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www.revistaoutdoor.pt
nº2 novembro/ dezembro 2011
outdoor
Revista
Torna-te fã
Filipe Palma
a solo na antárctida
Diana Gomes da Silva
Desafiar os céus
em família
São Silvestre de Lisboa 2011
rafting
Vamos lá descer o rio!
começar
A esquiar
Mais além
depois do Everest
de João Garcia
parque natural do faial
Disponível para iPad
Truques e Dicas
fotografar
O outono
com Joel Santos
Editorial Ficha técnica
Chegou o
número2!
J
á se sente o frio, as primeiras chuvas já caíram e até
já nevou… O Outono chegou em força e com ele o
novo número da Revista Outdoor!
Enquadrado com o estado do tempo, o número de Novembro traz-nos novos desportos, diferentes actividades,
novas personalidades, e muito mais… A categoria Ar
transformou-se em Neve e aqui encontrarás bons conselhos e sugestões.
É de facto gratificante elaborar este projecto num país
com uma comunidade de amantes de desporto aventura
e outdoor tão significativa. Adoramos desafios, amamos
a natureza e temos grandes Aventureiros e Desportistas
no nosso País… Histórias fantásticas, desafios superados,
grandes resultados aos quais queremos dar voz.
Nesta edição recordamos a Travessia do Filipe Palma
em Kayak na Antárctica, damos a conhecer as paixões
da nossa piloto Diana Gomes da Silva, desvendamos os
segredos do rafting no nosso país e, claro, não faltam sugestões para quebrar a rotina. Na categoria Fotografia
não percam os truques e dicas para boas fotos na nova
estação.
Acreditamos que a leitura deste número da Revista Outdoor seja uma fuga às constantes notícias negativas que
nos chegam diariamente e que a mesma nos motiva a todos para partir
à Aventura.
Obrigado a todos os que continuam connosco e a colaborar
neste projecto.
Boas
Aventuras e até Janeiro. Não se
esqueçam de ir
acompanhando
todas as novidades no Portal
Aventuras.
www.portalaventuras.clix.pt
Edição nº2
WPG – Web Portals Lda
NPC: 509630472
Capital Social: 10.000,00
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide
Telefone: 214702971
Fax: 214702973
Site internet: www.revistaoutdoor.pt
E-mail: [email protected]
Registo ERC n.º 126085
Editor e Director
Nuno Neves | [email protected]
Marketing, Comunicação e Eventos
Isa Helena | [email protected]
Sofia Carvalho | [email protected]
Revisão
Cláudia Caetano
Colaboraram neste número:
andré pombo, António Marques Vidal,
Aurélio Faria, cláudio silva, filipe palma,
joão garcia, joão marques, Joel Santos,
Jorge Vilela de Carvalho, Magali Tarouca,
nuno luís, nuno rodrigues, Paulo Quintans,
pedro alves, ricardo mendes, teresa conceição.
Design Editorial
Inês Rosado
Fotografia de capa
magali tarouca
Desenvolvimento
Ângelo Santos
Equipa Portal
Aventuras
Segue-nos no Facebook!
4
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Directrizes
EDITORIAL
04
GRANDE REPORTAGEM
A solo na Antárctida, Filipe Palma em Kayak
nº2 Novembro_Dezembro
2011
06
EM FAMÍLIA
O outro lado de Sintra/GPS Paper
12
EVENTO - São Silvestre de Lisboa 2011
16
04
aventura
EVENTO — Tow Out pela noite fora
20
DESCOBRIR — Um elefante chamado Casa
24
ENTRE AMIGOS— Um passeio em Btt
28
entrevista
Desafiar os céus com Diana Gomes da Silva
30
POR TERRA
VIAGEM — Birmânia - Mynamar Confort
34
ACTIVIDADE — Randonneur
38
DESAFIO — GR-14 Rio Douro - O percurso
42
POR ÁGUA
ACTIVIDADE — Experimentar o Rafting. Vamos lá descer o Rio...
48
Filipe Palma, é o português que a solo concretizou a travessia da Antráctida. «Toda a
gente tem oportunidades na vida, cabe a
nós agarrá-las. Tal como muitos outros, sonhei com a Antárctida. A única diferença é
que transformei esse sonho em realidade!»
NEVE
Truques e dicas para começar a esquiar
52
INDOOR - Preparação para desportos de Inverno
56
ENTREVISTA — João Marques por Sofia Carvalho
58
EQUIPA-TE PARA A NEVE
62
30
FOTOGRAFIA
ENTREVISTA — Natugrafia por Magali Tarouca
64
PORTFOLIO DO MÊS — Nuno Luís
70
FOTOGRAFIA DO MÊS — Por Joel Santos
74
Truques e Dicas de Joel Santos — Fotografar o Outono
76
Aplicação para iPhone e iPad — SnapSeed
78
SOS
Sobreviver ao Frio
80
KIDS
Aventura-te com a tua Escola
84
Conhecida por desafiar os céus como
ninguém, com acrobacias que nos fazem
suster a respiração e suspirar de admiração, nem só a pilotar um avião Diana Gomes da Silva nos consegue surpreender.
DESCOBRIR
PARQUE NATURAL DO FAIAL
Um tesouro entre Mares e Vulcões
livro aventura
Mais Além depois do Everest
natal com aventura
Pousada de Juventude das Penhas da Saúde
90
97
90
98
100
Receitas Outdoor Bannock
102
ACTIVIDADES OUTDOOR
104
DESPORTO ADAPTADO
CANOAGEM/DEFICIÊNCIA MOTORA
112
ESPAÇO APECATE
116
A segurança em actividades ao Ar Livre
A fechar
120
Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores.
Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
O Parque Natural do Faial, eleito com o rótulo EDEN em turismo sustentável, oferece desde trilhos nos vulcões a observação
de baleias. Iremos conhecer este destino
de excelência, apelidado de um tesouro
entre mares e vulcões.
Grande Reportagem
 Filipe Palma em Caiaque
A solo
na antárCtida
O
s olhos sinistros, a boca enorme, os
Antárctida. Única foca com reputação de caçadentes caninos e incisivos
dora, a foca-leopardo ataca pinguins e
frontais que servem
seres vivos que rondem as plataformas
para rasgar as presas,
de gelo antárcticas.
“Enquanto «tene a cabeça grande,
tava manter a viginum corpo de quase quatro meEnquanto «tentava manter a vigilância sobre o bicho»
tros, e meia tonelada de peso.
lância sobre o bicho» que se apro«Foi uma visão muito pior do que
ximava do caiaque, o coração do
que se aproximava do
tinha imaginado!». A água gelada
aventureiro sofreu novo baque:
caiaque, o coração do
contribuiu para aumentar ainda
«Um
bloco de gelo desprendeuaventureiro sofreu
mais o medo de Filipe Palma.
-se
de
um dos glaciares, e caiu
novo baque (...)”
Sentir tão perto a beleza mortífera
com grande estrondo na água! Tive
de uma foca-leopardo, paralisou, por
sorte porque a foca assustou-se tanto
momentos, os reflexos. «Se o caiaque ticomo eu, e fugiu…»
vesse motor, teria rapidamente fugido dali!...»
Logo no primeiro dia de expedição, a travessia dos
Encurralado entre a foca e os blocos de gelo, Filipe oito quilómetros da gigantesca baía de Andvers
parou de remar, e tentou esquecer o que apren- revelou-se um teste à resistência e aos nervos. Já
dera e ouvira sobre o mamífero mais temível da nas imediações da desocupada base chilena Pre6
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Na relativa segurança e conforto da tenda montada
em cima do gelo, depois de seis horas de lentas
mas extenuantes remadas, Filipe reflectiu sobre
as incertezas dos oito a nove dias ainda previstos
de expedição, em solitário, na Antárctida.
Inédita em Portugal, a ideia de navegar de caiaque
na Antárctida, surgira em Fevereiro de 2001: «Na
altura, e para conhecer esta zona, gastando o mínimo possível, trabalhei como “faz-tudo” num veleiro que levava turistas da Patagónia argentina
até à Península Antárctica, e fui confrontado com
aquilo que já se sabe: um continente agreste e implacável de características singulares, que até há
pouco mais de 100 anos, ainda não tinha sido pisado pelo homem!»
cial na ilha de Cuverville. «Estava previsto ainda
passar a primeira noite com o veleiro ao lado como
apoio, para verificar o material, mas com o agravamento das condições meteorológicas, que podiam
bloquear a baía com blocos de gelo, e o perigo em
fundear naquela zona, preferiram não arriscar!»
Na solidão da noite, pensou no tempo que levava a
montar e a desmontar o acampamento, e decidiu
realizar etapas mais longas de navegação: «No planeamento pessimista de 10 dias para realizar a travessia, queria ter mais tempo para ficar acampado
a apreciar aquela natureza fantástica, mas implacável e agreste».
Para proteger-se do pior, Filipe tinha planeado
remar sempre que possível pelos canais, mais
abrigados dos ventos fortes que sopram do planalto antárctico. As rajadas regulares de 40 a 50
nós, (75 a 90 km/hora), provocavam um efeito de
mareta, e a ondulação fazia o caiaque surfar, em
desequilíbrio, com riscos de afundamento de passageiro e carga.
«Com a água a um grau centígrado, em caso de
imersão teria morte certa em 5 minutos! Os 5 minutos representavam também o tempo máximo
para manobras de emergência: se o caiaque se
virasse, poderia tentar “esquimotar”, e subir para
cima da embarcação virada, para o corpo resistir
mais algum tempo ao frio.»
Em 2003, quando soube que José Inácio Júnior
procurava tripulantes para tornar o Lilli II, o primeiro veleiro português a navegar no oceano Glacial Antárctico, valeu-se do passado desportivo e
aventureiro, para ultrapassar a relativa inexperiência marítima, e convenceu o comandante a
aceitá-lo para a etapa mais dura da viagem: ida e
volta de Ushuaia até à Península Antárctica.
Com as duas viagens à vela à Península Antárctica
apurou o projecto: a travessia de 80km do Estreito
de Gerlache, em dez dias em auto-suficiência.
O mau tempo marcou o início da aventura no
Verão Austral de 2005. À chegada à Antárctida,
ventos com rajadas de 100 km/hora foram considerados pelo “skipper” holandês Henk Boersma como os piores da década. O veleiro Sarah
W.Vorwerk em que viajava Palma foi obrigado a
fundear durante 3 dias no relativo abrigo da ilha
de Deception. E só quando o vento amainou, o
veleiro zarpou e desembarcou o passageiro espe-
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
7
Grande Reportagem
Filipe Palma em Caiaque
sidente Videla, o som de uma respiração profunda
desencadeou nova reacção de alerta: «Dentro de
água, ouvi um borbulhar e arfar muito forte atrás
de mim. Era uma orca! Quando olhei melhor, vi
outras três orcas apenas a 50 metros do caiaque.
Estava ali à mercê daqueles “gigantes do mar”, e
por isso tentei dar as mais lentas e harmoniosas
remadas possíveis, sem movimentos bruscos, para
que não se sentissem ameaçadas!»
As orcas acabaram por se afastar, depois de satisfeita a curiosidade sobre o desconhecido e aparentemente não comestível espécime humano.
Do ponto de vista físico, o primeiro dia estava
também a revelar-se um teste à concentração e à
perícia em manobrar o caiaque: «o vento soprava
forte, de vez em quando, provocando alguma instabilidade».
Grande Reportagem
Outro dos perigos era a navegação demasiado
próxima dos glaciares.
Na maior parte do percurso, as abruptas paredes
glaciares que preenchem quase toda a costa
destes canais impedia a aproximação e o assentar
do acampamento para a pernoita. «Há montanhas
de 2 mil metros de um lado, e mil metros do outro.
É uma zona com poucos acessos a terra, a maioria
são “ice sheets” onde é impossível o desembarque.
Tinha tentado estudar muito bem, todos os possíveis pontos de refúgio.» Ao fim do primeiro dia, o
ribombar provocado pelo desprendimento regular
de blocos de gelo tornara-se já uma constante aos
ouvidos do solitário aventureiro.
Mas foi só na terceira manhã, já em Paradise
Harbor, que surgiu, agravado, o maior obstáculo
das aventuras antárcticas: o frio de 20 graus negativos.
Filipe acordou com a ventania e a tempestade
de neve que soterrou praticamente a tenda, e o
deixou bloqueado, durante 3 dias. O português
vestiu toda a roupa térmica que tinha, e entre
idas regulares à tenda para se hidratar com chá e
sopa, decidiu conhecer melhor a vizinhança: indiferentes à sua presença, centenas de focas-wedell
e leões-marinhos desfrutaram naqueles três dias
da observação próxima de um humano.
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Contente consigo próprio, Filipe iniciou a demorada desmontagem do acampamento.
A estratégia de etapas mais longas de caiaque, e
de mais tempo acampado em cada local, resultara
em pleno.
Cerca de 2 horas e meia, o dobro do tempo que
levava a «assentar arraiais», era o tempo que precisava para desmontar a tenda, e preparar o caiaque
para a etapa seguinte. Esta era uma tarefa árdua,
onde o mais difícil era arrumar e distribuir 40 kg
de material na embarcação construída em fibra
de vidro. Sem qualquer ajuda exterior prevista em
caso de percalço, o aspecto logístico exigira uma
preparação ao mais ínfimo pormenor À proa e à
popa, nos compartimentos estanques da embarcação de 3 metros era preciso ter a conta o equilíbrio do caiaque. Havia comida para 15 dias, um
fogão e combustível, um saco cama, uma tenda, e
um colchão insuflável.
Com tudo arrumado, Filipe vestiu o colete da expedição, prendeu o saiote de neopreno ao caiaque,
e deu as primeiras remadas, confiante no cumprimento da etapa seguinte, sem saber ainda que o
esperava novo teste
resistência.
O sexto dia de expe“Havia codição era o ponto crí-
mida para 15
dias, um fogão e
combustível, um saco
cama, uma tenda, e
um colchão insuflável. (...)”
Grande
Grande
Reportagem
Reportagem
Filipe Palma em Caiaque
tico da aventura: a travessia do Estreito de Gerlache.
Com pouco vento e nebulosidade, Filipe atingiu
facilmente a ilha de Bruce onde pensara inicialmente pernoitar. «Era praticamente vertical, tinha
paredes de 1500 metros de altura, onde o vento
“encana” facilmente, e não dava para desembarcar… Como eram 10 da manhã, o mar estava
calmo, aquilo a que chamamos um «dia de azeite»,
decidi logo passar para o outro lado, e tentar
chegar à ilha de Trowet».
Pleno de confiança para remar mais milhas que
as inicialmente previstas, iniciou a travessia com
a ajuda da bússola e do GPS, e navegou através do
nevoeiro que entretanto caíra. «Sabia que eram
sete milhas, quase 14 km de total exposição e
maior probabilidade de haver vento».
O vento começou a soprar subitamente quando
estava vencido um terço do percurso. Três horas
e meia depois de cadenciadas remadas, Filipe
atingiu a ilha de Trowet, e cansado, fez de novo
contas ao resto do percurso: «Já só tinha uma
peça de fruta da “ração” desse dia, e ainda estava
a mais de 5 milhas do Cabo Herrera. Num último
esforço, pensei que remando mais duas a três
milhas chegaria a uma base chilena desactivada,
onde não teria que montar tenda».
A neve que começou a cair, e que não derretia
na água, mudou os planos que pareciam fáceis.
«Parecia que estava a remar sobre veludo que ia
engrossando cada vez mais». Sob a tempestade,
com visibilidade praticamente nula e um mar já
encapelado, foi já com os óculos de montanha colocados apressadamente por causa da neve que
batia nos olhos, que atingi o cabo Herrera».
No Cabo-que-nunca-mais-chegava pensou: «E
agora? Fazer outra vez isto para trás?»
Apesar dos movimentos energéticos, o corpo ar-
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Grande Reportagem
refecia e os dedos estavam enregelados. À sétima iria partir o caiaque. Estava a ser um dia-limite:
«Só pensava: não pares porque não tens
hora, já extenuado de tanto remar, obbarco de apoio, ninguém te vem buscar!
servou finalmente a tal marca, e uma
Ou remas para a frente, ou não voltas
enseada escapatória. «É só dobrar!» “Depois
para contar a história!». A solução foi
pensou o português. «Devo ter navede 8 horas de
voltar para trás, remar ainda mais
gado cerca de uma hora a favor do
esforço na água,
duas horas, e desembarcar junto
vento até ver finalmente a silhueta
Filipe constatou que
à colónia de pinguins já obserda “casa fantasmagórica”. Mas
se tentasse desemvada nesse dia. «Tive que escavar
quando me aproximei havia 4 cenbarcar iria partir
na neve para montar a tenda, e cotímetros de espessura de neve, e pao caiaque. (...)”
mecei finalmente a aquecer». O facto
receu-me estar a remar sobre areia»
Depois de 8 horas de esforço na água, Fide ter poucos fósforos que permitissem
lipe constatou que se tentasse desembarcar
por o fogão na potência máxima para trans-
10
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Na ilha de Doumer, Filipe Palma dormiu 3
noites rodeado de centenas de pinguins Papua.
Por três dias, o professor de Educação Física mais
parecia um experimentado biólogo que, tentando
passar despercebido, fotografou ao pormenor, a
vida social nas colónias destas patuscas aves.
No intervalo das deambulações pelas “pinguineiras”, deu cabo das últimas iguarias do stock alimentar. Fez pão caseiro que comeu com compota
e queijo. Cozeu massa e “noodle´s soup”, trincou
as últimas peças de fruta, saboreou bolachas e cereais de pequeno-almoço, com açúcar e gordura
necessárias à sobrevivência do organismo naquelas paragens.
Após 3 dias, foi com pena que se fez ao mar para a
última etapa: o encontro com o veleiro que o esperava já em Port Lockroy.
A última etapa de 8 quilómetros até ao local
onde estava fundeado o «Sarah» previa-se tranquila. Mas a surpresa e susto do primeiro dia
repetiram-se, de novo, a meio do percurso final.
«Estava parado a fotografar a paisagem, e ouvi
um arfar forte, vindo da zona da proa. Apoiei o
remo num icebergue pequenino, para o caso da
foca querer virar o caiaque. Mas a foca-leopardo
continuou a rondar… Apareceu-me primeiro à
proa…, a seguir de um lado, e depois do outro...
Não me largava! … Ainda foram uns minutos,
sem saber o que fazer. Vi uma ilhota relativamente próxima, e remei para lá a toda a velocidade... Felizmente, não foi atrás de mim».
Superado o susto, o português remou as últimas
milhas até Port Lockroy, e acostou finalmente
ao «Sarah». A bordo do veleiro, na travessia do
temido mar de Drake, Filipe Palma olhou para
as cartas de navegação, e lembrou-se do mapa-mundi da National Geographic que o inspirara
em criança. «Toda a gente tem oportunidades na
vida, cabe a nós agarrá-las. Tal como muitos outros, sonhei com a Antárctida. A única diferença
é que transformei esse sonho em realidade!» ø
Aurélio Faria,
Jornalista
(Excerto do capítulo do Livro «Um mundo de aventuras»,
a publicar em 2012)
“Na ilha de Doumer,
Filipe Palma dormiu
3 noites rodeado de
centenas de pinguins
Papua. (...)”
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Grande Reportagem
Filipe Palma em Caiaque
formar gelo em água, pareceu-lhe então factor de
somenos importância.
Em relação ao frio, estava familiarizado com o
equipamento, e lembrava-se da experiência da
Volta ao Mundo de bicicleta em 1999/2000, e do
congelamento ligeiro dos dedos dos pés na ida aos
5600 metros do acampamento base do Everest, no
Tibete.
Mas a seguir à tempestade veio a bonança, e no
dia seguinte já relaxado, passou várias horas em
manga curta aproveitando as longas horas de sol,
reflectidas na neve e no gelo.
Em Família
 Actividade
gps outdoor
Traga a sua família e / ou amigos até
ao Largo da Feira de São Pedro em
Sintra, para, a partir daí, ser guiado
por um GPS Outdoor que vos levará
a descobrir Sintra por outros caminhos. Chegue até à porta do Castelo
dos Mouros sem esforços e aí o Alcaide Mouro entregar-lhe-á a chave para
uma conquista serena (ou será que
isto já aconteceu antes?) deste pedaço de Património da Humanidade que é
Sintra. Siga o seu “guia”, se ele o levar
aos travesseiros de Sintra, delicie-se com essa maravilha e regresse ao
Espaço Muitaventura por um trilho romântico e cheio de actividades, segredos e desafios.
o outro lado de sintra
gps paper
12
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Com a Muitaventura
É sempre a bombar!
Na vila de Sintra
E com o Romantismo no ar
Fui a Sintra passear
Com a Muitaventura a organizar.
Um receptor de GPS que não fala e não lhe
indicará caminhos longos, penosos ou com
portagens leva-o a si, e à sua família e /ou
amigos, a descobrir Sintra.
Partindo do Espaço Muitaventura, onde monitores especializados ensinam a utilizar o
GPS e entregam um guião com perguntas e
tarefas para responder e cumprir, sempre de
uma forma divertida e didáctica.
Siga pelas empedradas e antigas ruas de São
Pedro em direcção ao Castelo dos Mouros.
Pelo caminho, não se limite a caminhar, o
“guia”, sem ser chato, indica-lhe os pontos de interesse do percurso e autonomamente ou com a ajuda das crianças descubra os segredos da Capital do Romantismo.
Beleza e romantismo em todo o lugar,
Um dia hei-de cá voltar!
Se o romantismo tudo cura,
Não sejas pelintra
E vem a Sintra
Passear c’a Muitaventura
Desça do Castelo dos Mouros para a vila por
um trilho único, em que o desnível mal se
nota, deslumbre-se com a paisagem, repare
com atenção nos pormenores escondidos em
locais como a Igreja de Santa Maria, a Quinta
do Castanheiro – onde viveu Hans Christian
Andersen – ou a Fonte da Sabuga. Entre na
vila e enquanto procura o “carimbo” da visita
aproveite para lanchar os maravilhosos travesseiros de Sintra (faz ideia que para além
dos travesseiros e das queijadas existem
muitas outras delícias para provar?). Lanche
esse que se traduz numa doce e verdadeira aventura gastronómica. Mais uma vez as
crianças (e não só) agradecem!
E como a vida não é feita só com coisas doces,
os adultos são tentados a ir descobrir qual o
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
13
Em Família
Actividade
Q
uantos de nós não fomos passear para conhecer Sintra ou
dá-la a conhecer à família e/
ou os amigos, mas acabamos
quase sempre por recorrer
ao carro. Subimos ao Castelo dos Mouros
ou ao Palácio da Pena, descemos, visitamos
o Palácio Nacional de Sintra e terminamos
a visita com um travesseiro e sempre embrenhados no caos que é a mobilidade urbana desta pequena e secular vila?
Não saboreamos verdadeiramente os recantos mais recônditos de Sintra, aqueles
caminhos cheios de lendas e histórias que
só os locais conhecem. E, principalmente
não respiramos o seu ar puro!
Chegou a era das novas tecnologias. A era
da sustentabilidade. A era da autonomia.
Está na hora de recorrer aos receptores de
GPS e descobrir, a pé, em segurança, informada e autonomamente os territórios.
Em Família
vinho mais antigo que é vendido ali perto e só o “guia” sabe onde
provar uma bela ginjinha.
Lá bem no centro da vila, complete a frase e descubra então
porque terá Richard Strauss escrito que:
“Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília,
a Grécia e o Egipto, e nunca vi nada, que valha a _____________.
É a cousa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim
de Klingsor – e, lá no alto, está o _____________ do Santo Graal.”
Já agora, a resposta é Pena e Castelo!
O “guia” leva-o de regresso ao Espaço Muitaventura, em São
Pedro de Sintra, passando pelo Parque da Liberdade e pelo Jardim
da Vigia. Nestes espaços verdes vai ter de fugir ao “guia” enquanto
descobre a sua história e os valores da biodiversidade.
Cada família pode levar até 3h e meia (cuidado com a duração
do lanche). O trajecto é acessível e simples. Com tantas tarefas e
perguntas que desvendam os segredos as crianças nunca se vão
aborrecer e interesse nunca vai faltar. No final deixe-nos o seu
testemunho numa quadra criativa.ø
Bárbara Brandão - Doutoranda em Turismo
Mestre em Turismo Natureza - Mestre em Geografia
Junte a família e venha descobrir Sintra,
entre nesta Aventura.
ficha técnica
Dificuldade: Baixa/Média
Duração: Cerca de 3 horas
Distância: 5 km
Tipo de percurso: Circular
Qualidades do “guia”: Não fala e não se engana no caminho
Promotor: Muitaventura
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Em Família
 Evento
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Aceite o desafio e venha
despedir-se de 2011 a correr
no coração da capital.
INSCRIÇÕES
Existem 3 métodos de inscrição disponíveis, o site oficial, a Loja do El Corte Inglés
Lisboa e via CTT.
Pode optar pela inscrição através do site
oficial (www.saosilvestredelisboa.com)
ou no balcão da Loja de Desporto, no piso 3
do El Corte Inglés em Lisboa.
Quanto à inscrição pelo correio (São Silvestre de Lisboa, Apartado 9, 2776-901 Carcavelos), só é aceite até 11 de Dezembro.
PROVAS
Além da prova principal de 10 km, a quarta
edição da El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa contempla:
• a Vitalis Mini São Silvestre de Lisboa, que
este ano se efectua na distância de 5 km;
• a São Silvestre da Pequenada, dirigida a
crianças entre os 5 e os 11 anos.
horários
17h15: São Silvestre da Pequenada (crianças
entre os 5 e os 11 anos).
18h00: El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa (10 km);
Vitalis Mini São Silvestre de Lisboa (5 km).
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Em Família
São Silvestre de Lisboa 2011
SÃO SILVESTRE
DE LISBOA 2011
“E
m 2011, a corrida de São Silvestre de Lisboa realiza-se no
último dia do ano. As inscrições
para a quarta edição do evento
arrancaram a 1 de Outubro.
A baixa lisboeta volta a receber a corrida que
começa a ganhar tradição. Milhares de atletas participaram nas edições anteriores e espera-se um entusiasmo idêntico ou superior
para a festa que marca a despedida de 2011.
A prova realiza-se em Dezembro, com a
Praça dos Restauradores, em Lisboa, a concentrar a partida e a chegada.
Em Família
Partidas
diferenicadas
Outra das novidades da El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa de 2011 são as partidas diferenciadas
por tempo:
• Sub40 minutos* (os primeiros 100 atletas inscritos
- com o pagamento efectuado - poderão partir da
Zona de Elite B, mediante envio de comprovativo
de marca inferior a 35 minutos, realizada em 10
km nos últimos 12 meses)
• Sub50 minutos*
• Sub60 minutos*
• +60 minutos
*Para ter acesso à zona de partida pretendida, no
acto de recolha do dorsal, deverá apresentar um
comprovativo da melhor marca realizada em 10
km nos últimos 12 meses (esta deve corresponder
à zona de partida solicitada).
inscrição gold
Devido ao sucesso do ano passado, voltámos a
lançar de novo o pacote Inscrição GOLD São Silvestre de Lisboa.
Esta inscrição, com um preço superior ao normal, pretende dar a conhecer o que é ser atleta
profissional por um dia.
Com acesso à zona de convidados, vestiário,
massagens, estacionamento próximo da partida, o conforto de ter disponível o kit do atleta
no local e uma série de mimos que os nossos
patrocinadores proporcionam.
Esta inscrição permite também uma partida
junto dos melhores atletas, a partida na frente
no corredor de Elite, para poder disfrutar melhor e de maneira única a última prova do ano.
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Por Família
água
Em
São Silvestre de Lisboa 2011
desafios
Homens contra Mulheres
Tal como nas edições passadas e para apimentar
a competição os atletas de elite voltam a contar
com o desafio Homens contra Mulheres.
Recordamos que o ano passado os Homens quase apanhavam as Mulheres, o atleta Hermano
Ferreira dobrava a esquina enquanto Jéssica
Augusto cortava a meta em alegria extasiante e
perante os aplausos do público na Praça do Comércio.
São Silvestre de Lisboa da Pequenada
Os mais pequenos podem repetir este ano a alegria do ano passado, ou experimentar pela primeira vez uma São Silvestre de Lisboa.
Queremos voltar a receber crianças no centro
da cidade com o objectivo de promover o desporto e de proporcionar muita diversão.
curiosidades
• O ano passado a El Corte Inglés São Silvestre
de Lisboa ficou em 3º lugar no ranking nacional
de provas com o maior número de atletas chegados à meta.
• O calendário deste ano empurrou a prova
para o dia original de celebração do Santo São
Silvestre.
TREINOS
Estão previstas três sessões de preparação
para a El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa.
São treinos de corrida, com a orientação de monitores especializados para todo o tipo de atletas. São treinos de Inverno, pelo que é importante um bom equipamento, quente e transpirável.
• Durante o período de inscrições os patrocinadores envolvidos desenvolvem ações de promoção e oferta de inscrições, há que estar atento.
• A zona do Monsanto é uma zona pouco explorada para a prática do atletismo mas contêm percursos que para além da beleza natural, podem
proporcionar tipos de treino muito completos.
Os treinos realizam-se pelas 10h00 no Anfiteatro
Keil do Amaral, em Monsanto, nos dias 3, 10 e 17
de Dezembro.
Sabia que...
Este ano desenvolvemos uma parceria
com a Associação NARIZ VERMELHO.
A totalidade do valor da inscrição dos
mais pequenos reverte a seu favor.
Site Oficial: www.saosilvestredelisboa.com
Facebook São Silvestre Lisboa
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
19
Aventura
 Evento
TOW-OUT PELA NOITE FORA
Depois da Califórnia, da costa atlântica francesa
e da Indonésia chegaram finalmente a Portugal as sessões nocturnas de surf e bodyboard.
A ideia partiu do antigo Campeão Europeu de
Bodyboard Hugo Pinheiro e tomou forma nas
areias da Costa da Caparica, reunindo nas areias
milhares de fãs.
O
encontro estava marcado para o
pôr do sol e a informação espalhou-se rapidamente através das redes
sociais. Afinal de contas era a primeira vez que se organizava em
Portugal uma sessão nocturna de Surf e Bodyboard, com o aliciante adicional de emoções redobradas graças à presença de duas potentes motos
de água. Graças a estas, as manobras dos atletas
podiam ser ampliadas nos céus a uma velocidade
impossível em condições normais.
Para o efeito foram colocada na praia uma bateria de holofotes, superando os 20 mil wats de
potência.
Com milhares de espectadores na Praia do CDS
e ondas que chegaram aos dois metros de altura,
o encontro “Hugo Pinheiro & Friends - Tow Out
Night Session” superou largamente as expectativas. Uma selecção de atletas de surf e bodyboard
abrilhantou a primeira noite mágica do género
alguma vez vista em Portugal, sem dúvida uma
experiência a repetir!
20
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Aventura
Tow-out pela noite fora
Foi uma despedida antecipada do Verão em grande estilo, com uma estrondosa presença do público e a participação de grandes nomes e algumas
promessas do surf e bodyboard nacional.
O encontro “Hugo Pinheiro & Friends - Tow Out
Night Session” acabou por se transformar numa
mega festa de praia, fazendo história ao propor a
primeira sessão nocturna de ondas alguma vez
realizada em Portugal.
Hugo Pinheiro, o mentor desta sessão era no final o espelho da satisfação - prometendo desde já
uma continuidade: “Sinceramente nunca pensámos que este encontro iria despertar o interesse
de tanta gente, uma massa humana que não se vê
com facilidade nem em provas oficiais de grande
importância.
Fotos: Paulo Calisto/Red Bull Photofiles
Muita gente anónima aceitou o nosso desafio e
veio fazer pela primeira vez surf e bodyboard à
noite - e mesmo entre os atletas convidados para
alguns tratou-se de uma estreia. As condições
do mar não estavam fáceis e terminámos a noite
com ondas de dois metros”.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
21
Aventura
Quanto ao futuro, Pinheiro não esconde a “vontade de continuar a apostar neste conceito inovador, aprendendo com esta experiência e procurando montar um evento ainda melhor no
próximo ano”.
Hugo Pinheiro, Pierre-Louis Costes e Gastão
Entrudo deram espectáculo no Bodyboard, enquanto no Surf a acção ficou por conta de Justin
Mujica, Francisco Alves, Filipe Jervis, José Ferreira e os irmãos Guichard. Em terra também
houve animação, graças ao mini-half pipe de
skate e à presença de vários atletas - com especial destaque para a grande revelação
do momento Thaynan Costa.
Quanto
ao futuro,
Em paralelo à acção na água, a
festa nas areias da Praia do CDS
Pinheiro não
e no Café do Mar durou até
esconde a “vontaperto das duas da madrugada,
de de continuar a
com muita animação ao ritmo
apostar neste con- dos Nubai Sound System e do
ceito inovador
DJ Pedro Walter. ø
(...)”
Por Thomaz Mayo
22
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Aventura
 Descobrir
Um elefante
chamado Casa
O chamado país de um milhão de elefantes já não merece tal baptismo no século XXI.
Mas em Khiet Ngong a tradição ainda é o que era: as famílias incluem elementos de grande porte há várias gerações. Nesta aldeia do sul do Laos, os elefantes são mais um parente e uma fonte de rendimento para a comunidade. Esta é a história de uma família que sempre viveu com um trombudo à porta.
o cimento da viagem
Primeiro é preciso chegar lá. A aldeia não vem
no mapa nem se anuncia em passeios turísticos.
Estamos em Pakse, capital do sul do Laos. Quem
pergunta descobre que não há autocarros para
Khiet Ngong. Mas há songteus. Demoram 3 horas
a fazer os 60 km. Que diabo serão os songteus?
Resposta na Estação Sul de Songteus de Pakse:
parece uma cidade de camiõezinhos de brinquedo. 9h da manhã. Em 50 songteus apertam-se
passageiros e carga até ao topo e há sempre mais
alguém a subir. Qual será o certo?
O songteu para a aldeia surge ao meio-dia. Ao
contrário dos outros, tem 5 gatos pingados lá
dentro. Ninguém fala inglês. Trocam-se bolachas
e sorrisos, almoçam sopa de massa e carne com
moscas vendidas na carrinha em frente. Sem
24
Novembro_ De<embro 2011 OUTDOOR
pressas. O songteu há-de arrancar pelas 14h,
uma hora depois do previsto.
Pára uns 200 metros mais à frente. É um armazém de cimento. Os passageiros saem, as
sacas entram. E lá seguimos viagem entalados
entre sacas de cimento a largar pó. Depois de 1
hora em alcatrão, os companheiros de estrada
cobrem-se com máscaras de pano. A estrada
passa a ser de poeira vermelha. Abençoo a esperteza de ter molhado o cabelo devido ao calor.
Quando finalmente chegamos ao destino, qualquer diferença entre mim e um trolha será pura
coincidência.
casa de família
Na rua de casinhas de madeira sobre estacas,
uma tem placa: Tourist Information. Falantes de
inglês, nicles. As poucas frases lao que conheço
Aventura
Descobrir
colhem sorrisos. Devo ter sotaque pavoroso. Saco
da arma secreta: um pequeno dicionário Inglês-Lao. A palavra mais importante é logo entendida: homestay . Mais uns gestos e risos e há uma
senhora de sorriso grande que me pega na mão e
leva: Pouh aceita acolher-me na sua casa cor-de-rosa. Ainda há luz de dia e Someh, mãe de Pouh,
cozinha o jantar em panela borbulhante. Subimos ao 1º andar para pôr a mochila no quarto
espaçoso - mosquiteiro e colchão de casal no
chão (2,5 euros por noite e 1 por refeição, quem
pode pedir mais?) Ao jantar conheço o resto da
família: as duas filhas de Pouh, com maridos e
bebés, sentados no chão a ver telenovela tailandesa. Não comem ao mesmo tempo: apenas Pouh
e o marido Hudong jantam com a forasteira,
arroz e sopa de peixe - deliciosa, cheia de ervas
e gengibre. Hudong arranha inglês, conseguimos
meia conversa e riso cheio.
O aluguer de quartos é comum nas aldeias: para
os habitantes aconchega o rendimento familiar; para os turistas é a fórmula mais barata de
alojamento e de conhecer por dentro a vida do
país. Quem está habituado a comodidades torcerá o nariz às condições oferecidas; quem tem
orçamento limitado, suspira de alívio e adapta-se Para esta turista é uma estreia total. Tarde
percebe que não há casa de banho (vá lá que os
toalhetes perfumados fazem parte da bagagem).
Songteu de Pakse, Laos
De manhã, quando desço, uma parede cinzenta
parece ter crescido a tapar a janela. Espreito: é um
elefante. O espanto salta comigo para a rua. Não estava nenhum bicho destes à vista quando cheguei
ontem. Hudong está a serrar madeira ao lado, não
percebe os olhos arregalados. Para ele não há nada
de estranho. Já havia elefantes na família antes de
ele nascer: esta é a fémea da matriarca Someh.
Vê-se que é menina, não tem presas de marfim.
E como Hudong e Pouh, Dom tem 50 anos. Foi
bebé ao mesmo tempo. Tanta coisa dentro de um
nome: Dom quer dizer casa, em lao. Abrigo, clã,
vida. Para ela, casa deve ser qualquer sítio onde
se coma, como faz agora: é o desporto favorito.
Afasto-me criança aos pulos. Já posso dizer à boca
cheia: a minha família tem um elefante.
um dia na selva
Saio para o passeio combinado no dia anterior na
casa do turismo: na floresta…em elefante. Hudong não fica aborrecido: há 13 paquidermes em
Khiet Ngong e os rendimentos dos passeios turísticos são divididos pela comunidade. Recebem
cerca de 3000 visitantes por ano. Cada viagem
pelo Parque Natural de Xe Pian custa 30 euros;
12 euros a ida até às misteriosas torres de pedra
no planalto de Phu Asa, atracção da zona.
Passeio na floresta unida Ngong
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
25
Aventura
Travo conhecimento com Nam, outra fêmea,
mais o condutor Laoh. O guia Toui está de
folga e acompanha-nos. Em boa hora: é o
único que entende inglês nos arredores. Há
sofá de bambu para dois no dorso e o condutor
vai entre as orelhas ao comando. Somos três
e um piquenique em cima da Nam, em passo
lento. Sinto-me abusadora, eles riem-se:
este é o trabalho mais leve que um
O elefante
elefante pode ter. Antes cortavam
asiático está
e carregavam árvores para construção. Não como estas gigantes de
em risco de se torfolhagem densa. Estamos em área
nar extinto no Laos.
protegida. Nam pára sempre que
Existem menos de
detecta
pasto tenro: a toda a hora.
1500 elefantes no
A
tromba
ergue-se em busca das
País.
melhores folhas. Se puder passa
20 horas a comer, que chatice ter de
dormir quatro.
Nam significa Ouro. Animal precioso como o
nome e cada vez mais raro. O elefante asiático está em risco de se tornar extinto no Laos.
Existem menos de 1500 elefantes no país. Dos
500 domésticos, a maior parte trabalha no abate
de árvores. Os poucos ocupados no turismo são
os mais saudáveis e seriam bons candidatos
para reprodução.
Dom, Hudong e Pouh família unida
Em Khiet Ngong há 2 machos e 11 fêmeas. Várias poderiam engravidar, mas os donos estão
Dom em casa na aldeia de Khiet Ngong
26
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Aventura
Descobrir
Estação de Songteus de Pakse, Laos
relutantes. Têm medo de que as fêmeas fiquem
feridas durante o acto. Parece que os machos são
brutos. Hudong nunca se atreveu, com medo de
perder Dom e para ela, aos 50 anos, já é tarde.
Uma equipa de veterinários envida esforços na
região, mas há muito tempo que não nascem
bebés elefantes na aldeia.
a lavagem da viatura
Hudong preocupa-se com o futuro? É mais o presente que lhe dá canseiras. Esta manhã, Dom
tornou-se um elefante branco. Parece rir-se da
marotice, deve ter passado um bom bocado a rebolar-se durante a noite no pasto. Hudong salta-lhe para cima como um macaco, Pouh passa-lhe a mangueira, e o duche começa. O dono não
descura pormenores: para porcaria entranhada,
saca do chinelo e esfrega com afinco os costados
de Dom. Em 20 minutos, temos trombuda refrescada a dar às orelhas. Molha todos em volta
e ainda recebe um cacho de bananas de brinde.
E lá seguem para o passeio turístico do dia, Dom,
bicho estimado, e Hudong, condutor de pesados.
Como qualquer desvelado proprietário de veículo
ocidental. A vida tem maneiras tão diferentes de
ser igual em toda a parte.ø
Dom a chinelo
Por Teresa Conceição
Jornalista
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Aventura
 Entre Amigos
A pretexto de uma jantarada entre
amigos em Albergaria-a-Velha, juntámos cerca de 50 amantes do BTT, da
natureza e obviamente da gastronomia e partimos à descoberta de 42 quilómetros de trilhos da região Centro.
P
artida e chegada tiveram em comum
o local do repasto o Restaurante
Solar o Condado em Albergaria-a-Velha, a tarde estava solarenga mas
a utilização de manguitos ou de um
casaco era aconselhável.
Depois de um breve briefing sobre os locais
por onde iriamos passar, como por exemplo uma linha de caminhos-de-ferro desactivada onde a dificuldade maior viria a ser
a passagem por cima das chulipas da linha
férrea, chulipas são aqueles paus enormes
rectangulares nos quais assentam os carris, vulgarmente conhecidos por travessas…
Depois desta pequena aula de português, lá partimos em direcção à Serra da Senhora do Socorro, a quem alguns com certeza pediram ajuda.
A subida não sendo muito inclinada revelou-se
um pouco extensa. No entanto, valeu a pena! No
alto encontramos a capela e um miradouro que
domina toda a região lagunar do Baixo Vouga,
proporcionando a oportunidade de vislumbrar
uma fantástica paisagem.
28
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Fotos: Paulo Quintans
UM passeio
em btt
Daí descemos até às margens do Rio Caima que
fomos navegando, aliás pedalando quase em
cima de água até à antiga fábrica da Celulose
do Caima. Pelo caminho, deixamos o eucalipto
gigante tombado, para depois pararmos em Ribeira de Fráguas, onde nos esperava um lanche
maravilhoso para retemperar as forças.
Aqui o Miguel (companheiro de aventura) explicou-nos um pouco da história da região como
por exemplo, que os primeiros documentos que
referem esta freguesia datam dos finais do sec.
XI e que uma das indústrias mais importantes
foi a extracção de minério nas minas do Coval
da Mó e Volta de Telhadela, nas quais se extraía
cobre e chumbo. Em 1744, os ingleses descobriram as minas do Palhal. A tradição conta que
continham vestígios de indústria metalúrgica,
do tempo dos Mouros. Em 1796, foram abandonadas devido a uma cheia do rio Caima.
Em meados do século XIX foram exploradas
pela Companhia Lusitana de Mineração, produzindo cobre, galena de chumbo, blenda,
níquel, cobalto e alguma prata. O topónimo
Aventura
Passeio Btt
Fráguas, indica-nos fornos ou fornalhas, onde
eram separados o minério da escória.
Terminado o lanche e a fantástica troca de
conhecimentos, voltámos à nossa Aventura.
Serpenteámos a serra por trilhos fabulosos passando por, Bosturenga, Rendo, e aqui tivemos
mais uma aventura.
A travessia do Rio Filveda, não foi fácil…alguns
de nós acabaram por lavar as bicicletas mais
cedo (as bicicletas e os próprios).
De seguida passámos por Vale Maior e terminámos com a subida final em Açores, no regresso
a Albergaria-a-Velha. Confesso que nesta altura
fiquei um pouco baralhado. Tanta beleza paisagística, serra, arbustos, árvores, flores e uma
placa a dizer Açores fez-me pensar que estava
numa das ilhas do arquipélago, mas não, estava
mesmo em Albergaria e faltavam poucos quilómetros para terminar mais um dia fantástico,
desfrutando da natureza sem a estragar e ao
mesmo tempo fazendo desporto.
Assim, quando estiverem para os lados de Albergaria, não percam a oportunidade de conhecer
mais um fantástico trilho do nosso país…
Na próxima edição teremos mais, ate lá, boas
pedaladas… Aqui ficam algumas fotografias que
comprovam a maravilha que foi este passeio,
bem como o link, onde poderão fazer o download do track de GPS. ø
Paulo Quintans
www.gpsies.com
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
29
Entrevista
 Diana Gomes da Silva por Magali Tarouca
desafiar
os céus...
C
onhecida por desafiar os céus como
ninguém, com acrobacias que nos fazem suster a respiração e suspirar de
admiração, nem só a pilotar um avião
Diana Gomes da Silva nos consegue
surpreender.
Seja no ar, com os pés bem assentes na terra, ou a enfrentar as maiores ondas em qualquer parte do mundo, a piloto da SATA confessou à Outdoor que a adrenalina é, sem
dúvida, um dos elementos essenciais à sua vida.
Vamos descobrir um pouco mais acerca das paixões que movem Diana, uma comunicadora nata
e uma apaixonada pela vida e pelas atividades
desportivas.
Pode dizer-se que o entusiasmo pelo desporto
nasceu consigo. Aos três anos já praticava ginástica de competição, depois começou a jogar ténis,
a fazer natação, a ter aulas de ballet e equitação,
a andar de bicicleta, a fazer corrida, entre tantas
outras modalidades. “Basicamente, não me re30
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
cordo de nenhuma atividade em família que não
estivesse ligada ao desporto e ainda hoje em dia
assim é: ao sábado vamos andar de bicicleta e ao
domingo jogar ténis ou correr”, conta Diana.
Mas, mais tarde, o desporto acabou por ter um papel ainda mais importante na sua vida: a escolha
da profissão. “Em pequena queria ser astrofísica,
em parte por influencia dos livros do Carl Sagan.
Só mais tarde, comecei a perceber que afinal a astrofísica era uma utopia e que não era algo tão encantador como eu pensava. Então, como adorava
desportos motorizados, motas, carros e aviões,
decidi ser piloto e, mais tarde, seguir a carreira de
piloto de acrobacias que, para mim, é o expoente
máximo da aviação aliada ao desporto.
Praticar desportos desde criança transmitiu-me
imensos princípios à boa conduta pessoal e profissional, os quais aplico no meu dia a dia. Aprendi
desde cedo o que é a determinação, a disciplina, a
força de vontade, a garra, a coragem e, acima de
tudo, o respeito”, enumera Diana.
Entrevista
Diana Gomes da Silva
Os desportos de neve
Para além de ser a segunda mulher mais nova
do mundo e a única na península Ibérica a fazer acrobacias aéreas, Diana é também piloto da
companhia aérea SATA e tem uma licenciatura
em Comunicação Social, atividade que também
continua a exercer.
Mas as suas paixões vão mais além e quando se
fala em desportos de neve, os olhos de Diana brilham e o sorriso abre-se quase de imediato.
“Desde miúda que sempre fiz ski. Com 5 anos ia
com os meus pais para Andorra e foi lá que cresci
enquanto esquiadora.
Entretanto já pratiquei em quase todos os locais
de referência desta modalidade.
Mas é com o snowboard que Diana tem uma das maiores aventuras da sua adolescência.
“Para além
“Para acompanhar o meu
de
ser a segunda
irmão que faz surf (o comulher mais nova
nhecido surfista António
do
mundo e a única
Silva), comecei a praticar
bodyboard. Depois, aos 15
na península Ibérica
anos, fiz um intercâmbio
a fazer acrobacias
nos Estados Unidos e levei
aéreas (...)”
comigo um documento da
Federação a comprovar que
eu era uma desportista de alta
competição e que deveria ser colocada
numa zona dos Estados Unidos que me permitisse continuar a praticar bodyboard.
Mas o que na altura desconhecia é que em inglês
bodyboard diz-se Boogie Board e eles automaticamente associaram a palavra a snowboard. A
verdade é que quando dei por mim estava em Aspen, no Colorado, rodeada de montanhas cheias
de neve”, recorda divertida.
Apesar de ter ficado triste por estar tão longe das
ondas, o espírito de aventura de Diana não a deixou baixar os braços e fez com que começasse a
experimentar todos os desportos de neve que podia. Mas o que mais a cativou foi o snowboard,
acabando por tirar o curso e, pouco depois, começar a dar aulas de snowboard a crianças.
Apesar de ser um desporto extremamente divertido e cheio de adrenalina, Diana alerta para
alguns aspectos que muitas vezes são descurados, ou ignorados por parte de quem o pratica.
“Antes de começar a praticar snowboard, ou qualquer outro desporto de neve, é preciso ter uma
boa preparação física. Não basta comprar uma
prancha nas férias e aventurar-se pelas pistas. É
preciso ter disciplina. Senão é quase como agarrar num piloto sem experiência, colocá-lo dentro
de um avião e pedir-lhe para fazer acrobacias.
Este desporto tem de ser preparado ao longo do
ano, no ginásio, e se as pessoas o fizessem tenho a
certeza que o número de lesões diminuía bastante. Eu própria tive uma grande lesão há uns anos.
Foi no Colorado quando fazia saltos de competição, durante um salto chamado Big One. Já não
nevava há muitos dias e a descida era só gelo.
Tinha acabado de colocar cera na minha prancha, fui muito mais rápido do que era suposto e
o salto foi muito alto; a meio fiz algo que nunca
se deve fazer que é olhar para baixo. Parei de
rodar e caí. Estive hospitalizada durante algum
tempo até recuperar. É algo que pode acontecer
a qualquer desportista, mas muitas vezes o que
vejo são pessoas a fazer mais do que é suposto.
Por exemplo, quem está a dar os primeiros passos
devia saber que não pode fazer saltos muito acima dos 30 centímetros, um metro, e mesmo assim
fazem-no. Até pode correr bem da primeira vez,
mas é certamente aquilo a que se chama sorte de
principiante.”
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
31
Entrevista
Para além dos problemas que muitas vezes
acontecem nas pistas de ski e snowboard,
Diana alerta ainda para outra questão: os
circuitos fora de pista. “Fora de pista os
percursos devem estar delineados para não
correr riscos desnecessários. Já me aconteceu fazer fora de pista e quando dei por
mim tinha os pés molhados porque tinha
acabado de passar por cima de um rio. A
minha sorte foi ter passado muito depressa, caso contrário podia ter ficado lá. Um
amigo meu, por exemplo, ficou 25 horas num local porque foi longe demais e
perdeu-se.
Podia ter corrido muito mal, mas teve sorte. É muito importante levar sempre uma
bússola connosco e, hoje em dia, o GPS e o
iPhone são também uma grande ajuda. Eu
tenho um casaco com um emissor de emergência para este tipo de situações. Muitas
pessoas perguntam-me se este não é um
grande investimento. É óbvio que é, mas
se estes 200 euros que pago a mais forem
o suficiente para salvar a minha vida, então
sim, vale cada cêntimo investido.”
Na opinião de Diana, tanto as agências de
viagem como os próprio resorts deveriam
ter o papel de consciencializar as pessoas e incutir-lhes disciplina para a prática destes desportos. “ O ski e o snowboard deviam ser levados mais a sério, até
mesmo para não passar a ideia, errada,
de que são desportos perigosos. O único
perigo aqui está na atitude das pessoas.
O snowboard é um desporto bastante interessante, com uma ligação à natureza
estupenda, mas tem de ser praticado com
consciência”, refere.
Atualmente, Diana continua a praticar todo
o tipo de desportos, no entanto, a acrobacia
aérea enche-lhe as medidas, como mais nenhum desporto consegue fazer. “O que sinto no ar é único, não se explica e não existe nenhum desporto em que isso se sinta”.
“Tenho um grande carinho pelo meu avião
e trato-o como se fosse um filho. Investi a
minha vida nele e, a nível técnico, confio-lhe a minha vida”.
32
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Entrevista
Diana Gomes da Silva
“Já não nevava há muitos dias
e a descida era só gelo.
Tinha
acabado de colocar
Quando questionada soQuanto ao futuro, Diana afirma
cera na minha prancha, fui
bre a possibilidade de
não fazer planos a 10 anos. “Julmuito mais rápido do que era
sair de Portugal, Diana
go que estamos a passar uma
diz-nos que já teve em
crise, mais do que monetária,
suposto e o salto foi muito
cima da mesa uma exuma crise de valores e assim é
alto; a meio fiz algo que
celente proposta para ir
complicado fazer planos para a
nunca se deve fazer que
para a Ásia, mas confessa
vida. Para já, tenho um 2012 reé olhar para baixo.
que “o meu projeto não sou
pleto de espetáculos no México, no
(...)”
só eu; sou eu e a minha faBrasil, no Chile, Europa e Ásia.
Gostava muito de entrar na Reno Air Race
e na Red Bull Air Race. Tenho noção de que quero
evoluir cada vez mais a nível técnico e profissionalizar-me ao máximo, mas, para isso, preciso de
apoios, principalmente portugueses.
mília que me apoia. Assim, vou
dar tempo ao tempo, pois Portugal
demora sempre mais tempo a reconhecer os seus talentos. Porém, no prazo de dois
a três anos, se nada acontecer, a hipótese de
ir para fora não está fora de questão”, remata.
Neste momento, estou a fechar os meus primeiros
patrocínios, que vêm do outro lado da Europa. Por
um lado é um reconhecimento muito grande, mas
por outro lado é quase um sentimento de tristeza,
pois gostava que viessem do meu próprio país.”
Enquanto o destino se encarrega de traçar o
percurso de Diana, seja nos céus nacionais ou
internacionais, iremos certamente continuar a
acompanhar, com a mesma admiração e orgulho, cada “passo” seu. ø
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
33
Por Terra
 Viajar
Fotos: José La Fuente
BIRMÂNIA
Myanmar Confort
34
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
E
Por Terra
Viajar — Birmânia
sta é uma viagem que
alia aventura, cultura e
conforto para desfrutar
em tranquilidade este
país de eterna cor e alegria. A partir de um grupo reduzido
de participantes convidámo-lo a conhecer a calma dos templos budistas
e a serenidade das suas paisagens.
É neste país de selvas montanhosas,
de grandes extensões de bosques de
teca, de rios de belos caudais como
o Irawady e de vales muito férteis
que se desenrolará a nossa viagem.
Chegamos a Rangoon, situada no
delta do rio Irawady, típica capital do Sudoeste asiático devido à
sua tranquilidade e ao seu ambiente que acentua a antiga presença do colonialismo britânico.
Rangoon é uma cidade fascinante, vamos ter a oportunidade de
vislumbrar os seus magníficos
templos e percorrer os seus becos e vielas, de admirar o pagode
de Shwedagon, o chamado mistério dourado com 2500 anos de
antiguidade, saborear a magia de
um pôr de Sol nestas paragens é
algo que nos deixa recordações...
Deixando Yangon, rumamos para
Mandalay, a cidade do ouro, a última
capital dos reis da Birmânia e o centro religioso e cultural do país, poderemos conhecer os seus vistosos
templos, pagodes e mosteiros de cariz budista ao longo de várias visitas.
Visitaremos Bagan, um dos locais mais importantes em termos arquitectónicos da Ásia.
Locais como as grutas de Pindaya com os seus mil Budas, os jardins flutuantes do
lago Inle, o extinto vulcão do
Monte Popa, a Rocha Dourada e um
sem fim de mercados e templos budistas farão parte do nosso itinerário.
Aqueles que quiserem aprofundar o conhecimento do rico legado histórico do templo de Angkor
poderão optar pela inesquecível
extensão ao Cambodja ou à relaxante Praia de Ngapali - Myanmar.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
35
Por Terra
Programa:
D1:Voos cidade de origem.
D2: Chegada a Rangoon.
D3: Rangoon - Golden Rock (160km - 6h).
D4: Golden Rock - Bago - Rangoon (80km - 4h).
D5: Voo para Mandalay. Visita a Amarapura, Sagaing D6:
D7:
D8:
D9:
D10:
D11:
D12:
D13:
D14:
D15:
D16:
D17:
e Ava.
Mingun e Mandalay.
Mandalay - Monywa (112Km - 4h).
Visita a Monywa e aldeias tradicionais - Bagan
(290 km-6h).
Visita a Bagan.
Bagan.
Voo Bagan - Heho. Ida em veiculo para Kalaw.
Kalaw - Pindaya - Trekking aldeias Yasaky.
Cont. Trekking aldeias de Yasakyi. Pindaya -Inle.
Inle.
Voo Heho – Rangoon.
Voos Rangoon - Bangkok - Siem Reap.
Chegada à cidade de origem.
Extensão: Cambodja
D16: Siem Reap - Angkor - Siem Reap.
D17:
D18:
D19:
D20:
Siem Reap - Angkor - Siem Reap.
Siem Reap - Angkor - Siem Reap.
Siem Reap - Lago Tonle Sap - Siem Reap.
Voo para Bangkok - cidade de origem.
Cidade de origem.
Extensão: Praia de Ngapali
D16: Voo Yangon – Thandwe.
D17: Praia de Ngapali.
D18: Praia de Ngapali.
D19: Voo Thandwe - Yangon ou Banguecoque.
Conexão com voo internacional.
D20: Chegada à cidade de origem.
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despesas de viagem
Aplicação para registar despesas
de viagem. Crie os seus relatórios,
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ou comprovantivos e envie-os por
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36
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
1º Testemunho:
João José Vicente da Silva
Depois do Vietname em 2007, resolvi dar
continuidade por terras do Oriente, tendo
escolhido, em 2009, Myanmar. Outros rostos acolhedores, mas a mesma generosidade e simpatia.
A viagem, na forma como a senti, é muito gratificante, e apresenta três momentos marcantes:
-Golden Rock, pelo misticismo e entrega espiritual de todos quantos veneram o Buda;
-Bagan, pelo fabuloso património arquitectónico e histórico que nos é dado admirar;
-Lago Inle, pela beleza das água e das vidas. E
aquelas gentes que nos cativam, e aquelas formas de ser e estar que nos fazem interrogar as
nossas, e o prazer dos sorrisos, dos acenos, do
ter tempo para o tempo... Vão, Myanmar merece !!”
2º Testemunho:
Luisa Roubaud
“(&) A viagem foi inesquecível. Tudo correu
muito bem e não poderia ter corrido melhor e
valorizar o guia que se chama Myat Tun Win
ou Richard Ray J que se preocupou incansavelmente com o nosso bem-estar, numa paciência e dedicação que nunca pensei possíveis de
existir. (&) Muito obrigada por terem criado a
possibilidade desta viagem acontecer.” ø
Próxima Partida: 07-01-2012
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Por terra
Actividade
Randonneur, Rando
ou Randonneuring…
Quem lê pela primeira vez estas palavras não as associa a andar muitos quilómetros de bicicleta... Ainda são novidade
por terras lusas mas o randonneuring é
uma modalidade com milhares de seguidores por esse mundo
fora atraindo ciclistas amantes da longa
distância. Trata-se de uma forma especial de estar e de andar de bicicleta
suportada na experiência, no conhecimento e sobretudo na solidariedade e
na entreajuda entre randonneurs e tem
como objectivo a conclusão das longas
distâncias dos brevets.
38
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
O que diferencia os Randonneurs?
Os randonneurs são ciclistas de longa distância que
têm como objectivo concluir os brevets (Brevets
Randonneurs Mondiaux - BRM para os amigos),
nas distâncias de 200, 300, 400 e 600 km, culminando de quatro em quatro anos com a participação no
Paris Brest Paris - um brevet de 1200 km que, em
2011, teve a sua 17ª edição e que remonta a 1891,
sendo o evento de ciclismo mais antigo do mundo.
O que são um BRM?
São eventos não competitivos, em que o randonneur percorre o percurso do BRM individualmente, e em autonomia, não sendo permitida qualquer
assistência no trajecto. No final, não existem classificações por tempo ou qualquer outra, nem prémios, nem pontos por participação. É esta filosofia
não competitiva associada a percorrer centenas de
quilómetros que cria naturalmente um espírito de entreajuda entre os randonneurs em que
o objectivo é concluir a distância do BRM e não
chegar em 1º lugar.
Os BRM atraem um perfil de ciclista muito diversificado, em termos de idade, forma física, e
objectivos. Aspectos como o conhecimento e a
resiliência do randonneur associado à durabilidade do equipamento utilizado são essenciais.
Estas características acabam por colocar em 2º
plano as habituais preocupações de quem anda
de bicicleta, velocidade, peso da bicicleta, forma
física... Os tempos limite de conclusão dos BRM
variam com a distância: 13h e 30m para 200 km,
20h para 300 kms, 27h para 400 kms 40h para
600 kms e 75h para 1000 km o que permite
uma grande heterogeneidade de participantes.
O movimento Randonneur
Nasce em finais do século XIX, com provas
de longa distância em Itália e França, desde
então expandiu-se para todo o mundo. Na
Europa em países como a França, Inglaterra, Alemanha e Espanha existem milhares de
randonneurs, o mesmo acontecendo nos EUA
e no Brasil. Globalmente os Randonneurs
Mondiaux estão presentes em todo o mundo.
OUTDOOR Novembro_Dezembro2011
39
Por terra
Randonneur
Mas afinal o que é um Randonneur?
A tradução para português tal como para outras línguas é difícil, talvez por isso não se traduza...é um
cicloturista, um ciclista que, de forma não competitiva e em autonomia, percorre longas distâncias
de bicicleta. Se retirarmos o carácter competitivo
à palavra “ultra-distância” é um ultra-ciclista não
competitivo.
Por terra
O movimento em Portugal
O ciclismo de longa distância não competitivo e os
Brevets Randonneurs Moundiaux surgem em Portugal em 2011 com os Randonneurs Portugal que,
associados à “Les Randonneurs Mondiaux” e ao
“Audax Club Parisien” (entidade que mundialmente homologa e supervisiona os BRM), tornaram
possível a realização de Brevets Randonneurs Mondiaux oficiais em Portugal. Em 2010 realizou-se um
primeiro BRM o Portugal na Vertical (600 km).
Em 2011 organizou-se uma série completa (200,
300, 400 e 600 km) com base em Vila Franca de
Xira, e surgiu um primeiro organizador local em
Esposende. O grande objectivo de realizar em Por-
tugal os BRM de acesso ao Paris Brest Paris foi conseguido, culminando com a primeira participação
oficial de Portugal no Paris-Brest-Paris, evento que
reuniu 5000 randonneurs de todo o mundo. ø
calendário
para 2012
BRM 200 Tejo Sorraia Tejo
11 de Fevereiro — Randonneurs Portugal
Santarém 200 - Tejo acima Tejo abaixo
10 de Março — BTZ Mação
BRM 200 Alto Minho
31 de Março – Via Veteris
Planícies e montados 300
14 de Abril - Randonneurs Portugal
BRM 300 Baixo Minho
28 Abril - Via Veteris
Alqueva 400
12 de Maio - Randonneurs Portugal
Santarém 200 - Serra e Praias
26 de Maio – BTZ Mação
Portugal na Vertical 600
23 de Junho - Randonneurs Portugal
Portugal Além Tejo 1000
20, 21, 22, 23 de Setembro - Randonneurs Portugal
BRM Paiva 200
13 de Outubro - Randonneurs Portugal
40
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
2012
Por terra
 Desafio
GR-14 RIO DOURO
Da nascente à foz
ao sabor da corrente
No número 0 da Revista Outdoor
demos a conhecer a próxima Aventura do Ricardo e da Filomena. Eles
partiram para a Nascente do Rio
Douro e trouxeram-nos o resumo
das etapas… agora, só tens de te
preparar, seguir os conselhos dos
nossos aventureiros e partir para
esta aventura!
42
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
BURGOS - DURUELO DE LA
SIERRA - 99km
Inicialmente parecia uma simples ligação por
estrada nacional desde a nossa saída do Sud-Express em Burgos até Duruelo de la Sierra.
A nossa surpresa começou com o traçado da via
verde espanhola (Santander-Mediterrâneo) por
onde pedalámos mais descontraídos; a surpresa
continuou com a amplitude térmica sentida e que
variou entre os 11º e os 42º C.
As características próprias das searas ondulantes
e isoladas de Castela e a noite perdida a viajar,
forçou-nos a acreditar que estamos perante
mais um desafio.
DURUELO DE LA SIERRA SORIA - 86KM
Temos à nossa frente os Picos de Urbión. É lá, a
2140 m que o rio Douro nasce e segue o seu caminho. É para lá o nosso caminho.
Andar a pé faz bem à saúde. Seguir o “sendero”
do Douro até onde tudo começou, consumiu-nos
a manhã inteira e praticamente o que restava da
nossa energia. Fizemos calos nas mãos de tanto
carregar e empurrar as bicicletas. O sacrifício
agora passado foi substituído pelo privilégio de
matar a sede no fio de água cristalina, que corre
daquela montanha.
Com tudo isto tínhamos percorrido ap10km; para
o restante, haveríamos de arranjar tempo. Estamos a fazer o que gostamos.
A GR-14 mantinha-nos fiéis às margens do Douro.
De tempos a tempos, uma pequena aldeia quebrava a quietude do lugar.
Chegar a Soria é reconfortante. Os trilhos marcados revelam-se exequíveis, bonitos e com uma
altimetria bastante baixa.
Soria - Berlanga de
Duero - Aguilera 117 km
Este rio não molda apenas o relevo, nota-se que
toda a arquitectura vai ao seu encontro.
Reparamos nos enormes parques arborizados que
se dilatam no sentido do seu comprimento e que
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
43
Por Terra
GR-14 Rio Douro
“E
ste não é o rio que passa na
minha aldeia” *; este é o rio
que atravessa o meu país; este
é o rio que vem de longe e tudo
transformou por onde passou,
além disso, estrutura e dá nome às inúmeras
povoações que ao longo das suas margens vão
ganhando vida.
Pedalando junto ao Douro - que serpenteia entre
arribas e que sulca montes xistosos - estamos a
percorrer uma das grandes rotas europeias.
*Alberto Caeiro
Por Terra
são usados como zonas de lazer pela população.
Os largos estradões de macadame, que caracterizam a etapa de hoje, permitem um bom ritmo
a pedalar. Mas são pisos duros e transformam-se
numa tortura para quem rola em plano durante
demorados períodos. Foi assim até Almazan.Respira-se um ar medieval em Berlanga del Duero.
Dentro das muralhas, tudo está engalanado e o
ambiente é de festa e de multidão. A oferta hoteleira é escassa, encontra-se lotada e neste dia
já acumulávamos uma centena de quilómetros.
Urge arranjar uma solução. O salvo-conduto para
quem faz o Camiño del Cid torna-se a nossa chave
para o albergue em Aguilera.
Aguilera - Aranda
de Duero – 90km
O cenário mudou, nós continuamos paralelos ao
Douro. A solidão dos espaços já se dilui com as
vilas amuralhadas que existem para defender os
limites naturais do rio.
De Langa del Duero a Aranda del Duero, o percurso é um retrato fiel daquilo que esperávamos desta
grande rota europeia. O que não esperávamos era
outro dia de “fiesta” e a ausência de alojamento.
ARANDA DE DUERO - SARDON
DEL DUERO - 81 KM
A cultura cerealífera e as cores douradas do território deram hoje lugar a um tipo de cultura mais
rentável e que torna este local mais conhecido. As
vinhas, o vinho e as adegas são uma referência
turística.
O vinho da “Ribera del Duero” dá um sabor especial à nossa recuperação no final de cada etapa.
Espanha está em festa, ao rubro, a pulsar vida.
A cada esquina, a cada beco, uma imensa massa
humana. Nos últimos 3 dias, cada local que predefinimos como ponto final, torna-se ponto de passagem. É necessário recorrer à nossa motivação
intrínseca para, mesmo cansados, avançarmos
até encontrar algo para dormir.
Sardon del Duero Tordesillas - 64 km
O nosso olhar continua a estender-se para Oeste. Ao fazê-lo, percebemos que a paisagem já não
é horizontal. Os caminhos são recortados por
penhascos, matas de pinheiros, canais de irrigação, estevas, choupos e outras variedades de
vegetação.
Cruzar o rio e alternar entre margens, faz parte
do traçado desta rota; são muitas as vezes que o
fazemos.
Tordesilhas é mais que um lugar, um nome, um
Tratado que dividiu o mundo. À nossa espera,
uma cidade histórica onde apetece ficar horas
sem fim.
44
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Tordesillas - Zamora –
90 km
Por Terra
GR-14 Rio Douro
Zamora encanta-nos sempre independentemente
da época do ano ou do motivo pelo qual cruzamos
as suas muralhas. O final da etapa é aqui.
No itinerário de hoje, entre nós e o rio estavam
fartas extensões de milho cujos sistemas de regas
nos ajudam a suportar as elevadas temperaturas. Ainda a meio da etapa, com suor e sem fôlego, alcançamos Toro, uma bonita cidade que se
encontra sobre o Douro.
Zamora-Fermoselle – 94 km
O rio hoje pregou-nos uma partida. Vimo-lo de
início e só praticamente a meio é que nos tornámos a encontrar. Isto, porque o Douro desce
dos 640 m para os 150 m entre Zamora e Barca D´Alva. Esta descida violenta, corta, literalmente, qualquer paisagem que se lhe atravesse
formando uma fronteira natural e inexpugnável
entre Portugal e Espanha.
À distância de um olhar estava Miranda do Douro. Ainda longe, ainda difícil, havia muita natureza pelo caminho.
A sinalização da GR-14 não nos conduz obrigatoriamente pelo traçado mais curto, mas certamente pelo mais bonito. A bicicleta foi a nossa
cruz. No entanto, valeu a pena tal calvário.
Chegar a Fermoselle por caminho, estrada ou
rio, não é tarefa fácil. A melhor maneira de
ficarmos bem é…não ir !!!Não tivemos alternativa, estava escrito, fomos para lá.
Fermoselle - Barca
D´Alva – Pocinho – 132 km
Ziguezagueando, subindo, descendo, foi assim
que entrámos em Portugal. Das 3 opções em
aberto para cruzar o Douro a pedalar, escolhemos a barragem mais a Sul, Saucelle.
Salto de Saucelle era num buraco. Lá, no fundo, o calor concentrava-se, não se dissipava, não
tinha para onde ir, estava sobre nós…
Do outro lado da barragem começava o Parque
Natural do Douro Internacional. Daqui, foi um
esforço titânico para chegar ao Pocinho.
O tempo não estava a nosso favor, depois de Barca D´Alva tínhamos 3h para fazer 28 km. Já não
havia câmaras-de-ar nem remendos (gastaram-se 8 e inutilizaram-se 4 câmaras) e continuava
com um furo. Tudo na mesma bicicleta.
A subir, lentamente, à torreira do sol, o suor
escorria em bica. Só avançávamos 300 m de
cada vez, era como se estivéssemos a fazer
séries (com inclinações de 22%). A câmara-de-ar não aguentava a pressão, a nossa esperança residia nas pequenas aldeias pelo caminho
onde, quem sabe, estaria uma qualquer bicicleta à nossa espera.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
45
Por Terra
Após muita persistência a olhar para todos os
quintais, conseguimos a troco de muita negociação e 10€, uma câmara-de-ar.
Estávamos em contra-relógio para apanhar o
comboio. A mais de 60km/h a descer, acreditámos sempre. Como dissemos antes, foi titânico;
fomos ambiciosos e corajosos mas as variáveis
em jogo eram muitas, inclusive, o fogo nos
socalcos e vinhedos que nos impediam de atalhar.
Valeu a pena, perdemos o comboio que ia para o
Porto, mas dormimos no que regressava e ficou
na estação.
Tudo em equilíbrio, tudo dividido e o resultado
desta viagem tendeu para o mais infinito.
Locais
a visitar:
Em Espanha: Burgos, Duruelo de la Sierra (nascente
Douro), Soria, Tordesilhas, Zamora
Em Portugal: Barca de Alva, V.N Foz Côa, Miradouro
S.Salvador do Mundo, S. João Pesqueira, Peso da Régua, Resende, Cinfães, Castelo Paiva, V.Nova de Gaia
DIÁRIO DE BORDO
SENDA DEL DUERO - GR 14
ETAPAS – 9
ÓDOMETRO – 860 Km
TOTAL DE SUBIDAS – 7100 mts
ELEVAÇÃO MÁXIMA – 2162 mts
TEMPERATURA MÁXIMA – 53º
DATA – De 11 a 19 de Agosto de 2011
epílogo
Após vivenciarmos os recursos naturais de um rio que
foi e é uma fonte de riqueza para dois países; de atestarmos a dureza dos seus contornos sinuosos e das paisagens que atravessa, conseguimos entender porque razão
existe uma versão que diz que o nome do rio deriva do
latim “durus” (duro). ø
Ricardo e Filomena
46
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Por água
experimentar rafting
vamos lá descer o rio!
48
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Que o diga quem já experimentou a actividade
de Rafting nos diversos Rios: “Esta foi, simplesmente, a melhor descida de todas” (Francisco
Sousa, 2011). E porquê, perguntamos nós: “pelo
equilíbrio entre os momentos de águas calmas
e de águas bravas, pelos emocionantes rápidos,
por ser um rio com margens mais estreitas
que nos dá uma sensação de contacto com a
natureza mais forte…resumindo, pela adrenalina inigualável. Esta sim, foi uma experiência
marcante”. O Francisco, realizou o troço do
rio Paiva desde a Praia Fluvial de Espiúnca
até à Ponte Bateira cerca de 10 km de rio, num
momento em o rio apresentava um nível 4 de
dificuldade. O mesmo rio tem diversos troços
possíveis de realizar, sendo o que o Francisco Sousa experimentou o mais “comercial”.
O Rafting no rio Paiva inicia a sua época habitualmente em Novembro e termina em Maio. Mais
do que um desporto é uma experiência que nos
oferece uma sensação única de vivência do rio,
uma emoção forte de aventura, um momento
de liberdade e de fuga ao dia a dia. “Durante a
descida só estamos ali, a viver aquele momento!”
Para fazer Rafting não é necessária qualquer preparação prévia, embora saber nadar
seja um requisito essencial e uma boa forma
física ajude. Experimente!... Se já experimentou... Que tal fazer a mesma experiência
mas em canoa-Raft? Fica a nossa sugestão!
www.equinocio.com
o que é
o rafting?
O Rafting é um desporto de equipa que
consiste na descida de rios rápidos em
“rafts” (barcos insufláveis). Ao longo da
descida pretende-se ultrapassar os obstáculos naturais do rio (estreitos, remoinhos, rochas...).
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
49
Por água
RAFTING
A
época de Rafting está quase a iniciar-se!
É altura de aproveitar o melhor que
a chuva nos trás, que é como quem
diz, um caudal adequado do Rio Paiva
para a prática de Rafting. Se há outros rios
onde podemos efectuar a descida? Haver há
(o Rio Minho, o Rio Tâmega)… mas não é a
mesma coisa!
Por água
equipamento
para rafting
A segurança é fundamental no Rafting, e para
isso há equipamento que não pode faltar.
O raft cujo o tamanho varia entre 3,65m até 5,50m e
leva em média 8 participantes (há rafts de diferentes tamanhos e diferentes capacidades).
O capacete que deve ter possibilidade de ajuste interno, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça assim
como devem permitir o escoamento de água.
O colete salva-vidas para o Rafting deve ter uma alta
flutuação e um sistema de fecho com presilhas reguláveis.
As Pás utilizadas devem ser o mais leve e resistente possível.
Fato de Neoprene (necessário para superar/resistir ao
frio em águas com temperatura mais baixas). A hipotermia
é um risco real desta actividade que, no nosso país, é uma
actividade de Inverno.
Botim de Neoprene ou bota de água (aconselhável
para superar o frio em águas mais frias, como as do Paiva).
Nível de dificuldade do Rio Paiva
O Rio Paiva proporciona descidas que poderão ir do grau de dificuldade 2 até ao 5.
Entenda-se nível 1 de baixa dificuldade e 5
de grande dificuldade.
No mesmo rio, obrigatoriamente, vamos
encontrar diversos níveis: começamos em
águas muito calmas, consideradas nível 1+/
2 e passamos por alguns rápidos onde efectivamente o grau pode aumentar para o nível
3 ou 4 (muito raramente o 5). Os técnicos de
águas bravas, que identificam o nível do rio,
baseiam-se sobretudo no nível de dificuldade dos rápidos.
O que contribui para o nível de dificuldade
do Rio Paiva, em específico, é o nível do seu
caudal. Este rio vive sobretudo das águas
das chuvas. O que significa que quando chove mais temos um rio com um nível superior
de dificuldade.
50
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Por água
RAFTING
Momentos de uma habitual
descida de Rafting
(inscreva-se sempre junto de uma empresa com alvará de
Animação Turística/RNAAT para garantir a sua segurança)
1 - Encontro em balneários próximos ao Rio para deixar o seu
carro estacionado e trocar de roupa (entenda-se, vestir o fato
de neoprene).
2 - Partida em transporte organizado até à praia de Espiúnca
onde será o início da actividade.
3 – Antes da entrada nas embarcações, o Guia de Rafting (todos os Rafts são guiados por um técnico de Rafting) dá um
briefing geral sobre as regras de segurança.
4 – Os participantes recebem então o capacete e o colete. O
Guia confirma se estão bem colocados. Há a distribuição das
pás, coloca-se o Raft no Rio e todos os participantes, individualmente, entram para a embarcação.
5 – Ainda na praia, o Guia treina com a equipa as tomadas de
direcção e reforça os pontos críticos de segurança.
6 – Início da descida, com duas a três paragens pelo meio para
o baptismo de rafting na cascata, o salto em queda livre das
rochas para a água (opcional) e a natação em águas bravas
(opcional). Aproveita-se este momento para comer uma barra
energética.
7 – Vários rápidos depois, chegamos à ponte da Bateira. Existe
a aproximação a uma das margens e toda a equipa auxilia na
saída da embarcação do rio e na recolha do material.
8 – Regresso aos balneários em transporte organizado. Muda
de roupa e um reforço alimentar acompanhado por uma bebida quente encerra com chave de ouro a aventura! ø
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
51
Neve
 Começar a Esquiar
C
hega o Inverno e muita gente começa a pensar “ este
ano podíamos fazer férias
na neve”, o problema é que
como nunca fizeram algo do género
não sabem o que é e como fazê-lo.
Se este é o seu caso não se preocupe, pode sempre passar no Ski Skate
Amadora Parque para começar a esquiar.
O Ski Skate Amadora Parque é o
primeiro parque temático que reúne na cidade as emoções da neve e a
adrenalina das modalidades urbanas.
Com uma área de 20 mil m2, permite a prática de desportos como o Ski,
Snowboard, Skate, Inline e BMX Freestyle ao longo de todo o ano.
Localizado no concelho da Amadora,
junto ao IC19, o Ski Skate Amadora
Parque é um espaço de diversão único - ideal para os amantes dos desportos de inverno e das modalidades
radicais urbanas - sinónimo de momentos de pura emoção e adrenalina,
associados ao desporto, convívio e actividades em família.
1
Por André Pombo, Licenciado em Educação
Física e Desporto pela Universidade Lusófona
e Monitor no Ski Skate Amadora Parque.
www.skiskate-amadora.com
COMEÇAR A ESQUIAR
Depois de termos todo o nosso material, procedemos ao transporte dos esquis para pista, devemos carrega-los ao ombro, apoiando a parte dianteira
dos esquis depois das fixações.
2
Chegados à pista calçamos os nossos esquis, encaixamos a ponta da bota, alinhamos o
calcanhar com a fixação, fazemos pressão para baixo e estamos prontos a deslizar.
52
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
DESCIDA DIRECTA
Neve
Começar a esquiar
OBJECTIVO
3
Aprender a deslizar em equilíbrio
e em posição base
uma descida de inclinação reduzida.
COMO?
Esquis paralelos e
direccionados para
a máxima pendente, semi-flexão dos
tonozelos, joelhos
e ancas. A posição
deve ser mantida
durante todo o exercício. Não se preocupe com a travagem
que está numa pendente reduzida.
CUNHA
4
OBJECTIVO
Aprender a travar
e controlar a velocidade.
COMO?
Com uma semi-flexão dos joelhos,
vamos realizar uma
rotação interna dos
joelhos de forma a
conseguir derrapar
com as arestas internas dos esquis.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
53
Neve
ERROS FREQUENTES EM CUNHA
Joelhos para dentro e cotovelos para fora
5
Peso para trás
6
54
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
VIRAGENS EM PARALELO
Neve
Começar a esquiar
VIRAGENS EM CUNHA
8
7
OBJECTIVO
Aprender a virar
com velocidade
controlada.
COMO?
OBJECTIVO
Partindo da posição de cunha, iremos
realizar uma extensão da perna contrária à direção que pretendemos tomar,
ou seja, se quisermos virar para a direita
devemos realizar uma extensão da perna
esquerda e vice-versa.
Após dominarmos
as viragens em
cunha
aprenderemos a virar e a
travar em paralelo.
FREESTYLE
9
Se já faz esqui e quer dar os primeiros
passos no Freestyle não perca o evento “We Jib”! Será realizado nos dias 3
e 4 de Março, na Serra da Estrela, e
durante dois dias os participantes poderão contar com aulas de Freestyle
leccionadas por riders internacionais
e uma pequena competição com prémios fantásticos. Não deixe de ver o
nosso vídeo de apresentação e de
visitar o nosso blog para mais informações. ø
o et
ipid que doluptaquas reriasp
elisinis con rearibus
cidebis nonnihiciaQuiasi consequo dellupieniet etIl earumet
repero
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
55
Neve
 Indoor
Cláudio Silva
Coordenador de treino personalizado
Aquafitness Clube Tejo
www.aquafitness.pt
PREPARAÇÃO
Indoor para
desportos
de inverno
S
ão vários os motivos que
hoje nos levam a praticar desporto … Questões de saúde, manter
a forma física, diversão
ou lazer são alguns dos mais
apontados!
Os locais de preferência para
praticar alguma modalidade também variam… Muitos praticam
ao ar livre, outros nas piscinas,
nos pavilhões, nos ginásios, etc…
mas, nem todos ainda tiveram a
oportunidade de poder praticar
desporto noutras condições climatéricas, bem mais adversas…
com frio e Neve!
Praticar qualquer tipo de desporto na neve, embora seja muito
divertido, requer uma preparação física específica a fim de evitar lesões, e para que se consiga
obter uma melhor performance
devido aos inconstantes relevos
que a neve apresenta.
O desporto na neve possibilita
uma melhoria significativa no
56
1
Trabalho para pernas na prensa.
Força e resistência muscular.
Recomendação: 3 x 12
sistema cardiovascular, além de
melhorar a coordenação motora,
força e resistência muscular em
todo o corpo.
Toda a preparação física poderá
ser feita no ginásio com profissionais qualificados de modo a
poder melhorar o seu desempenho nos desportos de inverno.
TREINO
Recomenda-se uma disciplina de
treino! No mínimo 3x por semana durante 2 a 3 meses antes da
prática.
Alguns ginásios já possuem uma
gama muito variada de última
geração de equipamentos, assim
como métodos de treino inovadores que permitem aos praticantes
prepararem-se com muito mais
qualidade.
… mais rápido, mais alto, mais
forte… preparem-se fisicamente!
Bem-vindo(a) aos desportos de
inverno! ø
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
2
Trabalho de resistência para ombros
e trapézio .
Recomendação: 3 x 20
Neve
Indoor
3
Excelente treino cardiovascular e simula
a patinagem no gelo.
Recomendação: 15 minutos diários
6
Agradecimento: Paulo Fernanades
Trabalho para as costas na máquina
Kinesis em cima da plataforma core.
Recomendação: 3x 15
4
Tonificação dos membros inferiores.
Simula o subir e o descer escadas.
Recomendação:: 20 minutos
5
Simula o esqui permitindo o trabalho
de pernas e braços em simultâneo.
Recomendação: 20 minutos
7
Trabalho de lunge e tricep.
Tonificação e resistência muscular.
Recomendação: 2x20
8
Força e Resistência para pernas e
bíceps no step.
Recomendação: 3x20
9
Trabalho de força abdominal no banco.
Recomendação: 3 ou 4 séries x 25
10
Trabalho na bola para fortalecimento
das costas e flexibilidade.
Recomendação: 3 x 15
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Neve
 Entrevista a João Marques
Já com um curriculum invejável, João Marques, com
apenas 19 anos é hoje atleta
português profissional de
esqui aplino. Depois da sua
presença no campeonato
Mundial de esqui Alpino, a
equipa da Revista Outdoor
esteve com João Marques
numa conversa informal de
partilha de experiências,
onde quisemos saber mais
sobre esta sua paixão pela
modalidade de esqui. Um
talento inconfundível e
muita força de vontade são
palavras-chave que caracterizam este jovem português. Por Sofia Carvalho
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
COM QUE IDADE INICIASTE A MODALIDADE?
Foi com 4 anos que dei o primeiro passo no esqui, os meus pais inscreveram-me na escola de
esqui Andorrana e foi assim que o esqui entrou
para a minha vida. Depois de aprender, na época de Inverno fazia também esqui na Serra da
Estrela e tinha sempre um grande prazer enquanto esquiava e uma grande vontade de “andar mais rápido que os outros nas pistas”. Mais
tarde com cerca de 14 anos comecei a ter os primeiros contactos com o mundo da competição.
Soubemos que quando eras criança tinhas receio da neve.COMO CONSEGUISTE
SUPERAR ESTE OBSTÁCULO?
No início tinha algum receio em criança, sim
pois era normal. Se virmos quando somos
crianças necessitamos dos nossos pais porque
temos receios até das mais pequenas coisas e
temos de nos esconder atrás das pernas deles.
A neve para uma realidade como a portuguesa
é algo de estranho que nos faz ter aquele famoso receio do que é diferente e novo. Contudo
com habituação deixou de ser receio e passou
a ser paixão.
ALÉM DO ESQUI, PRATICAS OUTRO TIPO DE
DESPORTO?
Em competição só pratico esqui. Mas regularmente pratico ténis e sou um grande fã da
modalidade.
QUAIS SÃO AS TUAS PERSPECTIVAS FUTURAS?
Continuar a ter sucesso no desporto e também
a nível académico, que é o que considero fundamental hoje em dia. A nível desportivo espero conseguir ter melhores prestações que nos
anos anteriores. E tentar a qualificação para
os Jogos Olímpicos de 2014. A nível universitário concluir o meu curso sem problemas.
QUAL FOI A TUA MAIS RECENTE PARTICIPAÇÃO NAS COMPETIÇÕES DE ESQUI?
Campeonato Mundial de Esqui Alpino em Fevereiro de 2011 na Alemanha (Garmisch Partenkirchen) onde terminei como 122º melhor
esquiador de Slalom Gigante do mundo.
Já te encontras a preparar os jogos
Olímpicos de inverno de 2014, na Rússia?
Os jogos Olímpicos são realmente o auge da
vida de um atleta mas também o fruto de mui-
COMO ATLETA NACIONAL DE ESQUI ALPINO,
COMO É QUE CONSEGUES CONCILIAR O DESPORTO COM OS ESTUDOS?
Para além de passar muito tempo do ano fora
de casa e longe das pessoas que gosto, viver
em sociedades diferentes da nossa ao princípio
criaram dificuldades de adaptação. Por vezes a
comida não é ao nosso gosto, outras vezes pequenas doenças sem termos o conforto do lar.
Mas sem dúvida que uma das maiores dificuldades passa por ligar a vida académica e o desporto, pois durante o inverno acabo por perder
muitas aulas e sou prejudicado nas notas. Ainda assim considero-me um bom aluno e tenho
conseguido da melhor maneira possível atingir
os objectivos nos dois campos. Actualmente estou a passar por uma nova experiencia que é
o ensino superior e esse nome é sinónimo de
dificuldades acrescidas. Estou a estudar Direito na Universidade de Lisboa. Contudo, espero
continuar a conseguir conciliar, pois não queria deixar nenhuma das duas coisas de lado.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Neve
Entrevista a João Marques
OUTDOOR: COMO SURGIU O TEU GOSTO PELO
ESQUI ALPINO?
JOÃO MARQUES: Desde pequeno que tive contacto com a neve não só por viver na Covilhã
mas também por desde muito pequeno ir para
Andorra com a família nos períodos de férias.
Neve
QUAL É O TEU CONSELHO PARA QUEM GOSTARIA DE INICIAR A MODALIDADE DE ESQUI ALPINO?
Na minha opinião criar atletas em modalidades de inverno que sejam competitivos é uma
tarefa acrescida mas possível. É necessário
que sejam criados programas como o actual
programa “Brincar na neve” da Federação de
Desportos de Inverno, que tem como objectivo
iniciar crianças nos desportos de inverno e dar-lhes gosto pelas modalidades.
Será também necessário fazer treinos específicos e técnicos com bases na competição para
esses jovens mais tarde terem uma melhor
adaptação á competição na “neve”. Refiro este
pormenor de “neve” pois hoje em dia e principalmente em Portugal existe uma ideia deturpada de que esquiar em tapetes sintéticos pode
de alguma forma desenvolver qualidades nos
esquiadores, o que está provado pelos técnicos
com quem tenho trabalhado, ser um erro.
É impossível fazer angulações e movimentos
que só é possível fazer na neve (é como comparar hóquei em patins e hóquei no gelo). Para
quem quiser simplesmente aprender a fazer
esqui de “lazer” pode sempre procurar um professor de esqui devidamente habilitado para
que lhe possa dar as primeiras luzes em pista.
Quem tiver possibilidade de o fazer nos Alpes
é a melhor aposta pois, são pessoas extremamente competentes e com muita experiência
em todas as faixas etárias.
to trabalho. Pessoalmente, eu costumo dizer
que “nós chegamos ao cume de uma montanha
se subirmos muito, transpirarmos e trabalharmos. Se não estivermos preparados para isso
é melhor continuar a preparação para essa
subida ou parar por ai”. Eu sinto-me preparado para no mínimo tentar o que é muito difícil, pois nunca nenhum Português o fez antes.
Espero até 2014 fazer bons resultados que me
permitam ver Sochi mais perto.
60
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
COMO ATLETA PROFISSIONAL, COMO É O TEU
DIA?
Actualmente participo em provas, competições
entre as quais mundiais e trabalho sempre com
o maior profissionalismo. Mas, infelizmente em
Portugal, não só no esqui mas também em outros
desportos não é possível ser considerado profissional. Na realidade sou um “amador” no meio
de profissionais quando represento o meu país.
A minha rotina de treino é bastante dura. Vou
exemplificar com os treinos na Áustria. Por volta das 6:00h - acordar, 6h30 – Corrida matinal
de 15 min, 7h00 – Pequeno-almoço, 7h30 – Preparar material para treino em pista (roupas
etc.), 8:00 – Estância, 8:30h – reconhecimento
do traçado e início do treino, 13h00 – Almoço,
15h00 – treino Físico (Ginásio, exercícios específicos, prática de um outro desporto, coordenação), 18h00 – Análise de Vídeo 30min, 18h30Preparação dos esquis para o dia seguinte
(afiar arestas, limpeza, ceras), 19:30h – Jantar,
20h30/21h00 – Dormir.
E para um dia que parece ser tão grande pouco
me resta. (Por vezes chego a adormecer quando
tento colocar a expressão “estudar” nesta rotina).
Neve
Entrevista a João Marques
perfil
joão marques
Data de nascimento: 14 de Abril de 1992
Estado Civil: Solteiro
Naturalidade: Covilhã
Residência: Covilhã
Formação Académica: Frequência Universitária no
curso de Direito na Universidade de Lisboa.
A nível Nacional
1º No Optimus Ski Open - 2007
1º Taça Lisboa do trofeu das comunidades Portuguesas - Suíça - 2008
4º Taça Serra da Estrela do troféu das comunidades
Portuguesas - Suíça - 2008
10 Presenças em pódio em campeonatos nacionais (5
Vitórias)
Campeão Nacional 2009/2010 em todas as modalidades
Vice-campeão Nacional 2010/2011
A nível Internacional
15 Internacionalizações por Portugal em escalões inferiores a 15 anos.
- Todas as maiores competições de sub-15 do mundo
Trófeu Topolino
Trófeu Borrufa
Trófeu Zagales
Trófeu La Scara
- 2 partidas em campeonatos do mundo
- 5 partidas em campeonatos do mundo de Juniores
- 2 partidas em Festivais Olímpicos da Juventude
- 25 corridas internacionais concluidas
- 79 Participações em corridas internacionais
- primeiro resultado no top 50 Português em Mundiais
- primeiro resultado masculino no top 20 Português
em provas FIS
- primeiro Português a ser seleccionado pela Federação para um programa de AID&PROMOTION
- Melhor pontuação FIS de sempre de todos os atletas
Portugueses ø
Saiba mais sobre o João Marques em:
www.joaomarques.wordpress.com
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Equipa-te para a Neve
PARA ELE
Polar Berg
PVP: 7,99€
Casaco Berg
PVP: 34,99€
Luva Berg
PVP: 12,99€
Calça Berg
PVP: 24,99€
Máscara Berg
PVP: 29,99€
para criança
Polar Berg
PVP: 7,99€
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Casaco Menino Berg
PVP: 24,99€
Casaco Menina Berg
PVP: 24,99€
Neve
Equipa-te com a Berg
PARA ELa
Casaco Berg
PVP: 34,99€
Polar Berg
PVP: 7,99€
Luva Berg
PVP: 12,99€
Calça Berg
PVP: 22,99€
Máscara Berg
PVP: 24,99€
Máscara Menina
Berg
PVP: 12,99€
Luvas Berg
PVP: 9,99€
Máscara Menino
Berg
PVP: 14,99€
Mais informações
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Fotografia
 Entrevista – Natugrafia por Magali Tarouca
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Filipe Caetano – Rela (Hyla Arborea) www.olhares.com/firelord
A
Natugrafia é uma associação portalegrense que, a pretexto da fotografia, também fomenta o desenvolvimento local e regional,
tendo a conservação do património natural e cultural como principais desígnios. Para tal, organizam ações de formação,
workshops, seminários, passeios, debates, concursos, exposições, entre outras iniciativas.
quando começou a fotografar com uma câmara de filme. Contudo, só em 2006, depois de
ter realizado o primeiro curso de fotografia, é
que a fotografia assumiu um lugar de relevo,
um hobby que funcionava como um escape ao
stress do trabalho diário da vida nas empresas.
Passando para Filipe Caetano, outro pilar deste projeto, este sempre mostrou interesse pela
natureza, sendo que desde muito cedo começou a fotografar tudo o que ia encontrando. Com o passar dos anos foi melhorando a
sua técnica e, hoje em dia, confessa ter “orgulho em fazer parte de uma comunidade
com a qual divide o sonho e objectivo de preservar o que temos de melhor: a natureza”.
Pedro Costa, depois de terminar o curso de EnUm aspecto curioso acerca deste projeto
fermagem, aplicou o seu primeiro oré que ele é dirigido por pessoas com
denado na compra de uma compacta
“Um
áreas de formação muito distintas,
digital. Começou a adquirir vários
aspecto curioso
sendo a paixão pela natureza e
livros e revistas com o objectivo
pela fotografia o elemento que
acerca deste projeto
de aprofundar os seus conheos une e que lhes permitiu criar
é que ele é dirigido por
cimentos e, assim, melhorar
um espólio fotográfico de nível
a sua técnica fotográfica. Em
pessoas com áreas de forinternacional. Vamos, então,
mação muito distintas, sen- 2008 comprou a primeira reconhecer um pouco melhor
flex digital, uma Canon EOS
do a paixão pela natucada um dos seus membros e
40D, momento a partir do qual
reza e pela fotografia
descobrir como tudo começou.
desperta para a fotografia de nao elemento que os
tureza, descobrindo nesta a sua
Começando pelo presidente da
une (...)”
área de eleição: a macrofotografia.
associação, Bruno Calha, apesar da
Por fim, mas não por último, Ricardo
sua ligação à economia como técnico
Lourenço, co-fundador da NATUGRAoficial de contas e mediador de seguros, a fo- FIA e professor de formação, divide o seu temtografia está-lhe no sangue desde pequeno, po entre a família e a fotografia. Apesar do seu
Bruno Calha – Abelharuco (merops apiaster) www.brunocalha.com
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Fotografia
Entrevista – Natugrafia
Se juntarmos 5 amigos, uma paixão em comum - a fotografia de natureza -, e um objectivo em comum - promover a ligação entre o
homem e a natureza através da fotografia -,
nasce a NATUGRAFIA.
Fotografia
Jacinto Policarpo (PN Ilha das Flores) www.jacintopolicarpo.com
fascínio pela fotografia, apenas em 2007 descobriu o prazer da fotografia de vida selvagem.
Neste momento, a NATUGRAFIA é o seu principal projeto com o qual espera contribuir para
o crescimento desta atividade no nosso país.
Um vez concluídas as apresentações, importa
agora perceber como nasceu a NATUGRAFIA?
Assim, em 2007, Bruno Calha, Filipe Caetano
e Ricardo Lourenço conhecem-se e começam
a fazer fotografias de vida selvagem, surgindo
nessa altura as primeiras ideias para desenvolver um projeto em conjunto. “No início de 2009,
Pedro Costa junta-se como quarto elemento da
equipa e a ideia começa a ganhar forma. No final de 2009 surge a primeira exposição conjunta de fotografia de aves e é publicado o site oficial da NATUGRAFIA, bem como um fórum de
discussão. Com o sucesso do site e do fórum, e
após a organização de alguns workshops, percebemos que seria fundamental criar uma Associação, sendo lançados os primeiros alicerces.
Posteriormente, Humberto Ramos junta-se ao
núcleo duro e, pouco depois, no dia 9 de Junho
de 2010, registamos a NATUGRAFIA.COM – Associação de Fotografia de Natureza”, contam.
Quanto perguntámos acerca da origem do nome
da associação, revelaram que este se foi desenhando nas suas cabeças durantes as muitas
saídas fotográficas deste grupo de amigos. Foi
nessa altura que decidiram juntar as palavras
Natureza e Fotografia, nascendo o nome ‘Natugrafia’. Paralelamente, foi-lhe atribuída uma
mascote, a Esmeralda. “Era um Guarda–Rios
Ricardo Lourenço (Mergulhão de Crista) www.ricardolourencofotografia.com
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Humberto Ramos (Garça Real) www.humbertophoto.com
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Fotografia
Entrevista – Natugrafia
fêmea, que, ao fim de muito tempo e de alguns ou quatro anos, encontrávamos apenas uma
preparativos por parte do Filipe e do Ricardo, mão cheia de pessoas a fazer fotografia de natornou-se tão sociável que nos pousava nas ob- tureza com qualidade. Atualmente, a situação é
jectivas, junto à tenda ou mesmo por cima
diferente e pode dizer-se que recuperámos
do tecido da tenda. A partir desse
em pouco tempo o atraso em relação
momento podíamos falar em voz
àquilo que se faz em outros países,
“Com estas
alta, assobiar para ela se movinomeadamente aqueles que são
saídas começámentar no poiso ou chamarconsiderados uma referência
mos também a desen-lhe a atenção para se virar
na fotografia de natureza. Em
volver novas técnicas, a
para nós, que ela colaboPortugal, apesar de ainda não
rava sempre”, recordam.
haver uma comunidade de
dedicar mais tempo e in“Com estas saídas começáfotógrafos de natureza, pelo
vestir mais em equipamento,
mos também a desenvolver
menos de forma organizada,
desenvolvendo dessa forma
novas técnicas, a dedicar
podemos encontrar de forma
muitos dos conhecimentos
mais tempo e investir mais
dispersa bastantes fotógrafos
que hoje em dia domiem equipamento, desenvolque o fazem de forma amadovendo dessa forma muitos dos
ra, mas que desenvolvem tranamos”, acrescenconhecimentos que hoje em
balhos
de excelência. Outro dos
tam.
dia dominamos”, acrescentam.
aspetos onde notámos uma evolução interessante foi no método de
No que diz respeito a apoios, a NATUGRAtrabalho, indispensável a qualquer amante
FIA afirma que contam apenas com o que lhes desta arte, nomeadamente o trabalho de campo
é concedido pelo Município do Crato que, para necessário à captação de imagens de vida selvaalém de lhes ter atribuído um apoio financeiro, gem. Até há pouco tempo, a maioria das saídas
cede também espaços públicos para atividades e de campo para fotografar estavam enquadrareuniões do grupo. Para além disso, contam com das numa lógica de passeio fotográfico e onde
os lucros de ações realizadas, com o apoio logís- o aprofundamento da técnica era superficial.
tico de fotógrafos amigos e com as quotas dos só- Para além do ‘boom digital’, também se criacios (algumas das fotos publicadas nestas páginas ram condições para que outros mercados papertencem a alguns dos sócios da associação). ralelos, mas ligados especificamente à área de
natureza, conseguissem vingar. A oferta cresceu
Na opinião da NATUGRAFIA, a fotografia de na- consideravelmente, quer a nível dos conteúdos
tureza “encontra-se numa fase de crescimen- disponíveis na Internet, quer através de ações
to acentuado, uma vez que, se recuarmos três práticas de formação em fotografia de nature-
Fotografia
za.” Neste sentido, a NATUGRAFIA acredita ter
dado o seu humilde contributo, mas considera
que ainda há um longo percurso a percorrer,
sobretudo se se quiser encurtar a “distância”
com o que de melhor se faz a nível mundial.
Relativamente ao futuro, o grupo sente a responsabilidade de criar estímulos para que
muita coisa seja feita. “O nosso papel não será
apenas o de execução de projetos fotográficos, mas também ser o elemento catalisador
para que novos projetos fotográficos e outras
atividades possam surgir. O fotógrafo de natureza não pode ficar à espera que as oportunidades lhe apareçam, devendo ele assumir
o papel ativo na construção dos seus projetos.
empírico, assumirá um papel importante”.
Uma das ilações positivas que podemos tirar ao
conhecer esta associação é que existe sempre
espaço para o empreendedorismo, mostrando
que o facto de estarem localizados numa terra
do interior do país, não os impediu de criar um
projeto dinâmico e de registar algumas das fantásticas imagens que ilustram estas páginas.ø
José Macedo – Guarda Rios (Alcedo Atthis) www.olhares.com/velezmacedo
A NATUGRAFIA faz e fará tudo o que estiver ao
seu alcance para fomentar e promover esses
trabalhos.”
No entanto, estes 5 amigos revelam ter alguns
planos mais ambiciosos, nomeadamente a organização de uma comunidade interativa para
a maioria dos fotógrafos de natureza portugueses, assim como alargar o raio de ação da associação, tornando-a mais abrangente e funcional, organizar regularmente encontros de
fotógrafos de natureza e outras atividades práticas que possam envolver toda a comunidade.
Entretanto, a NATUGRAFIA pretende continuar a sua vertente formativa, “disponibilizando conteúdos técnico-práticos, quer no
seu portal, quer através de workshops. Para
que esta seja uma realidade, o apoio de outros fotógrafos, através do seu conhecimento
Paulo Lopes – Serra da Estrela - www.pauloalopes.com
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Fotografia
 Portfólio do mês — Nuno Luís
D
ecorria o ano
2000 quando adquiri a minha
primeira câmara fotográfica
SLR e estava longe de imaginar
como este momento iria mudar a minha vida para sempre.
Uma nova paixão emergiu: a
fotografia de paisagem!
Infimamente ligado ao Parque
Natural Serra da Estrela - fruto
das minhas raizes maternais -,
este local presenciou in-loco o
meu crescer e evoluir enquanto fotógrafo de paisagem.
Seja em locais mais acessíveis ou nos mais remotos e
selvagens, a minha procura é
constante para captar toda a
essência e beleza deste parque
natural sobre uma perspectiva
mais criativa.
As minhas imagens tentam,
ainda que de forma silenciosa,
ser um despertar de consciências para um tema quase sempre relegado para 2º plano: a
preservação da natureza!
As imagens publicadas, foram
todas elas captadas durante
uma das estações do ano que
mais vezes me faz (re)visitar
este parque natural: o Inverno!
70
Cores da Serra - Pôr-do-Sol com cores fantásticas num típico final fim de tarde na Serra da
Estrela.
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
Fotos: Nuno Luís
Pedaços de Neve - Os detalhes de neve são um excelente motivo para fotografar
Árvores no Vale do Rossim - Após um forte nevão, nada como ir a “correr” para a Barragem
do Vale do Rossim e tentar captar toda a magia do local.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
71
O Cântaro: vista soberba para o Cântaro Magro, num fantástico pôr-do-sol.
Biografia:
Licenciado em informática de gestão, Nuno Luís, cedo percebeu a sua forte ligação ao mundo das artes, através da
pintura. Anos mais tarde, e já completamente apaixonado por fotografia, passou a utilizar a sua câmara fotográfica para
captar toda a beleza e dramatismo que a natureza tem para oferecer no seu estado mais puro e selvagem. Fruto das
várias viagens que fez, o desejo de fotografar povos e culturas surgiu de forma natural, onde a sua primeira incursão
pela Índia teve um papel determinante. Ao fim de 10 anos a fotografar, o autor acredita que a sua melhor foto é aquela
que ainda não fez... ø
www.nunoluis.net
Numa das muitas incursões ao Parque Natural Serra da Estrela, aproveitei uma dessas idas para fotografar o meu amigo André Barros a praticar
um dos seus desportos favoritos: o snowboard.
72
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
Perto do Poio dos Judeus, é possível ter uma magnífica vista sobre o Cântaro Magro e o
Covão da Ametade
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
73
Fotografia do mês
Foto: Magali Tarouca
 FOTO DO MÊS por Joel Santos
“Vale do Rossim,
na Serra da Estrela”
74
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Um destes casos é o Vale do Rossim, na Serra
da Estrela, sobretudo na passagem do Outono para o Inverno, onde as cores outonais dão
lugar a um manto de neve imaculado. Quando
os ventos estão calmos, o lago transforma-se
num espelho, duplicando a beleza da paisagem. O silêncio que se faz sentir é a única testemunha de que a paz pode, de facto, existir.ø
UU U
u
Foto: Joel Santos
www.joelsantos.net
www.facebook.com/Joel.Santos.Photography
DADOS
TÉCNICOS:
2.5 seg a f/22 com ISO 100. Dist focal: 20 mm.
Foto realizada com a câmara montada num
tripé, para que a imagem não ficasse tremida. Foi usado um filtro de densidade neutra
em gradiente de 2 stops (para equilibrar a
luz) e um polarizador (para intensificar os
azuis do céu).
OUTRAS
INFORMAÇÕES:
WORKSHOP FOTOGRAFIA
SERRA DA ESTRELA
Joel Santos e Magali Tarouca vão organizar um Workshop de Fotografia de Paisagem nos dias 4 e 5 de Fevereiro de 2012.
Mais informações e inscrições em:
Papa-Léguas
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
75
Fotografia
Foto do Mês
P
ortugal não possui as paisagens
típicas dos grandes espaços, mas
possui recantos mágicos cujo
cenário está ao nível dos mais
belos do planeta.
Fotografia
 Truques e Dicas de Joel Santos
Fotografar o outono
P
ara quem pensava que o calor tinha vin- o ajudam a conseguir resultados fotográficos surdo para ficar, eis que o Outono nos veio preendentes, funcionando como uma espécie de
finalmente bater à porta em todo o seu difusor natural da luz solar, reduzindo os contrastes
esplendor, repleto de cores vibrantes e de fortes que de outra forma arruinariam as fotograoportunidades fotográficas. Assim, em vez de ficar fias. Ainda assim, se o Sol conseguir espreitar mosentado no sofá, colado à TV, está na hora de
deradamente através das nuvens, não deixe
pegar nas botas e na câmara fotográfica,
de tirar partido dos jogos de luz e sombra
descobrindo porque é que o mau tempo
que podem surgir.
“Assim, leve
é uma notícia tão boa para quem gosconsigo uma simta de fotografar e de estar ao ar livre.
Outra questão a ter em conta é a hora
ples touca de banho
a que vai fotografar. Evite fotografar
transparente, perfeita
Para tirar partido desta estação do
quando a luz está muito forte, pois
para proteger a sua
ano, existem algumas questões que
as sombras tendem a ser demasiado
câmara se começar
deve ter em conta, entre elas a escoprofundas e as cores pouco saturaa chover(...) “
lha das melhores alturas para fotogradas, já para não mencionar a possibifar. De facto, muitas pessoas fogem aos
lidade de aparecerem inestéticos halos
dias cinzentos e chuvosos, não chegando
de luz. Todavia, se não tiver outra hipótese,
a tirar a câmara fotográfica da mochila, descoexistem sempre algumas soluções: procure fotonhecendo que são os dias perfeitos para criar uma grafar a favor da luz, use um pára-sol na objectiva
ambiência e um dramatismo ideais para fotografar. e recorra a um refletor. Este último poderá ser útil
Assim, leve consigo uma simples touca de banho para encher as sombras de forma natural (podentransparente, perfeita para proteger a sua câmara do inclusivamente ser usado em parceria com um
se começar a chover, e descubra como as nuvens flash externo devidamente orientado) e/ou prote76
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
cure levar uma panóplia de objectivas que sirva os mais diversos propósitos fotográficos: uma
grande-angular para os grandes cenários, jogando com planos e perspectivas arrojadas; uma
teleobjetiva para registar pormenores longínquos; e uma macro para captar pormenores nas
folhas como um insecto ou as gotas de orvalho.
Relativamente à técnica fotográfica, recorra a diferentes aberturas do diafragma e a diferentes
distâncias focais, explorando todas as oportunidades estéticas que o controlo da profundidade de
campo lhe permitem. Assim, admitindo que está
a fotografar no modo de exposição de Prioridade
à Abertura ou Manual, se selecionar um valor de
f/ baixo (abertura grande, por exemplo f/4) e definir uma distância focal longa na objectiva (acima
dos 100 mm, como ponto de partida), conseguirá
isolar um pormenor face ao plano de fundo (uma
folha pendurada de um galho de uma árvore seria
uma proposta possível). Já para fotografar uma paisagem, use um valor de f/ elevado (por exemplo,
f/16), defina uma distância focal curta (entre os 17
e os 28mm) e foque para o primeiro plano (tipicamente entre um a cinco metros), conseguindo assim uma boa nitidez desde o primeiro plano até ao
plano de fundo (uma serra distante, por exemplo).
Boas fotos! ø
Joel Santos
Mais sobre conceitos fotográficos e técnica fotográfica no livro “FOTOGRAFIA – Luz, Exposição,
Composição e Equipamento”, de Joel Santos.
www.joelsantos.net
www.facebook.com/Joel.Santos.Photography
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
77
Fotografia
Truques e Dicas
ger algum motivo do vento (folhas, por exemplo).
Usar um filtro polarizador também irá ajudá-lo a
retirar os brilhos das folhas e da vegetação em geral, principalmente depois de chover, saturando as
cores de uma forma potencialmente interessante.
Por exclusão de partes, as melhores alturas para
fotografar são ao nascer e ao pôr-do-sol, pois será
nesses períodos de lusco-fusco que a luz se encontra mais matizada, minimizando a presença de
contrastes fortes. Se optar pelo nascer do sol, poderá ter a sorte de haver neblina e de as folhas estarem repletas de gotas de orvalho, dois ingredientes
mágicos para obter fotografias extraordinárias. Já
se optar pelo pôr-do-sol, poderá tirar partido das
cores quentes do final do dia, obtendo cores mais
vibrantes. Seja qual for a sua opção, não se esqueça
de um precioso aliado: o tripé. De facto, como a luz
natural disponível será diminuta nesses períodos
do dia, as velocidades de obturação serão inevitavelmente baixas e, logo, a probabilidade de obter
fotos tremidas aumenta consideravelmente. Assim,
até para que aumentar a sensibilidade ISO seja um
último recurso, recorra a um tripé e registe fotografias com um máximo de qualidade de imagem,
apenas possível quando a sensibilidade ISO é baixa.
Adicionalmente, se tencionar fazer macrofotografia, o uso do tripé também se poderá revelar vital.
Quando estiver a preparar a sua mochila, pro-
Fotografia
 Aplicação para iPhone e iPad
APP IPHONE
Snapseed
A cada dia surge-nos uma panóplia de aplicações
para o nosso iPhone ou iPad que prometem uma
edição simples e rápida das nossas fotografias. No
entanto, muitas vezes, o mais complicado é saber
qual escolher.
N
ik Software desenvolveu o Snapseed, um editor de imagens altamente
intuitivo,
rápido
e
simples de utilizar, sem ser necessário assistir a inúmeros vídeos no Youtube para aprender a utilizá-lo.
Assim que abrimos a aplicação, basta carregar em ‘Open Image’ e selecionar uma foto da
sua Galeria de imagens. Depois de aberta a
imagem, tem na barra inferior uma lista de ferramentas de edição de imagem e filtros criativos que facilmente pode aplicar à sua foto.
Aspecto geral da interface da aplicação.
As várias opções disponíveis na ferramenta Tune Image.
78
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
No que diz respeito à edição, pode optar entre um
ajuste automático (Auto Correct) da cor e do contraste, endireitar (Straighten) e cortar (Crop), fazer
um ajuste de imagem (Tune Image) ao nível do brilho, ambiência, contraste, saturação e equilíbrio de
brancos. Para uma edição mais avançada, pode fazer um ajuste seletivo (Selective Adjust), escolhendo
Em Vintage poderá fazer alguns ajustes básicos, como
saturação e luminosidade, definindo a área de acção e
textura aplicadas.
Pode ver as alterações a acontecer na sua
foto em tempo real, tendo em baixo uma barra que lhe indica a intensidade do ajuste e um
botão que lhe permite ver o antes e depois.
Faça o que fizer, poderá sempre voltar atrás nas
suas edições e, depois de concluídas, pode gravar a sua foto ou partilhá-la de imediato por e-mail, Facebook ou Flickr. Também poderá imprimi-la, depois de enviar a foto via wireless para
uma impressora que possua esta tecnologia. ø
Em Center Focus pode selecionar a área que pretende manter nítida da sua imagem, assim como a
dimensão da área de ajuste.
Por Magali Tarouca
Facebook
Existem 8 estilos de molduras que poderá aplicar às
suas fotos.
Em Drama, tem vários estilos, podendo controlar a
sua intensidade e ajustar a saturação da imagem.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
79
Fotogtafia
APP iPhone
as áreas que pretende trabalhar, como se estivesse
a utilizar os de pincéis e máscaras no Photoshop.
Para um toque mais inventivo, também existe
uma grande variedade de filtros criativos, com
diversos estilos e texturas à sua escolha, para dar
um aspecto mais distintivo às suas fotos. Pode optar, ou combinar, entre o Black & White, Drama,
Grunge, Center Focus e, para finalizar, pode aplicar uma moldura (Frames) à sua imagem final.
A utilização de qualquer uma destas ferramentas
acontece da forma mais simples que se poderia
imaginar. De facto, basta deslizar os dedos para
cima e para baixo para escolher as diversas opções dentro do ajuste que quer aplicar e para os
lados para aumentar ou diminuir o seu efeito.
S.O.S.
. . . cuidados para
sobreviver ao frio
O frio está a chegar, e com
ele os riscos associados a
actividades de exterior.
A hipotermia
é a principal causa de
morte entre praticantes de actividades radicais,
e o principal factor de desconforto ou necessidade de tratamento hospitalar para os aventureiros ocasionais.
Por isso é importante que conheçamos os mecanismos de perda de calor, para que saibamos
como agir, e os métodos adequados de nos
equiparmos para o frio, para que os possamos
adaptar às nossas condições imediatas.
Estes conhecimentos e técnicas podem fazer
80
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
a diferença entre o conforto e uma estada miserável em campo, ou mesmo entre a vida e a
morte.
principios fundamentais
O nosso corpo precisa de manter uma temperatura média de 37ºC. Se a temperatura ambiente
estiver entre os 28 e 31ºC, até podemos estar nús
e inertes, que o nosso corpo consegue regular e
manter a sua temperatura interior.
Abaixo dos 28ºC o nosso corpo perde calor para
o ambiente, a não ser que estejamos devidamente equipados.
Vejamos então os mecanismos pelos quais perdemos calor.
radiação
A radiação é energia emitida naturalmente por
um corpo. É o que nos faz sentir quentes junto
do fogo ou em exposição solar. É por isso que
aparecemos a vermelho nos sensores de infravermelhos.
O nosso corpo emite constantemente radiação e
não há muito que possamos fazer acerca disso.
Mas o facto de usarmos roupa não impede a
perda de calor por radiação, pois passamos esse
calor para a roupa que por sua vez o passa para
o ambiente. E curiosamente quanto mais frio
está, mais o nosso corpo emite radiação.
Apesar de não podermos fazer nada acerca disso
é importante estarmos conscientes das consequências da exposição ao frio.
Fotos: João Rodrigues
condução
A condução é uma troca de energia entre dois
corpos em contacto, que vão tender para a estabilização, harmonizando a temperatura entre
eles. A velocidade a que o calor é transmitido
depende da conductividade do meio, e é por isso
que perdemos mais calor para a água, que é
uma excelente condutora, do que para o ar.
Se bem que conseguimos rapidamente aquecer
uma pedra na nossa mão até à temperatura
exterior do nosso corpo, não conseguiríamos
aquecer uma pedra de uma tonelada por mais
que nos abraçássemos a ela sem roupa, por
causa da superfície de dissipação que esta tem.
Em actividade, os locais mais frequentes de
perda de calor por condução são as solas dos pés
e o traseiro quando nos sentamos.
Colocarmo-nos em cima de alguns ramos
quando vamos parar, em vez de directamente
no solo, faz uma diferença enorme para o conforto dos pés.
convecção
Este é provavelmente o factor a ter mais em
conta.
O ar quente é mais leve que o ar frio. O ar quente
sobe e o ar frio desce.
E a convecção acontece quando há contacto
com um fluido ou gás em movimento. O ar
junto da nossa pele vai ser aquecido pelo calor
do corpo, vai subir, criando um diferencial de
pressão, puxando ar frio, que nos obriga a repetir o processo de aquecer o ar à superfície da
pele. Criar camadas de ar junto ao corpo presas
pela roupa em camadas é o que nos vai permitir
mantermo-nos quentes. É o ar que nos mantém
quentes, e não as roupas.
As zonas onde se dá a maior perda de calor são
a cabeça e o pescoço. Quando experimentamos
uma perda significativa por estes sítios, o corpo
começa a cortar aquecimento às extremidades,
pés e mãos, para gastar essa energia nas partes
mais importantes do corpo, o torso e a cabeça.
Portanto uma boa protecção do torso, pescoço e
cabeça é o primeiro passo para manter os pés e
as mãos quentes.
O vento frio também proporciona uma enorme
perda de calor por convecção, pelo que ter uma
camada exterior que bloqueie o vento é essencial no mecanismo de manutenção de temperatura.
Mas enquanto o ar é um bom isolante, a água é
um bom condutor, e nada nos retira mais calor
do corpo que ter a pele húmida, como quando
suamos. Por isso é importante que a regulação
térmica seja apenas a suficiente para nos permitir estar confortavelmente frescos.
evaporação
A evaporação é um processo natural de arrefecimento do corpo. Quando a água evapora dá-se
uma reacção endotérmica, e o calor é absorvido,
provocando uma sensação de frio. É o mesmo
princípio dos frigoríficos e das melancias.
Portanto, de cada vez que suamos, ou que a
humidade da nossa roupa evapora, perdemos
calor. E a água conduz o calor para fora do nosso
corpo 25 vezes mais depressa que o ar.
Por isso é da maior importância que nos conservemos secos quando estamos no mato.
A primeira linha de defesa contra a hipotermia é
a roupa, que impede a água de molhar as nossas
roupas. Mas a mesma roupa que afasta a água,
se estivermos a fazer exercício, pode impedir a
evaporação do suor.
Por tanto se tivermos em conta a temperatura
ambiente e o nosso nível de esforço podemos
contribuir para a manutenção de uma temperatura corporal estável se:
-Ajustarmos as nossas camadas de roupa, de
modo a não estarmos nem sub nem sobreaquecidos
-Fizermos uma boa ventilação, permitindo a
saída de humidade e controlando a entrada de
ar frio
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
81
S.O.S.
Frio
Uma vez que o nosso corpo produz calor pela
queima de energia proveniente da comida que
ingerimos, a exposição ao frio pode significar
que passamos fome, pois necessitamos de mais
comida do que o habitual, ou a exaustão física,
pois o corpo vai estar a desenvolver um esforço
enorme para produzir calor.
S.O.S.
-Regularmos a nossa actividade, evitando situações em que o ajuste e a ventilação não sejam
suficientes
respiração
Sim, perdemos calor a respirar. Não há muito
que possamos fazer para o impedir.
O ar que entra nos nossos pulmões tem que ser
aquecido, e isso é feito através de vapor de água.
Ao expelirmos, deitamos fora esse vapor aquecido, e vamos voltar a repetir o processo com a
próxima inalação. É por isso que em tempo frio,
a desidratação é um perigo real, pois estamos a
gastar mais agua do que o habitual para aquecer
o ar que respiramos, e enquanto é fácil mantermo-nos hidratados em tempo quente porque
temos sede, em tempo frio temos que fazer um
esforço consciente para beber água. Além disso,
quanto mais frio é o ar mais seco ele é, agravando ainda mais a situação.
Agora que já conhecemos os mecanismos de
perda de calor, podemos aplicar o aprendido no
modo como nos equipamos para o frio.
Devemos vestir-nos por camadas, de modo a
capturar a maior quantidade possível de ar
entre a nossa pele e o exterior, tomando especial
atenção a proteger o torso, cabeça e pescoço.
Apesar da camada exterior dever ser impermeável, para impedir que as roupas fiquem
molhadas e percam a sua capacidade isolante,
deve ser tido em conta a necessidade de ventilação, não só para permitir a libertação do suor
como para impedir a entrada de ar frio junto aos
pulsos e tornozelos.
As camadas devem ser vestidas e despidas de
acordo com o tipo de exercício físico que estamos a fazer.
Evitar a todo o custo o algodão. Este perde muito
rapidamente a capacidade isolante quando húmido, pela quebra das fibras, e demora a secar.
Optar antes pela lã, que retém 80% do calor
mesmo molhada, ou em alternativa pelas fibras
sintéticas.
A roupa deve ser usada solta, não só para
prender mais ar junto ao corpo mas também
para evitar o corte de circulação sanguínea que
pode impedir o aquecimento das extremidades.
E principalmente devemos manter-nos secos.
Vemo-nos no mato. ø
Pedro Alves, Instrutor da Escola do Mato
www.escoladomato.com
APP IPHONE
SAS Survival Guide
SAS Survival Lite é a versão gratuita do Guia de Sobrevivência
SAS, já disponível na App Store.
Esta fantástica aplicação fornece-lhe um guia de sobrevivência na
selva. Com ferramentas básicas de
sobrevivência, permite que quem
tem esta aplicação no seu dispositivo esteja preparado para qualquer expedição ao ar livre. Com
este guia é possível entrar no mundo da sobrevivência.
Para fazer o download gratuito da aplicação basta
aceder a http://itunes.apple.com
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Kid’s
aventura-te
com a tua escola
jardim
zoológico
MUNDO DA BICHARADA
O nosso Explorador da Natureza desafia
as crianças para uma fantástica aventura
e conta o que aprendeu sobre os animais
que estão em perigo e precisam da nossa
ajuda através de um divertido e dinâmico jogo. As crianças partem à descoberta
de um mundo novo!
Horários: 2ª a 6ª feira - 10h30 e 14h00
Duração: 40 min.
Tipo de Visita: Visita Guiada
Número de pessoas: Máx. 25 alunos/guia
1º CICLO
Vamos partir à descoberta dos
seres vivos e do seu ambiente,
fomentar atitudes de respeito pela
vida e pela Natureza e sensibilizar
para a conservação das espécies
em vias de extinção!
OS ANIMAIS E O SEU MEIO
Em que nos baseamos quando dizemos
que uma espécie é doméstica ou selvagem? Como se comportam os animais
quando estão em família? Como se reproduzem? Como se deslocam? Quais as suas
características externas - pêlos, penas, escamas, bicos, garras...? De que se alimentam? Quais são as suas cores e sons? Vamos conhecer pormenores fascinantes e
aprender mais sobre o papel dos animais
na vida do Homem ao longo dos tempos,
em diferentes tradições e culturas!
Horários: 2ª a 6ª feira - 10h30, 12h15,
14h00 e 16h00
Duração: 90 min.
Tipo de Visita: Visita Guiada
Número de pessoas: Máx. 25 alunos/guia
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
PRÉ ESCOLAR
As crianças vão partir à descoberta
do conhecimento do Mundo, compreender conteúdos relativos à biologia animal e perceber a razão pela
qual os animais estão em perigo de
extinção!
3º CICLO
Vamos partir à descoberta dos ecossistemas, identificar
perigos para o ambiente e sensibilizar
para a conservação
das espécies em vias
de extinção!
Kid’s
Aventura-te com a tua Escola
2º CICLO
Vamos partir à descoberta do conhecimento da Vida, da diversidade de seres vivos e
suas interacções com
o meio, identificar perigos para o ambiente
e sensibilizar para
a conservação das
espécies em vias de
extinção!
O PAPEL DO ZOO NA
CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES
Sabia que os Jardins Zoológicos são considerados verdadeiros “arcas de Noé”? No entanto, nem sempre foi assim. Descubra o que mudou e actual papel que desempenham na
conservação das espécies. São privilegiados os método interrogativo e a interacção com o
grupo, através de jogos simples, fomentando-se o espírito crítico e a reflexão sobre o nosso
papel quotidiano individual para a preservação da Natureza e da Biodiversidade.
Horários: 2ª a 6ª feira
Duração: 60 min.
Tipo de Visita: Sessão Temática
Número de pessoas: Máximo 30 alunos
O PAPEL DO ZOO NA CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES
Sabia que os Jardins Zoológicos são considerados verdadeiros “arcas de Noé”? No entanto, nem sempre foi assim. Descubra o que mudou e actual papel que desempenham na
conservação das espécies. São privilegiados os método interrogativo e a interacção com o
grupo, através de jogos simples, fomentando-se o espírito crítico e a reflexão sobre o nosso
papel quotidiano individual para a preservação da Natureza e da Biodiversidade.
Horários: 2ª a 6ª feira
Duração: 60 min.
Tipo de Visita: Sessão Temática
Número de pessoas: Máximo 30 alunos
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Kid’s
ski skate
parque
actividade de ski ou
snowboard
14h00 – Ponto de encontro: Aluguer de Equipamento
– Escolha do material de acordo com altura, peso e
número de calçado
14h30 – Inicio da aula de Snowboard ou Ski: Aquecimento, breves noções teóricas e aula prática
16h30 – Fim da aula
Das 16h30 às 17h00 – Entrega dos materiais e final
da actividade
Inclui:
• Monitores de Ski ou Snowboard para aula de 120
minutos
• Entrada no Parque
• Coordenação da actividade
• Equipamento necessário à prática das modalidades: Ski ou Snowboard, Botas, capacetes e protecções de joelhos e cotovelos (estas ultimas são
facultativas de usar. Apenas o capacete é obrigatório)
Preços desde 8 euros/pessoa
Programas: SkiSkate Parque
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Duração da Actividade: 3 horas - Das 14h00 às 17h00
(este horário é meramente indicativo; a actividade
poderá ser realizada da parte da manhã)
Kid’s
Aventura-te com a tua Escola
badoca safari
park
ver, ouvir e sentir
Nesta sessão os alunos têm oportunidade de uma forma informal e fundamentada aprender sobre várias
espécies selvagens e refletirem sobre a importância
do trabalho de conservação de espécies desenvolvido
pelo Badoca Safari Park.Poderão tocar e observar vários exemplares de Penas, Ovos, Hastes, Ossos e esclarecer muitas curiosidades sobre os animais da selva.
Uma das novas atracções deste ano será o verdadeiro
esqueleto de girafa que o Badoca Safari Park tem em
exibição. Uma óptima forma dos alunos ficarem a conhecer de perto estes magníficos animais.
Idades:Todos os ciclos de ensino
Horário: 11h30/15h30
Duração: 30 minutos.
safari aventura
Percurso guiado, de trator, num espaço de 45 hectares,
por entre girafas, búfalos, avestruzes, zebras e muitos
outros animais selvagens africanos em liberdade.
Idades:Todos os ciclos de ensino
Horário: 11h30/15h30
Duração: 45 minutos.
RAFTING AFRICANO
Uma experiência emocionante navegando por 500m
de águas turbulentas a bordo de um barco pneumático para 9 pessoas.
Idades:Todos os ciclos de ensino
Horário: A definir diáriamente
Requesitos: Altura mínima de 1,10m.
Programas: Badoca Safari Park
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Kid’s
portugal dos
pequenitos
VISITAS AO MUSEU DA MARINHA
VISITA AO MUSEU DO TRAJE
Visitantes de todas as idades/grupos escolares
Vamos partir à descoberta da magnífica colecção de miniaturas de barcos de pesca, de guerra, de transporte,
apetrechos náuticos e, sem meter água, vamos ainda
convidar os mais novos a desenharem o seu barco preferido.
Visitantes de todas as idades/grupos escolares
Com uma visita guiada ao Museu do Traje é possível
aprender sobre a evolução do vestuário, dos adereços e
pensar a moda desde a Antiguidade até ao séc. XX. Inspirados sobre a temática, os mais novos, verdadeiros designers, serão depois convidados a criarem o seu modelo ou colecção para a próxima estação Outono-Inverno.
Horários: 11h|14h30m
Preço incluído no bilhete de entrada: Adulto: 8,95€|
Criança (dos 3 aos 13 anos), Sénior: 5,50 €| Família (2
Adultos + 2 Crianças): 23,95 € | Crianças até 13 anos inseridas em grupos escolares: 3,75€/criança
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Objectivo: Estimular a observação e a criatividade.
Horários: 11h|14h30m
Preço incluído no bilhete de entrada: Adulto: 8,95€ |
Criança (dos 3 aos 13 anos), Sénior: 5,50 € | Família (2
Adultos + 2 Crianças): 23,95 € | Crianças até 13 anos inseridas em grupos escolares: 3,75€/criança
Programa: Portugal dos Pequenitos
A R evista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Objectivo: Estimular a observação e a criatividade.
Destinatários: Visitantes de todas as idades| grupos escolares
Entre, Conheça e Explore as dezenas de
actividades do programa pedagógico
do Fluviário de Mora sob o mote O Rio
como Percurso de Aprendizagem.
Um Aquário
à minha Medida!
Saber cuidar de um aquário requer conhecimentos, sentido de responsabilidade e investimento pessoal. Por isso,
preparámos esta actividade e também
para que tenha a oportunidade de colocar algumas questões até então sem
resposta. Manter e cuidar de um belo
aquário é sem dúvida um desafio, mas
um desafio divertido. Estamos prontos
para vos receber, para falar de aquários
e montar um aquário.
Matemática nos Rios!
Contar, medir, saber mais sobre geometria, e o que será a densidade, porque
o Fluviário está cheio de matemática,
CHEIiiiooooo… Mas não só o Fluviário, os rios, os cardumes, as matilhas,
os bandos, as florestas, as colmeias, as
serras, as flores, enfim, a Natureza. É
ver para crer;.
Tanganhos
Animados!
Tanganho?! O que é isso? Pegar num
tanganho (galho seco), pintá-lo com
tinta branca e depois de seco, desenhá-lo e voltar a pintar com cores luminosas até descobrir uma forma animal. Aproveitamos esta oportunidade
para falarmos sobre o Ano Internacional das Florestas. ø
Um Programa: Fluviário de Mora
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Kid’s
Aventura-te com a tua Escola
fluviário
de mora
Descobrir
 Parque Natural do Faial
Foto: Nuno Rodrigues
Um tesouro entre
Mares e Vulcões...
E
m terra, num humilde posto de
vigia, um homem está sentado
num banco de pau com uns binóculos fortes. Há longas horas que
derrama o seu olhar sobre o oceano à procura de um sinal que lhe indicie a localização de um gigante do mar: o cachalote.
Um bufo? Sim, sucesso! Corre para fora da pequena guarita que lhe serve de abrigo, inspira
uma passa do seu eterno cigarro e usa a pon90
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
ta incandescente para atear o bombão, foguete
composto por três bombas e três grupos de três
respostas que rebentavam em alternância com
as bombas.
Poucos segundos depois, houve-se então em
toda a povoação: - sshhhh… tátrrrátá tátrrrrátá
tá! De imediato, homens de bravura invulgar
lançam-se para os pequenos botes baleeiros e
fazem-se à água. A mais impressionante batalha dos mares está prestes a começar.
Foi no século XIX que começou a baleação costeira nos Açores. Esta actividade tornar-se-ia
numa fonte de rendimento complementar, e
de grande importância, para muitos açorianos
que viviam de outros ofícios, como da pesca, da
agricultura ou da estiva.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a caça à baleia
nos Açores atingiu o seu apogeu, e foi nesta fase
que apareceram as fábricas de processamento
integral do cachalote. Destes grandes mamíferos obtinha-se o óleo de baleia (principal produto da actividade) e as farinhas produzidas a
partir da carne, dos ossos e até mesmo do sangue. Estes recursos, quando vendidos, em muito contribuíam para o aliviar das dificuldades
vividas nos lares açorianos desse período.
O vínculo forte ao mar, muito para além da caça
à baleia, é sobejamente conhecido pela localização geograficamente privilegiada da Ilha do
Faial, revelando-se um porto de abrigo capital
para as embarcações que, desde então, rasgam
o Atlântico de flanco a flanco.
É desta forma que se explica a existência de
tantos faróis, distribuídos pelos vértices das
ilhas. Faróis que, nas noites mais escuras e em
borrascas ameaçadoras, aliviavam os navegadores ansiosos por ouvir o doce som da terra
firme.
É, pois, destas construções “com luz própria”,
que sobressai o farol dos Capelinhos. Esta estrutura emitiu os primeiros relâmpagos em
1903 na ponta mais Oeste da ilha do Faial. Nas
proximidades, uma vigia da baleia e um pequeno – mas extremamente importante – porto,
chamado de Comprido, usado como base até
1957 para a perigosa caça do mamífero.
“O vínculo forte
ao mar, muito para
além da caça à baleia,
é sobejamente conhecido pela localização
geograficamente privilegiada da Ilha do
Faial, (…)”
Até 1957, porquê? Nesse ano, violentas erupções vulcânicas agitaram a ilha, a 1 quilómetro
de distância do farol e do Porto do Comprido.
Até finais de 1958, toda aquela zona sofreu uma
alteração dramática. Os campos ficaram cobertos de cinzas, os habitantes locais escaparam
entre preces e prantos, a caça à baleia cessou e
o farol viu-se apagado de luz pela força imensa
da natureza; mas não destruído...
Assim, cinquenta anos depois, o Homem, com
a sua sempre admirável capacidade de adaptação perante as contrariedades e recuperação face às adversidades, conseguiu aproveitar
aquilo que as entranhas da terra ultrajantemente lhe deixaram, tendo encontrado novas
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
91
Descobrir
Parque Natural do Faial
Caldeirinhas
Descobrir
“Os arpões foram
trocados por
máquinas fotográficas
e os cetáceos, maravilhas
dos nossos mares, são agora
protegidos com agressividade
tanto pelos visitantes, mas,
quase enigmaticamente,
pelos outrora caçadores.”
oportunidades para a atracção de gentes, não
só da ilha, como também de todo o mundo, para
aquele local.
Hoje, as vigias das baleias alertam os apaixonados pela vida e indicam com precisão onde
se devem dirigir para apreciar algo de tão único no globo. Os arpões foram trocados por máquinas fotográficas e os cetáceos, maravilhas
dos nossos mares, são agora protegidos com
agressividade tanto pelos visitantes, mas, quase enigmaticamente, pelos outrora caçadores.
Este centro de interpretação está camuflado
na paisagem e apresenta uma excelente oferta sobre a geologia dos Açores e do mundo, incluindo uma formidável colecção de rochas e
minerais, permitindo conhecer de perto e de
forma abrangente os tempos vividos no ano da
erupção do vulcão dos Capelinhos.
92
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Fotos: Nuno Rodrigues
O farol, esse, ainda com o aspecto idêntico ao
de 1958, esconde sob si e sobre a terra mais
recente de Portugal, uma outra forma de iluminação. Ilumina a inteligência daqueles
que, agora, procuram saciar a curiosidade.
O seu “foco de luz” encontra-se antes orientado
para o esclarecimento de um dos acontecimentos mais marcantes na vida dos açorianos no
século XX. Tanto do ponto de vista económico
como social ou ambiental, aqui o Vulcão dos
Capelinhos é contextualizado, explicado e desmistificado.
Monte da Guia
Descobrir
Parque Natural do Faial
Foto: Nuno Rodrigues
Levada
Foto: Nuno Rodrigues
Este Parque Natural inova! Entre mares e vulcões é possível viver experiências de cortar a
respiração. É frequente ouvir os nossos visitantes, quando partem para as suas terras de origem, a lamentarem-se por abandonar algo de
inexplicavelmente apaixonante...
Botes Baleeiros
De certa forma, foi assim que se começaram
a dar os primeiros passos para a criação do
Parque Natural do Faial (PNF). Aproveitaram-se actividades outrora existentes e, agora com
uma finalidade diferente, aponta-se para a investigação, sensibilização, educação e para a
utilização sustentável dos recursos naturais.
Os trilhos são arrebatadores; um percorre a levada, um antigo e místico canal de água usado para a produção de energia hidroelétrica,
hoje recuperado e passível de ser realizado por
qualquer pessoa, seja de que faixa etária for.
Outro atravessa uma Reserva Natural, a Caldeira do Faial, cuja riqueza é inigualável, uma
vez que alberga espécies de flora e fauna endémicas raras, só aqui observáveis no seu estado mais selvagem – de notar que das cerca
de setenta e cinco espécies de plantas endémicas dos Açores, cerca de cinquenta encontram-se nesta cratera vulcânica de oitocentos mil
anos de idade! Ou, ainda, para os verdadeiros
amantes das actividades ao ar livre, é possível
realizar o maior trilho identificado dos Açores,
com vinte e sete quilómetros de extensão e de
duração aproximada para a sua realização, de 9
horas: o já bastante célebre Trilho dos Dez Vulcões. Este último percorre um alinhamento de
vários cones vulcânicos repleto de paisagens
deslumbrantes. A primeira estrutura vulcânica
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
93
Caldeira do Faial
deste percurso é a emblemática Caldeira do
Faial, sendo percorrido grande parte do seu
perímetro.
Posteriormente, o mesmo segue ao longo de
toda a encosta Oeste da ilha até se chegar ao
último vulcão – o não menos emblemático, e já
mencionado, Vulcão dos Capelinhos. Uma área
onde cores e matizes dos tons quentes da terra
virgem - por vezes de especto lunar e estéril
- contrastam com as manchas verdes da flora
pioneira e com o azul do céu e do mar fundidos
no horizonte, algo que certamente fará as delícias dos amantes da natureza e da fotografia.
Desfrute da observação de cetáceos, pois este
é um dos dez “hot spots” a nível mundial para
a sua observação e provavelmente o local mais
privilegiado para o fazer na Europa. Interprete
a bio e geodiversidade nos centros especializados, como o Jardim Botânico do Faial, o Centro
de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos ou
94
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
a Fábrica da Baleia de Porto Pim. Observe também aves raras migratórias.
Na ilha do Faial encontra-se uma zona de charcos com infraestruturas para a adequada prática desta crescente atividade.
Saiba que os Açores são um dos melhores locais da Europa para poder contemplar aves
raras. Percorra trilhos de BTT ambientalmente certificados, ou atravesse o Parque do Faial
a cavalo. Mergulhe nas paredes dos vulcões,
imergindo no Oceano Atlântico! Com o Parque
Natural do Faial, recente estrutura de gestão
das áreas protegidas da ilha, é possível fruir de
forma regrada, sustentada e sem risco ambiental, dos recursos locais.
Tudo o que foi descrito levou a que o Parque Natural do Faial, o qual prima pela inovação, fosse distinguido pela Comissão Europeia, como
o destino designado para representar Portugal
Foto: Paulo Silva/SRAM
Descobrir
Perfil
Descobrir
Ângelo
Felgueiras
Parque
Natural
do Faial
Foto: Nuno Rodrigues
Foto: João Garcia
Jardim Botânico do Faial
Charcos de Pedro Miguel
no programa EDEN (European Destinations of
Excellence – Destinos Europeus de Excelência), importante galardão atribuído pela União
Europeia aos melhores locais da Europa para
atividades turísticas sustentáveis, e que pela
primeira vez se associa ao nosso país. Este projeto teve início em 2007 mas 2011 é o primeiro
ano em que Portugal se associa.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
95
Descobrir
património local, conve rtendo-os em atracões
turísticas que se constituam, por essa via, como
catalisadores de uma maior dinamização local.
Assim, não perca a oportunidade de comprovar, com todos os seus sentidos, aquilo
que aqui tentámos exprimir por palavras. Aventure-se! ø
Nuno Rodrigues
Frederico Cardigos
Parque Natural do Faial
Foto: Nuno Rodrigues
Os destinos participantes devem demonstrar
que desenvolveram um projecto sustentável e
economicamente viável e que vá de encontro ao
tema anual escolhido pelo EDEN, evidenciando
os aspetos únicos que proporcionarão aos turistas uma experiência inolvidável. Este
ano, o tema escolhido, é Tourism
and regeneration of physical sites
(Valorização Turística de Sítios) e
visa dar destaque a destinos turísticos nacionais (não tradicionais) que tenham requalificado
os seus sítios naturais ou o seu
96
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Vulcão dos Capelinhos
Descobrir
“Mais Além - Depois do Evereste”
D
epois de um regresso ao Evereste, para uma pequena homenagem ao seu companheiro falecido, um périplo pelas
montanhas do Peru, Nepal, Paquistão e Antárctida,provou-lhe que está apto para continuar. Deste Périplo nasceu um novo
livro, Mais Além, um testemunho de coragem e determinação de
quem não quer desistir. ø
Data de Lançamento: Janeiro 2007
ISNB: 978-972-41-4960-8
Editor: Editora Caderno, Leya
Segue o Livro “Mais Além, depois do Evereste”
no Facebook
“Um testemunho de coragem e determinação
de quem não quer desistir”
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
97
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Livro Aventura
 Livro Aventura por João Garcia
NATAL com Aventura
The North Face Base
Camp Duffel
DEUTER Kid Comfort I
Descrição: O Kid Confort é um porta-bebés acessível e multifuncional
com excelente ventilação devido
ao original sistema de costas Aircomfort.
Capacidade: 14 L
Dimensões: 68 x 38 x 30 cm
Peso: 2480g
PVP:
M: 99.90€
L:109.90€
XL: 129.9 €
Mais informações
Descrição: Nos tapetes rolantes
dos aeroportos de todo o mundo verá sacos Base Camp Duffel
serem recolhidos por exploradores e viajantes experientes.
Feitos em nylon laminado, resistente à água e reforçado com costuras duplas, este saco aguenta os
piores maus-tratos, seja por parte do utilizador da bagagem ou
pelos ambientes mais austeros.
PVP:
188,50€
Petzl Tikkina 2
Descrição:
A lanterna frontal
TIKKINA² está adaptada à maioria
das necessidades de iluminação
quotidiana. Dispõe de dois modos
de iluminação (máximo e económico) para adaptar a quantidade
de luz consoante as situações. Está
igualmente equipada com novos
Leds mais eficazes, e um interruptor com botão de premir. A caixa
das pilhas dispõe de um sistema de
fixação ADAPT.
Peso:
M: 1600 g
L: 1820 g
XL: 2240 g
Tamanhos:
M: 61 cm x 38 cm x 38 cm
L: 71 cm x 41 cm x 41 cm
XL: 81 cm x 48 cm x 48 cm
Volume:
M: 75 lt
L: 90 lt
XL: 155 lt
PVP:
16,30€
Mais informações
Autonomia (modo económico):
190h
Peso: 80 g
Mais informações
Timex Target Trainer
PVR:
149,99€
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Descrição: A Timex apresenta a sua
mais recente ferramenta de treino – Timex Target Trainer.
Aliando á tecnologia TAPScreen – touchscreen que permite iniciar, fazer
pausas e terminar treinos com um simples toque no vidro do seu relógio – as
características de um Monitor de Batimento Cardíaco. Com memória para
200 voltas!
Se está a pensar na prenda ideal para
o seu desportista preferido, não pense
mais, encontrou!
Mais informações
Garmin Forerunner 610
Relógio desportivo
de ecrã táctil com GPS
PVP:
99,90€
PVP:
104,90€
Descrição: Atravessar os trilhos agora cobertos por
uma camada branca de neve seria certamente uma
tarefa mais difícil sem a companhia da MERRELL.
Calçado de montanha para quem aprecia uma aventura ao ar livre, a MERRELL convida neste Natal a
esquecer o frio e a viver os grandes espaços verdes.
Desde sempre dedicada à protecção e preservação
da natureza, a MERRELL sugere que aproveite este
Natal para a experienciar em conjunto com a sua família. Junte-se à MERRELL na descoberta daquele
que é um dos maiores presentes da humanidade: o
nosso mundo.
PVP:
349,00€
Descrição: Ecrã táctil, carregamento
de dados sem fios, alertas vibratórios,
Virtual Partner, sensor de ritmo cardíaco (em alguns modelos), cálculo
de calorias com base no ritmo cardíaco, receptor GPS de alta sensibilidade, exercícios personalizados, à
prova de água segundo a norma IPX7
Mais informações
Mainstream Jazz
Mais informações
Descrição: O Jazz é um excelente kayak de lazer. É rápido,
estável e manobrável. Estas características adequam-no a
quase todo o tipo de situações para iniciados, desde que não
levadas ao extremo. É um barco muito divertido também
para praticantes mais avançados que o queiram levar para
águas mais mexidas.
O facto de ser construído numa liga de polietileno linear
com aditivação anti-uv faz com que, virtualmente, não necessite de qualquer tipo de manutenção. Garantia de 2 anos.
Acessório: Harmony SOT Deluxe Seat Sistema com um assento e encosto construídos em nylon almofadado que lhe
confere um particular conforto e resistência. Vendido em
separado.
PVP:
349,00€
Peso: 16kg
Dimensões: 275 x 76 cm
Capacidade máxima: 115 kg
Mais informações
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Natal com Aventura
MERREL
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Pousada de
Juventude
Penhas da Saúde
Estrategicamente situada no cimo da montanha, a quase 2.000 metros de altitude e em
pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a
Pousada de Juventude das Penhas da Saúde é
o local ideal para descobrir os prazeres do frio
da montanha rematados pelo aconchego de um
serão passado à lareira!
L
ocalizada no maior maciço montanhoso de Portugal Continental,
esta pousada do segmento Natureza
Aventura disponibiliza, desde o Verão
de 2009, mais 20 quartos duplos num
novo e moderno edifício, construído de raiz.
Graças à neve que se acumula nesta altura do
ano, a Pousada vive a sua época alta no Inverno,
pois, para além de oferecer uma vista privilegiada dos declives montanhosos completamente
pintados de branco, propicia a prática de desportos de Inverno como o esqui, o snowboard ou
o snowpaint – uma espécie de paintball.
Para os amantes da prática destas modalidades,
a visita à estância de esqui é obrigatória. Localizada próxima à Torre, o ponto mais elevado
de Portugal Continental, a uma altitude aproximada de 2.000 metros, esta estância encontra-se coberta por um manto de neve de Dezembro
a Abril, auxiliada por canhões que produzem
neve artificial, disponibilizando infra-estruturas
para a prática de desportos de inverno.
Porém, mesmo com o tempo quente e seco, é
possível a prática de esqui na pista artificial de
100
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Outros pontos de interesse, nomeadamente
para os apreciadores da gastronomia regional
portuguesa, são as verdadeiras iguarias existentes nesta região, como o famoso pão, o queijo
da Serra da Estrela – feito com leite cru de ovelha bordaleira, cardo e sal –, o chouriço e o mel,
entre muitas outras delícias serranas. Para além
da gastronomia intensamente rica, características que marcam esta região do centro de Portugal, sendo a sua imagem de marca, temos ainda
o famoso Cão da Serra da Estrela.
Na Covilhã, é de visitar, o Museu dos Lanifícios,
onde se encontra documentado o percurso da lã:
da ovelha à tosquia, do tinto da lã à tecelagem
dos panos... E, à noite, nada melhor do que dar
um pé de dança num dos inúmeros locais de diversão, repletos de estudantes universitários. ø
Características
■■ 163 Camas distribuídas por:
■■ 25 Quartos Duplos c/ WC (um adaptado a pessoas
■■
■■
■■
■■
■■
com mobilidade condicionada);
12 Quartos Múltiplos c/ 8 camas
1 Quarto Múltiplo c/ 12 camas
Horário: das 8h00 às 24h00 (recepção)
24 horas (funcionamento)
Serviços: Refeitório; Cozinha de Alberguista; Bar;
Sala de Convívio; Parque de Estacionamento.
Como efectuar a reserva
Podes fazer reserva em qualquer Pousada de Juventude através da Internet em
www.pousadasjuventude.pt. Para tal, basta
escolheres a Pousada, indicar o número de
pessoas, o tipo de quarto, datas de entrada
e saída… depois é só pagar. Se preferires
telefona para o +351 707 20 30 30 (Linha
da Juventude) ou envia um e-mail para
[email protected]. Também podes
fazer a reserva nas lojas Ponto Já ou directamente na Pousada.
Preços
Época Baixa (de 01/07/11 a 30/11/11)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 10,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 30,00 €
Época Média (de 01/05/11 a 30/06/11)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) - 11,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) - 32,00 €
Época Alta (de 01/01/11 a 30/04/11
e 01/12/11 a 31/12/11)
Quarto Múltiplo (p/ pessoa) – 13,00 €
Quarto Duplo c/ WC (p/ quarto) – 45,00 €
Com Cartão Jovem tens Pousadas de Juventude em
Portugal Continental. Mas, se quiseres dormir numa
pousada e não tiveres nenhum destes cartões, tens de
possuir o Cartão de Alberguista, que te dá acesso às
Pousadas de Juventude em todo o mundo e é válido por
um ano (www.hihostels.com). Podes obter o Cartão de
Alberguista numa Pousada de Juventude ou nas lojas
Ponto Já (Delegações Regionais do Instituto Português da
Juventude).
Contactos
Pousada de Juventude das Penhas da Saúde
Penhas da Saúde – Apartado 148 – Centro Cívico
6201-907 Covilhã
Tel. +351 275 335 375
E-mail: [email protected]
www.pousadasjuventude.pt
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Descobrir
Pousadas
piso sintético, existente em Manteigas. As caminhadas são também uma excelente opção para
quem gosta de aventuras, já que, nesta zona
de serra, existem mais de 300 quilómetros de
trilhos sinalizados, alguns dos quais começam
muito perto da Pousada. No entanto, seja qual
for a actividade, é sempre aconselhável o uso de
roupa bem quente porque, no Inverno, esta zona
é habitualmente assolada pelo mau tempo e por
fortes nevões.
Descobrir
 Receitas Outdoor
Bannock
Uma rubrica destinada à partilha de receitas e sugestões de Cozinha Outdoor.
Partilha as tuas receitas Outdoor preferidas!
Envia-nos um email para [email protected] e poderás ver a tua receita na próxima edição da Revista
Outdoor e no Portal Aventuras.
Ingredientes para 1 pessoa:
■■ 1 chávena de farinha de pão
■■ 1 colher de leite em pó
■■ 1 colher de ovos desidratados
■■ Passas ou frutos secos
■■ Água morna
■■ 1 toque de Rum ou Aguardente
■■ 1 pitada de sal
Fotos: José Xavier
Nesta edição da Revista Outdoor convidámos
Pedro Alves, instrutor da Escola do Mato, uma
escola de Bushcraft e técnicas de sobrevivência.
A sua sugestão é o Bannock uma espécie de pão
não fermentado, palavra de origem escocesa, mas
que encontra semelhantes um pouco por todo o
mundo junto das tribos indígenas. De aspecto pesado, é altamente nutritivo e muito saboroso, não carecendo do periodo de levedura do pão tradicional.
Um excelente pequeno-almoço para o caminho.
Preparação:
Em casa misturar todos os ingredientes excepto a água num saco
zip-lock.
Quando chegar a altura de preparar o pão, aquecer agua e despejar
lentamente no saco.
Massajar bem o saco até uniformizar a mistura e esta deixar de colar,
formando uma bola.
Espalma-se a bola num disco com
um dedo de altura e está pronto a
cozinhar.
Para cozinhar imediatamente pode
fazê-lo sobre as brasas, quer numa
grelha quer encostado a uma tábua
ou rocha plana. Pode também ser
frito com um pouco de azeite numa
frigideira.
Ou então pode ainda ser cozido num
forno portátil, como um dutch oven,
onde cresce um bom bocado. ø
Sabe mais sobre a Escola do Mato em
www.escoladomato.com
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 25€
Tour de Btt Sintra
Guincho
Tour de Btt Sintra Guincho
Este tour permite uma experiência intensa de sensações no coração do Parque Natural de Sintra Cascais. Fantásticos trilhos, floresta verde com lagoas,
cascatas e miradouros sobre o Oceano
Atlântico. Oferecemos-te toda a formação necessária para começares! Cenários de Montanha e Praia, obstá culos á
tua medida & fotos inesquecíveis!
Onde: Parque Natural Sintra Cascais
Preço: 25€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Fojo dos Morcegos 9km
Onde: Serra de Montejunto
Caminhando quase sempre junto à linha de costa, o trilho vai
deixando desvendar preciosidades geológicas e botânicas. São
particularmen te interessantes
as formações verticais do Calhau dos Corvos, a Pedra de Alvidrar e o Fojo dos Morcegos.
Onde: Parque Natural Sintra
Cascais
Preço: 20€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Papa-Léguas
Caminhada Monte da Lua
Realizado por marcação.
Um Programa: Papa-Léguas
Uma caminhada de baixa dificuldade que nos levará a apreciar a variedade paisagística e
de ambientes de Sintra.
Onde: Serra de Sintra
Preço: 16,61€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Equinócio
Caminhada em Montejunto 19 Km
Descida do Rio Mondego
Preço: 20€ / pax
Situada a escassos quilómetros
a norte de Lisboa, a Paisagem
Protegida da Serra de Montejunto é um símbolo de beleza
selvagem que impere preservar.
Partiremos de Vila Verde, sítio
de seculares raízes, para percorrermos coloridos castanhos
salpicados de outras tantas cores, onde gentes hospitaleiras aqui permanecem desde
tempos imemoriais.
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Descida com 12 km de extensão, indicado para a
iniciação à canoagem. O
percurso começa a jusante
do açude da Carvoeira em
Penacova. Tem uma envolvente natural deslumbrante
com vegetação variada e
inúmeras aves. Durante o verão, existe 3 pequenos rápidos
que proporcionam alguma emoção.
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
A aposta da Muitaventura desta feita é
levá-lo a embrenhar-se pela Serra de
Sintra, sobejamente conhecida desde os tempos árabes como “Monte da
Lua”.
Na Crista do Risco
Iniciaremos o passeio subindo à Serra do Risco, a escarpa
calcária mais alta da Europa
Continental. No topo, a vista
sob o mar é digna de múltipla
s fotografias. No retorno, faremos o percurso pela base da
Serra do Risco. Pelo caminho
vamos ter a oportunidade de
identificar fauna e flora. Todo
o percurso se desenvolve no
Parque Natural da Arrábida.
Onde: Parque Natural da Arrábida
Preço: 15€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
Canoagem no Rio Alva
Sector com 9km. Sector com
mais de uma dezena de açu
des, com diferentes formatos
(rampa, degrau, vertical, redondo, inteiro, semi-destruídos, etc). Não tem sectores
muito técnicos, mas exige alguma condição e destreza física, porque o contacto com a água é inevitável. Requer
experiência anterior em canoagem. Em épocas de elevada precipitação este sector pode tornar-se algo perigoso,
pelo que a descida pode ter de ser abortada a qualquer
momento.
Onde: Rio Alva, Coimbra.
Preço: 21,5€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Transerrano
Circuito Baleeira
Circuito de Rappel com três vias de
progressão vertical, que nos dará
acesso à belíssima praia do Porto da
Baleeira. A altura dos rappeis varia
entre os 5 e os 35m, e
prometem não deixar
ninguém indiferente.
Este rappel situa-se na
Actividades Outdoor
Onde: Rio Mondego
Duração: 3h
Preço: 20€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: TransSerrano
zona do Cabo Espichel.
Onde: Cabo Espichel
Preço: 21€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
GPS PAPER
De uma forma saudável e divertida vai poder
entrar nesta Aventura e
conhecer os recantos Românticos e a História de
Sintra. O Desafio é um
jogo em Sintra guiado
por um GPS Outdoor, em
equipa. Numa mistura de
circuito florestal (junto ao Castelo dos Mouros) e urbano,
em que tem que se preencher o road book preparado especialmente para si.
Onde: Serra de Sintra
Preço: 10€ / pax (min.2 pax´s) Valor Promocional
Realizado por marcação.
Um Programa: MuitAventura
Trilho da Ermida a Lindoso
(Ponte da Barca)
O percurso da manhã segue um trilho dos pastores, que
ainda levam os rebanhos de caprinos até ao alto da Serra,
passa pela branda de Bilhares, acompanha por vezes o
leito do rio Froufe e termina no lugar do Couto.
Onde: Ponte da Barca
Preço: 25€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Actividades Outdoor
Rappel em Rocha Natural
Este é o desafio, pois terás que
fazer rappel em rocha natural no
Parque Natural Sintra Cascais. O
rappel, actividade de manobra de
cordas, que consiste em descer,
através de uma corda, um obstáculo vertical.Esta actividade é
óptima no desenvolvimento da
auto-confiança e auto-estima, superando desta forma algum medo
latente.
Onde: Serra de Sintra
Preço: 12€ / pax (Valor promocional)
Realizado por marcação.
Um Programa: MuitAventura
Iniciação ao equilíbrio em Slackline
Onde: Local praia na zona do Porto/Gaia
Duração: 2h
Preço: 25€ /pessoa. Realizado por marcação.
Um Programa: Trilhos
Paintball
O Paintball é um jogo de acção
e estratégia, que desenvolve nas
pessoas um espírito de equipa,
responsabilidade, liderança e tomada de decisões sob condições
de pressão psicológica. É jogado
com equipamento de protecção
e uma arma que dispara bolas de tinta, que rebentam
aquando do seu impacto, marcando a zona atingida.
Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: 4h
Dificuldade: Fácil / Médio
Preço: 17,5€ /pessoa. Realizado por marcação
Um Programa: Sniper
Cultural Bike Tour - Vimeiro
A Região Oeste é reconhecida pelo
seu património cultural e histórico,
conheça os seus pontos mais interessantes, através de um tour de 2 dias
de bicicleta. Ideal para famílias, pequenos grupos e individuais.
Onde: Vimeiro
Duração: 2h30 horas.
Preço: Desde 20€ /pessoa
Um Programa: Experience Sport
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Aventura 3
Este programa promete umas horas bem passadas e cheias
de emoções fortes com
actividades que, não
obstante as excepcionais sensações que
provocam, são simples
de executar. Com a
duração de uma manhã ou uma tarde, escolha as 3 actividades
(ex: pontes de cordas, escalada, rappel, slide, matraquilhos
humanos, entre outras) que mais gostar e o seu programa
está feito.
Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: 3h
Dificuldade: Fácil / Médio
Valor: 18,50€ /pessoa
Realizado por marcação
Um Programa: Sniper
Trilho dos Currais
Com início e fim junto à Pedra
Bela, o Trilho dos Currais percorre três currais do Baldio de
Vilar da Veiga: o Curral da Espinheira, o Curral da Carvalha
das Éguas e o Curral da Lomba do Vidoeiro. De âmbito Cultural e Paisagístico, este trilho proporciona um contacto
directo com o espírito e tradições comunitárias locais, nomeadamente as actividades silvo-p astoris predominantes
ou que predominaram na serra do Gerês.
Onde: Gerês.
Duração: 5h
Preço: 20€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
Trekking no Parque Natural
Sintra-Cascais
Trekking acessível para toda a família. Sons incríveis, vistas e odores revigorantes nesta floresta.
Fique a conhecer estes locais escondidos. Experimente uma actividade natural no magnífico Parque Natural de Sintra-Cascais afastado da cidade e do
turismo de massas.
Onde: Sintra, Cascais
Duração: Meio dia.
Dificuldade: Fácil
Preço: 20€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
OUTDOOR
Até 25€ (cont.)
passeio aventura nas termas do
vimeiro
Meio-dia de actividade cheio de adrenalina e emoção.
Um passeio pedestre com
a emoção de um Rappel e
escalada.
Passeio com partida junto
às Fontes do Frades (Termas do Vimeiro).
Onde: Vimeiro
Duração: Meio dia.
Dificuldade: Fácil
Preço: Desde 20€/
pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa:
Experience Sport
Aventura na Serra de Montejunto
Uma aventura na Serra do Montejunto, este programa inclui
visita à fabrica do gelo, Centro de Interpretação Ambiental
e Torre de Vigia. Após as
visitas os participantes irão
partir num peddy paper com
jogos didácticos a serem realizados.
Onde: Serra de Montejunto
Duração: Meio dia.
Dificuldade: Fácil
Preço: Desde 18,45€/
pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa:
Experience Sport
OUTDOOR
Até 75€
Experiência de
Buggy ou Moto 4
Desafiamos te á diversão num
dos nossos automáticos Moto 4
ou Buggy todo o terreno.Cenários de Montanha e Praia, obstáculos à medida & fotos inesquecíveis.
Onde: Sintra
Duração: 1h30.
Valor: 75€/ para duas pessoas.
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours.
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 25€ (cont.)
Actividades Outdoor
Valor: 34€ /pessoa
Realizado por marcação
Um Programa: Sniper
rota do azeite
lapa da furada
Manhã – Formação teórica e prática em verticais.
Tarde - Visita completa
à gruta incluindo as galerias inferiores cujo o
acesso se faz por via de
rappel. A gruta da Lapa
da Furada situa-se em
pleno Parque Natural da
Arrábida e apresenta vestígios de ocupação humana que podem ser observados pelos seus visitantes e
trata-se de uma gruta ideal para quem quer ter um 1º
contacto com a espeleologia e as suas técnicas de progressão vertical.
Onde: Parque Natural da Arrábida
Valor: 28€ /pessoa
Realizado por marcação
Um Programa: Vertente Natural
Através da ROTA DO
AZEITE levamos os
nossos clientes a visitar
e participar no processo de fabrico artesanal
do azeite no vale do rio
Ceira, desde o processo
de apanha da azeitona,
transporte, selecção, até
à prensagem num lagar
de varas movido a água.
Inclui visita ao núcleo
museológico da Cabreira.
Onde: Góis
Valor: 38,5€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Transerrano
rafting no rio paiva
workshop de escalada
Rafting é uma actividade desportiva que consiste na descida de rios rápidos em barcos insufláveis denominados Rafts. Dependendo do
seu caudal, promete grande
adrenalina até para quem
habitualmente pratica este
desporto.
Onde: Rio Paiva, Castelo de
Paiva
Valor: 61,50€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Equinócio
Este Workshop é destinado aos que se pretendem iniciar
na escalada em rocha. O objectivo desta acção é transmitir técnicas e conceitos básicos que permita m aos iniciados actuar com maior segurança, eficiência e respeito
pelo meio envolvente. Este é um Workshop realizado na
Fenda da Arrábida um dos mais belos locais do Parque
Natural da Arrábida.
Onde: Parque Natural da Arrábida
Preço: 29€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
Paintball + Aventura 3
Este programa, com duração de um dia inteiro, vai proporcionar-lhe um conjunto
de sensações variadas. Inclui
uma sessão normal de Paintball numa metade do dia,
sendo que na outra metade irá
fazer 3 actividades (Pontes de
Cordas, Escalada, Rappel, Tiro
com Arco, entre outras) escolhidas por si. A nossa Sessão
de Paintball inclui 6 jogos efectuados nos 5 cenários diferentes que possuímos; o último jogo repetem o cenário
que gostaram mais.
Onde: Parque Aventura Sniper
Duração: 1 dia
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
OUTDOOR
Até 75€ (cont.)
Actividades Outdoor
OUTDOOR
Até 75€ (cont.)
Passeio a cavalo por terras do Vez
Para os que gostam de
aventura
preparámos
uma experiência sensacional de liberdade e
prazer. Um dia a andar
de cavalo por uma vasta
rede de caminhos que
nos permite desfrutar
de uma paisagem tipicamente rural.
Venha e divirta-se.
Onde: Arcos de Valdevez
Valor: 75€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza
PROGRAMA FIM-DE-SEMANA DE AVENTURA DE GÓIS
Um fim de semana recheado
de aventura, diversão e muitas
actividades. Na região de Góis,
venha desfrutar de actividade
de Rappel, Paintball, Canoagem e refeições típicas que lhe
darão energia para aproveitar
ao máximo.
Onde: Góis
Valor: 65€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Transerrano
garganta do cabo
Dia 1 Formação teórica e prática de verticais. Dia 2 Visita
à gruta com entrada em rappel de cerca de 45 metros.
Este rappel é de grau elevado devido às sensações fortes que provoca. A progressão na gruta faz-se por zonas
de dimensões razoáveis, no entanto tem algumas passagens estreitas mas acessíveis. A Gruta da Garganta do
Cabo situa-se no Cabo Espichel e é parte integrante do
sistema cársico deste.
Onde: Cabo Espichel
Preço: 75€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Vertente Natural
OUTDOOR
+ 75€
Fim-de-semana Paintball
Com entrada no Sábado de manhã, dormida em cabana de
madeira, alimentação incluída, piscina e muitas actividades, umas atrás das outras, para preencher o Sábado e o
Domingo com emoções sensacionais. Reúna um grupo de
amigos e venha experimentar.
Onde: Parque Aventura Sniper, Bucelas
Duração: Dois Dias e uma noite
Preço: 85€ /pessoa
Realizado por marcação.
Um Programa: Sniper
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Actividades Outdoor
OUTDOOR
+ 75€ (cONT.)
O desafio é conhecer um pouco da história
dos concelhos de Sintra e Cascais, através do
contacto com dois ancestrais monumentos:
As Ruínas Romanas (Casais Velhos) e o Convento dos Capuchos (Séc XVI), seguindo uma
viagem por caminhos históricos e luxuriantes,
em estreito contacto com a Natureza, num perímetro classificado pela Unesco como Património Mundial.
Onde: Sintra e Cascais
Duração: 3 horas.
Valor: 105€ (inclui entrada e vista ao Convento
dos Capuchos)
Realizado por marcação.
Um Programa: Guincho Adventours
Léguas na Costa Vicentina
Neste fim-de-semana caminharemos entre a terra e o m ar, por terras do fim da
Europa.
Dois dias à descoberta de uma das regiões
mais bonitas do litoral português - a Costa
Vicentina.
Onde: Costa Vicentina
Preço: 260€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Papa-Léguas
110
Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das actividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
Rota dos antepassados em
Buggy
Este fim-de-semana caminharemos entre a terra e o m ar,
por terras do fim da Europa.
Dois dias à descoberta de
uma das regiões mais bonitas do litoral português - a
Costa Vicentina.Este fim-de-semana atravessa os contrafortes da Serra da Estrela, na
região dos castelos Sabugal
- Sortelha e Idanha-à-Velha Monsanto. Caminhamos em
terras de castelos - sentinelas que vigiam desde épocas
imemoriais a fronteira com
Espanha...
Onde: Serra da Estrela
Preço: 180€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Papa-Léguas
Rota do Café das
Fazendas Paulistas
Não há uma evidência real sobre a descoberta do café, mas
sim, muitas lendas que relatam
sua possível origem e poderes,
porém, quando se mergulha no
universo dos cafezais em flor e
na vida das suas fazendas, pode-se perceber que as lendas
que envolvem este universo
nos levam a vivências e experiências inesquecíveis.
Onde: São Paulo/ Brasil
Preço: 1560€ / pax
Realizado por marcação.
Um Programa: Oficina da Natureza ø
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
111
Actividades Outdoor
OUTDOOR
+ 75€ (cONT.)
Léguas nas Aldeias
Históricas
Desporto Adaptado
A CANOAGEM
NA DEFICIÊNCIA MOTORA
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
www.anddemot.org.pt
A canoagem na deficiência motora
Numa aliança com o meio aquático e o meio ambiente, rico e caracterizado por estímulos exteriores e sensoriais, a Canoagem confere benefícios físicos, psicológicos, sociológicos e
sensoriais.
A canoagem é recomendada e é acesO fascínio pelo meio aquático, resível a todas as categorias de defici“A catrospectivo do meio intra-uterino,
ência/incapacidade, com a possinoagem na
exerce uma forte influência em
bilidade de ser desenvolvida nas
todas as modalidades aquáticas.
quatro áreas de intervenção, no
deficiência moAs tradições náuticas no nosso
domínio do desporto para as pestora torna-se um
país, potencializam a prática de
soas com deficiência/incapacimodalidades que podem ser, a
dade, a saber:
marco histórico
médio longo prazo, um caminho de
na modalidadesenvolvimento de uma cultu(1) Terapêutico; (2) Educativo; (3)
de (...)”
ra desportiva associada aos nossos
Lazer/Recreação e de (4) Alto Renrecursos. Nesta ambição, a Canoagem
dimento / Alta Competição.
destaca-se por ser aquela que necessita
A Associação Nacional de Desporto para
a Deficiência Motora (ANDDEMOT) é a En- de menos recursos espaciais, materiais e de mais
tidade Desportiva que, em Portugal, enqua- fácil acesso, sendo aquela que é menos influendra organicamente, através dos seus Clubes, ciada por marés ou condições atmosféricas.
OUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011
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Canoagem
A “canoa”, como um recurso que é exterior ao
corpo humano, com ou sem deficiência/incapacidade, poderá ser entendida, desde dos primórdios até aos dias de hoje, um instrumento natural
e simples e, simultaneamente, uma “ajuda técnica” com alguma complexidade tecnológica, em
termos de concepção, do fabrico, das matérias-primas e de utilização.
a prática do desporto para as pessoas com deficiência motora, de que a canoagem faz parte nas quatro áreas, promovendo e desenvolvendo a (1) Formação dos recursos humanos
do desporto; o (2) Desenvolvimento da prática
da atividade desportiva e o (3) Alto Rendimento / Alta Competição, entre os diversos Programas e Projetos que a ANDDEMOT tem em curso.
Desporto Adapdado
O Desporto na deficiência motora
Da água viemos, grande parte de água somos, a
água foi, por excelência e por estratégia de sobrevivência, o meio natural de mobilidade e de
acessibilidade, ou seja o advento da globalização.
Desporto Adaptado
A canoagem na deficiência motora torna-se um
marco histórico na modalidade, com a entrada de
praticantes no âmbito competitivo e a participação em Campeonatos do Mundo (2009 Canadá, e
2010 Polónia), mas também com a divulgação aos
praticantes, clubes e público em geral.
A promoção desta prática não visa apenas actividades pontuais com pessoas com deficiência,
mas sim promove a canoagem regular com o
intuito formativo, recreativo e até terapêutico,
culminando em alguns casos, num processo de
rendimento desportivo, numa visão compatível
com os programas de desenvolvimento de atletas
a longo prazo. Os aspectos fisiológicos e cognitivos e o ambiente natural no qual é praticada,
conferem à canoagem um meio de formação desportiva e social de excelência.
Um longo caminho ainda se deve percorrer, nomeadamente na finalidade que esta prática poderá ter na população alvo, porém, é defendido
pelos pioneiros do nosso país, que a “Canoagem
Adaptada” é um termo em desuso, visto que nesta
modalidade “todos nos temos de adaptar…”, e assim, surge uma visão de canoagem de inclusão,
ou “Canoagem para Todos”. ø
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Jorge Vilela de Carvalho
Vice-Presidente da ANDDEMOT
[email protected]
Ivo Quendera
Técnico Modalidade Canoagem, ANDDEMOT
[email protected]
Espaço APECATE
A SEGURANÇA
Fotos: Margens
NAS ACTIVIDADES
DE AR LIVRE
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
derados na elaboração dos objectivos e do plano
de segurança. Para isso, devem:
E o que é o risco? Ao contrário do perigo, que
é real e está associado a forças da natureza
ou a situações sobre as quais não temos controlo, o risco é a probabilidade de um acontecimento vir a ocorrer ou não vir a ocorrer.
Tem a ver com a nossa intervenção, com a
acção humana, é algo que poderemos controlar.
Neste quadro, a tarefa fundamental do organizador de actividades de ar livre é a criação de
um modelo de análise do risco relativamente às actividades que pretende desenvolver.
A sua intervenção deverá ser feita a dois níveis:
no desenvolvimento de um sistema de gestão de
riscos e no cumprimento de regras de segurança.
garantir a eficácia do controle de riscos.
SEGURANÇA AO NÍVEL DA IMPLEMENTAÇÃO
DE SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO
Os organizadores de actividades de ar livre devem ter e manter procedimentos para identificar continuamente os perigos e riscos durante
as actividades. Devem garantir que os resultados da avaliação e controle de risco sejam consi-
■■ Identificar perigos e avaliar os riscos numa
abordagem preventiva;
■■ Classificar e identificar os riscos eliminan-
do-os ou controlando-os;
■■ Ter em consideração a experiência opera-
cional e as boas práticas;
■■ Investir na criação dos requisitos da segu-
rança e controlos operacionais;
■■ Assegurar a monitorização das acções para
A organização deve preparar uma listagem dos
factos que possam afectar as actividades, considerando todas as causas e cenários possíveis
para cada um dos itens dessa lista. Um dos factores mais importantes a considerar é que alguns
dos perigos e riscos têm por base as atitudes dos
participantes (clientes, monitores ou outros). A
análise de riscos tem como objectivo conseguir
criar uma hierarquia, desde os riscos menores e
aceitáveis aos maiores e mais perigosos.
CUMPRIMENTO DAS REGRAS DE SEGURANÇA
As Regras de Segurança visam garantir um nível de risco aceitável. Podem ser Passivas e Activas.
As regras de Segurança Passiva são todas as
actividades e procedimentos realizados antes da
acção.
As regras de Segurança Activa são todos os
procedimentos realizados no dia da acção.
OUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011
117
Espaço APECATE
Animação Turística
A
segurança, uma das principais preocupações das empresas de Animação
Turística, deve ser considerada uma
exigência básica na sua actuação.
Como todos sabemos, não existe um
“estado de segurança”: a segurança é um processo dinâmico, evolutivo, que resulta das nossas acções e metodologias. O que na realidade
existe é um determinado nível de insegurança
que deve ser minorado por um trabalho de controlo de risco.
Espaço APECATE
Este espaço é seu
Envie-nos as suas dúvidas e questões sobre
temáticas de Animação Turística, Congressos e Eventos e a APECATE responderá.
[email protected]
Regras de Segurança Passiva
Autorizações: Na legislação actual existem muitas
actividades que necessitam de autorizações ou licenças.
Telemóvel: Serve para estabelecer a comunicação entre os membros da organização e entre a
organização com todos os serviços exteriores, nomeadamente serviços de resgate e autoridades.
Construção de um plano de segurança (matriz):
É um documento essencial. Deve englobar todas as tarefas de segurança, o cronograma,
o
modelo
de
comunicações,
os recursos envolvidos e a listagem de
procedimentos de segurança, entre outros.
Rádios intercomunicadores: Permitem uma comunicação em sistema aberto. Este sistema aberto permite uma maior rapidez na comunicação
e transmissão de ordens dentro da organização.
Listagem de procedimentos de segurança:
Esta listagem engloba os protocolos de comunicação em caso de acidente (lista de necessidades
de intervenção que pode ser feita por códigos de
cor, numéricos, alfabéticos ou outro).
Estudo e elaboração dos planos de comunicação: Existem dois modos de comunicar que são
complementares:
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Estudo do clima para a época do ano
escolhida:
Embora
as
condições
atmosféricas sejam imprevisíveis e de difícil antecipação, a meteorologia dá-nos probabilidades indicativas de grande importância.
Estudo da logística necessária: O plano de segurança está apoiado nos recursos existentes e na
sua funcionalidade: recursos materiais, estado do
equipamento a utilizar, modelo de transporte, etc.
fica? A actividade foi testada? Existem alguns imprevistos ou locais mais problemáticos? Tiverem
de ser introduzidas algumas alterações ao plano
previsto?
Escolha do local: Deverá ser feita de acordo com a actividade, o nível dos praticantes (idade, conhecimentos técnicos, experiência, capacidades físicas) e o risco
do
espaço (relevo, poços, cursos de água, etc.)
Condições do material utilizado: Todo o material deve ser revisto antes de ser montado. Deve
existir sempre material de substituição.
Elaboração de Planos de Resgate e Evacuação: Reconhecimentos, estudo de vias de resgate (criar um modelo funcional onde estejam
definidos as zonas de intervenção, caminhos e
meios de resgate, implicando os meios afectar).
Entidades de Saúde e Protecção: Hospitais,
Centros Saúde, Bombeiros, Protecção Civil. As
entidades devem ser avisadas com antecedência
para planearem a sua resposta.
Equipas de apoio médico: De acordo com o tipo de
actividade e necessidades detectadas (actividade,
nº de participantes, local onde é realizado, etc.).
Forças de Segurança e outras autoridades GNR, PSP, Serviços Florestais, Serviços
dos Parques e Reservas, ICNB, outros. As forças de segurança e autoridades policiais devem ser avisadas e consultadas sobre a realização dos programas, sempre que necessário.
Seguros de acidentes pessoais e responsabilidade civil: Os seguros são condição fundamental. Não podem ser feitas actividades que não
estejam cobertas pelos seguros obrigatórios.
Compete à entidade organizadora zelar para que
estes tenham um âmbito de cobertura para toda a
actividade.
Regras de Segurança ACTIVA
Comunicações rádio e telemóvel: As comunicações estão a funcionar, todos os elementos estão
contactáveis de acordo com o Plano de Comunicações previsto?
Equipas de apoio médico: De acordo com o
modelo definido, estão presentes e prontas?
Equipa de técnicos: Estão todos presentes, nos
locais correctos, devidamente preparados e equipados?
Equipamento Pessoal: Verificar o equipamento
dos participantes e corrigir eventuais problemas.
Listagem de procedimentos: Verificação da listagem.
Forças de segurança: De acordo com o plano,
estão presentes? Sabem quais as suas funções?
Viaturas de segurança: As viaturas previstas estão presentes? Estão operacionais? Têm o equipamento previsto?
Regras de segurança individuais
Para além das Regras de Segurança referidas,
que são da responsabilidade do organizador,
existem as regras de segurança do próprio participante: se este não cumprir as regras estabelecidas, a probabilidade de risco aumenta exponencialmente.
Daqui decorre a importância de um factor a ter
em conta na organização de actividades de ar
livre: o perfil do técnico responsável pela actividade, que, com firmeza e autoridade, terá que
ser capaz de comunicar aos participantes que a
segurança é um valor no qual todos têm que estar cem por cento envolvidos. ø
António Marques Vidal
Vogal da Direcção da APECATE
www.apecate.pt
Condições climatéricas no dia da acção:
Quais as condições climatéricas existentes? Dependendo da actividade e do local, assim deve
ser feita a avaliação e decidido qual a estratégia a seguir (cancelar, realizar condicionado, mudar programa, mudar percurso, outra).
Condições de segurança específicas de cada
actividade: A actividade prevista foi montada de
acordo com as suas regras de segurança especíOUTDOOR Novembro_ Dezembro 2011
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Espaço APECATE
Animação Turística
Escolha da Equipa Técnica: (coordenadores, técnicos, assistentes, outros). Devem ser seleccionados de acordo com o conhecimento, experiência e competências.
A fechar
Portugal Dakar Challenge
A edição de 2011/2012 da expedição aventura Portugal Dakar
Challenge, com partida programada para 30 de Dezembro e com a
etapa final a 13 de Janeiro em Dakar, conta com um total de 50 equipas distribuídas pelas categorias 4x4 de Automóveis e Camiões e
ainda com Motos, ATV e UTV.
Mais Informações:
Portugal Dakar Challenge
Está aÍ a Rota do Azeite!
Através da ROTA DO AZEITE visite e participe no processo de fabrico artesanal do azeite no vale do rio Ceira, desde o processo de
apanha da azeitona, transporte, selecção, até à prensagem num lagar de varas movido a água. Inclui visita ao núcleo museológico da
Cabreira. A não perder!
Mais Informações:
Rota do Azeite
ZON North Canyon Show
Garrett McNamara está de regresso a Portugal para abraçar mais
uma missão de exploração às ondas da Nazaré, o ZON North Canyon
Show 2011. Esta é a segunda missão de um projecto de três anos,
iniciado no ano passado, sendo uma aposta da Câmara Municipal
da Nazaré, com o patrocínio da ZON, na promoção internacional
da região como destino de referência para os desportos de ondas,
aproveitando a singularidade do “Canhão da Nazaré”.
Mais Informações:
Zon North Canyon Show
Volvo Ocean Race
A Volvo Ocean Race é a mais antiga e conhecida regata à volta do
Mundo, com escalas, e que se realiza de três em três anos. Uma
prova de coragem excepcional de vela e de esforço humano, que foi
desenhada sobre o espírito dos grandes marinheiros - os homens
destemidos que navegaram os oceanos do mundo a bordo de veleiros há mais de um século.
Mais Informações:
Volvo Ocean Race
Aplicação iFlipViewer
Bem-vindo ao FlipViewer Xpress (i-Edition), uma experiência de
leitura agradável Flipbook para o IPAD. Esta é a aplicação aconselhada para poderes ler a tua Revista Outdoor no teu IPAD.
Descarrega gratuitamente aqui:
IFLIPVIEWER
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Patagónia Luso Expedition
É já no dia 12 Novembro que Ricardo Mendes e Filomena Gomes
partem para a América do Sul, para pedalarem mais de 2000km e
28 dias em total autonomia pelas inóspitas regiões da Patagónia e
da Terra do Fogo… e levam um equipamento muito especial para
os ajudar quando a fome apertar! Fiquem a conhecer o fogão dos
nossos aventureiros que queima álcool e tudo o que é inflamável…
O chá demora 1 minuto a estar pronto, cuscuz em 3 minutos e a
carne de Guanaco…só saberemos quando eles chegarem desta fantástica aventura!
Vejam as imagens:
Acompanhem esta aventura em:
Portal Aventuras
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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