Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

Transcrição

Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
03
04
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
05
06
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
07
08
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
09
10
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
11
12
ZZn Peres
Paulo Roberto Menicucci
Presidente da ACGB
“
Graças à
sua participação,
andamos muito, mas o
caminho é longo.
E trilhar este
percurso pode ser
prazeroso ou sofrido, só
depende de nós
“
Prezados Guzeratistas,
Na edição passada desta revista aproveitei este espaço
para promover uma reflexão sobre a importância do fortalecimento dos nossos vínculos em nossa Associação e fiz um convite para que tais vínculos se dessem em “mão dupla”: você,
associado, compartilhando conosco, da gestão e da tomada de
decisões de questões relevantes para a nossa Raça. E você
veio. E porque veio conseguimos realizar muitas coisas importantes.
Em março de 2008 a ACGB promoveu o Seminário Nacional da Raça Guzerá, marco exemplar de prática democrática
para a definição de metas a serem alcançadas por uma instituição representativa de um grupo que se agrega para tal fim.
Vieram guzeratistas de todo o Brasil e, num esforço coletivo, definimos tais metas. Entendendo a importância deste movimento,
resgatamos em nossa gestão os documentos que se originaram
do referido esforço e nos propusemos implantá-los.
Com a sua participação, realizamos o “Leilão de Prenhezes” que está possibilitando recursos para os investimentos na
Raça. Implantamos o novo site nos moldes sugeridos naquele
evento, inclusive com espaço para divulgação de informações
técnicas e comerciais. Estreitamos relações com instituições
de ensino e pesquisa e apoiamos programas de avaliação genética. Estabelecemos o calendário nacional de exposições
ranqueadas, atualizamos o regulamento do ranking com premiação de animais de aptidão leiteira. Temos agregado constantemente novos associados... e, como você, sei que muito
ainda há que fazer.
Graças à sua participação, andamos muito, mas o caminho é longo. E trilhar este percurso pode ser prazeroso ou
sofrido, só depende de nós.
Agradeço a todos que me apoiaram e aos companheiros
de Diretoria que estiveram presentes nesta jornada e que muito
me ajudaram nos momentos difíceis.
Agradeço a nossa Raça, que nos propicia sempre novas
descobertas e investimentos pela sua riqueza, inclusive a de
promover a participação da família e dos amigos.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
13
Expediente
A
pecuária brasileira tem desafios importantes para
vencer em 2012, com relação à sustentabilidade do
setor. Chefes de Estado de mais de 100 países desembarcarão no Brasil, em junho, para a Rio + 20, conferência das Nações Unidas. O temor das lideranças rurais
é de que o agronegócio seja mais uma vez tratado como
vilão do meio ambiente. Em conjunto com entidades de
classe, entre elas CNA e ABCZ, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prepara um documento para mostrar ao mundo a real contribuição do setor
para a sustentabilidade do país.
Um dos exemplos que será mostrado é a possibilidade de utilizar as pastagens para reduzir emissões de
carbono. Um pasto bem manejado promove o sequestro
deste gás de efeito estufa, reduzindo o impacto na atmosfera. Outro desafio para 2012 é a aprovação do Código Florestal. A atualização da legislação ambiental dará
maior segurança jurídica para o produtor rural brasileiro
continuar produzindo alimentos, regularizando a situação
de mais de 90% deles. Com o novo Código Florestal, o
Brasil reforçará seu compromisso com a preservação do
meio ambiente.
A sustentabilidade no setor pode ser viabilizada,
em parte, pela verticalização da pecuária, ou seja, o uso
da genética melhoradora como forma de aumentar a produtividade do rebanho nacional sem abrir novas áreas
de pastagem. Várias ações vêm ocorrendo para garantir
que a genética do Zebu chegue a todas as propriedades,
sejam elas pequenas, médias ou grandes. É o caso dos
produtores que recebem sêmen dos touros do Teste de
Progênie da raça Guzerá. A introdução desta genética de
ponta nos rebanhos está garantindo aumento da produtividade de leite e de carne, melhorando a renda dos produtores.
A edição de 2012, da revista Guzerá, destaca o
crescimento do Programa Nacional de Melhoramento do
Guzerá para Leite nos últimos anos e a forma como ele
tem contribuído para o avanço da pecuária nacional. Ainda trazemos outras novidades na área de genética, como
a conclusão do sequenciamento do genoma do Guzerá,
os resultados da pesquisa de temperamento nas vacas e
o mercado de sêmen.
Em um tour por várias regiões do Brasil, registramos como a raça está sendo utilizada para produção de
carne e leite e a entrada de novos criadores na seleção
de Guzerá. Já fora do país, mostramos como é a pecuária
leiteira na Nova Zelândia. Ainda tem calendário das exposições e muito mais.
Larissa Vieira
Editora
14
ACGB
Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil
Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, São Benedito
CEP 38022-330 Bloco 1, 2º andar. Uberaba - MG
e-mail: [email protected] ou [email protected]
www.guzera.org.br
Fone e FAX: (34) 3336 1995
Diretoria:
Presidente:
Paulo Roberto Menicucci
1º Vice Presidente:
Renato Egídio Olivé Esteves
2º Vice Presidente:
Otávio Alberto Canto Álvares Corrêa
3º Vice Presidente:
Gustavo Pitangui de Salvo
Diretor Tesoureiro:
Luciano Marques do Bomfim
Diretor de Marketing:
João de Lima Géo Filho
Diretor Técnico:
Rodrigo Diniz de Mello
Diretor de Guzolando:
Rodrigo Pinto Canabrava
Conselho Fiscal Efetivos:
Dante Emílio Ramenzoni
José Transfiguração Figueiredo
Mário de Almeida Franco Júnior
Suplentes:
Sinval Martins de Melo
Antônio Plácido Peixoto do Amarante Neto
Roberto Neszlinger
Editora e jornalista responsável
Larissa Vieira - MG 09513P
Departamento Comercial
Mundo Rural - [email protected]
Capa:
Foto: Marcelo Cordeiro
Diagramação e projeto gráfico
Jamilton Souza - [email protected]
Impressão - CTP
Gráfica 3 Pinti - (34) 3326-8000
As opiniões expressas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
15
Índice
Cresce a venda de sêmen sexado
Pag. 12
Caminho seguro para o
Mehoramento Genético
Genoma do Guzerá, para quê?
Pag. 20
Pag. 34
Palavra do Presidente
Editorial
O que a Nova Zelândia pode nos ensinar?
CBMG : perspectivas e conquistas
2
06
08
18
26
O que os resultados do estudo de temperamento de
vacas Guzerá sinalizaram?
Mercado busca genética de dupla aptidão
Pista e campo andam próximos
Os melhores do Ranking 2010/2011
Agenda de exposições
Lista de sócios contribuintes
16
28
38
44
48
54
56
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
17
Larissa Vieira
O
mercado de sêmen continua mostrando
que tem fôlego para crescer. Na raça Guzerá, as vendas de sêmen voltadas para
o gado de corte elevaram em 32,21% entre os
anos de 2009 e 2011, segundo relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
No passado, foram vendidas 169.335 doses. Já
o Guzerá leiteiro teve incremento de 26,61% nas
vendas, atingindo 43.417 doses comercializadas.
Em 2012, os negócios devem ter um ritmo
ainda mais forte, principalmente no sêmen sexado. Só a CRV Lagoa registrou, nos primeiros três
meses do ano, quase 30% nas vendas de sexado
de fêmea. Em 2011, o crescimento foi de mais de
15%. “Por ser uma raça de alta habilidade materna, a Guzerá está sendo utilizada para produção
de receptoras zebuínas”, explicou Tatiane Tetzner,
gerente do Produto Leite da CRV Lagoa. A partir
de 2014, a demanda por receptoras deve ampliar
significativamente porque entrará em vigor a exigência da
ABCZ de só permitir a utilização de fêmeas 100% zebuínas
como receptoras nos procedimentos de FIV e TE para as
raças nelore, cangaian, indubrasil e brahman.
O fato de ser uma raça que agrega bastante valor
aos cruzamentos, tanto para a pecuária de corte quando
para a de leite, também favorece a boa aceitação do Guzerá no mercado de genética. Segundo Tatiane, a raça, por
ser mais rústica, é bastante utilizada no Nordeste para formação do Guzolando. A região exige animais leiteiros capazes de buscar água e alimento em lugares distantes.
Na central de inseminação C.R.I. Genética, a sexagem também vem apresentando bom desempenho. Só para
um único criador do Mato Grosso, a empresa vendeu 1.000
doses de sêmen sexado do touro Russo TE JF. Nesse caso,
a genética do reprodutor será usada em uma propriedade
leiteira, mas, como é um animal de dupla aptidão, é bastante utilizado também para corte e pista. Russo é irmão da
recordista de produção em concurso leiteiro oficial, Bárbara
TE JF. “No ano passado, nossa bateria da raça Guzerá era
composta por dois touros. Agora, ampliamos para quatro,
sendo três de leite e um de corte, e até o final de 2012 outros reprodutores devem ser contratados porque a procura
pela genética do Guzerá é crescente”, destacou o gerente
nacional do Produto Leite da C.R.I. Genética, Henrique Rocha. Na visão dele, a demanda por receptoras zebuínas é
18
Divulgação CRV Lagoa
Cresce venda de sêmen sexado
um dos fatores que tem impulsionado as vendas de sexado
de fêmea.
Avaliações genéticas – O crescimento nas vendas
de sêmen e touros acompanha a maior oferta de animais
provados na raça Guzerá. “No Brasil, há uma preocupação
maior em adquirir touros com avaliação genética positiva.
Já no exterior, os compradores buscam comprar touros que
são filhos de fêmeas com altas lactações. Diante dessas
exigências, os produtores de touros estão participando,
cada vez mais, de provas zootécnicas”, atestou Rafael
Jorge de Oliveira, gerente do Produto Zebu da central Alta
Genetics. Os países com maior demanda para a genética
de Guzerá são: no leite, a Colômbia; e no corte, Uruguai,
Panamá, Bolívia e Paraguai.
Em geral, os touros campeões de venda de sêmen
são aqueles líderes nos diversos sumários existentes e com
maior número de filhos avaliados. Para atender essa demanda por touros avaliados, a CRV Lagoa mantém o Centro
de Performance. São avaliadas características diretamente
correlacionadas ao resultado econômico da atividade: peso,
ganho médio diário, perímetro escrotal, qualidade de carcaça, área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, marmoreio, morfologia, conformação, precocidade,
musculosidade, umbigo e temperamento. “Da bateria de
touros da raça Guzerá da CRV Lagoa, oito reprodutores saíram do Centro de Performance”, esclarece Ricardo Abeu,
gerente Produto Corte Zebu da central.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
19
Vânia Maldini Penna
Diretora Técnica e Pesquisadora do CBMG2
Beatriz Cordenonsi Lopes
Gerente Executiva do Polo de Excelência em Genética Bovina
O que a
Nova Zelândia
pode
nos ensinar?
E
m alguns aspectos, a Nova Zelândia é muito diferente do Brasil. País pequeno, pouco populoso, clima temperado, raças europeias... Mas temos também algumas semelhanças,
como, por exemplo, produzir leite com base em pastagens. E, como os neozelandeses
são altamente eficientes na atividade, conhecer um pouco do “quê e como” fazem as coisas,
pode nos ser muito útil. Tanto para reavaliação de paradigmas ou para adaptação de ideias e
atitudes, para aprendizado e uso de tecnologias e ações que vêm
apresentando êxito ou, simplesmente, para nos fazer pensar melhor sobre os caminhos por nós seguidos.
O modelo neozelandês
A produção de leite no país é principalmente sazonal a
pasto e os neozelandeses se orgulham disso. A sazonalidade da
produção (10 meses) permite evitar as épocas críticas do clima e
da qualidade das pastagens com facilitação de manejo, alimentação e custos. O modelo de produção americano e canadense não
é bem aceito; é considerado “modelo de alta produção, mas de
baixa lucratividade” e inadequado para as condições econômicas e
estruturais do país. A NZ considera possuir uma vantagem diante
do resto do mundo, por produzir leite de alta qualidade com custos
internacionalmente competitivos. Mas não se acomoda. Está em
constante busca de aumento na qualidade e eficiência com redução dos custos.
A organização de toda a cadeia produtiva (produção, indústria, comercialização, pesquisa, melhoramento, instituições
governamentais, etc.) é controlada pelos produtores comerciais
reunidos em cooperativas e empresas. Isto permite grande força,
poder e objetividade no sentido de integrar, ordenar e “otimizar”
todo o processo, cuidando dos interesses do produtor. Existe sincronia perfeita entre as atividades da produção e da indústria e grande sintonia com os demais integrantes da cadeia leiteira
(pesquisa, comércio, governo).
A cadeia é competitiva, não existem subsídios governamentais à produção. Entretanto,
contam com suporte governamental em setores de organização, pesquisa, fomento e comércio
internacional.
20
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Com 11.600 rebanhos e 4,2 milhões de vacas, a NZ produz
1,4 milhão de litros com 120 mil quilos de sólidos e exporta 95% desta
produção. A participação do agronegócio no PIB do país é em torno de
60% e a da cadeia de lácteos em torno de 25%.
O gado utilizado é, na maioria, Holstein-Friesian, Jersey e
“Kiwi Cross” (um mestiço das raças anteriores sem “grau de sangue”
fixado). O tamanho médio dos rebanhos é de 366 vacas em lactação
(propriedades médias de 131ha). Os animais consomem pasto (cerca
de 4 a 5 toneladas de matéria seca na lactação). Em algumas épocas
do ano é feita suplementação (em torno de 15% da nutrição), principalmente com feno de capim, silagem de milho e um subproduto do
óleo de coco produzido na Malásia. Não é permitida a aplicação de
hormônios nas vacas em lactação.
A produção média é 4.000kg de leite por lactação, com 330kg
de sólidos e intervalo de partos de um ano. Altas produções são relatadas (15 mil quilos/lactação), mas são consideradas “não rentáveis”
para os sistemas de produção por eles utilizados. “Produzimos um
animal para nosso sistema e não fabricamos um sistema para nosso
animal”, afirmam.
O foco atual é no aumento da rentabilidade com aumento na
qualidade do leite e redução dos custos, e não no aumento absoluto
das produções. O sistema de pagamento do leite remunera a produção de proteína e gordura e penaliza o volume (proteína + gordura
– volume). “Não estamos interessados em produzir água branca”, já
que o “excesso de água e não de sólidos”, no leite, onera o transporte
e a industrialização.
A seleção é focada num índice econômico que considera,
além da produção de sólidos, aspectos de saúde, adaptação, fertilidade e necessidade de mantença. As avaliações genéticas e a seleção
na NZ são geralmente conduzidas dentro dos próprios sistemas comerciais de produção de leite. Assim, os “selecionadores” são também
“produtores”. São os grandes conhecedores das necessidades e dos
problemas comerciais e dos aspectos práticos e econômicos de fato
relevantes à produção e que devem ser objeto de seleção. A grande
organização na coleta de dados e a sintonia com as instituições de
pesquisa e econômicas, permitem a elaboração de índices de seleção
aceitos como adequados e confiáveis e, portanto, aplicados na prática.
Como a produção é sazonal, existe estação de monta rígida
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
(cerca de dez semanas). A inseminação artificial é amplamente utilizada, 80% das vacas são inseminadas (a maior parte com sêmen
resfriado), mas a TE e a FIV são pouco utilizadas. Em geral, vacas
vazias no fim da estação de monta são descartadas. As taxas de descarte são em torno de 20% e, em sua maioria os descartes adicionais
são feitos por idade, baixa produção de sólidos e mastite. Assim, em
média os animais têm cinco lactações, sendo a primeira em torno de
dois anos.
O melhoramento genético na NZ
O melhoramento leiteiro no país é conduzido, principalmente, por uma empresa de capital aberto, pertencente aos criadores, a
“Livestock Improvement Corporation” (LIC), uma das maiores e mais
antigas companhias genéticas do mundo, que conta hoje com 12.000
cooperados. Tem uma equipe de mais de 30 cientistas e, além de conduzir avaliações genéticas através de Teste de Progênie e comercialização de sêmen, presta assistência aos fazendeiros, com serviços
de manejo, inseminação artificial, DNA, diagnóstico de doenças, etc.
Entre os serviços prestados destaca-se o desenvolvimento de
um sistema robótico para análise de rotina do leite, fornecendo aos
produtores avaliações diárias para gordura, proteína, células somáticas, rendimento, São analisadas dez milhões de amostras de leite por
ano e calculada a rentabilidade de cada vaca. Também disponibilizam
software de gestão zootécnica, o qual gera 100 milhões de dados a
cada ano. O banco de dados da LIC contém registros de 93% dos
animais do país. Fornece aos produtores os dados sobre produção
e saúde de cada vaca, recomendações e orientações técnicas para
tomada de decisões de manejo e seleção e os utilizam nas avaliações
genéticas e na pesquisa.
A LIC domina mais de 70% do mercado de sêmen da NZ,
apesar da competição americana, canadense e européia, e exporta
genética animal para mais de 50 países. Atualmente, três de cada cinco vacas ordenhadas na NZ são servidas por touros do grupo.
Investem pesadamente em avaliações genéticas. O Teste
de Progênie atualmente inclui diferentes raças e seus cruzamentos
(Holstein Friesian, Jersey, Ayrshire e “Kiwi Cross”) sendo, portanto,
comparativo: todas as raças num sumário de touros integrado e único.
Incluem, também, dados genômicos.
21
Caminhão conta com o sistema robótico de análise do leite
Como todas as vacas dos cooperados são controladas pela
empresa e como o sistema robótico de análise de qualidade do leite
e o software de gestão geram milhões de informações, é possível a
obtenção de grande volume de dados de alta qualidade. Adicionandose uma equipe organizada de cientistas competentes, recursos e infraestrutura regulares, são produzidas avaliações genéticas amplas,
confiáveis e de grande aceitação.
Os animais são avaliados por um índice econômico “Breeding
Worth” (BW), que mede o aproveitamento (lucratividade) no sistema
médio do país (pastagem), considerando os custos de alimentação.
Este índice é estimado com base no rendimento em sete características: produção de proteína, de gordura, volume de leite (penalizado),
peso corporal (penalizado), fertilidade, contagem de células somáticas
e longevidade (sobrevivência no rebanho).
Fornecem avaliação por outros índices com pesos econômicos distintos. Um para animais em condições superiores de alimentação, “High input index”, que inclui qualidade de úbere entre as características. O índice “Once a day” é estimado especificamente para
sistemas com apenas uma ordenha/dia, viável economicamente no
país, em algumas situações.
São fornecidas avaliações específicas para diversas características visando orientação de acasalamentos e situações especiais
(disponibilizando programa para tal) como duração da gestação, peso,
úbere, aprumos, etc. e orientação (e programa) para se evitar consanguinidade.
Em geral, os produtores escolhem sêmen e dirigem os acasalamentos visando manter tamanho mediano das vacas (em torno
de 500kg de peso vivo) e maximizar valor econômico (BW), e não a
produção absoluta. Também não se importam muito com o tipo e conformação. “Para permanecer no rebanho, além de produzir adequadamente, basta que a vaca consiga caminhar, comer e ser ordenhada”...
Pouca (ou quase nenhuma) atenção é dada a concursos, recordes,
demonstrações de “beleza racial” ou mesmo “beleza funcional”.
A pesquisa
As pesquisas buscam atender a todas as etapas do processo
22
produtivo, desde as pastagens, passando pelo manejo e melhoramento genético e econômico até o processo industrial e comercial. Consideram não apenas o curto prazo, mas o médio e o longo, estando
atentas às tendências futuras.
Em geral são feitas em parceria com diversas instituições
científicas (universidades, institutos, empresas) e entidades de criadores, comércio, governo. Usam as mais modernas técnicas da biotecnologia e enormes bancos de dados (mais de 150 milhões de dados).
Buscam identificar e conhecer aspectos que sejam fundamentais para
produção com base em pastagens para obter e melhorar animais e
produtos requeridos pelo mercado.
Atualmente grande foco é dado à qualidade do leite e componentes que a influenciam (K-caseína, alfa-caseína, beta-caseína,
tempo de coagulação, tamanho da micela de caseína, lactoferrina,
imunoglobulina A, etc.). Estão também engajados na detecção de animais que possuam características “raras” na composição do leite (incluindo reduzido teor de gordura saturada, aumento do teor de gordura
Omega-3 e composição protéica melhorada) e animais com reduzida
emissão de gás metano. Visam identificar estes genes “raros” de interesse ao país e a alguns mercados específicos para selecioná-los.
Esperam, com isso, agregar diferencial (e valor) ao leite neozelandês
para atender a certos nichos de mercado.
Também são estudados sistemas de monitoramento ambiental para alcançar melhores práticas de gestão com irrigação e garantir
lucro e produtividade de forma sustentável, boas práticas de meio ambiente e aspectos para fornecer retorno comercial superior ao custo
médio ponderado de capital.
Existem muitas pesquisas buscando soluções sustentáveis e
econômicas para aumentar quantidade e qualidade das pastagens,
tornando-as mais eficientes e capazes de nutrir adequadamente os
animais de acordo com as necessidades e em compasso com a curva
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
23
de lactação, reduzindo a necessidade de suplementação e as fertilizações.
O que podemos aprender?
Existem diversos aspectos nos trabalhos neozelandeses
que, se mais efetivamente trabalhados e aplicados no Brasil, em
particular no melhoramento do Zebu e seus cruzamentos, poderiam proporcionar grandes avanços ao melhoramento genético do
nosso rebanho e consequentes avanços em toda nossa cadeia
produtiva.
Um aspecto importante é a constatação de que sistemas
de produção de leite com base em pastagens, mesmo que sem
“altíssimas produções”, pode ser eficiente, lucrativo e com produtos de altíssima qualidade. Como os neozelandeses sabem usufruir bem de suas vantagens (climáticas, estruturais) e contrapor
às deficiências, é possível que lidemos com as nossas. Afinal,
temos desvantagens, mas também vantagens inerentes a nosso
clima tropical e dimensão do país. O Brasil Central já vem dando
sinais de que a produção com gado mestiço zebu-europeu, com
base em pastagens e médios insumos, pode atingir patamares de
volume e qualidade do leite e também de rentabilidade semelhantes aos obtidos na NZ. Com mais pesquisa, desenvolvimento de
tecnologias adequadas, extensão, organização, estruturação da
cadeia, tais sistemas poderiam ser mais difundidos e resultados
amplos e consistentes poderiam ser obtidos, fazendo nossa produção de leite eficiente e competitiva como a deles.
Um exemplo a ser seguido, e que é de grande importância
para o sucesso da NZ, é a capacidade de estabelecimento de
parcerias bem organizadas entre instituições governamentais, de
pesquisa, cooperativas, da indústria e de criadores, na organização de programas de seleção e melhoramento econômico. Desta
forma, é possível conduzir os trabalhos abrangendo os interesses
24
de toda a cadeia produtiva e do mercado consumidor, mantendo
estáveis os recursos financeiros para o cumprimento dos objetivos
programados. Esta estrutura de parcerias muito bem organizadas
permite o uso prático de altas tecnologias. Os neozelandeses são,
acima de tudo, “práticos”. Trabalham com “pé no chão” e visando
a funcionalidade e rentabilidade do sistema.
A eficiente aferição de rebanhos comerciais ou em rebanhos puros mantidos em sistemas de produção economicamente
viáveis produz dados para elaboração de objetivos econômicos
de seleção e avaliações genéticas “realistas” (adequadas aos
sistemas comerciais), amplas, únicas em nível nacional (ou até
internacional). Não apenas dentro de uma raça, mas até integrando raças distintas. Este tipo de informação é de grande valia para
os produtores comerciais, permitindo o uso de material genético
melhorado para atender às particularidades de seus sistemas e
de seus objetivos.
A seleção com base em índices econômicos objetivos
(obtidos através de dados econômicos e parâmetros genéticos
reais), estimados para os diferentes sistemas de produção e
diferentes mercados dos produtos, possibilita avanços gerais e
também avanços de nichos de mercado e sistemas específicos.
A atenção da pesquisa aos sistemas de produção vigentes
no país, sua viabilidade econômica e operacional e também a de
sistemas inovadores ou alternativos, tão útil aos neozelandeses,
também poderia ser de grande importância para o Brasil. Estudos
sobre a viabilidade, em nosso país, de produção de leite sazonal
(como na NZ), de sistemas “uma ordenha dia” (já mostrada eficiente na NZ, em algumas situações) e sistemas de dupla aptidão
poderiam inovar e melhorar a produção nacional, atendendo a
especificidades regionais de nosso país, tão amplo e cheio de
particularidades, com ganhos produtivos, econômicos e sociais.
O foco, não apenas em aspectos de curto prazo, com pes-
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
quisas e estudos econômicos sobre aspectos cujas tendências
dos mercados mundiais indicam que terão acentuada importância
em médio e longo prazos, são essenciais para a manutenção da
eficiência. Afinal, o melhoramento é um processo lento. A estruturação da cadeia e a seleção feita hoje visam produção e mercado
futuros. Trabalhamos hoje para produzir os produtos requeridos
pelo mercado de amanhã. Quem tiver, “amanhã”, o produto mais
adequado, terá maiores ganhos e liquidez. Vale dizer que o mundo, não apenas a NZ, tem apostado em critérios de qualidade do
produto e de sustentabilidade econômica e ecológica da produção (e do melhoramento), como exigências mundiais em médio
e longo prazos.
Finalmente, os neozelandeses nos dão uma lição de vida
e trabalho: persistiram no uso de seu sistema de produção, que
Este artigo foi possível, e é resultado, da “Missão Oceania”, promovida pelo Polo de Excelência em Genética
Bovina (novembro/2011), com recursos da Fapemig,
do Sebrae/MG e da empresa Cenatte Embriões, com
o objetivo de prospectar parcerias interinstitucionais,
intercâmbio de informações e conhecimentos, geração de tecnologias, identificação de novas linhas de
pesquisa e negócios para a cadeia pecuária de Minas
Gerais.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
parecia “ir na contramão” dos preconizados para o mundo, buscaram torná-lo cada vez mais eficiente, através de pesquisas,
inovações e tecnologias, sempre considerando a rentabilidade.
E hoje, o modelo de produção da NZ tem sido cada vez mais
aceito e respeitado no mundo. Suas empresas vêm colocando
seus produtos e sua genética em numerosos países, nos cinco
continentes, inclusive no Brasil. Até mesmo os EUA têm usado
genética da NZ para aumento da fertilidade ou em regiões que
exigem maior rusticidade.
O Brasil, com o material genético e humano que já dispõe,
pode se tornar uma referência tanto na produção e exportação de
leite quanto na de material genético para o mundo tropical, talvez
até para o mundo todo. O Brasil tem condições privilegiadas e
talvez únicas no mundo, para promover o melhoramento leiteiro
do Zebu e seus cruzamentos. Seguramente as lições de organização, de visão prática e realista, de trabalho bem feito e de
investimento adequado, que podemos ter com a Nova Zelândia,
poderão muito nos ajudar a “chegar lá”.
Agradecimentos especiais à colaboração dos demais
membros da “Missão Oceania”: Dr. Cláudio Severino
Lara, Dr. Tiago Moreira Carrara e Dra. Melissa Miziara, partícipes da elaboração do “Relatório de Viagem”,
de onde foi retirada grande parte das informações
contidas neste artigo.
25
Larissa Vieira
Caminho seguro para o
Marcelo Cordeiro
melhoramento genético
Com quase 20 anos de existência, o Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite tem
garantido a criadores de todo o Brasil várias ferramentas importantes para o avanço genético da raça
Q
uando os pioneiros do zebu foram à Índia, no século
19, em busca de animais com genética capaz de melhorar a qualidade do rebanho nacional, a avaliação
visual era o principal critério de seleção da época. A história
comprovou que os pioneiros tinham um “olho bom” para o
negócio. Apesar de não ter entrado em grande quantidade
no Brasil, o zebu dominou a pecuária nacionalmente e fez
do país um dos maiores produtores mundiais de carne, de
leite e de genética. Esta evolução tornou-se mais evidente
nas últimas décadas, com o surgimento dos programas de
melhoramento genético.
A junção da ciência com a experiência de seleção
dos criadores permitiu não só melhorar a qualidade genética
do rebanho, como também multiplicá-la a um ritmo impressionante. “Os programas de melhoramento, da forma como
26
têm sido elaborados, com rigor científico e metodológico,
são essenciais para garantir um aprimoramento do rebanho
de Guzerá, pois permitem que se identifiquem os animais
que têm descendência com maior produção de leite e/ou
carne”, afirmou o criador Marcelo Militão Abrantes, titular da
Fazenda Europa, em Carlos Chagas (MG).
Apesar de ser um novo selecionador da raça Guzerá, ele defende a utilização das ferramentas do Programa
Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGul) para formação de um rebanho competitivo. O criador
planeja inscrever touros no Teste de Progênie e também
participar como colaborador para receber doses de sêmen
dos reprodutores em teste. “Venho de uma família de pecuaristas que lidam com gado comercial. Após muito ler e
estudar, decidi criar Guzerá por sua dupla aptidão comproRevista Guzerá | Nº 05 | 2012
vada, característica única entre as raças
zebuínas. Chamou-me atenção o fato de
diversos touros serem provados com DEP
leite positiva e também para ‘corte’ e de
diversos criadores trabalharem com lactação aferida e controle ponderal nos seus
rebanhos. O meu plantel de dupla aptidão
comprovada e, para formá-lo, escolhi começar com animais de linhagem leiteira
aferida e comprovada”, assegurou Militão.
Sob a responsabilidade da Embrapa Gado de Leite e do Centro Brasileiro
de Melhoramento Genético do Guzerá
(CBMG2) desde 1994, o PNMGul integra
modernas ferramentas do melhoramento
animal para imprimir rapidez e confiabilidade à seleção. O objetivo principal é gerar tecnologia e animais melhorados para
sistemas de produção, focados em altas Entrega de sêmen dos touros do Teste de Progênie em fazendas cadastradas no PNMGul
produções a baixo custo. Para isso, são
utilizadas três ferramentas: Núcleo MOET, Teste de Proda Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil. Desde o
gênie e um trabalho de seleção, em fazenda, executado
início, o foco foi a dupla aptidão e a pureza racial.
pelos criadores da raça, reunindo informações dos animais
Por ano, nascem 540 produtos na fazenda. Para
produzidos por acasalamentos dirigidos, em controle leiteimultiplicar o rebanho são usados touros selecionados no
ro não seletivo da Associação Brasileira dos Criadores de
próprio criatório e outros oriundos do Núcleo MOET. SeZebu (ABCZ). Essas três ferramentas geram informações
gundo Carlos, as avaliações genéticas dão suporte à sele2
importantes para o Banco de dados da Embrapa/CBMG /
ção do Guzerá NF. “Os dados genéticos são importantes,
ABCZ. Entre 1994 e 2011, foram provados para leite mais
mas não dispensamos uma boa avaliação visual na hora de
de 300 reprodutores.
selecionar o rebanho. O que notamos é que, em geral, os
As avaliações genéticas podem ser acompanhadas
animais com DEPs maiores têm sua superioridade genética
no Sumário de Touros, que em 2012 terá sua 13ª edição.
confirmada posteriormente na produção”, destacou Carlos
Entre as características avaliadas estão: leiteiras (produção
Fontenelle. A propriedade acaba de conquistar a Certificade leite em até 305 dias, proteína, gordura e sólidos totais);
ção Global, concedida a criatórios que possuem gestão da
conformação e manejo. O Sumário traz ainda a relação de
qualidade dos dados, que aplicam as técnicas de melhoravacas com DEP para produção de leite superior a +300 e
mento animal de forma mais eficiente e que contribuem com
as avaliações genéticas de touros duplo provados, ou seja,
o meio ambiente.
que possuem avaliação genética tanto para características
leiteiras quanto para as de corte. Neste último caso, as avaVárias ferramentas para avaliar touros
liações são oriundas do Programa de Avaliação Genética
Dentro do PNMGul, os touros podem ser avaliados
da Raça Guzerá para Corte (PAGRG) da Associação Nade duas formas: o Núcleo MOET e o Teste de Progênie.
cional de Criadores e Pesquisadores.
Enquanto o Teste de Progênie avalia pelo desempenho das
O criador Haroldo Fontenelle, que participa do PAfilhas dos reprodutores em teste, o MOET (Múltipla OvulaGRG, costuma utilizar as avaliações genéticas para produção e Transferência de Embriões) avalia pelo desempenho
ção de matrizes e tourinhos. A Fazenda Fontenelle, locaprodutivo de suas irmãs completas, meio-irmãs paternas e
lizada no Baixo Guandu (ES), prepara-se neste ano para
maternas e demais parentes. As duas ferramentas podem
participar do Teste de Progênie do PNMGul. “É muito imporser interligadas, já que os touros avaliados pelo MOET potante para a seleção do nosso rebanho e para agregar valor
derão ser incluídos no Teste de Progênie, para serem reaaos nossos produtos participar de provas como o Teste de
valiados e para obtenção de acurácia adicional.
Progênie. Já tivemos um reprodutor testado na prova, que
Os animais avaliados pelo MOET ficam hospedados
foi considerado positivo para leite, e agora vamos participar
na Fazenda Taboquinha. Segundo o CBMG2, o MOET imnovamente”, destacou Carlos Fernando Fontenelle, que auprime alta intensidade e rapidez à seleção ao avaliar filhos
xilia o tio Haroldo na seleção do Guzerá NF. O criatório surde vacas geneticamente superiores para produção de leigiu em 1928, com Napoleão Fontenelle, primeiro presidente
te, multiplicadas por transferência de embriões. O principal
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
27
Divulgação
Filhos dos touros do Teste de Progênie da raça Guzerá
objetivo é a identificação precoce de touros geneticamente
superiores para leite, que serão utilizados diretamente em
rebanhos da raça e em cruzamentos, e posteriormente. O
método tem menor acurácia que o TP, porém é bem mais
rápido para avaliar os touros, permitindo maiores ganhos
genéticos. “A importância do MOET é inquestionável e em
poucos anos permitiu uma evolução muito importante na
seleção leiteira. Os animais são selecionados para maximizar as DEPs e para manter abertura de linhagens, e a aferição das primíparas no mesmo ambiente permite um rigor
metodológico essencial nos programas de melhoramento
genético. Tive a felicidade de comprar duas doadoras: a
Queratina TE Taboquinha e a Queimada, que já foram aprovadas pelo MOET”, disse Marcelo Militão.
Para Marcos Melo, da Fazenda Taboquinha, a raça
Guzerá colhe os frutos dos trabalhos iniciados em 1994. “O
mais evidente é o aumento da produção de leite. No entanto, outras características ligadas ao resultado econômico
têm progredido muito, como qualidade de úbere, temperamento e qualidade do leite. A raça Guzerá tem demonstrado
um enorme diferencial no teor de sólidos do leite, rendimento industrial para indústria queijeira e sanidade de úbere”,
ressaltou Melo.
O crescimento do número de vacas ordenhadas sob
28
controle leiteiro oficial tem possibilitado ampliar a base de
dados para os programas de melhoramento. “Não é possível fazer seleção sem dados fartos e de boa qualidade.
Quando falo de qualidade me refiro não só à veracidade dos
números, mas principalmente à compreensão, por parte do
criador e do mercado, de que só se pode comparar e selecionar animais quando existem sistemas de produção com
rebanhos criados e avaliados em condições de viabilidade
econômica. De nada valem lactações de vacas sem companheiras de rebanho. Para o melhoramento isso é esforço
perdido ou, mais grave, dados viciados que podem contaminar o processo de avaliação e seleção”, declarou Melo.
O CBMG2 tem trabalhado para difundir as informações geradas pelo PNMGul, através de seminários e dias de
campo. Segundo a presidente da Instituição, Ariane Maria
Figueirêdo Menicucci, também são implementadas ações
educativas realizadas diretamente com produtores rurais,
criadores da raça e extensionistas, a fim de que o conhecimento gerado pelas avaliações, pesquisas e provas, seja
traduzido e transferido para a introdução de novas técnicas e
novas práticas que levem a progressos e ganhos para quem
vive do campo. Atualmente são realizados trabalhos em parceria com a Embrapa Gado de Leite, com o Núcleo MOET,
com o ICB-EV/UFMG, com o PMGZ/ABCZ e com a ANCP.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
www.agostocomunicacao.com.br
NOVO CRIADOR.
ANIMAIS DE DESTAQUE.
EMBAIXATRIZ II FIV GEO
TORRE S
Data Nasc. 01/06/2007
Data Nasc. 25/12/2005
MAGO TE S
EMBAIXATRIZ EP
MAGO TE S
KAROLYNNE FIV DA MF
A visão empreendedora aliada aos animais de
grande destaque do Guzerá Martino fazem dos
novos criadores potencias disseminadores da raça.
Ganhando cada vez mais espaço e credibilidade no
mercado agropecuário, o Guzerá Martino tem como
objetivo atrair novos investidores e posicionar a
raça em lugar de destaque.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
29
Projeto de melhoramento genético que acredita no
potencial da raça e investe em um plantel altamente
qualificado para fazer do Guzerá uma raça que agrega valor.
30
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
CONVERSÃO ALIMENTAR
RENDIMENTO DA CARCAÇA
5
NECESSIDADE DE MATÉRIA (EM KG) PARA
CONVERTER EM 1KG DE PESO.
4
PESO AOS
450 DIAS
PRECOCIDADE DE
ACABAMENTO DA
CARCAÇA
3
2
8,39
1
8,25
TABAPUÃ
NELORE
BRAHMAN
GUZERÁ
0
7,936
RELAÇÃO DE
DESMANA %
PESO ADULTO
GUZERÁ
FONTE: RELATÓRIO ANCP 17ª EDIÇÃO/OUTUBRO DE 2011
REVISTA BRASILEIRA DE ZOOTECNIA 2011
NELORE
GIR
FONTE: ABCZ NOVEMBRO 1991
VERSATILIDADE DA RAÇA
RENDIMENTO DA CARCAÇA
56,16%
GUZONEL
750
54%
GUZERÁ
730
52,89%
NELORE
FONTE: ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DA RAÇA GUZERÁ DO
CENTRO SUL GUZERÁ RAMENZONI E ASSOCIAÇÃO MINEIRA
DOS CRIADORES DE ZEBU.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
GANHO DE PESO DIÁRIO
GUZOLANDO GUZERÁ
710
TRICOSS
(GRAMAS/DIA)
600
580
GUZONEL
NELORE
FONTE: 2a PROVA DE GANHO DE PESO A PASTO DE CURVELO,
REALIZADA PELA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE
ZEBU 2011.
31
www.agostocomunicacao.com.br
DIFERENCIAIS DA RAÇA
Ariane Maria Figueirêdo Menicucci
Presidente do CBMG2
CBMG²:
perspectivas e conquistas
“T
udo vale a pena se a alma não é pequena”, já
dizia Fernando Pessoa. Vale a pena o encanto,
vale a pena o desencanto, vale a pena a conquista, vale a pena a frustração... É uma forma de olhar e ver
o mundo. O que a princípio parece um problema, pode,
na verdade, ser uma oportunidade. E foi assim que nós,
do CBMG (Centro Brasileiro de Melhoramento Genético),
fomos olhando para as dificuldades do caminho e, cada
pedra encontrada, foi cuidadosamente apanhada e utilizada na construção deste importante trabalho que vem sendo
realizado ao longo de 20 anos.
Além disso, é preciso dizer que não andamos sozinhos. Temos companheiros de jornada. Os companheiros da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de
Gir Leiteiro) nos auxiliaram muito quando nos faltavam
recursos humanos para realizar as ações necessárias à
consecução dos nossos objetivos. A ACGB nos ajudou a
ter o profissional de campo que tanto necessitávamos. A
Hertape Calier nos permitiu ter um carro para poder atuar
no campo... E ter companheiros faz toda a diferença.
Com a conquista do profissional de campo, o zootecnista Jonatas Caldi, e do carro patrocinado pela Hertape
Calier, o ano de 2011 se tornou um marco para o Programa
Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGUL). Houve um considerável incremento nos processos
do Teste de Progênie da Raça Guzerá.
Sabendo que agora temos quem irá operacionalizar,
pudemos estabelecer uma dinâmica que está assegurando
maior agilidade na avaliação dos touros. A Central foi contratada pelo CBMG2 para receber toda a bateria de touros
ao mesmo tempo. Tal procedimento facilitou o envio dos
animais, barateou os custos para o criador e possibilitou
o controle dos prazos para o início da distribuição dos sêmens.
Uma caderneta de campo foi implantada com o
objetivo de orientar as fazendas parceiras. Nela existem
textos explicativos de todos os processos requeridos para
uma adequada participação na avaliação dos touros, bem
32
como fichas para acompanhamento zootécnico dos animais a serem avaliados. O nosso técnico de campo a utiliza para instruir e orientar todos que querem participar do
Programa, seja rebanho puro, seja rebanho mestiço.
A distribuição dos sêmens cresceu vertiginosamente. No período 2009/2010 foram distribuídas 1.640 doses.
Em 2011 foram distribuídas 3.610 doses. O número de
doses por rebanho também cresceu muito. No período
2009/2010 foram distribuídas 63 doses por rebanho e, em
2011, 86 doses por rebanho. Estas doses foram distribuídas em 2009/2010 para 26 rebanhos e, em 2011, para 52
rebanhos.
O trabalho criterioso realizado pelo técnico de campo também está abrindo fronteiras para a nossa Raça.
Em 2011, dez novas fazendas se tornaram parceiras do
PNMGUL e 16 inativas foram recuperadas. Quem participa
conhece os méritos do Guzerá e fideliza. O município de
Carlos Chagas é um exemplo disso: das 46 fazendas mineiras participantes, 15 estão localizadas nele.
Outro exemplo é o Dr. Odilon Carvalho, parceiro de
primeira hora, da Fazenda do Sul, situada no município de
Muriaé-MG, que hoje tem 500 matrizes mestiças, filhas de
vários touros do Teste de Progênie da raça Guzerá, produzindo leite de qualidade. Realizou em abril de 2012, em
parceria com o Laticínio Bom Gosto e com a Alta Genetics,
um dia de campo em sua fazenda, para socializar seu trabalho e já faz planos de se tornar criador de Guzerá.
Estamos felizes com as conquistas e com as perspectivas que se desenham no horizonte. Que sejam bemvindos todos os que queiram ajudar e participar desta
construção. A todos que já contribuíram, o nosso agradecimento.
A propósito, você sabe o porquê do número dois
na grafia da sigla do Centro Brasileiro de Melhoramento
Genético do Guzerá – CBMG2? Alguns me perguntam: “É
o segundo?” Eu respondo que não: é potência. É a raça
Guzerá em sua potência, que vamos procurando, através
dos programas de melhoramento genético, revelar.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
33
Maria de Fátima Ávila Pires
Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG
Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG
Márcio Cinachi Pereira
Professor do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, Florianopólis, SC
Glaucyana Gouvêa Santos
Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG
O que os
resultados do
estudo de
temperamento de vacas
Guzerá sinalizaram?
João Cláudio Panetto
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG
Frank Ângelo Tomita Brunelli
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG
Walsiara Estanislau Maffei
Wairam Company, Brasil
José Aurélio Garcia Bergmann
Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG, Belo Horizonte, MG
O
leite, não atentar para as tendências e novas exigências do
mercado, os produtos de origem animal sofrerão restrições
que poderão incorrer em prejuízos econômicos a toda cadeia
produtiva.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) tem se responsabilizado por ações que visam ampliar
o conhecimento sobre o comportamento animal e estabelecer
estratégias de manejo racional que assegurem o bem-estar
animal, e que possibilitem ganhos diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. Além da abertura
de novos mercados e da melhoria em qualidade dos produtos
lácteos, aspectos do comportamento animal, como o temperamento, estão relacionados ao bem-estar humano, na medida em que podem representar risco à mão de obra no campo.
O temperamento tem sido uma das características do
Jadir Bison
bem-estar está intimamente relacionado ao comportamento animal e os estudos nesta área, com foco
nos animais de produção, têm crescido. Uma das primeiras iniciativas para abordagem do tema ocorreu em 1964,
na Inglaterra, quando o Prof. Harrison iniciou um debate que
resultou na criação de um comitê de investigação sobre a
ética na produção animal. Muitos países desenvolvidos vêm,
desde então, se preocupando com o bem-estar animal, principalmente diante de um mercado consumidor mais exigente,
que começa a influenciar a aceitabilidade de produtos de origem animal com respeito às práticas de bem-estar.
Protecionistas ou não, questões relativas ao bem-estar animal têm constituído barreiras não-tarifárias e norteado
a elaboração de leis e políticas públicas no mercado global.
Se o Brasil, como grande produtor e potencial exportador de
34
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Jadir Bison
Manejo com foco em comportamento facilita a seleção de gado de bom temperamento
comportamento mais estudadas ao longo dos últimos anos e
significa a forma como o animal reage diante de situações novas e do contato com o homem, manifestando medo e aversão (Boissy e Bouissou, 1995). O manejo inadequado dos
animais pode causar estresse e sofrimento desnecessários,
afetando diretamente sua produção e saúde.
Os animais zebuínos, no país, são criados predominantemente em sistema de pastejo e em contato restrito
com o homem. Embora sejam competitivos, esses sistemas
de produção têm gargalos que podem impactar a produção,
qualidade do produto final e rentabilidade da atividade. O
temperamento é apresentado como um fator limitante da eficiência desses sistemas, por representar riscos à mortalidade
de bezerros; ao desempenho zootécnico; de acidentes com
animais e trabalhadores agrícolas; de danos às instalações
e equipamentos; e por demandar, entre outras, maior necessidade de mão de obra. (Paranhos da Costa e Pinto, 2003,
Cardoso et al. 2004, Maffei, 2009).
Primeiros resultados do estudo de temperamento de
vacas Guzerá
Dada a importância da raça Guzerá para os trópicos
e a oportunidade para o comércio em nichos de mercado, a
Embrapa Gado de Leite, em parceria com Escola de Veterinária da UFMG, realizou estudo com o objetivo de quantificar
objetivamente o temperamento e identificar os fatores que
influenciam sua expressão em fêmeas Guzerá de rebanhos
de duplo propósito, participantes do Programa Nacional de
Melhoramento do Guzerá para Leite, bem como avaliar a relação temperamento com características de produção de leite
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
e alguns aspectos da longevidade.
O temperamento foi aferido por meio de escores subjetivos, revelando temperamentos que vão de desde muito
dócil a muito agressivo, e do equipamento Reatest®, que
mediante um sensor de movimento revela a reatividade animal em pontos, quando os animais estão contidos em uma
balança-brete. Verificaram-se resultados semelhantes e altamente correlacionados com ambos os métodos de acesso ao
temperamento animal, mostrando a eficiência do equipamento Reatest® em acessar o temperamento animal em fêmeas Guzerá duplo propósito e a viabilidade de sua utilização
rotineira para colheita de dados com vistas à inclusão desta
característica nas avaliações genéticas de touros em teste.
Observou-se que fatores como época do ano, rebanho, condição fisiológica (lactante ou não), peso, ordem de
entrada no brete para aferição e idade da fêmea influenciaram significativamente a reatividade animal. A reatividade
média durante o período chuvoso foi 1.405 pontos (de 168
a 11.242) e durante a seca foi 1.086 (de 161 a 8.728), sendo
que variação mais ampla ocorreu no período chuvoso. Os
resultados encontrados podem ser explicados pelo fato de
que a raça Guzerá originou-se no Estado de Gujarat, região
semiárida da Índia, à qual se adaptou, com condições climáticas que se assemelham ao ambiente seco predominante nos
rebanhos deste estudo. Deve-se ressaltar que parte destes
rebanhos adota a concentração de período reprodutivo e,
assim, as fêmeas começam a parir e produzir no início da
época chuvosa, o que pode também estar contribuindo para
a reatividade aumentada nesta época. Outro ponto está re-
35
Figura 1 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano
( águas seca), em função do rebanho (A, B, C, D e E).
36
Divulgação
lacionado às práticas específicas da época seca, na qual as
fêmeas são mantidas em um contato um pouco mais estreito
com trabalhadores rurais, em função da necessidade de suplementação volumosa.
O efeito de rebanho, observado na Figura 1, foi atribuído às diferenças nas práticas de manejo, localização geográfica, disponibilidade de alimentos, estrutura física da propriedade e treinamento/qualificação de recursos humanos,
identificadas entre os cinco rebanhos avaliados no estudo. Os
rebanhos com práticas de manejo inadequadas dos animais
em relação ao bem-estar e más condições de infraestrutura
apresentaram maiores médias de reatividade. Por sua vez,
aqueles rebanhos em que as fêmeas entram, desde seu nascimento, em contato estreito e positivo com o homem, sendo
previamente treinadas para a rotina na sala de ordenha e precocemente descartadas quando apresentam temperamento
ruim, e, além disso, consideram o temperamento de filhas de
touros para decisões sobre sua utilização no rebanho, tiveram médias mais baixas de reatividade.
De acordo com vários autores, boas condições de
criação e experiências precoces e positivas de manipulação têm forte impacto sobre o temperamento atual e futuro
dos animais (Kilgour et al., 2006, Grandin, 2007, Cooke et
al., 2009 e Petherick et al., 2009 a,b). Portanto, a adoção de
práticas corretas de criação e manejo com foco no bem-estar
animal tem sido apresentada como excelente ferramenta
para se evitar animais de temperamento ruim em um rebanho
(Kabuga e Appiah, 1992).
Neste estudo, as fêmeas secas mostraram-se mais
reativas do que as lactantes, além de ter sido observada
maior reatividade nas categorias de menor peso (Figuras 2
e 3). A maior reatividade de vacas secas pode estar relacionada tanto à fisiologia das fêmeas quanto à ausência de uma
experiência com o manejo. Neste caso, o resultado foi atribuído principalmente ao fato de vacas secas não terem contato
Efeitos da reatividade na produção de leite requerem mais estudos
muito estreito com o homem. Além disso, as vacas lactantes
são ordenhadas na presença do bezerro durante a lactação,
o que as tornariam menos reativas. Cabe ressaltar que os
bovinos gostam de rotina e têm boa memória (Paranhos da
Costa e Pinto, 2003), portanto é importante criar rotinas baseadas em interações favoráveis homem-animal para garantir a
sobrevivência de bezerros e seu bom desenvolvimento, bem
como altos níveis de produtividade e qualidade dos produtos.
A tendência e as médias da reatividade em função do
avanço da idade da fêmea são apresentadas na figura 4.
A reatividade tendeu a diminuir com o avançar da idade do
animal; isso indica que as fêmeas estariam se ajustando às
práticas de manejo e estabelecendo uma relação de confiança com os trabalhadores (Kilgour et al., 2006, Petherick et al.,
2009a) ou, ainda, que a prática de amansamento usada em
alguns rebanhos, bem como a inclusão de temperamento no
descarte de fêmeas e machos foram bem sucedidas.
A média da produção do leite à primeira lactação
de 918 fêmeas aferidas para temperamento foi 2.038,8 ±
829,6kg, variando de 98 a 4.734kg. A reatividade média, de
acordo com as categorias de produção de leite em 305 dias
de lactação (P305) é mostrada na Tabela 1. Contudo, os efeitos da reatividade na produção de leite foram inconclusivos e
requerem mais estudos.
Além disso, verificou-se a reatividade média das filhas
de alguns touros (18) com DEP positiva (9-451kg) para a
produção de leite e com filhas em pelo menos três dos rebanhos deste estudo. Os descendentes de dois dos 18 touros,
com DEP iguais a 75 e 315kg, tinham o menor intervalo de
reatividade (231-3.127 pontos) e estes touros estavam entre
os mais utilizados. Ao contrário, a progênie com o maior intervalo de reatividade (249-9.548 pontos) pertencia aos dois
touros (DEP iguais a 95 e 172) menos usados nos rebanhos.
Outra observação interessante é que os touros com filhas
mais reativas não foram utilizados no rebanho C, com menor
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Seleção
Fotos: Rubens Ferreira
Suaçuí
Pureza racial e genética melhoradora, frente a frente.
Embriões | Sêmen | Touros | Fêmeas | Doadoras
Tel.: (14) 3731 7412
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Fax: (14) 3731 9113 www.suacui.com.br
37
Figura 2 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano
( águas seca), em função do status fisiológico das fêmeas à aferição.
Figura 3 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano
(
águas seca), em função das categorias de peso das fêmeas à
aferição.
reatividade, e aqueles intensamente utilizados no rebanho E,
o mais reativo, foram os que produziram descendência com
maior reatividade. Este resultado aponta para a existência de
influência genética sobre o temperamento e que, em alguns
rebanhos, a escolha de touros não se dá só pela DEP leite.
Os resultados deste estudo ressaltam a importância
de tomar decisões acertadas sobre o manejo desde o início
da vida animal, com foco no comportamento, a fim de se obter gado de bom temperamento, de fácil lida, que resulte em
índices elevados de produção e produtividade. É importante
destacar o fato de que nos rebanhos que praticaram o descarte precoce de fêmeas de temperamento ruim e que já vêm
evitando o uso de touros que produziram filhas de temperamento ruim há muitos anos, a seleção pode ter contribuído
para menor reatividade. Ficou evidente a complexidade da
característica temperamento e a existência de várias formas
de abordá-la. O próximo estudo consistirá em estimar a herdabilidade desta característica para estabelecimento de seu
potencial para inclusão no programa de melhoramento da
raça. A perspectiva de desenvolvimento de indicadores de
bem-estar, sejam eles comportamentais, fisiológicos ou moleculares, é promissora e teria também papel fundamental no
melhoramento do temperamento animal.
Figura 4 - Tendência da reatividade em função das categorias de idade (1:
≤32; 2: >32 e <120; 3: >120).
38
Referências Bibliográficas
BOISSY, A.; BOUISSOU, M. F. Assessment of individual differences in behavioural reactions of heifers exposed to vairiaous fear-eliciting situations. Applied Animal Behaviour Science, v. 46, n.1-2, p.17-31, 1995.
CARDOSO, V.L.; NOGUEIRA, J.R.; VERCESI FILHO, A.E. et al. Objetivos de
seleção e valores econômicos de características de importância econômica
para um sistema de produção de leite a pasto na Região Sudeste. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.33, p.320-327, 2004.
COOKE, R.F.; ARTHINGTON, J.D.; ARAÚJO, D.B. et al. Effects of acclimation
to human interaction on performance, temperament, physiological responses,
and pregnancy rates of Brahman-crossbred cows. Journal of Animal Science, v.87, p.4125-4132, 2009.
GRANDIN, T. Behavioural principles of handling cattle and other grazing animals under extensive conditions. In: GRANDIN, T. Livestock handling and
transport. 3.ed. Wallingford : CAB International Publishing, 2007. p.44-64.
HARRISON, R. Animal machines. London: Methuen and Company, 1964.
186p.
KABUGA, J.D.; APPIAH, P.A note on the ease of handling and flight distance
of Bos indicus, Bos taurus and their crossbreds. Animal Production, v.54,
p.309-311, 1992.
KILGOUR, R.J.; MELVILLE, G.J.; GREENWOOD, P.L. et al. Individual differences in reaction of beef cattle to situations involving social isolation, close
proximity of humans, restraint and novelty. Applied Animal Behaviour Science, v.99, p.21-40, 2006.
MAFFEI, W.E. Reatividade animal. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38,
p.81-92, 2009.
PARANHOS DA COSTA, M.J.R.; PINTO, A.A. Princípios de etologia aplicados
ao bem-estar animal. In: DEL-CLARO, K.; PREZOTO, F. As distintas faces
do comportamento animal. São Paulo: Sociedade Brasileira de Etologia,
2003. p.211-223.
PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; HOLROYD, R.G. et al. Quality of handling
and holding yard environment and beef cattle temperament: 1. Relationships
with flight speed and fear of humans. Applied Animal Behaviour Science,
v.120, p.18-27, 2009a.
PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; VENUS, B.K. et al. Quality of handling and
holding yard environment and beef cattle temperament: 2. Consequences for
stress and productivity. Applied Animal Behaviour Science, v.120, p.28-38,
2009b.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
39
Maria Raquel Santos Carvalho
Professora da UFMG e uma das coordenadoras do
Projeto Genoma do Guzerá
Genoma do Guzerá,
para quê?
U
Foto: Jadir Bison
m passo importante para a consolidação da seleção genômica na pecuária zebuína está sendo dado
neste ano. O sequenciamento do genoma do Guzerá será anunciado no dia 3 de maio, a partir das 17h, durante a ExpoZebu 2012, em Uberaba (MG). A pesquisa do
sequenciamento do genoma da raça começou efetivamente há pouco mais de um ano, com a aquisição de insumos e
equipamentos necessários ao desenvolvimento do projeto.
A sequência já foi gerada, com cobertura alta o suficiente
para permitir sua montagem, tomando-se como referência
40
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
a sequência gerada
para Bos taurus e a
anotação, que é o trabalho de identificação
de genes. Na próxima
etapa, faremos a identificação de variantes
genéticas.
Édipo da Lagoinha foi o animal
escolhido para realizar
o sequenciamento. Os
critérios para a seleção
deste indivíduo foram: genealogia conhecida e DNA
mitocondrial compatível com origem zebuína, menor endogamia com maior número possível de descendentes; pertencente a fazendas públicas. Entre
estes critérios, a baixa endogamia é muito importante, pois garante que o animal não será muito homozigoto. Assim, seu sequenciamento já permitirá
a identificação de variantes (SNPs e CNVs) específicas da raça. E como ele foi um padrador importante, estas variantes estarão distribuídas entre seus
descendentes, podendo ser usadas no processo de
seleção.
No caso do sequenciamento do segundo
animal taurino, um indivíduo da raça Fleckvieh, feito na Alemanha, as pesquisas mostraram grande
número de variantes genéticas. O surpreendente
foi que a maioria das variantes genéticas não era
compartilhada entre os animais sequenciados. Assim, há interesse em conhecer as variantes genéticas próprias da raça. Nós temos trabalhado com o
sequenciamento de genes específicos em Guzerá
há alguns anos e já descobrimos uma série de variantes que são próprias de Guzerá ou de zebuínos.
Portanto, esta etapa vai fornecer novos marcadores
genéticos que poderão ser usados em estudos de
associação. Além disso, é possível tentar prever o
efeito de variantes. Este trabalho é feito por Bioinformática, precisando de confirmação posterior.
Neste sentido, estão sendo desenvolvidos
em nível internacional outros projetos, como o Bovine 1000 genomes e o Bovine Exome, que vão
auxiliar na compreensão de que variantes são as
mais importantes, do ponto de vista funcional. Além
disso, em breve teremos disponíveis os métodos
para detecção de mutações nas sequências que
codificam proteínas (exoma) e para detecção do
número de cópias presentes de cada gene (aCGH),
que permitiram uma compreensão bem mais aprofundada dos fatores genéticos que interferem nas
características de interesse econômico.
As novas variantes descobertas
poderão ser incorporadas em painéis de
marcadores moleculares, para uso em
seleção genômica.
Entretanto, este é
um passo que deve
ser dado com muito
cuidado. Antes de
se proceder a seleção genômica, é preciso validar
os painéis de marcadores moleculares em grandes
amostras de animais que estão em sistemas de
avaliação. Só assim será possível saber se as assinaturas de seleção eventualmente detectadas estão associadas a quais variações funcionais. Todo
o cuidado é pouco, pois a ferramenta é bastante
poderosa. Seria desastroso que fosse usada para
implementar seleção unidirecional mais rápido, por
exemplo.
“A vantagem do
sequenciamento completo
do genoma é que
descobriremos variantes
específicas da raça.”
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Os criadores de Guzerá poderão incorporar
a seleção genômica às outras metodologias, futuramente. O primeiro passo é a validação das baterias
já disponíveis para detecção de SNPs, ou seja, a
avaliação de como estas baterias “performam” na
raça. Ou seja, os SNPs incluídos capturam a diversidade genética da raça? Como foi dito antes, com
apenas dois animais sequenciados para taurinos já
foi possível antever uma variação muito grande das
variantes presentes entre eles. Assim, ainda que o
número de SNPs que fazem parte de uma bateria
seja muito grande, é possível que a maioria deles
não seja polimórfica em uma determinada raça.
Além disso, os SNPs que apresentam variação podem não estar bem distribuídos na raça, de tal forma que regiões podem estar a descoberto.
A vantagem do sequenciamento completo do
genoma é que descobriremos variantes específicas
da raça. Estas variantes podem ser testadas em
menor escala, e aquelas que se mostrarem úteis
podem vir a ser incorporadas em baterias de SNPs,
pois algumas delas permitem customização.
Ainda assim, são necessários estudos preliminares. Os dados obtidos em taurinos ou em outras raças zebuínas não podem ser simplesmente
transpostos, sem uma etapa de identificação de
assinaturas de seleção específicas da raça e da
associação destas com os fenótipos de interesse.
41
42
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
43
Rúbio Marra
Larissa Vieira
Mercado busca
genética de dupla aptidão
Várias regiões do país apostam no Guzerá para alavancar tanto a pecuária leiteira quanto a de corte
C
om custos de produção cada vez mais altos, a pecuária brasileira tem na genética zebuína uma aliada
para alcançar a viabilidade do negócio. Em grande
parte do país, a produção de carne ou de leite é alicerçada
no Zebu. É o caso do Nordeste, que já tem uma pecuária de corte consolidada e agora experimenta o surgimento
de várias bacias leiteiras em estados com pouca tradição.
Na Bahia e em Sergipe, muitos criadores estão apostando
na dupla aptidão da raça Guzerá para garantir a produção
desses dois alimentos, sem elevar os custos. “Hoje, temos
a formação de rebanhos Guzonel (cruzamento Guzerá x
Nelore), para produção de carne; e do Guzolando (Guzerá x Holandês), para a produção de leite, impulsionando a
economia e a pecuária nos dois estados”, disse João de
Azevedo Cavalcanti Neto, presidente do Núcleo de Guzerá
Bahia/Sergipe (BA-SE). De acordo com ele, por se tratar de
uma raça extremamente rústica e de dupla aptidão, o Guzerá se adapta muito bem ao clima tropical nas duas regiões e
permite a produção de leite e de carne a baixo custo.
Criador há 10 anos, Cavalcanti trabalha com pecuária de corte no município de Rui Barbosa, na Bahia, e
aposta no Guzonel para produzir bezerros para engorda.
Em geral, os garrotes são abatidos com 18 arrobas e com
idade média de dois anos. Já o rebanho de elite do Guzerá
JCN, como é conhecido o plantel, é voltado para o duplo
propósito, com matrizes adquiridas nos principais rebanhos
do país. “Procuro acasalar as fêmeas com reprodutores que
44
têm tanto a genética leiteira do Guzerá quanto a de corte”,
explicou o presidente do núcleo BA-SE. A entidade conta,
atualmente, com 23 criadores associados que vêm trabalhando para aumentar o rebanho de Guzerá na Bahia e em
Sergipe.
Para divulgar a raça no Nordeste, o núcleo realiza
diversos eventos e participa de exposições. A Exposição
Agropecuária de Feira de Santana, marcada para setembro, é considerada a maior da raça, na Bahia. Já em Sergipe acontece a Exposição Agropecuária de Aracaju, em
fevereiro, que conta, ainda, em sua programação, com um
leilão da raça. Na Bahia também ocorrem feiras em Vitoria
da Conquista, Mundo Novo, Barreiras e Salvador (Fenagro).
Em Sergipe, há exposições de Guzerá em Nossa Senhora
da Glória, Canindé do São Francisco e Frei Paulo. Para testar a genética do rebanho para produção de carne, o núcleo
realiza provas de ganho em peso nos dois estados.
Guzerá em alta no Pará
Se no Nordeste a raça vem conquistando cada vez
mais espaço por ser boa de carne e boa de leite, no Norte do país não é diferente. O Guzerá tem sido utilizado na
pecuária de corte para formação de rebanhos Guzonel.
“Quem usa não dispensa o ganho da heterose conseguida
com este cruzamento. Sabemos de fazenda com pastejo
rotacionado, engordando apenas fêmeas Guzonel para o
abate”, informou o proprietário da Fazenda Encarnação,
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Julgamento de Guzerá na ExpoPará
Luiz Guilherme Soares Rodrigues. Criador há 11 anos, em
Santarém Novo, ele desenvolve pecuária de corte; porém
20% do rebanho selecionado vêm de linhagens leiteiras
porque o plantel da Encarnação foi composto, em sua origem, por animais oriundos do Rio Grande do Norte e da
Paraíba, estados eminentemente leiteiros. “Usei muito em
cima desse gado a genética do Paredão S e do Abaeté,
apostando na dupla aptidão”, disse Rodrigues.
O extenso estado do Pará conta com vários microclimas. Uma variedade presente também na forma de fazer
pecuária. “Estamos desenvolvendo, juntamente com a Secretaria Estadual de Agricultura, um programa de incentivo
à pecuária leiteira. Temos uma região próxima a Belém com
muito potencial para produção de leite. No sul do estado
temos uma bacia leiteira já desenvolvida”, informou o criador. Segundo Rodrigues, a Guzerá é uma raça que pode
contribuir significativamente para a consolidação dessas
bacias leiteiras.
Para alavancar o uso da genética Guzerá no estado, os guzeratistas paraenses realizam seminários, dias de
campo, leilões e contam com um circuito de exposições que
recebe criadores não só do Norte, mas também do Nordeste.
“Quem não é visto, não é lembrado”, assegurou Rodrigues.
Goiás também aposta na dupla aptidão
Um dos maiores produtores, Goiás é um estado de
economia concentrada no agronegócio. Pecuária e agricultura continuam em franca expansão por lá. “Podemos dizer
que nosso estado é como o Guzerá: realmente de ‘dupla
aptidão’. Possuímos um reconhecido plantel de animais
para corte, tanto em número de cabeças quanto em seu
potencial genético. E nossa bacia leiteira está entre as principais do país. Além disso, a nossa localização central nos
permite exportar genética para outros estados, como Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará, regiões que
apresentam grande crescimento em seus rebanhos bovinos”, destacou o presidente da Associação Guzerá Goiás,
Luciano Marques do Bomfim.
De acordo com ele, a raça esteve esquecida por décadas no estado, mas há pouco mais de quatro anos, com
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
a fundação da entidade, vem obtendo ascensão impressionante. “Temos conseguido que antigos criadores retomem
o investimento em seus plantéis e que novos criadores entrem na seleção da raça. Estamos mostrando o potencial do
Guzerá como raça pura e o seu papel nos cruzamento. É
gratificante quando um criador de Nelore utiliza touros Guzerá em sua vacada e vem, com satisfação, nos falar sobre
o resultado obtido”, esclareceu.
Na pecuária leiteira, o Guzerá é bastante utilizado
em Goiás para produção do cruzamento Guzolando. “Os
resultados obtidos são de encher os olhos e futuramente
os bolsos”, enfatizou Bomfim. O presidente da Associação
Guzerá Goiás vem promovendo diversos trabalhos para difundir a raça na região. As qualidades do Guzerá como raça
pura e seu potencial nos cruzamentos, principalmente com
Nelore e com Holandês, são divulgadas em revistas, jornais
e outros meios de comunicação de Goiás. Outra ação promotora é a participação em exposições, realização de dias
de campo com palestras sobre melhoramento genético e
manejo reprodutivo.
Pelo quarto ano consecutivo, a raça deve integrar
em 2012, juntamente com Nelore e Tabapuã, a Prova de
Ganho em Peso, promovida pela Embrapa/Associação
Goiana de Criadores de Zebu. Os animais classificados
como Elite/Superior participarão do tradicional Leilão de
Touros Provados da Embrapa, que será realizado em maio,
durante a ExpoGoiás.
Selecionador da raça há pouco mais de quatro anos,
Luciano Bomfim divide o trabalho de formação do plantel
da marca Guzerá GL, com a esposa Geisa. Na Fazenda
Paineiras, localizada no município de Trindade (GO), eles
buscam selecionar um gado que seja realmente de dupla
aptidão, aliando desenvolvimento de carcaça e razoável
produção leiteira. O casal também produz Guzolando. Gosto sempre de salientar que eu e a Geisa até pouco mais de
dez anos não tínhamos afinidade com a área rural e tampouco conhecíamos o Guzerá. “Eu sou médico e a Geisa
odontopediatra, mas confesso que nos apaixonamos pela
raça”, finalizou Bomfim.
ExpoGoiás contou com a presença do Guzerá nos julgamentos
45
Divulgação
Raça atraiu novos criadores
Plantel Guzerá DA FASF na Bahia
Marcus Brito comanda a seleção do Guzerá da FASF
Maior economia do Nordeste, a Bahia vem se firmando
como um grande fornecedor de genética zebuína para outros
estados da região, graças aos investimentos dos criadores em
melhoramento genético. Acajutiba, município localizado entre
Salvador e Aracaju, foi escolhido pelo ex-ministro das Minas e
Energia e advogado, Raimundo Brito, para sediar o projeto de
seleção da raça Guzerá. O rebanho, que leva a marca Guzerá DA
FASF, foi transferido da Fazenda São Francisco, em Corumbá de
Goiás (GO), para a Fazenda João Machado, na Bahia. Acajutiba
é a terra natal do ex-ministro.
O negócio, idealizado por Raimundo Brito, conquistou a
família. A seleção de Guzerá é comandada pelos filhos Marcus e
Márcio Brito. “A primeira vez em que tive contato com a raça Guzerá foi durante uma visita à Fazenda Soraya, linhagem DO BRAVO, que pertence a um amigo baiano. Fiquei deslumbrado com a
beleza do plantel, especialmente pela característica marcante dos
chifres em forma de lira. Aquele foi o momento exato em que eu
soube que faria parte desse seleto grupo de criadores. Foi então,
no ano de 2007, que adquiri os nossos primeiros animais”, disse
Marcus Brito.
O plantel dos Brito leva a marca Guzerá DA FASF em
homenagem ao local onde a seleção da raça começou: a Fazenda São Francisco. A genética é composta por linhagens conhecidas como: MORUMBI, PEAC, JA, JM, MAAB, GEO, EG, dentre
outras. Todos os acasalamentos da propriedade são conduzidos
46
com estudo cauteloso dos dados disponíveis no mercado, juntamente com avaliação fenotípica dos animais. Todo cruzamento é
minuciosamente acompanhado para que resulte em melhoria genética. “O nosso objetivo é a constante evolução dos nossos animais e a disseminação de uma genética melhoradora”, ressaltou.
A Fazenda João Machado conta com um rebanho de mais
de 400 animais Guzerá PO. Desde 2009, a propriedade tem um
time de pista, que participa de exposições na Bahia e Sergipe. Segundo Marcus Brito, a raça vem ganhando força gradualmente na
região, mas ainda existe um mercado enorme a ser conquistado.
Parcerias viabilizam novos negócios
Com o mercado cada vez mais competitivo e exigente,
o pecuarista precisa adotar um sistema de gestão eficiente para
que o empreendimento tenha sucesso. No caso da pecuária de
elite, cujos custos de produção são maiores, as parcerias com
criatórios tradicionais podem ser a alternativa mais segura para
quem está começando a investir na formação de um plantel de
ponta. Vindo do ramo da advocacia, Tulio Costa Martino Ferreira
decidiu ampliar os negócios nos últimos anos, apostando na criação de Guzerá em Minas Gerais. “A oportunidade de investir em
pecuária surgiu de uma análise feita junto com Marcelo Mendo,
meu sócio no escritório de advocacia Mendo e Souza Advogados,
que havia entrado na raça Guzerá há pouco tempo. Meu pai, que
também é pecuarista, me incentivou e aprovou essa primeira parceria com o Guzerá Amar”, contou Tulio, titular da marca Guzerá
Martino. A parceria com o Guzerá Amar já possibilitou a produção
100 prenhezes, além de alguns animais em condomínio.
Com o sucesso do trabalho conjunto, o criador decidiu
ampliar as parcerias. Com a Fazenda Canoas, tradicional criatório de Guzerá comandado pelos irmãos Pitangui Salvo, Tulio
desenvolve o projeto “Seleção Guzerá: a raça que Agrega Valor!”.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
47
Divulgação
Desde então, foram produzidas 250 prenhezes e parceria no time
de pista e nos touros em centrais. “Todos os animais do meu plantel estão nas fazendas dos meus parceiros. Isso não significa que
o meu projeto está alicerçado apenas nas parcerias. No momento
certo, muitos desses animais poderão estar na propriedade da
minha família, localizada no município mineiro de São Domingos
do Prata”, disse o criador.
De olho na qualidade genética do rebanho, Tulio adotou
como princípio de gestão a aquisição apenas de animais provados e bem ranqueados. Segundo ele, é o caminho mais seguro e
rápido para obter um plantel geneticamente superior. “Não tenho
a pretensão de ser um grande criador, mas almejo ser um criador
reconhecido pela qualidade do rebanho. Tenho estudado muito
sobre o assunto e vejo que existem muitas informações e oportunidades ainda não exploradas ou percebidas pelos criadores.”,
afirmou. Para o criador, o melhoramento genético não pode ser
um processo empírico ou baseado no feeling, como era feito pelos
pecuaristas do passado. “A pecuária brasileira avançou porque
investiu e continua investindo em ferramentas, cada vez mais
sofisticadas, para produzir rebanhos cada vez mais produtivos e
funcionais”, ressaltou Tulio.
Na visão do novo selecionador, a raça Guzerá possui diferenciais importantes quando comparada a outras raças zebuínas,
como: rendimento de carcaça, precocidade de acabamento da
Joaquim Martino Ferreira e Túlio Costa Martino Ferreira
carcaça, relação de desmama, peso aos 450 dias e conversão
alimentar. “A versatilidade da raça é outro ponto de destaque que
precisamos difundir. Nos cruzamentos comerciais, estão provados os diferenciais que o Guzonel e Guzolando podem propiciar
a seus criadores”, garantiu. Segundo Túlio, das raças zebuínas
criadas no Brasil, o Guzerá é a que melhor converte alimento
(massa) por unidade de peso.
Genética Guzerá garante lucratividade
bem manejado, produz muito leite e muita carne”, garante. As matrizes com aptidão para o leite ficam no
curral em sistemas intensivos e as de pouca aptidão
criam bezerros ao pé em pastagens extensivas (um
animal / hectare). A produção média anual de leite é
500 litros/dia. A propriedade vende em torno de 350 animais por ano (bezerros machos e vacas Guzolando).
Wellington Alvim da Cunha
C
om uma vida dedicada à medicina e ao campo,
o criador Odilon Paiva Carvalho viu os negócios
de sua propriedade em Muriaé (MG) prosperar
quando passou a utilizar a genética de touros Guzerá. “O nosso gado leiteiro era da raça Guernsey. Os
animais tinham pequeno porte, produziam leite fácil e
gordo, porém eram pouco férteis, muito exigentes e
com pouca carcaça. Fizemos vários tipos
de cruzamentos e o gado perdeu a identidade”, conta o criador.
Em 1980, o resultado financeiro da
fazenda foi desanimador, levando Odilon e
o pai a mudar a genética do rebanho. Eles
buscavam uma raça com animais maiores,
precoces e com perfil de dupla aptidão.
“Optamos pelo Guzerá. Firmamos parceria
com a Embrapa e começamos a inseminar
todas as matrizes com sêmen dos touros
do Teste de Progênie da raça”, lembra
Odilon.
O gado foi padronizando, rendendo
bom lucro com a produção de leite e carne.
Hoje, a propriedade investe no Guzolando.
“É um gado dócil, pesado, precoce e, se
Criador Odilon Paiva Carvalho participa do PNMGul
48
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Guzerá CS.
Compartilhando qualidade e
genética melhoradora para
você curtir os resultados no seu rebanho.
Acesse e conheça nossa história de mais de 50 anos de seleção.
www.selecaocs.com.br
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
49
Roberto Vilhena Vieira
A
Guzerá é considerada uma das raças zebuínas mais antigas do mundo e, como sabemos, com forte prepotência
racial, sendo base fundamental para a consistente evolução
genética, morfológica e de produção, podendo-se optar por seu
leite ou carne e ainda ambos, dependendo do objetivo da atividade pecuária. Raça muito produtiva e rústica, é adaptável às diversas condições climáticas e de produção, desde as mais simples
até as mais sofisticadas e propícias à produtividade.
O elevado padrão atingido pela Guzerá sempre foi conduzido por competentes selecionadores, técnicos e colaboradores
das fazendas, que trabalharam e trabalham focados no melhoramento da raça, nas condições brasileiras.
Acreditamos que o aprimoramento da nutrição, da sanidade, da qualidade das pastagens, entre outros, e principalmente a
viabilização comercial ao acesso às modernas biotecnologias da
reprodução (IATF, TE e FIV), possibilitaram o aumento do número
de produtos de qualidade nascidos e, assim, maior rigor na seleção e apartação dos animais superiores, que serão destinados à
pista ou permanecerão no rebanho – futuros reprodutores e matrizes de plantel. Verifico, como jurado efetivo da ABCZ, a presença
de animais superiores e diferenciados nas pistas, comprovando o
elevado padrão morfológico atingido pela raça, no Brasil.
Os exemplares presentes nos julgamentos de pista estão muito padronizados e parelhos, quer seja pela alta qualidade
morfológica, como no preparo e apresentação dos mesmos. Os
expositores profissionalizaram-se e estão extremamente focados
em somente expor os seus melhores animais, exigindo dos jurados muito trabalho, conhecimento da raça e experiência para
realizar a definição do ranqueamento. Salientamos, ainda, que a
50
Maurício Farias
Pista e campo
andam próximos
Zootecnista e Jurado Efetivo da ABCZ
padronização e uniformização entre os melhores animais é tão
parelha, que a definição dos primeiros prêmios e campeões está
sendo realizada, realmente, nos mínimos detalhes.
Os animais de pista e de plantel devem enquadrar-se no
padrão racial da Guzerá, com funcionalidade evidente e apresentar, cada vez mais, desempenho nas características economicamente importantes e expressivas. Temos preferido indivíduos de
porte médio para a raça; não desejamos nenhum dos extremos
(baixos e compactos nem altos e finos), mas que apresentem
aprumos e aparelhos reprodutores corretos, comprimento, arqueamento e espaçamento de costelas, comprimento corporal e de
garupa, além de largura. A musculatura deve ser bem distribuída
pelo corpo, valorizando a concentração muscular na região posterior dos animais, onde se encontram as carnes mais valorizadas e
desejadas pelos consumidores (filé, contra filé, picanha, e outras).
Nas linhagens de leite, a feminilidade, delicadeza e qualidade do sistema mamário são fundamentais nas fêmeas; já nos
machos procuramos masculinidade evidente, além, é claro, harmonia, equilíbrio entre as partes do corpo e, também, nobreza e
beleza racial para ambos os sexos.
A convite da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil, tive a oportunidade de realizar o primeiro julgamento de Guzerá com aptidão leiteira. A disputa aconteceu durante a Feileite, em
São Paulo, no ano passado. Valorizei, neste julgamento, além das
características funcionais e raciais citadas anteriormente, a força
leiteira, a eficiência para produção de leite, pois desejamos matrizes que, além de produzir muito leite, tenham várias lactações
durante sua vida produtiva, deixando muitas crias nascidas, que
serão os futuros reprodutores e matrizes do plantel. A matriz GuRevista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
51
zerá com aptidão leiteira apresenta qualidade do sistema mamário (úbere volumoso e de boa forma, que seja bem irrigado e bem
inserido ao abdômen, com tetos de tamanho e posicionamento
corretos) e força leiteira (amplitude de peito, costelas espaçadas,
arqueadas e compridas). Unindo a tudo isso, harmonia, equilíbrio
e beleza.
Raça única, a Guzerá possui um dom, que é produzir leite e carne com excelência nas diferentes condições brasileiras.
Características importantes, que devemos preservar e aprimorar
constantemente. As linhagens de Guzerá foram selecionadas por
tradicionais e persistentes criadores, que focaram o melhoramento genético, apoiados pelo controle leiteiro oficial, garantindo a
evolução consistente e contínua desse trabalho. Há alguns anos,
a raça conquistou novos adeptos, que contribuem fortemente
para a ampliação e a continuidade do aprimoramento das linhagens leiteiras no Brasil. É importante salientar a contribuição dos
profissionais do melhoramento e de suas instituições para o aprimoramento genético da raça.
A pista e o campo andam sempre muito próximos da raça
Guzerá. Logicamente que os indivíduos participantes do time
de pista são os mais perfeitos morfologicamente e os mais bem
manejados e nutridos da propriedade; são a vitrine da fazenda e
espelham o trabalho de anos de seleção e melhoramento genético que o expositor/criador desenvolve na sua propriedade. Nas
pistas de julgamento procuramos premiar exemplares que apresentem características raciais mais próximas ao ideal da raça Guzerá, de porte médio, equilibrados, harmônicos, produtivos (carne
ou leite) e funcionais (corretos aprumos, aparelhos reprodutores,
volume no costado, volume corporal etc).
Feileite teve primeiro julgamento de Guzerá leiteiro
Os campeões e as campeãs de pista da raça Guzerá
são largamente utilizados na reprodução, através da inseminação
artificial e transferência de embriões (TE ou FIV) e contribuem
fortemente para o aprimoramento do trabalho de melhoramento
genético. O animal que vive, reproduz e produz com eficiência no
campo é o que desejamos, e na pista de julgamento não poderia
ser diferente. E nós, jurados, apenas indicamos os melhores indivíduos no momento da avaliação, no julgamento.
O Guzerá atingiu elevado nível morfológico, funcional e
produtivo. Acreditamos que o trabalho de melhoramento genético
continuará a ser bem conduzido e realizado pelos criadores e profissionais envolvidos com a raça.
Genética sem fronteiras
C
ampeã do Torneiro Leiteiro da Feileite de 2011, a fêmea
Aurora provou que não há limite para a genética de qualidade. Há mais de dois anos a vaca foi transferida, junto
com outras doadoras, da Fazenda Barra da Cruz, no Rio Grande do Norte, para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em São
Paulo. Como o estado nordestino tem status sanitário de risco médio em relação à aftosa, a participação dos animais da Fazenda
Barra da Cruz em competições nacionais ficava limitada.
Para que o trabalho de mais de 10 anos de seleção não
ficasse restrito ao Nordeste, o criador Alexandre de Medeiros
Wanderley firmou parceria com Gilson Carlos Bargieri. O trabalho conjunto dos criadores rendeu os dois primeiros lugares da
Feileite 2011, evento que marcou a estreia de Aurora nas competições nacionais. A fêmea venceu o torneio leiteiro de Guzerá
com uma produção de 34,10 kg/leite. “O Rio Grande do Norte tem
um polo de criatórios da raça Guzerá reconhecido nacionalmente
pela qualidade genética dos animais. Com essa parceria, poderemos levar a genética do estado para outras regiões, oferecendo
ao mercado novas linhagens”, diz Alexandre Wanderley. As doadoras enviadas para São Paulo já estão em fase de coleta para
produção de prenhezes.
52
Divulgação
Larissa Vieira
Ganhadores do Torneio Leiteiro de Guzerá na Feileite recebem premiação das mãos do presidente da ACGB Paulo Menicucci
Como a demanda por animais leiteiros avaliados é grande em todo o país, o criador está intensificando a seleção. Ele
participa do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá e
realiza controle leiteiro oficial no rebanho. Este ano, ele inscreverá
um touro no Teste de Progênie da raça. “Com essas ferramentas
de seleção, a cada nova geração, conseguimos produzir animais
melhores”, diz o criador.
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
53
Os melhores
do Ranking
2010/2011
O
s criadores que foram destaque nas pistas das exposições ranqueadas pela Associação dos Criadores de
Guzerá do Brasil participaram da entrega de prêmio dos melhores do Ranking 2010/2011. Os vencedores
receberam a premiação durante o 4º Leilão Suaçuí e Convidados, em Avaré (SP), no final do ano passado.
Confira os premiados:
Melhor Criador
1º Lugar - Agroville Agric. & Emp. - Vírgilio Junior
e Paulo Menicucci
2º Lugar - Guzerá Suaçuí - Nídia Moraes e Paulo
Menicucci
3º Lugar - José Manoel Diogo Jr - Luciano Bomfim (Representando). Paulo Menicucci e Gonçalo
Botelho
Melhor Expositor
1º Lugar - Agropec. São Marcos Paulo de Faria José Roberto Moreira, Nídia Moraes e Antônio
Caetano
54
2º Lugar - Guzerá Três Irmãos - Washington Dias,
Lincoln Dias e Nídia Moraes
3º Lugar - Fazenda Canoas - Gustavo Salvo, Antônio Salvo e Nídia Moraes
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Melhor Fêmea Adulta
1º Lugar - Camboja II S - Antônio Salvo, Gustavo
Salvo e Ariane Menicucci
2º Lugar - Caravana III S - Antônio Salvo, Gustavo
Salvo e Ariane Menicucci
3º Lugar - Cambuci Villefort - Virgílio Junior e Ariane Menicucci
Melhor Fêmea Jovem
1 º Lugar - Jóia EB da IPE - Adriano Varela, Túlio
Martino, Ana Claudia, Marcelo Mendo, Antônio
Caetano e Gustavo Salvo
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
2º Lugar - Latika FP - Carlos Pontual, Marcílio e
Gustavo Salvo
3º Lugar - Caytria Claramar - Soraia Freitas, Alberto Francisco e Gustavo Salvo
55
Melhor Macho Adulto
1º Lugar - Guzerá da Barra Jango FIV - Roberto
Filho, Roberto Neszlinger e Luciano Bomfim
2º Lugar - Imaginário do SAL - Luiz Guilherme
Soares e Luciano Bomfim
3º Lugar - Juacir da Suaçuí - Nídia Moraes e Luciano Bomfim
Melhor Macho Jovem
1º Lugar - Fakamu FIV TIR - Washington Dias, Lincoln Dias e Luiz Guilherme
2º Lugar - Mentor da Suaçuí - Nídia Moraes e Luiz
Guilherme Soares
3º Lugar - Garanhão da GEO - Rogério Araujo e
Luiz Guilherme Soares
Melhor Matriz
1º Lugar - Alice da Morumbi - Nídia Moraes e Edson Falchi
2º Lugar - Dina S - Virgílio Junior e Edson Falchi
3º Lugar - Carrera EB da IPE - José Roberto
Moreira, Antônio Caetano e Edson Falchi
Melhor Reprodutor
1º Lugar - Signo AM - João Natal, João Ronaldo e
Paulo Emílio
56
2º Lugar - Mabrouk da VIC - Maria Victória e João
Ronaldo da Nobrega
3º Lugar - Haiti TE S. Claramar - Alberto Francisco,
Virgilio Junior e João Ronaldo
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Fotos: JM Matos
A paixão vem de muito tempo,
mas a geração é nova e desperta
amor à primeira vista.
Guzerá Amar.
DNA de qualidade e amor incondicional.
Caixa Postal 6012 • CEP 38040-971 • Uberaba MG
e-mail: [email protected]
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
57
14 a 20/05/2012
69ª EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE CURVELO
Parque de Exposições Antônio Ernesto de Salvo
Informações: (38) 3721-5222 ou [email protected]
Curvelo – MG
03 a 10/06/2012
51ª EXPOSIÇÃO ESTADUAL AGROPECUARIA – SUPERAGRO
Parque de Exposições Gameleira
Informações: (31) 3313- 6624 ou [email protected]
Belo Horizonte – MG
13 a 26/06/2012
35ª EXPOSIÇÃO AGROPEC. E IND. DE TRES LAGOAS
Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza
Informações: [email protected]
Três Lagoas – MS
11 a 15/06/2012
FEICORTE - 18ª FEIRA INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CARNE
Centro de Exposições Imigrantes
Informações: [email protected] ou (34)3336-1995
São Paulo – SP
29 a 08/07/2012
37ª EXPOMONTES
Parque de Exposições João Alencar Athayde
Informações: (38) 3215-1399 ou [email protected]
Montes Claros – MG
01 a 03/07/2012
XIV EXPONOVOS
Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]
Currais Novos - RN
01 a 08/07/2012
MEGALEITE
Parque de Exposições Fernando Costa
Informações: [email protected] ou (34)3336-1995
Uberaba – MG
05 a 09/07/2012
30 ª FAPIJA
Parque Fapija
Informações: (12) 3953-5100 ou [email protected]
Jacareí – SP
13 a 22/07/2012
43ª EXPOAGRO GV
Parque de Exposições José Tavares Pereira
Informações: (33)3275-6500 / 33-9908-9021 ou
[email protected]/ [email protected]
Governador Valadares – MG
16 a 24/07/2012
30ª EXPORONDON
Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]
Rondon do Para – PA
30 a 07/08/2012
XXVII EXPOAAVA
(84) 3272-2430 ou [email protected]
Tomé Açu – PA
02 a 12/08/2012
GRAND EXPOBAURU 2012
Recinto Mello Moraes
Informações: (14) 3572-3629 ou [email protected]
Bauru – SP
08 a 12/08/2012
36ª GRANEXPO ES
Centro de Eventos Floriano Varejão
Informações: (27) 3281-8006 ou www.granexpoes.com.br
Serra – ES
11 a 18/08/2012
46ª AGROPEC – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PARAGOMINAS
Parque de Exposições Amilcar Tocantins
Informações: [email protected] ou: (91) 8111-5930
Paragominas – PA
18 a 26/08/2012
5ª EXPOGENÉTICA
Parque de Exposições Fernando Costa
Informações: (34) 3319-3935
Uberaba – MG
25/08 a 02/09/2012
34ª EXPOINTER
Parque Assis Brasil
Informações: (51) 3288-6379 ou [email protected]
Esteio – RS
01 a 09/09/2012
44ª EXPOFAC – EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE CASTANHAL
Parque de Exposições
Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]
Castanhal – PA
58
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
59
02 a 09/09/2012
EXPOFEIRA – FEIRA AGROPEC. DE FEIRA DE SANTANA
Informações: [email protected]
Feira de Santana – BA
15 a 22/09/2012
46ª EXPOPARÁ – EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DO PARÁ
Parque de Exposições Amílcar Tocantins
Informações: (91) 3243-3373
Belém – PA
04 a 14/10/2012
50ª EXPO RIO PRETO 2012
Parque de Exposições Alberto Bertelli Lucatto
Informações: (17) 8123-3269
São José do Rio Preto – SP
10 a 20/10/2012
EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE BRASÍLIA
Parque de Exposições da Granja do Torto
Informações: (61) 3386-0025 / [email protected]
Brasília – DF
12 a 20/10/2012
50ª FESTA DO BOI
Parque de Exposições Aristófanes Fernandes
Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]
Parnamirim – RN
21 a 28/10/2012
EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE GO
Parque Agropecuário Dr. Pedro Ludovico
Informações: (62)9979-4489
Goiânia – GO
19 a 28/10/2012
62ª EXPOAGRO DE MACEIÓ – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PRODUTOS E
DERIVADOS DE ALAGOAS
Parque de Exposições José da Silva Nogueira
Informações: www.aca-al.com.br/historico.asp
Maceió – AL
01/11/2012
FAEPIRA 2012
Informações: (14) 3572-3629 ou [email protected]
Pirajuí – SP
18 a 25/11/2012
70ª EXPO NORDESTINA DE ANIMAIS
Parque de Exposições Professor Antônio Coelho
Informações: (81) 3227.1457
Recife - PE
19 a 23/11/2012
FEILEITE – 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite
Centro de Exposições Imigrantes
Informações: (34)3336-1995
São Paulo - SP
24/11 a 02/12/2012
25ª FENAGRO 2012
Parque de Exposições de Salvador
Informações: (71) 9918-2968 ou [email protected]
Salvador – BA
24/02 a 03/03/2013
FAESE – FEIRA AGROPEC. DO ESTADO DE SERGIPE
Informações: [email protected]
Aracaju – SE
25/02 a 03/03/2013
49ª EMAPA – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE AVARÉ
Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel
Informações: [email protected]
Avaré – SP
13 a 23/04/2013
75ª EXPOGRANDE 2013
Parque de Exposições Laucídio Coelho
Informações: [email protected] ou (67) 3345-4200
Campo Grande – MS
19/04 a 28/05/2013
44ª EXPO AGRO DE ITAPETININGA
Parque de Exposições Acácio de Moraes Terra
Informações: (15) 3285-8001
Itapetininga – SP
28/04 a 01/05/2013
EXPOLEILÃO 2013
Parque de Exposições Aristófanes Fernandes
Informações: (84) 3272-2430
Parnamirim – RN
28/04 a 10/05/2013
79ª EXPOZEBU
Parque de Exposições Fernando Costa
Informações: (34) 3336-1995
Uberaba – MG
60
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
61
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GUZERÁ DO BRASIL
Sócios Contribuintes
ADRIANO VARELA GALVÃO E OUTROS
SCS Q 03 BL A-Nº210 ED. PARANOA 2º ANDAR
SL 201/204
70303-912 BRASILIA - DF
(61) 3346-1689 (61) 3321-3570
FAX (61) 3342-3003
ENTRE RIOS - PADEFI - DF
PLANALTINA - DF
[email protected]
ALBERTO FRANCISCO GONÇALVES DE
FREITAS
AV. SOARES DOS SANTOS, 124
35790-000 CURVELO - MG
(38) 3721-7722 (38) 9987-0360
FAX (38) 3721-7722
FAZ. POÇO AZUL - CURVELO - MG
[email protected]
[email protected]
AGOSTINHO ALCÂNTARA AGUIAR
Av Prefeito Americo Giannetti, 3614, bairro Canaa
31610-000 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3455 6111 (31) 9952 2934
FAX (31) 3455-6111
FAZENDA ILHA FUNDA - ALPERCATA - MG
[email protected]
ALBERTO MARQUES DA SILVA MAIA
R. INHÔ LUIZ, 250
35790-000 CURVELO - MG
(38) 3721-1823 (38) 3721-5558
FAX (38) 3721 1823
RANCHO MAIA - INIMUTABA - MG
[email protected]
AGROPECUÁRIA NAVIRAÍ LTDA
R. MAJOR EUSTAQUIO, 76 - S 607
38010-270 UBERABA - MG
(34) 3333-1622 (34) 9194 1381
FAX (34) 3333 1634
CHÁCARA NAVIRAÍ - UBERABA - MG
[email protected]
ALCEBIADES PAES GARCIA
ESTRADA DE MORSING, 1570
27175-000 PIRAÍ - RJ
(24) 2431-1060 / FAX (24) 2431-1727
SÃO LUIZ - PIRAI - RJ
[email protected]
AGROPECUÁRIA PONTE NOVA
R. GENERAL VENÂNCIO FLORES, 305 G. 1002
22441-090 RIO DE JANEIRO - RJ
(21) 3206-5820 (32) 3278 1362
FAX (21) 3206-5828
AGROPEC. PONTE NOVA
PEQUERI - MG
[email protected]
[email protected] / flaviarial@
AGROP. SÃO MARCOS PAULO DE FARIA LTDA
RUA JULIO DE MESQUITA, 1200
VILA PAULICÉIA
09693-100 SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP
(11) 4360 6120 (11) 4361 4950
FAX (11) 2122-4007
[email protected]
AGROVILLE AGRICULTURA E EMPR. LTDA
ROD BR 040 KM 515 , Nº 750
BAIRRO VEREDA
33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG
(31) 2191-7800 (31) 9242-0849
FAX (31) 3627-1054
CURRALINHO - GUZERA VILLEFORT
RIBEIRÃO DAS NEVES
[email protected]
[email protected]
62
ALEXANDRE AUGUSTO DE SOUZA
SMPW QD 18 CJ 01 LT 02 CASA A
71741-801 BRASILIA - DF
(61) 3879-6612 FAX (62) 9971-6612
GUZERÁ ARRAIA
[email protected]
ALEXANDRE DE MEDEIROS WANDERLEY
RUA REN. LOPES VIEGAS, 80
ALTO DO TRIANGULO
59515-000 ANGICOS - RN
(84) 3531-2111 / 9965-0364
FAZ. BARRA DA CRUZ - ANGICOS - RN
[email protected]
ALTEVIR MENDONÇA SILVA
AV. LEONARDO F. M. SILVA, 1973 - CX.P.2
65218-000 MATINHA - MA
(98) 3232 3311 (98) 3357 1133
FAX (98) 3357 1202
FAZENDA SANTO ANTÔNIO
MATINHA - MA
[email protected]
AMERICO CARDOSO DOS SANTOS JUNIOR
CAIXA POSTAL 119
06730-970 VARGEM GRANDE PAULISTA - SP
(11) 4158-3457 (63) 9996 1518
FAX (11) 3131-1313
FAZENDA MORRO ALTO
SANTA RITA DO TOCANTINS - TO
[email protected]
AMILCAR FARID YAMIM
ROD. PRES. DUTRA, KM 209
TREVO BOM SUCESSO
07210-900 GUARULHOS - SP
(11) 2131-7755 (15) 3262-6050
FAX (11) 2131-7778
AGROPECUÁRIA CORONA
PORTO FELIZ - SP
[email protected]
[email protected]
ANDRE DE MATTOS COUTO
JUVENAL MELO SENRA - 175/201
BELVEDERE
30320-660 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3264-0708 (31) 3344-0279
FAZENDA BREJAUBA - ALTO RIO DOCE - MG
[email protected]
ANDRE NUNES LAMOUNIER
AV. ALVARES CABRAL, 982 - 11º ANDAR
LOURDES
30170-001 BELO HORIZONTE - MG
(31) 2126 8007 (31) 9167 7000
FAX (31) 2126 8007
FAZENDA ZOO - CORINTO - MG
[email protected]
[email protected]
ANTONIO PITANGUI DE SALVO
CAIXA POSTAL N.º 13
35790-000 CURVELO - MG
(38) 3722-1133 (38) 9968-1134
FAX (38) 9987-3999
FAZ. CANOAS/MUNDO NOVO
CURVELO - MG
[email protected]
[email protected]
ANTONIO BALBINO DE CARVALHO NETO
RUA BARÃO DO COTEGIPE, 17
47805-020 BARREIRAS - BA
(77) 3611 -1455 (77) 3611 -2141
FAX (77) 3611 4055
FAZ. REUNIDAS ANTONIO BALBINO
JOÃO PINHEIRO
[email protected]
ANTONIO PLACIDO PEIXOTO DO A. NETO
RUA JOSE MONTEIRO DE MELLO , 205
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
APTO 2201 - GLEBA PALHANO
86061-580 LONDRINA - PR
(43) 3323-8130 (43) 9994-0051
ESTÂNCIA NOVA RECREIO - ORTIGUEIRO - PR
[email protected]
[email protected]
CARLOS ALBERTO DE ANDRADE SILVA
AV. MAL. CASTELO BRANCO, 298
45995-000 TEIXEIRA DE FREITAS - BA
(73) 3291 -3112
FAZ. SANTA MARIA - TEIXEIRA DE FREITA - BA
[email protected]
ANTONIO RANNIELLHE DO Ó
AV. CARLOS CRUZ, 1270
63020-181 JUAZEIRO DO NORTE - CE
(88) 9961-4338
LAGOA DA CAIÇARA - CAMPOS SALES - CE
[email protected]
CARLOS FERNANDO FALCÃO PONTUAL
AV. MARQUES DE OLINDA, 302 - 6º ANDAR
50030-000 RECIFE - PE
(81) 3224-6189 (84)9952-9645
FAX (81) 3341-1643
FAZ. DA ROSILHA - RECIFE - PE
[email protected]
[email protected]
ARTHUR SOUTO MAIOR FILIZZOLA
R. FERNANDO TOURINHO, 487 - S/901
30112-000 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3281-1800 (31) 3281-1800
FAX (31) 3227 4868
FAZ. DOS POÇÕES/BHAVNAGAR
JEQUITIBÁ - MG
[email protected]
BENÍCIO CUNHA CAVALCANTI
R. JURACI MAGALHÃES, 406 - APT.º 203
44052-010 FEIRA DE SANTANA - BA
(75) 3625-9243 (75) 9132-7887
FAX (75) 3223 0609
FAZENDA LUA NOVA - LAJEDINHO - BA
[email protected]
BERNARDO DE VASCONCELLOS MOREIRA
RUA SÃO ROMÃO, 302
BAIRRO SANTO ANTONIO
30330-120 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3213-4143 (31) 3273-9860
FAZENDA FORTUNA - MG
[email protected]
[email protected]
BERNARDO MELGAÇO DINIZ DA COSTA
RUA DOUTOR ZACARIAS, 340 - CENTRO
35610-000 DORES DO INDAIÁ - MG
(37) 8812-4993 (37) 3551-1042
FAZ. LAGOA PRETA - SERRA DA SAUDADE
[email protected]
CAMILLO COLLIER NETO
RUA AÇU, 678 TIROL
59020-110 NATAL - RN
(84) 3611-3200 (84) 9905-0225
FAX (84) 3611-3200
FAZ. VALE FELIZ - MACAÍBA - RN
[email protected]
[email protected]
CARLITO DE LIMA FELISBERTO
CAIXA POSTAL 44
16670-000 PRESIDENTE ALVES - SP
(14) 3587-1283 (11) 4066-1709
FAX (14)3587-1283
FAZENDA CONQUISTA
SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP
[email protected]
[email protected]
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
CARLOS FERNANDO FONTENELLE DUMANS
RUA GENERAL TASSO FRAGOSO 24/804
LAGOA
22470-170 RIO DE JANEIRO - RJ
(21) 2535 4545 (21) 9804 0352
FAZENDA FONTENELLE
BAIXO GUANDU - ES
[email protected]
CARLOS HENRIQUE ALVES RODRIGUES
QE 32 CONJ Q CASA 05 GUARA II
71065-171 BRASILIA - DF
(61) 3568-1037 (61) 8524-0318
FAZ. ANDALUZ - ALEXANIA - GO
[email protected]
CARLOS MAGALHAES DA SILVEIRA
SQS 302 - BLOCO B APTO 304
70338-020 BRASILIA - DF
(61) 9986-3431
CANDEIAS - CARAVELAS - BA
[email protected]
CARLOS MAGNO CHAVES BRANDÃO
AV DO CONTORNO , 8000 - SALA 511
SANTO AGOSTINHO
30110-932 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3292-5153 (31) 9129 8013
FAX (31) 3292 8311
SERRA NEGRA - SANTANA DO RIACHO - MG
[email protected]
CARLOS OSCAR NIEMEYER MAGALHÃES
AV ATAULFO DE PAIVA , 458/201 - LEBLON
22440-033 RIO DE JANEIRO - RJ
(21)2523-4890 (21)8245-0077
[email protected]
CÉLIO MARCOS MURTA LIMA
RUA BARÃO DO RIO BRANCO, 149/1201
35010-030 GOVERNADOR VALADARES
CENTRO - MG
(33)3277-8641 (33)9989-8060
FAZENDA SANTA TEREZINHA
[email protected]
CIA. AGROP. MONTE ALEGRE
CAIXA POSTAL ,62
37140-000 AREADO - MG
(35) 3573-2700 (35) 3573-2714 FAX
FAZ. TAQUARINHA - MONTE BELO - MG
[email protected]
[email protected]
CLAUDIO FERNANDO GARCIA DE SOUZA
RUA BRUNO GARCIA, 73
79600-050 TRÊS LAGOAS - MS
(67) 3521-2347 (67) 3521-2107
FAX (67) 3521-1237
FAZENDA LAGUNA - TRÊS LAGOAS - MS
[email protected]
[email protected]
DALTON VAZ PORTO ROCHA
RUA COMENDADOR ELIAS JAFET, 600
MORUMBI
05653-000 SÃO PAULO - SP
(11) 2436-3606 (11) 3744-8989
GUZERA FAZENDA VELHA - SÃO PAULO - SP
[email protected]
[email protected]
DANIEL BOTELHO ULHOA
CSA 03 LOTE 07 APTO. 502
72015-025 BRASÍLIA - DF
(61) 3468 8313 (61) 3352 4226
FAX (61) 3468 8200
PARACATU - MG
[email protected]
DANIEL FONSECA DE ARAÚJO
RUA DOS MODURUCUS, 2904 APTO 902
ED TAMASIA
66025660 BELÉM - PA
(91) 255 2113 (91) 230 2798 FAX (91) 255 0382
FAZENDA ABARÉ
SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - PA
[email protected]
DANTE EMÍLIO RAMENZONI
CAIXA POSTAL, 12
16600-000 PIRAJUÍ - SP
(11) 2125-3900 (14) 3583-1332
FAX (14) 3572-3342
ALVORADA - PIRAJUÍ - SP
[email protected]
[email protected]
DENISE DE ABREU RIBEIRO E OUTRAS
COND.
R. CORONEL CUSTODIO MARQUES, SN
28525-000 BOA SORTE - 5º DIST.
CANTA GALO - MG
(34) 3333-9788 (34) 9174-0724
FAZ. CANAÃ - UBERABA - MG
[email protected]
[email protected]
DIOMARIO SOARES TEIXEIRA
RUA OSWALDO CRUZ, 283 - Apto 401
ESPLANADA
35010-210 GOVERNADOR VALADARES - MG
(33) 3271-3547 (33) 3271-3547
FAX (33) 8804-4735
63
BARRA DO PEIXE BRANCO
[email protected]
DOUGLAS BRANDAO COSTA
RUA ARCHINTO FERRARI, 118 - APTO 92
09530-430 SÃO CAETANO DO SUL - SP
(15)3282-3388 (15)8139-4435
EL GIZA - PORTO FELIZ - SP
[email protected]
[email protected]
EDMO DIAS PINHEIRO
RUA 87 Nº 598 - SETOR SUL
74093-300 GOIANIA - GO
(62)3226-0200 (62) 9223-4181
[email protected]
[email protected]
EDSON FALCHI TEIXEIRA
RUA DANUBIO AZUL, 356 - JARDIM GUANCA
02152-040 SÃO PAULO - SP
(11) 2484-0222 (11) 9651- 2088
FAX (11) 7548-2626
RECANTO DO GUZERÁ - SANTA ISABEL - SP
[email protected]
[email protected]
FELLIPE MOREIRA DE PAULA GOMES
AV. HORACIO GOMES DE MELO, 655
CENTRO
57780-000 CAPELA - AL
(82) 3287-1133 (82) 9921-9191
GUZERÁ ALAGOAS
[email protected]
[email protected]
FRANCISCO CARNEIRO LIMA
CAIXA POSTAL, 37
63800-000 QUIXERAMOBIM - CE
(88) 3441-0140 (88) 3441-0317
FAX (88) 3441-0341
FAZENDA CANAFÍSTULA
QUIXERAMOBIM - CE
[email protected]
[email protected]
FRANCISCO DAS CHAGAS Q. PORDEUS
RUA DOM PEDRO II, 584 - BAIRRO PRIMAVERA
47803-020 BARREIRAS - BA
(77) 3613-2526 (77) 3611-0949
FAZ. PARAIBA - BARRACAO DE BAIXO - BA
[email protected]
FRANCISCO DE ASSIS DA C. F. DE MELO
AV. PRUDENTE DE MORAES, 4705
59063-200 NATAL - RN
(84) 3234-8518 (84) 9981-5900
FAX (84) 3234-8518
FAZ. MASSARANDUBA DE CIMA
MAÇARANDUBA / SÃO GONCALO - RN
[email protected]
FRANCISCO HUMBERTO CAPPARELLI
VIRGILIO
AV NICOMEDES ALVES DOS SANTOS, 387
64
B. ALTAMIRA
38400-170 UBERLANDIA - MG
(34) 3292-9970 (34) 9991-3451
FAX (34) 3219-3454
ESTANCIA ESPERANÇA
[email protected]
[email protected]
FRANCISCO JOSE DE ALBUQUERQUE
MAIA COSTA
RUA RONCADOR, 194
79021-270 CAMPO GRANDE - MS
(67) 3322 7400 (67) 3322-7411
FAX (67) 3322 7413
RANCHO CAIAMÃ - CAMPO GRANDE - MS
[email protected]
[email protected]
GERALDO ALVES DA SILVA
R. SEGUNDO WANDERLEY, 1.162
BARRO VERMELHO
59030-050 NATAL - RN
(84) 3222-6095 (84) 9926-4749
FAX (84) 3234-0789
FAZ. SÃO GERALDO - NATAL - RN
[email protected]
[email protected]
GERALDO FONSECA SIQUEIRA - ESPOLIO
PRAÇA RAUL SOARES, 298 CENTRO
CAIXA POSTAL 17
36955-000 MUTUM - MG
(33)3312-1414 (33)9907-5774
FAZENDAS REUNIDAS “JOAO PEDRO”
[email protected]
FREDERICO FABIANO GONTIJO MAIA
RUA RAJA GABAGLIA, 3079 - SANTA LUCIA
30350-563 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3298-5151 (31) 3526-5199
FAX (31) 3526-5128
CAPÃO DO ROCHA - CORINTO - MG
[email protected]
GERALDO JOSE C. F. DE MELO FILHO
Cond. Estância Jardim Botânico - Conjunto l
Casa 73 - Lago Sul
71680-365 BRASILIA - DF
(61) 3424-1490 (61) 8185-7109
FAZ. BARREIRO - UNAÍ - MG
[email protected]
GABRIEL DE PAULA MARINHO
RUA CAPITÃO VALDIR, 89 - CENTRO
29560-000 GUAÇUI - ES
(28) 3553-2013 (28) 9925-6120
FAZENDA MONTE AZUL I
[email protected]
GILSON CARLOS BARGIERI
AV. PADRE ANCHIETA, 1474 - CENTRO
11750-000 PERUÍBE - SP
(13) 3455-2795 (13) 9712-6304
N. SENHORA APARECIDA - CAÇAPARA - MG
[email protected]
[email protected]
GABRIEL DONATO DE ANDRADE
CAIXA POSTAL 198 - FAZ. SERRINHA
32600-971 BETIM - MG
(31) 3290-6601 (37) 3359-7400
FAX (37) 3290-6660
CALCIOLANDIA - ARCOS - MG
[email protected]
[email protected]
santiago@colonialagrop
GEISA MAGALHÃES MACHADO BOMFIM
R 4 Nº590 AP 1000
ED. ODESSA - ST OESTE
74110-140 GOIANIA - GO
(62) 3224-4489 (62) 9975-4489
FAZENDA PAINEIRAS
TRINDADE - GO
[email protected]
GENIS CARLOS DEPRA
RODOVIA BR 10 KM 81 - CENTRO
68632-000 ULIANOPOLIS - PA
(91) 3726-1106 (91) 3726-1151
FAZ. AROEIRA - ULIANOPOLIS - PA
[email protected]
GEO PARTICIPAÇÕES LTDA
RUA TRIFANA 287 - B. SERRA
30110-570 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3287-3226 (31) 9976-1633
FAZ. CACHOEIRINHA - ESMERALDAS - MG
[email protected]
GONÇALO DE ALMEIDA BOTELHO
Cond. Cemitério dos Nobres, Q4 - CJ A - CS 2
73251-901 BRASÍLIA - DF
(61) 8162 -0917 (61) 3244 -1232
MONTE ALEGRE - COCALZINHO - GO
[email protected]
fernã[email protected]
GUSTAVO PITANGUI DE SALVO
CAIXA POSTAL 13
35790-000 CURVELO - MG
(38) 3721-4450 (38) 3722-1133
FAX (31) 9713-2255
FAZ. CANOAS/MUNDO NOVO
CURVELO - MG
[email protected]
GUZERA AKBAR PECUARIA LTDA
CAIXA POSTAL 22
28820-000 SILVA JARDIM - RJ
(21)3282-5344 (21)3150-2777
FAZ. AKBAR / CELSO MENDONÇA SILVA
ARARUANA - RJ
[email protected]
[email protected]
GUZERÁ CHAMBRONE
RUA DA MOOCA, 2.518 CONJ. 13
03104-002 SÃO PAULO - SP
(11) 6693-6063 (11) 6965-3590
FAX (11) 6965-3590
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
SITIO RAMALHETE - ARTUR NOGUEIRA - SP
[email protected]
[email protected]
HARAS MORADA NOVA
CRISTIANA GUTIERREZ
AV. DO CONTORNO, 8000 SALA 1013
30110-932 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3047-4313 (31) 3290-6686
[email protected]
HAROLDO B. FONTENELLE DA SILVEIRA
CAIXA POSTAL 64
29730-000 BAIXO GUANDU - ES
(27)3731-1135 (27) 9977 4550
FAX (27) 3223 4057
FAZ. FONTENELLE - BAIXO GUANDU - ES
[email protected]
HAROLDO DE SA QUARTIM BARBOSA
RUA JOSE LOREMCEPE, 550
JARDIM BOM GEOVANE
19050-350 PRESIDENTE PRUDENTE - SP
(18) 3221-1477 (18) 3528 1425
FAX (18) 221- 5402
FAZ. NEGRINHA - OSWALDO CRUZ - SP
[email protected]
[email protected]
HERCULES ANTONIO MIGLIO DO ROSARIO
CAIXA POSTAL 99
39864-000 CARLOS CHAGAS - MG
(33) 3624-1554 (33) 3521-6713
FAZ. DO ROSÁRIO - CARLOS CHAGAS - MG
[email protected]
[email protected]
HUGO LUIS FRANCO E SILVA
RUA PRUDENTE DE MORAIS 1713 APT 52
ED. COIMBRA
14015100 RIBEIRÃO PRETO - SP
(16) 623-1862 (16) 623-1862
FAZ. SÃO LUIS - JUSSARA - GO
[email protected]
HUMBERTO GERALDO SECUNDINO
RUA FAUSTINO TEIXEIRA, 152 - CENTRO
35600-000 BOM DESPACHO - MG
(37) 9103-8919 (37) 3521-1107
[email protected]
ISNALDO FIGUEIREDO DE ALMEIDA
RUA HERMÍLIO ALVES, 385 - APTO 902
SANTA TEREZA
31010-070 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3274-7999 (31) 3461-2639
RIO PANDEIROS - JANUARIA - MG
[email protected]
JAIR ORTIZ
RUA PAIQUERÊ, 530
JARDIM PAIQUERÊ APTO. 11-A
13271-600 VALINHOS - SP
(19) 3242 1322 (19) 3869 1383
FAX (19) 3242 1322
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
ILHA DO LOBO - ALTEROSA - MG
[email protected]
JAMIL NAME
RUA ALBERTO NEDER, 328 - SALA 21
ED. ALTO DO PROSA
79002-160 CAMPO GRANDE - MS
(67) 3026-1000
RANCHO SÃO PAULO
CAMPO GRANDE/CUIABÁ
[email protected]
[email protected]
JOAO DE AZEVEDO CAVALCANTI NETO
R. VALDEMAR FALCAO, Nº 2106 APT 2002
40295-700 SALVADOR - BA
(75) 3221-7292 (75) 9111-7234
FAX (71) 9202-1012
OLHOS D’AGUA - LAJEDINHO - BA
[email protected]
JOAO DINARTE PATRIOTA
RUA DOS CAICOS, 1614 - ALECRIM
59037-700 NATAL - RN
(84) 4008-4517 (84) 4008-4521
[email protected]
[email protected]
JOAO NATAL CERQUEIRA
R. JOAQUIM JOSE, 1555
B. BERNARDO MONTEIRO
32013-390 CONTAGEM - MG
(31) 9206-4121 (31) 3799-5034
FAX (31) 3398-7702
FAZ. SANTO ANTONIO - JEQUITEBA - MG
[email protected]
[email protected]
JOAO RONALDO DA NOBREGA FILHO
SENADOR JOSE FERREIRA DE SOUZA, 1924
APTO 200 / CANDELÁRIA
59.064-52 NATAL - RN
(84)3234-6617 (84)9921-9982
SANTA LUZIA - CEARA MIRIM - RN
[email protected]
JOAQUIM AUGUSTO BRAVO CALDEIRA
FILHOS E NETOS
USINA ITAIQUARA - FAZ. ITAIQUARA S/N.
13765-000 TAPIRATIBA - SP
(35) 3521 8249 (35) 9964 9142
FAZ. CAMBAUBA - PASSOS - MG
[email protected]
JOSAPHAT PARANHOS DE AZEVEDO NETO
R. DIOGO MOIA, 380/1301 - UMARIZAL
66055-170 BELÉM - PA
(91) 8119-7907 / (91) 4005-5120
FAZ. GRANADA- IRITUIA - PA
[email protected]
JOSE BRILHANTE NETO
SCS QUADRA 03 ED PARANOA SALAS 201/204
70303912 BRASILIA - DF
(61)3321-3570 (61)3367-6232
FAX (61)3321-3570
ENTRE RIOS
[email protected]
JOSE DE VASCONCELOS E SILVA
PAULA MIRANDA
RUA DO MERCADO, 07 - 7º ANDAR
20010-120 RIO DE JANEIRO - RJ
(21) 2221-1717 (21) 3813-1881
FAX (21) 2221 1717
SÃO JOSE DO BONIRAR - CHIADOR - MG
[email protected]
JOSE MANOEL F. DIOGO JÚNIOR
RUA JOSE EGIDIO DE CAMPOS PACHECO, 31
COND. CIDADE JARDIM
18530-000 TIETE - SAÕ PAULO - SP
(15) 3285-8000 (15) 8116-0174
FAX (15) 3285 8020
CRUZ ALTA - SÃO PAULO - SP
[email protected]
JOSE NELSON DOS SANTOS
Rua Jornalista Afonso Rabelo, 125/201
Bairro Cidade Nova
31170-310 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3653-6117 (31) 3422-9163
FAZENDA MUMBUCA - GUZERÁ TORK
ZONA RURAL - CORINTO - MG
[email protected]
JOSE NUNES FILHO
R. DOUTOR EDUARDO BAIANA, 47/2301
41810-600 SALVADOR - BA
(71) 9192-7522 (71) 9118-9409
JN AGROPECUARIA
[email protected]
JOSE ROBERTO SALGADO
RUA SANTA CATARINA, 996 APTO 1602
BAIRRO LURDES
30170080 BELO HORIZONTE - MG
(38)9924-4277 (38)9924-5277
FAX (38) 3721-9228
FAZ. ACONCHEGO
[email protected]
[email protected]
JOSE SANTANA DE V. MOREIRA
AV. ALVARES CABRAL 344 SALA 906
CENTRO
30170911 BELO HORIZONTE - MG
(31)3273-3838 (31)3296-7556
SANTA TEREZINHA
[email protected]
[email protected]
JOSE TRANSFIGURAÇÃO FIGUEIREDO
AV. FREI ARCÂNGELO, 1.139
39830-000 ITAMBACURI - MG
(33) 3511-1226 (33) 3799-3454
FAX (33) 3511-1009
ESTÂNCIA YGARAPES
JAMBRUCA - MG
[email protected]
65
JOSELIO DE BARROS CARNEIRO
CAIXA POSTAL 48
68638-000 RONDON DO PARÁ - PR
(94) 9149-6055
SERRA MORENA
RONDON DO PARÁ - PA
[email protected]
KLEBER CARVALHO DE BEZERRA
RUA MIRABEAU DA CUNHA MELO, 1988
APTO 501 - LAGOA NOVA
59064-490 NATAL - RN
(84) 3234 -5135 (84) 9981-0528
FAZ. SERRA CAIADA - NATAL - RN
[email protected]
LEIZER DIVINO DE CASTRO VALADÃO
SHIS QI 15 CHACARA 08 C
71600700 BRASILIA - DF
(61) 3326 -8452 (61) 3326 -4734
FAX (61) 3326-8452
FAZ. MORUMBI - LUZIANIA-GO
[email protected]
LIDIO MIRANDA ARAUJO
R. ANTONIO DE ALBUQUERQUE, 1303/1001
30112-001 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3337-8310 FAX
SERRA VERDE - JOAÍMA - MG
[email protected]
LINCOLN DIAS JANOTA ANTUNES
AV. PAULICEIA, 1893 - LARANJEIRAS
07743-130 CAIEIRAS - SP
(11) 4446-4444 (11) 4441-4747
GUZERA TRÊS IRMÃOS
[email protected]
LUCAM AGROPASTORIL LTDA
CAIXA POSTAL, 06
14815-000 IBATÉ - SP
(16) 3343-1501 (16) 3343-2449
FAX (16) 243 1399
FENIX - IBATÉ - SP
[email protected]
LUCIANO LUCHESI GRASSI
RUA DOUTOR CANDIDO CRUZ, 470
APTO 62 - CENTRO
13465-350 AMERICANA - SP
(19) 3469-4411
[email protected]
LUCIANO MARQUES DO BOMFIM
RUA 04, 590 APTO 1000 ED ODESSA
SETOR OESTE
74110-140 GOIANIA - GO
(62)3224-4489 (62)9979-4489
PAINEIRAS
[email protected]
LUIS ARTUR SUTIC DA SILVA PAES
RUA CARLOS SAMPAIO, 219-51
01333-021 SÃO PAULO - SP
(11) 3262-1214 (11) 8473-5723
66
BELA VISTA
[email protected]
FAZ. EUROPA
[email protected]
LUIZ GUILHERME SOARES RODRIGUES
AV. NAZARÉ, 1033 APTO. 901
66035-170 BELÉM - PA
(91) 3222-9548 (91) 3241-0820
FAX (91) 229-7804
FAZ. ENCARNAÇÃO - SANTAREM NOVO - PA
[email protected]
MÁRCIO AUGUSTO FONTOURA
VASCONCELLOS DINIZ
RUA 24, 1.140
14780-090 BARRETOS - SP
(17) 3322-3611 (17) 3323-7347
FAZENDA AMÉRICA - ANAPU - PA
[email protected]
[email protected]
LUIZ OTAVIO B. ALVARES CORREA
RUA T 0048, Nº 66 - APTO 400 / SETOR OESTE
74140-130 GOIANIA - GO
(11) 2577-0098 (11) 3251-6489
SANTA CELINA
[email protected]
[email protected]
LUIZ PAULO VIANA - ICIL
RUA PACÍFICO JOSE DINIZ, 126
B. JUCA VIANA
33600-000 PEDRO LEOPOLDO - MG
(31) 9239-5555 (31) 3491-6499
FAX (31) 3661-2888
[email protected]
LUIZ PEDRO G SILVA
RUA ROMEU ZANETTE 491
13780-000 DIVINOLANDIA - SP
(19) 3663-1348 (19) 3663-1561
[email protected]
LUIZ RICARDO DE MATTOS DELGALLO
AV. PEIXOTO DE CASTRO, 875 - VILA ZÉLIA
12600-000 LORENA - SP
(12) 9785-1851 (12) 9785-1851
FAX (12) 3153-4475
FAZ. SÃO JUDAS TADEU - LORENA - SP
[email protected]
MARCELO GARCIA LACK
RUA MANOEL COELHO, 119 - BL 03 - APTO 302
COND. NAS ROCAS
38055-600 UBERABA - MG
(34) 9971-5607
BOA LEMBRANÇA
[email protected]
MARCELO MENDO GOMES DE SOUZA e
ANA CLAUDIA M. SOUZA
RUA CARDIAL 700 COND ESTANCIA SERRANA
34000-000 NOVA LIMA - MG
(31) 3286-3012 (31) 3581-1084
FAX (31) 9167-6958
SANTA CECILIA - Guzerá Amar
UBERABA - MG
[email protected]
marcelo@caneiroesouza.
MARCELO MILITÃO ABRANTES
RUA RIO GRANDE DO NORTE, 63 - SALA 41
STA EFIGÊNIA
30130-130 BELO HORIZONTE - MG
(31) 9975-3025 (31) 3245-4025
MARCO ANTONIO ANDRADE BARBOSA
PÇ. RUI BARBOSA, 300 - SALA 904
38010-240 UBERABA - MG
(34) 3333 -7788 (34) 9972-1555
FAZ. UNIÃO 2000
[email protected]
[email protected]
MARCO AURELIO GRILLO DE BRITO
AV. DAS AMERICAS, 5777 - SL 201 - COM.
PARQUE PALACE
22793-080 RIO DE JANEIRO
BARRA DA TIJUCA - RJ
(21) 3325-8872 (21) 9159-1616
FAX (21) 8841-3392
TERRA NOVA / SOLENIDADE KM 06
[email protected]
[email protected]
MARCOS AURÉLIO COELHO SAMPAIO
AV. CONTORNO, 7747 - LOURDES
30110-120 BELO HORIZONTE - MG
(31) 2102 6363 (31) 9129 4455
FAX (31) 2102 6334
FAZENDA LAGOINHA
CORDISBURGO - MG
[email protected]
MARCOS DE ALMEIDA CARNEIRO
PIRAPETINGA, 537 SERRA
30220-150 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3293-6602 (31) 3132 7232
FAX (31) 3286 8309
LAGOA DA LONTRA
CAETANOPOLIS - MG
[email protected]
MARCUS DO NASCIMENTO CURY
AV. TORINO 597 - B. BADEIRANTE
RESIDÊNCIA
31340-700 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3391-9500 (31) 3443-1450
FAX (31) 3391-5723
STº ANTONIO DE ROÇA GRANDE
CAETANÓPOLIS - MG
[email protected]
MARCUS JACINTO ESPIRITO SANTO BRITO
RUA WALDEMAR FALCAO, 913 - APTO 301
40296-710 SALVADOR - BA
(75)3421-9957 (75)3421-9957
FAZ. JOAO MACHADO / FAZ. SÃO FRANCISCO
[email protected]
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
MARIA ANTONIETA QUEIROZ LINDENBERG
CAIXA POSTAL 160
29900-970 LINHARES - ES
(27) 3264-0293 (27) 9984 2289
FAX (27) 3371-9906
FAZ. TRÊS MARIAS - LINHARES - ES
[email protected]
MARIA VICTÓRIA BOLIVAR GOMES
RUA BERNARDO GUIMARÃES, 2.172/ 601
30140-082 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3337-6150 (31) 3337 5805
FAX (31) 3337 5805
SANTA VITÓRIA/SANTA RITA DE CÁSSIA
CURVELO - MG
[email protected]
MÁRIO ERMÍRIO DE MORAES - ESPOLIO
CAIXA POSTAL, 12
18700-970 AVARÉ - SP
(14) 3731-9113 (14) 3731-7412
GUZERÁ SUAÇUÍ - AVARÉ - SP
[email protected]
MARX ALEXANDRE CORRÊA GABRIEL
AV. CONSTANTINO NERY, 2789
SALA 1006 - CHAPADA
69050-002 MANAUS - AM
(92) 3642 -3191 (92) 3656-2752
FAX (92) 3656 -1695
FAZENDA DOIS AMIGOS - PORTO VELHO - RO
[email protected]
[email protected]
marcia@fazendadoisa
MATEUS FERRAZ SOUZA
1599 Coventry Lane
55379 Shakopee. Minnesota
(94) 3344-1216 (94) 9143-9902
ESTADOS UNIDOS
GUZERÁ MAKADY - JACUNDÁ - PA
[email protected]
MURILO BUENO KAMMER
AV. CAPITÃO ARTHUR DOS SANTOS, 476
13600-569 ARARAS - SP
(19) 3541-2174 (19) 8128-3858
AGROPEC. MATA NEGRA - ARARAS - SP
[email protected]
NICOLE S. M. H. CLOUPRAN MEDAETS
AV. PROF. JONAS BANK LEITE, 456 - CENTRO
11900-000 REGISTRO - SP
(13) 3821 1082 (11)5044-5804
FAX (13)3821 1082 FAZENDA TIATÃ
[email protected]
[email protected]
ORG. MARIO DE ALMEIDA FRANCO LTDA
AV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490 - CJ. 103
38010-000 UBERABA - MG
(34) 3336-1833 (34) 3312-1832
FAX (34) 3333-3654
FAZ. SÃO GERALDO - UBERABA - MG
[email protected]
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
OTAVIO ALBERTO CANTO ALVARES CORRÊA
Av. Indianópolis, 3356 - Planalto Paulista
04062-003 SÃO PAULO - SP
(11) 5593-5300 (15) 3457 8849
FAX (11) 4351 2032
FAZ. E HARAS SANTA CELINA
PORANGABA - SP
[email protected]
[email protected]
OTAVIO CORREA DA SILVA OMETTO
AV. BRAS OLAIA ACOSTA, 727 - ED.OFFICE
TOWER - 1º ANDAR - SL 107 - JD. CALIFORNIA
14026-040 RIBEIRÃO PRETO - SP
(11) 8152-5886 (11) 3329-6900
RAINHA DA PAZ - ARAXA - MG
[email protected]
OTAVIO DE AVELAR ESTEVES
RUA LUZ, 220/601
30220-080 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3284-0499 (31) 3319-4119
RECANTO DO JABURU ENCANTADO
RITÁPOLIS - MG
[email protected]
OTÁVIO DE PAULA ALVARES CORREA
AV. INDIANOPOLIS, 3356 - PLANALTO PAULISTA
04062-003 SÃO PAULO - SP
(11)5593-5337 (11)5593-5322
SANTA CELINA
[email protected]
PAULO EMILIO DE ALMEIDA CARNEIRO
RUA JOSÉ MARIA LISBOA, 331 - APTO 91
JARDIM PAULISTA
01423-001 SÃO PAULO - SP
(11) 3117-3600 (38) 3505-6091
FAX (11) 3117-3677
FAZ. PALESTINA - UNAÍ - MG
[email protected]
PAULO ROBERTO BRASILEIRO DE MIRANDA
AV. DOMINGOS FERREIRA, 2200 - BOA VIAGEM
51011-021 RECIFE - PE
(81) 2125-3666 (81)9609-9982
FAX (81) 2125-3666
FAZ. BERRA BOI - GLÓRIA DO GOITA - PE
[email protected]
PEDRAS DO REINO COMERCIO AGROP. LTDA
AV. MARECHAL FLORIANO, Nº 96
8º ANDAR - CENTRO
20080-002 RIO DE JANEIRO - RJ
(38) 3621-1535 (38) 3621-1535
FAX (21) 2101-2348 - EUGENIO IOLANDA
PEDRAS DE MARIA DA CRUZ - MG
[email protected]
PEDRO BAGGIO NETO
CAIXA POSTAL 50
86300-000 CORNELIO PROCOPIO - PR
(43) 3524-2061 (43) 3524-2413
FLÓRIDA - CORNELIO PROCOPIO - PR
[email protected]
[email protected]
RENATO EGIDIO OLIVÉ ESTEVES
RUA ALVARO BOSCO, 95 - APTO 151-A
RES. VILA BELA
13087-723 CAMPINAS - SP
(19) 3808-2019 (19) 9604 4796
HARAS HABI - JAGUARIUNA - SP
[email protected]
RENATO JOSE PINTO DA ROCHA
RUA TEOTONIO MACIEL, 37 - ALTO CAIÇARA
30770-440 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3462-7365 (31) 9999-5422
FAX (31) 3441 0212
LAGOA - SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ
[email protected]
ROBERTO MARTINS FRANCO
CAIXA POSTAL 41
14660-000 SALES OLIVEIRA - SP
(16) 3852-1499 (16) 9995-9282
FAZENDA LAGEADO - SALES OLIVEIRA - SP
[email protected]
ROBERTO NESZLINGER
AV T 4, 636 - APTO 2000 - SETOR BUENO
74230-030 GOIANIA - GO
(14) 3642-1456 (14) 3604-1400
FAX (14) 3604 1421
SITIO ESQUINA - SÃO MANUEL - SP
[email protected]
[email protected]
PAULO ROBERTO DOS SANTOS
RUA JOAQUIM MURTINHO, 50 - BAIRRO PARÁ
35900-037 ITABIRA - MG
(31) 3831-2098 (31) 3831-2098
FAZENDA BOM SUCESSO - ITABIRA - MG
[email protected]
RODRIGO DINIZ DE MELLO
R. ALDO RAMALHO PEREIRA, 1005/1001
TIROL
59014-600 NATAL - RN
(84) 9406-7230
[email protected]
[email protected]
PAULO ROBERTO MENICUCCI E OUTROS
CONDOMÍNIOS
SANTA MARIA DO ITABIRA, 211 APT.400
30310-600 BELO HORIZONTE - MG
(35) 3844-1184 FAX (31) 3227-8761
PINHEIRO - IBITURUNA - MG
[email protected]
[email protected]
RODRIGO PINTO CANABRAVA
RUA DAS CANÁRIAS, 667
SANTA AMÉLIA
31560-050 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3491-6002 (38) 3799-8342
FAX (31) 3491-6002
FAZENDA PEQUIZEIROS - CURVELO - MG
[email protected]
67
RODRIGO SILVEIRA DINIZ MACHADO
AV. CORONEL JOSE DIAS BICALHO, 559
B. SÃO JOSE
31275-050 BELO HORIZONTE - MG
(31) 2102-3711 (31) 3261-3711
FAX (31) 2102-3711
PONTAL DO BURITI
FELIZLÂNDIA - MG
[email protected]
RONALDO FRANCO
CAIXA POSTAL 41
14660-000 SALES OLIVEIRA - SP
(16) 3852-1499 (16) 3726-4829
FAX (16) 3852-1322
FAZENDA SANTIAGO - NUPORANGA - SP
[email protected]
ROSARIO PEGORER
CAIXA POSTAL 134
18900-000 SANTA CRUZ DO RIO PARDO - SP
(14) 3332-1615 (14) 9741-5377
ESTANCIA ROSALITO
[email protected]
SÃO MIGUEL AGROPECUÁRIA LTDA
AV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490
CONJ.103
38010-000 UBERABA - MG
(34) 3316-7005 (34) 3336-1833
FAX (34) 3336-7005
SÃO GERALDO - UBERABA - MG
[email protected]
BRASILÂNDIA - MS
[email protected]
[email protected]
SINVAL MARTINS DE MELO
CAIXA POSTAL 95
35001-970 GOVERNADOR VALADARES - MG
(31) 3324-4679 (33) 3799-3023
FAX (33) 3225-1180
FAZ. TABOQUINHA - ITAMBACURI - MG
[email protected]
SOC. EDUCACIONAL UBERABENSE - UNIUBE
AV. NENÊ SABINO, 1801- BLOCO R
B. UNIVERSITÁRIO
38055-500 UBERABA - MG
(34) 3319-8818 (34) 3319-8810
ESCOLA ALEXANDRE BARBOSA
[email protected]
TULIO COSTA MARTINO
RUA ELZA BRANDÃO RODARTE, 340/1400
B. BELVEDERE
30320-630 BELO HORIZONTE - MG
(31)3286-5089
[email protected]
VANIA MALDINI PENNA - BENEMÉRITA
RUA NOVA ERA, 180 SION
30315-380 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3225-2129 (31) 9974-4883
FAZ. URUGUAY - CORINTO - MG
[email protected]
SAVIO COSTA GONÇALVES
RUA RIO DE JANEIRO, 2535/101
LOURDES
30160-042 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3275-1716 (31) 8887-1716
FAX (31) 3337-2398
SÍTIO SANTA HELENA
[email protected]
[email protected]
VIRGILIO VILLEFORT MARTINS
RODOVIA BR 04 KM 515, 750
BAIRRO VEREDA
33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG
(21) 2191-7895
CURRALINHO
[email protected]
[email protected]
[email protected]
SEVERO DE ARAUJO DIAS
CSE 06 LOTE 30 LOTE 03 - TAGUATINGA
72025-065 BRASILIA - DF
(61) 3356-1212 (61) 9654-2055
FAX (61) 3356-5399 - AROEIRA
[email protected]
VIVALDO AFFONSO DO REGO
CAIXA POSTAL, 01
45850-000 ITAGIMIRIM - BA
(73) 3289-2171 (73) 9985-4710
FAZENDA ESMERALDA
ITAGIMIRIM - BA
[email protected]
SIARA AGROPECUARIA LTDA
RUA DOS TUPIS, 38 - CENTRO
30190-060 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3422-9395 (37) 3353-2272
FAZ. LAGOA PRETA
[email protected]
SILVELY MARIA JANOTA ANTUNES
AV. PAULICÉIA, 1893
BAIRRO LARANJEIRA
07700-000 CAIEIRAS - SP
(11) 4441- 1444 (11) 3644-7503
FAX (11) 4441-1444
FAZENDA TRÊS IRMÃOS
68
FAX (31) 3332-5349
FAZ. CIRNE
MORADA NOVA DE MINAS - MG
BELO HORIZONTE - MG
[email protected]
WALTER GUIMARAES PINTO
RUA BRAS CUBAS, 06
APTO 501 - CRUZEIRO
30220-310 BELO HORIZONTE - MG
(31) 8436-4877 (31) 3524-6403
[email protected]
[email protected]
WALTER ROCHA PEREIRA
RUA GABI ANDRADE, 20
MORADA DAS GARÇAS
27920-410 MACAÉ - RJ
(22) 2773-4705 (22) 2762-1553
FAZENDA CINCO BARRAS - GUZERÁ 5B
LAGE DO MURIAÉ - RJ
[email protected]
WALTER SANTANA ARANTES
AV CONTORNO, 6888 - SALA 201
SANTO ANTONIO
30110-044 BELO HORIZONTE - MG
(31) 3225-4030 (31) 2127-3444
GUZERÁ MINEIRÃO
BELO HORIZONTE - MG
[email protected]
[email protected]
WEMERSON AMARO COURA
RUA SÃO PEDRO, 231 APTO 101
36880-000 MURIAE - MG
(32) 8886-9366 (32) 3331-6069
FAX (32) 3721-0713
GUZERA DE BOA FAMILIA
MURIAÉ - MG
[email protected]
WISLEN CARVALHO DA SILVA
AV. AFONSO JOSE AIELLO, 6-160
COND.RESIDENCIAL VILLAGIO II
CASA C28 E 29
17018-520 BAURU - SP
(14) 3587-1356 (14) 9167-9060
FAZENDA SÃO JOÃO
PRESIDENTE ALVES - SP
[email protected]
WALLACE RENATO ALMEIDA DA SILVA
AV MARQUES DE HERVAL 507
APTO 803
66000-000 BELEM - PA
(91) 3266-6217 (91) 3230-2547
FAZENDA JEJUÍ - BRAGANÇA - PA
[email protected]
WALTER FRANCISCO DE MOURA
FAZENDA SUCURIÚ
35628-000 MORADA NOVA DE
MINAS - MG
(38) 9941-5349 (38) 9921-6620
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012
69
70
Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

Documentos relacionados

Informativo ACGB

Informativo ACGB 2º Vice Presidente: Paulo Roberto Menicucci 3º Vice Presidente: Camillo Collier Neto Diretor Financeiro: Lincoln Dias Janota Antunes Diretor de Marketing: Antônio Augusto de Souza Coelho Diretor Té...

Leia mais