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4º seminário internacional de Kali Silat no Rio de Janeiro Cutelaria Artesanal Aprofundando o tema Karambit Séculos de história em uma faca “moderna” Esparta e a batalha das Termópilas Revista Eletronica 2 Kombato.org A Revista Trincheira prima pela especificidade, qualidade, pesquisa e pela boa leitura. É de primordial importância que os nosso artigos e matérias sejam instrutivos e esclarecedores para que nossos leitores possam saborear novas vivências e, a partir daí, construírem opiniões. Nesta publicação, de número 2, vamos começar com um artigo do Mestre Paulo Albuquerque abordando o “Quarto Seminário Inter- nacional de Kali Silat ” feito no Rio de Janeiro, que promoveu um grande encontro entre praticantes de Kali de várias partes do país e contou com a presença do Masguru Dennis O´Campo, além do nosso querido Tuhon, Greg Alland, vindo dos EUA. Você também vai entender um pouco mais sobre a cutelaria artesanal e saber as origens da faca Karambit. Além disso, lerá ainda, um artigo crítico e emocionante que fala sobre honra a pátria através de uma alusão aos guerreiros espartanos. Na seqüência, uma matéria especial sobre Defesa Pessoal Feminina. As mulheres terão uma pequena amostra do que podem fazer para defender-se de agressores quando bem treinadas. Nos especias voltados para a saúde, sua Trincheira aborda os primei- ros socorros em matéria, totalmente ilustrada e muito bem escrita, pelo con- A agenda poderá ser modificada, para ver as atualizações acesse: www.kombato.org ceituado médico Dr. Ricardo Torviso. Ainda com tema saúde o personal trainer Diogo Bracet preparou uma matéria sobre Pliometria. agenda O Bastão Expansível Tático, o BET será apresentado aos leitores de forma sim- ples e objetiva. Por último, você lê sobre as técnicas do Wado-Ryu. A Trincheira é um espaço é democrático promovido pelo Mestre Paulo Albuquerque, que permanece perceverante no sentido proporcinar instrução, prazer e questionamentos internos aos leitores desta publicação digital. Tenham todos uma ótima leitura. ana claudia rebello editora chefe Trincheira: Revista digital de distribuição gratuita da Kombato ltda Coordenação: Paulo Albuquerque Editora-Chefe: Ana Claudia Rebello Sub-Editor: Richard Clarke Editor/Editoração Eletrônica: Marcos Souza , André Pinho Colunistas desta Edição: Paulo Albuquerque, Lucas Silveira, Richard Clarke, Francisco José Ferrari, Paulo Eleutherio Neto, José Lezon, Alcio Chagas Nogueira Filho, Ricardo Torviso Logomarca Trincheira: Carolina Cereda Rafaine Parceiras: Academia Cabalá, Academia By Fit, Associação Brasileira de Haidong Gumdo, Silveira Knives, Estacioradiosite.com . Contato Comercial: [email protected] Mande sua sugestão de pauta: revistatrincheira.redaçã[email protected] Fale Conosco: [email protected] FEVEREIRO 2009 14/02/09 Sábado - 14h CURSO INTENSIVO DE BOXE - RALAÇÃO FORTE!! - R$ 100,00 28/02/09 Sábado - 14h - CURSO DE COMBATE COM FACAS - MOD2 - R$ R$ 100,00 - M. Paulo MARÇO 2009 14/03/09 Sábado - 14h - CURSO DE COMBATE COM FACAS - MOD3 R$ 100,00 - M. Paulo 14/03/09 Sábado - Curso de Combate com facas - Módulo 1 - (SP) R$ 120,00 - Instrutor Lucas (mínimo de 10 pesoas) 22/03/09 Domingo - 14h SEMINÁRIO DE MUAY THAI COM O PROFESSOR CHINA - RJ ABRIL 2009 04/04/09 Sábado - Seminário de Kali - Iniciantes e avançados - R$ 100,00 11/04/09 Sábado - Seminário de Kali em em Bauru 18/04/09 Sábado - 14h - CURSO DE PANGGAMUT - MÓDULO 2 - R$ 100,00 - Masguru Paulo (RJ) 25/04/09 Sábado - 14h - CURSO DE COMBATE COM FACAS - 17 CORTES - R$ 100,00 - R. Clarke Texto: paulo albuquerque/fotos: divulgação P ara ser feito um encontro internacional de Kali, é preciso muita fé nas pessoas, na organização, mas o nosso trabalho tem compensado. Nos dias 22 e 23 de novembro de 2008, fizemos pela quarta vez, um legítimo Sama-sama (seminário/encontro). Mas, desta vez conseguimos ir mais além. Muitos que eram apenas iniciantes no primeiro seminário, agora já estavam ensinando a arte e ciência do Kali Silat no evento, fortalecendo minhas instruções, e com o Masguru Dennis O´Campo, além do nosso querido Tuhon, Greg Alland. Nestas horas de seminário foram estudados diversos Drills, Panggamut, escolhas de lâminas, e muito material para as 15 horas de treinamento, todos ficaram satisfeitos. Tuhon Paul Greg Alland é um mestre graduado em diversas escolas filipinas, e é o meu Mestre de artes malaias, já há 22 anos, desde que ele colocou os pés no Brasil pela primeira vez em 1986. De lá para cá, viagens e tudo o mais, consegui ir evoluindo até passar de aluno para instrutor, de instrutor para professor, de professor para Mestre. Hoje, depois deste seminário, já posso di- zer que, em poucos anos terei também formado um aluno meu mestre. Um verdadeiro Guru de Kali não apenas ensina a matar, mas principalmente a viver, e por isso orienta seu aluno a seguir o caminho de forma correta. Logo, formar um aluno seu instrutor, depois professor, depois mestre, é uma sensação semelhante a de um pai vendo seu filho crescer e ser um homem com sucessos e responsabilidades, pois quem o elegerá como Mestre são os alunos que ele terá, e por isso o orgulho. Ver a evolução do seu trabalho, é muito satisfatório. Em especial o Kali, pois apesar de todos os meus esforços nos primeiros anos, parecia que as sementes que eu estava plantando não cresciam - e eu sempre me questionava até que ponto eu não estaria regando de forma errada. Mas um dia, as coisas começaram a mudar. Talvez através do sistema Kombato, que despertou o interesse dos meus alunos por armas, ou talvez pelo cinema, como nos filmes da trilogia Borne, o Kali começou a tomar outro impulso no pais. Neste quarto Seminário Internacional que “Um Guru não apenas ensina a matar, mas a viver. Formar um aluno é semelhante a um pai ver seu filho crescer e ser um homem”. promovemos, nas quase 15 horas de treinamento em dois dias, os iniciantes puderam receber o aprendizado de Kali através das mãos de não apenas três Mestres, mas de uma boa quantidade de professores e instrutores. Foi um encontro muito produtivo, com o espírito de amizade, onde Kalipis de diversos estados do Brasil - Rio de Janeiro - Minas Gerais - São Paulo - Curitiba - Brasília - e mais dois países puderam se encontrar, e fortalecer seus laços de amizade e companheirismo - o espírito de nossa tribo, que deixará, sem dúvidas, em todos uma grande saudade do encontro. Mas, esta saudade poderá ser saciada em breve - estamos organizando, para o ano de 2009, além do Seminário anual do Tuhon Greg, um Seminário anual de Marc Denny, líder dos Dog Brothers e um fim-de-semana de treinamento intensivo em um hotel no estado do Rio de Janeiro. Tenho certeza de que nossa federação, recém nascida, seguirá os passos bem-sucedidos do Kombato - alunos fiéis, instrutores de qualidade, e principalmente o espírito de dividir o conhecimento com quem precisa e merece. Um agradecimento especial ao meu Tuhon pelo conhecimento passado para mim, e pela permissão de passá-lo para outras pessoas - que já estão semeando a arte em outras partes do Brasil e do Mundo. E um agradecimento especial a todos que me elegeram como Mestre, pois sem a fé que depositaram em mim, e luz que me enviam, eu não poderia estar onde estou. Maraming Salamat Po 4º seminário internacional de kali silat no rio de Janeiro corpo docente da kali silat brasil Texto: francisco ferrari/fotos: francisco ferrari e fernando bornia V imos no artigo anterior o surgimento da cutelaria e seu contexto histórico. Nesse, aprofundaremos mais o tema, já nos situando no presente, e conseqüentemente, estabelecer o tema dentro do assunto da defesa pessoal. A atual indústria de cutelaria é muito moderna, e se pesquisarmos, mesmo que superficialmente, veremos uma vasta gama de modelos e tipos de facas ou outros instrumentos de corte, bem como vários tipos de materiais empregados. A cutelaria artesanal situa-se dentro do nicho de mercado mais especializado, principalmente visando atender clientes mais exigentes, ou seja, aqueles que procuram algo diferenciado, personalizado e com a sua cara. É interessante notar que hoje nos USA, o mercado de cutelaria artesanal só perde em movimento pelo mercado de jóias. O Brasil, é claro, ainda está muito atrás nesse mercado, mas caminha a passos largos para sua consolidação e a ampliação. A cerca de 10 anos atrás, existia somente uma feira anual, que não consegui reunir nem 20 profissionais da área. Hoje temos 3 grandes feiras nacionais, sendo que a maior já consegue reunir mais de 50 cuteleiros, fora o mercado paralelo de suprimento e ferramental. Apesar de ser suspeito em falar, muito desse progresso deve-se à Sociedade Brasileira de Cuteleiros, que tem trabalhado muito para que isso aconteça. Além da parte de mercado, a SBC também fornece um curso de extensão de cutelaria artesanal dentro da UNB em Brasília-DF, e em breve outra escola será aberta em Campina Grande-PB. Nesta altura do campeonato, o leitor deve estar se perguntando: O que a cutelaria artesanal tem a ver com defesa pessoal? A resposta é simples: tudo. Principalmente para quem quer escolher uma lâmina. Não é raro alguém querer alguma faca, quer seja para treino ou porte que não acha o que quer ou simplesmente não está contente com o que possui. Quem me conhece sabe que sei apenas o básico sobre defesa com facas, mas sempre que me aventurei nessa área procurei orientação de quem conhece o tema mais a fundo. Com várias opiniões, a cuteleiro já começa a formar o seu conceito sobre o que Geralmente o perfil de quem procura um artesão para sua lâmina é porque deseja algo sob medida, como se fosse uma roupa. O cliente também tem seus conceitos formados, por isso quer algo só seu. Respondendo por mim, às vezes são necessárias várias conversas e muitos esboços para se chegar a um consenso de projeto, e daí sim partir para a confecção. O resultado é algo totalmente personalizado. O cuteleiro confecciona a lâmina uma a uma, e isso faz com que a qualidade seja maior que as facas industriais, já que ele tem 100% do controle da produção e em todos os seus estágios. Em compensação, devido a esse controle, os prazos para a entrega são maiores. Conheço alguns cuteleiros que tem uma fila de espera de mais de 7 anos! Finalizando, gostaria de esclarecer que a cutelaria artesanal tem uma grande amplitude, já que alguns cuteleiros podem se especializar em certas áreas, enquanto outros são mais flexíveis em seus projetos, portanto cabe ao cliente escolher aquele que lhe agrade e possa executar o que pretende. No próximo artigo entraremos na parte técnica da coisa, por isso não percam! “O cuteleiro confecciona a lâmina com qualidade maior que a das facas industriais, já que ele tem 100% do controle da produção”. cutelaria artesanal aprofundando o tema pode fazer, ou seja, como será sua faca tática. É interessante ressaltar o que foi dito acima, pois quem não está familiarizado com a lâminas artesanais acha que faca é faca, portanto é tudo a mesma coisa, mas se começarmos a prestar atenção veremos que cada cuteleiro tem seu estilo próprio, geralmente formado por conceitos e pela sua prática. Não que um seja certo e outro errado, são apenas maneiras diferentes de expressão. Francisco José Ferrari é Membro fundador e Vice-Presidente da SBC Texto/fotos: richard clarke Primeira opção: Ataque com uma adaga em pakal (pegada invertida), o Kalipi usa a mão viva para quebrar o ataque, atacando com o cutelo da mão o ante-braço da mão da arma do adversário (imagem 1). A mão da Arma entra junto com a mão viva para não perder o contato, evitando uma outra investida (imagem 2). Com o braço da arma controlado, o kalipi ataca com a Kerambit numa areá vital (imagem 3). 2 1 3 Segunda opção: Ataque com uma adaga em pakal (pegada invertida) , o Kalipi usa a mão viva para quebrar o ataque, atacando com o cutelo da mão o ante-braço da mão da arma do adversário (imagem 1) A mão viva captura a mão armada do agressor fazendo uma torção usando o antebraço para desarmá-lo enquanto o Kalipi aplica uma Rompida (ataque de baixo para cima, imagem 4) na barriga e vai até o pescoço e volta indo para as costas do agressor como mostram as imagens 5, 6 e 7. Estes exemplos, acima descritos, foram uma pequena amostra do que se pode fazer com uma Kerambit. E se você quer praticar procure um instrutor credenciado para aprender da forma correta, não se deixando enganar com pessoas sem qualificações. kerambit séculos de história em uma faca “moderna” T alvez uma das mais exclusivas entre as muitas variedades de lâminas do arquipélago indonésio é a Kerambit. A origem desta inusitada faca foi na época do império Majapahit de quase 5.000 anos atrás. Desde lá ela foi desenvolvida como utensílio e arma nas Filipinas, Bornéo, Bali, Indonésia. Suas características são visíveis. Possui orifício na empunhadura onde fixa-se uns dos dedos, facilitando assim, a desferida do golpe. Karambit ou Kerambit, é uma arma do Kali Silat. Originariamente era uma garra de Harimau, um dos maiores felinos (Tigre indonésio), e possuía várias formas de uso. A partir daí, os povos que adotaram ferramentas comuns em armas para defesa pessoal, logo perceberam que a Kerambit estava bem adaptada como uma arma defensiva. Apesar da origem antiga, só recentemente há uma crescente popularidade da Kerambit pelos praticantes de artes marciais, em especial os lutadores de Kali Silat e Silat. Esta faca está sendo muito utilizada em filmes, resgatando as origens de sua história e misturando-se com o moderno. Características: A Kerambit é uma lâmina com uma curva acentuada e é, normalmente, duas vezes cortante. Foi concebida para ser realizada em um grip (pegada) invertida. A Kerambit possui um furo no cabo no qual é colocado o dedo indicador, proporcionando assim uma aderência extremamente segura, devido a esta característica é muito difícil desarmar alguém que a estiver empunhando. Descreverei agora duas opções, de várias, para exemplificar o uso da Kerambit. 1 4 6 5 7 Texto/foto:paulo eleutherio neto/ilustração: Stanley Meltzoff Parceiros ESPARTA e a batalha das termópilas O exemplo dos trezentos guerreiros de Esparta que, sob o comando de Leônidas e ao lado de soldados de outras cidades gregas enfrentaram no desfiladeiro das Termópilas o formidável exército comandado por Xerxes, continua sendo a demonstração inequívoca de um dos maiores modelos de coragem e de patriotismo em toda a história da humanidade. No ano passado, provocado pelo entusiasmo do meu filho Paulo (mestre Paulo Albuquerque), resolvi assistir ao filme que reproduz aquele belo capítulo da história da humanidade, assunto do qual tomei conhecimento em minha juventude através dos ensinamentos de professores do colégio por mim freqüentado em Recife e da leitura de compêndios da matéria conhecida na época por História Geral. Ao terminar de apreciar aquele belo trabalho, e ainda emocionado com o tema desenvolvido, um pensamento me veio à mente: por que não mais existe, no Brasil, um conjunto, ou um número considerável de pessoas com a coragem e a noção de patriotismo demonstrada por aqueles espartanos? Pelo que conheço, há algum tempo em nossa história eram bastante freqüentes tais demonstrações, sobre uma das quais tive bastante conheci- mento, que foi a Revolução Constitucionalista de 1932, a qual repercutiu até no Pará, onde foi apoiada de forma bastante clara e explícita por muitos, sendo um dos líderes da época, naquele Estado, o meu saudoso pai, então com dezoito anos de idade. Aparentemente, a questão da queda de qualidade do ensino no Brasil, a nítida deterioração das bases de formação das famílias brasileiras e o nítido desprezo por uma educação de qualidade – desprezo esse que pode ser até proposital – são os maiores responsáveis pela decadência do amor pátrio e pelo pouco caso demonstrado com relação aos inúmeros erros que vemos e que continuam a persistir principalmente nas esferas de governo e na direção dos mais diversos órgãos dos poderes constituídos. A bandeira de nosso país não é mais aquele símbolo em frente ao qual entoávamos, quase que diariamente, de forma emocionada e entusiasmada, o Hino Nacional, do qual cada vez menos brasileiros se lembram das estrofes. E, para tornar o cenário atual ainda mais triste e revoltante, observamos que nada acontece com aqueles que violam os princípios da hierarquia e da disciplina, que se constituem nos pilares da estrutura das Forças Armadas de qualquer país. E o que é pior: ainda contam com o beneplácito e até a aprovação de muitos dos que se intitulam, ou se fantasiam, de representantes do povo. É, realmente, uma vergonha. Agora entendo – mesmo sem concordar – o motivo pelo qual muitos de nossos patrícios procuram uma segunda cidadania. Está, realmente, ficando frustrante ser brasileiro. E principalmente sob governos da qualidade desses que temos experimentado há alguns anos, "que nada sabem" e que nada vêem. Estamos necessitando urgentemente de um Leônidas. E, acima de tudo, precisando adotar, com toda urgência e com toda ênfase, os valores demonstrados e divulgados, na História da Humanidade, por aqueles brilhantes e valorosos trezentos combatentes de Esparta. paulo eleutherio neto Texto: paulo albuquerque/fotos: Richard Clarke Texto e fotos: paulo albuquerque Golpe com o calcanhar da mão 1. Neste caso, o agressor caminha diretamente em direção à garota, gritando para amedrontá-la e mostra claramente a intenção de atacar. A garota levanta as mão, fingindo medo. 2. Ela o golpeia usando o calcanhar da mão diretamente sobre o nariz do atacante, três vezes seguidas, alternando as mãos. Agora ela está em condições de fugir e chamar a polícia. Observe a seqüência: 2 1 OBS.: O uso do calcanhar da mão é baseado em estudos ortopédicos. A maioria das mulheres possui uma estrutura óssea frágil nas mãos e pulsos, quando comparadas aos homens. Dessa maneira, golpear com os punhos cerrados é geralmente perigoso para as Kombatentes DEFESA PESSOAL Garota fala ao celular quando está na espreita um agressor 1. O Agressor se aproxima por traz. 2. Tentando agarrá-la pelas costas. Percebendo isso, Ela usa a quina do celular contra a mão do atacante, simultaneamente agarrando seu dedo mínimo. Subitamente vira o dedo mínimo lateralmente, talvez conseguindo quebrá-lo. 3. O agressor a solta, 4. Em seguida, ela golpeia o nariz dele com o celular. Observe a seqüência: FEMININA A tualmente muitas mulheres brasileiras, principalmente as que vivem no Rio de Janeiro, estão aprendendo Kombato (um sistema brasileiro de combate militar). Existem cursos especiais, oficinas e aulas regulares em muitas academias e escolas de artes marciais - não apenas em organizações militares. Esse sistema, adaptado para a realidade feminina, inclui conhecimento de técnicas de segurança, prevenção e reação contra estupros, assim como combate desarmado, gerenciamento do comportamento agressivo, cuidados com crianças e especialmente combate com facas e armas improvisadas. As armas são as mais inusitadas: escovas, celulares, BET – Bastões e etc. Tal sistema é focado em um ou mais atacantes, na maioria das vezes homens. Descrevemos a seguir alguns dos golpes básicos que podem ser aprendidos pelas leitoras: 1 3 2 4 Garota andando em lugar deserto 1. Dois agressores a tentam agarrar. Talvez seja um estupro! 2. Ela rapidamente saca uma faca. 3. Golpeando primeiro agressor na barriga, pois é mais difícil para o agressor defender-se. 4. Logo depois, ela vira e golpeia o segundo agressor. Garota no chão 1. O agressor consegue levar ela ao ponto aonde fica ajoelhado entre suas pernas. 2. Ela empura os quadris dele com os pés, 3. abrindo espaço para um pisada no rosto. Observe a seqüência: OBS.: Ao invés da faca, pode ser uma chave de fenda ou qualquer instrumento pontiagudo - até mesmo uma caneta. Mas, ao invés de golpear a barriga, mire os olhos. Observe a seqüência: 1 1 2 2 3 4 Filosofia do Sistema Kombato contra estupros No Kombato, nós usamos a sigla C5 - significa: comando de voz, correr (fugir), combater (lutar), corpo de delito (prova do crime) e comunicar (avisar as autoridades). Explicando em detalhes: 1. Comando de voz: diga alguma coisa em tom imperativo, como "PARE!" ou simplesmente grite "FOGO!". Na maioria das vezes o agressor ficará envergonhado e desaparecerá. 2. Corra: corra até um lugar público, como um shopping center, uma loja, restaurante, ou mesmo para a polícia, se possível. Lembre-se que a fase da corrida pode acontecer até mesmo quando o agressor está pronto para a agressão. "Uma mulher com a saia levantada corre mais que um homem de calças arriadas." 3. Combate: agora entramos na parte realmente física. Artes marciais, especialmente Kali, ou um sistema como o Kombato podem ser úteis. Lembre-se que movimentos inesperados produzem os melhores resultados. 4. Prova: talvez seja doloroso, mas se a agressão ocorrer - apesar de tudo o que foi dito antes - não vá para casa. Vá até a polícia ou ao hospital e deixe-os verificar o que aconteceu. 5. Comunicar: preste queixa numa delegacia. 3 Lembre-se, o agressor raramente surge de um beco escuro, como os jornais fazem acreditar. Na maioria dos casos, no Brasil e nos Estados Unidos, o agressor é alguém que você já conhece. Ele pode estar na sua faculdade, na escola, ou no escritório. Com um treinamento adequado você não estará mais no papel de vítima. Texto: ricardo torviso PRIMEIROS SOCORROS O socorrista que presta os Primeiros Socorros a uma vítima deve levar em considerção alguns mandamentos básicos, como segue: OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA 01. Mantenha a calma. 02. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: · PRIMEIRO EU (o socorrista) · DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes) · E POR ÚLTIMO A VÍTIMA Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas. 03. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 192 (número nacional do SAMU), ou 193 (Bombeiros). 04. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente. 05. Mantenha sempre o bom senso. 06. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. 07. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe aju- darão e se sentirão mais úteis. 08. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa) 09. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito. 10. Seja socorrista e não herói (lembrese sempre do 2 mandamento). Lembre-se sempre destes mandamentos, visando a sua segurança e de sua equipe, e ainda, evitando riscos desnecessários para o paciente ou o agravo de suas lesões. O “ABC” DA VIDA Em nosso cotidiano podemo-nos deparar com situações de emergência onde somos forçados a tomar medidas para manter a vida daqueles que porventura tenham-se acidentado. Quando nos deparamos com uma situação como essa devemos sempre ter em mente o “Triângulo da Vida”, o que chamamos do “ABC” da vida. Quando presenciamos um acidente devemos seguir um protocolo de atendimento numa sequência lógica, de forma rápida e eficiente. Cada minuto perdido pode significar ou o agravamento da lesão ou até mesmo a morte do paciente. Considere que o cérebro, órgão com células extremamente nobres, só pode ficar apenas quatro a seis minutos sem oxigenação, portanto temos que ser breves em nossa avaliação do paciente e tomar medidas para que chegue oxigênio e glicose (nutrientes) à célula nervosa cerebral. Pacientes atendidos no primeiro minuto do acidente tem grandes chances de recuperação, e a cada minuto que passe sem o atendimento suas chances diminuem drasticamente. É o que chamamos de “Golden Minute”. Note que o tempo começa a ser contado no momento da lesão, portanto o socorrista deve iniciar o atendimento o mais breve possível. Outro dado importante a ser lembrado é que se o paciente é atendido, depois de removido do local do acidente, numa unidade de emergência preparada para recebê-lo dentro da primeira hora após o acidente ele tem 85% de chance de recuperação. É o que chamamos de “Hora de Ouro”, batizada assim pelo Dr. R. Adams Cowley, da famosa Unidade de Trauma e Choque de Baltimore, Maryland, Estados Unidos. Mais uma vez lembramos que o TEMPO é um fator determinante no sucesso de prestarmos assistência adequada a um acidentado e aumentar suas chances de recuperação. Como dito anteriormente, aquele que presta o primeiro atendimento ao acidentado deve seguir um protocolo numa sequência lógica e de forma rápida, como veremos à seguir. atendimento a uma vítima é avaliar a cena (o local) onde o sinistro ocorreu. Isto se faz imprescindível tanto para sua segurança como para o próprio paciente. Avalie a cena a procura de perigos. Se a cena não for segura faça com que se torne segura. Avalie a necessidade de remoção imediata da vítima do local do acidente (ex: casos de incêndio, local com gases tóxicos, materiais energizados, etc.). Não exponha sua vida agindo de forma precipitada ou impensada, pois você pode se tornar outra vítima. No caso de acidente por corrente elétrica, certifique-se de isolar o paciente da fonte energizada ou desligue a fonte elétrica antes de tocar o paciente. Confira o número de vítimas. No caso de mais de uma vítima de trauma grave solicite o mesmo número de ambulâncias para o resgate e transporte a um centro de emergências com condições de dar o tratamento adequado à vítima. Solicite ajuda de companheiros e peça que algum deles entre imediatamente em contato com a equipe de resgate (no nosso caso por intermédio dos bombeiros pelo telefone 193). Feito isto, passe para a Avaliação Primária do acidentado. SE APROXIMA DO PACIENTE Você deve avaliar a situação do paciente mesmo antes de chegar a seu lado. Está alerta ou apresenta aguma dificuldade? Tem lesões óbvias ou aparentes? Este panorama geral obtido enquanto se aproxima da vítima pode dar-lhe o sentido de urgência da situação. Por mais grave ou grotesca possa apresentar-se a situação, não varie a forma de realizar a avaliação primária, pois se você “pular” passos deixará de detectar lesões. Ao aproximar-se do paciente procure acalmá-lo. Apresente-se e procure tranquilizá-lo dizendo que está ali para ajudálo. Esta apresentação deve ser frontal (cara-a-cara) para que não tenha que virar o rosto para vê-lo. AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS, ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL E NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (NDC) A avaliação é imediata, mesmo que o paciente esteja sendo removido do local (ex: local insalubre ou que ofereça risco). A remoção não pode interferir com o cuidado do paciente. Caso o paciente encontre-se lúcido, procure saber seu nome. Desta forma você estará avaliando ao mesmo tempo se as vias aéreas AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Esta é uma avaliação rápida para determi- estão pérveas e seu grau de consciência. Se o paciente estiver inconsciente faça a nar as condições que mantém a vida (ABC). Esta avaliação deve demorar no máximo 2 avaliação pelo método “ver, ouvir e sentir”. minutos e é tão importante que nada deve Você pode ao mesmo tempo avaliar as vias interrompê-la, salvo por obstrução das vias aéreas e a circulação: Coloque uma das mãos sobre o pescoço da vítima (o ponto aéreas ou parada cardíaca. As prioridades que devem ser lem- de referência é o ângulo da mandíbula), bradas enquanto se procede a Avalia- aproxime seu ouvido da boca e nariz da vítima de forma que possa olhar o tórax ção Primária são: a. Panorama geral do paciente enquanto e abdome da mesma, e ponha sua outra PROTOCOLO DE ATENDIMENTO se aproxima dele; b. Avaliar as vias aéreas, AO ACIDENTADO O socorrista deve seguir os seguintes estabilizar a coluna cervical e determinar o nível de conpassos ao abordar a vítima: sciência (NDC); c. Avaliar a respiração 1. Avaliação da cena (frequência e qualidade) 2. Avaliação Primária d. Avaliar a circulação 3. Avaliação Secundária (frequência e qualidade) 4. Reavaliação e. Examinar brevemente o abdome, AVALIAÇÃO DA CENA pelve e extremidades. O primeiro passo a ser dado ao se prestar PANORAMA GERAL ENQUANTO mão sobre o tórax da vítima. Veja os movimentos respiratórios (tórax ou abdome); Ouça o ruído do ar nas vias aéreas; Sinta os movimentos respiratórios e ao mesmo tempo a pulsação da artéria carótida. No caso de não se detectar respiração mesmo com a retificação das vias aéreas (elevação do mento), proceda a pesquisa digital por algum corpo estranho que possa estar obstruindo as vias aéreas (Ex: próteses dentárias, queda da língua, etc.). No caso das vias aéreas estarem realmente obstruídas, proceda a exploração das mesmas antes mesmo de terminar a Avaliação Primária, e certifique-se de identificar o agente causal. Todo paciente com trauma severo deve ter suspeita de lesão cervical, portanto sua manipulação deve ser extremamente cuidadosa para não correr risco de agravamento da lesão. Nota: No caso de necessidade de respiração boca-a-boca, atualmente preconiza-se que o socorrista terá o livre arbítrio para realiza-la ou não, caso o paciente apresente sangramento das vias aéreas (cavidade oral ou nariz), pois há risco de contrair doença infecto-contagiosa (estará expondo sua própria vida a risco). Desta forma deve proceder apenas a massagem cardíaca. Todo paciente com dificuldade respiratória ou NDC alterado estão na categoria de “Carregar e Transportar”, e devem ser sempre hiperventilados (24 por minuto se assim tolerar). Certifique-se que tanto a frequência quanto o volume ministrado estejam sendo corretamente aplicados. Estes pacientes necessitam também de um aporte maior de oxigênio, normalmente 15 litros por minuto, seja por máscara, cateter nasal, etc. Caso o paciente não respire, imediatamente ministre duas insuflações e tente sentir o pulso carotídeo (muitas vezes até mesmo para um socorrista experimentado é difícil palpá-lo devido a situação de stress, obesidade do paciente, etc.). Caso não sinta o pulso carotídeo inicie imediatamente as manobras de ressuscitação cárdio-pulmonar (RCP) que serão descritas mais adiante. Nota: O Volume Corrente* (VC) de um paciente adulto é de 500ml, portanto certifique-se de estar ministrando o volume correto a cada insuflação. * Ver mais adiante Volumes Respiratórios. Note que não basta apenas avaliar se o paciente está respirando e apresenta pulso, mas avaliar também a frequência e qualidade de ambos. Frequêncas mais altas ou mais baixas que as das faixas de normalidade indicam anormalidades que necessitam ser investigadas com a maior brevidade possível para minimizar a chance do estado de choque. Normalmente estado de choque pode ser desconfiado se o paciente apresentar uma frequência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto, pele fria e sudoreica, palidez cutâneo-mucosa, confusão mental, debilidade física e/ou sede. Note que um paciente com trauma espinhal pode não encontrar-se pálido, frio ou sudoreico, e não tenderá a taquicardia (frequência cardíaca alta). Ele tenderá a uma pressão sanguínea baixa e paralisia. Nesta fase de investigação procure por veias jugulares túrgidas (muito cheias, distendidas), desvio da traquéia da linha média do pescoço, movimentos toráxicos paradoxais (Ex: o tórax se deprime à inspiração), edemas (inchaços), enfizema subcutâneo (ar no tecido subcutâneo, o que faz com que sintamos crepitação ao palparmos a pele). Se houver alguma dificuldade respiratória o tórax deverá ser exposto para inspeção. Procure por deformidades, contusões, abrasões, penetrações, movimentos paradoxais, queimaduras, lacerações e edemas (DACPP-BLS). Avalie a sensibilidade ao tato, instabilidade ou deformação (TIC). Se possível, siga sua investigação fazendo uma ausculta torácica com um estetoscópio e verifique se os ruídos respiratórios estão presentes e iguais bilateralmente. No caso de estar abolido em um dos lados, percuta. O aumentoo do som da ercussão em um dos lados significa ar nas cavidades pleurais (pneumotórax), e no caso de macicez significa haver líquido (normalmente sangue – hemotórax). Pesquise também uma possível instabilidade torácica (normalmente causada por múltiplas fraturas de arcos costais). Em qualquer destes casos procure corrigir a causa que leva a dificuldade respiratória (fechamento de uma ferida lacerante, estabilizar com a mão um segmento instável, dar oxigênio, assistir a ventilação, etc.). AVALIAÇÃO DO ABDOME PELVE E EXTREMIDADES Rapidamente exponha e veja o abdome. Procure DCAP-BLS. Um abdome distendido ou duro (em tábua) significa problema grave, como possível sangramento interno. Não perca tempo tentando auscultar os ruídos do trato gastro-intestinal (peristalse). Lembre-se que o tempo é fundamental no sucesso de recuperação de seu paciente uma revisão da pelve brevemente. Procure DCAP-BLS. Pressione o púbis contra o sacro e também ambas as cristas ilíacas em direção medial visando dor referida pelo paciente ou crepitações às manobras. Inspecione as extremidades superiores e inferiores procurando DCAP-BLS. Palpe em busca de TIC e pulso distal, função motora e sensibilidade (PMS). Neste momento você possui informações suficientes para determinar as situações críticas de trauma que deve considerar-se na categoria de “Carregar e Transportar” (remoção rápida para a unidade de tratamento especializada). Nota: As emergências médicas que exigem rápida intervenção do socorrista são: Sangramento incoercível, Obstrução das vias aéreas superiores e Parada cárdio-respiratória. Se não revertidas prontamente levam o acidentado a êxito letal. INTERVENÇÕES CRÍTICAS E DECISÃO DE TRANSPORTE Para avaliar se o paciente se encontra na categoria de “Carregar e Transportar” (paciente crítico), você deve observar se ele apresenta qualquer uma das seguintes lesões ou condições críticas: 1. Lesão da cabeça com alteração do nível de consciência 2. Obstrução das vias aéreas não resolve com métodos mecânicos (elevação do mento, desobstrução digital, aspiração, pinças ou compressões abdominais) 3. Condições que possivelmente produzem respiração inadequada a. Grande ferida succionante de tórax b. Grande segmento torácico instável c. Pneumotórax hipertensivo d. Lesão contusa importante do tórax 4. Parada cárdio-pulmonar 5. Choque a. Hemorrágico b. Espinhal c. Contusão miocárdica d. Tamponamento cardíaco Esta lista anterior pode simplificar-se ainda mais para condições baseadas em sinais e sintomas: 1. Nível de consciência 2. Respiração anormal 3. Circulação anormal (choque) 4. Sinais ou condições que rapidamente produzem choque a. Abdome sensível (doloroso) e distendido b. Instabilidade pélvica c. Fraturas bilaterais do femur Antes de colocar o paciente na maca para o transporte faça uma rápida avaliação da região posterior do corpo. Procure por DCAPP-BLS. Existem poucos procedimentos que devem ser realizados no local da cena: manejo das vias aéreas, controle de sangramento abundante, fechamento de uma ferida succionante de tórax, estabilização manual de um segmento instável, descompressão de um pneumotórax hipertensivo e início de uma RCP. A – Alergias M – Medicamentos P – Prévias enfermidades L – “La” última refeição (a última refeição feita e se sólido ou líquido) E – Eventos que precederam ao acidente 3. Realize um exame da cabeça aos pés com maiores detalhes. A exploração deve incluir inspeção, ausculta, palpação e quando neAVALIAÇÃO SECUNDÁRIA cessário percussão. Comece pela No paciente crítico esta avaliação se dá cabeça, pescoço, tórax, abdome, peldurante o transporte, enquanto no pa- ve e finalmente extremidades. ciente estável pode-se realizar na cena, 4. Realize um breve exame neurológico porém não deve ultrapassar 10 minuntos. a. Nível de consciência Pacientes considerados estáveis podem A – Alerta tornar-se instáveis rapidamente. V – Responde a estímulo verbal 1. Cheque os sinais vitais D – Desorientado 2. Obtenha um histórico da lesão I – Inconsciente a. Observação pessoal b. Motora: o paciente pode mover os b. Transeuntes dedos das mão e dos pés? c. Paciente (em pacientes conscientes c. Sensorial: Pode sentir quando é toutilize um histórico SAMPLE) cado? O paciente inconsciente reage ao S – Sintomas ser beliscado? d. Pupilas: Estão com o mesmo diâmetro? São fotoreagentes? O exame neurológico é muito simples, porém frequentemente esquecido. Proporciona informações importantes que servem de ponto de partida e que pode ser utilizado mais adiante para tomar-se decisões de tratamento. Sempre o realize e registre os achados do exame neurológico. 5. Se necessário renove as bandagens (compressas) e faça novas imobilizações 6. Monitore e reavalie seu paciente continuamente. O paciente estável deve ser reavaliado a cada 15 minutos e o crítico a cada 5 minutos ou a qualquer momento se houver suspeita de deteorização de seu quadro clínico. Transporte imediatamente se a avaliação secundária revelar qualquer situação crítica de trauma descrita anteriormente que se inclua na categoria de “Carregar e Transportar”. para estabilizar objetos empalados. Os pacientes críticos são inicialmente imobilizados na maca, e a menos que ocorra atraso na cena são feitas outras imobilizações durante o transporte. A reavaliação do paciente crítico deve ser feita a cada 5 minutos e a do estável a cada 15 minutos. Esta reavaliação também deve ser realizada sempre que a condição do paciente deteriore. Registre exatamente o que observar e o que tenha realizado. Registre as mudanças nas condições do paciente durante o transporte. Registre o horário em que os procedimentos foram realizados. O CONTATO COM A EQUPE MÉDICA Caso venha a ter um paciente crítico a seus cuidados iniciais, solicite auxílio o mais breve possível. Em nosso meio usamos os serviços do corpo de bombeiros (telefone 193). Peça a alguém para contactar o serviço CUIDADO CRÍTICO o mais urgentemente possível, inforE REAVALIAÇÃO O cuidado crítico se refere a todas as mando o local do acidente com a maior intervenções e procedimentos realizados riqueza de detalhes, o número de vítimas, em resposta a avaliação que você realiza. e se possível o mecanismo de lesão além Isto se refere aos procedimentos efetu- do quadro pormenorizado de cada acidentado. Em caso de mais de uma vítima ados na cena e durante o transporte. 1. Manejo das vias aéreas. Todos os pa- solicite o número suficiente de ambulâncientes críticos de trauma devem receber cias, uma para cada vítima. Informe também se é necessário algum oxigênio (15 litros por minuto). Considere tipo de equipamento especial (serras, se o paciente requer mais intervenções sobre as vias aéreas (intubação, ventila- macaco hidráulico, etc.). ção assistida, descompressão de pneumotórax hipertensivo, aspiração, estabilização de tórax instável, etc.). 2. Colocar monitores. Isto geralmente se faz durante o transporte, a menos que exista atraso na cena. 3. Avalie a decisão de instalar um acesso venoso. Isto sempre se realiza ADULTO durante o transporte, a menos que 12 a 20 exista atraso na cena. 4. Bandagens e imobilizações: Nos paCRIANÇA cientes críticos estes procedimentos são realizados durante o transporte 15 a 30 para se preservar a “Hora Dourada”. ADOLESCENTE Entre algumas excessões encontramse as bandagens de compressão para 25 a 50 o cotrole de hemorragias e aquelas Quanto mais informações e mais precisas forem, as equipes de resgate terão condições de estar preparadas para dar o melhor suporte ao acidentado, aumentando assim ma chance de sobrevida do acidentado. Para outras informações quanto as técnicas de primeiros socorros visite nosso site http://www.preventfisic.com ou entre em contato por nosso e-mail [email protected] . A cada edição desta revista estaremos disponibilizando material sobre este assunto, sempre com novas informações. Dr. Ricardo Torviso Médico generalista pela Universidade Gama Filho Especialização em Cirurgia Geral pelo Hospital Adventista Silvestre Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Conselho Regional de Santa Catarina Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Pós-graduado em Medicina do Trabalho pela Universidade Federal Fluminense Médico Offshore Internacional Instrutor de Primeiros Socorros pela Prevent-Fisic. FREQUÊNCIAS RESPIRATÓRIAS NORMAL ANORMAL ADULTO <8 ou >24 CRIANÇA <10 ou >35 ADOLESCENTE <25 ou >60 Texto: Diogo Bracet Texto/fotos: diogo bracet Q uando falamos de treinamento de potência para o esporte, sempre surge uma dúvida de qual a metodologia ideal para cada modalidade desportiva, pois esse treinamento não deve interferir na técnica desenvolvida ao longo de todos os anos de aprendizagem e aprimoramento motor. Portanto, esse treinamento deve dar preferência para movimentos naturais ou o mais próximo possível do desejado no esporte. Pesquisadores e treinadores de todo o mundo buscam desenvolver aquilo que chamam de ideal, no entanto, o treinamento que parece trazer melhores benefícios ao atleta é o Treinamento Pliométrico (TP). O interessante é que não se sabe ao certo quando nem onde começou a ser utilizado, principalmente por usar diversos exercícios comuns às brincadeiras de crianças de todo o mundo, como por exemplo: pular corda, amarelinha, elástico. Segundo o especialista em Teoria e Metodologia do Treinamento, Dr. Tudor Bompa, a pliometria teve seu início com atletas de atletismo em 1920, porém exercícios e competições são encontrados na história ainda da Idade Média. Mesmo com tantos anos de prática, o treinamento pliométrico só começou a ser estudado como ciência no final dos anos 1960, com especialistas como Verkhonshanski (1967; 1968), Cavagna (1970), Komi e Buskirk (1972), dentre outros. O princípio do TP é utilizar movimentos naturais para desenvolver a potência do atleta, lembrando que potência é igual à força vezes velocidade (P = F x V). Esses exercícios são separados por nível de impacto: exercícios de baixo impacto e exercícios de alto impacto; e também por nível de intensidade: intensidade baixa (# 5) seguindo até alta intensidade (# 1). Abaixo vemos um quadro demonstrando os níveis de intensidade dos exercícios pliométricos, com seus diferentes tipos de exercícios e a forma de utilizá-los. Valores de Tipos de Intensidade Nº de reps. Nº de reps./ Intervalo intensidade exercício do exercício e séries sessão de treina- de repouso mento entre as séries 1 Tensão Máxima 8-5 X 10-20 120-150(200) 8-10 min. Muito alta 5-15 X 5-15 75-100 5-7 min. Submáxima 3-25 X 5-15 50 -250 3-5 min. Moderada 10-25X10-25 150-250 3-5 min. Baixa 10-30X 10-15 50-300 2-3 min. Salto de alta reatividade 2 Saltos em profundidade 3 Exercícios de salto múltiplos 4 BASES DO TREINAMENTO PLIOMÉTRICO Saltos de baixa reatividade 5 Baixo impacto Saltos no lugar Arremessos de implementos Fonte: Livro Treinamento de Potência para o Esporte – Tudor O. Bompa, 2004 – Ed. Phorte Cada nível de Grupos de idade Formas de intensidade deve ser utilizado para níveis de aprendizado treinamento diferentes, assim como idade Iniciante12-13 anos Apenas exercícios cronológica do indivíduo. Todo em geral profissional deve ter em mente o princípio da especificidade, Jogos princípio da individualidade e o princípio da progressão de carga de treinamento, para evitar lesões, overtrainning e Intermediário Força em geral conseguir um bom resultado 13-15 anos Exercícios orientados com o treinamento. Outro fator muito importante para iniciar o treinamento pliométrico é o fato de que o atleta deve Força em geral Intermediário – ser muito bem condicionado Evento orientado Avançado em treinamento de força (ex.: musculação, levantamento 15-17 anos básico, levantamento olímpico), treinamento esse essencial para qualquer atleta de todas as idades e modalidades desportivas. Quanto mais forte Evento orientado for o atleta, menor o risco de Força especifica Avançado lesão e melhor o resultado obtido com a pliometria. Veremos agora >17 os diferentes exercícios para cada grupo de idade: Esse tipo de treinamento depende de diversos fatores em sua metodologia para que o atleta tenha um resultado satisfatório e reduza a probabilidade de lesão. Dentre elas, repouso e Alta performance Específica intensidade do treinamento são cruciais. Normalmente, quando iniciamos o desenvolvimento de um atleta, ele é bem jovem e, muitas vezes, apenas uma criança. Nesses casos, a atenção deve ser redobrada, para não corrermos o risco Métodos Volume Intensidade Meios de treinamento Resistência Mus- Baixo cular Médio Muito baixo Exercícios de resistência leve Implementos leves Medicine Ball Bolas Baixa Hateres Resistência Baixo muscularIntrodução Médio Drible de pliométricos de Alto Medicine Balls baixo impacto Construção muscu- Idem ao anterior larTreinamento em Baixa Todos Acima Média Pesos livres circuito (resistência muscular)PotênciaPliométricos de baixo impacto Construção Médio Média Pesos livres muscularResistência Alto Alta Equipamento de muscularPotência- Máximo força e potência especial Força máximaPliométrico de baixo impactoIntrodução de pliométricos de alto impacto Todos acimaExcên- Todas acima Médio tricoPliométricos- Alto Baixo impactoAlto Super máximo Todos acima impacto Fonte: Livro Treinamento de Potência para o Esporte – Tudor O. Bompa, 2004 – Ed. Phorte de prejudicarmos uma vida por um erro de planejamento ou técnica empregada nos exercícios. Segundo Bompa, o treinamento deve ser iniciado com o fortalecimento da região central do corpo, hoje muito conhecida como CORE – abdômen e paravertebrais. Com a região CORE bem preparada, podemos seguir para as extremidades do corpo. Com a progressão para exercícios de maior impacto, deve-se estar atento ao tipo de calçado e piso utilizado durante o treinamento. De acordo com pesquisadores do Leste Europeu, o treinamento descalço é ideal para o fortalecimento dos tendões e ligamentos do pé, reduzindo o risco de lesões, assim como o treinamento na areia fofa. No entanto, os americanos recomendam o uso de calçados esportivos em qualquer atividade. Em relação ao tipo de solo, o piso macio reduz o impacto, diminuindo o risco de lesão, porém reduz também a reatividade do sistema neuromuscular (essencial no TP), que, por sua vez, é aumentada em superfície sólida. Como em qualquer método, o treinamento deve ser iniciado com o aquecimento, o qual deve ser dividido em duas partes: Aquecimento geral (AG) e Aquecimento Específico (AE). O primeiro tem como objetivo aumentar a freqüência cardíaca e a temperatura corporal, até o ponto de o atleta começar a suar, no entanto, devemos prestar atenção nos dias de calor intenso, pois o atleta começará a suar muito rapidamente, o que não quer dizer que já está preparado para o treinamento específico. No geral esse aquecimento deve ter em torno de 20 a 30 minutos. Após essa primeira etapa, devemos iniciar o AE, com o objetivo de preparar o atleta para o treinamento propriamente dito, utilizando exercícios específicos com menor intensidade e maior volume. Dado o aquecimento, partimos para o treinamento. Como dito anteriormente, o TP é a metodologia específica para o treinamento de potência, porém não o único método a ser utilizado na preparação física de um atleta. Ainda é necessário trabalhar a resistência, força, flexibilidade... Bompa indica não treinar pliometria após o treinamento de força ou resistência, pois esses resultam numa fadiga extrema do atleta. Na tabela a seguir veremos algumas possibilidades de organizar esse treinamento com os diferentes métodos. Ex. 1 Aquecimento Técnica Velocidade Pliometria Ex. 3 Aquecimento Técnica Pliometria Resistência Ex. 2 Aquecimento Velocidade Pliometria Resistência Ex. 4 Aquecimento Técnica Pliometria Força Fonte: Livro Treinamento de Potência para o Esporte – Tudor O. Bompa, 2004 – Ed. Phorte Para um preparador físico experiente não há mistério quanto à periodização do TP, uma vez que obedece a mesma regra que todo método de treinamento: elaboração de um Microciclo, um Mesociclo e um Macrociclo. Para um maior aprofundamento do assunto, sugiro a leitura do livro Treinamento de Potência para o Esporte, de Tudor O. Bompa. Nele, serão encontradas mais explicações e uma vasta lista de exercícios pliométricos para utilizarmos em nossos treinos. Bom treino e muita força a todos! Pegue essa onda na WEB Texto: lucas silveira/fotos: Richard Clarke bet bastão expansível tático O s bastões são parte do equipamento indispensável para aqueles que trabalham com segurança, por agregarem poder de impacto, distância segura e fácil controle dos oponentes, seja por golpes em regiões determinadas ou por imobilizações táticas. BET é uma sigla para Bastão Expansível Tático. Cada vez mais presentes, os bastões expansíveis devem, com o passar do tempo, substituir os bastões fixos, como cassetetes e tonfas, por terem a mesma eficiência, apesar da portabilidade incomparável, seja pelo tamanho ou pelo peso. O grande apelo deste tipo de bastão é, de fato, a portabilidade: um bastão de 26” (65 cm) aberto, pode ter reduzido para apenas 9 ½” (24 cm), cabendo, por exemplo, no bolso de uma calça jeans, passando completamente desapercebido. Deste modo, Deste modo, esta é também uma ótima alternativa para aqueles que não trabalham com segurança, mas procuram um meio para se defender da violência urbana, especialmente em tempos de vigência do Estatuto do Desarmamento. O mercado disponibiliza bastões expansíveis de tamanhos, construção e valores variados, tornando-os acessíveis para quaisquer públicos. Os mais comuns são feitos de aço e produzidos em larga escala na China, com o preço no mercado nacional variando entre R$100,00 e R$200,00, todavia, os modelos de materiais modernos, como alumínio de aviação (7075), chegam no Brasil na faixa dos R$300,00 a R$400,00, além, é claro, das edições especiais, com acabamento de ouro ou jóias, cujos preços passam facilmente dos R$500,00. Outra opção interessante são os bastões de polímero. Construídos sem nenhum tipo de metal, são mais leves e podem ser tão ou mais resistentes que os bastões de aço de baixo custo, com os valores semelhantes. Para os indecisos, existem também peças construídas parte de metal e parte de polímero, na tentativa de agregar as características de ambos. No que se refere ao comprimento, as opções são ainda maiores. A marca estadunidense ASP, fabrica bastões de 16” (equivalente a 40 cm) a 31” (77,5 cm), todavia a concorrente Monadnock, tem bastões de até 36”, ou 90 cm. Os mais conservadores podem argumentar que estas ferramentas têm menos poder de impacto ou são menos resistentes que os bastões feitos de peça única. Os fabricantes, entretanto, afirmam que alguns dos seus produtos podem resistir a tensões de até 4,5 toneladas, mantendo a funcionalidade integral. E para aqueles que querem mais impacto, existem opções de ponta diferenciadas, quadradas e com cantos vivos, suficientes para danificar qualquer tipo de tecido vivo. O treinamento, é claro, é fundamental para o bom uso de qualquer tipo de arma. É importante advertir que o uso inadequado de um bastão expansível pode ser desnecessariamente perigoso. Recomenda-se procurar uma escola séria e treinar constantemente. desarme de faca com bet 1 2 Etapa 3 - Ângulos diferentes Saque do BET 3 3 Texto e fotos: José Lezon e Alcio Chagas Nogueira Filho wado ryu máximo de eficâcia com o mínimo dispeêndio de energia W ado-Ryu é um dos quatro estilos reconhecidos pela WKF e EKU. Este pequeno artigo pretende, apenas, esclarecer sobre as características do estilo, das suas bases e particularidades fundamentais. Antes porém, para informação e esclarecimento geral, convem realçar que abordamos essencialmente o que se treina na da JKF Wado-Kai. Isto porque, para além da JKF Wado-Kai, existem mais duas organizações de Karate Wado-Ryu, casos da WIKF – Wado International Karatedo Federation, fundada e liderada por Tatsuo Suzuki, e a Wado-Ryu Karate-do Renmei de Jiro Ohtsuka, filho do fundador. As técnicas do Wado-Ryu são realizadas em movimentos curtos e precisos, com conjugação da rotação do corpo, fazendose projecções, que foram trazidas do Shindo Yoshin Ryu JuJutsu por H. Ohtsuka. Todas as técnicas utilizadas originam diversas ações motoras, o que dificulta um pouco a sua aprendizagem. Só com o decorrer do tempo, e muito treino contínuo, se conseguirá tirar proveito e tornar as mesmas eficazes. No que diz respeito às posições, estas possuem o centro de gravidade mais alto (cintura pélvica), contrariamente à maioria dos estilos, tendo sido projetadas para serem executadas por seres humanos e não baseando-se nos movimentos de animais, descendem, ainda, das bases do Kenjutsu. As deslocações e esquivas são assim executadas com maior velocidade, fluidas e sem necessidade de recorrer à utilização de tanta força, aproveitando a força do adversário para desferir os ataques e contraataques, que geralmente são feitos simultâneamente, ou seja, os chamados Nagashi Tsukis. Estes tem por base três elementos muito importantes no Wado-Ryu: Nagasu, que é a forma de deixar passar o ataque do adversário de forma muito simplificada, não se afastando demasiado do mesmo para facilitar o contra-ataque; o Inasu, que é a forma de desviar o ataque com os braços ou as mãos, do ponto em que o ataque era direccionado, e contra-atacar no momento em que o adversário utiliza a sua força, tornando assim o contra-ataque mais forte; o Noru, significa entrar no adversário. Em suma, o estilo Wado-Ryu diferencia-se dos restantes essencialmente por recorrer a técnicas de esquiva (tai-sabaki e nagashi), a torções, projecções, imobilizações, estrangulamentos e quedas (Kansetsu-Waza, NageWaza, Osae-Komi-Waza, Shime-Waza, Uke-miWaza). É um estilo muito natural, fluído, onde todos os movimentos se enquadram na forma natural do corpo humano. Para que se entenda bem, quando se pratica as técnicas defensivas (Ukewaza), tudo é praticamente feito em esquiva, com movimentação simultânea da cintura em direcção ao oponente, fazendo-se o contra-ataque quase em simultâneo à defesa (esquiva), aproveitando o máximo da força do adversário utilizada no seu ataque. Este é pois um dos princípios do Wado-Ryu, obter o máximo de eficácia com o mínimo dispêndio de energia. No Wado-Ryu há um imenso manancial de técnicas trazidas do Shindo Yoshin Ryu Jujutsu algumas das quais muitos poucos conhecem. A somar a outras, as treinadas regularmente e que caracterizam o estilo, são os Yakusoko Kumite/Kihon Kumite -- Treino com parceiro, com ataques e defesas onde os conceitos avançados do Wado são treinados e que Sensei Ohtsuka criou e introduziu com as bases do Shindo Yoshin Ryu Jujutsu. Foram criadas dez formas básicas de kumites combinados (Ipponme, Nihonme, Sanbonme, Yonhonme, Gohonme, Ropponme, Nanahonme, Happonme, Kyuhonme e Jyupponme). Tanto Doris, Sequência de defesas por parte do Uke (defensor) a ataques efectuados com punhal por parte do Tori (atacante). São técnicas em que está bem patente o Shindo Yoshin Ryu Jujutsu. Este treino deve ser, inicialmente, feito com facas de madeira, borracha, santoprene (tipo de plástico) e de alumínio (projetada também para treinamento) a fim de evitar acidentes, sendo preconizado por praticantes com graduações mais avançadas, uma vez que requer um certo grau de experiência técnica para poder assimilar todos os pormenores exigidos nas defesas e nos ataques, já que se utilizam costantemente técnicas de Yaku (chaves) e Nage (projecções), para além da grande importância do ma-ai (distância), o timing (momento certo da acção e da reacção), e o Zanshin (espírito de alerta). Tal treinamento evolui até a utilização de lâminas reais. Trata-se de um treino em que é exigido o máximo de concentração, a qual deve ser aliada a um relaxamento muscular para permitir uma rápida reação de movimentos imprescindíveis para efetuar uma defesa eficaz. Treina-se ainda técni- cas de defesa pessoal (Goshin Jutsu), pois a realidade moderna exige que o karateca esteja preparado, também nestes casos. O Zanshin que deve estar presente em todas as situações na vida de um Karateca, principalmente no dia a dia, quando a nossa vida pode correr algum perigo, é imperioso que esteja SEMPRE presente. Treinam-se os Idoris - Forma de Kumite tradicional japonesa feita a partir de posição de seiza (de joelhos). Aqui também o Shindo Yoshin Ryu Jujutsu está bem patente. A complexidade e o grau de dificuldade na execução prática dos Idoris é sem dúvida muito grande. Não é pois por acaso, que o treino e estudo dos Idoris é elaborado por alunos com graduações mais avançadas. As técnicas de Yaku (chaves) e Nage (projeções) estão, mais uma vez, na base de todos os Idoris. Treina-se o Tachi Dori - Técnicas de defesa a ataques de espada e facas que foram trazidas do Shindo Yoshin Ryu Jujutsu, por H.Ohtsuka. Treinamse o Jodandori - Chudandori– Gedandori – Wakigamaedori - Hassodori . Entre vários e bons mestres que felizmente há no estilo espalhados por esse mundo fora, as grandes referências são Tatsuo Suzuki, Toru Arakawa, H.Takashima, Katsumi Hakoishi, Mizuho Ashiara, Shiomitsu, e claro H. Ohtsuka II. Temos em Portugal como professor e representante da JKF Wado-Kai, reconhecido 6º Dan, o Sensei José Augusto Lezon, que frequentemente nos visita e orienta aqui no Rio de Janeiro, além de possuir uma grande capacidade administradora e conciliadora. Voltando à história da origem do WadoRyu o Sensei Ohtsuka era, inicialmente, um expert na arte do Shindo Yoshin Ryu Jujutsu. Ao tomar conhecimento da existência do Karate e tendo visto uma demonstração, interessou-se pelo assunto e foi ter com o sensei Funako- shi Giguin propondo-lhe uma troca de conhecimentos entre os dois, da arte que cada um praticava e ensinava. Ohtsuka sensei sendo um exímio praticante da sua arte, aprofundou-se nos conhecimentos do Karate, sendo que depressa alcançou um lugar de destaque e se tornou braço direito de Funakoshi. Infelizmente, divergências de opiniões surgiram entre eles e, a primeira diferença entre os dois, começou curiosamente pelos Katas. Ohtsuka dizia e afirmava que treinar somente Kihons(técnicas básicas) e Katas era bom, mas não era o suficiente. A partir daí as coisas começaram a afastar a forma do Karate entre os dois. Sensei Ohtsuka dados os seus conhecimentos do Shindo Yoshin Ryu, foi criando os chamados "Yakusoko Kumite"combinações de treino com parceiro, e Ju Kumites e um dia os apresentou ao próprio Funakoshi. Dessa forma nasceram diferenças na metodologia de treino. Separaram-se mas continuarram a ter boas relações durante toda as suas vidas. Aqui no Brasil, na ABKW (Assossiação Brasileira de Karate Wado-Ryu), encontramos bons praticantes e professores nos seguintes endereços: - Roberto Pimentel 6º Dan – Academia Staff, Rua Machado de Assis nº Largo do Machado – Rio de Janeiro; - Luis Gama – Teresópolis/RJ. - Av. Delfin Moreira 1340, sobrado - Vale do Paraíso; - Mycon Nonoyama 5º Dan – Academia Malharte nº 203, Asa Sul Bloco A, Brasília - DF; - Prof. Paulo Laércio Alves – Academia Aliança, Três Corações – MG Tel.: (35) 3231 4752 - Prof.:Lupércio Cesar - Campanha Esporte Clube - Endereço: Praça Zoroastro de Oliveira,26 Telefone: (035) 3261-1348 sensei otsuka era expert em shido yoshin ryu jujutsu
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