Ministério dos Desbravadores - USeB

Transcrição

Ministério dos Desbravadores - USeB
Ministério dos Desbravadores
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CONSELHEIRO
DE DESBRAVADORES
GUIA DE ORIENTAÇÕES
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O CONSELHEIRO DE DESBRAVADORES
União Sudeste Brasileira
Pr. Maurício Lima - Presidente
Pr. Leônidas Guedes - Secretário
Pr. Volnei Porto - Tesoureiro
Este manual é baseado em dezenas de artigos e apostilas. Muitos deles não
apresentam fonte ou autoria. Nossa gratidão aos autores conhecidos e desconhecidos.
Nosso muito obrigado e também o reconhecimento a todos que em algum momento
pararam para escrever e ajudar no ministério com os Desbravadores. Este manual
não busca o ineditismo, mas sim, a compilação e ajuntamento de idéias e conceitos
para que, em um único lugar, o melhor pudesse ser apresentado aos Conselheiros.
Seguem abaixo algumas fontes utilizadas:
Manual dos Desbravadores, Vol. 1, Casa Publicadora Brasileira
Manual da União Nordeste, editado em 2004
Manual do Instrutor – Parte II - Curso de Líderes - Pr. Alexandre Paz
Curso de Treinamento Básico para Diretoria – Associação Sul Riograndense - USB
Apostila Bandeiras & Bandeirins, preparado pela UCB, em 1999
Manual de Especialidades do Clube de Desbravadores – Divisão Sul Americana
Uma Eterna Aventura – 50 Anos de História da UCB
Liderar – Sérgio Luiz Rigoli
Manual de Conselheiro de Robinson Amorim
Material de Olinda Elisa da Silva Sanches
Site: www.mjovem.org.br/ja/
Compilado por: Elmar Borges e Lubia Ferreira
Revisado por : Ivay Araujo e Thássia Oliveira
Projeto gráfico: Carlos Alberto Alves de Goes
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO|
5
ORGANOGRAMA|
6
CAPÍTULOS
1. IDEAIS E EMBLEMAS DOS DESBRAVADORES
|5
2. HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES
| 11
3. O CONSELHEIRO| 29
4. O CONSELHEIRO E A UNIDADE
| 44
5. O CONSELHEIRO E O PROGRAMA DE CLASSES E ESPECIALIDADES
| 62
6. O CONSELHEIRO E OS DIRETORES DO CLUBE
| 69
7. O CONSELHEIRO E OS PAIS
| 72
8. O CONSELHEIRO, O CAPELÃO E A MISSÃO
| 74
9. APRENDENDO A ENSINAR
| 80
10. DISCIPLINA E PSICOLOGIA
| 84
11. UNIFORMES| 100
12. DIFERENÇA ENTRE DIVERSÃO E RECREAÇÃO
| 105
13. ORDEM UNIDA| 122
14. ACAMPAMENTO| 133
15. ESTATUTO DA INFÂNCIA E ADOLESCENTE
| 155
16. RECOMENDAÇÕES FINAIS| 159
CONCLUSÃO| 149
APÊNDICE|151
FORMULÁRIOS|
157
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INTRODUÇÃO
O Clube de Desbravadores é um programa mundial
e oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tem como
objetivo atender os pré-adolescentes e adolescentes da
comunidade onde haja uma igreja ou escola. Não visa
somente os membros da igreja, mas atender os meninos e meninas de 10 a 15 anos da comunidade, sem
preconceitos raciais, credo, política ou condições financeiras.
SEGUEM ALGUNS OBJETIVOS DO CLUBE DE
DESBRAVADORES:
1) Levar nossos meninos e meninas a Cristo e conservá-los fiéis à igreja.
2) Demonstrar a atração dos ideais cristãos num programa ativo.
3) Dirigir nossos juvenis ao serviço missionário ativo.
4) Prover um programa positivo centralizado na igreja.
5) Desenvolver bom caráter e cidadania.
6) Promover o amor pela natureza.
7) Promover as atividades das Classes e Especialidades.
8) Dar oportunidades para desenvolvimento da liderança.
9) Dar orientação quanto ao crescimento físico, mental e espiritual.
As atividades deste Clube serão desempenhadas por jovens e adultos que dele
façam parte. Merece destaque a função de CONSELHEIRO ou CONSELHEIRA, cujas
atribuições serão expostas neste Guia prático. É importante observar que a expressão CONSELHEIRO será utilizada em referência às funções masculinas e femininas.
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PASTOR DISTRITAL
COORDENADOR REGIONAL
COORDENADOR DISTRITAL
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CAPÍTULO 1
IDEAIS E EMBLEMAS DOS DESBRAVADORES
Os Desbravadores tem uma filosofia de trabalho muito
solidificada em seus IDEAIS. Para termos sucesso no trabalho com este grupo, precisamos não somente decorar, mas
entender e viver cada um dos ideais. Segue a baixo cada um
destes ideais, o significado e sua história.
1921 — Criados o Voto e a Lei, de autoria de Harriel
Holt e Arthur W.Spalding.
VOTO
Pela graça de Deus,
Serei puro, bondoso e leal;
Guardarei a Lei do Desbravador,
Serei servo de Deus
E amigo de todos.
VOTO (ORIGINAL EM INGLÊS)
By the grace of God...
I will be pure.
I will be kind.
I will be true.
I will keep the Pathfinder Law.
I will be a servant of God.
I will be a friend of man.
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LEI
A Lei do Desbravador ordena-me:
Observar a devoção matinal;
Cumprir fielmente a parte que me corresponde;
Cuidar de meu corpo;
Manter a consciência limpa;
Ser cortês e obediente;
Andar com reverência na casa de Deus;
Ter sempre um cântico no coração;
Ir aonde Deus mandar.
LEI (ORIGINAL EM INGLÊS)
Keep the Morning Watch.
Do my honest part.
Care for my body.
Keep a level eye.
Be courteous and obedient.
Walk softly in the sanctuary.
Keep a song in my heart.
Go on God’s errands.
SIGNIFICADO DA LEI DO DESBRAVADOR:
Farei oração e leitura da Bíblia todos os dias.
Cumprirei minhas tarefas e responsabilidades com honestidade.
Serei temperante, higiênico, caprichoso e dedicado ao manter minha forma física.
Não farei nada que possa ofender a Deus e a outras pessoas.
Serei bondoso, atencioso e educado com os outros.
Em qualquer reunião onde se fala de Deus me comportarei com respeito e silêncio.
Serei alegre e feliz, não dando lugar ao mau humor.
Estarei sempre disposto a fazer o bem onde for chamado.
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ALVO
A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração.
LEMA
O amor de Cristo me motiva.
PROPÓSITO (Não faz parte mais dos ideias dos desbravadores)
Os Jovens pelos jovens, os Jovens pela igreja, os Jovens pelos semelhantes.
OBJETIVO
Salvar do pecado e guiar no serviço.
VOTO DE FIDELIDADE À BÍBLIA
Prometo fidelidade à Bíblia, à sua mensagem de um Salvador crucificado, ressurreto e prestes a vir; doador de vida e liberdade aos que nEle crêem.
LEGIÃO DA HONRA JA
Eu, voluntariamente, desejo unir-me à Legião da Honra dos Jovens Adventistas
e pela graça e poder de Deus irei:
Honrar a Cristo naquilo que escolho contemplar;
Honrar a Cristo naquilo que escolho ouvir;
Honrar a Cristo na escolha de lugares que decido ir;
Honrar a Cristo na escolha de amigos;
Honrar a Cristo naquilo que escolho falar;
Honrar a Cristo no cuidado do meu corpo.
Histórico: A Legião da Honra JA foi introduzida pela primeira vez num Concílio
de Jovens, em 1953. O incentivo veio de uma citação de Ellen White em 1902. Esta
declaração apareceu, primeiramente, no livro Testemonies, vol. 7, pág. 64, e pode
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também ser encontrada no livro Mensagem aos Jovens, pág. 270: “Moços e moças,
leiam literatura que lhes dê o verdadeiro conhecimento, e que ajude toda a família.
Digam firmemente:
Não gastarei tempo precioso em leituras que não me trarão qualquer benefício e
que não me prepararão para ajudar aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos
a adquirir preparo para o serviço de Deus. Fecharei meus olhos para as coisas pecaminosas e frívolas. Meus ouvidos são do Senhor, e não ouvirei o raciocínio sutil do
inimigo. Minha voz não estará de forma alguma sujeita a uma vontade que não esteja
na influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o Templo do Espírito Santo, e todas
as energias do meu ser serão consagradas a causas nobres.”
HINO OFICIAL DOS DESBRAVADORES
O Hino oficial dos Desbravadores teve como compositor o Pastor Henry Berg, o
qual foi escrito em maio de 1949, porém oficializado em 1952. A letra atual foi traduzida por Isolina Waldvogel, e sofreu pequenas alterações para haver uniformidade
entre a silabação e a linha melódica.
Letra:
Nós somos os Desbravadores,
Os servos do Rei dos reis.
Sempre avante assim marchamos
Fiéis as Suas leis.
Devemos ao mundo anunciar
As novas da Salvação,
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.
LETRA DO HINO (ORIGINAL EM INGLÊS)
Oh, we are the Pathfinders strong
The servants of God are we
Faithful as we march along
In kindness, truth and purity.
A message to tell to the world
A truth that will set us free
King Jesus the Savior’s coming
Back for you and me.
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BANDEIRA
O Clube de Desbravadores tem uma bandeira, sendo considerada como
emblema do Clube. A bandeira deve estar desfraldada nos programas e atividades
dos Desbravadores locais ou da Associação.
Henry Berg, Diretor de Jovens da Associação Central da Califórnia, desenhou
a bandeira dos Desbravadores em 1948. Os retângulos azuis significam lealdade e
coragem, enquanto os dois retângulos brancos representam a pureza.
SIGNIFICADOS DOS EMBLEMAS:
a) Lembra-nos de Cristo. “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o
que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João
3:16).
b) “... apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus” (Romanos 12:01).
1) Vermelho
(Sacrifício)
2) Três lados
(Plenitude da
Trindade: Pai,
Filho e Espírito
Santo)
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a) Desenvolvimento Mental: Habilidades e Especialidades.
b) Desenvolvimento Físico: Acampamentos, trabalhos manuais, enfoque sobre a saúde.
c) Desenvolvimento Espiritual: Ação missionária e desenvolvimento espiritual pessoal.
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3) Ouro
(Excelência)
a) “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo
fogo para te enriqueceres” (Apocalipse 3:18).
b) Padrão de medida. O Clube de Desbravadores possui
padrões elevados que ajudam a edificar um caráter íntegro
para o reino do céu
4) Escudo
(Proteção)
a) Nas Escrituras, Deus é muitas vezes chamado de escudo
de Seu povo. “Não temas ... eu sou o teu escudo” (Gênesis
15:01).
b) “Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual poderei apagar todos os dardos inflamados do maligno”. (Efésios 6:16).
5. Branco
(Pureza)
6. Clube de
Desbravadores
a. “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas”
(Apocalipse 3:5).
b. Desejamos possuir a pureza e a justiça da vida de Cristo
em nossa vida.
O Clube de Desbravadores é uma organização do Departamento Mundial de Jovens da Igreja Adventista do Sétimo
Dia.
É objetivo do Clube de Desbravadores ajudar a ensinar a
lealdade a:
7. Azul
(Lealdade)
• Nosso Deus no céu;
• Nossos pais;
• Nossa igreja.
A lealdade é definida como um reflexo do caráter de nosso
Verdadeiro Líder.
8. Espada
(Bíblia)
A espada é usada na guerra. Uma batalha é sempre ganha
pelo ataque. Estamos em uma batalha contra o pecado e
nossa arma é a Palavra de Deus.
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CAPÍTULO 2
HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES
Em 1919 Arthur Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um Clube de Escoteiros Missionários, em seu lar na cidade de Medisson - Tenessee, EUA. A idéia começou com seu filho
que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes, compatíveis com os objetivos
espirituais da Igreja e criou o seu Clube. O Clube de Arthur fazia
excursões de fim de semana, trabalhos manuais e seguimento
de pista. Os Escoteiros Missionários desenvolveram ideais que foram fundamentais
para o atual Clube de Desbravadores, entre estes o Voto, a Lei e o Lema, que foram
redigidos em 1921.
a) Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Camarada para
as primeiras Classes JA (antiga Classes Progressivas), na Sessão de Primavera realizada em São Francisco, em 1922, inicialmente como um programa
para jovens.
b) Lester Bond, Secretário do Departamento de Jovens da Associação Geral,
preparou as primeiras Especialidades em 1928, quando já havia 1075 Desbravadores (dados de 1927).
Em 1930, em Santa Ana, surgiu um Clube para juvenis sob a liderança do Dr.
Theron Johnston. As reuniões eram realizadas no porão de sua casa e as primeiras
instruções foram sobre: Técnicas de Rádio e Eletrônica. Sua filha Maurine, que o
tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lhe foi permitido participar do Clube. Como resultado sua mãe iniciou outro Clube para meninas, que se reuniam no
sótão. Os Clubes de Maurine e Johnston se reuniam uma vez por mês em conjunto e
iam acampar. Utilizavam-se os requisitos para os Jovens das Classes Progressivas.
Como uniforme tinham apenas uma camisa especial.
Clube de Johnston usou o nome de Desbravadores escolhido por Mckin, seu
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assessor. Não temos certeza de onde ele obteve esta inspiração, embora suponhamos
que a idéia tenha surgido após o primeiro acampamento da Associação do Sudeste
da Califórnia em 1928, onde um dos oficiais da Associação contou-lhes a história de
John Fremont, um explorador americano, ao qual se referiu como Desbravador. Depois
ao ser formado o Clube, Mckin pode ter se lembrado disto. Outras fontes atribuem o
nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr. John Hancock em 1946,
Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).
Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do Clube de Desbravadores, depois que estes foram realizados, foi o acampamento
de Wawona no parque de Yosemite, onde 40 Diretores de Jovens foram capacitados
para a liderança dos chamados acampamentos culturais, com um programa amplo,
que incluía pioneirias, trabalhos manuais, estudos da natureza, caminhadas e excursões com equipamentos para pernoite, programa ao pé da fogueira, e demais instruções do que hoje é conhecido como Classes Regulares. Tudo isso sobre um fundo de
idealismo religioso, lealdade denominacional e civismo.
Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usadas pelos Aventureiros. No início, alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas
sendo que alguns foram até fechados sob ameaça de exclusão, um deles foi o Dr.
Johnston. Apesar disso a idéia permanecia e alguns Clubes prosperaram.
Entre 1931 e 1940 outras Associações aderiram ao programa. Na União Norte
do Pacífico, L. A. Skinner fundou o Clube “Locomotivas” - (Traiblazers). Em 1935
iniciaram-se os acampamentos de Jovens. O primeiro Manual em português destes
acampantes culturais foi editado em 1947.
Inicialmente, os membros usavam uniformes verde-floresta, o que o ajudou na
identificação do Clube com a natureza. O objetivo do uso do uniforme era a identificação como grupo ao saírem a partilhar sua fé. Outros objetivos eram: manter o moral
entre os membros, dando-lhes a consciência de pertencer a uma organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como investiduras, desfiles, etc. O
uniforme verde embora utilizado em outros países, foi trocado por uniforme cáqui no
Brasil, depois que um jovem líder de Desbravadores usando a calça verde do uniforme
foi confundido com um terrorista disfarçado, e preso, na década de 70. Porém, desde
2004, o uniforme verde voltou a ser a cor oficial no Brasil.
Em 1946, o Secretário JA da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock, que depois se tornou Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando idéias do Clube Locomotivas. Juntos objetivando indicar que o
Clube de Desbravadores é uma organização espiritual relacionado à igreja.
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Em 1947, a Associação Geral solicitou para a União Norte do Pacífico, a elaboração de normas e planos para a transformação do Clube de Desbravadores em um
programa mundial. Esta planificação foi desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era
na época Diretor da União. Lawrence Paulson, Diretor do Clube de Glendale - EUA,
escreveu os primeiros manuais.
Em 1948, Henry Berg projetou a bandeira dos Desbravadores, e em maio de
1949 compôs o Hino dos Desbravadores, que foi oficializado em 1952.
O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado,
fato que ocorreu em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral
adotado oficialmente o CLUBE DE JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como
programa mundial.
O primeiro Campori dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em
Idlewild, na Califórnia. Dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 Desbravadores.
O Dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente designado para o 3º ou o 4º sábado de setembro (atualmente comemoramos em Abril).
O primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por
volta de 1960, onde conheceu o Clube. Gostou da novidade, mandou fazer uniforme
e o usou ao voltar para o Brasil, enquanto tentava iniciar a organização de um Clube
no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Alguns membros não gostavam de ver o Pastor
Belz vestido com o uniforme. Pensavam que a igreja iria militarizar as crianças.
Atualmente o Clube de Desbravadores é um dos Departamentos fundamentais
da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e tem como objetivo principal prover atividades
educacionais e recreativas aos membros da igreja e da comunidade.
HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES NA AMÉRICA DO SUL
O primeiro Clube oficial na América do Sul foi o Clube “Conquistadores de La
Iglesia”, da Igreja de Miraflores, no Peru. Inaugurado oficialmente por um Pastor em
1961, que na semana seguinte esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro
Clube brasileiro, que fora organizado pelo Pr. Wilson Sarli, sendo seu primeiro Diretor
o Sr. Edgar Tursílio. Na outra semana, este mesmo Pastor Wilson Sarli, esteve no
Rio de Janeiro oficializando o Clube organizado pelo Pr. Cláudio Belz. Logo a seguir,
organizou-se o Clube de Desbravadores da Igreja do Capão Redondo, tendo como
seu Diretor o Pr. Joel Sarli.
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Quando a mensagem Adventista entrou no Peru em 1889, mais ou menos 68
anos após a independência, ninguém sonhava com que o céu havia planejado para o
futuro do país. Os anos passaram, a igreja cresceu até chegarmos ao ano de 1955.
Um grupo de jovens que assistia à Igreja de Miraflores, perto de Lima, ouviu com
muito interesse sobre a existência de um grupo de jovens e adolescentes organizados num Clube chamado Desbravadores, que se envolviam em diversas atividades
especiais para sua idade.
O interesse cresceu rapidamente, as informações chegaram e foram passadas
adiante e os sonhos começaram a ser formulados. Então, alguns dos líderes de
jovens da igreja decidiram que era tempo de tomar coragem e estabelecer um Clube
de Desbravadores moldado em solo peruano, sob a liderança e encorajamento do
irmão J. Von Pohle, então Diretor de Jovens da União Incaica. Os líderes desse novo
Clube eram um jovem casal, Nercida Ruiz (Diretora do Clube) e seu marido Armando,
Srª Phil, Moises Rojas, Leonardo Pinedo e Srª Ruf. Esse pequeno grupo de pioneiros
se reuniu e se empenhou na tarefa de estabelecer o que tornou o primeiro Clube de
Desbravadores no Peru e na América do Sul.
Sob a liderança de Nercida, (também a primeira Diretora do Clube na América
do Sul) o primeiro problema que eles enfrentaram foi à escolha de um nome. Várias opções foram consideradas, como “Crianças Exploradoras”, “Exploradores de
Trilhas”, “Conquistadores” e outros. Foi escolhido o nome “Conquistadores” pelos
seus significados potenciais. Assim eles formaram um Clube onde as crianças podiam “conquistar o mundo para Cristo”, “conquistar novos amigos” e como membro
do primeiro Clube, a Srª Nira Florian, lembra, “Conquistar o Reino do Céu”. O novo
nome também estava em harmonia com o objetivo da liderança que era oferecer aos
jovens, adolescentes e juvenis da igreja, atividades de acordo com sua faixa etária
visando o seu desenvolvimento total e harmônico, dando-lhe oportunidades de testemunhar por Jesus.
As atividades desse primeiro Clube foram cheias de aventuras. As atividades do
Clube incluíam: reuniões especiais, que tratavam de um tema apropriado para a faixa
etária; e muitas reuniões apresentavam os ideais dos Conquistadores como o Voto
e a Lei. Lugares com abundante vegetação eram pesquisados (uma tarefa nada fácil
na costa desértica do Peru) e assim esse tempo era gasto junto á criação de Deus.
Cultos de pôr-do-sol no sábado, juntamente com votos de renovação ao serviço e
decisões de fidelidade a Deus que ainda estão na memória dos membros antigos
do Clube. Os grandes acampamentos, as histórias lendárias contadas ao redor da
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fogueira, as competições amigáveis e a camaradagem cristã ainda permanecem
vivos na memória. As Especialidades de artesanato que resultaram em souvenirs,
luminárias, mata-moscas, lenços elegantes, álbuns de fotos, porta-moedas, almofadas para alfinetes e uma variedade exótica de outros objetos que eram postos em
exibição e então comprados pelos pais e outros visitantes interessados em conhecer
do que se tratava o Clube.
Alguns membros do Clube também se lembram das Especialidades de culinária
na qual foram ensinados a fazer deliciosos pratos peruanos juntamente com algumas Especialidades internacionais. No encerramento do curso, os pais foram convidados para um banquete especial preparado por seus filhos - isso causou um forte
impacto nos pais, tanto quanto nas crianças.
Não podemos deixar de mencionar a primeira classe batismal durante o segundo
ano, liderado pelo marido da Srª Nercida, Armando. Seus esforços resultaram nos
primeiros dez Desbravadores sendo batizados naquele ano. Este foi um marco que
resultou em uma carta especial de felicitações enviada pelos administradores da
Divisão Sul Americana.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos líderes de Desbravadores foi à
decisão pelos uniformes e por sua obtenção. Finalmente decidiram pela cor caqui
para os meninos e para as meninas eles tingiam o tecido de verde escuro para as
saias que eram usadas com blusas brancas. Hoje ainda existem alguns dos quepes
“estrangeiros” que eles usavam. Mas a despeito de todo o trabalho, logo foram
capazes de trajarem todos os 40 membros com uniformes impecáveis. O aspecto
vistoso do Clube, com seus elegantes uniformes e bandeiras agitadas provocaram
muitas exclamações dos curiosos e despertou o desejo em muitas crianças de fazerem parte do Clube.
HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES NO BRASIL
Em nosso país a história dos Desbravadores possui poucos registros e documentação comprobatória. Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas,
nem jornais que confirmem os fatos relatados. Falando ao jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, Henry Feyerabend disse: “Eu sempre entendi
que em Lageado Baixo foi fundado o primeiro Clube do Brasil, mas não tenho nenhuma prova disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da organização
desse Clube “. Muitas realizações, nomes de pessoas, datas e informações podem
ter caído involuntariamente no anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas
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deficiências naturais da comunicação oral. Conseqüentemente, as versões existentes,
aqui apresentadas, podem, num momento ou noutro, chocar-se. Mas que tal encarar
tudo isso como parte de um grande e belo mosaico construído por muitos atores?
O que você vai ler a seguir faz parte de um esforço de reconstrução da história,
baseado praticamente em lembranças e relatos de personagens muito importantes
para os Desbravadores no Brasil. Eles efetivamente contribuíram para estabelecer um
programa que deu certo, e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard Turcílio, Henry
Feyerabend, Jairo de Araújo, Jesus Nazarenth Bronze, José Silvestre, Luis Roberto Farias, Osvaldo Haroldo Fuckner, Wilson Sarli... ) foi acreditar no potencial dos juvenis e
jovens cristãos de nosso país. A dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode
ser a oportunidade de dedicar somente a Cristo as homenagens e o louvou pelo grande
empreendimento espiritual e social que é o Clube de Desbravadores.
Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de Desbravadores
da Associação Geral, o Pastor Jairo Tavares de Araújo, então líder da juventude Adventista da Divisão Sul-Americana, com sede ainda no Uruguai, foi o primeiro a incentivar
a organização de Clubes de Desbravadores na América do Sul. Em 1957, ele preparou
um pequeno manual sobre como organizar um Clube de Desbravadores.
EM SÃO PAULO
“Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião de um
Campori da União Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu fomos homenageados pela criação desse movimento [Desbravadores] no Brasil”, conta o Pastor
Wilson Sarli. “Ele me lembrou de quando, em 1959, por ocasião das comemorações
dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários no Brasil, realizadas no antigo
Colégio Adventista Brasileiro, de 29 de julho a 1 de agosto, ele lançou um desafio para
a criação de Clubes de Desbravadores. Eu estava presente a este congresso, ainda
como distrital em Bauru, SP. Mas, até então, não havia Desbravadores no Brasil. Era
uma atividade desconhecida.”
O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um Clube de Desbravadores
organizado, foi no dia 6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele
havia recém assumido o Departamento de Jovens da Associação Paulista e estava representando São Paulo no Congresso de Jovens da União Austral. Na sexta-feira assistiu as apresentações de um Clube de Desbravadores no Chile, sob a liderança do Pastor
John B. Youngberg, missionário americano que havia criado o Clube naquele país.
De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor Youngberg,
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o Pastor Wilson pediu a sua secretária que o traduzisse. Segundo ele, esse material
foi-lhe solicitado pelo Pastor Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos Desbravadores em Santa Catarina. Alguns dias depois, o Pastor Jesus
Nazareth Bronze, então Distrital de Ribeirão Preto, comunicou-lhe que a comissão da
igreja havia recentemente escolhido um Diretor para o Clube de Desbravadores local,
a ser fundado, e solicitava instruções para o seu funcionamento.
Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado a um dos primeiros Diretores
de Clube no Brasil, o jovem - Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois por
Edgard Turcílio. No sábado, todos aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da
Associação, que naquele dia pregaria sobre o Clube de Desbravadores.
EM SANTA CATARINA
O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido a 10 de junho
de 1931, também participou no Congresso na Argentina, em 1961, como Diretor de
Jovens da Missão Catarinense. Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense, o Pastor Feyerabend chegou ao Brasil em 24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem as idéias da formação de Clubes de Desbravadores, adquiridas
em seu distrito nos Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960, Feyerabend dirigiu
uma reunião de planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, que se iniciaram no dia 28 de abril de 1960. De acordo com Elza Fuckner
Alves, que então contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos, nasceu
exatamente um dia antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de
Lúcia confirma a data. Ademar Zabel ainda lembra que, por ter apenas nove anos de
idade na época, não poderia participar do Clube, mas acabou sendo aceito depois de
muita insistência. Hoje (abril de 2000), Ademar tem 49 anos.
Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor Henry Feyerabend afirma com respeito à origem dos Desbravadores em Santa Catarina: “ Não
tenho nada escrito para confirmar a data de início dos Clubes. Minha memória também não é perfeita. Fui para Santa Catarina em 1958 e saí de lá em 1962, transferido
para A voz da Profecia. Organizei 7 ou 8 Clubes em Santa Catarina nesse período.
Mas a Associação não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os membros da Igreja de Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu Clube foi organizado antes da viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho
dados escritos nem memória para declarar que foi assim”.
No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor Young{ 20
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berg, que viera ao Brasil passar algumas dicas sobre como organizar Clubes de Desbravadores. Naquele tempo já havia Clubes em seis cidades catarinenses - Lageado Baixo,
Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado
foi o de Lageado Baixo, que teve como primeiro Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.
O evento mais marcante para o Pastor Feyerabend foi a realização de um Campori na
praia de Itapema, em 1961. “Reunimos naquele acampamento os Clubes que havia em
Santa Catarina”, conta Feyerabend: - “Não me lembro do número exato de pessoas que
participaram, mas, creio que tivemos quase 200, contando os Desbravadores, Conselheiros, Pastores e Instrutores”.
NO RIO DE JANEIRO
Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o Clube de Ribeirão
Preto, o Pastor Cláudio C. Belz (bisneto do pioneiro Guilherme Belz) recebia dos Estados
Unidos material sobre os Desbravadores. Na época, ele era Diretor de Jovens na Associação Rio-Minas. Seu pai, Rodolpho Belz, traduziu as apostilas e ambos, pai e filho,
ficaram entusiasmados com as idéias nelas apresentadas. O Pastor Cláudio preparou um
sermão sobre o assunto e o apresentou na igreja de Pavuna, no Rio de Janeiro. Pouco
tempo depois, vestindo seu uniforme recém-confeccionado (foi o primeiro Desbravador
uniformizado em nosso país) e de bandeira em punho apresentou-se na Igreja do Méier,
Rio de Janeiro, onde também falou sobre a importância do Clube de Desbravadores. “Na
hora do culto, algumas pessoas se retiraram da igreja”, lembra o Pastor Cláudio. “Na saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um Pastor Adventista organizando um Clube
dentro da igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial... Quase desanimei. Ainda bem que
meu pai era o presidente da União Este-Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda
a cobertura”.
O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro Campori de União, no Brasil, e o
primeiro Campori Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, ele foi o Diretor
de Jovens que mais tempo dedicou aos Desbravadores: 33 anos. Junto com o Pastor
Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes em vários lugares do Brasil.
HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO
1852 Publicado o “Youth Instructor” (1852-1870), a primeira literatura direcionada aos
Jovens. Seu primeiro editor foi Tiago White.
1879 Primeira Sociedade de Jovens, em Hazelton, Michigan, iniciada pelos adolescentes Luther Warren e Harry Fenner.
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1892 Sociedade de Juvenis, Adelaide, Sul da Austrália, por A. G. Daniels.
- 1º Testemunho e apelo para uma obra definida para os jovens, escrita
por Ellen G. White, no dia 19 de Dezembro de 1892, em Melbourne, Austrália. Esse boletim foi lido na Assembléia da Associação Geral de 29 de
Janeiro de 1893 e em parte dizia: “Temos hoje um exército de jovens que
podem fazer muito se forem devidamente orientados e encorajados...”.
1894 Grupos Luz do Sol, South Dakota, pelo Pastor Luther Warren.
1901 Sociedade de Jovens, organizada em Iowa. Supervisão geral da Obra dos
Jovens, sob a responsabilidade do Departamento da Escola Sabatina da Associação Geral. Pela primeira vez, é impresso o cartão de Membro dos Missionários Voluntários.
1907 A Associação Geral cria o Departamento de Jovens, com o nome: “Sociedade
de Jovens Adventistas do Sétimo Dia Missionários Voluntários”.
- Pr. Milton E. Kern é eleito primeiro Líder do Departamento MV da Associação Geral (1907-1922).
- Anna Mitilda Erickson é eleita primeira Secretária MV (1907-1920).
1909 Organizada a Sociedade Missionária Voluntária de Juvenis.
- Publicado o “Morning Watch Calendar” (Inspiração Juvenil) em alemão
e português.
1914 Convenção dos Missionários Voluntários na China.
1915 Organizado Ano Bíblico dos Jovens.
1916 Lançado o primeiro censo MV na história dos Jovens da IASD.
- Os Departamentos MV são transformados em unidades administrativas.
1917 Organizado Ano Bíblico dos Juvenis.
- Organizado Curso de Leitura para Primários.
1918 Pr. H. U. Stevens é eleito primeiro Líder do Departamento MV da Divisão Sul-Americana.
- Relatório: 1.230 Sociedades de Jovens e Juvenis; 24.638 membros.
1919 Organizada a Missão dos Sentinelas, por Arthur W. Spalding, no Tennessee.
1920 Harriet Holt eleita a primeira Secretária dos Juvenis (1920-1928).
1921 Criados o Voto e a Lei dos MV, de autoria de Harriel Holt e A.W. Spalding.
1922 São introduzidas as Classes Progressivas MV: Amigo, Companheiro, Cama{ 22
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rada e Guia Camarada.
- Harriet Holt e A.W. Spalding advogaram as idéias básicas para os Clubes
de Desbravadores.
1925 Primeiro Acampamento de Juvenis, realizado na Austrália.
1927 Acampamento de Juvenis, para meninos e meninas, em Michigan e Wisconsin. Para participar do acampamento o jovem deveria ter sido investido na
Classe Amigo.
1928 Pr. Elder C. Lester Bond é eleito Secretário dos Juvenis do Departamento MV
da Associação Geral (1928-11946).
- Realizado o primeiro Congresso de Jovens Adventistas do Sétimo Dia,
de 17 a 22 de Julho, em Chemnitz, Alemanha, com 3.000 Delegados.
1929 “Desbravador” nome usado pela primeira vez em um acampamento de verão
em Idyllwild, Califórnia. John Mckin iniciou um Clube de “Desbravadores” em
seu lar em Anaheim, CA. Ele era chefe de Escoteiros e desejava oferecer atividades ao Clube de Jovens cristãos Adventistas. O Dr. Claude Steen ajudou os
meninos e a Srª Willa Steen, uma Conselheira do Acampamento de Idyllwild,
e a Srª Mckin, como Diretoras das meninas.
1930 P. Henry T. Elliott nomeado como Líder do Departamento MV da Associação
Geral (1930-1933).
- Estabelecidas Classes MV Preliminares: Abelhinhas Laboriosas, Luminares, Edificadores.
- Dr. Theron Johnston, de Santa Ana, Califórnia, iniciou um Clube de “Desbravadores” para os meninos, no porão de sua casa, Lester Martin (pai
de Charles Martin) trabalhou com ele. A filha de Johnston, Maurine, ajudou a organizar as reuniões, mas não pôde participar. Ela tanto importunou a sua mãe, Srª Ethel Johnston, que esta acabou pedindo a Srª Ione
Martin para ajudá-la a iniciar um Clube para Meninas, que se reunia no
sótão. O grupo de Santa Ana - Fullerton se reunia mensalmente com o
Clube Anaheim para trabalhar nos cursos por uma hora, ensaio do coro,
dirigido pela Srª Willa Steen. Eles cantavam nas igrejas dos arredores e
para fins evangelísticos.
- Publicado o livro “Mensagem aos Jovens”, de Ellen G. White.
1931 Programa especial na Associação Geral para Especialidades MV, com a realização de uma Investidura de Amigo, Companheiro, Camarada e 53 distintivos
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de Guia.
1932 Compra do primeiro Acampamento de Desbravadores MV em Idyllwild, Califórnia.
- Publicado o Manual de Líderes de Acampamento.
1934 Pr. Alfred W. Peterson é nomeado Líder do Departamento MV da Associação
Geral (1934-1946).
1935 Lançado o 1º número da revista “Nosso Amiguinho”.
1936 Casa Publicadora Brasileira começa a editar uma revista especial para nossos
jovens e crianças, intitulada “Juventude”.
1937 Publicada a lição dos intermediários que hoje é chamada Lição dos Juvenis.
1938 Publicado o Manual de Guia.
1943 Pr. Denton E. Rebook e Pr. E. W. Dunbar são nomeados Secretários Associados MV da Associação Geral (1943-1946).
1944 Revisão do Manual dos Missionários Voluntários Juvenis.
1946 Pr. Eldine W. Dunbar é nomeado Secretário Geral MV da Associação Geral
(1946-1955).
- Pr. Theodore Lucas e Pr. Laurence A. Skinner são nomeados Secretários
Associados MV da Associação Geral (1946-1955).
- Primeiro Clube de Desbravadores patrocinado por uma Associação Riverside, na Califórnia - Associação do Sul da Califórnia.
- Desenhado o emblema do Clube de Desbravadores por Pr. John H. Hancock.
1947 Primeiro Congresso de Jovens da Divisão Norte-Americana, de 03 a 07 de
Setembro, em San Francisco, CA.
- Lançamento do slogan “Partilha a Tua Fé”.
1948 Pr. Henry Berg desenha a Bandeira dos Desbravadores. Helen Hobbs faz a
primeira bandeira.
1949 Pr. Henry Berg escreve o Hino dos Desbravadores.
- Primeiro Acampamento para Treinamento de Líderes de Desbravadores,
Camp Wawona, em Outubro.
1950 A Associação Geral oficializa o Clube de Desbravadores a nível mundial.
- Pr. Laurence A. Skinner nomeado Líder Mundial dos Desbravadores (19501963).
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- Curso de Treinamento para os Líderes de Desbravadores.
- Publicado o manual “Como Iniciar um Clube de Desbravadores”.
1951 Primeira Feira dos Desbravadores, em 23 de Setembro, em Glendale, Califórnia,
Associação do Sul da Califórnia.
- Publicado o Manual dos Líderes de Desbravadores.
1953 Organizada a Legião de Honra MV.
- Congresso Pan-Americano de Jovens, de 16 a 20 de Junho, em San
Francisco, Califórnia.
1954 Adotado oficialmente a Voz da Mocidade (programa evangelístico apresentado
por Jovens para os jovens).
1955 Pr. Jairo Flores é eleito Líder do Departamento MV da Divisão Sul-Americana
(1955-1961).
- Pr. Theodore Lucas nomeado Secretário MV da Associação Geral (19551970).
- Pr. Edwin L. Minchin nomeado Secretário Associado MV da Associação
Geral (1955-1963).
1956 Acrescentada a Classe Progressiva Pesquisador. Também é dividida a Classe de Líder.
- Revisão do Manual de Líder.
1957 Celebração dos 50 anos dos MV, em 13 de Julho de 1957, em Mount Vernon,
Ohio.
- Incluído no Calendário da Igreja o Dia dos Desbravadores MV.
- Anna Mitilda Erickson, falece em 9 de Fevereiro.
1958 Acrescentado Classes Progressivas MV: Amigo da Natureza, Companheiro de Excursionismo, Guia de Novas Fronteiras.
- A revista “Juventude” é substituída pela “Mocidade”.
1959 Fundação no Brasil do primeiro Clube de Desbravadores, em Ribeirão Preto, SP,
com o nome de “Pioneiros”.
- Pr. Clark Smith é nomeado como Secretário Associado MV da Associação
Geral (1959-1976).
-
Medalha de Prata desenvolvida por L.A Skinner, desafiando os jovens para melhores condições físicas e excelência moral e espiritual.
1960Pr. J. R. Nelson é nomeado Secretário Associado MV da Associação Geral (1960-1966).
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1961 Primeiro Campori de Desbravadores em Santa Catarina, da Missão Catarinense, realizado pelo Pr. Henry Feyerabend.
- Pr. Milton E. Kern, primeiro Diretor Jovem mundial, falece em 22 de Dezembro.
1962 Pr. Francisco Siqueira é eleito Líder do Departamento MV da Divisão Sul-Americana (1962-1972).
- Pr. E. L. Minchin é nomeado Secretário MV da Associação Geral (19621963).
- Revisão do Manual de Ordem Unida dos Desbravadores.
1963 Pr. John H. Hancock, eleito Diretor Mundial dos Desbravadores (1963-1970).
- Pr. Theodore E. Lucas, nomeado Secretário MV da Associação Geral
(1963-1969).
- Pr. Edwin L. Minchin, nomeado Secretário Associado MV da Associação
Geral (1963-1965).
1964 Publicado o 1º Manual Desbravadores no Brasil, de L. A. Skinner com a tradução de Carlos Trezza.
1965 Pr. L. M. Nelson, nomeado Secretário Associado MV da Associação Geral
(1965-1975).
- Manual dos MV combinado com o Manual de Líder, vindo a ser o Manual
MV.
1966 Comemorado o 40º Aniversário do primeiro acampamento.
- Acrescentada a Classe Progressiva Pioneiros.
1967 Pr. C. D. Martin, nomeado Secretário Associado MV da Associação Geral
(1967-1976).
1968 Pr. Paul DeBoy, nomeado Secretário Associado MV da Associação Geral
(1968-1970).
1969 Congresso de Jovens, de 22 a 26 de Julho, em Hallenstadion, Zurique, Suíça.
1970 Primeiro Campori de Desbravadores em São Paulo, da Associação Paulista,
realizado pelos Pr. Rodolfo Gorski e Pr. José Silvestre. Foi realizado de 01 a 04
de Novembro, na cidade de Pirassununga. Participaram 350 pessoas.
- Pr. John. H. Hancock eleito Diretor Mundial de Jovens (1970-1980).
- Pr. Leo Ranzolin eleito Diretor Mundial dos Desbravadores (1970-1980).
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- Pr. Jan S. Doward eleito Diretor Assistente do Departamento de Jovens
da Associação Geral (1970-1980).
- Paul DeBoy introduziu o uso da tocha e do Fogo do Conselho.
- 1º Desfile de Desbravadores Público, em 7 de Setembro, em São Caetano do Sul, SP.
1971 Pr. Mike H. Stevenson nomeado Secretário Associado MV da Associação Geral
(1971-1975).
- Primeiro Campori de Divisão em Vasterang, Suécia (Divisão Norte-Européia - África Ocidental).
- Primeiro Filme dos Desbravadores, Treinamento dos Desbravadores por
Jan Doward (filmado pelo Clube Gary Rust, na Associação Chesapeak).
1972 Instituição do Sistema de Regionais, pelo Pr. José Silvestre.
- 50º Aniversário das Classes Progressivas MV: Amigo, Companheiro,
Guia e Líder.
1973 Pr. José Mascarenhas Viana é eleito Líder do Departamento MV da Divisão Sul-Americana (1973-1977).
1975 Celebração das Bodas de Prata dos Desbravadores (1950-1975).
- Primeiro Campori de Desbravadores no Rio Grande do Sul, da Associação Sul Riograndense, realizado pelos Pr. José Maria Barbosa e Pr.
Jason MacCraken. Foi realizado de 14 a 16 de Novembro, na sede de
Acampamento Campestre, na cidade de Santo Antônio da Patrulha. Participaram 300 pessoas.
- 1º Feira de Desbravadores no Rio Grande do Sul, organizada pelo Pr.
José Maria Barbosa.
1976 Acrescentado Mestrados (Aquático, Artesão, Conservação, Estruturação, Afazeres Domésticos, Naturalismo, Desportista, Técnico, Vida no Deserto e Testemunho).
1978 Pr. Mário Veloso é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul-Americana (1978-1980).
- Primeiro Campori em nível de Divisão, de 04 a 08 de Novembro, em
Bangalore, Índia.
1979 Primeiro Campori de União no Brasil, realizado na cidade de Vila Velha, PR.
1980 Pr. Leo Ranzolin é eleito Diretor Mundial de Jovens (1980-1985).
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- Pr. Michael H. Stevenson é eleito Diretor Mundial dos Desbravadores
(1980-1986).
- Aprovado o novo logotipo do Líder de Jovens Adventistas.
1980 – Pr. Mario Valente é eleito líder do ministério jovem da UEB
1981 Pr. Assad Bechara é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul-Americana (1981-1983).
1982 Emblema Mundial MV substituído pelo emblema Mundial dos Desbravadores.
- Desenhado o boné dos Desbravadores no estilo de beisebol.
- Revisado o Uniforme do Clube de Desbravadores da Divisão Norte-Americana.
- Publicado o pôster de insígnias e uniforme do Clube de Desbravadores.
- Publicado o Regulamento do Uniforme na DSA, editado pelo Pr. Assad
Bechara.
- Classe Progressiva de Excursionista acrescentada entre as Classes de
Pioneiro e Guia.
1982 – Pr. Valdomiro Reis é eleito líder do ministério jovem da UEB
1983 Pr. Cláudio Chagas Belz é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul-Americana (1983-1985).
- Primeiro Campori de Desbravadores da Divisão Sul-Americana, de 28 de
Dezembro a 4 de Janeiro de 1984, Foz do Iguaçu, Brasil. Direção: Pastor
Cláudio Belz.
1983 – Pr. Alejandro Bullon é eleito líder do ministério jovem da UEB
1985 Pr. Jorge de Sousa Matias é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão
Sul-Americana (1985-1990).
- Primeiro Campori de Desbravadores da Divisão Norte-Americana, de 31
de Julho a 6 de Agosto, em Camp Hale, Leadville, Colorado. Diretor: Les
Pitton.
1985 - I Campori de Desbravadores da União Este Brasileira, de 14 a 17 de novembro,
realizado em Guarapari – ES
1986 Pr. Malcoln Allen eleito como Diretor Mundial dos Desbravadores (19861996).
1987 Impresso o Segundo Manual de Especialidades JA.
1987 – Pr. Arthur Marski é eleito líder do ministério jovem da UEB
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1989 Revisão do Manual de Especialidades dos Desbravadores (versão internacional).
- Currículo de Líder Máster.
- Currículo de Líder Máster Avançado.
- Pôster das Especialidades dos Desbravadores em três línguas: inglês,
francês e espanhol.
1989 - II Campori de Desbravadores da União Este Brasileira, de 5 a 9 de julho, realizado em Guarapari – ES
1990 Pr. José Maria Barbosa é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul-Americana (1990-2002).
1991 Manual de Liderança Máster dos Desbravadores.
- Manual Administrativo do Clube de Aventureiros.
- Manual de Especialidades dos Aventureiros.
1992 Criado o Centro de Jovens John Hancock, nas Universidades La Sierra e Andrews, para o desenvolvimento de materiais.
1993 Reestruturação do Departamento dos Ministérios da Igreja no Concílio Anual,
resultando no Ministério dos Desbravadores.
1994 II Campori de Desbravadores da Divisão Sul-Americana, de 10 a 16 de Janeiro,
em Ponta Grossa, Brasil. Direção: Pastor José Maria Barbosa.
1995
Reorganização dos Jovens como Departamento da Associação Geral.
-Diretor Mundial do Departamento de Jovens: Pr. Baraka Muganda;
- Diretor Associado Mundial dos Desbravadores: Pr. Malcoln Allen;
- Associados: Pr. Richard Barron e Pr. David Wong.
1997 Pr. Robert Holbrook é eleito como Diretor Mundial dos Desbravadores.
1997 - III Campori de Desbravadores da União Este Brasileira, de 28 de julho a 02 de
agosto, realizado em Governador Valadares – MG.
1998 Pr. Alfredo Garcia-Marenko é eleito como Diretor Mundial Associado de Jovens.
- Primeiro Campori de Líderes da Divisão Sul-Americana, de 13 a 17 de
Janeiro, em Pucon, Chile.
1999 Lançado no Brasil a Bíblia do Desbravador.
2001 Conferência Internacional de Liderança Jovem, de 9 a 13 de Agosto, em
Águas de Lindóia, Brasil.
- John Hancock, morre em 22 de Fevereiro.
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2002 Laurence Skinner, primeiro Diretor Mundial de Desbravadores, morre em 10
de Julho.
2002 - IV Campori de Desbravadores da União Este Brasileira, de 16 a 21 de julho,
realizado em Vila Velha – ES.
2003 Pr. Erton Kohler é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul-Americana.
- Convenção Mundial Jovem para o Serviço Comunitário, em Bangkok,
Tailândia.
2003 – Pr. Stanley Arco é eleito líder do ministério jovem da UEB
2004 Campori Mundial “Faith or Fire”, de 10 a 14 de Agosto, em Wisconsin EUA,
com 30 mil pessoas de aproximadamente 100 países.
2005 III Campori de Desbravadores da Divisão Sul-Americana, de 11 a 16 de Janeiro, em Santa Helena, PR, Brasil. Direção: Pastor Erton Kohler.
2006 Pr. Jonatan Tejel é eleito como Diretor Mundial dos Desbravadores.
- Pr. Hiskia Missah é eleito como Diretor Mundial Associado de Jovens.
- Pr. Otimar Gonçalves é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão
Sul-Americana.
2007 – Pr. Udolcy Zukowski é eleito líder do ministério jovem da UEB.
2008 - V Campori de Desbravadores da União Este Brasileira, de 30 de julho a 03 de
agosto, realizado em Cabo Frio – RJ.
2010 Pr. Areli Barbosa é eleito Líder do Departamento Jovem da Divisão Sul- Americana.
2010 – Pr. Ivay Araújo é eleito líder do ministério jovem da UEB.
2012 – I Campori de líderes da União Sudeste Brasileira, de 07-09 de junho de 2012
em Conceição de Macabu – RJ.
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CAPÍTULO 3
O CONSELHEIRO
Para um Clube de Desbravadores funcionar corretamente, há
necessidade de termos uma diretoria. Não vamos nos aprofundar em cada uma das funções, mas é importante o Conselheiro
conhecer bem suas atribuições e também conhecer os demais
cargos de liderança.
1) Diretor(a) – responsável geral pelo Clube de Desbravadores. É quem dirige a equipe na tomada de decisões.
2) Diretor Associado – responsável junto com o Diretor pelo andamento do Clube, especificamente na área masculina.
3) Diretora Associada – responsável junto com o Diretor pelo andamento do
Clube, especificamente na área feminina.
4) Conselheiro(a) Geral – cargo exercido pelo Pastor da igreja ou Ancião. Acompanha e auxilia a Diretoria nas tomadas de decisões, disciplinas e atividades
externas. É a figura do “paizão” do Clube.
5) Instrutores(as) – todos que através do seu conhecimento podem ajudar o
Clube ensinando itens das Classes e/ou Especialidades. Podem ser efetivos
(aqueles que estão sempre no Clube) ou ocasionais, os quais são convidados
a darem palestras, atividades, Especialidades, etc (como por exemplo: regionais, professores, profissionais e outros).
6) Tesoureiro(a) – responsável pelas finanças do Clube perante a igreja, os pais
e Diretoria. Deve ajudar e planejar junto com os Conselheiros de Unidade
campanhas para angariar fundos.
7) Secretário(a) – responsável em cuidar dos relatórios, chamadas, atas e toda
a correspondência “oficial” entre o Clube, Região, Associação, etc.
8) Conselheiro(a) – elemento de ligação entre Diretoria e os Desbravadores. É
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quem comanda a Unidade, onde efetivamente ocorre o treinamento e ensinamento dos juvenis.
SIGNIFICADO DA PALAVRA:
De acordo com o dicionário Aurélio, conselheiro é aquele que aconselha, que
indica a vantagem ou conveniência de algo; pode recomendar, procura convencer
da necessidade ou conveniência de algo e procura induzir ou persuadir; faz parte da
etapa do processo de orientação educativa em que o orientador auxilia o orientando
nas decisões que deve tomar com referência à escolha de cursos, de profissão, etc.
1) ESCOLHENDO UM CONSELHEIRO
Um bom perfil de Conselheiro, é aquele jovem que começou no Clube com 9 ou
10 anos e passou por todas as classes regulares e avançadas, e que ao chegar aos
16 anos está começando a Classe de Líder. Obrigatoriamente na Classe de Líder é
requerido que comece a pôr em prática sua “liderança”, um “estágio” de liderança.
Ainda não é Líder, e normalmente não é nem maduro suficiente para dirigir um Clube,
mas por ter passado pelas Classes, as conhece na prática. O Conselheiro se identifica e se aproxima muito mais dos Desbravadores do que o próprio Diretor(a), até por
motivos de idade, e muitas vezes apresenta os mesmos interesses e características
dos que serão comandados por ele (os Desbravadores de 10 a 15 anos).
O Conselheiro, portanto, ainda “fala” a mesma linguagem do Desbravador, apesar de ter um pouco mais de idade, experiência e conhecimento das Classes, Especialidades e participação nas atividades do Clube.
É também, para os Conselheiros, necessária a participação ativa no Clube de Líderes, onde através de contato, treinamento e intercâmbio com Líderes já formados,
ou em formação, ampliará o “horizonte” e perspectivas para serem aplicadas nas
suas Unidades. Daí a importância do Clube de Líderes ser formado por aqueles que
estão na ativa nos Clubes de Desbravadores.
Esta inerente busca do saber promovida pela Classe de Líder, em conjunção com
as atividades do Clube de Líderes, dá base para o trabalho do Conselheiro frente à
Unidade e também, por outro lado, faz com que os juvenis liderados passem a ter
respeito e admiração pelo “seu Líder” mais imediato. Esta é a chave-mestra. É assim
que os Desbravadores terão seus coraçõezinhos abertos e estarão prontos a atender
a todas as ordens e ensinamentos dos Conselheiros. É por essa razão que o Conselheiro pode conseguir apoio total dos seus liderados.
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O Conselheiro faz parte de uma equipe no Clube de Desbravadores. Nesta equipe os líderes são: um Diretor, um Diretor Associado e uma Diretora Associada. Na
equipe também tem a Secretária, o Tesoureiro e os Conselheiros e as Conselheiras
das Unidades.
O Conselheiro é escolhido pela Comissão Executiva do Clube. Lembramos que
para ocupar este cargo o candidato deve ser membro batizado na Igreja Adventista
do Sétimo Dia.
2) O CONSELHEIRO PRECISA ENTENDER QUE:
Ser Conselheiro é atuar em uma das posições mais importantes no Clube de
Desbravadores, pois está em íntimo contato com a mente e o coração dos juvenis.
As qualificações são altas, e ninguém deveria aceitar esta posição a menos que
tenha amor pelos meninos e meninas, e esteja desejoso de representar devidamente
os elevados princípios da moral e do cristianismo.
Deve estar preparado para familiarizar-se com os membros da sua Unidade. Deve
estar com eles em todas as suas atividades e ganhar sua confiança. Familiarizar-se
com os pais é parte importante de seu trabalho. Deve sempre fortalecer os vínculos
da família em todas as atividades em que os menores tomem parte. Para isso, deve
usar e ensinar os princípios bíblicos que podem tornar feliz, tanto o juvenil quanto
seu lar.
3) COMEÇANDO O TRABALHO
Você foi nomeado Conselheiro de uma Unidade. Para você deve ser uma honra,
mas também uma grande responsabilidade. A partir de agora você vai ser um verdadeiro guia para sua Unidade, um verdadeiro Conselheiro, como o nome diz.
Você deve estar convencido de quão esplêndida missão lhe confiaram para que
se entregue de corpo e alma a ela. Sua missão, na essência do desbravadorismo, é:
•Formar homens de caráter;
• Formar bons cidadãos da pátria; e
• Conduzi-los aos pés de Jesus.
PRIMEIRO PASSO:
Crie em sua Unidade o espírito de confiança, ou seja, você deve fazer com que
os meninos confiem plenamente em você, ao ponto de pedir ou ordenar e eles executarem, mas não como máquinas, e sim na confiança de que você só fará o melhor
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por eles. Não podemos esquecer que para conseguirmos transmitir este espírito de
confiança, temos que ter o mesmo em relação a Jesus Cristo, ao ponto de obedecer
a Jesus sem questionar. Agora pois, levante-se e ponha-se sem medo à frente de
sua Unidade. Ainda que no começo sofra alguns fracassos, não esmoreça. Logo no
primeiro insucesso não reclame, pois ele exercita sua vontade. O segundo insucesso também lhe será útil e, ao você se levantar após o terceiro fracasso, já será um
Conselheiro forte.
Conselheiro, sua missão pode e deve influenciar o futuro dos Desbravadores,
mas a influência deve ser para “SALVAR DO PECADO E GUIAR NO SERVIÇO”.
4) LIDERANDO A UNIDADE
O verdadeiro Conselheiro mostra o caminho. Ele trata de conseguir que sua Unidade seja
a melhor do Clube. Para isso conheça algumas atitudes que se deve tomar:
a) Conheça individualmente seus Desbravadores: Quanto mais os conhecer,
melhor será seu trabalho. Desde o começo demonstre interesse por eles,
seus gostos, diversões, anelos, sua vida em família, fora dela e do Clube.
Assim terão confiança em você e irão considerá-lo um irmão mais velho, e
nesse ambiente o ensino será melhor.
b) Crie e promova o espírito de união: Crie ao seu redor uma equipe unida para
o trabalho e para os jogos que favorecem o desenvolvimento da personalidade, mediante conselhos (no lugar de reclamações), capacitando (em lugar de
críticas). Aprenda a delegar, nunca fazer tudo.
c) Seja amigo de todos: Prove sua amizade para com todos da Unidade sem
preferências.
d) Seja um exemplo: A chave do sucesso no seu trabalho é ser um exemplo vivo
de um Desbravador, ou seja, a fidelidade à Lei e seus princípios. Lembre que
seu caráter se refletirá nos seus Desbravadores. Eles imitarão suas qualidades, mas também seus defeitos.
e) Seja responsável: Responsabilidade com seus deveres pessoais, consigo
mesmo, diante de Deus, do seu Diretor, seus Desbravadores e os demais.
Você é responsável pela Unidade, por seus bens e recursos, pelas atividades
e pela saúde, pelo espírito de equipe e pela segurança. Seja responsável por
suas atitudes diante do grupo e do Clube, lembrando-se sempre de que faz
parte do grupo e da Diretoria.
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f) Aprenda a liderar: Cabe a você, que é responsável, liderar com prudência,
com paciência e com a consciência de que vai ser obedecido. Demonstre que
você também obedece às ordens de seus Diretores, e que cumpre as ordens
deles mesmo na ausência deles. Eles então imitarão sua disciplina. Dê ordens
claras e precisas de forma completa e breve, mas sem fanatismo.
g) Seja um motivador: Não tolere em si mesmo, nem nos seus Desbravadores,
a inatividade, a preguiça, evite a monotonia nas atividades de sua Unidade,
crie sempre algo novo. Capacite seu Capitão, para que possa conduzir sua
Unidade quando você estiver ausente. Ele poderá ser no futuro um Conselheiro e você ficará feliz de havê-lo capacitado. Capacite em várias funções
todos os membros de sua Unidade. Não se esqueça das metas principais
das Classes, das Especialidades e dos projetos do Clube.
h) Seja um líder espiritual: Nossa principal liderança é levar o adolescente a
Jesus. Nossa ênfase é SALVAÇÃO E SERVIÇO. Por isso não resuma suas atividades a recreações e cumprimentos de requisitos técnicos e educacionais.
Promova o desenvolvimento da fé através da Bíblia e de atividades espirituais
que eleve a pessoa de Jesus na vida de seus Desbravadores.
5) O CONSELHEIRO E SUAS QUALIDADES
a) Amor a Deus acima de tudo: O Conselheiro deve ter uma vida espiritual
exemplar, porque ele próprio é o exemplo. As atitudes dos Desbravadores
serão o reflexo das suas próprias atitudes.
b) Amor sincero aos adolescentes: Amá-los não é dar-lhes o que querem, mas
o que precisam. É preciso ser firme nas decisões, sem, contudo, perder a
doçura no tratar. Eles esperam ter no Conselheiro um grande amigo, assim
como o faz Jesus com aqueles a quem ama.
c) Serviço com entusiasmo: O líder de êxito ressalta os aspectos positivos, é
alegre e entusiasta.
d) Estabilidade emocional: Uma das maiores virtudes do líder é dominar suas
emoções, seja qual for a situação. Isso é alcançado pela autodisciplina, uma
vida sóbria, fé, confiança em Deus e senso de responsabilidade.
e) Gosto pelo ar livre: O Conselheiro que ama a natureza e seus encantos aceita
todos os desafios e encoraja seus Desbravadores a serem também corajosos. As obras das mãos de Deus são admiradas e os conhecimentos são
ampliados.
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f) Afinidade com os juvenis: O líder dos juvenis os conhece bem e procura
ser um amigo verdadeiro. Compreende-os em seus conflitos e auxilia-os a
encontrar o melhor caminho. As dificuldades deverão ser cuidadosamente
trabalhadas, nunca conflitadas.
g) Versatilidade: Toda habilidade dominada pelo Conselheiro é uma chave adicional que pode ser usada para abrir um coração fechado.
h)Organização: O organizador estabelece o alvo. Traça planos, avalia os fatores
prós e contras. Então, delega responsabilidades, coordena as atividades e
incentiva o progresso, até alcançar o objetivo. Visão, planejamento, metas e
estratégias claras fazem parte de uma boa organização.
i)Bom relacionamento: As relações pessoais são de extrema importância. O
segredo é o amor fraternal, livre de qualquer preconceito. O Conselheiro deve
alegrar-se com o progresso dos companheiros e dos Desbravadores. Havendo idéias divergentes, deve-se considerar a questão pessoalmente com
seu superior. A ética é de grande importância para a boa convivência, mas,
pensamentos inferiores como inveja, por exemplo, devem ser excluídos da
mente sadia.
j) Presença forte e influente : A personalidade do Conselheiro deve ser forte, de
comando. É desastroso ter bondade sem firmeza. É completamente fora de
lugar ter firmeza sem bondade.
k) Senso de humor: O Conselheiro deve ter um aguçado senso de humor. É
preciso ter prudência diante de uma situação difícil, que possa contrariar o
bom humor e o bom senso. O líder amadurecido não dá atenção as críticas e
maledicências, comuns aos juvenis.
l) Criatividade: O Conselheiro deve ser capaz de alcançar seus objetivos mesmo
que haja obstáculos e dificuldades no caminho. É criativo e hábil a ponto de
pensar com lógica e agir com firmeza e bom senso. É um líder que acha ou
abre um caminho.
m) Ser calmo: quanto mais alto falar menos as pessoas ouvirão.
n) Pontualidade: cumprir os horários e metas.
o) Ter higiene: asseio, tanto pessoal como com suas coisas em casa e no Clube.
p) Ser imparcial: tratar todos da mesma forma.
q) Cheio do Espírito Santo: Claro que esta característica não é exclusiva da li{ 36
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derança juvenil. Ser cheio do Espírito Santo é condição obrigatória para ser
cristão efetivo. Mas no caso do líder de adolescentes, se não for cheio do
Espírito de Deus, o ministério de Conselheiro se limitará a manejar recursos
humanos, que por bom que seja, não poderá satisfazer plenamente as necessidades dos juvenis em conflito.
r) Tem um senso do chamado: Se aquele que se dispõe a participar do ministério com adolescentes não tem um chamado claro e específico a trabalhar
com eles, ocorrerá uma de duas coisas ou ambas: sentir-se muito cedo um
miserável ou fará os adolescentes se sentirem miseráveis. Ter a convicção
de que Deus é quem o convocou a fazer o que você faz é a única fonte de
afirmação onde deveremos depositar nossa confiança.
s) Estar preparado para a tarefa de aconselhar: A adolescência é uma época
de muitas perguntas. A pós-modernidade tem tornado complexa a dinâmica
adolescente, as mudanças são exageradas e as informações e mensagens
abundam de maneira contraditória. O Conselheiro efetivo está preparado para
a tarefa de dar conselhos comprometidos com princípios e valores cristãos e
de maneira sábia.
t)Estar atualizado com a cultura adolescente: A mídia provoca mudanças radicais e se exige uma constante atualização por parte dos que lidam com
adolescentes. Os grupos de adolescentes têm diferentes gostos musicais,
de vestimentas e de linguagens. Maneiras de atualizar-se é observá-los em
seus ambientes ou perguntar para eles mesmos. Os adolescentes se sentem importantes quando lhes perguntamos algo, por isso funciona bem fazer
questionários e pesquisas.
u) Trabalhar em equipe: O Conselheiro eficiente sabe que não pode conseguir
tudo sozinho. Entende que Deus capacitou seu corpo com distintos papéis e
dons (I Cor 12:4-30), e que é tarefa do líder equipar a outros para a missão
da sua função também. A missão é mais importante que a função. A função
está a serviço da missão. Por isso, reconhece as habilidades de outros e lhes
facilita a tarefa somando-se ao trabalho.
v) Inclui os pais no processo: Tratar de interpretar os adolescentes fora do esquema familiar será um quadro incompleto. Por isso o Conselheiro não deve
colocar-se em situação de competição com os pais, mas deve aprender a
trabalhar junto com eles.
w) Especializa-se: O Conselheiro de hoje sempre busca especializar-se na tarefa
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de evangelizar e discipular adolescentes. Ele busca seminários, treinamentos
e matérias diversas para atualizar seu ministério com juvenis. No programa
do Clube, o Conselheiro deve aprimorar-se através das Classes de liderança:
Líder, Líder Máster e Líder Máster Avançado.
RESUMINDO, O CONSELHEIRO DEVE SER:
- Conhecedor das características infantis e da filosofia do Clube;
- Orientador dos adolescentes sobre objetivos e programas do Clube;
- Nobre e generoso com os juvenis;
-Sociável;
-Espontâneo;
-Líder;
- Hábil, inteligente, esperto, conveniente;
-Espiritual;
-Inspirador;
- Responsável; e
-Organizado.
6. O CONSELHEIRO DEVE SER SEMPRE EXEMPLO:
a) Vestindo o uniforme limpo e de maneira completa.
b) Deve fazer junto e não mandar fazer.
c) Estar pronto para fazer mesmo não solicitado.
d) Procurar preparar líderes.
e) Manter a moral do Clube elevada.
f) Manter o senso de humor.
g) Mostrar interesse em aprender.
h) Ser cuidadoso com hábitos de saúde.
i) Manter-se de forma respeitosa com o sexo oposto.
j) Ser pontual.
7. O CONSELHEIRO NA PRÁTICA DEVE:
a) Presidir e convocar eleições trimestrais ou anuais internas nas Unidades para
escolha de Capitão(a), Secretário(a) e demais cargos da Unidade.
b) Supervisionar o desenvolvimento espiritual, disciplinar, relacionamento em
grupo e familiar dos membros de sua Unidade.
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c) Trabalhar em prol do crescimento, organização e fortalecimento da sua Unidade.
d) Promover a integração e o intercambio entre as Unidades.
e) Fazer parte do Clube de Líderes, participar dos cursos de capacitação e treinamento.
f) Supervisionar as atividades e disciplinas do Clube e Unidade.
g) Promover avaliação trimestral da sua Unidade.
h) Assinar cartões de Classes (atividades desenvolvidas na Unidade).
i) Visitar cada Desbravador pelo menos uma vez por trimestre/semestre.
j) Informar constantemente aos pais a situação do Desbravador no Clube.
k) Orientar e supervisionar as atividades do Capitão e do Secretário.
l) Participar das reuniões com a Diretoria do Clube.
m) Orientar a Unidade na formação das tradições da Unidade.
8. QUAIS AS NECESSIDADES PSICOLÓGICAS DOS DESBRAVADORES QUE
O CONSELHEIRO DEVE APRENDER?
a) O Desbravador deve sentir que faz parte de um grupo forte: segurança.
b) O Desbravador deve sentir-se aceito pela Unidade: amado.
c) O Desbravador deve sentir que faz algo importante: relevância.
d) O Desbravador deve sentir que está sendo reconhecido pelo seu esforço:
especial.
e) O Desbravador deve sentir que está aprendendo: crescimento.
9. O CONSELHEIRO DEVE TREINAR O CAPITÃO A DESEMPENHAR AS
SEGUINTES ATIVIDADES:
a) Auxiliar o Conselheiro e cuidar da Unidade quando requisitado ou em sua
ausência.
b) Portar e segurar o bandeirim da Unidade de maneira correta e dignamente.
c) Zelar do bandeirim da Unidade nos acampamentos, apresentações e reuniões.
d) Ser responsável pela presença da Unidade nas reuniões e fazer as apresentaConselheiro de Desbravadores - Ministério dos Desbravadores
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ções ao oficial do dia.
e) Treinar a Unidade nos exercícios de ordem unida.
f) Preparar-se para ser o substituto natural do Conselheiro quando chegar o
momento ideal e necessário.
g) Encaminhar ao Conselheiro os casos de indisciplina.
h) Estar se especializando em: ordem unida, civismo, arte de acampar, nós,
pioneiria etc.
i) Ser pontual, dinâmico, otimista, vibrante e integrar os membros da Unidade.
j) Ser Desbravador exemplar, disciplinado, atencioso, calmo e justo.
10. NAS REUNIÕES:
O Conselheiro é responsável por preparar, orientar e capacitar seus Desbravadores nas seguintes áreas ou atividades nas reuniões do Clube:
a) Formação: para apresentação da Unidade.
b) Civismo: hasteamento, dobrar, carregar e entregar bandeiras.
c) Comando: por gesto, apito, sinais etc.
d) Finanças: cotas e campanhas.
e) Espiritual: Classe Bíblica, batismo, ano bíblico, voz dos juvenis etc.
f) Investiduras: requisitos e motivações.
g) Motivação da Unidade: nome da Unidade, grito de guerra, exposição, músicas
para caminhada, acampamentos, etc.
h) Liderança: sistema de funções na Unidade, comando nas caminhadas.
i) Educação: ajudar ou promover Classes Regulares, Especialidades, reforço
escolar, curso básico de computação etc.
j) Presença: pontualidade.
11. O CANTINHO DA UNIDADE
Deve ser realizado na reunião do Clube aos domingos e em outros horários e dia
determinados pela Unidade. Previamente combinado, é uma das oportunidades para
colocar o Conselheiro em contato com os desejos e aspirações dos Desbravadores
que dirige, para que possa agir, tanto quando possível de acordo com eles. Nestas
reuniões pode convidar a Unidade a decidir sobre determinadas atividades e com
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este procedimento acabará trazendo um bom espírito de cooperação.
O Cantinho da Unidade é um lugar específico e que geralmente a Diretoria determina para a Unidade. Este lugar pode ser uma sala, um porão, uma meia água, etc. O
importante é que seja um lugar no qual a Unidade encontre intimidade, onde possam
planificar suas atividades e passar bons momentos.
O Diretor do Clube periodicamente visitará o Cantinho da Unidade e será uma
grande honra recebê-lo.
No Cantinho da Unidade os membros guardarão os implementos e equipamentos
do grupo. Nas prateleiras eles guardarão as lembranças trazidas dos acampamentos
ou caminhadas, também as coleções de pedras, insetos, troféus e medalhar, e tudo
aquilo que for valioso para a Unidade.
É muito legal ter um Cantinho da Unidade. Os melhores papos se produzem ali.
O grupo fica mais unido. Juntos, se vivem momentos inesquecíveis que sem dúvida
serão lembrados por toda a vida.
A maior parte dos Clubes de Desbravadores não dispõe de espaço físico para
que cada Unidade idade tenha seu Cantinho em forma de sala ou o equivalente. Mas
a reunião do Cantinho da Unidade se dará dentro do programa do Clube logo após
a meditação. Nenhum Clube deveria desprezar este momento tão importante para o
fortalecimento das Unidades e obviamente do próprio Clube.
O Clube deve dar no mínimo uma hora para esta reunião. Lembrando que as
Unidades devem treinar para os jogos e eventos como feiras, Camporis, olimpíadas
e etc.
O Cantinho da Unidade deve ser o melhor momento da vida de um Desbravador
nas reuniões normais do Clube. O Cantinho é o espaço de tempo que o Diretor determina para o Conselheiro desempenhar suas funções.
Muitos Clubes ainda não entenderam ou não aprenderam a trabalhar fielmente
com o Sistema de Unidade, e por isto dão apenas dez minutos para esta atividade.
Com este tempo mal dá para fazer a chamada, recolher a cota ou dar os recados.
O Cantinho da Unidade se torna atraente quando o Conselheiro sempre traz uma
curiosidade sobre a Classe, traz um filme, traz um caça palavras diferentes do que
eles já viram, quando ele traz um jogo novo para colocar em prática o que os Desbravadores aprenderam, um chaveiro para sortear, um bombom ou uma guloseima
para ser digerido por todos. A criatividade é um dom que nem todos possuem, porém
quando você se dispõe a pensar e raciocinar em benefício dos seus Desbravadores,
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com certeza, as idéias virão.
Manuais de jogos não deveriam faltar na biblioteca de cada Conselheiro de Desbravadores. Levar sempre papel, caneta, balões de gás, fósforos, lenços, pedaços de tecido velho,
varetas para exemplificar tipos de fogo, são bons exemplos do que um Conselheiro precisa ter
para dar um recado especial a sua Unidade.
Bolar um Cantinho atraente é tarefa para durante a semana e não coisa de última hora.
Aliás, coisas de ultima hora não são boas para ninguém e muito menos para a causa de Deus.
O tempo de duração varia muito de Clube para Clube. Porém pelo que você pode notar o
Cantinho é o espaço da reunião que deve ser mais valorizado. O tempo para o Cantinho não
deve ser inferior a uma hora. Neste tempo o Conselheiro utiliza para ministrar a Classe Bíblica, cobrar as tarefas da Classe dos Desbravadores, supervisionar a chamada, supervisionar
o recolhimento da cota, orientar o Capitão, avaliar os relatórios da Unidade, planejar novas
atividades, cumprimentar os Desbravadores, repassar os recados recebidos na reunião de Diretoria que deve anteceder a reunião de cada Clube. Note que palavras como ministrar, cobrar,
supervisionar, orientar, avaliar, planejar, repassar informações, farão parte do seu vocabulário
daqui para frente, porém a palavra fazer será sempre de responsabilidade dos Desbravadores.
O Conselheiro é como se fosse o gerente de um escritório e os Desbravadores os colaboradores que fazem a coisa funcionar. Lembre-se sempre que sua missão é fazer os Desbravadores
fazer. Sua oportunidade de fazer as atividades estão reservadas para o Clube de Líderes.
A reunião da Unidade deve ser baseada no programa trimestral, em cumprimento aos
requisitos exigidos pelo Clube.
ABAIXO, SEGUE SUGESTÃO, PARA UMA REUNIÃO DE UNIDADE:
• Grito de guerra (antes de entrar na sala)
• Cânticos e oração
•Ideais
• Meditação (com história especial)
• Palavras do Conselheiro
• Explicação da tarefa do dia dada pela direção do Clube ou do Instrutor
• Um jogo calmo (pelo Diretor Social)
• Classe ou Especialidade
• Trabalhos manuais
• Estudo da Bíblia ou outro texto (Gemas Bíblicas) que os eleve espiritualmente
• Oração de encerramento
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OUTRAS COISAS A FAZER NO CANTINHO DA UNIDADE:
• Resolver problemas de membros faltosos.
• Receber visitas ilustres.
•Debates.
• Todas as atividades da Unidade: Especialidades, Classes.
• Campanhas contra a dengue;
• Campanhas de vacinação;
• Auxilio em enchentes, calamidades;
• Semanas especiais – trânsito, meio ambiente, pátria, etc.
• Acampamentos de Unidade.
• Receber as cotas financeiras.
12. O CONSELHEIRO NOS CAMPORIS DE ASSOCIAÇÕES/UNIÃO/DIVISÃO.
Do Conselheiro, num evento como Campori, solicita-se que ele esteja o tempo
todo com a sua Unidade. Os Camporis não avaliam Conselheiros e Unidades. Todas
as avaliações são para o Clube como um todo, portanto cabe ao Conselheiro seguir
as orientações que virão dos Diretores, do que propriamente tomar a iniciativa. É
preciso cuidar da Unidade, andar com ela sabendo responder a qualquer momento a
pergunta: “Onde está a sua Unidade?”, conferir se todos tomaram banho, se alimentaram e dormiram. Itens como fazer refeições, locomoção, programação, compras,
reuniões de Diretoria no evento, não são preocupações para Conselheiros, o que
torna para os mesmos um evento bem prazeroso e até relaxante se comparado a um
Campori de Unidades por exemplo.
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CAPÍTULO 4
O CONSELHEIRO E A UNIDADE
1. O QUE SÃO UNIDADES?
As Unidades são agrupamentos básicos dos
Clubes de Desbravadores, formadas por quatro a
oito juvenis, na faixa etária de dez a quinze anos e
um Conselheiro adulto.
Podem participar do Clube tanto meninos como
meninas, no entanto, as Unidades devem ser inteiramente de meninos ou inteiramente de meninas.
A fim de que as Unidades alcancem seus objetivos e desenvolvam suas atividades, não devem ser pequenas, pois perderão o espírito de equipe. Também não
devem ser grandes, ultrapassando o número ideal de membros, pois o trabalho do
Conselheiro será dificultado.
É possível haver uma Unidade com no mínimo, quatro membros, desde que seja
de um Clube que esteja em formação ou porque ela é uma nova Unidade. Espera-se, portanto, que o mais breve possível seja complementada, ou ainda, quando a
Unidade seja composta por meninos da mesma idade.
O Conselheiro deve estimular o espírito de unidade em sua equipe. Ele é peça
fundamental na execução dos planos do Clube e pelo êxito dos Desbravadores de
sua Unidade.
2. POR QUE EXISTEM AS UNIDADES?
Qualquer Unidade bem organizada desperta interesse por parte de outros que a
observam e entusiasmo por parte de seus membros. O Sistema de Unidades garante a eficácia na organização e no desempenho das atividades. A Unidade receberá
um nome que a identificará como grupo, e todos agirão assim. Por exemplo, se o
Capitão chamar “Unidade Águia!”, todos, sem exceção, deverão se apresentar. Se
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um serviço é solicitado à “Unidade Astronautas”, os membros deverão auxiliar-se
mutuamente, até o cumprimento da tarefa. Cada oportunidade deve ser aproveitada
pelo Conselheiro para incutir nos Desbravadores o senso de trabalho em grupo, a
importância de cada um na equipe. É esta a grande função da Unidade.
O principal objetivo do Sistema de Unidade é dar responsabilidade real a todos
os membros. Isto faz com que cada juvenil sinta que tem, pessoalmente, alguma
responsabilidade pelo bem de sua Unidade e leva cada Unidade a ver sua responsabilidade definida para o bem do Clube. Através do Sistema de Unidades os Desbravadores aprendem que tem uma considerável participação em tudo o que o seu
Clube faz. O Sistema é uma característica essencial do treinamento do Desbravador.
O Sistema é a melhor garantia para a vida e o sucesso do Clube. Ele também
alivia o líder de uma grande parte dos pequenos trabalhos de rotina, que, de outro modo, pesaria sobre seus ombros. A Unidade é a escola do caráter para cada
um. Ao Conselheiro, o Sistema proporciona o exercício de responsabilidade e de
liderança. Aos Desbravadores, concede a oportunidade de submeter seus próprios
interesses aos do conjunto representado pelo espírito do grupo, de cooperação e
de boa camaradagem. Para obter bons resultados no Sistema, o Conselheiro deve
ter liberdade e autoridade em sua liderança de ação com integral responsabilidade.
Delegar responsabilidade parcial trará resultados parciais. A execução de tarefas
no Sistema de Unidade dará ao Conselheiro experiência, maturidade e fortificação
de caráter e liderança diante dos Desbravadores.
3. COMO ACONSELHAR SUA UNIDADE PARA QUE SE TORNE O TIME DOS
SONHOS?
a) A equipe precisa ter uma visão clara do que quer alcançar e como alcançar: O que ocorre, metaforicamente falando é que há times em que o
goleiro pensa que é meio campo, os atacantes pensam que tem que correr
na lateral e os zagueiros acham que devem guardar o gol do adversário.
Num time dos sonhos, cada integrante tem que ter muito clara a visão de si
mesmo e da equipe. Cada um deve ser capaz de responder: -“Eu sei como
minha parte contribui para o todo!”.
b) Valorizar as percepções diferentes: Muita uniformidade traz pobreza de
idéias. Porém, variedade sem gerenciamento e foco no bem da equipe,
torna o grupo em anarquia e caos.
c) Resolução adequada dos conflitos: As divergências numa equipe são naConselheiro de Desbravadores - Ministério dos Desbravadores
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turais e devem ser esperadas. Elas vão acontecer, não há como se livrar
delas! A questão é como administrar as divergências. Colocar “panos
quentes” não resolve e acumula as rixas, porém, se o ambiente provê segurança e as pessoas não tem medo de expor suas idéias, a comunicação
tende a fluir mais livre. O grande segredo para gerenciar as divergências
é ensinar todos a “ouvirem”, o que é bem mais do que o ato de usar
os ouvidos para captar sons. Ouvir é compreender e responder de forma
compreensiva.
d) Equilíbrio entre inovação e tradição: Respeitar os antigos valores e favorecer novos métodos, honrar os pioneiros e ao mesmo tempo abrir espaço
para o sangue novo.
e) Liderança inspiradora: Há duas maneiras de conduzir um grupo: com rédeas curtas, ou como um maestro. Qual é a melhor? Depende se você vai
liderar cavalos ou homens. Invoque a direção divina para que sua liderança
seja inspiradora e eficaz.
f) Flexibilidade na execução das tarefas: Numa equipe o comprometimento
é com a vitória do time e não há sentido em vitórias individuais. Qualquer
tarefa numa emergência pode ser feita por qualquer pessoa do time.
g) Cooperação e confiança: O sentimento deve ser “estamos todos no mesmo barco”, não há privilegiados, não há subgrupos ou panelinhas dentro
da própria equipe.
h) Reconhecimento: A equipe e seus participantes devem ser reconhecidos
por sua vitória.
i) Bom humor: A existência do bom humor é um fator que controla o “estado de espírito”. Embora a equipe deva compreender o quão sério é seu
trabalho e deva ter indivíduos que darão a quantia de drama e seriedade
necessária, toda equipe é abençoada se tem um “comediante”. Num primeiro momento, você pode achar que um engraçadinho é prejudicial ao
andamento dos planos e um rebelde em potencial, destinado a lutar com
o líder, mas o “humorista ou comediante”, é um tipo que deveria existir em
todas as equipes. Este é um dom natural, o dom de descontrair e deixar as
pessoas relaxadas e menos tensas. Eles têm um importante papel de aliviar as tensões, tornar o ambiente relaxado e legal! Isto mesmo, ninguém
quer participar de uma equipe que não é legal!
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4. PONTOS POSITIVOS DE UMA UNIDADE:
• Segurança: Juntando-se a um grupo, os Desbravadores podem reduzir a insegurança de “estarem sozinhos”. As pessoas sentem-se mais fortes, têm
menos dúvidas sobre si mesmas, e são mais resistentes as ameaças quando
elas são partes de um grupo.
• Status: A inclusão numa Unidade proporciona reconhecimento e status para
seus membros.
• Auto-estima: Unidades podem proporcionar aos Desbravadores sentimentos
de valor próprio. Isto é, além de transmitir status aos de fora do grupo, a filiação
pode também dar sensações crescentes de valor aos próprios membros da
Unidade.
• Afiliação: Unidades podem preencher necessidades sociais. Os Desbravadores
gostam da interação regular que vem com a associação ao grupo. Para muitas
pessoas, essas interações nas atividades são a fonte principal de preenchimento de suas necessidades de afiliação.
• Poder: O que não pode ser atingido individualmente, na maioria das vezes, se
torna possível através da ação de grupo. Há poder em números, em equipes,
em famílias.
• Realização de objetivos: Existem momentos em que é preciso mais do que uma
pessoa para atingir uma tarefa especial. Há uma necessidade de combinação
de talentos, conhecimento ou poder a fim de completar um trabalho. Nesses
momentos, a administração se baseará no uso de um grupo formal, a Unidade.
5. OFICIAIS DAS UNIDADES
Além do Conselheiro, que é designado pela Comissão Executiva do Clube de Desbravadores, a Unidade possui dois oficiais: o Capitão e o Secretário, que são eleitos
pela Unidade ou são aproveitados mediante avaliação especial, sendo que em qualquer dos casos, todos os membros da Unidade terão direito a voto.
Os oficiais da Unidade gozarão de direitos e privilégios especiais e terão também
deveres a cumprir; programarão as reuniões e as atividades extra Clube, juntamente e
sob a orientação do Conselheiro.
Os oficiais devem ser respeitados por todos e sua palavra deverá ser unanimemente acatada. Para tanto, faz-se necessário o apoio do Conselheiro. Não poderão, no
entanto, disciplinar sem a autorização do Conselheiro.
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CAPITÃO
• Primeiro líder da Unidade;
• Auxilia o Conselheiro;
• Dirige a Unidade na ausência do Conselheiro;
• É o responsável por manter a disciplina na Unidade;
• É o responsável por carregar o Bandeirim da Unidade.
SECRETÁRIO
• Segundo líder da Unidade;
• Auxilia o Conselheiro;
• Faz a chamada;
• É o responsável pelo relatório semanal de freqüência;
• Registra todas as atividades da Unidade no “Livro da Unidade”;
• Promove com o Diretor Social da Unidade as atividades nas datas do Dia do
Desbravador, dia do aniversario do Clube, dia do Pastor e aniversários dos
Desbravadores da Unidade, Conselheiro, Diretores do Clube.
• Coleciona fotos e recortes
• Ajuda a manter em ordem as lembranças, autógrafos, etc.
• Elabora e entrega os avisos de reuniões da Unidade.
Além destes dois principais oficiais das Unidades, outros Desbravadores ocuparão funções secundárias de acordo às necessidades da Unidade.
TESOUREIRO: Responsável pela arrecadação da cota e do relatório financeiro
para o Tesoureiro do Clube. Auxilia o Diretor de Patrimônio da Unidade.
ALMOXARIFE: Também chamado de Diretor de Patrimônio. Controla todo o
material da Unidade com o cadastro do patrimônio da Unidade em um caderno.
Certifica-se do cuidado do equipamento da Unidade e na manutenção do mesmo
ajudado por seus companheiros. Guarda, entrega e recebe o equipamento da Unidade. Articula ante a Unidade a confecção ou aquisição de material novo, averiguando
primeiro os melhores preços, modelos e características.
AUX. DE ENFERMAGEM: Mantém a maleta de primeiros socorros atualizada e
leva durante as saídas da Unidade. Mantém atento aos perigos e aconselha na prevenção de acidentes.
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DIRETOR DE ESPORTES: Atividades esportivas e sociais para os membros da
Unidade.
DIRETOR SOCIAL: Responsável pela confraternização da Unidade e das campanhas comunitárias.
CAPELÃO - Momentos de meditação, oração, leitura do Clube do livro, Ano Bíblico.
O tempo de serviço dos oficiais da Unidade varia de três a doze meses dependendo do plano de ação da Unidade aprovado pela Diretoria do Clube. Espera-se
que os oficiais da Unidade sejam bons exemplos em tudo; assim a Unidade será
disciplinada em qualquer parte que estiver e poderá bradar bem alto que são DESBRAVADORES dignos das insígnias que ostentam.
Os oficiais devem incentivar a Unidade a conseguir seus alvos e êxitos. Deve
utilizar a insígnia da sua posição em toda ocasião da atividade do Clube.
6. DATAS IMPORTANTES PARA A UNIDADE:
• Dia do Desbravador
• Dia do aniversário do Clube
• Dia do Pastor
• Aniversários dos membros da Unidade, Conselheiro e Diretores
7. O CONSELHO DE UNIDADE
É a reunião formal com todos os membros da Unidade a fim de serem discutidos
assuntos internos. Esta reunião é realizada fora do horário do Clube. O Conselheiro
é o presidente do Conselho, o Capitão é o vice-presidente, o Secretário exercerá a
mesma função e os demais serão membros do Conselho de Unidade.
Respeitando o direito de voz, as discussões não se prolongam indefinidamente,
apenas o tempo necessário para argumentação: a Unidade adota o parecer da maioria, se esta não divergir das orientações da Diretoria ou princípios do Clube, usando
até o voto, se necessário.
Estas reuniões devem ser mensais, podendo ocorrer convocações extraordinárias, se necessário. O local apropriado pode ser a residência de um Desbravador ou
do próprio Conselheiro. Sugere-se até que seja servido um lanche.
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O Conselho da Unidade ocorrerá da seguinte forma:
a) O Conselho recorda as decisões da última reunião, e verifica se estas foram
cumpridas. O texto deve ser lido pelo Secretário.
b) Discutem-se os pontos debatidos no Conselho do Clube e que se relacionem
com as atividades e o trabalho da Unidade.
c) Realizam-se estudos para aplicar as ordens dadas pelo Diretor do Clube. O
Conselheiro distribui as tarefas.
d) O Secretário faz a chamada e apresenta as faltas justificadas.
e) Apresentam-se os resultados obtidos pela Unidade ou pelos Desbravadores
na Unidade individualmente.
f) O Secretário lê a ata do último Conselho de Unidade e comprova se cada
Desbravador realizou sua tarefa destinada pelo Conselho.
g) O Tesoureiro presta um relatório dos recursos da Unidade.
h) Destina-se tempo aos cargos da Unidade.
i) O Conselheiro propõe o plano para o próximo mês.
j) Discutem-se assuntos diversos.
k) Estipula-se a próxima reunião do Conselho.
É importante a participação de cada Desbravador no Conselho de Unidade, pois
é o destino dele que está em jogo.
8. PERTENCE A UNIDADE:
Bandeirim
Cada Unidade terá um Bandeirim. Este medirá 55cm de largura e 26cm de altura
no lado do mastro, devendo estreitar-se do lado oposto para obter-se o efeito da
bandeirinha. Será de cor branca, com borda de cor azul de 4mm. Uma faixa de tecido
azul de 10cm de largura deverá ser aplicada em toda altura no lado do mastro, onde
será escrito, verticalmente, o nome da Unidade. A insígnia A1 dos Desbravadores
medindo 10 x 10cm deverá ser colocado a 7,5cm abaixo da borda superior do Bandeirim, na linha entre o tecido branco e o azul. O símbolo da Unidade, representando
graficamente as características do seu nome, será colocado no centro da parte branca do Bandeirim, não podendo exceder as medidas de 12,5 x 12,5cm.
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O mastro do Bandeirim pode ser personalizado ou decorado, pode ter o nome
gravado dos integrantes da Unidade, uma lista com os sinais de pista, com o Código
Morse ou um código da própria Unidade, pode ter uma frase da Unidade que representa seu ideal. Pode ser decorado com elementos da natureza, com as cores do
Clube ou com as cores da Unidade. Deve ser evitado o uso de “ponta de lança”, para
evitar acidentes. O mastro do Bandeirim terá a medida de 2,0 m e 1” de diâmetro.
O nome da Unidade
Escolha do nome da Unidade é tarefa de seus do Clube. Normalmente aconselha-se que a Unidade coloque nomes que tenham relação com o nome do Clube, então
se o nome do Clube é o nome de uma constelação, o nome de suas Unidades poderia ser o nome das estrelas da constelação, ou se o nome de um Clube é o nome
de uma nação indígena, as Unidades podem ter o nome de tribos indígenas daquela
região, se o nome do Clube é de uma característica regional, as Unidades podem ter
nomes de animais daquela região. Evite nomes inspirados em ficção, lendas ou que
remetam a símbolos com associações não cristãs.
Caderninho da Unidade
Neste caderninho será registrada a vida da Unidade; seus acampamentos, caminhadas, ex-membros, conquistas da Unidade, trunfos. É também chamado “Livro de
Atos” da Unidade e Livro Secreto da Unidade. Conteúdo do caderno:
• Composição da Unidade: nome, endereços, telefones dos Desbravadores,
datas de aniversários, números das carteirinhas, datas das investiduras de
lenço, Classes e Especialidades conseguidas, nome dos seus pais, enfim,
tudo o que se refere a cada membro da Unidade.
• Cargos e atribuições de cada membro em uma página especial.
• Inventário dos equipamentos da Unidade.
• Lista dos livros da biblioteca da Unidade.
• Atas das reuniões, excursões, acampamentos, Conselho de Unidade, competições, sem omitir festas e as resoluções tomadas.
Este livro poderá ser um de capa dura ou como sua Unidade preferir, e pode ter o
símbolo da Unidade estampada na capa.
O Lema da Unidade
Está geralmente relacionado, de certo modo, ao nome da Unidade ou ao animal,
algo da natureza, da história local da Unidade.
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Ex.: Unidade Águia = “Voar alto”
Unidade Castores = “Trabalho árduo”
O Chamado
Deve ser aprendido pelos membros da Unidade. Todos devem saber emitir o
chamado ou grito do animal de sua Unidade. É por este sinal que eles podem se
comunicar entre si quando escondidos ou em atividades noturnas.
O Símbolo ou Emblema
Cada Unidade desenvolverá um “símbolo, foto ou desenho”, que pode ser de um
animal, estrela, constelação, pedra, ave, árvore, etc, de acordo com o critério adotado pela Unidade. O emblema será colocado, bordado ou estampado no Bandeirim,
em camisetas, nas pranchetas, nas capas dos cadernos, na capa do álbum e etc.
As Tradições da Unidade
São as coisas boas que a Unidade sempre tem feito. Porém, o peso das tradições
nunca deve saturar a vitalidade ou o desenvolvimento de uma Unidade, matando a
iniciativa e a inovação. Cuidado, pois, nem todas as tradições são boas. Porém, as
boas tradições de uma Unidade devem ser preservadas. Exemplo:
• Os “Gaviões” tradicionalmente fazem a Especialidade de sinalização.
• Em uma Unidade tem sido sempre tradição serem todos bons cozinheiros.
• A cada acampamento realizado, é pintado um espeque (âncora) de branco
para pendurar na parede da sede.
• É tradição, também, reunir a Unidade só por sinais convencionais, sem gritarias.
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• Posição de alerta com uma simples batida de mão.
• É tradição também que todos os membros da Unidade façam um trabalho por
escrito sobre o símbolo da Unidade.
Grito de guerra
O grito de guerra é a emoção, a vida, a apresentação da garra e da vontade dos
que compõem a Unidade. Somos fortes, somos unidos, temos objetivos. O grito
de guerra deve ser uma das marcas registradas da Unidade. A primeira coisa a se
fazer antes de iniciar o programa da Unidade é dar o grito de guerra, para que todos
saibam que a Unidade vai começar sua reunião.
O Álbum
Todos os eventos que a Unidade realizou devem ficar registrados em um álbum
com todos os seus dados e suas respectivas fotos e, claro, seus comentários. Esse
álbum é parte da história da Unidade e ao passar do tempo os Desbravadores dão
início ao álbum, quando mais velhos, terão boas recordações.
Exposição
O Conselheiro deve motivar seus Desbravadores para que os materiais fantásticos de conquistas e descobertas estejam na exposição do Clube: coleções, achados
arqueológicos, curiosidades, trabalhos da Unidade, etc.
Cor da Unidade
Os adolescentes vibram com coisas que identifiquem seu grupo. Cores vivas e
seus significados fazem parte desta aventura. Qual é a cor preferida da Unidade?
Pode ser escolhida de acordo com a filosofia do símbolo da Unidade.
Livro Bíblico da Unidade
Cada Unidade pode selecionar um livro bíblico como sendo o preferido do grupo.
Deve a Unidade pesquisar curiosidades, lições, histórias, autor e lema do livro.
Verso da Unidade
Cada Desbravador terá em mente seu versículo predileto. No Livro de Atos da
Unidade deve ser colocado o nome da pessoa e seu verso do coração.
Materiais da Unidade
O Conselheiro deve ter na Unidade um responsável por guardar todos os materiais adquiridos: Bandeirim da Unidade, barracas, livro de atos, biblioteca, fotos,
estandarte da Unidade, materiais de acampamentos, quadros etc.
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ESPÍRITO DE UNIDADE
•Cada Desbravador deve sentir uma parte essencial de uma Unidade autônoma, completa e perfeita, em que cada membro deve cumprir sua parte para
que se consiga atingir a perfeição do todo.
•Ao adentrar a uma Unidade ele não é simplesmente um Desbravador, mas um
“Falcão”, uma “Gaivota”, um “Crocodilo”, uma “Raposa”, não só ser cada
um desses, mas aprender imediatamente os hábitos de cada um.
Aprendendo seu grito, símbolo, estas coisas podem parecer simples, mas se
tornam importantes.
Atividades da Unidade
O Conselheiro deve fazer seu planejamento e apresentar à Diretoria do Clube.
Nunca realizar uma atividade externa sem a prévia autorização do Clube e dos pais.
1. UMA UNIDADE VIVA E ATIVA FAZ:
• Recreações ao ar livre
• Cerimônias e solenidades cívicas
• Artes manuais e Especialidades J.A.
• Estudos de natureza
• Planos e materiais para serviços à comunidade
• Acampamento de Unidade – com a presença de um membro da Diretoria e/
ou da região.
2. PROJETOS MISSIONÁRIOS E ESPIRITUAIS: NUM CLUBE MODELO
E NUMA UNIDADE EXEMPLAR, AS ATIVIDADES ESPIRITUAIS E
MISSIONÁRIAS PERMEIAM TODAS AS OUTRAS:
• Visitação (líderes do Clube, Ancião, Pastor, idosos, órfãos, doentes, etc.)
• Recepção na igreja
• Recolta de donativos
• Evangelismo juvenil – “A Voz Juvenis”
•Pequenos Grupos - Debates
• Batismo dos Desbravadores - todos uniformizados
• Distribuição de folhetos
• Gincana Bíblica, Maquetes, Mímicas, Teatro, Oratória
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3. ATIVIDADES SÓCIO-CULTURAIS
• Visita a Zoológicos, Museus, Aquários Públicos, Planetário, etc.
• Feira de Desbravadores
• Palestras e Exposições
• Visita a uma Estação de Meteorologia ou Observatório
• Visita a uma Usina Hidroelétrica
• Visita a uma Fábrica de Alimentos
• Conhecer uma Base Aérea
• Oferecer uma recepção para os pais
• Festa dos membros da Unidade uma vez ao mês. Cada mês na casa de um,
após fazer os acertos com os pais
• Atuação em Rádio, entrevistas, anúncio de alguma programação dos Desbravadores, contatos com rádios-amadores, etc
• Publicar uma coluna em um jornal
4. PROJETOS DE ACAMPAMENTOS E ATIVIDADES AO AR LIVRE
• Camporis de Clubes ou de Unidades da Missão/Associação.
• Especialidade de Estudo da Natureza
• Prática de subir em árvores usando cordas
• Construir uma jangada
• Explorar uma caverna com ajuda de um especialista
• Caminhada em dia chuvoso - acender fogo
• Armar e acender um fogo sobre uma jangada flutuando sobre a água
• Construir forno de acampamento
• Praticar técnicas de salvamento
• Seguimento de pistas
• Estudar pegadas de animais, tipos de árvores, de solos, penas de aves, etc.
• Fazer acampamento dedicado às boas maneiras
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9. INSÍGNIA DE EXCELÊNCIA
A Excelência é o alvo do Conselheiro para seus Desbravadores. O companheirismo não dá o direito de oferecer aos Desbravadores o que eles querem, mas sim,
o que eles necessitam.
Ainda que o Clube de Desbravadores tenha por objetivo ajudar os juvenis e adolescentes a apreciarem o valor da participação do grupo, não se deve esquecer de
que há um objetivo para o desenvolvimento deles como indivíduos. A maior parte
das atividades dos Desbravadores é realizada em grupo. Isso é vital na aprendizagem
da arte da colaboração e um ingrediente necessário para a formação de um cristão
bem equilibrado.
A Insígnia de Excelência foi desenvolvida visando o reconhecimento da realização
individual no período de um ano. Assim como na investidura das Classes e Especialidades, a Insígnia de Excelência deve ser apenas concedida àqueles que alcançaram
um elevado padrão de eficiência dentro do Clube, como exigido em seus requisitos.
Processo de Seleção - Por ocasião do encerramento do ano, a Comissão Diretiva
do Clube faz a seleção daqueles que estão em condições de receber a insígnia. Não
deve existir limite de insígnia. Todos do Clube terão direito desde que tenham cumprido os critérios adotados pelo Clube. O Conselheiro deve fazer parte da Comissão
de Avaliação.
Critério - O seguinte critério deve ser aplicado pela Comissão Diretiva do Clube
para determinar quais Desbravadores receberão a Insígnia de Excelência. Ela será
entregue àquele (a) que:
a) É membro ativo do Clube, por dois anos ou mais.
b) É um exemplo nos requisitos de uniforme, pontualidade nas reuniões, e está
ativamente envolvido em sua Unidade.
c) Crê e vive o Voto e a Lei dos Desbravadores. É fiel aos Ideais dos Desbravadores e os defende como uma sagrada honra.
d) Aceita, voluntariamente, as responsabilidades que lhe são designadas e demonstra iniciativa e liderança no seu cumprimento individual ou em grupo.
e) Mantém o equipamento pessoal na melhor condição possível.
f) Relaciona-se com todos de uma forma cristã positiva.
g) A cada ano, conclui a Classe dos Desbravadores que corresponde à sua idade
e faz as Especialidades oferecidas.
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Entrega da Insígnia - Quando e por quem a insígnia deve ser concedida? A Insígnia
de Excelência é entregue, de preferência, no programa do Dia do Desbravador, na
igreja, pelo líder mais graduado, em uma cerimônia de Investidura, pelo Líder da Investidura ou no Campori da Associação/Missão, pelo Líder de Jovens da Associação/
Missão.
Como ela deve ser usada - A Insígnia de Excelência deve ser usada acima dos
distintivos das Classes Avançadas. Durante o ano seguinte à concessão da insígnia,
se o Desbravador não mantiver sua qualificação, deve ser colocado no registro de
recordações dos Desbravadores. A insígnia deve ser usada apenas durante o ano do
reconhecimento. Se a mesma for conquistada no último ano do Desbravador, aos15
anos, ela poderá ser usada definitivamente no uniforme.
10. INSÍGNIA DE BATISMO
O Conselheiro e o Capitão do Clube devem motivar através das atividades espirituais do Clube e da Unidade cada Desbravador a tomar sua decisão ao batismo. Todos
os que se batizarem e os que já são batizados podem receber o distintivo de batismo.
O uso do Distintivo de Batismo é opcional. Poderá ser usado na tampa do bolso direito, centralizado, como identificação de todos os membros batizados. O uso identifica
o Desbravador Adventista batizado. Você pode usar uma das seguintes atitudes: na
hora do batismo o Pastor faz a condecoração com o distintivo ali mesmo, no tanque
batismal; outra boa atitude é entregar o distintivo de batismo na hora da entrega do
certificado; ainda pode ser entregue na reunião do Clube com festa de recepção. Caso
queira fazer uma festa, à noite, depois do batismo, você entregará o distintivo e convidará os pais do Desbravador para a festa, Não deixe passar esta oportunidade para
demonstrar a ênfase dos Desbravadores que é a SALVAÇÃO E O SERVIÇO!
11. COTA E FINANÇAS DA UNIDADE
O Conselheiro e o Tesoureiro da Unidade devem promover uma campanha de
arrecadação de materiais e ajuda financeira para sua Unidade e entregar ao Tesoureiro
do Clube. Somente o Tesoureiro do Clube poderá guardar o dinheiro dos Desbravadores. Este deve manter um registro da entrada e não gastar ou transferir para outra
campanha sem a devida autorização da Unidade. Materiais de acampamento, de desfile, de exposição e de leitura são materiais a serem adquiridos.
12. PRESENÇA
Esta é outra atitude de excelência da Unidade. O Conselheiro deve promover
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entre seus liderados a pontualidade em todas as atividades do Clube e da Unidade. A
presença promove mais responsabilidade, conhecimento, atualizações e conquistas.
13. MOTIVAÇÃO
O sucesso da Unidade está na motivação. Uma Unidade motivada leva à busca
de novos valores, novas aventuras, novas dinâmicas e novas conquistas. Cada conquista deve ser relatada, documentada e guardada com carinho. Vamos considerar
uma das motivações que as boas Unidades possuem: Dinamismo. Uma boa Unidade
tem suas músicas favoritas, criadas, adaptadas, mas sempre dentro do espírito do
Desbravador cristão que é alegre e respeitoso. Crie cânticos para caminhadas, para
momentos de atividades da Unidade, para o momento de acampamentos, de recreações, etc. Crie uma musica com o nome e a garra do pessoal da Unidade, outra com
o nome e a força do Clube.
14. CONTADORES DE HISTÓRIAS DA UNIDADE
Uma das grandes coisas de uma Unidade são as histórias contadas por alguns
“especialistas” na arte de apresentar histórias. Há aqueles que contam histórias para
rir; outros, histórias comoventes; outros, gostam de histórias de susto e suspense...
O Conselheiro deve valorizar estes Desbravadores levando-os a gostarem também de
histórias bíblicas. Promova um curso e concurso sobre a arte de contar histórias. É
muito importante o Conselheiro ser um bom contador de histórias.
Segue algumas dicas para você se aperfeiçoar nesta arte:
• Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com
uma expressão corporal encurvada.
• Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar, isto é o que
cria mágica e não malabarismos da memória.
• Se der “branco”, continue. Não faça careta, nem xingue e nem se desculpe.
Continue descrevendo detalhes de cores, locais..., isto estimula a imaginação
e ajuda a memória. Ou então faça uma pausa, olhando todos nos olhos, como
para levantar suspense (não olhe para o chão). Improvise!
• Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e use o cronômetro.
• A introdução é crucial. “Você vai ganhar ou perder, nos 3 primeiros minutos,
dependendo de como você começa”
• Você tem que criar sua “audiência” no grupo de crianças, cada uma com
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seus próprios pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história para elas.
• Deve haver, na introdução, o indício de que coisas excitantes irão acontecer,
incitando a curiosidade, unindo as crianças com antecipação. Não dê tudo
na introdução. Sempre mantenha um certo nível de “mistério” e surpresa
durante toda a história.
• Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver
uma situação que dirija ao clímax e ao final da história. O conflito pode ser
introduzido imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se
envolver com o que acontece.
• Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo.
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CAPÍTULO 5
O CONSELHEIRO E O PROGRAMA
DE CLASSES E ESPECIALIDADES
Um dos principais deveres do Conselheiro é ensinar
e acompanhar o desenvolvimento das Classes Regulares
dos seus Desbravadores. Mas como ministrar conhecimentos se você mal os sabe para si? Como fazê-los atingir o objetivo de encerrar a Classe se seus conhecimentos
são limitados? Um dos maiores erros que um Conselheiro
comete é não estar preparado para ensinar. Se você já tem
a Classe de Amigo, teoricamente você pode ensiná-la aos
seus Desbravadores. Nunca comece as Classes com os
Desbravadores sem antes ter se preparado para ensiná-la. Logicamente você não vai ensinar tudo em um único dia, porém o que você vai
ensinar precisa estar bem preparado, pois caso contrário os Desbravadores logo
percebem a sua insegurança.
Alguns Clubes fazem três reuniões mensais e o quarto domingo utiliza para o
Clube de Líderes. A primeira grande missão do Clube de Líderes é adestrar adequadamente os Conselheiros e a segunda grande missão é estimular para que todos
completem as Classes Regulares dos Desbravadores. São aproximadamente quatro
horas por mês de atividades entre esportivas e técnicas, com jogos, com passeios,
caminhadas, visitas a cavernas, completando item por item das Classes o que torna
os Conselheiros capacitados para ensinar com qualidade os seus Desbravadores. O
Clube de Líderes deve ser formado com todos os membros do Clube de Desbravadores que já fizeram dezesseis anos.
Em muitos Clubes, as Classes são feitas por “atacado” comprometendo o aprendizado por parte do Desbravador e desvalorizando o Conselheiro, que às vezes senta
na mesma cadeira que o Desbravador para aprender o que ele já deveria saber.
Essas Classes por atacado têm a vantagem de serem mais rápidas, porém o nível de
aprendizado não é alto, pois cada pessoa tem um ritmo de aprendizado. O ideal é um
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trabalho personalizado do Conselheiro com cada Desbravador a fim de estimulá-lo a
cumprir e aprender os conceitos dos cartões.
Como as Unidades são formadas por idade e, como hoje o critério atual pede que
o Desbravador faça primeiro a Classe de acordo com a sua idade, fica relativamente
fácil para o Conselheiro ministrar as Classes para seus Desbravadores. Um Conselheiro deve começar o ano avaliando qual Classe a sua Unidade irá fazer e solicitar
o cartão ou apostila da Classe para a Diretoria. Para que o Desbravador possa ficar
empolgado é importante que na segunda reunião do Clube ele já tenha em mãos o
seu cartão ou apostila da Classe.
Os itens do cartão podem ser ensinados de várias maneiras, tais como: jogos,
competições, caça-palavras, provas teóricas e práticas sobre os assuntos da Classe. É preferível fazer bem feito uma Classe Regular e Avançada ao longo de um ano
com as Especialidades requeridas do que duas Classes mal feitas. As Classes que
porventura ele não tiver concluído durante sua vida como Desbravador isto é, dos 10
aos 15 anos, ele as fará ao atingir seus 16 anos, quando passar a integrar o Clube
de Líderes e se tornar Conselheiro.
Uma boa idéia é o Jantar Anual de Gala dos Desbravadores Investidos. Nesse
jantar, geralmente realizado no sábado à noite que antecede a última reunião e num
restaurante de nível, só participam os Desbravadores que se empenharam e conseguiram terminar a Classe que ele se propôs a fazer ao longo do ano. Quem não
gosta de encerrar as atividades com um jantar num lugar especial? Esta motivação
consegue fazer milagre na dedicação da maioria ao longo do ano.
O Conselheiro deve atuar no Clube de Desbravadores ciente de sua dinâmica.
Deve defender os ideais do Clube em qualquer situação, trabalhando em harmonia
com os outros líderes. Diante de um mundo que praticamente impõe valores através
dos meios de comunicação sem qualquer seleção, o adolescente é incentivado a
aceitar estes valores, em sua maioria, contrários aos valores do cristianismo. No
Clube, o Conselheiro resgata os valores morais que seguem os princípios divinos,
e oferece estas orientações aos Desbravadores de maneira a conquistá-los para a
construção de um caráter de nobre valor.
1. CLASSES
As Classes dos Desbravadores fazem parte do programa para alcançar este objetivo. Nos cartões estão as atividades básicas que o Clube deve fazer a cada semana. Elas estão direcionadas para faixas etárias diferentes, visando satisfazer suas
necessidades.
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AS CLASSES DOS DESBRAVADORES ESTÃO DIVIDIDAS DA SEGUINTE
MANEIRA:
CLASSES REGULARES
CLASSES AVANÇADAS
IDADE
COR
Amigo
Amigo da Natureza
10
Azul
Companheiro
Companheiro de Excursão
11
Vermelho
Pesquisador
Pesquisador de Campos e
Bosques
12
Verde
Pioneiro
Pioneiro de Novas
Fronteiras
13
Cinza
Excursionista
Excursionista da Mata
14
Vinho
Guia
Guia de Exploração
15
Amarelo
CLASSES ESPECIAIS
Líder e Agrupadas
Acima de16 anos
Líder Máster
Acima de18 anos
Líder Máster Avançado
Acima de 20 anos
PADRÕES DE CAPACIDADE FÍSICA
Medalha de Prata
Acima de 18 anos
Medalha de Ouro
Acima de 18 anos
2. ESPECIALIDADES
Cada Especialidade de Desbravadores é designada para um curso de estudos
sobre um Tema. Tem o seu valor prático, e apresenta um encantador estilo de vida
ao Desbravador que busca conquistá-la.
O estudo das Especialidades ajudará cada pessoa em seu desenvolvimento,
afetando diretamente sua vida nos aspectos físico, social, emocional e espiritual.
Direcionará a pessoa para um profundo amor pelo Criador e aumentará seu interesse
em dedicar-se ao serviço para Deus e à sua comunidade. Portanto, cada Especialidade deverá requerer altos padrões de excelência nas tarefas a serem realizadas. O
cumprimento dos requisitos poderá ser interessante e divertido, e ao mesmo tempo
prover um senso de realização pessoal.
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As Especialidades oferecem uma forma mais atrativa de aprender e ampliar os
conhecimentos de novos horizontes e aventuras. Tais estudos podem incluir aprendizado sobre hobbies, lazer, interesses específicos e novos cursos e vocações.
Cada Especialidade poderá ser estudada em grupo, nos encontros do Clube, em
Unidade, em família, na escola, ou mesmo individualmente, por motivação pessoal.
Recomenda-se estudar pelo menos uma Especialidade a cada três meses, e em
seguida realizar a investidura, de acordo com o Diretor do Clube.
As Especialidades dos Desbravadores são parte do programa do Clube, patrocinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, e todos os requisitos estão em harmonia
com os seus padrões e princípios. Por esta razão evitamos estudos e requisitos
que exijam a destruição de plantas ou animais vivos, bem como uso de armas para
ataque ou defesa.
As Especialidades podem enriquecer muito a programação do Clube, envolvendo
os juvenis e jovens para receberem conhecimentos práticos, que de outra forma não
receberiam. Abordam temas amplos que estimulam a todos os gostos, e que podem
ser estudados por qualquer grupo, de qualquer lugar.
O principal propósito de todas as Especialidades é ajudar cada pessoa a alcançar
um melhor desenvolvimento “em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos
homens.”
AS ESPECIALIDADES ESTÃO DIVIDIDAS NAS SEGUINTES ÁREAS:
Habilidades Domésticas
Fundo Amarelo
Artes e Habilidades Manuais
Fundo Azul Claro
Atividades Profissionais
Fundo Vermelho
Atividades Missionárias
Fundo Azul Escuro
Estudos da Natureza
Fundo Branco
Atividades Agrícolas e Afins
Fundo Marrom
Ciência e Saúde
Fundo Branco
Atividades Recreativas
Fundo Verde
2.1 - ESPECIALIDADES DAS CLASSES REGULARES E AVANÇADAS
AMIGO e AMIGO DA NATUREZA
•Nós
• 1 entre: Cães; Gatos; Mamíferos; Sementes; ou Pássaros de Estimação.
• 1 em Artes e Habilidades Manuais
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• Natação para principiantes ou Arte de Acampar I
• Fogueira e Cozinhar ao Ar Livre
• Requisitos Avançados:
- 1 Especialidade em Atividades Missionárias
COMPANHEIRO E COMPANHEIRO DE EXCURSÃO
• Natação Principiante II ou Arte de Acampar II.
• 1 entre:Anfíbios; Pássaros; Aves Domésticas; Pecuária; Répteis; C
onchas;
Árvores; ou Arbustos.
• Primeiros Socorros Básicos
• 1 em Artes e Habilidades Manuais
• Requisitos Avançados:
- 1 Especialidade entre: Saúde e Ciência; Agrícolas; Habilidades Domésticas;
ou Atividades Missionárias.
PESQUISADOR E PESQUISADOR DE CAMPOS E BOSQUES
• 1 entre: Astronomia; Cactos; Climatologia; Flores; ou Pegadas de Animais.
• Primeiros Socorros
•Sinalização
• 1 entre: Atividades Missionárias; Saúde e Ciência; Profissionalizantes ou Agrícolas
• Arte de Acampar III
• Requisitos Avançados:
- Especialidade Asseio e Cortesia ou Vida Familiar.
- 1 Especialidade entre: Habilidades Domésticas; Atividades Missionárias;
ou Saúde e Ciência.
PIONEIRO E PIONEIRO DE NOVAS FRONTEIRAS
• 1 em Estudos da Natureza
• Resgate Básico
•Sinalização
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• 1 entre: Atividades Missionárias, Profissionalizantes ou Agrícolas.
• 1 em Artes e Habilidades Manuais.
• Arte de Acampar IV
• Requisitos Avançados:
- Especialidade Cidadania Cristã
- Completar item 3 e 6 da Especialidade Ordem Unida
- Especialidade Orientação
- 1 Especialidade Recreativa
EXCURSIONISTA E EXCURSIONISTA DA MATA
• Aventura por Cristo
• Dois requisitojs de Temperança
• Ordem Unida
• 1 em Estudos da Natureza
• Vida Silvestre
• 1 em Atividades Recreativas
• 1 entre: Atividades Missionárias; Ciência e Saúde; Habilidades Domésticas; Atividades
Agrícolas ou Profissionalizantes.
• Requisitos Avançados:
- Cumprir 2 das 5 sessões da Medalha de Prata.
- Especialidade Testemunho Juvenil
GUIA E GUIA DE EXPLORAÇÃO
• Nutrição ou liderar um grupo para Cultura Física.
• Ecologia ou Conservação Ambiental.
• 1 Contada para o Mestrado em: Aquática; Recreação; Ecologia ou Vida Campestre.
• 1 entre: Agrícolas; Ciência e Saúde; ou Habilidades Domésticas.
• Requisitos Avançados:
- Cumprir 3 das 5 sessões da Medalha de Prata.
- Mordomia Cristã
- Mestrado em Vida Campestre
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CAPÍTULO 6
O CONSELHEIRO E OS DIRETORES DO CLUBE
A Unidade é uma parte do Clube e não pode ser bem
sucedida sem a percepção e o cumprimento dos objetivos e
programas do Clube. Também deve haver fraternidade entre
outras Unidades do Clube. O Clube é administrado pelo Diretor, pelo Diretor Associado e pela Diretora Associada. Eles
têm a maior responsabilidade. Quando reúnem a Diretoria, o
Conselheiro participa do planejamento do Clube. As atividades decididas devem ser levadas a cabo pelos Diretores e
Conselheiros. Cada um tem sua função, mas estão unidos no mesmo propósito – ter
um Clube excelente.
1. O PAPEL DO CONSELHEIRO NA COMISSÃO DIRETIVA
Na participação do Conselheiro na Comissão Diretiva do Clube, ele exercerá sua
função para:
• Admissão de novos membros do Clube, apresentando-os à direção.
• Pedido de advertência a algum Desbravador perante a Comissão Diretiva de
seu Clube.
• Participar no programa geral de atividades do Clube.
• Participar na divisão dos membros das diversas Unidades do Clube.
• Sugestões a respeito do progresso do Clube.
• Levar o programa da Unidade para a aprovação da Comissão Diretiva.
• Sugerir formas de pontuação que melhor se adaptem às suas Unidades.
• Indicar nomes de Desbravadores para condecorações ou reconhecimentos.
2. A UNIDADE E AS ATIVIDADES DO CLUBE
Deve ser assegurada a participação de sua Unidade em todas as atividades do
Clube com lealdade e entusiasmo e assim elevar o nome de Jesus e dos Desbravado{ 66
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res. A Unidade isolada do Clube é a mesma coisa que seu Clube isolar-se da Associação/Missão, não funciona e acaba morrendo.
Jogos entre Unidades
Será muito importante para a Unidade ter o espírito esportivo, assim ela saberá
ganhar ou perder. Isto é um dever do Conselheiro, portanto tenha em mente o seguinte:
“A vitória a conseguir não é o único objetivo. O valor moral e técnico de uma Unidade
está em função e proporção ao valor pessoal dos Desbravadores que a compõem,
como os átomos de uma molécula”. A Unidade deve ser consciente de fazer o melhor, além de buscar a eficiência. Também deve saber que outra Unidade buscará sua
eficiência, e que, portanto, todos devem participar da melhor maneira possível. Você,
Conselheiro, deve criar, desenvolver e conservar o espírito de unidade.
• Passar o espírito de unidade sem rivalidade.
• Tornar a melhor Unidade com esforço de cada um.
3. A PREOCUPAÇÃO DOS DIRETORES COM O CONSELHEIRO
Geralmente o Conselheiro perguntará ao Diretor qual é seu papel no Clube. O
Diretor, quando pensa no Conselheiro, espera que o mesmo seja um “pivô” do Clube.
Aquele que faz movimentar e motivar os Desbravadores no ritmo que deve ser o Clube,
ou seja, dinâmico.
O seu Diretor, portanto espera:
• Sua pontualidade.
• Sua amizade com os Desbravadores.
• Seu planejamento para a Unidade por semana, trimestre, semestre e ano.
• Sua visita aos pais dos Desbravadores.
• Sua participação nas programações especiais do Clube.
• Que você acompanhe a vida espiritual dos Desbravadores na igreja.
• Que você não saia com a Unidade sem combinar com a direção do Clube e
com os pais.
• Que lute para que seus Desbravadores cumpram os requisitos das Classes e
Especialidades.
• Que você não namore Desbravadoras(es), nem mantenha diante dos
Desbravadores comportamento de namoro, para não perturbar a sensibilidade ou
inocência juvenil.
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CAPÍTULO 7
O CONSELHEIRO E OS PAIS
O Conselheiro deve ser o melhor amigo de cada
Desbravador, portanto, amigos se visitam e se conhecem. Neste prisma, cada Conselheiro deve visitar
seu Desbravador todo trimestre ou semestre. Ali, o
Conselheiro conversa com os pais, leva notícias do
rendimento do Desbravador no Clube, vê o quarto do
Desbravador, olha fotografias, inspeciona até o boletim
escolar.
Participar da vida do Desbravador, fazendo visita em sua casa, ajuda ao Conselheiro entender uma série de atitudes que os Desbravadores tomam quando estão
longe de casa. Pais juntos ou separados, ausência ou freqüência de culto no lar,
qualidade de vida, padrão de moradia, atividades domésticas preferidas, vida escolar, tipo de escola, relacionamento com irmãos maiores ou menores são situações
a serem observadas e nada melhor que o ambiente do lar para demonstrar com
clareza. Em alguns casos, os pais dos Desbravadores estão desempregados e não
possuem recursos para pagar a mensalidade do Clube. Estas situações e muitas
outras, só indo na casa dos meninos para avaliar o drama que muitos de nossos
Desbravadores passam.
Em alguns casos o Conselheiro vai perceber que além de entender e ter paciência
na relação com o Desbravador, ele precisará de muita sabedoria para lidar com os
pais. Alguns são problemáticos, irritados e precisarão de amor e paciência.
Algumas diretrizes para trabalhar com os pais:
1) Compreenda a situação dos pais – não adianta, portanto culpar, criticar ou
diminuir os pais. Tome como ponto de partida a idéia de que os pais tentam
melhorar a situação do juvenil, mostre desejo de colaborar com ambos, procurando ajudá-los e ajudar seus filhos.
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2) Use diferentes abordagens – alguns pais precisam ser simplesmente informados, ou entendê-los melhor. Outros necessitam de recomendações, apoio,
encorajamento ou sugestões de alternativas para tratar o problema; alguns
sabem o que fazer, mas precisam que o Conselheiro os empurre. Só depois
de observar e ouvir é que os Conselheiros podem geralmente decidir quanto
às táticas de orientação adequadas.
3) Seja sensível às necessidades dos pais – ao criarem seus filhos, os pais
podem sentir dúvida sobre a sua competência, uma sensação de opressão,
competição, ciúme, medo de perder os filhos ou necessidade de ter autoridade e controle sobre a família, isto pode resultar em tensão.
4) Reconheça sua utilidade temporária – o objetivo final do Conselheiro é promover um relacionamento amadurecido e centralizado em Cristo entre os
membros da família. Todas as recomendações aos pais devem ser feitas na
ausência dos filhos, para que, não podendo cumpri-las não sejam criticados.
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CAPÍTULO 8
O CONSELHEIRO, O CAPELÃO E A MISSÃO
O propósito principal do Clube de Desbravadores é o de salvar. Um estudo feito indicou
que igrejas com Clubes de Desbravadores e
Sociedades JA, poderão contar com 90% de
sua mocidade na igreja quando adultos. Igrejas
com apenas o Clube, sem ter uma Sociedade
JA, contam com 70%. Igrejas sem Clube e sem
Sociedade, poderão contar com apenas 20%.
O Clube é evangelismo quando devidamente
desenvolvido.
O Conselheiro deve trabalhar em conjunto com o Capelão e com os Diretores
para cumprir determinados objetivos e alcançar resultados no programa espiritual
do Clube.
Desenvolver a fé e o hábito do crescimento no relacionamento vertical (com
Deus) e o relacionamento horizontal (com o semelhante). Podemos dizer que este
é o “carro chefe do Clube”. Todas as outras atividades atuam como suporte para o
bom funcionamento desta parte do programa.
Às vezes encontramos Clubes fortíssimos em outras atividades e deficientes na
área espiritual. Este tipo de Clube está falhando em seus objetivos. Na realidade, ele
não está atuando como Clube, talvez como um grupo de entretenimento ou qualquer
outra coisa.
Ao lidar com a área espiritual no Clube de Desbravadores é preciso notar que não
se está ensinando a adultos, e sim, a juvenis e adolescentes. Por isso, deve-se usar
uma linguagem que seja peculiar a eles.
Podemos nos servir de alguns recursos, métodos e procedimentos que nos ajudarão a ter êxito neste tipo de evangelismo. Aqui vão algumas dicas:
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• A criatividade faz a diferença. A faixa etária dos Desbravadores é a idade da
curiosidade, então explore bastante este aspecto. É só colocar a cabeça pra
funcionar e as coisas começam a andar bem.
•Evite a monotonia e “mesmismo”. Não é bom ter um programa “engessado”.
Tente na medida do possível variar algumas coisas, lugares, pessoas etc.
•Recursos áudio visuais. Estes recursos chamam atenção, despertam curiosidade, mantêm os Desbravadores atraídos. Podem ser muitas coisas práticas,
até mesmo recursos da natureza.
Em se tratando do programa espiritual geral do Clube, é necessário usar equilíbrio
e bom senso. Já que se tem um ano inteiro para trabalhar, então vamos fazê-la de
maneira interessante.
Aqui vão dicas gerais de programas e atividades para o Clube ou para a Unidade:
a) Classe Bíblica: Basicamente deve ser realizada visando realizar festas batismais em pelo menos duas datas especiais no ano – o Dia do Desbravador e o
Batismo da Primavera. Já existem recursos suficientes fornecidos pela Igreja
para que o seu Clube realize esta Classe com o máximo de qualidade possível. Esta Classe deve ser realizada de maneira alegre, dinâmica e se possível
com alguns louvores também. Precisamos fazer deste um dos melhores momentos da reunião do Clube.
b) História da Igreja: Enquanto os Desbravadores não batizados estão envolvidos na Classe Bíblica, os batizados poderiam estar recebendo algumas instruções sobre a história da igreja, suas doutrinas e sua estrutura, de maneira
que teríamos dois grupos distintos recebendo instruções diferenciadas ao
mesmo tempo.
c) Evangelismo: O Clube de Desbravadores é um instrumento poderoso na realização do evangelismo. O Clube realiza o seu evangelismo em vários aspectos:
Interno – com as Classes Bíblicas, como mencionado anteriormente, Semanas de Orações, atividades espirituais das Classes e Especialidades,
atividades espirituais dos acampamentos;
Externo – com evangelismo público, estudos bíblicos com as famílias dos
Desbravadores, auxílio ao evangelismo da igreja, etc.
Entre várias atividades espirituais o Conselheiro deve incentivar o crescimento
dos adolescentes na vida devocional.
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Embora evangelismo não precise de uma definição, nossa experiência, às vezes,
cria um estreitamento da palavra em nossa mente e imaginação. Geralmente, evangelismo é associado com as grandes campanhas que os pastores evangelistas fazem. Trinta ou quarenta reuniões para centenas de visitas, no final uma grande festa
de batismo e uma igreja lotada, surge. Isto é fantástico e bom, mas evangelismo é
também o trabalho sistemático de um Conselheiro na sua Unidade.
O juvenil não será a igreja de amanhã, se não for parte integrante da igreja hoje.
Evangelismo Juvenil é também o juvenil evangelizando.
Qual dever ser a postura de um Conselheiro com relação a atividades missionárias e eclesiásticas do Clube? Porque em alguns Clubes, quando se trata de trabalho
missionário os Conselheiros raramente aparecem?
Participar de atividades missionárias, mais do que um dever para cumprir uma
Classe, deveria ser visto pelo Conselheiro como uma oportunidade de melhorar seu
currículo no Clube e uma ótima chance para uma especialização, visando ser bem
aproveitado não só no Clube como também na Igreja. Uma das virtudes que um Diretor de Clube precisa ter é a da observação. E quando um Diretor vê um Conselheiro
se saindo bem em determinada atividade missionária, deve convidá-lo para desafios
maiores. Não estranhe e não recuse, querido Conselheiro, se em algum dia convidarem você para pregar ou dirigir uma Classe Bíblica na igreja. É o reconhecimento de
que você está fazendo um bom trabalho com sua Unidade.
Trabalho social
Um outro estilo de evangelismo é o de visitar pessoas carentes e falar ou cantar
sobre Jesus. Isto pode acontecer em hospitais, asilos e orfanatos.
Ao visitar estes lugares, alguns cuidados são necessários: a) Conscientizar seus Desbravadores para se portarem com decência no ambiente em que eles irão: num hospital, o máximo de silêncio ainda é pouco;
num orfanato leve bastante alegria; num asilo o mais importante é ouvir o que
os mais antigos tem a nos dizer.
b) Já que você não vai de última hora, lembre-se de planejar cuidadosamente o
que irá fazer quando chegar ao local. Muitas Unidades tem a seguinte filosofia
de trabalho: “O importante é ir. Na hora a gente vê o que faz ...” . Uma Unidade
dessas desonra o nome de Deus, o da igreja e do próprio Clube.
c) Leve uma programação adequada ao ambiente a ser visitado. Músicas cantadas ou tocadas são sempre agradáveis em qualquer lugar que se vá, lem{ 72
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brando sempre de cantar baixinho em quarto de hospital. Se você vai a um
orfanato leve: brinquedos, jogos, histórias, marionete, fitas de vídeo sobre
animais, fita de vídeo sobre o Clube. Se você vai um asilo leve: revistas, músicas mais suaves, flores são sempre bem vindas e uma boa disposição para
ouvir os velhinhos.
d) Antes de levar coisas para os mais necessitados é importante que você procure a administração do local e sonde com eles as reais necessidades. Não
adianta você recoltar comida para doar num suposto local de pessoas carentes, se eles já estão sendo adotados por alguma organização não governamental (ONG). Levar meias e agasalhos num orfanato para depois descobrir
que eles acabaram de ganhar o suficiente e estão precisando de outras coisas
é muito frustrante. Avalie necessidades, faça uma campanha de recolta com
irmãos da igreja, parentes, vizinhos, comunidade e só então visite a entidade
que você se propôs a ir.
e) Vá sempre de uniforme de gala. Nosso uniforme é a nossa marca e por si só
já deixa uma idéia de grupo, de organização, de disciplina, de respeito. Se vamos a quaisquer destes locais descaracterizados, dificilmente se lembrarão
de nós, ao passo que o uniforme deixa sempre uma recordação na mente das
pessoas.
f) A questão do tempo de visitação. Ambientes como estes são dirigidos com
normas rígidas de disciplina no que diz respeito ao horário. Fazer uma programação variada, com música, com história, com demonstrações, com jogos
pode facilmente ser feita em uma hora ou no máximo uma hora e meia. O
segredo para agradar é não demorar e não ficar o tempo todo falando e falando. Seja rápido, criativo, apresente uma variedade atrás da outra e o tempo
passa com bom aproveitamento tanto para quem ouve como para quem se
apresenta.
g) Antes de ir embora, deixe bem claro quem foi que esteve ali. Muitas pessoas
por falta de informação nos confundem com os Escoteiros. Deixar bem claro
que foram os Desbravadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia é fundamental, e se o local permitir, comece e termine suas atividades com oração.
h) Estimule sempre que possível aos seus Desbravadores a estarem presentes
nestes ambientes. Muitos deles tem uma vida confortável e maravilhosa e
muitos deles são muito mal agradecidos a seus pais. Mostre a eles quando
chegarem à igreja, que a lição que tiramos de ir nesses locais é exatamente
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conscientizá-los para o maravilhoso mundo que a maioria deles tem e não
conseguem sequer agradecer. Valorize a família destes Desbravadores que
não medem esforços para dar o melhor para eles. Essa mensagem vai mexer
com a cabeça de muitos deles.
Vida Devocional
O Conselheiro deve lembrar-se do seu relacionamento com Cristo. Para isso,
deve manter-se ligado com a Bíblia para manter sua fé viva; com a oração, para
manter o contato permanente de confiança com Deus e receber bênçãos na vida
cristã. Uma vida devocional aplicada trará grandes benefícios para o Conselheiro e
para os Desbravadores. José do Egito era portador de bênçãos no que fazia, pelo
motivo permanente de sua ligação com Deus.
Vida Eclesial
Estar constantemente na igreja redundará em confiança congregacional, dos
pais, dos Desbravadores e de Deus principalmente. Nossa assistência a igreja deve
ser um ato de louvor, adoração e companheirismo com Deus e seus filhos. Na igreja,
aprendemos a amar nossos irmãos e ter respeito a autoridades. Quando os membros percebem a presença e a atuação do Conselheiro, passa a haver um sentimento
de simpatia e confiança.
Vida Missionária
É impossível ter uma vida devocional autêntica, uma vida eclesial ativa e não ter
vida missionária. O Conselheiro buscará conhecer, capacitar-se e exercer seu papel
em um dos métodos de evangelismo da igreja. Ele pode exercer sua vida missionária na escola, na família ou na vizinhança. Sua fonte missionária mais fácil é a sua
Unidade. Tenha em mira seus Desbravadores e os familiares destes.
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CAPÍTULO 9
APRENDENDO A ENSINAR
Duas situações básicas das atividades do Conselheiro: conhecer os
Desbravadores e ensinar virtudes e
princípios.
Conhecer – Conhecer é mais
que ter informações. Tenha uma
ficha cadastral de cada Desbravador de sua Unidade. Nela deve conter as informações referentes ao desempenho no Clube, na escola, na família, na igreja e seus gostos pessoais.
Busque conhecer a família de cada um deles. Este é um grande e maravilhoso
trabalho do Conselheiro. Promova atividades nas casas dos seus Desbravadores e você os terá em estimas recíprocas.
Ensinar – O Conselheiro deve estudar a lição muito bem. Ele precisa saber
muita coisa para poder ensinar um pouquinho. Crianças aprendem com seus
sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os personagens.
Para melhorar seu ensino você deve conhecer os estilos de aprendizagens e
como o Desbravador pode aprender mais rápido e melhor.
1. ESTILOS DE APRENDIZAGEM
Estudos têm demonstrado que as pessoas percebem as coisas e as aprendem
de quatro maneiras diferentes. Dependendo da sua maneira de aprender, os Desbravadores fazem uma destas quatro perguntas, quando se encontram em situações de
aprendizagem:
Por que preciso saber isso? (Inovador)
O que posso saber sobre isso? (Analítico)
Como posso usar isso em minha vida? (Senso Comum)
E se eu fizer assim? (Dinâmico)
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Todos nós conhecemos crianças que fazem estas perguntas quando estão
aprendendo alguma coisa. Veja os exemplos abaixo:
• Carlos não gosta de estudar Geografia. Saber nomes de rios, países, cidades,
não faz sentido para ele, e sempre pergunta: “- Por que preciso saber isso?”
Ele não vê nenhum motivo para armazenar este conhecimento e em pouco
tempo ele o descarta.
• Tiago gosta de ler, pesquisar e ouvir histórias. Quer sempre saber mais, está
sempre buscando mais conhecimento e perguntando: “- O que é isso?” Para
este tipo de aluno a informação é muito importante. Todavia, outros não conseguem ficar atentos enquanto o professor dá informações, nem mesmo por
5 minutos.
• Pedro gosta de fazer experiências. Quer saber como as coisas funcionam na
prática e quando tem que aprender fórmulas matemáticas, pergunta: “- Como
eu vou usar isso na minha vida?” Se ele não acha nenhum motivo para praticar aquelas fórmulas, em pouco tempo também serão esquecidas.
• Janaina gosta de cozinhar. Sempre está interessada em aprender novas receitas, mas enquanto está lendo a receita vai imaginado: “- E Se... eu trocar alguns ingredientes, como será que fica a receita? Acho que vou experimentar!”
Percebemos pelos exemplos que as reações dos Desbravadores ao receberem
um novo conhecimento, são diferentes. Para melhor compreensão vamos analisar
cada tipo de aprendiz:
a) O Imaginativo: precisa de motivação – se você não criar um motivo para ele
sentir que vale a pena aprender, buscará outras coisas que lhe interessa para
fazer e isto atrapalhará o seu ensino.
b) O Analítico: precisa de informação – se você prefere ensinar através de experiências e não dá informações que satisfaçam seu desejo de conhecimento, ele
não estará interessado no seu ensino.
c) O Senso Comum: precisa de experiência pessoal – se ele não encontra um
motivo para aplicar em sua vida o novo conhecimento, não estará interessado
no assunto, pois acha que não tem nada a ver com ele.
d) O Dinâmico: precisa de prática – se você não apresenta para ele oportunidade
de aplicar o novo conhecimento, ou deixá-lo criar algo interessante sobre o
que está sendo ensinado, ele não terá interesse pelo assunto. Conhecendo
os quatro estilos de aprendizagem, o nosso desafio é ensinar de maneira que
todos os nossos Desbravadores aprendam.
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2. CICLO NATURAL DE APRENDIZAGEM
Com esta nova visão de ensino, todo programa ou lição deve girar em torno de
um tema, que deve ser ensinado de quatro maneiras diferentes, para que todas as
crianças aprendam. Para isso, devemos ensinar através do Ciclo Natural de Aprendizagem, que funciona assim:
1º Passo:
• Objetivo: Captar a atenção do aluno.
• O aluno pergunta: Por que preciso aprender isso?
• Papel do professor: Motivar o aluno.
2º Passo
• Objetivo: Aprender os fatos.
• O aluno pergunta: O que eu posso conhecer da história?
• Papel do professor: Informar ao aluno.
3º Passo
• Objetivo: Aplicar à vida pessoal.
• O aluno pergunta: Como vai servir para mim o que li e ouvi?
• Papel do professor: Treinar o aluno.
4º Passo
• Objetivo: Praticar durante a semana o que aprendeu e partilhar com os outros.
• O aluno pergunta: Posso fazer assim?
• Papel do professor: Encorajar o aluno
Com este método, o Conselheiro ou o Instrutor é o facilitador da aprendizagem.
Ele motiva, informa, treina e encoraja. Esta é a única maneira de atingir todos os
estilos de aprendizagem em uma mesma lição. Ensine com entusiasmo.
3. REFORÇO ESCOLAR
Uma das grandes preocupações no programa do Clube de Desbravadores é a
educação dos seus membros. Por isso, o Conselheiro deve conhecer cada Desbravador no processo educacional e ver se é possível ter no Clube alguém para reforço
escolar e ajudar meninos que têm dificuldades com matérias. Também o Clube pode
ter aulas de inglês ou espanhol, como serviço comunitário.
Para que o Conselheiro trate da disciplina com sua Unidade, ele precisa
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CAPÍTULO 10
DISCIPLINA E PSICOLOGIA
saber antes algumas características
comportamentais dos Desbravadores. Suas
atitudes nem sempre revelam irreverência ou
desrespeito. Porém a disciplina é necessária
na vida da Unidade e do Clube. Disciplina
significa organizar atitudes em um sistema de
estilo de vida que o Clube oferece. São limites
apresentados com amor.
A Organização Pan-Americana de Saúde diz que a adolescência é uma etapa
entre a infância e a idade adulta que se inicia com as mudanças na puberdade e se
caracteriza por profundas transformações biológicas e sociais, muitas delas geradoras de crises, conflitos e contradições. Não é somente um período de adaptação
às mudanças corporais, mas também, uma fase de grandes determinações a uma
maior independência psicológica e social.
1. DESENVOLVIMENTO DA ADOLESCÊNCIA
Independentemente das influências sociais, culturais e étnicas, a adolescência se
caracteriza pelos seguintes eventos de mudanças físicas:
•Crescimento corporal dado por aumento de peso, estatura e mudanças das
formas e dimensões corporais. Isto não ocorre de maneira harmônica, por
isso é comum que apresentem transtornos, fadigas, insônias, mudanças
emocionais transitórias.
• Aumento da massa e da força muscular, mais marcante no menino.
• Aumento da capacidade de transporte de oxigênio, amadurecimento do pulmão e do coração, dando por resultado um maior rendimento e recuperação
mais rápida frente ao exercício físico.
• Desenvolvimento sexual caracterizado pela maturidade destes órgãos e apa-
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recimento de caracteres sexuais secundários. Manifestações e condutas com
desenvolvimento da identidade sexual.
• Aspectos psicológicos dados fundamentalmente por: busca de identidade e
de si mesmo; necessidade de independência; tendência grupal forte, evolução do pensamento concreto ao abstrato; contradições nas manifestações de
sua conduta e instabilidade do estado de ânimo.
• Relações conflitantes com os pais.
• Atitude social reivindicativa, tornam-se mais analíticos, formulam hipóteses,
corrigem falsos preceitos, consideram alternativas e chegam a conclusões
próprias.
• Têm necessidade de formulação e resposta para um projeto de vida.
2. PSICOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA E PSICOLOGIA INFANTIL – O MENINO
E A MENINA
Antes de lidarmos com crianças torna-se necessário saber o mínimo sobre elas.
Muitos Conselheiros assumem funções sem antes receberem qualquer treinamento.
Mal se diz o que se espera dele e ele vai esbarrando aqui e ali tentando fazer o seu
melhor, mas muitas vezes fracassa e com ele morre toda a esperança de alguns pais
de verem seus filhos indo bem no Clube.
Saber um pouco da personalidade das crianças é fundamental para o bom desempenho do Conselheiro. Entendendo esta mensagem tão importante, esperamos
que ela seja apenas um trampolim para que vocês mergulhem mais fundo no conhecimento sobre crianças através de pesquisa em livros mais apropriados.
a. CRIANÇA e INFÂNCIA
Entre a inocência do bebê e a dignidade do adulto encontramos uma adorável
criatura na fase chamada INFÂNCIA. As crianças são de diversos tamanhos, pesos
e cores, mas todas tem a mesma filosofia: gozar cada segundo, cada minuto, cada
hora, cada dia; e de protestar, com barulho (sua única arma), quando seu último
minuto está esgotado e o adulto os envia para a cama, à noite.
As crianças são encontradas em todos os lugares: em cima de, debaixo de,
dentro de, subindo, balançando, correndo em volta ou pulando. As mães os amam,
os irmãos mais velhos os toleram, os adultos os ignoram e o Céu os protegem. A
criança é verdade com barro no rosto, beleza com um corte no dedo, sabedoria com
goma de mascar no cabelo e a esperança do futuro com uma rã no bolso.
Quando estamos ocupados, a criança é um discordante, barulhento, intruso
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amolante e sem consideração. O menino é um composto: tem o apetite de um
cavalo, a digestão de um engolidor de espadas, a energia de uma bomba atômica
de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de Paul
Bunyan (autor do livro O Peregrino), a singeleza de uma violeta, a audácia de uma
armadilha de aço.
Gostam de sorvete, facas, serras, Natal, livros cômicos, do menino e da menina
do outro lado da rua, floresta, água, animais grandes, pai, trens, sábado de manhã
e locomotiva. Não gostam muito de escolas, visitas, livros sem gravuras, lições de
música, guardanapos, barbeiros, casacos, adultos ou hora de dormir.
Ninguém mais se levanta tão cedo ou chega tão tarde para jantar. Ninguém mais
se diverte tanto com as árvores, cachorros e brisas. Ninguém mais consegue entulhar num bolso uma faca enferrujada, uma maçã comida pela metade, um metro
de barbante, um saco vazio de papel, dois chicles, algumas moedas, uma funda,
um pedaço de qualquer coisa, e um código misterioso com compartimentos ultra-secretos.
A criança é uma criatura mágica. Podemos tirá-la de nossa presença no trabalho,
mas não podemos tirá-la de nosso coração. Podemos tirá-la de nosso estudo, mas
não podemos tirá-la de nossa mente. É melhor desistir. Ela é nosso captor, nosso
carcereiro, nosso chefe e nosso mestre – um monte de barulho, perseguidor de
gatos, sujo e sardento!
Mas quando ela está no Clube de Desbravadores, é por ela e para ela que, como
Conselheiro, devo me dedicar. Crianças... fonte de inspiração e alvo do trabalho dos
Desbravadores. Compreende-las não é fácil. Entende-las é fundamental.
b. MENINICE (7 - 11 ANOS)
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• Período onde se formam novas amizades e descobrem modos novos de jogos e trabalhos com outros, também se estabelecem lideranças e a popularidade se torna importante.
• Consolidação na área dos relacionamentos sociais.
• Desenvolvimento da capacidade de raciocínio.
• Idade áurea de memória pode decorar com facilidade.
• Idade de alerta muito ansiosa por investigar e aprender.
• Amantes das histórias e dos bons livros.
• Coleções - 90% de todas as crianças desta idade colecionam uma ou outra
coisa.
1. COMPORTAMENTOS
• Parece que este é o período mais feliz da existência: ativa, curiosa, alegre,
participativa, gosta de brincar com outras crianças, aprecia jogos, os colecionadores, acredita nas pessoas que ela ama, tem um potencial muito grande,
só precisa ser orientada corretamente.
• Ocorre um eclipse de imaginação: (9 – 12 anos) não significa a perda de
curiosidade, mas uma diminuição sensível da imaginação fantasiosa.
• Fator social: formação de turmas; devem ser formadas espontaneamente, por
critérios e interesses próprios da idade, gosta da companhia das crianças.
• É comum uma criança não ser aceita pelo grupo:
a) Às vezes não correspondem aos valores sociais dos participantes; outras
vezes é muito agressiva, carente, sempre chamando a atenção sobre si ou
é possuidora de alguma diferença física ou moral. Deve-se trabalhar com a
criança - ela mesma facilitará a aceitação pelo grupo.
b) Com o grupo - A facilitação deles para aceitação do outro. É difícil estabelecer padrões fixos a serem seguidos na transformação de determinados
comportamentos, porém, observa-se que as crianças que se separam do
grupo na tentativa de não interação (fuga), têm um ponto comum: baixa
auto-estima. Sente-se repelida, fracassada, sem valor algum; possui uma
péssima imagem de si mesma, precisa reaver seus valores como pessoa,
como potencial, como alguém capaz, e ninguém melhor para ajudá-la do
que o Conselheiro, que está próximo e que talvez tenha ouvidos capazes de
ouvir e possa sentir o amor altruísta que o capacite a ajudar.
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2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
• Crescimento lento sem grandes acelerações até a puberdade, as capacidades
motoras globais continuam a se aprimorar e assim a criança dessa idade
consegue andar de bicicleta, jogar bola e fazer outras atividades que requerem considerável coordenação.
• Período irrequieto da vida, a criança não pode sentar-se quieta.
• Possuem grande vivacidade ou energia física. No caso das meninas, começam repentinamente a crescer, outras continuam baixas durante tanto tempo
que ficam preocupadas.
• É necessário ajudar a menina a alcançar crescente compreensão e apreciação de seu corpo.
• O interesse sexual parece estar submerso.
3. CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
• Gosta de códigos secretos e de aventuras.
• Está aprendendo a trabalhar em grupo.
• O forte desejo de vaguear, matar aulas, impulso natural dessa idade. Isto não
caracteriza delinqüência moral.
• Uma idade de grande adoração aos heróis.
• Os companheiros tornam-se muito importantes, mas quase todos os grupos
são de crianças do mesmo sexo, o único problema é a pressão dos mais
velhos que dão péssimos exemplos. As crianças estão aprendendo e explorando seus papéis sexuais e os meninos parecem se centralizar mais nos
modelos do que as meninas.
• Nesta idade, há muito mais meninas interessadas em atividades de meninos
do que o inverso.
• A ligação afetiva com os pais é menos visível, mas presumivelmente, ainda
existe.
• Desenvolvem-se ligações afetivas com amigos especiais.
4. CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS
• Gostam de participar na igreja, o Conselheiro deve explorar isto.
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• Oportunidades para tomar sua decisão pelo batismo.
• Gostam de histórias bíblicas: elas têm um papel importante para cultivar a
religião no meio deles.
• Nos acampamentos, é o momento de partilhar a fé, ao lado da fogueira.
• Atividades comunitárias - ajudam em campanhas, gostam desse sentimento
ou espírito de serviço.
C. PRÉ-ADOLESCÊNCIA (12 - 14 ANOS)
• Focalizam não só a expansão das operações formais e as novas capacidades
sociais, mas o desenvolvimento de uma nova identidade.
• Período da tempestade e tormenta, cheio de tensão: precisam atuar segundo
novos padrões e regras, novas maneiras de interagir com os pais e com os
outros, mas depois que a transição se completa, o período que prossegue
não é terrivelmente tempestuoso para a maioria dos adolescentes.
• Entram num padrão bastante estável de relacionamento familiar e de amizades, alguns são populares, outros não; alguns são estudiosos, outros não;
alguns gostam de esportes, outros não; mas, para todos, há um padrão de
desenvolvimento que continua ocorrendo: “não sou criança”.
1. COMPORTAMENTO
• Período de negativismo, nada dá certo, esquisito, feio; tudo tem defeito, nada
está bom.
• Momento obscuro, ocorrendo a fuga dos pais, que de grandes heróis passam
a ser quadrados, ignorantes, não aceita nada que os pais falam.
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• As angústias, as incertezas, dúvidas e questionamentos levam o adolescente
a não aceitação dos valores vigentes e a não aceitação de si mesmo; quase
sempre se sente como vítima da incompreensão dos adultos e da sociedade.
É pré-disposto a adquirir vícios como: uso de fumo; álcool; drogas; prática
da masturbação; e o indiscriminado uso de sexo, buscando sempre a auto-afirmação.
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
• Estão em acelerado crescimento, acompanhado de tremendo apetite (idade
da lagarta), havendo uma tendência para o desalinho e a falta de jeito, os órgãos sexuais se desenvolvem ocasionados por rápidas mudanças biológicas.
• Nas meninas - bico dos seios, marcados por coceira e muita sensibilidade à
dor, o surgimento de pêlos nas axilas e zona pubiana, segue o ritmo rápido de
mudanças, preparando o organismo para a primeira menstruação. • Excesso de gordura ou magreza excessiva.
• Nos meninos – crescimento disforme, ombros largos, pés e mãos exagerados em relação ao crescimento do tronco, mudança da voz se torna notória,
ora grossa, ora fina, acompnhada de desafino ao cantar, seu corpo começa
a sofrer mudanças, pêlos, intumescimento dos seios, preocupação com o
pênis.
Recomendam-se as seguintes atividades:
a) Atividades esportivas individuais e em equipe, observando as características
dos meninos e meninas para esportes distintos; competições para sexos em
separado.
b) Jogos de coordenação motora - sentidos.
c) Grupos mistos com atividades em separado, sempre que necessário.
d) Prática de regras de saúde e higiene;
e) Primeiros socorros;
f) Formação de hábitos na alimentação.
3. CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
• Formação de turmas - lealdade ao grupo, busca da aprovação do grupo.
• Procura mais liberdade individual, quer passear e sair com a turma, por
isso é importante o Sistema de Unidades.
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• Anseio de ganhar dinheiro e fugir da escola, importância da “mesada”.
• É comum o surgimento dos primeiros namoros.
• Começa uma preocupação com a aparência física.
• Ocorre freqüente mudança de opinião, não sabe o que quer e não se pode
confiar plenamente.
• Gosta de música barulhenta, passeios, excursões, tem desejos competitivos.
•Excentricidades.
a) Fortes gostos e aversões na alimentação.
b) Predileção pelo atletismo.
c) Senso humanitário, humorístico, as meninas riem sem motivo e colocam a
mão à boca.
4. CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS
• Os interesses pelas coisas espirituais decrescem e suas atitudes são influenciadas pelo grupo.
• Geralmente aos treze anos toma-se a decisão pelo batismo.
• O Conselheiro deve realçar e manter a importância de permanecer sempre
diante dos jovens e juvenis o seu destino missionário, e que a participação
não é para o futuro e sim para hoje, na conclusão da obra do evangelho.
• Há menos tendências para o grupo dessa idade em demonstrar seus sentimentos sobre questões espirituais.
• Há conflitos com a consciência, sobre o que é correto ou incorreto.
• É hora de implantar os princípios.
Recomendam-se atividades:
- Que demonstrem aceitação por compreensão e respeito mútuo - regras coletivas, seminários e discussões sobre cortesia e ética.
- Estudos de personagens bíblicos, temas de moral e virtudes.
- Princípios cristãos sobre sexualidade devem ser discutidos.
- Devem ser atividades reflexivas de formação do pensamento: atividades que
levem as novas descobertas no mundo a sua volta, comunidade, cidade e país;
provocar, observar, descobrir, conversar sobre o que viu, criticar, propor, etc.
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- Busque na lista de Especialidades uma atividade extraclasse que ajudem nesta etapa da vida.
D. ADOLESCÊNCIA (14 - 16 ANOS)
• Produz menor mudança, mas o adolescente tem que se adaptar a sua nova
identidade como indivíduo num corpo adulto.
• Os impulsos sexuais continuam intensos e difíceis de serem controlados em
face das pressões do grupo e dos valores de uma sociedade.
• Considera o autocontrole como sendo importante.
• Existe um grande desejo de ser aceito, de identificar-se com a linguagem em
voga entre adolescentes, assim como heróis, maneiras de se vestir, formas
de diversões, hobby, etc.
• Instabilidade emocional - mudanças no corpo, preocupação com aparência:
altura, beleza, peso, cabelos, mãos, pernas, etc.
• Vive o período de questionamentos, afirmação, desejo de liberdade, preocupação com valores, gosto por reflexões, conversas, manifesta opiniões,
espírito crítico.
• Dificuldade de autocontrole, humor instável - gosta de viver em grupos, gosta
de contatos com a natureza.
1.COMPORTAMENTO
• Ego difuso, inseguro, o mundo se abre e não sabe onde se apegar; falta de
decisão e objetividade, não sabe o que fazer.
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• Crise de identidade; falta de coerência, procura esconder-se, ora em sonhos
e devaneios, ora em sorriso cínico e zombeteiro, tentando esconder a intranqüilidade ou desequilíbrio.
• Incoerência reinante em seu interior; sente-se perdido. Não se sente totalmente adulto, por isso procura tomar atitudes de adultos.
• Cria alguns mecanismos para dirigir a sua vida, idéias ecológicas, idéias de
justiça social.
• Erótico, por isso precisa de bons modelos.
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
• Glândulas sexuais – A adolescência é um momento de alterações significativas, incluindo o crescimento físico e a transição psicossocial, que geralmente
abarca a segunda década de vida. Provoca crises psicológicas acentuadas
devido ao funcionamento das glândulas sexuais.
• É preciso ser amigo de confiança do adolescente, abrindo o jogo sobre doenças venéreas, AIDS, riscos do aborto e outros temas ligados à preservação e
à dignidade da vida humana.
• Neste período, sente o desejo grande de ser amado. Deve-se dar orientação
e preparo para o relacionamento de amizade e de namoro.
• Nesta etapa o adolescente não tem aquela disposição de antes para as atividades físicas da pré-adolescência. Por isso, devem-se mudar um pouco as
atividades, como jogos coletivos e individuais.
Recomendam-se atividades:
- Diversificadas e de pouco tempo.
- Promover a convivência com o sexo oposto através de atividades para os
interesses de ambos os sexos.
- Festas comemorativas, jogos, hora social, aniversários, etc.
- É bom promover orientação e educação sexual, corpo e higiene através de
palestras e debates, jogos, filmes, leitura.
- Promover atividades esportivas para o desenvolvimento físico: jogos, esportes individuais, coletivos e coletivos mistos.
3. CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
• Os grupos de companheiros tornam-se mistos ao invés de grupos do mesmo
sexo, aparecendo também os casais.
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•A maturação precoce contribui para aumentar a popularidade entre os companheiros devido ao espírito crítico, existem discussões e reuniões de grupos
fechados, discussões de temas polêmicos, especialmente ligados aos fatores sociais.
• Leituras e filmes preferidos: aventuras, violência, e grandes descobertas,
bem como a vida de grandes personagens da história ou ciência.
• Começa a pensar em profissão.
• Sua participação é um tanto discreta, porque se acha “o bom”.
• O voluntariado deve ser motivado.
• Recomenda-se intensificar atividades, excursões, acampamentos, passeios,
boas ações.
4. CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS
• Não se preocupa tanto com o estudo da Bíblia, nem o trazer a Bíblia à igreja.
• Gosta apenas de assistir debates relacionados a assuntos polêmicos.
• Sua participação na igreja é discreta, apático, pensa que não precisa de ajuda, pois já está maduro.
• Deve ser tratado como um membro jovem da igreja, sem ser ridicularizado
perante os demais.
• Gosta de aparecer e ser reconhecido em alguma coisa que faz para Deus.
• Recomendam-se atividades para: vivência da fé; atividades que promovam o
desenvolvimento da comunicação e expressão: teatro, leitura, música, canto,
concursos; projetos religiosos comunitários de curto prazo; projetos ecológicos; e reuniões dinâmicas de interesse espiritual de grupos pequenos.
3. DISCIPLINA DA UNIDADE
Ao discutirmos um pouco sobre a disciplina devemos deixar de lado todos os
preconceitos relacionados com este assunto e pensar em disciplina como uma coisa
própria de cada um, sendo uma questão de autodisciplina; que parte de dentro para
fora, usando um método de Cristo que primeiro tocava o coração, e esse toque se
tornava a diferença no comportamento exterior.
“O objetivo da disciplina é ensinar a criança o governo de si mesma.” Educação
pág. 287.
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“As regras demasiadas são tão ruins como a deficiência delas. O esforço para se
quebrar a vontade de uma criança é um erro terrível.” Educação pág. 288.
“Enquanto sob a autoridade, as crianças podem assemelhar-se a soldados bem
disciplinados; falhando, porém, esse governo, notar-se-á a falta de força e firmeza no
caráter, não tendo nunca aprendido a governar-se.” Educação pág. 288.
Existem dois tipos de disciplina:
Externa: Geralmente é a disciplina colocada por uma hierarquia organizacional, onde tem que ter uma pessoa visível, fiscalizando constantemente a conduta das pessoas. Um conjunto de regras por onde ela possa seguir. Como
exemplo bíblico, pode-se citar os fariseus.
“A contínua censura confunde, mas não reforma.”
“Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta especial, vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou alguma coisa contra que seria
em vão esforçar-se. Assim se cria o desânimo e falta de esperança, muitas vezes
ocultos sob a aparência de indiferença ou bravata”. Educação pág. 291.
Interna: É a conscientização pessoal dos limites e instruções de benefícios
à vida. Não importa quem está olhando, mas saber que um está observando
tudo, Cristo. A pessoa está envolvida com o relacionamento individual com
Cristo. “Eu faço porque isto é melhor para mim. Porque sou o melhor juvenil
do mundo”. Quando se possui autodisciplina não importa o que os outros façam, o que eu estou fazendo e por que estou a fazer. Isto é levar o juvenil a ver
a sua falta e em detrimento das regras por ele estabelecidas particularmente.
“Esta é a obra mais delicada e mais difícil que se tem confiado os seres humanos. Exige o mais delicado tato, a maior susceptibilidade, conhecimento da natureza
humana e, uma fé e paciência oriunda do céu... Os que desejam governar a outrem
devem primeiramente governar-se a si mesmos.” Educação pág. 292.
NA PRÁTICA
Há várias maneiras de conseguir esta autodisciplina simplesmente estabelecendo
princípios de conduta. Por exemplo:
• Situação 1 – Toda Unidade em sentido. O Conselheiro dita todas as regras, os
regulamentos e castigos. Todos entendem, mas poucos acreditam.
• Situação 2 – Toda Unidade reunida. O Conselheiro diz que eles são os melhores juvenis do mundo e para ser a melhor Unidade do mundo são necessárias
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regras boas. Quais seriam as sugestões de vocês? “- Chegar pontualmente
às reuniões”, dizem eles. O Conselheiro pode motivar dando grupos necessários de regras: presença, desafios, programação, requisitos etc. Para cada
grupo eles ditam suas regras. Quais seriam os castigos para aqueles que
quebrarem a lei? Quem vai quebrar as regras se tudo isso vem deles mesmos? Foram eles que estabeleceram, e quando sucedem assim eles colocam
as leis mais difíceis possíveis.
• No primeiro caso, se eles não aceitam o castigo, que opções temos?
• No segundo caso, eles não vão quebrar as leis, porque o problema não é do
Conselheiro verificar o castigo, todos já sabem qual o castigo, todos estão
em conformidade; alguns amigos poderão procurar alguma saída para o colega; a culpa não foi dele, que amigos instigaram, e eles começaram a ver o
resultado de quebrar as suas próprias leis e que eles mesmos refletem uma
própria condição de comportamento. Aí temos a melhor Unidade do mundo,
onde o caráter, o fortalecimento da vontade foi exercido.
“Regras não foram feitas para serem quebradas.”
Alguns níveis para obter êxito com a disciplina:
• Sistema de Pontuação: Sem raiva, chama o garoto, mostra a ele que o seu
comportamento não está de acordo com o que se espera de um Desbravador,
mas pode melhorar da próxima vez. Vou tirar 5 pontos.
• Retirar privilégios: Dentro da programação da Unidade diz-se para o Desbravador que a Unidade está saindo para uma atividade e que ele não pode ir
porque há algum tempo esteve lhe pedindo melhoras no comportamento e
até agora ele não está mostrando interesse nisso.
• Tirar algum cargo: Não serve para todos. “Toda reunião você está mal, terá
que me devolver àquela insígnia e tentar recuperar depois”. O Conselheiro
tem que dar o cargo à outra pessoa que consiga realizar as atividades requeridas.
• Comunicar aos pais: “Na próxima semana, a Unidade irá fazer uma caminhada até a cachoeira; mas, por gentileza, queridos pais, queremos que o “João”
fique em casa neste dia e não nos acompanhe”. Explicar o motivo da disciplina de forma positiva para o bem do filho deles. Disciplinar é melhor que
castigar. Também poderá dizer ao Desbravador: “Você ainda não é o melhor
juvenil do mundo, vai ter que esperar que seu comportamento melhore, vai
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ter que ficar em casa”. Neste caso começa a doer, e o pai vai ficar curioso para
saber o que está acontecendo, e vai procurar o líder, Conselheiro, e saber do
comportamento de seu filho.
• Pedir a retirada da Unidade: Mais sério neste caso. Depois da reunião com a
Diretoria do Clube João vai embora, simplesmente. Deve-se conversar com
o Desbravador sozinho, e mostrar que está se fechando a oportunidade de
seguir no Clube, e fazê-lo entender isto. Neste momento, mostre sua ficha
individual, o seu progresso, seus problemas... Depois vá até a casa de seus
pais falar que ele não tem interesse nenhum em ser um Desbravador. “Acho
que seria melhor que ficasse 3 meses em casa e depois se desejar voltar será
recebido. Se ele mudar o comportamento, o Clube pode reconsiderar seu
retorno”. Não estamos fechando a porta, mas a decisão é do menino e dos
pais.
Quando quebram as regras:
1) Faça com as crianças uma análise da situação e mostre que seu objetivo é
ajudá-la.
2) Peça orientação a Deus e converse separadamente, se preciso converse novamente.
3) Confirme o fato antes de falar com a criança.
4) Não deixe para resolver depois.
5) Nunca ridicularize a criança, seja criativo ao corrigi-la.
6) Seja imparcial.
7) Chame a atenção da criança para ela mudar de atitude.
8) Privar do que eles mais gostam.
9) Critique o ato, não a criança, peça a avaliação da criança.
10) Não perca o autocontrole.
11) Não toque na criança, a não ser para dar os parabéns, elogiar, abraçar.
12) Ore para receber a sabedoria necessária para lidar com a situação apresentada e para você conquistar o seu domínio próprio.
13)Você vai observar durante a sua gestão que quando a Unidade está toda
ocupada fazendo alguma coisa interessante (não parado apenas ouvindo) a
disciplina é automática.
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CAPÍTULO 11
UNIFORMES
O Conselheiro da Unidade deve disciplinar o uso do
uniforme e estabelecer uma tradição de uniformidade e
de correção no uso do uniforme, sobretudo com o próprio exemplo e constante vigilância. O efeito que produz
um uniforme mal vestido é desastroso, já que dá motivo
para pensar que quem se veste assim é desorganizado e
indisciplinado.
A recomendação diz: “A boa apresentação do uniforme e a perfeição nos detalhes tem muito valor quanto
ao desenvolvimento do amor próprio, e significa muito mais quanto à reputação da
Unidade e do Clube entre aquelas pessoas que julgam somente pelo que vêem”.
Não permita que seus Desbravadores vistam uniformes sujos, rasgados ou com
má aparência, porque o verdadeiro Desbravador é limpo e cuida do uniforme. O
Conselheiro deve prezar pela boa apresentação dos Desbravadores de sua Unidade.
Para isso deve ter o Regulamento de Uniforme e marcar pontos que dizem respeito
ao bom desempenho da Unidade.
Composição do Uniforme Oficial:
- Camisa Bege para os Desbravadores, e cor Branca para a Diretoria, com
todos os emblemas e insígnias (nome do Clube, nome do Desbravador, emblemas de Classes, triângulo, globinho, divisas de Classes, tiras de cargo,
distintivos de Classes, brasão do Campo);
- Saia Verde Petróleo para as moças (com prega na frente);
- Calça Verde Petróleo para os rapazes (estilo militar);
- Cinto com fivela e emblema dos Desbravadores;
- Boné Verde Petróleo com triângulo;
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- Lenço com canudo e emblema dos Desbravadores;
- Sapato preto (de preferência de amarrar);
- Meia preta para os rapazes;
- Meia fina bege ou soquete branca para as meninas, se o clube padronizar.
Para a Diretoria feminina, apenas meia fina bege;
- Faixa de Especialidades;
- Cordão e Apito (nas cores verde e/ou amarelo) somente para Diretoria e
Instrutor de Ordem Unida.
Constitui obrigação de todo membro do Clube zelar pelo uniforme e sua correta
apresentação em público. Somente poderão ser usados uniformes atualizados e que
estejam completos e em conformidade com o Regulamento.
Os uniformes descritos no Regulamento constituem privilégio exclusivo dos Jovens Adventistas, Desbravadores, Aventureiros e Líderes em atividade. São privativos.
Não é permitido alterar as características dos uniformes, nem sobrepor-lhes
peça, artigo, insígnia, ou distintivos de qualquer natureza, particularmente os que
caracterizem origem militar, turístico e/ou desportivo, estranhos ao Regulamento.
Os membros do Clube, especialmente quando uniformizados, devem portar-se
dignamente, dando um exemplo à altura dos princípios simbolizados no uniforme.
O uniforme será usado nas seguintes ocasiões:
• Nos desfiles e investiduras;
• Nas campanhas evangelísticas e comunitárias;
• Quando solicitado pela Diretoria;
• Em outras atividades oficiais.
Ocasiões em que o uniforme não poderá ser usado:
• Antes de unir-se ao Clube através da cerimônia de admissão;
• Quando empenhado em vendas para obter lucros pessoais de natureza comercial ou outros propósitos alheios aos interesses do Clube;
• Em qualquer campanha que não seja comunitária;
• Em qualquer tempo ou lugar em que seu uso produza um reflexo negativo
e rebaixe a sua dignidade;
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• Quando estiver incompleto;
• Em passeios particulares fora do interesse ou recomendação do Clube.
Nenhum acampamento ou excursão deverá ser levado a efeito sem que o Clube
esteja identificado visualmente.
Os nomes Desbravadores e Aventureiros, e as insígnias, emblemas e distintivos
são de propriedade exclusiva da Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia (DSA).
A criação de materiais, para fins comerciais, usando emblemas dos Desbravadores, Aventureiros e Jovens poderá ser realizada somente com a autorização da
DSA. Nenhum material (camisetas, manuais, mochilas, etc.) poderá ser criado por
Clubes, fabricantes ou Campos, com os emblemas oficiais (D1, D2, A1, L1, L2, L3).
As exceções serão regulamentadas pela DAS. Criações especiais, usando emblemas
do Ministério Jovem, autorizadas pela DSA, só poderão ser reproduzidas mediante
sua autorização ou do fabricante originalmente autorizado.
Deverão ser rigorosamente obedecidas as regras quanto a estética, medidas e
distâncias entre emblemas, insígnias, tiras e distintivos, constantes do Regulamento.
Faixa de Especialidades
Cada Desbravador ou Líder poderá usar apenas uma faixa. Será usada somente
em desfiles, cerimônias, eventos especiais e solenidades, por aqueles que tenham
pelo menos uma insígnia de Especialidade. Serão colocados na faixa:
- Insígnias das Especialidades alcançadas, agrupadas conforme a cor de fundo, encabeçadas pela insígnia de Mestrado (conforme a orientação do Manual de Especialidades).
- Distinções honrosas outorgadas oficialmente ao Desbravador.
- Distintivos de Classes Regulares e de Liderança.
- Trunfo oficial de participação em Camporis e Congressos da DSA, União,
Campo
Local ou Camporis Regionais, usados na parte posterior. Trunfos comemorativos
do Clube deverão ser aprovados pelo Campo local e, somente em casos excepcionais.
- Distintivos das Classes de Aventureiros, concluídas e investidas na idade correspondente.
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- Distintivo da bandeira do país, em padrão oficial.
- Distintivo de função na Unidade, na altura do bolso.
- Tira com nome do Desbravador, na altura do bolso.
Lenço
Amarelo com Emblema D4 bordado ou serigrafado em azul. Deverá ser usado com uniforme oficial e de atividades. Quando necessário também poderá ser usado com outra roupa,
desde que a mesma combine com os princípios dos Desbravadores e que a pessoa que o usa
esteja envolvida em atividades do Clube. É a identificação mundial dos Desbravadores, por
isso, somente o lenço oficial pode ser usado.
Prendedor de lenço
Será permitido às Unidades desenvolverem seus próprios prendedores para uso com o
uniforme de atividades do Clube.
Sapatos
Pretos, baixos ou tênis pretos sem detalhes coloridos.
Meias
Para os rapazes meias pretas. Para as moças até 15 anos, meia fina, cor da pele ou meia
soquete branca sem detalhes, desde que todo o Clube tenha o mesmo padrão. Após os 16
anos, somente meia fina cor da pele.
Uniformes de atividades
O uniforme de atividades é opcional. Sobre o uniforme de atividades deverá ser usado
o lenço oficial. O Clube não poderá criar um lenço paralelo. Será definido conforme critério
do Clube, aprovado pelo Campo local e submetido à Comissão da Igreja. O Clube só poderá
confeccionar seu Uniforme de Atividades, após possuir os anteriores mencionados no Regulamento. Em razão de Lei Federal, não é permitido o uso de tecidos com padronagem camuflada
de uso exclusivo do exército.
Sua composição básica será:
1)Camiseta: Com identificação do Clube, do Campo e o emblema D3.
2) Calça ou Bermuda: De acordo com o critério da Igreja local.
3) Calçado: Tênis.
4) Cobertura: Na cor e modelo definido pelo Clube, com o emblema D3.
Nesta cobertura poderão ser usados pins ou bottons.
Maiores informações sobre os uniformes, confecção, modelos, cores, insígnias e elementos opcionais, deve ser consultado o Regulamento de Uniforme de Desbravadores da DSA.
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CAPÍTULO 12
DIFERENÇA ENTRE DIVERSÃO E RECREAÇÃO
Um Conselheiro de Desbravadores deve saber
com clareza a diferença entre diversão e recreação.
Recreação saudável constitui um aspecto vital
do desenvolvimento dos Desbravadores, e muitos
benefícios podem ser alcançados se o Clube oferecer recreação adequada e instrutiva para eles. O principal objetivo sempre deve
ser prover alguma troca significativa e saudável de atividade, a qual seja capaz de
conduzir a companheirismo, envolvimento salutar e estímulo intelectual.
“A recreação, na verdadeira acepção do termo: recriação, tende a fortalecer e
construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério
trabalho da vida” (Mensagens aos Jovens, p. 362).
A diversão, por outro lado, é procurada como fonte exclusiva e egoísta de prazer,
e muitas vezes é levada ao excesso; absorve as energias que seriam necessárias ao
trabalho útil, e assim representa um obstáculo ao verdadeiro sucesso na vida
“É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito de empregar as energias físicas e
mentais para glória de Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 364).
“Não se podem fazer os moços tão quietos como as pessoas de idade, nem a
criança tão séria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser. Provejam os pais, os mestres ou pessoas delas encarregadas,
no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a
moral. Não cinjais os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a
sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 355).
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Testes de Genuína Recreação:
- Será que você é capaz de pedir a benção de Deus sobre a recreação que vai
praticar?
- Ela lhe aproxima de Deus ou rouba o desejo de orar?
- Promove integridade e autocontrole?
- Facilita a resistência à tentação?
- Que influência ela terá sobre a saúde física e mental?
- Prepara melhor para os deveres diários?
- Têm a tendência de refinar, purificar, nos tornar virtuosos, ou contribui para o
orgulho no vestuário, com a frivolidade ou vulgaridade?
- Vale a pena gastar o tempo que ela requer?
- Desenvolve a cortesia, a generosidade e mais respeito pelos outros, ou fere o
auto-respeito das pessoas?
- Estimula a bondade, ou conduz ao uso de força e brutalidade?
Diversões Desaconselhadas a um Desbravador e Jovem Cristão:
- Jogos nos quais acaba sendo envolvido dinheiro.
- Jogos de cartas e outros jogos de azar.
- Freqüência ao teatro e ópera.
-Danças.
- Eventos esportivos e competições comercializadas.
- Televisão e vídeo com apresentações teatrais ou produções que não estejam
de acordo com os padrões cristãos.
Lembre-se que a batalha atual é exercida em relação à mente e quem conseguir controlá-la, também vai controlar toda a pessoa. Somos transformados pela
contemplação. Muitas vezes isso ocorre de modo inconsciente e imperceptível, até
que a pessoa passa a aceitar aquilo que uma vez rejeitava. A televisão modificou a
forma de pensar das pessoas, e a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem sido de forma
especial afetada por ela. Temos de “cingir os lombos de entendimento”, conforme o
Apóstolo Paulo admoestou.
Enquanto perde o seu precioso tempo em brincadeiras e farras inúteis (diversão),
só temos a ganhar quando resolvemos investir melhor nosso tempo em recreações
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úteis que nos levam a crescer, a atingir objetivos e metas altruístas.
As atividades esportivas num ambiente de igreja e mesmo dentro do Clube de
Desbravadores, tendem a tomar proporções indesejável quando a liderança não
sabe estimulá-la corretamente. Aplicando um alto grau de competitividade e uma
busca frenética e desesperada pelo primeiro lugar e sempre estimulando nos Desbravadores a idéia de que o mundo sempre é dos melhores, só conseguiremos formar uma geração de meninos e meninas frustrados por estarem sempre perdendo e
alguns eternos orgulhosos por estarem sempre ganhando.
É fundamental que os Conselheiros entendam que o Desbravador vem ao Clube
com um objetivo primário, que é a participação. Participar é o segredo. O Desbravador que sai de casa vem ao Clube para participar e não ficar olhando os “melhores”
sempre jogar. Ser um eterno excluído não é a vocação de Desbravador nenhum.
Uma dica importante sobre esportes é a seguinte: Sempre dite as regras antes de
começar as atividades esportivas. Não estou falando de regras de vôlei ou futebol.
Essas eles já sabem de trás para frente. Estou falando de regras disciplinares. No
Clube o simples pronunciar de um palavrão, mesmo que por descuido, deve excluir
o Desbravador do jogo e isso é falado a todos antes do jogo, portanto os Desbravadores não podem alegar que não sabiam as regras. Uma postura firme intimida os
candidatos a engraçadinhos e serve de alerta aos espertos.
Muitos Conselheiros sabem o que fazer com relação a jogos e recreação quando
se trata de domingos e dias de semana, porém quando a atividade é no sábado eles
se perdem por completo. Para facilitar a vida dos Conselheiros o melhor é investir
em jogos bíblicos, tais como: quartetos (da CPB) e jogos diferentes como o Jogo da
Velha Bíblico e o Êxodus.
Para enriquecimento dos Conselheiros, selecionamos algumas brincadeiras que
podem ser realizados em um sábado à tarde:
a. Brincadeiras Sabáticas
1) Formando a equipes para os jogos: brincadeira bíblica com objetivo de escolher o nome de cada equipe. Consiste em pedir que todos fiquem em pé,
Bíblias no alto, em uma das mãos e ao apito cada equipe deve escolher o
nome entre os muitos animais que estão escritos no livro de Jó.
2) Deixar vários saquinhos de plásticos com os dizeres do verso bíblico João
3:16, com as letras devidamente separadas uma a uma. Colocar em pontos estratégicos da sala, pedir para um de cada equipe encontrar e tão logo
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achem devem montar o quebra cabeça e dizer o que o verso significa para a
equipe.
3. CONCURSO MUSICAL - QUAL É A MÚSICA ?
Equipamentos - um aparelho de som / um piano / violão / ou flauta.
O músico toca 3 ou 4 notas da música e a equipe tem que descobrir qual é a
música e cantar uma parte dela.
Total de 15 a 20 músicas.
4) Gincana - com rodízio - participa 1 juvenil de cada equipe em cada bateria e
todos os membros da equipe brincam ao mesmo tempo - ganha a gincana a
equipe que fizer maior número de pontos devidamente contabilizados após as
entregas dos papéis para os professores.
5) Professor com perguntas da lição - 5 perguntas sobre a lição da semana respostas escritas.
6) Professor com caça palavras sobre os discípulos de Jesus - achar 3 nomes
ou 3 minutos por juvenil.
7) Professor com perguntas sobre o tema - 5 perguntas sobre o tema de sábado
de manhã - respostas escritas.
8) Professor com as seguintes palavras em mãos e a medida que ele falar as
palavras os juvenis levantam a mão e cantam a primeira estrofe de alguma
música de nossa igreja que tenha as palavras : amor, missionário, Deus, bom,
achei, maravilhoso, rio, voltará, instante, vida, herdeiro, reino, tarefa, lar, etc.
9) Concurso de velocidade bíblica - ganha o juvenil que achar a passagem mais
rapidamente: o juvenil que souber falar o salmo 23 decorado ganha os pontos
para a equipe - se errar dá a vez para outro.
10) Caminhadas com perguntas bíblicas (para todos ao mesmo tempo). Todos em
fileira e à medida que o professor fizer a pergunta quem souber dá um passo a
frente e diz a resposta. Se a resposta for correta ele e a sua equipe avançam,
se for errada todos dão um passo para trás.
11) Desafio máximo: todos terão 15 minutos para decorar os livros do Novo
Testamento - os que conseguirem ganham prêmios (balas) e entre os que
conseguiram decorar deverão ir para a final, falando todos os livros da bíblia
decorados.
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b. Outras Brincadeiras
ADIVINHAÇÕES
Perguntas A:
1) Quem é filho da minha mãe e do meu pai, e não é meu irmão?
2) Quantos ovos você pode comer em uma manhã para desjejuar?
3) Qual é a primeira letra do alfabeto?
4) Qual é o animal que come com o rabo?
5) Uma vez eu vi um gato com um olho só. (Por quê?)
Respostas:
1)Eu.
2) Apenas 1.
3)A
4) Todos. Porque não podem tirar o rabo para comer.
5) Porque tapei o outro
Perguntas B
O que o fósforo falou para o cigarro? Resposta: Por sua causa, perdi a cabeça.
Qual é o fim da picada? Resposta: Quando o mosquito vai embora...
O que o pára-quedas disse para o pára-quedista? Resposta: To contigo e NÃO
ABRO...
Qual a cor mais barulhenta? Resposta: A corneta...
O que a minhoca falou pro minhoco? Resposta: Você minhoquece!
O que o tijolo falou pro outro? Resposta: Há um ciumento entre nós.
Qual é o bicho que anda com as patas? Resposta: O pato.
O QUE É O QUE É?
1) Tico-tirico-tico. Não tem perna, não tem bico. Depois tico-tirico-tico já tem
pernas, já tem bico.
2) Uma casinha branca, sem porta, nem tranca.
3) À meia hora se levanta o francês. Conta as horas, não conta o mês. Traz
esporas, não é cavaleiro. Tem serra não é carpinteiro. Tem picão,
não é pedreiro. Cava a terra, não ganha dinheiro.
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4) Sou filho de corso raso. Corro pouco, logo paro. Da terra faço amparo.
5) Quem vai pra lá, está com a barriga pra cá. Quando vem pra cá, está com a
barriga pra lá.
6) O que é que é meu e os outros é que tratam?
7) Entre tábuas e tabuletas, existe uma dama fechada, faça sol ou chuva, ela
está sempre molhada?
8) A primeira, Deus dá, a segunda, tem que comprar.
9) O que é que nasce esforçado e morre degolado?
10) Qual a mãe que antes de ser mãe, os filhos já tinham nascido?
11) Qual é o pai que nunca teve filhos?
12) Qual é a coisa que morre de pé?
13) Qual é a luz que nunca se apaga?
14) Qual é o carteiro que leva carta para a sua própria casa?
15) Qual a casa que temos e não podemos morar nela?
16) Qual é o animal que depois de morto muda de sexo
17) Qual é a coisa mais veloz do mundo?
18) Quais as pessoas que pregam sem ferramentas?
RESPOSTAS:
Respostas:
01. O ovo e o pinto
02. O ovo
03. Galo
04. Tatuíra
05. Pernas
06. Nome
07. Língua
08. Dentição
09. Cacho de banana
10. Bananeira
11. O que só teve filhas 12. A vela
13. O sol
14. O pombo-correio
15. A casa do botão
16. O boi (carne de vaca)
17. O pensamento
18. O padre e o pastor
HISTÓRIAS
1. JOÃO 3:16 - É SHOW!
Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma
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esquina, por onde passavam várias pessoas, um garotinho vendia balas a fim de
conseguir alguns trocados.
Mas o frio estava intenso e as pessoas já não paravam mais quando ele as chamava. Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ele sentou na escada em frente a
uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.
Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.
- Está perdido, filho?
O garoto meneou a cabeça e disse.
- Só estou pensando onde vou passar a noite e... normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível... O senhor
sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?
O policial mirou-o por uns instantes e coçou cabeça, pensativo.
- Se você descer por esta rua, - disse ele apontando o polegar na direção de
uma rua à esquerda - lá embaixo vai encontrar um casarão branco; chegando
lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga “João 3: 16”.
Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou de frente ao casarão
branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher
idosa, de feição bondosa.
-João 3:16. - disse ele, sem entender direito.
- Entre, meu filho. - A voz era meiga e agradável.
Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira
de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha aceso.
- Sente-se, filho, e espere um instantinho, tá?
O garoto se sentou e, enquanto observava a velha e bondosa mulher se afastar,
pensou consigo mesmo: “João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei
que aquece a um garoto com frio”.
Pouco tempo depois a mulher voltou.
- Você está com fome? - perguntou ela.
- Estou um pouquinho, sim... há dois dias não como nada e meu estômago já
começa a roncar...
A mulher então o levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comi-
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da. Rapidamente o garoto sentou-se à mesa e começou a comer; comeu de tudo, até
não agüentar mais. Então ele pensou consigo mesmo: “João 3:16... Eu não entendo
o que isso significa, mas sei que mata a fome de um garoto faminto”.
Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um
quartinho com uma banheira cheia de água quente. O garoto só esperou que a mulher se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo banho, como há
muito tempo não fazia.
Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: “João 3:16”...
Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo um garoto que há muito
tempo estava sujo.
Cerca de meia hora depois a velha e bondosa mulher voltou e levou o garoto até
um quarto onde havia uma cama de madeira, antiga, mas grande e confortável. Ela
o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu.
Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado
do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: “João
3:16”... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá repouso a um garoto
cansado”.
No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o
convidou para o café da manhã. Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até
a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira
e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se
numa outra cadeira, próximo ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira
doce e amigável.
- Você entende João 3:16, filho?
- Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à
noite... um policial que falou...
Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3:16, começou a explicar
sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o garoto entregou o
coração e a vida a Jesus. E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e
rolavam face abaixo, ele pensou consigo mesmo: “João 3:16”... ainda não entendo
muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se
sentir realmente seguro”.
Eu não entendo esse imenso amor que Jesus teve por nós, a ponto de ser cruciConselheiro de Desbravadores - Ministério dos Desbravadores
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ficado na cruz. Eu não entendo muito bem, mas estou certo que isso faz a vida valer
a pena!!! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho para que
todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)”.
2. A MOÇA E A BOLACHA
Uma moça estava à espera de seu vôo na sala de embarque de um grande aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu vôo, resolveu comprar
um livro para matar o tempo. Comprou também um pacote de bolachas. Sentou-se
numa poltrona na sala VIP do aeroporto, para descansar e ler em paz. Ao seu lado
sentou-se um homem. Quando ela pegou a primeira bolacha o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: “Mas que
cara de pau”! Se estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que nunca
mais esquecesse!”
A cada bolacha que ela pegava o homem também pegava uma. Aquilo a deixava
tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha,
ela pensou: “O que será que este abusado vai fazer agora?” Então, o homem dividiu
a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela.
Ah, aquilo era demais! Ela estava bufando de raiva! Então pegou o seu livro e
suas coisas e dirigiu-se ao local de embarque. Quando se sentou, confortavelmente,
numa poltrona já no interior do avião, olhou dentro de sua bolsa para pegar uma bala
e, pra sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá, ainda intacto, fechadinho!
Ela sentiu tanta vergonha!... Só então percebeu que a errada era ela, sempre
tão distraída! Havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas dentro da
bolsa. O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso
ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo
as dela com ele.
Não havia mais tempo para se explicar, nem para pedir desculpas.
Reflexão: Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as
bolachas dos outros e não temos consciência disto! Antes de concluir, observemos
melhor! Talvez, as coisas não sejam exatamente como pensamos!
Há quatro coisas na vida que não se recuperam:
- a pedra, depois de atirada;
- a palavra, depois de proferida;
- a ocasião, depois de perdida;
- e o tempo, depois de passado.
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3. OS CINCO MACACOS
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para
pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no
chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o
pegavam e enchiam de pancadas. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia
mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo macaco foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o
mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar
as bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse
subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, mas as coisas sempre foram
assim por aqui”.
MORAL DA HISTÓRIA: Assim é na vida. Muitas vezes fazemos alguma coisa errada por achar que isso é normal, ou porque outras pessoas também o fazem. Mas
nem sempre paramos para refletir sobre as conseqüências daquilo que fazemos.
C. DINÂMICAS
1. FORÇA DA UNIÃO
Formar um círculo entre os participantes e dar um rolo de barbante (grosso)
para um deles. Pedir para que jogue o rolo para qualquer outro dos participantes,
segurando a ponta do barbante. O que recebeu o rolo, segura o barbante, ficando
ligado ao antecessor, e joga o rolo para outro participante e assim por diante, até
que o último participante esteja interligado. Quando o participante for jogar o rolo de
barbante, terá que pronunciar seu nome (alto e claro) para que os outros o conheça.
Neste momento, o coordenador coloca a importância de estarmos todos unidos
durante o curso, palestra, evento, etc., e que por algum motivo nos identificamos
com as pessoas para quem jogamos o rolo de barbante.
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Portanto a pessoa que jogou o rolo será o amigo conhecido (e não secreto)
da pessoa quem jogou o rolo, e procurará durante o período do evento conhecê-lo
melhor e ajudá-lo em todas necessidades. Esse por sua vez, cuidará de outro, e
assim sucessivamente todos cuidarão de uma pessoa e serão cuidados por outras
pessoas.
Esta dinâmica pode ser realizada no inicio do ano para ser válida durante todas
as atividades do capítulo durante aquele ano.
2. ESTÓRIA DO JOGO DOS ABRAÇOS
OBJETIVO: Promover a integração dos indivíduos no grupo. Promover a confraternização entre o grupo.
INSTRUÇÕES:
O Facilitador deve solicitar que todas as cadeiras sejam encostadas na parede, de
forma a desocupar o espaço da sala. O jogo também pode ser realizado em espaço
aberto, fora da sala de treinamento. Solicitar aos participantes que fiquem todos de
pé, próximos uns dos outros.
Deve ser dada as instruções:
Vou ler uma história para vocês. Durante a leitura vocês deverão andar descontraidamente pela sala e dramatizar a estória que estou lendo. Trabalhem no completo
improviso. Todas as vezes que eu disser um número, vocês formem subgrupos com
o número de pessoas igual àquele que eu enunciar. Esses subgrupos, logo após se
desfazem e todos os elementos voltam a caminhar descontraidamente até o próximo
número ser enunciado. Isso até o final da história.
O facilitador deve ler a história pausadamente e fora do grupo. No final, o próprio
texto sinaliza quando o facilitador deve começar a participar do grupo.
HISTÓRIA:
É domingo! O sol invade a cidade! Dia propício para um passeio junto à natureza.
Mas, aonde ir? Resolvemos ir ao Zoológico, onde estaríamos bem próximo à ela. O
primeiro local que visitamos foi a jaula dos leões. 3 leões estavam famintos e agitados, debatendo-se contra as grades.
Continuamos o passeio e chegamos ao lago, onde 5 rinocerontes banhavam-se
gostosamente. No lago maior, encontramos 7 patos, mais adiante 4 marrecos e a um
canto do lago 9 cisnes deslizavam nas águas limpas e claras. 3 crianças passaram
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por nós chorando, com medo dos berros de 5 elefantes, que estavam irrequietos
com o burburinho que os visitantes causavam.
De repente, todas as crianças choravam sem saber por que. Começou a trovejar e 4 relâmpagos se seguiram. Todos correram para o meio do zoológico para
se proteger da chuva (o Facilitador deve entrar agora no jogo). Todos ficaram bem
juntinhos, até que a chuva passasse. O céu ficou azul e o sol apareceu. Todos se
abraçaram e se despediram depois daquele gostoso passeio de domingo.
Ao final, o facilitador abre para comentários gerais.
Neste Jogo, não há propriamente uma discussão do conteúdo da história, mas
sobre a vivência em si, nesta medida o Facilitador pode jogar questões como:
a) Como cada um se sentiu no jogo?
b) A vivência foi boa, gostosa? Por quê?
3. BALÕES COLORIDOS
OBJETIVO: Propiciar um primeiro contato e entrosamento das pessoas que fazem parte do grupo com o qual irá se trabalhar.
INSTRUÇÕES: Distribua um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco (mais ou menos do tamanho de um cartão). Solicite que as pessoas escrevam
três características pessoais no papel, que acham que a partir delas o grupo possa
identificá-las. Em seguida todos deverão dobrar o papel e colocá-lo no balão. Cada
um deve encher seu balão e quando todos estiverem cheios, os participantes devem
jogar os balões um ao outro, aleatoriamente, durante cinco minutos. Após, o Instrutor deve dar o sinal de parada, a neste momento, cada um deve pegar uma “bexiga”
(a que estiver em sua frente) e estourar. Cada participante deve ler o papel que estava
no balão, procurar a pessoa que o escreveu e se apresentar a ela;
DISCUSSÃO:
Quais as dificuldades encontradas para localizar a outra pessoa?
Que tipo de características pessoais são mais fáceis de identificar?
CUIDADOS / DICAS:
Neste jogo o coordenador pode atuar como participante para ampliar este primeiro contato.
Caso alguém do grupo não consiga identificar a pessoa indicada no papel, as
demais pessoas do grupo deverão ajudá-la no momento da discussão da técnica.
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MATERIAL NECESSÁRIO:
Balões, pedaços de papel e canetas.
d. MÚSICAS
Musicas para acampamento, caminhadas, fogueiras e sociais
Frases musicadas repetidas em caminhada:
Conselheiro, Conselheiro (meninos repetem)
O Capitão quer falar (repetem)
A Unidade está pronta (repetem)
Todos querem acampar
Quem estar à frente,
Cuidado deve ter
Mamãe gosta de mim
E papai quer me rever.
Diretor, Diretor
As meninas não agüentam não!
Que fazer com as molengas
Que tem o coração na mão?
Diretor, Diretor
Somos charmosas, Somos valentes,
Os meninos que reclamam
Estão cansados e são doentes.
Ô, ô. Ô, ê
Ô, ô. Ô, ê.
Quem chegar por último
O almoço vai perder.
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SOMOS ACAMPANTES
Somos acampantes, acampantes
Que amam ao Senhor, pan-ram-pan-pan
Sim, acampantes, acampantes
Que amam ao Senhor.
Usamos a Bíblia todo dia e oração com alegria
Vamos parar, vamos negar? Nunca!
Com a certeza e a firmeza
Vamos sem temor, pan-ram-pan-pan
Sim, acampantes, acampantes
Que amam ao Senhor.
QUE AMAM AO SENHOR.... REI!
SOU ACAMPANTE
Sou acampante (sou acampante) de coração (de coração)
E acamparei (e acamparei) com emoção (emoção)
Todos: Sou acampante de coração
E acamparei com emoção
Ao monte irei, (ao monte irei) o escalarei (o escalarei)
É nós darei, ( e nós darei) com precisão (com precisão).
Ao monte irei, o escalarei É nós darei, com precisão
Ao lago irei, (ao lago irei) me banharei (me banharei)
E nadarei (e nadarei) como um salmão (como um salmão)
Todos: Ao lago irei, me banharei.
E nadarei como um salmão.
Eu orarei, (eu orarei), E louvarei ( e louvarei)
A Deus darei (a Deus darei) meu coração (meu coração)
Eu orarei,E louvarei A Deus darei meu coração.
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CAPÍTULO 13
ORDEM UNIDA
Este Guia do Conselheiro não pretende exaurir o assunto de
Ordem Unida. Abordaremos alguns pontos relevantes e genéricos deste assunto. Queremos incentivar para que os Conselheiros possam buscar mais informações sobre este tema.
1. OBJETIVO DA ORDEM UNIDA
a) Proporcionar aos Desbravadores e clubes os meios de se
apresentarem e a se deslocarem em perfeita ordem, em
todas as circunstâncias.
b) Primar pela disciplina.
c) Desenvolver o sentimento de coesão e os reflexos de obediência que são
fatores predominantes na formação do Desbravador.
d) Permitir que o Clube de Desbravadores apresente-se em público de forma
organizada e atrativa.
e) Promover uma atividade de recreação sadia e que contribua no desenvolvimento da coordenação motora.
f) Demonstrar que as atitudes devem subordinar-se a missão do conjunto e a
tarefa do grupo.
2. COMO COMANDAR
É exigido de quem comanda postura, pois, dela depende a execução de seus
comandos.
a) Sempre comandar na posição de sentido para impor mais respeito na Ordem
Unida.
b) Executar juntamente com o Clube os comandos para que os Desbravadores
possam ver no seu instrutor, alguém que conhece o que está falando.
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c) Quando a pé firme, comandar o clube sempre a frente ou ao lado, afim de que
os Desbravadores possam ver seu instrutor e escutá-lo com maior clareza.
d) Quando em deslocamento, acompanhar a 1/3 à retaguarda do grupo (Ex:
Havendo 10 fileiras o Instrutor ficará entre a 6ª ou 7ª fileira) para observar o
máximo do pessoal.
e) Dar com energia os comandos e sempre ser o exemplo, pois, o grupo é o
espelho do guia.
f) Quando for passar o comando para outro, fazer com que o grupo fique de
frente para o mesmo, para que o Desbravador saiba quem estará no comando
a partir da apresentação.
g) Explicar em minúcias, cada posição ou movimento, executando-o ao mesmo
tempo. Em seguida, determinar a execução dos movimentos sem ajudá-los,
somente tocando para corrigir aqueles que são incapazes de fazê-lo por si
mesmos;
h) Evitar conservar os Desbravadores por muito tempo em uma só posição ou
na execução de movimentos.
i) Fazer com que aprendam cada movimento antes de passar para o seguinte.
j) Imprimir gradualmente a devida precisão e uniformidade dos movimentos e
comandos.
k) À medida que a instrução avançar, agrupar os elementos segundo o grau
de adiantamento. Os que mostrarem pouca aptidão ou retardo na execução,
deverão ficar sob a direção dos melhores Instrutores.
l) Não ridicularizar ou tratar com aspereza os que se mostrarem deficientes ou
revelarem pouca habilidade. Não somos militares. Somos Desbravadores.
3. TERMINOLOGIA:
Segue abaixo algumas nomenclaturas básicas:
•Coluna: É a disposição de um Clube, cujos elementos estão atrás um do
outro, quais quer que sejam suas formações e distâncias.
• Coluna por um: É a formação de um Clube em que os elementos são colocados um atrás do outro, seguidamente e guardando entre si a distância regulamentar. Conforme número citado para as colunas, tem-se as formações:
Coluna por 2, Coluna por 3, etc.
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•Distância: É o espaço entre dois elementos, colocados um atrás do outro e
voltados para mesma frente. Entre duas Unidades a distância se mede em
metros e passos, contados do último elemento da Unidade da frente ao primeiro da imediata. O espaço compreendido entre duas pessoas na posição
de sentido é medida pelo braço estendido, pontas dos dedos tocandoo ombro
ou mochila do companheiro da frente.
•Intervalo: É o espaço entre dois elementos, colocados um ao lado do outro e
voltados para mesma frente. O intervalo compreendido entre duas pessoas na
posição de sentido é medida pelo braço estendido, pontas dos dedos tocando
o ombro do companheiro do lado.
•Intervalo Reduzido: É o espaço entre dois elementos, colocados um ao lado
do outro e voltados para mesma frente, medido pelo braço dobrado na cintura, cotovelo tocando a cintura do companheiro do lado.
•Fileira: É a formação em que os elementos estão colocados na mesma linha
um ao lado do outro, tendo a frente voltada para o mesmo ponto afastado.
•Linha: É a disposição de uma tropa cujos elementos estão dispostos um ao
lado do outro.
•Alinhamento: É a disposição de vários elementos ou Unidades, colocadas
um ao lado do outro sobre uma linha reta voltada para a mesma direção.
• Homem Base: É o elemento pelo qual um Clube regula sua marcha, cobertura
e alinhamento. Em coluna, o elemento base geralmente é a Testa da fila base
e quando não houver especificações a base será a direita.
•Formação: É a disposição regular dos elementos de um Clube em linha reta
ou colunas.
•Cauda: É o último Desbravador de uma coluna (é o menor Desbravador ou o
Conselheiro).
•Profundidade: É o espaço compreendido entre a testa e a cauda de qualquer
formação.
4. COMANDOS E MEIOS DE COMANDOS
Na ordem unida, para transmitir a vontade ao Clube, o Instrutor emprega os seguintes meios: VOZ, GESTOS, CORNETA e APITO. Vamos apresentar aqui apenas o
meio de comando por VOZ.
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Voz de Comando: É a maneira padronizada, pela qual o Conselheiro exprime a
sua vontade. Na Ordem Unida, a voz de comando consta geralmente de:
a) Voz de advertência: é um alerta que se dá a Unidade. Ex. Grupamento ou
Desbravadores;
b) Comando propriamente dito: tem por finalidade indicar o movimento a ser
realizado. Ex. Direita! o comando propriamente dito, a princípio deve ser longo;
c) Voz de execução: tem por finalidade determinar o exato momento em que
o movimento deve começar ou cessar, a voz de comando deve ser curta,
viva, enérgica e segura. Ex. Marche ou Volver (indica o início da execução do
movimento).
•A voz de comando deverá ser clara, enérgica e de intensidade proporcional
ao tamanho da Unidade.
•Uma voz de comando dada com indiferença só poderá ter como resultado
uma execução displicente.
•Para dar uma voz de comando, o Conselheiro deverá voltar a frente para a
Unidade.
a. COMANDOS:
Sentido: Voz de comando: “Sentido”. Deve o Desbravador unir os calcanhares
com firmeza, ficando cerca de 20cm de abertura, nas pontas dos pés, as mãos
colocadas a coxa procurando deixar o dedo médio sempre na costura da calça, os
braços nem muito esticados, nem muito encolhidos, em um meio termo onde o
Desbravador se sinta confortável, com os dedos unidos.
Sentido “com Bandeirim” – Nesta posição, o Bandeirim ficará na vertical, ao
lado do corpo e encostado à perna direita, a ponta contrária do tecido do Bandeirim
ficará no solo junto ao pé direito, pelo lado de fora. Os braços deverão estar ligeiramente curvos, de modo que os cotovelos fiquem na mesma altura. A mão direita
segurará o Bandeirim com o polegar por trás, os demais dedos unidos e distendidos
à frente. A mão esquerda e os calcanhares ficarão como na posição de “SENTIDO”.
Para tomar a posição de “SENTIDO” o Desbravador unirá os calcanhares com energia, ao mesmo tempo em que, afastando a mão esquerda, a colará à coxa, com uma
batida.
Descansar: Voz de comando: “Descansar”. O Desbravador sobre a planta do pé
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direito e ao mesmo tempo coloca as mãos para traz, a mão esquerda segura o punho
direito, na altura da cintura não deixando a posição dos braços relaxada, mas bem
firme para que o Desbravador não canse tanto. A perna esquerda deve se projetar
para a esquerda com energia. Importante: depois da execução não pode mexer-se.
Descansar “com Bandeirim” – Para tomar esta posição, o Desbravador deslocará o pé esquerdo cerca de 30 centímetros para a esquerda, ficando as pernas
distendidas. A mão direita segurará o Bandeirim fechando-a e mantendo o mastro
dentro dela, porém deve se inclinar a parte superior do Bandeirim para frente do
corpo e manter a base que está ao solo junto ao pé direito pelo lado de fora. A mão
esquerda ficará caída naturalmente, ao lado do corpo, com o seu dorso voltado para
frente.
Cobrir: Voz de comando: “Cobrir”. Parte sempre da posição de “Sentido”. Eleva-se o braço esquerdo para cobrir e alinhar, sem tocar o companheiro da frente, cuidando sempre o alinhamento pela direita. No cobrir se olha na nuca do companheiro
da frente para se ter uma melhor cobertura.
Firme: Voz de comando: “Firme”. Parte da posição de “cobrir” descendo o braço
e batendo a mão à coxa com energia. Não usar “sentido” na posição de “cobrir”,
mas somente “firme”.
A vontade: Voz de comando: “A vontade”. Esta voz de comando é dada a partir
da posição de descansar, na qual o Desbravador poderá, como diz o comando, ficar
a vontade. Porém, não é permitido que o mesmo saia de sua posição.
Esquerda/direita volver: Voz de comando: “Esquerda/direita volver”. Parte da
posição de sentido ao comando dado gira-se 90º ao lado comandado, se para direita deve-se erguer a ponta do pé direito e erguer o calcanhar esquerdo girando os dois
simultaneamente, se para esquerda deve se erguer a ponta do pé esquerdo e erguer
o calcanhar direito girando os dois simultaneamente.
Meia volta volver: Voz de comando: “Meia volta volver”. Mesmo procedimento
de o esquerda volver, mas gira 180º, erguendo a ponta do pé esquerdo e erguendo o
calcanhar direito girando os dois simultaneamente.
Última forma: Voz de comando: “Última forma”. Este comando é dado quando
o Instrutor decide alterar o comando ou se engana no comando a ser dado. (ex.: o
Instrutor gostaria de dar esquerda volver, mas deu direita volver, então ele fala ultima
forma e diz esquerda volver). Só poderá ser dado este comando se não for dado a
voz de execução.
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Sem cadência marche: é o passo executado na amplitude que convém ao desbravador, de acordo com a sua conformação física e com o terreno. No passo sem
cadência, o desbravador é obrigado a conservar a atitude correta, a distância e o
alinhamento.
Ordinário Marche: Rompendo ao comando de “ORDINÁRIO MARCHE!”, o Desbravador levará o pé esquerdo à frente, com a perna naturalmente distendida, batendo no solo toda a planta do pé, com energia, levará também à frente o braço direito,
até a altura do umbigo, com a mão espalmada (dedos unidos) e no prolongamento
do antebraço, simultaneamente, elevará o calcanhar direito, fazendo o peso do corpo
recair sobre o pé esquerdo e projetará para trás o braço esquerdo, distendido, mão
espalmada e no prolongamento do antebraço. Levará em seguida, o pé direito à frente, perna distendida naturalmente, batendo fortemente com a planta do pé no solo,
ao mesmo tempo em que inverterá a posição dos braços.
Alto: Voz de comando: “Alto”. Este comando é dado no pé esquerdo e em marcha
ou acelerado. Na marcha conta-se 3 passos começando a contar no pé direito e
parando na posição de sentido com o mesmo pé.
Marcar passo: Voz de comando: “Marcar passo”. Esta voz é dada geralmente
antes de começar a marcha para que o Clube acerte a cadência, podendo ser dado
enquanto está “marchando” ou ainda no comando de “acelerado” ou “correndo”.
No caso de marcha o Desbravador deve dar um alto mais seguir marchando no
mesmo lugar (bate-se as mãos a coxa quando se faz o alto). No caso do correndo
ou acelerado o Desbravador também faz como se fosse o alto ficando correndo no
mesmo lugar.
Saudação MARANATA: Amar, Anunciar, Apressar e Aguardar a volta de Cristo. Ao
comando de “MARANATA. O desbravador deverá responder vividamente ‘O SENHOR
LOGO VEM” se posicionar com os quatro dedos da mão direita esticados e o dedão
curvado na palma da mão voltada para frente, O ante-braço se desloca lateralmente
em relação ao corpo, ficando perfeitamente paralelo a ele. A mão fica à altura do rosto,
o ângulo entre o braço e o ante-braço é igual a 45º, os calcanhares unidos, pontas
dos pés voltadas para fora, de modo que formem um ângulo de aproximadamente
60 graus. O corpo levemente inclinado para frente com o peso distribuído igualmente
sobre os calcanhares e as plantas dos pés, e os joelhos naturalmente distendidos.
O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma altura e um pouco para
trás, sem esforço. Esta posição também é usada para que o desbravador possa
apresentar sua unidade ou o clube. É a mesma posição para o voto do desbravador
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e voto a bíblia e passagens de comando. Ao fim da “Saudação MARANATA” será
dado o comando “DESCANSAR POSIÇÃO” permanecendo na posição de sentido.
Passagem de comando: será realizado na posição MARANATA. Quem detém
o comando da unidade ou clube deverá apresentar-se a frente de quem receberá
o comando do mesmo e realizará a saudação MARANATA, permanecendo nessa
posição ao se identificar dando as informações de seu cargo e nome, apresentando
o grupamento (clube ou unidade) em forma, com alteração (quando estiver faltando
alguém da unida ou clube) ou sem alteração, voltando a posição de “sentido”. Exemplo: “ MARANATA! INSTRUTOR JOSÉ, APRESENTANDO CLUBE LUA MINGUANTE
EM FORMA SEM ALTERAÇÃO”
Ao receber o comando, o detentor do comando realizará a saudação MARANATA
e falará “APRESENTADO, PODE COMANDAR DESCANSAR”, a esse comando quem
detinha o comando realiza meia volta volver e rompe marcha com o pé esquerdo e
dá o comando de “descansar ao grupamento (clube ou unidade).
Voto do Desbravador: Voz de comando: “PARA O VOTO, POSIÇÃO”. O desbravador deverá se posicionar na posição MARANATA. Este comando deverá ser dado
antes de recitar o voto, partindo da posição de sentido. Ao fim do voto será dado o
comando “DESCANSAR POSIÇÃO” permanecendo na posição de sentido.
Voto á bíblia: Voz de comando, “PARA O VOTO Á BÍBLIA POSIÇÃO”.Os desbravadores tomarão a “posição MARANATA. Este comando deverá ser dado antes de
recitar o voto, partindo da posição de sentido, SE OS DESBRAVADORES ESTIVEREM
em posição de “DESCANSAR” deverá primeiro se dar o comando de “SENTIDO” e
após dar o comando de “PARA O VOTO Á BÍBLIA POSIÇÃO”. Ao fim do voto será
dado o comando DESCANSAR POSIÇÃO” permanecendo na posição de sentido.
Fora de forma: Voz de comando, FORA DE FORMA MARCHE! Neste comando
o desbravador rompe a marcha com energia e sai de forma (quando em descansar
toma a posição de sentido primeiro).
Com o brado de guerra do Clube, for de forma marche: Voz de comando, COM
O BRADO DE GUERRA DO CLUBE, FORA DE FORMA MARCHE! Neste comando o
desbravador rompe a marcha com energia e sai de forma falando alto o nome de seu
clube (quando em descansar toma a posição de sentido primeiro).
Apresentação com o Bandeirim: Partindo da posição de sentido, o Capitão de
Unidade erguerá um pouquinho o Bandeirim com a mão direita e dirá “MARANATA”,
saudando o Desbravador que está recebendo a apresentação, que responderá ”O
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SENHOR LOGO VEM”, trazendo a mão direita com a palma da mão voltada para a
frente, a altura da orelha direita, dedos colados e ainda com o polegar dobrado sob
a palma da mão, seguindo as demais instruções acima.
Passos em Frente: Poderão ser executados ao comando de “... (um, três, cinco,
...) PASSOS EM FRENTE!, MARCHE!”. O número de passos será sempre ímpar. À
voz de “MARCHE!”, o Desbravador romperá a marcha no passo ordinário, dando
tantos passos quantos tenham sido determinados e fará a parada batendo a mão
espalmada na lateral da perna, sem que para isso seja necessário novo comando.
5. ORDEM UNIDA NA IGREJA
A igreja é a casa de oração, e repetimos na lei: andar com reverencia na casa de
Deus. No Dia mundial dos Desbravadores, ou em qualquer programação que o Clube
faça, deve-se respeitar este princípio. Voz de comando e marcha dentro da igreja não
devem acontecer. Voz de comando, marcha com cadência ou vivacidade dentro da
igreja, nos tiram o direito de se referir á reverência na casa de Deus e que Ele seja
o único exaltado. Os comandos devem ser dados com “voz branda” ou por gestos,
somente para se ter idéia de quando executar: entradas, saídas, sentido, ideais e
outros. Deve-se apenas executar “passos sincronizados”, com perfeição, zelo, reverente e ordenadamente. O clube pode usar sua criatividade ao executar evoluções,
mas sem ferir a ordem, decência e reverência que são devidas ao nosso Deus.
Quanto ao uso das bandeiras: nacional, estadual, municipal e outras oficiais; e
também sobre a execução do Hino Nacional, é entendimento da Organização Mundial da Igreja Adventista, que não há nada que desabone essas condutas de civismo,
desde que se faça com ordem, reverência e moderação cristã.
É importante destacar que, existe um órgão hierárquico maior dentro da igreja
local – a Comissão da Igreja, e que a decisão tomada pela maioria de seus votos
deve ser respeitada por todos os Departamentos, Diretorias e membros. No caso do
voto da Comissão ser desfavorável a essas demonstrações de civismo, a Diretoria
do Clube deverá acatar, restando-lhe o direito de oportunamente apresentar ampla
pesquisa bíblica e doutrinária sobre o assunto, na tentativa de formar novas opiniões
sobre o tema, ou realizar tais cerimônias em outros locais especiais que não seja o
Templo de Deus.
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6. ORDEM NA UNIDADE
• Primeiro: O Capitão.
• Segundo: O Secretário com material que o seu cargo requer.
• Terceiro: Os membros da Unidade. Do menor ao maior.
• Quarto: O Conselheiro da Unidade.
• Quinto: A diretiva e/ou convidados especiais, isto só quando o Diretor o indique.
7. HIERARQUIA NA APRESENTAÇÃO DO CLUBE
Hierarquia nas Unidades – É um processo de disciplina, aplicado dentro dos Clubes de Desbravadores, no qual o cargo de menor grau hierárquico está subordinado
ao de maior grau hierárquico.
Nas Unidades a chefia é do Capitão, seguido do Secretário. O Conselheiro orienta
e aconselha, mas quem responde pela Unidade é o Capitão. É ele quem segura o
Bandeirim, e na sua ausência quem assume o Bandeirim da Unidade é o Secretário.
Quando o Capitão apresentar a Unidade, todos os Desbravadores e o Conselheiro
devem colaborar e responder todos os comandos deste.
Quando o Capitão sair de forma para apresentar a Unidade, o seu lugar deve
permanecer vago até o seu retorno, salvo se ele não for voltar, aí deverá ser ocupado
pelo próximo da Unidade.
O Diretor Associado deve receber as apresentações das Unidades masculinas, e
a Diretora Associada recebe as apresentações das Unidades femininas. Ao recebê-las deverão apresentar ao Diretor do Clube.
Nunca tome o comando de qualquer subordinado hierárquico, antes, o correto é
pedir para que ele lhe passe o comando.
Os Conselheiros estão diretamente subordinados aos Diretores Associados.
Posição das Unidades - As Unidades masculinas posicionam do lado direito das
Unidades Femininas. Dentro desta divisão, tanto as masculinas quanto as femininas
devem se organizar da seguinte maneira:
- Por classes (Amigo, Companheiro, Pesquisador, Pioneiro, Excursionista e
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CAPÍTULO 14
ACAMPAMENTO
Guia.), ficando as classes maiores na extrema
direita; ou
- Por ordem alfabética dos nomes das Unidades.
Posição da Diretoria – Os membros da Diretoria
(Capelão, Secretário, Tesoureiro e Instrutores), devem
ficar perfilados a esquerda das unidades, entre a testa
e os Diretores Associados.
A cada ano, muitos jovens e juvenis acampam, e este número cresce dia a dia.
Pais e educadores estão vendo o valor da experiência campestre nas vidas das crianças, no desenvolvimento do corpo, mente e alma sã.
Como nossos juvenis cada vez mais moram na cidade, afastados das realidades
naturais, a aventura de acampar é importante e deve ser incluído no programa anual
dos Desbravadores. Acampamentos em fins de semana, excursões, estudo da natureza, oportunidades variadas que incluem lições valiosas na arte de relacionamento
uns com os outros.
Viver um tempo ao ar livre engrandece o potencial espiritual e edifica os valores
morais do caráter. A arte de acampar oferece oportunidades para desenvolver os
processos democráticos no grupo, aplicação prática da natureza, constrói autoconfiança, autodisciplina, desembaraço e respeito por outros. Além de tudo isso, os
Desbravadores gostam demais. Então o acampamento com estes múltiplos requisitos e aspectos, deve ser parte integrante da programação anual.
No cronograma do Clube, normalmente temos dois ou três acampamentos marcados por ano. Isto não impede de cada Unidade definir uma data e ter o seu próprio
acampamento. Isto vai fortalecer a Unidade e vai criar um ambiente de aprendizado
e desenvolvimento. Para que isto ocorra, é necessário ter a autorização do Diretor
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do Clube e o procedimento para o acampamento deve passar por todos os estágios:
planejamento detalhado e por escrito, autorização dos pais, autorização da Comissão da Igreja, etc.
Acampamento é recomendado para os seguintes resultados:
a)Ajudar ao jovem sentir a aproximação de Deus e conhecê-lo por meio da Sua
criação.
b) Desenvolver o “sentir-se em casa” ao ar livre.
c) Ensinar autoconfiança.
d) Desenvolver músculos fortes.
e) Preparar para os tempos finais.
f) Desenvolver novas aventuras na convivência cristã.
g) Ensinar habilidades de acampar.
h) Praticar sobrevivência com um mínimo de equipamento.
i) Providenciar o gozo de realização ao conquistar os elementos da natureza.
j) Ensinar os fundamentos de conservação.
k) Providenciar atividades em que Líderes e Desbravadores encontrem boa camaradagem.
1. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA ACAMPAMENTO?
Dependendo para que grupo você queira se referir, o significado é diferente,
como:
- Para as pessoas em geral: recreação, jogos, brincadeiras, descanso, silencio,
ar puro etc;
- Para as Igrejas ou grupos religiosos: reflexão, meditação, sentir-se parte da
natureza, procura interna para melhorar...;
- Militares: sobrevivência, disciplina, resistência para a adversidade;
- Desbravadores: novas experiências, disciplina, aprendizado, respeito à natureza, etc.
Alguns benefícios sociais do acampamento na vida dos Desbravadores:
a) Conhecer-se: amizade e companheirismo.
b) Aprender novas habilidades: Especialidades.
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c) Independência: a criança precisa resolver algumas situações longe dos pais.
d) Liderança: nos acampamentos descobrimos os líderes naturais.
e) Contemplação: o convívio com a natureza dá a percepção da grandiosidade
de Deus.
f) Recreação: correr, nadar etc
O acampamento traz benefícios espirituais:
•Dedicação a Cristo: qualquer que seja o nosso trabalho devemos ter isto em
vista. Acampamento deve proporcionar uma atmosfera de maior comunhão
com Deus: a tranqüilidade, os pássaros, o pôr-do-sol, longe do barulho da
cidade.
•Demonstração prática da observação do sábado:
a) Por do sol: início e fim.
b) Escola sabatina em pequenos grupos.
c) Estudo da natureza.
d) Atividades diferenciadas.
•Potencial evangelístico: O auditório está o dia todo conosco. No momento em
que começa o acampamento, começa o evangelismo. Apele para o batismo.
•Desenvolvimento físico:
a) Saúde: exercício, descanso, aulas sobre saúde, refeições.
b) Atividades ao ar livre: jogos, gincanas, eventos, tomar banho no lago, rio
etc.
2. PREPARAÇÃO DO ACAMPAMENTO
Um Desbravador que não participa de viver feliz e confortável nos campos e
florestas, perderá muito das aventuras do que é ser um Desbravador. E, dificilmente
uma Unidade de Desbravadores é uma verdadeira Unidade se não sai tantas vezes
quantas puder para acampar por sua própria iniciativa.
Muitas coisas devem ser feitas nas reuniões do Clube, antes da Unidade ir ao
acampamento/campo, quer seja de ônibus, de carro, de bicicleta, de trem ou caminhando com as mochilas nas costas. Exemplo:
• Aprender e treinar como arrumar uma mochila
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• Aprender a fazer abrigos e cama improvisados
• Treinar nós e amarras
• Desenhar e praticar pioneirias
• Praticar fogueiras e cozinha ao ar livre
• Planejar e projetar o acampamento
• Preparar kit de primeiros socorros
• Prática de sinalização e sinais de pista
• Preparar cardápio
• Fazer totem da patrulha para colocar na entrada do acampamento
• Outros preparativos e equipamentos específicos
Material da Unidade
A Unidade deve ter Bandeirim, barracas, machadinha, facão, Isca de fogo, lanterna, corda, cordinhas finas, estojo de primeiros socorros, mosquetões, repelente,
utensílios de cozinha, plástico ou lona para cobrir a cozinha e outro para abrigar da
chuva ou do sol forte.
Material individual do Desbravador
Cada Desbravador ao acampar deve levar: Bíblia, hinário, lição da Escola Sabatina, uniforme completo solicitado, sua mochila, sua lanterna, um agasalho, roupa
de uso pessoal, chinelo, colchonete, saco de dormir ou cobertor, prato e copo de
plásticos, canivete, talheres, capa ou plástico, estojo de costura e material de higiene. Todo esse material deve estar acondicionado em saco plástico, evitando molhar
em caso de chuva.
Dividir Responsabilidades
Cada membro da Unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer ao
chegar ao local do acampamento. Devem-se dar tarefas a todos, de maneira que
cada um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se a sobrecarga de tarefas e a demora na montagem do acampamento.
Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as atividades mais difíceis e ingratas. O
verdadeiro Desbravador deve acampar com espírito de união.
3. ONDE E COMO ACAMPAR?
Uma das maiores alegrias de um Conselheiro e seu Capitão é saírem os dois
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explorando os arredores até encontrarem um pequeno local de acampamento para
uso da Unidade. Pode ser em numa fazenda, granja ou numa residência privada com
amplos terrenos. Encontrando o local, eles devem ir ao proprietário e explicar quem
são eles e o que estão pretendendo, tentando persuadi-lo a ceder-lhes o local. Em
geral, eles gostam de ajudar aos Desbravadores que se apresentam bem uniformizados, com boa aparência e cheios de entusiasmo.
Lembrem-se de que a permissão para acampar de novo no mesmo local só será
dada àqueles que se portarem como acampantes exemplares e como Desbravadores corteses e respeitosos.
Um bom local de Acampamento deve ter:
• Água potável
• Segurança física e psicológica
•Lenha
• Paisaem atrativa
• Condições meteorológicas adequadas
• Topo rafia favorável com condições de escoamento de água e solo próprio
para fixar e armar as barracas.
• Espaço suficiente para o acampamento e atividades.
• Acesso bom para passar a condução, em caso de chuva ou no retorno.
• Segurança e distância de rios, local de enxurradas, encostas, animais perigosos, marginais, pântanos e pontes.
• Recursos naturais como: bambus, cachoeiras, árvores para atividades com
corda, bosques para trilhas, etc.
Código do Desbravador acampante:
a) Acamparei apenas onde for permitido acampar.
b) Manterei o local do acampamento limpo o tempo todo e ao partir irei deixá-lo
limpo.
c) Estarei sempre atento à fogueira e ao deixar o local verificarei se está completamente apagado.
d) Nunca usarei faca ou machado para cortar, danificar ou deixar marcas nas
árvores vivas.
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e) Nunca irei pegar flores sem obter permissão.
f) Nunca irei destruir as trilhas enquanto estiver fazendo caminhada.
g) Não poluirei rios e córregos.
h) Sempre respeitarei a privacidade dos outros acampantes.
i) Serei sempre civilizado e cortês.
j) Respeitarei todos os sinais, autoridades, normas e propriedades particulares.
k) Minha conduta será sempre a de um Desbravador e cristão.
l) Irei sempre deixar o local do acampamento sabendo que serei bem-vindo
quando voltar.
m) Obedecerei todas as regras de segurança e disciplina.
Chegada ao Acampamento
Chegando ao acampamento, uma Unidade se denuncia como nova e inexperiente, pela terrível confusão e pelas atrapalhadas que faz. Todos correm para lá
e para cá, cada um se metendo no caminho do outro, querendo fazer tudo e não
fazendo nada, e, afinal deixando que um pobre sacrificado sozinho tenha que armar
o acampamento e as barracas. Enquanto um outro procura acender o fogo e depois
descobre que não tem como mantê-lo porque ninguém foi apanhar lenha. E assim,
tudo se torna uma grande bagunça.
Cada membro da Unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer chegando ao local do acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada
um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se
sobrecarga de tarefas na montagem do acampamento e na programação.
Aqui está uma boa maneira de distribuir as tarefas:
•Planejar e elaborar a planta do acampamento. A Unidade se reúne em Conselho de Unidade, de modo que as idéias de todos sejam ouvidas. O Conselho
decide qual o local para cada coisa:
a) Portal e Mastros
b) Barracas num solo nivelado
c) Armá-las à barlavento da cozinha e da latrina (lugar aonde não vai o
vento)
d) Fossa de gordura bem marcada
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e)Cerca
f) Fogo do Conselho
g) Cozinha, intendência, latrina e chuveiro
h) Depósito de lenha
•Elaborar um Programa escrito com cultos devocionais, Classes, Especialidade, recreação e esportes durante o acampamento.
•Armar as barracas
a)Abotoar ou amarrar as suas portas ou aberturas
b) Colocar 4 espeques dos 4 cantos em posição.
c) Colocar os pólos ou esteios das barracas, em posição.
d) Enterrar no solo os espeques e amarrar os esteios aos cabos.
e) Cravar os espeques.
f) Fixar os espeques dos panos das paredes
•Preparar cozinha
a) Apanhar a lenha o mais rápido possível
b) Prepara o fogão
c) Apanhar água
d) Armar a barraca de intendência ou pendurar a dispensa (proteger a comida
dos animais)
e) Acender o fogo e preparar a refeição
•Fazer pequenas construções e artimanhas de acampamento
•Cavar a latrina e identificá-la
Cada uma dessas atividades pode ser efetuada por um ou dois Desbravadores,
de maneira que tudo seja feito rápida e ordenadamente, com todos trabalhando e
ninguém à toa. Quanto mais cedo a cozinha estiver montada, melhor.
Durante o acampamento
Tudo no acampamento deve ser feito como um divertimento, como um jogo, inclusive cavar a latrina, apanhar a lenha, a água, cozinhar, lavar os pratos e talheres e
deixar as panelas limpas e brilhantes. Quem não vai para um acampamento com este
espírito de achar tudo excelente e divertido, inclusive uma chuva torrencial, ou não
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gosta de acampamentos ou ainda precisa aprender muito sobre companheirismo,
sobrevivência e trabalho em conjunto, em Unidade.
Fazer parte desta aventura é desfrutar de uma boa historia da vida juvenil. Os
Desbravadores são camaradas que podem cuidar bem de si mesmos e ainda ajudar
outros na floresta tropical, no deserto, numa montanha ou explorando o pólo.
Enquanto fazem um verdadeiro acampamento, há tempo bastante para a Unidade
fazer algumas atividades e alguns jogos tais como:
•Sinais de pista - metade da Unidade segue a “pista” feita pela outra metade.
•Fazer uma série de modelos em gesso de pegadas de animais e pássaros e
identificá-los.
• Fazer um mapa botânico do local de seu acampamento com todas as árvores
que puder identificar.
• Fazer uma coleção e identificação de todas as flores silvestres e tipos de
capim ou grama.
•Construir abrigo no chão ou numa árvore com materiais naturais.
•Fazer um mapa do local.
•Treinar pela prática, um método de avaliação de distância.
•Sinalização em grandes distâncias.
LEMBRE-SE: Mantenha a sua Unidade engajada e ocupada. É o ócio que leva à
indisciplina.
Últimas coisas a fazer à noite:
• Escovar os dentes.
• Cobrir o recipiente de água e o depósito de lenha.
• Cobrir as brasas do fogo (mantendo-a acesa).
• Verificar se nada foi deixado ao sereno.
• Fazer oração com a Unidade antes de apagar as luzes e do silêncio.
• Pode-se contar uma história para dormir ou para meditar antes de dormir.
Primeiras coisas a fazer pela manhã:
• Reacender o fogo.
• Fazer a higiene matinal e lavar-se.
• Esticar os cabos das barracas.
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• Pendurar ao sol os cobertores e pijamas para arejar.
• Fazer a Meditação Matinal.
• Tomar o desjejum e lavar os pratos e material sujo.
•Passar uma revista pelo local do acampamento.
•Preparar e hastear a Bandeira Nacional e do Clube de Desbravadores com
solenidade.
Cozinha:
Antes do acampamento deve-se elaborar o cardápio, preparando-se a seguir a
lista de: compras, utensílios, panelas e alimentos. Alimentos variados, nutritivos e
de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de maneira que todos
possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos utensílios
da cozinha.
Lembre-se: Todos devem participar não só da cozinha, mas em toda e qualquer atividade do acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele
que faz tudo sozinho, mas aquele que ensina e motiva outros a fazer.
Definir o cardápio
Locomoção e alimentação são responsáveis por 90% do custo de um acampamento de um Clube. Os outros 10 % se referem a gastos com infra-estrutura (cordas, sacos plásticos, sisal) e material de primeiros socorros e uma pequena reserva
deve ser levada para os imprevistos.
Definido o cardápio, deve-se calcular a quantidade necessária, para depois procurar qualidade e preço deverão ser suas próximas preocupações neste roteiro de
planejamento do evento. É fundamental que o Conselheiro sente com a sua Unidade
e busque junto a eles as idéias e sugestões para a alimentação. Porém o Conselheiro
sábio sabe quais são as regras básicas de uma boa alimentação que deve girar em
torno de legumes, verduras, frutas e grãos, seguindo os conselhos alimentares da
igreja.
O Conselheiro sabe também que uma boa alimentação consiste de apenas três
refeições sendo que o “desjejum deve ser de um rei, o almoço de um príncipe e o
jantar de um plebeu”, em outras palavras, deve-se comer bem de manhã, um almoço equilibrado e um jantar à base de sopas leves ou lanche. Um Conselheiro sabe
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que quanto mais líquido se beber entre os intervalos das refeições, isto é, após o
desjejum e antes do almoço, umas duas horas após o almoço e antes do jantar são
fundamentais para manter seus Desbravadores bem ativos evitando dessa forma a
desidratação. Desbravadores gostam muito de sucos, limonadas, laranjadas.
Não permitir comer entre as refeições é básico e necessário para manter um padrão de alimentação saudável para os Desbravadores. Aqueles intermináveis biscoitos, chocolates e balas são um verdadeiro atentado aos bons costumes alimentares.
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Calculando Quantidades
É muito difícil estabelecer um padrão para Unidades, pois cada uma é única em
gostos, em hábitos, em quantidade de alimentos consumidos. O que é suficiente
para uma Unidade de meninas já não representa muito para Unidade de garotos.
Abaixo vão algumas dicas de alimentos básicos que aparecem em quase todos
acampamentos de Clubes de Desbravadores e uma sugestão de consumo médio
por refeição:
Montar a lista de compras
Uma vez definido o cardápio e estabelecidas as quantidades, tabule estes dados
na seguinte planilha sugestiva e vá fazer pesquisa de preço em pelo menos dois
supermercados, não se esquecendo de incluir os materiais de limpeza.
EQUIPES NECESSÁRIAS
Equipe de Transporte
Responsável pela cobrança das passagens, arranjar condução, conferir as condições de segurança da viagem e do veículo, fazer seguro, observar as autorizações
de viagens e orientar quanto ao percurso.
Equipe de Programa
Elabora um programa escrito, com horários para tudo, corinhos, pensamentos,
orientações, etc. Este grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horários.
Diz quem fará o quê.
•Higiene Pessoal: Horário definido, após as refeições e horário para banho.
Média de tempo necessário é de 1 hora por dia.
• Alimentação: Programar 2 horas para o preparo do almoço, consumo e a respectiva lavagem de utensílios e ½ hora para o desjejum e o lanche da noite.
• Cultos: Culto matinal e vespertino todo dia, totalizando ½ hora por culto.
•Instrução: 2 horas na parte da manhã ou da tarde.
•Lazer: 2 horas na parte da manhã ou da tarde.
•Escola Sabatina e Culto Divino: Duas horas no máximo para a execução destas duas atividades. Em acampamentos, o conforto geralmente não é dos
melhores e atividades espirituais muito demoradas tendem a ser monótonas
e desinteressantes para os Desbravadores.
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•Fogo do Conselho: Acampamento de Desbravadores sem Fogo do Conselho,
não pode ser considerado acampamento. O correr atrás da lenha grossa, dos
gravetos, o acender do fósforo, o momento da música, o trepidar do fogo, a
expectativas em torno das músicas e dos temas, os risos e os sorrisos, as
lágrimas que caem na face do Desbravador quando sente que o Espírito de
Deus falou ao seu coração, as histórias que servem para todos, a pipoca ou
batata com queijo envolta no papel de alumínio e colocada na brasa, a água
na boca que vem quando degustamos essa delícia da cozinha de campo,
tudo isso e muito mais torna o Fogo do Conselho uma atividade singular em
nossos acampamentos. Programar de uma a duas horas para completar esta
cerimônia.
Equipe de Segurança
• Escala de Ronda: Começando às 22:00 hs e terminando às 6:00 hs é feita por
Desbravadores devidamente selecionados, maiores de 16 anos, devidamente
acompanhados por um membro da Diretoria.
• Inspeções: Quebrando todas as tradições de inspeção com hora marcada,
a inspeção de área da Unidade é feita num horário que os Desbravadores
nunca saberão com antecedência. O objetivo da inspeção surpresa é educar nossos Desbravadores para que na medida do possível estejam sempre
preparados no aspecto individual (mochila em ordem) e material da Unidade
em condições excelentes de utilização. Uma das atitudes que mais conspira
contra acampamentos de muitos Clubes é a total desordem e bagunça. Desbravadores são treinados pelos seus líderes para serem diferentes do mundo
e não para ser igual a qualquer um. O tempo necessário deverá ser uma hora
por dia.
• Primeiros Socorros: Na elaboração de qualquer evento, até nas reuniões
semanais, especialmente nos acampamentos, negligenciar os primeiros socorros é uma irresponsabilidade e verdadeira desconsideração com os imprevistos e mostra total ignorância na técnica da arte de acampar. Deve-se
contar com o apoio de quem realmente entende da matéria. Desde a compra
dos materiais necessários, arrumação da barraca de primeiros socorros e
atendimento tudo corre por conta do especialista que o Clube deve levar.
Equipe de Eventos / Esportes
Providenciar materiais e executar as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.
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Equipe de Infraestrutura
Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de obstáculos, formatação do acampamento, limitação da área de camping
e esportes.
4. DICAS IMPORTANTES
• Mesmo com tempo bom deve-se levar capa de chuva ou plástico.
• Coar/filtrar a água em pano limpo, ferver se preciso ou colocar cloro.
• Não armar barracas de frente para o vento.
• Latrinas: no mínimo 1 para cada sexo, com 60 cm de profundidade x 90
cm de comprimento x 30 cm de largura, longe da cozinha, cercadas de lona
plástica, bem escondido e localizado de forma que o vento não traga o cheiro
de volta para o acampamento.
• Ao preparar o cardápio, não usar alimento cárneo.
• Programe o Sábado com atividades espirituais interessantes.
• Só levar um volume por acampante. Colocar tudo dentro de uma só mochila.
5. ECOLOGIA
• Expressamente proibido cortar qualquer arbusto ou árvore viva.
• Traga todo plástico, embalagens, vidros e latas possíveis, para reciclagem.
• Evite ou não compre produtos com embalagens em vidro.
• Aterre as latrinas.
• Replante a grama.
• Apague totalmente o fogo.
• NÃO DEIXE VESTÍGIOS NO LOCAL. Passe um pente fino, recolhendo tudo o
que não for da natureza.
6. O FOGO
O fogo é indispensável em qualquer acampamento. Pode ajudar como machucar,
aquecer ou queimar, preservar vidas ou matar. Precisamos tomar algum cuidado ao
lidar com o fogo.
Para haver fogo precisamos de:
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• Combustível – Material próprio e inflamável
• Comburente – bastante ar
•Temperatura
Saber fazer uma fogueira com ou sem fósforos ou isqueiros é uma condição
indispensável para quem pretende aventurar-se por regiões selvagens ou inabitadas.
Embora necessitemos conhecer também os métodos primitivos de fazer o fogo,
sabemos que hoje não é difícil nem incômodo transportar um isqueiro ou algumas
pequenas caixas de fósforo. Neste caso, é preciso impedir que os fósforos se molhem numa travessia de rio ou num banho de chuva inevitável. Para tanto, isole as
caixas numa embalagem plástica com fita adesiva ou cubra os palitos de fósforo
com parafina líquida para a sua aventura. Antes de ter a chama é necessário, porém,
armar a fogueira.
a. Como Fazer a Fogueira
Após escolher o local, isole-o e limpe-o, retirando as folhas, raminhos, gravetos,
musgos e capim seco, para evitar que o fogo se propague sem que você possa
controlá-lo. Se o solo estiver seco, raspe-o até chegar ao ponto de só ter terra; se
estiver molhado, construa antes uma plataforma de pedras chatas.
Procure materiais de fácil inflamação, tais como gravetos finos e bem secos,
casca de árvore seca, folhas de palmeira, musgo solto, capim seco, pequenas lascas de madeira seca, madeira pobre. Reúna e disponha esse material de uma forma
que permita a circulação de oxigênio, pois assim o fogo arderá mais rapidamente.
Deixe à mão pedaços de madeira, árvores mortas, galhos secos, cada vez maiores
para adicionar à chama inicial, tomando sempre o cuidado de não abafar o fogo e
extinguir a chama. Tome o cuidado de cercar a fogueira com pedras, para impedir
que as brasas se espalhem e principiem incêndios.
b. Como Acender Uma Fogueira Sem Fósforos
Utilizando madeira pobre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de
casca de árvore, madeira pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos,
penas finas de pássaros, ninhos de passarinhos ou de ratos campestres, lentes ou
pedras. Prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a pelo método de fricção.
c. Como Apagar uma Fogueira
Disperse os troncos maiores que dão sustentação à fogueira e use: areia, terra,
ou água. Não deixe a fogueira acessa, pensando que logo o fogo irá apagar sozinho,
pois poderá provocar um acidente ecológico irreparável. Não tente apagar a fogueira
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dispersando os galhos, ventilando as iscas ou abafando com objeto metálico, pois
as brasas poderão reiniciar a fogueira novamente.
7. COMO MANTER “SEGURANÇA” NAS AVENTURAS AO AR LIVRE
A maioria dos acidentes são resultados de mau planejamento, irresponsabilidade
e falta de organização. Um acampante descuidado ou imprudente prejudica não só
ele, mas põe em perigo a vida de outros. De fato há certos riscos no acampar, mas
com planejamento adequado estes podem ser reduzidos.
Examinaremos alguns conselhos:
a) NUNCA saia para qualquer atividade com a Unidade ou com o Clube sem que
o seguro anual ou o seguro de eventos esteja feito. Esta deve ser uma regra
para nunca ser quebrada. Para fazer o seguro, ligue na Associação/Missão e
converse com a Secretária JA.
b) Há menor possibilidade de acidentes quando os Desbravadores não estão
cansados demais e todos estão felizes. Fatiga é um fator contribuinte de problemas em um acampamento.
c) A saúde e segurança dos Desbravadores é a responsabilidade de todos no
grupo. Esta responsabilidade não pode ser transferida ou ignorada. Todos
tem que ser conscientes disto. Quando o pai entrega seu filho para o Conselheiro para uma aventura, é porque ele acredita no fato de que vocês são
pessoas responsáveis e vão fazer tudo para proteger a criança. Não podem
colocar por terra esta confiança.
d)Todo programa com os Desbravadores deve levar uma provisão de primeiros
socorros. Se não é possível ter um médico ou enfermeiro para acompanhar
em viagens, deve assegurar em ter alguém bem treinado em procedimentos
de primeiros socorros. É essencial poder pensar bem claro, permanecer calmo e utilizar tratamento apropriado e recomendado. Deve incluir um kit anti-veneno para serpentes onde for necessário.
e) Familiarizar os grupos nas áreas de perigo: precipícios, cachoeiras, plantas
venenosas, etc.
f) Sempre estar acompanhados pelo Conselheiro, não devem andar ou vagar
sozinhos.
g) Se os acampantes carregam mochilas, facão ou canivetes, devem dar instruções adequadas para usarem os mesmos. Devem mostrar os cuidados a
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serem tomados ao usá-los. Não deixá-los utilizar de maneira errada.
h) Se a atividade inclui esportes aquáticos, fazer preparação adequada, ter salva-vidas, deixar as regras bem claras. Não participar deste esporte durante a
noite.
i)Ao viajar de veículo, observar as leis de trânsito e não correr com demasia.
j)Há uma diferença definitiva entre aventura e perigo. Um líder alerta pode e
deve discernir a diferença.
k) Ainda que no geral se esqueça este ponto ao falar de segurança, a limpeza
e asseio do acampamento são importantes fatores de risco. Deve ser feito
o necessário para eliminar o lixo a fim de manter o acampamento limpo de
garrafas, papeis e demais desperdícios.
l) Quando os acampantes abandonam um lugar, não devem ficar indícios negativos de que eles estiveram ali.
1. NATAÇÃO
a) Sempre nadar acompanhado.
b) Se ficar com câimbra, relaxar, mudar o estilo de nadar e voltar para a terra.
c) Não fazer natação forçada após as refeições ou enquanto tomar medicação.
2. RITMO, VELOCIDADE E ESFORÇO:
a) Acomodar aos mais lento.
b) Colocar uma pessoa na retaguarda para manter o moral. O grupo deve ter
experiência.
c) Separem em áreas perigosas, como rochas caindo, etc.
d) Tomar nota do nível de cansaço ao aproximar o fim do dia.
e) Ao caminhar na estrada, manter a direita e em fila.
3. ÁREAS DE PROBLEMAS:
a.Navegação
• Assegurar informações e atualização sobre trilha.
• Reconhecer marcadores.
• Observar aspectos principais e tendência do terreno.
• Memorizar trilha, mapa e pontos principais antes de sair.
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b. Ao cruzar rios:
• Evitar cruzar rios enquanto inundados.
• Cruzar onde não existe correnteza.
• Utilizar galhos, varas ou bambus para suporte, para várias pessoas.
• Usar botas ao cruzar e mover os pés sem elevar muito.
• Cruzar antes da chuva e também antes da noite, fazendo o pernoite no
outro lado.
c.Montanhismo:
• Não avançar um precipício sem o Instrutor e equipamento especializado.
• Buscar trilha mais fácil.
• Se precisar de corda, ter pessoas capacitadas em segurança conforme
regulamentos de alpinismo.
• Áreas rochosas, subir apenas uma pessoa por vez.
d. Condições climáticas
• Preparar para mudanças e condições de frio, vento e chuva.
• Utilizar roupa adequada contra vento, usar lã e não algodão. Aumentar
quantidade de roupa antes de sentir frio.
• Evitar ficar molhado.
• Mudanças repentinas podem criar condições desagradáveis, difíceis ou
perigosos dependendo da atividade programada. É melhor cancelar ou
postergar.
• “Vencer a todo custo pode custar tudo”.
e. Prevenção e Saúde
• Evitar fatigas.
• Acampar e dormir cedo se preciso.
• Ter alimento fácil de preparar e fácil de digerir.
• Sintomas perigosos: Reação lenta, perda da percepção, movimentos
desequilibrados, querer ficar somente sentado, falar enrolado, mãos inchadas.
• Se um membro do grupo tiver um colapso é sinal de alto perigo para
todo o grupo. Ver Primeiros Socorros para Hipotermia URGENTE.
f.Roupas
• Guardar roupas secas para dormir.
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• A lã mantém o calor ainda que molhada.
• Usar roupas leves, de manga longa, de cor clara para proteger do sol e
acidentes.
g.Calor
• Evitar queimadura de sol.
• Caminhar cedo e ou no final da tarde.
• Tomar bastante líquido.
• Cuidar em observar as reações ao calor.
• Planejar caminhada considerando o calor.
• Perigo de incêndios.
h. Incêndios na mata
• Não entrar em pânico.
• O ar é melhor e mais abundante próximo ao chão.
• Mover-se para as laterais do fogo e não na direção que o fogo está indo.
• Escolher trilhas leves, abertas.
• Cruzar o fogo só se puder ver o outro lado (2 metros)
• Esconder em riachos (nunca em tanques)
• Também pode esconder atrás de uma rocha ou troncos grandes.
8. ANTES DE SAIR DE CASA
Incluir ma lista de materiais o mapa e a bússola (saber como usar!)
Deixar detalhes do itinerário projetado, ponto de partida e ponto de retorno, data,
hora, etc, do retorno com pessoas que ficarem na cidade.
9. NO FIM DO ACAMPAMENTO
Não “DEIXE NADA”, exceto seus agradecimentos e, quem sabe, uma muda de
árvore plantada.
Há alguns anos atrás cerca de 50 desbravadores acamparam num grande parque
de uma fazenda privada. Um Regional deveria visitá-los, mas, desafortunadamente,
devido a uma confusão de datas, ele realmente só chegou algumas horas depois, no
mesmo dia em que eles se retiraram do local do acampamento. Mais tarde, na sede
do Clube, ele disse: - “Cheguei tarde para ver o acampamento, mas sei que são bons
acampantes, porque procurei durante duas horas por todo o parque e não encontrei
o local que eles acamparam”.
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Deixem o local do acampamento pelo menos como vocês gostariam de encontrá-lo quando chegassem para acampar outra vez.
10. QUANDO EM PROBLEMAS
• Mandar 2 pessoas para pedir ajuda. Eles devem ter a descrição do caso escrito e direção exata do local. Devem ter referências no mapa, se for possível.
As pessoas enviadas devem contatar a polícia ou serviço de resgate com
emergência, sem tardar.
• Sentar-se e planejar com lógica e calma. Não é hora de caminhar buscando a saída. Uma vez perdido, cuidadosamente procurar a saída, marcando o caminho e deixando marcas escritas em lugares óbvios ao parar
para comer ou dormir.
• É melhor não caminhar a noite. No caso de dar algum sinal necessário,
são três chamadas ou sons de apito ou também dar três sinais com o
espelho. Fogo com muita fumaça atrai muita atenção!
• Indivíduos ou grupos que não aparecerem dentro de um tempo razoável
do horário proposto, devem ser informados aos serviços de emergência
e resgate.
• Ficar calmo, relaxado
• Pensar, analisar, avaliar, lembrar e orar
• Subir em árvores para ter melhor noção do local.
• Procurar com cuidado retornar para a mesma direção que veio.
• Se ainda estiver perdido, construir fogueira, ficar neste local para passar
a noite e esperar alguém buscá-lo.
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CAPÍTULO 15
ESTATUTO DA INFÂNCIA E ADOLESCENTE
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
O Conselheiro inteligente buscará conhecer
este estatuto para melhor trabalhar com seus
Desbravadores. Algumas partes do Estatuto
devem estar bem marcadas. São os direitos e
deveres das crianças e as preocupações que
devem ter aqueles que trabalham com elas.
Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente. Seguem abaixo alguns artigos transcritos do texto original
publicado no Diário Oficial da União:
Art. 2º - Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Art. 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,
em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
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Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 130 - Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
Art. 150 - A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de
direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 160 - O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 170 - O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem,
da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
Art. 180 - É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório
ou constrangedor.
Art. 190 - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio
da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
Art. 530 - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes:
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I -igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV -direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 600 - É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo
na condição de aprendiz.
Art. 620 - Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 670 - Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho,
aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental,
é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.
Art. 700 - É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 710 - A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento.
DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR
Art. 830 - Nenhuma criança poderá viajar para fora da Comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
Parágrafo 1º- A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de Comarca contígua à da residência da criança, se na mesma Unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
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b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
Art. 1310 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei.
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CAPÍTULO 16
RECOMENDAÇÕES FINAIS
1) É importante ter um caderno com os dados pessoais de todos os membros
da Unidade, nome, telefone, idade, alergias, medicamentos contra indicados,
aniversários e nome dos pais.
2) Demonstre interesse por sua Unidade, ajudando os membros nos seus problemas, aflições, brincadeiras e inquietudes.
3) Anote todas as idéias que tenham para a Unidade e para o Clube. Pergunte-lhes de que é que gostam e gostariam de fazer no Clube.
4) Siga a programação elaborada considerando a participação do Capitão. Se,
por acaso, se tornar aborrecida, troque de atividade imediatamente e depois
volte à atividade anterior.
5) Não ameace nem toque nos Desbravadores se estiver nervoso. Não dê castigos físicos ou trabalhos forçados.
6) Não tenha preferências por um ou mais membros.
7) Demonstre habilidades e técnicas nas atividades do Clube.
8) Reconheça seus erros e peça desculpas.
9) Quando houver algum membro problemático, fale com a Unidade à parte, e
tenha um trato especial de amor para com esse membro.
10) Os membros de sua Unidade não devem ir embora sem ter aprendido algo
novo na reunião da Unidade, seja no Clube ou fora dele.
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11) Não reclame diretamente, usando expressões como: “sempre chegando tarde” ou “você é um desastre”. É melhor dizer: “arrume sua camisa, sua
aparência ficará melhor”.
12) Não faça comparações negativas: “Por que você não se parece com o Capitão?”
13) “Não faça elogios exagerados”.
14) Quando um membro da Unidade faz algo ruim, não critique a pessoa dele, e
sim, o comportamento.
15)Cumpra o que diz.
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Conclusão
CONSELHOS FINAIS:
Como foi descrito, você Conselheiro(a) não é só alguém
com função específica no Clube, mas acima de tudo alguém
realmente especial no Clube de Desbravadores. Nem um
bom Diretor(a) ou Associado(a) será capaz de conseguir
com tanta eficiência o que só você poderá, deverá e fará.
Como diz o nosso voto: “Pela graça de Deus...”. Se por
um lado, você é tão importante, indispensável, um privilegiado, por outro lado pesa sobre você uma responsabilidade. É a lei do Privilégio x Responsabilidade. Igual a Lei da Física da Ação x Reação. A cada privilégio corresponde
uma responsabilidade de igual tamanho e responsabilidade.
Você teve, ou não, o privilégio de passar por todas as Classes Regulares, ou
está passando, e assim você tem a responsabilidade de ensiná-las aos seus liderados. Você teve o privilégio de viver no Clube acampamentos, Camporis, congressos,
caminhadas e aventuras, e é sua responsabilidade agora liderar outros a experimentarem as mesmas, ou ainda muito mais e melhores atividades, mesmo porque
paralelamente você também estará tendo o privilégio de continuar aumentando sua
experiência ao viver estas atividades. Enfim, você pode ser para seu liderado, o Desbravador da sua Unidade, aquele líder que você teve, ou então aquele líder que você
não teve, mas que com absoluta certeza você sonhou em ter.
Este é o princípio que deve reger os esforços e dedicação de cada um dos Conselheiros de Unidade. O privilégio? Veja o que Jesus, o próprio Líder e Rei do universo, fala para você (Mateus 25:40): “... em verdade vos afirmo, sempre que o fizestes
a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Sim Conselheiro, ao você
guiar e liderar cada menino e menina, você o faz como se estivesse fazendo ao próprio Redentor Jesus Cristo!
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Quanto a responsabilidade? Esta é de igual tamanho e intensidade. Também o
próprio Jesus a descreve (Mateus 18:6) “... qualquer, porém, que fizer tropeçar a
um destes pequenos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar”.
Como então agir com eficiência, sendo Conselheiro? Use a citação de Jesus
registrada em Mateus 18:1 a 5.
Viram como é simples? Basta se “converter”, se tornar como criança (v3). É por
isso que Conselheiro é, e age como Desbravador, seu liderado. Anda junto, senta
junto, acampa e dorme na mesma barraca, brinca junto, recebe o Desbravador tão
bem (v5) como se fosse o próprio Senhor do universo. Tenha esse conselho do
Conselheiro Jesus em mente ao dirigir sua Unidade.
Um Desbravador completo é formado aos poucos, com muito trabalho e empenho de toda a Diretoria, principalmente dos Conselheiros, que são fundamentais
já que ele tem o contato direto com os Desbravadores. Devemos sempre buscar o
auxílio divino para se chegar a um bom resultado. Não podemos nos esquecer de
mostrar aos pais a importância de seus filhos serem Desbravadores completos hoje,
para amanhã se tornarem homens e mulheres completos, prontos para subirem com
Jesus para o céu.
Com o passar do tempo, você Conselheiro encontrará jovens que o agradecerão
por fazer a diferença na vida deles quando adolescentes. O tempo passa rápido. É
gratificante para o Conselheiro conhecer seus resultados e ter a esperança de resultados eternos.
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Apêndice
A seguir apresentamos algumas sugestões de Formulários úteis para a boa administração das Unidades, os quais poderão ser fotocopiados, adaptados ou ampliados
pelos Conselheiros.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA UNIDADE
CLUBE: ________________________________________________________
Mês:________________
Nome da Unidade:________________________ Setor: __________________
Conselheiro:_____________________________ Capitão:_________________
Secretário: ______________________________________________________
Diretor Associado:_________________________________________________
l) Quantos membros tem a Unidade ? ________
2) Quantas reuniões tiveram este mês? ________
3)Secretaria
3.1) Quantos membros tem carteira do Clube ? _____
3.2) Quantos tem algum documento de identificação ? _____
4)Tesouraria
4.1) Quantos membros pagaram a mensalidade em dia ? ______
4.2) Quantos membros pagaram a mensalidade em atraso ? _____
4.3) Quantos membros estão isentos da cota ? ______
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5)Equipamentos
5.1) Esta Unidade tem Bandeirim e mastro padrão ? ______
5.2) Liste os materiais que sua Unidade já possui. ______________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
6)Visitação
6.1) Quantos Desbravadores foram visitados este mês ? _____
Anexar relatório de visitação devidamente preenchido.
7) Atividades extra Clube.
Descreva alguma atividade extra Clube neste mês - _______________________
8) Atividades Missionárias. Descreva alguma atividade feita no mês:
_____________________________________________________________
9)Especialidades:
9.1) Quantos estão fazendo alguma Especialidade ? ______
9.2) Liste quais - _______________________________________________
________________________________________________________
10) Campori de Unidades
Liste conforme relatório de tarefas para o Campori de Unidades as atividades
já cumpridas.
RELATÓRIO DE VISITAÇÃO DO CONSELHEIRO
CONSELHEIRO:_________________________________________________
UNIDADE:______________________________________________________
MÊS:________________________________________________________
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META DO CONSELHEIRO
UMA VISITA POR MÊS
DESBRAVADOR VISITADO
DATA DA VISITA
DADOS SOBRE O DESBRAVADOR
Nome Completo
Idade
Data de Nascimento
Telefone
Endereço
Nome dos Pais
Área Educacional
Colégio que estuda
Série que está cursando
Matéria que mais gosta
ÁREA ESPIRITUAL
É Adventista?
E Batizado?
Tem lição da Escola Sabatina?
Tem Bíblia?
Se não é batizado, tem interesse na Classe Bíblica ?
ÁREA SOCIAL / FINANCEIRA
Residência
[ ] Razoável
[ ]Boa
[ ] Excelente
Padrão de Vida
[ ]Razoável
[ ]Bom
[ ] Excelente
Tem mesada
[ ]Sim
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[ ] Não
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ÁREA EMOCIONAL
Pais moram juntos ?
[ ]Sim
[ ] Não
Pais separados ?
[ ]Sim
[ ] Não
Conhece o pai ?
[ ] Sim
[ ] Não
Algum trauma emocional ? Qual ?
[ ] Sim
[ ]Sim
DADOS PESSOAIS DO DESBRAVADOR
Esporte preferido
Lazer preferido
Problemas de saúde
Serviços domésticos
O que mais gosta de fazer em casa
CLUBE DOS DESBRAVADORES
FICHA DE INSCRIÇÃO
DADOS PESSOAIS:
Nome:_____________________________________________________
Endereço:__________________________________________________
Compl: ___________________________________________________
CEP: _____________________ Bairro: ___________________________
Cidade: __________________________________ Estado: __________
Fone: ____________________ E-mail: ___________________________
Nasc.: ____/____/____ Cert.de Nasc: ____________ Sexo: Masc. Fem.
R.G: ______________________ OE: ________
Religião: __________________________ Batizado: Sim Não
Plano de Saúde : _______________ Carteira nº: ___________________
FILIAÇÃO
PAI _______________________________________________________
MÃE ______________________________________________________
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INFORMAÇÕES PARA PRIMEIROS SOCORROS E USO MÉDICO
1- Tipo sangüíneo / Fator RH  
2- Vacinação contra tétano Sim  Não
3- Sofro de:  Diabetes  Epilepsia  Coração  Hemofilia
Bronquite  ___________________
4- Sou alérgico à :  Penicilina  Soro  Antitoxinas
 _______________
 ___________________
5- Tomo o seguinte remédio de uso contínuo : ________________________
6- Em caso de acidente, ligue: _____________________________________
e chame por : __________________________________________________
ou por: _______________________________________________________
DADOS HISTÓRICOS DO DESBRAVADOR
Recebeu lenço em: ____/____/____
Investiduras:___________________________________________________
CLASSES REGULARES
CLASSES AVANÇADAS
Amigo em___/___  Amigo da Natureza em ___/___

 Companheiro em___/___  Companheiro de Excursão___/___
 Pesquisador em___/__  Pesquisador de Campos e Bosques em___/___
 Pioneiro em___/___
 Pioneiro de Novas Fronteiras em___/___
 Excursionista em
 Guia em
 Excursionista na Mata em___/___
 Guia de Exploração em ___/___
LIDERANÇA
 Curso Básico para Diretoria em ___/___
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Líder em ___/___
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


Agrupadas em___/___
Líder Máster em___/___
Líder Máster Avançado em___/___
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CLUBE:
Especialidades, Camporis, Acampamentos, Desfiles, Cursos , Olimpíadas, Feiras
Certificados, Congressos, Convenções, Acantonamentos, Excursões, Outros
Atividade
Data
Local
Assinatura do Responsável
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CLASSE DE PIONEIRO
Unidade: _____________________
CHECANDO OS REQUISITOS
Conselheiro: _______________
Desbravadores
Categoria
REQUISITOS
Decorar e explicar Alvo e Lema
Clube do Livro
Discussão em grupo
Inspiração da Bíblia
Inscrever 3 pessoas num Curso Bíblico
Cidadania Cristã
Dois programas para comunidade
Dar dois estudos bíblicos
Discussão em grupo sobre Temas
Encenar história do Bom Samaritano
Programa diário de exercícios
Vantagens do estilo de vida adventista
Participar de uma atividade
Assistir reunião administrativa na igreja
Uma atividade social por trimestre
Especialidade de Ordem Unida
Dilúvio e Fósseis
Especialidade da natureza
Acampamento
Resgate Básico
Especialidade Orientação
Ascender fogo em dia de chuva
Semafóricas
Completar outro requisito
Especialidade em Atividades Missionárias,
Práticas ou Agrícolas
Especialidade em Recreação ou Artes Manuais
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CLASSE DE GUIA
Unidade: _____________________
CHECANDO OS REQUISITOS
Conselheiro: _______________
Desbravadores
Categoria
REQUISITOS
Decorar e explicar Voto à Bíblia
Ler Livro História da Igreja Adventista
Ler Nossa Herança
Dons Espirituais em Coríntios
Debater Santuário
Resumir história 3 Pioneiros da Igreja
Ajudar e participar de Atividades
Debate de Evangelismo pessoal
Palestra sobre Temas
8 Remédios naturais
Poesia ou artigo, Corrida Rústica, Temperança
ou Nutrição
Organograma da sua Divisão
Participar de Curso ou Treinamento
Ensinar 2 requisitos de Especialidade
Infância de Jesus
Ecologia ou Conservação Ambiental
Acampar e planejar equipamentos
Cozinhar 3 refeições ao ar livre
Construir móveis com amarras
1 Especialidade de Mestrado Aquática, Esporte,
Recreativa ou Vida Campestre
1 Especialidade Agrícola, Ciência e Saúde ou
Domésticas
3 itens Medalha de Prata I
Especialidade de Mordomia
Ler Caminho a Cristo
Trazer amigos ou Evangelismo Jovem
Redação sobre Como Fazer Amigos
Relatório dos Diáconos
Mestrado em Vida Campestre
Projetar 3 abrigos e utilizar
Seminário Aborto, AIDS, violência ou drogas
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FICHA DE INSCRIÇÃO/MATRÍCULA
( ) Desbravadores
CLUBE:
_________________________________
( ) Aventureiros
REGIÃO:
___________
DADOS PESSOAIS
Nome: _____________________________________________________________________________
Endereço: __________________________ ________________________________________________
Bairro: ____________________________ Cidade: ____________________________ Estado: ______
CEP: _________________________ Fone: ________________________________________________
Data de nascimento: ___________________________ Natural de:______________________________
Identidade nº: ___________________________ Certidão de Nascimento N º _____________________
Pai: _______________________________________________________________________________
Mãe: ______________________________________________________________________________
Responsável ou Parente: _______________________________________________________________
Adventista? ( ) Sim
Data de Batismo: ___________________
( ) Não
Religiã o: __________________________
INFORMAÇÕES PARA USO MÉDICO
Tipo Sangüíneo: ___________
Fator RH: _____________
Possui alguma doença, problema de saúde ou realiza tratamento especifico atualmente?
( ) Não
( ) Sim - Qual? __________________________________________________________
Possui Cartão de vacinação em dia?
Sim ( )
Não ( )
É alérgico? ( ) Não
( ) Sim - Qual alergia?
Renovações de Matrícula
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
Data: ____________ Ass.: Responsável: ____________________________________
_______________, ____ de ___________________________ de ____________
__________________________________
Assinatura do Desbravador/Aventureiro
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Assinatu ra do Pai ou Responsável
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Assinatura do Diretor do Clube
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Conselheiro de Desbravadores - Ministério dos Desbravadores
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