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DINHO AMBIENTAL LDTA
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
BÁSICO
DIAGNÓSTICO
Prefeitura de Teutônia/RS
Dinho Ambiental Ldta
Outubro de 2013.
1
INFORMAÇÕES
Contratante: Prefeitura Municipal de Teutônia
CNPJ: 88.661.400/0001-99
Endereço: Av. 1 Oeste nº 878 - Teutônia
CEP: 95.890-000
Fone: (51) 3762-7700
Responsável: Prefeito Renato Airton Altmann
Contatada: Dinho Ambiental Ltda
CNPJ: 11.472.711/0001-85
Endereço: Rua Bento Gonçalves 141
Bom Retiro do Sul
CEP: 95-870-000
Responsável: Carlos Alexandre da Silveira-Diretor
Contrato : 052/2013
Prazo de Execução: 8 meses (26/02/2013 à 26/10/2013)
2
SUMÁRIO
1.
DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO _________________________________________ 8
1.1. ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS,
CULTURAIS,
AMBIENTAIS
E
DE
INFRAESTRUTURA. _______________________________________________________________ 8
1.2.
POLÍTICA DO SETOR DE SANEAMENTO _______________________________________ 76
1.3.
INFRAESTRUTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA _____________________________ 94
1.4.
INFRAESTRUTURA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ____________________________ 107
1.5.
INFRAESTRUTURA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS __________________________ 116
1.6.
INFRAESTRUTURA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS _____ 131
3
LISTA DE FIGURAS
Figura 01– Localização climática de Teutônia __________________________________________ 9
Figura 02- Bacia hidrográfica _______________________________________________________ 10
Figura 03 – Mapa Geológico do Município ____________________________________________ 11
Figura 04 – Mapa da vegetação do município__________________________________________ 12
Figura 05: Saneamento ____________________________________________________________ 22
Figura 06: Diagrama binário com as temperaturas mínimas e máximas mensais e gráfico de
coluna das precipitações médias mensais para o município de Teutônia. __________________ 40
Figura 07 – Excesso no balanço hídrico, período de 1961 a 1990. _________________________ 42
Figura 08 – Deficiência no balanço hídrico, no período de 91/1990 ________________________ 42
Figura 09 – Mapa da Bacia Taquari-Antas _____________________________________________ 44
Figura 10. Tipos geoquímicos das águas dos Sist. Aquíferos Serra Geral II (parte 1). _________ 51
Figura 11. Tipos geoquímicos das águas dos Sist. Aquífero Serra Geral I e II (parte 2). _______ 52
Figura 12 - Diagrama de salinidade do Sistema Aquífero Serra Geral I e II (parte 1). __________ 53
Figura 13- Diagrama de salinidade do Sistema Aquífero Serra Geral I e II (parte 2).___________ 54
Figura 14: Sistema de Tratamento Individual _________________________________________ 109
Figura 15: Corte transversal do Clorador. ____________________________________________ 109
Figura 16: classificação dos resíduos. ______________________________________________ 134
Figura 17 – Etapas do pós consumo. _______________________________________________ 157
Figura 18 - Lixeira para armazenamento do lixo em locais onde há predios ________________ 162
Figura 19 - Lixeira para armazenamento do lixo_______________________________________ 162
Figura 20 - Disposição inadequada de lixo devido à falta de lixeiras ______________________ 162
Figura 21 - Disposição inadequada do lixo devido à inexistência de lixeira ________________ 162
Figura 22 - Lixeiras identificadas para acondicionamento do lixo ________________________ 163
Figura 23 - Lixeiras para acondicionamento do lixo. Neste caso, danificada. _______________ 163
Figura 24 - Contêiner destinado ao armazenamento do lixo _____________________________ 164
Figura 25 - Coleta mecanizada dos resíduos _________________________________________ 164
Figura 26 - Caminhão destinado a coleta do lixo ______________________________________ 165
Figura 27 - Caminhão do tipo compactador. __________________________________________ 165
Figura 28 - Garis responsáveis pela coleta do lixo ____________________________________ 166
Figura 29 – Inexistência de EPI´s ___________________________________________________ 166
Figura 30 - Localização da usina de triagem e disposição final do município de Teutônia ____ 167
Figura 31 - Vista área aproximada da área ___________________________________________ 168
4
Figura 32 - Célula 02 em operação__________________________________________________ 169
Figura 33 - Nova central de triagem _________________________________________________ 169
Figura 34 - Lagoa de tratamento 01 _________________________________________________ 169
Figura 35 - Lagoa de tratamento 02 _________________________________________________ 169
Figura 36 - Trator com reboque utilizado para o transporte dos rejeitos ___________________ 170
Figura 37 – Retroescavadeira utilizada no manejo dos resíduos sólidos __________________ 170
Figura 38 - Rampa mecanizada ____________________________________________________ 171
Figura 39 - Esteira mecanizada ____________________________________________________ 171
Figura 40 - Acondicionamento dos resíduos recicláveis/secos em sacos do tipo bag _______ 171
Figura 41 - Alas para armazenamento dos resíduos conforme a sua tipologia ______________ 171
Figura 42 - Fluxograma do processo de triagem dos resíduos ___________________________ 172
Figura 43 - Pontos de retirada de amostras de montes ou pilhas de resíduos ______________ 175
Figura 44 - Coleta das amostras ___________________________________________________ 175
Figura 45 - Rompimento dos receptáculos e homogeneização da amostra ________________ 176
Figura 46 – Amostra resultante ____________________________________________________ 176
Figura 47- Separação dos materiais ________________________________________________ 176
Figura 48 - Pesagem dos materiais _________________________________________________ 176
Figura 49 - Vista geral da empresa _________________________________________________ 181
Figura 50 - Armazenagem de material reciclável ______________________________________ 181
Figura 51 - Depósito informal de resíduos ___________________________________________ 181
Figura 52 - Depósito informal de resíduos em residência de catador _____________________ 181
Figura 53 - Transporte dos resíduos ________________________________________________ 183
Figura 54 - Catadora identificada no município _______________________________________ 183
Figura 55 - Acúmulo de lixo verde no meio fio da calçada ______________________________ 184
Figura 56 - Coleta do lixo verde ____________________________________________________ 184
Figura 57 - Resíduos de poda acumulados no meio fio da calçada _______________________ 184
Figura 58 - Registro de uma das campanhas do Projeto REVIVE BOA VISTA ______________ 185
Figura 59 - Triturador de galhos____________________________________________________ 187
Figura 60 - Resíduos verdes triturados ______________________________________________ 188
Figura 61 - Depósito irregular de lixo verde __________________________________________ 188
Figura 62 - Abrigo para armazenamento dos RSS _____________________________________ 191
Figura 63 - Vista geral das bombonas para armazenamento dos RSS. ____________________ 191
Figura 64 - Maiores geradores de resíduos sólidos industriais perigosos, dos municípios
inventariados no estado do RS ____________________________________________________ 193
Figura 65 - Contêiner para armazenamento de resíduos da construção civil _______________ 196
Figura 66 - Vista geral do depósito de resíduos inertes ________________________________ 196
5
Figura 67 - Vista aproximada dos resíduos da construção civil __________________________ 196
Figura 68 - Ponto de coleta de pilhas e baterias_______________________________________ 198
Figura 69 - Recipientes utilizados para a coleta de pilhas, baterias e materiais eletrônicos ___ 198
Figura 70 - Identificação do reciclador ______________________________________________ 200
Figura 71 - Produtos resultantes da reciclagem _______________________________________ 200
Figura 72 - Verificação das embalagens de agrotóxicos ________________________________ 203
Figura 73 - Recolhimento das embalagens ___________________________________________ 203
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Distribuição de rendimento médio mensal de salário mínimo, segundo
domicílios -2010. __________________________________________________________________ 8
Tabela 02: Temperaturas mínimas e máximas mensais e precipitações médias mensais para
o município de Teutônia. __________________________________________________________ 40
Tabela 03: Divisão da área municipal em sub-bacias hidrográficas. _______________________ 45
Tabela 04: Processos para captação e/ou uso de água superficial em andamento no
Departamento e Recursos Hídricos Estadual (SEMA-DRH). ______________________________ 47
Tabela 5: Situação dos processos junto ao Departamento de Recursos Hídricos do Estado
do Rio Grande do Sul das captações subterrâneas do município de Teutônia. ______________ 65
Tabela 06 – Analise da água distribuída ______________________________________________ 97
Tabela 07 – Receitas e despesas ___________________________________________________ 103
Tabela 08 – Despesas e Receitas ___________________________________________________ 103
Tabela 09 - Indicadores de abastecimento de água. ___________________________________ 106
Tabela 10- Exemplo de Áreas com Problemas de Drenagem. ____________________________ 122
Tabela 11 - Indicadores de Fragilidade do Sistema (IFS) ________________________________ 124
Tabela 12 - Pontuação adotada para quantificar cada IFS ______________________________ 127
Tabela 13 – Hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos _________________________ 132
Tabela 14 - Anexos Contidos na NBR 10.004/2004 _____________________________________ 135
Tabela 15 - Não Perigosos-Classe II A e Classe II B____________________________________ 135
Tabela 16 - Perigosos – Classe I ___________________________________________________ 139
Tabela 17 – Resíduos de saúde (Fonte: ANVISA/CONAMA, 2006). ________________________ 143
Tabela 18 – Apresenta as responsabilidades do Gerenciamento dos Resíduos. ____________ 152
Tabela 19 - Roteiro de recolhimento de lixo no setor urbano ____________________________ 160
Tabela 20 - Roteiro de recolhimento de lixo no setor rural ______________________________ 160
Tabela 21 - Fatores que influenciam nas características dos resíduos ____________________ 173
Tabela 22 - Programação e pesagem das amostras ____________________________________ 177
Tabela 23 - Programação e pesagem das amostras ____________________________________ 178
Tabela 24 - Programação e pesagem das amostras ____________________________________ 178
Tabela 25 - Produção e composição dos resíduos sólidos do município de Teutônia. _______ 179
Tabela 26 - Geração Per Capita de Resíduos Domésticos no Brasil ______________________ 180
Tabela 27 - Produção Per Capita de Resíduos Domésticos no Município ano de 2010 _______ 180
Tabela 28 - Frequência de coleta de resíduos de saúde nas unidades municipais de
Teutônia _______________________________________________________________________ 189
Tabela 29 - Roteiro de recolhimento de embalagens de agrotóxicos ______________________ 202
Tabela 30 – Indicadores de Resíduos Sólidos Urbanos. ________________________________ 205
7
1.
DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
1.1.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS, AMBIENTAIS E DE
INFRAESTRUTURA.
I – Aspectos Socioeconômicos.
Quanto aos aspectos socioeconômicos a distribuição de rendimento
médio mensal dos domicílios por faixa de salário mínimo, no ano de 2010, no
município de Teutônia, apresenta a maior concentração de domicílios na faixa
de 2 a 5 salários mínimos, com índice de 49,35%, valor superior ao do estado.
Tabela 01 – Distribuição de rendimento médio mensal de salário mínimo, segundo
domicílios -2010.
Classes de Rendimento nominal
mensal
Total
Até 1/2 SM
Mais de 1/2 a 1 SM
Mais de 1 a 2 SM
Mais de 2 a 5 SM
Mais de 5 a 10 SM
Mais de 10 a 20 SM
Mais de 20 SM
Sem rendimento
Teutônia
Nº
9.286
29
282
1.332
4.583
2.332
581
123
25
(%)
100
0,31
3,04
14,34
49,35
25,11
6,26
1,32
0,27
Estado RS
Nº
3.599.263
58.482
265.718
688.708
1.409.788
692.148
267.761
120.446
96.213
(%)
100
1,62
7,38
19,13
39,17
19,23
7,44
3,35
2,67
II- Cultura.
Quanto a Cultura o município é praticamente de origem alemã, o
município destaca-se pelo excelente desempenho na música. O município é
responsável pela criação oficial da primeira rota turística, a Rota Germânica, a
qual busca apresentar um pouco mais da cultura germânica, através das
tradições que ainda hoje são cultivadas, como é o caso do sapato-de-pau, ou do
Empreendimento Matinho, O centro administrativo que sedia a Prefeitura
Municipal, órgãos públicos e de prestadores de serviços foi construído em 1986
e está localizado no Centro geográfico dos Bairros de Canabarro e Languiru. O
Lago da Harmonia, a 500m de altura aproximadamente, é outro ponto turístico
(IBGE, 2011).
8
III - Aspectos Físicos e Ambientais
Clima
O município apresenta altitude variável entre 250 a 650 metros. O clima
apresenta, durante o ano, dois períodos térmicos distintos: um, com temperatura
média das médias superior a 20°C, durante os meses de novembro, dezembro,
janeiro e fevereiro (verão), e outro, com temperatura média das médias inferior a
15°C, nos meses de junho, julho e agosto (inverno). Quanto ao regime de
precipitação pluviométrica, não são observados períodos de déficit hídrico na
relação P < 3T.
As geadas são frequentes nos meses de junho, julho e agosto. As chuvas
anuais médias oscilam de 1.500 a 2.000 milímetros.
Figura 01– Localização climática de Teutônia
Hidrografia
O território municipal pertence a Bacia Hidrográfica Taquari Antas e é
banhado pelo Arroio Boa Vista, que deságua no Rio Taquari (HESSEL, 1985). A
malha hidrográfica de Teutônia é composta por vários afluentes do arroio Boa
Vista, tais como: arroio Harmonia, arroio Posses, dentre outros córregos e
sangas de menor porte sem denominação.
9
Figura 02- Bacia hidrográfica
Geologia
O relevo é marcado por áreas montanhosas ao norte do município, que
integram as encostas do Planalto Meridional. Na parte central e sul do município,
em sua maioria, o relevo é plano. Há a predominância de rochas de rochas
vulcânicas e cristalinas, que deram origem aos solos argilosos e arenosos
existentes no município.
10
Figura 03 – Mapa Geológico do Município
Vegetação
A cobertura vegetal do município de Teutônia está inserida na Região
Fitogeográfica da Floresta Estacional Decidual, que reveste áreas de relevo
dissecado da Serra Geral, correspondentes às partes elevadas das escarpas
formadas pelo vale dos rios Taquari - Antas.
11
Figura 04 – Mapa da vegetação do município
IV – Infraestrutura.
Segundo o Art. 28 do capítulo III da Lei nº. 2.582 de 10 de novembro de
2006, que institui o Plano Diretor Participativo de Teutônia e dá outras
providências, o Sistema Viário Principal é constituído pelas ruas de maior
importância para o fluxo de trânsito, compreendendo vias já existentes e outras
projetadas, segundo a seguinte hierarquia:
I – Vias de distribuição, (Avenidas ou Ruas Principais);
II – Vias Coletoras (Demais Ruas).
12
Os principais eixos viários no município de Teutônia são as Rodovias RS
128 Via Láctea e a RS 419 que liga Teutônia ao município de Poço das Antas e
a RS 453 denominada Estrada Rota do Sol. Atualmente, 60% das vias
localizadas no centro urbano de Teutônia possuem pavimentação asfáltica,
enquanto que 20% possuem cobertura de paralelepípedo e 10 % são estrada de
chão.
As vias principais que ligam ao interior do município possuem
pavimentação asfáltica, já as vias secundárias são de chão batido.
A Secretaria de Obras, Viação e Transportes do município é responsável
pela manutenção da malha rodoviária do município, que é composta de 140 Km
de estradas não pavimentadas e 80 Km pavimentadas e toda a malha urbana.
1.1.1. Caracterização da área de planejamento (área, localização, distância
entre a sede municipal e municípios da região, da capital do estado e
entre distritos e sede municipal, dados de altitude, ano de instalação,
dados climatológicos, evolução do município e outros).
a. Caracterização da área de planejamento: 215,4 km²
13
b. Localização:
CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Porte
Micro
Altitude da sede (m)
100 metros
Latitude
29º 26’ 56’’ Sul
Longitude
Microrregião
Mesorregião
Região Geográfica
Gentílico
Educação
Renda
Saneamento
Saúde
Idese
51º 48’ 48’’ Oeste
Lajeado - Estrela
Centro Oriental Rio-Grandense
Sul
Teutoniense
0,871
0,835
0,472
0,861
0,760
Fonte: IDESE - FEE (2009)
14
Distância entre a sede municipal e municípios da região, da capital do estado
e entre distritos e sede municipal:
Porto Alegre
Arroio do Meio
Bom Retiro do Sul
Boqueirão do Leão
Canudos do Vale
Colinas
Capitão
Coqueiro Baixo
Cruzeiro do Sul
Doutor Ricardo
Encantado
Estrela
Fazenda Vilanova
Forquetinha
Imigrante
Lajeado
Marques de Souza
Muçum
Nova Bréscia
Paverama
Pouso Novo
Progresso
Relvado
Roca Sales
Santa Clara do Sul
Sério
Tabaí
Taquari
Travesseiro
Vespasiano Correa
Westfalia
Distância de
Teutônia das
cidades da
microregião
Lajeado-Estrela
Distância das
cidades da
microregião
Lajeado-Estrela
de Porto Alegre
85,71
13,75
21,87
62,17
43,14
8,71
26,12
40,95
18,07
44,16
25,08
15,67
16,01
27,96
11,08
14,76
31,25
32,04
33,38
13,78
49,5
53,32
45,16
18,66
26,77
44,84
28,57
39,42
29,34
42,59
5,16
98,23
83,52
141,66
124,94
94,42
111,82
126,65
92,94
128,52
108,88
92,1
74,81
110,14
91,89
94,51
115,21
114,62
119,07
72,06
134,74
136,29
130,62
103,08
103,82
123,58
59,91
66,36
114,45
122,99
84,55
15
Símbolos:
Bandeira
Brasão
c. Densidade demográfica
CENSO
POPULAÇÃO
Densidade
Demográfica hab/km²
1996
19.942
111,64
2000
22.891
128,15
2007
25.105
140,55
2010
27.272
152,68
Fonte: IBGE (1991, 2000, 2007 e 2010)
Estrutura etária:
ESTRUTURA ETÁRIA
FAIXA ETÁRIA
HOMENS
MULHERES
0a4
814
779
5a9
843
812
10 a 14
1014
982
15 a 19
1124
1122
20 a 24
1214
1142
25 a 29
1215
1206
30 a 34
1154
1153
35 a 39
1120
1027
40 a 44
1.001
1010
45 a 49
947
1021
50 a 54
898
866
55 a 59
756
719
60 a 64
509
549
16
65 a 69
357
450
70 a 74
264
346
75 a 79
147
264
80 a 89
133
249
90 a 99
13
51
100 ...
0
1
13523
13749
TOTAL =
Mulheres de 10 a 100 anos
12158
Fonte: Censo IBGE 2010.
d. Descrição dos sistemas públicos existentes:
SERVIÇOS DE SAÚDE
Estabelecimentos de Saúde
Quantidade
Público Municipal
4
Público Estadual
Público Federal
Privado
6
Estabelecimentos de Saúde Especializado
Com Internação
Quantidade
→ Privado/SUS
1
→ Privado
1
→ Público
Sem Internação
4
Estabelecimentos com Atendimento Ambulatorial
Quantidade
Com atendimento Odontológico
4
Outras Especialidades
1
Sem atendimento médico
0
Especialidades básicas
5
Equipamentos
Quantidade
Eletrocardiógrafo
3
Mamógrafo
1
Raio X
1
Ultrasom
1
Tomógrafo
Eletroencefalógrafo
Equipamentos de Hemodiálise
17
Educação:
DOCENTES POR REDE ESCOLAR
Docentes por série
Fundamental
Pré-escola
Ensino
Médio
232
57
95
SISTEMA EDUCACIONAL
Educação Infantil
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
QUANTIDADE
Municipal
12
Estadual
2
Federal
Privada
14
TOTAL
28
Ensino Fundamental
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
QUANTIDADE
Municipal
13
Estadual
3
Federal
Privada
3
TOTAL
19
Ensino Médio
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
QUANTIDADE
Municipal
Estadual
2
Federal
Privada
2
TOTAL
4
Educação de Jovens e Adultos
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
QUANTIDADE
Municipal
2
Estadual
1
Federal
Privada
1
TOTAL
4
Educação Profissional
Dependência
Especialidade:
Administrativa
Municipal
Administração, Agropecuária, Informática,
Estadual
Eletrônica, Eletromecânica, Gestão e Negócio.
Federal
Privada
TOTAL
Quantidade
2
2
18
TOTAL ESCOLAS ESTADUAIS
8 escolas
TOTAL ESCOLAS MUNICIPAIS
27 escolas
TOTAL ESCOLAS PARTICULARES
21 escolas
Fonte: Censo Escolar 2012, publicados no Diário Oficial da União no dia 21 de dezembro de 2012.
.
e. Descrição de práticas de saúde e saneamento;
GESTÃO MUNICIPAL DO SANEAMENTO BÁSICO
Abastecimento de Água Potável
NÃO
POSSUI
POSSUI
Rede Geral de distribuição de Água
X
Instrumento legal regulador do serviço de Abastecimento de Água
→ Plano Diretor de Abastecimento de Água
→ Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
X
→ Outro
Esgotamento Sanitário
NÃO
POSSUI
POSSUI
Rede Coletora de Esgoto
X
Instrumento Legal Regulador do Serviço de Esgotamento Sanitário
→ Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
X
→ Plano Diretor de Esgotamento Sanitário
→ Plano Diretor de Recursos Hídricos
→ Plano Diretor Integrado de Saneamento
Básico
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
NÃO
POSSUI
POSSUI
Manejo de Resíduos Sólidos
X
Existência de catadores na zona urbana
X
Existência de catadores nas unidades de disposição de resíduos no solo
X
Serviço de coleta seletiva
X
Área de abrangência da
→ Bairros selecionados
19
Coleta Seletiva
→ Outras áreas
→ Exclusivamente alguns bairros da área
urbana da sede municipal
→ Toda a área urbana da sede municipal
→ Todo o município
Coleta e/ou recebe Resíduos Sólidos de Saúde Sépticos
→ Em vazadouro em conjunto com os demais
resíduos
→ Outra
X
→ Sob controle em aterro convencional, em
Forma de disposição no solo conjunto com os demais resíduos
do município
→ Sob controle em aterro da prefeitura,
específico para resíduos especiais
→ Sob controle em aterro de terceiros,
específico para resíduos especiais
Drenagem e Manejo da Águas Pluviais Urbanas
NÃO
POSSUI
POSSUI
Manejo das Águas Pluviais
X
Instrumento Legal Regulador do Serviço de Manejo de Águas Pluviais
→ Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
X
→ Plano Diretor de Manejo das Águas Pluviais
→ Plano Diretor de Recursos Hídricos
Dispositivo coletivo de detenção ou amortecimento de vazão de Águas
Pluviais
→ Nos corpos receptores
→ Fora dos corpos receptores
Serviço de drenagem urbana subterrâneo
→ Separadora
X
Tipo de rede coletora
→ Unitária ou mista
Pontos de lançamento de Efluentes
→ Outros
→ Áreas livres públicas ou particulares
→ Cursos D'água Intermitentes
X
→ Cursos D'água Permanentes
X
→ Lagoas
X
20
→ Mar
Áreas de risco no perímetro urbano que demandam drenagem especial
→ Áreas urbanas com formação de grotões,
ravinas e processos erosivos crônicos
Tipo de área de risco
→ Áreas de baixios sujeitas a inundações e/ou
proliferação de vetores
→ Áreas em taludes e encostas sujeitas a
deslizamento
X
→ Áreas sem infraestrutura de drenagem
→ Outras
%
Sistema exclusivo de drenagem superficial nas ruas pavimentadas
→ Mais de 75 a 100%
Percentual de ruas
pavimentadas
exclusivamente com
drenagem superficial
→ Até 25%
→ Mais de 25 a 50%
→ Mais de 50 a 75%
→ Sem declaração
Fonte: Censo IBGE 2010
SANEAMENTO
TIPO DE SANEAMENTO
Domicílios
%
Adequado
7346
79,0%
Inadequado
28
0,3%
Semi-adequado
1925
20,7%
TOTAL DOMICÍLIOS
9299
Fonte: Censo IBGE 2010
21
Figura 05: Saneamento
SANEAMENTO
Semi-adequado
21%
Inadequado
0%
Adequado
Inadequado
Adequado
79%
Semi-adequado
Fonte: Censo IBGE 2010
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TIPO DE ABASTECIMENTO
Domicílios
%
Água da chuva armazenada de outra forma
2
0,02%
Água da chuva armazenada em cisterna
5
0,05%
Carro-pipa
0
0,00%
Outros
7
0,08%
Poço ou nascente fora da propriedade
69
0,74%
Poço ou nascente na propriedade
327
3,52%
Rede geral
8886
95,56%
Rio, açude, lago ou igarapé
3
0,03%
TOTAL DOMICÍLIOS
9299
Fonte: Censo IBGE 2010
22
ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATADA
TIPO DE TRATAMENTO DA ÁGUA
Domicílios
%
Metros
cúbicos
%
Convencional
1327
14,27%
520
14,27%
Sem tratamento
827
8,89%
324
8,89%
Simples desinfecção ( cloração e outros )
7146
76,84%
2801
76,84%
9299
TOTAL
Volume de água tratada por dia
3645
metros
cúbicos
3321
Fonte: Censo IBGE 2010
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
POSSUEM BANHEIRO
TOTAL =
9234
TIPO DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Domicílios
%
Fossa Rudimentar
1581
17,12%
Fossa Séptica
7453
80,71%
Outro
10
0,11%
Rede geral de esgoto ou pluvial
167
1,81%
Rio, lago ou mar
3
0,03%
Vala
20
0,22%
TIPO DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Domicílios
%
Fossa Rudimentar
19
34,55%
Fossa Séptica
25
45,45%
Outro
3
5,45%
Rede geral de esgoto ou pluvial
0
0,00%
Rio, lago ou mar
0
0,00%
Vala
8
14,55%
99,30%
POSSUEM APENAS SANITÁRIO
TOTAL =
55
0,59%
NÃO POSSUEM BANHEIRO, NEM SANITÁRIO
TOTAL =
TOTAL
DOMICÍLIOS
10
0,11%
9299
Fonte: Censo IBGE 2010
23
DESTINO DO LIXO
TIPO DE DESTINO
Domicílios
%
Coletado em caçamba de serviço de
limpeza
11
0,12%
Jogado no rio, lago ou mar
0
0,00%
Outro destino
6
0,06%
Queimado (na propriedade)
49
0,53%
Coletado por serviço de limpeza
9210
99,04%
Enterrado (na propriedade)
19
0,20%
Jogado em terreno baldio ou logradouro
4
0,04%
TOTAL DOMICÍLIOS
9299
Fonte: Censo IBGE 2010
f. Descrição dos indicadores
mortalidade e fecundidade);
de
saúde
(longevidade,
natalidade,
1991
2000
2010
Esperança de vida ao nascer (anos)
69,81
74,23
76,31
Índice de esperança de vida (IDHM-L)
0,75
0,82
0,86
19,60
15,10
11,80
22,90
17,50
13,80
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher)
2,30
2,00
1,50
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
0,54
0,66
0,75
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos
vivos)
Mortalidade até 5 ano de idade (por mil nascidos
vivos)
24
FECUNDIDADE
DADOS GERAIS
Quantidade
%
Total de mulheres
13.749
Mulheres de 10 a 100 anos de idade
12.158
100%
Mulheres de 10 a 100 anos de idade que
tiveram filhos
8.091
67%
GRAU DE INSTRUÇÃO DAS
MULHERES
Quantidade
%
Sem instrução e fundamental incompleto
4.711
58,23%
Fundamental completo e médio incompleto
1.303
16,10%
Médio completo e superior incompleto
1.669
20,63%
Superior completo
400
4,94%
Não determinado
8
0,10%
Quantidade
%
Número de filhos tidos pelas mulheres
19.817
100%
Número de filhos tidos - nascidos vivos
19.327
98%
490
2%
Quantidade
%
Número de mulheres que ainda possuem
filhos
2.642
100%
Mulheres casadas
1.565
59%
Mulheres desquitadas ou separadas
88
3%
Mulheres divorciadas
81
3%
Mulheres viúvas
666
25%
Mulheres solteiras
242
9%
QUANTIDADE DE FILHOS
Número de filhos tidos - nascidos mortos
ESTADO CIVIL
Fonte: Censo IBGE 2010
Grau de Instrução das mulheres que possuem filhos
4,94% 0,10%
20,63%
16,10%
58,23%
Sem instrução e
fundamental incompleto
Fundamental completo
e médio incompleto
Médio completo e
superior incompleto
Superior completo
25
MORBIDADE
DADOS GERAIS
Ibge 2006
%
Ibge 2012
%
Total de óbitos
66
100%
85
100%
Mulheres
26
39%
39
46%
Homens
40
61%
46
54%
CAUSA DA MORTE
Ibge 2006
%
Ibge 2012
%
Total de óbitos
66
100%
85
100,00%
6
9,09%
17
20,00%
Doenças - aparelho circulatório
12
18,18%
17
20,00%
Doenças - aparelho respiratório
25
37,88%
27
31,76%
Doenças - aparelho digestivo
10
15,15%
3
3,53%
Doenças - sistema nervoso
1
1,52%
Doenças - aparelho geniturinário
1
1,52%
4
4,71%
2
2,35%
Doenças - infecciosas e parasitárias
Doenças - endócrinas, nutricionais e
metabólicas
Sintomas, sinais e achados anormais em
exames clínicos e laboratoriais
Sangue, órgãos hematológicos,
transtornos imunitários
Lesões, envenenamentos e causas
externas
1
1,52%
1
1,18%
10
15,15%
14
16,47%
Contato com serviços de saúde
Neoplasias - tumores
Fonte: Censo IBGE 2010
g. Informações sobre a dinâmica social onde serão identificados e
integrados os elementos básicos que permitirão a compreensão da
estrutura de organização da sociedade e a identificação de atores e
segmentos setoriais estratégicos, a serem envolvidos no processo de
mobilização social para a elaboração e a implantação do plano:
A mobilização social será aplicada ao longo de todo o período de
elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico visando garantir a efetiva
participação social. Envolver a população e sensibilizar a sociedade para a
importância do saneamento básico. Considerar as reais necessidades da
população para a aplicação dos investimentos. Realização de debates, reuniões,
26
seminários e audiências públicas em todas as associações de bairros existentes
no município, juntamente com alguns encontros nas igrejas locais, de forma a
promover a efetiva participação da comunidade no processo de elaboração do
plano.
h. Descrição do nível educacional da população, por faixa etária;
Frequência escolar da População Jovem
Faixa etária
(anos)
% frequentando
a escola
5a6
1991
44,06
2000
81,89
2010
90,03
11 a 13
55,14
80,45
92,36
15 a 17
35,46
55,06
67,89
18 a 20
14,83
37,02
38,49
Nível Educacional da População Adulta (25 anos ou mais)
1991
2000
2010
Taxa de analfabetismo
3,67%
2,77%
2,41%
Média de anos de estudo
10,76
10,27
10,79
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2000
27
I. Descrição dos indicadores de educação;
Matrículas por Modalidade, Zona e Rede de Ensino - Teutônia
Matrículas por Ano
Urbana
Modalidade
Rede
Estadual
Rural
Rede
Municipal
Ano
Regular - Creche
Regular - Pré-Escola
Regular - Anos Iniciais do
Ensino Fundamental
Regular - Anos Finais do
Ensino Fundamental
Regular - Ensino Médio
Educação de Jovens e Adultos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental/Presencial
Educação de Jovens e Adultos Anos Finais do Ensino
Fundamental/Presencial
Educação de Jovens e Adultos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental/Semipresencial
Educação de Jovens e Adultos Anos Finais do Ensino
Fundamental/Semipresencial
Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental de 1ª a 8ª
série/Presencial
Educação de Jovens e
Adultos - Ensino Médio
Rede
Estadual
Rede
Municipal
Total
Total
TOTAL
2007
0
0
0
0
0
0
0
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
0
0
0
0
0
0
2010
0
0
0
0
0
0
0
2007
74
134
208
0
10
10
2008
138
234
372
0
15
15
218
387
2009
92
364
456
0
29
29
485
2010
33
179
212
0
29
29
241
2007
602
902
1504
0
141
141
1645
2008
578
915
1493
0
123
123
1616
2009
565
903
1468
0
112
112
2010
573
886
1459
0
115
115
1580
1574
2007
642
880
1522
0
49
49
1571
2008
649
871
1520
0
43
43
1563
2009
665
851
1516
0
40
40
1556
2010
680
863
1543
0
32
32
1575
2007
957
0
957
0
0
0
2008
1015
0
1015
0
0
0
957
1015
2009
928
0
928
0
0
0
928
2010
982
0
982
0
0
0
982
2007
0
5
5
0
0
0
5
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
9
9
0
0
0
2010
0
11
11
0
0
0
9
11
2007
72
132
204
0
0
0
204
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
57
88
145
0
0
0
145
2010
20
162
182
0
0
0
182
2007
0
0
0
0
0
0
2008
0
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
0
0
0
0
0
0
2010
0
0
0
0
0
0
0
2007
0
0
0
0
0
0
0
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
12
12
0
0
0
2010
0
0
0
0
0
0
12
0
2007
0
0
0
0
0
0
0
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
0
0
0
0
0
0
2010
0
0
0
0
0
0
0
2007
133
0
133
0
0
0
133
2008
0
0
0
0
0
0
0
2009
0
0
0
0
0
0
0
2010
98
0
98
98
0
98
196
28
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB
Ano
Anos Iniciais do
Anos Finais do
Ensino Fundamental Ensino Fundamental
IDEB
Observado
Total
Rede
Pública
Brasil
Rede
Estadual
Rede
Municipal
Rede
Privada
Rede Estadual do
seu Estado
Rede Estadual do
seu Município
Rede Municipal do
seu Município
Metas
IDEB
Observado
Ensino Médio
Metas
IDEB
Observado
Metas
2005
3.8
-
3.5
-
3.4
-
2007
4.2
3.9
3.8
3.5
3.5
3.4
2009
4.6
4.2
4.0
3.7
3.6
3.5
2021
-
6.0
-
5.5
-
5.2
2005
3.6
-
3.2
-
3.1
-
2007
4.0
3.6
3.5
3.3
3.2
3.1
2009
4.4
4.0
3.7
3.4
3.4
3.2
2021
-
5.8
-
5.2
-
4.9
2005
3.9
-
3.3
-
3.0
-
2007
4.3
4.0
3.6
3.3
3.2
3.1
2009
4.9
4.3
3.8
3.5
3.4
3.2
2021
-
6.1
-
5.3
-
4.9
2005
3.4
-
3.1
-
-
-
2007
4.0
3.5
3.4
3.1
-
-
2009
4.4
3.8
3.6
3.3
-
-
2021
-
5.7
-
5.1
-
-
2005
5.9
-
5.8
-
5.6
-
2007
6.0
6.0
5.8
5.8
5.6
5.6
2009
6.4
6.3
5.9
6.0
5.6
5.7
2021
-
7.5
-
7.3
-
7.0
2005
4.2
-
3.5
-
3.4
-
2007
4.5
4.2
3.7
3.5
3.4
3.5
2009
4.8
4.6
3.8
3.7
3.9
3.6
2021
-
6.3
-
5.5
-
5.3
2005
5.0
-
4.2
-
-
-
2007
5.5
5.0
4.5
4.2
-
-
2009
5.4
5.4
4.8
4.3
-
-
2021
-
6.9
-
6.1
-
-
2005
5.2
-
3.8
-
-
-
2007
4.9
5.2
4.4
3.9
-
-
2009
5.1
5.5
4.7
4.0
-
-
2021
-
7.0
-
5.8
-
-
Fonte: ide.mec.gov.br
29
i.
Identificação e avaliação da capacidade do sistema educacional,
formal e informal, em apoiar a promoção da saúde, qualidade de
vida da comunidade e salubridade do município;
Condições de Atendimento do Diurno - Rede Estadual em Teutônia
Educação Infantil
Indicador
Média de
alunos
por turma
Média de
horasaula
diária
Ano
Anos Iniciais do
Ensino
Fundamental
Anos Finais do
Ensino
Fundamental
Ensino Médio
EJA(1) – Anos
Iniciais do Ensino
Fundamental
EJA(1) – Anos
Finais do Ensino
Fundamental
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
2007
-
24.7
-
24.1
-
23.8
-
23.3
-
-
-
-
2008
-
23.0
-
24.1
-
25.0
-
24.5
-
-
-
-
2009
-
23.
-
23.5
-
25.6
-
24.6
-
-
-
-
2010
-
16.5
-
22.9
-
23.4
-
23.1
-
-
-
-
2007
-
4.0
-
4.0
-
4.3
-
4.3
-
-
-
-
2008
-
4.0
-
4.0
-
4.3
-
4.3
-
-
-
-
2009
-
4.0
-
4.0
-
4.3
-
4.2
-
-
-
-
2010
-
4.0
-
4.0
-
4.3
-
4.2
-
-
-
-
OBS:
(1) - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Condições de Atendimento do Diurno - Rede Municipal em Teutônia
Educação Infantil
Indicador
Média de
alunos
por turma
Média de
horasaula
diária
Ano
Anos Iniciais do
Ensino
Fundamental
Anos Finais do
Ensino
Fundamental
Ensino Médio
EJA(1) – Anos
Iniciais do Ensino
Fundamental
EJA(1) – Anos
Finais do Ensino
Fundamental
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
2007
10.0
22.3
4.3
20.0
9.0
22.0
-
-
-
-
-
14.0
2008
3.0
23.4
5.8
19.9
10.8
24.8
-
-
-
-
-
-
2009
6.0
20.2
4.5
18.8
10.0
21.8
-
-
-
-
-
-
2010
9.0
19.9
-
20.6
8.0
22.7
-
-
-
-
-
-
2007
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
-
-
-
-
-
3.0
2008
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
-
-
-
-
-
-
2009
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
4.0
-
-
-
-
-
-
2010
4.0
4.0
-
4.0
4.0
4.0
-
-
-
-
-
-
OBS:
(1) - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Condições de Atendimento - Noturno - Rede Estadual em Teutônia
Educação Infantil
Indicador
Média de
alunos
por turma
Média de
horasaula
Ano
Anos Iniciais do
Ensino
Fundamental
Anos Finais do
Ensino
Fundamental
Ensino Médio
EJA(1) – Anos
Iniciais do Ensino
Fundamental
EJA(1) – Anos
Finais do Ensino
Fundamental
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
2007
-
-
-
-
-
-
-
26.5
-
-
-
18.0
2008
-
-
-
-
-
-
-
30.5
-
-
-
20.8
2009
-
-
-
-
-
-
-
27.8
-
-
-
28.5
2010
-
-
-
-
-
-
-
26.9
-
-
-
20.0
2007
-
-
-
-
-
-
-
4.0
-
-
-
4.0
2008
-
-
-
-
-
-
-
4.0
-
-
-
4.0
30
diária
2009
-
-
-
-
-
-
-
4.0
-
-
-
4.0
2010
-
-
-
-
-
-
-
4.0
-
-
-
4.0
OBS:
(1) - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Condições de Atendimento - Noturno - Rede Municipal em Teutônia
Educação Infantil
Indicador
Média de
alunos
por turma
Média de
horasaula
diária
Ano
Anos Iniciais do
Ensino
Fundamental
Anos Finais do
Ensino
Fundamental
Ensino Médio
EJA(1) – Anos
Iniciais do Ensino
Fundamental
EJA(1) – Anos
Finais do Ensino
Fundamental
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
Rural
Urbana
2007
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5.0
-
14.8
2008
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9.5
-
14.2
2009
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9.0
-
12.5
2010
-
-
-
-
-
-
-
-
-
11.0
-
20.3
2007
-
-
-
-
-
-
-
-
-
4.0
-
4.0
2008
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.8
-
4.0
2009
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.5
-
3.7
2010
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.5
-
3.6
OBS:
(1) - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Fonte: ide.mec.gov.br
j. Descrição dos indicadores de renda, pobreza e desigualdade;
INDICADORES DE RENDA
Rendimento nominal mensal
domiciliar
Domicílios
%
até 1/2 salário mínimo
29
0%
mais de 1/2 a 1 salário mínimo
282
3%
mais de 1 a 2 salários mínimos
1.332
14%
mais de 2 a 5 salários mínimos
4.583
49%
mais de 5 a 10 salários mínimos
2.332
25%
mais de 10 a 20 salários mínimos
581
6%
mais de 20 salários mínimos
123
1%
sem rendimento
25
0%
9.287
100%
TOTAL DE DOMICÍLIOS
31
5.000
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
4.583
2.332
1.332
29
282
581
123
25
Fonte: Censo IBGE 2010
MAPA DE POBREZA E DESIGUALDADE
Incidência da pobreza
18,33
%
Incidência da pobreza subjetiva
13,79
%
Índice de Gini
0,39
Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva
11,10
%
Limite inferior da Incidência de Pobreza
9,79
%
Limite inferior do Índice de Gini
0,36
Limite superior da Incidência de Pobreza
26,87
Limite superior do Índice de Gini
0,42
Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva
16,48
%
%
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002/2003
32
l. Porcentagem de renda apropriada por extrato da população;
Porcentagem de Renda Apropriada por
Extratos da População, ano 2010.
CLASSIFICAÇÃO
%
20% mais pobres
7,6%
40% mais pobres
19,3%
60% mais pobres
35,1%
80% mais pobres
56,3%
10% mais ricos
28,8%
Porcentagem de Renda Apropriada por Extratos da
População
7,6%
28,8%
20% mais pobres
19,3%
40% mais pobres
35,1%
56,3%
60% mais pobres
80% mais pobres
10% mais ricos
Fonte: Censo IBGE 2010
33
m. Infraestrutura
ENERGIA ELÉTRICA
TIPO DE ABASTECIMENTO
Domicílios
%
Não tinham
9
0,10%
De companhia distribuidora
9285
99,85%
De outra fonte
5
0,05%
TOTAL DOMICÍLIOS
9299
Fonte: Censo IBGE 2010
HABITAÇÕES
TIPO DE MATERIAL DAS
PAREDES EXTERNAS
Domicílios
%
Alvenaria com revestimento
7024
75,64%
Alvenaria sem revestimento
439
4,73%
Madeira aparelhada
1675
18,04%
Madeira aproveitada
130
1,40%
Outro
18
0,19%
Palha
0
0,00%
TOTAL DOMICÍLIOS
9286
Fonte: Censo IBGE 2010
34
1.1.2. Caracterização física simplificada do município, contemplando:
aspectos
geológicos,
hídricos,
incluindo
pedológicos,
águas
climatológicos,
subterrâneas
e
recursos
fitofisionomia
predominantes no município;
Aspectos Geológicos
Para avaliação da geologia do município de Teutônia primeiramente
elaborou-se um mapa geológico a partir da compilação do levantamento da
CPRM (Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, folha SH.22 Porto Alegre) e
topografia local (Carta do Exército em escala 1:50.000). Com estes dados foi
possível gerar o Mapa Geológico da superfície municipal em escala 1:100.000.
Os contatos litológicos constantes neste mapa podem apresentar pequeno
deslocamento devido às diferenças de escala e datum entre os mapas-base do
levantamento.
A principal unidade aflorante no município de Teutônia são as rochas
vulcânicas da Formação Serra Geral, presente em mais de 95% da área total
do município. Estas rochas são fruto de um vulcanismo de platô iniciado a cerca
de 120 M.a. que decorreu do surgimento de falhamentos profundos
(principalmente na direção NE/SO) e a concomitante ascensão de plumas
mantélicas sob a crosta gonduânica na região hoje ocupada pelo oceano
Atlântico que culminaram com a separação Brasil/África e a deposição de
dezenas estratos (camadas) de rochas vulcânicas sobre o Brasil e a África
ocidental.
A textura das rochas da Formação Serra Geral é normalmente afanítica e
secundariamente porfirítica, com fenocristais de piroxênios (no caso dos
basaltos) ou quartzo de alta temperatura (no caso dos riolitos e riodacitos).
Estruturalmente a Formação Serra Geral apresenta fraturamentos horizontais e
verticais, proporcionando boas condições de armazenar e conduzir fluidos, tanto
que esta unidade é considerada um excelente aquífero de onde se explota a
água que supre as necessidades de muitos municípios localizados sobre ela,
como é o caso do município de Teutônia.
O evento vulcânico de dimensões planetárias que deu origem a estas
rochas caracterizou-se por pulsos iniciais de magmas mais primitivos, dando
35
origem a estratos de rocha vulcânica mais básica (basaltos). Os pulsos mais
tardios consistiam em lavas mais ácidas devido à contaminação crustal, dando
origem a rochas como riodacitos e riolitos. Os basaltos dos estratos inferiores
(mais antigos) são mineralogicamente formados por piroxênios e plagioclásios e
menos de 5% de sílica (quartzo). Os riolitos e riodacitos, por sua vez,
apresentam mais de 65% de sílica. Estas diferenças composicionais geram
também rochas com propriedades físicas diferentes. Os basaltos apresentam
fraturas horizontais e verticais e formas tabulares mais ou menos contínuas. Os
derrames riolíticos formam disjunção colunar bem pronunciada. Os agentes
erosivos sobre estas rochas geram também formas diferentes em cada uma
delas. Os basaltos, por serem mais friáveis, são esculpidos pela água, gerando
escarpas arrendondadas, côncavo/convexas. Os riolitos, por serem mais
resistentes, formam escarpas verticais bem pronunciadas, com mais de 4 metros
de altura.
A fácies mais ácida da Formação Serra Geral foi denominada de Caxias,
e no município de Teutônia aflora somente no extremo norte do município, nas
cotas mais altas da região, perfazendo menos de dez por cento da área do
município. A fácies mais básica, denominada de Gramado, é o substrato
rochoso da maior parte do município, correspondendo a mais de 80% do
mesmo.
Junto às margens dos arroios que cortam o município, principalmente os
de maior porte como o Arroio Boa Vista, ainda podem aflorar os Depósitos
Aluvionares relacionados há deposição fluvial de sedimentos pelos corpos
hídricos associados. Estes sedimentos são de idade quaternária e atualmente
ainda estão em constante modificação de forma e volume, com acréscimos de
sedimentos em alguns pontos e erosão em outros, processos típicos deste tipo
de ambiente. As fácies relacionadas são arenitos, conglomerados, diamictitos,
lamitos e arenitos conglomeráticos, com grau de consolidação variável,
conforme grau de compactação (profundidade de soterramento) e/ou idade da
deposição.
36
37
Aspectos Pedológicos
A configuração geomorfológica do município indica dissecação fluvial
homogênea com médio aprofundamento e vales fluviais encaixados (RADAM
Brasil, 1986). Estas características geram solos autigênicos (produto da
alteração das rochas do substrato) na maior parte do município. Estes solos
também podem ser denominados de latossolos ou ―terra roxa‖ por sua
coloração avermelhada no caso de alteração das rochas da Formação Serra
Geral. Junto às margens das drenagens ocorrem solos deposicionais (aluviais),
caracteristicamente menos coesos, com estratos não diferenciáveis (à exceção
do horizonte A – orgânico).
O latossolo apresenta normalmente um horizonte A, orgânico, entre 10 e
30cm; um horizonte B, eluvial, de coloração avermelhada devido aos óxidos de
ferro, e bastante argiloso com espessura variável conforme a maturidade do
solo e declividade do terreno (sendo mais espesso em terrenos mais planos); e
finalmente um horizonte C composto de rocha mais ou menos alterada com
característica de saibro, com espessuras variando entre 0,5 a 3,0m. A
condutividade hidráulica dos estratos B e C normalmente é muito baixa devido
à abundância de argilominerais lamelares (filossilicatos), não ultrapassando 105
m/s. Podem-se encontrar porções onde o horizonte A está disposto
diretamente sobre o horizonte C ou mesmo pontos onde a rocha sã aflora na
superfície. Estas particularidades são controladas por fatores geomorfológicos
particulares locais. Os latossolos apresentam forte coesão entre partículas e
normalmente herdam juntas estruturais da rocha de origem (falhas e fraturas);
são também resistentes a erosão e em cortes de grande declividade não são
facilmente colapsáveis, a menos que apresente uma das estruturas/juntas
citadas anteriormente.
Nos baixios do município e mesmo em terrenos declivosos podem aparecer
solos transportados formados por fragmentos sub-angulosos de rochas
vulcânicas imersos em matrizes mais finas de espessuras variando conforme
características geomorfológicas locais (solos coluviais).
38
Aspectos Climatológicos
O município de Teutônia está situado na porção centro/nordeste do
estado do Rio Grande do Sul. Esta região é caracterizada por um clima
temperado úmido com verões quentes nas cotas mais baixas e brando nas
cotas mais elevadas (acima dos 300m), sendo que a região do extremo norte
de Teutônia está situado acima desta altitude enquanto que o sul está situado
abaixo dos 300m.
Segundo a classificação de Köppen, a região do município de Teutônia,
enquadra-se no tipo climático Cfa, ou seja, sub-tropical ou Virginiano. Esta
variedade caracteriza-se por apresentar temperatura média para o mês mais
frio entre -3°C e 18°C, e superior a 22°C no mês mais quente.
A média pluviométrica anual do município fica em torno de 1.566,6mm,
sendo que os meses mais chuvosos são março e junho, ultrapassando 150mm,
e o mais seco é o mês de novembro, com uma media de 92,1mm. As
temperaturas mínimas e máximas por mês, bem como as médias de
precipitação mensal elaboradas com base de dados históricos entre os anos de
1961 e 1990 estão apresentadas nos gráficos da Figura 06 e na Tabela 02.
39
Figura 06: Diagrama binário com as temperaturas mínimas e máximas mensais e gráfico
de coluna das precipitações médias mensais para o município de Teutônia.
Fonte: www.clicrbs.com.br
Tabela 02: Temperaturas mínimas e máximas mensais e precipitações médias mensais
para o município de Teutônia. Fonte: www.clicrbs.com.br
Dados mensais da Climatologia: Teutônia - RS
Mês
Temp.
(ºC)
Mín
Temp.
(ºC)
Máx.
Precipitação
(mm)
Os dados climatológicos representam uma média do período entre 1961 e 1990.
1
18
27.9
130.1
2
18.1
26.6
122.1
3
17
26.6
155
4
14
23.3
124.4
5
11.6
20.3
136.2
6
9.3
17.8
150.1
7
9.2
18
134.2
8
9.8
18.9
120.8
9
11.2
20.5
146.3
10
12.8
22.9
143.2
11
14.8
25.5
92.1
12
16.8
27.7
112.1
40
Precipitação
A precipitação, ou chuva, genericamente significa em meteorologia a
quantidade de água depositada sobre a superfície. Para a poluição do ar
funciona como um elemento depurador atmosférico, porque remove todas as
impurezas em suspensão deixando inclusive o ar com uma excelente
visibilidade.
As figuras abaixo mostram a distribuição da precipitação no decorrer do ano.
Os meses de verão apresentam frequências de precipitação da ordem de 90 a
110mm, e no inverno as precipitações ficam entre 120 a 140 mm. A média
anual mensal de precipitação fica por volta de 112 mm, e o total anual
apresenta 1347 mm. No caso das precipitações máximas em 24 horas,
verificou-se que nos meses de fevereiro, abril e junho as máximas já
registradas ultrapassam as precipitações normais destes mesmos meses,
sendo que nos demais meses as máximas em 24, ficam abaixo das normais
mensais. Anualmente a média das precipitações máximas em 24 horas fica em
torno de 87 mm.
Balanço Hídrico
O balanço hídrico é um sistema de avaliação da disponibilidade de água
no solo, desenvolvido por Thorntwaite e Mather (1955). O cálculo do balanço
hídrico permite analisar os períodos de deficiência ou excessos hídricos, para
um local ou um período de tempo determinado.
41
Figura 07 – Excesso no balanço hídrico, período de 1961 a 1990.
Figura 08 – Deficiência no balanço hídrico, no período de 91/1990
.
Pela figura 07 observa-se que a partir de maio começa a ocorrer a
reposição e acúmulo de água pela precipitação, o que se estende até o mês de
novembro. Esse processo resulta em um balanço positivo, por apresentar um
período com temperaturas mais baixas e com taxas de maior precipitação e,
por consequência, taxas de evapotranspiração menor.
A figura 08 mostra um período de deficiência hídrica no verão (novembro
a março), com maiores valores de temperatura e com períodos de estiagem,
que fazem com que o balanço seja negativo.
42
Recursos Hídricos
a) Recursos Hídricos Superficiais
O município de Teutônia está situado na bacia hidrográfica do Rio
Taquari, sendo que este corpo hídrico está situado a uma distância mínima de
3km a oeste do território municipal.
A Bacia Hidrográfica Taquari-Antas está localizada a nordeste do Estado
do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas de 28°10’ a 29°57’ de
latitude Sul e 49°56’ a 52°38’ de longitude Oeste. Abrange as províncias
geomorfológicas do Planalto Meridional e Depressão Central. Possui área de
26.491,82 km², abrangendo municípios como Antônio Prado, Veranópolis,
Bento Gonçalves, Cambará do Sul, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Estrela e
Triunfo, com população estimada de 1.207.640 hab. Os principais cursos de
água são o Rio das Antas, Rio Tainhas, Rio Lageado Grande, Rio Humatã, Rio
Carreiro, Rio Guaporé, Rio Forqueta, Rio Forquetinha e o Rio Taquari. O rio
Taquari-Antas
tem
suas
nascentes
em
São
José
dos
Ausentes
e
desembocadura no Rio Jacuí. A captação de água na bacia destina-se a
irrigação, o abastecimento público, a agroindústria e a dessedentação de
animais. A Bacia do Taquari-Antas abrange parte dos campos de cima da serra
e região do Vale do Taquari, com predomínio de agropecuária, e a região
colonial da Serra Gaúcha, caracterizada por intensa atividade industrial.
43
Figura 09 – Mapa da Bacia Taquari-Antas
44
A principal drenagem do município é o Arroio Boa Vista, que cruza o
município de leste a oeste praticamente em seu centro e cuja bacia contribuinte
abrange toda a porção central e norte da cidade, correspondendo a mais de
70% da área total de Teutônia. A porção sul do município por sua vez tem suas
águas drenadas para o Arroio Estrela, que cruza esta região de leste a oeste
próximo ao limite sul do território municipal. Ambos os Arroios Boa Vista e
Estrela têm sua foz no Rio Taquari a oeste.
Tomando-se estas duas drenagens principais por referência dividiu-se a
área do município em duas bacias hidrográficas principais, apresentadas na
tabela 3 e no mapa topográfico e hidrográfico.
Tabela 03: Divisão da área municipal em sub-bacias hidrográficas.
Abreviatura
BHBV
Nome
Bacia
BHAE
Drenagens Principais - abrangência
Hidrográfica Arroio Boa Vista – ~70% da área do
Arroio Boa Vista
município
B. H. Arroio Estrela
Arroio Estrela - ~30% da área do
município
A BHBV ocupa toda a porção central e norte do município. É constituída
por dezenas de arroios de ordem 1 a 3 que drenam suas águas de norte para
sul e de sul para norte até sua foz no Arroio Boa Vista. Este por sua vez corre
no sentido leste-oeste até sua foz no Rio Taquari além dos limites municipais a
oeste. Grande parte das nascentes que dão origem às drenagens contribuintes
do Arroio Boa Vista nascem dentro do território de Teutônia, somando-se mais
de 30 no total.
A BHAE ocupa a porção sul do município e é constituída por pequenos
arroios de ordem 1 e 2 que tem sua foz no Arroio Estrela. O arroio Estrela tem
grande parte de suas nascentes de norte dentro do território de Teutônia a
leste e oeste do bairro Canabarro. A porção sul da bacia está praticamente fora
dos limites de Teutônia, somente abrangendo uma pequena porção no extremo
sudoeste do município.
45
46
Quanto aos usos dos recursos hídricos superficiais em consulta ao
Departamento de Recursos Hídricos do Estado (SEMA-DRH) identificou-se
apenas 4 processos de requerimento para outorga de uso de recursos hídricos
superficiais, todos em nome de particulares Três destes referem-se à captação
de água de Arroios para irrigação, todos com vazão requerida baixa e um deles
para piscicultura (açude).
Tabela 04: Processos para captação e/ou uso de água superficial em andamento no
Departamento e Recursos Hídricos Estadual (SEMA-DRH).
Classificação
status
vazão
Unid/Vazão Finalidade De Uso Nome RH
Outorga
Deferido
0,01
m³/s
Irrigação
Arroio
Boa
Vista
Outorga
Em
0
m³/s
Irrigação
Arroio Estrela
0
m³/s
Piscicultura
Não consta no
Análise
Outorga
Em
Análise
Outorga
Deferido
processo
0,005
m³/s
Irrigação
Sanga
Sem
Denominação
A partir dos dados levantados é possível elencar alguns pontos
principais quanto ao diagnóstico atual da situação dos recursos hídricos
superficiais de Teutônia:
- Há no município um grande número de nascentes que não estão sendo
monitoradas, protegidas ou mesmo captadas, sendo um recurso hídrico amplo,
bem distribuído e naturalmente potável;
- Há no município dois cursos d’água importantes, - Arroios Estrela e
Boa Vista – ambos de vazão media superior a 1,0m³/s. Estes cursos d’água
não estão sendo monitorados quanto à qualidade d’água e possíveis captações
clandestinas. Há uma captação regularizada em cada arroio, ambas para
irrigação.
47
b)Recursos Hídricos Subterrâneos
Segundo o Mapa Hidrogeológico do Rio Grande do Sul (CPRM, 2005), o
município de Teutônia está situado em sua totalidade sobre o Sistema
Aquífero Serra Geral II. Este sistema aquífero ocupa a parte oeste do Estado,
os limites das rochas vulcânicas com o rio Uruguai e as litologias gonduânicas
além da extensa área nordeste do planalto associada com os derrames da
Unidade
Hidroestratigráfica
Serra
Geral.
Suas
litologias
são
predominantemente riolitos, riodacitos e em menor proporção, basaltos
fraturados. A capacidade específica é inferior a 0,5 m³/h/m, entretanto,
excepcionalmente em áreas mais fraturadas ou com arenitos na base do
sistema, podem ser encontrados valores superiores a 2m³/h/m. As salinidades
apresentam valores baixos, geralmente inferiores a 250 mg/L. Valores maiores
de pH, salinidade e teores de sódio podem ser encontrados nas áreas
influenciadas por descargas ascendentes do Sistema Aquífero Guarani.
Sotopostos à Formação Serra Geral estão os arenitos eólicos da Formação
Botucatu. Esta unidade está a uma profundidade variável em relação à cota da
superfície do terreno, sendo que no município de Teutônia nas cotas mais
baixas (cerca de 70m acima do nível do mar) a formação Botucatu está a cerca
100m de profundidade. Assim diversos poços tubulares profundos perfurados
no município captam água da Formação Botucatu. Este aquífero em Teutônia
está integralmente confinado pelos basaltos da Formação Serra Geral e
apresenta capacidades específicas na media dos 0,5 m³/h/m.
48
49
A composição química da água foi baseada no Projeto Mapa
Hidrogeológico do Rio Grande do Sul, onde o estudo hidroquímico das águas
subterrâneas foi realizado objetivando a reunião de um conjunto de dados que,
entre outras coisas, possibilita-se a determinação da potabilidade da água para
consumo humano e outros usos, como irrigação. A interpretação das análises
químicas através de gráficos serviu de base para a definição dos tipos
geoquímicos das águas e para lançar luzes sobre a sua potabilidade e
evolução geoquímica.
Durante os trabalhos de inventário foram coletadas 1682 análises
químicas já realizadas anteriormente pelas empresas de saneamento, outros
órgãos públicos de fomento e empresas de perfuração de poços tubulares.
Neste número de análises, também foram incluídas análises químicas de poços
termais. De acordo com a litologia, foram coletadas 276 análises químicas de
aquíferos fraturados da Formação Serra Geral e Embasamento Cristalino. Com
relação aos aquíferos porosos, os mesmos são representados por sistemas
aquíferos que compõem o Aquífero Guarani, aquíferos quaternários e
litorâneos, além dos paleozóicos, tendo sido utilizadas neste relatório 323
análises.
As análises químicas foram realizadas pelo Laboratório de Análises
Químicas (Laborquímica) de Porto Alegre, Laboratório de Análises da
CORSAN, etc. Com pequenas variações nas fichas de análise foram
determinados
os
seguintes
parâmetros:
alcalinidade
de
bicarbonatos,
alcalinidade de carbonatos e hidróxidos, bicarbonatos, carbonatos, ortofosfato,
nitrato, nitritos, Ca, Mg, Na, K, SO4, Cl, Fe, SiO2, Mn, F, CO2 livre, matéria
orgânica, dureza, sólidos totais dissolvidos e turbidez.
Nos
trabalhos
de
cadastramento
de
poços
no
campo
foram
determinados in loco os valores de pH e condutividade elétrica (μS/cm a 25
ºC), utilizando-se medidores integrados portáteis. Os valores de condutividade
foram automaticamente corrigidos para a temperatura de 25ºC, de modo a
permitir a comparação entre os valores obtidos nestes pontos de água.
Os resultados das análises químicas obtidas dos laboratórios já
anteriormente citados foram apresentados em miligrama por litro (mg/l) e estão
50
organizados em um catálogo de análises por ponto de água. Para a
interpretação desses resultados, foi transformada a tabela de mg/l para
miliequivalentes por litro (meq/l), através do software Qualigraf. Os valores
foram obtidos calculando-se os recíprocos dos pesos químicos equivalentes
dos íons, baseados nos Pesos Atômicos Internacionais de 1957.
Do total de 599 análises químicas selecionadas, foi feita a construção do
Gráfico de Piper e do Diagrama de salinidade do USSL utilizando-se o software
Qualigraf.
Os tipos geoquímicos das águas foram determinados através do Gráfico
de Piper, plotando-se os percentuais de miliequivalentes dos principais cátions
e ânions.
O Sistema Aquífero Serra Geral II as salinidades apresentam
valores baixos, geralmente inferiores a 250 mg/l. Valores maiores de pH,
salinidade e teores de sódio podem ser encontrados nas áreas influenciadas
por descargas ascendentes do Sistema Aquífero Guarani.
Figura 10. Tipos geoquímicos das águas dos Sist. Aquíferos Serra Geral II (parte 1).
51
Figura 11. Tipos geoquímicos das águas dos Sist. Aquífero Serra Geral I e II (parte 2).
Água Subterrânea para Irrigação
Embora a região de Teutônia não tenha grandes investimentos em
culturas irrigadas, tecem-se alguns comentários acerca das potencialidades de
uso do manancial de água subterrânea para fins de irrigação, já que não se
tem informações sobre as águas dos principais arroios, sangas que banham o
município.
A utilização de água para irrigação não depende apenas dos teores dos
elementos dissolvidos, mas também da textura e estrutura do solo, tipo de
plantação e do manejo da cultura, além do método de irrigação empregado.
Para o estudo da adequabilidade das águas para abastecimento público
foram comparados os valores em mg/l das análises químicas e os padrões
estipulados pelo MS.
As condições de uso das águas na irrigação foram obtidas do diagrama
de salinidade do USSL, que analisa as probabilidades de alcalinização e
52
salinização do solo. Os gráficos foram gerados utilizando-se o software
Qualigraf.
As águas do Sistema Aquíferos Serra Geral II foram analisadas
conjuntamente, e mostraram uma predominância quase absoluta de águas
doces potáveis. Os valores de pH, mais alcalinos, ferro e manganês podem em
algumas amostras ultrapassar os limites de potabilidade. Quanto à irrigação
(figuras 12 e 13) cinco amostras apresentaram problema de alcalinização e
uma de alcalinização e salinização.
Figura 12 - Diagrama de salinidade do Sistema Aquífero Serra Geral I e II (parte 1).
53
Figura 13- Diagrama de salinidade do Sistema Aquífero Serra Geral I e II (parte 2).
A Companhia Rio-Grandense de Saneamento (CORSAN), empresa do
Governo do Estado, foi responsável até meados de 2.012 pela prestação dos
serviços de abastecimento de água em parte do Município, especificamente, no
Bairro Teutônia, sendo o manancial constituído de três pontos de captação
subterrâneos, abastecendo uma população estimada de 3.596 pessoas.
Atualmente a Prefeitura Municipal administra as captações, reservação e
distribuição de água neste bairro, através dos mesmos 3 poços.
A Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (Associação da Água) é
responsável pelo abastecimento de água nos bairros Alesgut, Languiru, Boa
Vista e parte dos bairros Teutônia e Centro Administrativo utilizando como
manancial poços tubulares locais. São utilizados 9 pontos de captação,
abastecendo uma população estimada de 8.791 pessoas, mais 3 poços
reserva.
No Bairro Canabarro, o Município é responsável pelos serviços de
abastecimento de água, também utilizando poços artesianos locais, captando
água em 15 pontos e mais 3 poços reserva, abastecendo uma população
estimada de 11.655 pessoas.
54
Verifica-se, ainda, a ocorrência de poços artesianos clandestinos,
principalmente na zona rural, destinados tanto ao consumo humano quanto à
atividade agropecuária, onde a população não-atendida lança mão de sistemas
individuais ou coletivos (associações de moradores), frequentemente em
estado de má conservação. Até o momento, existem as seguintes 22
associações, com suas respectivas estimativas de população abastecida: Boa
Vista do Meio (90), Linha Boa Vista Fundos (37), Linha Capivara (33), Linha
Catarina Alta (93), Linha Catarina Frente (150), Linha Clara Alta (37), Linha
Clara Fundos (27), Linha Clara (37), Linha Ferrovia (40), Linha Gamela (67),
Linha Geralda Alta (60), Linha Germano (286), Linha Harmonia Alta (83), Linha
Harmonia Baixa (200), Linha Harmonia Fundos (73), Linha Ribeiro (67), Linha
São Jacó (300), Linha Welp (50), Linha Wink (213), Linha Major Bandeira
(280), Piccadilly (603) e Pontes Filho (280).
Na tabela a seguir estão listados os poços tubulares profundos do
município cadastrados no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas do
Serviço Geológico do Brasil (SIAGAS-CPRM). Estes poços foram catalogados
ao longo dos anos em campanhas de pesquisa do referido órgão em parceria
com o Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente
(DRH-SEMA).
Os
dados
foram
retirados
do
site
http://siagasweb.cprm.gov.br/ em junho de 2013, estando atualizado. Nota-se
que há na listagem 43 poços de abastecimento urbano, sendo que parte deles
são de particulares e os demais se referem ao abastecimento público do
município. Os demais poços (―interior‖ na linha 2) são os poços que abastecem
as comunidades de água do interior do município.
55
Localidade
Bairro
Cota
UTM
UTM
situação
uso agua
perfurador
Diâmetro
Prof.
Tipo Formação
mm
vazão
especif
ica
BOA VISTA
boa
093.0
vista
0
interio
069.0
r
0
interio
071.0
r
0
LINHA
interio
125.0
HARMONIA ALTA
r
0
COLEGIO
Teutô
095.0
TEUTONIA
nia
0
LINHA CLARA
interio
105.0
r
0
Teutô
066.0
nia
0
LINHA FRANK
LINHA CATARINA
RUA
DALTRO
FILHO 2044
427508
6738744
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
074.0
doméstico/animal
423880
6742381
Bombeando
Abastecimento
6739515
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.016.000
043.0
6745299
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
2.032.000
049.0
6742051
Bombeando
Abastecimento
HIDROGEO
1.524.000
186.0
6742896
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
040.0
6741192
Bombeando
Abastecimento
doméstico/animal
1.071
Formação
1.124
Formação
1.167
serra geral
DCM-SAA
1.524.000
070.0
doméstico/animal
422058
Formação
Botucatu
doméstico
431525
1.067
serra geral
doméstico/animal
421688
Formação
serra geral
doméstico/animal
421511
24
serra geral
urbano
431861
Formação
Formação
1.200
serra geral
DCM-SAA
1.016.000
044.0
Formação
1.500
serra geral
56
LINHA WINK
interio
060.0
r
0
interio
072.0
r
0
Teutô
078.0
SETEMBRO
nia
0
RODOVIA RST453
RST
126.0
LINHA FRANK
RUA
KM15
20
-
DE
MOTEL
417627
6739424
Parado
Abastecimento
DCM-SAA
1.016.000
040.0
doméstico/animal
423955
6742320
Bombeando
Abastecimento
6741829
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
030.0
6743738
Bombeando
0
Abastecimento
Formação
2.000
serra geral
CORSAN
3.238.500
106.0
urbano
423208
1.750
serra geral
doméstico/animal
422236
Formação
Formação
2.183
Botucatu
HIDROGEO
1.524.000
268.0
doméstico
Formação
0.013
Botucatu
SIGILUS
LINHA WELPP
interio
072.0
r
0
interio
075.0
VISTA
r
0
RUA
langui
043.0
GUILHERME
ru
0
Teutô
065.0
TEOTONIA
nia
0
LINHA
interio
165.0
GERMANIA
r
0
CANABARRO
Cana
LINHA
BOA
420895
6742878
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
130.0
urbano
425332
6740069
Abandonado
Formação
0.049
serra geral
DCM-SAA
1.524.000
146.0
Formação
0.068
Botucatu
422161
6740528
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
050.0
doméstico/animal
Formação
0.125
serra geral
BIRKHEUR
SEDE
CORSAN
barro
422220
6741871
Equipado
Abastecimento
CPRM
2.032.000
100.0
urbano
429200
6734849
Bombeando
Abastecimento
6735448
Equipado
Abastecimento
urbano
0.150
Botucatu
DCM-SAA
1.524.000
163.0
doméstico/animal
422281
Formação
Formação
0.156
serra geral
CPRM
2.032.000
130.0
Formação
0.240
Botucatu
57
SAO JACO
interio
120.0
r
0
interio
071.0
r
0
langui
069.0
ru
0
interio
083.0
r
0
LINHA
interio
129.0
HARMONIA
r
0
interio
137.0
r
0
interio
086.0
r
0
LINHA FRANK
LANGUIRU
LINHA SAO JACO
FAZENDA
SAO
JOSE
LINHA
PONTES
FILHO
POSTO
DE
centr
109.0
SAUDE
o
0
MUNICIPAL
adm.
VIA
via
105.0
láctea
0
canab
104.0
arro
0
LACTEA
POSTO
418598
6733466
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
090.0
urbano
423765
6742546
Bombeando
Abastecimento
6739220
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.016.000
060.0
6733261
Parado
Doméstico/irrigação/
DCM-SAA
1.016.000
045.0
6744726
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
160.0
6734446
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
063.0
6741835
Bombeando
Abastecimento
EDF LTDA
2.540.000
186.0
6735842
Bombeando
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
042.0
6735094
Bombeando
Abastecimento
0.294
Formação
0.364
Formação
0.398
Formação
0.429
serra geral
DCM-SAA
1.524.000
080.0
múltiplo
420982
Formação
serra geral
doméstico/animal
421819
0.278
serra geral
urbano
430286
Formação
serra geral
doméstico/animal
422883
0.260
serra geral
animal
421621
Formação
serra geral
doméstico/animal
418357
0.259
serra geral
doméstico/animal
423535
Formação
Formação
0.438
serra geral
DCM-SAA
1.524.000
064.0
múltiplo
Formação
0.500
serra geral
CANTEIROS
SEDE
420864
6735351
Abandonado
DCM-SAA
1.524.000
080.0
Formação
0.500
serra geral
58
SEDE
Teutô
078.0
nia
0
canab
161.0
arro
0
canab
156.0
SETEMBRO
arro
0
LINHA
interio
057.0
r
0
alesg
075.0
ut
0
interio
097.0
r
0
interio
134.0
ALTA
r
0
CANABARRO
canab
132.0
arro
0
interio
136.0
LINHA FRANK
r
0
SEDE
Teutô
111.0
nia
0
RUA
SETE
DE
SETEMBRO
RUA
SETE
DE
PONTES
FILHO
RUA
ERNO
DAHMER,
422768
6742111
Parado
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
043.0
múltiplo
421603
6735032
Bombeando
Abastecimento
6735022
Bombeando
Abastecimento
EDF LTDA
1.524.000
122.0
6741552
Bombeando
EDF LTDA
2.032.000
077.0
6739920
Bombeando
0.875
Formação
0.920
serra geral
Abastecimento
1.524.000
045.0
doméstico/animal
420034
Formação
serra geral
urbano
430863
0.606
serra geral
urbano
421637
Formação
Formação
serra geral
Abastecimento
1.524.000
060.0
industrial
Formação
serra geral
BAIRRO
ALESGUT
LINHA CAPIVARA
LINHA
LINHA
CLARA
CLARA
429444
6740546
Bombeando
Abastecimento
1.016.000
060.0
doméstico/animal
430463
6744181
Bombeando
Abastecimento
serra geral
EDF LTDA
2.032.000
065.0
doméstico/animal
421658
6735005
Equipado
Abastecimento
Formação
Formação
serra geral
CORSAN
2.030.000
078.0
Abastecimento
PAP-
1.651.000
092.0
doméstico/animal
SOPSH
urbano
429376
421474
6742883
6742831
Bombeando
Abandonado
DCM-SAA
Formação
serra geral
1.524.000
093.0
Formação
serra geral
59
CANABARRO
canab
100.0
arro
0
interio
128.0
FUNDO
r
0
TEOTONIA
Teutô
070.0
nia
0
langui
069.0
ru
0
LINHA
RUA
CLARA
DALTRO
FILHO 2700
421787
6735988
Equipado
Abastecimento
CORSAN
2.032.000
096.0
urbano
432531
6745018
Bombeando
Abastecimento
Botucatu
EDF LTDA
1.524.000
096.0
doméstico/animal
422319
6742266
Equipado
Abastecimento
6740612
Bombeando
Formação
serra geral
CORSAN
2.030.000
098.0
urbano
422237
Formação
Formação
Botucatu
Abastecimento
BOMBAS
doméstico/animal
DO
1.524.000
109.0
VALE
Formação
serra geral
LTDA
CANABARRO
canab
100.0
arro
0
LINHA CATARINA
interio
141.0
ALTA
r
0
LINHA CLARA
interio
166.0
r
0
canab
140.0
arro
0
interio
102.0
r
0
Teutô
075.0
nia
0
CANABARRO
LINHA WINK
PROXIMO
ESTADIO
DE
421630
6735420
Equipado
Abastecimento
CORSAN
2.032.000
120.0
urbano
432876
6737639
Bombeando
serra geral
Abastecimento
1.524.000
120.0
doméstico/animal
430180
6743253
Bombeando
Abastecimento
6736705
Equipado
Abastecimento
DCM-SAA
1.524.000
130.0
6737732
Bombeando
Abastecimento
SOP
1.524.000
147.0
6741960
Equipado
Abastecimento
urbano
Formação
serra geral
EDF LTDA
1.524.000
149.0
doméstico/animal
421238
Formação
serra geral
urbano
418607
Formação
serra geral
doméstico/animal
421902
Formação
Formação
serra geral
CORSAN
2.030.000
154.0
Formação
Botucatu
FUTEBOL
60
CANABARRO
canab
080.0
arro
0
interio
146.0
FORMIGA
r
0
CANABARRO
canab
110.0
arro
0
canab
113.0
JULIO SIPPEL
arro
0
CANABARRO
centr
115.0
o
0
BECO
RUA
DA
ERNANE
422115
6734320
Equipado
Abastecimento
CORSAN
2.032.000
175.0
urbano
421729
6734369
Bombeando
Abastecimento
Botucatu
EDF LTDA
2.032.000
180.0
urbano
422859
6735117
Equipado
Abastecimento
6733985
Bombeando
Abastecimento
CORSAN
2.032.000
186.0
6736653
Equipado
Abastecimento
Formação
serra geral
EDF LTDA
2.032.000
186.0
urbano
421783
Formação
serra geral
urbano
421657
Formação
Formação
serra geral
CORSAN
2.032.000
190.0
urbano
Formação
Botucatu
admin
istrati
vo
LINHA
interio
127.0
TRAVESSAO
r
0
RUA
Teutô
072.0
ASCHEBROCK
nia
0
LINHA
interio
306.0
HARMONIA ALTA
r
0
RUA
Teutô
079.0
SETEMBRO
nia
0
RUA
Teutô
088.0
nia
0
REINHOLD
20
DE
ALBINO
SCHNEIDER
422993
421877
6734548
6741277
Bombeando
Doméstico/irrigação/
FAUSTO
animal
MULLER
Não
CORSAN
1.524.000
200.0
serra geral
3.048.000
208.0
instalado
420317
6746113
Bombeando
6742325
Bombeando
Formação
Botucatu
Abastecimento
HIDROGEO
2.540.000
doméstico/animal
422346
Formação
Abastecimento
430.0
Formação
Botucatu
2.540.000
urbano
421236
6742027
Bombeando
Abastecimento
3.048.000
urbano
61
RUA DO PARQUE
canab
090.0
BAIRRO
arro
0
centr
092.0
o
0
421294
6735467
Bombeando
Abastecimento
2.540.000
urbano
CANABARRO
AVENIDA OESTE
420810
6738443
Bombeando
Abastecimento
1.524.000
urbano
admin
istrati
vo
RUA DOM PEDRO
canab
101.0
II 1778, BAIRRO
arro
0
BAIRRO
canab
104.0
CANABARRO
arro
0
RUA GUILHERME
canab
106.0
TRENEPHOL
arro
0
RUA 66 BAIRRO
canab
107.0
CANABARRO
arro
0
RUA
CARLOS
canab
110.0
ARNT,
BAIRRO
arro
0
RUA GUILHERME
canab
117.0
ROLOF
arro
0
RUA DUQUE DE
canab
118.0
CAXIAS, BAIRRO
arro
0
421776
6736033
Bombeando
Abastecimento
2.540.000
urbano
CANABARRO
421815
6736678
Bombeando
Abastecimento
1.524.000
urbano
422156
6734261
Parado
420810
6736281
Bombeando
2.032.000
Abastecimento
2.032.000
urbano
421933
6736756
Bombeando
Abastecimento
2.032.000
urbano
CANABARRO
BAIRRO
421137
6735050
Bombeando
Abastecimento
2.540.000
urbano
CANABARRO
422322
6736212
Bombeando
Abastecimento
urbano
CANABARRO
62
RUA LEOPOLDO
canab
119.0
SCHNEIDER
arro
0
RUA
canab
125.0
CARLOS BERVIG
arro
0
LINHA GAMELA
interio
138.0
r
0
canab
158.0
arro
0
EDMUNDO
RUA
HUCKRIEDE
ERNI
421132
6736647
Bombeando
Abastecimento
1.524.000
urbano
422265
6735542
Bombeando
Abastecimento
2.032.000
urbano
434348
6738243
Bombeando
Abastecimento
1.524.000
doméstico/animal
422827
6735242
Equipado
Abastecimento
2.540.000
urbano
63
A legislação atual exige que qualquer captação de água natural seja
realizada mediante outorga de uso da água expedida pero órgão público
estadual – Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (DRH-SEMA), conforme fundamentos legais (Constituição Estadual
de 1989, que Institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos (art. 171), Lei
Estadual 10.350/94, que Regulamenta o Art. 171 da Constituição Estadual,
Decreto Estadual 37.033/96, que Regulamenta os Art. 29, 30 e 31 da Lei
Estadual 10.350/94, Decreto Estadual 42.047/02, que Regulamenta a lei
10.350/94, no que se refere ao gerenciamento e a conservação das águas
subterrâneas e dos aquíferos no estado do Rio Grande do Sul e Resolução
01/97 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos que estabelece critérios
para a dispensa de outorga prevista no Art. 31 da lei 10.350/94).
Em consulta ao Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria
Estadual de Recursos Hídricos em junho de 2013 verificou-se que apenas 3
poços públicos do município estão em processo de regularização/outorga no
referido órgão, sendo que a solicitação partiu da CORSAN na época que
administrava o abastecimento público de parte do município. Estes 3 processos
não foram deferidos e estão aguardando informações complementares. Os
demais processos existentes no DRH objetivam o licenciamento prévio para
perfuração de poços, sendo que a maior parte dos requerentes são particulares
ou indústrias e 5 processos são da Prefeitura Municipal. Isto comprova que
vários poços foram perfurados no município (ou pelo menos tiveram
autorização para tal) porém não foram encaminhadas as outorgas para
capação de água dos mesmos. Nota-se também que existem diversos pedidos
de tamponamento por parte da CORSAN, o que denuncia que diversos poços
do município estão abandonados e não tamponados, visto que as autorizações
ainda não foram concedidas (situação dos processos ―em análise‖) e a
CORSAN não atende mais o município.
64
Tabela 5: Situação dos processos junto ao Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul das captações subterrâneas do
município de Teutônia.
Requerente
Classificação
status
Vazão
latitude
longitude
Finalidade
nomeRH
(m³/dia)
Prefeitura
Deferido
17,5
6747192
422927
Abastecimento Público
Formação Serra Geral/Botucatu
Deferido
240
6737034
418498
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
Deferido
151,2
6739170
419800
Abastecimento Público
Formação Botucatu
Deferido
240
6739555
423041
Industrial
Formação Botucatu
0
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
Municipal de
Teutônia
Associação de
Autorização
Água Linha
Prévia
Major Bandeira
Associação Pró-
Autorização
Desenvolviment
Prévia
o de Languiru
Associação Pró-
Autorização
Desenvolviment
Prévia
o de Languiru
Associação Pró-
Autorização
Em
Desenvolviment
Prévia
Análise
Associação Pró-
Autorização
Deferido
Desenvolviment
Prévia
o de Languiru
200
6739613
425663
65
o de Languiru
Associação
Autorização
Sicredi Ouro
Prévia
Deferido
10
6739993
425618
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Deferido
18
6747403
422778
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
0
Industrial
Formação Serra Geral
0
Consumo Humano e
Formação Botucatu
Branco
Átimo Lamping
Autorização
Prévia
Casa de Carnes
Autorização
Em
Zart Ltda
Prévia
Análise
Ceane
Autorização
Em
Agropecuária
Prévia
Análise
Autorização
Deferido
30
6741672
421871
Irrigação
Formação Serra Geral
Deferido
18
6737359
420381
Outros
Formação Botucatu
12
6742124
421111
Industrial
Formação Botucatu
50
6741285
420205
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Dessentação Animal
Ltda
Cirde Herder
Prévia
Comércio de
Autorização
Combustíveis
Prévia
Via Láctea LTDA
Comércio de
Autorização
Em
Combustíveis
Prévia
Análise
Autorização
Deferido
Via Láctea LTDA
Cooperativa
66
Languirú LTDA
Prévia
Cooperativa
Autorização
Em
Languirú LTDA
Prévia
Análise
Grupo de Água
Autorização
Deferido
120
6735450
Potável de Linha
Prévia
Deferido
30
Deferido
Autorização
Em
Prévia
Análise
Autorização
Deferido
0
Industrial
Formação Botucatu
428950
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
6744693
419544
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
50
6740930
422375
Consumo Humano
Formação Botucatu
4
6741049
42166
Dessedentação de
Formação Botucatu
Germano
Hedo Gehm
Autorização
Prévia
Hélio Tischer
Autorização
Prévia
Irineu Ahlert
Irineu Meyring
Animais
240
6740820
422657
Prévia
Lucia Claudete
Autorização
Walker
Prévia
Luiz Oto
Autorização
Sulzbach
Prévia
Milton Pedrotti
Autorização
Dessedentação de
Formação Botucatu
Animais
Deferido
30
Deferido
0
Deferido
45
6737916
6743127
429917
421555
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Outros
Sem Denominação Específica
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Prévia
67
Nestor Jantch
Autorização
Deferido
20
0
6735743
432448
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Industrial
Formação Serra Geral
Prévia
Nutrifarma
Autorização
Em
Nutrição e
Prévia
Análise
Prefeitura
Autorização
Deferido
180
6733982
420883
Abastecimento Público
Formação Botucatu
Municipal de
Prévia
Deferido
180
6734636
423404
Abastecimento Público
Formação Botucatu
Deferido
180
6735686
420122
Abastecimento Público
Formação Botucatu
Deferido
180
6736247
421368
Abastecimento Público
Formação Botucatu
0
Abastecimento Público
Formação Botucatu
Saúde Animal
S/A
Teutônia
Prefeitura
Autorização
Municipal de
Prévia
Teutônia
Prefeitura
Autorização
Municipal de
Prévia
Teutônia
Prefeitura
Autorização
Municipal de
Prévia
Teutônia
Prefeitura
Autorização
Em
Municipal de
Prévia
Análise
68
Teutônia
Ricardo Gerson
Autorização
Altmann
Prévia
Ricardo Gerson
Autorização
Altmann
Prévia
Sérgio Jonas
Autorização
Rickes
Prévia
Silvério
Autorização
Rührwiem
Prévia
Sinécio Arlindo
Autorização
Markus
Prévia
Sírio Lagemann
Autorização
Deferido
20
6744125
421706
Dessedentação de
Formação Serra Geral
Animais
Deferido
0
6741191
422097
Dessedentação de
Formação Serra Geral
Animais
Deferido
24
6739904
423778
Irrigação
Formação Botucatu
Deferido
21
6744356
421740
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Deferido
240
6744674
423553
Dessedentação de
Formação Botucatu
Animais
Deferido
21
6743950
421924
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
200
Industrial
Formação Botucatu
Prévia
Transmont
Autorização
Em
Transportes
Prévia
Análise
Vandernice Sirlei
Autorização
Deferido
0
Irrigação
Formação Serra Geral
Feldkircher
Prévia
Zeno Luiz Blume
Autorização
Em
0
Dessedentação de
Formação Botucatu
Prévia
Análise
LTDA
Animais
69
A. Grings S.A.
Outorga
Em
0
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Dessedentação de
Formação Botucatu
Análise
Antônio Arno
Outorga
Anschau
Companhia
Em
200
6741233
432566
Análise
Outorga
Riograndense de
Em
Animais
0
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
0
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
0
Abastecimento Público
Formação Serra Geral
0
Irrigação
Formação Botucatu
Industrial
Formação Botucatu
Análise
Saneamento CORSAN
Companhia
Outorga
Riograndense de
Em
Análise
Saneamento CORSAN
Companhia
Outorga
Riograndense de
Em
Análise
Saneamento CORSAN
Cooperativa
Outorga
Languirú LTDA
Elegê Alimentos
S/A
Em
Análise
Outorga
Em
0
6739969
417651
Análise
70
Eleva Alimentos
Outorga
Deferido
0
Outros
Formação Serra Geral
Outorga
Em
0
Industrial
Formação Serra Geral
0
Industrial
Formação Serra Geral
0
Industrial
Formação Serra Geral
S.A
Eleva Alimentos
S.A
Eleva Alimentos
Análise
Outorga
S.A
Eleva Alimentos
Análise
Outorga
S.A
Eleva Alimentos
Em
Em
Análise
Outorga
Deferido
1152
6739353
418646
Industrial
Formação Serra Geral
Outorga
Deferido
1280
6739925
417633
Industrial
Formação Serra Geral
Outorga
Em
0
Industrial
Formação Serra Geral
Outros
Formação Serra Geral
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Industrial
Formação Serra Geral
S.A
Eleva Alimentos
S.A
Paquetá
Calçados Ltda
Ricardo Gerson
Análise
Outorga
Deferido
0
Outorga
Em
80
Altmann
Sociedade de
Água de Linha
6744844
419206
Análise
Leopoldina
TEUTOGRAN
Outorga
Em
0
71
Ltda
Análise
Calçados Beira
Outorga (com
Rio S.A
Monitorament
Deferido
144
6735699
422390
Industrial
Formação Serra Geral
Deferido
280
6741369
420063
Consumo Humano
Formação Serra Geral
Deferido
400
6740230
420718
Industrial
Formação Serra Geral
Deferido
104
6740026
420924
Irrigação
Formação Serra Geral
Deferido
160
6740398
420955
Industrial
Formação Botucatu
Deferido
60
6740017
420702
Industrial
Formação Serra Geral
Em
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
o)
Cooperativa
Outorga (com
Languirú LTDA
Monitorament
o)
Eleva Alimentos
Outorga (com
S.A
Monitorament
o)
Eleva Alimentos
Outorga (com
S.A
Monitorament
o)
Eleva Alimentos
Outorga (com
S.A
Monitorament
o)
Eleva Alimentos
Outorga (com
S.A
Monitorament
o)
Companhia
Tamponamen
72
Riograndense de
to
Análise
Companhia
Tamponamen
Em
Riograndense de
to
Análise
Companhia
Tamponamen
Em
Riograndense de
to
Análise
Companhia
Tamponamen
Em
Riograndense de
to
Análise
Companhia
Tamponamen
Em
Riograndense de
to
Análise
Tamponamen
Em
Saneamento CORSAN
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
0
Tamponamento
Formação Serra Geral
Saneamento CORSAN
Saneamento CORSAN
Saneamento CORSAN
Saneamento CORSAN
Companhia
73
Riograndense de
to
Análise
Saneamento CORSAN
74
Com o que foi colocado entende-se que os principais problemas que
envolvem as captações de água subterrânea no município de Teutônia são os
seguintes:
- falta de gerenciamento geral da situação dos poços do município por
parte da prefeitura municipal;
- falta de regularização dos poços junto ao órgão estadual responsável
(encaminhamento de outorga);
- falta de conhecimento preciso das características dos aquíferos
explotados, principalmente no que se refere à vazão ótima dos poços, o que se
conseguiria através de um minucioso ensaio de vazão em cada poço;
- falta de tamponamento dos poços abandonados, os quais oferecem
riscos à salubridade dos aquíferos por serem um caminho de percolação de
fluidos superficiais.
Como pontos positivos salienta-se a abundância de águas subterrâneas
no município dado à possibilidade de captação de águas do Aquífero Botucatu
(sotoposto aos basaltos da Formação Serra Geral) em baixas profundidades.
Este manancial apresenta capacidades específicas elevadas e água de boa
qualidade. A partir de um melhor gerenciamento dos sistemas de captação o
município não terá problemas de abastecimento a longo prazo.
75
1.2.
POLÍTICA DO SETOR DE SANEAMENTO
1.2.1. Levantamento da legislação e análise dos instrumentos legais que
definem as políticas nacional, estadual e regional de saneamento básico;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL PROMULGADA EM 1988
Art. 21 - Compete a união:
XIX - Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transporte urbano.
Art. 22 – Compete privativamente a União legislar sobre:
IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
Art. 23 – E competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios:
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico.
Art. 25 – Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que
adotarem, observados os princípios desta constituição.
Parágrafo Terceiro: Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas
por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções de interesse comum.
Art. 30 – Compete aos Municípios:
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços de interesse local, incluindo o de transporte coletivo,
que tem caráter essencial;
76
Art. 175 – Incumbe ao Poder Publico, na forma de lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos.
Parágrafo Único: A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como
as condições de caducidade, fiscalização
e rescisão da concessão ou
permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifaria;
IV – a obrigação de manter o serviço adequado.
Art. 182 – A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder Publico
municipal, conforme diretrizes das funções fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
Parágrafo Primeiro: O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal,
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, e o instrumento
básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
Art. 200 – Ao sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições,
nos termos da lei:
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico;
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.
Art. 242 – A união, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão
por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os
entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem
como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
77
essenciais a continuidade dos serviços transferidos (Emenda Constitucional no
19/1998).
AVALIAÇÃO
A união é responsável pela instituição de diretrizes sobre saneamento
básico (art. 21, XX). E competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios promover a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico (art. 23, IX). Também são competências comuns dos
três níveis de governo a proteção ao meio ambiente e o controle a poluição.
Competência municipal para a prestação dos serviços públicos de
saneamento, quando caracterizados como interesse local, esta consagrada no
Art. 30, V, da Constituição Federal.
A constituição prevê também que os Estados poderão, mediante lei
complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, para integrar a organização, planejamento e a execução de
funções de interesse comum ( Art. 25, parágrafo terceiro).
A concessão dos serviços públicos esta tratada no Art. 175 da
Constituição, que inova quando exige sempre a licitação precedendo a
concessão. Em 13/02/1995, foi sancionada pelo Presidente da Republica a Lei
8.987/95 que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação
dos serviços públicos, cujo projeto de lei original tinha como objetivo
regulamentar as concessões do setor elétrico, mas que, pela Medida Provisória
890 da mesma data, incluiu outros serviços públicos, no seu art. 2º, dispensa
lei autorizativa para a concessão dos serviços de saneamento, procedimento
contrario ao vigente ate então, gerando questionamento, e necessitando assim
de correção.
Faz falta, uma lei complementar que fixe as normas para cooperação
entre União e Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas matérias que são
de competência comum.
78
- LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.
Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis
nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666,
de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei n o
6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
Avaliação
A Lei Federal Nº 11.445/2007 (LDNSB) estabelece as diretrizes
nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento
básico.
Para efeito de melhores conhecimentos sobre saneamento, é essencial,
mesmo para os juristas, que se acessem textos de engenharia ambiental, de
engenharia sanitária, dentre outros.
Saneamento é tema que sempre gerou disputas acirradas entre os
Entes da Federação, notadamente entre Estados e Municípios, ambos
disputando a titularidade para a gestão dos serviços. A matéria acarreta ainda
inúmeras discussões nos Tribunais entre os prestadores de serviços e os
consumidores, sobre questões envolvendo a cobrança pelo fornecimento das
diversas espécies de saneamento:
a) a questão da natureza jurídica da cobrança (se taxas ou tarifas);
b) a discussão sobre a progressividade: se esta progressão onerosa seria
possível;
c) ainda que fosse possível a progressividade, discutem-se os critérios de
progressão, muitos dos quais baseados no uso da propriedade, sem vínculo
com o serviço, e na maioria dos casos sem vínculo com a noção de capacidade
contributiva;
d) a cobrança de esgoto sem tabela (baseada no consumo da água);
79
e) a questão da impropriedade de cobrança pelos serviços de coleta e varrição
de resíduos sólidos em vias e logradouros, etc... .
Como se vê, as questões são de alta indagação. Não há no discurso do
Direito do Saneamento, hipóteses simplórias de trabalho: o chamado direito do
saneamento terá imbricações com várias outras ordens jurídicas. Correlacionase com Direito Constitucional, ao momento que estuda a repartição de
competências;
Por exemplo, é comum a formação das Tabelas Tarifárias em
progressão, usando-se como critério de progresso a ―qualidade ou uso do
imóvel‖. Ocorre que a ―qualidade do imóvel‖ não denota capacidade
contributiva: uma pessoa pode ter 20(vinte) imóveis residenciais de menor
valor, para especulação imobiliária, enquanto outro tem apenas 1(um) imóvel
— individualmente melhor que os 20 anteriores — e nele reside com a família.
Pergunta-se: quem tem mais capacidade contributiva? O especulador ou o
morador? Outro exemplo, agora sobre o ―uso do imóvel privado‖. As tabelas
tarifam mais pesadamente as indústrias do que os comércios. Mesmo que o
comércio seja o maior shopping center da região, e a indústria seja a fabriqueta
de picolé de fundo de quintal. Mais uma constatação de que o ―uso da
propriedade privada‖, como fator único, não denota capacidade contributiva.
O esgoto deveria ter uma tabela de tarifação própria, consentânea com
seus custos peculiares. O volume de água consumido (na verdade: o volume
estimado de água servida que se devolve à rede de esgoto) até pode ser um
dos critérios utilizados para o cálculo; porém, coisa bem distinta, é fazer da
conta de água uma base de cálculo absoluta para a tarifa de esgoto, faltando
apenas a aplicação da ―alíquota‖. Essa operação (incidir uma alíquota sobre a
conta de água) não demonstra razoabilidade. E pior: não deixa nenhum
elemento para o consumidor/usuário se defender se, um dia, pretender alegar
que a tarifa está cara. Afinal, ele só terá os elementos de formação da tabela
de água (e não de esgoto), mas, tem uma perspectiva própria, renovando o
discurso da exclusividade das competências, quando propõe a adoção de
critérios de cooperação entre os Entes da Federação. Terá ligações com o
80
Direito das Finanças e com o Direito Tributário, tocantes às questões de
destinação dos recursos orçamentários
públicos, e a cobrança das taxas e preços; porém, isto é bom destacar, as
regras do Direito do Saneamento podem, em tese, flexibilizar a rigidez do
Direito Tributário na questão das taxas. Notemos, não será uma Lei Tributária
alterando conceitos de outros ramos do direito, o que seria vedado pelo art.
110 CTN. Quando, por exemplo, a Lei de Saneamento indica a drenagem
como serviço passível de cobrança (por taxas ou preços), pode-se entender
que a noção do saneamento, e não da taxa, é que está sendo atualizada para
as necessidades atuais. O Direito do Saneamento manterá relações com o
Direito Administrativo: porém, enquanto o direito administrativo refere a um
princípio da continuidade dos serviços públicos o Direito do Saneamento
evidencia que, em seu interior, se fala de um Princípio de Regularidade. O
princípio de Regularidade pondera a continuidade, pois nas relações de
saneamento patenteia-se a preponderância das questões naturais sobre as
questões técnicas: em casos de seca, não se tem como dar continuidade ao
serviço de água. Bem, isto parece uma filigrana, mas, de fato, é uma
peculiaridade do saneamento explicitar esta diferença de visão (continuidade
mitigada pela noção de regularidade), o que implicará em relevantes reflexos
de metodologia para a aplicação das Leis de Saneamento.
Estas são apenas algumas demonstrações de correlação entre o Direito
do Saneamento e outras ordens jurídicas parciais, e da forma como se podem
(ao menos em tese) estabelecer preceitos próprios para o tratamento das
questões jurídicas ligadas ao saneamento. Nada obstante, estamos ainda
diante de uma perspectiva nova para se olhar estes problemas jurídicos: tudo
dependerá da interpretação futura, especialmente dos Tribunais, no que os
Órgãos Judicantes serão de extrema importância para a construção das bases
para a aplicação da Lei Federal 11.445/2007.
Talvez por essa gama de preocupações, de falta de segurança
normativa e de correlações de várias disciplinas no universo do saneamento é
que a nova lei inicia desde seu art. 1º com alguma indicação de cautela,
visando a criação de uma estrutura básica. No art. 2º, a Lei de Diretrizes do
81
Saneamento elenca aqueles que podem ser vistos com os seus Princípios
fundamentais.
Para a gestão e prestação dos serviços de saneamento básico deverão
ser observados Princípios Fundamentais, inseridos no artigo 2º e incisos da
LDNSB.
Deixa-se patente que os princípios fundamentais elencados no citado artigo
dizem respeito a todas as espécies do gênero saneamento. O saneamento
(gênero) envolve o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:
a) abastecimento de água potável;
b) esgotamento sanitário;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Não se poderá limitar, por exemplo, o ideal de universalização (princípio
contido no art. 2º, Inciso I) apenas ao saneamento/água. Há uma espécie,
considerada o ―patinho feio‖ dos serviços de saneamento, pois, em geral, não
tem conteúdo financeiro acentuado em favor do poder público (não gera uma
arrecadação
direta)
ou
do
prestador
concessionário:
é
o
caso
do
saneamento/drenagem. Cumpre aguardar, então, que os Princípios da lei, de
fato, se estendam a todas as espécies de serviços de saneamento (vide art. 3º,
I desta Lei), não se limitando apenas aos serviços de saneamento que sejam
―lucrativos‖.
A Lei elenca doze princípios explícitos para o setor de saneamento, a
saber:
I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e
componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,
propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e
maximizando a eficácia das ações e resultados;
82
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo
dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à
proteção do meio ambiente;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de
manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e
do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de
habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental,
de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a
melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator
determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de
pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e
processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos
recursos hídricos.
Ocorre, todavia, que há princípios outros, aplicáveis especificamente
para o setor de saneamento, que nossa legislação deixou de fora. Para o
presente texto não se alongar demais, faremos o tratamento, a seguir, de
apenas um princípio esquecido por nossa lei geral de saneamento. Talvez
aquele que poderia ser (e de fato é, assim o pensamos) o mais importante
Princípio Jurídico do Saneamento: o Princípio da valorização.
83
Justamente por isso — por ser uma verdadeira pedra angular — o
Princípio da valorização, mesmo ausente do rol explícito da Lei 11.445/2007,
deverá ser entendido como aplicável nas relações jurídicas decorrentes do
saneamento. A despeito de sua não menção na lei.
Nossa abordagem da questão principio lógica do tratamento jurídico do
setor de saneamento no Brasil, alerta sobre a ausência, no rol dos princípios
explícitos da Lei 11.445/2007, de um dos princípios jurídicos mais importantes
para o setor. Isto é: se não for o mais importante de todos os Princípios da
Legislação de Saneamento. Referimos ao Princípio da Valorização, que é
extremamente bem abordado pela Profª. Drª. MARIA ALEXANDRA DE SOUSA
ARAGÃO.
Para compreendermos a valorização, enquanto princípio, faz-se mister a
verificação daquilo que a doutrina chama de desinteresse inerente no
saneamento. Os resíduos são, ―por definição, coisas destituídas de interesse
para quem as produz‖.10 Ou seja, é aquilo que não é o objetivo da atividade
principal uma pessoa, de uma empresa ou de uma entidade, e, por não se
objetivo nenhum, o seu detentor precisa (e quer) desfazer-se de tal substância.
Importante
referir:
o
desinteresse
pela
coisa
traz,
consigo,
o
desinteresse pelo destino que será dado a ela,11 notadamente pelos pesados
custos que a — adequada — dispensação final muita vez acarreta. Vale ainda
dizer — o que acrescentamos por ser nosso entendimento — o desinteresse
inerente supera a questão econômica da gestão de resíduos: ingressa primeiro
na questão das decisões políticas. Explicamos. Não raras vezes, em um
passado não muito distante, o discurso político não preconizava ações de
saneamento pois — pasmemos! — o argumento principal era muito forte:
Esgoto é manilha enterrada; e obra que ninguém vê não dá voto!
Ocorre que o patrimônio político daqueles que são os decision makers
ou policy makers, sofreu ou está sofrendo uma mudança inesperada. A
população foi contaminada pelo discurso da necessidade de saneamento e
pela necessidade de proteção ecológica. Explicamos com um breve exemplo:
no Estado do Espírito Santo há um programa de televisão, de uma afiliada à
rede Globo, chamado Gazeta Comunidades. Todas as semanas uma equipe
84
de reportagem comparece a uma bairro diferente da Região Metropolitana da
Grande Vitória, elegendo uma rua para que os moradores possam fazer suas
reivindicações. Em quase todos os programas as reivindicações são:
drenagem, coleta de lixo, fornecimento de água e rede de esgoto! Ou seja,
serviços de saneamento! Portanto, a questão do desinteresse político, ou muda
de rumo, transformando o saneamento em algo interessante politicamente, ou
o candidato terá sérios problemas num futuro bem próximo.
Resta, então, a questão do desinteresse econômico. O Princípio da
Valorização busca realizar a agregação de valor ao que antes era rejeito;
assim, o que era despido de interesse poderá passar a ser relevante para o
seu proprietário inicial ou, pelo menos, para terceiros. O proprietário original, na
análise de custos de oportunidade, poderá concluir, mesmo após a valorização
econômica do resíduo, que aquela atividade ou substância continua a ser
desinteressante;
porém,
a
valorização
atrairá,
no
mínimo,
terceiros
interessados. Um dos exemplos da valorização está a indústria da reciclagem
de materiais. Simplificando: o dono do lixo pode não ter interesse naquele
resíduo, mesmo sendo uma substância reciclável; porém, haverá outros
interessados. Implica referir, para finalizarmos, que a valorização tende a gerar
uma ―maior compatibilidade ambiental‖ para o produto reciclado. Ocorre que há
produtos que se forem sujeitos à reciclagem podem gerar maior impacto e não
maior compatibilidade ambiental. Portanto, o Princípio da Valorização busca
transformar a indústria da reciclagem em um mercado de reciclagem, desde
que o produto deste mercado seja dotado, ao final da reciclagem, de uma
maior compatibilidade ambiental. Em linhas gerais, este o sentido do Princípio
da valorização.
Os
chamados
princípios
fundamentais
para
a
Legislação
do
Saneamento Básico ainda deverão passar por um processo de maturação. Os
atos normativos que virão, as sentenças que serão proferidas, os atos
administrativos e de gestão, serão cruciais na identificação dos sentidos que
estes princípios receberão de fato. Mesmo não constando explicitamente do rol
do art. 2º da Lei 11.445/2007, o Princípio da valorização vigora no
ordenamento jurídico nacional. Restamos esperar que a intenção do legislador,
85
que em tese foi dotar o País de um marco regulatório adequado, possa
produzir efeitos socialmente satisfatórios.
- DECRETO Nº 7.217, DE 21 DE JUNHO DE 2010.
Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de
janeiro
de
2007,
que
estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento
básico, e dá outras providências.
- LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.
Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro
de
1998;
e
dá
outras
providências.
- CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROMULGADA
EM 1989.
CAPITULO III
DA SAÚDE E DO SANEAMENTO BÁSICO
Seção II
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 247 - O saneamento básico é serviço público essencial e, como atividade
preventiva das ações de saúde e meio ambiente, tem abrangência regional.
§ 1º - O saneamento básico compreende a captação, o tratamento e a
distribuição de água potável, a coleta, o tratamento e a disposição final de
esgotos
cloacais
e
do
lixo,
bem
como
a
drenagem
urbana.
§ 2º - É dever do Estado e dos Municípios a extensão progressiva do
saneamento básico a toda a população urbana e rural, como condição básica
da qualidade de vida, da proteção ambiental e do desenvolvimento social.
§ 3º - A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a
destinação do lixo, dos resíduos urbanos, industriais, hospitalares e
86
laboratoriais
de
pesquisa,
de
análises
clínicas
e
assemelhados.
Art. 248 - O Estado e os Municípios, de forma integrada ao Sistema Único de
Saúde, formularão a política e o planejamento da execução das ações de
saneamento básico, respeitadas as diretrizes estaduais quanto ao meio
ambiente,
recursos
hídricos
e
desenvolvimento
urbano.
§ 1º - Os Municípios poderão manter seu sistema próprio de saneamento.
§ 2º - Nos distritos industriais, os efluentes serão tratados e reciclados de forma
integrada pelas empresas através de condomínio de tratamento de resíduos.
Art. 249 - O Estado manterá órgão técnico normativo e de execução dos
serviços
de
saneamento
I
-
prestar
II
-
integrar
básico
serviços
os
para,
locais
sistemas
entre
de
locais
outras
atribuições:
saneamento
de
saneamento
básico;
básico;
III - executar as políticas ditadas em nível federal, estadual e municipal
estabelecidas para o setor.
- Lei Estadual nº 12.037, de 19 de dezembro de 2003.
Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento e dá outras providências.
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL
TEUTÔNIA – RS
CONSOLIDADA-1990
Capítulo VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 151 – Compete ao Município, através de seus órgãos administrativos e
com a participação da
comunidade, por suas entidades representativas:
I – Proteger, preservar e recuperar o meio ambiente nas suas mais variadas
formas;
87
II – Preservar as florestas, fauna, flora, as paisagens naturais, sítios
arqueológicos, rios, arroios e riachos,
dentro do território municipal;
III – Registrar, acompanhar e fiscalizar a concessões de direito de pesquisa e
exploração de recursos hídricos
e minerais em seu território;
IV – Promover a ecologia como ciência e divulgá-la nos meios de comunicação
assim como na rede escolar,
fazendo um trabalho de esclarecimento e conscientização pública;
V – Executar, com a colaboração da União, do Estado e de outros órgãos e
instituições, programas de
recuperação do solo, de reflorestamento e de aproveitamento dos recursos
hídricos;
VI – Exercer o poder de polícia administrativa na vigilância e fiscalização da
preservação do meio ambiente,
dispondo através de lei, das penalidades por infração ou danos à comunidade
e à natureza;
VII – Dar adequado tratamento e destino final aos resíduos sólidos e aos
fluentes dos esgotos de origem
doméstica, exigindo mesmo tratamento aos resíduos sólidos e efluentes
industriais;
VIII – Criar locais especiais para colocação de lixos domésticos e industriais, de
forma a não prejudicar a
saúde e higiene pública, nem causar impacto ambiental;
ÍX – Planejar o trabalho em micro bacias hidrográficas, através de
melhoramento, conservação e manejo
integrado do solo, da água e das florestas;
X – Exigir a colocação de filtros antipoluentes nos estabelecimentos
causadores de poluição.
Art. 152 – Fica proibido em todo território municipal o trânsito, por qualquer
meio de transporte, a
fabricação ou depósitos de produtos, substâncias ou componentes atômicos,
estendendo-se a proibição na questão de
88
trânsito aos produtos e substâncias tóxicas, capazes de pôr em risco a vida ou
a saúde da população.
Art. 153 – Para qualquer modificação no ambiente natural ou paisagens da
área do Município, seja para
edificações ou para instalações de indústrias, ao para qualquer outro fim,
deverá o projeto ser submetido a um estudo de
impacto ambiental, junto ao Executivo Municipal, competindo à comunidade
requerer aprovação através de plebiscito,
na forma da Lei.
Art. 154 – O Município deverá priorizar a transformação das áreas alagáveis
em áreas verdes, ou parques
ecológicos.
- LEI N.º 2.583, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2006
ESTABELECE O CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
CAPÍTULO IV
DAS INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Art. 112. As instalações prediais de água e esgoto devem atender, além do que
dispõe este Código, às normas brasileiras.
Art. 113. As instalações prediais de esgoto sanitário devem ser ligadas aos
coletores públicos, quando houver sistema separador absoluto.
Art. 114. Nas edificações situadas em vias não servidas por esgotos cloacal
devem ser instalados fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro, obedecendo
às seguintes especificações:
I - quanto à fossa séptica:
a) deverá ser dimensionada de acordo com as normas brasileiras e com
capacidade nunca inferior a 1,25 m³ (um metro e vinte e cinco centímetros
cúbicos);
89
b) deverá estar localizada em área próxima à via pública, com tampa acessível
para que seja possível executar a sua limpeza;
c) deverá localizar-se a no mínimo 1,50 m ( um metro e cinquenta centímetros )
das divisas do terreno.
II – quanto ao filtro anaeróbio:
a)deverá ser dimensionado de acordo com as normas brasileiras e com
capacidade nunca inferior a 1,25 m³ ( um metro e vinte e cinco centímetros
cúbicos);
b) deverá localizar-se a no mínimo 1,50 m ( um metro e cinquenta centímetros )
das divisas do terreno.
III - quanto ao sumidouro:
a) deverá ser dimensionado de acordo com as normas brasileiras e com
capacidade nunca inferior a 3,75 m3 (três metros e setenta e cinco metros
cúbicos);
b) deverá localizar-se a no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros)
das divisas do terreno.
Parágrafo único. A fossa séptica, o filtro anaeróbio e o sumidouro somente
poderão ser fechados após ter sido realizada a devida fiscalização por agente
técnico da Administração Municipal.
CAPÍTULO V
DAS INSTALAÇÕES PARA ESCOAMENTO DE
ÁGUAS PLUVIAIS E DE INFILTRAÇÕES
Art. 115. Os terrenos, ao receberem edificações, devem ser convenientemente
tratados para dar escoamento às águas pluviais e de infiltração.
Art. 116. As instalações para escoamento de águas pluviais devem ser
executadas de acordo com o que estabelecem as normas brasileiras.
Art. 117. As águas pluviais da lavagem de piso e a coleta da água condensada
dos aparelhos de ar condicionado devem ser canalizadas para a rede de
esgoto pluvial.
§ 1.º Em caso de impossibilidade ou inconveniência de conduzir as águas
pluviais à rede pública, será permitido o seu lançamento na sarjeta, vala ou
curso d’água.
90
§ 2.º A ligação à rede pública poderá ser cancelada a qualquer momento pela
Administração Municipal, desde
que a infraestrutura urbana
requeira
modificações ou se dela resultar qualquer prejuízo ou inconveniência.
§ 3.º Nos casos em que o coletor pluvial passar por propriedade lindeira deverá
ser anexado ao projeto uma Declaração de Autorização do proprietário daquele
imóvel, por instrumento particular e com firma reconhecida por autenticidade,
concedendo permissão à indispensável ligação àquele coletor.
1.2.2. Normas de regulação e ente responsável pela regulação e
fiscalização, bem como os meios e procedimentos para sua atuação;
Não há normas ou ente responsável pela regulação e fiscalização.
1.2.3. Programas locais existentes de interesse do saneamento básico
nas áreas de desenvolvimento urbano, rural, industrial, turístico,
habitacional, etc.;
O município possui um incentivo a coleta seletiva de resíduos, onde
realiza a coleta e triagem dentro do município, com os funcionários da empresa
terceirizada sendo do próprio município, incentivando a mão de obra local e
realizando campanhas educativas junto as escolas.
1.2.4. Procedimentos para a avaliação sistemática de eficácia, eficiência e
efetividade, dos serviços prestados;
Os procedimentos para avaliação sistemática de eficiência, eficácia e
efetividade dos serviços prestados é realizado através do SNIS do Governo
Federal, onde o município realiza o preenchimento das informações. Porem o
município carece de um sistema com informações mais específico e com
sistemas de indicadores da realidade local com acesso a toda a comunidade.
91
1.2.5. Política de recursos humanos, em especial para o saneamento;
A política de recursos humanos para o setor de saneamento ainda é
ainda não exclusiva, não há uma mão de obra exclusiva para as finalidades de
serviços de saneamento, a não ser dos prestadores de serviços. A
administração municipal dispõe de funcionários da parte técnica e serviços
gerais que realizam atividades ligadas ao saneamento e outras atividades
dentro da administração, por a demanda não ser tão significante os
funcionários são ocupados em outros setores da prefeitura.
1.2.6. Política tarifária dos serviços de saneamento básico;
Quanto à política tarifária, o município não realiza a cobrança por
serviços de esgotamento sanitário. A cobrança é realizada nos serviços de
abastecimento de água conforme descrito abaixo.
Residencial – R$ 19,50 (ate 10m³)
Comercial R$ 27,00 (ate 10m³)
Industrial R$ 31,50 (ate 10m³)
Famílias da baixa renda R$ 9,75 (ate 10m³)
1.2.7. Instrumentos e mecanismos de participação e controle social na
gestão política de saneamento básico;
Como o município não possui ainda conselho municipal de saneamento
básico, a única forma mais próxima de participação da comunidade junto ao
setor de controle e gestão do saneamento é a representação junto ao Conselho
Municipal de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Saúde.
92
1.2.8. Sistema de informação sobre os serviços;
O único sistema de informação que o município dispõem é o SNIS, do
governo federal.
1.2.9. Mecanismos de cooperação com outros entes federados para a
implantação dos serviços de saneamento básico
O município realiza através de acordos de cooperação técnica com o
Governo Federal e Estadual programas para melhorias dos serviços de
saneamento, através de construção de banheiros, aquisição de equipamentos,
palestras e cursos no município.
93
1.3.
INFRAESTRUTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
1.3.1. Análise crítica dos planos diretores de abastecimento de água da
área de planejamento, quando houver;
O município de Teutônia não possui plano diretor de abastecimento de
água ainda.
1.3.2. Descrição dos sistemas de abastecimento de água atuais. Essa
descrição
deverá
englobar
textos,
mapas,
projetos,
fluxogramas,
fotografias e planilhas que permitam uma caracterização satisfatória do
sistema;
O sistema de abastecimento de água de Teutônia é realizado através de
poços artesianos, reservação e distribuição para a população atendida.
O sistema de abastecimento esta demonstrado na figura a seguir.
94
MAPA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
95
1.3.3. Deverão ser informadas as principais deficiências referentes ao
abastecimento de água, como frequência de intermitência, perdas nos
sistemas, etc.;
Conforme caracterização, descrições e mobilizações sociais realizadas
no município a principal deficiência é o índice de perdas no sistema e a gestão
dos sistemas como um todo.
1.3.4. Levantamento da rede hidrográfica do município, possibilitando a
identificação de mananciais para abastecimento futuro;
Devido o município estar a localização do município dentro na sub-bacia
não há recursos hídricos superficiais passiveis de vazão e outorga para
abastecimento da população do município e também devido ao custo
operacional elevado para este tipo de abastecimento. Por isso a captação
subterrânea se torna o manancial de maior facilitado de custo beneficio para o
município, porem o município deverá encaminhar o pedido de outorga para os
poços que utiliza para abastecimento público em seu nome ao DRH para
estipular a vazão máxima a ser utilizada e tempo máximo de exploração, com
isso pode-se projetar um planejamento do sistema de abastecimento com
novos poços a perfurar.
1.3.5. Consumo per capita e de consumidores especiais;
Quanto ao consumo per capita e consumidores especiais no município
foram utilizadas informações do SNIS 2011 onde o município informa que o
consumo per capita é de 110,00 L/hab/dia, não havendo informação quanto a
consumidores especiais.
96
1.3.6. Informações sobre a qualidade da água bruta e do produto final do
sistema de abastecimento;
Quanto á qualidade da água no município segue abaixo o relatório do
SISÁGUA dos dados do município referente ao ano base 2012 e 2013.
Tabela 06 – Analise da água distribuída
97
98
99
100
101
1.3.7. Caracterização da infraestrutura das instalações existentes;
O sistema de abastecimento de água do município possui extremamente
com rede em amianto, com alguns problemas de pressão estabelecida sobre a
rede e distribuição.
1.3.8. Descrição do corpo funcional (números de servidores por cargo);
O município, conforme SINS 2011, possui 10 funcionários para o
sistema de abastecimento e esgotamento sanitário do município.
1.3.9. Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
Quanto as receitas e despesas temos, conforme SINS 2011, a seguinte
relação.
102
Tabela 07 – Receitas e despesas
Receita
Arrecadação
Despesas com
Despesas
Operacional R$
total R$
serviços R$
Exploração R$
1.551.444,00
1.551.444,00
739.847,00
737.847,00
Tabela 08 – Despesas e Receitas
Despesas totais
Tarifa média
Índice de
média R$/m³
praticada R$
suficiência de
caixa %
0,56
1,14
209,7
1.3.10. Apresentar os indicadores operacionais, econômico-financeiros,
administrativos e de qualidade dos serviços prestados.
Os indicadores para os serviços de abastecimento de água são:
- Indicador de Cobertura do Serviço de Água
Tem a finalidade de quantificar o percentual de economias com
disponibilidade de acesso ao sistema de abastecimento de água. O período
desejável para sua apuração é o anual.
Ica=[(Era+Dda)*100/Dt*(100-Pdfa+Pdda)]*100, onde:
Ica: Indicador de Cobertura do Serviço de Água (%)
Era: economias residenciais ativas (ligadas ao sistema) (un.)
Dda: domicílios com disponibilidade de rede de água, mas não ativos
(un.)
Dt: domicílios totais na área de atendimento (un.)
Pdfa: percentual de domicílios urbanos fora da área de atendimento (%)
103
Pdda: percentual de domicílios rurais dentro da área de atendimento (%)
- Indicador de Qualidade de Água Distribuída
Este indicador permite avaliar o atendimento da qualidade da água
distribuída conforme a Portaria n.º 2.914, do Ministério da Saúde. A frequência
de apuração sugerida é mensal.
Iqa=100*(%Aad-49)/51, onde:
Iqa: Indicador de Qualidade de Água Distribuída
%Aad: porcentagem de amostras consideradas adequadas no mês
crítico do período de atualização.
-Indicador de Controle de Perdas
Avalia valores de perda de água por ramal de distribuição, expressa em
L/Ramal*Dia. O período sugerido para apuração é mensal.
Icp=[(Ve-Vs)-Vc)/Laa]*100, em que:
Icp: Indicador de Controle de Perdas (L/ramal*dia)
Ve: volume de água entregue (L/dia)
Vs: volume de água de uso social e operacional (L/dia)
Vc: volume de água de consumo (L/dia)
Laa: ligações ativas de água (un.)
- Indicador de Utilização da Infraestrutura de Produção de Água
Tem por objetivo mensurar a capacidade ociosa da Estação de
Tratamento de Água, a ser avaliada anualmente.
Iua=Qp*100/CapETA, onde:
Iua: Indicador da Utilização da Infraestrutura de Produção de Água (%)
Qp: vazão produzida (L/s)
CapETA: capacidade da ETA (L/s)
- Tempo Médio De Atendimento Ao Cliente Quando Da Falta De
Ågua
1 N 
TAC    ti 
n  I 1 
104
Sendo:
n = Número total de interrupções de água no período
ti = Tempo decorrido para correção do fato gerador da falta de água para a iésima interrupção do abastecimento.
- Duração Equivalente De Interrupção Do Sistema De Fornecimento
De Água Por Economias
n
DEC 
 EcoAtingid as(i)  T (i)
i 1
EcoTotal
Sendo:
Eco. Atingidas (i) = Número de economias abrangidas pela i-ésima falha
no sistema de fornecimento de água no conjunto e no período
T (i) = Tempo decorrido entre a detecção da i-ésima falha pela CORSAN
e o efetivo reparo da falha
n = Número total de interrupção no fornecimento de água do conjunto no
período
Eco. Total = Número total de economias do conjunto considerado
- Indicador Econômico-Financeiros
ROP (S/DEPREC.) - RAZÃO OPERACIONAL SEM DEPRECIAÇÃO
ROP( s / deprec.) 
DESP( s / deprec.)
100
ROL
Sendo:
DESP (s/deprec.) = Despesa operacional total excluída a depreciação
ROL = Receita operacional líquida
- Indicador De Produtividade De Pessoal -
IPP1 
AF
NE
Sendo:
AF = Água faturada pela empresa em m3
NE = Número total de empregados da empresa
105
Tabela 09 - Indicadores de abastecimento de água.
Indicador
Indicador de Cobertura do Serviço de Água
Índice
63,2%
- Indicador de Qualidade de Água Distribuída
NI
-Indicador de Controle de Perdas
NI
- Indicador de Utilização da Infraestrutura de Produção de
100%
Água
- Tempo Médio De Atendimento Ao Cliente Quando Da Falta
De Água.
- Duração Equivalente De Interrupção Do Sistema De
Fornecimento De Água Por Economias
- Indicador Econômico-Financeiros
- Indicador De Produtividade De Pessoal
NI
NI
-
NI- Não informado ou falta dados para cálculo
106
1.4.
INFRAESTRUTURA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
No que se refere ao esgotamento sanitário, o município de Teutônia não
está provido por sistema de coleta e tratamento de esgotos coletivos do tipo
separador absoluto ou do tipo misto.
A solução utilizada pela população se assemelha a utilizada por outras
comunidades, onde o tratamento do esgoto sanitário é realizado por meio da
utilização de sistemas de tratamento individuais de esgoto sanitário, ou seja:
fossas sépticas, fossas rudimentares seguidas de sumidouro para destino final
das fezes, urinas e águas servidas. Algumas edificações instalam filtro
anaeróbio depois da fossa séptica e antes do sumidouro.
Conforme dados do IBGE, 82,2% dos domicílios no ano de 2010
possuíam formas de esgotamento sanitárias consideradas adequadas. Mas
segundo consta há uma série de domicílios desprovidos de instalações
sanitárias ou de qualquer sistema de tratamento individual, por mais simples
que seja, destinando seus dejetos em geral para pequenos córregos, arroios
próximos ou mesmo à rede pluvial.
Em análise realizada pelo Programa Local de Habitação de Interesse
Social (PLHIS) nas áreas mais carentes da zona urbana, verificou-se que em
3% dessas áreas inexistem banheiros nas habitações.
Atualmente cerca de 60 % das vias localizadas no centro urbano do
município de Teutônia possuem pavimentação asfáltica e 20 % possuem
calçamento
do
tipo
paralelepípedo.
Estes
locais
possuem
melhores
infraestruturas, a considerar rede de drenagem pluvial, resultando num
processo de eliminação de alguns dos sistemas de tratamento de esgotos
individual, na qual os esgotos são conectados à rede de águas pluviais.
Em suma, a rede pluvial acaba servindo como rede mista, despejando
esgoto em córregos que deságuam no Arroio Boa Vista e que, por sua vez,
deságua no Rio Taquari, do qual o Vale do Taquari se abastece de água. É,
portanto, urgente, o planejamento de um sistema de tratamento de esgoto, a
fim de buscarmos saúde, comprometimento ambiental e recuperação dos
recursos hídricos.
107
1.4.1. Análise crítica dos planos diretores de esgotamento sanitário.
No município de Teutônia não há plano diretor de esgotamento sanitário.
1.4.2. Descrição dos sistemas de esgotamento sanitário atuais.
Essa descrição deverá englobar textos, mapas, projetos, fluxogramas,
fotografias e planilhas que permitam uma caracterização satisfatória do
sistema.
Os sistemas atualmente adotados são: sistema de tratamento individual,
desague na rede pluvial, disposição nos arroios existentes e escoamento
superficial diretamente no solo.
Sistema de tratamento individual de esgoto:
A prefeitura estabelece que durante a aprovação de projetos de novas
edificações seja apresentado projeto hidrossanitário com o tipo de tratamento
individual de esgoto. Antes de 2005, o sistema individual de esgoto
compreendia apenas fossa e sumidouro, de modo que muitas construções
apresentam, atualmente, esse sistema, ligando o sumidouro à rede pública.
A partir de 06/10/2005, passou-se a exigir a execução de filtro
anaeróbio, entre a fossa e o sumidouro, o que embora efetue o tratamento do
esgoto, ao inexistir qualquer controle sobre a manutenção de tal sistema, torna
o mesmo obsoleto e ineficaz. A configuração do sistema fica conforme figura
14. Alguns fabricantes garantem remoção entre 65 e 75 % da matéria orgânica
em termos de demanda bioquímica de oxigênio (DBO).
Para garantir a correta instalação e a existência do sistema, é realizado
inspeção do mesmo antes de seu fechamento. Esta vistoria é realizada por
funcionário da prefeitura.
108
Figura 14: Sistema de Tratamento Individual
O filtro anaeróbio consiste em uma caixa com brita, que possui fluxo
ascendente, ou seja, recebe o efluente por sua parte inferior e procede ao
tratamento por bactérias aderidas ao meio suporte que são as pedras. O filtro
anaeróbio promete livrar o efluente de resíduos orgânicos.
Quando o solo apresenta incompatibilidade com o sistema individual
exigido, é necessário instalar clorador a invés de sumidouro e então direcionar
o efluente resultante a rede de drenagem pluvial. A figura 15 representam de
forma ilustrativa o clorador, através de um corte transversal.
Figura 15: Corte transversal do Clorador.
O processo de cloração é o mais comum de desinfecção de água
potável e de efluentes tratados. O efluente que sai do filtro anaeróbico chega
ao clorador para passar por um processo de desinfecção. O cloro quando
adicionado a água, forma o ácido hipocloroso, que age como desinfetante e
com efeito residual prolongado. É importante que o efluente tenha um tempo de
contato para que o cloro aja sobre as bactérias, fungos, vírus e demais
microorganismos. Resulta numa reação contra as matérias orgânicas
dissolvidas, reduzindo a DBO, clarificando a água e habilitando para o reuso.
Cabe salientar que para garantir que o efluente não causará danos
ambientais, é importante o acompanhamento e manutenção do sistema. Para o
109
acompanhamento, se faz necessário realizar análise do efluente tratado. Para
tanto, é preciso coletar amostra do efluente, realizar ensaios e comparar os
resultados com os índices padrões.
Embora seja necessário constar o sistema de tratamento individual para
aprovação de projetos novos, algumas edificações antigas não possuem este
tipo de sistema. Em alguns casos passou-se a ligar diretamente na rede de
drenagem pluvial os esgotos gerados nas residências.
Sistema de tratamento coletivo de esgoto:
No ano de 2011 passou-se a permitir e promover a utilização de
estações compactas de tratamento de esgoto. Entretanto, até o presente
momento, apenas um loteamento propôs a utilização de um sistema de
tratamento coletivo que, todavia, ainda não foi executado.
1.4.3. Indicação de áreas de risco de contaminação por esgotos do
município.
Não há área específica a ser descrita. Mas sabe-se que todos os
recursos hídricos próximos à zona urbana, indústrias, residências rurais,
atividades agrícolas e pecuárias podem ser contaminados devido às atividades
desenvolvidas nestes locais. Como meta deste Plano, está o controle efetivo da
qualidade das águas bem como identificação e mapeamento das atividades
com risco de contaminação.
1.4.4. Análise crítica e avaliação da situação atual dos sistemas de
esgotamento sanitário, incluindo todas as estruturas integrantes:
ligações prediais, rede de coleta, interceptores, estações elevatórias,
emissários, estações de tratamento e controle do sistema. Deverão ser
informadas a capacidade instalada, eficiência de tratamento, custo
operacional, etc.
O sistema de esgotamento sanitário, como já foi mencionado
anteriormente, é do tipo sistema de tratamento individual. Este gera alguns
110
transtornos, visto que as edificações mais antigas possuem sistemas precários
e/ou improvisados. Algumas despejam o esgoto diretamente na rede pluvial, no
arroio e/ou a céu aberto ora por não possuírem tal sistema ora por falta de
manutenção. As edificações novas que tem seus projetos aprovados na
prefeitura passam pelo acompanhamento de um fiscal durante a execução
além
do
acompanhamento
do
próprio
responsável
técnico
pelo
projeto/execução. Em todos os casos, ou seja, os que houveram ou não
acompanhamento durante a execução, não há garantias de que haverá a
manutenção necessária durante o período de utilização da edificação.
A eficiência do tratamento é baixa, visto os problemas que gera, entre
eles podemos mencionar a poluição e degradação do meio ambiente, despejo
de esgoto a céu aberto, mau cheiro saindo das bocas de lobo devido ao
despejo direto de efluente na rede de drenagem.
Apesar de a eficiência ser baixa, o sistema aparentemente funciona
bem. Há poucas reclamações e quando apresenta problemas e por falta de
absorção do solo ou solo. Nestes casos, o proprietário é orientado a instalar
após o filtro anaeróbio um clorador e realizar desague do efluente na rede de
drenagem pluvial.
1.4.5. Deverão ser informadas as principais deficiências referentes
ao sistema de esgotamento sanitário.
As principais deficiências a serem destacadas no âmbito do tratamento
individual são:
- Falta da garantia da existência deste sistema em edificações mais
antigas;
- Falta de garantia quanto a real eficiência do sistema;
- Sistema arcaico, que inviabiliza sua utilização em aglomerados
urbanos;
- Ineficiência do sistema quando o solo inadequado (pouca absorção,
rochoso).
111
1.4.6.
Levantamento
da
rede
hidrográfica
do
município,
identificando as fontes de poluição pontuais de esgotamento sanitário e
industrial.
A região de Teutônia está posicionada na sub-bacia hidrográfica
Taquari-Antas. Como curso d’água de menor porte, que passa próximo a
cidade, temos o arroio Boa Vista, juntamente com o seu tributário que nascem
nos morros a leste da cidade. Este arroio tem seu curso no sentido leste-oeste
e sua foz se dá no rio Taquari.
1.4.7. Dados dos corpos receptores existentes (qualidade, vazão,
usos de jusantes, etc.).
Os potenciais corpos hídricos receptores são: ao leste os arroios: Boa
Vista, Vermelho, Posses e Canudos, ao nordeste o arroio Schmidt e ao norte
os arroios: Welp, Harmonia e Dickel.
Qualidade
Para determinação da qualidade da água dos corpos receptores, se faz
necessária análise de amostra destas águas, a qual não se teve acesso a
nenhum laudo. Cabendo a este plano prever em suas ações este tipo de
monitoramento.
Vazão
Sabendo-se que a boa técnica recomenda que para estabelecer uma
vazão confiável seja necessário ensaios de seções e velocidades, acredita-se
que por este fato não há dados referente a vazão dos arroios.
Usos a jusante
Não há dados do tipo de uso à jusante do ponto provável do lançamento
do efluente tratado não foram encontrados usos nobres que possam ser
prejudicados, como por exemplo, abastecimento de água para consumo ou
produção alimentícia.
112
1.4.8. Análise e avaliação das condições atuais de contribuição dos
esgotos domésticos e especiais (produção per capita e de consumidores
especiais).
De acordo com o Censo IBGE do ano de 2010, a população total
(urbana e rural) do município de Teutônia é de 27.272 habitantes, sendo a
população urbana no ano de 2010 de 23.322 habitantes. Como a parcela mais
preocupante de produção de esgoto é a população urbana e uma possível
implantação de rede coletora e estação de tratamento de esgoto contemplaria
somente o perímetro urbano, será considerado como população atendida a
urbana.
Para um consumo diário máximo de 150 L/dia de água por habitante e
um coeficiente de retorno de 80 %, podemos estimar que a vazão doméstica
média de esgotos gerados será de 32,39 L/s.
1.4.9. Verificar a existência de ligações clandestinas de águas
pluviais ao sistema de esgotamento sanitário.
Caso os proprietários das edificações estiverem despejando águas
pluviais em qualquer uma das partes do sistema o dano causado seria
individual, visto que o sistema de esgotamento sanitário existente atualmente
no município é do tipo individual. Sabe-se que o inverso acontece: ligações
clandestinas de esgoto sanitário em sistema de drenagem de águas pluviais.
1.4.10. Balanço entre geração de esgoto e capacidade do sistema
de esgotamento sanitário existente na área de planejamento.
Como fato já mencionado, não há sistema de esgotamento sanitário do
tipo separador absoluto e ETE, mas conforme já mencionadotemos a
estimativa de geração de esgoto doméstico urbano e com o sistema individual
não temos a garantia de sua total eficiência.
1.4.11. Estrutura de produção de esgoto (número de economias e
volume produzido por faixa).
113
De acordo com o Censo IBGE do ano de 2010, ao total são 10.259
domicílios, com 2,92 moradores por domicílio. Sendo assim, cada domicílio
gera em média aproximadamente 348 L/dia de esgoto doméstico.
1.4.12. Organograma do prestador de serviço.
Não há organograma, tendo em vista que não há prestação de serviço
no eixo esgotamento sanitário. A administração não dispõe de secretaria ou
departamento próprio para esta atividade, de acordo com a necessidade são
destinados funcionários do setor de Meio Ambiente, Secretaria de Obras ou
Setor de Engenharia para acompanhar ou resolver algum problema no sistema.
1.4.13. Descrição do corpo funcional (números de servidores por
cargo).
O corpo funcional responsável pelas questões de esgoto sanitário é
composto por:
- Um fiscal, lotados no Setor de Fiscalização;
- Um arquiteto e urbanista e dois engenheiros civis, lotados no Setor de
Engenharia; e
- Um fiscal, lotado no Setor de Meio Ambiente.
1.4.14. Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento.
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS/
Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - 2010 não apresenta valores para
Receita operacional, despesa de custeio e investimentos, pelo fato de o
município não prestar este tipo de serviço.
1.4.15.
Apresentar
os
indicadores
operacionais,
econômico-
financeiros, administrativos e de qualidade dos serviços prestados.
114
Conforme supracitado, o município não conta com rede coletora e
estação de tratamento de esgoto, portanto não há indicadores a mencionar do
tipo: operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade de
serviço.
1.4.16. Caracterização da prestação dos serviços.
Os serviços são prestados diretamente pelo município (aprovação de
projeto, vistoria do sistema instalado, problemas, etc.), através de algumas
secretarias dependendo do tipo de demanda opta-se pela Fiscalização,
Secretaria Municipal de Obras, Viação e Transportes, Departamento de Meio
Ambiente ou Departamento de Engenharia.
115
1.5.
INFRAESTRUTURA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
1.5.1. Verificar a existência de Plano Diretor municipal;
No município de Teutônia não há Plano Diretor de Drenagem Urbana
ainda estabelecido.
1.5.2.
Verificar
o
conhecimento
da
legislação
existente
sobre
parcelamento e uso do solo urbano e rural;
A
legislação
existente
de
diretrizes
Urbanas
não
contempla
dimensionamento técnico ou especificações para elaboração dos projetos de
drenagem urbana. Apenas menciona que o sistema de esgotamento sanitário
não pode ser lançado na rede pluvial e vice versa.
1.5.3. Descrição do sistema de macrodrenagem (galeria, canal, etc.) e
microdrenagem (rede, bocas-de-lobo e órgãos acessórios) atualmente
empregado na área de planejamento.
Conforme levantamento de campo realizados no município, Teutônia
possui apenas um sistema de macrodrenagem sistema de macrodrenagem
com galeria.
Com relação à microdrenagem, o sistema é composto de rede traçada
conforme
as
ruas
vão
sendo
pavimentadas
com
as
bocas-de-lobo
dimensionadas conforme demanda calculada para cada projeto.
116
1.5.4. Descrição dos sistemas de manutenção da rede de drenagem.
Atualmente a prefeitura não conta com sistema de manutenção, apenas
quando há demanda uma equipe da secretaria de obras e enviada para
correção ou manutenção do sistema de microdrenagem.
1.5.5. Verificar a existência de fiscalização do cumprimento da legislação
vigente.
Conforme mencionado, não há legislação sobre drenagem urbana
especifica no município, por isso a fiscalização relacionada a parte de
drenagem se resume ao cumprimento da separação dos esgotos sanitários da
parte da drenagem, através de denuncias encaminhadas ao setor de
fiscalização da prefeitura municipal.
1.5.6. Identificar o nível de atuação da fiscalização em drenagem urbana;
O nível de atuação da fiscalização em drenagem urbana é pequena
devido aos poucos recursos humanos e qualificação técnica da equipe da
administração.
1.5.7. Identificar os órgãos municipais com alguma provável ação em
controle de enchentes e drenagem urbana e identificar suas atribuições;
Os órgãos municipais com ação em drenagem urbana é a Defesa Civil
municipal, com atribuições de:

Instruir a população sobre como proceder em casos de diferentes
calamidades;

Realizar a desocupação do pessoal e material das áreas atingidas;

Proporcionar assistência aos flagelados;

Adotar procedimentos e praticar os atos necessários à redução dos
prejuízos sofridos por particulares e entidades públicas em decorrência
de calamidade;
117

Assegurar o funcionamento dos principais serviços de utilidade pública;

Criar condições para recuperação de moradias;

Estudar e executar medidas preventivas;
1.5.8. Verificar a obrigatoriedade da microdrenagem para implantação de
loteamentos ou abertura de ruas;
Atualmente, conforme supracitado, não há legislação vigente específica
para parcelamento de solo, portanto ainda não há obrigatoriedade da
implantação e microdrenagem em novos loteamentos ou ruas.
1.5.9. Verificar a separação entre os sistemas de drenagem e de
esgotamento sanitário;
De acordo com o projeto de rede coletora e estação de tratamento de
esgoto, a rede coletora é do tipo separador absoluto, portanto não é permitido
que águas pluviais sejam despejadas nesta rede. Desta forma, também não é
permitido que na rede pluvial seja coletado esgoto doméstico.
1.5.10. Verificar a existência de ligações clandestinas de esgotos
sanitários ao sistema de drenagem pluvial;
Conforme relato de moradores, em algumas ruas da cidade o sistema de
tratamento individual apresenta problemas ou até mesmo seja inexistente, o
efluente doméstico é destinado a rede de drenagem pluvial.
118
1.5.11. Identificar os principais tipos de problemas (alagamentos,
transbordamentos de córregos, pontos de estrangulamento, capacidade
das tubulações insuficientes, etc.) observados na área urbana: verificar a
frequência de ocorrência e localização desses problemas;
A estratégia de trabalho para identificação das áreas problemas, pelo
entendimento do como o ambiente local concorre para que montagem das
situações a serem enfrentadas e pela percepção dos reflexos no próprio
ambiente. O cumprimento destas etapas permite a obtenção dos vários
produtos desejados neste plano.
O primeiro deles é propor um conjunto de ações que devem ser
implantadas objetivando os ajustes necessários nos vários segmentos,
buscando a correção das diversas causas associadas. O segundo, a
hierarquização dos problemas, possível a partir do estabelecimento de
indicadores que possam ser quantificados e comparados. Para tal objetivo,
este plano emprega o conceito de Indicadores de Fragilidade do Sistema (IFS).
Este plano recomenda que se estabeleça uma sistemática de
periodicamente reavaliar os IFS`s nas suas diversas áreas problemas,
permitindo o monitoramento permanente do sistema e o estabelecimento de
revisões de metas e ações ao longo do tempo a medida que as propostas
deste plano venham ou não a serem implantadas.
Este estudo, na sua fase de Diagnóstico é desenvolvido dentro de uma
sequência que primeiro aborda os aspectos gerais do sistema em estudo.
Dentro de cada região são identificadas as áreas problemas. Cada uma delas e
então detalhada para que se possa ter um amplo entendimento de como os
problemas nela apresentados são formados e os transtornos que imprimem a
comunidade local e o ambiente a ela relacionado. Em função desta analise é
estabelecido, para cada uma delas, valores de IFG`s. São também
identificadas as ações estruturais e não estruturais capazes de ajustar o
sistema e refletir em melhora no comportamento de cada uma das áreas
abordadas.
Fatores Gerais de Caracterização do Sistema de Drenagem
119
Os fatores que caracterizam o Sistema de Drenagem foram divididos em quatro
grupos:
- Risco de ocorrência das chuvas intensas;
- Fatores ambientais;
- Fatores tecnológicos;
- Fatores institucionais;
Os fatores ambientais considerados mais significativos para o sistema
em estudo foram os seguintes;
- Aspectos gerais referentes a localização do perímetro urbano;
- Integração do traçado das vias urbanas com a rede natural de drenagem;
- Usos do solo;
- Interação com outros segmentos do saneamento ambiental;
- Natureza dos corpos receptores.
Fatores tecnológicos levados em conta foram os a seguir apresentados:
- As vias publicas como instrumentos de drenagem;
- Adequação (distribuição espacial, dimensão e padrão construtivo) dos
dispositivos existentes;
- Manutenção e conservação da rede.
Fatores institucionais levados em conta:
- Estruturação administrativa;
- Equipe;
- Captação de recursos;
- Existência de referenciais técnicos.
120
Tanto quando se caracteriza o sistema de maneira geral ou quando se
analisa cada área de estudo em particular, estes conjuntos de fatores são
levados em conta de forma integrada. No caso particular de cada área de
estudo, os aspectos específicos relativos a cada um dos fatores intervenientes
são quantitativamente avaliados a partir dos IFS`s e a soma deles resulta no
que a metodologia define como Índice Geral de Fragilidade da área problema
(IGF). Comparações entre os IGF`s de cada área permitem a hierarquização
dos problemas a serem enfrentados. Posteriormente serão identificados os
diversos indicadores considerados como os mais representativos para o
sistema em estudo.
Intensidade das chuvas e o risco de ocorrência.
Não foi encontrado estudo anterior a este plano que apresentasse
equação de intensidade de chuva em função da duração do evento e do tempo
de recorrência esperado (equação intensidade x duração x frequência ou
equação IDF). Desta forma, um dos primeiros passos dados foi o
estabelecimento desta relação a partir das informações disponíveis.
Síntese global do sistema de drenagem
As primeiras considerações apresentadas neste relatório acerca do
sistema de drenagem tratam de seus aspectos mais gerais. Na sua descrição,
foram considerados os fatores já destacados como os mais significativos.
Os fundos de vales associados as pequenas bacias de contribuição
praticamente apresentam escoamento na maioria dos dias do ano. Quanto
menos urbanizada a área mais este fato pode ser observado. Em face deste
comportamento dos caminhos naturais de água, a ocupação das áreas pela
urbanização quase sempre não respeitou o traçado da rede de drenagem
natural e as vias implantadas frequentemente interceptam as linhas naturais de
fluxo.
Outro fato pode ser observado na maior parte da cidade é a presença de
solo transportado pelas chuvas, despejado ao longo das vias públicas. Este
material provoca o entupimento das caixas coletoras de drenagem (bocas de
lobo) e das galerias, onde elas existem.
121
Dentro de uma abordagem mais geral, os fatos anteriores são os que se
destacam como mais representativos e caracterizadores do sistema de
drenagem de Capitão. A seguir, passa-se a um detalhamento dos problemas
destacados por este diagnóstico.
Estudo de áreas-problemas
A análise dos principais pontos em que o sistema de drenagem de
Capitão vem apresentando problemas mais significativos para a comunidade
foi efetuada a partir de levantamentos de campo, conhecimento dos técnicos
da prefeitura e através das mobilizações sociais realizadas.
Durante o diagnostico foi realizada uma tabela conforme a descrita
abaixo.
Tabela 10- Exemplo de Áreas com Problemas de Drenagem.
Áreas-problema
CÓDIGO
IDENTIFICAÇÃO
AP1
A seguir seriam descritos os aspectos específicos de cada uma das
áreas problemas, detalhando seus aspectos específicos. Este detalhamento
será apresentado na forma de um quadro para cada área onde podem ser
encontradas as seguintes informações:
- Código e nome da área-problema;
- Descrição do problema;
- Ações propostas.
122
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE TEUTÔNIA
SEGMENTO DRENAGEM URBANA
CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS-PROBLEMAS
CÓDIGO: AP1
IDENTIFICAÇÃO:
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA:
AÇÕES PROPOSTAS:
O Sistema de Drenagem e seus Indicadores de Fragilidade
A análise do Sistema de Drenagem a partir de seus Indicadores de
Fragilidade é uma prática que foi desenvolvida e aplicada pela primeira vez na
elaboração do Plano de Saneamento Ambiental de Vitória da Conquista.
Dois são os objetivos que buscam ser atingidos a partir da sua
implementação. O primeiro deles é ajudar a estabelecer uma hierarquização
dos problemas apresentados no Sistema de Drenagem servindo para definir
prioridades entre os programas a serem propostos. O segundo é iniciar um
processo permanente de avaliação do Sistema de Drenagem, permitindo
periódicas reavaliações que possam verificar a eficácia das medidas tomadas e
estabelecerem-se novos ajustes do sistema.
Os Indicadores de Fragilidade do Sistema são estabelecidos de tal forma
que possam bem representar os elementos que causam deficiência de
funcionamento do sistema nos pontos ou em áreas onde ocorrem problemas
que afetam a qualidade ambiental no que se refere aos seus aspectos
relacionados com a drenagem urbana. Os Indicadores de Fragilidade
selecionados para caracterizar o Sistema de Drenagem de Capitão foram
divididos em três agrupamentos estabelecidos de acordo com a natureza do
indicador. As classes consideradas foram as dos indicadores tecnológicos, dos
123
ambientais e dos institucionais. Os Indicadores de Fragilidade do Sistema (IFS)
considerados neste plano estão apresentados na tabela a seguinte.
Tabela 11 - Indicadores de Fragilidade do Sistema (IFS)
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE TEUTÔNIA
SEGMENTO DRENAGEM URBANA
NATUREZA DO
INDICADOR
INDICADOR
CÓDIGO
Escoamento ineficiente nas viasIFS-T1
Dispositivos de coleta
ineficientes
IFS-T2
Transporte hidráulico
Tecnológico
ineficiente
IFS-T3
Encarecimento das soluções
IFS-T4
Redução da vida útil dos
equipamentos de drenagem
IFS-T5
Redução da vida útil dos
pavimentos
IFS-T6
Abatimento de terrenos por
carreamento de solo para
Ambiental
galerias e rede
IFS-T7
Ocorrência de alagamentos
IFS-A1
Prejuízos materiais
IFS-A2
Risco de vidas humanas
IFS-A3
Interferência negativa na rede
natural de drenagem
IFS-A4
124
Erosão nos terrenos da bacia
IFS-A5
Arraste de material das vias
sem pavimento
IFS-A6
Deposição de sedimentos em
vias públicas
IFS-A7
Interação inadequada com
esgotos
IFS-A8
Interação inadequada com lixo IFS-A9
Elevação das vazões de
cheias
IFS-A10
Limitação das áreas de
inundação
IFS-A11
Interferência no transito de
veículos
IFS-A12
Interferência no transito de
pedestres
IFS-A13
Contaminação do corpo
receptor
IFS-A14
Contato da população com
águas poluídas
IFS-A15
Assoreamento do corpo
receptor
Institucional
IFS-A16
Elevação de gastos com
manutenção e conservação
IFS-I1
Encarecimento das soluções
técnicas
IFS-I2
125
Perda de credibilidade da
Administração Publica
IFS-I3
Desgaste nas relações
interinstitucionais
IFS-I4
Ineficiente operação
IFS-I5
Perda de arrecadação
financeira
IFS-I6
Falta de aplicação recursos
normativos.
IFS-I7
Embora eles possam ser separados nestas classes, a ação deles não se
faz presente de forma isolada ou apenas dentro de uma mesma classe. Numa
mesma área problema, podem estar se manifestando diversos Indicadores de
Fragilidade do Sistema (IFS). Outra característica de um IFS é que ele pode se
manifestar com grau de relevância diferente em cada área em que se
manifesta. A tabela a seguir sintetiza a pontuação que foi adotada para
quantificar cada IFS em cada área-problema onde ele se manifestava.
126
Tabela 12 - Pontuação adotada para quantificar cada IFS
Importância
Transtorno no local
relativa na bacia
Grau de
relevância do
IFS na área.
Grande
Grande
9
Grande
Médio
8
Grande
Moderado
7
Médio
Grande
6
Médio
Médio
5
Médio
Moderado
4
Moderado
Grande
3
Moderado
Médio
2
Moderado
Moderado
1
Com este critério de pontuação foi então estabelecido para cada áreaproblema o valor atribuído a cada um dos diversos IFS’s e a soma dos deles
numa área-problema estabelece o Indicador Geral de Fragilidade (IGF) da área
considerada.
A seguir são apresentadas as tabelas com os valores dos IFS’s e IGF’s
relativo a cada área-problema.
Como não foi diagnosticado nenhuma área problema no diagnóstico
relativo a áreas problemas, deve ser abordado no próximo capitulo do
planejamento estratégico, programas, projetos e ações para melhorar e evitar
possíveis problemas que possam a vir acontecer sem o devido planejamento
urbano.
127
1.5.12. Verificar a relação entre a evolução populacional, processo de
urbanização e a quantidade de ocorrência de inundações;
Dentre as atividades sociais não teve nenhuma manifestação sobre
inundações relacionadas ao crescimento populacional, porém no município
existem áreas de inundação natural causada pelos recursos hídricos existentes
no município, por isso segue abaixo o mapa da cota máxima de inundação dos
córregos do município.
128
MAPA DA COTA DE CHEIA MÁXIMA
129
1.5.13. Verificar se existem manutenção e limpeza da drenagem natural e
artificial e a frequência com que são feitas;
Atualmente não há manutenção e limpeza da drenagem natural. Com
relação a drenagem artificial, esta ocorre conforme descrito no item 1.5.4.
130
1.6.
INFRAESTRUTURA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
1.6.1. Análise crítica dos planos diretores de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos ou planos de gerenciamento de resíduos sólidos da área
de planejamento, quando houver;
O município de Teutônia possui um plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, onde consta diagnóstico e prognóstico com metas, programas e ações
a serem realizadas.
Durante a elaboração do Plano Municipal de Saneamento serão levadas
em considerações as observações descritas no plano de resíduos, bem como
as metas, ações e programas, acrescentando o que for necessário de acordo
com as observações relatadas no diagnóstico técnico participativo.
1.6.2. Descrição da situação dos resíduos sólidos gerados, incluindo a
origem, o volume e sua caracterização (domiciliares, construção civil,
industriais, hospitalares e de serviços de saúde), bem como seu
processamento,
com
base
em
dados
secundários,
entrevistas
qualificadas, e inspeções locais. Essa descrição deverá englobar
desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas que permitam um perfeito
entendimento dos sistemas em operação;
I - Gestão De Resíduos Sólidos Urbanos
Para Santos e Schalch (2002), a gestão ambiental trabalha de forma
ordenada as atividades humanas, para que estas originem o menor impacto
possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores
técnicas ate o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos
humanos e financeiros.
A administração integrada de uma região ou ambiente, com critérios de
equilíbrio, promovendo o desenvolvimento e o bem estar harmonioso dos seres
131
humanos, através da melhoria da qualidade de vida e manutenção da
disponibilidade dos recursos naturais, sem esgotar e/ou deteriorar os recursos
renováveis e sem destruir os não renováveis, podemos também denominar de
gestão ambiental (STRAUSCH E ALBUQUERQUE, 2008).
Santos e Schalch (2002) colocam que, após a Rio-92, oficializou-se a
politica de busca de minimização do resíduo sólido e buscou-se a utilização do
conceito de gerenciamento integrado. Assim, o manejo sustentável de resíduo
pressupõe a busca da minimização, seguida pela organização da coleta,
transporte, tratamento e/ou destinação final do que, de fato, não possa ser
reutilizado ou reciclado.
Segundo Santos e Schalch (2002), atualmente são diretrizes prioritárias
de políticas de resíduos: evitar ou, nos casos em que não for possível, diminuir
a produção de resíduos; reutilizar ou, quando for possível, reciclar resíduos;
utilizar a energia contida nos resíduos; tornar inertes os resíduos antes da
disposição final. Assim, demonstra-se na tabela 01 a hierarquia de gestão e
gerenciamento de resíduos.
Tabela 13 – Hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos
Ordem de Importância
Ações
6
Prevenir a geração de resíduos na fonte.
5
Reduzir a geração de resíduos na fonte.
4
Reciclar no processo.
3
Reciclar e reutilizar em outros processos.
3
Tratar os resíduos sólidos para minimizar os
impactos.
1
Dispor os resíduos de maneira responsável e
segura.
(Fonte: Santos e Schalch,2002).
II - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Para Lima (1995), lixo é o resultado da atividade humana ou ainda o que
é gerado pela natureza como folhas, terra e areia espalhadas pelo vento. Ainda
132
pode se confundido com tudo aquilo que se joga fora, que não tem mais
utilidade.
A terminologia ―resíduo sólido‖ passa a ser adotada neste trabalho em
substituição ao termo ―lixo‖, mais largamente utilizado na linguagem comum.
Os resíduos sólidos urbanos a serem focalizados como objetos de estudo são
aqueles
denominados
inorgânicos
pela
sua
composição
química,
especialmente: papel, metal, vidro, plástico e suas subclassificações. Esta
delimitação faz-se necessária uma vez que a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), na norma 10.004/2004, classifica resíduos sólidos como:
“Resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que
resultam
de
atividade
de
origem
industrial,
domestica,
hospitalar, comercial, de serviços e de varrição. Ficam incluídos
nesta definição os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos,
cujas
particularidades
tornem
inviável
o
seu
lançamento na rede publica de esgotos ou corpos de água, ou
exijam para isso soluções, técnicas e economicamente,
inviáveis em face a melhor tecnologia disponível (brasil, 2004).”
133
Figura 16: classificação dos resíduos.
134
Obs. Os anexos referem-se à NBR 10.004/2004
Fonte: Resíduos sólidos industriais, elaborado pelo corpo técnico da CETESB.
Tabela 14 - Anexos Contidos na NBR 10.004/2004
ANEXO
DESCRIÇÃO
A
Resíduos perigosos de fonte não
específica.
B
Resíduos perigosos de fonte especifica.
C
Substância que conferem periculosidade
aos resíduos
D
Substâncias agudamente tóxicas.
E
Substâncias tóxicas
F
Concentração-Limite máximo no extrato
obtido no ensaio de lixiviação.
G
Padrões para o ensaio de solubilização.
CODIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
Tabela 15 - Não Perigosos-Classe II A e Classe II B
Código
Resíduo
A001
Lixo de restaurante
A002
Resíduos gerados fora do
processamento industrial
A003
Resíduos de varrição de fabricas
A004
Sucata de metais ferrosos
A104
Embalagens metálicas (latas vazias)
A204
Tambores metálicos
135
A005
Sucatas de metais não ferrosos
A105
Embalagens de metais não ferrosos (
latas vazias)
A006
Resíduos de papel e papelão
A007
Resíduos de plástico polimerizado de
processo
A107
Bombonas de plástico não
contaminado
A207
Filmes e pequenas embalagens de
plástico
A008
Resíduos de borracha
A108
Resíduos de acetato de etilvinila
(EVA)
A208
Resíduos de poliuretano (PU)
A308
Espumas
A009
Resíduos de madeira
A010
Resíduos de materiais têxteis
A011
Resíduos de materiais não metálicos
A111
Cinzas de madeira
A012
Escória de fundição de alumínio
A013
Escória de fundição de alumínio
A014
Escória de fundição de latão
A015
Escória de fundição de zinco
A016
Areia de fundição
136
A017
Resíduos de refratários e materiais
cerâmicos
A117
Resíduos de vidros
A018
Resíduos sólidos compostos de
metais não tóxicos
A019
Resíduos sólidos de estações de
tratamento de efluentes
A020
Resíduos Pastosos de estações de
tratamento de efluentes contendo
material biológico não tóxico.
A021
Resíduos sólidos de estações de
tratamento de efluente contendo
substâncias não tóxicas.
A022
Resíduos Pastosos de estação de
tratamento de efluente contendo
substâncias não tóxicas.
A023
Resíduos pastosos contendo calcário
A024
Bagaço de cana
A025
Fibra de vidro
A099
Outros resíduos não perigosos
A199
Aparas salgadas
A299
Aparas de peles caleadas
A399
Aparas, retalhos de couro atanado
A499
Carcaça
A599
Resíduos orgânicos de processo
137
(sebo, soro, ossos, sangue,
A699
Casca de arroz
A799
Serragem, farelo e pó de couro
atanado
A899
Lodo do caleiro
A999
Resíduos de frutas (bagaço, mosto,
casca, etc.)
A026
Escória de jateamento contendo
substancias não toxicas
A027
Catalisadores usando contendo
substancias não toxicas
A028
Resíduos de sistema de controle de
emissão gasosa
A029
Produtos fora da especificação ou
fora do prazo de validade
contendo substancias não perigosas
Obs. Não Perigosos –Classe II A e II Obs. Não Perigosos – Classe IIA e II
B
B.
Esses códigos só devem ser
Se o resíduos for classificado como
utilizados se o resíduo não for
F030 utilizar:
previamente classificado como
perigoso. Ex. resíduo de varrição
de unidade de embalagem de
Parathion deve ser codificado
- F130 para óleo lubrificante usado;
- F 230 para fluido hidráulico;
- F330 para óleo de corte da
como D099 ou P089 e não como
138
A003.
usinagem;
- F430 para óleo usado contaminado
em isolação ou na refrigeração;
- F530 para resíduos oleosos do
sistema separador de água e óleo.
Embalagens vazias contaminadas
F530 para resíduos oleosos de
com substâncias dos anexos D e E
sistema separador de água e esgoto
da NBR 10004 são classificadas
como resíduos perigosos.
Tabela 16 - Perigosos – Classe I
CÓDIGO
C001 a C009
RESÍDUOS
Resíduos
perigosos
por
conterem
componentes voláteis, nos quais não se
aplicam testes de lixiviação e/ou de
solubilização,
apresentando
concentrações superiores às indicadas
na listagem 10 da BNR 10.004.
D001
Resíduos perigosos por apresentarem
inflamabilidade.
D002
Resíduos perigosos por apresentarem
corrosividade.
D003
Resíduos perigosos por apresentarem
reatividade.
D004
Resíduos perigosos por apresentarem
patogenicidade.
D005 A D029
Resíduos perigosos caracterizados pelo
Teste de lixiviação relacionados na
Listagem 7 da NBR 10.004
139
K193
Aparas de couro curtido ao cromo.
K194
Serragem e pó de couro contendo
cromo.
K195
Lodo de estações de tratamento de
efluentes de curtimento ao cromo.
F102
Resíduo
de
catalisadores
não
especificados na NBR 10.004
F103
Resíduos
oriundo
industriais
(produtos
especificados
de
laboratórios
químicos)
constantes
na
não
NBR
10.004.
F104
Embalagens vazias contaminadas, não
especificadas na NBR 10.004.
F105
Solventes contaminados (especificar o
solvente e o principal contaminante).
D099
F001A f030
Outros resíduos perigosos
Resíduos reconhecidamente perigososClasse I de fontes não especificadas
relacionados na listagem 1 da NBR
10.004.
F100
Bifenilas
Policloradas
–
PCBs.
Embalagens contaminadas com PCBs
inclusive
transformadores
e
capacitores.
P001 A p123
Resíduos
perigos
por
conterem
substâncias agudamente tóxicas (restos
de embalagens contaminadas, resíduos
de
derramamento
ou
contaminadas,
produtos
especificação
ou
solos
fora
produtos
de
de
comercialização proibida) relacionados
140
na listagem 5 da NBR 10.004.
K001 A k209
Resíduos reconhecidamente perigosos.
Classe
I,
de
fontes
especificas
relacionadas na listagem 2 da NBR
10.004.
K053
Restos de borra de tintas e pigmentos.
K078
Resíduos de limpeza com solventes na
fabricação de tintas.
K081
Lodo de ETE de produção de tintas.
K203
Resíduos de laboratórios de pesquisa
de doenças.
K207
Borra do rerrefino de óleos usados
(borra ácida).
U001 A U246
Resíduos
perigosos
substâncias
tóxicas
por
conterem
(resíduos
de
derramamento ou solos contaminados
produtos
fora de especificação ou
produtos de comercialização proibida),
relacionados na listagem 5 da NBR
10.004.
A ABNT (Brasil, 2004) apresenta a seguinte classificação em função da origem
dos resíduos:
- Domésticos: são os resíduos gerados das atividades diárias nas residências,
que também são conhecidos como resíduos domiciliares.
- Estes apresentam em torno de 50% a 60% de composição orgânica,
constituído por restos de alimentos, e o restante é formado por embalagens em
geral, jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel higiênico, fraldas
descartáveis, e uma grande variedade de outros itens,
141
- Comerciais: estes resíduos variam de acordo com a atividade dos
estabelecimentos comerciais e de serviço. No caso de restaurantes, bares e
hotéis predominam os resíduos orgânicos, já nos escritórios bancos e lojas os
resíduos são o papel, plástico e o vidro. Os resíduos comerciais podem ser
divididos em dois grupos, dependendo da quantidade gerada por dia: o
pequeno gerador de resíduos pode ser aquele em que o estabelecimento gera
até 120 litros por dia e o grande gerador é aquele que gera um volume superior
a esse limite;
- Públicos:
são os resíduos provenientes dos serviços
urbana(varrição de vias publicas,
de
limpeza
limpeza de praias, galerias, córregos,
terrenos) entre outros. Também podem ser considerados os resíduos
descartados irregularmente pela própria população, como entulho, papeis,
restos de embalagens e alimentos.
- Serviços de Saúde: segundo a resolução RDC nº 306/04 da ANVISA e a
Resolução RDC nº. 358/05 do CONAMA, os resíduos de serviços de saúde são
todos aqueles provenientes de atividades relacionadas com o atendimento a
saúde humana ou animal, inclusive de assistência domiciliar e de trabalhos de
campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios; funerárias
e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de
medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centro de controle
de
zoonoses;
distribuidores
de
produtos
farmacêuticos;
importadores,
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico “in vitro”;
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de
tatuagem, entre outros similares.
De acordo com estas mesmas resoluções, os resíduos de serviços de
saúde são classificados conforme a Tabela 05.
142
Tabela 17 – Resíduos de saúde (Fonte: ANVISA/CONAMA, 2006).
GRUPO
DESCRIÇÃO
Culturas
e
estoques
microrganismos;
de
resíduos
de
produtos biológicos, exceto os
hemoderivados;
descarte
de
vacinas de microrganismos vivos
ou atenuados; meios de cultura e
instrumentais
utilizados
para
transferência,
inoculação
ou
mistura de culturas; resíduos de
laboratórios
de
manipulação
genética.
-
Resíduos
resultantes
da
atenção à saúde de indivíduos
ou animais, com suspeita ou
certeza
de
contaminação
biológica por agentes classe de
A1
risco 4, microrganismos com
relevância epidemiológica e risco
de
disseminação ou causador de
doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante
ou
cujo
mecanismo
de
transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais contendo
GRUPO A ( Potencialmente infectante)
sangue ou hemocomponentes
rejeitadas por contaminação ou
por má conservação, ou com
prazo de validade vencido, e
aquelas
oriundas
incompleta.
-
amostras
de
de
Sobras
coleta
de
laboratório
contendo sangue ou líquidos
corpóreos,
materiais
recipientes
resultantes
e
do
processo de assistência à saúde,
contendo sangue ou líquidos
143
corpóreos na forma livre.
Carcaças,
vísceras
peças
e
outros
resíduos
de
animais
provenientes
submetidos
anatômicas,
a
processos
de
experimentação com inoculação
de microorganismos, bem como
suas forrações, e os cadáveres
de animais suspeitos de serem
A2
portadores de microorganismos
de relevância epidemiológica e
com risco de disseminação, que
foram submetidos ou não a
estudo anátomo-patológico ou
confirmação diagnóstica.
Peças anatômicas (membros) do
ser
humano;
produto
de
fecundação sem sinais vitais,
com
peso
menor
que
500
GRUPO A ( Potencialmente infectante)
gramas ou estatura menor que
25
A3
centímetros
gestacional
ou
menor
idade
que
20
semanas, que não tenham valor
cientifico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente
ou familiares.
Kits
de
linhas
endovenosas
e
arteriais,
dialisadores,
quando descartadas. - Filtros de
ar e gases aspirados de área
contaminada;membrana filtrante
A4
de
equipamento
médico-
hospitalar e de pesquisa, entre
outros similares.
-
Sobras
de
amostras
de
laboratório e seus recipientes
144
contendo
fezes,
secreções,
urina
e
provenientes
de
pacientes que não contenham e
nem sejam suspeitos de conter
agentes Classe de Risco 4, e
nem
apresentarem
epidemiológica
e
relevância
risco
de
disseminação, ou microrganismo
causador de doença emergente
que
se
torne
epidemiologicamente importante
ou
cujo
mecanismo
de
transmissão seja desconhecido
ou
com
suspeita
de
contaminação com
príons. - Resíduos de tecido
adiposo
proveniente
de
lipoaspiração, lipoescultura ou
outro procedimento de cirurgia
plástica que gere este tipo de
resíduo.
-
materiais
Recipientes
resultantes
e
do
processo de assistência à saúde,
que não contenha sangue ou
líquidos corpóreos na forma livre.
A4
- Peças anatômicas (órgãos e
tecidos)
e
outros
resíduos
provenientes de procedimentos
cirúrgicos ou de estudo anátomopatológico ou de confirmação
diagnóstica. - Carcaças, peças
anatômicas, vísceras e outros
resíduos
animais
provenientes
não
submetidos
processos
de
com
inoculação
de
a
experimentação
de
microrganismos, bem como suas
forrações. - Bolsas transfusionais
vazias ou com volume residual
pós-transfusão.
145
tecidos,
orgânicos,
fluidos
materiais
perfurocortantes
infectante)
GRUPO A ( Potencialmente
Órgãos,
ou
escarificantes e demais materiais
resultantes da atenção à saúde
A5
GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas
que podem apresentar risco à saúde pública ou ao
meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
de indivíduos ou animais, com
suspeita
ou
certeza
de
contaminação com príons.
- Produtos hormonais e produtos
antimicrobianos;
citostáticos;
antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos;
imunomoduladores;
antiretrovirais, quando descartados
por
serviços
de
saúde,
farmácias,
drogarias
e
distribuidores de medicamentos
ou apreendidos e os resíduos
farmacêuticos
dos
Medicamentos controlados pela
Portaria MS 344/98 e suas
atualizações. - Resíduos de
saneantes,
desinfetantes,
desinfestantes;
resíduos
contendo
metais
pesados;
reagentes
para
laboratório,
inclusive
os
recipientes
contaminados por estes. Efluentes de processadores de
imagem
(reveladores
e
fixadores). - Efluentes dos
equipamentos
automatizados
utilizados em análises clinicas. Demais produtos considerados
perigosos,
conforme
classificação da NBR 10,004 da
ABNT
(tóxicos,
corrosivos,
inflamáveis e reativos).
Rejeitos
radioativos
contaminados
ou
com
GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes
radionuclídeos, provenientes de
de atividades humanas que contenham radionuclídeos
laboratório de analises clinicas,
em quantidades superiores aos limites de isenção
serviços de medicina nuclear e
especificados nas normas do CNEN e para os quais a
radioterapia,
reutilização é imprópria ou não prevista.
resolução CNEN-6.05.
segundo
a
146
- papel de uso sanitário e fralda,
absorventes
higiênicos,
peças
descartáveis de vestuário, resto
alimentar de paciente, material
utilizado
em
hemostasia
anti-sepsia
de
e
venóclises,
equipo de soro e outros similares
não classificados como A1; sobras
de
alimentos
e
do
GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco
preparo de alimentos; - resto
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
alimentar de refeitório; - resíduos
ambiente,podendo
provenientes
ser
equiparados
aos
resíduos
domiciliares.
das
áreas
administrativas; - resíduos de
varrição, flores, podas e jardins resíduos de gesso provenientes
de assistência à saúde.
Lâminas de barbear, agulhas,
escalpes,
brocas,
ampolas
limas
de
vidro,
endodônticas,
pontas diamantadas, lâmina de
bisturi, lancetas; tubos capilares;
GRUPO E: Materiais perfuro cortantes ou escarificantes
micropipeta; lâminas e lamínulas;
espátulas; e todos os utensílios
de
vidro
laboratório
quebrados
(pipeta,
tubos
no
de
coleta sanguínea e placas de
Petri) e outros similares.
Fonte: ANVISA (2006: 15-17).
- Especiais: são assim considerados em função de suas características
tóxicas, radioativas e contaminantes. Devido a isso passam a merecer
cuidados
especiais
em
seu
manuseio,
acondicionamento,
estocagem,
transporte e sua disposição final. Dentro da classe de resíduos de Fontes
especiais, merecem destaque os seguintes:
a) Pilhas e baterias – as pilhas e baterias contêm metais pesados, possuindo
características de corrosividade, reatividade e toxicidade, sendo classificadas
como Resíduos Perigoso de Classe I. Os principais metais contidos em ilhas e
147
baterias são: chumbo (pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag),
lítio (Li), Zinco (Zn) e o manganês (Mn) entre outros compostos. Dentre esses
metais, os que apresentam maior risco à saúde são o chumbo, que pode
provocar doenças neurológicas, o mercúrio e o cádmio que afetam a condição
motora. Esses metais causam impactos negativos sobre o meio ambiente,
principalmente ao homem, se expostos de forma incorreta. Portanto, existe a
necessidade de um gerenciamento ambiental adequado (coleta, reutilização,
reciclagem, tratamento e disposição final correta), uma vez que descartados
em locais inadequados, liberam componentes tóxicos, contaminando o solo, os
cursos d’água e os lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna das regiões
circunvizinhas e o homem, pela cadeia alimentar.
b) Lâmpadas Fluorescentes – compostas pelo mercúrio que é um metal
altamente tóxico. Quando intacta, elas ainda não oferecem perigo. Sua
contaminação dá-se quando ela é quebrada, queimada ou descartada em
aterros sanitários. Assim, liberando vapor de mercúrio, causa grandes prejuízos
ambientais, como a poluição do solo, dos recursos hídricos e da atmosfera.
c) Óleos Lubrificantes – São poluentes devido aos seus aditivos incorporados.
Os piores impactos ambientais causados por esse resíduo são os acidentes,
envolvendo derramamento de petróleo e seus derivados nos recursos hídricos.
O óleo pode causar intoxicação principalmente pela presença de ompostos
como o tolueno, o benzeno e o xileno, que são absorvidos pelos organismos,
podendo provocar câncer e mutações.
c) Pneus – no Brasil, aproximadamente 100 milhões de pneus usados estão
espalhados em aterros sanitários, terrenos baldios, rios e lagos, segundo
estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos -0 ANIP
(2006). Sua principal matéria-prima é a borracha vulcanizada, mais resistente
que a borracha natural.
Ela não se degrada facilmente e, quando queimada a céu aberto, gera
enormes quantidades de material particulado e gases tóxicos, contaminando o
meio ambiente com carbono, enxofre e outros poluentes. Esses pneus
abandonados não apresentam somente problema ambiental, mas também de
saúde pública. Se deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, os pneus
acumulam água, formando ambientes propícios para a disseminação de
doenças como a dengue e a febre amarela. Devido a esses fatos, o descarte
148
de pneus é hoje um problema ambiental grave, ainda sem uma destinação
realmente eficaz.
d) Embalagens de Agrotóxicos – os agrotóxicos são insumos agrícolas,
produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e ate mesmo no ambiente
doméstico,
tais
como:
inseticidas,
fungicidas,
acaricidas,
nematicidas,
herbicidas, bactericidas, vermífugos. As embalagens de agrotóxicos são
resíduos
oriundos
dessas
atividades
e
possuem
componentes
que
representam grande risco para a saúde humana e de contaminação do meio
ambiente. Grande parte das embalagens possui destino final inadequado,
sendo descartadas em rios, queimadas a céu aberto, abandonadas na lavoura,
enterradas sem critérios algum, inutilizando dessa forma áreas agricultáveis e
contaminando lençóis freáticos, solo e ar. Além disso, a reciclagem sem
controle ou reutilização para acondicionamento de água e alimentos também
são considerados manuseios inadequados.
e) Radioativos – São resíduos provenientes das atividades nucleares,
relacionadas com urânio, césio, tório, radônio, cobalto, que devem ser
manuseados de forma adequada, utilizando equipamentos específicos e
técnicos qualificados.
f)Construção civil/entulhos - Os resíduos da construção civil são uma mistura
de materiais inertes provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, os resultados da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica, frequentemente chamados de entulhos de obras.
De acordo com a CONAMA Nº 307, os resíduos da construção civil são
classificados da seguinte forma:
- Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais
como:

Construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

Construção,
demolição,
reformas
e
reparos
de
edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento,
entre outros), argamassa e concreto;
149

Processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios, entre outros) produzidos nos
canteiros de obras.
- Classe B: São materiais recicláveis para outras destinações, tais como:
plástico, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
- Classe C –são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, sendo eles os produtos oriundos do gesso.
- Classe D – são os resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, sendo eles: tintas, solventes, óleos, ou aqueles contaminados
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas,
instalações industriais.
g) Industriais – São resíduos gerados pelas atividades dos ramos
industriais, tais como: metalúrgica, química, petroquímica, papelaria,
alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados que apresentam
características diversificadas, podendo ser representado por cinzas, lodos,
óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras,
borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas, etc. Nesta categoria também é
incluída a grande maioria dos resíduos considerados tóxicos.
Este tipo de resíduo necessita de um tratamento adequado e especial
pelo seu potencial poluidor. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para
classificar da seguinte maneira estes resíduos:
- Resíduos classe I (perigosos): são resíduos que apresentam riscos à
saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, em
função
de
suas
características
de
inflamabilidade,
corrosividade,
reatividade, toxicidade ou patogenicidade. Também provocam efeitos
adversos ao meio ambiente quando manuseados os dispostos de forma
inadequada.
- Resíduos classe II (não perigosos):
Resíduos classe II A – Não inertes: São resíduos que não se enquadram
nas classificações de resíduos classe I-perigosos ou de resíduos classe II
B-Não inertes, nos termos da NBR 10.004. Os resíduos classe II A _ Não
inertes
podem
ter
propriedades
tais
como:
biodegrabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água (ex. restos de alimentos, resíduos
150
de varrição não perigosos, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas,
materiais cerâmicos, etc.).
Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados
de uma forma representativa, segundo ABNT NBR 10.007, e submetidos a
um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à
temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum
de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padões
de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e
sabor (ex. rochas, tijolos, vidros, entulhos/construção civil, luvas de
borracha, isopor, etc...).
h) Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários: são os
resíduos gerados em terminais, como dentro dos navios aviões e veículos
de transporte. Os resíduos encontrados nos portos e aeroportos são
devidos ao consumo realizado pelos passageiros. A periculosidade destes
resíduos está diretamente ligada ao risco de transmissão de doenças. Essa
transmissão também pode ser realizada através de cargas contaminadas
(animais, carnes e plantas).
i) Agrícolas: Originados das atividades agrícolas e da pecuária, formados
basicamente
por
embalagens
de
adubos
e
defensivos
agrícolas
contaminados com pesticidas e fertilizantes químicos, utilizados na
agricultura. A falta de fiscalização e de penalidades mais rigorosas para o
manuseio inadequado destes resíduos faz com que sejam misturados aos
resíduos comuns e dispostos para a coleta municipal, ou, o que é pior,
sejam queimados nas propriedades rurais, gerando gases tóxicos. O
resíduo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de um
tratamento especial.
Assim
demonstram-se
na
tabela
06
as
responsabilidades
dos
Gerenciamento dos Resíduos.
151
Tabela 18 – Apresenta as responsabilidades do Gerenciamento dos Resíduos (Fonte:
Sinduscom, 2005, EPA 2010, Cetesb, 2010 e Inpev, 2011).
Resíduos
Fontes
Resíduos
Sólidos
Geradoras
Produzidos
Domiciliar
Residenciai
Sobras
s, edifícios,
alimentos,
empresas,
produtos
(RSD)
escolas.
Responsáveis
Tratamento e
Disposição Final
de Município
1. Aterro
Sanitário;
deteriorados,
lixo de banheiro,
2. Central
de
triagem
e
reciclagem;
embalagens de
3. Central
de
papel,
vidro,
plástico,
metal,
compostag
isopor,
longa
em;
vida,
pilhas,
eletroeletrônicos
,
baterias,
fraldas e outros.
Comercial
Comércios,
Pequeno
bares,
Gerador
Embalagens de Município
papel e plástico, define
restaurantes sobras
, empresas.
alimentos
de quantidade
e
outros.
1. Aterro
a
Sanitário;
2. Central
de
triagem da
coleta
seletiva;
Grande
Comércios,
Gerador
bares,
Embalagens de Gerador
papel e plástico,
restaurantes sobras
, empresas.
alimentos
de
e
outros.
Público
Varrição,
Poeira, folhas e Município
1. Aterro
Sanitário;
2. Central
de
triagem de
recicláveis;
1. Aterro
152
poda.
papéis e outros
sanitário;
2. Central
de
compostag
em;
Serviços
Hospitais,
de Saúde
clinicas,
(RSS)
consultórios
,
Grupo
A- Município
biológico:
Gerador
sangue, tecidos,
vísceras,
laboratórios, resíduos
outros.
de
analises clinicas
e
1. Incineração
;
2. Aterro
Sanitário;
3. Vala
séptica;
e outros,
Grupo
B-
4. Microondas;
Químicos:
lâmpadas,
5. Autoclave;
medicamentos
vencidos
e
6. Central
de
interditados,
triagem de
termômetros,
recicláveis;
objetos
cortantes,
e
outros Grupo CRadioativos:
Grupo
D-
Comuns,
não
contaminados,
papeis,
plásticos, vidros,
embalagens
e
outros.
Industrial
Industrial
Cinzas,
lodos, Gerador
1. Aterro
óleos, resíduos
153
alcalinos
ou
industrial;
ácidos,
plásticos, papel,
madeira, fibras,
escórias
e
outros.
Portos.
Portos,
Aeroporto
aeroportos,
s,
terminais.
terminais
Resíduos
Gerador
1. Incineração
sépticos, sobras
de
;
alimentos,
material
2. Aterro
de
Sanitário;
higiene e asseio
pessoal
e
outros.
Agrícolas
Agricultura
Embalagens de Gerador.
1. Reciclagem
agrotóxicos,
especial;
pneus e óleos
usados,
embalagens de
medicamentos
veterinários,
plásticos
e
outros.
Construçã
Obras e
Madeira,
o civil
reformas
cimento, blocos, Município
(RCC)
residenciais
e
comerciais.
pregos,
Gerador,
e
gesso, gerador
tinta,
latas, pequeno
cerâmicas,
pedra, areia e
outros.
1. Ecoponto;
grande porte.
e
2. Área
de
transbordo
e triagem;
3. Área
de
reciclagem;
4. Aterro
de
RCC;
154
Todas as fontes geradores acima citadas, passiveis de causar impacto
ambiental, deverão elaborar seu plano de gerenciamento de resíduos, visando
o controle a e correta destinação final dos mesmos.
O município de Teutônia possui em seu rol de estabelecimentos,
geradores de resíduos passíveis de logística reversas, dentre eles farmácias,
mercados e agropecuárias, etc...
Além disso, podem ser computados os estabelecimentos descritos no
Censo agropecuário 2006-IBGE, os estabelecimentos de criação de aves e os
estabelecimentos de criação de suínos também passiveis da elaboração dos
eu plano de gerenciamento de resíduos próprio.
III - Logística Reversa
Conforme o Dicionário Aurélio o termo logística reversa vem do francês
Logistique e tem como uma de suas definições ― a parte da arte da guerra que
trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção,
armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação
de material para fins operativos ou administrativos.
Segundo entendimento Cavanha (2001, p.78 e 79) o processo logístico é
muito abrangente e:
(...) não se encerra na entrega do produto ao cliente,
consumidor, usuário, mas no caminho completo de
reciclagem dos objetos sem valor associado ao
produto principal e ate ao próprio produto principal,
quando seu valor estiver em decrescimento para seu
utilizador.
De acordo com Fleischmann et. Al (1997), mencionam que a logística
reversa ―contem as atividades logísticas, ate o ponto de consumo, para os
produtos usados que não deixam de ser necessários pelos usuários, até aos
produtos que podem ser reutilizados no mercado‖. A sua definição considera os
155
aspectos do planejamento da distribuição, a gestão dos estoques e a
planificação da produção.
Existem dois tipos de logística reversa.
- pós-consumo: não se resume somente a entrega do produto ao cliente, mas
também o seu retorno, direcionando-o para ser descartado ou reutilizado.
- pós-venda: segue o proposito da criação deste setor, agregando valor ao
produto e garantindo um diferencial competitivo. A confiança entre os dois
extremos da cadeia de distribuição pode se tornar o ponto chave para a
próxima venda (GELOG, 2005).
Conforme o manual de orientação, as redes de estabelecimentos que
comercializam produtos da logística reversa poderão reservar áreas para
concentração desses resíduos e definir os fluxos de retorno aos respectivos
sistemas produtivos.
A responsabilidade pela estruturação e implementação dos sistemas de
logística reversa de alguns resíduos está bem definida na lei 12.305 como
sendo dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.
Os resíduos com logística reversa obrigatória são: os eletroeletrônicos,
pilhas e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes, seus
resíduos e embalagens e, por fim, os agrotóxicos, também com seus resíduos
e embalagens são obrigatórios.
Segue abaixo a Figura 17 e etapas reversas do pós-consumo e pósvenda.
156
Figura 17 – Etapas do pós consumo.
Cadeia de distribuição
direta
Consumidor
Bens de pós-venda
Bens e pós-consumo
IV – Tipos de Resíduos, volume e sua caracterização.
1. Resíduo Doméstico
1.1.
Responsabilidade
Conforme demonstrado, a coleta, o transporte, o tratamento, o
processamento e a destinação final dos resíduos sólidos domésticos e parte do
resíduos comerciais é de responsabilidade do órgão municipal competente.
Além disso, a Constituição Federal de 1988 confere ao Município, em seu art.
30, a competência de organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão os serviços públicos de interesse local (BRASIL,
1988).
1.2.
Coleta Convencional
Coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado por quem o produz
para encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma possível estação de
transferência, a um eventual tratamento e à disposição final. A coleta do lixo é
o segmento que mais se desenvolveu dentro do sistema de limpeza urbana e o
que apresenta maior abrangência de atendimento junto à população, ao
mesmo tempo em que é a atividade do sistema que demanda maior percentual,
cerca de 50 a 60% dos recursos por parte da municipalidade. Esse fato se
157
deve à pressão exercida pela população e pelo comércio para que se execute
a coleta com regularidade, respeitando a periodicidade, a frequência e o
horário pré-determinado, evitando-se assim o incômodo da convivência com o
lixo nas ruas.
Logo, a coleta e o transporte do lixo é a parte mais sensível aos olhos da
população e mais passível de crítica. Deve funcionar bem e de forma
sistemática.
Atualmente, no município de Teutônia, o serviço de coleta de resíduos
domésticos e comercias atende toda a área urbana e, mensalmente,
localidades rurais. O serviço de limpeza urbana, que compreende a coleta,
transporte e destinação final dos resíduos, foi terceirizado através de processo
licitatório.
O município de Teutônia implantou um programa de coleta seletiva, com
intuito de coletar materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e
orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser
reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um
processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade
sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada
pelo lixo.
A coleta seletiva contribui para a melhoria do meio ambiente, na medida
em que:

Diminui a exploração de recursos naturais;

Reduz o consumo de energia;

Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;

Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis
pelas indústrias;

Diminui o desperdício;

Diminui os gastos com a limpeza urbana;

Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;

Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
158
Segundo dados do IBGE (2008), os primeiros programas de coleta
seletiva e reciclagem dos resíduos sólidos no Brasil começaram a partir de
meados da década de 1980, como alternativas inovadoras para a redução da
geração dos resíduos sólidos domésticos e estímulo à reciclagem. Desde
então, comunidades organizadas, indústrias, empresas e governos locais têm
sido mobilizados e induzidos à separação e classificação dos resíduos nas
suas fontes produtoras.
No ano de 2008 as informações oficiais sobre a coleta seletiva dos
resíduos sólidos levantadas pela PNSB identificou 994 programas de coleta
seletiva, demonstrando um grande avanço na implementação da coleta seletiva
nos municípios brasileiros. Logo, 46,0% dos municípios da região Sul
informaram a implantação de programas de coleta seletiva que cobriam todo o
município. Na Região Sul, dos programas implementados, 42,1% se
concentravam em toda a área urbana da sede do município e 46,0% cobriam
todo o município (IBGE, 2008).
Frente a esta pesquisa, o município de Teutônia faz parte dos resultados
amostrados pelo IBGE, uma vez que o município possui em andamento um
programa de coleta seletiva dos resíduos sólidos gerados no município. O
programa é divulgado através de folders educacionais para toda a comunidade.
Segundo a Prefeitura Municipal (2012), o programa visa a redução das
fontes de poluição causadas pelo lixo, a melhora dos materiais para
reciclagem, a prevenção de doenças, o despertar de uma consciência
ambientalmente mais correta por parte da população e a geração de empregos
e renda.
1.3.
Itinerário e Frequência de Coleta
Atualmente a coleta dos resíduos domésticos de Teutônia é realizada
pela Engesa Engenharia e Saneamento Ambiental Ltda. As rotas e frequência
de coleta foram definidas pela prefeitura municipal, por meio da equipe interna
da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, observando a
legislação vigente, a quantidade de resíduos gerada no município, o sistema de
trabalho e os recursos financeiros disponíveis para a implantação do projeto.
159
O município de Teutônia possui um roteiro de recolhimento diário/mensal
dos resíduos sólidos gerados no setor urbano e rural do município em datas
pré-estabelecidas no período diurno, conforme mostram as tabelas 19 e 20
seguintes.
Tabela 19 - Roteiro de recolhimento de lixo no setor urbano
Dia
da Bairros
semana
Canabarro
Manhã/Tarde
Centro
Administrativo
Segunda-
x
x
Resíduo
Teutônia
Languiru
Alesgut
Boa
Vista
Orgânico
feira
Terça-feira
Quarta-feira
x
x
X
x
x
Orgânico
x
Quinta-feira
Sexta-feira
x
x
x
x
x
Recicláv
el/ Seco
Recicláv
el/ Seco
Orgânico
x
x
x
x
Orgânico
x
Sábado
Fonte: Adaptado da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente
(2012).
Tabela 20 - Roteiro de recolhimento de lixo no setor rural
Locais
Bairro Teutônia
Linha Clara
Linha Welp
Linha Geraldo
Linha Harmonia
Linha Frank
Bairro Canabarro
Linha Germano
Travessão
Linha Ribeiro
Linha Wink
Linha São Jacó
Linha Morgeland
Bairro Languiru
Linha Boa Vista
Linha Boa Vista do Meio
Linha Boa Vista Fundos
Linha Pontes Filho
Linha Catarina
Linha Gamela
Dia do mês
1ª e 3ª Quarta-feira
2ª e 4ª Quartafeira
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
160
Fonte: Adaptado da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente
(2012).
A frequência de coleta dos resíduos no município vem ocorrendo
diariamente no setor urbano e mensalmente no setor rural, sendo neste setor,
os resíduos coletados na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª quarta-feira de cada mês. As rotas
totalizam uma quilometragem mensal de aproximadamente 5.417 km.
1.4.
Acondicionamento e Armazenamento
Conforme verificado em campo, os munícipes de Teutônia armazenam
grande parte do seu lixo em sacolas plásticas, principalmente as provenientes
de supermercados ou em sacos de lixo. Destaca-se que a maioria das sacolas
utilizadas para acondicionar os resíduos sólidos não são biodegradáveis e nem
apresentam viabilidade econômica para serem recicladas, gerando sérios
problemas ambientais.
Os sacos plásticos são dispostos em lixeiras em frente às residências ou
comércio (Figuras 18 e 19). É possível visualizar que em alguns locais ocorre à
disposição de resíduos de maneira inadequada, devido à inexistência de
lixeiras ou simplesmente fora das lixeiras existentes (Figuras 20 e 21).
161
Figura 18 - Lixeira para armazenamento do
lixo em locais onde há predios
Fonte: Autores
Figura 20 - Disposição inadequada de lixo
devido à falta de lixeiras
Fonte: Autores
Figura 19 - Lixeira para armazenamento do
lixo
Fonte: Autores
Figura 21 - Disposição inadequada do lixo
devido à inexistência de lixeira
Fonte: Autores
No centro da cidade e nas praças centrais, encontram-se lixeiras
dispostas em pontos onde ocorre a maior circulação de pessoas, conforme
mostram as Figuras 22 e 23 seguintes.
162
Figura 22 - Lixeiras identificadas para
acondicionamento do lixo
Fonte: Autores
Figura 23 - Lixeiras para acondicionamento do
lixo. Neste caso, danificada.
Fonte: Autores
Em pontos estratégicos da cidade, ou seja, em locais com grandes
concentrações de lixo, como prédios residenciais, comércios e restaurantes,
foram instalados contêineres para o armazenamento adequado dos resíduos
descartados pela comunidade até o momento da coleta pelo caminhão (Figuras
24 e 25). A população foi orientada para que depositasse o seu lixo nos
contêineres conforme os dias de coleta, ou seja, o orgânico nos dias em que
houver a coleta deste tipo de lixo no bairro, e o lixo seco da mesma forma, nos
dias especificados para cada bairro. Esse sistema de armazenamento evita o
contato de animais e pessoas diretamente com o lixo, além de evitar a
propagação de odores e acelerar a coleta com o caminhão adaptado para este
serviço.
163
Figura 24 - Contêiner
armazenamento do lixo
Fonte: PMGIRS
destinado
ao
Figura 25
resíduos
-
Coleta
mecanizada
dos
Fonte: Prefeitura Municipal (2012)
Com relação ao lixo gerado no setor rural do município, foi observado
que os mesmos são acondicionados em sacos de lixo, sacolas plásticas e até
mesmo em sacos de ração animal. Posteriormente, são armazenados ao longo
da estrada ou em lixeiras até o momento da coleta pelo caminhão.
1.5.
Transporte
Para o transporte dos resíduos domésticos e comerciais no município de
Teutônia, a Engesa dispõe de 02 veículos com caçamba compactadora de
capacidade mínima de 15 m³ (Figuras 26 e 27), chassi para PBT mínimo de
15.000 (quinze mil) kg equipado com caçamba coletora de resíduos, com
sistema de descarga automático, veículos com ano de fabricação mínima de
2007 devidamente licenciados e em perfeitas condições de trabalho para
coletar e transportar os resíduos domésticos e comerciais até a sua destinação
final.
164
Figura 26 - Caminhão destinado a coleta do
lixo
Figura 27
compactador.
Caminhão
do
tipo
Fonte: PMGIRS
Fonte: PMGIRS
Com relação a equipe de trabalho responsável pela de coleta e
transporte dos resíduos, esta é composta por 02 (dois) motorista e 04 (quatro)
coletores, sendo a mesma organizada pela própria empresa terceirizada
Engesa Engenharia e Saneamento Ambiental Ltda.
Conforme verificado em campo e demonstrado nas figuras 28 e 29,
seguintes, os funcionários responsáveis pela coleta dos resíduos no município,
não utilizam os equipamentos de proteção individual - EPI’s, como por
exemplo: luvas, uniforme completo refletivo, calçado antiderrapante, entre
outros.
165
Figura 28 - Garis responsáveis pela coleta
do lixo
Figura 29 – Inexistência de EPI´s
Fonte: PMGIRS
Fonte: PMGIRS
1.6.
Tratamento e Disposição Final
Segundo Casadei et al., (2011) o tratamento dos resíduos sólidos
urbanos é definido como uma série de procedimentos destinados a reduzir a
quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo
descarte de lixo em ambiente ou local inadequado, seja transformando-o em
material inerte ou biologicamente estável.
A necessidade de tratamento do lixo surge mais intensamente nos
tempos atuais como resposta em que fazer com o lixo nos próximos anos já
que as administrações municipais têm se defrontado com a escassez de áreas
para a destinação final do lixo e a necessidade de ampliar a vida útil dos
aterros em operação.
Ressalta-se que o tratamento mais eficaz é o prestado pela própria
população quando está empenhada em reduzir a quantidade de lixo, evitando o
desperdício, reaproveitando os materiais, separando os recicláveis em casa ou
na própria fonte e se desfazendo do lixo que produz de maneira correta.
Os resíduos domésticos e comerciais coletados no município de
Teutônia são encaminhados diariamente à usina de triagem e disposição final
localizada na Linha Geraldo, no cruzamento da Via Férrea da RFFSA com a
RS – 453, nas coordenadas geográficas: Lat. -29.45522000°; Long. 51.84521000 ° no município de Teutônia (Figuras 30 e 31).
166
Figura 30 - Localização da usina de triagem e disposição final do município de Teutônia
Fonte: PMGIRS
167
Figura 31 - Vista área aproximada da área
Fonte: PMGIRS
O empreendimento possui Licença de Operação em vigor registrada sob
o nº. 3416/2010 – DL, junto a Fundação Estadual de Proteção Ambiental
(FEPAM). A Responsabilidade Técnica pela Operação do Aterro de Resíduos
Sanitários do Município de Teutônia/RS, perante FEPAM é da empresa Conar
Projetos Ambientais Ltda., contratada pela prefeitura municipal de Teutônia por
meio de contrato de prestação de serviços.
O empreendimento é composto de 02 células para disposição dos
resíduos, célula 01 encerrada, célula 02 em operação (Figura 32), 02 centrais
de triagem, uma desativada e outra em atividade (Figura 33) e 02 lagoas para
tratamento do lixiviado (Figuras 34 e 35).
168
Figura 32 - Célula 02 em operação
Fonte: PMGIRS
Figura 34 - Lagoa de tratamento 01
Fonte: PMGIRS
Figura 33 - Nova central de triagem
Fonte: PMGIRS
Figura 35 - Lagoa de tratamento 02
Fonte: PMGIRS
Para o deslocamento e transporte dos resíduos na área do
empreendimento é utilizado uma retroescavadeira e um trator com reboque, o
qual transporta os resíduos da esteira de triagem até a vala de disposição final.
As figuras seguintes demonstram os veículos utilizados.
169
Figura 36 - Trator com reboque utilizado
para o transporte dos rejeitos
Fonte: PMGIRS
Figura 37 – Retroescavadeira utilizada no
manejo dos resíduos sólidos
Fonte: PMGIRS
Os resíduos que chegam a usina de triagem e disposição final são
encaminhados diretamente para central de triagem. Nesta, é feita a separação
manual dos diversos componentes do lixo, que são divididos em grupos, de
acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos e
resíduos sólidos específicos.
Após a descarga do lixo, os funcionários realizam uma ―pré-triagem‖,
que consiste na retirada dos volumes considerados de médio ou grande porte
como móveis, papelões, sucatas, plásticos, vidros, etc. e os menores são
encaminhados à mesa de triagem.
A nova central de triagem possui uma rampa mecanizada (Figura 38),
esteira de catação mecanizada (Figura 39), piso concretado. Os materiais
triados com potencial de reciclagem são armazenados em sacos do tipo bag,
ou em alas individuais (Figuras 40 e 41).
170
Figura 38 - Rampa mecanizada
Figura 39 - Esteira mecanizada
Fonte: PMGIRS
Fonte: PMGIRS
Figura 40 - Acondicionamento dos
resíduos recicláveis/secos em sacos do
tipo bag
Figura 41 - Alas para armazenamento dos
resíduos conforme a sua tipologia
Fonte: PMGIRS
Fonte: PMGIRS
Por meio de contrato de prestação de serviços com a Prefeitura
Municipal de Teutônia, a empresa responsável pelo recebimento, seleção,
separação e destinação final dos resíduos domiciliares do Município de
Teutônia é a empresa terceirizada Estrela do Vale Ltda – ME, com sede no
município de Estrela/RS. A mesma possui, junto a usina de triagem, uma
equipe de trabalho permanente formada por 12 funcionários e 01 gerente de
serviços. Além disso, a empresa é responsável pelo comércio e destino final de
todos os produtos separados (recicláveis/secos), inclusive os de maior vulto,
171
tais como: móveis, madeiras diversas, equipamentos, eletrodomésticos e
eletroeletrônicos.
Logo, a destinação e disposição final dos resíduos sólidos ocorrem por
meio da classificação e qualidade dos mesmos. Após o processo de triagem os
resíduos orgânicos e rejeitos são encaminhados diretamente ao aterro
sanitário. Já os resíduos inorgânicos dependendo da sua tipologia, são
armazenados na área do empreendimento até a sua destinação final correta ou
são destinados pela empresa Estrela do Vale para a reciclagem.
A figura seguinte demonstra de maneira sucinta a forma pela qual ocorre
o processo de triagem dos resíduos sólidos que chegam à usina.
Figura 42 - Fluxograma do processo de triagem dos resíduos
Fonte: PMGIRS
O aterro sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos
sólidos no solo, particularmente, resíduo doméstico que fundamentado em
critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permite a
confinação segura em termos de controle de poluição ambiental, proteção à
saúde pública; ou, forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no
solo, através de confinamento em camadas cobertas com material inerte,
geralmente, solo, de acordo com normas operacionais específicas, e de modo
a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais.
172
1.7.
Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos
Ao se considerar a caracterização do lixo domiciliar de um município, é
importante ressaltar que as suas características variam ao longo de seu
percurso pelas unidades de gerenciamento do lixo, desde a geração até o
destino final, bem como ao longo do tempo (VILHENA, 2010).
Para inicio de caracterização dos resíduos sólidos gerados no município
de Teutônia e destinados a usina de triagem e disposição final, foi pesquisado
dados referentes ao sistema de limpeza pública, ou seja, os setores de coleta,
frequência de coleta, características dos veículos coletores, distância dos locais
de tratamento e disposição final e a quantidade de resíduo gerada.
Conforme dados fornecidos pela administração municipal, a quantidade
mensal (mês base: junho/2012) de resíduos sólidos que chega a usina de
triagem corresponde á 325 toneladas. Ressalta-se que esse valor pode sofrer
variação em função dos setores de coleta e dos aspectos climáticos e de
sazonalidade, uma vez que, os respectivos aspectos interferem na composição
física dos resíduos e, portanto, na representatividade da amostra. Além disso,
feriados, datas comemorativas e período de férias escolares influenciam na
quantidade de lixo gerada nas cidades.
O quadro seguinte apresenta os principais fatores que exercem forte
influência sobre as características dos resíduos sólidos.
Quadro 21 - Fatores que influenciam nas características dos resíduos
Fatores
Climáticos
Chuvas
Outono
Verão
Épocas Especiais
Carnaval e outras
datas festivas
Natal/Ano
Novo/
Páscoa
Dia dos Pais/Mães
Férias escolares
Influência
Aumento do teor de umidade
Aumento do teor de folhas
Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas,
vidros e plásticos rígidos)
Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas,
vidros e plásticos rígidos)
Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos
maleáveis e metais) aumento de matéria orgânica
Aumento de embalagens (papel/papelão e plásticos
maleáveis e metais)
Esvaziamento de áreas da cidade em locais não
turísticos aumento populacional em locais turísticos
173
Demográficos
População urbana
Quanto maior a população urbana, maior a geração per
capita
Socioeconômicos
Nível cultural
Quanto maior o nível cultural, maior a incidência de
materiais recicláveis e menor a incidência de matéria
orgânica
Nível educacional
Quanto maior o nível educacional, menor a incidência
de matéria orgânica
Poder aquisitivo
Quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de
materiais recicláveis e menor a incidência de matéria
orgânica
Poder aquisitivo (no Maior consumo de supérfluos perto do recebimento do
mês)
salário (fim e início do mês)
Poder aquisitivo (na Maior consumo de supérfluos no fim de semana
semana)
Desenvolvimento
Introdução de materiais cada vez mais leves, reduzindo
tecnológico
o valor do peso específico aparente dos resíduos
lançamento
de aumento de embalagens
novos produtos
Promoções de lojas Aumento de embalagens
comerciais
Campanhas
Redução de materiais não-biodegradáveis (plásticos) e
ambientais
aumento de materiais recicláveis e/ou biodegradáveis
(papéis, metais e vidros)
Fonte: PMGIRS
Para a realização da caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos
domésticos que chegam à usina de triagem e disposição final de Teutônia,
utilizou-se o método descrito na ABNT NBR 10007:2004, segunda edição
31.05.2004, que dispõe sobre a amostragem dos resíduos sólidos, fixando os
requisitos exigíveis para amostragem dos mesmos. O objetivo da amostragem,
segundo ao autor Vilhena (2010), é a obtenção de uma amostra representativa,
ou seja, a coleta de uma parcela do resíduo a ser estudado que, quando
analisado, apresente as mesmas características e propriedades de sua massa
total.
O procedimento adotado para a coleta das amostras representativas foi
do tipo Amostragem em montes ou pilhas de resíduos. Esta etapa consistiu em
retirar 3 amostras de pelo menos três seções (do topo, do meio e da base),
conforme mostra a figura 43 seguinte.
174
Figura 43 - Pontos de retirada de amostras de montes ou pilhas de resíduos
Fonte: ABNT NBR 10007 (2004).
Em cada seção, foram coletadas quatro alíquotas, equidistantes, onde
os amostradores penetraram obliquamente nos montes ou pilhas para retirar as
amostras (Figura 44). Essa seleção de amostragem se deu, devido a função do
tipo de acondicionamento do resíduo.
Figura 44 - Coleta das amostras
Fonte: PMGIRS
Posteriormente, foi realizado o rompimento dos receptáculos (sacos
plásticos em geral) e a homogeneização das alíquotas dos resíduos (Figura 45)
de modo que a amostra resultante apresenta-se características semelhantes
em todos os seus pontos. Feito isso, os materiais foram separados conforme a
sua tipologia e pesados para diagnosticar a sua porcentagem em peso (Figura
46,47 e 48).
175
Figura 45 - Rompimento dos receptáculos e
homogeneização da amostra
Fonte: PMGIRS
Figura 1- Separação dos materiais
Figura 46 – Amostra resultante
Fonte: PMGIRS
Figura 48 - Pesagem dos materiais
Fonte: PMGIRS
Fonte: PMGIRS
Foi considerado lixo orgânico todo resíduo que tem origem animal ou
vegetal, ou seja, que recentemente fez parte de um ser vivo. Neles pode-se
incluir restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, papéis,
madeira (palito de dentes) etc.
176
O lixo inorgânico foi definido como sendo todo o material que não possui
origem biológica, ou seja, que foi produzido através de meios humanos, como
plásticos, metais e alumínios, vidro etc.
Depois da separação das amostras, os rejeitos foram disponibilizados
para serem levados ao aterro sanitário.
O roteiro de amostragem dos resíduos sólidos foi realizado com base no
cronograma de coleta de lixo do município. Portanto, as amostragens foram
realizadas diariamente durante a segunda semana do mês de julho/12, com
vistas a caracterizar todos os resíduos provenientes do setor urbano e rural do
município, totalizando 6 bairros e suas respectivas localidades abrangidos pela
caracterização (Canabarro, Centro Administrativo, Teutônia, Languiru, Alesgut
e Boa Vista).
As tabelas 22, 23 e 24 seguintes apresentam os bairros abrangidos pela
coleta seletiva, a data de amostragem, as condições do tempo e a quantidade
de resíduos orgânico e reciclável/seco amostrados.
Tabela 22 - Programação e pesagem das amostras
Bairro
Data
Canabarro
e
Centro
Administrativo
Condiçõe Orgânico
s
do
tempo
(%)
Inorgânic (%)
o
Segunda-feira
02/07/1
2
Ensolarad
o
2,5 Kg
38,5
4 Kg
Quarta-feira
04/07/1
2
Nublado
1,8 Kg
37,5
3 Kg
Sexta- feira
06/07/1
2
Chuvoso
2,8 Kg
38,4
4,5 Kg
61,6
7,1 Kg
38,2
11,5 Kg
61,8
Total
61,5
62,5
Fonte: PMGIRS
177
Tabela 23 - Programação e pesagem das amostras
Bairros
Teutônia,
Languiru,
Data
Alesgut e Boa
Vista
Condiçõe
s
do Orgânico
tempo
(%)
Inorgânic
(%)
o
Terça-feira
03/07/1
2
Ensolarad
o
1,5 Kg
42,9
2 Kg
57,1
Quinta-feira
05/07/1
2
Chuvoso
2 Kg
44,5
2,5 Kg
55,5
Sábado
07/07/1
2
Nublado
1,8 Kg
47,4
2 Kg
52,6
5,3 Kg
45
6,5 Kg
55
(%)
Inorgâni
co
(%)
0,5 Kg
33,3
1 Kg
66,7
1 Kg
45,5
1,2 Kg
54,5
0,3 Kg
23
1 Kg
77
1,8 Kg
36
3,2 Kg
64
Total
Fonte: PMGIRS
Tabela 24 - Programação e pesagem das amostras
Zona Rural
Interior
Teutônia
Data
Condiçõe
s
do Orgânico
tempo
Bairro 11/07/1
2
Interior
Bairro 11/07/1
Canabarro
2
Interior
Languiru
Bairro 04/07/1
2
Total
Nublado
Obs: Coletas realizadas na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Quarta-feira de cada mês.
Fonte: PMGIRS
Através do cruzamento de dados de geração de lixo no município de
Teutônia nos de 2010 e 2012, obtidos junto a administração municipal, foi
possível verificar o aumento na geração de resíduos sólidos no município
durante um período de 2 anos, conforme mostra a tabela seguinte.
178
Tabela 25 - Produção e composição dos resíduos sólidos do município de Teutônia (2010
e 2012).
Tipo de material
Ano de 2010
Ano de 2012
Material Orgânico
111.326,80
130.000 Kg/mês
Kg/mês
Material Inorgânico
166.990,20
Kg/mês
195.000 Kg/mês
Kg/mês
Total
278.317 Kg/mês
Diferença
Absoluta
18.673,20
28.009,80
Kg/mês
325.000 Kg/mês
46.683 Kg/mês
Fonte: PMGIRS
Através da análise da tabela 13, é possível verificar um aumento
significativo na quantidade de resíduos sólidos domiciliares no município de
Teutônia, sendo que no ano de 2010 a geração total de resíduos era de
278.317 Kg/mês, passando para 325.000 Kg/mês no ano de 2012. Esse fato se
deve ao aumento da população ocorrido durante um período de 2 anos.
Frente a esta abordagem e análise das amostras obtidas durante o
período de diagnóstico junto a usina de triagem e disposição final do município
de Teutônia, foi possível realizar a classificação dos resíduos sólidos que
chegam á central de triagem. A respectiva classificação teve sua base
fundamentada na NBR 10.004/04, a qual relata que os resíduos sólidos podem
ser classificados quanto a sua natureza física, composição química, riscos
potenciais ao meio ambiente e ainda quanto a sua origem.
1.8.
Produção Per Capita de Resíduos Domésticos
Segundo Oliveira et al., (2004), a produção per capita de resíduos
sólidos de uma comunidade pode ser obtida pela divisão da quantidade total de
resíduos coletados pela população atendida. Muitos técnicos consideram de
0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil conforme
quadro abaixo:
179
Tabela 26 - Geração Per Capita de Resíduos Domésticos no Brasil
Tamanho da Cidade
População
(habitantes)
Urbana Geração Per
(Kg/hab.dia)
Pequena
Até 30.000
0,50
Média
De 30.000 a 500.000
De 0,50 a 0,80
Grande
De 500.000 a 3.000.000
De 0,80 a 1,00
Megalópole
Acima de 3.000.000
De 1,00 a 1,30
Capita
Fonte: PMGIRS
Para o cálculo da geração per capita de resíduos domésticos do
município de Teutônia, foi utilizada a população urbana estimada pelo IBGE
(2011) e as quantidades de resíduos coletados mensalmente pela empresa
Engesa, obtendo-se os seguintes dados apresentados no quadro abaixo.
Tabela 27 - Produção Per Capita de Resíduos Domésticos no Município ano de 2010
População
Urbana (hab)
Coleta Doméstica Coleta Doméstica Per capita
(kg/mês)
(Kg/dia)
(Kg/hab.dia)
27.272
278.317
9.277,23
0,34
Fonte: PMGIRS
O valor obtido para o per capita foi de 0,34 kg/hab.dia), o qual pode ser
considerado estimado em relação às referências bibliográficas que utilizam
0,50 kg/hab.dia para população urbana de até 30.000 habitantes. Ressaltamos
que não foram incluídos os resíduos originados nos setores públicos,
construção civil e industrial.
1.9.
Coleta de terceiros ou informal
O município de Teutônia possui apenas uma empresa licenciada para
realizar a coleta, separação e destinação de materiais recicláveis. Trata-se de
uma empresa particular, receptora de resíduos recicláveis provindos de
empresas, indústrias, comércios e de catadores. As figuras seguintes
demonstram as instalações da empresa de reciclagem.
180
Figura 49 - Vista geral da empresa
Fonte: PMGIRS
Figura 50 - Armazenagem de material
reciclável
Fonte: PMGIRS
No município de Teutônia, segundo informações da prefeitura municipal
e conforme verificado em campo, existem em torno de 15 carrinheiros e
catadores informais, realizando a coleta de materiais recicláveis. Esta situação
é bastante preocupante visto que, nestes casos, os catadores acabam fazendo
a triagem e estocando os materiais em suas próprias residências, em
condições e locais impróprios para tal atividade, conforme mostram as figuras
seguintes.
Figura 51 - Depósito informal de resíduos
Fonte: PMGIRS
Figura 52 - Depósito informal de resíduos em
residência de catador
Fonte: PMGIRS
Cada vez mais a figura do catador ganha destaque no cenário nacional.
Mesmo refletindo uma delicada condição socioeconômica, cumprem um papel
essencial na re-inserção de matéria-prima secundária na cadeia de produção e
consumo. Frente ao desafio crescente dos municípios em gerenciar de forma
181
adequada as quantidades cada vez maiores de resíduos, o catador passa a ser
visto como um aliado das prefeituras no trabalho de coleta de resíduos sólidos.
A catação de materiais recicláveis é um fenômeno típico dos países em
desenvolvimento, variando de cidade para cidade em intensidade e
complexidade, mas possuindo algumas características comuns, entre as quais:

As péssimas condições de trabalho;

A falta de apoio do poder público;

Preconceito e desprezo da população.
Alguns levam os resíduos recicláveis para separar em suas casas,
obrigando suas famílias ao convívio com as consequências dos resíduos
sólidos acumulados como o mau cheiro, moscas, baratas, ratos e outros
insetos transmissores de doenças que podem até mesmo levar ao óbito.
O crescimento da atividade de catação está relacionado com a pobreza
e o desemprego. Alguns consideram a função como uma atividade transitória.
Outros, porém, lutam pelo reconhecimento da categoria e das circunstâncias
de trabalho. Trata-se de uma massa de trabalhadores, excluída socialmente,
cuja cidadania se perdeu nas ruas, nos rejeitos dos lixões e na necessidade de
sobrevivência. No entanto, são muitos os benefícios que os catadores trazem
para as cidades, entre os quais:

Redução dos gastos com limpeza pública;

Coleta e encaminhamento dos materiais para as indústrias de
reciclagem;

Geração de empregos;

Redução da quantidade de resíduos sólidos enviados aos aterros
sanitários;

Preservação do planeta por meio da poupança de recursos naturais,
dentre outros.
Em Teutônia, geralmente esses catadores efetuam as coletas de manhã
cedo, antes da passagem dos veículos coletores, ou à noite. O transporte dos
resíduos pelos catadores é feito através de pequenas carretas puxadas
manualmente ou com auxílio de cavalos, conforme mostram as figuras 38 e 39
seguintes.
182
Figura 53 - Transporte dos resíduos
Fonte: PMGIRS
Figura 54
município
-
Catadora
identificada
no
Fonte: PMGIRS
4.1.2. Limpeza Pública
4.1.2.1 Responsabilidade
Conforme demonstrado no quadro 6 a coleta, o transporte, o tratamento,
o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos provenientes da
limpeza pública são de responsabilidade do órgão municipal competente.
Os sistemas de limpeza urbana são elementos essenciais ao
planejamento urbano, à proteção e conservação do meio ambiente e acima de
tudo, à garantia de uma qualidade de vida satisfatória para a população. São
definidos como os serviços que tem sob sua responsabilidade a execução da
coleta, remoção, transporte e destino final de resíduos sólidos em geral,
remoção de podas, varrição e lavagem de vias públicas, conservação de
monumentos, entre outros e possuem estreita relação com todos os demais
componentes do saneamento básico, em especial com a drenagem urbana.
4.1.2.2 Infraestrutura de coleta
Atualmente o gerenciamento operacional, ou seja, a limpeza, o
recolhimento, o transporte e a destinação final dos resíduos sólidos
provenientes da limpeza pública do município de Teutônia, sendo realizado
pelo órgão municipal competente, por meio do departamento de obras.
183
4.1.2.3 Acondicionamento e armazenamento
Os resíduos gerados durante os processos de varrição, raspagem,
capina, limpeza de área, pós-eventos ou exposições, são acondicionados em
sacos de lixo ou tonéis. Já os resíduos com maior volume, resultantes dos
processos de roçagens e poda são armazenados no meio fio da calçada e
posteriormente recolhidos por caminhão aberto ou diretamente triturados pelo
caminhão triturados do município, conforme mostram as figuras seguintes.
Figura 55 - Acúmulo de lixo verde no meio fio
da calçada
Fonte: Autores
Figura 56 - Coleta do lixo verde
Fonte: Autores
Figura 57 - Resíduos de poda acumulados no meio fio da calçada
Fonte: Autores
184
4.1.2.4 Setores, rotas e frequência.
O recolhimento de lixo verde ocorre somente no setor urbano do
município
de
Teutônia,
devido
a
indisponibilidade
de
área
para
o
armazenamento desses resíduos e com vistas a evitar os problemas.
Destaca-se que o plano de varrição, com os roteiros executados está
atribuído à todas as ruas do município. A varrição manual ocorre diariamente
nos pontos mais movimentados conforme estabelecido no plano de varrição do
município. Já os serviços de poda e capina, bem como o serviço de roçada no
município são de pouca frequência, sendo realizados conforme a demanda.
Os demais resíduos são coletados conforme a demanda, ou seja, datas
festivas (exposições e eventos), campanhas especiais de recolhimento,
campanhas especiais de limpeza, como é o caso do Programa REVIVE BOA
VISTA (Figura 58) e véspera de finados.
Figura 582 - Registro de uma das campanhas do Projeto REVIVE BOA VISTA
Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
4.1.2.5 Equipe de trabalho, frota, ferramentas e equipamentos
O quadro seguinte apresenta os serviços de limpeza urbana realizada no
município de Teutônia, além da descrição da equipe de trabalho, frota,
ferramentas e equipamentos utilizados pelos grais para o desenvolvimento da
atividade.
185
Varrição e limpeza dos logradouros
Manual: O processo de varrição manual e limpeza é executado por
uma equipe composta de aproximadamente 14 funcionários, equipados com
ferramentas e utensílios manuais, ou seja, vassoura grande e pequena, pá
quadrada e enxada. Para o armazenamento dos resíduos são utilizados
carrinhos de mão recobertos com sacos plásticos.
Mecanizada: No processo de varrição mecanizada trabalha a mesma
equipe. A varrição se dá por meio da utilização de varredeira mecânica.
Capina e raspagem
Para a atividade de capina e raspagem é disponibilizada uma equipe de
8 funcionários. Os quais são responsáveis pela remoção das ervas daninhas e
raspagem da terra dos logradouros, para restabelecer as condições de
drenagem e evitar o mau aspecto das vias públicas. Para o desenvolvimento
da atividade os garis são equipados com enxadas, pá, raspadeira e trator com
raspadeira que variam de tamanho e forma conforme as condições de
trabalho.
Roçada e Poda
Com relação aos serviços de roçada realizados no município a
prefeitura disponibiliza uma equipe de trabalho composta por 8 funcionários.
As ferramentas e equipamentos utilizados no processo de roçagem variam
conforme a área a ser limpa. Desta maneira, a roçagem pode ser manual,
utilizando-se foices do tipo roçadeira ou gavião. Devido aos baixos resultados
de produtividade com a utilização dessas ferramentas, os funcionários
também utilizam os equipamentos de roçagem mecanizada, sendo eles:
ceifadeiras mecânicas portáteis (carregadas nas costas dos operadores) e
ceifadeiras montadas em tratores de pequeno, médio e grande portes, que
possuem elevada qualidade e produtividade no corte da vegetação. Após, os
resíduos
são
coletados
pelo
caminhão
triturador
(Figura
59),
que
automaticamente tritura o material coletado.
Os serviços de poda das árvores situadas nos logradouros públicos,
são realizados por uma equipe de 8 funcionários. Os mesmos desenvolvem a
186
atividade com o auxílio de uma motossera ou foices do tipo roçadeira. Após,
os resíduos são coletados pelo caminhão triturador (Figura 59), que
automaticamente tritura o material coletado.
Figura 59 - Triturador de galhos
Fonte: Prefeitura Municipal de Teutônia (2012)
O triturador foi adquirido com o intuito de facilitar e agilizar o
atendimento à população, o recolhimento de galhos das ruas. O maquinário
tritura os galhos, transformando-os em pequenos pedaços de madeira (quase
uma maravalha), que ocupa bem menos espaço se comparado aos galhos
inteiros.
Limpeza de áreas pós eventos, exposição e outros
Para o processo de limpeza pós-eventos, exposições, resíduos de
cemitérios, geralmente é disponibilizada uma equipe de trabalho formada por
8 funcionários. Os resíduos são coletados manualmente ou com o auxílio de
lanças, sendo dispostos em caminhão aberto e encaminhados a central de
triagem.
4.1.2.6 Destinação Final
Os resíduos provenientes dos processos de roçada e poda, após serem
triturados (Figura 60), são armazenados junto ao parque de máquinas da
Prefeitura Municipal e posteriormente destinados à recuperação das saibreiras
187
do município, como também, é distribuído para as escolas e comunidades para
fins de adubação dos jardins e hortas. Ainda, há registros de pontos de
deposição irregular de lixo verde em áreas urbanas e impróprias (Figura 60).
Figura 60 - Resíduos verdes triturados
Figura 61 - Depósito irregular de lixo verde
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Os resíduos provenientes da limpeza dos cemitérios, exposições ou
eventos e aqueles resultantes dos processos de varrição, capina e raspagem
são coletados, armazenados e destinados a usina de triagem e disposição final
do município de Teutônia.
4.1.2.7 Dificuldades encontradas
- Quantidade de resíduos resultantes de podas ultrapassa a capacidade
de recolhimento da Prefeitura Municipal, principalmente nos meses de maio,
junho, julho e agosto, visto que nestes meses, em razão do inverno, as podas
são constantes;
- Aprimoramento da infraestrutura disponibilizada, com aquisição de
mais equipamentos triturados e funcionários.
- Deposição irregular de lixo verde em áreas urbanas e impróprias.
4.1.3 Resíduos de Serviço de Saúde
4.1.3.1 Responsabilidade
Conforme o Art. 8º da Lei Estadual nº. 9.921 de 27 de Julho de 1993, a
coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos
188
resíduos sólidos de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora
independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado,
para execução de uma ou mais dessas atividades.
4.1.3.2 Infraestrutura de coleta
Conforme a RDC nº 306 (2004), da ANVISA, o gerenciamento dos RSS
constitui-se de um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e
implementados a partir de bases cientificas e técnicas, normativas e legais,
com objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos
gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção
dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
O Município de Teutônia/RS possui quatro unidades básicas de saúde e
uma unidade móvel, além de hospitais, clínicas e laboratórios particulares que
geram mensalmente resíduos sólidos de saúde.
A Prefeitura Municipal contrata a empresa Aborgama do Brasil para a
coleta, transporte e destinação final dos resíduos gerados nas Unidades de
Saúde do município. As unidades de saúde atendidas e a frequência de coleta
podem ser observadas na tabela 28 seguinte.
Quadro 28 - Frequência de coleta de resíduos de saúde nas unidades municipais de
Teutônia
Unidade
Endereço
Frequência de
coleta
Centro Avançado de Rua Arnaldo Krug, 59, no Bairro Quinzenal
Saúde
Bruno Canabarro
Leopoldo Schneider
Posto
de
Saúde Rua Geraldo Snell, 662, Bairro Quinzenal
Teutônia
Teutônia
Posto
de
Saúde Rua 31 de Agosto, 227, Bairro Quinzenal
Alesgut
Alesgut
Posto
de
Saúde Rua Pedro Schneider, 841, Bairro Quinzenal
Languiru
Languiru
Unidade Móvel de Interior do município
Diária
Saúde
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (2012).
Para os estabelecimentos privados, fica a critério dos mesmos a escolha
e contratação da empresa. As coletas são efetuadas periodicamente, conforme
189
demanda (semanal, quinzenal ou mensalmente). Segundo a Prefeitura
Municipal,
os
consultórios
odontológicos
e
as
farmácias
são
os
estabelecimentos em maior número que contratam o serviço terceirizado de
coleta, transporte e destinação final.
4.1.3.3 Acondicionamento
Os resíduos gerados nas unidades de saúde de Teutônia são
segregados no momento da sua geração, de acordo com as características
físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. O
acondicionamento dos resíduos segregados nas unidades de saúde é feito em
sacos plásticos ou em recipientes específicos para o tipo de material. Os
mesmos
são
identificados
conforme
a
sua
classificação,
fornecendo
informações ao correto manejo dos mesmos.
4.1.3.4 Armazenamento, coleta e transporte
O armazenamento externo é a guarda dos recipientes de RSS, até a
realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores. Os resíduos, já acondicionados e
identificados são armazenados em bombonas de aproximadamente 200L
(Figura 62) A remoção dos RSS do abrigo (Figura 63) de resíduos é realizada
pela empresa Aborgama do Brasil, por meio da utilização de um veículo coletor
fechado até a unidade de tratamento ou disposição final.
190
Figura 62 - Abrigo para armazenamento
dos RSS
Fonte: Autores
Figura 63 - Vista geral das bombonas para
armazenamento dos RSS.
Fonte: Autores
4.1.3.5 Destinação Final
Os RSS recolhidos são encaminhados para correta destinação final, que
pode ser autoclavagem para reutilização, aterro de resíduos perigosos,
incineração, dentre outros, de acordo com o grau de contaminação dos
resíduos.
4.1.3.6 Dificuldades encontradas
- Falta de local apropriado para armazenagem provisória até o
recolhimento pela empresa contratada para dar destino final;
- Segregação dos resíduos de acordo com o grau de contaminação.
4.1.4 Resíduos Industriais
4.1.4.1 Responsabilidade
Segundo o Art. 8º da Lei Estadual nº. 9.921 de 27 de Julho de 1993, a
coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos
resíduos sólidos de estabelecimentos industriais são de responsabilidade da
fonte geradora independentemente da contratação de terceiros, de direito
público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades.
191
A Resolução nº 313, do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), de 29 de outubro de 2002, define resíduo sólido industrial como
todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos
estados sólido, semi-sólido, gasoso – quando contido, e líquido – cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou
em
corpos
d’água,
ou
exijam
para
isso
soluções
técnicas
ou
16
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição.
Segundo o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, etapa
Rio Grande do Sul, realizado pela FEPAM no ano de 2002, o município de
Teutônia está entre os 30 maiores geradores de resíduos sólidos industriais
perigosos no Estado do RS, conforme mostra a figura seguinte.
192
Figura 64 - Maiores geradores de resíduos sólidos industriais perigosos, dos municípios
inventariados no estado do RS
Fonte: Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, etapa Rio Grande do Sul (FEPAM,
2002).
As indústrias, que normalmente não tem uma quantidade tão grande de
resíduos sólidos, contratam empresas particulares especializadas para
coletarem e fazerem a correta destinação final dos resíduos industriais. Há
casos em que os resíduos de uma empresa constituem matéria prima para
outra. O problema de remoção é resolvido entre as firmas interessadas.
Segundo a Prefeitura, o setor industrial representa 45,54% na economia
do município. O município conta com 209 indústrias de transformação, entre
pequenas, médias e grandes empresas. O número de indústrias é menor aos
outros setores, apesar de significar a maior arrecadação municipal (74%). Os
dados do IBGE demonstram que a indústria de transformação é a mais
representativa no município.
193
4.1.4.2 Coleta e armazenamento
Atualmente não há nenhuma atuação conjunta quanto à coleta e
armazenamento dos resíduos industriais do município. Assim, as empresas
adotam procedimentos próprios de coleta e armazenamento dos resíduos, da
forma como melhor se adaptam. Com base nisto, e de acordo com dados do
poder público, obtidos junto aos Planos de gerenciamento de resíduos
industriais e nas planilhas de acompanhamento, as empresas, de uma forma
geral, armazenam os resíduos em bombonas, tonéis e caixas, em área coberta
ou descoberta, sobre piso impermeabilizado ou não, até transporte,
normalmente terceirizado, até destinação final.
4.1.4.3 Transporte e Destinação Final
As empresas de Teutônia destinam seus resíduos a vários locais. Alguns
resíduos são destinados a recicladores intermediários, situados no próprio
município, tais como: plásticos, papéis, embalagens diversas, aço inox, aço
carbono, etc, ambos sem contaminantes.
Os
resíduos
contaminantes
são
transportados
por
empresas
terceirizadas e encaminhados à destinação final junto a ARIP’s, na região
metropolitana ou na serra.
Neste contexto e como forma de orientar e fiscalizar os geradores destes
resíduos, o poder público municipal pode implantar as seguintes ações:
- Solicitar Planos de gerenciamento dos resíduos industriais, quando a
atividade envolver licenciamento ambiental;
- Auxiliar os geradores no processo implementação do planos de
gerenciamento de resíduos;
-
Fomentar
empresas
específicas
para
atuar
no
ramo
de
armazenamento, acondicionamento, transporte e destinação final.
- Fiscalizar os geradores e orientar a correta destinação destes resíduos.
- Implantar uma rede de informações de empresas recicladoras e
receptoras de resíduos industriais.
194
4.1.5 Resíduos da Construção Civil
4.1.5.1 Responsabilidade
Conforme demonstrado no quadro 6 fundamentado no Art. 8º da Lei
Estadual nº. 9.921 de 27 de Julho de 1993, que dispões sobre a coleta, o
transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos
sólidos da construção civil são da fonte geradora e na Resolução CONAMA nº.
307 de 05 de Julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
4.1.5.2 Coleta e armazenamento
Conforme verificado no município de Teutônia, os entulhos da
construção civil são coletados pela empresa prestadora de serviço de
construção e/ou reforma ou ainda por terceiros. Enquanto gerados,
normalmente permanecem amontoados na área da construção ou lindeira, ou
ainda nas calçadas ou ruas e raramente em contêineres.
Uma pequena fração de resíduos da construção civil tem sido
encaminhada á usina de triagem e disposição final do município, caracterizada
como restos de madeira, latas de tintas, fiação elétrica, tubulação hidráulica,
etc. Esses resíduos são segregados e armazenados na área da usina até a sua
destinação final.
4.1.5.3 Transporte e Destinação Final
O transporte dos resíduos é feito pela empresa que esta atuando na
obra ou algum terceiro. No caso de contêineres (Figura 65), o transporte é
realizado pela empresa que os disponibiliza. Esses resíduos são dispostos em
áreas diversas, normalmente em terrenos desocupados, e alguns casos, em
áreas impróprias, como é o caso de áreas de banhado, sobre vegetação nativa,
etc. (Figuras 66 e 67)
195
Figura 65 - Contêiner para armazenamento de resíduos da construção civil
Fonte: Autores
Figura 66 - Vista geral do depósito de
resíduos inertes
Figura 67 - Vista aproximada dos resíduos
da construção civil
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Neste contexto e como forma de orientar e fiscalizar os geradores destes
resíduos, o poder público municipal pode implantar as seguintes ações:
- Solicitar Planos de gerenciamento dos resíduos da construção civil,
quando a atividade envolver licenciamento ambiental;
- Auxiliar os geradores nos processo de regularização ambiental de
áreas apropriadas para destinação dos resíduos;
-
Incentivar
empresas
específicas
para
atuar
no
ramo
de
armazenamento, acondicionamento, transporte e destinação final;
196
- Instalar placas indicativas em locais impróprios onde há destinação
incorretas destes resíduos;
- Fiscalizar os geradores e orientar a correta destinação destes resíduos.
4.1.6 Resíduos Especiais
4.1.6.1 Responsabilidade
Conforme demonstrado no quadro 6, fundamentado no Art. 8º da Lei
Estadual nº. 9.921 de 27 de Julho de 1993, a coleta, o transporte, o tratamento,
o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos especiais são da
fonte geradora.
Os resíduos especiais representam os resíduos que têm características
de corrosividade, reatividade, toxidade, apresenta riscos à saúde ou ao meio
ambiente, classificados na sua maioria, pela NBR/ABNT 10.004/04, Classe I, e
necessitam passar por processos diferenciados em seu manejo, com ou sem
tratamento prévio, podendo conter material biológico, químico ou radioativo.
Tendo em vista, que os fornecedores e comerciantes estão tendo um
tempo para se adaptar a nova legislação ambiental que exige a elaboração e
execução do PGRS e a implantação do sistema de logística reversa para
fontes geradoras de resíduos especiais, o município de Teutônia em parceria
com outras entidades tem implantado pontos de coleta de resíduos especiais,
para a disposição final ambientalmente adequada desses resíduos, evitando
que os mesmos sejam encaminhados a usina de triagem do município ou que
sejam lançados inadequadamente no meio ambiente.
O município vem recolhendo nesses pontos de coleta resíduos
especiais, como pilhas, baterias, materiais eletrônicos pequenos, lâmpadas
fluorescentes e embalagens de agrotóxicos.
4.1.6.2 Pilhas e baterias
4.1.6.2.1 Coleta e armazenamento
As pilhas e baterias descartadas podem ser encaminhadas pelos
habitantes até os pontos de coleta de resíduos especiais devidamente
197
identificados. Nestes locais é feita a triagem dos tipos de pilhas e baterias
entregues, sendo cada tipo armazenado em caixas, tambores ou bombonas
identificadas (Figuras 68 e 69), dispostos sobre piso impermeabilizado e área
coberta. Além de pilhas e baterias, esses locais coletam objetos eletrônicos,
como calculadoras.
Figura 68 - Ponto de coleta de pilhas e
baterias
Figura 3 - Recipientes utilizados para a
coleta de pilhas, baterias e materiais
eletrônicos
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Ressalta-se que não há pontos de coleta de pilhas e baterias no setor
rural do município de Teutônia, os moradores encaminharem os seus resíduos
nos pontos de coleta de resíduos especiais localizados em estabelecimentos
comerciais junto ao setor urbano do município de Teutônia.
4.1.6.2.2 Transporte e Disposição Final
Com a junção de uma quantia considerável de pilhas e baterias, o
estabelecimento que procede com a coleta entra em contato com a empresa
responsável, solicitando a retirada dos resíduos. Os mesmos são coletados e
transportados por veículos normais, até empresa responsável pela destinação
final dos resíduos.
198
4.1.6.3 Lâmpadas Fluorescentes
4.1.6.3.1 Coleta e armazenamento
Frente a esta problemática, cada cidadão tem como responsabilidade
realizar a triagem das lâmpadas fluorescentes dos demais resíduos domésticos
e encaminhá-los aos postos de coleta autorizados no município de Teutônia.
Em cada posto de coleta há uma estrutura mínima para o recebimento e
armazenamento desses resíduos.
Anterior à armazenagem, as lâmpadas florescentes são revestidas em
jornais
ou
colocadas
em
caixas
de
papelão,
sendo
posteriormente
armazenadas em prateleiras de madeira, permanecendo neste local até o
momento da sua coleta e destinação final.
Ressalta-se que não há pontos de coleta de lâmpadas fluorescentes no
setor rural do município de Teutônia. Desta maneira, os moradores são
instruídos a destinarem os seus resíduos de lâmpadas até os pontos de coleta
de resíduos especiais localizados em estabelecimentos comerciais junto ao
setor urbano do município de Teutônia.
Teutônia registra vários casos onde as lâmpadas são armazenadas em
lixeiras para o recolhimento público juntamente com o lixo doméstico. Os
mesmos são triados e armazenados de forma incorreta junto à área da usina
de triagem do município, ficando expostas as intempéries do tempo.
4.1.6.3.2 Transporte e Destinação Final
O transporte das lâmpadas armazenadas nos pontos de coleta é
realizado pelas próprias empresas terceirizadas contratadas para realizaram a
reciclagem ou destinação final das lâmpadas descartadas. A destinação final
das lâmpadas fluorescente pode ocorrer por meio da sua reciclagem,
recuperação, tratamento e/ou disposição final. Atualmente as empresas
responsáveis por esses processos são as mesmas citadas anteriormente.
Com relação as lâmpadas fluorescentes armazenadas na usina de
triagem do município de Teutônia, estas permanecem no mesmo local até o
momento da sua destinação final pela empresa responsável.
199
4.1.6.4 Pneus
4.1.6.4.1 Coleta e armazenamento
Mesmo com a resolução CONAMA em vigor, ainda é possível visualizar
o descarte de pneus nas lixeiras de lixo doméstico no município de Teutônia.
Os mesmos são coletados pelo serviço de coleta de lixo domiciliar e destinados
à usina de triagem e disposição final do município. Os mesmos são
armazenados de forma inadequada, sujeitos a processos de intempéries do
tempo, podendo ocasionar a proliferação de vetores com o acúmulo de água.
Ressalta-se que não há pontos de coleta de pneus no município de
Teutônia. Desta maneira, os moradores são instruídos a destinarem os seus
resíduos junto a empresas que atuam na troca de pneus, retifica de pneus,
consertos de pneus em geral, ou ainda junto ao empreendedor teutoniense
que atua no ramos de artesanato de pneus, com fabricação de balanços,
cadeiras, mesas, bancos, etc (Figuras 70 e 71).
Figura 70 - Identificação do reciclador
Figura 71
reciclagem
-
Produtos
resultantes
da
Fonte: Autores
Fonte: Autores
4.1.6.4.2 Transporte e Destinação Final
Conforme mencionado anteriormente, os pneus descartados pela
comunidade no lixo domiciliar ou em locais impróprios, são coletados e
transportados pelo serviço de coleta de domiciliar de lixo, ou seja, pela
200
empresa
Engesa
Engenharia
e
Saneamento
Ambiental
Ltda.,
sendo
encaminhados diretamente a usina de triagem e disposição final do município.
Esses pneus têm como destino final empresas de reciclagem e reutilização,
escolhidas pela empresa responsável pelo gerenciamento dos resíduos
recicláveis da usina, ou seja, a Estrela do Vale.
Já os pneus coletados em estabelecimentos comerciais do município,
são coletados e transportados pela própria empresa contratada para a
destinação final desses resíduos.
4.1.6.5 Óleos e Graxas
4.1.6.5.1 Coleta e armazenamento
Os resíduos gerados na manutenção dos veículos públicos são
armazenados em tambores no barracão da oficina da Prefeitura, sito à Rua
João Raimundo, s/n. Quando atingem 100 litros os mesmos são encaminhados
a reciclagem.
Nos estabelecimentos privados, tais como lojas, postos de combustíveis,
oficinas mecânicas, concessionárias, indústrias em geral, transportadoras e
agricultores, os resíduos de óleos e graxas também devem ser armazenados
em tambores, e posteriormente coletados por empresas terceirizadas, as quais
dão a destinação correta. No caso das estopas, filtros e serragem
contaminadas com óleo e graxa, o processo de armazenamento ocorre da
mesma forma.
4.1.6.5.2 Transporte e Destinação Final
Os tambores com resíduos da manutenção dos veículos são destinados
para recuperadoras ou recicladoras. As embalagens de óleos que são
coletadas são transportadas e limpas por recicladores, os quais destinam para
recicladores de plásticos.
Para obter o Licenciamento Ambiental, os estabelecimentos de lavagem
de automóveis são obrigados a instalar filtros para o tratamento de efluentes
líquido, bem como caixas separadoras e coletoras de óleos e graxas. A coleta
201
é feita por uma empresa terceirizada através de um caminhão tanque munida
de bomba de sucção. A destinação feita por estas empresa é a reciclagem.
4.1.6.6 Resíduo Agrícola
4.1.6.6.1 Coleta e armazenamento
Coordenado
pela
Fundação
Pró
Rio
Taquari,
executado
pela
Cooperativa Languiru e apoiado pela Prefeitura Municipal de Teutônia, através
de seu órgão de Proteção ao Meio Ambiente, da Emater/RS – Adscar e STR de
Teutônia/Westfália foi criado o Programa de Recolhimento de embalagens de
agrotóxicos destinado a coletar e destinar de maneira correta as embalagens
de agrotóxicos em geradas em Teutônia. O programa conta com um roteiro
pré-estabelecido informando a data, horário, localidade e propriedade ou
entidade onde serão realizadas as coletas das embalagens (Quadro 29). Além
disso, como forma de fiscalização e controle o programa possui um relatório
anual da quantidade de embalagens recebidas junto a Cooperativa Languiru. O
programa é divulgado nos jornais da Cooperativa Languiru, na CERTEL, nas
reuniões das localidades rurais, por meio digital e/ou impresso, de forma que
toda a sociedade fique informada e atenta aos dias de coleta das embalagens.
Quadro 29 - Roteiro de recolhimento de embalagens de agrotóxicos
Data
Horário
Localidade
20/06
07:30
09:00
10:00
13:30
14:45
15:45
16:30
Lª São Jacó
Lª Ribeira
LªWink
LªGermana
LªBoa Vista Fundos
Lªcasa C. Strate
LªBoa Vista
21/06
07:30
08:30
10:00
13:30
15:00
16:30
07:30
09:00
Lª Harmonia Alta
Lª Harmonia
Lª Welp
Lª Clara Fundos
Lª Clara
Lª Catarina
Pontes Filho
Languiru
22/06
Propriedade ou
Entidade
Osmar Jacobs
Zeno Luiz Blume
Claúdio Deifelt
Francisco Schaeffer
Lírio e Marco Klein
Boa Vista do Meio
Luis
Frederico
Hergemöller
Comunidade Concórdia
Silverio Ruhrwien
Orlando Hilgemann
Sérgio Landmeier
Armando Radaveli
Sociedade Catarinense
José e Roberto Echer
Breno Schinwigel
Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
202
O armazenamento temporário das embalagens pré-lavadas é feito nas
propriedades rurais.
Figura 72 - Verificação das embalagens de
agrotóxicos
Figura 73 - Recolhimento das embalagens
Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente
Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente
4.1.6.6.2 Transporte e Destinação Final
O transporte e a destinação final das embalagens coletadas no
município são de responsabilidade de empresa terceirizada. A mesma destina
as embalagens de agrotóxicos para a reciclagem.
Com a implantação do respectivo programa no município, observou-se
uma redução na quantidade de embalagens de agrotóxicos encaminhadas a
usina da triagem, sendo as mesmas destinadas diretamente á empresas de
reciclagem para posterior reaproveitamento.
4.1.7 Resíduos Volumosos
4.1.7.1 Coleta e armazenamento
Consiste na coleta sistemática dos objetos classificados como resíduos
volumosos e não passíveis de remoção pela coleta regular de resíduo em
razão de suas dimensões excessivas, compreendendo, restos de móveis,
sofás, colchões, geladeiras, fogões e outros objetos de grande volume,
julgados inservíveis pelo seu gerador. Os mesmos são armazenados até o
momento da coleta em locais próximos das lixeiras ou em terrenos baldios.
203
4.1.7.2 Transporte e Destinação Final
Os resíduos volumosos, aqui classificados, são recolhidos pela Engesa
e encaminhados à usina de tratamento e disposição final do município de
Teutônia.
No local de recepção, os mesmos são armazenados, sendo
posteriormente descaracterizado (reduzidos em pedaços) para a disposição
final. Os materiais que possuem potencial de reciclagem são destinados às
empresas de reciclagem, enquanto que os rejeitos são destinados ao aterro
sanitário.
1.6.3. Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;
Quanto às receitas operacionais e despesas, conforme informações da
administração municipal, mobilizações sociais e SINS 2011 o município possui
taxa sobre resíduos sólidos, com receita operacional de R$ 552.124,00. Quanto
as despesas o município gasta anualmente R$ 491.264,00 com a coleta e
destinação final de RSD,.
1.6.4. Apresentar os indicadores operacionais, econômico-financeiros,
administrativos e de qualidade dos serviços prestados;
Com base nos dados que o município possui, e informações do SINS
2011 são apresentados os indicadores abaixo.
204
Tabela 30 – Indicadores de Resíduos Sólidos Urbanos.
NOME DO INDICADOR
Taxa
de
DEFINIÇÃO
empregados Relação
atendendo
a
UNIDADE
entre
a
total
de
pop. quantidade
Urbana
empregados no manejo
Empregado/1000hab.
de RSU e a população
1,2
urbana
Despesa
média
por Relação
da
despesa R$ 16.940,13/empregado
empregado alocado nos total da prefeitura com
serviços de manejo de manejo de RSU e a
RSU.
quantidade
total
de
empregados no manejo
de RSU
Auto
suficiência Relação
da
receita
106,3%
financeira da prefeitura arrecadada com manejo
com o manejo de RSU.
de RSU e despesa total
da
prefeitura
com
manejo de RSU
Despesa per capita com Relação
entre
a
manejo
de
RSU
total
da
relação
à
população prefeitura com manejo
em despesa
urbana
20,71%
de RSU e o total da pop.
Urbana
Receita arrecadada per Relação entre o valor
capita
com
outras
taxas
formas
ou arrecadado
R$ 22,00/hab/ano
com
de serviços de manejo de
cobrança pela prestação RSU e a pop. Urbana
de serviços de manejo
de RSU.
205
Taxa de cobertura do Relação
serviço
de
coleta
entre
100%
de população atendida e a
RDO da população total população
do município
a
urbana
+
rural
Produtividade média dos Relação
empregados na coleta quantidade
entre 2.225,0kg/empregado/dia
total
de acordo com a massa coletada e a quantidade
coletada
total de envolvidos na
coleta no ano
1.6.5. Identificação da existência de programas especiais (reciclagem
de resíduos da construção civil, coleta seletiva, compostagem,
cooperativas de catadores e outros);
No município de Teutônia existe a campanha de coleta seletiva de
materiais, porem existe algumas dificuldades e melhorias a serem realizadas
pela administração como a coleta por caminhão específico que não prense o
material, visando um melhor aproveitamento do material seco. Mas o município
recolhe os resíduos e encaminha até o aterro sanitário onde é realizada a
triagem do material antes da sua disposição final na vala.
206