No ritmo da missão da missão da missão da missão No ritmo da

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No ritmo da missão da missão da missão da missão No ritmo da
www.luteranos.com.br
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
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LUTERANO
JOREV
JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 37 - JUNHO - Nº 707
Lema: Velhinhos e velhinhas sentarão nas
praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias
de meninos e meninas brincando. Zacarias 8.4-5
Tema: No poder do Espírito,
proclamamos a reconciliação
No ritmo
da missão
5 7
13
De que Igreja
você faz parte?
‘Ficar’ ou
ficar de fora?
Impresso
Especial
9912204447/2008 - DR/RS
IECLB - JOREV LUTERANO
U.P. ACF Pres. Roosevelt
CORREIOS
Jesus veio
para servir
DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
CORREIOS
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R. Senhor dos Passos, 202
CEP 90.020-180
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2
Editorial
Embalando os nossos corações
Quem canta seus males espanta!
Todos conhecem este ditado
popular e parece que ninguém
duvida disso, mas por quê? Qual
é razão desta forma de expressão
cultural, representada por notas,
ritmos, cadências e tantos outros
conceitos que lhe são peculiares,
além do uso de diferentes instrumentos, conseguir nos tocar
tão profundamente? Ter força
para despertar memórias adormecidas, lembrar situações alegres e também reviver tristes
momentos?
A música detém o mágico
poder de nos transportar para
outros lugares, já e ainda não
conhecidos, os lugares que nos
são ou foram caros, os não tão
saudosos assim e, isso é especial,
aqueles que a nossa imaginação
elegeu como desejáveis, ou seja,
somos levados a locais que ainda
nem existem nas nossas memórias, a experimentar sensações
que ainda não foram vividas e a
nutrir sentimentos que, às vezes,
nem sabíamos existirem.
Quando falamos em sentimentos
e emoções, logo pensamos no amor e
Jorev
Luterano
IECLB
Jornal da Igreja Evangélica de
Confissão Luterana no Brasil
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Proibida a reprodução
parcial ou integral
do conteúdo desta edição
sem a prévia e formal autorização
da Redação do Jorev Luterano.
isso nos leva a dois assuntos muito
especiais presentes nesta edição: Dia
dos Namorados e Música como
Instrumento de Missão. Há como
pensar em relacionamento amoroso sem associar a alguma
canção?! Que casal não tem a ‘sua
música’, pelo menos uma? Sim,
todos os casais têm as suas
músicas e, da mesma forma,
todos também t êm, além do
compromisso, o desejo de estarem juntos e felizes. A questão é
transformar este desejo em vontade e trabalhar neste sentido: a
construção!
Construído também deve ser
o relacionamento da Igreja com
os seus membros, de forma a
cumprir com a sua razão de existir: a missão. Como atrair mais e
mais pessoas para a vida na Igreja, apresentando esta forma especial de encontro com Deus? Por
meio da música, é claro! Esta é
uma das maneiras mais alegres,
criativas e democráticas de congregar pessoas em torno de um
mesmo ideal, de um mesmo
projeto de vida que chama para
a inclusão, o amor, a reconciliação e o bem-estar coletivo. Vamos
cantar, pois, e ninguém duvide,
quem canta seus males espanta!
CARTAS
Unindo a nossa Igreja
Trabalho e dedicação
Ao renovar a minha assinatura
para continuar recebendo o nosso
jornal, aproveito para deixar abraços
fraternos e desejar que o esforço e a
dedicação para fazer o Jorev, um jornal
que liga a Igreja no nosso País e além
dele, possa atingir cada vez mais seus
objetivos de penetrar nos lares e
estimular a trajetória dos andantes no
caminho do Senhor.
“É preciso pensar para acertar, calar
para resistir e agir para vencer” Renato
Kebi.
Parabéns pelo ótimo trabalho.
Desejo que o Jorev Luterano continue a
sua excelência!
Fraternalmente,
Alda Sprandel
Tio Hugo/RS
Apoio à família
Gostaria de cumprimentar a equipe
do Jorev Luterano, pois o jornal tem
uma leitura acessível, sendo muito
aproveitado pela minha família,
principalmente pela minha mãe e pelos
meus sogros, que tem nele muitas
informações, além de um apoio
espiritual.
Um forte abraço,
Elio Guido Stumpf
Portão/RS
Abraços,
Helena Cardoso da Fonseca
Porto Alegre/RS
Oportunidade a todos
Quero dizer que estou muito
satisfeito com o Jorev, pois o jornal dá
oportunidade para todas as Comunidades e Paróquias e também para os
Obreiros, cativando a atenção e o
interesse de muitas pessoas pelo nosso
jornal.
Saudações,
Cláudio Beyer
Sertão Santana/RS
Capa: V Encontro Nacional de Trombonistas
da Obra Acordai, realizado nos dias 11 a 14 de
outubro de 2007, em Schroeder/SC, reunindo
mais de 400 Músicos. Leia matéria especial
sobre música nas páginas centrais.
Diário da
redação
Aos parceiros e assinantes
do Jorev Luterano
Até o momento, o Jornal Evangélico Luterano esteve vinculado à
Instituição Sinodal de Assistência,
Educação e Cultura (ISAEC) da
IECLB. A partir da edição 704/
março, o Jorev passou a estar vinculado ao Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas da IECLB, o que
traz algumas alterações de procedimentos em relação às parcerias,
além de modificações nos nossos
dados bancários.
Aos parceiros, a IECLB, por se
tratar de uma Instituição Religiosa,
como consta na legislação vigente,
passou a emitir documento oficial
de uma instituição imune de
impostos e tributos. Nesse sentido,
a partir da edição 704, de março/
2008, passamos a encaminhar boleto bancário e a enviar recibo referente ao apoio, após a quitação do
boleto, de acordo com a legislação
brasileira. Caso necessário, nosso
Departamento Jurídico poderá
fornecer maiores informações.
Aos leitores, as mudanças
dizem respeito aos números das
nossas contas correntes — uma vez
que os bancos com os quais
trabalhamos bem como as agências
permanecem as mesmas — para
quem costuma pagar a assinatura
anual do Jorev via depósito em
conta ou transferência eletrônica.
Para os assinantes que efetuam o
pagamento via boleto bancário ou
já tenham realizado o pagamento
por meio de depósito em uma das
antigas contas, o envio dos exemplares vai continuar sendo feito
normalmente.
BANCO DO BRASIL
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Ag.. 0010-8 – C/C 153.000-3
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Na certeza da compreensão
desses novos procedimentos, continuamos contando com o apoio dos
nossos parceiros e assinantes, fazendo o Jorev Luterano chegar a
um número cada vez maior de
pessoas.
Para quaisquer
esclarecimentos adicionais
que se façam necessários,
estamos à disposição
pelo telefone 51 3227.1258
e pelo e-mail [email protected].
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
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Curtas
Corec e o voto consciente
Comunicação no Conselho da EST
Comunhão e Verdade
Reunido de 29 de fevereiro a 1º de
março, na sede da CNBB, em Porto
Velho/RO, o Conselho Regional de
Ecumenismo (Corec), formado por
representantes das Igrejas Episcopal
Anglicana do Brasil, Católica Romana
e Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil, refletiu sobre a política e as
eleições de 2008, com a participação da
Assembléia Legislativa de Rondônia e
do Centro de Estudos Bíblicos.
Profissional da área da comunicação, Hilmar Kannenberg foi eleito
Presidente do Conselho de Administração da Faculdades EST, onde foi
aluno, em reunião realizada no dia 28
de março, no campus da instituição.
Surpreso com a indicação, Kannenberg
disse sentir-se estimulado pelo novo
desafio. “Devo muita coisa a esta casa.
Estudei Teologia nesta instituição e
agora terei a oportunidade de retribuir”, afirmou.
A Missão Universitária (Miuni)
nasceu em Joinville/SC, durante o culto
de abertura do primeiro semestre de
2008, realizado na Paróquia São
Mateus. Entre os presentes, estavam o
Pastor Sinodal do Sínodo Norte
Catarinense, P. Manfredo Siegle, o
Reitor da Univille, Professor Paulo Ivo
Koentopp, o Presidente da Comunidade Evangélica de Joinville, Valdir
Speckhann, e várias pessoas que participaram com palavras de incentivo.
Na carta pastoral, os representantes expressam preocupação com a
baixa qualidade de vida do povo, a
desagregação de muitos lares e a
situação das camadas mais vulneráveis da população, destacando o
empenho de administradores públicos
competentes, mas deixando um alerta
às Comunidades quanto à eleição dos
candidatos da sua confiança, no sentido
de adotarem critérios coerentes com a
vocação cristã no momento de escolherem partidos e pessoas para conduzir
a causa pública.
______.....______
Novo centro de educação infantil
No dia 7 de março, o Colégio
Evangélico Martin Luther inaugurou
seu novo Centro de Educação Infantil,
localizado ao lado da sede administrativa da Comunidade Evangélica
Martin Luther, em Marechal Cândido
Rondon/PR, um sonho acalentado há
vários anos pelo Colégio e sua Mantenedora, a Associação Educacional e
Assistencial Martin Luther (Asseamal).
Agora, as crianças podem aproveitar um espaço que traduz a cultura da
infância e respeita os direitos fundamentais da criança, em um ambiente
adequado para aprendizagem, agradável esteticamente e desafiador do ponto
de vista da curiosidade infantil,
associado a um projeto pedagógico e
corpo docente de excelência.
O Conselho é formado por mais
nove Conselheiros: Abílio Baeta Neves,
Adayr Tesche, Eltor Breunig, Norberto
Hoppen, Renate Schreiner, Seno
Leonhard, P. Enos Heidemann, Vera
Hoffmann e Wilmar Schüler. Durante
o encontro, o Reitor, P. Dr. Oneide
Bobsin, Pró-Reitores e a Administração
mos-traram a Faculdade aos novos
Con-selheiros e apresentaram um
pano-rama de futuros cursos, além do
relatório administrativo de 2007.
______.....______
Raposinhas no casamento
O Sínodo Uruguai realizou um
Retiro de Casais nas Termas São João
do Oeste/SC, nos dias 28 a 30 de março,
sob a coordenação do P. Gilberto
Weber, da Paróquia de Cunha-Porã,
que convidou o casal Claudio e Lorita
Gernhardt, do Ministério Família
Cristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casais
das várias Paróquias participantes.
Sobe
Dia dos namorados:
oportunidade para os
casais renovarem continuamente os seus votos
de compromisso com o
amor.
Desce
Os relacionamentos
efêmeros, sem comprometimento e respeito pelo seu par e pela
bela instituição do casamento.
Com o lema Comunhão e Verdade para
os jovens dos dias de hoje, a Miuni busca
ser um grupo formador, divulgador e
acolhedor cuja proposta é ajudar a
formar pessoas, estudantes que
passam pela universidade e levam
consigo o investimento feito para
disseminá-lo em seus contextos.
“Missão é isso. A colheita será no Reino
de Deus”, afirma o P. Renato Luiz
Becker, da Paróquia São Mateus.
______.....______
Construção da sede da OGA
As vigas do fundamento da sede da
Obra Gustavo Adolfo (OGA), iniciada
no dia 3 de março, já foram
concretadas, dando uma visão de como
será a obra, com conclusão prevista
para 31 de dezembro de 2008, segundo
o Presidente da entidade, P. Rolf Droste.
Ofertas Nacionais
8 de junho
4º Domingo após Pentecostes
Programa Formação Cristã
Contínua
A educação cristã fundamenta-se no Batismo e acontece
ao longo de toda a vida, preparando para o testemunho do
Evangelho de Jesus Cristo no
mundo. As ofertas serão investidas em seminários, cursos e
materiais que promovem a
educação cristã na nossa Igreja,
iniciativas coordenadas pela
Secretaria Geral, em parceria com
Sínodos, Paróquias e Comunidades, todas voltadas ao trabalho
com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
29 de junho
7º Domingo após Pentecostes
Bolsas de Incentivo para
estudantes de Teologia
O tema desenvolvido foi Raposinhas
que destroem o casamento. Salomão, ao
escrever Cantares, quis mostrar que os
problemas não vêm carregando os
dizeres Cuidado, problemas à vista. Na
maioria das vezes, as mudanças
começam de maneira sutil, por isso a
Palavra de Deus exorta a perseguir as
raposinhas Apanhai-me as raposas, as
raposinhas, que devastam os vinhedos, porque
as nossas vinhas estão em flor (Ct 2.15). É
responsabilidade de cada um apanhar
as suas raposinhas e viver o casamento
de modo a dignificar a idéia de Deus,
criador e instituidor da família.
A construção foi iniciada sem o ato
de lançamento da pedra fundamental,
que acontecerá no dia 17 de julho, às
16h30, quando os Representantes Sinodais da OGA estiverem reunidos em
São Leopoldo/RS para o seu X Encontro
Nacional.
Durante quase 100 anos, a OGA, que,
em 6 de novembro completou 175 anos
da sua fundação, na Alemanha, 1832,
data que lembra a morte do Rei da
Suécia Gustavo Adolfo II, ocorrida 200
anos antes, numa batalha em favor do
protestantismo, funcionou em espaços
cedidos e sem endereço permanente.
Desde 1998, a Secretaria Executiva da
OGA exercia suas atividades em uma
casa, cedida pela IECLB em comodato.
Com Jesus, a humanidade
aprendeu que é possível estender
as mãos ao outro! Existem muitas
formas de fazermos isso, uma
delas é a solidariedade com estudantes que, na IECLB, pretendem
servir em um dos quatro Ministérios com ordenação: Diaconia,
Missão, Educação cristã e Pastorado. Por meio das Bolsas de Incentivo, compostas por recursos
provenientes de doações da Igreja
da Alemanha, do orçamento central da IECLB e das duas ofertas
anuais, a IECLB apóia estudantes
que não têm condições de arcar
com o custo dos seus estudos.
4
Atualidade
‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’
Essa afirmação, feita por um membro da IECLB, fez a diferença em relação ao jeito como ele passou a lidar com
as demandas da Igreja, também aquelas relacionadas com dinheiro! Agora,
eu sei!, afirmou com determinação.
Como Secretário Geral da IECLB,
tenho compartilhado com lideranças
de Comunidades, Paróquias e Sínodos
que há ingredientes na atual estrutura
da IECLB nacional, este corpo vivo (1
Coríntios 12), que são imprescindíveis
para fazer frente ao mandato que
consta no art. 3º da nossa Constituição.
Menciono apenas alguns deles:
-Diálogo entre as diferentes instâncias (isto começa na Comunidade,
quando o Presbitério se reúne).
-Estabelecer relações com outras
instâncias (não só cobrar dos outros).
-Internalizar a dinâmica da Igreja
(usar de fato os caminhos que existem
para encaminhar propostas, como
Assembléias e Concílios).
-Construir uma relação de respeito,
de tal forma que aqueles que foram
eleitos para o exercício de uma função
na Igreja se sintam respaldados e
encorajados como representantes.
É fundamental trabalhar apostando em uma relação de confiança,
responsabilidade e comprometimento
com a causa maior da Igreja, a
propagação do Evangelho de Jesus
Cristo! Por isto mesmo, quando ouço
alguém dizer agora, entendi para onde vai
o dinheiro, fico contente e, ao mesmo
tempo, convicto do quanto ainda
precisamos aprender a nos comunicar.
Precisamos perguntar mais, explicar
mais, conversar mais e ‘achar’ menos!
Nesta perspectiva, quero destacar
dois dados gerais do resultado financeiro do ano de 2007, que foi disponibilizado para os Presidentes de
Paróquias, Obreiros e lideranças
sinodais no Boletim Informativo da
IECLB 194, aprovado na última reunião
do Conselho da Igreja. Esses resultados
já refletem o trabalho feito em torno
do tema Fé, Gratidão e Compromisso.
Mesmo que o assunto não esteja
esgotado, os avanços feitos pelos
Sínodos são significativos. O acompanhamento das demandas administrativas, a correta aplicação das decisões
tomadas em Concílio (onde as Comunidades se reúnem) e os encontros com
as lideranças das Comunidades têm
sido fundamentais para ampliarmos
a nossa visão da IECLB como um todo
e as suas reais necessidades.
Entre o que foi orçado para 2007
como contribuição dos 10% dos
Sínodos, houve uma variação positiva
de 16,84%, isto é, R$ 433.542,05.
Tivemos um misto de crescimento e
recuperação de contribuições. Entre o
que foi orçado como despesa e investimento para 2007 para o orçamento
central, não investimos R$ 540.357,87.
O comparativo entre o que foi orçado e
realizado mostra o cuidado com a
execução das despesas.
O que sinalizam estes números? Que
há um esforço sério e comprometido
em diferentes instâncias na IECLB no
sentido de cuidar bem do bem da IECLB.
Não significa que está tudo resolvido!
Há deficit ainda? Sim! Temos pela frente
uma enorme demanda em que a IECLB
terá que definir estrategicamente,
como, por exemplo, qual estrutura
administrativa (em todos os níveis) é
necessária para dar conta responsavelmente das demandas, isto porque missão também se faz pela administração
eclesiástica.
P. Dr. Nestor Friedrich
Secretário Geral da IECLB
Igreja missionária
“Quando há identificação com a
causa da Igreja, normalmente não
faltará dinheiro, exceto em caso de
real carência.
Dinheiro não se reduz a assunto
puramente material. É questão
eminentemente espiritual. Quer ser
visto como um recurso não para
comprar, mas para servir. Ele é
imprescindível na tarefa de semear
a palavra de Deus e de preparar a
vinda do Reino de Deus (Mateus 3.1s).
‘Plantado, dá.’ Esse provérbio se
aplica também ao Evangelho e, por
conseguinte, à IECLB e sua missão.
Está aí a lavoura de Deus (1Coríntios
3.9), a sociedade brasileira, nossa
cidade, nosso bairro. Quem aí não
semeia, também não vai colher (2
Coríntios 9.6).
Quem não investe energicamente
no esforço por despertar a fé, o amor
e a esperança, terá pesados gastos no
futuro com o ‘saneamento básico’ dos
problemas humanos.
É significativo que de semeadura
material pode brotar fruto espiritual”.
Igreja,
para ser missionária,
deverá ser hábil
em motivar as pessoas
a contribuir com sua
parcela financeira
no plantio
do Reino de Deus
P. Dr. h.c. Gottfried Brakemeier
Dez Mandamentos para Igreja Missionária
Rainhas e vítimas
O assassinato da menina Isabella, ocorrido no
espaço doméstico de uma família de classe média
urbana, me fez voltar a leituras do tempo em que
me tornei pai. Naquela ocasião, queria entender
como errar menos na educação das crianças.
Embora eu tivesse recebido uma boa educação no
âmbito da família e da Comunidade de fé
camponesas, que foi marcada pela liberdade e pelos
limites bem-definidos, precisaria de mais cuidados,
porque os meus filhos viveriam numa realidade
muito diferente do meu mundo da infância.
Foi nesta busca que encontrei análises interessantes sobre como tratamos as crianças no Brasil.
Instigaram-me as observações de um Psicanalista
italiano, Contardo Calligaris, que optou pelo Brasil.
Dizia ele que se impressionava como, no Brasil,
a relação dos adultos com as crianças tem dois lados
bem distintos. De um lado, parece que a criança é a
rainha do mundo. Exemplo extremo disto pode ser
buscado numa entrevista dada pela apresentadora
que ainda se intitula a ‘rainha dos baixinhos’.
Lembro, como se fosse hoje, das suas palavras
infelizes Quando a minha filha começar a andar, se for
preciso eu derrubo todas as paredes para que tenha liberdade
total. Em outras palavras, ‘minha filha não terá
limites’. Com uma educação assim, não precisamos
nos surpreender quando jovens ateiam fogo em
mendigos, índios ou mulheres que se ‘parecem’ com
prostitutas.
No entanto, a moeda tem dois lados. Num país onde
as crianças parecem reis ou rainhas, como se aqui fosse
o paraíso delas, também se joga criança no lixo, em
lagoas e pela janela de um luxuoso prédio. Portanto, é
A hipocrisia vê sempre
nos filhos dos outros
as más companhias
no doce lar que diariamente crianças, bem como as
suas mães, são violentadas e abusadas sexualmente
pelos homens da casa.
Diante de tais fatos cruéis, que são comuns em
nosso país, cabe fazer muitas perguntas antes de
posarmos de hipócritas, como se isso só acontecesse
com os outros. Cada um de nós, sob certas
circunstâncias, pode se tornar violento, especialmente
quando o individualismo rompe os laços que nos dão
segurança e limites.
Também aceitar respostas levianas para
problemas complexos pode ser o início da violência.
Entre as respostas fáceis está aquela que afirma que
vivemos tempos piores que os anteriores. Penso que
a nossa sociedade está mais transparente. Está cada
vez mais difícil esconder os pecados. Nem o poder
nem o dinheiro, que ainda podem muito, são
suficientes para encobrir crimes e roubos.
Na medida em que a sociedade sofisticou os
meios de revelação dos frutos do pecado, estamos
aprendendo com os erros e ela está se tornando
mais justa, apesar dos sinais em contrário.
Com esperança, percebo que na nossa sociedade
as palavras de Jesus estão se realizando, conforme
Mateus 10.26 Não tenhas medo deles, portanto. Pois nada
há de encoberto que não venha a ser descoberto, nem oculto
que não venha a ser revelado.
Uma educação transparente ajuda a família a
superar a hipocrisia que vê sempre
nos filhos dos outros a má companhia.
P. Dr. Oneide Bobsin
Pastor da IECLB
e Reitor da Faculdades EST
Presidência
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
De que Igreja você faz parte?
Somos Igreja que VAI ao encontro das
pessoas, mas que também as convida: VEM.
Essa é uma das chamadas de capa
dos folhetos da Campanha Nacional
para a Missão. Primordialmente,
destina-se aos membros das Comunidades da IECLB. Contudo, um número
considerável de pessoas que não são
filiadas à IECLB também vai tomar
conhecimento da realização dessa
campanha em nível nacional.
A chamada não é apenas um slogan.
Expressa a convicção e o compromisso
que nascem do Evangelho de Jesus
Cristo. Ao mesmo tempo, também
reafirma a vocação para a qual a Igreja
é chamada no mundo, que é a de
testemunhar o amor de Deus revelado
no Filho Unigênito.
A Campanha Nacional VAI! VEM!
Missão de Deus – Nossa Paixão, iniciada
em 11 de maio último e encerrando-se
no próximo dia 30 de setembro de 2008,
é uma bela oportunidade para que
todas as instâncias da IECLB, em forma
de mutirão, unam-se de modo engajado e esforcem-se em torno da constituição de um Fundo de Missão, um
fundo que visa a apoiar e fortalecer
projetos missionários em Comunidades, Paróquias e Sínodos a serviço
da vida plena e abundante da qual
Jesus foi precursor, conforme João 10.10.
VAI! VEM!
Missão de Deus
Nossa Paixão
Constatamos que os membros da
IECLB são dotados de um potencial
fantástico de dons, frutos da bondade,
da graça e da generosidade de Deus.
Dons que podem produzir mudanças
e operar grandes maravilhas a serviço
da missão. Na história da IECLB, não
poderíamos contabilizar os incontáveis exemplos de pessoas que, movidas pela fé, nos deixaram e ainda hoje
contribuem com um belo testemunho
de amor, solidariedade e generosidade.
Nesse sentido, apelamos aos
membros, lideranças, Obreiros e
Obreiras da IECLB para que, em
confiança, alegria, ânimo redobrado,
disposição e criatividade, abracem com
entusiasmo e força a Campanha
Nacional VAI! VEM! Missão de Deus –
Nossa Paixão, como expressão de
gratidão e para a maior glória de Deus.
5
AGENDA DA PRESIDÊNCI
A
PRESIDÊNCIA
JUNHO
31/05 - 1º/06/2008
Assembléia Sínodo
Norte Catarinense
Massaranduba/SC
P. Walter Altmann
24/06 - 01/07/2008
FLM
Comitê Executivo e Conselho
Genebra/Suíça
Carlos Bock
28/06/2008
Assembléia Sínodo
Rio dos Sinos
Novo Hamburgo/RS
P. Walter Altmann
P. Homero Pinto
P. Homero Severo Pinto
P. 1º Vice-Presidente
da IECLB
Pastor Presidente visita Comunidades no extremo Norte do país
“Vindo do extremo Sul, onde está a sede da IECLB,
minha visita a Comunidades do extremo Norte não
deixa de ser um forte símbolo da unidade da IECLB
neste imenso país. Nossos membros e suas
Comunidades, nesta dispersão, necessitam da
solidariedade dos demais membros e Comunidades”, disse o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr.
Walter Altmann, ao relatar a sua visita,
junto com o Pastor Sinodal do Sínodo da
Amazônia, P. Mauri Magedanz, às
Comunidades de Manaus/AM e Boa
Vista/RR, no início do mês de abril,
ambas Comunidades da IECLB que se
localizam mais ao Norte e integram a
relação de projetos missionários da
Igreja.
Em Manaus, a Obreira encarregada
das atividades ministeriais é a Catequis-
ta Traudi Margarida
Kraemer. A Comunidade, localizada em bairro
popular, mantém uma
pequena escola de ensino fundamental, atualmente com 76 alunos.
“Com o reconhecimento da escola pelas autoridades educacionais,
pelo qual a Comunidade e a Obreira muito
se empenharam, espera-se que o número de
IECLB recebe agradecimento da FLM
“Certamente terão chegado à IECLB os testemunhos
de gratidão e reconhecimento
expressados por lideranças
da Igreja Cristã Luterana de
Honduras (ICLH), no ato de
despedida do P. Armindo
Schmechel, realizado durante
a Conferência de Bispos,
Presidentes e Líderes (COP/
COL), entre os dias 31 de
março e 4 de abril.” O texto é
do Secretário para América
Latina e Caribe/Departamento para Missão e
Desenvolvimento da Federação Luterana Mundial
(FLM), rev. Martin Junge, em correspondência
encaminhada à Presidência da IECLB, agradecendo pelo trabalho do P. Armindo Schmechel em
Honduras.
P. Schmechel havia sido enviado para uma
função específica como Pastor, com o objetivo de
auxiliar a ICLH na capacitação teológica de seus
Pastores e membros. “Com a aposentadoria do
ex-P. Presidente Guillermo
Flores, ficou um vácuo na
liderança, pois aquela pequena igreja não tinha
outros Pastores ordenados”, explicou o Pastor
Presidente da IECLB, P. Dr.
Walter Altmann. Houve,
então, um apelo especial ao
Pastor Schmechel e à
IECLB para que esta
concordasse com a sua
eleição para Pastor Presidente da Igreja Cristã Luterana de Honduras.
“Inicialmente, resistimos, pois a IECLB, ao
enviar seus Obreiros para outra igreja, não o faz
para assumir cargos de liderança, mas ficamos
muito contentes com o resultado descrito na carta
da FLM”, afirmou P. Altmann. “Valorizamos
imensamente esse gesto de solidariedade e
reconhecemos a valiosa contribuição da IECLB
para o processo de fortalecimento da ICLH”,
escreveu o rev. Martin Junge.
crianças inscritas aumente, podendo,
desta forma, a escola sustentar a
Obreira Catequista, avaliada nesta
ocasião pela Comissão Sinodal de
Avaliação, que recomendou a renovação do seu termo de atividade
ministerial”, contou o Pastor Presidente da IECLB. O Pastor licenciado
Júlio Schweickardt, hoje atuando na
Fiocruz, auxilia por meio da realização
de cultos.
Em Boa Vista, P. Altmann oficiou a ordenação
da Pastora Luceny Laurett, que, no seu projeto
missionário, comprometeu-se a atingir a sustentabilidade nos próximos anos. Para tanto, pretende
dar atenção espiritual tanto aos membros históricos da IECLB quanto aos novos membros que
nela venham a se integrar.
CMI completa 60 anos
Perseverança no empenho
em favor da unidade foi o tema
central abordado pelo Pastor
Presidente da IECLB e Moderador do Conselho Mundial de
Igrejas (CMI), P. Dr. Walter
Altmann, ao dirigir-se ao Comitê Central, em Genebra, na
Suíça, no mês de fevereiro.
Nesse ano em que o CMI celebra o seu 60º aniversário, P. Altmann assegurou, ecoando a
afirmação contida na mensagem da assembléia constitutiva “É nosso firme propósito permanecermos juntos”.
O documento produzido pelo Pastor Presidente para a
ocasião relembra marcos do movimento ecumênico e a
própria história do Conselho, em que reiteradamente se
afirmou o compromisso da unidade por meio de inúmeros
documentos e ações. A mais recente foi a realização da IX
Assembléia Geral, em Porto Alegre/RS, em 2006, quando o
CMI adotou a declaração intitulada Chamados a ser uma Igreja
una, como ‘um convite às igrejas a renovarem seu
compromisso com a busca da unidade e a aprofundarem
seu diálogo’.
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Ministério
O Ministério pastoral em
família: unindo lar e altar
Quais são as suas atividades na
Paróquia de São José/SC?
Há 18 anos, minha família tem
atuado em São José, onde se trabalhou,
juntamente com o Presbitério, o
paradigma de integrar todas as faixas
etárias por meio de programações
específicas. Algumas ênfases têm sido as
seguintes: Missão Criança, Ensino Confirmatório, Liderança e Orquestra. Missão Criança
acompanha as crianças batizadas e seus
pais, por meio de visitas e eleição de
Padrinho/Madrinha de oração no culto
do Batismo. Anualmente, estes são
trocados até a criança ingressar na
Escola Dominical, aos quatro anos. Ensino
Confirmatório busca não apenas a
confirmação do jovem, ao final do curso
de dois anos, mas o envolvimento da
família toda. Em equipe, são ministradas
as aulas, o louvor, passa-dias, caminhadas por trilhas, retiros, cultos especiais,
etc. Liderança tem recebido um incentivo
expressivo nos trabalhos paroquiais e
comunitários. Dos grupos, emergem
novas lideranças que vão assumindo
diversas tarefas. Orquestra refere-se ao
projeto de montar uma Orquestra, que,
hoje, conta com cerca de 60 componentes
que tocam instrumentos de sopro,
cordas e percussão, entre eles sax, tuba,
trompete, clarinete, flauta transversa,
violino, violão, bateria, etc.
Que ações estão sendo realizadas para
atrair o confirmando para a Igreja?
O Ensino Confirmatório recebeu uma
atenção especial, pois o nosso objetivo é
a participação da família como um todo,
Os Ministérios
etc., em que são motivados a se fazerem
presente. Os dois anos se tornam
prazerosos e apresentam uma Igreja
receptiva para todos os familiares, que
terminam se envolvendo de maneira
plena.
Natural de Timbó/SC, P. Sérgio Gessner,
51 anos, formado pela Faculdade de
Teologia, em São Leopoldo/RS, é casado
com Vera Lúcia, formada na Casa Matriz
de Diaconisas como Assistente de
Comunidade e, na PUC-Porto Alegre/RS,
em Ciências Sociais. O casal tem dois filhos:
Tobias Rudolfo e George Luis. A família
participa ativamente dos cultos, escola
dominical, encontros de jovens, retiros e,
principalmente, no louvor. Os filhos têm se
dedicado à música e Vera, ao lado do marido,
tem assumido estudos na OASE, encontro
de casais, coordenado o trabalho da terceira
idade e as pregações em cultos.
por isso a equipe tem liberdade de
agenda e o Pastor coordena e está
presente sempre que possível. Durante
todo o tempo de Ensino Confirmatório,
os jovens têm programações, como
trilhas, caminhadas, acampamentos,
A atenção à música busca manter o
jovem na Igreja?
Em 2007, foi contratado um Maestro
para instalar, nas dependências da
Comunidade de Campinas, uma escola
de música com o objetivo de formar uma
orquestra. Iniciaram cerca de 80 alunos.
Hoje, perseveram cerca de 60, que tocam
diversos instrumentos. Temos alcançado
um significativo número de jovens, que
são acolhidos com suas diferenças de
expressão, louvor e temas abordados nas
prédicas. Nossos cultos têm sido inspiradores, alegres, descontraídos e edificantes.
A formação de lideranças é importante
para o futuro da Igreja?
Certamente, por isso a formação de
lideranças tem recebido atenção especial. Atualmente, existem cerca de
treze grupos domiciliares e/ou casais de
onde nascem lideranças que vão
assumindo responsabilidades no Presbitério, OASE, Visitação, Grupos de
oração, Trilhas e caminhadas, Pessoas
sós, Boas-vindas, Terceira idade e
Pregação em alguns cultos. Ao final de
2007, tínhamos, aproximadamente,
duzentos líderes envolvidos nas três
Comunidades e dois Pontos de Pregação
da Paróquia.
Ao longo dessas quase duas décadas de Ministério na Paróquia de
São José/SC, os trabalhos cresceram
de duas para três Comunidades e dois
Pontos de Pregação novos. Atuam
dois Pastores e, ainda esse ano, deve
ser criada uma nova Paróquia e
contratado mais um Obreiro.
A Paróquia divide as suas áreas
de atuação em Ministérios. O Pastor
responsável está na coordenação dos
trabalhos, mas cada líder programa
uma agenda de convívio, aumentando a flexibilidade dos encontros.
Na Comunidade de Campinas,
são 23 Ministérios: Missão Criança,
Berçário, Escola Dominical, Visitação
Permanente, Ensino Confirmatório, Jovem,
Louvor, Membros Novos, Casais, Grupos
Domiciliares, Trabalho com Mulheres,
Intercessão, Discipulado Individual e em
Grupo, Pregadores, Literatura, Folhetos
Evangelísticos, Ação Social, Sobriedade,
Boas-Vindas, Aconselhamento, Terceira
Idade, Trilhas e Caminhadas e Pessoas Sós .
Na Comunidade de Barreiros, são
15 Ministérios: Escola Dominical, Ensino
Confirmatório, Jovem, Louvor, Grupos
Domiciliares, Trabalho com Mulheres,
Intercessão, Discipulado Individual,
Pregadores, Ação Social, Boas-Vindas,
Aconselhamento, Manhã com Deus, Visitação Permanente e Escolinha de Futebol.
Na Comunidade de Forquilhas,
são 8 Ministérios: Escola Dominical,
Ensino Confirmatório, Jovem, Louvor, Grupo
de Casais, Grupo de Oração, Discipulado
Individual e Grupos de Estudos Bíblicos.
Nos novos Pontos de Pregação, no
município de Biguaçu/SC e no bairro
de Picadas, os trabalhos também
estão sendo organizados nessa direção: a concretização do Sacerdócio
Geral dos Crentes.
Diaconia em Contextos Urbanos
O trabalho diaconal da IECLB tem
sido desafiado pela
realidade social e
econômica do nosso
país. As Comunidades são desafiadas
a refletirem sobre
formas de trabalhar
em rede com organizações não-governamentais, outras denominações religiosas e também com o poder público. As Comunidades e instituições são confrontadas com
inúmeros questionamentos: Como contribuir para
a transformação de tantas realidades de sofrimento sem
substituir o poder público em sua tarefa? Como prestar
assistência sem se tornar assistencialista? Como
desenvolver um trabalho diaconal sem ser proselitista
ou sem fechar as portas da Comunidade para o trabalho
diaconal?
Como resultado do Seminário Nacional de
Diaconia em Contextos Urbanos, realizado em
São Paulo/SP, de 4 a 7 de outubro de 2007, a
Coordenação de Diaconia da Secretaria Geral
está lançando, com apoio da Fundação Luterana
de Diaconia, um DVD sobre Diaconia em
Contextos Urbanos. O material quer ser uma
ferramenta para que Comunidades, lideranças
e grupos possam debater o tema.
O DVD enfoca três grandes temas: Conceito de
diaconia, Protagonismo e Comunidade aberta, que
servem tanto para realidades urbanas quanto
rurais e não tem a intenção de trazer respostas
prontas ou verdades definitivas, mas quer ser
motivador para refletir a ação diaconal da
IECLB. O material está à disposição dos Sínodos,
Paróquias, instituições e grupos interessados.
Informações: Coordenação de Diaconia da Secretaria
Geral pela Caixa Postal 2876, Cep 90.001-970, Porto
Alegre/RS ou pelo e-mail [email protected].
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
7
7
Presbitério
No Presbitério, consagrando-se primeiro
ao Senhor e, depois, ao próximo
com o Evangelho. Aos poucos, Deus foi
trabalhando em meu coração e entendi
que necessitava da graça de Deus. Foi
uma mudança radical. Desde então,
estou sempre envolvido na Comunidade e Paróquia, como Presidente e
Tesoureiro por várias vezes. Atualmente, sou Presidente da Paróquia. Já
assumi a tarefa de Professor da Escola
Dominical e pregador leigo e também
tenho trabalhado com Grupos de
Discipulado.
Valdir Schütz, 55 anos, nasceu em
Ituporanga/SC, é casado com Valli, com
quem tem um filho, uma filha e duas netas,
e, na IECLB, atualmente é Presidente da
Paróquia de Ituporanga.
Qual é o papel da fé no seu dia-a-dia?
A fé precisa ser alimentada do
mesmo modo como alimentamos nosso
corpo, por isso meu dia começa com
tempo de meditação e oração, há 26
anos. A fé interfere em todas as áreas
da vida, ajuda a viver uma vida transparente, reconhecendo erros, admitindo falhas e orientando a relação familiar
e a educação dos filhos.
Que razão o levou a participar do
Presbitério?
Por anos, participei da Igreja por
tradição, mas não tinha compreensão
do amor de Deus e nem compromisso
Como é o seu trabalho como Presidente
da Paróquia de Ituporanga?
Tenho assumido as funções administrativas e procuro realizar esse trabalho
com dedicação, mas a tarefa vai além. É
preciso pastorear o rebanho. Acompanho a área financeira, no entanto
também penso no cuidado das pessoas,
no sentido de guardá-las das mentiras
e enganos. Como Presbíteros, somos
responsáveis pela reta pregação da
Palavra. Procuro ajudar as pessoas a
descobrir e aplicar seus dons a serviço
do Reino. Faço isso com alegria e tomo
como exemplo a palavra do Evangelho
que diz que Jesus não veio para ser
servido, mas para servir (Mt 20.28). A
principal responsabilidade é zelar pelo
rebanho que Deus nos confiou e as metas
são: ajudar a Paróquia a assumir mais
a tarefa missionária, reavivar o
trabalho com discipulado, iniciar o
curso Alpha e apoiar a realização do
Encontrão Jovem, que, em 2008,
completou 25 anos.
Há projetos especiais sendo desenvolvidos na Paróquia?
A Paróquia mantém uma escola,
bela oportunidade de compartilhar o
Evangelho, além de promover educação com qualidade. Nosso projeto é
abrir o terceiro pastorado na Paróquia,
com ênfase no acompanhamento à
escola. Outro projeto é a participação
nas iniciativas missionárias. Ajudamos o Projeto da Missão Zero em
Butiá/RS e vamos apoiar o Projeto
Missionário do Sínodo Centro-Sul
Catarinense. Além disso, estamos
organizando visitas a outras Comunidades e Paróquias para realizar
evangelizações.
Quais são as maiores dificuldades
encontradas na região?
Uma das principais dificuldades
está na área financeira. Muitos querem
ver mudanças, mas há carência de
ensino nesta área. Precisamos envolver as pessoas no serviço do Reino, de
forma compromissada e com a marca
da gratidão. A Igreja deve pregar sobre
o dízimo, por exemplo, pois foi em uma
pregação que entendi que tudo é do
Senhor e que o sustento da Igreja de
Jesus deve acontecer por meio de
ofertas e dízimos. A pregação deve ser
no sentido de gratidão, nunca de
obrigação, pois Deus ama a quem dá
com alegria. O Evangelho da salvação
deve ser anunciado a todas as pessoas,
então o dízimo é também nosso
compromisso com essa tarefa.
O aprendizado
de trabalhar no
Presbitério da IECLB
O maior aprendizado é trabalhar em equipe! Aprendi a ouvir,
respeitar opiniões diferentes e
trabalhar pela unidade no vínculo
da paz, pois aí tem crescimento.
Aprendi a gostar de trabalhar
junto com outras pessoas. Penso
de onde fui tirado, de uma vida
longe de Deus, para, hoje, experimentar a comunhão com o Senhor.
O Evangelho me trouxe paz. Isso
me leva a trabalhar para que
outras pessoas possam também
conhecer esse Jesus Libertador!
O trabalho no Presbitério me
ajudou a conhecer melhor a nossa
IECLB, seus problemas e bênçãos
que Deus tem derramado sobre a
sua Igreja. Como Presbítero, isso
me motivou a sair de Ituporanga
e estar junto com irmãos de outros
lugares, compartilhando desta
maravilhosa graça que Deus nos
concede por meio de Jesus Cristo.
Sempre que posso compartilhar o Evangelho, aprendo um
pouco mais daquilo que Deus faz
ao nosso redor, auxiliando na
minha função de Presbítero. Sou
grato a Deus por tudo isto. O
segredo de um Presbitério bemsucedido é consagrar-se primeiro
ao Senhor e, depois, ao próximo.
Financeiro Responde - Livro Caixa
Nos dias
11 e 12 de abril,
participamos
de dois eventos no Sínodo Norte Catarinense,
nos quais tivemos a oportunidade
de conhecer localidades e pessoas,
dentre as quais destaco o Contabilista Elemer Kroeger, atualmente
exercendo a Presidência do Sínodo,
que, com a sua competência, nos presenteou com um material extremamente prático e aplicável em relação
aos procedimentos de confecção do
Livro Caixa, os quais transcrevo:
- O Livro Caixa deve ser feito mensalmente.
- Os lançamentos devem ser feitos
obrigatoriamente em ordem seqüencial crescente de data.
- O Livro Caixa não pode conter rasuras.
- Só podem ser efetuados pagamentos
se existirem documentos hábeis, ou
seja, Nota Fiscal, Cupom Fiscal, Nota
de Serviço, Nota do Produtor, Nota
Promissória ou Recibo Personalizado,
todos originais. Em nenhuma hipótese,
poderá ser utilizado recibo comum.
- Quando existir pagamento por
cheque, é salutar anexar cópia carbonada, cópia do canhoto do mesmo e ser
lançado na coluna ‘entrada’ do Livro
Caixa, identificando claramente o
banco e o número, para posterior
acompanhamento pelo extrato, quando da sua compensação. Não se deve
esquecer de anexar mensalmente o
extrato bancário.
- Os saques de conta bancária de
poupança também devem ser lançados
na coluna ‘entrada’ do Livro Caixa,
identificando-os de qual banco.
- Os depósitos para bancos também
deverão ser lançados, neste caso, na
coluna ‘saída’ do Livro Caixa.
- Em todo documento anexado ao Livro
Caixa, deverá ser anotado, a lápis, em
seu corpo ou no verso, a sua finalidade,
para facilitar a contabilização e
esclarecer dúvidas na prestação de
contas. Exemplos: material e despesa
com Culto Infantil, Coral e Música,
material litúrgico (velas, vinho, etc.) e
outras despesas de manutenção,
conserto e limpeza.
- Todo o dinheiro que for recebido,
qualquer que seja, terá que ser lançado
no Livro Caixa. Exemplos: ofertas,
doações, retiradas de banco, empréstimo, financiamento em banco e
cobrança, mesmo que só transitem
para simples transferências.
- O Livro Caixa deve ser entregue
assinado pelo Tesoureiro e vistoriado
pelos responsáveis (Presidente e
Conselho Fiscal).
- Quando do encerramento do período, devem ser detalhados os saldos
referente a cheques, dinheiro, possíveis vales e outros valores, para
formalizar a transparência do processo.
Amauri Ludwig
Secretário Executivo
de Finanças da IECLB
Indicadores Financeiros
UPM Maio/2008 = 2,2992%
Índice Abril/2008 = 0,74%
Acumulado do ano = 2,23%
JOREV LUTERANO JUNHO 08 9
8
UNIDADE
A música como importante instrumento de missão na nossa Igreja
Música... Combinação expressiva de sons com o poder de harmonizar o espírito... Linguagem da alma... Forma de arte presente em todas as civilizações
conhecidas... Conceitos não faltam, mas todos dizem respeito ao efeito sublime que um conjunto de notas, ritmos e melodias é capaz de provocar.
Comumente, a música é dividida em erudita (chamada música ‘culta’), popular (ou música de socialização), folclórica ou tradicional (associada a
elementos culturais de grupos sociais) e religiosa (utilizada em liturgias, adorações e orações). Considerando esta última forma de linguagem musical,
conversamos com o P. Ari Käfer, Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, seu ex-aluno, hoje Regente, Gerson Krug, a Professora de Música
da Associação Diacônica Luterana (ADL) Matilde Lüdtke e Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec de Comunicação, para conhecer um pouco
mais sobre a influência da música na vida deles e, principalmente, refletir sobre como a música pode ser um inestimável instrumento de missão
Oxigênio para a vida particular, a fé e o Ministério pastoral
trombone de pisto e trompete. Também cantei no
coral da escola, fiz curso de Regência para coros e
auxiliei na criação da bandinha que tocava as músicas para o grupo de folclore alemão. Na Faculdade de Teologia, coordenei o coro de metais. Consegui, em contato com o P. Hans Roser, do
Matinlutherverei in Bayern, a doação de diversos trombones e trompetes para a EST.
Ainda cantei no Coral do Morro e participei nos encaminhamentos preliminares do, hoje,
Instituto de Música da EST.
P. Ari Käfer,
formado pela
Faculdade de
Teologia, em
São Leopoldo/
RS, atualmente
exerce o pastorado na Paróquia Bom Pastor, em Blumenau/SC, acumulando a função
de Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, da
IECLB, Regente de dois Corais e do Coro de trombones na
Paróquia Bom Pastor, além de Pastor orientador da música
no Sínodo Vale do Itajaí.
Envolvimento com a música
Descobri o dom da música em 1979, quando
ingressei na Escola Evangélica de Ivoti/RS.
Aprendi a tocar trombone de vara e, mais tarde,
Atividades ligadas à música
Atualmente, sou Pastor na
Paróquia Bom Pastor, no Bairro Fidélis, em Blumenau/SC,
além de Regente de dois Corais
e do Coro de Metais. Também
dou aulas de trombone e
trompete e coordeno os ensaios de um grupo de
liturgia e canto. Também temos Professores de Música dando aulas de diversos instrumentos em duas
das nossas Comunidades. Desde outubro de 2007,
sou Presidente da Obra Missionária de Metais
Acordai, da IECLB, um núcleo da Comunhão Martim
Lutero que congrega os Coros de Metais da Igreja.
Em outubro passado, promovemos o V Encontro
Nacional de Coros de Metais, em Schroeder/SC, reunindo mais de 400 Músicos representando seus gru-
pos vindos de diversos Sínodos da nossa Igreja. Ainda, editamos material didático e de trabalho para
os nossos grupos.
Papel da música na vida
A música é o oxigênio para a minha vida particular, para a minha fé e para o meu Ministério pastoral. Aquilo que a palavra falada e os outros recursos de comunicação não são capazes de promover no ser humano, a música consegue. Toco e ouço
músicas de diferentes estilos para os diferentes
momentos da minha vida, mas o que me toca mais
forte são os hinos que atingem a minha sensibilidade, a música clássica e as músicas meditativas,
quando necessito serenar o meu interior.
Missão por meio da música
Onde se toca um belo hino e se canta, as pessoas
se achegam. Tenho entre os meus alunos de sopro
crianças, adolescentes, pais e terceira idade. Já experimentei o mesmo fenômeno em outras Paróquias: o comprometimento com a missão cristã por
meio da música, por isso defendo que as Comunidades dêem espaços a conjuntos musicais da juventude e vez para tocar e cantar com seu estilo em
cultos preparados para esse fim, mas os Obreiros
devem cuidar para que esses não copiem o lixo musical do mercado evangélico. A música e o canto
comprometem a quem participa dos grupos e dos
corais e entusiasmam e vivificam as Comunidades.
Servindo a Deus com plena satisfação e muito amor à causa
Envolvimento com a música
Em 1990, o P. Ari Käfer insistiu para
que eu aprendesse a tocar um instrumento. Como, no passado, meu pai tocava
trompete e a minha mãe cantava no coral,
aceitei o desafio. Iniciei de maneira informal, mas com muita dedicação, tocando
trompete, trombone, bombadino e flauta.
Fiz cursos e participei de seminários de
música e regência. Acredito que, em função dos meus ‘pais musicais’, tive bastante facilidade em aprender. Após dois ou
três anos de estudo, já estava na regência
do coral.
Papel da música na vida
Não sei o que seria da minha vida sem a música. Sou muito grato ao P.
Ari Käfer pelo seu estímulo e preocupação em formar líderes, Regentes.
Como profissão, sou Agricultor, mas, com a música, trabalho por satisfação e amor à causa, pois ela não me proporciona sustentação financeira,
apenas ajuda de custo. O importante é servir a Deus, pois,
pelo canto, os problemas se tornam bem menores.
Missão por meio da música
Posso ajudar outras pessoas com o trabalho no coral,
por exemplo, pois, quando as pessoas cantam, ficam mais
leves. Como coralista, auxilio outras pessoas a participaMembro na Paróquia de Mercedes, perrem
da obra de Deus. É muito gratificante. Como missão, a
tencente à Comunidade de Guavirá/PR,
música,
por meio do canto e do uso dos instrumentos, está
Gérson Krug desenvolveu um grande
aí
para
tornar
os cultos mais agradáveis, tanto para quem
amor pela música, despontando como ReAtividades ligadas à música
canta
quanto
para
os membros. Percebo que as pessoas
gente. Hoje, é Regente do coral da CoAtualmente, sou Regente do coral da
gostam
e
participam
bem mais quando o culto tem músimunidade de Mercedes e toca trompete e canta no grupo da ComuniComunidade de Mercedes e toco trompete,
ca.
Além
disso,
a
música
torna as celebrações muito mais
dade Linha Guavirá.
além de cantar no grupo de música da Cobonitas. Quando o culto aborda algum tema conhecido e
munidade Linha Guavirá. Também já regi o coral ecumênico na Comunidade
não temos nenhuma música relacionada no HPD, adaptamos. Também procuro
Novo Horizonte, mas, no momento, não tenho tido tempo para esta atividade em
e incentivo pessoas a aprenderem a tocar um instrumento, mas o pessoal reclafunção da distância.
ma que é difícil conciliar os estudos com o aprendizado da música.
Uma vida totalmente dedicada à música no âmbito da Igreja
Envolvimento com a música
Meu primeiro contato com música
aconteceu durante meus sete anos de
estudos na ADL. Depois disso, fui estudar música em Vitória/ES, na Escola de
Música. Ainda durante esses estudos,
fui convidada a assumir as aulas de
Música em minha antiga escola, a ADL,
mas continuei as aulas de música na
Escola de Música de Vitória.
Atividades ligadas à música
Venho regendo corais pela região e,
principalmente, na ADL. Em sala de
aula, trabalho com Teoria Musical, Percepção Musical, Regência e Canto, além
de ministrar aulas de instrumento, que
também acontecem fora da ADL, nas
Paróquias e Comunidades do Sínodo
Espírito Santo a Belém.
Papel da música na vida
Na minha vida, atualmente, é tudo,
pois é a minha fonte de renda, o meu
sustento. Além disso, desde criança,
envolvo-me muito com música, já que
toda a família e, principalmente, a minha mãe sempre estiveram envolvidas
e me incentivaram a praticar a música.
Um fato marcante, por exemplo, foi o
momento em que um dos meus irmãos
presenteou-me com um piano, o que
muito me animou e motivou para a continuação nessa vida dedicada à música
no âmbito da Igreja.
Missão por meio da música
Penso que os corais e grupos de canto das nossas Paróquias e Comunidades, bem como musicistas que acompanham cultos e encontros, sentem
que esse é um importante espaço que
é seu. Imagino que a ausência desses
levaria muitas pessoas, hoje
engajadas no serviço da Igreja, a
afastarem-se. Como tarefa ou possibilidade missionária, poderia se falar na criação, animação e fomento
de mais grupos de canto, corais e
grupos de animação nas Comunidades, onde todos, mas principalmente os jovens, têm o espaço valorizado e sentem-se integrados no corpo
da Comunidade. Dentre as minhas
atividades, é possível citar a minha
participação no Conselho Sinodal de
Música, em que se pensa o que acontecerá em todo o Sínodo envolvendo a
música. Além disso, a preparação de
pessoas para o trabalho de música nas
Paróquias e Comunidades, o incentivo
a corais infantis e as aulas de música
para jovens e adolescentes em âmbito
do Sínodo Espírito Santo a Belém. Sobretudo, destaco a formação de lideranças comunitárias para esse fim que acontece na Associação Diacônica Luterana,
uma vez que todos os estudantes da casa
A Professora Matilde Lüdtke é formada em
Teoria Musical pela Escola de Música do
Espírito Santo e especialista em flauta e
Regência para Coral. Atualmente, atua
c o m o
Professora de
Música
da Associação
Diacônica
Luterana
(ADL),
em Serra
Pelada/
ES.
têm formação em Música, na
qual Regência, coordenação e
criação de grupos são o foco
mais importante.
Poder de cativar e motivar a participação na missão da IECLB
Envolvimento com a música
Aos 12 anos, já era fã de Elvis Presley, Caubi
Peixoto e Freddy Quinn. Quando o Pastor da Paróquia me convidou para ser Professora da Escola Dominical, tudo começou: um imenso amor pela música luterana.
Atividades ligadas à mú- sica
Estou há 14 anos na
Presidência da Fundação
Isaec e, nos últimos 5
anos, senti uma grande
necessidade de fazer algo
de muito bom pela nossa
Igreja. Como estávamos
carentes de bons CDs, resolvi começar a gravar os
hinos dos nossos hinários. Já estamos com 12
CDs gravados!
Papel da música na vida
Além do ar que respiro e da minha família, a
música é tudo na minha vida, pois ela me leva ao
céu!
Missão por meio da música
A missão pode acontecer pelo canto na Igreja e a
expressão de louvor a Deus. Acredito que uma Comunidade que canta é uma Comunidade viva e
Professora de ensino
religioso em escolas
municipais e estaduais durante 10 anos,
atualmente Hanny
Taeschner é a primeira mulher a presidir a
Fundação Isaec de
Comunicação em 30
anos de existência da
entidade e,
há cinco
anos, está
envolvida
no Projeto
‘Reavivar
o Canto em
Comunidade’, que consiste em gravar os hinos da
nossa Igreja com arranjos especiais.
participativa. Os nossos hinos são um grande instrumento para a divulgar o Evangelho. O canto tem
o poder de cativar e motivar a participação na ‘Missão da Igreja’. Diariamente, recebo testemunhos de
que certas músicas gravadas fazem diferença na
vida das pessoas que adquiriram os CDs. O sentimento é de mais fé e menos solidão e depressão. O
hino mais procurado é o número 216 do HPD 1 Se as
águas do mar da vida.
Reavivar o Canto em Comunidade
Reavivar o Canto em Comunidade é
o desafio que a
Fundação Isaec de
Comunicação está lançando com
a gravação dos
CDs Hinos do Povo
de Deus, com o objetivo de estimular a Comunidade luterana a cantar com mais alegria os hinos, participando ativamente nos cultos.
O Projeto Reavivar o Canto em Comunidade terá o
seu final em dezembro de 2008, após cinco anos de
contatos com as Paróquias e Comunidades de toda
a IECLB.
“Infelizmente, nem todas as lideranças entenderam o quanto é importante estimular os hinos
junto aos nossos membros. Somente 25% dos
Obreiros abraçaram o Projeto da Fundação Isaec
de Comunicação. Das 472 Paróquias, apenas 95 se
tornaram assíduas divulgadores dos CDs. O nosso sonho era alcançar pelo menos 100 mil membros. Provavelmente, chegaremos somente até a
metade e muitos luteranos continuarão sem ter
nenhum hino da nossa Igreja para cantarem nos
seus lares”, lamenta Hanny Taeschner, Presidente
da Fundação Isaec de Comunicação.
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Mulheres
Desenvolvendo o amor e a
valorização das mulheres
doação, também
temos nos envolvido com o Centro
de Recuperação
Nova Esperança
(Cerene) , no que
tange a visitas e
doações, fortalecendo, assim, o
servir. A prioridade no trabalho
junto às mulheres
é fazer com que
elas se sintam
Anelise Muniz de Souza, 42 anos, é casada
há 23 anos com Antônio Adelar e mãe de três
filhos, Rodolfo, Eduarda e Martina. Natural
da cidade catarinense de Bom Retiro, pertence
à Paróquia de São José, Comunidade de
Campinas. Atualmente, é Presidente do grupo
de OASE de Campinas e dirigente do grupo da
terceira idade da Comunidade.
No Sínodo Centro-Sul Catarinense,
como é o trabalho com mulheres?
É um trabalho edificante. Nos nossos encontros, que acontecem todas as
quartas-feiras, das 14h30 às 16 horas,
temos louvor, oração, Palavra e comunhão, sendo que a Palavra é o centro
Dilene Gübler, Vice-Presidente da OASE, e Anelise
das nossas reuniões. Além dos nossos
encontros, também temos o Chá das
Mães sempre no mês de maio, o jantar
dos ‘Eternos Namorados’, o Chá da
Primavera e a Noite das Divas, além
de passeios e viagens. Como Presidente
do Grupo de OASE, minha tarefa é fazer
com que as mulheres que ainda não
conhecem Jesus e não ouvem a Palavra
sejam alcançadas.
Quais são as demandas das mulheres
do Sínodo no dia-a-dia?
Os temas são bem diversificados,
sendo que o centro de tudo é Jesus.
Aqui, tratamos sobre relacionamentos
em família, auto-estima, depressão, os
potenciais de cada mulher, talentos,
desafios, demandas possíveis, etc., pois
temos personalidades e pensamentos
diferentes. Com total dedicação e
amadas e valorizadas. Trabalhamos o
verdadeiro valor das coisas, autoestima, filhos, relacionamentos,
trabalho x lar e como ser um verdadeiro ‘cristão’.
A participação das mulheres é ativa?
É expressiva. Temos um grupo bem
ativo e eclético de, aproximadamente,
60 mulheres, no qual há mulheres da
terceira idade, meia idade e mulheres
bem jovens. Entre estas participantes,
estão donas de casa, empresárias e
autônomas, todas envolvidas no
trabalho do Reino. No entanto, imagino
que a Igreja poderia ser mais extrovertida nessa questão do trabalho
direcionado às mulheres. Ainda existe
muita tradição, muito tabu que precisa
ser mudado. Há mulheres que não têm
liberdade de expressão. Muitas vezes,
são agredidas física e verbalmente, sem direito à
defesa, o que não
é o nosso caso,
mas em outras
Comunidades e
contextos. Deveria existir um trabalho mais específico nesta área.
Trabalho, união e comunhão feminina na Igreja
onde vivo, aprendi que não basta ter
uma religião se não amar a Deus, servilo e, acima de tudo, aceitá-lo como
Senhor e Salvador da sua vida. Passei
por experiências tristes na minha vida,
mas se uma coisa me fez crescer na fé
foram as perdas. Sou uma pessoa que
não desanima facilmente, faço tudo
com muito amor, carinho e total dedicação. Penso que por esta razão
tenham me proporcionado esta
responsabilidade.
Como motivar as mulheres que ainda
não participam de nenhum grupo
feminino na Igreja?
Temos buscado, junto com a equipe,
idéias de pessoas mais jovens. Até
mesmo nas palavras que serão
pregadas, temos um público-alvo.
Nestes chás e jantares, procuramos
convidar, além dos nossos, pessoas que
nunca ouviram a Palavra e isto tem
dado bons frutos. Isto é missão! Uma
forma de atrair novas participantes é
descobrindo talentos, porque o nosso
grupo, além da Palavra, oração e
louvor, também trabalha com artesanato. Quase sempre, quando
descobrimos um talento para o artesanato, procuramos inserir esta
pessoa em nosso meio e isto tem sido
gratificante, porque, além da Comunhão
e do Testemunho, também temos que
servir e esta, para mim, é a melhor
parte, o Serviço.
A sua experiência
contribui para
essa responsabilidade ?
Venho de berço luterano. Aqui,
na Comunidade Retiro das mulheres luteranas na cidade gaúcha de Nova Petrópolis
35 de Comunhão,
Testemunho e Serviço
em São José
Em 26 de março, a OASE de
Campinas São José, pertencente ao
Sínodo Centro-Sul Catarinense,
comemorou seus 35 anos de
atividades em grande estilo, no
salão da Comunidade de Campinas.
Foi uma tarde abençoada, em
que todos relembraram como
iniciou a OASE. Na época, este
grupo se reunia nas garagens das
casas das não mais que 12 senhoras
participantes.
Nessas mais de três décadas de
história, aconteceram muitos fatos
edificantes e, no conjunto atual,
ainda reúnem-se senhoras fundadoras do grupo, por isso foi com
muita alegria que todos comemoraram este dia tão especial.
Estiveram presentes nesta tarde, além do grupo de Campinas,
representantes de outros grupos de
Florianópolis. Também compareceram o Presidente da Paróquia,
Aldoni Werlich, o Presidente da
Comunidade, representado por sua
esposa, Elizete Reginaldo, representantes do Centro de Recuperação
Nova Esperança (Cerene), o Pastor
Sinodal do Sínodo Centro-Sul
Catarinense, P. Sigolf Greuel, e sua
esposa, que levou uma palavra
maravilhosa e edificadora Como ser
um bom perfume.
O que encantou a todos foi a
persistência deste número pequeno
de senhoras que iniciaram o grupo
e plantaram esta semente, que
germinou, tornando-se um grupo
maravilhoso formado por 60
mulheres. “Isto só foi possível
porque Jesus está sempre à frente
deste trabalho. Em favor das
senhoras que se acrescentam,
estamos pensando em desenvolver
grupos de estudo bíblico para
mulheres, aprimorar os potenciais
e talentos e continuar alcançando
vidas para Jesus”, planeja Anelise
de Souza.
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
11
11
Fé Luterana
IECLB e a Missão de Deus, Nossa paixão
Missão é a razão de ser da Igreja, por isso a IECLB
definiu missão como uma das prioridades na sua caminhada
cristã. De Norte a Sul e de Leste a Oeste do nosso Brasil,
somos testemunhas do amor de Deus nas mais diversas
realidades e situações, sejam elas favoráveis ou hostis.
Relatando estas vivências de alegrias e dificuldades de fazer
missão em diferentes contextos estão o P. Itto Alberto Sträher,
atuando desde 1980 em Comunidades rurais, atualmente
em São Lourenço do Sul/RS, e, no Sínodo Sul-RioGrandense, como membro do Conselho, é Coordenador da
Comissão de avaliação de Obreiros e campos de trabalho.
Com experiência em Comunidade pequena, participa o P.
Carlos Alberto Radins. Desde 1996, está no seu primeiro
campo ministerial, a Paróquia de Alta Floresta/MT. O P.
Marcos Aurélio de Oliveira, Obreiro do Ministério Pastoral
na Paróquia dos Apóstolos, em Joinville/SC, desde agosto
de 2007, seu primeiro campo de trabalho, conta sobre o
trabalho na Comunidade grande. Concluindo, vamos
conhecer um pouco mais sobre a realidade em Comunidade
urbana por meio do P. Edélcio Tônio Tetzner, Pastor em
Resende/SP, responsável pela Juventude do Núcleo Rio no
Sínodo Sudeste, Coordenador de um dos ramos da Pastoral
da Sobriedade da Igreja Católica e articulador para a formação da Rede Nacional de Defesa da Pessoa Idosa (Renadi).
A fé na Comunidade rural
Comunidade pequena e solidária
Pastor Itto Alberto Sträher
Pastor Carlos Alberto Radins
Ao comemorarmos os 150 anos da imigração alemãpomerana no sul do Rio Grande do Sul, tendo convivido 28
anos entre o povo rural, não tenho dúvidas de que a
sobrevivência dos trabalhadores da terra só foi possível
por causa da sua fé no Deus triúno.
Quando imigrantes chegaram, com sua Bíblia embaixo
do braço, estavam trazendo um suporte que lhes concedia
consolo, confiança, estudo, esperança e perseverança. O resultado disso é a grande
quantidade de Comunidades, com seus templos que povoam a área rural de São
Lourenço do Sul e municípios vizinhos. Por isso também, como Igreja, buscamos
resgatar a história para que a identidade religiosa, principalmente a da fé, tenha
a sua chama mantida na vivência diária. A paixão eclesiástica tem seu vínculo
nesta relação: fé, história e dia-a-dia. Não se pode separar o envolvimento com a
terra, as plantas e a natureza em geral, da fé no Deus criador.
O labor teológico acontece junto com a atividade agrícola. A IECLB tem, nestas
três últimas décadas, marcado presença nesta missão de Deus. O culto, encontro
bem acentuado, não é mais só um compromisso com Deus, mas também
um crescer no comprometimento com o outro e a sociedade em geral.
Em cada Comunidade, os grupos afins vão surgindo para
articular em comunhão aspectos essenciais da vida: grupos saúde,
serviço na Comunidade e na sociedade, associações que tratam
da cidadania e eventos que articulam as reivindicações. Uma
coragem em mostrar a sua identidade, Igreja e fé nos demais
segmentos sociais, isso é paixão missionária.
Para refletir, leia Deuteronômio 26.3-10
A Paróquia de Alta Floresta está localizada no extremo
norte do Mato Grosso, conta com aproximadamente 264
pessoas batizadas, congregadas em quatro Comunidades e
dois Pontos de Pregação. Para realizar o atendimento
pastoral, percorre-se em torno de 300 quilômetros, dos quais
250 quilômetros são de estrada de chão.
Como membros de um só corpo (O certo é que há muitos
membros, mas um só corpo 1 Coríntios 12.20), somos IECLB onde vivemos. As
características da nossa realidade são distintas e, pela experiência de
Comunidade pequena, podemos afirmar com convicção que a fé em Jesus nos
torna solidários uns para com os outros.
Neste sentido, a confessionalidade luterana nos ajuda a entender que, sendo
aceitos por Deus, de maneira incondicional, sem o nosso merecimento, podemos
nos comprometer com a Comunidade. Aliás, é justamente neste aspecto que
temos a nossa maior qualidade: o comprometimento dos membros com a igreja.
Somos poucos e necessitamos de toda a ajuda possível. Desta forma, se
experimenta a vida comunitária no que ela tem de mais bonita, ou seja, a
colaboração e a proximidade dos membros entre si.
Diante dos desafios que temos como IECLB, penso, a partir da
experiência de fé em Comunidade pequena, que a solidariedade
entre Comunidades, Paróquias e Sínodos é a oportunidade de
superar as fronteiras que nos cercam e pensar no outro como
membro do mesmo corpo. Assim, estaremos cumprindo com a
tarefa que Cristo nos deixou.
Para refletir, leia 1 Coríntios 12.12-26
Comunidade grande: encontro
Visitação na Comunidade urbana
Pastor Marcos Aurélio de Oliveira
Pastor Edélcio Tônio Tetzner
Ser Comunidade missionária em contexto de cidade
grande precisa levar em consideração que a proposta
comunitária é contrária à lógica individualizante de
mercado. Enquanto este possibilita que, a partir de um
telefonema, a pessoa seja atendida em suas necessidades
sem ao menos sair de casa, a Igreja diz: venha!
Se simplesmente fizermos este convite, a nossa
proposta missionária se limitará à construção de templos que, inevitavelmente,
estarão vazios. É necessário ir ao encontro das pessoas, visitá-las, ser Igreja
presente na caminhada, assim como Cristo no caminho de Emaús (Lucas 24.15),
sentir e viver com elas as suas dificuldades e celebrar as suas alegrias.
Cremos, confiamos e confessamos a presença do Espírito Santo guiando a
caminhada e operando na missão. Isso nos dá condições de sermos testemunhas
vivas do amor de Deus em qualquer tempo ou lugar. Este testemunho é marcado
pela coerência entre o falar e o agir, resultando em cuidado e acolhimento.
Ser Comunidade missionária em contexto de cidade grande é ter em mente
que tudo pode ser proporcional à sua geografia e ao seu contingente
populacional, ou seja, grandes encontros e grandes desencontros, grandes
alegrias, grandes dificuldades, grandes expectativas, grandes frustrações, mas,
se a nossa vivência for pautada no agir diaconal, no ensino responsável e
correto dos conteúdos da fé, baseada no respeito, na justiça e na verdade,
grande também será a esperança!
Para refletir, leia Atos 1.8
A Comunidade Luterana de Resende situa-se em um
local privilegiado: na cidade de Resende, no eixo Rio/São
Paulo. Destaca-se no município um parque fabril em
crescimento e a presença da Academia Militar das Agulhas
Negras que empregam pessoas oriundas de várias partes
do Brasil e, dentre essas, algumas luteranas.
Nesse contexto, a missão, com desafios e esperanças, vai
acontecendo. Destaco que o que tem dado esperanças e reanimado a Comunidade
é o ir para além dos muros por meio de visitação e divulgação, realização de
festas e outras promoções e interação, por meio de participações ecumênicas e
em grupos ecumênicos. Dessa forma, levamos o nosso jeito de ser e pensar,
apresentamo-nos. Entre outros, o desafio maior é oportunizar uma forma de
divulgação mais abrangente desse ‘ser luterano’ e intensificar os trabalhos
diaconais.
Diante desses desafios e esperanças, além de animados e agraciados, nada mais
natural do que a nossa desconfiança e cuidado, como uma criança dando os
primeiros passos, conscientes das limitações e dificuldades e, porque não, às
vezes, pessimistas. Sobretudo, chamados por Deus e por Ele amparados, somos
uma Comunidade missionária em constante movimento, cientes de que a missão
nunca é conclusiva e jamais imaginando que tudo já foi feito, pois sempre há
uma porta aberta para a continuidade, para recuperar amizades, para
encontrar-se na diversidade e servir a Deus.
Para refletir, leia 2 Coríntios 2.17
12
Geral
Caminhos para a Educação
Cristã a partir do Batismo
Obreiros e Obreiras do Sínodo Centro Campanha-Sul
reuniram-se para tratar dos Caminhos para a Educação Cristã
Contínua a partir do Batismo.
Essa conferência teve lugar
em Restinga Seca/RS, nos
dias 15 e 16 de abril.
Ao estudar o tema, o
grupo correspondeu ao
que foi indicado no III
Seminário Nacional de
Educação Cristã Contínua,
realizado em outubro de
2007: que 2008 seja um ano
de estudo e aprofundamento sobre educação
cristã, com vistas à construção conjunta de um
Plano de Educação Cristã
Contínua (PECC) na IECLB.
A programação foi coorde- Peregrinação por caminhos sinuosos
nada pelas Pastoras Ms.
Regene Lamb e Dra. Mara Parlow e contou com a assessoria
do Secretário de Formação da IECLB, P. Dr. Romeu Martini.
A conferência iniciou com uma celebração envolvente,
em que cada participante foi convidado a peregrinar descalço
por um caminho simbólico sinuoso, com solos distintos. A
caminhada foi proposta como oportunidade para relembrar
a ‘importância da educação cristã na minha história de vida’.
A celebração culminou com a Ceia do Senhor.
Após um período de relatos a respeito de experiências
no Ministério da educação cristã, participantes puderam
ouvir e compreender melhor o que está sendo proposto sobre
esse tema a partir dos seminários nacionais realizados nos
três últimos anos.
Nos diálogos que
seguiram, alguns aspectos receberam destaque especial, como,
por exemplo, que precisamos revisar nossos
métodos de educação
cristã, bem como seus
conteúdos. “No entanto,
revisão não significa
abolição. Realmente, é
assim que, na época
atual, as pessoas querem vivenciar o conteúdo do Evangelho e não
somente ouvir sobre ele.
A conferência serviu
Material da Conferência sobre ECC
para fazer com que esse
tema chegue mais perto da realidade cotidiana dos Obreiros e
membros das Comunidades”, afirmou P. Dr. Romeu Martini.
Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano
Sínodo Uruguai
O Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano,
realizado no Sínodo Uruguai, no município de
Palmitos/SC, nos dias 8 e 9 de abril, foi avaliado muito
satisfatoriamente por todos os presentes.
Com a participação de 24 pessoas entre Obreiros e
lideranças leigas, o Seminário teve vários pontos
positivos destacados na avaliação, como, por exemplo,
o resgate histórico do Tema do Ano, para sentir por
onde a IECLB já caminhou em termos de reflexão
conjunta, a partilha de experiências em torno do Tema
2008 e a análise em grupos do Caderno de Estudos.
Também mereceu destaque a participação conjunta de
Obreiros e lideranças leigas, iniciativa que enriqueceu
a reflexão bem como os trabalhos em grupos.
O encontro contou com a assessoria do Catequista
Edson Ponick, do Departamento de Educação Cristã
(DEC), e da estudante da Faculdades EST Daniela Hack,
que está realizando seu estágio no DEC.
Sínodo Vale do Taquari
No dia 23 de abril, reuniram-se cerca de 120 mulheres
no Seminário Sinodal da OASE do Sínodo Vale do Taquari
para refletir sobre o Tema do Ano da IECLB. Na entrada
da sede sinodal, uma grande faixa dizia Mulheres
empoderadas pelo Espírito proclamando a reconciliação.
Cada grupo da OASE ficou incumbido de contribuir
com algum elemento, como bancos, plantas e uma fonte
para construir uma praça em frente à sede sinodal em
Teutônia/RS. O evento iniciou com uma celebração no
lugar onde a praça seria construída. Um Agrônomo e uma
equipe do Colégio Teutônia auxiliaram na construção.
O Seminário foi mais um motivo para as mulheres da
OASE do Sínodo Vale do Taquari se sentirem empoderadas a proclamarem a Reconciliação. Durante a celebração final, todas puderam apreciar e usufruir da praça
construída, onde também foi plantada uma árvore para
marcar este dia especial. O Seminário foi assessorado
pela Teóloga Sharlene Leber.
Conaje
Sou a presença de
Deus no mundo
Cleomar Klipel Ratske
Representante do Sínodo da
Amazônia no Conaje
Ser a presença de Deus no
mundo é um dom que o próprio
Deus nos dá. As criaturas que por
sua mão ganharam forma e vida e
que embelezam esse mundo receberam, também, a responsabilidade de cuidar dele. De forma muito
especial, nós, seres humanos
‘racionais’, recebemos a tarefa de
cuidar de toda a maravilhosa
criação de Deus, conforme os primeiros capítulos de Gênesis.
No entanto, o que é ser presença
de Deus num mundo tão injusto,
cheio de políticos corruptos,
bandidos espalhando medo entre as
pessoas, filhos roubando pais e até
pais que matam seus próprios
filhos?
A resposta é tão simples como a
pergunta. Basta enxergarmos que
Deus nos dá a oportunidade, a cada
manhã, de escolhermos entre o bem
e o mal e que o princípio dessa
escolha é o amor a Deus, o amor ao
próximo e o amor a si mesmo.
Deus nos concede a cada dia
motivos suficientes para que nos
coloquemos diante dele e agradeçamos pela noite, por sua proteção, por um novo dia, pelo amor,
pela vida. A cada nova manhã, Deus
também nos dá o dom de fazermos
o bem em pequenos gestos durante
todo o dia.
Comece bem o seu dia: agradeça
a Deus em oração, distribua abraços
à sua família, sorria muito, contemple a natureza, elogie alguém,
aproxime-se de alguém e ajude essa
pessoa no que for preciso.
Fique atento, pois muito perto de
você pode ter alguém que precise de
algo assim. Diga para as pessoas o
quanto elas são importantes para
você. Faça isso e Deus estará feliz
com a sua criação e você será a
própria presença de Deus nesse
mundo.
Comportamento
JOREV LUTERANO JUNHO 2008
Namorar está fora de moda?
O Dia dos Namorados está aí. O amor
está no ar, para felicidade dos jovens
namorados e preocupação de muitos pais de
adolescentes. Afinal, o que é este tal de ‘ficar’
que os jovens tanto falam (e fazem) hoje em
dia? O compromisso é passado? O namoro e
o casamento formal, ‘na Igreja e de papel
passado’, serão apenas coisas das nossas
avós? Para esclarecer essas dúvidas do
relacionamento contemporâneo, comentar
sobre o papel da Igreja junto aos jovens e
auxiliar os pais de adolescentes com
sugestões, convidamos o P. Valdir Rodolfo
Gromann.
‘Os nossos jovens estão perdidos’.
‘São quase todos imorais’. ‘Os namoros de hoje não são como na minha
época’. Certamente, você já ouviu
uma frase semelhante. Esse não é um
privilégio seu. Tantas pessoas e de di-
ferentes gerações ouviram algo parecido. Como adultos, temos dificuldade
em nos acostumar com a forma de
viver dos jovens. Achamos que os jovens não levam a vida a sério, principalmente os relacionamentos.
Quando falamos em namoro, nos
reportamos ao romantismo da minha
ou da sua época e esquecemos que
também nessa época havia pessoas que
agiam de forma que escandalizavam
outras. Criticamos o termo ‘ficar’, sem
refletir se ele está ou não substituindo
o ‘paquerar’ de outros tempos.
Porém, isso tudo não justifica os
erros ou enganos da geração presente.
Para melhor compreender o que os
jovens pensam sobre ‘namorar’ ou
‘ficar’, apliquei um questionário em um
grupo de luteranos que participavam
de um Seminário de Lideranças sendo
respondido por 13 rapazes e 13 moças.
Nas respostas, ficou evidente a
diferença entre o sentido de namorar e
de ‘ficar’.
Para os e as jovens, namorar é um
relacionamento sério de comprometimento e fidelidade ‘É a união de um
casal com fidelidade e compromisso
um com o outro. É como se fosse um
casamento, mas sem morar juntos’.
Ainda ‘É quando duas pessoas convivem com responsabilidade, respeito e
abrem mão de algumas coisas’. Todas
as respostas definiram namoro com
um relacionamento sério e duradouro
com o propósito de possibilitar que as
pessoas se conheçam a fim de assumirem um compromisso ainda mais
sério a partir do matrimônio.
Por outro lado, ‘ficar’ é um relacionamento sem compromisso, uma
curtição momentânea, que, geralmente, não passa de alguns beijos
‘...ficam quando se encontram ou
quando dá vontade’. Também é visto
como uma oportunidade de conhecer
outra pessoa e a si mesmo ‘É a busca
por atenção, desejo e aprovação’.
Perguntados se já haviam sido discriminados por não ficarem com alguém, na idéia de que quem não ‘fica’
‘fica de fora’ do grupo, dos 13 rapazes,
9 afirmaram que sim e, entre as 13
garotas, apenas 2 afirmaram que se
sentiram discriminadas por não ficarem com uma pessoa.
Torna-se cada vez mais comum o
fato de namorados viverem juntos como se fossem casados, são os chamados
‘namoridos’. Contudo, quando se separam, se dizem apenas ex-namorados.
Isso mostra que este tipo de relacionamento é muito vulnerável.
No entanto, também vemos jovens
cada vez mais responsáveis em seus
relacionamentos, nos quais a Igreja
tem papel fundamental como norteadora da vivência a dois sob a bênção
de Deus.
Dicas para pais e
mães de jovens
O namoro dos filhos sempre
preocupa os pais. Não é só o sentimento de perda que está presente,
mas também todo zelo e cuidado com
aqueles que queremos bem, por isso
algumas dicas podem ajudar:
1) Primeiramente, dispa-se da vergonha de falar sobre o assunto.
2) Demonstre interesse pelo bemestar do seu filho ou filha.
3) Converse abertamente sobre
namorar e ‘ficar’. Se você não explicar
nada, ele ou ela vai procurar alguém
que o faça e talvez esta não seja a
pessoa mais indicada.
4) Fale sobre valores, ética e cuidado.
5) Nos diálogos, evite termos muito
técnicos, pois eles já cansaram de
ouvir isso na escola.
6) Conquiste a confiança!
7) Lembre-se: ameaças só criam medo
e afastamento.
8) Comente sobre seu tempo de namoro, conte fatos e procure relacionar
com o namoro nos dias atuais.
9) Tenha liberdade de falar sobre relações de gênero, sexualidade, DSTs e
gravidez.
10) Lembre que homem e mulher não
são sexos opostos, mas complementares, criados à imagem e semelhança de Deus.
P. Valdir Rodolfo Gromann, pós-graduado em Psicologia e Aconselhamento
Pastoral, atualmente é membro do Conselho Nacional da Juventude
Evangélica (Conaje), Orientador Teológico da Juventude Evangélica (JE)
no Sínodo Rio Paraná e atua como Pastor na Paróquia Evangélica de
Confissão Luterana de Vila Nova, em Toledo/PR.
Cuidando de uma relação com história, presente e mistério
Só um pouquinho... São só os jovens que namoram? É
claro que não! Por que os casados não podem cultivar o
namoro no seu relacionamento? Não só podem como
devem. Essa é a temática abordada pelo P. Orlando Moacir
Keil, que, em todo o texto a seguir, deixou de utilizar uma
palavra em especial. O leitor seria capaz de descobrir qual?
‘Não’, pois, em um relacionamento, ser positivo o máximo
possível, embora nada fácil, é fundamental!
Numa vida a dois, existe também o ‘permanecer’, no qual homem e mulher ‘ficam’ ontem,
hoje e amanhã. Trata-se de uma relação que tem
história, presente e mistério (referência a um
modo de interpretar a vida em que o passado é
história, o futuro é um mistério e o presente, como
sugere a palavra, é um presente).
Feliz é o casal que vive as três dimensões do
relacionamento, que aprende com as experiências
do passado e cria uma história comum. Esta é a
nossa história, este é o nosso acervo, estas são as
nossas fotografias. Nosso relacionamento é fruto
das nossas escolhas. Somos responsáveis pela
construção do nosso relacionamento. Ele se
configurou deste jeito porque nós assim o
formatamos. Até do limão fizemos uma limonada.
Feliz é o casal que se deixa surpreender pelo
futuro, que está aberto para o novo, em que a gente
morre e não vê tudo. Existe um depois, existe uma
coisa que se chama esperança. Uma relação que se
modifica, que permanece e cresce, na qual a vida é
mais do que já se aprendeu, é alguma coisa nova,
que renasce, que se modifica e que passa sempre
por novas etapas.
É também um presente. Feliz é o casal que assume o aqui e agora e vive o presente com a mesma
alegria de uma criança que desembrulha o seu
presente de Natal. Que faz do agora uma experiência completa de significados. Muito mais do
que meros consumidores, porque são produtores
do filme da sua vida, são escritores do script dos
seus papéis, ‘respons + hábeis’, isto é, são hábeis em
construir novas respostas, com jinga de corpo,
13
com flexibilidade, fazendo mais daquilo que dá
certo e menos daquilo que dá errado.
Estou falando de uma relação do ‘cuidar’, em
que um cuida do outro e ambos cuidam da sua
relação, em que a relação é como um jardim que é
cultivado e os cônjuges são os jardineiros que
investem no cultivo do seu casamento.
Imaginem seu casamento, sonhem com uma
vida a dois mais feliz e mãos à obra. Deixem que o
imaginável se torne realidade. Deus é cúmplice
desta nova construção Seu amor constrange e
possibilita viver vida abundante (João 10) também dentro do casamento.
Assim, baseados na Palavra de Deus, vão
perceber que o projeto de Deus para o casamento
é viver uma unidade (uma só carne, conforme Gênesis
2.24), uma comunhão de reciprocidade, que se
caracteriza pelo constante ‘renamoramento’.
Leiam e se inspirem em Cantares de Salomão.
Um livro repleto de idéias e dicas de como ‘cuidar’
um do outro.
P. Orlando Moacir Keil é Terapeuta de
casais e famílias, pós-graduado e
especialista em família pela Unisinos e
Mestre em Teologia pelo IEPG na área
do Aconselhamento Pastoral.
14
Deutscheseite
Eingeübter Streit
Wer ein Theaterstück aufführen will, muss es
vorher einüben. Bei einem uneingeübten Stück
bleiben die Schauspieler stecken, und nichts läuft,
wie es soll.
Ein Streit ist kein Theaterstück, doch eingeübt
wird er trotzdem. Kein Streit wird „vom Zaun
gebrochen“, wie man so schön sagt. Jeder Streit hat
seine Einübungszeit. Ich las einmal eine amüsante
kleine Geschichte, die das vortrefflich illustriert:
Da fährt ein Mann mitten in der Nacht mit seinem
Auto durch die ländliche Gegend. Plötzlich zieht das
Auto nach einer Seite, und er merkt, dass er einen
platten Vorderreifen hat. Er hält am Strassenrand,
knipst das Notlicht an und trifft Vorbereitungen, den
Schaden zu beheben. Doch da merkt er, dass er seinen
„macaco“, seinen Wagenheber, nicht bei
sich hat. Er muss ihn in seiner Werkstatt
liegen lassen haben. Was tun? Er
beschliesst, sich zu Fuss auf den Weg zu
machen, um bei dem ersten Haus, das eine
Garage hat, nach einem macaco zu fragen.
Gesagt, getan. Er läuft und läuft, und da
kommen ihm so seine Gedanken. „Wenn
ich da einen aus dem Bett hole, wird er
mich fragen, was ich denn mitten in der
Nacht will. Und wenn ich es ihm sage,
wird er fragen, warum ich denn ohne
macaco losgefahren bin, das tue doch kein
Autofahrer, jedenfalls kein guter. Ja, dann
werde ich ihm sagen, das könne ihm auch
passieren, und er solle mal nicht so tun!“
Nach einer halben Stunde hat sich der
Mann so in innere Wut geredet, dass er es
ohne Streit nicht mehr aushalten kann.
Als er endlich an ein Haus mit
vorgebauter Garage kommt und den Hausbesitzer
herausgeklopft hat, ruft er ihm, noch bevor der Mann
überhaupt den Mund auftun kann, wütend zu: „Ich
brauche deinen dreckigen Macac gar nicht, du kannst
ihn lassen wo er ist. Aber wehe dir, wenn du einmal
nachts bei mir an die Haustür klopfst, dann sollst du
mal etwas hören!“. Spricht´s und läuft zu seinem
Auto zurück.
Warum lachen wir über diese Geschichte? Wir
lachen darüber, weil wir alle ein wenig sind wie der
Autofahrer, der da offenbar „einen Streit vom Zaun
gebrochen“ hat. Er hat ihn schön vorausgedacht, hat
ihn in Gedanken eingeübt. Das schlimme bei uns ist,
dass meist zwei Partner (besondes auch Ehepartner)
an solcher Vorbereitung beteiligt sind. Das klappt
dann noch viel besser. Da denkt die Frau: „Wenn er
nach Hause kommt, wird er fragen, ob ich den Flecken
aus seinem Hemd herausgekriegt habe. Dann werde
ich ihm sagen: „Ich habe den ganzen Tag die Kinder
am Hals, soll am Herd stehen und das Haus sauber
halten und deine erste Sorge ist dein fleckiges Hemd!“
- Dann wird er sagen: „Du mit deiner Hausarbeit! In
der Fabrik ist es ja auch nicht wie an der praia. Ich
bin abends immer hundemüde .“ Der Mann hat
tagsüber in der Fabrik ähnliches vorausgedacht. Er
kennt ja seine Frau, und hat schon alle Antworten
parat. Und dann läuft alles, wie vorgedacht. Der
eingeübte Streit läuft ab. Jeder spielt seine Rolle, wie
– man möchte fast sagen: wie der Teufel es ihm vorher
zugeflüstert hat (Beim Theater gibt es ja auch einen
„Souffleur“, einen „Flüsterer“, der in einer Vertiefung
vor der Bühne sitzt und den Schauspielern ihren Text
vorflüstert, von den Zuschauern unbemerkt).
In der Gemeinde Jesu Christi lernen wir, Frieden
einzuüben, nicht Streit. Jesus kann Kämpfer und
Kämpferinnen gebrauchen, aber keine Streithähne
und Streithühner. Selig sind die Friedfertigen, sagt er
in der Bergpredigt. Friedfertige, das sind
Friedensstifter, die, die Frieden vorausdenken und
einüben. „Gib, dass ich meinen Feind mit Sanftmut
überwind“, sagt der Liederdichter. Das braucht
Einübung. Wir brauchen da einen „Flüsterer“, den
Heiligen Geist, der uns das Wort zuflüstert, das
Frieden stiftet, der für uns eintritt mit stillem, sanftem
Sausen und mit unaussprechlichem
Seufzen. Spielen wir unsere Rolle im
Leben nach seiner leisen Eingebung?
allerorten steigt die Zahl der Bürger, die auf diese
Hilfe angewiesen sind. Die Armut nimmt zu, auch
im wohlhabenden Industrieland Deutschland. So
sind immer mehr Arbeitslose, arme Rentner und
den anderen zu reden, ihren Problemen
zuzuhören und – wenn möglich – auch
gemeinsam eine Lösung zu finden. Denn Brot
allein macht nicht satt.
Viele unserer evangelischen Gemeinden in
Brasilien feiern in nächster Zeit das
Erntedankfest. Als Christen danken wir an
diesem Tag dem Schöpfer für den Reichtum
seiner Gaben, die er im vergangenen Jahr hat
wachsen lassen und für alles was wir von ihm
gnädig bekommen. In manchen Orten wird der
Altar mit Lebensmitteln geschmückt. Diese
Gaben werden anschließend zu Menschen
gebracht, die wenig zu essen haben. Das ist ja
ein Anfang, aber eigentlich können – und sollen
– die christlichen Gemeinden mehr tun, um die
Hungernden zu sättigen. Und es geht sowohl
um den leiblichen Hunger, als auch um den
Hunger nach Annahme, nach Liebe und nach
Nähe.
Wenn wir aufmerksam werden auf all das,
was wir empfangen dürfen: dann öffnet sich
unser Herz und wir lernen auch zu teilen,
weiterzugeben und zu sagen:
„Alle guten Gaben, alles was wir
haben, kommt, oh Gott, von dir. Dank
sei dir dafür.“
Pfarrer Lindolfo Weingärtner
Schmeckt´s?
Nicht alle Menschen haben ihr tägliches Brot
– und dennoch gibt es Lebensmittel im Überfluss.
So wurden in Deutschland in einigen Städten vor
fünfzehn Jahren sogenannte „Tafeln“ gegründet.
Die Tafeln sammeln unverwendete
Lebensmittel, die noch brauchbar sind, und
geben diese an Bedürftige Menschen ab. So wird
Personen geholfen, eine schwierige Zeit zu
überbrücken und gleichzeitig bekommen sie
dadurch auch Motivation für die Zukunft. Der
Begriff „Tafel“ wurde seinerzeit von den
Gründern bewusst ausgewählt, um zu
verdeutlichen, dass es mehr sein sollte, als Leute
satt zu machen. Sabine Werth, von der Berliner
Tafel, erklärt: „Wir wollen ihnen eine Tafel
decken und zeigen, dass sie wertvolle Menschen
sind“.
„Jeder gibt, was er kann“. Nach diesem
Leitspruch kooperieren örtliche Bäckereien,
Supermärkte und ehrenamtlich engagierte
Bürger. Deutschlandweit gibt es fast 800
solcher Hilfseinrichtungen. Viele Helfer
arbeiten in ihrer Freizeit für die Idee. Ein paar
Stunden am Tag, im Monat – so wie es die
persönlichen Möglichkeiten zulassen. Die Abgabe
der Lebensmittel erfolgt kostenlos oder gegen
einen symbolischen Betrag.
Laut eines Berichts von Ulrike Pilz-Dertwinkel,
holen sich bis zu 6.000 Personen jede Woche allein
in Nürnberg Lebensmittel, die sonst
weggeworfen würden. So ist es überall im Land:
andere Geringverdienende auf Hilfe angewiesen.
Daher ist eine Initiative wie die Tafel so wichtig.
Allmählich scheint klarer zu werden, dass diese
Menschen mehr als Essen brauchen. Viele nutzen die
Essensausgabe auch als Kontaktstelle. Man kennt
sich, muss sich voreinander nicht schämen, weil alle
in der gleichen Situation sind. Es wird nicht nur
leibliche Nahrung verteilt, sondern auch Nähe, Zeit,
Zuwendung und Liebe. Man nimmt sich Zeit, mit
Theologe Jaime Jung
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JOREV LUTERANO JUNHO 2008
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Anúncios Comunitários
Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento,
Batismo, Confirmação, Benção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento. Entre em contato conosco!
Com alegria, queremos compartilhar com todos o nascimento da bisneta Michele Habonski
QUATRO GERAÇÕES
1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX
162 ANOS DE BRASIL
Descendentes de Johann Adam Laux e Maria Catharina Schneider Laux,
chegados em Porto Alegre/RS em 15 de novembro de 1846
e estabelecidos em Picada Café/RS
Dia: 16 de novembro de 2008
Local: Ginásio de esportes da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana
de Picada Café/RS
A família Laux surgiu em torno de 1520, na cidade de Roth, no Hunsrück,
conforme documentos obtidos no Evangelische Archivstelle Boppard, na
cidade de Boppard, Hunsrück, Alemanha. Quase 500 anos depois,
realizaremos o primeiro encontro da família Laux no Brasil.
Solicitamos trazer fotos e documentos antigos que serão escaneados e
devolvidos.
Participe! Contamos com a sua presença !
Hermelinda Müller (30/07/1930, em Santa Cruz do Sul/RS), Lourdes Müller Fanch
(24/18/1955, em Mondaí/SC), Leila Lucinete Fanch Habonski (2904/1985, em
Santa Helena/PR) e Michele Fanch Habonski (09/03/2008, em Medianeira/PR).
Lembrem-se de que o Eterno é Deus!
Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho.
Salmo 100.3
Bodas de Ouro
ORLANDO E ELY ROEHRIG
Naturais de NãoMe-Toque/RS , o casal
completou no dia 22
de fevereiro, 50 anos
de vida matrimonial.
Os filhos Mirla,
Marlei e Marino, juntamente com os netos
e bisnetos parabenizam o casal por essa
data tão importante e
significativa para a
vida de todos os familiares, desejando que
Deus continue os
abençoando.
Para maiores informações:
0xx 51.3635.1338 - à noite, com Elton
0xx 54.3285.1077 - à noite, com João Luis
0xx 54.3285.1824 - à noite, com Claudio João
0xx 51.3635.1631 - pela manhã, com Sra. Vânia
Bodas de Diamante
BERNARDO EMILO GUSTAVO KAISER
E HERTA ALMA FIGUR KAISER
Com a graça de
Deus, Bernardo e
Herta Kaiser comemoraram suas
Bodas de Diamante
no dia 20 de abril de
2008. A cerimônia
religiosa foi realizada na Paróquia
Evangélica da Paz,
em Portão/RS, pelo
P. Wagner Tehzy.
Filhas, filho, genros, nora, netos, bisnetos e amigos compartilham desta alegria e agradecem a Deus pela dádiva dessa longa e abençoada vida em comum.
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor,
com as bênçãos e mais bênçãos”
João1.16.
Ó Deus eterno, eu te louvarei com todo o coração
e contarei as muitas coisas maravilhosas que tens feito.
Por causa de ti, eu me alegrarei e ficarei feliz.
Canterei louvores a ti altíssimo Deus.
Salmo 9.1-2
R$ 18,00 por um ano/11 edições
II ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASIL
Data: 14 de setembro de 2008
Local: Languiru-Teutônia/RS
Informações/confirmação de participação com Rose Lagemann
pelo telefone xx.51.3762.2051 ou e-mail [email protected]
Cheque cruzado e nominal a IECLB - Jorev Luterano
(Enviar o cheque via carta registrada para: Rua Senhor dos Passos, 202/3 - CEP 90.020-180 - Porto Alegre/RS)
ENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICH
Data: 1º de junho de 2008
Local: Novo Hamburgo/RS
Contatos: Claia Anésia Fröhlich Kehl - Telefone (51) 3595.2456
E-mail: [email protected]
Depósito bancário identificado no BANCO DO BRASIL - ag 010-8 c/c 153.000-3
em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom)
Depósito bancário identificado no BANCO BRADESCO - ag 0491-0 c/c 576.176-0
em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom)
Depósito bancário identificado no BANCO SICREDI - ag 0116 c/c 8376-3
em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom)
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Gente Luterana
O Sínodo Centro-Sul Catarinense, formado por 27 Paróquias, 132 Comunidades,
79 Pontos de Pregação e 25 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária é
visitação às Paróquias, cursos de aprofundamento, troca de experiências de
Paróquia para Paróquia e conscientização e integração das Comunidades para
um trabalho missionário permanente, está representado nesta Editoria por nossa
gente luterana Marcos Lichtblau e José Raulino Jungklaus
Ação e testemunho
Evangelho e Reforma
Marcos Lichtblau, 47 anos,
nasceu em São Bento do Sul/SC, é
casado com Marli Elaine e pai de
dois filhos, Mateus e Martina. Na
IECLB, faz parte da Comunidade
Evangélica Luterana da Trindade,
Paróquia de Florianópolis. Atualmente, é Presidente do Conselho
Sinodal do Sínodo Centro-Sul Catarinense e representa a Paróquia de
Florianópolis no Conselho, tendo
direito a assento como membro
nato no Presbitério da Paróquia de
Florianópolis bem como da Comunidade da Trindade.
Sobre ser um ‘luterano de berço’,
Marcos argumenta “A opção ‘luterano de berço’ não existe! Aquele que
se entende como ‘luterano de berço’,
ou seja, o membro nominal, apenas
de cadastro, na verdade não o é,
pois não fez uma escolha. Nasci
num lar de pais e avós luteranos e
fui batizado nesta mesma fé. Sou
grato aos meus pais e padrinhos,
por terem manifestado diante de
Deus e da Comunidade o desejo de
que eu viesse a professar esta fé um
dia, mas foi só pelos 16 anos de idade
que tomei a decisão de que a IECLB
seria a minha Igreja”.
Deus é o meu criador
e mantenedor da
minha vida
A primeira Comunidade do
Presbítero foi Rio Negrinho, Paróquia da Fraternidade, na qual
participou da JE. Em 1979, já na
capital catarinense para estudar,
encontrou acolhimento na então
Comunidade de Florianópolis. Na
Missão Universitária Luterana
(Munil), desenvolveu seus dons e
talentos durante a graduação e pósgraduação.
“Na IECLB, tive oportunidade de
aprender servindo como Vogal e ViceSecretário da então Comunidade de
Florianópolis. Participei ativamente
da descentralização urbana da Comunidade, que resultou na Comunidade
da Trindade e em mais duas novas
Comunidades, além da Comunidade
Centro. Participei da primeira gestão
da Paróquia de Florianópolis como
Vice-Presidente. Tenho atuado na função de Conselheiro de duas ONGs, a
Associação Evangélica Beneficente de
Assistência Social (AEBAS) e o Grupo
de Ação Diaconal (GAD)”, enumera.
Engenheiro Mecânico, especialista
em Mecânica de Precisão, Mestre em
Engenharia e, atualmente, cursando
MBA em Gestão Empresarial,
Marcos acredita que, depois da
família, o trabalho é o seu principal
Ministério, então, procura exercêlo com dedicação, zelo e ética para
dar um bom testemunho de fé. Na
Igreja, serve a Deus por gratidão
ao que Ele é e representa na sua
vida “Ele é o meu criador e
mantenedor da minha vida”.
Quanto aos grandes temas
do Sínodo, o principal é
missionário e o maior desafio é aprender a lidar com
a realidade do êxodo rural, que afeta seriamente
Comunidades em pequenos municípios, com
atividade dominante
de subsistência.
Que a IECLB
continue se
desenvol-
vendo como uma
Igreja comprometida com o
Evangelho e com as bases da
Reforma de Lutero, que esteja em
constante processo de reforma, recuperando e aprofundando a sua vocação, que os membros assumam cada
vez mais o sacerdócio geral e que seja
uma Igreja conhecida pelo amor
explicitado por boas obras decorrentes
da fé é o sonho de Marcos Lichtblau
para a nossa Igreja.
O seu nome é José Raulino Jungklaus,
mas ele prefere ser chamado apenas de
Raulino, como é conhecido. Natural de
Orleans, sul do Estado de Santa Catarina,
Raulino tem 47 anos, 23 deles casado
com Verena Marga Hense, Professora de
Língua Alemã na Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC). O casal tem
três filhos: Stéphanie, Danielle e Andréas,
que, com apenas 13 anos, é o assinante
mais jovem do Jorev no momento!
Bancário, funcionário da Caixa
Econômica há 25 anos, Raulino é
membro na Comunidade da Trindade, onde faz parte do Presbitério e
também ocupa o cargo de Vice-Secretário da Paróquia de Florianópolis.
O Presbítero não veio de um lar
luterano, seu contato com o Evangelho aconteceu por meio do grupo
Navegadores “Encaro a fé como
válida quando é externada por
ações e testemunho. Além do
comportamento, é necessário
testemunhar também por palavras e distribuição de literatura. No meu local de
trabalho, tenho a oportunidade de testemunhar e
falar do amor de Deus a
clientes e amigos na
empresa, procurando
fazer do meu posto de
trabalho um púlpito
de difusão daquilo
que confesso”.
Na IECLB,
a traje-
tória de Raulino
iniciou na época em que
cursava Economia na UFSC,
com o trabalho entre universitários na Missão Universitária Lute-
rana (Munil), uma geração de lideranças que, hoje, está servindo em várias Comunidades da IECLB e fora dela, como pregadores leigos, Pastores
e em cargos diretivos da Igreja.
Para o 2º Vice-Representante do
Sínodo Centro-Sul Catarinense no
Conselho da Igreja, um dos temas
principais pode ser resumido nas palavras do Reformador Martin Luther
Ecclesia Reformata et semper reformanda est,
ou seja, Igreja da Reforma deve estar
em constante reforma, segundo sentencia Raulino “Vejo muitas igrejas
envolvidas com assuntos periféricos
e perdendo o foco principal: ‘Missão’
não é uma opção para a Igreja, mas
um imperativo e uma condição de sobrevivência”. Nesse sentido, o Sínodo,
além de encaminhar os projetos da
IECLB, pensa a Missão da Igreja também a partir de um projeto próprio,
selecionando cidades onde não há
presença luterana para iniciar um
trabalho.
Igreja da Reforma
deve estar em
constante reforma
Quanto aos desafios da IECLB no
Sínodo, o Presbítero explica que há
uma tarefa com duas frentes: a
primeira é a distinção do que se tornou o nome ‘evangélico’, mostrando
à sociedade uma proposta diferenciada, com conteúdo e sem ligação com
o comércio do favor de Deus, e a segunda é o resgate de ser a ‘Igreja da Palavra’, com fortes bases confessionais.
Conhecer os temas e desafios do
Sínodo e da IECLB só alimentam o
sonho de Raulino para a nossa
Igreja “Desejo que a IECLB persiga
o objetivo que Jesus estabeleceu
para a incipiente Igreja Apostólica
há 2 mil anos, mostrar o propósito
da vinda de Jesus a este mundo e
que a IECLB esteja constantemente
anunciando o amor daquele que
tem direitos sobre a humanidade,
anunciando o Evangelho a todo
homem e denunciando o que destoa
do projeto original de Deus para a
humanidade”.

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