Veja o artigo - Maristela Lobo
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capítulo 01 a INtERaÇÃo Da pERIoDoNtIa coM oS pRocEDIMENtoS EStÉtIcoS INtRoDuÇÃo É tempo de Odontologia Estética Multidisciplinar e o objeti- A Periodontia tem um papel fundamental dentro desse contexto, pois o equilíbrio dos tecidos – duros e moles, brancos saudáveis, funcionais e estéticos, e exige a consciência de que e vermelhos (ou róseos), externos e internos – exige o res- as especialidades1,2. Aprofundar-se em técnicas e conceitos 6 . O equilíbrio dos 7,8 que é necessário e do que é possível realizar em cada caso clínico. Conhecer o comportamento biológico dos tecidos a a saúde do periodonto e o selamento marginal das restau- serem tratados na Odontologia Estética Integrada é fundaMARISTELA LOBO | OSWALDO SCOPIN JOÃO CARLOS WANDERICO | MARIANA MONTANINI EMATNÉ HIRATA mental para que haja previsibilidade, sucesso, estabilidade e longevidade de resultados3,4,5. - Estética do sorriso em reabilitação protética capítulo 01 dontais mais frequentemente empregados para otimizar a conjuntivo subjacente, aumentando a superfície de contato, 03 04 partir de uma análise considerando os sentidos vertical ou ápico-coronal (comprimento tecidual, Figura 02A) e hori- dio de 2,04 mm)13 - estética vermelha (ou rosa) e integrá-la com a Odontologia sobre a superfície do epitélio12. ra A2B). Compreender corretamente o comportamento . 6,10,11 biológico desses tecidos auxilia sobremaneira no respeito às clínico completo envolvendo o aumento de coroa clínica estético sob técnica mista, associado a elementos cerâmicos do e, ao invaginar, perde algumas camadas celulares e parte tipo “lentes de contato”. Existe uma série de vantagens clínicas acerca do conheci- - mento das distâncias biológicas e das características dos te- riodontal em curto, médio e longo prazo, fundamental para - a longevidade dos tratamentos odontológicos. tência, tranformando-se em epitélio do sulco (com com- o coMplEXo tEcIDual primento histológico médio de 0,69 mm)11,13. O epitélio SupRacREStal ou ZoNa DE - tRaNSIÇÃo (Zt) 12 O manejo dos tecidos periodontais requer o conhecimento da biologia, da anatomia e do comportamento dos tecidos . 3,9 O dente representa uma estrutura muito peculiar do corpo ra inseridos na parte interna do organismo, e praticamente em contato direto com um meio aquoso e contaminado por . Clinicamente, é impossível determinar a profundidade do sulco gengival histológico através de sondagem clínica10. Quando a sonda penetra no sulco gengival, ela percorre o comprimento do epitélio do sulco e segue pelo epitélio juncional, que é o tecido que existe em continuidade com o epitélio do sulco, em íntimo contato com a superfície do esmalte dental, e fracamente aderido a esta através de hemi-desmossomos presentes na lâmina basal interna ES EPITÉLIO DO SULCO 0,69 mm EJ EPITÉLIO JUnCIOnaL 0,97 mm deste tecido14. - anticorpos e células humorais, e possui grande capacidade Tecidos Supracrestais6,10,11. . Em média, o comprimento do epité- 12,14 lio juncional abrange 1,07mm13, embora esse tecido possa epitélio oral, em vermelho, do qual pertence a gengiva livre, JCE variar muito quanto às medidas em diferentes indivíduos. IC vas camadas celulares – basal, espinhosa, granulosa e queratinizada – que o tornam impermeável, isento de qualquer lares e alvéologengivais12. O sulco gengival é uma unidade 01 Representação esquemática do complexo de tecidos supracrestais (Zona de Transição, ZT), formado por quatro entidades teciduais distintas: o epitélio do sulco, em vermelho escuro, medindo, em média, 0,69 mm de comprimento; o epitélio juncional, em amarelo, com 0,97 mm de comprimento; a inserção conjuntiva, em verde, com aproximadamente 1,07 mm de comprimento e, por fim, o epitélio oral, em vermelho claro, que possui, no mínimo, a soma desses tecidos em comprimento na ZT (2,73 mm)6,13. InSErçãO COnJUnTIva 1,07 mm 06 Estética do sorriso em reabilitação protética para a maioria dos indivíduos sem esquecer, no entanto, a 02a em média, compreende 2,73 mm1,13. Segundo Kois9, de um importância de se individualizar cada caso, uma vez que essas total de 1000 pacientes avaliados quanto aos tecidos supra- medidas podem variar muito entre indivíduos, entre grupos de dentes de um mesmo indivíduo, e entre faces de um menor que 3,0 mm na face vestibular dos dentes anteriores mesmo dente. Cemento Esmalte (JCE) e a Crista Óssea Alveolar (COA), o DISTânCIaS BIOLógICaS SULCO gEngIvaL ESPaçO BIOLógICO (EJ + IC) acordo com os biótipos periodontais15-18. O biótipo perio- pacientes avaliados apresentaram comprimento aumentado teriores superiores devido à maior distância entre a JCE e a COA. Segundo o autor9, os pacientes com essa caracterís- gengival19 - zado existente, a profundidade de sondagem, a distância 02B mesma face, corroborando com a média de achados prévios escolha da técnica cirúrgica para o aumento de coroa clínica em dentes anteriores10,11,13. estético anterior19-21. Um estudo recente13 - 22 11 pacientes (com idades de 27 a 53 anos) com periodontos - BIOTIPO PErIODOnTaL - tidade e qualidade teciduais nesse biótipo frequentemente téticas. Na amostragem avaliada, as medidas médias com- ESPESSUra TECIDUaL qUanTIDaDE E qUaLIDaDE nUTrIçãO / DEfESa . Em pacientes com biótipos periodontais 23,24 preparo de espécimes); 1,18 mm de comprimento da inserpossíveis deiscências e perdas dos tecidos gengivais marginal e papilar25,26. Os procedimentos restauradores também deOs achados da literatura, de que a maioria dos indivíduos 02 a,B A Zona de Transição pode ser avaliada em diferentes sentidos: (a) o vertical ou ápico-coronal fornece informações acerca das distâncias biológicas e medidas de comprimento do complexo de tecidos supracrestais; (b) o horizontal ou vestibulopalatino/lingual permite a avaliação da espessura e das características do biótipo periodontal. 05 mm na face vestibular de dentes superiores anteriores, é pertinente clinicamente e deve ser considerado como média tância de, pelo menos, 1,0 mm entre a margem gengival e o 08 Estética do sorriso em reabilitação protética o paDRÃo EStÉtIco Da ZoNa - - 04a DE tRaNSIÇÃo - - dente mantêm a margem gengival em altura semelhante ou . rar alguns parâmetros preestabelecidos de estética ver- formando uma curva que acompanha a curvatura do lábio 27 se observar o relacionamento entre as distâncias biológicas entanto, diante dos procedimentos clínicos, deve ser consi- 04A); (B) o alinhamento da altura das margens gengivais dendo ter o zênite coincidindo com o seu longo eixo, e ten- de pré-molares, caninos e incisivos centrais, deixando do a margem gengival cerca de 1,0 mm mais coronal quando apenas os incisivos superiores laterais com flexibilidade comparada às margens de incisivos centrais e caninos. Essa - - dos demais dentes (Figura 04C); (C) o deslocamento do papila gengival entre os incisivos centrais, a qual é geralmen- zênite gengival de incisivos e caninos para a distal em te mais volumosa. As margens gengivais de pré-molares e 04B molares devem situar-se na mesma altura de margem dos completo das ameias interdentais com papila, sendo a caninos (Figura 04). papila entre os incisivos centrais mais volumosa e dominante quando comparada à papila entre os incisivos margens gengivais encontram-se desalinhadas, totalmente B)28-31. O afastamento de lábios e da língua durante a tomada 04C e seus tecidos (Figura 03A), e o software é capaz de fornecer Quando a margem gengival posiciona-se aproximadamen- medidas precisas tanto de espessura de tábua óssea quanto de te ao nível da JCE, em dentes alinhados, presume-se que clínicos, convém dominar diferentes técnicas de manipula- comprimento de tecidos supracrestais (Figura 03B). na estrutura dental. 28-31 03a COA e a JCE (com distâncias de 1,6 a 4,0 mm), e que tais 03B 04D lisas e proximais. Ainda, dentro da mesma face, há um distâncias podem ser menores em biótipos periodontais pla. 10,28 incisal. Naturalmente, espera-se que a margem da gengiva também fique posicionada mais apicalmente nessa personalizada e, para isso, o conhecimento dos tecidos supramais apical da curvatura gengival vestibular. Ao medir a crestais, incluindo o comportamento biológico, as medidas de comprimento e as medidas de espessura, torna-se imprescin- maior medida de comprimento. 07 03 a,B A tomografia computadorizada volumétrica de alta resolução, realizada com afastamento simultâneo de lábios e língua, é capaz de caracterizar a espessura e o comprimento dos tecidos da Zona de Transição, permitindo, ainda, a obtenção de medidas teciduais na proporção de 1:1. 04 a-B A estética da ZT requer volume e coloração gengival adequada (A); Posição de zênite gengival levemente distalizado com relação ao longo eixo do dente (B); Alinhamento de margens de incisivos centrais e caninos (margens coincidentes ou que formem uma curva correspondente à curva do lábio superior) com flexibilidade de altura de margem gengival do incisivo lateral (C); e O preenchimento completo das ameias além do equilíbrio entre o volume gengival exposto na papila entre os incisivos centrais e na região da margem dos laterais, sob visão frontal (D). 10 Estética do sorriso em reabilitação protética MaNIpulaÇÃo cIRÚRGIca Da 05a 05B 05C 05D ZoNa DE tRaNSIÇÃo tivo subjacente (Figura 06A-F)39. ou ápico-coronal quando se deseja recobrir raízes expostas Quando existe a necessidade de aumentar ou diminuir o ou realizar aumentos de coroa clínica. O recobrimento ra- aumentar a quantidade de tecido queratinizado, ou ainda desde que o osso interproximal e as papilas estejam manti- alinhados (Figura 07A-F)40-43. tais no sentido horizontal. Para aumentos discretos de Para quem pratica a Odontologia Estética Multidisciplinar, os as que empregam túneis 32,33 ou envelopes com acesso casos que necessitam de aumento de coroa clínica estético sulcular34, preenchidos com enxertos de tecido conjun- - face distal do canino e a face distal do primeiro molar) ou indiretas, e a margem gengival, faz-se necessário trabalhar - (Figura 05A-J). 05E 05f 05g 05H 05I 05J dentro deste capítulo. A técnica empregada para esse tipo Nos casos em que se faz necessário ganhar tecido queratinizado, a técnica de enxerto gengival livre oferece bas- estético tecidual35,36. Outra alternativa de ganho de tecido rios, geralmente a faixa de tecido queratinizado e a espessura queratinizado é o emprego de matrizes dérmicas acelula- - res, que diminuem a morbidade da cirurgia eliminando o sítio doador37,38 à face vestibular dos dentes envolvidos (Figura 08A-F). 05 a-J Fotografias inicial (A,C) e final (B,D) após o procedimento de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial para aumento de volume na ZT (manipulação no sentido horizontal ou vestibulopalatino/lingual) dos elementos 12 e 22. Após adequação do meio bucal (E,F) e enxertia minimamente invasiva (G,H), houve ganho de espessura de tecido conjuntivo na região manipulada (I,J). 09 12 Estética do sorriso em reabilitação protética 06a 06B 06C 06D 06E 06f 07a 07B 07D 07E 06 a-f Fotografias iniciais (A,B), pós-operatórias imediatas (C,D) e 30 dias após o procedimento de dermoabrasão ou peeling gengival (E,F). Remove-se completamente o epitélio oral, expondo o tecido conjuntivo subjacente. O novo epitélio que se forma não traz melanina em sua camada basal, tornando a gengiva rósea. O procedimento tende a recidivar, variando de 1 a 3 anos após o procedimento. 08B 08C 08D 08E 08f 07C 07f 07 a-f Fotografias inicial e final após o recobrimento radicular (A,B), um procedimento de resultados previsíveis, desde que tenha indicação precisa e situação anatômica favorável. No caso acima, foi aplicada uma técnica de tunelização com enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. 11 08a 08 a-f O aumento de coroa clínica estético anterior , em pacientes com biótipos periodontais finos e/ou intermediários, requer manobras minimamente invasivas, que reposicionam os tecidos da Zona de Transição no sentido vertical e permitem a manipulação cirúrgica localizada e restrita aos tecidos supracrestais da face vestibular. A incisão, em bisel interno, não lesiona a papila interdental (B,C); a distância da nova margem gengival cirúrgica até a crista óssea alveolar é medida e trabalhada, se necessário, visando à acomodação dos tecidos que compõem o Espaço Biológico (D,E). (F) O resultado é satisfatório. Caso clínico realizado no curso de aperfeiçoamento em Odontologia Estética Multidisciplinar APCD Americana – SP. Por outro lado, quando o paciente tem um biótipo pe- 14 Estética do sorriso em reabilitação protética Na grande maioria dos casos de aumento de coroa clínica 09a 09B 09C 09D 09E 09f tecidual (óssea, conjuntiva e epitelial), e exibe volume gengival excessivo ao sorrir (Figura 09A), a técnica de - aumento de coroa clínica a ser empregada requer reba- - - mm, após o procedimento, provavelmente este terá que - Carnevale 21, os pacientes com esse biótipo periodontal sertividade da osteotomia e a estabilidade da nova margem têm chances elevadas de refazer o crescimento da mar- 45 . gem gengival no sentido coronal, mesmo após a realizaposicionamento das margens gengivais cirúrgicas é quando o aumento de coroa estético anterior minimamente invasivo é retalho e de sutura na Implantodontia e talvez seu maior uma vez que a longevidade de elementos cerâmicos cimen- - tados sobre este substrato é comprovadamente superior quando comparada ao substrato dentinário46. O passo a pas- adiantar o início dos procedimentos restauradores44. so clínico do aumento de coroa clínica estético anterior está descrito em capítulos anteriores47. 09 a-f Os pacientes com biótipo periodontal plano/espesso e exostoses ósseas necessitam de aumento de coroa clínica com rebatimento total do retalho e osteotomia/osteoplastia em altura e espessura (A). Após a excisão tecidual (B,C), o osso é exposto e esculpido e a gengiva é suturada na posição (D,E). Pós- operatório de 90 dias (F). Caso realizado pela alunas Márcia Dal Molin Carvalho e Carmem Rodrigues, no curso de Odontologia Estética Multidisciplinar APCD Americana – SP. 13 16 Estética do sorriso em reabilitação protética cIRuRGIa plÁStIca pERIoDoNtal dos dental e periodontal foram decisivas para o destaque do aSSocIaDa À REStauRaÇÃo coM tipo lente de contato) nos dentes 25 a 15, com margens em sorriso no rosto da paciente (Figura 15). O presente caso clí- lENtES DE coNtato cERÂMIcaS: esmalte dental. nico segue a tendência da Odontologia minimamente invasiva, - RElato DE caSo clíNIco tanto do ponto de vista dos tecidos dentais como dos tecidos Sessenta dias após a cirurgia periodontal mista, a paciente - A paciente M. L., 31 anos, procurou a clínica do curso de ca do comportamento biológico de tais tecidos. sitário Senac – SP, queixando-se da aparência do seu sorriso, o clareamento associado (ambulatorial e caseiro por 14 dias) o qual considerava antiestético pelas manchas presentes e pelo excesso de gengiva aparente no corredor bucal. Um ensaio restaurador (mock up) foi realizado a partir do Após anamnese, exame clínico, protocolo de fotos48, mo- 10a 10B 10C 10D estava saudável tanto do ponto de vista sistêmico quanto do esmalte também foram removidas, guiadas pelo enceramenprévias de resina composta em seus dentes superiores anvestibulopalatino (Figura 12)49. trava margens desalinhadas e excesso de volume principal- O biótipo periodontal da paciente foi considerado de inter- e a segunda sob a técnica de dois passos50. O antagonista de coroa estético dos dentes 26 a 16, sob técnica mista, registradas as cores do dente e do substrato, com o uso da - - intrassulcular minimamente invasiva, sem rebatimento de de 0,7 mm), do tipo lentes de contato, em dissilicato de lí- da margem gengival cirúrgica foi a JCE uma vez que, dentro da Odontologia Restauradora, o planejamento envolvia 15 10 a-D Aspecto inicial do sorriso. A queixa principal abrangia: dentes manchados e escurecidos, excesso de gengiva ao sorrir e restaurações deficientes em resina composta direta. Ao exame intraoral, constatou-se a presença de exostoses ósseas e consequente aumento de volume gengival/ósseo nas regiões posteriores; manchas brancas próximas à margem gengival; restaurações em resina composta deficientes quanto à forma, caracterização e polimento; deficiência de volume dental no corredor bucal. 11a 18 Estética do sorriso em reabilitação protética 11B 11C 12a 12B 12C 12D 11D 12E 12f 11E 11f 11 a-f O aumento de coroa clínica estético anterior, no presente caso, utilizou a técnica minimamente invasiva com osteotomia intra-sulcular na região anterior (A), e rebatimento de retalho com osteoplastia (B,C), osteotomia (D) e sutura (E) nas regiões maxilares posteriores. Pós-operatório imediato (E) e após 15 dias (F). 17 12 a-f Antes (A) e 45 dias depois (B) do aumento de coroa estético realizado nos dentes 16 a 26, utilizando a técnica mista (com e sem rebatimento de retalho). (C,D) Enceramento diagnóstico e ensaio restaurador (mock up). (E) Indicação das áreas de desgaste, coincidentes com as áreas cobertas por resina composta. (F) Preparo restrito ao esmalte após a eliminação da resina composta preexistente. 20 Estética do sorriso em reabilitação protética 13a 13B 13C 13D 14a 13E 14B 13 a-E Lâminas em dissilicato de lítio (e-max Press, Ivoclar-Vivadent), injetadas e maquiadas, de espessura reduzida (tipo “lente de contato”) (A-C). Prova úmida das peças cerâmicas com a pasta try-in do cimento resinoso (Variolink Veneer, High Value +1, Ivoclar-Vivadent) (D). Aspecto dos elementos cerâmicos recém-cimentados (E). 14 a,B 19 Fotos artísticas finais do sorriso (A) e lábio em repouso (B) da paciente. 15 a-D Aspecto extraoral inicial (A) e final (B), e fotos artísticas finais (C,D) em ensaio realizado por Dudu Medeiros (www.clickdudu.com.br). Caso clínico conduzido pelos cirurgiões-dentistas Gilvan Salvadori Ferro e Ramon Carvalho, durante o curso de pós-graduação em Odontologia Estética do Centro Universitário SENAC – SP. REFERÊNcIaS BIBlIoGRÁFIcaS 1. Spear FM, Kokich VG. A multidisciplinary approach to esthetic dentistry. Dent Clin North Am 2007 Apr;51(2):487-505, x-xi. 2. Garber DA, Belser UC. Restorationdriven implant placement with restoration-generated site development. Compend Contin Educ Dent 1995 Aug;16(8):796, 798-802, 804. 3. Kois JC, McGowan S. Diagnostically generated anterior tooth preparation for adhesively retained porcelain restorations: rationale and technique. J Calif Dent Assoc 2004 Feb;32(2):161-6. 4. Fradeani M. 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