripulantes para tornar o Lilli II, o primeiro veleiro português a navegar no oceano Glacial Antárctico, valeu-se do passado desportivo e aventureiro, para ultrapassar a relativa inexperiência marítima, e convenceu o comandante a aceitá-lo para a etapa mais dura da viagem: ida e volta de Ushuaia até à Península Antárctica. Com as duas viagens à vela à Península Antárctica apurou o projecto: a travessia de 80km do Estreito de Gerlache, em dez dias em auto-suficiência. O mau tempo marcou o início da aventura no Verão Austral de 2005. À chegada à Antárctida, ventos com rajadas de 100 km/hora foram considerados pelo “skipper” holandês Henk Boersma como os piores da década. O veleiro Sarah W.Vorwerk em que viajava Palma foi obrigado a fundear durante 3 dias no relativo abrigo da ilha de Deception. E só quando o vento amainou, o veleiro zarpou e desembarcou o passageiro espe- OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 7 Grande Reportagem Filipe Palma em Caiaque sidente Videla, o som de uma respiração profunda desencadeou nova reacção de alerta: «Dentro de água, ouvi um borbulhar e arfar muito forte atrás de mim. Era uma orca! Quando olhei melhor, vi outras três orcas apenas a 50 metros do caiaque. Estava ali à mercê daqueles “gigantes do mar”, e por isso tentei dar as mais lentas e harmoniosas remadas possíveis, sem movimentos bruscos, para que não se sentissem ameaçadas!» As orcas acabaram por se afastar, depois de satisfeita a curiosidade sobre o desconhecido e aparentemente não comestível espécime humano. Do ponto de vista físico, o primeiro dia estava também a revelar-se um teste à concentração e à perícia em manobrar o caiaque: «o vento soprava forte, de vez em quando, provocando alguma instabilidade». Grande Reportagem Outro dos perigos era a navegação demasiado próxima dos glaciares. Na maior parte do percurso, as abruptas paredes glaciares que preenchem quase toda a costa destes canais impedia a aproximação e o assentar do acampamento para a pernoita. «Há montanhas de 2 mil metros de um lado, e mil metros do outro. É uma zona com poucos acessos a terra, a maioria são “ice sheets” onde é impossível o desembarque. Tinha tentado estudar muito bem, todos os possíveis pontos de refúgio.» Ao fim do primeiro dia, o ribombar provocado pelo desprendimento regular de blocos de gelo tornara-se já uma constante aos ouvidos do solitário aventureiro. Mas foi só na terceira manhã, já em Paradise Harbor, que surgiu, agravado, o maior obstáculo das aventuras antárcticas: o frio de 20 graus negativos. Filipe acordou com a ventania e a tempestade de neve que soterrou praticamente a tenda, e o deixou bloqueado, durante 3 dias. O português vestiu toda a roupa térmica que tinha, e entre idas regulares à tenda para se hidratar com chá e sopa, decidiu conhecer melhor a vizinhança: indiferentes à sua presença, centenas de focas-wedell e leões-marinhos desfrutaram naqueles três dias da observação próxima de um humano. 8 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Contente consigo próprio, Filipe iniciou a demorada desmontagem do acampamento. A estratégia de etapas mais longas de caiaque, e de mais tempo acampado em cada local, resultara em pleno. Cerca de 2 horas e meia, o dobro do tempo que levava a «assentar arraiais», era o tempo que precisava para desmontar a tenda, e preparar o caiaque para a etapa seguinte. Esta era uma tarefa árdua, onde o mais difícil era arrumar e distribuir 40 kg de material na embarcação construída em fibra de vidro. Sem qualquer ajuda exterior prevista em caso de percalço, o aspecto logístico exigira uma preparação ao mais ínfimo pormenor À proa e à popa, nos compartimentos estanques da embarcação de 3 metros era preciso ter a conta o equilíbrio do caiaque. Havia comida para 15 dias, um fogão e combustível, um saco cama, uma tenda, e um colchão insuflável. Com tudo arrumado, Filipe vestiu o colete da expedição, prendeu o saiote de neopreno ao caiaque, e deu as primeiras remadas, confiante no cumprimento da etapa seguinte, sem saber ainda que o esperava novo teste resistência. O sexto dia de expe“Havia codição era o ponto crí- mida para 15 dias, um fogão e combustível, um saco cama, uma tenda, e um colchão insuflável. (...)” Grande Grande Reportagem Reportagem Filipe Palma em Caiaque tico da aventura: a travessia do Estreito de Gerlache. Com pouco vento e nebulosidade, Filipe atingiu facilmente a ilha de Bruce onde pensara inicialmente pernoitar. «Era praticamente vertical, tinha paredes de 1500 metros de altura, onde o vento “encana” facilmente, e não dava para desembarcar… Como eram 10 da manhã, o mar estava calmo, aquilo a que chamamos um «dia de azeite», decidi logo passar para o outro lado, e tentar chegar à ilha de Trowet». Pleno de confiança para remar mais milhas que as inicialmente previstas, iniciou a travessia com a ajuda da bússola e do GPS, e navegou através do nevoeiro que entretanto caíra. «Sabia que eram sete milhas, quase 14 km de total exposição e maior probabilidade de haver vento». O vento começou a soprar subitamente quando estava vencido um terço do percurso. Três horas e meia depois de cadenciadas remadas, Filipe atingiu a ilha de Trowet, e cansado, fez de novo contas ao resto do percurso: «Já só tinha uma peça de fruta da “ração” desse dia, e ainda estava a mais de 5 milhas do Cabo Herrera. Num último esforço, pensei que remando mais duas a três milhas chegaria a uma base chilena desactivada, onde não teria que montar tenda». A neve que começou a cair, e que não derretia na água, mudou os planos que pareciam fáceis. «Parecia que estava a remar sobre veludo que ia engrossando cada vez mais». Sob a tempestade, com visibilidade praticamente nula e um mar já encapelado, foi já com os óculos de montanha colocados apressadamente por causa da neve que batia nos olhos, que atingi o cabo Herrera». No Cabo-que-nunca-mais-chegava pensou: «E agora? Fazer outra vez isto para trás?» Apesar dos movimentos energéticos, o corpo ar- OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 9 Grande Reportagem refecia e os dedos estavam enregelados. À sétima iria partir o caiaque. Estava a ser um dia-limite: «Só pensava: não pares porque não tens hora, já extenuado de tanto remar, obbarco de apoio, ninguém te vem buscar! servou finalmente a tal marca, e uma Ou remas para a frente, ou não voltas enseada escapatória. «É só dobrar!» “Depois para contar a história!». A solução foi pensou o português. «Devo ter navede 8 horas de voltar para trás, remar ainda mais gado cerca de uma hora a favor do esforço na água, duas horas, e desembarcar junto vento até ver finalmente a silhueta Filipe constatou que à colónia de pinguins já obserda “casa fantasmagórica”. Mas se tentasse desemvada nesse dia. «Tive que escavar quando me aproximei havia 4 cenbarcar iria partir na neve para montar a tenda, e cotímetros de espessura de neve, e pao caiaque. (...)” mecei finalmente a aquecer». O facto receu-me estar a remar sobre areia» Depois de 8 horas de esforço na água, Fide ter poucos fósforos que permitissem lipe constatou que se tentasse desembarcar por o fogão na potência máxima para trans- 10 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Na ilha de Doumer, Filipe Palma dormiu 3 noites rodeado de centenas de pinguins Papua. Por três dias, o professor de Educação Física mais parecia um experimentado biólogo que, tentando passar despercebido, fotografou ao pormenor, a vida social nas colónias destas patuscas aves. No intervalo das deambulações pelas “pinguineiras”, deu cabo das últimas iguarias do stock alimentar. Fez pão caseiro que comeu com compota e queijo. Cozeu massa e “noodle´s soup”, trincou as últimas peças de fruta, saboreou bolachas e cereais de pequeno-almoço, com açúcar e gordura necessárias à sobrevivência do organismo naquelas paragens. Após 3 dias, foi com pena que se fez ao mar para a última etapa: o encontro com o veleiro que o esperava já em Port Lockroy. A última etapa de 8 quilómetros até ao local onde estava fundeado o «Sarah» previa-se tranquila. Mas a surpresa e susto do primeiro dia repetiram-se, de novo, a meio do percurso final. «Estava parado a fotografar a paisagem, e ouvi um arfar forte, vindo da zona da proa. Apoiei o remo num icebergue pequenino, para o caso da foca querer virar o caiaque. Mas a foca-leopardo continuou a rondar… Apareceu-me primeiro à proa…, a seguir de um lado, e depois do outro... Não me largava! … Ainda foram uns minutos, sem saber o que fazer. Vi uma ilhota relativamente próxima, e remei para lá a toda a velocidade... Felizmente, não foi atrás de mim». Superado o susto, o português remou as últimas milhas até Port Lockroy, e acostou finalmente ao «Sarah». A bordo do veleiro, na travessia do temido mar de Drake, Filipe Palma olhou para as cartas de navegação, e lembrou-se do mapa-mundi da National Geographic que o inspirara em criança. «Toda a gente tem oportunidades na vida, cabe a nós agarrá-las. Tal como muitos outros, sonhei com a Antárctida. A única diferença é que transformei esse sonho em realidade!» ø Aurélio Faria, Jornalista (Excerto do capítulo do Livro «Um mundo de aventuras», a publicar em 2012) “Na ilha de Doumer, Filipe Palma dormiu 3 noites rodeado de centenas de pinguins Papua. (...)” OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 11 Grande Reportagem Filipe Palma em Caiaque formar gelo em água, pareceu-lhe então factor de somenos importância. Em relação ao frio, estava familiarizado com o equipamento, e lembrava-se da experiência da Volta ao Mundo de bicicleta em 1999/2000, e do congelamento ligeiro dos dedos dos pés na ida aos 5600 metros do acampamento base do Everest, no Tibete. Mas a seguir à tempestade veio a bonança, e no dia seguinte já relaxado, passou várias horas em manga curta aproveitando as longas horas de sol, reflectidas na neve e no gelo. Em Família Actividade gps outdoor Traga a sua família e / ou amigos até ao Largo da Feira de São Pedro em Sintra, para, a partir daí, ser guiado por um GPS Outdoor que vos levará a descobrir Sintra por outros caminhos. Chegue até à porta do Castelo dos Mouros sem esforços e aí o Alcaide Mouro entregar-lhe-á a chave para uma conquista serena (ou será que isto já aconteceu antes?) deste pedaço de Património da Humanidade que é Sintra. Siga o seu “guia”, se ele o levar aos travesseiros de Sintra, delicie-se com essa maravilha e regresse ao Espaço Muitaventura por um trilho romântico e cheio de actividades, segredos e desafios. o outro lado de sintra gps paper 12 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Com a Muitaventura É sempre a bombar! Na vila de Sintra E com o Romantismo no ar Fui a Sintra passear Com a Muitaventura a organizar. Um receptor de GPS que não fala e não lhe indicará caminhos longos, penosos ou com portagens leva-o a si, e à sua família e /ou amigos, a descobrir Sintra. Partindo do Espaço Muitaventura, onde monitores especializados ensinam a utilizar o GPS e entregam um guião com perguntas e tarefas para responder e cumprir, sempre de uma forma divertida e didáctica. Siga pelas empedradas e antigas ruas de São Pedro em direcção ao Castelo dos Mouros. Pelo caminho, não se limite a caminhar, o “guia”, sem ser chato, indica-lhe os pontos de interesse do percurso e autonomamente ou com a ajuda das crianças descubra os segredos da Capital do Romantismo. Beleza e romantismo em todo o lugar, Um dia hei-de cá voltar! Se o romantismo tudo cura, Não sejas pelintra E vem a Sintra Passear c’a Muitaventura Desça do Castelo dos Mouros para a vila por um trilho único, em que o desnível mal se nota, deslumbre-se com a paisagem, repare com atenção nos pormenores escondidos em locais como a Igreja de Santa Maria, a Quinta do Castanheiro – onde viveu Hans Christian Andersen – ou a Fonte da Sabuga. Entre na vila e enquanto procura o “carimbo” da visita aproveite para lanchar os maravilhosos travesseiros de Sintra (faz ideia que para além dos travesseiros e das queijadas existem muitas outras delícias para provar?). Lanche esse que se traduz numa doce e verdadeira aventura gastronómica. Mais uma vez as crianças (e não só) agradecem! E como a vida não é feita só com coisas doces, os adultos são tentados a ir descobrir qual o OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 13 Em Família Actividade Q uantos de nós não fomos passear para conhecer Sintra ou dá-la a conhecer à família e/ ou os amigos, mas acabamos quase sempre por recorrer ao carro. Subimos ao Castelo dos Mouros ou ao Palácio da Pena, descemos, visitamos o Palácio Nacional de Sintra e terminamos a visita com um travesseiro e sempre embrenhados no caos que é a mobilidade urbana desta pequena e secular vila? Não saboreamos verdadeiramente os recantos mais recônditos de Sintra, aqueles caminhos cheios de lendas e histórias que só os locais conhecem. E, principalmente não respiramos o seu ar puro! Chegou a era das novas tecnologias. A era da sustentabilidade. A era da autonomia. Está na hora de recorrer aos receptores de GPS e descobrir, a pé, em segurança, informada e autonomamente os territórios. Em Família vinho mais antigo que é vendido ali perto e só o “guia” sabe onde provar uma bela ginjinha. Lá bem no centro da vila, complete a frase e descubra então porque terá Richard Strauss escrito que: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egipto, e nunca vi nada, que valha a _____________. É a cousa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o _____________ do Santo Graal.” Já agora, a resposta é Pena e Castelo! O “guia” leva-o de regresso ao Espaço Muitaventura, em São Pedro de Sintra, passando pelo Parque da Liberdade e pelo Jardim da Vigia. Nestes espaços verdes vai ter de fugir ao “guia” enquanto descobre a sua história e os valores da biodiversidade. Cada família pode levar até 3h e meia (cuidado com a duração do lanche). O trajecto é acessível e simples. Com tantas tarefas e perguntas que desvendam os segredos as crianças nunca se vão aborrecer e interesse nunca vai faltar. No final deixe-nos o seu testemunho numa quadra criativa.ø Bárbara Brandão - Doutoranda em Turismo Mestre em Turismo Natureza - Mestre em Geografia Junte a família e venha descobrir Sintra, entre nesta Aventura. ficha técnica Dificuldade: Baixa/Média Duração: Cerca de 3 horas Distância: 5 km Tipo de percurso: Circular Qualidades do “guia”: Não fala e não se engana no caminho Promotor: Muitaventura 14 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Em Família Evento 16 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Aceite o desafio e venha despedir-se de 2011 a correr no coração da capital. INSCRIÇÕES Existem 3 métodos de inscrição disponíveis, o site oficial, a Loja do El Corte Inglés Lisboa e via CTT. Pode optar pela inscrição através do site oficial (www.saosilvestredelisboa.com) ou no balcão da Loja de Desporto, no piso 3 do El Corte Inglés em Lisboa. Quanto à inscrição pelo correio (São Silvestre de Lisboa, Apartado 9, 2776-901 Carcavelos), só é aceite até 11 de Dezembro. PROVAS Além da prova principal de 10 km, a quarta edição da El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa contempla: • a Vitalis Mini São Silvestre de Lisboa, que este ano se efectua na distância de 5 km; • a São Silvestre da Pequenada, dirigida a crianças entre os 5 e os 11 anos. horários 17h15: São Silvestre da Pequenada (crianças entre os 5 e os 11 anos). 18h00: El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa (10 km); Vitalis Mini São Silvestre de Lisboa (5 km). OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 17 Em Família São Silvestre de Lisboa 2011 SÃO SILVESTRE DE LISBOA 2011 “E m 2011, a corrida de São Silvestre de Lisboa realiza-se no último dia do ano. As inscrições para a quarta edição do evento arrancaram a 1 de Outubro. A baixa lisboeta volta a receber a corrida que começa a ganhar tradição. Milhares de atletas participaram nas edições anteriores e espera-se um entusiasmo idêntico ou superior para a festa que marca a despedida de 2011. A prova realiza-se em Dezembro, com a Praça dos Restauradores, em Lisboa, a concentrar a partida e a chegada. Em Família Partidas diferenicadas Outra das novidades da El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa de 2011 são as partidas diferenciadas por tempo: • Sub40 minutos* (os primeiros 100 atletas inscritos - com o pagamento efectuado - poderão partir da Zona de Elite B, mediante envio de comprovativo de marca inferior a 35 minutos, realizada em 10 km nos últimos 12 meses) • Sub50 minutos* • Sub60 minutos* • +60 minutos *Para ter acesso à zona de partida pretendida, no acto de recolha do dorsal, deverá apresentar um comprovativo da melhor marca realizada em 10 km nos últimos 12 meses (esta deve corresponder à zona de partida solicitada). inscrição gold Devido ao sucesso do ano passado, voltámos a lançar de novo o pacote Inscrição GOLD São Silvestre de Lisboa. Esta inscrição, com um preço superior ao normal, pretende dar a conhecer o que é ser atleta profissional por um dia. Com acesso à zona de convidados, vestiário, massagens, estacionamento próximo da partida, o conforto de ter disponível o kit do atleta no local e uma série de mimos que os nossos patrocinadores proporcionam. Esta inscrição permite também uma partida junto dos melhores atletas, a partida na frente no corredor de Elite, para poder disfrutar melhor e de maneira única a última prova do ano. 18 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Por Família água Em São Silvestre de Lisboa 2011 desafios Homens contra Mulheres Tal como nas edições passadas e para apimentar a competição os atletas de elite voltam a contar com o desafio Homens contra Mulheres. Recordamos que o ano passado os Homens quase apanhavam as Mulheres, o atleta Hermano Ferreira dobrava a esquina enquanto Jéssica Augusto cortava a meta em alegria extasiante e perante os aplausos do público na Praça do Comércio. São Silvestre de Lisboa da Pequenada Os mais pequenos podem repetir este ano a alegria do ano passado, ou experimentar pela primeira vez uma São Silvestre de Lisboa. Queremos voltar a receber crianças no centro da cidade com o objectivo de promover o desporto e de proporcionar muita diversão. curiosidades • O ano passado a El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa ficou em 3º lugar no ranking nacional de provas com o maior número de atletas chegados à meta. • O calendário deste ano empurrou a prova para o dia original de celebração do Santo São Silvestre. TREINOS Estão previstas três sessões de preparação para a El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa. São treinos de corrida, com a orientação de monitores especializados para todo o tipo de atletas. São treinos de Inverno, pelo que é importante um bom equipamento, quente e transpirável. • Durante o período de inscrições os patrocinadores envolvidos desenvolvem ações de promoção e oferta de inscrições, há que estar atento. • A zona do Monsanto é uma zona pouco explorada para a prática do atletismo mas contêm percursos que para além da beleza natural, podem proporcionar tipos de treino muito completos. Os treinos realizam-se pelas 10h00 no Anfiteatro Keil do Amaral, em Monsanto, nos dias 3, 10 e 17 de Dezembro. Sabia que... Este ano desenvolvemos uma parceria com a Associação NARIZ VERMELHO. A totalidade do valor da inscrição dos mais pequenos reverte a seu favor. Site Oficial: www.saosilvestredelisboa.com Facebook São Silvestre Lisboa OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 19 Aventura Evento TOW-OUT PELA NOITE FORA Depois da Califórnia, da costa atlântica francesa e da Indonésia chegaram finalmente a Portugal as sessões nocturnas de surf e bodyboard. A ideia partiu do antigo Campeão Europeu de Bodyboard Hugo Pinheiro e tomou forma nas areias da Costa da Caparica, reunindo nas areias milhares de fãs. O encontro estava marcado para o pôr do sol e a informação espalhou-se rapidamente através das redes sociais. Afinal de contas era a primeira vez que se organizava em Portugal uma sessão nocturna de Surf e Bodyboard, com o aliciante adicional de emoções redobradas graças à presença de duas potentes motos de água. Graças a estas, as manobras dos atletas podiam ser ampliadas nos céus a uma velocidade impossível em condições normais. Para o efeito foram colocada na praia uma bateria de holofotes, superando os 20 mil wats de potência. Com milhares de espectadores na Praia do CDS e ondas que chegaram aos dois metros de altura, o encontro “Hugo Pinheiro & Friends - Tow Out Night Session” superou largamente as expectativas. Uma selecção de atletas de surf e bodyboard abrilhantou a primeira noite mágica do género alguma vez vista em Portugal, sem dúvida uma experiência a repetir! 20 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Aventura Tow-out pela noite fora Foi uma despedida antecipada do Verão em grande estilo, com uma estrondosa presença do público e a participação de grandes nomes e algumas promessas do surf e bodyboard nacional. O encontro “Hugo Pinheiro & Friends - Tow Out Night Session” acabou por se transformar numa mega festa de praia, fazendo história ao propor a primeira sessão nocturna de ondas alguma vez realizada em Portugal. Hugo Pinheiro, o mentor desta sessão era no final o espelho da satisfação - prometendo desde já uma continuidade: “Sinceramente nunca pensámos que este encontro iria despertar o interesse de tanta gente, uma massa humana que não se vê com facilidade nem em provas oficiais de grande importância. Fotos: Paulo Calisto/Red Bull Photofiles Muita gente anónima aceitou o nosso desafio e veio fazer pela primeira vez surf e bodyboard à noite - e mesmo entre os atletas convidados para alguns tratou-se de uma estreia. As condições do mar não estavam fáceis e terminámos a noite com ondas de dois metros”. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 21 Aventura Quanto ao futuro, Pinheiro não esconde a “vontade de continuar a apostar neste conceito inovador, aprendendo com esta experiência e procurando montar um evento ainda melhor no próximo ano”. Hugo Pinheiro, Pierre-Louis Costes e Gastão Entrudo deram espectáculo no Bodyboard, enquanto no Surf a acção ficou por conta de Justin Mujica, Francisco Alves, Filipe Jervis, José Ferreira e os irmãos Guichard. Em terra também houve animação, graças ao mini-half pipe de skate e à presença de vários atletas - com especial destaque para a grande revelação do momento Thaynan Costa. Quanto ao futuro, Em paralelo à acção na água, a festa nas areias da Praia do CDS Pinheiro não e no Café do Mar durou até esconde a “vontaperto das duas da madrugada, de de continuar a com muita animação ao ritmo apostar neste con- dos Nubai Sound System e do ceito inovador DJ Pedro Walter. ø (...)” Por Thomaz Mayo 22 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Aventura Descobrir Um elefante chamado Casa O chamado país de um milhão de elefantes já não merece tal baptismo no século XXI. Mas em Khiet Ngong a tradição ainda é o que era: as famílias incluem elementos de grande porte há várias gerações. Nesta aldeia do sul do Laos, os elefantes são mais um parente e uma fonte de rendimento para a comunidade. Esta é a história de uma família que sempre viveu com um trombudo à porta. o cimento da viagem Primeiro é preciso chegar lá. A aldeia não vem no mapa nem se anuncia em passeios turísticos. Estamos em Pakse, capital do sul do Laos. Quem pergunta descobre que não há autocarros para Khiet Ngong. Mas há songteus. Demoram 3 horas a fazer os 60 km. Que diabo serão os songteus? Resposta na Estação Sul de Songteus de Pakse: parece uma cidade de camiõezinhos de brinquedo. 9h da manhã. Em 50 songteus apertam-se passageiros e carga até ao topo e há sempre mais alguém a subir. Qual será o certo? O songteu para a aldeia surge ao meio-dia. Ao contrário dos outros, tem 5 gatos pingados lá dentro. Ninguém fala inglês. Trocam-se bolachas e sorrisos, almoçam sopa de massa e carne com moscas vendidas na carrinha em frente. Sem 24 Novembro_ De<embro 2011 OUTDOOR pressas. O songteu há-de arrancar pelas 14h, uma hora depois do previsto. Pára uns 200 metros mais à frente. É um armazém de cimento. Os passageiros saem, as sacas entram. E lá seguimos viagem entalados entre sacas de cimento a largar pó. Depois de 1 hora em alcatrão, os companheiros de estrada cobrem-se com máscaras de pano. A estrada passa a ser de poeira vermelha. Abençoo a esperteza de ter molhado o cabelo devido ao calor. Quando finalmente chegamos ao destino, qualquer diferença entre mim e um trolha será pura coincidência. casa de família Na rua de casinhas de madeira sobre estacas, uma tem placa: Tourist Information. Falantes de inglês, nicles. As poucas frases lao que conheço Aventura Descobrir colhem sorrisos. Devo ter sotaque pavoroso. Saco da arma secreta: um pequeno dicionário Inglês-Lao. A palavra mais importante é logo entendida: homestay . Mais uns gestos e risos e há uma senhora de sorriso grande que me pega na mão e leva: Pouh aceita acolher-me na sua casa cor-de-rosa. Ainda há luz de dia e Someh, mãe de Pouh, cozinha o jantar em panela borbulhante. Subimos ao 1º andar para pôr a mochila no quarto espaçoso - mosquiteiro e colchão de casal no chão (2,5 euros por noite e 1 por refeição, quem pode pedir mais?) Ao jantar conheço o resto da família: as duas filhas de Pouh, com maridos e bebés, sentados no chão a ver telenovela tailandesa. Não comem ao mesmo tempo: apenas Pouh e o marido Hudong jantam com a forasteira, arroz e sopa de peixe - deliciosa, cheia de ervas e gengibre. Hudong arranha inglês, conseguimos meia conversa e riso cheio. O aluguer de quartos é comum nas aldeias: para os habitantes aconchega o rendimento familiar; para os turistas é a fórmula mais barata de alojamento e de conhecer por dentro a vida do país. Quem está habituado a comodidades torcerá o nariz às condições oferecidas; quem tem orçamento limitado, suspira de alívio e adapta-se Para esta turista é uma estreia total. Tarde percebe que não há casa de banho (vá lá que os toalhetes perfumados fazem parte da bagagem). Songteu de Pakse, Laos De manhã, quando desço, uma parede cinzenta parece ter crescido a tapar a janela. Espreito: é um elefante. O espanto salta comigo para a rua. Não estava nenhum bicho destes à vista quando cheguei ontem. Hudong está a serrar madeira ao lado, não percebe os olhos arregalados. Para ele não há nada de estranho. Já havia elefantes na família antes de ele nascer: esta é a fémea da matriarca Someh. Vê-se que é menina, não tem presas de marfim. E como Hudong e Pouh, Dom tem 50 anos. Foi bebé ao mesmo tempo. Tanta coisa dentro de um nome: Dom quer dizer casa, em lao. Abrigo, clã, vida. Para ela, casa deve ser qualquer sítio onde se coma, como faz agora: é o desporto favorito. Afasto-me criança aos pulos. Já posso dizer à boca cheia: a minha família tem um elefante. um dia na selva Saio para o passeio combinado no dia anterior na casa do turismo: na floresta…em elefante. Hudong não fica aborrecido: há 13 paquidermes em Khiet Ngong e os rendimentos dos passeios turísticos são divididos pela comunidade. Recebem cerca de 3000 visitantes por ano. Cada viagem pelo Parque Natural de Xe Pian custa 30 euros; 12 euros a ida até às misteriosas torres de pedra no planalto de Phu Asa, atracção da zona. Passeio na floresta unida Ngong OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 25 Aventura Travo conhecimento com Nam, outra fêmea, mais o condutor Laoh. O guia Toui está de folga e acompanha-nos. Em boa hora: é o único que entende inglês nos arredores. Há sofá de bambu para dois no dorso e o condutor vai entre as orelhas ao comando. Somos três e um piquenique em cima da Nam, em passo lento. Sinto-me abusadora, eles riem-se: este é o trabalho mais leve que um O elefante elefante pode ter. Antes cortavam asiático está e carregavam árvores para construção. Não como estas gigantes de em risco de se torfolhagem densa. Estamos em área nar extinto no Laos. protegida. Nam pára sempre que Existem menos de detecta pasto tenro: a toda a hora. 1500 elefantes no A tromba ergue-se em busca das País. melhores folhas. Se puder passa 20 horas a comer, que chatice ter de dormir quatro. Nam significa Ouro. Animal precioso como o nome e cada vez mais raro. O elefante asiático está em risco de se tornar extinto no Laos. Existem menos de 1500 elefantes no país. Dos 500 domésticos, a maior parte trabalha no abate de árvores. Os poucos ocupados no turismo são os mais saudáveis e seriam bons candidatos para reprodução. Dom, Hudong e Pouh família unida Em Khiet Ngong há 2 machos e 11 fêmeas. Várias poderiam engravidar, mas os donos estão Dom em casa na aldeia de Khiet Ngong 26 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Aventura Descobrir Estação de Songteus de Pakse, Laos relutantes. Têm medo de que as fêmeas fiquem feridas durante o acto. Parece que os machos são brutos. Hudong nunca se atreveu, com medo de perder Dom e para ela, aos 50 anos, já é tarde. Uma equipa de veterinários envida esforços na região, mas há muito tempo que não nascem bebés elefantes na aldeia. a lavagem da viatura Hudong preocupa-se com o futuro? É mais o presente que lhe dá canseiras. Esta manhã, Dom tornou-se um elefante branco. Parece rir-se da marotice, deve ter passado um bom bocado a rebolar-se durante a noite no pasto. Hudong salta-lhe para cima como um macaco, Pouh passa-lhe a mangueira, e o duche começa. O dono não descura pormenores: para porcaria entranhada, saca do chinelo e esfrega com afinco os costados de Dom. Em 20 minutos, temos trombuda refrescada a dar às orelhas. Molha todos em volta e ainda recebe um cacho de bananas de brinde. E lá seguem para o passeio turístico do dia, Dom, bicho estimado, e Hudong, condutor de pesados. Como qualquer desvelado proprietário de veículo ocidental. A vida tem maneiras tão diferentes de ser igual em toda a parte.ø Dom a chinelo Por Teresa Conceição Jornalista OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 27 Aventura Entre Amigos A pretexto de uma jantarada entre amigos em Albergaria-a-Velha, juntámos cerca de 50 amantes do BTT, da natureza e obviamente da gastronomia e partimos à descoberta de 42 quilómetros de trilhos da região Centro. P artida e chegada tiveram em comum o local do repasto o Restaurante Solar o Condado em Albergaria-a-Velha, a tarde estava solarenga mas a utilização de manguitos ou de um casaco era aconselhável. Depois de um breve briefing sobre os locais por onde iriamos passar, como por exemplo uma linha de caminhos-de-ferro desactivada onde a dificuldade maior viria a ser a passagem por cima das chulipas da linha férrea, chulipas são aqueles paus enormes rectangulares nos quais assentam os carris, vulgarmente conhecidos por travessas… Depois desta pequena aula de português, lá partimos em direcção à Serra da Senhora do Socorro, a quem alguns com certeza pediram ajuda. A subida não sendo muito inclinada revelou-se um pouco extensa. No entanto, valeu a pena! No alto encontramos a capela e um miradouro que domina toda a região lagunar do Baixo Vouga, proporcionando a oportunidade de vislumbrar uma fantástica paisagem. 28 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Fotos: Paulo Quintans UM passeio em btt Daí descemos até às margens do Rio Caima que fomos navegando, aliás pedalando quase em cima de água até à antiga fábrica da Celulose do Caima. Pelo caminho, deixamos o eucalipto gigante tombado, para depois pararmos em Ribeira de Fráguas, onde nos esperava um lanche maravilhoso para retemperar as forças. Aqui o Miguel (companheiro de aventura) explicou-nos um pouco da história da região como por exemplo, que os primeiros documentos que referem esta freguesia datam dos finais do sec. XI e que uma das indústrias mais importantes foi a extracção de minério nas minas do Coval da Mó e Volta de Telhadela, nas quais se extraía cobre e chumbo. Em 1744, os ingleses descobriram as minas do Palhal. A tradição conta que continham vestígios de indústria metalúrgica, do tempo dos Mouros. Em 1796, foram abandonadas devido a uma cheia do rio Caima. Em meados do século XIX foram exploradas pela Companhia Lusitana de Mineração, produzindo cobre, galena de chumbo, blenda, níquel, cobalto e alguma prata. O topónimo Aventura Passeio Btt Fráguas, indica-nos fornos ou fornalhas, onde eram separados o minério da escória. Terminado o lanche e a fantástica troca de conhecimentos, voltámos à nossa Aventura. Serpenteámos a serra por trilhos fabulosos passando por, Bosturenga, Rendo, e aqui tivemos mais uma aventura. A travessia do Rio Filveda, não foi fácil…alguns de nós acabaram por lavar as bicicletas mais cedo (as bicicletas e os próprios). De seguida passámos por Vale Maior e terminámos com a subida final em Açores, no regresso a Albergaria-a-Velha. Confesso que nesta altura fiquei um pouco baralhado. Tanta beleza paisagística, serra, arbustos, árvores, flores e uma placa a dizer Açores fez-me pensar que estava numa das ilhas do arquipélago, mas não, estava mesmo em Albergaria e faltavam poucos quilómetros para terminar mais um dia fantástico, desfrutando da natureza sem a estragar e ao mesmo tempo fazendo desporto. Assim, quando estiverem para os lados de Albergaria, não percam a oportunidade de conhecer mais um fantástico trilho do nosso país… Na próxima edição teremos mais, ate lá, boas pedaladas… Aqui ficam algumas fotografias que comprovam a maravilha que foi este passeio, bem como o link, onde poderão fazer o download do track de GPS. ø Paulo Quintans www.gpsies.com OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 29 Entrevista Diana Gomes da Silva por Magali Tarouca desafiar os céus... C onhecida por desafiar os céus como ninguém, com acrobacias que nos fazem suster a respiração e suspirar de admiração, nem só a pilotar um avião Diana Gomes da Silva nos consegue surpreender. Seja no ar, com os pés bem assentes na terra, ou a enfrentar as maiores ondas em qualquer parte do mundo, a piloto da SATA confessou à Outdoor que a adrenalina é, sem dúvida, um dos elementos essenciais à sua vida. Vamos descobrir um pouco mais acerca das paixões que movem Diana, uma comunicadora nata e uma apaixonada pela vida e pelas atividades desportivas. Pode dizer-se que o entusiasmo pelo desporto nasceu consigo. Aos três anos já praticava ginástica de competição, depois começou a jogar ténis, a fazer natação, a ter aulas de ballet e equitação, a andar de bicicleta, a fazer corrida, entre tantas outras modalidades. “Basicamente, não me re30 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR cordo de nenhuma atividade em família que não estivesse ligada ao desporto e ainda hoje em dia assim é: ao sábado vamos andar de bicicleta e ao domingo jogar ténis ou correr”, conta Diana. Mas, mais tarde, o desporto acabou por ter um papel ainda mais importante na sua vida: a escolha da profissão. “Em pequena queria ser astrofísica, em parte por influencia dos livros do Carl Sagan. Só mais tarde, comecei a perceber que afinal a astrofísica era uma utopia e que não era algo tão encantador como eu pensava. Então, como adorava desportos motorizados, motas, carros e aviões, decidi ser piloto e, mais tarde, seguir a carreira de piloto de acrobacias que, para mim, é o expoente máximo da aviação aliada ao desporto. Praticar desportos desde criança transmitiu-me imensos princípios à boa conduta pessoal e profissional, os quais aplico no meu dia a dia. Aprendi desde cedo o que é a determinação, a disciplina, a força de vontade, a garra, a coragem e, acima de tudo, o respeito”, enumera Diana. Entrevista Diana Gomes da Silva Os desportos de neve Para além de ser a segunda mulher mais nova do mundo e a única na península Ibérica a fazer acrobacias aéreas, Diana é também piloto da companhia aérea SATA e tem uma licenciatura em Comunicação Social, atividade que também continua a exercer. Mas as suas paixões vão mais além e quando se fala em desportos de neve, os olhos de Diana brilham e o sorriso abre-se quase de imediato. “Desde miúda que sempre fiz ski. Com 5 anos ia com os meus pais para Andorra e foi lá que cresci enquanto esquiadora. Entretanto já pratiquei em quase todos os locais de referência desta modalidade. Mas é com o snowboard que Diana tem uma das maiores aventuras da sua adolescência. “Para além “Para acompanhar o meu de ser a segunda irmão que faz surf (o comulher mais nova nhecido surfista António do mundo e a única Silva), comecei a praticar bodyboard. Depois, aos 15 na península Ibérica anos, fiz um intercâmbio a fazer acrobacias nos Estados Unidos e levei aéreas (...)” comigo um documento da Federação a comprovar que eu era uma desportista de alta competição e que deveria ser colocada numa zona dos Estados Unidos que me permitisse continuar a praticar bodyboard. Mas o que na altura desconhecia é que em inglês bodyboard diz-se Boogie Board e eles automaticamente associaram a palavra a snowboard. A verdade é que quando dei por mim estava em Aspen, no Colorado, rodeada de montanhas cheias de neve”, recorda divertida. Apesar de ter ficado triste por estar tão longe das ondas, o espírito de aventura de Diana não a deixou baixar os braços e fez com que começasse a experimentar todos os desportos de neve que podia. Mas o que mais a cativou foi o snowboard, acabando por tirar o curso e, pouco depois, começar a dar aulas de snowboard a crianças. Apesar de ser um desporto extremamente divertido e cheio de adrenalina, Diana alerta para alguns aspectos que muitas vezes são descurados, ou ignorados por parte de quem o pratica. “Antes de começar a praticar snowboard, ou qualquer outro desporto de neve, é preciso ter uma boa preparação física. Não basta comprar uma prancha nas férias e aventurar-se pelas pistas. É preciso ter disciplina. Senão é quase como agarrar num piloto sem experiência, colocá-lo dentro de um avião e pedir-lhe para fazer acrobacias. Este desporto tem de ser preparado ao longo do ano, no ginásio, e se as pessoas o fizessem tenho a certeza que o número de lesões diminuía bastante. Eu própria tive uma grande lesão há uns anos. Foi no Colorado quando fazia saltos de competição, durante um salto chamado Big One. Já não nevava há muitos dias e a descida era só gelo. Tinha acabado de colocar cera na minha prancha, fui muito mais rápido do que era suposto e o salto foi muito alto; a meio fiz algo que nunca se deve fazer que é olhar para baixo. Parei de rodar e caí. Estive hospitalizada durante algum tempo até recuperar. É algo que pode acontecer a qualquer desportista, mas muitas vezes o que vejo são pessoas a fazer mais do que é suposto. Por exemplo, quem está a dar os primeiros passos devia saber que não pode fazer saltos muito acima dos 30 centímetros, um metro, e mesmo assim fazem-no. Até pode correr bem da primeira vez, mas é certamente aquilo a que se chama sorte de principiante.” OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 31 Entrevista Para além dos problemas que muitas vezes acontecem nas pistas de ski e snowboard, Diana alerta ainda para outra questão: os circuitos fora de pista. “Fora de pista os percursos devem estar delineados para não correr riscos desnecessários. Já me aconteceu fazer fora de pista e quando dei por mim tinha os pés molhados porque tinha acabado de passar por cima de um rio. A minha sorte foi ter passado muito depressa, caso contrário podia ter ficado lá. Um amigo meu, por exemplo, ficou 25 horas num local porque foi longe demais e perdeu-se. Podia ter corrido muito mal, mas teve sorte. É muito importante levar sempre uma bússola connosco e, hoje em dia, o GPS e o iPhone são também uma grande ajuda. Eu tenho um casaco com um emissor de emergência para este tipo de situações. Muitas pessoas perguntam-me se este não é um grande investimento. É óbvio que é, mas se estes 200 euros que pago a mais forem o suficiente para salvar a minha vida, então sim, vale cada cêntimo investido.” Na opinião de Diana, tanto as agências de viagem como os próprio resorts deveriam ter o papel de consciencializar as pessoas e incutir-lhes disciplina para a prática destes desportos. “ O ski e o snowboard deviam ser levados mais a sério, até mesmo para não passar a ideia, errada, de que são desportos perigosos. O único perigo aqui está na atitude das pessoas. O snowboard é um desporto bastante interessante, com uma ligação à natureza estupenda, mas tem de ser praticado com consciência”, refere. Atualmente, Diana continua a praticar todo o tipo de desportos, no entanto, a acrobacia aérea enche-lhe as medidas, como mais nenhum desporto consegue fazer. “O que sinto no ar é único, não se explica e não existe nenhum desporto em que isso se sinta”. “Tenho um grande carinho pelo meu avião e trato-o como se fosse um filho. Investi a minha vida nele e, a nível técnico, confio-lhe a minha vida”. 32 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Entrevista Diana Gomes da Silva “Já não nevava há muitos dias e a descida era só gelo. Tinha acabado de colocar Quando questionada soQuanto ao futuro, Diana afirma cera na minha prancha, fui bre a possibilidade de não fazer planos a 10 anos. “Julmuito mais rápido do que era sair de Portugal, Diana go que estamos a passar uma diz-nos que já teve em crise, mais do que monetária, suposto e o salto foi muito cima da mesa uma exuma crise de valores e assim é alto; a meio fiz algo que celente proposta para ir complicado fazer planos para a nunca se deve fazer que para a Ásia, mas confessa vida. Para já, tenho um 2012 reé olhar para baixo. que “o meu projeto não sou pleto de espetáculos no México, no (...)” só eu; sou eu e a minha faBrasil, no Chile, Europa e Ásia. Gostava muito de entrar na Reno Air Race e na Red Bull Air Race. Tenho noção de que quero evoluir cada vez mais a nível técnico e profissionalizar-me ao máximo, mas, para isso, preciso de apoios, principalmente portugueses. mília que me apoia. Assim, vou dar tempo ao tempo, pois Portugal demora sempre mais tempo a reconhecer os seus talentos. Porém, no prazo de dois a três anos, se nada acontecer, a hipótese de ir para fora não está fora de questão”, remata. Neste momento, estou a fechar os meus primeiros patrocínios, que vêm do outro lado da Europa. Por um lado é um reconhecimento muito grande, mas por outro lado é quase um sentimento de tristeza, pois gostava que viessem do meu próprio país.” Enquanto o destino se encarrega de traçar o percurso de Diana, seja nos céus nacionais ou internacionais, iremos certamente continuar a acompanhar, com a mesma admiração e orgulho, cada “passo” seu. ø OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 33 Por Terra Viajar Fotos: José La Fuente BIRMÂNIA Myanmar Confort 34 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR E Por Terra Viajar — Birmânia sta é uma viagem que alia aventura, cultura e conforto para desfrutar em tranquilidade este país de eterna cor e alegria. A partir de um grupo reduzido de participantes convidámo-lo a conhecer a calma dos templos budistas e a serenidade das suas paisagens. É neste país de selvas montanhosas, de grandes extensões de bosques de teca, de rios de belos caudais como o Irawady e de vales muito férteis que se desenrolará a nossa viagem. Chegamos a Rangoon, situada no delta do rio Irawady, típica capital do Sudoeste asiático devido à sua tranquilidade e ao seu ambiente que acentua a antiga presença do colonialismo britânico. Rangoon é uma cidade fascinante, vamos ter a oportunidade de vislumbrar os seus magníficos templos e percorrer os seus becos e vielas, de admirar o pagode de Shwedagon, o chamado mistério dourado com 2500 anos de antiguidade, saborear a magia de um pôr de Sol nestas paragens é algo que nos deixa recordações... Deixando Yangon, rumamos para Mandalay, a cidade do ouro, a última capital dos reis da Birmânia e o centro religioso e cultural do país, poderemos conhecer os seus vistosos templos, pagodes e mosteiros de cariz budista ao longo de várias visitas. Visitaremos Bagan, um dos locais mais importantes em termos arquitectónicos da Ásia. Locais como as grutas de Pindaya com os seus mil Budas, os jardins flutuantes do lago Inle, o extinto vulcão do Monte Popa, a Rocha Dourada e um sem fim de mercados e templos budistas farão parte do nosso itinerário. Aqueles que quiserem aprofundar o conhecimento do rico legado histórico do templo de Angkor poderão optar pela inesquecível extensão ao Cambodja ou à relaxante Praia de Ngapali - Myanmar. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 35 Por Terra Programa: D1:Voos cidade de origem. D2: Chegada a Rangoon. D3: Rangoon - Golden Rock (160km - 6h). D4: Golden Rock - Bago - Rangoon (80km - 4h). D5: Voo para Mandalay. Visita a Amarapura, Sagaing D6: D7: D8: D9: D10: D11: D12: D13: D14: D15: D16: D17: e Ava. Mingun e Mandalay. Mandalay - Monywa (112Km - 4h). Visita a Monywa e aldeias tradicionais - Bagan (290 km-6h). Visita a Bagan. Bagan. Voo Bagan - Heho. Ida em veiculo para Kalaw. Kalaw - Pindaya - Trekking aldeias Yasaky. Cont. Trekking aldeias de Yasakyi. Pindaya -Inle. Inle. Voo Heho – Rangoon. Voos Rangoon - Bangkok - Siem Reap. Chegada à cidade de origem. Extensão: Cambodja D16: Siem Reap - Angkor - Siem Reap. D17: D18: D19: D20: Siem Reap - Angkor - Siem Reap. Siem Reap - Angkor - Siem Reap. Siem Reap - Lago Tonle Sap - Siem Reap. Voo para Bangkok - cidade de origem. Cidade de origem. Extensão: Praia de Ngapali D16: Voo Yangon – Thandwe. D17: Praia de Ngapali. D18: Praia de Ngapali. D19: Voo Thandwe - Yangon ou Banguecoque. Conexão com voo internacional. D20: Chegada à cidade de origem. APP IPHONE despesas de viagem Aplicação para registar despesas de viagem. Crie os seus relatórios, adicione despesas, anexe os recibos ou comprovantivos e envie-os por email num formato de fácil leitura. Para fazer o download gratuito da aplicação basta aceder a http://itunes.apple.com 36 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR 1º Testemunho: João José Vicente da Silva Depois do Vietname em 2007, resolvi dar continuidade por terras do Oriente, tendo escolhido, em 2009, Myanmar. Outros rostos acolhedores, mas a mesma generosidade e simpatia. A viagem, na forma como a senti, é muito gratificante, e apresenta três momentos marcantes: -Golden Rock, pelo misticismo e entrega espiritual de todos quantos veneram o Buda; -Bagan, pelo fabuloso património arquitectónico e histórico que nos é dado admirar; -Lago Inle, pela beleza das água e das vidas. E aquelas gentes que nos cativam, e aquelas formas de ser e estar que nos fazem interrogar as nossas, e o prazer dos sorrisos, dos acenos, do ter tempo para o tempo... Vão, Myanmar merece !!” 2º Testemunho: Luisa Roubaud “(&) A viagem foi inesquecível. Tudo correu muito bem e não poderia ter corrido melhor e valorizar o guia que se chama Myat Tun Win ou Richard Ray J que se preocupou incansavelmente com o nosso bem-estar, numa paciência e dedicação que nunca pensei possíveis de existir. (&) Muito obrigada por terem criado a possibilidade desta viagem acontecer.” ø Próxima Partida: 07-01-2012 www.papa-leguas.com MAIOR LOJA DE DESPORTO AVENTURA EM PORTUGAL atendimento especializado Visite-nos e encontrará a melhor oferta do país dentro de cada uma das secções: Pedestrianismo montanhismo escalada canoagem dezenas de marcas disponíVeis, entre as quais: salomon deuter the north Face trango Vaude petzl Beal FiVe ten sea to summit leatherman maglite Wenger Wilderness systems mad riVer canoe WaVe sport mainstream WWW.yupik.com.pt rua João de Freitas Branco nº 34B lisboa, alto dos moinhos (antigas instalações da econauta) [email protected] +351 217 276 339 +351 912 590 917 Por terra Actividade Randonneur, Rando ou Randonneuring… Quem lê pela primeira vez estas palavras não as associa a andar muitos quilómetros de bicicleta... Ainda são novidade por terras lusas mas o randonneuring é uma modalidade com milhares de seguidores por esse mundo fora atraindo ciclistas amantes da longa distância. Trata-se de uma forma especial de estar e de andar de bicicleta suportada na experiência, no conhecimento e sobretudo na solidariedade e na entreajuda entre randonneurs e tem como objectivo a conclusão das longas distâncias dos brevets. 38 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR O que diferencia os Randonneurs? Os randonneurs são ciclistas de longa distância que têm como objectivo concluir os brevets (Brevets Randonneurs Mondiaux - BRM para os amigos), nas distâncias de 200, 300, 400 e 600 km, culminando de quatro em quatro anos com a participação no Paris Brest Paris - um brevet de 1200 km que, em 2011, teve a sua 17ª edição e que remonta a 1891, sendo o evento de ciclismo mais antigo do mundo. O que são um BRM? São eventos não competitivos, em que o randonneur percorre o percurso do BRM individualmente, e em autonomia, não sendo permitida qualquer assistência no trajecto. No final, não existem classificações por tempo ou qualquer outra, nem prémios, nem pontos por participação. É esta filosofia não competitiva associada a percorrer centenas de quilómetros que cria naturalmente um espírito de entreajuda entre os randonneurs em que o objectivo é concluir a distância do BRM e não chegar em 1º lugar. Os BRM atraem um perfil de ciclista muito diversificado, em termos de idade, forma física, e objectivos. Aspectos como o conhecimento e a resiliência do randonneur associado à durabilidade do equipamento utilizado são essenciais. Estas características acabam por colocar em 2º plano as habituais preocupações de quem anda de bicicleta, velocidade, peso da bicicleta, forma física... Os tempos limite de conclusão dos BRM variam com a distância: 13h e 30m para 200 km, 20h para 300 kms, 27h para 400 kms 40h para 600 kms e 75h para 1000 km o que permite uma grande heterogeneidade de participantes. O movimento Randonneur Nasce em finais do século XIX, com provas de longa distância em Itália e França, desde então expandiu-se para todo o mundo. Na Europa em países como a França, Inglaterra, Alemanha e Espanha existem milhares de randonneurs, o mesmo acontecendo nos EUA e no Brasil. Globalmente os Randonneurs Mondiaux estão presentes em todo o mundo. OUTDOOR Novembro_Dezembro2011 39 Por terra Randonneur Mas afinal o que é um Randonneur? A tradução para português tal como para outras línguas é difícil, talvez por isso não se traduza...é um cicloturista, um ciclista que, de forma não competitiva e em autonomia, percorre longas distâncias de bicicleta. Se retirarmos o carácter competitivo à palavra “ultra-distância” é um ultra-ciclista não competitivo. Por terra O movimento em Portugal O ciclismo de longa distância não competitivo e os Brevets Randonneurs Moundiaux surgem em Portugal em 2011 com os Randonneurs Portugal que, associados à “Les Randonneurs Mondiaux” e ao “Audax Club Parisien” (entidade que mundialmente homologa e supervisiona os BRM), tornaram possível a realização de Brevets Randonneurs Mondiaux oficiais em Portugal. Em 2010 realizou-se um primeiro BRM o Portugal na Vertical (600 km). Em 2011 organizou-se uma série completa (200, 300, 400 e 600 km) com base em Vila Franca de Xira, e surgiu um primeiro organizador local em Esposende. O grande objectivo de realizar em Por- tugal os BRM de acesso ao Paris Brest Paris foi conseguido, culminando com a primeira participação oficial de Portugal no Paris-Brest-Paris, evento que reuniu 5000 randonneurs de todo o mundo. ø calendário para 2012 BRM 200 Tejo Sorraia Tejo 11 de Fevereiro — Randonneurs Portugal Santarém 200 - Tejo acima Tejo abaixo 10 de Março — BTZ Mação BRM 200 Alto Minho 31 de Março – Via Veteris Planícies e montados 300 14 de Abril - Randonneurs Portugal BRM 300 Baixo Minho 28 Abril - Via Veteris Alqueva 400 12 de Maio - Randonneurs Portugal Santarém 200 - Serra e Praias 26 de Maio – BTZ Mação Portugal na Vertical 600 23 de Junho - Randonneurs Portugal Portugal Além Tejo 1000 20, 21, 22, 23 de Setembro - Randonneurs Portugal BRM Paiva 200 13 de Outubro - Randonneurs Portugal 40 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR 2012 Por terra Desafio GR-14 RIO DOURO Da nascente à foz ao sabor da corrente No número 0 da Revista Outdoor demos a conhecer a próxima Aventura do Ricardo e da Filomena. Eles partiram para a Nascente do Rio Douro e trouxeram-nos o resumo das etapas… agora, só tens de te preparar, seguir os conselhos dos nossos aventureiros e partir para esta aventura! 42 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR BURGOS - DURUELO DE LA SIERRA - 99km Inicialmente parecia uma simples ligação por estrada nacional desde a nossa saída do Sud-Express em Burgos até Duruelo de la Sierra. A nossa surpresa começou com o traçado da via verde espanhola (Santander-Mediterrâneo) por onde pedalámos mais descontraídos; a surpresa continuou com a amplitude térmica sentida e que variou entre os 11º e os 42º C. As características próprias das searas ondulantes e isoladas de Castela e a noite perdida a viajar, forçou-nos a acreditar que estamos perante mais um desafio. DURUELO DE LA SIERRA SORIA - 86KM Temos à nossa frente os Picos de Urbión. É lá, a 2140 m que o rio Douro nasce e segue o seu caminho. É para lá o nosso caminho. Andar a pé faz bem à saúde. Seguir o “sendero” do Douro até onde tudo começou, consumiu-nos a manhã inteira e praticamente o que restava da nossa energia. Fizemos calos nas mãos de tanto carregar e empurrar as bicicletas. O sacrifício agora passado foi substituído pelo privilégio de matar a sede no fio de água cristalina, que corre daquela montanha. Com tudo isto tínhamos percorrido ap10km; para o restante, haveríamos de arranjar tempo. Estamos a fazer o que gostamos. A GR-14 mantinha-nos fiéis às margens do Douro. De tempos a tempos, uma pequena aldeia quebrava a quietude do lugar. Chegar a Soria é reconfortante. Os trilhos marcados revelam-se exequíveis, bonitos e com uma altimetria bastante baixa. Soria - Berlanga de Duero - Aguilera 117 km Este rio não molda apenas o relevo, nota-se que toda a arquitectura vai ao seu encontro. Reparamos nos enormes parques arborizados que se dilatam no sentido do seu comprimento e que OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 43 Por Terra GR-14 Rio Douro “E ste não é o rio que passa na minha aldeia” *; este é o rio que atravessa o meu país; este é o rio que vem de longe e tudo transformou por onde passou, além disso, estrutura e dá nome às inúmeras povoações que ao longo das suas margens vão ganhando vida. Pedalando junto ao Douro - que serpenteia entre arribas e que sulca montes xistosos - estamos a percorrer uma das grandes rotas europeias. *Alberto Caeiro Por Terra são usados como zonas de lazer pela população. Os largos estradões de macadame, que caracterizam a etapa de hoje, permitem um bom ritmo a pedalar. Mas são pisos duros e transformam-se numa tortura para quem rola em plano durante demorados períodos. Foi assim até Almazan.Respira-se um ar medieval em Berlanga del Duero. Dentro das muralhas, tudo está engalanado e o ambiente é de festa e de multidão. A oferta hoteleira é escassa, encontra-se lotada e neste dia já acumulávamos uma centena de quilómetros. Urge arranjar uma solução. O salvo-conduto para quem faz o Camiño del Cid torna-se a nossa chave para o albergue em Aguilera. Aguilera - Aranda de Duero – 90km O cenário mudou, nós continuamos paralelos ao Douro. A solidão dos espaços já se dilui com as vilas amuralhadas que existem para defender os limites naturais do rio. De Langa del Duero a Aranda del Duero, o percurso é um retrato fiel daquilo que esperávamos desta grande rota europeia. O que não esperávamos era outro dia de “fiesta” e a ausência de alojamento. ARANDA DE DUERO - SARDON DEL DUERO - 81 KM A cultura cerealífera e as cores douradas do território deram hoje lugar a um tipo de cultura mais rentável e que torna este local mais conhecido. As vinhas, o vinho e as adegas são uma referência turística. O vinho da “Ribera del Duero” dá um sabor especial à nossa recuperação no final de cada etapa. Espanha está em festa, ao rubro, a pulsar vida. A cada esquina, a cada beco, uma imensa massa humana. Nos últimos 3 dias, cada local que predefinimos como ponto final, torna-se ponto de passagem. É necessário recorrer à nossa motivação intrínseca para, mesmo cansados, avançarmos até encontrar algo para dormir. Sardon del Duero Tordesillas - 64 km O nosso olhar continua a estender-se para Oeste. Ao fazê-lo, percebemos que a paisagem já não é horizontal. Os caminhos são recortados por penhascos, matas de pinheiros, canais de irrigação, estevas, choupos e outras variedades de vegetação. Cruzar o rio e alternar entre margens, faz parte do traçado desta rota; são muitas as vezes que o fazemos. Tordesilhas é mais que um lugar, um nome, um Tratado que dividiu o mundo. À nossa espera, uma cidade histórica onde apetece ficar horas sem fim. 44 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Tordesillas - Zamora – 90 km Por Terra GR-14 Rio Douro Zamora encanta-nos sempre independentemente da época do ano ou do motivo pelo qual cruzamos as suas muralhas. O final da etapa é aqui. No itinerário de hoje, entre nós e o rio estavam fartas extensões de milho cujos sistemas de regas nos ajudam a suportar as elevadas temperaturas. Ainda a meio da etapa, com suor e sem fôlego, alcançamos Toro, uma bonita cidade que se encontra sobre o Douro. Zamora-Fermoselle – 94 km O rio hoje pregou-nos uma partida. Vimo-lo de início e só praticamente a meio é que nos tornámos a encontrar. Isto, porque o Douro desce dos 640 m para os 150 m entre Zamora e Barca D´Alva. Esta descida violenta, corta, literalmente, qualquer paisagem que se lhe atravesse formando uma fronteira natural e inexpugnável entre Portugal e Espanha. À distância de um olhar estava Miranda do Douro. Ainda longe, ainda difícil, havia muita natureza pelo caminho. A sinalização da GR-14 não nos conduz obrigatoriamente pelo traçado mais curto, mas certamente pelo mais bonito. A bicicleta foi a nossa cruz. No entanto, valeu a pena tal calvário. Chegar a Fermoselle por caminho, estrada ou rio, não é tarefa fácil. A melhor maneira de ficarmos bem é…não ir !!!Não tivemos alternativa, estava escrito, fomos para lá. Fermoselle - Barca D´Alva – Pocinho – 132 km Ziguezagueando, subindo, descendo, foi assim que entrámos em Portugal. Das 3 opções em aberto para cruzar o Douro a pedalar, escolhemos a barragem mais a Sul, Saucelle. Salto de Saucelle era num buraco. Lá, no fundo, o calor concentrava-se, não se dissipava, não tinha para onde ir, estava sobre nós… Do outro lado da barragem começava o Parque Natural do Douro Internacional. Daqui, foi um esforço titânico para chegar ao Pocinho. O tempo não estava a nosso favor, depois de Barca D´Alva tínhamos 3h para fazer 28 km. Já não havia câmaras-de-ar nem remendos (gastaram-se 8 e inutilizaram-se 4 câmaras) e continuava com um furo. Tudo na mesma bicicleta. A subir, lentamente, à torreira do sol, o suor escorria em bica. Só avançávamos 300 m de cada vez, era como se estivéssemos a fazer séries (com inclinações de 22%). A câmara-de-ar não aguentava a pressão, a nossa esperança residia nas pequenas aldeias pelo caminho onde, quem sabe, estaria uma qualquer bicicleta à nossa espera. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 45 Por Terra Após muita persistência a olhar para todos os quintais, conseguimos a troco de muita negociação e 10€, uma câmara-de-ar. Estávamos em contra-relógio para apanhar o comboio. A mais de 60km/h a descer, acreditámos sempre. Como dissemos antes, foi titânico; fomos ambiciosos e corajosos mas as variáveis em jogo eram muitas, inclusive, o fogo nos socalcos e vinhedos que nos impediam de atalhar. Valeu a pena, perdemos o comboio que ia para o Porto, mas dormimos no que regressava e ficou na estação. Tudo em equilíbrio, tudo dividido e o resultado desta viagem tendeu para o mais infinito. Locais a visitar: Em Espanha: Burgos, Duruelo de la Sierra (nascente Douro), Soria, Tordesilhas, Zamora Em Portugal: Barca de Alva, V.N Foz Côa, Miradouro S.Salvador do Mundo, S. João Pesqueira, Peso da Régua, Resende, Cinfães, Castelo Paiva, V.Nova de Gaia DIÁRIO DE BORDO SENDA DEL DUERO - GR 14 ETAPAS – 9 ÓDOMETRO – 860 Km TOTAL DE SUBIDAS – 7100 mts ELEVAÇÃO MÁXIMA – 2162 mts TEMPERATURA MÁXIMA – 53º DATA – De 11 a 19 de Agosto de 2011 epílogo Após vivenciarmos os recursos naturais de um rio que foi e é uma fonte de riqueza para dois países; de atestarmos a dureza dos seus contornos sinuosos e das paisagens que atravessa, conseguimos entender porque razão existe uma versão que diz que o nome do rio deriva do latim “durus” (duro). ø Ricardo e Filomena 46 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Por água experimentar rafting vamos lá descer o rio! 48 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Que o diga quem já experimentou a actividade de Rafting nos diversos Rios: “Esta foi, simplesmente, a melhor descida de todas” (Francisco Sousa, 2011). E porquê, perguntamos nós: “pelo equilíbrio entre os momentos de águas calmas e de águas bravas, pelos emocionantes rápidos, por ser um rio com margens mais estreitas que nos dá uma sensação de contacto com a natureza mais forte…resumindo, pela adrenalina inigualável. Esta sim, foi uma experiência marcante”. O Francisco, realizou o troço do rio Paiva desde a Praia Fluvial de Espiúnca até à Ponte Bateira cerca de 10 km de rio, num momento em o rio apresentava um nível 4 de dificuldade. O mesmo rio tem diversos troços possíveis de realizar, sendo o que o Francisco Sousa experimentou o mais “comercial”. O Rafting no rio Paiva inicia a sua época habitualmente em Novembro e termina em Maio. Mais do que um desporto é uma experiência que nos oferece uma sensação única de vivência do rio, uma emoção forte de aventura, um momento de liberdade e de fuga ao dia a dia. “Durante a descida só estamos ali, a viver aquele momento!” Para fazer Rafting não é necessária qualquer preparação prévia, embora saber nadar seja um requisito essencial e uma boa forma física ajude. Experimente!... Se já experimentou... Que tal fazer a mesma experiência mas em canoa-Raft? Fica a nossa sugestão! www.equinocio.com o que é o rafting? O Rafting é um desporto de equipa que consiste na descida de rios rápidos em “rafts” (barcos insufláveis). Ao longo da descida pretende-se ultrapassar os obstáculos naturais do rio (estreitos, remoinhos, rochas...). OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 49 Por água RAFTING A época de Rafting está quase a iniciar-se! É altura de aproveitar o melhor que a chuva nos trás, que é como quem diz, um caudal adequado do Rio Paiva para a prática de Rafting. Se há outros rios onde podemos efectuar a descida? Haver há (o Rio Minho, o Rio Tâmega)… mas não é a mesma coisa! Por água equipamento para rafting A segurança é fundamental no Rafting, e para isso há equipamento que não pode faltar. O raft cujo o tamanho varia entre 3,65m até 5,50m e leva em média 8 participantes (há rafts de diferentes tamanhos e diferentes capacidades). O capacete que deve ter possibilidade de ajuste interno, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça assim como devem permitir o escoamento de água. O colete salva-vidas para o Rafting deve ter uma alta flutuação e um sistema de fecho com presilhas reguláveis. As Pás utilizadas devem ser o mais leve e resistente possível. Fato de Neoprene (necessário para superar/resistir ao frio em águas com temperatura mais baixas). A hipotermia é um risco real desta actividade que, no nosso país, é uma actividade de Inverno. Botim de Neoprene ou bota de água (aconselhável para superar o frio em águas mais frias, como as do Paiva). Nível de dificuldade do Rio Paiva O Rio Paiva proporciona descidas que poderão ir do grau de dificuldade 2 até ao 5. Entenda-se nível 1 de baixa dificuldade e 5 de grande dificuldade. No mesmo rio, obrigatoriamente, vamos encontrar diversos níveis: começamos em águas muito calmas, consideradas nível 1+/ 2 e passamos por alguns rápidos onde efectivamente o grau pode aumentar para o nível 3 ou 4 (muito raramente o 5). Os técnicos de águas bravas, que identificam o nível do rio, baseiam-se sobretudo no nível de dificuldade dos rápidos. O que contribui para o nível de dificuldade do Rio Paiva, em específico, é o nível do seu caudal. Este rio vive sobretudo das águas das chuvas. O que significa que quando chove mais temos um rio com um nível superior de dificuldade. 50 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Por água RAFTING Momentos de uma habitual descida de Rafting (inscreva-se sempre junto de uma empresa com alvará de Animação Turística/RNAAT para garantir a sua segurança) 1 - Encontro em balneários próximos ao Rio para deixar o seu carro estacionado e trocar de roupa (entenda-se, vestir o fato de neoprene). 2 - Partida em transporte organizado até à praia de Espiúnca onde será o início da actividade. 3 – Antes da entrada nas embarcações, o Guia de Rafting (todos os Rafts são guiados por um técnico de Rafting) dá um briefing geral sobre as regras de segurança. 4 – Os participantes recebem então o capacete e o colete. O Guia confirma se estão bem colocados. Há a distribuição das pás, coloca-se o Raft no Rio e todos os participantes, individualmente, entram para a embarcação. 5 – Ainda na praia, o Guia treina com a equipa as tomadas de direcção e reforça os pontos críticos de segurança. 6 – Início da descida, com duas a três paragens pelo meio para o baptismo de rafting na cascata, o salto em queda livre das rochas para a água (opcional) e a natação em águas bravas (opcional). Aproveita-se este momento para comer uma barra energética. 7 – Vários rápidos depois, chegamos à ponte da Bateira. Existe a aproximação a uma das margens e toda a equipa auxilia na saída da embarcação do rio e na recolha do material. 8 – Regresso aos balneários em transporte organizado. Muda de roupa e um reforço alimentar acompanhado por uma bebida quente encerra com chave de ouro a aventura! ø OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 51 Neve Começar a Esquiar C hega o Inverno e muita gente começa a pensar “ este ano podíamos fazer férias na neve”, o problema é que como nunca fizeram algo do género não sabem o que é e como fazê-lo. Se este é o seu caso não se preocupe, pode sempre passar no Ski Skate Amadora Parque para começar a esquiar. O Ski Skate Amadora Parque é o primeiro parque temático que reúne na cidade as emoções da neve e a adrenalina das modalidades urbanas. Com uma área de 20 mil m2, permite a prática de desportos como o Ski, Snowboard, Skate, Inline e BMX Freestyle ao longo de todo o ano. Localizado no concelho da Amadora, junto ao IC19, o Ski Skate Amadora Parque é um espaço de diversão único - ideal para os amantes dos desportos de inverno e das modalidades radicais urbanas - sinónimo de momentos de pura emoção e adrenalina, associados ao desporto, convívio e actividades em família. 1 Por André Pombo, Licenciado em Educação Física e Desporto pela Universidade Lusófona e Monitor no Ski Skate Amadora Parque. www.skiskate-amadora.com COMEÇAR A ESQUIAR Depois de termos todo o nosso material, procedemos ao transporte dos esquis para pista, devemos carrega-los ao ombro, apoiando a parte dianteira dos esquis depois das fixações. 2 Chegados à pista calçamos os nossos esquis, encaixamos a ponta da bota, alinhamos o calcanhar com a fixação, fazemos pressão para baixo e estamos prontos a deslizar. 52 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR DESCIDA DIRECTA Neve Começar a esquiar OBJECTIVO 3 Aprender a deslizar em equilíbrio e em posição base uma descida de inclinação reduzida. COMO? Esquis paralelos e direccionados para a máxima pendente, semi-flexão dos tonozelos, joelhos e ancas. A posição deve ser mantida durante todo o exercício. Não se preocupe com a travagem que está numa pendente reduzida. CUNHA 4 OBJECTIVO Aprender a travar e controlar a velocidade. COMO? Com uma semi-flexão dos joelhos, vamos realizar uma rotação interna dos joelhos de forma a conseguir derrapar com as arestas internas dos esquis. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 53 Neve ERROS FREQUENTES EM CUNHA Joelhos para dentro e cotovelos para fora 5 Peso para trás 6 54 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR VIRAGENS EM PARALELO Neve Começar a esquiar VIRAGENS EM CUNHA 8 7 OBJECTIVO Aprender a virar com velocidade controlada. COMO? OBJECTIVO Partindo da posição de cunha, iremos realizar uma extensão da perna contrária à direção que pretendemos tomar, ou seja, se quisermos virar para a direita devemos realizar uma extensão da perna esquerda e vice-versa. Após dominarmos as viragens em cunha aprenderemos a virar e a travar em paralelo. FREESTYLE 9 Se já faz esqui e quer dar os primeiros passos no Freestyle não perca o evento “We Jib”! Será realizado nos dias 3 e 4 de Março, na Serra da Estrela, e durante dois dias os participantes poderão contar com aulas de Freestyle leccionadas por riders internacionais e uma pequena competição com prémios fantásticos. Não deixe de ver o nosso vídeo de apresentação e de visitar o nosso blog para mais informações. ø o et ipid que doluptaquas reriasp elisinis con rearibus cidebis nonnihiciaQuiasi consequo dellupieniet etIl earumet repero OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 55 Neve Indoor Cláudio Silva Coordenador de treino personalizado Aquafitness Clube Tejo www.aquafitness.pt PREPARAÇÃO Indoor para desportos de inverno S ão vários os motivos que hoje nos levam a praticar desporto … Questões de saúde, manter a forma física, diversão ou lazer são alguns dos mais apontados! Os locais de preferência para praticar alguma modalidade também variam… Muitos praticam ao ar livre, outros nas piscinas, nos pavilhões, nos ginásios, etc… mas, nem todos ainda tiveram a oportunidade de poder praticar desporto noutras condições climatéricas, bem mais adversas… com frio e Neve! Praticar qualquer tipo de desporto na neve, embora seja muito divertido, requer uma preparação física específica a fim de evitar lesões, e para que se consiga obter uma melhor performance devido aos inconstantes relevos que a neve apresenta. O desporto na neve possibilita uma melhoria significativa no 56 1 Trabalho para pernas na prensa. Força e resistência muscular. Recomendação: 3 x 12 sistema cardiovascular, além de melhorar a coordenação motora, força e resistência muscular em todo o corpo. Toda a preparação física poderá ser feita no ginásio com profissionais qualificados de modo a poder melhorar o seu desempenho nos desportos de inverno. TREINO Recomenda-se uma disciplina de treino! No mínimo 3x por semana durante 2 a 3 meses antes da prática. Alguns ginásios já possuem uma gama muito variada de última geração de equipamentos, assim como métodos de treino inovadores que permitem aos praticantes prepararem-se com muito mais qualidade. … mais rápido, mais alto, mais forte… preparem-se fisicamente! Bem-vindo(a) aos desportos de inverno! ø Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR 2 Trabalho de resistência para ombros e trapézio . Recomendação: 3 x 20 Neve Indoor 3 Excelente treino cardiovascular e simula a patinagem no gelo. Recomendação: 15 minutos diários 6 Agradecimento: Paulo Fernanades Trabalho para as costas na máquina Kinesis em cima da plataforma core. Recomendação: 3x 15 4 Tonificação dos membros inferiores. Simula o subir e o descer escadas. Recomendação:: 20 minutos 5 Simula o esqui permitindo o trabalho de pernas e braços em simultâneo. Recomendação: 20 minutos 7 Trabalho de lunge e tricep. Tonificação e resistência muscular. Recomendação: 2x20 8 Força e Resistência para pernas e bíceps no step. Recomendação: 3x20 9 Trabalho de força abdominal no banco. Recomendação: 3 ou 4 séries x 25 10 Trabalho na bola para fortalecimento das costas e flexibilidade. Recomendação: 3 x 15 OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 57 Neve Entrevista a João Marques Já com um curriculum invejável, João Marques, com apenas 19 anos é hoje atleta português profissional de esqui aplino. Depois da sua presença no campeonato Mundial de esqui Alpino, a equipa da Revista Outdoor esteve com João Marques numa conversa informal de partilha de experiências, onde quisemos saber mais sobre esta sua paixão pela modalidade de esqui. Um talento inconfundível e muita força de vontade são palavras-chave que caracterizam este jovem português. Por Sofia Carvalho 58 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR COM QUE IDADE INICIASTE A MODALIDADE? Foi com 4 anos que dei o primeiro passo no esqui, os meus pais inscreveram-me na escola de esqui Andorrana e foi assim que o esqui entrou para a minha vida. Depois de aprender, na época de Inverno fazia também esqui na Serra da Estrela e tinha sempre um grande prazer enquanto esquiava e uma grande vontade de “andar mais rápido que os outros nas pistas”. Mais tarde com cerca de 14 anos comecei a ter os primeiros contactos com o mundo da competição. Soubemos que quando eras criança tinhas receio da neve.COMO CONSEGUISTE SUPERAR ESTE OBSTÁCULO? No início tinha algum receio em criança, sim pois era normal. Se virmos quando somos crianças necessitamos dos nossos pais porque temos receios até das mais pequenas coisas e temos de nos esconder atrás das pernas deles. A neve para uma realidade como a portuguesa é algo de estranho que nos faz ter aquele famoso receio do que é diferente e novo. Contudo com habituação deixou de ser receio e passou a ser paixão. ALÉM DO ESQUI, PRATICAS OUTRO TIPO DE DESPORTO? Em competição só pratico esqui. Mas regularmente pratico ténis e sou um grande fã da modalidade. QUAIS SÃO AS TUAS PERSPECTIVAS FUTURAS? Continuar a ter sucesso no desporto e também a nível académico, que é o que considero fundamental hoje em dia. A nível desportivo espero conseguir ter melhores prestações que nos anos anteriores. E tentar a qualificação para os Jogos Olímpicos de 2014. A nível universitário concluir o meu curso sem problemas. QUAL FOI A TUA MAIS RECENTE PARTICIPAÇÃO NAS COMPETIÇÕES DE ESQUI? Campeonato Mundial de Esqui Alpino em Fevereiro de 2011 na Alemanha (Garmisch Partenkirchen) onde terminei como 122º melhor esquiador de Slalom Gigante do mundo. Já te encontras a preparar os jogos Olímpicos de inverno de 2014, na Rússia? Os jogos Olímpicos são realmente o auge da vida de um atleta mas também o fruto de mui- COMO ATLETA NACIONAL DE ESQUI ALPINO, COMO É QUE CONSEGUES CONCILIAR O DESPORTO COM OS ESTUDOS? Para além de passar muito tempo do ano fora de casa e longe das pessoas que gosto, viver em sociedades diferentes da nossa ao princípio criaram dificuldades de adaptação. Por vezes a comida não é ao nosso gosto, outras vezes pequenas doenças sem termos o conforto do lar. Mas sem dúvida que uma das maiores dificuldades passa por ligar a vida académica e o desporto, pois durante o inverno acabo por perder muitas aulas e sou prejudicado nas notas. Ainda assim considero-me um bom aluno e tenho conseguido da melhor maneira possível atingir os objectivos nos dois campos. Actualmente estou a passar por uma nova experiencia que é o ensino superior e esse nome é sinónimo de dificuldades acrescidas. Estou a estudar Direito na Universidade de Lisboa. Contudo, espero continuar a conseguir conciliar, pois não queria deixar nenhuma das duas coisas de lado. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 59 Neve Entrevista a João Marques OUTDOOR: COMO SURGIU O TEU GOSTO PELO ESQUI ALPINO? JOÃO MARQUES: Desde pequeno que tive contacto com a neve não só por viver na Covilhã mas também por desde muito pequeno ir para Andorra com a família nos períodos de férias. Neve QUAL É O TEU CONSELHO PARA QUEM GOSTARIA DE INICIAR A MODALIDADE DE ESQUI ALPINO? Na minha opinião criar atletas em modalidades de inverno que sejam competitivos é uma tarefa acrescida mas possível. É necessário que sejam criados programas como o actual programa “Brincar na neve” da Federação de Desportos de Inverno, que tem como objectivo iniciar crianças nos desportos de inverno e dar-lhes gosto pelas modalidades. Será também necessário fazer treinos específicos e técnicos com bases na competição para esses jovens mais tarde terem uma melhor adaptação á competição na “neve”. Refiro este pormenor de “neve” pois hoje em dia e principalmente em Portugal existe uma ideia deturpada de que esquiar em tapetes sintéticos pode de alguma forma desenvolver qualidades nos esquiadores, o que está provado pelos técnicos com quem tenho trabalhado, ser um erro. É impossível fazer angulações e movimentos que só é possível fazer na neve (é como comparar hóquei em patins e hóquei no gelo). Para quem quiser simplesmente aprender a fazer esqui de “lazer” pode sempre procurar um professor de esqui devidamente habilitado para que lhe possa dar as primeiras luzes em pista. Quem tiver possibilidade de o fazer nos Alpes é a melhor aposta pois, são pessoas extremamente competentes e com muita experiência em todas as faixas etárias. to trabalho. Pessoalmente, eu costumo dizer que “nós chegamos ao cume de uma montanha se subirmos muito, transpirarmos e trabalharmos. Se não estivermos preparados para isso é melhor continuar a preparação para essa subida ou parar por ai”. Eu sinto-me preparado para no mínimo tentar o que é muito difícil, pois nunca nenhum Português o fez antes. Espero até 2014 fazer bons resultados que me permitam ver Sochi mais perto. 60 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR COMO ATLETA PROFISSIONAL, COMO É O TEU DIA? Actualmente participo em provas, competições entre as quais mundiais e trabalho sempre com o maior profissionalismo. Mas, infelizmente em Portugal, não só no esqui mas também em outros desportos não é possível ser considerado profissional. Na realidade sou um “amador” no meio de profissionais quando represento o meu país. A minha rotina de treino é bastante dura. Vou exemplificar com os treinos na Áustria. Por volta das 6:00h - acordar, 6h30 – Corrida matinal de 15 min, 7h00 – Pequeno-almoço, 7h30 – Preparar material para treino em pista (roupas etc.), 8:00 – Estância, 8:30h – reconhecimento do traçado e início do treino, 13h00 – Almoço, 15h00 – treino Físico (Ginásio, exercícios específicos, prática de um outro desporto, coordenação), 18h00 – Análise de Vídeo 30min, 18h30Preparação dos esquis para o dia seguinte (afiar arestas, limpeza, ceras), 19:30h – Jantar, 20h30/21h00 – Dormir. E para um dia que parece ser tão grande pouco me resta. (Por vezes chego a adormecer quando tento colocar a expressão “estudar” nesta rotina). Neve Entrevista a João Marques perfil joão marques Data de nascimento: 14 de Abril de 1992 Estado Civil: Solteiro Naturalidade: Covilhã Residência: Covilhã Formação Académica: Frequência Universitária no curso de Direito na Universidade de Lisboa. A nível Nacional 1º No Optimus Ski Open - 2007 1º Taça Lisboa do trofeu das comunidades Portuguesas - Suíça - 2008 4º Taça Serra da Estrela do troféu das comunidades Portuguesas - Suíça - 2008 10 Presenças em pódio em campeonatos nacionais (5 Vitórias) Campeão Nacional 2009/2010 em todas as modalidades Vice-campeão Nacional 2010/2011 A nível Internacional 15 Internacionalizações por Portugal em escalões inferiores a 15 anos. - Todas as maiores competições de sub-15 do mundo Trófeu Topolino Trófeu Borrufa Trófeu Zagales Trófeu La Scara - 2 partidas em campeonatos do mundo - 5 partidas em campeonatos do mundo de Juniores - 2 partidas em Festivais Olímpicos da Juventude - 25 corridas internacionais concluidas - 79 Participações em corridas internacionais - primeiro resultado no top 50 Português em Mundiais - primeiro resultado masculino no top 20 Português em provas FIS - primeiro Português a ser seleccionado pela Federação para um programa de AID&PROMOTION - Melhor pontuação FIS de sempre de todos os atletas Portugueses ø Saiba mais sobre o João Marques em: www.joaomarques.wordpress.com OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 61 Equipa-te para a Neve PARA ELE Polar Berg PVP: 7,99€ Casaco Berg PVP: 34,99€ Luva Berg PVP: 12,99€ Calça Berg PVP: 24,99€ Máscara Berg PVP: 29,99€ para criança Polar Berg PVP: 7,99€ 62 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Casaco Menino Berg PVP: 24,99€ Casaco Menina Berg PVP: 24,99€ Neve Equipa-te com a Berg PARA ELa Casaco Berg PVP: 34,99€ Polar Berg PVP: 7,99€ Luva Berg PVP: 12,99€ Calça Berg PVP: 22,99€ Máscara Berg PVP: 24,99€ Máscara Menina Berg PVP: 12,99€ Luvas Berg PVP: 9,99€ Máscara Menino Berg PVP: 14,99€ Mais informações OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 63 Fotografia Entrevista – Natugrafia por Magali Tarouca 64 Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR Filipe Caetano – Rela (Hyla Arborea) www.olhares.com/firelord A Natugrafia é uma associação portalegrense que, a pretexto da fotografia, também fomenta o desenvolvimento local e regional, tendo a conservação do património natural e cultural como principais desígnios. Para tal, organizam ações de formação, workshops, seminários, passeios, debates, concursos, exposições, entre outras iniciativas. quando começou a fotografar com uma câmara de filme. Contudo, só em 2006, depois de ter realizado o primeiro curso de fotografia, é que a fotografia assumiu um lugar de relevo, um hobby que funcionava como um escape ao stress do trabalho diário da vida nas empresas. Passando para Filipe Caetano, outro pilar deste projeto, este sempre mostrou interesse pela natureza, sendo que desde muito cedo começou a fotografar tudo o que ia encontrando. Com o passar dos anos foi melhorando a sua técnica e, hoje em dia, confessa ter “orgulho em fazer parte de uma comunidade com a qual divide o sonho e objectivo de preservar o que temos de melhor: a natureza”. Pedro Costa, depois de terminar o curso de EnUm aspecto curioso acerca deste projeto fermagem, aplicou o seu primeiro oré que ele é dirigido por pessoas com denado na compra de uma compacta “Um áreas de formação muito distintas, digital. Começou a adquirir vários aspecto curioso sendo a paixão pela natureza e livros e revistas com o objectivo pela fotografia o elemento que acerca deste projeto de aprofundar os seus conheos une e que lhes permitiu criar é que ele é dirigido por cimentos e, assim, melhorar um espólio fotográfico de nível a sua técnica fotográfica. Em pessoas com áreas de forinternacional. Vamos, então, mação muito distintas, sen- 2008 comprou a primeira reconhecer um pouco melhor flex digital, uma Canon EOS do a paixão pela natucada um dos seus membros e 40D, momento a partir do qual reza e pela fotografia descobrir como tudo começou. desperta para a fotografia de nao elemento que os tureza, descobrindo nesta a sua Começando pelo presidente da une (...)” área de eleição: a macrofotografia. associação, Bruno Calha, apesar da Por fim, mas não por último, Ricardo sua ligação à economia como técnico Lourenço, co-fundador da NATUGRAoficial de contas e mediador de seguros, a fo- FIA e professor de formação, divide o seu temtografia está-lhe no sangue desde pequeno, po entre a família e a fotografia. Apesar do seu Bruno Calha – Abelharuco (merops apiaster) www.brunocalha.com OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 65 Fotografia Entrevista – Natugrafia Se juntarmos 5 amigos, uma paixão em comum - a fotografia de natureza -, e um objectivo em comum - promover a ligação entre o homem e a natureza através da fotografia -, nasce a NATUGRAFIA. Fotografia Jacinto Policarpo (PN Ilha das Flores) www.jacintopolicarpo.com fascínio pela fotografia, apenas em 2007 descobriu o prazer da fotografia de vida selvagem. Neste momento, a NATUGRAFIA é o seu principal projeto com o qual espera contribuir para o crescimento desta atividade no nosso país. Um vez concluídas as apresentações, importa agora perceber como nasceu a NATUGRAFIA? Assim, em 2007, Bruno Calha, Filipe Caetano e Ricardo Lourenço conhecem-se e começam a fazer fotografias de vida selvagem, surgindo nessa altura as primeiras ideias para desenvolver um projeto em conjunto. “No início de 2009, Pedro Costa junta-se como quarto elemento da equipa e a ideia começa a ganhar forma. No final de 2009 surge a primeira exposição conjunta de fotografia de aves e é publicado o site oficial da NATUGRAFIA, bem como um fórum de discussão. Com o sucesso do site e do fórum, e após a organização de alguns workshops, percebemos que seria fundamental criar uma Associação, sendo lançados os primeiros alicerces. Posteriormente, Humberto Ramos junta-se ao núcleo duro e, pouco depois, no dia 9 de Junho de 2010, registamos a NATUGRAFIA.COM – Associação de Fotografia de Natureza”, contam. Quanto perguntámos acerca da origem do nome da associação, revelaram que este se foi desenhando nas suas cabeças durantes as muitas saídas fotográficas deste grupo de amigos. Foi nessa altura que decidiram juntar as palavras Natureza e Fotografia, nascendo o nome ‘Natugrafia’. Paralelamente, foi-lhe atribuída uma mascote, a Esmeralda. “Era um Guarda–Rios Ricardo Lourenço (Mergulhão de Crista) www.ricardolourencofotografia.com 66 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Humberto Ramos (Garça Real) www.humbertophoto.com OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 67 Fotografia Entrevista – Natugrafia fêmea, que, ao fim de muito tempo e de alguns ou quatro anos, encontrávamos apenas uma preparativos por parte do Filipe e do Ricardo, mão cheia de pessoas a fazer fotografia de natornou-se tão sociável que nos pousava nas ob- tureza com qualidade. Atualmente, a situação é jectivas, junto à tenda ou mesmo por cima diferente e pode dizer-se que recuperámos do tecido da tenda. A partir desse em pouco tempo o atraso em relação momento podíamos falar em voz àquilo que se faz em outros países, “Com estas alta, assobiar para ela se movinomeadamente aqueles que são saídas começámentar no poiso ou chamarconsiderados uma referência mos também a desen-lhe a atenção para se virar na fotografia de natureza. Em volver novas técnicas, a para nós, que ela colaboPortugal, apesar de ainda não rava sempre”, recordam. haver uma comunidade de dedicar mais tempo e in“Com estas saídas começáfotógrafos de natureza, pelo vestir mais em equipamento, mos também a desenvolver menos de forma organizada, desenvolvendo dessa forma novas técnicas, a dedicar podemos encontrar de forma muitos dos conhecimentos mais tempo e investir mais dispersa bastantes fotógrafos que hoje em dia domiem equipamento, desenvolque o fazem de forma amadovendo dessa forma muitos dos ra, mas que desenvolvem tranamos”, acrescenconhecimentos que hoje em balhos de excelência. Outro dos tam. dia dominamos”, acrescentam. aspetos onde notámos uma evolução interessante foi no método de No que diz respeito a apoios, a NATUGRAtrabalho, indispensável a qualquer amante FIA afirma que contam apenas com o que lhes desta arte, nomeadamente o trabalho de campo é concedido pelo Município do Crato que, para necessário à captação de imagens de vida selvaalém de lhes ter atribuído um apoio financeiro, gem. Até há pouco tempo, a maioria das saídas cede também espaços públicos para atividades e de campo para fotografar estavam enquadrareuniões do grupo. Para além disso, contam com das numa lógica de passeio fotográfico e onde os lucros de ações realizadas, com o apoio logís- o aprofundamento da técnica era superficial. tico de fotógrafos amigos e com as quotas dos só- Para além do ‘boom digital’, também se criacios (algumas das fotos publicadas nestas páginas ram condições para que outros mercados papertencem a alguns dos sócios da associação). ralelos, mas ligados especificamente à área de natureza, conseguissem vingar. A oferta cresceu Na opinião da NATUGRAFIA, a fotografia de na- consideravelmente, quer a nível dos conteúdos tureza “encontra-se numa fase de crescimen- disponíveis na Internet, quer através de ações to acentuado, uma vez que, se recuarmos três práticas de formação em fotografia de nature- Fotografia za.” Neste sentido, a NATUGRAFIA acredita ter dado o seu humilde contributo, mas considera que ainda há um longo percurso a percorrer, sobretudo se se quiser encurtar a “distância” com o que de melhor se faz a nível mundial. Relativamente ao futuro, o grupo sente a responsabilidade de criar estímulos para que muita coisa seja feita. “O nosso papel não será apenas o de execução de projetos fotográficos, mas também ser o elemento catalisador para que novos projetos fotográficos e outras atividades possam surgir. O fotógrafo de natureza não pode ficar à espera que as oportunidades lhe apareçam, devendo ele assumir o papel ativo na construção dos seus projetos. empírico, assumirá um papel importante”. Uma das ilações positivas que podemos tirar ao conhecer esta associação é que existe sempre espaço para o empreendedorismo, mostrando que o facto de estarem localizados numa terra do interior do país, não os impediu de criar um projeto dinâmico e de registar algumas das fantásticas imagens que ilustram estas páginas.ø José Macedo – Guarda Rios (Alcedo Atthis) www.olhares.com/velezmacedo A NATUGRAFIA faz e fará tudo o que estiver ao seu alcance para fomentar e promover esses trabalhos.” No entanto, estes 5 amigos revelam ter alguns planos mais ambiciosos, nomeadamente a organização de uma comunidade interativa para a maioria dos fotógrafos de natureza portugueses, assim como alargar o raio de ação da associação, tornando-a mais abrangente e funcional, organizar regularmente encontros de fotógrafos de natureza e outras atividades práticas que possam envolver toda a comunidade. Entretanto, a NATUGRAFIA pretende continuar a sua vertente formativa, “disponibilizando conteúdos técnico-práticos, quer no seu portal, quer através de workshops. Para que esta seja uma realidade, o apoio de outros fotógrafos, através do seu conhecimento Paulo Lopes – Serra da Estrela - www.pauloalopes.com 68 Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR Fotografia Portfólio do mês — Nuno Luís D ecorria o ano 2000 quando adquiri a minha primeira câmara fotográfica SLR e estava longe de imaginar como este momento iria mudar a minha vida para sempre. Uma nova paixão emergiu: a fotografia de paisagem! Infimamente ligado ao Parque Natural Serra da Estrela - fruto das minhas raizes maternais -, este local presenciou in-loco o meu crescer e evoluir enquanto fotógrafo de paisagem. Seja em locais mais acessíveis ou nos mais remotos e selvagens, a minha procura é constante para captar toda a essência e beleza deste parque natural sobre uma perspectiva mais criativa. As minhas imagens tentam, ainda que de forma silenciosa, ser um despertar de consciências para um tema quase sempre relegado para 2º plano: a preservação da natureza! As imagens publicadas, foram todas elas captadas durante uma das estações do ano que mais vezes me faz (re)visitar este parque natural: o Inverno! 70 Cores da Serra - Pôr-do-Sol com cores fantásticas num típico final fim de tarde na Serra da Estrela. Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Fotografia Portfólio Fotos: Nuno Luís Pedaços de Neve - Os detalhes de neve são um excelente motivo para fotografar Árvores no Vale do Rossim - Após um forte nevão, nada como ir a “correr” para a Barragem do Vale do Rossim e tentar captar toda a magia do local. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 71 O Cântaro: vista soberba para o Cântaro Magro, num fantástico pôr-do-sol. Biografia: Licenciado em informática de gestão, Nuno Luís, cedo percebeu a sua forte ligação ao mundo das artes, através da pintura. Anos mais tarde, e já completamente apaixonado por fotografia, passou a utilizar a sua câmara fotográfica para captar toda a beleza e dramatismo que a natureza tem para oferecer no seu estado mais puro e selvagem. Fruto das várias viagens que fez, o desejo de fotografar povos e culturas surgiu de forma natural, onde a sua primeira incursão pela Índia teve um papel determinante. Ao fim de 10 anos a fotografar, o autor acredita que a sua melhor foto é aquela que ainda não fez... ø www.nunoluis.net Numa das muitas incursões ao Parque Natural Serra da Estrela, aproveitei uma dessas idas para fotografar o meu amigo André Barros a praticar um dos seus desportos favoritos: o snowboard. 72 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Fotografia Portfólio Perto do Poio dos Judeus, é possível ter uma magnífica vista sobre o Cântaro Magro e o Covão da Ametade OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 73 Fotografia do mês Foto: Magali Tarouca FOTO DO MÊS por Joel Santos “Vale do Rossim, na Serra da Estrela” 74 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Um destes casos é o Vale do Rossim, na Serra da Estrela, sobretudo na passagem do Outono para o Inverno, onde as cores outonais dão lugar a um manto de neve imaculado. Quando os ventos estão calmos, o lago transforma-se num espelho, duplicando a beleza da paisagem. O silêncio que se faz sentir é a única testemunha de que a paz pode, de facto, existir.ø UU U u Foto: Joel Santos www.joelsantos.net www.facebook.com/Joel.Santos.Photography DADOS TÉCNICOS: 2.5 seg a f/22 com ISO 100. Dist focal: 20 mm. Foto realizada com a câmara montada num tripé, para que a imagem não ficasse tremida. Foi usado um filtro de densidade neutra em gradiente de 2 stops (para equilibrar a luz) e um polarizador (para intensificar os azuis do céu). OUTRAS INFORMAÇÕES: WORKSHOP FOTOGRAFIA SERRA DA ESTRELA Joel Santos e Magali Tarouca vão organizar um Workshop de Fotografia de Paisagem nos dias 4 e 5 de Fevereiro de 2012. Mais informações e inscrições em: Papa-Léguas OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 75 Fotografia Foto do Mês P ortugal não possui as paisagens típicas dos grandes espaços, mas possui recantos mágicos cujo cenário está ao nível dos mais belos do planeta. Fotografia Truques e Dicas de Joel Santos Fotografar o outono P ara quem pensava que o calor tinha vin- o ajudam a conseguir resultados fotográficos surdo para ficar, eis que o Outono nos veio preendentes, funcionando como uma espécie de finalmente bater à porta em todo o seu difusor natural da luz solar, reduzindo os contrastes esplendor, repleto de cores vibrantes e de fortes que de outra forma arruinariam as fotograoportunidades fotográficas. Assim, em vez de ficar fias. Ainda assim, se o Sol conseguir espreitar mosentado no sofá, colado à TV, está na hora de deradamente através das nuvens, não deixe pegar nas botas e na câmara fotográfica, de tirar partido dos jogos de luz e sombra descobrindo porque é que o mau tempo que podem surgir. “Assim, leve é uma notícia tão boa para quem gosconsigo uma simta de fotografar e de estar ao ar livre. Outra questão a ter em conta é a hora ples touca de banho a que vai fotografar. Evite fotografar transparente, perfeita Para tirar partido desta estação do quando a luz está muito forte, pois para proteger a sua ano, existem algumas questões que as sombras tendem a ser demasiado câmara se começar deve ter em conta, entre elas a escoprofundas e as cores pouco saturaa chover(...) “ lha das melhores alturas para fotogradas, já para não mencionar a possibifar. De facto, muitas pessoas fogem aos lidade de aparecerem inestéticos halos dias cinzentos e chuvosos, não chegando de luz. Todavia, se não tiver outra hipótese, a tirar a câmara fotográfica da mochila, descoexistem sempre algumas soluções: procure fotonhecendo que são os dias perfeitos para criar uma grafar a favor da luz, use um pára-sol na objectiva ambiência e um dramatismo ideais para fotografar. e recorra a um refletor. Este último poderá ser útil Assim, leve consigo uma simples touca de banho para encher as sombras de forma natural (podentransparente, perfeita para proteger a sua câmara do inclusivamente ser usado em parceria com um se começar a chover, e descubra como as nuvens flash externo devidamente orientado) e/ou prote76 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR cure levar uma panóplia de objectivas que sirva os mais diversos propósitos fotográficos: uma grande-angular para os grandes cenários, jogando com planos e perspectivas arrojadas; uma teleobjetiva para registar pormenores longínquos; e uma macro para captar pormenores nas folhas como um insecto ou as gotas de orvalho. Relativamente à técnica fotográfica, recorra a diferentes aberturas do diafragma e a diferentes distâncias focais, explorando todas as oportunidades estéticas que o controlo da profundidade de campo lhe permitem. Assim, admitindo que está a fotografar no modo de exposição de Prioridade à Abertura ou Manual, se selecionar um valor de f/ baixo (abertura grande, por exemplo f/4) e definir uma distância focal longa na objectiva (acima dos 100 mm, como ponto de partida), conseguirá isolar um pormenor face ao plano de fundo (uma folha pendurada de um galho de uma árvore seria uma proposta possível). Já para fotografar uma paisagem, use um valor de f/ elevado (por exemplo, f/16), defina uma distância focal curta (entre os 17 e os 28mm) e foque para o primeiro plano (tipicamente entre um a cinco metros), conseguindo assim uma boa nitidez desde o primeiro plano até ao plano de fundo (uma serra distante, por exemplo). Boas fotos! ø Joel Santos Mais sobre conceitos fotográficos e técnica fotográfica no livro “FOTOGRAFIA – Luz, Exposição, Composição e Equipamento”, de Joel Santos. www.joelsantos.net www.facebook.com/Joel.Santos.Photography OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 77 Fotografia Truques e Dicas ger algum motivo do vento (folhas, por exemplo). Usar um filtro polarizador também irá ajudá-lo a retirar os brilhos das folhas e da vegetação em geral, principalmente depois de chover, saturando as cores de uma forma potencialmente interessante. Por exclusão de partes, as melhores alturas para fotografar são ao nascer e ao pôr-do-sol, pois será nesses períodos de lusco-fusco que a luz se encontra mais matizada, minimizando a presença de contrastes fortes. Se optar pelo nascer do sol, poderá ter a sorte de haver neblina e de as folhas estarem repletas de gotas de orvalho, dois ingredientes mágicos para obter fotografias extraordinárias. Já se optar pelo pôr-do-sol, poderá tirar partido das cores quentes do final do dia, obtendo cores mais vibrantes. Seja qual for a sua opção, não se esqueça de um precioso aliado: o tripé. De facto, como a luz natural disponível será diminuta nesses períodos do dia, as velocidades de obturação serão inevitavelmente baixas e, logo, a probabilidade de obter fotos tremidas aumenta consideravelmente. Assim, até para que aumentar a sensibilidade ISO seja um último recurso, recorra a um tripé e registe fotografias com um máximo de qualidade de imagem, apenas possível quando a sensibilidade ISO é baixa. Adicionalmente, se tencionar fazer macrofotografia, o uso do tripé também se poderá revelar vital. Quando estiver a preparar a sua mochila, pro- Fotografia Aplicação para iPhone e iPad APP IPHONE Snapseed A cada dia surge-nos uma panóplia de aplicações para o nosso iPhone ou iPad que prometem uma edição simples e rápida das nossas fotografias. No entanto, muitas vezes, o mais complicado é saber qual escolher. N ik Software desenvolveu o Snapseed, um editor de imagens altamente intuitivo, rápido e simples de utilizar, sem ser necessário assistir a inúmeros vídeos no Youtube para aprender a utilizá-lo. Assim que abrimos a aplicação, basta carregar em ‘Open Image’ e selecionar uma foto da sua Galeria de imagens. Depois de aberta a imagem, tem na barra inferior uma lista de ferramentas de edição de imagem e filtros criativos que facilmente pode aplicar à sua foto. Aspecto geral da interface da aplicação. As várias opções disponíveis na ferramenta Tune Image. 78 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR No que diz respeito à edição, pode optar entre um ajuste automático (Auto Correct) da cor e do contraste, endireitar (Straighten) e cortar (Crop), fazer um ajuste de imagem (Tune Image) ao nível do brilho, ambiência, contraste, saturação e equilíbrio de brancos. Para uma edição mais avançada, pode fazer um ajuste seletivo (Selective Adjust), escolhendo Em Vintage poderá fazer alguns ajustes básicos, como saturação e luminosidade, definindo a área de acção e textura aplicadas. Pode ver as alterações a acontecer na sua foto em tempo real, tendo em baixo uma barra que lhe indica a intensidade do ajuste e um botão que lhe permite ver o antes e depois. Faça o que fizer, poderá sempre voltar atrás nas suas edições e, depois de concluídas, pode gravar a sua foto ou partilhá-la de imediato por e-mail, Facebook ou Flickr. Também poderá imprimi-la, depois de enviar a foto via wireless para uma impressora que possua esta tecnologia. ø Em Center Focus pode selecionar a área que pretende manter nítida da sua imagem, assim como a dimensão da área de ajuste. Por Magali Tarouca Facebook Existem 8 estilos de molduras que poderá aplicar às suas fotos. Em Drama, tem vários estilos, podendo controlar a sua intensidade e ajustar a saturação da imagem. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 79 Fotogtafia APP iPhone as áreas que pretende trabalhar, como se estivesse a utilizar os de pincéis e máscaras no Photoshop. Para um toque mais inventivo, também existe uma grande variedade de filtros criativos, com diversos estilos e texturas à sua escolha, para dar um aspecto mais distintivo às suas fotos. Pode optar, ou combinar, entre o Black & White, Drama, Grunge, Center Focus e, para finalizar, pode aplicar uma moldura (Frames) à sua imagem final. A utilização de qualquer uma destas ferramentas acontece da forma mais simples que se poderia imaginar. De facto, basta deslizar os dedos para cima e para baixo para escolher as diversas opções dentro do ajuste que quer aplicar e para os lados para aumentar ou diminuir o seu efeito. S.O.S. . . . cuidados para sobreviver ao frio O frio está a chegar, e com ele os riscos associados a actividades de exterior. A hipotermia é a principal causa de morte entre praticantes de actividades radicais, e o principal factor de desconforto ou necessidade de tratamento hospitalar para os aventureiros ocasionais. Por isso é importante que conheçamos os mecanismos de perda de calor, para que saibamos como agir, e os métodos adequados de nos equiparmos para o frio, para que os possamos adaptar às nossas condições imediatas. Estes conhecimentos e técnicas podem fazer 80 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR a diferença entre o conforto e uma estada miserável em campo, ou mesmo entre a vida e a morte. principios fundamentais O nosso corpo precisa de manter uma temperatura média de 37ºC. Se a temperatura ambiente estiver entre os 28 e 31ºC, até podemos estar nús e inertes, que o nosso corpo consegue regular e manter a sua temperatura interior. Abaixo dos 28ºC o nosso corpo perde calor para o ambiente, a não ser que estejamos devidamente equipados. Vejamos então os mecanismos pelos quais perdemos calor. radiação A radiação é energia emitida naturalmente por um corpo. É o que nos faz sentir quentes junto do fogo ou em exposição solar. É por isso que aparecemos a vermelho nos sensores de infravermelhos. O nosso corpo emite constantemente radiação e não há muito que possamos fazer acerca disso. Mas o facto de usarmos roupa não impede a perda de calor por radiação, pois passamos esse calor para a roupa que por sua vez o passa para o ambiente. E curiosamente quanto mais frio está, mais o nosso corpo emite radiação. Apesar de não podermos fazer nada acerca disso é importante estarmos conscientes das consequências da exposição ao frio. Fotos: João Rodrigues condução A condução é uma troca de energia entre dois corpos em contacto, que vão tender para a estabilização, harmonizando a temperatura entre eles. A velocidade a que o calor é transmitido depende da conductividade do meio, e é por isso que perdemos mais calor para a água, que é uma excelente condutora, do que para o ar. Se bem que conseguimos rapidamente aquecer uma pedra na nossa mão até à temperatura exterior do nosso corpo, não conseguiríamos aquecer uma pedra de uma tonelada por mais que nos abraçássemos a ela sem roupa, por causa da superfície de dissipação que esta tem. Em actividade, os locais mais frequentes de perda de calor por condução são as solas dos pés e o traseiro quando nos sentamos. Colocarmo-nos em cima de alguns ramos quando vamos parar, em vez de directamente no solo, faz uma diferença enorme para o conforto dos pés. convecção Este é provavelmente o factor a ter mais em conta. O ar quente é mais leve que o ar frio. O ar quente sobe e o ar frio desce. E a convecção acontece quando há contacto com um fluido ou gás em movimento. O ar junto da nossa pele vai ser aquecido pelo calor do corpo, vai subir, criando um diferencial de pressão, puxando ar frio, que nos obriga a repetir o processo de aquecer o ar à superfície da pele. Criar camadas de ar junto ao corpo presas pela roupa em camadas é o que nos vai permitir mantermo-nos quentes. É o ar que nos mantém quentes, e não as roupas. As zonas onde se dá a maior perda de calor são a cabeça e o pescoço. Quando experimentamos uma perda significativa por estes sítios, o corpo começa a cortar aquecimento às extremidades, pés e mãos, para gastar essa energia nas partes mais importantes do corpo, o torso e a cabeça. Portanto uma boa protecção do torso, pescoço e cabeça é o primeiro passo para manter os pés e as mãos quentes. O vento frio também proporciona uma enorme perda de calor por convecção, pelo que ter uma camada exterior que bloqueie o vento é essencial no mecanismo de manutenção de temperatura. Mas enquanto o ar é um bom isolante, a água é um bom condutor, e nada nos retira mais calor do corpo que ter a pele húmida, como quando suamos. Por isso é importante que a regulação térmica seja apenas a suficiente para nos permitir estar confortavelmente frescos. evaporação A evaporação é um processo natural de arrefecimento do corpo. Quando a água evapora dá-se uma reacção endotérmica, e o calor é absorvido, provocando uma sensação de frio. É o mesmo princípio dos frigoríficos e das melancias. Portanto, de cada vez que suamos, ou que a humidade da nossa roupa evapora, perdemos calor. E a água conduz o calor para fora do nosso corpo 25 vezes mais depressa que o ar. Por isso é da maior importância que nos conservemos secos quando estamos no mato. A primeira linha de defesa contra a hipotermia é a roupa, que impede a água de molhar as nossas roupas. Mas a mesma roupa que afasta a água, se estivermos a fazer exercício, pode impedir a evaporação do suor. Por tanto se tivermos em conta a temperatura ambiente e o nosso nível de esforço podemos contribuir para a manutenção de uma temperatura corporal estável se: -Ajustarmos as nossas camadas de roupa, de modo a não estarmos nem sub nem sobreaquecidos -Fizermos uma boa ventilação, permitindo a saída de humidade e controlando a entrada de ar frio OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 81 S.O.S. Frio Uma vez que o nosso corpo produz calor pela queima de energia proveniente da comida que ingerimos, a exposição ao frio pode significar que passamos fome, pois necessitamos de mais comida do que o habitual, ou a exaustão física, pois o corpo vai estar a desenvolver um esforço enorme para produzir calor. S.O.S. -Regularmos a nossa actividade, evitando situações em que o ajuste e a ventilação não sejam suficientes respiração Sim, perdemos calor a respirar. Não há muito que possamos fazer para o impedir. O ar que entra nos nossos pulmões tem que ser aquecido, e isso é feito através de vapor de água. Ao expelirmos, deitamos fora esse vapor aquecido, e vamos voltar a repetir o processo com a próxima inalação. É por isso que em tempo frio, a desidratação é um perigo real, pois estamos a gastar mais agua do que o habitual para aquecer o ar que respiramos, e enquanto é fácil mantermo-nos hidratados em tempo quente porque temos sede, em tempo frio temos que fazer um esforço consciente para beber água. Além disso, quanto mais frio é o ar mais seco ele é, agravando ainda mais a situação. Agora que já conhecemos os mecanismos de perda de calor, podemos aplicar o aprendido no modo como nos equipamos para o frio. Devemos vestir-nos por camadas, de modo a capturar a maior quantidade possível de ar entre a nossa pele e o exterior, tomando especial atenção a proteger o torso, cabeça e pescoço. Apesar da camada exterior dever ser impermeável, para impedir que as roupas fiquem molhadas e percam a sua capacidade isolante, deve ser tido em conta a necessidade de ventilação, não só para permitir a libertação do suor como para impedir a entrada de ar frio junto aos pulsos e tornozelos. As camadas devem ser vestidas e despidas de acordo com o tipo de exercício físico que estamos a fazer. Evitar a todo o custo o algodão. Este perde muito rapidamente a capacidade isolante quando húmido, pela quebra das fibras, e demora a secar. Optar antes pela lã, que retém 80% do calor mesmo molhada, ou em alternativa pelas fibras sintéticas. A roupa deve ser usada solta, não só para prender mais ar junto ao corpo mas também para evitar o corte de circulação sanguínea que pode impedir o aquecimento das extremidades. E principalmente devemos manter-nos secos. Vemo-nos no mato. ø Pedro Alves, Instrutor da Escola do Mato www.escoladomato.com APP IPHONE SAS Survival Guide SAS Survival Lite é a versão gratuita do Guia de Sobrevivência SAS, já disponível na App Store. Esta fantástica aplicação fornece-lhe um guia de sobrevivência na selva. Com ferramentas básicas de sobrevivência, permite que quem tem esta aplicação no seu dispositivo esteja preparado para qualquer expedição ao ar livre. Com este guia é possível entrar no mundo da sobrevivência. Para fazer o download gratuito da aplicação basta aceder a http://itunes.apple.com 82 Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR Kid’s aventura-te com a tua escola jardim zoológico MUNDO DA BICHARADA O nosso Explorador da Natureza desafia as crianças para uma fantástica aventura e conta o que aprendeu sobre os animais que estão em perigo e precisam da nossa ajuda através de um divertido e dinâmico jogo. As crianças partem à descoberta de um mundo novo! Horários: 2ª a 6ª feira - 10h30 e 14h00 Duração: 40 min. Tipo de Visita: Visita Guiada Número de pessoas: Máx. 25 alunos/guia 1º CICLO Vamos partir à descoberta dos seres vivos e do seu ambiente, fomentar atitudes de respeito pela vida e pela Natureza e sensibilizar para a conservação das espécies em vias de extinção! OS ANIMAIS E O SEU MEIO Em que nos baseamos quando dizemos que uma espécie é doméstica ou selvagem? Como se comportam os animais quando estão em família? Como se reproduzem? Como se deslocam? Quais as suas características externas - pêlos, penas, escamas, bicos, garras...? De que se alimentam? Quais são as suas cores e sons? Vamos conhecer pormenores fascinantes e aprender mais sobre o papel dos animais na vida do Homem ao longo dos tempos, em diferentes tradições e culturas! Horários: 2ª a 6ª feira - 10h30, 12h15, 14h00 e 16h00 Duração: 90 min. Tipo de Visita: Visita Guiada Número de pessoas: Máx. 25 alunos/guia 84 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. PRÉ ESCOLAR As crianças vão partir à descoberta do conhecimento do Mundo, compreender conteúdos relativos à biologia animal e perceber a razão pela qual os animais estão em perigo de extinção! 3º CICLO Vamos partir à descoberta dos ecossistemas, identificar perigos para o ambiente e sensibilizar para a conservação das espécies em vias de extinção! Kid’s Aventura-te com a tua Escola 2º CICLO Vamos partir à descoberta do conhecimento da Vida, da diversidade de seres vivos e suas interacções com o meio, identificar perigos para o ambiente e sensibilizar para a conservação das espécies em vias de extinção! O PAPEL DO ZOO NA CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES Sabia que os Jardins Zoológicos são considerados verdadeiros “arcas de Noé”? No entanto, nem sempre foi assim. Descubra o que mudou e actual papel que desempenham na conservação das espécies. São privilegiados os método interrogativo e a interacção com o grupo, através de jogos simples, fomentando-se o espírito crítico e a reflexão sobre o nosso papel quotidiano individual para a preservação da Natureza e da Biodiversidade. Horários: 2ª a 6ª feira Duração: 60 min. Tipo de Visita: Sessão Temática Número de pessoas: Máximo 30 alunos O PAPEL DO ZOO NA CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES Sabia que os Jardins Zoológicos são considerados verdadeiros “arcas de Noé”? No entanto, nem sempre foi assim. Descubra o que mudou e actual papel que desempenham na conservação das espécies. São privilegiados os método interrogativo e a interacção com o grupo, através de jogos simples, fomentando-se o espírito crítico e a reflexão sobre o nosso papel quotidiano individual para a preservação da Natureza e da Biodiversidade. Horários: 2ª a 6ª feira Duração: 60 min. Tipo de Visita: Sessão Temática Número de pessoas: Máximo 30 alunos OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 85 Kid’s ski skate parque actividade de ski ou snowboard 14h00 – Ponto de encontro: Aluguer de Equipamento – Escolha do material de acordo com altura, peso e número de calçado 14h30 – Inicio da aula de Snowboard ou Ski: Aquecimento, breves noções teóricas e aula prática 16h30 – Fim da aula Das 16h30 às 17h00 – Entrega dos materiais e final da actividade Inclui: • Monitores de Ski ou Snowboard para aula de 120 minutos • Entrada no Parque • Coordenação da actividade • Equipamento necessário à prática das modalidades: Ski ou Snowboard, Botas, capacetes e protecções de joelhos e cotovelos (estas ultimas são facultativas de usar. Apenas o capacete é obrigatório) Preços desde 8 euros/pessoa Programas: SkiSkate Parque 86 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Duração da Actividade: 3 horas - Das 14h00 às 17h00 (este horário é meramente indicativo; a actividade poderá ser realizada da parte da manhã) Kid’s Aventura-te com a tua Escola badoca safari park ver, ouvir e sentir Nesta sessão os alunos têm oportunidade de uma forma informal e fundamentada aprender sobre várias espécies selvagens e refletirem sobre a importância do trabalho de conservação de espécies desenvolvido pelo Badoca Safari Park.Poderão tocar e observar vários exemplares de Penas, Ovos, Hastes, Ossos e esclarecer muitas curiosidades sobre os animais da selva. Uma das novas atracções deste ano será o verdadeiro esqueleto de girafa que o Badoca Safari Park tem em exibição. Uma óptima forma dos alunos ficarem a conhecer de perto estes magníficos animais. Idades:Todos os ciclos de ensino Horário: 11h30/15h30 Duração: 30 minutos. safari aventura Percurso guiado, de trator, num espaço de 45 hectares, por entre girafas, búfalos, avestruzes, zebras e muitos outros animais selvagens africanos em liberdade. Idades:Todos os ciclos de ensino Horário: 11h30/15h30 Duração: 45 minutos. RAFTING AFRICANO Uma experiência emocionante navegando por 500m de águas turbulentas a bordo de um barco pneumático para 9 pessoas. Idades:Todos os ciclos de ensino Horário: A definir diáriamente Requesitos: Altura mínima de 1,10m. Programas: Badoca Safari Park OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 87 Kid’s portugal dos pequenitos VISITAS AO MUSEU DA MARINHA VISITA AO MUSEU DO TRAJE Visitantes de todas as idades/grupos escolares Vamos partir à descoberta da magnífica colecção de miniaturas de barcos de pesca, de guerra, de transporte, apetrechos náuticos e, sem meter água, vamos ainda convidar os mais novos a desenharem o seu barco preferido. Visitantes de todas as idades/grupos escolares Com uma visita guiada ao Museu do Traje é possível aprender sobre a evolução do vestuário, dos adereços e pensar a moda desde a Antiguidade até ao séc. XX. Inspirados sobre a temática, os mais novos, verdadeiros designers, serão depois convidados a criarem o seu modelo ou colecção para a próxima estação Outono-Inverno. Horários: 11h|14h30m Preço incluído no bilhete de entrada: Adulto: 8,95€| Criança (dos 3 aos 13 anos), Sénior: 5,50 €| Família (2 Adultos + 2 Crianças): 23,95 € | Crianças até 13 anos inseridas em grupos escolares: 3,75€/criança 88 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Objectivo: Estimular a observação e a criatividade. Horários: 11h|14h30m Preço incluído no bilhete de entrada: Adulto: 8,95€ | Criança (dos 3 aos 13 anos), Sénior: 5,50 € | Família (2 Adultos + 2 Crianças): 23,95 € | Crianças até 13 anos inseridas em grupos escolares: 3,75€/criança Programa: Portugal dos Pequenitos A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Objectivo: Estimular a observação e a criatividade. Destinatários: Visitantes de todas as idades| grupos escolares Entre, Conheça e Explore as dezenas de actividades do programa pedagógico do Fluviário de Mora sob o mote O Rio como Percurso de Aprendizagem. Um Aquário à minha Medida! Saber cuidar de um aquário requer conhecimentos, sentido de responsabilidade e investimento pessoal. Por isso, preparámos esta actividade e também para que tenha a oportunidade de colocar algumas questões até então sem resposta. Manter e cuidar de um belo aquário é sem dúvida um desafio, mas um desafio divertido. Estamos prontos para vos receber, para falar de aquários e montar um aquário. Matemática nos Rios! Contar, medir, saber mais sobre geometria, e o que será a densidade, porque o Fluviário está cheio de matemática, CHEIiiiooooo… Mas não só o Fluviário, os rios, os cardumes, as matilhas, os bandos, as florestas, as colmeias, as serras, as flores, enfim, a Natureza. É ver para crer;. Tanganhos Animados! Tanganho?! O que é isso? Pegar num tanganho (galho seco), pintá-lo com tinta branca e depois de seco, desenhá-lo e voltar a pintar com cores luminosas até descobrir uma forma animal. Aproveitamos esta oportunidade para falarmos sobre o Ano Internacional das Florestas. ø Um Programa: Fluviário de Mora OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 89 Kid’s Aventura-te com a tua Escola fluviário de mora Descobrir Parque Natural do Faial Foto: Nuno Rodrigues Um tesouro entre Mares e Vulcões... E m terra, num humilde posto de vigia, um homem está sentado num banco de pau com uns binóculos fortes. Há longas horas que derrama o seu olhar sobre o oceano à procura de um sinal que lhe indicie a localização de um gigante do mar: o cachalote. Um bufo? Sim, sucesso! Corre para fora da pequena guarita que lhe serve de abrigo, inspira uma passa do seu eterno cigarro e usa a pon90 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR ta incandescente para atear o bombão, foguete composto por três bombas e três grupos de três respostas que rebentavam em alternância com as bombas. Poucos segundos depois, houve-se então em toda a povoação: - sshhhh… tátrrrátá tátrrrrátá tá! De imediato, homens de bravura invulgar lançam-se para os pequenos botes baleeiros e fazem-se à água. A mais impressionante batalha dos mares está prestes a começar. Foi no século XIX que começou a baleação costeira nos Açores. Esta actividade tornar-se-ia numa fonte de rendimento complementar, e de grande importância, para muitos açorianos que viviam de outros ofícios, como da pesca, da agricultura ou da estiva. Durante a 2ª Guerra Mundial, a caça à baleia nos Açores atingiu o seu apogeu, e foi nesta fase que apareceram as fábricas de processamento integral do cachalote. Destes grandes mamíferos obtinha-se o óleo de baleia (principal produto da actividade) e as farinhas produzidas a partir da carne, dos ossos e até mesmo do sangue. Estes recursos, quando vendidos, em muito contribuíam para o aliviar das dificuldades vividas nos lares açorianos desse período. O vínculo forte ao mar, muito para além da caça à baleia, é sobejamente conhecido pela localização geograficamente privilegiada da Ilha do Faial, revelando-se um porto de abrigo capital para as embarcações que, desde então, rasgam o Atlântico de flanco a flanco. É desta forma que se explica a existência de tantos faróis, distribuídos pelos vértices das ilhas. Faróis que, nas noites mais escuras e em borrascas ameaçadoras, aliviavam os navegadores ansiosos por ouvir o doce som da terra firme. É, pois, destas construções “com luz própria”, que sobressai o farol dos Capelinhos. Esta estrutura emitiu os primeiros relâmpagos em 1903 na ponta mais Oeste da ilha do Faial. Nas proximidades, uma vigia da baleia e um pequeno – mas extremamente importante – porto, chamado de Comprido, usado como base até 1957 para a perigosa caça do mamífero. “O vínculo forte ao mar, muito para além da caça à baleia, é sobejamente conhecido pela localização geograficamente privilegiada da Ilha do Faial, (…)” Até 1957, porquê? Nesse ano, violentas erupções vulcânicas agitaram a ilha, a 1 quilómetro de distância do farol e do Porto do Comprido. Até finais de 1958, toda aquela zona sofreu uma alteração dramática. Os campos ficaram cobertos de cinzas, os habitantes locais escaparam entre preces e prantos, a caça à baleia cessou e o farol viu-se apagado de luz pela força imensa da natureza; mas não destruído... Assim, cinquenta anos depois, o Homem, com a sua sempre admirável capacidade de adaptação perante as contrariedades e recuperação face às adversidades, conseguiu aproveitar aquilo que as entranhas da terra ultrajantemente lhe deixaram, tendo encontrado novas OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 91 Descobrir Parque Natural do Faial Caldeirinhas Descobrir “Os arpões foram trocados por máquinas fotográficas e os cetáceos, maravilhas dos nossos mares, são agora protegidos com agressividade tanto pelos visitantes, mas, quase enigmaticamente, pelos outrora caçadores.” oportunidades para a atracção de gentes, não só da ilha, como também de todo o mundo, para aquele local. Hoje, as vigias das baleias alertam os apaixonados pela vida e indicam com precisão onde se devem dirigir para apreciar algo de tão único no globo. Os arpões foram trocados por máquinas fotográficas e os cetáceos, maravilhas dos nossos mares, são agora protegidos com agressividade tanto pelos visitantes, mas, quase enigmaticamente, pelos outrora caçadores. Este centro de interpretação está camuflado na paisagem e apresenta uma excelente oferta sobre a geologia dos Açores e do mundo, incluindo uma formidável colecção de rochas e minerais, permitindo conhecer de perto e de forma abrangente os tempos vividos no ano da erupção do vulcão dos Capelinhos. 92 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Fotos: Nuno Rodrigues O farol, esse, ainda com o aspecto idêntico ao de 1958, esconde sob si e sobre a terra mais recente de Portugal, uma outra forma de iluminação. Ilumina a inteligência daqueles que, agora, procuram saciar a curiosidade. O seu “foco de luz” encontra-se antes orientado para o esclarecimento de um dos acontecimentos mais marcantes na vida dos açorianos no século XX. Tanto do ponto de vista económico como social ou ambiental, aqui o Vulcão dos Capelinhos é contextualizado, explicado e desmistificado. Monte da Guia Descobrir Parque Natural do Faial Foto: Nuno Rodrigues Levada Foto: Nuno Rodrigues Este Parque Natural inova! Entre mares e vulcões é possível viver experiências de cortar a respiração. É frequente ouvir os nossos visitantes, quando partem para as suas terras de origem, a lamentarem-se por abandonar algo de inexplicavelmente apaixonante... Botes Baleeiros De certa forma, foi assim que se começaram a dar os primeiros passos para a criação do Parque Natural do Faial (PNF). Aproveitaram-se actividades outrora existentes e, agora com uma finalidade diferente, aponta-se para a investigação, sensibilização, educação e para a utilização sustentável dos recursos naturais. Os trilhos são arrebatadores; um percorre a levada, um antigo e místico canal de água usado para a produção de energia hidroelétrica, hoje recuperado e passível de ser realizado por qualquer pessoa, seja de que faixa etária for. Outro atravessa uma Reserva Natural, a Caldeira do Faial, cuja riqueza é inigualável, uma vez que alberga espécies de flora e fauna endémicas raras, só aqui observáveis no seu estado mais selvagem – de notar que das cerca de setenta e cinco espécies de plantas endémicas dos Açores, cerca de cinquenta encontram-se nesta cratera vulcânica de oitocentos mil anos de idade! Ou, ainda, para os verdadeiros amantes das actividades ao ar livre, é possível realizar o maior trilho identificado dos Açores, com vinte e sete quilómetros de extensão e de duração aproximada para a sua realização, de 9 horas: o já bastante célebre Trilho dos Dez Vulcões. Este último percorre um alinhamento de vários cones vulcânicos repleto de paisagens deslumbrantes. A primeira estrutura vulcânica OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 93 Caldeira do Faial deste percurso é a emblemática Caldeira do Faial, sendo percorrido grande parte do seu perímetro. Posteriormente, o mesmo segue ao longo de toda a encosta Oeste da ilha até se chegar ao último vulcão – o não menos emblemático, e já mencionado, Vulcão dos Capelinhos. Uma área onde cores e matizes dos tons quentes da terra virgem - por vezes de especto lunar e estéril - contrastam com as manchas verdes da flora pioneira e com o azul do céu e do mar fundidos no horizonte, algo que certamente fará as delícias dos amantes da natureza e da fotografia. Desfrute da observação de cetáceos, pois este é um dos dez “hot spots” a nível mundial para a sua observação e provavelmente o local mais privilegiado para o fazer na Europa. Interprete a bio e geodiversidade nos centros especializados, como o Jardim Botânico do Faial, o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos ou 94 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR a Fábrica da Baleia de Porto Pim. Observe também aves raras migratórias. Na ilha do Faial encontra-se uma zona de charcos com infraestruturas para a adequada prática desta crescente atividade. Saiba que os Açores são um dos melhores locais da Europa para poder contemplar aves raras. Percorra trilhos de BTT ambientalmente certificados, ou atravesse o Parque do Faial a cavalo. Mergulhe nas paredes dos vulcões, imergindo no Oceano Atlântico! Com o Parque Natural do Faial, recente estrutura de gestão das áreas protegidas da ilha, é possível fruir de forma regrada, sustentada e sem risco ambiental, dos recursos locais. Tudo o que foi descrito levou a que o Parque Natural do Faial, o qual prima pela inovação, fosse distinguido pela Comissão Europeia, como o destino designado para representar Portugal Foto: Paulo Silva/SRAM Descobrir Perfil Descobrir Ângelo Felgueiras Parque Natural do Faial Foto: Nuno Rodrigues Foto: João Garcia Jardim Botânico do Faial Charcos de Pedro Miguel no programa EDEN (European Destinations of Excellence – Destinos Europeus de Excelência), importante galardão atribuído pela União Europeia aos melhores locais da Europa para atividades turísticas sustentáveis, e que pela primeira vez se associa ao nosso país. Este projeto teve início em 2007 mas 2011 é o primeiro ano em que Portugal se associa. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 95 Descobrir património local, conve rtendo-os em atracões turísticas que se constituam, por essa via, como catalisadores de uma maior dinamização local. Assim, não perca a oportunidade de comprovar, com todos os seus sentidos, aquilo que aqui tentámos exprimir por palavras. Aventure-se! ø Nuno Rodrigues Frederico Cardigos Parque Natural do Faial Foto: Nuno Rodrigues Os destinos participantes devem demonstrar que desenvolveram um projecto sustentável e economicamente viável e que vá de encontro ao tema anual escolhido pelo EDEN, evidenciando os aspetos únicos que proporcionarão aos turistas uma experiência inolvidável. Este ano, o tema escolhido, é Tourism and regeneration of physical sites (Valorização Turística de Sítios) e visa dar destaque a destinos turísticos nacionais (não tradicionais) que tenham requalificado os seus sítios naturais ou o seu 96 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Vulcão dos Capelinhos Descobrir “Mais Além - Depois do Evereste” D epois de um regresso ao Evereste, para uma pequena homenagem ao seu companheiro falecido, um périplo pelas montanhas do Peru, Nepal, Paquistão e Antárctida,provou-lhe que está apto para continuar. Deste Périplo nasceu um novo livro, Mais Além, um testemunho de coragem e determinação de quem não quer desistir. ø Data de Lançamento: Janeiro 2007 ISNB: 978-972-41-4960-8 Editor: Editora Caderno, Leya Segue o Livro “Mais Além, depois do Evereste” no Facebook “Um testemunho de coragem e determinação de quem não quer desistir” OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 97 Descobrir Livro Aventura Livro Aventura por João Garcia NATAL com Aventura The North Face Base Camp Duffel DEUTER Kid Comfort I Descrição: O Kid Confort é um porta-bebés acessível e multifuncional com excelente ventilação devido ao original sistema de costas Aircomfort. Capacidade: 14 L Dimensões: 68 x 38 x 30 cm Peso: 2480g PVP: M: 99.90€ L:109.90€ XL: 129.9 € Mais informações Descrição: Nos tapetes rolantes dos aeroportos de todo o mundo verá sacos Base Camp Duffel serem recolhidos por exploradores e viajantes experientes. Feitos em nylon laminado, resistente à água e reforçado com costuras duplas, este saco aguenta os piores maus-tratos, seja por parte do utilizador da bagagem ou pelos ambientes mais austeros. PVP: 188,50€ Petzl Tikkina 2 Descrição: A lanterna frontal TIKKINA² está adaptada à maioria das necessidades de iluminação quotidiana. Dispõe de dois modos de iluminação (máximo e económico) para adaptar a quantidade de luz consoante as situações. Está igualmente equipada com novos Leds mais eficazes, e um interruptor com botão de premir. A caixa das pilhas dispõe de um sistema de fixação ADAPT. Peso: M: 1600 g L: 1820 g XL: 2240 g Tamanhos: M: 61 cm x 38 cm x 38 cm L: 71 cm x 41 cm x 41 cm XL: 81 cm x 48 cm x 48 cm Volume: M: 75 lt L: 90 lt XL: 155 lt PVP: 16,30€ Mais informações Autonomia (modo económico): 190h Peso: 80 g Mais informações Timex Target Trainer PVR: 149,99€ 98 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Descrição: A Timex apresenta a sua mais recente ferramenta de treino – Timex Target Trainer. Aliando á tecnologia TAPScreen – touchscreen que permite iniciar, fazer pausas e terminar treinos com um simples toque no vidro do seu relógio – as características de um Monitor de Batimento Cardíaco. Com memória para 200 voltas! Se está a pensar na prenda ideal para o seu desportista preferido, não pense mais, encontrou! Mais informações Garmin Forerunner 610 Relógio desportivo de ecrã táctil com GPS PVP: 99,90€ PVP: 104,90€ Descrição: Atravessar os trilhos agora cobertos por uma camada branca de neve seria certamente uma tarefa mais difícil sem a companhia da MERRELL. Calçado de montanha para quem aprecia uma aventura ao ar livre, a MERRELL convida neste Natal a esquecer o frio e a viver os grandes espaços verdes. Desde sempre dedicada à protecção e preservação da natureza, a MERRELL sugere que aproveite este Natal para a experienciar em conjunto com a sua família. Junte-se à MERRELL na descoberta daquele que é um dos maiores presentes da humanidade: o nosso mundo. PVP: 349,00€ Descrição: Ecrã táctil, carregamento de dados sem fios, alertas vibratórios, Virtual Partner, sensor de ritmo cardíaco (em alguns modelos), cálculo de calorias com base no ritmo cardíaco, receptor GPS de alta sensibilidade, exercícios personalizados, à prova de água segundo a norma IPX7 Mais informações Mainstream Jazz Mais informações Descrição: O Jazz é um excelente kayak de lazer. É rápido, estável e manobrável. Estas características adequam-no a quase todo o tipo de situações para iniciados, desde que não levadas ao extremo. É um barco muito divertido também para praticantes mais avançados que o queiram levar para águas mais mexidas. O facto de ser construído numa liga de polietileno linear com aditivação anti-uv faz com que, virtualmente, não necessite de qualquer tipo de manutenção. Garantia de 2 anos. Acessório: Harmony SOT Deluxe Seat Sistema com um assento e encosto construídos em nylon almofadado que lhe confere um particular conforto e resistência. Vendido em separado. PVP: 349,00€ Peso: 16kg Dimensões: 275 x 76 cm Capacidade máxima: 115 kg Mais informações OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 99 Descobrir Natal com Aventura MERREL Descobrir Pousada de Juventude Penhas da Saúde Estrategicamente situada no cimo da montanha, a quase 2.000 metros de altitude e em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a Pousada de Juventude das Penhas da Saúde é o local ideal para descobrir os prazeres do frio da montanha rematados pelo aconchego de um serão passado à lareira! L ocalizada no maior maciço montanhoso de Portugal Continental, esta pousada do segmento Natureza Aventura disponibiliza, desde o Verão de 2009, mais 20 quartos duplos num novo e moderno edifício, construído de raiz. Graças à neve que se acumula nesta altura do ano, a Pousada vive a sua época alta no Inverno, pois, para além de oferecer uma vista privilegiada dos declives montanhosos completamente pintados de branco, propicia a prática de desportos de Inverno como o esqui, o snowboard ou o snowpaint – uma espécie de paintball. Para os amantes da prática destas modalidades, a visita à estância de esqui é obrigatória. Localizada próxima à Torre, o ponto mais elevado de Portugal Continental, a uma altitude aproximada de 2.000 metros, esta estância encontra-se coberta por um manto de neve de Dezembro a Abril, auxiliada por canhões que produzem neve artificial, disponibilizando infra-estruturas para a prática de desportos de inverno. Porém, mesmo com o tempo quente e seco, é possível a prática de esqui na pista artificial de 100 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Outros pontos de interesse, nomeadamente para os apreciadores da gastronomia regional portuguesa, são as verdadeiras iguarias existentes nesta região, como o famoso pão, o queijo da Serra da Estrela – feito com leite cru de ovelha bordaleira, cardo e sal –, o chouriço e o mel, entre muitas outras delícias serranas. Para além da gastronomia intensamente rica, características que marcam esta região do centro de Portugal, sendo a sua imagem de marca, temos ainda o famoso Cão da Serra da Estrela. Na Covilhã, é de visitar, o Museu dos Lanifícios, onde se encontra documentado o percurso da lã: da ovelha à tosquia, do tinto da lã à tecelagem dos panos... E, à noite, nada melhor do que dar um pé de dança num dos inúmeros locais de diversão, repletos de estudantes universitários. ø Características ■■ 163 Camas distribuídas por: ■■ 25 Quartos Duplos c/ WC (um adaptado a pessoas ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ com mobilidade condicionada); 12 Quartos Múltiplos c/ 8 camas 1 Quarto Múltiplo c/ 12 camas Horário: das 8h00 às 24h00 (recepção) 24 horas (funcionamento) Serviços: Refeitório; Cozinha de Alberguista; Bar; Sala de Convívio; Parque de Estacionamento. Como efectuar a reserva Podes fazer reserva em qualquer Pousada de Juventude através da Internet em www.pousadasjuventude.pt. Para tal, basta escolheres a Pousada, indicar o número de pessoas, o tipo de quarto, datas de entrada e saída… depois é só pagar. Se preferires telefona para o +351 707 20 30 30 (Linha da Juventude) ou envia um e-mail para [email protected]. Também podes fazer a reserva nas lojas Ponto Já ou directamente na Pousada. Preços Época Baixa (de 01/07/11 a 30/11/11) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 10,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 30,00 € Época Média (de 01/05/11 a 30/06/11) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 11,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 32,00 € Época Alta (de 01/01/11 a 30/04/11 e 01/12/11 a 31/12/11) Quarto Múltiplo (p/ pessoa) – 13,00 € Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) – 45,00 € Com Cartão Jovem tens Pousadas de Juventude em Portugal Continental. Mas, se quiseres dormir numa pousada e não tiveres nenhum destes cartões, tens de possuir o Cartão de Alberguista, que te dá acesso às Pousadas de Juventude em todo o mundo e é válido por um ano (www.hihostels.com). Podes obter o Cartão de Alberguista numa Pousada de Juventude ou nas lojas Ponto Já (Delegações Regionais do Instituto Português da Juventude). Contactos Pousada de Juventude das Penhas da Saúde Penhas da Saúde – Apartado 148 – Centro Cívico 6201-907 Covilhã Tel. +351 275 335 375 E-mail: [email protected] www.pousadasjuventude.pt OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 101 Descobrir Pousadas piso sintético, existente em Manteigas. As caminhadas são também uma excelente opção para quem gosta de aventuras, já que, nesta zona de serra, existem mais de 300 quilómetros de trilhos sinalizados, alguns dos quais começam muito perto da Pousada. No entanto, seja qual for a actividade, é sempre aconselhável o uso de roupa bem quente porque, no Inverno, esta zona é habitualmente assolada pelo mau tempo e por fortes nevões. Descobrir Receitas Outdoor Bannock Uma rubrica destinada à partilha de receitas e sugestões de Cozinha Outdoor. Partilha as tuas receitas Outdoor preferidas! Envia-nos um email para [email protected] e poderás ver a tua receita na próxima edição da Revista Outdoor e no Portal Aventuras. Ingredientes para 1 pessoa: ■■ 1 chávena de farinha de pão ■■ 1 colher de leite em pó ■■ 1 colher de ovos desidratados ■■ Passas ou frutos secos ■■ Água morna ■■ 1 toque de Rum ou Aguardente ■■ 1 pitada de sal Fotos: José Xavier Nesta edição da Revista Outdoor convidámos Pedro Alves, instrutor da Escola do Mato, uma escola de Bushcraft e técnicas de sobrevivência. A sua sugestão é o Bannock uma espécie de pão não fermentado, palavra de origem escocesa, mas que encontra semelhantes um pouco por todo o mundo junto das tribos indígenas. De aspecto pesado, é altamente nutritivo e muito saboroso, não carecendo do periodo de levedura do pão tradicional. Um excelente pequeno-almoço para o caminho. Preparação: Em casa misturar todos os ingredientes excepto a água num saco zip-lock. Quando chegar a altura de preparar o pão, aquecer agua e despejar lentamente no saco. Massajar bem o saco até uniformizar a mistura e esta deixar de colar, formando uma bola. Espalma-se a bola num disco com um dedo de altura e está pronto a cozinhar. Para cozinhar imediatamente pode fazê-lo sobre as brasas, quer numa grelha quer encostado a uma tábua ou rocha plana. Pode também ser frito com um pouco de azeite numa frigideira. Ou então pode ainda ser cozido num forno portátil, como um dutch oven, onde cresce um bom bocado. ø Sabe mais sobre a Escola do Mato em www.escoladomato.com 102 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Actividades Outdoor OUTDOOR Até 25€ Tour de Btt Sintra Guincho Tour de Btt Sintra Guincho Este tour permite uma experiência intensa de sensações no coração do Parque Natural de Sintra Cascais. Fantásticos trilhos, floresta verde com lagoas, cascatas e miradouros sobre o Oceano Atlântico. Oferecemos-te toda a formação necessária para começares! Cenários de Montanha e Praia, obstá culos á tua medida & fotos inesquecíveis! Onde: Parque Natural Sintra Cascais Preço: 25€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Fojo dos Morcegos 9km Onde: Serra de Montejunto Caminhando quase sempre junto à linha de costa, o trilho vai deixando desvendar preciosidades geológicas e botânicas. São particularmen te interessantes as formações verticais do Calhau dos Corvos, a Pedra de Alvidrar e o Fojo dos Morcegos. Onde: Parque Natural Sintra Cascais Preço: 20€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Papa-Léguas Caminhada Monte da Lua Realizado por marcação. Um Programa: Papa-Léguas Uma caminhada de baixa dificuldade que nos levará a apreciar a variedade paisagística e de ambientes de Sintra. Onde: Serra de Sintra Preço: 16,61€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Equinócio Caminhada em Montejunto 19 Km Descida do Rio Mondego Preço: 20€ / pax Situada a escassos quilómetros a norte de Lisboa, a Paisagem Protegida da Serra de Montejunto é um símbolo de beleza selvagem que impere preservar. Partiremos de Vila Verde, sítio de seculares raízes, para percorrermos coloridos castanhos salpicados de outras tantas cores, onde gentes hospitaleiras aqui permanecem desde tempos imemoriais. 104 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Descida com 12 km de extensão, indicado para a iniciação à canoagem. O percurso começa a jusante do açude da Carvoeira em Penacova. Tem uma envolvente natural deslumbrante com vegetação variada e inúmeras aves. Durante o verão, existe 3 pequenos rápidos que proporcionam alguma emoção. A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. A aposta da Muitaventura desta feita é levá-lo a embrenhar-se pela Serra de Sintra, sobejamente conhecida desde os tempos árabes como “Monte da Lua”. Na Crista do Risco Iniciaremos o passeio subindo à Serra do Risco, a escarpa calcária mais alta da Europa Continental. No topo, a vista sob o mar é digna de múltipla s fotografias. No retorno, faremos o percurso pela base da Serra do Risco. Pelo caminho vamos ter a oportunidade de identificar fauna e flora. Todo o percurso se desenvolve no Parque Natural da Arrábida. Onde: Parque Natural da Arrábida Preço: 15€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural Canoagem no Rio Alva Sector com 9km. Sector com mais de uma dezena de açu des, com diferentes formatos (rampa, degrau, vertical, redondo, inteiro, semi-destruídos, etc). Não tem sectores muito técnicos, mas exige alguma condição e destreza física, porque o contacto com a água é inevitável. Requer experiência anterior em canoagem. Em épocas de elevada precipitação este sector pode tornar-se algo perigoso, pelo que a descida pode ter de ser abortada a qualquer momento. Onde: Rio Alva, Coimbra. Preço: 21,5€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Transerrano Circuito Baleeira Circuito de Rappel com três vias de progressão vertical, que nos dará acesso à belíssima praia do Porto da Baleeira. A altura dos rappeis varia entre os 5 e os 35m, e prometem não deixar ninguém indiferente. Este rappel situa-se na Actividades Outdoor Onde: Rio Mondego Duração: 3h Preço: 20€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: TransSerrano zona do Cabo Espichel. Onde: Cabo Espichel Preço: 21€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural GPS PAPER De uma forma saudável e divertida vai poder entrar nesta Aventura e conhecer os recantos Românticos e a História de Sintra. O Desafio é um jogo em Sintra guiado por um GPS Outdoor, em equipa. Numa mistura de circuito florestal (junto ao Castelo dos Mouros) e urbano, em que tem que se preencher o road book preparado especialmente para si. Onde: Serra de Sintra Preço: 10€ / pax (min.2 pax´s) Valor Promocional Realizado por marcação. Um Programa: MuitAventura Trilho da Ermida a Lindoso (Ponte da Barca) O percurso da manhã segue um trilho dos pastores, que ainda levam os rebanhos de caprinos até ao alto da Serra, passa pela branda de Bilhares, acompanha por vezes o leito do rio Froufe e termina no lugar do Couto. Onde: Ponte da Barca Preço: 25€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 105 Actividades Outdoor Rappel em Rocha Natural Este é o desafio, pois terás que fazer rappel em rocha natural no Parque Natural Sintra Cascais. O rappel, actividade de manobra de cordas, que consiste em descer, através de uma corda, um obstáculo vertical.Esta actividade é óptima no desenvolvimento da auto-confiança e auto-estima, superando desta forma algum medo latente. Onde: Serra de Sintra Preço: 12€ / pax (Valor promocional) Realizado por marcação. Um Programa: MuitAventura Iniciação ao equilíbrio em Slackline Onde: Local praia na zona do Porto/Gaia Duração: 2h Preço: 25€ /pessoa. Realizado por marcação. Um Programa: Trilhos Paintball O Paintball é um jogo de acção e estratégia, que desenvolve nas pessoas um espírito de equipa, responsabilidade, liderança e tomada de decisões sob condições de pressão psicológica. É jogado com equipamento de protecção e uma arma que dispara bolas de tinta, que rebentam aquando do seu impacto, marcando a zona atingida. Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: 4h Dificuldade: Fácil / Médio Preço: 17,5€ /pessoa. Realizado por marcação Um Programa: Sniper Cultural Bike Tour - Vimeiro A Região Oeste é reconhecida pelo seu património cultural e histórico, conheça os seus pontos mais interessantes, através de um tour de 2 dias de bicicleta. Ideal para famílias, pequenos grupos e individuais. Onde: Vimeiro Duração: 2h30 horas. Preço: Desde 20€ /pessoa Um Programa: Experience Sport 106 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Aventura 3 Este programa promete umas horas bem passadas e cheias de emoções fortes com actividades que, não obstante as excepcionais sensações que provocam, são simples de executar. Com a duração de uma manhã ou uma tarde, escolha as 3 actividades (ex: pontes de cordas, escalada, rappel, slide, matraquilhos humanos, entre outras) que mais gostar e o seu programa está feito. Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: 3h Dificuldade: Fácil / Médio Valor: 18,50€ /pessoa Realizado por marcação Um Programa: Sniper Trilho dos Currais Com início e fim junto à Pedra Bela, o Trilho dos Currais percorre três currais do Baldio de Vilar da Veiga: o Curral da Espinheira, o Curral da Carvalha das Éguas e o Curral da Lomba do Vidoeiro. De âmbito Cultural e Paisagístico, este trilho proporciona um contacto directo com o espírito e tradições comunitárias locais, nomeadamente as actividades silvo-p astoris predominantes ou que predominaram na serra do Gerês. Onde: Gerês. Duração: 5h Preço: 20€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza Trekking no Parque Natural Sintra-Cascais Trekking acessível para toda a família. Sons incríveis, vistas e odores revigorantes nesta floresta. Fique a conhecer estes locais escondidos. Experimente uma actividade natural no magnífico Parque Natural de Sintra-Cascais afastado da cidade e do turismo de massas. Onde: Sintra, Cascais Duração: Meio dia. Dificuldade: Fácil Preço: 20€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. OUTDOOR Até 25€ (cont.) passeio aventura nas termas do vimeiro Meio-dia de actividade cheio de adrenalina e emoção. Um passeio pedestre com a emoção de um Rappel e escalada. Passeio com partida junto às Fontes do Frades (Termas do Vimeiro). Onde: Vimeiro Duração: Meio dia. Dificuldade: Fácil Preço: Desde 20€/ pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Experience Sport Aventura na Serra de Montejunto Uma aventura na Serra do Montejunto, este programa inclui visita à fabrica do gelo, Centro de Interpretação Ambiental e Torre de Vigia. Após as visitas os participantes irão partir num peddy paper com jogos didácticos a serem realizados. Onde: Serra de Montejunto Duração: Meio dia. Dificuldade: Fácil Preço: Desde 18,45€/ pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Experience Sport OUTDOOR Até 75€ Experiência de Buggy ou Moto 4 Desafiamos te á diversão num dos nossos automáticos Moto 4 ou Buggy todo o terreno.Cenários de Montanha e Praia, obstáculos à medida & fotos inesquecíveis. Onde: Sintra Duração: 1h30. Valor: 75€/ para duas pessoas. Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours. OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 107 Actividades Outdoor OUTDOOR Até 25€ (cont.) Actividades Outdoor Valor: 34€ /pessoa Realizado por marcação Um Programa: Sniper rota do azeite lapa da furada Manhã – Formação teórica e prática em verticais. Tarde - Visita completa à gruta incluindo as galerias inferiores cujo o acesso se faz por via de rappel. A gruta da Lapa da Furada situa-se em pleno Parque Natural da Arrábida e apresenta vestígios de ocupação humana que podem ser observados pelos seus visitantes e trata-se de uma gruta ideal para quem quer ter um 1º contacto com a espeleologia e as suas técnicas de progressão vertical. Onde: Parque Natural da Arrábida Valor: 28€ /pessoa Realizado por marcação Um Programa: Vertente Natural Através da ROTA DO AZEITE levamos os nossos clientes a visitar e participar no processo de fabrico artesanal do azeite no vale do rio Ceira, desde o processo de apanha da azeitona, transporte, selecção, até à prensagem num lagar de varas movido a água. Inclui visita ao núcleo museológico da Cabreira. Onde: Góis Valor: 38,5€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Transerrano rafting no rio paiva workshop de escalada Rafting é uma actividade desportiva que consiste na descida de rios rápidos em barcos insufláveis denominados Rafts. Dependendo do seu caudal, promete grande adrenalina até para quem habitualmente pratica este desporto. Onde: Rio Paiva, Castelo de Paiva Valor: 61,50€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Equinócio Este Workshop é destinado aos que se pretendem iniciar na escalada em rocha. O objectivo desta acção é transmitir técnicas e conceitos básicos que permita m aos iniciados actuar com maior segurança, eficiência e respeito pelo meio envolvente. Este é um Workshop realizado na Fenda da Arrábida um dos mais belos locais do Parque Natural da Arrábida. Onde: Parque Natural da Arrábida Preço: 29€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural Paintball + Aventura 3 Este programa, com duração de um dia inteiro, vai proporcionar-lhe um conjunto de sensações variadas. Inclui uma sessão normal de Paintball numa metade do dia, sendo que na outra metade irá fazer 3 actividades (Pontes de Cordas, Escalada, Rappel, Tiro com Arco, entre outras) escolhidas por si. A nossa Sessão de Paintball inclui 6 jogos efectuados nos 5 cenários diferentes que possuímos; o último jogo repetem o cenário que gostaram mais. Onde: Parque Aventura Sniper Duração: 1 dia 108 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. OUTDOOR Até 75€ (cont.) Actividades Outdoor OUTDOOR Até 75€ (cont.) Passeio a cavalo por terras do Vez Para os que gostam de aventura preparámos uma experiência sensacional de liberdade e prazer. Um dia a andar de cavalo por uma vasta rede de caminhos que nos permite desfrutar de uma paisagem tipicamente rural. Venha e divirta-se. Onde: Arcos de Valdevez Valor: 75€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza PROGRAMA FIM-DE-SEMANA DE AVENTURA DE GÓIS Um fim de semana recheado de aventura, diversão e muitas actividades. Na região de Góis, venha desfrutar de actividade de Rappel, Paintball, Canoagem e refeições típicas que lhe darão energia para aproveitar ao máximo. Onde: Góis Valor: 65€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Transerrano garganta do cabo Dia 1 Formação teórica e prática de verticais. Dia 2 Visita à gruta com entrada em rappel de cerca de 45 metros. Este rappel é de grau elevado devido às sensações fortes que provoca. A progressão na gruta faz-se por zonas de dimensões razoáveis, no entanto tem algumas passagens estreitas mas acessíveis. A Gruta da Garganta do Cabo situa-se no Cabo Espichel e é parte integrante do sistema cársico deste. Onde: Cabo Espichel Preço: 75€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Vertente Natural OUTDOOR + 75€ Fim-de-semana Paintball Com entrada no Sábado de manhã, dormida em cabana de madeira, alimentação incluída, piscina e muitas actividades, umas atrás das outras, para preencher o Sábado e o Domingo com emoções sensacionais. Reúna um grupo de amigos e venha experimentar. Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas Duração: Dois Dias e uma noite Preço: 85€ /pessoa Realizado por marcação. Um Programa: Sniper OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 109 Actividades Outdoor OUTDOOR + 75€ (cONT.) O desafio é conhecer um pouco da história dos concelhos de Sintra e Cascais, através do contacto com dois ancestrais monumentos: As Ruínas Romanas (Casais Velhos) e o Convento dos Capuchos (Séc XVI), seguindo uma viagem por caminhos históricos e luxuriantes, em estreito contacto com a Natureza, num perímetro classificado pela Unesco como Património Mundial. Onde: Sintra e Cascais Duração: 3 horas. Valor: 105€ (inclui entrada e vista ao Convento dos Capuchos) Realizado por marcação. Um Programa: Guincho Adventours Léguas na Costa Vicentina Neste fim-de-semana caminharemos entre a terra e o m ar, por terras do fim da Europa. Dois dias à descoberta de uma das regiões mais bonitas do litoral português - a Costa Vicentina. Onde: Costa Vicentina Preço: 260€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Papa-Léguas 110 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Rota dos antepassados em Buggy Este fim-de-semana caminharemos entre a terra e o m ar, por terras do fim da Europa. Dois dias à descoberta de uma das regiões mais bonitas do litoral português - a Costa Vicentina.Este fim-de-semana atravessa os contrafortes da Serra da Estrela, na região dos castelos Sabugal - Sortelha e Idanha-à-Velha Monsanto. Caminhamos em terras de castelos - sentinelas que vigiam desde épocas imemoriais a fronteira com Espanha... Onde: Serra da Estrela Preço: 180€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Papa-Léguas Rota do Café das Fazendas Paulistas Não há uma evidência real sobre a descoberta do café, mas sim, muitas lendas que relatam sua possível origem e poderes, porém, quando se mergulha no universo dos cafezais em flor e na vida das suas fazendas, pode-se perceber que as lendas que envolvem este universo nos levam a vivências e experiências inesquecíveis. Onde: São Paulo/ Brasil Preço: 1560€ / pax Realizado por marcação. Um Programa: Oficina da Natureza ø OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 111 Actividades Outdoor OUTDOOR + 75€ (cONT.) Léguas nas Aldeias Históricas Desporto Adaptado A CANOAGEM NA DEFICIÊNCIA MOTORA 112 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR www.anddemot.org.pt A canoagem na deficiência motora Numa aliança com o meio aquático e o meio ambiente, rico e caracterizado por estímulos exteriores e sensoriais, a Canoagem confere benefícios físicos, psicológicos, sociológicos e sensoriais. A canoagem é recomendada e é acesO fascínio pelo meio aquático, resível a todas as categorias de defici“A catrospectivo do meio intra-uterino, ência/incapacidade, com a possinoagem na exerce uma forte influência em bilidade de ser desenvolvida nas todas as modalidades aquáticas. quatro áreas de intervenção, no deficiência moAs tradições náuticas no nosso domínio do desporto para as pestora torna-se um país, potencializam a prática de soas com deficiência/incapacimodalidades que podem ser, a dade, a saber: marco histórico médio longo prazo, um caminho de na modalidadesenvolvimento de uma cultu(1) Terapêutico; (2) Educativo; (3) de (...)” ra desportiva associada aos nossos Lazer/Recreação e de (4) Alto Renrecursos. Nesta ambição, a Canoagem dimento / Alta Competição. destaca-se por ser aquela que necessita A Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Motora (ANDDEMOT) é a En- de menos recursos espaciais, materiais e de mais tidade Desportiva que, em Portugal, enqua- fácil acesso, sendo aquela que é menos influendra organicamente, através dos seus Clubes, ciada por marés ou condições atmosféricas. OUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011 113 Canoagem A “canoa”, como um recurso que é exterior ao corpo humano, com ou sem deficiência/incapacidade, poderá ser entendida, desde dos primórdios até aos dias de hoje, um instrumento natural e simples e, simultaneamente, uma “ajuda técnica” com alguma complexidade tecnológica, em termos de concepção, do fabrico, das matérias-primas e de utilização. a prática do desporto para as pessoas com deficiência motora, de que a canoagem faz parte nas quatro áreas, promovendo e desenvolvendo a (1) Formação dos recursos humanos do desporto; o (2) Desenvolvimento da prática da atividade desportiva e o (3) Alto Rendimento / Alta Competição, entre os diversos Programas e Projetos que a ANDDEMOT tem em curso. Desporto Adapdado O Desporto na deficiência motora Da água viemos, grande parte de água somos, a água foi, por excelência e por estratégia de sobrevivência, o meio natural de mobilidade e de acessibilidade, ou seja o advento da globalização. Desporto Adaptado A canoagem na deficiência motora torna-se um marco histórico na modalidade, com a entrada de praticantes no âmbito competitivo e a participação em Campeonatos do Mundo (2009 Canadá, e 2010 Polónia), mas também com a divulgação aos praticantes, clubes e público em geral. A promoção desta prática não visa apenas actividades pontuais com pessoas com deficiência, mas sim promove a canoagem regular com o intuito formativo, recreativo e até terapêutico, culminando em alguns casos, num processo de rendimento desportivo, numa visão compatível com os programas de desenvolvimento de atletas a longo prazo. Os aspectos fisiológicos e cognitivos e o ambiente natural no qual é praticada, conferem à canoagem um meio de formação desportiva e social de excelência. Um longo caminho ainda se deve percorrer, nomeadamente na finalidade que esta prática poderá ter na população alvo, porém, é defendido pelos pioneiros do nosso país, que a “Canoagem Adaptada” é um termo em desuso, visto que nesta modalidade “todos nos temos de adaptar…”, e assim, surge uma visão de canoagem de inclusão, ou “Canoagem para Todos”. ø 114 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Jorge Vilela de Carvalho Vice-Presidente da ANDDEMOT [email protected] Ivo Quendera Técnico Modalidade Canoagem, ANDDEMOT [email protected] Espaço APECATE A SEGURANÇA Fotos: Margens NAS ACTIVIDADES DE AR LIVRE 116 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR derados na elaboração dos objectivos e do plano de segurança. Para isso, devem: E o que é o risco? Ao contrário do perigo, que é real e está associado a forças da natureza ou a situações sobre as quais não temos controlo, o risco é a probabilidade de um acontecimento vir a ocorrer ou não vir a ocorrer. Tem a ver com a nossa intervenção, com a acção humana, é algo que poderemos controlar. Neste quadro, a tarefa fundamental do organizador de actividades de ar livre é a criação de um modelo de análise do risco relativamente às actividades que pretende desenvolver. A sua intervenção deverá ser feita a dois níveis: no desenvolvimento de um sistema de gestão de riscos e no cumprimento de regras de segurança. garantir a eficácia do controle de riscos. SEGURANÇA AO NÍVEL DA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO Os organizadores de actividades de ar livre devem ter e manter procedimentos para identificar continuamente os perigos e riscos durante as actividades. Devem garantir que os resultados da avaliação e controle de risco sejam consi- ■■ Identificar perigos e avaliar os riscos numa abordagem preventiva; ■■ Classificar e identificar os riscos eliminan- do-os ou controlando-os; ■■ Ter em consideração a experiência opera- cional e as boas práticas; ■■ Investir na criação dos requisitos da segu- rança e controlos operacionais; ■■ Assegurar a monitorização das acções para A organização deve preparar uma listagem dos factos que possam afectar as actividades, considerando todas as causas e cenários possíveis para cada um dos itens dessa lista. Um dos factores mais importantes a considerar é que alguns dos perigos e riscos têm por base as atitudes dos participantes (clientes, monitores ou outros). A análise de riscos tem como objectivo conseguir criar uma hierarquia, desde os riscos menores e aceitáveis aos maiores e mais perigosos. CUMPRIMENTO DAS REGRAS DE SEGURANÇA As Regras de Segurança visam garantir um nível de risco aceitável. Podem ser Passivas e Activas. As regras de Segurança Passiva são todas as actividades e procedimentos realizados antes da acção. As regras de Segurança Activa são todos os procedimentos realizados no dia da acção. OUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011 117 Espaço APECATE Animação Turística A segurança, uma das principais preocupações das empresas de Animação Turística, deve ser considerada uma exigência básica na sua actuação. Como todos sabemos, não existe um “estado de segurança”: a segurança é um processo dinâmico, evolutivo, que resulta das nossas acções e metodologias. O que na realidade existe é um determinado nível de insegurança que deve ser minorado por um trabalho de controlo de risco. Espaço APECATE Este espaço é seu Envie-nos as suas dúvidas e questões sobre temáticas de Animação Turística, Congressos e Eventos e a APECATE responderá. [email protected] Regras de Segurança Passiva Autorizações: Na legislação actual existem muitas actividades que necessitam de autorizações ou licenças. Telemóvel: Serve para estabelecer a comunicação entre os membros da organização e entre a organização com todos os serviços exteriores, nomeadamente serviços de resgate e autoridades. Construção de um plano de segurança (matriz): É um documento essencial. Deve englobar todas as tarefas de segurança, o cronograma, o modelo de comunicações, os recursos envolvidos e a listagem de procedimentos de segurança, entre outros. Rádios intercomunicadores: Permitem uma comunicação em sistema aberto. Este sistema aberto permite uma maior rapidez na comunicação e transmissão de ordens dentro da organização. Listagem de procedimentos de segurança: Esta listagem engloba os protocolos de comunicação em caso de acidente (lista de necessidades de intervenção que pode ser feita por códigos de cor, numéricos, alfabéticos ou outro). Estudo e elaboração dos planos de comunicação: Existem dois modos de comunicar que são complementares: 118 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Estudo do clima para a época do ano escolhida: Embora as condições atmosféricas sejam imprevisíveis e de difícil antecipação, a meteorologia dá-nos probabilidades indicativas de grande importância. Estudo da logística necessária: O plano de segurança está apoiado nos recursos existentes e na sua funcionalidade: recursos materiais, estado do equipamento a utilizar, modelo de transporte, etc. fica? A actividade foi testada? Existem alguns imprevistos ou locais mais problemáticos? Tiverem de ser introduzidas algumas alterações ao plano previsto? Escolha do local: Deverá ser feita de acordo com a actividade, o nível dos praticantes (idade, conhecimentos técnicos, experiência, capacidades físicas) e o risco do espaço (relevo, poços, cursos de água, etc.) Condições do material utilizado: Todo o material deve ser revisto antes de ser montado. Deve existir sempre material de substituição. Elaboração de Planos de Resgate e Evacuação: Reconhecimentos, estudo de vias de resgate (criar um modelo funcional onde estejam definidos as zonas de intervenção, caminhos e meios de resgate, implicando os meios afectar). Entidades de Saúde e Protecção: Hospitais, Centros Saúde, Bombeiros, Protecção Civil. As entidades devem ser avisadas com antecedência para planearem a sua resposta. Equipas de apoio médico: De acordo com o tipo de actividade e necessidades detectadas (actividade, nº de participantes, local onde é realizado, etc.). Forças de Segurança e outras autoridades GNR, PSP, Serviços Florestais, Serviços dos Parques e Reservas, ICNB, outros. As forças de segurança e autoridades policiais devem ser avisadas e consultadas sobre a realização dos programas, sempre que necessário. Seguros de acidentes pessoais e responsabilidade civil: Os seguros são condição fundamental. Não podem ser feitas actividades que não estejam cobertas pelos seguros obrigatórios. Compete à entidade organizadora zelar para que estes tenham um âmbito de cobertura para toda a actividade. Regras de Segurança ACTIVA Comunicações rádio e telemóvel: As comunicações estão a funcionar, todos os elementos estão contactáveis de acordo com o Plano de Comunicações previsto? Equipas de apoio médico: De acordo com o modelo definido, estão presentes e prontas? Equipa de técnicos: Estão todos presentes, nos locais correctos, devidamente preparados e equipados? Equipamento Pessoal: Verificar o equipamento dos participantes e corrigir eventuais problemas. Listagem de procedimentos: Verificação da listagem. Forças de segurança: De acordo com o plano, estão presentes? Sabem quais as suas funções? Viaturas de segurança: As viaturas previstas estão presentes? Estão operacionais? Têm o equipamento previsto? Regras de segurança individuais Para além das Regras de Segurança referidas, que são da responsabilidade do organizador, existem as regras de segurança do próprio participante: se este não cumprir as regras estabelecidas, a probabilidade de risco aumenta exponencialmente. Daqui decorre a importância de um factor a ter em conta na organização de actividades de ar livre: o perfil do técnico responsável pela actividade, que, com firmeza e autoridade, terá que ser capaz de comunicar aos participantes que a segurança é um valor no qual todos têm que estar cem por cento envolvidos. ø António Marques Vidal Vogal da Direcção da APECATE www.apecate.pt Condições climatéricas no dia da acção: Quais as condições climatéricas existentes? Dependendo da actividade e do local, assim deve ser feita a avaliação e decidido qual a estratégia a seguir (cancelar, realizar condicionado, mudar programa, mudar percurso, outra). Condições de segurança específicas de cada actividade: A actividade prevista foi montada de acordo com as suas regras de segurança especíOUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011 119 Espaço APECATE Animação Turística Escolha da Equipa Técnica: (coordenadores, técnicos, assistentes, outros). Devem ser seleccionados de acordo com o conhecimento, experiência e competências. A fechar Portugal Dakar Challenge A edição de 2011/2012 da expedição aventura Portugal Dakar Challenge, com partida programada para 30 de Dezembro e com a etapa final a 13 de Janeiro em Dakar, conta com um total de 50 equipas distribuídas pelas categorias 4x4 de Automóveis e Camiões e ainda com Motos, ATV e UTV. Mais Informações: Portugal Dakar Challenge Está aÍ a Rota do Azeite! Através da ROTA DO AZEITE visite e participe no processo de fabrico artesanal do azeite no vale do rio Ceira, desde o processo de apanha da azeitona, transporte, selecção, até à prensagem num lagar de varas movido a água. Inclui visita ao núcleo museológico da Cabreira. A não perder! Mais Informações: Rota do Azeite ZON North Canyon Show Garrett McNamara está de regresso a Portugal para abraçar mais uma missão de exploração às ondas da Nazaré, o ZON North Canyon Show 2011. Esta é a segunda missão de um projecto de três anos, iniciado no ano passado, sendo uma aposta da Câmara Municipal da Nazaré, com o patrocínio da ZON, na promoção internacional da região como destino de referência para os desportos de ondas, aproveitando a singularidade do “Canhão da Nazaré”. Mais Informações: Zon North Canyon Show Volvo Ocean Race A Volvo Ocean Race é a mais antiga e conhecida regata à volta do Mundo, com escalas, e que se realiza de três em três anos. Uma prova de coragem excepcional de vela e de esforço humano, que foi desenhada sobre o espírito dos grandes marinheiros - os homens destemidos que navegaram os oceanos do mundo a bordo de veleiros há mais de um século. Mais Informações: Volvo Ocean Race Aplicação iFlipViewer Bem-vindo ao FlipViewer Xpress (i-Edition), uma experiência de leitura agradável Flipbook para o IPAD. Esta é a aplicação aconselhada para poderes ler a tua Revista Outdoor no teu IPAD. Descarrega gratuitamente aqui: IFLIPVIEWER 120 Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR Patagónia Luso Expedition É já no dia 12 Novembro que Ricardo Mendes e Filomena Gomes partem para a América do Sul, para pedalarem mais de 2000km e 28 dias em total autonomia pelas inóspitas regiões da Patagónia e da Terra do Fogo… e levam um equipamento muito especial para os ajudar quando a fome apertar! Fiquem a conhecer o fogão dos nossos aventureiros que queima álcool e tudo o que é inflamável… O chá demora 1 minuto a estar pronto, cuscuz em 3 minutos e a carne de Guanaco…só saberemos quando eles chegarem desta fantástica aventura! Vejam as imagens: Acompanhem esta aventura em: Portal Aventuras OUTDOOR Setembro_Outubro 2011 121