Boicotar a farsa eleitoral! Rebelar
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Boicotar a farsa eleitoral! Rebelar
Rebelar-se é justo! Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo set/out 2014 Resistência Popular Boicotar a farsa eleitoral! Rebelar-se é justo! As massas resistiram a truculência do velho Estado e combateram as forças de repressão em ação de despejo policial. São Paulo 17/09/2014 Mais uma vez, como sempre ocorre a cada dois anos, somos chamados de “cidadãos” e convocados a participar de mais uma “grande festa da democracia”, coagidos a legitimar este processo eleitoral podre e corrupto. Hospitais lotados sem as mínimas condições de funcionamento; professores super-explorados; crianças que ingressam no ensino médio sem saber ler e escrever; salário mínimo de miséria; aumento absurdo dos preços da alimentação e aluguel; ônibus lotados; violência e abuso policial; delinquência que ceifa a vida de nossos jovens. Nenhum destes problemas será resolvido por meio destas eleições podres e corruptas! Nenhum de nossos problemas será resolvido pelos políticos e seus partidos eleitoreiros! Muitas siglas, um só partido Não há diferença fundamental entre as siglas, na verdade, siglas diferentes de um mesmo partido, o partido das classes dominantes, dos ricos e poderosos. Basta compararmos os últimos gerenciamentos pós-regime militar-fascista: Sarney, Collor, Itamar, FHC, Luiz Inácio e Dilma Rousseff. Um seguiu o outro aprofundando as políticas de arrocho, repressão contra o povo, retirada de direitos, destruição da saúde e educação públicas, servilismo aos ditames do imperialismo, etc. Essa mesma politicagem se dá nas disputas estaduais e municipais, multiplicando-se o número de padrinhos, ‘coronéis’ e compradores de votos. Passados doze anos do gerenciamento do oportunismo não há diferença entre os desgovernos dos petistas e tucanos. O PT de Lula/ Dilma acusa o PSDB pelas privatizações, enquanto entrega de mãos beijadas aos monopólios os portos, aeroportos, rodovias e leiloaram o petróleo do Pré-Sal. Já o PSDB de Aécio comete o discurso da “estabilidade econômica”, escondendo que quando o PSDB esteve no poder as massas já enfrentavam a inflação, o arrocho salarial e a carestia de vida. Querendo tirar proveito da artificial polarização entre tucanos e petistas, Marina Silva (ontem PT/PV/REDE – hoje PSB) se apresenta como se fosse algo novo, repetindo o velho e surrado discurso da “nova política”. Esconde que saiu a pouco do PT e que foi neste partido que se criou e despontou para o cenário nacional, às custas de esquemas mafiosos com ONG`s imperialistas que saqueiam e controlam a Amazônia. Assim como faz questão de omitir suas escusas relações com o Banco Itaú e gente da estirpe do pastor ultrarreacionário Silas Malafaia. Os três candidatos considerados como principais concorrentes a posto de serviçal-mor do imperialismo defenderem a mesma política de continuidade e aprofundamento da subjugação do nosso país ao imperialismo e se refregam em baixarias tentando diferenciar-se uns dos outros enquanto nosso povo segue combatendo por um mínimo de dignidade. Quanto aos demais candidatos, esses só são mencionados para cacifar toda a podridão e dar a ela ares de “disputa democrática”. São caricaturas ridículas que falam de “comunismo” e “socialismo” para dar legitimidade de democracia a esta farsa. Não passam de palhaços no picadeiro do circo eleitoral. O grande dirigente comunista Lênin já advertia sobre o perigo do oportunismo eleitoreiro para o movimento revolucionário, combatendo os percussores do revisionismo, dos quais Pecedobê, PCR, PSTU, PSOL, PCB, entre outros, são os legítimos seguidores em nosso país: “Só os canalhas e os tolos podem acreditar que o proletariado deve primeiro conquistar a maioria nas votações realizadas sob o jugo da burguesia, sob o jugo da escravidão assalariada, e que só depois deve conquistar o Poder. Isto é o cúmulo da estupidez ou da hipocrisia, isto é substituir a luta de classes e a revolução por votações sob o velho regime, sob o velho Poder”. [1] “Isto já é o mais vil oportunismo, já é renunciar de fato à revolução acatando-a de palavra.”[2] “Sem uma guerra civil não houve, todavia nenhuma revolução importante na história, sem uma guerra civil nenhum marxista sério imagina o trânsito do capitalismo ao socialismo” e“...entre o capitalismo e o socialismo, há um longo período das dores do parto, que a violência é sempre a parteira da velha sociedade.”[3. [1] Lenin, “Saudação aos comunistas italianos, franceses e alemães”, Obras Completas, t. XXX. [2] Lenin, “O Estado e a Revolução”, Obras Completas, t. XXV. [3] Lenin, “O Estado e a Revolução”, Obras Completas, t. XXV. A democracia burguesa é ditadura sobre o povo O velho Estado reacionário mostrou sua verdadeira face com as manifestações de junho/julho de 2013. Quando o povo saiu para as ruas exigindo seus direitos mais elementares a resposta do “Estado Democrático de Direito” foi as balas de borracha, prisões e processos. O mesmo ocorreu durante a farra da Copa da Fifa, enquanto as grandes empreiteiras foram cevadas com bilhões de dólares do dinheiro de nossos impostos, as manifestações populares foram proibidas e tratadas como o mais hediondo dos crimes. Milhares de pessoas foram presas por participar dos protestos em todo o país desde junho/julho de 2013, dezenas perderam suas vidas, inúmeros seguem presos, processados e perseguidos. Tudo isso só vêm confirmar que não existe democracia no país e que o Estado brasileiro representa os interesses das classes dominantes reacionárias: da grande burguesia e do latifúndio a serviço do imperialismo, principalmente ianque. Ao contrário do que repete insistentemente o monopólio da imprensa, o voto não é um direito adquirido pelo povo. Essas eleições são uma grande armação por meio da qual as classes dominantes buscam nos comprometer com seus crimes. Os esquemas de corrupção que são noticiados na forma de escândalos, nada mais são do que a forma como os políticos e seus partidos oportunistas operam os verdadeiros crimes de entrega das riquezas de nosso país aos monopólios nacionais e estrangeiros. Os eleitoreiros ficam com as migalhas, a parte principal da imensurável fortuna proveniente da exploração de nossa classe, nossos impostos e das riquezas naturais do país são entregues aos bancos, aos grandes empresários e aos latifundiários. Exemplo claro disso é o que ocorre com a Petrobrás, transformada em rinha da disputa eleitoral. Enquanto o monopólio da imprensa faz 2 um grande estardalhaço em torno dos esquemas da velha política do “toma lá, da cá”, encobre que somos um dos maiores produtores de petróleo do mundo e que, ao mesmo tempo, temos um dos combustíveis mais caros do mundo. Nenhuma virgula é falado sobre o fato de que o dinheiro proveniente da extração do petróleo em nosso território fica nas mãos dos grandes empresários brasileiros (testa de ferro dos gringos) e que quase nada é revertido em obras no interesse do povo trabalhador. A embriagues da farra do crédito está chegando ao seu fim e os trabalhadores já sentem pesar em seus bolsos as taxas de juros mais altas do mundo praticadas pelos bancos. As casas dos trabalhadores seguem entupidas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos made in China ás custas da destruição da indústria nacional e do endividamento sem precedentes da população que atinge níveis elevadíssimos de inadimplência. A inflação, que até ontem era tratada como uma preocupante “tendência” pelos economistas burguesas, é uma realidade concreta vivenciada pelos pais de família que sentem na pele a desvalorização de seus magros salários. Cada dia mais pessoas percebem que os seus interesses não estão em jogo neste processo enfadonho e hipócrita da política eleitoral. Nos últimos 20 anos, cerca de um terço da população se negou a participar deste verdadeiro show de horrores, em cada eleição, onde o voto é obrigatório, dezenas de milhões têm boicotado a farsa eleitoral, não comparecendo para votar, votando nulo ou em branco. Nada de novo sairá das urnas! O novo só pode surgir da própria luta do povo e está representado no espirito aguerrido da juventude combatente que, desde junho/julho do ano passado, rechaça nas ruas o caminho reformista. Os politiqueiros foram expulsos com suas bandeiras eleitoreiras dos protestos. As barricadas em chamas e os rostos tampados daqueles que enfrentam a repressão policial contra os legítimos protestos populares são o símbolo de um povo que sempre lutou e que começa a romper com a camisa de força do oportunismo! Mais do que nunca, REBELAR-SE É JUSTO! Destruir o velho para construir o Novo Poder Esta é a luta de camponeses, operários, estudantes, funcionários, intelectuais, Povos Indígenas e pequenos proprietários comerciantes e fabricantes, somos a maioria e somos milhões! Lutamos contra esse velho e apodrecido Estado brasileiro representado hoje pelo governo do PT/ PSB/ PMDB/ PCdoB/ PDT e sua base de sustentação, que comete diariamente todos os tipos de atropelos e crimes contra nosso povo. Um Estado fascista que precisa ser derrubado por completo e só uma Grande Revolução Democrática pode destruí-lo e em seu lugar construir outro novo e diferente, o Estado da Nova Democracia da frente única revolucionária, baseada na aliança operário-camponesa juntamente com todos explorados e oprimidos. Gigantesco protesto de um milhão de pessoas tomou as ruas do Rio de Janeiro e cercou a Assembleia Legislativa. Julho de 2013 Toda luta popular democrática e revolucionária deve levantar as lutas reivindicativas em defesa dos direitos do povo por: -aumento geral dos salários e fim da carestia de vida; -seguridade e aposentadoria públicas e integrais; -transporte público barato, saúde e educação decentes; -contra a violência sobre as mulheres, igualdade de direitos e descriminalização do aborto; -punição para os criminosos do Regime Militar, mandantes e executores (civis e militares) de torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados; -fim do trabalho servil nas plantações do agronegócio, nas obras do PAC e em todo país; -reconhecimento e demarcação imediata dos territórios dos Povos Indígenas e Comunidades remanescentes de Quilombolas; -terra para quem nela vive e trabalha. -basta às mineradoras e sua pilhagem das riquezas naturais e degradação ambiental; -basta à sangria de recursos públicos doados aos bancos e transnacionais; Contudo há que ressaltar-se que a nossa principal reivindicação é o Poder. Revolta popular em Rio Pardo - RO. Camponeses se levantaram contra a repressão policial e perseguição ambiental. Novembro 2013 3 Organizar o povo para fazer a Revolução! A questão democrática de fato, ou seja, a instauração de uma verdadeira República Democrática, nunca foi cabalmente resolvida no Brasil. As classes dominantes exploradoras locais e seus amos imperialistas temem a existência de uma verdadeira democracia porque isto significaria o fim de seu domínio e da sua exploração. Mas como as contradições de classes e a aspiração do povo pela democracia são grandes, manobram impondo ao povo e ao país este arremedo da velha democracia com suas eleições sujas e corruptas e arrastam os partidos oportunistas para legitimálas. E toda vez que as massas se levantam mandam a repressão com uma mão e com a outra fazem o blabla-bla do “diálogo”, das “negociações”, da “paz” dos submissos, contra a “violência” e o “vandalismo” dos explorados e oprimidos. Para fazer a mudança geral e completa o povo tem que tomar o Poder e submeter seus inimigos! Os problemas do Brasil são estruturais e seculares, as soluções deles exigem transformações profundas e radicais que só a audaz e permanente mobilização das massas populares em torno de um programa revolucionário pode realizar. Porque só uma Grande Revolução Democrática ininterrupta ao Socialismo pode varrer tanta exploração, miséria, injustiça e violência sobre o povo trabalhador. Acabar com este velho Estado, esta verdadeira máquina de corrupção e opressão, varrer o atraso e a secular pilhagem estrangeira da Nação. O povo pode e vai destruir esse velho poder arrancando-lhe pedaços por pedaços, demolindo parte por parte. Se hoje o povo é capaz de se mobilizar em centenas de milhares em manifestações, que são grande acúmulo e aprendizagem, pouco a pouco ele pode construir sólidas organizações nos locais de trabalho, nos bairros e se unir com as massas de camponeses pobres sem terra ou com pouca terra que estão travando tenaz luta para levar a frente a revolução agrária, para destruir o latifúndio palmo a palmo, fazer justiça, libertar as forças produtivas do campo, produzir e criar o novo poder revolucionário. A Grande Revolução Democrática que urge em nosso país só pode vencer através de um longo processo, porque nossos inimigos ainda são fortes, estão defendidos pela polícia e as forças armadas, apoiados por essa imprensa burguesa monopolizada e os partidos dessa velha ordem e contará com o apoio das potências imperialistas, principalmente do imperialismo norte-americano. Não é possível ao povo derrubar seus inimigos de um só golpe, em alguns meses ou dias, menos ainda da noite 4 para o dia. Se faz necessário uma luta prolongada para ir construindo os instrumentos fundamentais da revolução, embriões do novo poder e novo Estado Popular: o verdadeiro Partido Revolucionário do Proletariado, o Exército Guerrilheiro e a Frente Única Revolucionária. Organizações revolucionárias clandestinas, o Partido Revolucionário não é para pedir votos e cevar deputados para se apodrecerem nas poltronas confortáveis desse chiqueiro que é o parlamento burguês, mas construído no fogo da luta de classes para dominar e aplicar a ciência e ideologia da classe, o marxismo-leninismo-maoísmo e guiar firmemente as massas. O Exército Guerrilheiro Popular para fazer a guerra popular para derrocar o poder inimigo e estabelecer o novo poder de Nova Democracia. A Frente Única Revolucionária para unificar as classes revolucionárias num mesmo Programa de Transformações políticas-econômicas-sociais e culturais, para apoiar a guerra popular, cercar o inimigo e derrotá-lo. A revolução democrática, agrária-antifeudal e anti-imperialista confiscará todas as terras dos latifundiários, todo o capital burocrático-comprador (a grande burguesia) e todo capital transnacional (imperialismo), nacionalizando estas grandes propriedades e concentrando-as nas mãos do novo Estado Popular, que aplicará tudo para o estabelecimento de uma nova economia, autocentrada e autossustentada, para o bem estar geral do povo e o progresso e independência da Nação. A revolução se desencadeia com a revolução agrária, para destruir o latifúndio, entregando a terra aos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra e varrendo as relações semifeudais que secularmente esmagam o campesinato e entravam o progresso geral do povo e da Nação.