Ilse Losa - Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira
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Ilse Losa - Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira
CENTENÁRIO DE ILSE LOSA 1913-2013 B IBLER- Boletim Informativo /Bibliográfico da B.E. nº8 Editorial E ste boletim número 8 tem como objetivo assinalar o centenário do nascimento de Ilse Losa. Serve também para divulgar as atividades que foram desenvolvidas neste âmbito, pelos professores de Português do 5º e 8º anos de escolaridade e alunos em colaboração com a Biblioteca Escolar. Para o 5º ano selecionou-se o conto “Faísca conta a sua história” que foi trabalhado nas aulas de Português. Para o 8º ano as atividades centraram-se na obra “O Mundo em que vivi”, porque é a obra mais conhecida da escritora, é também de leitura obrigatória para este ano de escolaridade e consta das Metas Curriculares. A Biblioteca Escolar deseja boas leituras, sobretudo os livros de Ilse Losa. E para os ficarem a conhecer melhor leiam este boletim. “Eram as flores no friso da janela que davam a nota mais colorida à sala de estar, virada para a rua. A tia Gertrud da América mandara, certo dia, um cartuchinho de sementes que a avó espalhara num vaso com terra. Em breve nascera uma roseira. Não uma roseira vulgar, mas sim rara, que dava apenas uma rosa em cada verão, rosa de um vermelho carregado e, no dizer da avó, mais bela e mais duradoura que todas as rosas da aldeia. Assim como o Sol é o astro mais altivo e mais luminoso no firmamento, também essa rosa era a flor mais altiva e mais luminosa no friso da janela.” (in O Mundo em Que Vivi. Pág. 18) Ilse Losa “Eu, a julgar pelas velhas fotografias, não passava de uma menina frágil, de cabelo louro, de feições infantilmente lisas. Nada mais descubro que valha a pena destacar.” (in o Mundo em que vivi, pág.7) É assim que Ilse Losa descreve Rose, na sua obra mais emblemática e considerada autobiográfica – O MUNDO EM QUE VIVI. Segue-se assim uma breve biografia da autora: Nome completo: Ilse Lieblich Losa Data de Nascimento: 20 de março de 1913; Local: Bower- Hanôver- Alemanha; Ilse Losa viveu entre duas Grandes Guerras na Europa, que marcaram definitivamente a sua vida e obra. Por ser judia, foi perseguida e obrigada a sair da Alemanha e como muitos judeus veio parar a Portugal, em 1934. A fase da infância e parte da sua juventude foi vivida em Bower - Hanôver, em relativa paz e tranquilidade - era o SOL, como ela relata em “O Mundo em Que Vivi”, embora as nuvens se começassem a adensar sobre ela com a morte do pai e a tomada de consciência da discriminação feita aos judeus na Alemanha. As injúrias ao pai e posteriormente a sua morte foram o remate da sua infância e o começo de uma vida atribulada e cheia de sacrifícios e desilusões. Na obra, acima referida, ela evoca esta fase dizendo: “Não posso deixar de pensar nas grandes tempestades que abalaram a minha terra. Era como se alguém começasse a medir a distância da trovoada, o tempo entre o relâmpago e o trovão. Cada quilómetro significava um ano. Uma voz conta: um, dois, três, quatro, cinco … Um estrondo medonho faz estremecer a terra, e uma voz cheia de horror exclama: Agora está mesmo por cima de nós!” (pág.138) Com a chegada de Hitler ao poder intensificou-se a perseguição aos judeus, Ilse Losa e a sua família foram obrigados a fugir da Alemanha, escapando assim ao HOLOCAUSTO. Mais uma vez esta fase da sua vida é referida na obra “O Mundo Em Que Vivi”, aliás o livro termina com a indicação de que a protagonista iria sair do país: “ Mas ninguém sabe que a minha vida esteve em jogo poucos minutos antes, que eu, Judia Frankfurter, tenho cinco dias para deixar o país.” Chegou a Portugal em 1934, fixando-se no Porto onde, em 1935, casou com o arquiteto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido nacionalidade portuguesa. A partir de 1949 começa a sua produção literária, tanto romance como literatura infanto-juvenil, tendo por esta sido galardoada, em 1984, com o Grande Prémio Gulbenkian. Também em 1998 recebeu o Grande Prémio da Crónica pela sua obra “À Flor do Tempo”. Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, participou na organização e traduziu antologias de autores portugueses para alemão. Uma das suas traduções mais conhecidas é o Diário de Anne Frank. Obras infanto-juvenis Ilse Losa afirmou que "há livros escritos para crianças que suplantam em valor literário uma longa fiada de volumosos romances para adultos, do mesmo modo que um pequeno desenho a carvão suplanta, tantas vezes, grandes composições policromáticas a óleo". (in Diário de Notícias) Ilse Losa na sua obra infanto-juvenil dedicou muitos dos seus livros aos animais e ao amor que sentia por eles, são exemplo disso livros como: Faísca Conta a Sua História de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1999 Páginas: 34 Editor: Edições Asa Coleção: Asa Juvenil Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Plano Nacional de Leitura Um conto que apresenta a originalidade de ter como narrador um cão, agora já velho, protagonista desta história de amizade e saudade. A vida do Faísca foi marcada por duas crianças, o Manuel e a Luísa. Recorda, emocionado, os seus tempos de cachorro, as brincadeiras com o seu dono-menino, a pobreza e o trabalho da mãe do Manuel, as romarias, o mar e o terrível dia em que foi vendido aos pais da Luísa, menina mimada que tinha tudo o que queria. Levado para Lisboa, aí descobre o conforto de uma casa grande, a boa comida, um tapete para se estender, os passeios pelos jardins. Nada disto o faz esquecer o seu grande amigo; sonha com um reencontro que será a maior alegria da sua vida. Um Artista Chamado Duque de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1990 Páginas: 43 Editor: Edições Asa Depósito Legal: 29928/89 Coleção: Asa Juvenil, nº50 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: A história de um pónei que sabia fazer habilidades e da forma como influenciou as vidas dos seus sucessivos donos. Uma história simples, mas não simplista, repleta de afeto e carinho, que deixa no ar uma mensagem, não devemos julgar aquilo que não conhecemos totalmente. Um Fidalgo de Pernas Curtas de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1990 Páginas: 76 Editor: Edições Asa Depósito Legal: 35070/90 Coleção: Asa Juvenil, nº8 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: De cão fino e habituado a todos os luxos, o nosso herói — o Fidalgo (que ao longo da história vai tendo vários nomes, consoante os vários donos) —, acaba por ir ter a uma "ilha" da cidade do Porto onde, como é sabido, mora apenas gente de poucos recursos. Aí conhece um rapazito — o Estrelinhas — e entre os dois nasce uma sólida amizade. O destino, contudo, interrompe abruptamente essa ligação e leva o Fidalgo de volta a uma vida de luxo e requinte. Finalmente, após várias aventuras/desventuras, os dois amigos reencontram-se. Uma história repleta de ternura e carinho, que constitui um verdadeiro hino à amizade. Baixote é o nome português do Dachshund, nome original da raça alemã, ou Teckel, como lhe chamam os ingleses. Popularmente, o Baixote é conhecido como Salsicha, devido ao comprimento do corpo e talvez cor da pelagem. . Muito frequente nos seus livros é o tema do meio ambiente e a proteção do mesmo: A Flor Azul de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1990 Páginas: 56 Editor: Edições Asa Dep. Legal: 35073/90 Coleção: Asa Juvenil, nº17 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Um livro que reúne seis histórias que encontram na apologia da amizade o seu elo de conexão. Através de belas metáforas, os pequenos leitores podem descobrir como a diferença não é um obstáculo à amizade ou como é importante saberem superar os ciúmes e partilharem os seus amigos. Flores e animais que falam, um burro com barbas que ajuda um Liliputiano a fazer um número de circo ou uma ponte que atira para a água os mentirosos são alguns dos artifícios encontrados pela autora para transmitir às crianças de uma forma divertida valores tão sérios e importantes como a honestidade e a solidariedade. Beatriz e o Plátano de Ilse Losa Edição/reimpressão: 2000 Páginas: 36 Editor: Edições Asa Coleção: Asa Juvenil Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: A história de uma menina — a Beatriz — que todos os dias vê diante da sua janela um enorme plátano, de tronco grosso e copa farta. Para beatriz, aquela árvore fazia parte da sua vida, tal como um bom amigo. Ora, certo dia, as autoridades decidem deitar o plátano abaixo, a pretexto de árvore tão antiga não se enquadrar na moderna paisagem que elas tinham planeado para a cidade. E é a determinação da Beatriz em defesa do seu "velho amigo" que acaba por dissuadir as ditas autoridades de levarem a cabo o seu plano. João e Guida de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1987 Páginas: 50 Editor: Edições Asa Dep. legal: 16371/87 Coleção: Asa Juvenil, nº12 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: João e Guida são dois jovens irmãos que se aventuram a percorrer uma floresta, em busca de comida e fortuna, por força das dificuldades económicas dos pais, que se viram obrigados a expulsar os filhos de casa por não terem o que lhes dar de comer. Mas é mesmo no meio das dificuldades que se conhece quem tem coragem, e João e Guida são mesmo pequenos grandes heróis! Na Quinta das Cerejeiras de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1992 Páginas: 34 Editor: Edições Asa Dep. legal: 55026/92 Coleção: Asa Juvenil, nº16 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Obrigados a abandonar a aldeia onde sempre tinham vivido e a ir morar para a cidade, a Senhora Rosa e o seu filho Luís sentem uma profunda tristeza ao depararem com um mundo cinzento, sem flores nem árvores de fruto, sem animais de criação nem alegria: a "Quinta das Cerejeiras" — assim se chamava a urbanização para onde foram morar —, mais não era do que um aglomerado de torres altas, todas elas alinhadas paralelamente. Após uma primeira fase de algum desalento, cada um consegue encontrar formas alternativas de encarar aquele mundo sombrio e hostil. Em alguns dos seus livros a intolerância é o assunto dominante. O Mundo Em Que Vivi de Ilse Losa Edição/reimpressão: 2011 Páginas: 196 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723605358 Coleção: Fixões, 14 Localização: Polos Aquilino Ribeiro e Luís Veiga Leitão Sinopse Plano Nacional de Leitura Livro recomendado no programa de português e nas Metas Curriculares para o 8º ano de escolaridade. Críticas de imprensa "Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial.” Sob Céus Estranhos de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1987 Páginas: 192 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723601718 Coleção: Fixões Sinopse «Será preciso chegar a autora de Sob Céus Estranhos para nos dar, a propósito do tema da adaptação de um imigrado judeu, o mais perfeito retrato da cidade do Porto dos anos 40 (para não dizer o único retrato), que continua a estar certo para a cidade do Porto dos anos 60, como talvez venha a estar para a dos anos 80, ou mesmo mais. Sob Céus Estranhos é um livro novo na sua bibliografia e, sem qualquer exagero, um belo livro. Beleza que não é aparente dos estilos laboriosos, engalanados de ver a Deus, mas a que resulta de uma linguagem simples, linear, discretamente poética, façanha sempre singular quando brota de alguém que só na idade adulta ouviu pela primeira vez o idioma que nessa linguagem se vazou». Alexandre Pinheiro Torres in Jornal de Letras e Artes, 1962 Foi lançado na Alemanha em 1989, juntamente com O Mundo em que Vivi. Rio sem Ponte de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1998 Páginas: 184 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723604627 Coleção: Fixões Sinopse Depois de O Mundo em que Vivi e de Sob Céus Estranhos surge agora este Rio Sem Ponte, romance que, numa leitura cronológica, se poderia colocar entre os dois primeiros. Se O Mundo em que Vivi é um relato de infância, Rio Sem Ponte aborda os problemas dos adolescentes numa Alemanha onde o nazismo se alastrava e em Sob Céus Estranhos acompanhamos a chegada a um novo país, neste caso Portugal, de um refugiado judeu. Três livros que podem ser entendidos como uma trilogia, que têm muito de autobiográfico e cujas reedições sucessivas são prova do interesse que têm despertado. A Minha melhor História de Ilse Losa Edição/reimpressão: 2001 Páginas: 38 Editor: Edições Asa ISBN: 9789724121703 Sinopse Compilação de quatro pequenas histórias, a principal das quais - a que dá título ao livro - relata o momento em que a autora, ainda criança, se apercebe, "pela Primeira vez, da alegria que experimentam as pessoas que sabem, através de palavras escritas, comunicar com os outros". Uma história simples, de cariz autobiográfico, em torno de uma redação escrita num caderno de escola. Das restantes histórias - "Ontem, Hoje, Amanhã", "Joana e o Mendigo" e "Apesar de Tudo" -, destaque para a última, onde a sua origem germânica, aborda o tema da Segunda Guerra Mundial e dos conflitos inerentes à convivência, no pós-guerra, entre os filhos daqueles que serviram sob o regime de Hitler e os daqueles que dele tiveram que fugir. Outras obras da escritora: O Expositor de Ilse Losa Ilustrador: António Modesto Páginas: 42 Editor: Edições Afrontamento Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Ilse Losa transporta-nos, sem rodeios, até ao mundo do pequeno Miguel que cultiva um talento, que persegue um sonho. O Rei Rique e outras histórias de Ilse Losa Edição/reimpressão: 2006 Páginas: 48 Editor: Porto Editora ISBN: 978-972-0-71897-6 Coleção: Oficina dos sonhos - Autores portugueses Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Este livro traz-nos a escrita inconfundível de Ilse Losa, uma das figuras maiores da literatura portuguesa para os mais novos. São cinco contos breves e divertidos, imbuídos de fantasia, a que não falta porém uma crítica fina e atual a certos comportamentos sociais e até a respeitáveis instituições. O Príncipe Nabo de Ilse Losa, Manuela Bacelar Edição/reimpressão: 2000 Páginas: 64 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723605181 Coleção: Tretas e Letras Sinopse: Obra recomendada nas Metas Curriculares para o 3º Ano. «A hesitação entre dois universos, testemunhados quer pela presença de dois grupos distintos de personagens, quer pela referência a dois espaços antitéticos, o dos “pobres” e o dos “ricos”, representa a linha temática orientadora desta peça. Esta é uma obra em que a autoaprendizagem “daquilo que realmente conta na vida” surge ficcionalizada não raras vezes através dos três tipos de cómico, o de linguagem, o de situação e o de carácter. Aspetos como o recurso a expressões de tonalidade francesa, os nomes dos pretendentes da Princesa Beatriz e as sucessivas situações de pedido e de recusa da sua mão ou, ainda, a presença do Bobo, com cuja atuação encerra a ação, contribuem para a construção humorística que caracteriza a obra.» A Adivinha - Peça em quatro quadros de Ilse Losa Ilustrador: Júlio Resende Edição/reimpressão: 1994 Páginas: 68 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723603248 Coleção: Tretas e Letras Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Recriação de um «velho conto popular», como se regista antes da “cortina do texto subir”, «esta história passou-se num país qualquer e em qualquer ano (…). As personagens que nela entram podiam existir em toda a parte do mundo e em todos os tempos, passados, presentes e futuros.» A ação situa-se, inicialmente, no mundo rural, sendo protagonizada por uma família de alfaiates com uma vida difícil. A decisão da partida dos irmãos Paulino, Ernestino e Brás do seu meio matricial, em busca da sua sorte na «cidade-das-sete-torresdouradas», bem como a decifração da adivinha, colocada pela caprichosa menina Lu Petrolina, pelo irmão mais novo constituem os momentos fundamentais desta obra. Ficcionam-se temáticas como a união familiar, a importância da imaginação e do humor, o valor da amizade, a vitória do bem sobre o mal, o respeito pelo outro (mesmo quando este “outro” se trata de um animal, como o urso Olaf) e, ainda, o amor à arte, aos livros e à leitura. Ana - Ana de Ilse Losa Ilustrador: Manuela Bacelar Edição/reimpressão: 1997 Páginas: 56 Editor: Asa juvenil Coleção: Asa Juvenil, nº30 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Ana escreve uma carta onde relata as várias peripécias inéditas porque passou quando procurava uma prenda de natal para o irmão. O livro acaba com Ana a dizer: “E pronto. Vim para casa e comecei a escrever esta carta espero que a consideres uma-coisa-nunca-vista e a guardes na tua arca, pelo menos até ao dia em que eu voltar a encontrar o Pai Natal-Só-Um, o bom Nicolau da minha aventura.” O Senhor Pechincha, seguido de O Bonifácio de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1992 Páginas: 48 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9723602873 Coleção: Tretas e Letras, 24 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: «Dois ótimos textos de Ilse Losa que ganham uma nova dimensão enquadrados pelas ilustrações de António Lucena, nome que o Pintor António Quadros usava quando fazia ilustração. Junta-se assim o universo imaginativo das histórias de Ilse Losa com todo o humor, ironia e ternura em que esta autora é exímia, com o rigor do desenho, a profusão da cor, o movimento e a criatividade quase só possíveis em António Quadros.» A Visita ao Padrinho e Outras Histórias de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1989 Páginas: 46 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9723602105 Coleção: Tretas e Letras, nº21 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: A visita ao padrinho é o título de um dos contos que contém este livro. Outros contos são Dois Companheiros que tem três capítulos e Pepe, O Periquito. O Quadro Roubado de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1991 Páginas: 54 Editor: Edições Asa Depósito legal: 44789/91 Coleção: Asa Juvenil, nº24 Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Uma das personagens é o pintor Paulo António, que é um homem muito diferente das outras pessoas, não tinha horas estabelecidas para nada: trabalhava dia e noite, comia a qualquer hora e qualquer comida lhe era apetecível. Levantava-se à hora que queria e às vezes trabalhava tanto que se esquecia de comer! Paulo António morava sozinho e para ele os seus únicos companheiros eram os quadros. O seu preferido era um que tinha a cara de um palhaço a rir-se. Às vezes Paulo António olhava para ele e dizia bem baixinho: -" Tu és o meu amigo mais fiel, Palhaço, ficarás comigo para sempre, não te vendo nem que me deem muito dinheiro!” Viagem Com Wish de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1983 Páginas: 34 Editor: Edições Asa Coleção: Asa Juvenil Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Especialmente pensado para crianças entre os 7 e os 10 anos de idade, o livro conduz os pequenos leitores até à Ilha Desejada com a ajuda de Wish, uma bela menina alada. Pelo caminho, não faltarão doces surpresas e aventuras, como ilhas que são taças de mousse de chocolate ou filhós que crescem em pinheiros. E, ao mesmo tempo que se deliciam a imaginar como será tão fantástica ilha, os mais pequenos podem perceber que afinal até é fácil aprender Inglês com a foca Sean, a pomba Love ou o menino Tom. Silka de Ilse Losa, Ilustração: Manuela Bacelar Edição/reimpressão: 2002 Páginas: 46 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723602111 Coleção: Tretas e Letras Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: Este livro relata uma lenda nórdica que um dia contaram a Ilse Losa e que ela agora nos conta à sua maneira: bela e triste. Com as ilustrações deste livro ganhou Manuela Bacelar a Maçã de Ouro da Bienal Internacional de Ilustração de Bratislava, bem como o Prémio Gulbenkian de Ilustração. Histórias Inesquecíveis para Crianças seleção de Ilse Losa Ilustração: Manuela Bacelar Edição/reimpressão: 1988 Páginas: 228 Editor: Livros do Brasil ISBN: 9789723804911 Coleção: Edições Especiais Ilustradas Sinopse: Esta obra reúne um conjunto variado de contos selecionados por Ilse Losa, nomeadamente, “As três fiandeiras”/ Irmãos Grimm; “A história do pequeno Muck/Wilhelm Hauff”; “A nuvem cor-de-rosa”/ George Sand; “O rouxinol”/ Hans Christian Andersen; “O rei do rio de ouro”/John Ruskin; “A história de Ivan, o pateta” /Leão Tolstoi; “Uma fábula” /Mark Twain; “Um morteiro fora do comum” /Óscar Wilde; “Casco de prata” /Pawel Bashow; “A marcha nupcial” /Selma Lagerlöf. Histórias e Canções em Quatro Estações - Primavera Livro e CD áudio de Matilde Rosa Araújo, Leonel Neves, Ilse Losa, Alexandre Honrado Edição/reimpressão: 2005 Páginas: 64 Editor: Raiz Editora / Lisboa Editora ISBN: 9789726806356 Localização: Pólo Luís Veiga Leitão Sinopse: O livro faz parte da coleção Histórias e Canções em Quatro Estações: Primavera; Verão; Outono; Inverno. Histórias e Canções em Quatro Estações – Primavera contém quatro histórias: A Menina do Pinhal de Matilde Rosa Araújo; Como É A Primavera de Leonel Neves; Aconteceu Na Primavera de Ilse Losa; A Banhoca Baleia de Alexandre Honrado. A História Aconteceu na Primavera, cuja autora é Ilse Losa é um bonito conto sobre um poeta que foi preso a mando de um tirano e um grupo de andorinhas que fizeram o ninho junto à janela da sua cela, fazendo-lhe companhia até o poeta ser libertado. Caminhos Sem Destino de Ilse Losa Edição/reimpressão: 1991 Páginas: 321 Editor: Edições Afrontamento ISBN: 9789723602562 Coleção: Fixões, 29 Sinopse: São 44 os contos que fazem parte deste livro, grande parte deles já anteriormente publicados: em antologias, em revistas portuguesas ou alemãs, ou mesmo isoladamente. Aparecem-nos agora reunidos numa antologia que pretende ser definitiva, expurgada de alguns contos que a autora considerou menores, e não será de admirar se encontrarmos outros bastantes reformulados. Ilse Losa não consegue reler a sua obra sem constantemente a modificar, cortando aqui, acrescentando ali, alterando pormenores. A qualidade de grande contista foi descoberta já nos anos 50 por João Gaspar Simões, e foi sendo reconhecida ao longo de todos estes anos por vários críticos literários, portugueses e alemães. Ilse Losa foi também cronista tendo colaborado em vários jornais, por exemplo no Diário de Notícias. Mais tarde publica o livro à Flor do Tempo onde reúne as crónicas que foi escrevendo ao longo do tempo. Outro livro de crónicas é Ida e Volta. Ida e Volta - À Procura de Babbit de Ilse Losa Editora: Afrontamento Tema: Prosa Narrativa Ano: 2013 ISBN: 9789723602999 Sinopse: Foi em 1960, tendo sido um êxito de livraria, que saiu a 1.ª edição desta obra de Ilse Losa, após uma viagem que efetuou aos Estados Unidos, em 1958, e aproveitando as cartas que ao longo da sua estadia regularmente enviava ao marido Arquiteto Arménio Losa. Chame-se-lhe crónicas de viagem, ou diário, este livro reflete as impressões de uma viajante sensível, observadora e lúcida, que transforma em vida interior toda a experiência recolhida: as pessoas observadas, os pequenos factos consciencializados, a paisagem humana, fundem-se neste livro, com toda a naturalidade, com os grandes problemas dessa época: o preconceito racial, a injustiça contra os negros, o perfil da realidade social norte-americana. Ao reeditar Ida e Volta, à procura de Babbitt, Ilse Losa não deixou de fazer aquilo que sempre é costume: rever, cortar aqui, reescrever acolá, depurar: sendo a mesma obra, trata-se de «outro» livro, com uma escrita mais cuidada, mais trabalhada. À Flor do Tempo - Crónicas de Ilse Losa Editora: Afrontamento Tema: Prosa Narrativa Ano: 2013 ISBN: 9789723604344 Sinopse: Este livro recolhe crónicas de Ilse Losa, dispersas por jornais e revistas ao longo de quase meio século e configura, para lá da diversidade dos temas, das circunstâncias e dos estados de alma, uma das facetas mais vincadas da atividade da escritora, tão atenta às gentes e às realidades do Porto, como entregue à evocação da terra natal, a Alemanha. Meia centena de textos onde confluem as experiências vividas no mundo real com o projeto latente da sua transformação no voo ficcional. O livro conta com um posfácio de Américo Oliveira Santos, docente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. ILSE LOSA também se destacou na tradução. De todas as obras traduzidas destacamos: O Rouxinol de Hans Christian Andersen Tradução: Ilse Losa Edição/reimpressão: 1982 Páginas: 32 Editor: Edições Asa Coleção: Histórias de Todos Os Tempos Localização: Pólo Aquilino Ribeiro Sinopse: “O Rouxinol é um conto escrito por Hans Christian Andersen, sobre um imperador que prefere o tilintar de um pássaro mecânico ao canto de um rouxinol real. Quando o Imperador moribundo se aproxima da morte, o canto do rouxinol dá-lhe saúde. A história foi adaptada para ópera, balé, teatro musical, série de televisão e cinema. O Diário de Anne Frank de Anne Frank Edição/reimpressão: 2011 Páginas: 440 Editor: Livros do Brasil ISBN: 9789897110009 Localização: Pólo Luís Veiga Leitão Sinopse: Anne era uma rapariguinha de uma família judaica de Frankfurt que se refugiou na Holanda para escapar às perseguições nazis. Invadido este país, a família esconde-se com outras pessoas num "anexo" de uma casa, onde, protegida por gente corajosa e dedicada, consegue viver largo tempo sempre no terror de ser descoberta. Acabou por sê-lo. E o diário de Anne foi encontrado por acaso num monte de papéis velhos. Anne veio a morrer no campo de concentração de BergenBelsen. Mas o diário que essa rapariguita escreveu é, na sua perspicácia e na sua desenvoltura adolescente, um documento, um autêntico documento humano - e, só pelo facto de existir, um protesto contra as injustiças do mundo em que vivemos. Publicado originalmente em 1947, "O Diário de Anne Frank" já foi lido por milhões de pessoas em todo o mundo. Anne registou admiravelmente a catástrofe que foi a Segunda Guerra Mundial. O seu diário está entre os documentos mais duradouros produzidos neste século. É também uma narrativa terna e incomparável, que revela a força indestrutível do espírito humano. Segundo Óscar Lopes "Os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem". A BIBLIOTECA ESCOLAR E O GRUPO DE PORTUGUÊS para assinalar o centenário do seu nascimento promoveu várias atividades, entre os dias 13 e 17 de maio. Como a obra de Ilse Losa é vasta, as atividades centraramse essencialmente em dois livros: 2º ciclo - «FAÍSCA CONTA A SUA HISTÓRIA» e nos livros mais infanto-juvenis. Biblioteca Escolar – Pólo Aquilino Ribeiro Exposição sobre a vida e obra de Ilse Losa; Exposição: OS ANIMAIS DE ILSE LOSA E OS TEUS… Concurso – produção de um texto a propósito do conto «Um Fidalgo de Pernas Curtas»; Passatempos, sobres alguns dos seus livros: «Um Fidalgo de Pernas Curtas» e «Um artista chamado Duque». Filmes sobre animais. SALA DE AULA Leitura orientada do conto “Faísca conta a sua história” – 5º Ano Propôs-se a leitura integral do conto «Faísca conta a sua história» e resolução do guião de leitura. FAÍSCA CONTA A SUA HISTÓRIA Com este livro ficámos a conhecer a história de amizade entre um cão Faísca e o seu dono Manuel que, por causa da pobreza extrema em que viviam, teve de se separar deste. Faísca, embora passasse a ter uma vida mais regalada e farta, nunca esqueceu o seu amigo Manuel. O livro termina com Faísca a dizer “Pobre Manuel! Penso muitas vezes em ti. Um cão que se preze não se esquece nunca de quem foi bom e amigo sincero.” A amizade entre um cão ou outro animal e o seu dono ou quem os trata bem, está presente em várias das suas obras infanto-juvenis. É o caso de Um Artista Chamado Duque, livro que fala de um pónei que é recordado com muito carinho pelos seus donos aquando da sua morte, ou do livro Um Fidalgo de Pernas Curtas onde assistimos às aventuras por que um cão passa para ir ter com o seu amigo Estrelinhas, preferindo passar fome para poder estar com ele. As atividades destinadas aos mais novos, 1º e 2º ciclo, intitularam-se “OS ANIMAIS DE ILSE LOSA E OS TEUS”. Através da leitura das suas obras e dos concursos e passatempos que giraram à volta delas, quis-se fomentar o respeito e o amor que os animais merecem. 3º ciclo - «O MUNDO EM QUE VIVI» OBJETIVOS ATIVIDADES Dar a conhecer o contexto histórico-social da obra. Exposição figurativa sobre: “ O mundo em que vivi”. Conhecer a vida e obra da autora. Promover a leitura. O Mundo de Ilse Losa: exposição dos trabalhos dos alunos; apresentações em power point. Leitura expressiva de excertos do livro “O Mundo em que vivi”. Sensibilizar os alunos para o drama do Holocausto. Palestra sobre o Holocausto Este foi o mote para a exposição figurativa sobre o contexto histórico-social em que Ilse Losa viveu desde 1913 até 2006. Foi um período de grandes acontecimentos, quer a nível político quer a nível cultural. A partir do livro, a Biblioteca Escolar organizou uma exposição sobre vários aspetos começando pelo CINEMA em que ela nos descreve o seu tio ator e como era vista esta profissão: “O tio Josef, bonitão moreno, com toda a naturalidade recostado num cadeirão, segurando galantemente o cigarro entre um indicador e o médio, não se inibira diante da máquina fotográfica, e isso porque entrara em peças de teatro, levadas à cena na escola e desejara ser ator a sério.” (pág.11) ROSE descreve o seu tio ator, mas poderia estar a descrever outro qualquer ator da época, como por exemplo: Charlie Chaplin – 1889 – 1977; Frank Sinatra – 1915- 1998; Errol Flyn – 1909 – 1959. Ou atrizes como: Isadora Duncan – 1877- 1927; Marlene Dietrich 1901- 1992; Edna Purviance - 1923; Mildred Harris - 1901 – 1944. Outro tema retratado é o da MODA, a propósito da sua tia Gertrud ela descreve-nos como era a moda feminina na época, como se pode ler no seguinte excerto: A tia Gertrud devia gostar de ser fotografada. No álbum havia páginas e páginas de fotografias dela: de chapéus enormes com penachos, casaquinhos com longas filas de botões, e guarda-sóis divertidos, de folhos e cabos compridíssimos.” (pág.12) No relato dos acontecimentos não se esqueceu de referir os POLÍTICOS que governaram a Alemanha antes de Hitler: Kaiser Guilherme II, Wilhelm Marx; Ernest Thälmann; Marechal Paul Von Hindemburg. Sobre Hitler deixa-nos um testemunho impressionante aquando da sua eleição a 30 de janeiro de 1933. “Quando o dia 30 de Janeiro rompeu, parecia que ia ser um dia como outro qualquer. (…) Mas quando à tardinha deixámos o escritório, o nosso futuro tinha-se decidido. Adolf Hitler era chanceler do Reich. Nessa noite marcharam as tropas de uniforme castanho. Em cada mão um archote. Em cada boca um grito de entusiasmo. Braços erguidos. Botas, botas, botas a bater no pavimento, num ritmo igual, sempre igual. Os archotes, o mar de chamas, o ritmo das botas. Gritos. Canções. Vitória!” (pág. 183) A GUERRA perpassa todo o livro, pela voz do avô assistimos a uma reflexão sobre a guerra e a inutilidade desta. “- Por que é que morre tanta gente na guerra? - Enfim, por alguma razão se fazem as guerras, respondeu o avô, levantando as sobrancelhas. Só na guerra é que os homens podem matar-se uns aos outros sem serem castigados. Informação que me ocupou o espírito durante momentos longos, até que continuei a perguntar: - Então os homens matam – se porque gostam? - Que estás para aí a dizer. Rose! Julgo não haver um só soldado que vá para a guerra porque gosta. Tem de ir. O avô Markus parecia não estar bem seguro no que respeitava às guerras. - Tem de ir para quê, avô? - Para defender a pátria. Tanta contradição! - Então é preciso fazerem-se guerras? - Preciso? Hem… Não, não deve ser bem assim… Mas ouve, amor, não cismes. No fim de contas acontecem tantas coisas no mundo que não são precisas! O melhor é a gente aceitar o mundo tal como ele é. O avô não conseguia enganar-me. Não tinha em grande conta as guerras e dos prantos dos que lá perdiam os entes queridos, mas faltava-lhe a segurança ou talvez a coragem para o confessar, o que me desapontava e me causava tristeza.” (pág. 21) Outro tema dominante é o ANTISSEMITISMO que dominava na Alemanha. Aos poucos Rose vai-se apercebendo do modo como os judeus eram tratados e são vários os testemunhos que nos deixa ao longo do livro: “Circulavam jornais com caricaturas de judeus de monstruosos narizes em cavalete, olhos esbugalhados, cobiçosos, expressão brutal ou lasciva e mãos papudas, carregadas de anéis descomunais. (…) Chegava a afirmar-se que os judeus matavam crianças” (pág.148) Com a subida de Hitler ao poder os judeus foram perseguidos, como foi o caso de Ilse Losa. Este facto é relatado por Rose, por exemplo quando diz: “Um dia o senhor Hertz não apareceu… Só no dia seguinte ficámos a saber que os homens do uniforme lhe tinham invadido a casa e que ele, no momento em que irromperam no quarto, já estava morto no pavimento do passeio.” (pág. 187) Rose foi vítima de discriminação e perseguição e, várias vezes, teve que deixar a casa onde vivia. O livro termina com um duro interrogatório que lhe é feito e só escapa a um futuro miserável, ou talvez à morte, por causa do seu aspeto físico (loira e olhos claros) e por isso era facilmente confundida com alguém de raça ariana. “Mas ninguém sabe que a minha vida esteve em jogo poucos minutos antes, que eu, judia Frankfurter, tenho cinco dias para deixar o país.” (Ilustração de Danu ta Wojc iecho wska, r etirada do Manual d e Portugu ês Plural 8, Raiz Ed itora ) O livro termina com a frase, acima transcrita, e cada leitor pode imaginar o que terá acontecido a ROSE. Não sabemos, mas conhecemos o destino da sua criadora, Ilse Losa. Sabemos que depois de uma breve passagem por Inglaterra fixou-se em Portugal, no Porto. Passou a ser portuguesa, e aqui viveu vários acontecimentos quer a nível mundial quer nacional. Assistiu à II Guerra Mundial e ao horror que foi o HOLOCAUSTO, tema de alguns dos seus livros: Rio Sem Ponte (1952); Sob Céus Estranhos (1062) e em alguns contos integrados no volume Caminhos Sem Destinos (1991). Em Portugal viveu a Guerra Colonial, mas também assistiu à queda da Ditadura e à ascensão da Democracia, com o 25 de Abril de 1974. Na cultura deram-se vários acontecimentos: filmes portugueses, pintores como Almada Negreiros, escritores, Sofia de Mello Breyner, ou prémios Nobel como: Egas Moniz ou José Saramago. Sucesso de Amália Rodrigues. Deu-se a Expo 98. No plano do desporto alguns dos nossos desportistas ganham medalhas nos jogos Olímpicos, Carlos Lopes, Rosa Mota, etc. Todos estes acontecimentos, e outros, fazem a 2ª parte da exposição, já referida, e que intitulámos o MUNDO DE ILSE LOSA. Como já foi acima referido, Ilse Losa, tal como a sua protagonista ROSE, conseguiu escapar ao HOLOCAUSTO e para consciencializar os alunos dos horrores perpetrados pelo regime Nazi a Biblioteca Escolar promoveu uma palestra sobre o tema. Esta foi proferida pelo professor Felisberto Lima que, para além de contextualizar o acontecimento, apresentou algumas fotografias do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Concluindo, no livro O MUNDO EM QUE VIVI, obra autobiográfica, ficámos a conhecer uma menina cheia de afetos pela família, sobretudo do avô, e cheia de sonhos que à medida que vai crescendo estes se vão desvanecendo. Este desfazer dos sonhos está bem patente na seguinte passagem: “Houvera um tempo em que a rosa vermelha, a flor mais bela e mais altiva no friso da janela da avó Ester, despertara em mim sonhos e desejos de terras longínquas, de cidades gigantes com ruas compridas e largas, onde floresciam rosas em frente de casas brancas com janelas a transbordarem de rosas. A vida tivera um sentido diferente onde, nesse mundo em que viviam senhoras com chapéus de penachos e meninas de calças, a cavalo. E agora eu estava na maior cidade do meu país, à janela de um prédio alto, olhando as casas comerciais de fachadas escuras, os automóveis, os autocarros, os carros elétricos, a multidão de gente caminhava apressadamente e se dispersava em todas as direções. E ansiava pela rua dos espinheiros que davam flores escarlates na primavera, pelas cerejeiras em flor e pela urze que se estendia, roxa, até à boca da floresta. (pág. 167) ILSE LOSA morre a 6 de janeiro de 2006 deixando uma vasta obra toda ela cheia de humanidade. Terminamos com uma frase do Poeta José Gomes Ferreira, acerca de Ilse Losa: "O desenho justo das personagens com dois traços de lirismo psicológico e aquele toque, tão feminino e misterioso, que transforma o pormenor mais banal do dia-a-dia podre num acontecimento de sabor fantástico e poético" (in a página da educação http://www.apagina.pt) No âmbito das atividades, a turma do 3º Ano da Professora Rosário da EB1 De Moimenta da Beira fez uma visita à Biblioteca. Os alunos depois de ouvirem o relato da vida de Ilse Losa e a leitura de alguns excertos do livro «O Mundo Em Que Vivi”, que melhor caracterizam Rose, percorreram a exposição e, já em casa, elaboram um texto acerca do que ouviram e aprenderam. Segue-se um dos textos. Estes alunos já conheciam um dos livros da autora «Faísca Conta a Sua História». A biblioteca agradece a visita! O meu avô alto e magro, de cara larga, ossuda e um tanto avermelhada, olhos claros e quase sempre tristes… A avó baixa muito baixa mesmo, tinha a cara miúda sulcada de rugas e usava o cabelo branco rigidamente penteado para cima da cabeça, onde o juntava num puxo redondo, apertada. (Ilustração de Danu ta Wojc iecho wska, r etirada do Manual d e Portugu ês Plural 8, Raiz Ed itora ) TEXTO Moimenta da Beira 24 de Maio de 2013 Cláudio Silva – 3º Ano O Mundo em que vivi Ontem fomos ver à Escola Secundária os livros e a vida de Ilse Losa. Ilse Losa nasceu em 20 de Março numa aldeia da Alemanha, em 1913. Frequentou o liceu em Osnabrük e mais tarde um instituto comercial em Hanôver. Ela escreveu alguns livros sobre a sua assombrada experiência de horror nazi. Ouvimos um excerto do livro “O Mundo em que vivi”, Este livro contanos a história de uma menina que na infância foi viver com os avós durante a primeira guerra mundial, mas depois foi viver com os seus pais e irmãos. Mais tarde começou a ser instruída na religião judaica, por isso foi perseguida pela Gestapo e viu-se obrigada a abandonar a Alemanha. Veio para o Porto em 1934, a cidade que a tornou escritora. No Porto casou com um arquiteto Arménio Losa ficando assim com nacionalidade Portuguesa. Começou a escrever livros para crianças, tendo também feito tradução de vários livros. Foi várias vezes premiada em Portugal. Faleceu no Porto em 2006. BOAS LEITURAS e BOAS FÉRIAS. As professoras bibliotecária: Estela Almeida e Célia Augusto Este boletim será publicado na página da internet da escola: http://escolasmoimenta.pt/ Ficha Técnica: Propriedade: Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, Rua Dr. João Lima Gomes, nº3, 3620-360 Moimenta da Beira, Telef. 254520110, Fax: 254520118, E-mail: [email protected] e da biblioteca: [email protected] ; EdiçãoBibler Nº4 ; responsáveis: Equipa da BE e professora bibliotecária - Estela Almeida Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira