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VALIDAÇÃO DE UMA METODOLOGIA PARA ANÁLISE DE URÂNIO EM ÁGUAS POR ICPOES B.B. Melo1, S.M. Correa2, M.P. Lavatori3 e G.P Rocha4 1 Centro de Tecnologia Ambiental /Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] 2 Centro de Tecnologia Ambiental /Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] 3 Centro de Tecnologia Ambiental /Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] 4 Centro de Tecnologia Ambiental /Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] Área do Conhecimento: Química Resumo: Este artigo dispõe sobre a eficiência da técnica de Espectrometria Ótica por Plasma Indutivamente Acoplado, na determinação de Urânio em água para fins de potabilidade, através de um método validado, apresentando um limite de quantificação bem menor do que os valores máximos permitidos estabelecidos em normas brasileiras e internacionais. 1. Introdução • Seletividade: a partir do teste T de Student calculado para a metodologia, foi possível provar que não há efeito de matriz, uma vez que, Tcalc<Ttab. O Urânio é um metal encontrado na forma de três isótopos radioativos, sendo um contaminante da água, ar, solo e alimentos, proveniente da emissão de usinas nucleares, dissolução de fertilizantes, queima de carvão e outros combustíveis fósseis e lixiviação dos depósitos naturais como rochas e solos. A contaminação dos três componentes ambientais pode acarretar, principalmente, grande risco a captação de água potável, levando as autoridades nacionais a contemplarem limites para a concentração desse metal na portaria MS Nº 2914 de 12/12/2011 do Ministério da Saúde e Resolução CONAMA 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Internacionalmente, já existe a preocupação com o Urânio por diversos órgãos reguladores e agências de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), Conselho Canadense de Meio Ambiente e o Guia de Águas Potáveis Australiano (NHMRC). Com objetivo de atender os limites preconizados na norma é necessário o desenvolvimento de metodologias cada vez mais confiáveis e de maior sensibilidade, sendo de grande importância a validação analítica do método utilizado na quantificação do teor de urânio presente na amostra. • Linearidade: a distribuição aleatória dos pontos no gráfico de resíduos, caracteriza o homocedasticidade da curva analítica. 2. Objetivos • Precisão intermediária entre analistas: manteve-se todas as condições de análise e trocou-se o técnico executor. À partir do teste F, foi possível provar que a mudança analista não interfere significativamente na análise. Validar uma metodologia para a quantificação do Urânio em água para fins de potabilidade, utilizando a técnica por Espectrometria Ótica por Plasma Indutivamente Acoplado (ICPOES), de forma a atender, com confiabilidade metrológica, os baixos Valores Máximos Permitidos (VMP’s) estabelecidos nas normas ambientais brasileiras. 3. Métodos 3.1 Espectrométrico Duas curvas analíticas foram preparadas nas concentrações 0,010; 0,025; 0,050; 0,075; e, 0,100 mg/L, sendo pipetadas a partir de um Material de Referência Certificado (MRC) monoelementar de 1000 mg/L de U, da marca AccuStandard. Na curva sem matriz, utilizou-se água ultrapura e na curva com matriz, água do bebedouro, ambas acidificadas com ácido nítrico suprapuro 5%. Foram realizadas dez replicatas tanto do branco analítico quanto do primeiro ponto de 0,010 mg/L e três replicatas dos demais pontos, com propósito de gerar dados suficientes para a validação. Preparou-se também, em triplicatas, um branco fortificado de laboratório, na concentração 0,040 mg/L, que é um branco dopado com o MRC. A metodologia por ICPOES se baseia na medida de emissão proveniente do decaimento de átomos e íons excitados pelo argônio em um comprimento de onda específico, neste caso, o de 409.013. As condições do equipamento encontram-se descritas na tabela 1: • Valores aberrantes: a partir do teste de Grubbs calculado, o Ginferior e o Gsuperior foram menores que o valor tabelado de 1,156, caracterizando a ausência de valores que possam interferir significativamente a eficiência do método. • Limite de detecção e limite de quantificação: uma vez que a metodologia é a nível de traço e apresenta ruído, o LQ adotado foi o primeiro ponto da curva analítica e o LD=LQ/3,3. • Recuperação: através dos três resultados obtidos, experimentalmente, do branco fortificado de laboratório, foi calculada a recuperação média, obtendose recuperação dentro da faixa considerada aceitável (90 a 110%). • Precisão: foi empregada a curva sem matriz e obteve-se a média dos desvios padrões e relativos, sendo o maior valor destes, entre as triplicatas, menor que 10%. Desta forma, a metodologia é precisa. 4.2 Comparação de Normas Não há, mundialmente, um único VMP estabelecido para a quantificação de Urânio em águas, levando cada país a adotar o seu próprio limite de controle, de acordo com a necessidade de monitoramento e destinação da água a ser avaliada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou no ano de 2008, um limite mais baixo (15,0 μg/L) do que aqueles adotados por outras normas internacionais relevantes. No gráfico 1 é possível comparar os VMP’s destas normas com o LQ do método validado, onde pode ser observado que o LQ do método (10,0 μg/L) está abaixo do estabelecido por todas as normas referenciadas. 5. Conclusão O método validado apresentou resultados excelentes para a sua aplicação na determinação de Urânio em águas para fins de potabilidade atendendo com ampla margem aos limites estabelecidos nas normas brasileiras e nas internacionais referenciadas. 6. Agradecimentos 3.2 Validação Os parâmetros de mérito avaliados, para análise de traços, foram selecionados de acordo com a orientação do documento DOC-CGCRE-008 rev.04, do INMETRO, são eles: seletividade, linearidade, valores aberrantes, limite de detecção, limite de quantificação, recuperação, precisão (repetibilidade) e precisão intermediária entre analistas. 4. Resultados e Discussão 4.1 Validação do Método Na tabela 2, encontram-se os resultados obtidos. Os autores agradecem ao Sistema Firjan pelo estímulo a produção científica e a seus colaboradores, além do apoio do projeto RESAG. 7. Bibliografia [1] USEPA 200.8: Determination of Metals and Trace Elements in Water and Waste by Inductively Coupled Plasma Atomic Emission Spectrometry. [2] INMETRO- Orientações sobre validação de métodos analíticos- DQOCGCRE-008, revisão 04-Jul/2011. [3] BRASIL. Portaria nº 2914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. [4] BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente-(CONAMA). Resolução nº. 357, 17 de março de 2005. [5] U. S. Environmental Protection Agency. Technical Fact Sheet: Final Rule for (Non-Radon) Radionuclides in Drinking Water. November 2000. [6] Uranium in drinking-water. Background document for development of WHO Guidelines for drinking-water Quality, 2005. [7] NHMRC, Australian DrinkingWater Guidelines, 6ª ed., p. 10-26, 2004. [8] Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/ewh-semt/pubs/watereau/uranium/index-eng.php#guideline. Acesso em: 03/09/2014.