comentarios do 38 super simulado para a polícia federal 2012-1
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COMENTÁRIOS DO 38 SUPER SIMULADO PARA A TROPA DE ELITE - AEP - 10 QUESTÕES - PROCESSO PENAL - Adicione-nos no seu FACEBOOK: http://www.facebook.com/?ref=logo#!/profile.php?id=10000290 8370100 E curtam a página do AEP: http://www.facebook.com/agoraeupasso Estamos JUNTOS! Fiquem com Deus! Forte abraço a todos! Emerson Castelo Branco [email protected] COMENTÁRIOS DO 38 SUPER SIMULADO DO TROPA DE ELITE 1. (ADAPTADA) As cartas são consideradas prova documental, e somente podem ser utilizadas pelo destinatário. Assim, terceiro não poderá utilizá-la em razão da cláusula da confidencialidade entre remetente e destinatário. Resposta: Errado. O terceiro somente não poderá utilizar a carta se a obteve por algum meio ilícito (ex: fraude). A doutrina e a jurisprudência consideram que se o destinatário da carta a entrega a terceiro, caso não tenha relação de confiança com o subscritor, não haverá lesão à intimidade e à vida privada, podendo ser utilizada. A razão é simples: não existe relação de confidência. Por outro lado, se presente a quebra de confiança em razão da confidencialidade das informações (vida privada e intimidade), não pode ser utilizada por terceiro. Atenção! Mesmo quando ilícita a prova, poderá ser utilizada para absolver o acusado. Já o contrário (para condenar), não é possível. 2. (ADAPTADA) A apreensão é conceituada como a diligência probatória empregada para localizar alguma coisa, ou mesmo uma pessoa. Resposta: Errado. O quesito traz uma “armadilha”. Na verdade, a diligência probatória empregada para localizar alguma coisa, ou mesmo uma pessoa, é a busca, e não a apreensão. Denomina-se apreensão o procedimento de tomar posse de alguma coisa que já foi encontrada, isto é, que se em um local ou mesmo na posse de uma certa pessoa. 3. (ADAPTADA) A busca pessoal, em razão da cláusula de reserva de jurisdição, deve ser realizada mediante autorização judicial. Resposta: Errado. A busca domiciliar, em razão da cláusula de reserva de jurisdição, deve ser realizada mediante autorização judicial. No caso da busca pessoal, pode ser realizada sem ordem judicial na hipótese de fundada suspeita de estar o agente ocultado instrumento (ou arma) do crime, ou mesmo produto deste. Se não existir fundada suspeita, aí sim será necessária a ordem judicial. 4. (ADAPTADA) A busca e apreensão não é considerada meio de prova propriamente dito, porque se trata do instrumento por meio do qual se assegura a reparação dos danos causados pelo criminoso. Nesse sentido, os tribunais superiores vêm frisando o seu caráter de medida assecuratória, não se constituindo em meio de prova propriamente dito. Resposta: Errado. A busca e apreensão não é considerada meio de prova propriamente dito. Acontece apenas que também possui um caráter de medida assecuratória, por vezes sendo utilizada, por exemplo, como forma de garantir a reparação civil dos danos causados. 5. (ADAPTADA) A busca e apreensão domiciliar pode ocorrer no domicílio de uma pessoa, ou mesmo em local a este equiparado. Resposta: Correto. Tanto pode ocorrer no domicílio como também em local a estes equiparados. 6. (ADAPTADA) A busca e apreensão domiciliar somente pode ocorrer no local em que pessoa possui o ânimo definitivo de moradia ou de exercício da profissão. Resposta: Errado. A expressão “domiciliar” para efeito de busca e apreensão deve ser entendida como a mais ampla possível, e não restrita ao conceito de domicílio no direito civil. Por sinal, parte da doutrina considera que deve ser utilizado o conceito de casa empregado no §4.° do art. 150 do Código Penal 7. (ADAPTADA) Mesmo em terrenos não habitados, em razão da proteção ao direito de propriedade, haverá necessidade de ordem judicial para a realização de busca e apreensão de coisas no local. Resposta: Errado. Em terrenos não habitados, não haverá necessidade de ordem judicial para a realização de busca e apreensão de coisas no local. Dessa forma, a autoridade policial pode entrar nesses locais para proceder às diligências cabíveis, inclusive, recolhendo objetos que interessem para o conjunto probatório. 8. (CESPE) Se a busca e apreensão – a ser realizada em escritório de advocacia – for determinada por autoridade judicial, será desnecessária a prévia comunicação à OAB. Resposta: Errado. A antiga redação do inciso II, do art. 7º, da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB) estabelecia como direito do advogado “ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca e apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB”. A Lei n.º 11.767, de 2008, fixou nova redação para o inc. II: “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”. Conforme o § 6º do mesmo dispositivo, “presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes”. “A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade” (§ 7º). 9. (CESPE) As testemunhas da acusação e da defesa serão inquiridas umas na presença das outras. Resposta: Errado. Nos termos do art. 210, do Código de Processo Penal, as testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho. 10. (CESPE) A Constituição da República consagra a inviolabilidade do domicílio no sentido restrito do local, onde o indivíduo estabelece residência com o ânimo definitivo. Não está sujeito à proteção constitucional o consultório profissional de um cirurgião- dentista, que prescinde de mandado judicial para efeito de ingresso de agentes públicos para efetuarem uma busca e apreensão requerida por autoridade policial. Resposta: Errado. O consultório de um médico e o escritório do advogado, assim como outros ambientes privativos para o livre exercício profissional, estão resguardados pela garantia da inviolabilidade domiciliar.
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