- Revista Rumo

Transcrição

- Revista Rumo
Revista Rumo Ed. 10
Comida
de
rua
Petiscos gourmet dão charme
aos food trucks pelo Brasil
Moda
Calçados cheios de
estilo para garantir o seu verão
Mundo
pop
Josh Homme, o Elvis ruivo do
Queens of the Stone Age
Turismo
Colômbia: destino quente
sob o sol do Caribe
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2 | rumo.com.br
índice
ed. 10
10
6
eSTILO K
Turismo
construa
seu estilo
colômbia: praias
caribenhas
e metrópoles
fascinantes
12
Curtas
14
gadgets e
itens incríveis
Mundo
POP
Josh Homme, líder
do Queen of the
Stone Age
16
Moda
desafio urbano
24
Bom Saber
a nova comida de
rua conquista o
Brasil
26
K Feelings
32
por dentro do
mocassim
Fala aí
a gata e
talentosa atriz
Fernanda Moro
31
28
BEM-ESTAR
o sonho de voar
... de parapente!
30
Shopping K
Drinks
and Fun
caipirinhas
de todas as
cores
rumo.com.br
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editorial
Desafios
diários
A vida, como o futebol, pode ser uma caixinha de surpresas. A cada dia,
somos desafiados com novas oportunidades, seja no trabalho, na diversão,
entre amigos. A maneira como encaramos o dia a dia transforma os fatos em
obstáculos ou possibilidades. É uma questão de ponto de vista? Claro que sim!
O homem que nos acompanha aqui, há dez edições da revista Rumo,
entende que desafios são propostas para a superação. Você está pronto? Para
assumir um novo trabalho, um novo relacionamento, dar um passo adiante
em algum projeto, praticar um outro esporte, viver uma aventura, evoluir?
Trazemos nesta edição também uma evolução da trajetória da Rumo. Um
novo projeto gráfico que apresenta, com um visual mais leve, o conteúdo
que tem sido relevante a cada novo número. Fugimos do comum, mas
apresentamos boas ideias. Já pensou em viajar para a Colômbia? Mais que
o lar da Shakira e do James Rodriguez, é um país fascinante, banhado pelo
mar do Caribe e com metrópoles efervescentes! Aqui, também, falamos do
hype da nova comida de rua no Brasil: pelas mãos de chefs talentosos, as
carrocinhas de comida ganharam status de refeições gourmet, mas com a
graça do ambiente urbano e a preços ótimos!
Mais boas ideias: que tal experimentar a sagrada caipirinha, mas com todos
os sabores que nossas frutas tropicais podem oferecer? Que tal experimentar
voar como um pássaro, a bordo de um parapente? Que tal conhecer Fernanda
Moro, uma atriz que vem ganhando nosso coração em filmes e séries pelas
telas afora?
Com esse espírito de encarar a vida recebemos a nova temporada. O verão
está chegando, e com ele ainda mais oportunidades de fazer bonito! Então
aproveite também as dicas de moda e os incríveis calçados desta edição e
receba os desafios de todo dia no maior estilo.
Boa leitura!
Cristina Pacheco
editora
REDAÇÃO Editora: Cristina Pacheco | Repórter: Juliana Berwig | ARTE Design: CD Vaz
Imagens: Shutterstock e divulgação | Fotos de moda: Carlos Contreras, Lucas Martins de
Mello e Tiago Heckler | MODA Júlio Rossi | TIRAGEM 50 mil exemplares | IMPRESSÃO
Gráfica Editora Pallotti | CRIAÇÃO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO DE MODA: 9Editora
CONTATO Revista Rumo: Rua Marcílio Dias, 684 | Bairro Rio Branco | Novo Hamburgo RS | CEP 93310-110 | www.revistarumo.com.br
RevistaRumo
4 | rumo.com.br
@RevistaRumo
O vinho, quando consumido em
quantidades moderadas, é muito
bom para a saúde do coração: isso
muita gente já sabia. A novidade
é que estudos também mostram
que a bebida ainda faz bem para os
rins. Uma recente pesquisa realizada pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, analisou a
condição física de quase 6 mil pessoas e seu consumo constante do
líquido feito a partir da uva. O resultado mostrou que apenas pouco
mais de mil dos participantes havia desenvolvido algum tipo de
doença renal. Segundo os cientistas, entre os indivíduos que
tomam, pelo menos, uma taça por
dia, a prevalência de problemas
crônicos no órgão era 37% menor
do que entre os que não tomam
nem ao menos uma gota de vinho
de vez em quando. Uma desculpa
e tanto para abrir mais uma garrafa, não é mesmo?
Sério?
Você já ouviu a regra que diz que, se a comida caiu no chão e for resgatada em apenas cinco segundos,
não há chance de ela fazer mal à saúde? A sabedoria popular, quem diria, parece ser verdade! Pelo menos
é o que defende o microbiologista Anthony Hilton, da Universidade Aston. Em um estudo realizado
com seus alunos, o professor derrubou vários alimentos em superfícies
como azulejos, carpetes e laminados. Um detalhe: cada um deles continha
bactérias que causam sérias infecções ao organismo humano. Os mesmos
passaram de 3 a 30 segundos no solo e os cientistas descobriram que o
tempo é um fator importante para evitar que os micróbios contaminem de
fato o que comemos. Quando ficavam mais de cinco segundos no chão, as
chances aumentavam, ainda mais em ambientes pegajosos.
Olha, longe da gente querer desanimar ninguém, mas estudos
mostram que quem passa muito tempo assistindo vídeos pornôs se
torna mais preguiçoso. Mais do que isso: pesquisas apontam que
a exposição exagerada ao mais adulto dos entretenimentos pode
acabar com o ímpeto sexual. Para chegar a esta conclusão, cientistas
do Instituto Max Planck, na Alemanha, escanearam o cérebro de 64
homens ao mesmo tempo em que os mesmos eram estimulados com
imagens diversas – com ou sem
conotação erótica. A descoberta
foi a de que o striatum, parte
do órgão associado ao sistema
de recompensa, costumava ser
menor entre os consumidores
deste tipo de conteúdo, digamos,
adulto. O problema é que, de
acordo com os estudiosos, esta
área é justamente a que deixa
as pessoas mais motivadas para
vida e com gás para fazer, entre
outras coisas, mais sexo.
Há quem não veja a diferença entre morar junto e casar de verdade,
mas a ciência enxerga as coisas de um jeito diferente. De acordo com
um estudo realizado pela Universidade de Virginia, simplesmente
conviver debaixo do mesmo teto, sem assinar papéis e nem trocar
alianças, gera um menor nível de confiança mútua no casal. Em uma
espécie de máquina de ressonância magnética, um grupo de pessoas
era avisado sobre a chance – ou não – de levar pequenos choques.
Do lado de fora, o cônjuge podia apertar a mão do voluntário,
enquanto seu cérebro transmitia
sensações para o hipotálamo. O
resultado do estudo mostrou que as
duplas apenas “juntadas” sentiam
mais medo, enquanto as reações
dos outros casais era mais leve e
sem sobressaltos. Depois desta
informação, que tal parar de fugir
do altar?
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turismo
Beleza latina
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De praias bucólicas a metrópoles
vibrantes, a Colômbia fascina
os turistas com uma rica
diversidade cultural. Na terra
do escritor Gabriel García
Marquez e da cantora Shakira
é possível encontrar uma vasta
lista de atrações, entre incríveis
Cada vez mais explorada pelos viajantes, a América
Latina – em toda a sua exuberância – já pode ser
considerada um dos destinos preferidos de quem
busca a tranquilidade da natureza e o agito das
grandes cidades. No radar de viajantes curiosos, o
mapa do subcontinente a cada dia ganha a preferência
dos “hermanos”, especialmente brasileiros que não
dispensam conhecer belas paisagens. Até bem pouco
tempo deixada de lado por países como Argentina,
Peru e Chile, a Colômbia entra de vez na rota dos
aventureiros, sejam eles interessados em incríveis
experiências gastronômicas ou na beleza das “calles”
cheias de cores que convidam para as coisas boas da
vida. Muito distante do obscuro submundo das FARC –
as forças armadas revolucionárias locais – e da violência
urbana, a nação oferece uma infraestrutura impecável
aos turistas e mostra todo o tipo de cartão-postal:
praias, planícies, selvas, desertos...
passeios históricos e dias de
puro deleite com vista para o
encantador mar do Caribe.
Um dos aspectos a ser levado em conta quando se
viaja para o país é a altitude, que gera desconforto nos
primeiros dias. Para aliviar a sensação, recomendase tomar o popular “chá de coca”, comercializado
em lojas de produtos naturais e em algumas
feiras de “artesanías”. Além da
efervescente capital, Medellín
Com a imponência de estar localizada sobre uma extensa planície
também atrai visitantes com uma
a 2,6 mil metros acima do nível do mar, Bogotá é a capital do país e
variedade de centros comerciais
concentra cerca de sete milhões de habitantes. Em uma arquitetura
e polos tecnológicos. O charme
de contrastes entre o antigo e o novo – o perfeito resultado de mais
extra da região é garantido
de quatro séculos de urbanização – a cidade chama a atenção pelos
pelas belas cordilheiras – sempre
amplos espaços ao ar livre e um eficiente sistema de transporte
verdes e repletas de flores – que
público – que inclui as famosas “ciclorrutas”, vias para tráfego
conferem ao lugar o título de
exclusivo de bicicletas. Para os viajantes que gostam de apreciar
“cidade da eterna primavera”.
a história local, bater perna por La Candelária é essencial, assim
Apesar de ser uma reconhecida
como conhecer a Plaza Bolívar e a Catedral do Sal. Aos que
liderança na área financeira, o
preferem badalação, uma saída noturna na Zona Rosa – com sua
município ainda conta com vários
infinidade de bares e casas de dança – é uma ótima opção. Se a
artistas de rua, que andam pelos
sua praia for comer bem, Bogotá tem alguns quarteirões dedicados
espaços públicos deixando a vida
à alta gastronomia, conhecidos como Zona G ou Zona Gourmet,
mais colorida. O circuito local
onde se encontram restaurantes para todos os gostos – e bolsos.
também inclui passeios pelo
Museo de Antioquia, que conta
com um belo acervo de arte latina, e a Plaza Bottero,
onde esculturas do artista plástico Fernando Botero
impressionam os turistas.
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Nas areias do Caribe
Para os que desejam desfrutar da estonteante
beleza das águas quentes do Caribe, a vibrante
Cartagena das Índias é o lugar perfeito. Na
cidade, onde a história local se mistura com
a cultura europeia, uma intensa vida noturna
contrasta com a tranquilidade das areias da praia,
sempre cheias de turistas das mais diferentes
partes do mundo. Declarada pela Unesco como
“Patrimônio Cultural da Humanidade”, ainda
abriga festivais culturais de renome internacional,
além de uma excelente rede gastronômica e uma
vasta oferta de divertidas atividades aquáticas.
Na lista de passeios imperdíveis estão o Palácio
da Inquisição e monumentos como a Torre do
Relógio e o Castelo de San Felipe de Barajas. Para
aproveitar bem os encantos da região, a dica é se
hospedar no Centro Histórico e se encantar com
os monumentos culturais enquanto se esbalda
nos “night clubs” com o melhor da música latina.
Os aventureiros não podem deixar de conhecer
o arquipélago de San Andrés e Providência, ilhas
de antigos corsários e piratas e que contam com
excelentes atrações embaladas pela batida de
ritmos como salsa, merengue, calypso, reggae,
zouk e reguetón. As extensas faixas de areia
branca – localizadas a 700 quilômetros da
costa continental da Colômbia, bem próximo à
Nicarágua – revelam os famosos “mares de sete
cores”. Apesar de ser considerada um recanto
bucólico, a região desfruta da condição de “zona
franca”, o que a torna destino cobiçado para as
compras de importados, com destaque para a
incrível quantidade de bebidas, eletrônicos e
perfumes encontrados nas lojas dos centros
comerciais. O clima caribenho é estável durante
o ano todo, e a temperatura de calor costuma se
manter entre agradáveis 28ºC e 30ºC. Que tal
aprontar as malas?
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estilo k
construindo um estilo ÚNICO
Estilo é a maneira que você escolhe para mostrar
ao mundo quem realmente é. A forma como você
se veste, anda, fala e age determinam este posicio­
namento. Nossa, que responsa, hein?! Esta tradu­
ção, muitas vezes, não é tarefa fácil, mas com auto­
conhecimento e atenção às tendências da moda,
ter uma aparência incrível pode ser mais fácil que
parece. Aí vai uma dica valiosa para aqueles que têm
dificuldade em formatar seu estilo: escolha um “íco­
ne” – pode ser ator, cantor ou modelo – ou mesmo
um cara que apenas pareça legal para você e ana­
lise que tipo de coisas ele usa. Como combina as
roupas, as cores e em que ocasião usa determinada
proposta. Apenas tome o cuidado de adaptar o visu­
al dele ao seu tipo físico. Nesta construção, os cal­
çados são ponto pacífico para um resultado bacana.
Nesta temporada, aposte em modelos irreverentes e
arrojados, com solados diferenciados, combinação
de texturas e cores terrosas e intensas, também.
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curtas
Pantone Cervejeiro
Com a quantidade de novas cervejas artesanais
chegando ao mercado a cada dia, fica cada vez
mais difícil se manter atualizado quando o assunto é intensidade de sabor, coloração do líquido ou teor alcoólico dos rótulos brasileiros, não
é mesmo? Para facilitar a vida dos amantes da
bebida mais consumida no mundo – e ainda ajudar quem não é especialista no tema
Adeus, camisa molhada
a escolher a marca perfeita na próxima ida ao boteco – foi lançada uma Quem nunca se viu constrangido diante de
novidade e tanto: o Beertone Brasil. uma camisa molhada antes de uma reunião de
O material aponta as particularida- trabalho, que atire a primeira pedra. Para dar um
des de 202 cervejas nacionais em um jeito neste velho dilema masculino – e acabar de
total de 216 páginas. A descrição de vez com a peça extra e quase sempre amassada
ingredientes, temperatura ideal e até dentro da mochila ou do carro – uma empresa
mesmo sugestões de harmonização, americana acaba de criar uma camisa à prova de
“acidentes” para os desastrados de plantão. Com
também, estão lá.
o que define como propriedades hidrofóbicas, ou
seja, com aversão a qualquer tipo de líquido, a peça
é confeccionada em tecido feito a partir de bilhões
Chave mestra
Já diz um ditado popular que um homem preca- de partículas de sílica que formam uma camada
vido vale por dois – ainda mais quando se trata de ar resistente à água, vinho, refrigerante ou
de pequenos imprevistos domésticos. E se ele tiver qualquer outra bebida. A invenção, batizada de
um arsenal de ferramentas por perto, melhor ain- “Silic”, ainda impede a proliferação de bactérias
da! Para agradar aos fãs de todo o tipo de apetre- e está em fase de produção para chegar às lojas.
cho, o estúdio de design Mininch lançou uma cobiçada peça que promete substituir todos os conjuntos de chaves
que as pessoas mantêm em casa. Com o nome de “Tool Pen”, a
novidade lembra uma caneta luxuosa e possui um mecanismo
inteligente que troca as pontas dos instrumentos sem dificuldades. Com status de item de desejo por conta de seu revestimento
de luxo, a engenhoca portátil é equipada com seis eixos diferentes, escolhidos entre 13 tipos, incluindo versões como phillips,
hexágono, estrela e outros.
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Ícones de volta às pistas
A emblemática Jaguar embarca no mais extenso ciclo de desenvolvimento de novos produtos em sua história e este é o momento perfeito para investir e celebrar a sua herança. O
Jaguar Heritage Racing é um programa que
levará icônicos carros da marca de volta à arena competitiva do automobilismo histórico.
Os circuitos da temporada incluem o Mille
Miglia, o Pebble Beach Concours d’Elegance,
entre outros. Esta ação irá complementar as
atividades do Jaguar Heritage – um fundo de
caridade e curadores de uma extensa coleção
de modelos com valor inestimável do passado da empresa. O verdinho XJ13 – protótipo
único criado em 1966 e avaliado em mais de $
20.000.000 – estará nos grides.
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mundo pop
Gigante
do deserto
Com fama de durão e cara de quem não leva desaforo pra casa, Josh Homme tem a
agenda telefônica mais invejável do mundo da musica. De Elton John a Dave Ghrol, todos
parecem se curvar diante dos quase dois metros de altura do astro, conhecido por ser uma
improvável unanimidade entre homens e mulheres – e não ter medo de manter intacta a
fama de macho conquistada em mais de duas décadas na estrada.
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O intenso movimento dos quadris e o topete parafinado sempre em dia
podem até enganar os mais desavisados, mas que não se tenha dúvidas: Josh
Homme é bem mais do que uma versão ruiva – e muito mais raivosa – do
mito Elvis Presley. Em comum com o rei, o americano nascido no árido
deserto da Califórnia de fato tem poucas coisas, mas a paixão por riffs de
guitarra incendiários e o apreço pelos excessos da vida de rock star parecem
ser os mesmos. Em meio a bandas desfeitas, vícios destrutivos e até mesmo
uma visita a um centro de controle da raiva, o “Elvis ruivo” – apelido que
ganhou dos fãs no início da carreira, nos anos 90 – é o que se convencionou chamar de sobrevivente. Apesar de lotar estádios no mundo inteiro à
frente do potente Queens of the Stone Age, o gigante parece nunca estar
confortável. Pelo contrário, busca reinventar a roda a cada novo trabalho,
superando limites físicos e psicológicos para entregar ao público a sua própria verdade inabalável.
A paisagem bucólica do Mojave e seu misterioso horizonte que convida
a longas horas na estrada começou a exercer sua influência sobre Homme
ainda na adolescência, quando o garoto de cabelos vermelhos chamou os
amigos e deu origem à cultuada Kyuss. Por conta da sonoridade chapante
e da união entre letras sombrias e distorções melódicas, a banda não tardou a chamar a atenção da indústria, que rotulou o novo estilo de “stoner
rock”. De mochila nas costas, o músico rodou o mundo ao lado dos colegas
de infância até meados de 1995, quando brigas internas deram um fim na
parceria musical de longa data. Das próprias cinzas, o músico não tardou a
inventar novos projetos, como as famosas Desert Sessions, apresentações
descompromissadas onde gente como P.J. Harvey e Mark Lanegan era convidada a levar um som no meio do nada, ou melhor, no mítico estúdio Rancho de La Luna, espaço cravado no coração arenoso de Joshua Tree.
Depois de se embrenhar na úmida atmosfera de Seattle e finalmente voltar a ver o sol brilhar com força sobre
Com um senso de humor que define como “nada saudáas palmeiras da Califórnia, Homme
vel”,
Homme tem uma extensa lista de admiradores famodaria vida ao Queens of the Stone
sos,
o
que faz com que, volta e meia, envolva-se em interesAge, banda visceral que arrebatou o
público com temas como bebedeiras, santes projetos paralelos, como o divertido Eagles of Death
amores e desilusões. Com um pode- Metal – ao lado do maluco Jesse Hudges – e o poderoso Them
roso refrão que enumerava todas as Crooked Vultures, trio que incluía o líder do Foo Fighters,
drogas que havia usado em uma única Dave Grohl, e o icônico John Paul Jones, do Led Zeppelin.
noite, o ruivo encarou uma exaustiva Apesar da estampa de bad boy, o astro é avesso a brigas públiturnê de mais de dois anos, incluin- cas, o que não o impede, vez ou outra, de bater boca com o rado uma memorável apresentação no pper Jay Z ou expulsar bêbados que tentam invadir seu palco.
Rock in Rio em janeiro de 2001, quan- Os hábitos simples de quem dirige o mesmo carro desde os
do o baixista Nick Oliveri foi preso 14 anos – um Camaro 67 – ainda são percebidos no peculiar
por se apresentar completamente jeito de se vestir, que inclui camisa xadrez, calça remendada
pelado. Mais de uma década depois, o e botas pesadas. Para delírio do público feminino – sempre
espírito juvenil do mais novo quaren- presente em peso em sua plateia – ele não perde a chance de
tão do rock continua intacto, mesmo posar de macho alfa e, entre uma rebolada e outra, mostra ao
passando por um intenso período de planeta que o rock tem, definitivamente, um novo rei.
depressão seguido de uma experiência de quase morte por conta de uma cirurgia no joelho. Depois de quatro
meses abatido e de cama, o astro começou a trabalhar em “Like Clockwork”,
o mais recente – e aclamado – álbum dos músicos do deserto.
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As cores conquistaram a
moda masculina de vez! Deixe
para os calçados a tarefa
de colorir os looks, como
este modelo KILDARE em
camurça colorida.
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Camisa de manga longa
social fica perfeita usada
com bermuda destroyed
– este impacto é muito
moderno. Para completar
o visual, um belo modelo
KILDARE casual com
detalhes contrastantes
e um cinto cheio de
personalidade.
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Peças estampadas
garantem modernidade
máxima à moda da
primavera|verão 20142015. Assim como o cinto
com trama expressiva e o
modelo casual com solado
claro e raiado, ambos
Kildare.
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Camisa jeans, regata e
bermuda, são básicos
perfeitos para enfrentar o
calor da estação com tudo
em cima. A sandália – que
vira chinelo – e o cinto
listrado da KILDARE
completam a proposta
com o máximo de estilo.
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As cores pastel estão
em destaque, também,
na moda feita para os
homens. Mas combinar
diferentes intensidades
de pigmentos em uma
mesma proposta é uma
ação bacana e cheia
de estilo. Casual com
solado muito flexível da
KILDARE.
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Os solados coloridos,
como deste sapato
KILDARE, viraram
verdadeira mania
na moda masculina.
Detalhe que garante
forte apelo visual ao
look.
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Fotografia: Carlos Contreras | Beleza: Antonio de Lucia | Moda: Júlio Rossi | Assistente: Marcos de Melo Rocha | Assistente de fotografia: Lucas Martins de
Mello e Denis Brum | Modelo: Filipe Mello (LOV Model Management) | Tratamento de image: Carlos Contreras e Lucas Martins de Mello
Abotinados usados com
bermudas traduzem bem a
ideia da moda do período
que aposta num clima
casual, cheio de bossa.
Modelo KILDARE com sola
e cadarços contrastantes.
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bom saber
Com apelo gourmet e um irresistível
charme vintage, os food trucks se
multiplicam pelas grandes cidades
e oferecem cardápios que incluem
desde suculentos hamburgueres até
elaborados ceviches.
Boteco ao ar livre
Para quem acha que a mais tradicional comida de rua brasileira ainda está limitada a kebabs de procedência
duvidosa e churrasquinhos feitos a partir de carne de quinta, uma revolução está prestes a acontecer. Sim, chegou
a hora de esquecer as antigas carrocinhas de cachorro-quente e aproveitar o melhor dos food trucks, caminhões
onde simpáticas cozinhas sobre rodas impressionam pela diversidade de sabores e aromas. Das quebradas de
Nova York para as grandes cidades do mundo, a tendência se espalha com força e ganha impulso com o aval dos
consumidores, cada vez mais interessados em pratos sem muitos requintes e nem por isso menos interessantes.
Além de entrar na rotina dos moradores das metrópoles, os espaços motorizados ainda enchem as vias públicas
de cor e transformam o visual urbano com áreas divertidas e repletas de novidades que agradam em cheio os
paladares mais exigentes.
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Apesar do ambiente informal, é importante não se deixar enganar: os food trucks seguem as mesmas rígidas
normas de higiene dos restaurantes e oferecem cardápios de acordo com a especialidade de cada chef. Em São
Paulo, por exemplo, uma lei recente já regulamenta a oferta de comida em logradouros públicos e intensifica a
fiscalização às cozinhas móveis. De forma itinerante ou em locais estabelecidos, os furgões – que em nada lembram
as famosas vans que circulam pelas madrugadas – atraem a clientela no tradicional boca a boca ou ainda com
uma ajuda das redes sociais. Como os caminhões podem circular livremente e estacionar em diferentes pontos
a cada dia, a “caça” aos espaços vem se tornando comum entre os que apreciam este estilo de culinária. Para
deixar a busca mais fácil, já existem até mesmo sites
especializados em revelar a localização dos cobiçados
trailers pelo Brasil afora.
O crescente mercado de comida de rua elaborada
tem chamado a atenção de chefs renomados, que
deixam as caçarolas tradicionais para se aventurar em
cozinhas em movimento. É o caso da dupla formada
por Jorge Gonzales e Márcio Silva, que está à frente do
Buzina Food Truck, um dos furgões mais comentados
da capital paulista. Com currículos invejáveis – com
direito a passagens por casas badaladas fora do país
– eles apostam no básico: pratos com ingredientes
frescos, de alta qualidade e muita alma para os
famintos cidadãos do dia a dia. “O que a gente propõe
é uma cozinha baseada em receitas originais e preços
acessíveis. A ideia é espalhar a cultura gastronômica de
rua que vivemos durante muitos anos em lugares como
Nova York e Londres em São Paulo e, porque não, no
Brasil. Se estiver com fome, é só nos seguir”, destacam
os empresários.
Com uma proposta um pouco mais audaciosa, a turma
do Los Mendozitos criou a primeira rede de wine bars
itinerante do país. A intenção é simples e convidativa:
tornar o hábito de tomar um bom vinho mais acessível.
Com taças que variam entre R$10 e R$18, o trio –
que reúne os empreendedores Ariel Kogan, Danilo
Janjacomo e André Fischer – serve bebidas especiais
produzidas na região de Mendoza, na Argentina. “A
nossa carta é atualizada com frequência e sempre se
apresentada pelos bem humorados personagens da
marca: Rojo, José e Blanco. Com eles, nossa proposta
é uma verdadeira viagem aos sabores de tintos, rosés,
brancos e espumantes de uvas especiais”, afirmam os
criadores. Os trailers contam com uma seleção especial de música hermana e ainda são equipados com adegas que
mantêm cada rótulo na temperatura ideal.
O sucesso dos food trucks é tanto que, pelo Brasil afora, vários eventos especiais movimentam os amantes da
comida de rua. Como em muitas cidades os furgões ainda não são regulamentados, a saída é organizar festivais
onde os pequenos caminhões ficam estacionados durante um dia ou até um final de semana inteiro com uma
variedade de pratos e bebidas. Na capital paulista, um espaço permanente – e com cara de praça de alimentação
– já é realidade e tem atraído centenas de pessoas diariamente. No Butantan Food Park, é possível sentar em
bancos de madeira e degustar o cardápio de cerca de 20 cozinhas itinerantes – que vão de deliciosos sushis a
suculentos “fish and chips”. De forma mais descontraída, os “foodies” de Porto Alegre se encontram em animados
piqueniques, onde os restaurantes motorizados montam barraquinhas e oferecem de tudo um pouco. Cool, não?
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K feelings
2.
3.
1.
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4.
5.
Versátil e mega moderno o dockside é
destaque na estação
Ele é uma excelente pedida para compor os looks da temporada quente. O versátil
e mega moderno dockside ganha vida nova em cores e materiais diferentes. Mas o que
muitos não sabem é que o estilo tem origem secular na tecnologia nativa americana. O
mocassim, ou simplesmente moc, era um calçado slip-on – de “enfiar” – utilizado por
diferentes povos nativos da América do Norte para proteção durante os períodos mais
frios do ano ou para deslocamentos mais radicais, tipo atravessar as planícies do oeste
ou as áreas de desertos. Tradicionalmente era composto por uma única parte de couro
que envolvia as laterais, a traseira e a frente da peça pela parte superior costurada à
mão – esta sua principal característica em modelos adaptados do original. O mais interessante é que o aparecimento deste calçado não pode ser atribuído a uma determinada
cultura. Curiosamente seu surgimento parece ter sido simultâneo em todo o continente e cada tribo customizou suas peças com características próprias – franjas, desenhos
florais e detalhes estruturais eram maneiras de distingui-las. Já naquela época o momento do “sim” era especial. Os mocassins usados nos casamentos eram, muitas vezes,
completamente cobertos de contas e utilizados somente para a ocasião. E tem mais! Os
nativos mais antenados eram capazes de reconhecer determinada tribo pelo rastro deixado pelo calçado no chão. Por esse motivo um espertinho criou um moc com franjas
na parte traseira que apagava as impressões feitas. Isso que é tecnologia!
O dockside – assim como o driving shoe ou, simplesmente, driver – é um tipo de
mocassim. É a versão náutica da evolução do tradicional estilo nativo americano que,
também, é conhecida como deck shoes, boat shoes ou topsider. Sua formatação com
sola de borracha foi feita em 1935, por
1. Combinar diferentes tonalidades de azul em um
Paul Sperry, para garantir aderência em
mesmo look é uma ação divertida e mega moderna.
pisos molhados. Os boat shoes eram utiO abotinado bicolor garante personalidade ao
lizados por marinheiros – como o nome
resultado final.
sugere – no entanto, desde a década de
2. O docksider fica perfeito em propostas casuais.
1980 viraram referência altamente moO blazer entre nesta “vibe” usado com bermuda
dal, usada nos quatro cantos do mundo.
náutica. O calçado reforça a produção com
Na primavera/verão 2014-2015, o estidetalhes surpreendentes.
lo é um dos grandes destaques da moda
3. A monocromia é uma tendência forte do
masculina. Mas tome cuidado e mostre
período. Para não cair na monotonia basta
que você tem intimidade com o assunto:
arranjar diferentes estampas e texturas. Finalize
casual por natureza, o dockside é, tradicom um modelo cheio de personalidade.
cionalmente, usado sem meias!
4. Em determinadas propostas deixe para o
calçado a responsabilidade por dar ao look certa
dose de ousadia, apostando no contraste entre ele
e a roupa.
5. E não se esqueça: um cinto estiloso pode
fazer toda a diferença no resultado final de uma
produção.
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bem-estar
Realização do
sonho de Ícaro
Na mitologia grega, o jovem Ícaro vestiu as asas construídas por seu pai, Dédalo, a
partir de penas de aves e cera, e com elas fugiu da prisão do Labirinto. E então, inebriado pela indescritível sensação de liberdade, voou perto demais do sol, que derreteu
a cera e destruiu suas asas. Assim, foi o fim do sonho de Ícaro e o começo do sonho de
muitos homens, que desde então pensam em voar como os pássaros.
O parapente é um esporte de aventura que conquista adeptos por sua incrível sensação de
liberdade. Nele, o piloto usa um equipamento semelhante a um paraquedas, mas, ao contrário
deste, que serve apenas para frear a queda livre do indivíduo, no parapente é possível decolar
a partir do chão, fazer manobras e até mesmo voar mais alto do que o ponto de decolagem. E
assim, com as possibilidades, surgiram modalidades e logo se formou uma legião de apaixonados
que busca adrenalina e voos com paisagens alucinantes Brasil afora.
Se você quer experimentar, as escolas de voo (autorizadas pela Associação Brasileira de Parapente – ABP) têm instrutores habilitados para fazer voos duplos – é importante certificar-se que
o piloto em questão tenha a permissão específica. Já se quiser ir mais longe e aprender a fazer
voos solo, os cursos estão aí: basta dedicação, coragem e algum investimento.
O professor Flávio Lyszkowski Pinheiro, 54 anos, da escola gaúcha Cia do Ar, largou seu
emprego em uma multinacional há 28 anos, motivado por sua paixão pelo voo livre, com o
objetivo de trabalhar com o esporte e divulgar a prática. Piloto de asa delta, em 1990 ele passou a dedicar-se ao parapente. Por suas aulas já passaram cerca de mil alunos que escutam as
primeiras recomendações: “é fundamental ter consciência dos possíveis riscos do esporte, ser
responsável e disciplinado”. Flávio explica que
Muitos locais são bons para a prática do esporte, mas
para estar apto e habilitado para voar sozinho,
sem a orientação do instrutor, um aluno leva a alta temporada de cada região varia conforme os faem torno de seis meses. “No curso de formação tores clima e topografia. No sul, a melhor época é de
de pilotos precisa em média 25 dias de ativi- novembro a fevereiro; no sudeste e centro-oeste, é de
dades práticas, e mais as aulas teóricas, sobre julho a setembro; e no nordeste, de setembro a novemaerodinâmica, meteorologia, aerologia, regras bro. O voo de parapente pode ser breve ou até durar
muitas horas (segundo Flávio, o recorde brasileiro é
e normas...”
Os equipamentos necessários incluem o pa- um voo de 461 quilômetros, que durou 10 horas!). “O
rapente (asa) homologada e compatível com a que encanta é a possibilidade de constante aprendizado
performance e peso do piloto, o selete (cadei- e evolução, sobrevoar a apreciar paisagens fantásticas,
ra), paraquedas de emergência, capacete, rádio voar durante horas e por muitos quilômetros utilizanpara comunicação e os eletrônicos que auxiliam do as correntes ascendentes que a natureza oferece”,
na navegação e facilitam a vida do piloto (altí- relata o instrutor.
O valor para experimentar um voo duplo varia em
metro, variômetro, GPS). Ainda o piloto deve
vestir calçado adequado, óculos e roupa que cada escola. Na Cia do Ar, em Sapiranga (RS), o duplo
de parapente custa R$ 180 e de paratricke, R$ 250.
proteja o corpo do vento e do frio.
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Modalidades
d o pa r a p e n t e :
Voo livre: o praticante decola de
uma montanha para voar e pousar na mesma localidade.
Distância Livre: o objetivo é
utilizar as correntes ascendentes
e voar a maior distância possível.
Acrobacia: os pilotos realizam
uma série de manobras acrobáticas com o parapente.
Paramotor: é utilizado um motor
para dar propulsão ao parapente,
a decolagem é feita no plano.
Paratricke: é utilizado um “carrinho” que é acoplado ao parapente.
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SHOPPING K
Cores, estampas e texturas: receita de
sucesso da estação
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No período mais quente do ano, a moda masculina toma partido das cores, estampas e texturas, para compor looks cheios de
identidade. Vale misturar desenhos com diferentes estilos ou apostar numa proposta total denim. Em uma ou outra, os calçados
coloridos garantem ainda mais propriedade ao resultado.
1. Cinto Kildare | 2. Camiseta Givenchy | 3. Dockside Kildare | 4. Blazer G-star | 5. Camisa The Kooples
6. Calça G-star | 7. Chapéu Zara | 8. Óculos Ray-Ban | 9. Casual Kildare | 10. Bermuda Zara | 11. Abotinado Kildare
12. Saco Burberry | 13. Cinto Kildare
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Sério?
Patrimônio nacional
A caipirinha compõe, junto com o samba e o futebol, o sagrado trinômio
das paixões nacionais. Tanto que em 2003 foi objeto de um documento
do então presidente Lula que oficializou por decreto a tradicional
receita com cachaça branca, limão, açucar e gelo. Mas a criatividade
dos brasileiros não tem limites e hoje as mais diversas frutas e folhas
podem variar a clássica bebida que é patrimônio nacional.
A história conta que a ideia de misturar ca- Dudu das Caipiras. Hoje, seu trabalho é montar
chaça com limão, alho e mel surgiu em 1918 balcões em festas e eventos onde a maior atrapara amenizar os efeitos da gripe espanhola. Na ção é a diversidade de cores e frutas que podem
região de Piracicaba, polo produtor de cacha- entrar nas caipirinhas. Além das frutas, entram
ça, logo o “remédio” se popularizou e ganhou o ainda condimentos como gengibre, pimentas e
nome de caipirinha (quem nasce no lugar é cha- manjericão e hortelã para dar ainda mais sabor.
mado de caipira). Em algum momento o alho e o As combinações que fazem sucesso nas mesas
mel foram trocados por gelo e açúcar e em 1922, de Dudu são limão, tangerina, gengibre com cana Semana de Arte Moderna em São Paulo, a chaça, também abacaxi com manjericão e vodca,
caipirinha já circulava nas rodas de intelectuais frutas vermelhas com pimenta e maracujá com
com o status de drink. Os modernistas Oswald melancia. O segredo é caprichar no visual, uma
de Andrade e Tarsila do Amaral levaram este vez que os grandes vidros de frutas fazem parte
símbolo da gastronomia nacional na bagagem da decoração dos eventos. “E as caipiras preciaté Paris e assim, o Brasil ganhou um drink para sam ter um sabor leve para não derrubar os convidados”, avisa Dudu. Mas nem tudo combina
chamar de seu.
De lá pra cá, a caipirinha vem frequentando com tudo sem reservas. O barman explica, por
bares, festas e, mais recentemente, resolveu de- exemplo, que o saquê não vai bem com limão.
safiar os seus apreciadores ortodoxos com mui- E dá uma dica criativa para você experimentar!
tas misturas na receita. A cachaça pode ser tro- Anote e divirta-se!
cada por vodca (ou até saquê!).
E o limão... bem, imagine a lis- C a i p i r i n h a d o D u d u
ta de frutas que existem neste Frutas: morango, amora e maracujá
Brasil tropical e solte a criati- Condimentos: manjericão e pimenta em grãos vermelha
vidade.
Coloque em um copo as frutas, duas colheres de açúcar e soque
O barman Eduardo Santos
suavemente com um pilão (ou bata na coqueteleira). Acrescente
acompanhou essa evolução.
algumas folhas de manjericão e os grãos de pimenta. Junte gelo e
Garçom há 22 anos, ele resolveu
cachaça ou vodca. Misture bem e sirva.
dar um up na carreira e virou o
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FALA AÍ
Entre a razão
Fotografia: Lucas Martins de Mello | Beleza: Ana Ferrary
e a emoção
Ela se diz tímida, mas bastam poucos
minutos de conversa para a atriz Fernanda
Moro baixar a guarda, revelar-se falante
e ficar à vontade. Depois de uma série de
trabalhos no teatro e cinema, esta gaúcha
de 37 anos, rosto e corpo de menina, faz
seu papel mais relevante na televisão: a
positiva Lia, da produção “Animal”, primeira
parceria da TV Globo com o canal GNT.
A série, protagonizada por Edson Celulari
com roteiro e direção de Paulo Nascimento,
aborda a teriantropia, uma rara condição
psicológica que faz com que seus portadores
pensem ser animais. Lia, a personagem de
Fernanda, é a filha de criação da cafetina da
história e não sofre do distúrbio. Mas... caso
tivesse essa condição, podemos arriscar um
palpite? Ela seria uma gata!
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Como começou sua carreira de atriz?
Eu era muito tímida na escola, mas quando participava de peças de teatro, conseguia me transformar. Ainda
assim, quando me diziam que eu teria talento para ser atriz, eu rejeitava a ideia porque sempre achei uma
profissão muito incerta. Aí, fui fazer faculdade de jornalismo. Nesse período, trabalhei como repórter em um
canal local e entrevistei o Júlio Andrade (ator), que estava em cartaz com uma peça em Porto Alegre. Ali
percebi que era possível viver de teatro, cinema. Foi quando comecei a fazer cursos.
A partir daí, começou a trabalhar na área?
Quando começo a fazer, sou metida. Fiz teatro infantil, aí tinha um papel que precisava cantar. Fiz aula
de canto. Depois surgiu uma seleção para a série “O Segredo”, da RTP, uma televisão portuguesa, para
o papel de uma cantora de rock, e eu passei. Aí comecei a fazer outros trabalhos, veio cinema (com “Bens
Confiscados”, de Carlos Reichenbach, “Valsa para Bruno Stein”, de Paulo Nascimento).
C o m o v o c ê f o i e s c o l h i d a p a r a a s é r i e “ An i m a l ” ?
O Paulo Nascimento (diretor e roteirista) conhecia meu trabalho, fiz testes e em janeiro começamos
a trabalhar. Todos os atores foram para o Rio de Janeiro fazer a leitura das cenas e a preparação dos
personagens. A série foi gravada em Minas do Camaquã, interior do Rio Grande do Sul, e fica no ar até
dezembro.
E como é a sua personagem Lia?
Ela foi deixada em um cabaré quando era pequena e criada pela dona do lugar, que nunca deixou ela se
prostituir. Ela é a herdeira da Maria Pequena, tem um bar, e sabe de tudo que acontece na cidade. Eu
gosto do jeito solar da Lia, ela encara os problemas com naturalidade, usa até mesmo seus problemas de
uma maneira positiva.
Fotografia e tratamento de imagens: Lucas Martins de Mello | Beleza: Ana Ferrary
Ao mesmo tempo, você tem filme novo no cinema?
“A Oeste do Fim do Mundo” é também do diretor Paulo Nascimento e nele eu interpreto a Ana, uma
personagem mais depressiva, que sofre com a perda do filho bebê, tem problemas com o marido e é vítima
de violência sexual. (Por este filme, Fernanda ganhou o prêmio de melhor atriz no festival BRAFFTV, em
Toronto, no Canadá). É um filme de menos palavras
e mais olhares, a história de três perdidos que se
C URIOSIDADES SOBRE FER N A N DA MORO :
encontram.
• Em “A Oeste do Fim do Mundo”, ela cortou
seus longos cabelos em cena. Sem espelho. E os
O que você traz de seu para os personagens?
mantém curtos até hoje.
Tento não trazer nada meu. Fiz uma vez preparação
• Ela faz aniversário em 21 de agosto, quase no
com a Fátima Toledo e ela dizia que sempre
emprestamos algo nosso para o personagem, mas eu limiar entre os signos de leão e virgem. É leonina, mas admite que tem o pé no chão virginianão penso assim. Busco me transformar em outra
no: “Sou muito organizada”.
pessoa, e gosto de fazer personagens diferentes uns
• Seu próximo filme é “Anabel”, longa uruguaio
dos outros. E o bom de atuar é que eu aprendo com
da diretora Silvana Tomeo, com quem Fernancada papel. Quanto menos o público souber de mim,
da já trabalhou em “La Despedida”. Nos dois
mais vai acreditar no personagem.
longas, ela atua em espanhol.
• Hoje, mora entre Porto Alegre e São Paulo.
Mas você não gosta de falar com o público, dar
Tem um irmão personal trainer e uma irmã
autógrafo, tirar selfie com os fãs?
formada em enfermagem que está trocando de
Isso tudo bem, faz parte. O público é o oxigênio do
carreira e virando figurinista.
ator.
• De origem italiana, Fernanda gesticula quando
fala. Para interpretar Lia, ouviu do diretor de
Tem o sonho de viver uma vilã?
“Animal”, assim como todo o elenco, que a atuaAs vilãs estão mais nas novelas. No cinema e nas séries,
ção deveria ser 50% menos. Puro minimalismo.
ninguém é tão mau e nem bom, os personagens são mais
• Ainda na pele de Lia, viveu aventuras. A percomo são as pessoas. Concordo com o (diretor) Paulo
Nascimento: na vida, não tem núcleo alegre. Todos são sonagem gosta de escalada e tirolesa radical – e
Fernanda experimentou tudo sem dublê.
pessoas.
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ÍCONE K
Se toda mulher adora um homem detalhista,
então é melhor se ligar nos detalhes...
A capacidade de observar é uma característica daqueles homens que se preocupam com sua
aparência, que estão ligados na moda. A eles nenhum por menor passa despercebido... Mas ser
assim tão ligado em detalhes pode virar uma verdadeira maldição, pois o nível de exigência acaba
aumentando – e aumentando muito. Entretanto, reconhecer detalhes bacanas acaba ficando uma
verdadeira moleza. Reparou no solado translúcido, nos pespontos multicoloridos e no ilhós vermelho do
abotinado?! Notou o relevo do cinto?
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palavra final
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