Encanto e Magia - bymyself.com.br

Transcrição

Encanto e Magia - bymyself.com.br
Maio / Junho 2013 | ano VII - nº 37
Encanto e Magia
mercado persa
2013
Conheça os vencedores
e os padrinhos do
festival de 2014
Entrevista
exclusiva
Saida revela
detalhes de sua
carreira e
fala sobre o
sucesso
do MP 2013
delícias
do Oriente
Aprenda a fazer
um autêntico e
saboroso falafel
Oriente Total
O mais completo curso para bailarinas que desejam
se aperfeiçoar em Dança Árabe
MAIO / JUNHO 2013
1
editorial
Missão cumprida!
A
edição da nossa revista após o Mercado Persa é sempre muito especial,
pois é possível conferir, e relembrar, tudo o que de mais emocionante pôde
ser vivido neste evento que, a cada ano, se torna maior e mais importante.
Pela segunda vez consecutiva, a grande estrela Saida Helou, nos presenteou com
sua presença. Além de ministrar dois workshops, que foram disputadíssimos, e se
apresentar de forma majestosa no show Oásis, a bailarina conversou conosco sobre
sua carreira, suas inspirações e seu estilo de dança inovador. Confira essa matéria
exclusiva!
Ainda na seção Especial, confira os resultados do Mercado Persa e uma matéria
sobre o programa Oriente Total, que está completando cinco anos.
Além de linda, esta edição está apetitosa! Na seção Gastronomia, conversamos
com Halla Saad Ibrahim, que forneceu delícias da cozinha árabe no MP, sobre a
origem do popular falafel (bolinho de grão de bico) e preparamos uma receita de
dar água na boca. Além disso, confira uma matéria sobre as famosas especiarias da
cozinha árabe e suas propriedades nutricionais.
Nosso destino na seção Turismo é a Tunísia. Saiba por que este país exótico é
considerado um oásis no deserto e conheça suas belas praias, cidades com casas
escavadas nas pedras e pontos turísticos.
E mais: cultura, música, economia e beleza. Tudo para você se divertir, se informar e ficar por dentro das novidades do mundo árabe!
Um abraço!
Shalimar Mattar
Encanto e Magia
expediente
Oriente, Encanto e Magia é uma revista bimestral gratuita
destinada a bailarinos, músicos, estilistas, professores,
apreciadores da dança do ventre, enfim, a todos que acreditam
na arte como meio de evolução.
Editora: Shalimar Mattar
Bailarina responsável: Teresa Carnicelli/Samira (Sated 2276)
Diagramação: Flavio Pavan e Matheus Chacon Mazega
Jornalista responsável: Mariana Maciel (Mtb. 23.986)
Colaboradora: Jessyca Trovão
Revisão: Laura Arrienti
Foto da Capa: Sandra Reis
Bailarina da Capa: Verônica Dias
Fotos: Shutterstock
Redação: Rua Estevão Baião, 786, Campo Belo - 04624-002,
São Paulo. Fones: (11) 5041-6103 e 5542-3860
Site: www.orienteencantoemagia.com.br
Impressão: Gráfica Grass
Tiragem desta edição: 4.000 exemplares
A revista não endossa, necessariamente, conceitos e opiniões
de autores expressos nas matérias que publica, nem se
responsabiliza diretamente pelo conteúdo textual e de imagens
dos anúncios que veicula.
beleza
Prótese de mama
e lipoaspiração
O que precisamos saber!
C
om a chegada do inverno cresce
o número de pessoas em busca
de tratamentos estéticos. O clima
ameno é um dos fatores que fazem desta época do ano a mais requisitada para
cirurgias plásticas, principalmente a lipoaspiração e a prótese de mama. Mas é
preciso ter a real noção do que intervenções cirúrgicas como esta podem acarretar ao organismo e saber o que se deve
esperar em termos de resultado para que
não se crie expectativas irreais. Para isto,
esclarecer algumas dúvidas comuns sobre elas podem ajudar nestas questões.
De acordo com o cirurgião plástico
Gustavo Tilmann, o maior mito sobre
a lipoaspiração é de que a cirurgia serve
para emagrecer, fato que não é verdade.
O procedimento serve apenas para remodelar o corpo da paciente, como explica o especialista, “a cirurgia consiste
em eliminar a gordura localizada, os
famosos pneuzinhos que incomodam
muitas mulheres e em outras partes
do corpo, melhorando o contorno corporal. Além disso, pacientes acima do
peso que desejam fazer a cirurgia acreditando que vão emagrecer dez quilos,
precisam antes se submeter à reeducação alimentar e à prática de exercícios
físicos para alinhar a cirurgia com a
vontade de emagrecer”, destaca.
No caso da prótese de silicone, a
maior dúvida está no tamanho do implante. “É comum pacientes chegarem
aos consultórios pedindo a mesma
prótese que uma modelo ou atriz usou.
A expectativa de ter o corpo similar ao
de alguém idealizado deve ser esclarecida pelo médico, visto que cada pessoa tem um biotipo próprio”, ressalta o
especialista.
Outro ponto muito questionado deve-se ao formato das próteses. Atualmente, existem diversos e no geral são
4 REVISTA ORIENTE
Por Mariana Maciel
caracterizadas como de perfil baixo, alto
e anatômico. A chamada prótese baixa,
por ter uma base mais larga, é menor e
indicada para dar uma projeção maior
ao colo mamário e pouca projeção na
frente. O perfil alto é o mais procurado, tendo uma base menor e uma projeção mais alta. Já a prótese anatômica,
conhecida como “gota”, é indicada para
pacientes que possuem mamas com
formas e contornos estéticos favoráveis
e que desejam um aumento proporcional. “Um fator importante que causa
muita confusão entre as mulheres é que
uma prótese de 200 ml de um perfil baixo não dá o mesmo efeito do perfil mais
alto”, revela o Dr. Tilmann.
O médico também alerta para um
ponto muito importante ao optar pela
cirurgia plástica: “antes de realizar o procedimento, faça uma pesquisa criteriosa
sobre o médico no site do Conselho Regional de Medicina e no da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Além disso, toda e qualquer cirurgia
deve ser realizada em um ambiente
hospitalar com um centro de terapia intensiva. Durante a pesquisa pela clínica
médica, é comum ainda encontrar variações de preços. Duvide dos preços muito
baixos, pois há gastos com intervenção,
anestesia e a prótese”.
Os resultados de qualquer cirurgia
dependem muito dos cuidados pós-operatórios. No caso da lipoaspiração,
além de se abster das atividades do dia
a dia durante duas semanas, a drenagem
linfática é determinante. “Após a cirurgia é preciso fazer sessões de drenagem
linfática, para ajudar a reduzir os inchaços e usar as cintas pós-operatórias”,
revela o especialista. No caso da prótese
de mama a paciente precisa ter calma e
esperar 15 dias para voltar a erguer os
braços e dirigir.
turismo
Tunísia,
um oásis no deserto
Recantos exóticos e praias paradisíacas
definem este pequeno país oriental
P
equeno em extensão (com uma área equivalente à metade do Estado de São Paulo), mas rico em história. Assim é a Tunísia, este pequeno país localizado no extremo
norte da África, onde o calor é grande e os costumes e as tradições são respeitados ao máximo.
Dentre os pontos turísticos, destacam-se os lugares históricos com traços da cultura romana, turca, bizantina, espanhola,
árabe, etc. Estes pontos podem começar a ser visitados na capital Tunis, que abriga ruínas romanas com 60 km de extensão,
local onde no século 2, abastecia a costa norte do país. Próximo
ao Museu do Bardo já é possível ver algumas de suas estruturas,
mas é nas proximidades de Thuburbo Majus que se vê o grande
sítio arqueológico a oeste de Zaghouan. Menor, porém mais
conservado que o de Roma, o anfiteatro permite conhecer de
perto os bastidores de lutas e competições do antigo império
romano. É possível conhecer as arquibancadas, catacumbas,
prisões no subterrâneos e jaulas dos animais.
Tunis, a capital ocidentalizada, ainda possui atrações como o
mercado central e belas mesquitas.
Em termos de belezas naturais, a Tunísia não deixa nada a
desejar. Há atrações para vários gostos, passando pelos 1300
km de costa mediterrânea ao majestoso deserto do Saara, com
suas dunas e oásis exuberantes.
Viajando por esta paisagem árida chega-se em Tozeus, uma
simpática cidade construída em tijolos aparentes, com um
6 REVISTA ORIENTE
mercado com produtos variados e clima fresco proporcionado
pelas palmeiras. De lá, vá até Nefta, um vilarejo na fronteira
entre desertos de sal e areia, de onde se pode fazer passeios de
balão ao nascer do sol.
É nessa região que está uma das paisagens mais bonitas do
país, o Chott El Djerid, um imenso lago, quase sempre seco, que
divide a Tunísia ao meio. As planícies de sal criam miragens no
horizonte durante o trajeto, recheado de vendedores de tâmara,
a fruta típica do país.
No deserto, o passeio de dromedários é imperdível. E para
quem é mais aventureiro, passar uma noite em tendas montadas para este fim pode se tornar um momento memorável.
Seguindo em direção à costa é possível passar por cidades
muito curiosas. Matmata é uma delas, pois quase não há construções à vista. Isto porque as pessoas moram em habitações
subterrâneas, escavadas para fugir do calor das pedras que cobrem a superfície. Há inclusive hotéis subterrâneos para quem
quer vivenciar um pouco deste modo de vida tão peculiar.
Quando finalmente se chega ao litoral, depara-se com praias
de areia branca e águas cristalinas e mornas. Além da beleza,
são privilegiadas por possuírem locais propícios ao mergulho.
Nesta região a oferta de resorts é grande.
As deliciosas comidas típicas, com cuscuz e muita carne de
carneiro, também estão entre as atrações deste país exótico e
apaixonante.
MAIO / JUNHO 2013
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economia
Comércio entre Brasil e países
árabes é recorde em 2012
A corrente comercial entre os dois países
alcançou um aumento de 3,24% no último ano e as
exportações brasileiras cresceram, principalmente, pelo agronegócio
O
balanço divulgado anualmente pela Câmara de Comércio
Árabe-Brasileira apontou que
a corrente comercial (exportações mais
importações) do Brasil com os países
árabes teve um acréscimo de US$ 814
milhões em 2012, o que representa um
aumento de 3,24% em relação a 2011.
O montante exportado pelo Brasil no
último ano foi de quase US$ 15 bilhões
e as nações que mais importaram das
empresas brasileiras foram Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos
(EAU), Argélia e Omã, nessa ordem.
No caso do mercado saudita, responsável por mais de um quinto (aproximadamente US$ 3 bilhões) das exportações brasileiras para os países da Liga
Árabe, houve um crescimento de 83%
nas exportações de milho. Outro produto que teve vendas maiores neste último ano para a Arábia Saudita foram
tratores (US$ 7,5 milhões em 2011 e
quase US$ 18 milhões em 2012).
O Egito também aumentou suas importações de cereais em 2012, somando US$ 2,71 bilhões, 3,35% a mais que
em 2011. O milho foi protagonista na
pauta egípcia, passando de US$ 134
milhões para US$ 491 milhões, demonstrando um salto de 264%.
Michel Alaby, CEO e diretor-geral da
Câmara Árabe, explica que “o Egito se
manteve com exportações crescentes,
apesar da crise. Isso porque o país tem
que garantir alimentos à população”.
Já as importações brasileiras apre8 REVISTA ORIENTE
Curso de
Espada
com
Shalimar Mattar
Sucesso em
todas as edições
sentaram um aumento impulsionado pelas aquisições de petróleo e gás,
produtos petroquímicos em geral e
matéria-prima para fertilizantes. Há,
ainda, espaços para o crescimento das
importações tais como alimentos étnicos, azeite de oliva, azeitonas, vinhos,
produtos químicos, petroquímicos,
cosméticos e material hospitalar descartável, entre outros.
Para o diretor-geral da Câmara Árabe, ainda é cedo para fazer previsões
em relação às exportações brasileiras
para o Oriente Médio e Norte da África este ano, mas ele analisa alguns fatores que podem elevar as vendas para
a região. “O mercado de infraestrutura e construção, por exemplo, é uma
grande aposta”, conclui.
Novas turmas com inscrições abertas
Início: Agosto de 2013 Vagas limitadas
Informações: Shalimar Mattar Danças
www.shalimarmattar.com
MAIO / JUNHO 2013
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Vencedores do Mercado Persa 2013
Especial
Mercado Persa:
Padrinhos do Mercado Persa 2014 – Categoria feminina: Níjme de São Paulo | Categoria masculina: Anthar Lacerda de Paranaguá/PR
Categoria
sucesso mais uma vez
Solo Baby
Solo Infantil
Em sua 20ª edição, o MP surpreendeu o
público trazendo ainda mais atrações e
novidades especiais
Linda Hathor – Grupo Hathor
Curitiba/SP
Giovanna Costa e Isabella Moura –
Studio Giovanna Franchi
Uberaba/MG
Gal Novais e Stefany Garcia
Casa da Arte
Vitória da Conquista/BA
Ariane Brisolla e Edenilson Custódio
Escola Mabruc
Avaré/SP
Adrielle Gracielle A. M. Brito
e Maico Muniz. Manaus
Cia. de Dança Al Karak
Patricia Leopoldina,Thalita Freitas e
Adriana Gonçalves – Espaço Nut
São Paulo/SP
Sonia R. Augusto, Raquel Moraes e
Edenilson Custódio – Cia. Gaminah
Botucatu/SP
Emilly Feitosa e Beatriz Ascenção
Studio Cinthia Santos
São Paulo/SP
Camila S. Rodriges e Francine L. Melo
Escola Ananda Sayed
Barra do Piraí/RJ
Ariane Santos e Alcione Abreu
Casa de Isis
Manaus/AM
Ana Luisa Chielli e Natália Piasso
Núcleo Ju Marconato
Araraquara/SP
Mahara Shams,Michelle Izorídes e
Kayra Rodrigues Marcílio – Studio
Mahara Shams / Contagem/MG
Daiane Imbriane, Rosimeire Munhoz e
Flavia Oliveira – Escola Flavia Oliveira
Apucarana/PR
Pedro Bernardes e Marcus Vinicius
Espaço Nut
São Paulo/SP
Cinthia Cavichiolo e Vanessa Castro
Studio Vanessa Castro
Curitiba/PR
Elaine Rollemberg e Diego C. Braga
Espaço Hátor
Rio de Janeiro/RJ
Grupo Infanto-juvenil
Grupo Anuar – Studio Cinthia Santos
São Paulo/SP
Nut Kids – Espaço Nut
São Paulo/SP
Grupo Clássico
Belly Shine – Shalimar Danças
São Paulo
Studio de Danças Andrea Gaya
Uberaba/MG
Mahira Hassan Danças Árabes
São Paulo/SP
Grupo Moderno
Cia. de Dança Studio K
São Paulo/SP
Núcleo de Dança Cinthia Santos
São Paulo/SP
Núcleo Ju Marconato
Araraquara/SP
Grupo Fusão
Espaço de Danças Thalita Menezes
Belo Horizonte
Studio Mahari
Garopaba/SC
Grupo de Dança Andressa Carluche
Mauá/ SP
Grupo Folclórico
Cia. Michele Pletsch
Bento Gonçalves/RS
Cia. Ayouni
Rio de Janeiro/RJ
Grupo Munira Magharib
São Paulo/SP
Grupo Livre
Cia. de Dança Al Karak
Manaus/AM
Gnética Cia. de Arte e Dança
São Paulo/SP
Arte Cigana.
Núcleo Dunyah Zaidam
Belo Horizonte/MG
Solo Star Masculino
Dupla Infanto-juvenil
Dupla Clássica
Dupla Moderna/Fusão
Dupla Folclórica
Trio Clássico
Foto: Sandra Reis
Foto: Sandra Reis
10 REVISTA ORIENTE
Rosa dos Ventres
Vitória Carozelli Villegas – Escola
Mabruc / Avaré/SP
Crystal Kasbah
São Paulo/SP
Solo Star Feminino
Trio Moderno/Fusão
Workshop Ju Marconato
Débora Tamara da Silva – Studio
Giovanna Franchi
Uberaba/MG
Clarissa Krett Dorte – Escola Agita
Brasil
Osasco/SP
Adrielle Gracielle A. M. Brito – Cia.
de Dança Al Karak
Manaus/AM
Rita de Cassia A. Rezende – Studio
Giovanna Franchi
Uberaba/MG
Ana Julia Rodrigues da Silva
Grupo Alma Gitana
Porto Feliz/SP
Gabriel Diniz Castro
São Paulo/SP
Juliana Cortez – Espaço Nut
São Paulo/SP
Juliana Borges de Amorim
Bragança – Cia. El Amira
Paulista/SP
Gabriela Silva Garcia – Escola Nery
Company
São Paulo/SP
Solo Amador Masculino
Solo Master Feminino
Yamil, Shalimar e Saida durante
os workshops de sábado
Rafaela Fiuza Silva – Escola Mabruc
Avaré/SP
Gregório May Gonçalves
Guarujá/SP
Solo Tribal
Bailarino argentino Yamil, um dos
destaques do Espetáculo Oásis
Victória Gabrielle – Studio Giovanna
Franchi
Uberaba/MG
Arielly Cinthia M. Santos – Studio
Cinthia Santos
São Paulo/SP
Aline Presto de Lucca – Escola de
Danças Aluaha
São Paulo/SP
1º Lugar
Maria Laura R. F. Semoline
Grêmio C.P Jundiaí
Jundiaí/SP
Jéssica Tamara Julia Nunes
Espaço Thalita Menezes
Belo Horizonte/MG
Filipe Henrique do Nascimento
São José dos Campos/SP
Azucar Studio de Dança
Mariana Nunes Biscaia
Mahasin Cia. de Dança
São Paulo/SP
Solo Amadora
Foto: Victor Photo & Design
a produção. Já os acessórios tradicionais para dança, como véus, bengalas,
bastões, candelabros, pandeiros, entre
outros, podiam ser adquiridos pelo melhor preço do mercado.
Therê Serzedello, famosa pelos incríveis
véus de seda , que levam a marca “Silk By
Therê”, comentou que, mesmo estando no
Mercado Persa há 4 anos, se surpreendeu
com o público novamente. “No ano passado eu trouxe 100 véus e voltei com apenas
6; esse ano acredito que vou ficar devendo,
porque estamos aqui há menos de 5 horas
e já vendemos mais de 30”, disse muito feliz, enfatizando que já esteve em eventos
no exterior, mas como o Mercado Persa
não existe. Rosa Nogueira, mais conhecida como Rosa dos Ventres, afirmou que a
evolução do evento é nítida. “O Mercado
Persa conquistou um espaço impressionante, tornou-se conhecido no Brasil e no
mundo”, comentou enquanto atendia os
clientes que não paravam de chegar.
Os workshops também foram sucesso
de público. A procura superou as expectativas, tanto da organização, quanto dos
professores que ministraram as aulas.
Acompanhe a seguir a lista dos vencedores e conheça os padrinhos do Mercado Persa 2014.
2º Lugar
Josiane Figueiredo de Lima
Equilíbrio Natála Silva Ballet
Araçatuba/SP
Karine Januária Borges
Estúdio Monah Souad
Aparecida de Gyn /GO
Mariana Gravavello – Estúdio Ana
Claudia Borges
Carapicuiba/SP
Josuel da Silva Santana
São Paulo
Espaço Darrel Nottari
Carolina Stupka Berdacki – Studio
Vanessa Castro
Curitiba/PR
Solo Folclore Feminino
Foto: Jessyca Trovão
C
omo já era esperado, o Mercado
Persa 2013 foi sucesso de público e atrações. Consolidado como
um dos maiores festivais de dança árabe
do mundo, o MP surpreende ao reunir
diversas atrações simultaneamente e de
muita qualidade.
Contagiados pela magia do evento, os
participantes transformavam as apresentações em momentos inesquecíveis. Bailarinos e bailarinas conceituados brilharam
nos dois palcos, que exibiam simultaneamente shows espetaculares. As crianças
também encantaram com talentosas coreografias, demonstrando que o futuro da
dança está muito bem garantido.
Entre tantas atrações de sucesso, o espetáculo Oásis foi o ponto alto do segundo dia do evento, contando com apresentações de Ju Marconato, Yamil, Saida,
Cris Basimah, Ana Claudia Borges e
Shalimar Mattar, que exibiram performances de deixar o público sem fôlego.
Na Feira Oriental, a variedade de
produtos era imensa. Do clássico ao
moderno, os figurinos repletos de pedras e strass deixavam as bailarinas maravilhadas. Brincos, colares, pulseiras e
enfeites para o cabelo, de todos os tipos
e tamanhos, surgiam para completar
Solo Juvenil
3º Lugar
Janaina Stefani L. Biscotto – Studio
Jannah Huryat
Curitiba/PR
Felipe Giusepe Pereira – Rosana
Dance Studio
Suzano/SP
Vanessa Castro – Studio Vanessa
Castro
Curitiba/PR
Téo Versiani e Faell Rabelo
São Paulo/SP
Fernanda Gomes, Camila Alcover e
Emeline Valejos – Estúdio Munira
Magharib / São Paulo/SP
Ana Vitória Nogueira, Tamires Borges e
Isabela Vieira – Estúdio Andrea Gaya
Uberaba/MG
Grupo Alma Gitana
Grupo Alma Gitana
Porto Feliz/SP
MAIO / JUNHO 2013
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Nos bastidores do MP
MISS MERCADO PERSA
Categoria Prata
3º lugar Isabelle Borges de Campinas/SP
2º lugar Ana Luisa Chielli de Araraquara/SP
1º lugarMaria Eduarda G Correa de Vassouras/RJ
Categoria Brilhante
3º lugar Isadora dos Reis Casline de São Paulo
2º lugar Jussara Serrano do Rio de Janeiro
1º lugar Lucia Martins Cravo de Campinas/SP
12 REVISTA ORIENTE
Fotos: Sandra Reis
Categoria Ouro
3º lugar Gledis Jeane Machado de Apucarana/PR
2º lugar Safira Frota de Carvalho de Manaus
1º lugar Janaina Stéfani de Lima Biscotto de Curitiba
Especial
Uma estrela argentina
no Mercado Persa 2013
Destaque no MP, a grande bailarina Saida Helou conversou com a
equipe da Revista Oriente, entre suas apresentações e workshops
M
uito admirada pelo público brasileiro, Saida Helou esteve pela
segunda vez no Mercado Persa,
repetindo o sucesso que fez na edição do
ano passado. Escalada para ministrar dois
workshops, um no sábado e outro no domingo, a procura por suas aulas superou as
expectativas. Os presentes tiveram ainda a
oportunidade de vê-la se apresentando no
show Oásis, mais uma vez surpreendendo
o público com a magia e a criatividade de
suas coreografias.
Seu alto nível técnico reflete o empenho e
respeito que Saida dedica à dança há anos.
Ainda menina, iniciou aulas de ballet clássico, onde desenvolveu a técnica e a disciplina
que a acompanham até hoje. “Estudei ballet
por dez anos e acredito que isto me ajudou
muito em alguns aspectos técnicos que aplico no bellydance”, conta Saida.
Descendente de sírios, a bailarina, que
nasceu na Argentina, sempre viveu sob as
influências árabes, desde as comidas que
sua mãe preparava até costumes e músicas
que faziam parte do cotidiano de sua casa.
“Lembro-me que em cada reunião de família era comum presenciarmos algum show
de música e dança árabe, mas nessa época
eu só queria saber do ballet”, relembra.
Sua paixão pela dança árabe nasceu
apenas na adolescência, ao assistir a uma
apresentação dos também argentinos
Sarat e Amir Thaleb. “Fiquei fascinada
e descobri que era aquilo que eu queria
para o meu futuro! Comecei a fazer aulas
com o Amir, e ele me incorporou imediatamente em sua companhia. Fui sua
primeira bailarina e nunca mais deixei de
dançar. Encontrei ali minha verdadeira
vocação”, afirma com a convicção de mulher realizada com o que faz.
A carreira como bailarina de dança árabe ascendeu rapidamente, seu carisma e
magnetismo despertaram no público o
14 REVISTA ORIENTE
Por Jessyca Trovão
desejo de aprender com ela suas técnicas
e coreografias. Saida conta que passou a
sentir muita vontade de ensinar e “isso me
levou a abrir minha própria escola; eu já
tinha experiência com as aulas porque era
professora substituta de Amir quando ele
viajava, me sentindo assim, pronta para dar
esse passo”.
O sucesso que fazia na Argentina levou
Saida a trilhar novos caminhos, e a primeira
oportunidade para ministrar um workshop
internacional surgiu através da internet,
com um convite de uma admiradora mexicana da dança do ventre. Novos convites
surgiam naturalmente, levando Saida e sua
arte por toda a América Latina. A entrada no grupo Bellydance Superstars trouxe
ainda mais oportunidades de apresentar
seu trabalho em muitos países. “Em 1998
fizemos uma turnê pelos Estados Unidos,
visitando muitas cidades, tivemos uma visibilidade muito boa”, relembra Saida.
Seu estilo, extremamente criativo e inovador, surpreende os expectadores a cada
apresentação. Em sua postura é possível
observar elementos herdados do ballet
clássico, além dos movimentos que exploram seus longos cabelos, marcas regis-
tradas em sua coreografias. “Acredito que
meu estilo é puramente argentino, um
estilo novo que o mundo tem aceitado e
seguido, uma fusão entre o ballet, o latino
e a dança oriental. Amir incorporou este
estilo na Argentina e eu terminei de dar
forma a ele”, explica Saida.
Apesar de vasto conhecimento e experiência que tem em eventos por todo o mundo, Saida não esconde sua surpresa com
o Mercado Persa. “Fiquei impactada por
sua magnitude, haviam me falado sobre o
evento, mas não acreditei até ver de perto.
Como disse no início do workshop, não
existe algo assim no mundo, que convoque
tanta gente e onde aconteçam tantas coisas
de uma só vez. Fico maravilhada com a
organização, que promove espetáculo, concursos, desfiles, workshops e tantas outras
coisas, todas ao mesmo tempo. Agradeço
muito a Shalimar por ter me convidado novamente e por me oferecer a oportunidade
de mostrar minha arte em um evento com
tamanha grandeza”, afirma Saida.
Nos workshops ministrados durante o
MP 2013, as alunas tiveram a oportunidade de aprender o estilo de Saida, com uma
aula que as desafiou ao máximo. Sempre
atenciosa, a bailarina repetia os movimentos quantas vezes fossem necessários para
que todas aprendessem. Ao final, a bailarina apresentou a coreografia para os olhares atentos das alunas e, sempre simpática
e atenciosa, posou para fotos com cada
uma delas da enorme fila que se formou.
Quando questionada sobre o carinho
e a admiração que as brasileiras têm por
ela, Saida é categórica e afirma que só tem
a agradecer por todo o carinho. “O Brasil
foi um dos primeiro países que visitei para
me apresentar e sempre me trataram muito
bem, com muito carinho e respeito. Agradeço muito a todas as meninas brasileiras
que me receberam tão bem este ano”.
MAIO / JUNHO 2013
15
Oriente Total
Empreendedorismo
A revelação de grandes talentos
Verônica Dias,
bailarina formada
na primeira turma
do Oriente Total
16 REVISTA ORIENTE
Foto: David Cezar
Por Marcela Silva
quase que dobramos nossa meta inicial”.
Entretanto, o programa ainda encontra
algumas dificuldades: “percebemos que
ainda existe uma resistência de grande parte das estudantes a se dedicarem
a algumas disciplinas como anatomia,
biomecânica, história, música e geografia, além do desafio de cumprirem dois
anos de um curso, cujo material é muito
extenso”, comenta.
Déborah Abdala é destaque na área de
eventos com o Tilim de Dendera
Só os fortes sobrevivem
Determinação, persistência e dedicação são as palavras que acompanham
aquelas que concluem o Oriente Total.
Ao longo do curso, que tem carga superior a 100 horas, as alunas enfrentam
provas práticas e teóricas, ao final passam
por uma avaliação de dança e ainda têm
o “temido” TCC (Trabalho de Conclusão
de Curso). Segundo Shalimar, também
professora responsável pelas aulas de
dança árabe clássica, “as alunas se tornam
mais confiantes, pois sentem que existe
uma base sólida que as orienta. É maravilhoso observar como novos conhecimentos deixam as pessoas mais motivadas”.
Um dos pontos fortes do curso é a preocupação em descobrir e harmonizar as
habilidades e os sonhos de cada aluna,
mostrando caminhos e fornecendo ferramentas para que elas coloquem em
prática seus projetos. E é graças a esse
princípio que novas estrelas estão se destacando, em diferentes áreas, no mercado
da dança árabe.
Verônica Dias – capa desta edição – é
uma delas. Com postura elegante e presença cênica, é dona de um quadril fascinante e um estilo de dança que mescla
o tradicional egípcio com toques modernos de influência argentina. Essa talentosa bailarina que, um dia – pasmem! –,
já pensou em desistir da dança, tem conquistado, cada vez mais, o seu espaço.
E adivinha? Ela era uma daquelas meninas que, em 2008, timidamente, formava a primeira turma do Oriente Total. “Eu
estava começando a dar aulas de dança
do ventre e senti necessidade de aprender
mais, queria oferecer o melhor para as
minhas alunas”, relembra, contando que
“fazer o Oriente Total mudou completamente a minha vida. Com todo conhecimento que adquiri, me senti muito mais
segura para fazer apresentações, improvisar, coreografar e ministrar aulas”.
Verônica lembra-se de um momento
marcante que viveu ao concluir o Oriente Total: “minha mestra Shalimar, que
conheci no curso, convidou-me para dar
aulas em sua nova escola, Shalimar Mattar Danças”, e a bailarina afirma que “isso
foi muito importante, pois fui valorizada
dentro do espaço em que me formei”.
no primeiro ano de curso aventurou-se a
transformar a festa de aniversário da sobrinha em uma autêntica festa árabe.
No ano seguinte, não teve dúvidas:
organizou um show em Ribeirão Preto
que reuniu vários bailarinos. No entanto,
foi em 2013 que ela viveu um dos momentos mais marcantes da sua história: “ser
mestre de cerimônias do Mercado Persa
foi um presente que recebi da Shalimar. Foi um desafio muito grande e
muito bom, só tenho a agradecer!”.
A relação de Ana Luiza com
o Oriente Total foi amor à primeira vista. Tanto que, ainda
no início, decidiu continuar
o curso mesmo após ser
transferida, de São Paulo
para Brasília, pela empresa em que trabalha.
De mala na mão, sorriso no rosto e muita
tranquilidade, todos os
meses, essa bailarina
guerreira garantia a sua
presença nas aulas. “Eu
me sinto muito orgulhosa de ter a oportunidade
de fazer um curso com
o gabarito profissional do Oriente Total.
Valeu cada minuto,
cada centavo e tenho certeza que esse
curso irá direcionar
toda minha carreira profissional de
agora em diante”, finaliza.
Laylah Al Raksa foi mestre de
cerimônias do Mercado Persa 2013
Aquela que lhes escreve
Jay Fotografia
Foto: Sandra Reis
O
ano era 2008 e em uma manhã
de sábado, um grupo de jovens
bailarinas, amantes da dança árabe, que compartilhavam o desejo de aprimorar e adquirir novos conhecimentos,
reunia-se nas dependências do Espaço
Oriente, dando início a um projeto que
mudaria a história de cada uma delas. Era
a primeira turma do curso Oriente Total,
o mais completo programa de aperfeiçoamento profissional do Brasil.
“Apesar do nosso segmento contar
com excelentes professores e bailarinos
espalhados pelo país, a falta de preparo
de muitos deles é uma dura realidade que precisamos encarar”, explica Shalimar Mattar, uma
das mais conceituadas bailarinas do Brasil. Shalimar
acreditava que um dos
motivos para esse despreparo era a falta de
opções de cursos
que abordassem
a dança do ventre em todos os
seus aspectos,
possibilitando
às praticantes do
nível intermediário
ao profissional, o conhecimento
em diferentes áreas, como: artística, cultural, histórica e saúde. A bailarina idealizou então o
Oriente Total, completo e capaz suprir as carências do mercado. “Uma
das maiores preocupações do programa
é acrescentar elementos fundamentais
ao amadurecimento de profissionais,
para que novos praticantes estejam mais
seguros nas mãos de pessoas realmente
qualificadas”, explica.
É até cabalístico: cinco anos se passaram e cinco grupos já concluíram o curso, enquanto cinco estão em andamento.
Ao analisar a trajetória do Oriente Total, Shalimar conta que suas expectativas têm sido alcançadas: “imaginava a
abertura de apenas uma turma por ano e
Déborah Abdala é uma daquelas “Mulheres-Maravilha” do mundo moderno. Esposa, mãe, professora e bailarina de dança
do ventre, cigana e havaiana, além de proprietária da escola “Cia de Dança Zazu”.
Acumula ainda a função de organizadora
de eventos, dentre eles, aquele que causa a
cada ano um burburinho cada vez maior na
cidade de Guarulhos: o Tilim de Dendera.
“A Déborah é outro exemplo de profissional que vem encontrando um caminho de sucesso. Como aluna formada pelo
Oriente Total, ela participa do projeto de
incentivo profissional em que dou todo
meu apoio. Antes de cada festival, ela me
consulta e eu estou sempre à disposição
para orientá-la. A área de eventos é muito densa e as coisas mudam com grande
velocidade, portanto, é fundamental manter-se atuante. Assim, ela tem feito parte
da equipe do Mercado Persa, o que permite que ela se atualize e faça novos contatos”, afirma Shalimar.
Segundo Déborah, “no curso tive a
oportunidade de ampliar horizontes, evoluir tecnicamente, ter contato com grandes bailarinos, entre muitas outras coisas.
Minhas expectativas foram superadas,
pois além do conhecimento, encontrei
uma nova família chamada Oriente Total”.
Falando em bailarinas empreendedoras, quem conversa apenas alguns minutos com Ana Luiza Venâncio, ou melhor,
Laylah Al Raksa, logo percebe a sua grande paixão. “Lembro-me que na primeira
aula, a Shalimar perguntou qual era a área
de interesse que nós tínhamos. Creio que
fui a única que respondeu organização
de eventos. Estou terminando o Oriente
Total e posso dizer que me ajudou muito,
pois ganhei confiança para correr atrás
do meu objetivo”, explica Ana, que logo
Parece que foi ontem que adentrei pelo corredor do Espaço Oriente para fazer a minha inscrição
no Oriente Total. Praticante há cerca de cinco anos, fiquei atraída por este curso que reunia diferentes áreas do conhecimento com foco na dança; para mim, uma proposta inovadora. Recordo-me do
quanto cada encontro foi especial, graças aos profissionais que nos acompanharam e à humildade e
amizade das minhas companheiras de turma. Passaram-se dois anos de curso e mais um ano de pós
(porque isso vicia e a gente sempre quer mais!). De repente, cá estava eu do outro lado, organizando,
a cada quinze dias, a grade das turmas do Oriente Total. E, para a minha felicidade, é assim há dois
anos. Responsável pelos cursos e eventos do estúdio “Shalimar Mattar danças”, ainda lembro quando
perguntei para a Shaly se precisava de alguém para ajudá-la em sua nova empreitada e ela de imediato
disse sim, relembrando o TCC que apresentei ao final do curso no qual tinha desenvolvido o marketing de uma escola fictícia. Quem diria... a vida é uma caixinha de surpresas!
Inscrições abertas para nova turma do Oriente Total Início: 20 de julho de 2013 Informações: (11) 5041-6103 / [email protected]
Jay Fotografia
Especial
dança
A arte de dançar com os sete véus
Q
ueridas amigas, atendendo a
tantos pedidos, estamos trazendo a dança com os sete
véus como tema desta coluna, uma
modalidade que não é fácil.
Os sete véus requerem familiaridade com manuseios e a diversidade de movimentos, pois ao dançar
a bailarina não deve olhar para os
véus, e sim senti-los. Esta habilidade não é adquirida facilmente, requer muito treino!
Alguns detalhes são importantes
e merecem sua atenção. O primeiro
ponto que requer seu cuidado é a escolha das cores, que podem ser ton
sur ton ou relacionadas aos chacras,
que são vermelho, laranja, amarelo,
verde, lilás, azul, dourado ou prata.
Preste atenção também na metragem
dos véus, que deve ser precisa! Abaixo de 2 metros não são considerados
Por Samira Samia
véus, mas sim echarpes ou lenços.
Você pode utilizar tecidos lisos, com
opção para pastilhas na parte inferior, que conferem o peso certo e brilho ao trabalho ou seda sem bordados e com suaves nuances de cores.
A música é um outro detalhe importante; sua duração pode variar entre 6 e 7 minutos, mas sem ultrapassar esta marca. Deve ser orquestrada,
sem ser rápida ou cantada, fluindo
com os movimentos da dançarina.
Cada véu deve ter dois trabalhos
diferenciados. E, o mais importante,
entre um e o outro, utilize técnicas
diversas de dança. A forma como
tiram-se os véus guarda toda a magia desta dança. Não se deve tirá-los
e jogá-los indiscriminadamente, as
técnicas usadas também não devem
ser repetidas. Outro item importante é a colocação dos véus no corpo
da dançarina, pois eles não podem
cair antes da hora certa de tirá-los.
Esta riqueza de véus e composições
faz com que esta seja uma das execuções mais difíceis na dança do ventre. Então, procurem uma mestra que
possua os conhecimentos adequados,
treinem muito e brilhem!
A música é fundamental para a diversão das festas e faz parte da vida dos DJs
U
18 REVISTA ORIENTE
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O maestro da festa
ma festa sem música perde grande parte da diversão
e, justamente por isso, a profissão dos DJs cresceu
rápido no Brasil. A chamada discotecagem surgiu
na década de 70, e nos anos seguintes, a profissão foi se tornando ampla. Segundo o DJ Renee Azeitona “aos poucos,
as festas mais badaladas contavam com a presença do DJ e
ORIENTE INDICA
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assim surgiu a profissão de discotecagem, que animava as
pistas de dança. Nesta mesma época surgiram as discotecas,
tornando a profissão ainda mais popular”, explica.
Hoje, a profissão do DJ tem uma visibilidade muito maior,
sua presença nas festas é fundamental para animar os convidados e garantir um clima divertido.
Renee conta que sua relação com a música começou
cedo, ainda adolescente. Ele organizava festas com os amigos. A diversão ficou séria e logo surgiram oportunidades
para ele participar de concursos com novos talentos, onde o
jovem DJ ficou entre os primeiros colocados. Assim começou a carreira que ele levaria para a vida toda. Apaixonado
pelo que faz, Renne brinca dizendo que “meu DNA é feito
de música”.
A estabilidade da profissão é equivalente à qualidade do
trabalho. Segundo Renee, para ser DJ é preciso ter paixão
pelo que faz, pois apenas a dedicação e a divulgação de um
trabalho de qualidade constroem uma boa reputação profissional. “É preciso ser perseverante, acreditar no seu trabalho, estar antenado com as tendências, para estar sempre
trazendo coisas novas para o público”, comenta.
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oriente INDICA CULTURAL
nutrição
O sabor árabe
As famosas especiarias que dão o toque especial à culinária árabe
A
tradicional e rica culinária árabe
sempre despertou o paladar de outras culturas. Seus sabores e aromas
são tão inebriantes que chegaram a motivar
as explorações marítimas do período das
Grandes Navegações, por volta século XV,
trazendo o palato do Oriente à Europa.
Antes de os portugueses se lançarem ao
mar para buscarem especiarias diretamente
na fonte, eram os árabes quem dominavam
esse mercado e escondiam o trajeto de suas
rotas a sete chaves. Beneficiados pela ótima
localização geográfica, suas embarcações
saíam da península da Arábia e navegavam
sem problemas pelo Mediterrâneo e pelos
mares asiáticos, chegando à África Oriental
e ao Extremo Oriente.
Acompanhe abaixo as especiarias que ficaram conhecidas mundo afora e descubra
seus sabores e propriedades nutricioniais.
Açafrão - O nome vem do árabe zafaran,
que significa amarelo. São pistilos secos que
são colhidos manualmente dos estigmas de
flores de uma variedade de Crocus sativus,
uma planta da família das Iridáceas. O pistilo seco da planta açafrão é a especiaria mais
cara do mundo. Sua cor amarela alaranjada
é muito utilizada para colorir pratos espe20 REVISTA ORIENTE
ciais, seu sabor é indispensável em preparações picantes, aves e peixes. Os egípcios
cultivavam o açafrão como planta sagrada.
Propriedades nutricionais: rico em potássio, o açafrão é ótimo para combater o
mau colesterol (LDL), minimizando o risco
de problemas cardíacos. A curcumina, pigmento presente em grande quantidade nesta especiaria e responsável por sua coloração amarelada, tem alto poder antioxidante
e anti-inflamatório.
Coentro - Popular nas cozinhas do mundo todo, é completamente aproveitado,
desde as folhas, até suas sementes e raízes.
Muito presente na culinária da Índia e do
Sudeste, suas sementes têm sabor adocicado com um toque amargo, que lembra o
da casca de laranja. Eram utilizadas pelos
hebreus para aromatizar bolos e para conservar carnes entre os romanos. Egípcios e
chineses achavam que elas conferiam imortalidade e, entre os árabes, tinham fama de
afrodisíacas.
Propriedades nutricionais: sua semente
é fonte de ferro, um mineral que desempenha um papel importante na manutenção
do sistema imunológico e dos principais
sistemas enzimáticos do corpo. O coentro
é altamente desintoxicante limpa o fígado,
elimina toxinas e auxilia no emagrecimento, além de possuir propriedades anticancerígenas, que ajudam o organismo a se proteger contra tumores no fígado e estômago.
Devido à capacidade de estimular a secreção de enzimas pancreáticas, que contribuem para maior assimilação de nutrientes,
suas sementes são ótimas para a digestão.
Tomilho - Usado como tempero em saladas e coalhada seca, é um ótimo acompanhamento do pão árabe quando misturado
a azeite de oliva e sal. Acredita-se haver cerca de cem espécies de tomilho, mas apenas
três possuem fins culinários. Largamente
utilizado na Grécia, passou a ser consumido
também nos países mediterrâneos.
Propriedades nutricionais: possui reconhecidas propriedades anti-inflamatórias,
além de exercer efeitos positivos no trato
gastrointestinal.
Pimenta - Uma das mais antigas especiarias conhecidas, a pimenta era tida como
um ingrediente de luxo na culinária. Seu
sabor picante é marcante e inesquecível.
Seus grãos são utilizados secos e moídos na
culinária de diversos países.
Propriedades nutricionais: poderoso
termogênico, auxilia na aceleração do metabolismo, proporcionando uma melhor
digestão. Além disso, auxilia na diminuição
do colesterol, é um analgésico natural e tem
ação anticarcinogênica.
Hortelã - É uma planta aromática de
cheiro puro, refrescante e de sabor intenso.
As suas variedades podem vir do sul e do
centro da Europa, do Oriente Médio e do
centro da Ásia. A hortelã seca é muito usada
em pratos do Oriente Médio, no tabule, por
exemplo, é ingrediente indispensável. Seu
sabor também é marcante no kebab (cordeiro grelhado) e no quibe árabe. É utilizada ainda para temperar coalhadas e rechear
pastéis e legumes como berinjela, pimentão
e tomate.
Propriedades nutricionais: apresenta
as vitaminas A, B e C, além dos minerais
cálcio, ferro e potássio em sua composição. Acredita-se ainda que a hortelã possua propriedades analgésicas, antissépticas,
anti-inflamatórias, digestivas, refrescantes e
descongestionantes.
Serviço: Carlos Crede
Nutricionista
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5ª Mostra de Danças Studio Andrea Gaya
O mais belo espetáculo que reúne grandes estrelas
06 de julho de 2013
Teatro Vera Cruz – Uberaba MG
http://www.facebook.com events/247962232011236/?fref=ts
Espetáculo “Os 4 Elementos”
Teatro do Corinthians - Rua São Jorge, 777 Tatuapé
09 de novembro de 2013, às 20h
www.zaleekhandancadoventre.com.br
Studio de Danças Aida Gamal e Pierre
Salloum apresenta:
“Dança da Alma. A essência do feminino.”
Festival de Danças Árabes
Outubro de 2013
www.aidagamal.com
VII Festa Árabe e Ritmos Dançantes Grandes Convidados
Buffet Mansão Ilha de Capri, Rod. Anchieta, km 28
Salão Veneza
1º de dezembro de 2013, das 16h às 22h
Contato: (11) 97321-9108 - Patricia Saldanha
4* Yalla Festival
Concursos e Mostras
26 de outubro 2013
Rua Santa Luzia, 74 - São Paulo/SP
Contato: (11) 99340-9849 - Danna Gama
www.yallafestival.blogspot.com
Dança Egípcia
Giselle Kenj e sua Serpente Thot com música ao vivo
Às sextas, no Restaurante Tantra Granja Viana
Av. São Camilo, 988 - Telefone: (11) 4702-6883
Aos sábados, no Restaurante Tantra - Vila Olímpia
Rua Chilon, 364 - Telefone: (11) 3846-7112
www.gisellekenj.com
6º Festival de Danças Árabes de Sergipe
O maior evento de dança árabe de Sergipe
Realização: Cia. de Dança Carpe Diem
Direção: Flávia Kahyna
E-mail: [email protected]
http://ciacarpediem.wix.com/ciacarpediem
Festival Oriente - Studio Jimena
27 de outubro de 2013, às 17h
Campinas/SP
http://www.jimenalourenco.blogspot.com.br
3ª Grande Maratona de Oficinas
de Danças Árabes
Arte Oriente Em Cena e Isa Yasmin Estudio de Dança Campo Grande - MS
6 e 7 de julho de 2013
Informações: [email protected]
gastronomia
DANÇA
Tão popular quanto o hot dog
Apreciado no mundo todo, o falafel é saudável e fácil de fazer
D
egustado desde o Egito antigo, o falafel é um
dos mais antigos pratos da cozinha árabe. Sua
origem não é exatamente conhecida. Egípcios,
israelenses e libaneses disputam sua criação, mas ninguém consegue comprová-la. Por terras tupiniquins, o
falafel conquistou o paladar de brasileiros independentemente da idade, região ou poder aquisitivo.
Não é à toa que sempre faz sucesso onde é servido.
Um exemplo disto pôde ser conferido no Mercado Persa 2013. Halla Saad Ibrahim, comerciante que participou do evento, afirma que a procura aumenta a cada
edição do MP.
Originalmente o falafel é acompanhado de pão sírio,
homus (pasta de grão de bico), tahine (pasta de gergelim) e salada. Mas a versão de Halla é um pouco diferente e traz hortelã, tomate, picles, salsinha e tahine.
Como bom cozinheiro, ele não divulga sua receita,
apenas afirma que os ingredientes básicos, além do
grão de bico, são: fava e temperos.
Ainda segundo ele, como o hot dog aqui no Brasil, o
falafel é um prato muito popular nos países como o Líbano. É possível encontrá-lo em cada esquina, a qualquer hora ou data.
Mas diferente do hot dog, o falafel é extremamente saudável.
Que tal preparar esta delícia em casa? Confira a receita que elaboramos especialmente para você leitor.
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22 REVISTA ORIENTE
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Receita de Falafel
Rendimento: 16 bolinhos
Ingredientes
2 xícaras de chá de
grão de bico
2 dentes de alhos amassados
1/4 de xícara de chá de
farinha de trigo
Sal
a gosto
Pimenta-do-reino a gosto
Cominho
a gosto
Óleo para fritar
Modo de preparo
Lave o grão de bico e deixe-o de molho por uma noite. No dia seguinte, escorra-o e passe-o por um moedor ou processador até transformá-lo em pasta. Junte o alho e a farinha.
Tempere com sal, pimenta-do-reino e cominho a gosto. Com a ajuda
de uma colher de sopa faça bolinhos com a massa.
Frite em óleo bem quente até ficarem corados. Retire e deixe escorrer
sobre papel absorvente.
Rua Varnhagem, 68, (Metrô S. Bento) dentro da loja Carnival - CEP 01022-012 - São Paulo
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Fone/fax: (11) 3241-3121 | site: www.luxornet.com.br

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