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SportInForma
Edição nº 1 – Junho | 2015
Edição nº 2 - Janeiro | 2016
CT de ciclismo BMX
em Londrina será
referência
no país
Nessequia et
ad molo
Itaspere hendae labore
magni officiumque
Nessequia et
ad molo
Itaspere hendae labore
magni officiumque
Nessequia et
ad molo
Crossfit:
O treino que chegou para
combater a preguiça de vez!
CBAt e InCor:
Conheça o projeto que pretende
mapear o DNA do atleta brasileiro
ACCUSANIS ERO
ESEQUIS
Faltam
6 meses: ELESTIS
Como gerir o pós-Olimpíadas?
Itaspere hendae labore
magni officiumque
Nessequia et
ad molo
Itaspere hendae labore
magni officiumque
2
3
Sport In Foco
Nesta edição
5 Sport In Foco: Remo
6 Ciclismo brasileiro
ganha pista internacional
Supercross
14 DPAC System terá
nova edição em 2016
16 A genética a favor do
esporte
8 Sport Relaxa
12 Da base às Olimpíadas:
como se forma um atleta
de alto rendimento?
18 Crossfit: o método
de treinamento que tem
conquistado o mundo
20 Legado dos Jogos
de 2016: positivo ou
negativo?
22 Esportes coletivos:
opção para introdução
da criança na vida social
REMO
Individual ou coletivo, o Remo é um esporte de coordenação,
velocidade e força, mas principalmente de contato com a natureza.
Tanto em rios, lagoas ou no mar ele permite que o atleta interaja
diretamente com a paisagem e se sinta parte do cenário.
24 Calendário esportivo
2016 de janeiro a junho
Editorial
Eles estão todos alvoroçados
ultimamente. Aliás, nós estamos.
Afinal, para os jornalistas esportivos o Brasil se tornou o lugar
perfeito nos últimos dois anos.
Sediamos uma Copa do Mundo
e aí vem, dentro de 6 meses, as
Olimpíadas. Assunto é que não
faltou para ser explorado pelas
lentes teleobjetivas das TVs e fotógrafos e canetas afiadas cheias
de sentimentos dos repórteres.
Aliás, o jornalismo esportivo é
um dos
mais
ricos
em
4
emoção, e criatividade é o que
não falta. É ele que tem os textos
mais cheios de trocadilhos, comparações, metáforas e significados.
Diferente das outras vertentes
do jornalismo, que são mais sisudas e sérias, o esportivo se permite ser descontraído, com um
tom de opinião, torcida e até humor de vez em quando. Também
pudera, vivemos num país que
tem o futebol na veia. Sol, praia,
calor e já temos a mistura perfeita
para uma “pelada”.
Mas não só isso! Estamos vendo nascer campeões olímpicos
em diversas outras modalidades.
O Brasileiro já começa a se apaixonar pelo Atletismo, Ginástica
Artística, Judô, Natação, Esgrima,
entre tantos outros. Mais assunto
para tratarmos, nós, jornalistas.
Também é nossa responsabilidade incentivar esse amor pelo
esporte, essa união nacional na
torcida pelos nossos corredores,
saltadores, ginastas, judocas, esgrimistas, e por aí vai. Além de
espetáculo, entretenimento, o esporte é para muitos o ganha pão,
o trabalho, o estilo de vida.
Por fim, o esporte é responsável por tirar das ruas, e do crime,
inúmeras crianças em todo o Brasil e enraizar valores e princípios
que só a escola e os pais não
seriam capazes de semear. Por
todos esses e outros motivos é
que nosso texto de hoje é um
agradecimento ao surgimento
do esporte amador e profissional e a todos aqueles que praticam e incentivam o esporte.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Jornalistas responsáveis:
Danhara Glade Gomes
Karina Giorgiani
Diagramação:
Mayara Vitor
Formato/dimensões:
21cm X 29,7cm
Páginas: 26
Edição: Janeiro/2016
5
Capa
Capa
Ciclismo brasileiro ganha pista
internacional Supercross
Com sede no estado do Paraná, o Centro de Treinamento irá
complementar o cenário do esporte no país, que hoje ainda sofre
com a falta de estrutura para a preparação dos atletas
A
construção de um Centro
de Treinamento de Ciclismo em Londrina, norte do
Paraná, não é uma conquista apenas para a região, mas para todo
o país. Quem pratica bicicross,
mountain bike, BMX e outras modalidades de ciclismo de estrada
e de pista sabe das dificuldades
que enfrentam na preparação
para as competições. Isso porque
o Brasil ainda fica bem atrás de
outros países no que diz respeito
à estrutura de treinamento.
A área total será de 600m²,
6
num terreno lateral ao Autódromo
Internacional Ayrton Senna e ao
Estádio do Café. O espaço compreende a pista de Supercross e
o prédio do centro de treinamento. O custo estimado das obras é
de R$ 1,7 milhão.
O espaço será divido em sala
de treinamento de força indoor,
sala de fisioterapia, sauna, local
para alimentação, vestuários, auditório para reuniões técnicas e
análise de desempenho. Ainda
contará com equipe multidisciplinar para atender aos atletas em
conjunto com a comissão técnica
da seleção de ciclismo BMX.
O que se espera do novo CT
é que ele acolha a toda essa
demanda, tendo em vista que
atenderá a todas as exigências
técnicas internacionais e ainda
oferecerá uma completa estrutura para a preparação de atletas.
José Luiz Vasconcelos, presidente da Confederação Brasileira
de Ciclismo (CBC), acredita que
as cidades que oferecem uma
boa infraestrutura esportiva acabam atraindo eventos esportivos
da. Como é de Londrina, a pista
de maneira geral. “Com a pista
praticamente no quintal de casa
e o Centro de Treinamento em
seria perfeita. “A expectativa é
Londrina, poderemos realizar o
Campeonato Brasileiro de BMX,
grande de poder ter uma SX (SuPan-Americano, entre outras
percross) em casa, sem precisar
competições importantes. São
sair do país para treinar. Acredito
eventos esportivos que movimenque vai melhorar muito o desemtam a economia local e projetam
penho de todos os atletas e tama cidade para fora do estado, nabém privilegiar a cidade”, imagina
cionalmente e internacionalmena atleta.
te”, afirmou.
O diretor de alto rendimenA previsão é para que até o
to da CBC, Francisco Cusco
início de 2016 a estrutura esteja
Florêncio, tem acompanhado de
completa,
perto a trapodendo injetória da
“A
principal
dificuldade
clusive enJulia e de
trar para o
outros atleé que nós não temos
calendário
tas da mouma pista de nível
da pré-temdalidade
porada das
internacional nos
no
país.
Olimpíadas
Ele
afirma
padrões UCI”
e
permitir
que o Braque os pisil tem evolotos façam seus treinamentos
luído muito no ciclismo BMX e
por lá.
que ganhar um centro de treinaVasconcelos assume que o
mento completo como esse tem
Brasil, hoje, não oferece muita
sido um sonho de praticamente
estrutura de preparação aos atletodos eles. “A Pista de Londritas se comparado com outros pana, assim como a do Parque
íses. Alguns pilotos chegam a sair
Olímpico em Deodoro-RJ, vem
do país para se aproximar do paatender a essa dedrão de seus adversários. Esse
manda permitiné o caso da Julia Alves. Quando
do aos pilotos
conversamos com a jovem de
brasileiros
apenas 19 anos ela estava nos
treinarem e
EUA para uma competição.
evoluírem
Julia conta que não ter um esnas
exigências
paço para os treinos é uma grande
do Supercross
barreira: “a principal dificuldade é
que ocorrem
que nós não temos uma pista de
em provas
nível internacional nos padrões
internaUCI (União Internacional de Cicionais,
clismo), isso já atrasa um pouco
como
o nosso treinamento em relação
Campeonaaos outros atletas. A pista do patos e Jogos
drão UCI seria a de Supercross”.
Pan-ameriA piloto já está na modalidacanos, Copas
de há cerca de 11 anos e agora
do Mundo e
se prepara para concorrer a uma
Mundial”.
vaga em sua primeira Olimpía-
Fomentar o esporte:
o segundo grande
objetivo
Depois de permitir aos atletas
da categoria condições de treinamento em nível internacional
a CBC também pensa no fomento ao esporte. José Luiz Vanconcelos, presidente da confederação, reforça que investimentos
em esporte trazem retorno à
cidade em vários aspectos. Ele
tomou como exemplo a cidade
de Maringá, também no norte no
estado, que hoje é referência em
ciclismo de pista.
A médio prazo a intenção é, em
parceria com o município de Londrina, “desenvolver não só o alto
rendimento, mas também projeto
social como a instalação de uma
escolinha de BMX para crianças
carentes”, adianta Vasconcelos.
Do ponto de vista técnico,
Francisco Curso Florêncio explica que a pista BMX será dividida
em duas: um traçado Challenger
(pista menor) e Champhionship
(pista maior - Supercross), “permitindo a prática desde a iniciação no esporte e passando pela
fase de especialização e rendimento. Nesse
esporte as categorias iniciam cedo,
desde
os
5 anos de
idade”.
7
Sport Relaxa
Sport Relaxa
Que tal caminhar sobre uma linha de 5 centímetros?
Essa é a proposta do slackline, um esporte que cresce no Brasil não só como opção de lazer, mas também profissional e de treinamento físico
A
palavra Slack dá a ideia de
algo folgado, flexível, não
muito justo. Line significa
linha. Por isso o slackline pode
ser traduzido como “linha folgada”. No entanto o conceito real
vai bem além disso. A modalidade
ganhou milhares de adeptos recentemente ao redor do mundo,
mas surgiu em meados de 1980
nos EUA. Inicialmente era praticada por escaladores de montanhas como uma espécie de passatempo e diversão.
Hoje o esporte já tem características até mesmo profissionais,
com professores que se dedicam
a ensinar pessoas de todas as
idades a se equilibrar e caminhar
sobre a fita de nylon. No Brasil e
no mudo já existem campeonatos
de slackline, inclusive uma Copa
do Mundo da modalidade, que
sempre tem o Brasil como um
dos circuitos principais. Daqui já
saíram três campeões mundiais:
8
Carlos Neto em 2013, Félix Correia em 2014 e Pedro Rafael Marques em 2015.
E é só dar uma volta pelos
parques das grandes cidades
para encontrar os praticantes do
esporte. Geralmente eles procuram lugres com bastante natureza e instalam as fitas nas árvores
mesmo. Em Londrina, no Paraná,
encontramos um grupo de 7 amigos que se reúne para praticar o
slackline.
Fernando, Guilherme, Alexandre, Paulo, Cássio, Felipe
e Renato. Nenhum deles se
conhecia antes do slackline,
uma amizade que começou por
causa do esporte. Em cerca de
meia hora eles montaram quatro
equipamentos num parque da
cidade: dois de longline, que é
uma fita mais longa e mais fina,
e outros dois de trickline, uma
fita mais curta e grossa que permite manobras e saltos. Essa úl-
tima também é usada por quem
quer dar os primeiros passos no
slackline.
O esporte ainda possui outras duas modalidades: highline, quando a linha é esticada a
grandes alturas, e o waterline,
sobre água. Para os praticantes,
o slackline acaba sendo uma atividade de constante aprendizado,
pois sempre surge uma manobra
nova, um convite para experimentar uma altura maior ou um
cenário diferente.
O tempo de aprendizado também depende de cada um e da
dedicação que a pessoa tem,
mas é possível dar os primeiros
passos sozinho já nos primeiros
dias de treino. No grupo, dois praticantes já tiveram experiência de
ensinar o slackline, Renato Shoiti
e Felipe Arakawa. Os dois garantem que qualquer pessoa pode
aprender, desde as crianças aos
mais velhos, basta querer.
E os benefícios envolvem
corpo e mente. O slackline pode
servir como um complemento
para qualquer outra atividade
que utiliza bastante o core, que
é a região da lombar e do abdome. Por isso ele combina muito
com esportes como o surf, jiujitsu, escalada, skate e até mesmo a dança.
Para a mente ele ajuda na concentração, no foco, reflexo ou mes-
mo na paciência e persistência.
Guilherme Vidal deu o exemplo do
highline, no qual, segundo ele, o
exercício é 5% físico e 95% mental. Renato Shoiti resumiu dessa
forma: “na fita você precisa estar
focado, estar presente. Na nossa
vida ou a gente está preocupado
com alguma coisa do passado ou
antecipando alguma coisa do futuro, e na fita é aqui e agora”.
Para a maioria a motivação
inicial é a curiosidade, a von-
tade de experimentar
algo novo.
A partir daí
“sair”
do
esporte
GUILHERME VIDAL
A minha motivação
foi curiosidade. Se
outras pessoas estavam fazendo eu
poderia fazer também. No começo
parece ser impossível, então quando você
consegue fazer alguma coisa você
tem mais autoconfiança. Desenvolve
a persistência, calma, concentração.
daí você começa a subir em cima do
slackline, se concentrar, procurar um
foco, tentar se desligar das coisas
que te atrapalham e você trabalha
sua concentração.
RENATO SHOITI
Faz uns cinco anos.
Eu estava saindo da
academia, esgotado, aí eu vi uma
galera andando e
cheguei perguntando se podia tentar. Aí eu descobri um
negócio: qualquer lugar que tiver
slackline e você chegar e perguntar
“posso andar” a pessoa vai ficar feliz
em te deixar andar. Depois que você
dá cinco passos é impossível você
parar!
ALEXANDRE RUI
É uma sensação de
superação, conseguir realizar algo
dentro de você,
tem um valor muito pessoal. Para
mim, cada manobra
que eu aprendo eu me
sinto mais realizado, mais seguro.
FERNANDO ORTEGA
É aquela coisa de
quebrar sua própria
barreira. Descobrir
que você pode.
Eu sempre tive
problema de concentração na escola,
PAULO HENRIQUE KOYASHIKI
Evolução sempre vai
existir. Você tem
que ir aos poucos
mesmo, cada manobra leva a outra manobra. No
caso do highline
cada vez que você
for subir na fita você vai
sentir um medo, adrenalina. Então
você tem que ir evoluindo para ficar
mais confiante e fazer o que você
quer.
CÁSSIO FRANCISCO UMEKI
O mais difícil é o que
a pessoa coloca na
cabeça dela. Se
ela colocar que vai
conseguir
fazer
highline e treinar,
for atrás, ela vai
conseguir. Só que o
coração bate mais forte
no highline (risos).
é praticamente impossível, é
o que garantem
os meninos!
FELIPE ARAKAWA (JUM)
Todo mundo pode
praticar. A maioria
do pessoal aprendeu sozinho, o
equipamento era
difícil de encontrar
e ainda é. A gente
vai pegando informação
com quem vem praticando há mais
tempo e eles vão dando dicas. Um
sempre quer ajudar o outro. A ideia
não é competição, é se superar.
9
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Alto Rendimento
Alto Rendimento
Da base às Olimpíadas: como se
forma um atleta de alto rendimento?
A rotina deles é puxada, os treinos são intensos e vontade de superar os
próprios limites é o combustível que os leva adiante nessa caminhada até
os Jogos Olímpicos
A
s Olimpíadas no Brasil
começam em 5 de agosto e pode significar o sonho de muitas pessoas. Imagine você, atleta, ter a chance de
competir em casa, em um cenário único que é o Rio de Janeiro, e ter a oportunidade de proporcionar alegria para seu país?
Isso é o que está passado pela
cabeça de muitos atletas de
alto rendimento brasileiros, que
contam com a chance de representar o Brasil num dos maiores
eventos esportivos do mundo.
Pois é, toda essa expectativa
gera a seguinte dúvida: como,
e quando, surge um atleta
olímpico? O que faz do
atleta um campeão
mundial na sua modalidade? Já de
cara sabemos que
chegar lá não é tão
fácil. É preciso se
destacar mesmo,
ter determinação,
superar os limites
que se colocam entre
você e o
adversário.
12
Para responder a essas questões conversamos com ninguém
menos do que o bicampeão olímpico, Nélio Moura. Ele foi o técnico responsável pelas medalhas
de ouro de Maurren Maggi e de
Irving Saladino, ambos no salto
em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Moura
também foi atleta de alto rendimento por 8 anos.
Segue a entrevista “ping-pong”
realizada com o treinador alguns
meses antes do início dos Jogos
Olímpicos no Brasil:
Sport Informa: quando uma
pessoa escolhe ser atleta ela
sabe que tem um longo caminho pela frente. Qual é, basicamente, essa carreira que precisa ser traçada no esporte antes
que seja possível disputar uma
Olimpíada?
Nélio Moura: talvez um dos primeiros desafios seja justamente
mostrar ao atleta que a jornada
que leva ao alto rendimento é
longa, e que diversos obstáculos serão encontrados no
caminho. Isso é particularmente difícil nos
dias de hoje,
onde os jov e n s
buscam satisfação imediata, com
um “click”. Tão importante quanto
procurar indivíduos fisicamente
aptos para o esporte de alto rendimento é buscar aqueles onde
a resiliência seja um traço dominante de suas personalidades.
SI: a preparação de um atleta Olímpico é diferente da de
qualquer outro atleta? Como?
NM: se considerarmos que todos
buscam o máximo desenvolvimento de suas potencialidades,
não. Todos os princípios, meios
e métodos aplicáveis a um atleta com potencial olímpico serão
adequados também para aquele
que não chegará a esse nível por
limitações individuais. Na prática,
no entanto, esses últimos perceberão essas limitações e
investirão cada vez
menos tempo
na prática
esporti-
va,
e m
favor de outras atividades. Já o
atleta talentoso com potencial
real para o alto rendimento fará
o contrário, e buscará todos os
meios lícitos que lhe proporcionem ganhos de desempenho.
SI: quando começa o período
de preparação para as Olimpíadas?
NM: pensando no longo prazo,
no primeiro dia em que o atleta começa a treinar. A formação
de um atleta de nível olímpico
demora de 6 a 10 anos, não há
como apressar esse processo.
SI: nos últimos meses antes
das Olimpíadas, período em
que estamos agora com, qual é
o foco dos treinamentos?
NM: para aqueles com possibilidades reais de comporem
e equipe, o foco é
na es-
pecificidade dos treinos,
procurando polir a técnica e desenvolver da melhor
maneira possível a condição
física especial. Os cuidados
com o chamado treinamento invisível, nessa fase, são fundamentais. Também é importante
a participação em competições
onde
prováveis
adversários
nos Jogos estarão presentes.
cas. De qualquer
maneira, alguma
estratégia sempre
estará presente e deverá ser
considerada no
planejamento
do
treinamento.
SI: é preciso levar em consideração os atletas ou delegações
adversárias para montar o treinamento? Por que?
NM: cada modalidade tem características diferentes. Naquelas
onde a tática é um fator determinante do resultado, essa consideração é fundamental. Em modalidades onde esse fator seja menos
importante, embora devamos
também conhecer as características de nossos adversários,
a ênfase será realmente
sobre as capacidades
físicas e técni-
13
Institucional
Institucional
DPAC System terá
nova edição em 2016
O início do curso está previsto para março desse ano e visa treinar os
alunos de forma mais personalizada e completa
O
método de treinamento
DPAC System já tem conquistado adeptos de todo
o Brasil. Criado e utilizado pelo
Prof. Dr. Antonio Carlos Gomes,
o sistema visa organizar o treinamento de atletas em 4 estágios:
Diagnóstico, Planejamento,
Aplicação e Controle. O
maior objetivo é integrar
ações de gestão administrativa
e
técnica esportiva na preparação
de atletas de alto rendimento.
Em 2015 Antonio Carlos Gomes já colocou em prática seu objetivo de disseminar essa técnica
entre treinadores e professores
de todo o Brasil. Foi quando aconteceu a primeira edição do Curso
de Certificação DPAC System,
que formou 8 profissionais de diversas áreas da Educação Física.
Para 2016 o DPAC System
ganha uma 2ª edição, dessa vez
focada em duas diferentes formações: Curso Vip de Certificação
em Treinamento no Esporte e
Curso Vip de Certificação em
Treinamento Personalizado.
Ambas as modalidades
acontecem de forma paralela nas mesmas datas, com
início em
cinco de
março
ness na academia. Separando as
duas áreas, o curso torna-se ainda mais especializado e atraente
para o aluno”.
Além da mudança no formato,
a 2ª edição deverá ser também
mais focado na prática, isso para
atender às necessidades mais urgentes dos participantes, que se
mostraram interessados em resolver questões práticas do diaa-dia de treinamento. “Outra mudança é que também teremos
especialistas convidados para
ministrar algumas aulas dentro
do cronograma”, conta
o cientista
esportivo.
Qual o
diferencial
do DPAC
System?
de 2016 e duração de 4
meses. Os módulos serão mensais e o 5º deles
-Projeto de Treinamentoacontece à distância.
Para Gomes, a 1ª edição
ajudou a entender melhor a necessidade dos profissionais que
buscaram a certificação. Ele diz
que “com o novo formato vamos
atender melhor os especialistas,
pois o conteúdo científico
do esporte difere um
pouco do conteúdo do fit-
14
Quando iniciou seu trabalho
com atletas de alto rendimento, o
cientista esportivo Antonio Carlos
Gomes começou a desenvolver
um método muito particular de
treinamento.
Essa metodologia consiste em
aulas teóricas e práticas, desenavaliar o aluno sobre quatro asvolvemos trabalhos e discutimos
pectos principais já citados: Diagpesquisas em diversas áreas. A
nóstico, Planejamento, Aplicação
participação de todos foi espetae Controle. Dessa forma, o atlecular! Quem participar da 2ª edita é acompanhado em todas as
ção vai ter muito a ganhar”, resfases de seu desenvolvimento,
salta o professor.
desde o diagnóstico das capacidades e pontos fracos até o controle de sua técnica.
“O diferencial do DPAC está na
Informações
linha filosófica que o curso tem.
gerais:
Ou seja, o DPAC é o gestor
do programa de treinamenData de início: 05/03/16
to na prática. Isso permite
ao especialista/professor
Horário de início: 8h
seguir uma metodologia
Carga horária: 100 horas
no seu campo de trabalho e traz mais segurança
Vagas limitadas: 15 alunos
e qualidade no trabalho”,
reforça Gomes.
Inscrições: até 01/03/2016
Para a 2ª edição do curso, Antonio Carlos Gomes
espera novamente um excelente aproveitamento por parte
dos alunos. Acredita-se que, por
Módulo I:
Diagnóstico | 05 e 06/03
ser restrito a poucas pessoas (15
por modalidade), os assuntos
Módulo II:
abordados serão bem especíPlanejamento
| 09 e 10/04
ficos e que normalmente não
são discutidos em cursos
Módulo III:
de extensão. Cada aluno
Aplicação | 14 e 15/05
ainda terá um manual de
aplicação do DPAC para
Módulo IV:
Controle | 04 e 05/06
que ele se oriente no dia-adia.
Módulo V:
“A primeira experiência com
Projeto de Treinamento
o Curso de Certificação foi fan(online) | 05/03 a 04/06
tástica. O grupo participou efetivamente dos módulos, tivemos
15
Ciência e Tecnologia
Ciência e Tecnologia
A genetica a
favor do esporte
Tudo indica que, em breve, será possível detectar, através dos genes,
qual atleta será o próximo campeão olímpico; e o Brasil já entrou nessa
corrida mundial para descobrir o DNA do atletismo brasileiro
O
assunto remete a esses filmes
modernos sobre
tecnologia, mas
é mais antigo
do que se imagina. Os primeiros
estudos sobre a relação entre genética
e performance física
humana começaram
a surgir durante a década de 1990, e têm
se aprimorado a cada ano.
Já se observou que determinados atletas de alto rendimento
(aqueles com capacidades
olímpicas)
apresentam
certas pré-disposições
genéticas favoráveis
ao esporte. O que
se quer agora é
mapear esses dados entre os brasileiros para usá-lo na
detecção de futuros
campeões.
Foi com esse objetivo
que a CBAt (Confederação
Brasileira de Atletismo) e o InCor (Instituto do Coração)
deram início ao projeto “DNA do Atletismo”
em maio de 2015. O
foco é coletar o códi-
16
go genético de
500 atletas, entre homens e
mulheres. Esses dados serão comparados
com os de outras
pessoas e apontarão quais genes sofreram mutações.
Rodrigo Gonçalves Dias, pesquisador do InCor e doutor em Ciências do
Exercício, explica
que o DNA humano
tem
aproximadamente 3,2 bilhões de
“letras” e, se o código
genético de dois indivíduos for lido por completo, poderá apontar cerca
de 10 milhões de mutações. Essas mutações
fazem com que pessoas sejam mais ou menos
susceptíveis à obesidade,
hipertensão, etc. “Existem
genes envolvidos na modulação de sistemas fisiológicos que
influenciam as capacidades de força/potência e resistência”, afirma.
No mundo todo pesquisadores têm se dedicado a estudar
o assunto e alguns resultados têm surgido, mas ain-
da sem nenhuma aplicação prática. Um exemplo é um estudo
publicado pelo próprio InCor
e que identificou 1.846 genes
que passam a “trabalhar” de
forma diferente no organismo
quando o indivíduo sai da condição de sedentário.
“Identificamos ainda outra assinatura molecular composta de
98 genes que é capaz de predizer o ganho de performance física, antes mesmo do indivíduo
ser submetido a um programa
de treinamento físico”, afirma
Dias. Para uma competição de
maratona, por exemplo, a genética seria determinante, pois
a máxima performance física
do atleta é incontestável para
seu sucesso.
Tudo aponta para que essa
relação exista, mas Dias res-
salta que não dá para afirmar
quando os resultados vão aparecer e nem quais serão esses
resultados. Ele conta que “são
necessários mais alguns anos
de investimento para que expressivas contribuições possam
ser direcionadas especificamente para o alto rendimento”.
Antonio Carlos Gomes é um
entusiasta do projeto. Como
Superintendente de Alto Rendimento da CBAt ele atua diretamente na preparação dos atletas
e entende como esses dados
genéticos serão importantes no
futuro. Gomes acredita que “isso
tornará a seleção dos próximos
atletas para o atletismo mais detalhada e rigorosa e, consequentemente, mais assertiva”.
O cientista esportivo vislumbra a aplicação dos conhecimen-
tos dobre DNA sendo aplicados já
nas fases iniciais do treinamento
de um atleta, ou até mesmo durante a seleção dos mesmos.
“Poderemos detectar, quando o
menino ou menina é mais novo,
quais suas características genéticas e se eles apresentam as
condições para chegarem a ser
campeões”, destacou.
Até hoje a maioria dos estudos de associação genética,
como são chamados, produziram resultados que não têm
aplicação prática nos esportes. O objetivo é mudar esse
cenário e descobrir qual é a
assinatura molecular da performance dos atletas de alto
rendimento brasileiros, atentando para as possíveis particularidades genéticas de
cada um.
17
Treinamento
Treinamento
O metodo de
treinamento que tem
conquistado o mundo
O Crossfit não é bem uma modalidade, mas pode ser entendido como
uma junção de várias delas; mesmo com todo o esforço e disciplina que
exige, quem pratica afirma que a sensação é ótima
M
otivação
pessoal, dinamicidade, melhora no condicionamento físico e superação.
Esses talvez sejam os principais
aspectos que levaram o Crossfit a
se tornar o método de treinamento
que mais cresce em todo o mundo.
Já são centenas de boxes -como
são chamadas as academias de
Crossfit- em todo o Brasil e cada
vez mais alunos se interessam
18
em conhecer a novidade.
Na Box da cidade de Londrina
(PR) tem aulas de segunda a sexta-feira até as 20h, com turmas
de até 25 pessoas cada e que se
iniciam a cada hora. Marcelo Vitor
da Costa, um dos sócios, conta
que abriu o espaço há um ano
Marcelo Vitor
da Costa
e 7 meses
e a procura
só aumenta.
Ele acredita que
o que atrai tantos novos adeptos
para o Crossfit é a possibilidade
de competir com você mesmo, ou
seja, ver a sua evolução a cada
treino e buscar sempre melhorar
os resultados, seja no tempo de
execução ou na intensidade dos
exercícios. “Acredito que pela
motivação de treinar em equipe e
pelo fato de cada aluno sempre
ter uma meta é que ele atrai tantos adeptos. Cada aluno tenta se
superar”, relata o treinador.
Um dos objetivos do Crossfit é
a recuperação do repertório motor que as pessoas acabam perdendo com a vida moderna. É por
isso que o método reúne técnicas
de diferentes modalidades esportivas, entre elas a ginástica art´stica, o levantamento de peso, e
algumas atividades aeróbicas.
As aulas, em geral, se dividem
em três momentos. No primeiro
deles acontece um aquecimento
um pouco mais puxado do que o
das academias convencionais,
que visa a mobilidade das articulações. Depois disso inicia-se
um treinamento de técnica ou
de força.
Os minutos finais são os mais
esperados pelos alunos e recebe
o nome de WOD (work of the day).
É nesse momento que os desafios são lançados e o praticante
precisa mostrar sua capacidade.
“É a hora mais esperada, quando
existe uma mistura de exercícios
que eles têm que fazer em menor tempo possível, ou o tempo
é fixo e eles precisam executar o
maior número de repetições pos-
Patrícia Andreia
da Silva
sível dentro daquele
tempo”, explica Costa.
Encontramos por lá uma praticante apaixonada pela modalidade. A Patrícia Andreia da Silva é
personal trainer e faz Crossfit há
8 meses. Para ela a variedade de
exercícios é o mais interessante.
“A diversidade de exercícios é legal, trabalha tanto a força quanto o condicionamento ao mesmo
tempo. Em pouco tempo você
consegue atingir todas as capacidades físicas”.
Patrícia não nega que os primeiros dias são bem puxados e
que acabou sofrendo um pouquinho com as dores musculares e
cansaço. Mas tudo vale a pena.
Para ela “a primeira semana é
a mais difícil, tanto que muitas
pessoas desistem, mas se elas
continuam elas veem o quanto
melhora e em pouco tempo. É
apaixonante mesmo!”
Julia Torres está praticando há
menos tempo, quatro meses, mas
já viu resultados. “Eu notei que
emagreci um pouco, a perna
modificou e, principalmente, o
condicionam e n to físico na corrida”. Ela já havia tentado de tudo:
Spinning, musculação, personal,
funcional,
e
descobriu que
o Crossfit junta tudo e o resultado vem
mais rápido.
Para o começo também
foi pesado e
cansativo,
“mas você sai
daqui feliz com
Julia Torres
a sensação
de dever
cumprido. É
muito bom.”
Quem pode fazer?
Segundo o treinador e empresário Marcelo Vitor da Costa
o Crossfit é bem democrático e
atrai pessoas de diversas idades e perfis. Isso porque não é
necessário já ter um condicionamento físico muito alto para
iniciar no esporte. Ele conta que
a primeira aula é de avaliação do
aluno, e durante todo o primeiro
mês acontece uma fase de nivelamento, quando será definido todo
o ritmo de treino daquele aluno.
No segundo mês a pessoa
já é inserida em uma turma e
inicia o treinamento de fato.
Costa ainda comenta que todos os alunos passam por
uma anamnese
baseada no
questionário
PA R - Q
que avalia possíveis problemas de
saúde.
19
Gestão Esportiva
Gestão Esportiva
Legado dos Jogos de 2016:
positivo ou negativo?
Essa talvez seja a maior discussão e preocupação com as Olimpíadas, afinal,
o dinheiro investido é público e o brasileiro não quer mais desperdícios
E
stamos a seis meses dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o maior evento
esportivo do mundo, e que, neste ano,
terá nossa casa como anfitriã. Tudo isso é
ótimo, certo? Pode ser... depende muito de
como o Brasil vai lidar com toda essa
situação.
Na verdade,
o sucesso das
Olimpíadas 2016 já
começou a ser determinado há muito
tempo, quando nosso país foi definido
como sede e começaram as ações de
planejamento por parte do governo e
órgãos competentes. Citamos aqui o
Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o
Ministério do Esporte e o Comitê Organizador dos Jogos, além das Confederações de cada modalidade.
Quando se fala na organização
de Jogos Olímpicos as primeiras coisas que se pensam são: onde será
a Vila Olímpica e paralímpica, quais
centros precisarão ser construídos,
qual verba será destinada para essas obras, entre outras. No entanto
alguns outros pontos precisam ser observados.
Segundo o cientista esportivo, Luiz
20
Antonio Ramos, também se deve
pensar em toda a infraestrutura
em torno do evento. Destaca-se
a revitalização de áreas urbanas
precárias, desenvolvimento de
aeroportos, rodovias de transporte público, rede hoteleira, e por aí
vai.
A imagem do país no exterior
também deve ser trabalhada,
destacando pontos turísticos e
particularidades que só o Brasil
possui. “Nos grandes eventos,
essa divulgação faz parte do
‘pacote do país-sede’, inclusive
veiculando imagens da cidade
na transmissão oficial, antes de
iniciar o jogo. Muitas cidades,
culturas e pontos turísticos são
destacados atraindo turistas para
regiões que antes não eram tão
conhecidas”, ressalta Ramos.
Felipe Varotti, mestrando em
Gestão Esportiva, destaca que o
Brasil pode ter muito a ganhar. É
possível promover uma regeneração do país sede por meio de
um megaevento esportivo pelos
investimentos em estruturas básicas que ele proporciona, como
transporte, segurança, educação
e turismo.
Além disso, durante período
que envolve os jogos, o interes-
se em investimentos por parte
hoje a liga nacional é competititenta por outras manifestações
da iniciativa privada é significativa e continua fazendo sucesso,
como Esporte Educacional e de
vo. “O megaevento traz consigo
inclusive dividindo espaço com o
Formação”, reforça.
o interesse de empresas e orfutebol americano nos estádios.
Alternativas
ganizações em apoiar e investir
As Olimpíadas em Barcelona
em projetos esportivos de âmbi(1992) e em Sidney (2000) tamQue os Jogos Olímpicos no
to educacional, de formação ou
bém são tidas como exemplo.
Brasil vão fazer história é fato,
mesmo de rendimento”, afirma.
Ainda focando em modalidamas o reconhecimento nem semPara exemplificar como isso
des pouco reconhecidas, as espre poderá vir de forma positiva.
pode acontecer lançaremos um
truturas nos Jogos Olímpicos vão
Segundo Varotti “cronogramas
olhar para modalidades menos
permitir que seus praticantes pasnão cumpridos, obras inacaconhecidas. O futebol e voleibol
sem a treinar em casa em vez de
badas, dificuldades de acesso,
no Brasil, por exemplo, já têm sua
procurar centros de treinamento
podem impactar negativamente
tradição bem estruturada, com
no exterior. Luiz Ramos afirma
para um determinado país. Por
campos e quadras de qualidade
que “é mais interessante trazer
isso, um planejamento consise reconhecimento por parte da
tente de todas as etapas e uma
população. Mas o que dizer
gestão responsável se tornam
do hóquei, esgrima, rúgbi, ci“No futuro o modelo
fundamentais para transmitir
clismo? São modalidades que
ideal será de sedes
uma imagem positiva.”
ainda precisam de bastante incompartilhadas, como foi
Conseguir esse feito de
vestimento.
passar por um megaevento
Para que um país seja recona Eurocopa de 2000 e
como esse com apenas glórias
nhecido pelo esporte é preciso
na
Copa
do
Mundo
2002”
não é fácil, por isso determinapermitir o acesso dos atletas a
das alternativas têm surgido,
essas diferentes modalidades.
algumas delas a serem impletreinadores estrangeiros para deE é agora, com toda a estrutura
mentadas no Brasil.
senvolver modalidades aqui do
promovida pelas Olimpíadas, que
Uma delas é a criação de
que levar alguns poucos atletas
precisam acontecer esses invesestruturas provisórias, que separa o exterior. No entanto, devetimentos para que, depois dos jorão removidas após os jogos.
se pensar na transferência de cogos, as estruturas não virem eleNo Brasil elas estão previstas
nhecimento para os treinadores e
fantes brancos e as modalidades
no Itaquerão (estádio do Corindirigentes brasileiros, garantindo
possam sobreviver e evoluir.
thians) e na Lagoa Rodrigo de
assim a continuidade da evoluPós-jogos
Freitas, para as provas de remo
ção da modalidade.”
e canoagem.
Felipe Varotti analisa a situLuiz Antonio Ramos tem se
Luiz Antonio Ramos acrediação também por outro ângulo.
dedicado a estudar o legado de
ta que “no futuro o modelo ideal
Para ele não valerá nada uma
eventos esportivos para seus
será de sedes compartilhadas,
instalação esportiva de alto parespectivos países sede e concomo foi na Eurocopa de 2000
drão se não houverem condições
clui que o período pós-evento é
em que Bélgica e Holanda sediapara que atletas com potencial se
crucial. Ou seja, o que fazer com
ram a competição e na Copa do
beneficiem dela. A solução seria
toda a estrutura que montamos
Mundo 2002, com Coréia do Sul
a promoção de políticas públicas
até agora?
e Japão. Dessa mesma forma poeducacionais.
Como exemplo Ramos citou a
derá ocorrer com cidades-sedes
“É preciso compreender que
Copa de 1994, no Estados Unios atletas de rendimento são apedos Jogos Olímpicos.”
dos, país que, à época, não posnas o pico de uma pirâmide, que
suía grande tradição no futebol. O
se susresultado foi surpreendente:
21
Saúde
Esportes coletivos:
opção para introdução da
criança na vida social
Todos os esportes são capazes de promover resultados positivos na vida
dos seus praticantes; mas aqueles com times, adversários e papeis bem
demarcados na hora do jogo produzem um efeito específico na socialização
F
utsal, judô, basquetebol,
natação... Uma das grandes dúvidas da maioria
dos pais é qual esporte escolher
para o filho. Se é menino, o futebol é uma das primeiras opções. Se é menina, quem sabe
ballet? Gosta de água? Então vamos colocar na natação!
Perfeito, os gostos e habilidades da criança devem ser
as primeiras coisas levadas
em consideração. Para começar, o ambiente esportivo
precisa ser prazeroso, saudável, incentivador. Porém existem outros aspectos que podem auxiliar nessa escolha.
Alguns pedagogos do esporte acreditam que, quando o objetivo é socialização e relação
interpessoal, os esportes coletivos despontam como os mais
propensos a promover resultados. Isso porque incentivam
conceitos de coletividade, respeito, cooperação e amizade.
No entanto, para o Doutor
em Educação Física, Wilton
Santana, o ambiente criado
pelo treinador é tão importante
22
e influenciador quanto a modalidade praticada. Surge então o papel do pedagogo do
esporte, que tem a responsabilidade de proporcionar uma
atmosfera de convívio saudável e cheia de ensinamentos.
Desta forma, “se as relações
estabelecidas forem de coação
e de constrangimento, elas implicam num aprendizado moral
voltado para a obediência cega,
Timidez X liderança
Cada pai e mãe conhece a
personalidade dos filhos. Existem aqueles mais calados, que
observam mais e não expõem
muito sua opinião. Por outro
lado, existem crianças que
estão acostumadas a tomar a
frente das brincadeiras, falam
o que pensam e estão sempre
rodeadas de amigos.
E tem espaço para ambos
no esporte, desde que, é claro, o
para o reforço do egocentrismo. Ao contrário, se o ambiente for de trocas, de cooperação,
aprende-se um tipo de moral
voltada para a autonomia, para
o autogoverno”, conta Santana.
Valdomiro de Oliveira é Doutor em Educação Física e já
atuou como treinador de basquetebol para crianças e adolescentes. Ele conta que fazer parte
de um meio, no caso o esporti-
vo, é bastante saudável para
esse público, pois proporciona
relações de amizade que se estendem para a vida toda. “Isso
acontece
independentemente
de cor, raça ou condições financeiras, pois o ‘pensar em grupo’ que os jogos proporcionam
constituem-se em fatores fundamentais para o desenvolvimento social das crianças”, afirma.
Até mesmo a relação com
os adversários é permeada de
muito respeito. Oliveira relata que os jogadores opostos
não são vistos como inimigos, mas como um elemento
indispensável sem o qual não
há competição. Além disso,
existe a máxima de que “para
se atingir um determinado
objetivo é necessário, muito trabalho, esforço, dedicação e trabalho em equipe”.
profissional pedagogo esteja apto
a identificar tais características
e moldá-las para a coletividade.
Ambas as personalidades trazem aspectos positivos e negativos. Aquele mais tímido pode ser
mais respeitoso, mas ao mesmo
tempo não se soltar na hora do
jogo por medo de errar. O mais
extrovertido consegue influenciar
e incentivar os outros, mas pode
achar que merece mais reconhecimento por isso.
Para Oliveira, hoje professor
de Educação Física na UFPR
(Universidade Federal do Paraná), o esporte ajuda na tomada
de decisões e isso é ótimo para
os mais tímidos. Encontrar amigos que partilhem dos mesmos
gostos também incentiva a mudança comportamental.
Nessa mesma linha de raciocínio, as características de liderança podem ser percebidas e
estimuladas desde muito cedo,
sempre com os valores de respeito e coletividade bem marcados.
Santana coordena projetos
de futsal e diz que já viu muitos
jovens adquirindo segurança e
confiança em si mesmos. Da
mesma forma crianças com
atitudes mais violentas tornaram-se tolerantes. “Vi muitos
pais perceberem e relatarem
esse tipo de mudança nos filhos. Mas repito: os tipos de
relações estabelecidos no ambiente são determinantes para
a construção dos valores sócio
morais”, ressalta.
Comportamento
Mas será que isso tudo se
estende para fora das quadras
e campos, atingindo, também,
a vida familiar, escolar e social?
Segundo os especialistas sim.
Valdomiro de Oliveira afirma
que “as crianças criam hábitos e
mudanças comportamentais ao
aprenderem o valor do trabalho
em equipe e, com o passar do
tempo, ampliam seus comportamentos nos aspectos cognitivos, sociais, físicos e psicológicos”.
A opinião do Wilton Santana
é parecida. Ele acredita que o
esporte auxilia os mais novos a
amadurecerem como pessoas
na medida que conhecem mais
a si mesmos. “Aprender a competir tende a ser uma experiência enriquecedora para todos
os esportistas. Por outro lado,
a vivência competitiva precisa
ser permeada por atitudes éticas, favoráveis à vida própria e
à alheia, caso contrário, no lugar de ajudar pode atrapalhar”,
ressalta.
23
Agenda
Calendário esportivo 2016
de janeiro a junho
Início em 05 de Março
Curso Vip de Certificação em
ado
Treinamento Personaliz
DPAC System
R
SPORT TRAINING | Londrina-P
Curso Vip de Certificação em
Treinamento no Esporte
DPAC System
R
SPORT TRAINING | Londrina-P
Início em Abril
17 à 19 de Junho
Pós-graduação em
Preparação Física no Futebol
II Encontro Nacional de Esporte e
Fitness: Avanços Técnicos e Científicos
CEFIT | São Paulo-SP
UNOPAR | Londrina-PR
Cursos Internacionais Sport Training
Moscou – Rússia
Curso de Formação e Alto Rendimento
De 14 a 29 de Janeiro de 2017
Universidade Nacional de Cultura Física,
Esporte e Turismo da Rússia
INSCRIÇÕES ABERTAS:
24
Shanghai – China
Curso de Treinamento Desportivo:
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento
Fevereiro de 2017
Universidade de Shanghai,
Shanghai University of Sport
www.editorasporttraining.com.br
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