Atendimento dos Requisitos de Autocuidado de Desvio da

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Atendimento dos Requisitos de Autocuidado de Desvio da
ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DE AUTOCUIDADO
DE DESVIO DA SAÚDE PARA O DIABETES MELLITUS
EXAME FÍSICO
1- PA= ________________x________________mmHg.
2- Medidas Antropométricas:
2.1 Peso:_____________kg.
Altura:__________m.
2.2 IMC=_____________.
2.3 Circunferência do braço:__________________cm.
2.4 Circunferência da perna:__________________cm.
2.5 Circunferência da cintura:_________________ cm.
2.6 Circunferência do quadril:_________________ cm.
2.7 Adiposidade corporal:
DOBRA
Dobra tríceps
Dobra subescapular
Dobra supra-ilíaca
Adiposidade corporal
RESULTADO
mm
mm
mm
mm
3- Glicemia capilar de jejum:_____________________________mg/dl.
4- Exame dos pés
COLORAÇÃO
UMIDADE
Rósea ( )
Lividez (palidez) ( )
Eritrose ( )
Presente ( )
Fenômeno de Raynaud ( ) Pele seca ( )
Cianose: Leve ( )
Pele sudorética ( )
Moderada ( ) Pele oleosa ( )
Intensa ( )
Icterícia ( )
TEXTURA
TEMPERATURA
ELASTICIDADE
Pele normal ( )
Pele lisa ou fina ( )
Pele áspera ( )
Pele enrugada ( )
Satisfatória ( )
Aumentada ( )
Diminuída ( )
Conservada ( )
Hiperelástica ( )
Hipoelástica ( )
MOBILIDADE
TURGOR
SENS. DOLOROSA
Presente ( )
Diminuído ( )
Presente ( )
Diminuída ( )
Ausente ( )
SENSIBILIDADE
TÁTIL
SENS. TÉRMICA
Fria:
Satisfatória ( )
Diminuída ou ausente ( )
Aumentada ( )
TIPOS DE LESÕES
Mancha ou Mácula:
. Hipocrômica ( )
. Hipercrômica ( )
. Vascular
( )
. Hemorrágicas: Petéquia ( )
Equimose ( )
Hematoma( )
Queratose plantar ( )
Calosidades ( )
Vesícula( ) Bolha( )Pústula (
Abcesso: Quente( ) Frio ( )
Erosão ou exulceração ( )
Presente (
Diminuída (
Presente ( )
Ausente (
Diminuída ( )
Quente: Presente (
Ausente ( )
Diminuída (
Ausente (
SENSIBILIDADE
PULSO PEDIOSO PRESSÃO CUTÂNEA
Ulceração ( )
Crosta
( )
Presente ( )
Escara
( )
Ausente ( )
Cicatriz ( )
Edema: Cacifo ( )
Mole
( )
Duro
( )
Elástico ( )
Inelástico ( )
) Mal perfurante plantar( )
Grangrena dos dedos ( )
Verruga plantar ( )
)
)
)
)
)
)
Presente ( )
Diminuída ( )
Ausente ( )
Observações:
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REGISTRO DAS ALTERAÇÕES DAS
SENSIBILIDADES E DOS TIPOS DE LESÕES.
Legenda:
* Verruga Plantar
/ Queratose
+ Calosidade
# Máculas
Observações:
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SENSIBILIDADE DO LIMIAR DA PERCEPÇÃO DE PRESSÃO CUTÂNEA
(SENSAÇÃO PROTETORA PLANTAR COM MONOFILAMENTO 10 g).
Observações:
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EXAME DOS PÉS
Coloração.
A coloração da pele resulta da presença de pigmentos: melanina, caroteno, melanóide, oxihemoglobina e da maior ou menor irrigação sanguínea. A cor da pele varia de acordo com a raça e a
região do corpo (POSSO, 1999).
Segundo PORTO (2000), nos indivíduos de cor branca e nos pardos claros nota-se uma
coloração levemente rosada, que é o aspecto normal em condições de rigidez. Este róseo-claro é
dado pelo sangue que circula na rede capilar cutânea e pode sofrer variações fisiológicas,
aumentando ou diminuindo sua intensidade. Palidez significa atenuação ou desaparecimento da cor
rósea da pele. Nas pessoas de cor parda ou negra só se consegue constatar palidez na palmas das
mãos e nas plantas dos pés. Eritrose ou vermelhidão significa exagero da coloração rósea da pele e
indica aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea, seja decorrente de uma
vasodilatação ou do aumento de sangue. Fenômeno de Raynaud – é uma alteração cutânea que
depende das pequenas artérias e arteríolas das extremidades e que resulta em modificações de
coloração. Inicialmente observa-se palidez, a seguir a extremidade se torna cianótica, e o episódio
costuma terminar com vermelhidão da área. Trata-se de fenômeno vasomotor que pode ser
deflagrado por muitas causas (costela cervical, tromboangeíte obliterante, lúpus eritematoso
sistêmico, esclerodermia).
Para BARROS (2002), cianose é quando ocorrem grandes concentrações de desoxihemoglobina, que é um pigmento mais escuro, menos avermelhado e mais azulado a que oxihemoglobina, nos vasos sanguíneos da pele, tornando-a de coloração azulada. Não há parâmetro
que permita estabelecer uma orientação esquemática para caracterizar os vários graus de cianose.
Somente a experiência dará ao examinador capacidade para dizer com segurança se uma cianose é
leve, moderada ou intensa. Nos casos de cianose muito intensa, todo o tegumento cutâneo adquire
tonalidade azulada, ou mesmo arroxeada (PORTO, 2000). Segundo este autor, icterícia é a coloração
amarelada da pele, com mucosas visíveis e esclerótica resultando de acúmulo de bilirrubina no
sangue.
A coloração amarelada da pele pode estar associada à presença excessiva de caroteno, ou
então a distúrbios hepáticos ou hemólise de hemácias (BARROS, 2002).
Umidade.
A pele normalmente possui um certo grau de umidade que depende da secreção das
glândulas sudoríparas. Tal secreção participa da regulação da temperatura corporal e da manutenção
do equilíbrio hidroeletrolítico do meio interno (GOUVEA; FREITAS, 2000).
PORTO (2000) ressalta que a verificação da umidade começa na inspeção, mas o método
adequado é a palpação com as polpas digitais e com a palma da mão. Através da sensação tátil
pode-se avaliar a umidade da pele com bastante precisão e classificá- la em umidade conservada
(pele seca ou xerodermia) e umidade aumentada (pele sudorética ou hiperidrose).
Textura.
De acordo com PORTO (2000), a textura normal desperta uma sensação própria que a
prática vai firmando e é encontrada em condições normais. A pele fina é observada nas pessoas
idosas, no hipotireoidismo e nas regiões recentemente edemaciadas. A pele áspera é vista nos
indivíduos expostos às intempéries e que trabalham em atividades rudes. Outra alteração da textura
é a pele enrugada, que se nota em pessoas idosas, após emagrecimento rápido, ou quando se elimina
um edema.
Temperatura.
O calor é produzido pelo organismo como produto secundário do metabolismo, cuja fonte
primária é o alimento. Para que a temperatura corpórea permaneça constante, o calor produzido pelo
corpo deve ser igual à perda de calor para o ambiente (POTTER, 1998).
A temperatura da pele, como afirma PORTO (2000), varia entre 30º C e 35,5º C e depende da
magnitude do fluxo sanguíneo. Nas extremidades, essas variações são mais acentuadas. Outros
fatores, como temperatura do ambiente, emoção, ingestão de alimentos e sono também influenciam
na temperatura cutânea. A autora relata que, para avaliar a temperatura da pele, usa-se a palpação
com a face dorsal das mãos e dos dedos, comparando-se com o lado homólogo cada segmento
examinado. A temperatura pode estar satisfatória (normal), aumentada ou diminuída. Nos processos
inflamatórios ocorre o aumento da temperatura cutânea localmente, enquanto nas doenças arteriais
obstrutivas, a redução no aporte de sangue provoca frialdade na pele.
Elasticidade
A elasticidade é a capacidade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado.
Pode-se encontrar elasticidade conservada, aumento da elasticidade (pele hiperelástica), ou
diminuição da elasticidade (pele hipoelástica). É observada na pele de indivíduos hígidos. A pele
hiperelástica lembra a característica da borracha: ao se efetuar uma leve tração, a pele se distende
duas a três vezes mais que a pele normal. A diminuição da elasticidade é reconhecida pelo fato de a
pele, ao ser tracionada, voltar vagarosamente à posição primitiva. A avaliação da elasticidade
consiste em pinçar uma prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo a seguir uma certa
tração, ao fim da qual solta-se a pele (PORTO, 2000).
Mobilidade
Mobilidade refere-se à capacidade de o tegumento cutâneo se movimentar sobre os planos
profundos subjacentes. Pode-se ter mobilidade normal (satisfatória), mobilidade diminuída ou
ausente, ou mobilidade aumentada. Para a pesquisa da mobilidade, segundo PORTO (2000), pousa-se
firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se a mão para
todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as estruturas subjacentes. A pele íntegra apresenta uma
certa mobilidade em relação às estruturas mais profundas com as quais se relaciona. A mobilidade
está diminuída quando não se consegue deslizar a pele sobre as estruturas vizinhas. A mobilidade
aumentada é observada na pele de pessoas idosas e na Síndrome de Ehlers-Danlos (PORTO, 2000).
Turgor
O turgor relaciona-se com o estado de hidratação da pele e pode estar presente
(conservado) ou diminuído. O estado de desidratação (turgor diminuído) pode ocorrer por
diminuição da ingestão ou por perda excessiva de líquidos (GOUVEA; FREITAS, 2000).
POTTER (2000) relata que a avaliação do turgor da pele deverá ser feita com as pontas dos
dedos, segurando e soltando uma dobra de pele do dorso das extremidades inferiores do paciente.
Em condições normais a pele se eleva facilmente, e ao ser liberada volta imediatamente à posição
de repouso. O paciente com turgor insatisfatório não apresenta capacidade rápida de recuperação ao
desgaste normal da pele.
Sensibilidade
Existem quatro tipos de sensibilidade que podem ser analisados:
1- Sensibilidade dolorosa.
De acordo com a International Association for the Study of Pain ( IASP ), citado por POSSO
(1999), "dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual
real ou potencial, ou descritiva em termos de tal comprometimento. A dor é sempre subjetiva”.
Contudo, a sensação dolorosa pode ser relacionada aos mecanismos de ativação dos receptores
periféricos. Pode ser explicada pela nocicepção ou sensopercepção, que é a ativação contínua das
fibras nervosas periféricas localizadas na pele, músculos, articulações, tecido dentário e vísceras
sensíveis ao estímulo nocivo (físico, químico ou térmico). Algumas palavras-chave sobre a
sensibilidade dolorosa devem ser melhor explicadas.
Para PORTO (2000), hipoalgesia é a perda da sensibilidade dolorosa, e hiperestesia é o
aumento da sensibilidade dolorosa. A hipoalgesia ou analgesia pode ser percebida pelo paciente que
nota ausência de dor ao contato com algo aquecido ou ao se ferir. Semiologicamente, é pesquisada
tocando-se a pele com a ponta de uma agulha. Exemplo importante é a perda da sensibilidade
dolorosa na hanseníase. Hiperestesia é a sensação contrária, isto é, os toques mais leves e suaves
despertam nítida dor. Tal fenômeno aparece no abdome agudo, na síndrome isquêmica das
extremidades inferiores, em neuropatias periféricas.
2- Sensibilidade tátil.
PORTO (2000) revela que a sensibilidade tátil tem como receptores os corpúsculos de
Meissner, os de Merkel e as terminações nervosas dos folículos pilosos. Para pesquisá-las, usa-se a
fricção leve com uma mecha de algodão. O algodão é o material mais adequado, pois evita atritos e
agressão. Anestesia se refere à perda da sensibilidade, enquanto hipoestesia se refere à diminuição
da sensibilidade tátil.
3- Sensibilidade do limiar da percepção de pressão cutânea (sensação protetora
plantar).
O teste é feito com monofilamento da cor laranja nominal de 10 g que indica a perda de
sensação protetora para o pé, ainda podendo sentir pressão profunda e dor, constituindo um bom
instrumento para detecção da diminuição da sensibilidade ao monofilamento ou de insuficiência
circulatória periférica, assim como a presença de lesões cutâneas ou estruturais, que podem definir o
paciente com o pé em risco de úlceras (BRASIL, 2001).
Instruções para aplicação do monofilamento de nylon (BRASIL, 2001):
1. mostrar o filamento ao paciente e aplicá-lo em sua mão, para que ele possa reconhecer o tipo de
estímulo e "perca o medo";
2. solicitar que o paciente não olhe para o local onde será efetuado o teste, evitando que o local do
teste seja observado pelo paciente;
3. pedir ao paciente que preste atenção e simplesmente responda "sim" quando sentir o toque do
filamento; não perguntar se ele sente ou não, para não induzi-lo;
4. montagem: retirar o filamento do seu tubo protetor e encaixá-lo cuidadosamente no furo lateral
do mesmo. Utilizar sempre o filamento que estiver acondicionado próximo do furo. Técnica: ao
aplicar o filamento, segurar no cabo do aparelho, mantendo-o perpendicularmente à superfície
testada, a uma distância de 1-2 cm. Com um movimento suave pressioná-lo até atingir a força
suficiente para curvar o filamento sobre a pele e retirá-lo, contando mentalmente a seqüência
numérica "1.001-1.002" durante o contato;
5. não fazer movimentos bruscos na aplicação: se o filamento escorregar pelo lado, desconsiderar a
eventual resposta do paciente e testar o mesmo local novamente, mais tarde;
6. usar uma seqüência, ao acaso, nos locais de teste, para não induzir o paciente a prever o local
seguinte, onde o filamento será aplicado;
7. na presença de áreas ulceradas, necróticas, cicatriciais ou hiperceratóticas, realizar o teste em área
próxima, dentro do mesmo território específico, e não sobre a lesão;
8. se o paciente não responder à aplicação do filamento num determinado local, continuar a
seqüência randômica e voltar posteriormente àquele local, para confirmar;
9. anotar os resultados, segundo a percepção do filamento, em cada região testada;
10. cuidados especiais: para evitar danos, guardar o filamento após o uso e conservá-lo protegido,
cuidando para não amassá-lo, ou quebrá-lo. Filamentos danificados ou enrugados devem ser
descartados. Os filamentos devem ser cuidadosamente limpos com água morna, sabão e álcool, não
devendo, porém, ser deixados expostos em solução alguma.
4- Sensibilidade térmica.
De acordo com PORTO (2000), os receptores específicos são os bulbos terminais de Krause,
para as temperaturas frias, e os corpúsculos de Ruffini, para as quentes. A sensibilidade térmica é
pesquisada com dois tubos de ensaio, um contendo água quente e outro, água fria.
Para POSSO (1999), existem algumas regras básicas para aplicações frias e quentes, como
verificar local e duração da aplicação de frio. Tanto para a temperatura quente quanto para a fria,
deve-se registrar a resposta como presente, diminuída ou ausente.
TIPOS DE LESÕES.
Mancha ou mácula – é uma área circunscrita de coloração diferente da pele, no mesmo
plano do tegumento e sem alterações na superfície. A definição mostra que o reconhecimento de
uma mácula se faz pela inspeção e palpação, deslizando-se as polpas digitais dos dedos indicador,
médio e anular sobre a área alterada e sua vizinhança ( JARVIS, 2002; PORTO, 2000). A mácula é
menor que 1cm com borda circunscrita. A mancha é maior e pode ter borda regular (SMELTZER;
BARE, 1998). As máculas ou manchas dividem-se em:
1. Máculas pigmentares: quando são devidas a alterações do pigmento melânico. Subdividemse em dois tipos:
1.1)
Hipocrômicas ou acrômicas – resultam da diminuição ou ausência de melanina, sendo
manchas mais claras que a pele. Podem ser congênitas ou observadas na hanseníase,
vitiligo, etc. ( JARVIS, 2002; PORTO, 2000).
1.2)
Hipercrômicas – manchas escuras, variáveis (castanha, azulada ou preta). Decorrem
geralmente do aumento de melanina (POSSO, 2000).
2.
Máculas vasculares: decorrem de distúrbios da microcirculação da pele. São diferenciadas das
manchas hemorrágicas por desaparecerem após compressão. Subdividem-se em:
2.1)
Telangiectasias – dilatações dos vasos terminais (arteríolas, vênulas e capilares) (PORTO,
2000). Variam de forma tipo aranha ou linear, de cor azulada ou vermelha. Observadas nas
pernas e tórax anterior e associadas com os estados de aumento da pressão venosa
(DEALEY, 2008; SMELTZER; BARE, 1998).
2.2)
Hiperêmicas ou eritematosas – decorrem da vasodilatação em área limitada da pele, são de
cor rósea ou vermelho-vivo e desaparecem com a dígito-pressão ou a vitro-pressão. Podem
ser acompanhadas ou não de lesão. Ocorrem no sarampo, em moléstias reumáticas,
septicemias e alergias.
3.
Máculas hemorrágicas – não desaparecem por compressão, por se tratar de sangue extravasado.
Segundo PORTO (2000), subdividem-se de acordo com a forma e o tamanho em:
3.1)
Petéquia – mácula puntiforme vermelha ou púrpura com 1 ou 2 mm, associada às
tendências de sangramento ou embolização da pele.
3.2)
Equimose – lesão macular redonda ou regular, maior que a petéquia; a cor varia e muda.
Matizes de preto, amarelo e verde. Associada às tendências de sangramento e trauma
(DEALEY, 2008; SMELTZER; BARE 1998).
3.3)
Hematoma – uma coleção de sangue na pele ou subcutânea, circunscrita, proeminente, de
tamanho variável. Na evolução pode tornar-se purulenta
(infectada).
Queratose plantar – modificação circunscrita ou difusa da espessura da pele que se torna
mais consistente, dura e inelástica em conseqüência do espessamento da camada córnea. O
exemplo mais comum é a calosidade (DEALEY, 2008; LAMPERT, 1996).
Calosidades – proliferações da camada córnea instaladas em áreas que sofrem pressão
anormal (JARVIS, 2002; PORTO, 2000).
Vesícula – elevação circunscrita de pele, de conteúdo líquido seroso, turvo ou hemorrágico,
com até 1cm de diâmetro (DEALEY, 2008; LAMPERT,1996). A diferença fundamental entre
pápula e vesícula é que a primeira é uma lesão sólida e a segunda é constituída por uma coleção
líquida. Ocorre na catapora, queimaduras, tíneas (PORTO, 2000).
Bolha – elevação da pele contendo substância líquida em seu interior, diferenciando-se da
vesícula pelo tamanho, possuindo mais que 1cm. É encontrada em queimaduras, pênfigo foliáceo,
alergias medicamentosas (DEALEY, 2008).
Pústula – elevação circunscrita e superficial, de conteúdo purulento, com até 1 cm, comum
nas manifestações de infecções estafilocócicas (DEALEY, 2008; LAMPERT, 1996). Surge na
catapora, em queimaduras e na acne pustulosa.
Abscesso – coleções purulentas, mais ou menos proeminentes e circunscritas de proporções
variáveis, flutuantes, de localização dermo-epidérmica ou subcutânea. Quando acompanhadas
de sinais inflamatórios são chamadas de abcessos quentes, e na ausência de sinais flogísticos
caracterizam-se os abcessos frios.
Erosão ou exulceração – simples arrancamento da parte mais superficial da pele, atingindo
apenas a epiderme. Pode ser traumática, recebendo o nome de escoriação, ou não-traumática; neste
caso são várias as rupturas de vesículas, bolhas ou pústulas.
Ulceração – perda elimitada das estruturas que constituem a pele, chegando a atingir a
derme, o que a diferencia da erosão. Outra diferença entre estas duas lesões é que a ulceração deixa
cicatriz (DEALEY, 2008).
Fissura – perda de substância linear, superficial ou profunda, e não determinada pela
interferência de qualquer instrumento cortante. Atinge a camada epitelial, no contorno de orifícios
naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele (MARIA, 2003; PORTO, 2000).
Crosta – formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou
mista, que recobre uma área cutânea previamente lesada. Pode ser de fácil remoção ou estar
firmemente aderida aos tecidos subjacentes
Escara – porção de tecido cutâneo necrosado de tamanho variável, onde a área mortificada
torna-se insensível, escura e separada do tecido sadio por um sulco (DEALEY, 2008; PORTO,
2000).
Cicatriz – reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso circunjacente.
Seus tamanhos e formas são variados. Ela pode ser róseo-clara, avermelhada ou hiperpigmentada.
Também pode ser deprimida ou exuberante sendo a última representada pelo quelóide.
Edema – excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias
células ( PORTO, 2000). Ocorre quando há uma alteração na membrana capilar, aumento da
formação de líquido intersticial ou diminuição da remoção desse líquido. No edema depressivo dáse o nome de cacifo à depressão formada no tecido edemaciado, após compressão com o dedo.
Quanto à consistência pode ser duro ou mole.
1. Edema mole – ocorre quando há retenção hídrica de duração não muito longa e o tecido celular
subcutâneo está infiltrado de água.
2. Edema duro – traduz a existência de proliferação fibroblástica que ocorre nos edemas de longa
duração, ou que se acompanharam de repetidos surtos inflamatórios.
Ainda pode ser:
3. Elástico – a pele retorna imediatamente à sua situação normal, isto é, a fóvia perdura
pouquíssimo tempo. É típico de edemas inflamatórios.
4. Inelástico – aquele cuja pele comprimida demora a voltar à sua posição primitiva, isto é, a
depressão persiste por um certo tempo. Ocorre na insuficiência cardíaca congestiva.
5. Mal perfurante plantar - tipo de úlcera ocorrente nos diabéticos e hansenianos, que se localiza
de preferência nas polpas digitais, nas áreas de pressão da planta dos pés. Tem contornos
nítidos, bordas circulares e hiperqueratósicas. Em geral são indolores e podem conter secreção
purulenta.
6. Gangrena dos dedos – quando a pele se torna escura, a princípio edemaciada, e a seguir
mumificada. Indica isquemia grave, que pode ser causada por aterosclerose tromboangeíte
obliterante ou embolia arterial.
PULSO PEDIOSO
As artérias pediosas são palpadas da seguinte maneira: se se tratar da artéria pediosa direita,
o examinador usa a mão esquerda fixando o polegar na planta do pé, enquanto as polpas dos dedos
indicador, médio e anular procuram no dorso do pé a artéria ali situada. Para exame do lado
esquerdo, faz-se a adaptação conveniente (JARVIS, 2008; PORTO, 2000).

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