maio é o mês de combate à Febre Aftosa
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maio é o mês de combate à Febre Aftosa
Um celeiro de informações para o homem do campo! Vejas os preparativos da 36ª Expoingá. Pág. 7. Confira a cobertura da ExpoLondrina 2008. Pág. 12. www.agroredenoticias.com.br Nº 5, Ano 1 - Abril / Maio de 2008 Conheça a nova seção de Agro Lançamentos. Pág. 7. Campanha – Meta da Secretaria de Agricultura do Paraná é atingir 100% de imunização Maio é o mês de combate à Febre Aftosa Divulgação Em maio, começa a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa de 2008. Os produtores que não aderirem à campanha de forma voluntária vão receber multa no valor de R$ 81,44 por animal. A expectativa é imunizar mais de 9,5 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos. Pág. 6. Leite: Preços superam recordes de 2005 Usinas já começaram a colheita da safra A média dos três primeiros meses deste ano já é 13% maior que a do mesmo período de 2005, mesmo descontando a inflação do período, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Pág. 5. Estimulada pela forte expansão do álcool no mercado e pelas perspectivas de crescimento nas exportações, a indústria brasileira vai esmagar mais de 550 milhões de toneladas de cana-deaçúcar na safra 2008. Segundo a Ovinos: diretoria da Câmara Setorial do PR é empossada Divulgação mento (Conab) é a maior safra da história. Pág. 3. Trigo: Plano Nacional é aprovado Divulgação Os membros da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Paraná tomaram posse na abertura do 3º Encontro Estadual de Ovinocultura e 1º Seminário Nacional de Carne Ovina, promovidos durante a ExpoLondrina 2008. Pág. 8. Companhia Nacional de Abasteci- Entre as medidas do Governo de apoio ao trigo, destacam-se o reajuste de 20% no preço mínimo do trigo para a safra 2008/2009 e a ampliação do limite de financiamento para custeio das lavouras de trigo de sequeiro. Pág. 11. 2 abril / maio de 2008 Opinião Os vários interessados na carne brasileira O que significam, para a Europa, as exportações de carne brasileira? E para o Brasil? O que queremos como produtores de carne? Estas duas perguntas são fundamentais para nortear o futuro da pecuária, seja ela bovina, suína e avícola. Para responder, é preciso saber as verdades econômicas de cada segmento da cadeia produtiva, incluindo o governo. O que está ocorrendo hoje com a carne bovina, seguramente, pode ocorrer com a carne de frango, além do que dificulta também a abertura do mercado europeu à carne suína brasileira. O Brasil é um país que pode suprir a Europa; tem condições de atender às mais diferentes demandas da Europa, seja dos 12 países mais ricos, dos 15 países da zona do Euro ou mesmo dos 27 da União Européia ampliada. Isso implica em ofertar animais terminados em confinamentos, ou a carne “commodity”, ou mesmo a carne de baixo valor. Para os brasileiros, as exportações de carne bovina para a Europa têm um efeito muito mais monetário que de volume. Em valor, as exportações de carne bovina representam cerca de 32% da receita total; em volume, 15,2% do total exportado e 3% do total de abate brasileiro. Dentro da porteira, fica fácil entender a vantagem competitiva do Brasil quando se comparam os custos de produção nacional com o de países europeus. Aqui, em 2006, produzir 100 kg de carne bovina custava entre US$ 180 e US$ 200, sendo que o produtor apurava com a venda cerca de US$ 190. O produtor brasileiro, portanto, foi forçado a buscar mais eficiência e produtividade para se manter na atividade. Na Irlanda, que atualmente é o país europeu que mais luta contra as importações de carne brasileira, o rebanho é por volta de 3 milhões de cabeças, e o produtor despende cerca de US$ 430 por 100 kg de carne produzida, recebendo cerca de US$ 300 pela venda da carne e mais US$ 7 de subsídio direto. Portanto, esses produtores também estão se descapitalizando. Em 2003, porém, os irlandeses gastavam cerca de US$ 380 para produzir os 100 kg de carne, recebiam US$ 280 com a venda do produto e mais US$ 130 de subsídio do governo. Como se vê, nos últimos anos, ocorreu uma mudança da política agrícola comum da Europa que gerou descontentamento dos produtores daquele bloco. Como eles não conseguiram sensibilizar a comissão européia de agricultura para evitar tais mudanças, passaram a investir contra as importações do Brasil. O subsídio é o motivo fundamental pelo qual a rastreabilidade funciona bem na Europa, pois cada produtor declara os animais e recebe um pagamento do governo. Lembrando que nos momentos de crise aguda, tanto da vaca louca quanto da febre aftosa, o sistema expôs muitas falhas. A indústria européia também não tem muita vantagem em relação à indústria brasileira. A indústria brasileira, por raízes históricas, tem um padrão de funcionamento e controle que atende à demanda do mercado europeu. Por isso, sempre teve facilidades em atender à demanda desse mercado. No custo operacional padrão, um frigorífico brasileiro gasta cerca de US$ 180 por carcaça, enquanto um francês, US$ 400 e um holandês, US$ 550. Esses números mostram, portanto, que, do ponto de vista econômico, as exportações para Europa têm uma razão muito viável. O terceiro grande interessado nessa história é o consumidor brasileiro que, em uma análise simplista, poderia ser beneficiado com a maior oferta de carne devido à suspensão das vendas para a Europa e redução de preços. Mas os números mostram que isso não ocorreu. E por que não? Neste ponto, é preciso entender a dinâmica das exportações para a Europa. O boi pode ser fracionado em cerca de 420 produtos diferentes, entre carnes e subprodutos - em geral, são 12 cortes na parte traseira do boi, 5 na dianteira mais a chamada de “ponta de agulha”, que é a costela. O mercado europeu concentra suas compras nos cortes traseiros filé mignon, alcatra, contrafilé, coxão mole e coxão duro; os demais ficam para o mercado interno. Os preços dos cortes exportados para o mercado europeu são elevados e isso explica a razão pela qual pequenos volumes representam grandes recei- tas. Por exemplo, o quilo de filé mignon é vendido para a Europa por cerca de R$ 52,00; a alcatra, por R$ 14,00 e o contrafilé, por R$ 17,00. No mercado atacadista interno, esses cortes são comercializados em torno de R$ 14,00/kg, R$ 8,00/kg e R$ 9,00/kg respectivamente. Como o frigorífico não pode tirar apenas esses cortes da carcaça, é obrigado a comercializar a picanha, maminha e outros cortes no mercado interno a preços que, por vezes, é inferior ao valor que precisaria ter para cobrir seus custos e manter suas margens. A diferença vem das exportações para a Europa. O consumidor brasileiro é beneficiado pelas promoções do varejo dos cortes não exportados. Um exercício com uma planta padrão de um frigorífico que abate 1.000 cabeças por dia, supondo uma margem líquida de 5%, mostra que tal unidade industrial teria dois caminhos para manter essa margem sem as exportações para a Europa. Um deles é manter os preços pagos pelo boi gordo e reajustar os preços da carne ao consumidor com vistas a manter a margem de comercialização, isto supondo que fosse possível o repasse de preços dos frigoríficos para o varejo. Outro é reduzir os preços do boi para manter os preços da carne, neste caso supondo que fosse possível repassar aos produtores as reduções de preços. Neste exemplo, no caso de reajustar a carne ao consumidor, o aumento deveria ser da ordem de 20%; doutra forma, charge EDITORIAL o valor da arroba do boi teria de cair por volta de 17%. Isso é apenas um exercício hipotético, uma vez que o frigorífico não tem capacidade de repassar integralmente esses valores ao atacado/consumidor e tampouco de reduzir o preço do boi. Alem disso, a elevação dos preços da carne causa redução de consumo e, por conseqüência, novos preços de equilíbrio da carne e do boi. O quarto interessado é o consumidor europeu. Ele precisa saber, entre outros aspectos, que toda a exigência à carne brasileira não é feita, por exemplo, para a carne proveniente de Botsuana, país africano onde ocorreu um foco de febre aftosa em 2006, mas que comercializa com carne bovina com a Europa sem cotas ou sobretaxas. Ainda no aspecto de qualidade, merece destaque o fato de que a Irlanda teve os primeiros casos de vaca louca. Além disso, tem a questão do preço. O italiano paga cerca de R$ 70,00 por quilo de filé mignon e o inglês, R$ 80,00/kg de contrafilé. Até que ponto esse consumidor está informado dessas questões? Por fim, vale citar ainda que produtores, frigoríficos e consumidores precisam ficar atentos para as falsas promessas, acusações e especulações. O agente fundamental deste jogo é o governo, que tem a função de regulamentar e fiscalizar os procedimentos ao longo da cadeia. Para isso, o governo federal recolhe impostos de todos os elos da cadeia. Do abate até a desossa, por exem- plo, a indústria paga 29% de impostos. Esses valores entram nos cofres do governo e deveriam pagar, por exemplo, os gastos com a regulamentação e fiscalização do setor. A questão da rastreabilidade foi estabelecida para atender a uma demanda dos europeus, sendo que o governo brasileiro assumiu as tarefas de regulamentação e fiscalização. Vale lembrar que nenhuma carne sai do Brasil sem o aval do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Portanto, é muito difícil para qualquer pessoa do governo atribuir ao produtor ou ao frigorífico a culpa pelo não funcionamento do sistema. Estes podem ter suas parcelas de culpa, mas dificilmente agiriam sem que o governo tivesse conhecimento. A questão é saber se o Brasil está disposto a manter o mercado, conquistado com grandes dificuldades e, se estiver, quais serão as ações efetivas neste sentido? A questão de rastreabilidade necessita de muito investimento com vistas a se criar um produto confiável não apenas para a carne bovina que vai para o mercado europeu, mas para todos os produtos alimentícios ofertados para os brasileiros ou estrangeiros. Para a indústria, o benefício é ter um produto confiável e, para o produtor, a rastreabilidade pode ajudar na gestão do seu negócio. Enfim, das exigências da Europa, é possível tirar proveito para melhorar as condições de todos os elos da cadeia produtiva. Autor: Sergio De Zen professor da Esalq/USP e pesquisador do Cepea/Esalq/USP. Contato: [email protected] Expediente Alimentos x Inflação Nos últimos meses, há uma ampla discussão sobre a falta de alimentos no mundo e o aumento inflacionário ocasionado pela majoração dos preços de produtos, como o arroz, o milho, o trigo, entre outros. Alguns especialistas condenam o Brasil por incentivar projetos com biocombustíveis em detrimento da produção de alimentos. Outros estudiosos atribuem à ganância dos atravessadores do mercado o agravamento da situação. Sabemos que o nosso País possui terras férteis suficientes para realizar paralelamente os dois programas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento, divulgados recentemente, somente com quase 3% de áreas cultiváveis, o Brasil vai produzir a maior safra da história de cana-de-açúcar dos últimos anos. Além disso, com outros cerca de 16%, o País consegue gerar mais de 130 milhões de toneladas de grãos. Ou seja, temos todas as condições – clima, solo, mão-de-obra especializada, tecnologia avançada, entre outros atributos – para abastecer o mercado e se tornar o celeiro do agronegócio mundial. Lamentamos apenas que as nações mais ricas do mundo não se preocupam em reduzir os subsídios agrícolas e insistem em criar novas barreiras comerciais, sanitárias e sociais. Ao invés de buscarem acordos comerciais que facilitem o acesso de suas populações aos nossos produtos, preferem criticar a forma de trabalho dos integrantes da cadeia produtiva brasileira. Só esquecem de um detalhe: quanto mais eles criticam o trabalhador rural brasileiro, mais o homem do campo acorda cedo para melhorar a sua produção! www.cedilha.com.br Conectando sua empresa às melhores oportun idades. A Cedilha Comunicação e Design é uma agência multidisciplinar, que oferece para sua empresa um suporte completo em Comunicação e Design Gráfico, buscando encontrar as melhores opções para atingir seus objetivos e conectar sua empresa às melhores oportunidades. Um celeiro de informações para o homem do campo! Edição 5 – Ano I - Circulação Nacional Abril / Maio de 2008 O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda. Conselho Editorial Leonardo Mari Olavo Alves Sérgio Mari Jr. Editor-Chefe Olavo Alves Mtb 4285/17 Editoria de Arte Cedilha Comunicação e Design Colaborador Marcus Vinicius Rodrigues da Silva (arte) Ivan Cristiano Mazzo (comercial) Departamento Comercial Cedilha Comunicação e Design Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7 CEP 86061-000 Londrina - PR Telefone: (43) 3025-3230 / (43) 9978-9388 E-mail: [email protected] Impressão Gráfica Gazeta do Povo - Londrina Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados. 3 abril / maio de 2008 Cana-de-açúcar – A região Centro-Sul registrou um aumento de 15,64% na moagem do produto Usinas já começaram a colheita da safra o final de março, algumas usinas já começaram a colheita da safra 2008/09 no Estado de São Paulo. A oferta de açúcar cristal, porém, continuou baixa, visto que a produção inicial foi de álcool e de açúcar VHP. No mês, a média do Indicador Cepea/Esalq de açúcar cristal foi de R$ 27,44/saca de 50kg, 4,71% maior que a de fevereiro. Para o álcool, os preços também seguiram firmes em março. O Indicador Cepea/ Esalq (estado de SP) do anidro teve alta de 2,9% frente ao mês anterior, com média de R$ 0,83151/litro (sem impostos). O hidratado valorizou 5,58% no período, com média de R$ 0,75456/litro (sem impostos). Com a aproximação da nova safra, algumas usinas receberam propostas para fechamento de negócios de exportação de álcool, considerando-se, por exemplo, um preço de álcool hidratado carburante para a exportação de US$ 430,00/m3, na condição PVU e sem impos- tos, resultaria num valor de R$ 721,80/m3 – dólar médio da semana de US$ 1,6786. Esse valor fica abaixo do Indicador Cepea/Esalq, mostrando que o valor no mercado interno (tomando como base o estado de SP) está acima do preço de exportação. Faturamento Dados da Unica mostram que na safra 2007/08 foram moídas 431,1 milhões de toneladas na região Centro-Sul, aumento de 15,64% sobre a anterior (372,8 milhões de toneladas). No entanto, houve redução no faturamento da cana, de R$ 82,90/tonelada (2006/07) para R$ 58,04/t. Desse montante, a quantia repassada ao produtor de cana também foi menor, caindo de R$ 50,40/t para R$ 35,50/t na safra atual. O Açúcar Total Recuperável (ATR) ficou em 144,74 kg por tonelada de cana, inferior aos 146,92 kg em 2006/07. A produção total de açúcar chegou a 26,2 milhões de toneladas, aumento de 1,46% sobre a safra passada, e a de álcool totalizou 20,3 bilhões de litros, crescimento de 26,6%. O estado de São Paulo foi responsável por 68,7% do total moído na região (representatividade anterior era de 70,9%), com aumento de 12,07% na moagem, mas queda no faturamento líquido, de 21%. Estoques Quanto aos estoques de álcool da safra 2007/08, a Unica estima volume de 2,8 bilhões de litros na região Centro-Sul, volume suficiente para atender à demanda até o início oficial da safra 2008/09. No estado do Paraná, cinco usinas já iniciaram a moagem; em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, as atividades estão programadas para o final do mês. De modo geral, usinas da região Centro-Sul devem começar a moer até abril. Para este ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou novas estimativas. A produção de cana-de-açúcar do País deve chegar a quase 550 Divulgação N Preços do álcool vêm se mantendo estáveis nos últimos meses milhões de toneladas, superando em 6,7% o volume de 2007. Esse total de cana deve ser colhido em 7,16 milhões de hectares (aumento de 6,7%). A produtividade deve continuar na faixa de 76,84 toneladas por hectare, segundo o IBGE. Quanto à safra mundial de açúcar, a F.O. Licht divulgou estimativa de que a produção atingirá 170,5 milhões de toneladas em 2007/08, crescimento de apenas 0,83% sobre a estimativa anterior, e o consumo será de 154,6 milhões de toneladas. Desse total, os países asiáticos devem absorver 39,3% e os países sul-americanos, 24,2%. Oferta e demanda serão maiores do que na safra 2006/07, estimadas em 166,7 e 150,9 milhões de toneladas, respectivamente. Da Redação Nordeste apresenta alta Unica: Etanol de cana nos preços do álcool não interfere em preços de alimentos Nos estados do Nordeste, apesar de a procura não ter sido significativa, os preços do álcool subiram, devido ao fim da safra na região. Em Pernambuco, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado teve média de R$ 0,82539/ litro, alta de 10,36% em relação ao mês anterior. Para o anidro, o Indicador Cepea/ Esalq teve média de R$ 0,94143/litro, aumento de 8,39%. Em Alagoas, os Indicadores foram de R$ 0,92489/ litro (com impostos) para o anidro e de R$ 0,82138/litro (com impostos, exceto ICMS) para o hidratado, altas de 6,36% e de 6,93%, respectivamente, sobre o mês anterior. Segundo levantamento do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), boa parte das usinas do estado já encerrou a moagem da safra 2007/08. Até o dia 15 de março, foram processadas 18,7 milhões de toneladas, volume correspondente a 96% do total previsto – de 19 milhões de toneladas. A produção de álcool atingiu 443 milhões de litros, aumento de 35% frente à temporada anterior. Para o açúcar, foram produzidas 1,647 milhão de toneladas, incremento de 21%. Para o açúcar, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do estado de Alagoas teve média de R$ 34,04/saca de 50 kg, alta de 16,92% sobre a de fevereiro. Em Pernambuco, o Indicador mensal foi de R$ 33,76/sc, aumento de 25,6%. A relação entre a produção de etanol com o aumento dos preços dos alimentos foi contestada durante o “Seminário Regional sobre Cana-de-Açúcar”, em Olinda/PE, promovido no mês de abril. O consultor de meioambiente da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc, que palestrou no evento, esclareceu que está sendo creditado indevidamente ao etanol o aumento de preços dos alimentos, como se não houvesse outros motivos. “Há uma série de preços subindo, começando pelo petróleo, que serve de matéria-prima para a maior parte dos combustíveis que utilizamos hoje, empregados inclusive no transporte de alimentos”, argumentou. “Além disso, há aumentos de preços de fertilizantes e de outros insumos que também derivam do petróleo”. Quebras Szwarc lembrou ainda que em 2007 houve quebras de safras, como a do trigo, por exemplo, devido às questões ambientais, o que provocou a redução dos estoques e, conseqüentemente, a alta dos preços. Outro fator relacionado por Szwarc ao aumento dos preços dos alimentos é o crescimento do consumo por China e Índia. E também a especulação financeira sobre as commodities agrícolas. Conab divulga estudo sobre uso do bagaço de cana-de-açúcar Diversificação é enfoque de pela indústria na Agrishow Seminário de Biodiesel O aproveitamento do bagaço da cana na geração de energia elétrica é uma das abordagens do estudo inédito que será apresentado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante a edição da Agrishow 2008, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Esse resíduo sólido da cana-de-açúcar representa um volume aproximado de 280 quilos por tonelada do produto processado. Segundo a pesquisa, o país produz atualmente 3,5 mil megawatts de energia com a queima do bagaço. Se as indústrias brasileiras dispusessem de equipamentos modernos, cerca de 500 milhões de toneladas de canade-açúcar transformadas em bagaço na safra atual, poderiam gerar até 15 mil megawatts de energia. “O Brasil tem o privilégio ainda pouco explorado num assunto de alta relevância e sensibilidade. A capacidade empresarial do setor sucroalcooleiro e o apoio do governo abrem um futuro imenso para a utilização do bagaço de cana como fonte de energia limpa e renovável”, afirmou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Wagner Rossi. O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Ruy Yamaoka, salientou em sua palestra, no 4º Seminário de Biodiesel, realizado durante a Exposição Agropecuária de Londrina, a importância da diversificação de cultivo de matéria-prima para produção de biodiesel. Segundo o pesquisador, hoje a soja corresponde a 99% das oleaginosas produzidas. “Alguns dizem que o Paraná nunca vai produzir biodiesel porque a soja está nas mãos de cooperativas e multinacionais, o que dificulta a sua disponibilidade para a produção do combustível”, afirma. Este é um dos motivos que torna necessário o cultivo de outras oleaginosas para complementar a soja enquanto matéria-prima para a produção de biodie- sel. A meta, apresentada no Seminário, é introduzir o cultivo de outras oleaginosas em três safras do ano (verão, safrinha e inverno). De acordo com Yamaoka, os estudos e pesquisas estão sendo desenvolvidos para a diversificação da matéria-prima. O pesquisador afirma que as oleaginosas foram divididas em três grupos. 4 abril / maio de 2008 Cooperativismo – Presidente da Cooperativa diz que está confiante com o crescimento do setor Integrada participa da ExpoLondrina 2008 Cooperativa Agroindustrial Integrada, que há 12 anos atua com sucesso no mercado agrícola na região Norte do Paraná, participou mais uma vez da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. A equipe do AgroRede Notícias esteve no estande da cooperativa, durante a exposição, e conversou com o presidente da Integrada, Carlos Murate, que demonstrou estar confiante com a perspectiva de mercado e produtividade para este ano de 2008. Murate disse que a região norte do Paraná já está com boa parte da soja colhida, e que a Integrada disponibiliza engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas para atender seus cooCarlos Murate - Presidente da Cooperativa Integrada perados, oferecendo tecnologia e todo suporte necessário para rentabilidade. “Os agricultores devem aproveitar o momento. É preciso colher bem, utilizar das melhores tecnologias, ter maior produtividade e comercializar para que se consiga o auge de todo o processo, tanto na produtividade, quando na venda comercial de seus produtos”, afirmou o presidente da Integrada. Participação A Cooperativa Integrada possui mais de 50 unidades de recebimento em todo Paraná, que encurtam a distancia entre o silo e a lavoura, gerando rapidez na colheita e economia da produção. Atualmente, a Integrada está presente em 41 municípios. Além do recebimento da produção, a cooperativa também realiza a comercialização acompanhando em tempo real as cotações das principais bolsas de mercadorias do mundo. Agregar valor nos produtos primários. Esta é a meta da Integrada que hoje fatura na área industrial cerca de 15%, e o objetivo é atingir 30%. As perspectivas da Integrada, mediante o crescimento agrícola no cenário nacional, são as melhores dos últimos anos. Segundo AgroRede A a diretoria da Integrada, o aumento do consumo e a renegociação das dívidas entre o governo e os produ- tores rurais vão permitir que o mercado cresça cada vez mais. Da Redação PR: Cooperativas de carnes nobres Cocamar está entre as 100 empresas que vão se organizar em central Certificação Para tanto, além da organização de uma cooperativa central de carnes nobres, o setor está preocupado em buscar certificação. “Seriam padrões de produção a serem seguidos por todas as cooperativas. Seriam auditados propriedades, abatedouros, salas de desossa e pontos de venda”, afirmou Costa Júnior. Segundo ele, o Governo do Estado colocou o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) a disposição para fazer essa certificação. Uma reunião marcada para junho em Pato Branco, com representantes do Tecpar e das cooperativas de carnes nobres irá discutir um manual de conformidade a ser obedecido pelo setor. O coordenador estadual de cooperativismo do Instituto Emater, José Custódio Canto Guimarães Júnior orientou que as cooperativas interessadas em integrar a central realizem assembléia para ter a participação aprovada pelos cooperados e designar cinco delegados. Ele explicou que a central de cooperativas está praticamente constituída. “A prospecção de mercado está andando e quando tivermos comprador certo, a cooperativa central será formalizada”, disse. Por lei, a central de cooperativas, depois de instituída, tem prazo de 180 dias para realizar a primeira transação sob pena de ter que rever todo o estatuto. Cotriguaçu realiza assembléia e prevê faturamento de R$ 140 milhões A Cotriguaçu, central que congrega as cooperativas C.Vale, Coopavel, Lar e Copacol, realizou sua Assembléia Geral Ordinária (AGO) no final de março. Durante a assembléia foi definido o novo presidente da Central para o mandato de um ano, com a eleição de Irineo da Costa Rodrigues. Em 2007, a Cotriguaçu teve um faturamento de R$ 101 milhões, resultados de R$ 3,06 milhões e sobras de R$ 1,2 milhão. As metas da Central para 2008 são elevar o volume de embarques para 2,5 milhões de toneladas e atingir moagem e vendas de 120 mil toneladas de trigo. A cooperativa central está ampliando gradativamente sua estrutura logística com a compra, no ano passado, de 24 caminhões bi-trem. Atualmente, a Cotriguaçu gera 400 empregos diretos. Divulgação Cerca de 30 produtores de carne de Londrina e 15 que integram a aliança mercadológica Quality, de Apucarana, participaram no mês de abril, da assembléia da aprovação do estatuto e fundação da Cooperativa de Produtores de Carnes Nobres de Londrina. A assembléia ocorreu no encerramento do 4º Encontro de Alianças Mercadológicas, realizado no auditório Milton Alcover, no Parque Ney Braga, dentro da agenda técnica da ExpoLondrina 2008. Em outras regiões do Paraná, os produtores já se organizaram em cooperativas semelhantes - Umuarama, Paranavaí, Cascavel e Pato Branco. Além de Londrina, estariam em formação mais uma cooperativa em Umuarama e outra em Guarapuava. “A intenção é agregar todas em uma cooperativa central, criando volume de produção suficiente para exportar, ganhando novos mercados e buscando melhores preços”, explicou Carlos Costa Júnior, coordenador do grupo de coooperativas de carnes nobres do Paraná mais investem em TI Carne de Qualidade “Para nós é motivo de orgulho esta reunião, principalmente porque há um ano, com apoio da Emater, foi lançada a idéia da criação de uma aliança mercadológica que evoluiu para a associação dos produtores de carnes nobres. A Sociedade Rural do Paraná está de portas abertas para eventos como estes, que buscam aumentar a tecnologia do produtor e aumentar sua remuneração”, disse o diretor da SRP, Luigi Carrrer Filho, na abertura do 4º Encontro de Alianças Mercadológicas. O diretor técnico da Emater, Ademir Rodrigues, lembrou da dificuldade de formar uma associação para viabilizar uma atividade que não é fácil com grande qua- lidade. “Esse grupo que está aqui é uma quebra de paradigma: conseguimos formar uma associação de produtores. E esse grupo serve como referência”, declarou. O chefe do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Gil Abelin ressaltou a preocupação do governo do Estado em investir junto com a SRP para a realização de uma feira do mais alto nível especialmente na questão da sustentabilidade. “O mercado hoje exige esse cuidado”, comentou. Ele disse também que o programa Fábrica do Agricultor já está adquirindo equipamentos para viabilizar a colocação de carnes nobres no mercado. Com US$ 2,89 milhões investidos em 2007, a Cocamar (Maringá) ocupa o 59º lugar entre as 100 empresas mais ligadas do Brasil, que mais em investem em tecnologia da informação (TI), segundo levantamento realizado pela revista Info Exame publicado na edição de abril. A Cocamar que, no próximo dia 20 de maio participará do I Forum Citrix, em Iouston, no Texas (EUA), vai apresentar este caso de sucesso de aplicação de novas tecnologias de informática, foi uma das três selecionadas entre 76 empresas de todo o mundo. As 100 empresas citadas na matéria da Info Exame, investiram um total de US$ 2,9 bilhões em tecnologia da informação (TI) durante o ano 2007. O número de funcionários fixos de TI dessas empresas era de 17.838 e 12.196 terceirizados. Elas somaram 49.037 servidores, 661.210 desktop, 39.479 notebooks, 88 mainframes e 62.515 celulares. O Bradesco, o primeiro da lista, tem 109 mil desktop, 2 mil notebooks, investiu US$ 907 milhões em TI e tem 2.150 profissionais atuando no setor de informática. Automação Recentemente, em apenas 45 dias, a Cocamar trocou 300 micros, implantando o novo sistema da Citrix para a automação de todos os processos, do controle da produção industrial e dos insumos. Sem causar nenhum transtorno na dinâmica da empresa, que fatura cerca de US$ 2 milhões ao dia. O coordenador da área de informática da cooperativa, Marcos Enomoto comentou que a posição da cooperativa entre as 100 empresas mais ligadas do Brasil é resultado dos investimentos realizados em TI para automação dos processos. Nos últimos 5 anos o setor recebeu atenção especial visando sua modernização e agilidade, o que permite a atualização automática e remotamente dos dados referentes aos estoques da cooperativa, antes feitos manualmente. “A cooperativa investiu em business inteligence. Chegou entre as maiores porque investiu muito em TI”, afirma Enomoto. A modernização também beneficia os agrônomos que vão a campo, aparelhados com Palm Top, nos quais estão armazenadas as informações que precisam para orientação técnica. Os representantes comerciais fazem seus pedidos de insumos via Web, agilizando o processo e reduzindo custos. Banco Mundial quer atuar junto às cooperativas brasileiras O presidente do Sistema OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, Marcio Lopes de Freitas, ao lado dos diretores do conselho diretor mundial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), participou de uma reunião com o assessor de política e estratégia do departamento de desenvolvimento rural do Banco Mundial, Christopher Delgado, na sede da organização, em Washington (EUA). Em pauta, a participação das cooperativas no combate à pobreza, a partir de diagnóstico recente elaborado pelo banco. “Tendo em vista que 70% dos pobres do mundo estão nas zonas rurais, o Banco Mundial pretende apoiar cooperativas em iniciativas de desenvolvimento com agricultores. Para os representantes do Mundial, elas podem ser um importante instrumento de combate à pobreza”, salienta Américo Utumi, assessor especial da Organização das Cooperativas de São Paulo (Ocesp) e membro do conselho diretor da ACI. América do Norte O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil foi convidado a participar da reunião devido à importância brasileira no cenário agrícola mundial. A especialista em desenvolvimento institucional do Banco Mundial Julie Viloria-Willians, também participou da reunião, que teve ainda a presença do presidente da Organização das Cooperativas dos Estados Unidos, Paul Hazen. 5 abril / maio de 2008 Pecuária de Leite – O preço médio do litro de leite registrou crescimento para o produtor e a indústria A média dos três primeiros meses deste ano já é 13% maior que a do mesmo período de 2005, mesmo descontando a inflação do período, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Em março, o preço médio referente à produção de fevereiro foi de R$ 0,7116/litro (sem o desconto do frete e dos impostos), 43% ou 21 centavos por litro acima da média do mês verificada entre 1998 e 2007. Essas boas notícias ao produtor, contudo, têm contraponto no encarecimento dos insumos, principalmente do sal mineral e dos grãos. Nos seis primeiros meses de 2005, a média nacional (de sete estados: RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) esteve 28% maior que a do primeiro semestre dos dez anos anteriores (1995 a 2004). Agora, em 2008, a média dos três primeiros pagamentos já supera em 41% a do mesmo período dos dez anos anteriores (1998 a 2007). Demanda Os aumentos atuais de preços refletem especialmente o aquecimento da demanda interna, uma vez que as exportações absorvem menos de 5% do leite formal. De qualquer forma, o crescimento mês a mês deste canal de vendas não é nada desprezível. Quanto ao mercado brasileiro, os fundamentos também indicam continuidade do consumo. Um dos que chamou a atenção recentemente foi o aumento de 37% do número de contratações (cerca de 348 mil pessoas contratadas) em janeiro e fevereiro deste ano em relação ao mesmo período de 2006, que era, até então, o recorde. No mercado de derivados lácteos, os aumentos têm sido ainda maiores. Tomando-se como base os valores de janeiro de 2007, os derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo em janeiro de 2008, em termos reais, apresentaram um aumento médio de 16,65%, sendo que o leite em pó (considerando-se o sachê 400g) subiu 32,8%, enquanto a manteiga teve alta de apenas 1%. O leite UHT, produto com maior correlação com o preço ao produtor, valorizou 9% em igual período. Captação Os preços altos têm estimulado pecuaristas a Divulgação Preços atuais superam recordes de 2005 O aquecimento da demanda interna contribuiu para o aumento do faturamento aumentar o volume produzido. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L/Cepea) de fevereiro esteve 23% superior ao do mesmo mês de 2007. Comparando-se o período de março 2006 a fevereiro 2007 ao de mar- ço 2007 a fevereiro 2008, há um crescimento da ordem de 12%. Da Redação Seminário: Modelo de Câmara do Leite cria grupos para avaliar crédito, negócio define sucesso tributação e projeto de lei da atividade leiteira Diretrizes para melhorar a eficiência do negócio leiteiro foram apresentadas pelo engenheiro Sidney Baroni, da Emater de Maringá, durante o 13º Encontro Regional do Leite, realizado na ExpoLondrina, no Auditório Milton Alcover - Parque Ney Braga. Cerca de 500 pequenos criadores de gado de leite de vários municípios da região participaram do encontro promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e Instituto Emater. Baroni integra a equipe de 12 profissionais do projeto Vitória-Pró Amusep, de gestão e gerenciamento desenvolvido com pequenos produtores na região do Arenito. Segundo Sidney Baroni, pesquisa realizada com 363 agricultores ligados à atividade leiteira para definir o perfil da produção mostrou que ainda há muito o que avançar até chegar ao cenário ideal. No Paraná, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 118 mil famílias vivem da atividade leiteira. O Estado é o segundo produtor do País com 2,7 bilhões de litros por ano, que representam 12% da produção nacional. Para Baroni, a produtividade nacional ainda é baixa. Enquanto países como Estados Unidos, Canadá e Austrália a produtividade por vaca chega a 8 mil litros de leite por ano, no Brasil é de 1,1 mil litros. Viabilidade Baroni listou outras variantes e índices para medir a rentabilidade e viabilidade do negócio: o capital investido para produzir um litro de leite não deve passar de R$ 1,20; a porcentagem de matrizes no rebanho deve ser maior que 55% ; matrizes em lactação mais que 72% do rebanho; produção mínima de 15 litros/dia por vaca e a ocupação de matrizes em lactação por hectare deve ficar em 2,4. Na pesquisa realizada com criadores do Arenito, todos os índices ficaram longe do ideal: capital investido por litro R$ 3, porcentagem de matrizes no rebanho, 46%; matrizes em lactação, 63%; produção de 7 litros/ dia e ocupação de uma matriz por hectare. Ainda segundo o estudo, embora o potencial na região seja de 1,8 milhão de litros/dia, são captados apenas 18% - 330 mil litros/dia. “Ampliando essa captação em 30%, cerca de 210 mil litros/dia, com preço médio de R$ 0,62 e margem de R$ 0,22 por litro, o impacto na economia local seria de R$ 50 milhões”, ilustrou. Suplementos minerais sobem mais que o boi Em um ano os suplementos minerais para bovinos subiram, em média, cerca de 80%. Entretanto alguns produtos subiram mais de 140% no mesmo período. O aumento mais forte ocorreu de novembro de 2007 para cá. Desde então, os preços médios acumulam alta de 61,2%, informa a Scot Consultoria. A conta foi feita com base em 83 suplementos mineralizados, de mais de 20 empresas, pesquisados pela Scot Consultoria.Entre abril de 2007 e abril de 2008, o boi gordo subiu bem menos que a média dos suplementos mineralizados, cerca de 36,70%. Segundo as empresas que comercializam os suplementos, as vendas estão dentro do esperado para o ano, sendo que a demanda ainda deve aumentar com a proximidade dos confinamentos. A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados aprovou em abril, a criação de grupo temático para discutir linhas de crédito para o setor de lácteos e acompanhar a reforma fiscal e tributária, por meio de proposições de interesse do setor de leite. No início de maio, a câmara setorial deverá encaminhar à Secretaria de Política Agrícola (SPA), sugestões para serem analisadas e incluídas no Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009. Durante a 1ª Reunião Extraordinária de 2008 também foi criado o grupo temático para acompanhar a tramitação do Projeto de Lei 6.919/2006, que altera a Lei 11.265 sobre a comercialização de alimentos para lactantes e crianças na primeira infância. Integram o grupo, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de empresas públicas e privadas. Riispoa A atualização do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Pro- dutos de Origem Animal (Riispoa), que está sendo elaborado pelo Mapa e que seguirá para consulta pública, também foi tema da reunião. Os membros da câmara pretendem analisar o documento concluído. De acordo com o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes da SPA, João Antônio Fagundes Salomão, este tema deve se nortear em princípios como a diminuição da burocratização do regulamento e a punição severa dos fraudadores de leite. Confepar promove assembléia para aprovação de contas de 2007 Para definir metas e divulgar o que foi realizado no ano de 2007, foi realizada no final de março, a 26ª Assembléia Geral Ordinária (AGO) da Confepar, em Londrina. Delegados das oito cooperativas filiadas, gerentes da Confepar, entre outras autoridades, acompanharam a assembléia, que foi dirigida pelo presidente da cooperativa Renato José Beleze e pelo vice-presidente Sebastião Jamil Beleboni. O Sistema Ocepar foi representado pelo superintendente, José Roberto Ricken. De acordo com Beleze, os programas propostos pela Confepar têm surtido efeitos positivos e beneficiado aos cooperados que entregam leite nas filiadas. “É uma alegria nossa ver como o cooperado tem aceitado bem o Programa de Pagamento por Qualidade do Leite, que leva toda a transparência e preço justo ao produtor leiteiro”, afirma o presidente, citando um desses programas que obtiveram êxito no ano de 2007. Expectativa Antes do gerente Administrativo e Financeiro da Confepar, Cláudio Brito, iniciar a demonstração dos ba- lancetes e de outros dados do Relatório Anual, Beleze falou que para este ano de 2008 a Confepar está otimista, pois conseguiu recuperar sua margem no mercado no ano anterior. “Conseguimos crescer aproximadamente 50% no ano passado, quando comparamos com os resultados do ano de 2006”. Outro assunto citado por Beleze disse respeito à inauguração da nova unidade da Confepar em Pato Branco. Na AGO, os investimentos foram aprovados, os quais proporcionarão aumento da capacidade produtiva e redução de custos logísticos. 6 abril / maio de 2008 Pecuária de Corte - Quem não aderir à campanha no PR receberá multa no valor de R$ 81,44 por animal E ntre os dias 1º e 20 de maio, começa a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa de 2008. Os produtores que não aderirem à campanha de forma voluntária vão receber multa no valor de R$ 81,44 por animal . O custo com a vacinação compulsória dos animais será revertido para o produtor. A campanha deste ano terá como foco a intensificação da vigilância permanente na área de fronteira entre Paraná e Paraguai. Com a preocupação de intensificar a vigilância nessa região, haverá vacinação acompanhada em todas as propriedades limítrofes a outros países e estados. Conforme georreferenciamento feito pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, deverão ser visitadas cerca de 2.300 propriedades. Para o secretário Valter Bianchini, a vacinação e o controle da febre aftosa na região de fronteira tornam-se cada vez mais importantes. Essa preocupação decorre das condições e períodos de campanha serem diferentes nos dois territórios: Paraguai e Paraná. “Daí a necessidade de se evitar imprevistos em relação à aftosa”, afirmou. (DSA), Marco Antonio Teixeira Pinto, é importante o produtor se engajar na campanha, auxiliando o serviço público, informando as propriedades que não tenham feito a vacinação, para que a fiscalização possa atuar com mais rapidez. Em campanhas anteriores, a Secretaria da Agricultura contou com a ajuda da Itaipu Binacional para fazer o georreferenciamento de todas as propriedades existentes ao longo da fronteira. Esse trabalho permite a localização imediata de qualquer uma delas, o que significa agilidade no combate à ocorrência de focos da doença ou mesmo de suspeitas. Esse procedimento atende às normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que não descarta a ocorrência da aftosa, mas determina que o combate seja imediato quando a doença se manifestar. “O georreferenciamento permite agilidade aos procedimentos”, explicou Teixeira Pinto. Previsão Está prevista a vacinação de 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos em todo o Estado. Nessa campanha a Secretaria está com sua estrutura técnica reforçada, com a incorporação de 45 médicos veterinários ao Departamento de Fiscalização (Defis). Com isso espera-se atingir melhores índices de vacinação, ou manter os já obtidos em anos anteriores, que foram superiores a 98%. Na última campanha de vacinação realizada no Paraná, em novembro de 2007, o índice foi de 98,44%. O objetivo é vacinar 100% do rebanho. “Para isso contamos com a participação do produtor, que é responsável pela segurança do seu plantel”, afirmou o secretário. Para o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal Iniciativa Privada De acordo com o técni- AEN/PR Maio é o mês contra a febre aftosa Meta da SEAB/PR é imunizar mais de 9,5 milhões de cabeças co, a Secretaria vai recorrer novamente à iniciativa privada para realizar com êxito a vacinação acompanhada. Os técnicos das cooperativas, sindicatos rurais e prefeituras deverão contribuir nas visitas às propriedades para que a vigilância seja intensificada. Essa primeira etapa da campanha deste ano será iniciada com a expectativa do reconhecimento internacional do Estado como área livre de febre aftosa com vacinação. Os documentos, que comprovam que não há riscos da doença no Paraná, já foram enviados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e pelo Ministério da Agricultura à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Oficialmente, o Paraná está sem a ocorrência da doença desde 2005 e, desde então, a Secretaria vem reforçando a vigilância em todo o Estado, principalmente na região de fronteira com estados e países vizinhos, para evitar a circulação do vírus da doença. Da Redação Práticas que melhoram a eficiência na pecuária e podem garantir maior espaço no mercado. Estas são algumas das vantagens que o pecuarista pode obter com a aplicação de práticas ensinadas na palestra “Manejo Racional e Bem Estar Animal” que foi apresentada no estande da Campos & Carrer, instalado na ExpoLondrina 2008. O médico veterinário Jefferson Campos afirma que os métodos e procedimentos que caracterizam as práticas corretas de manejo e o bem-estar animal serão a novas barreiras que poderão limitar os negócios. “Hoje já temos as barreiras sanitárias e tarifárias, mas a questão do bem-estar e ma- nejo já começam a influenciar no mercado,” afirma. Campos observa que essas práticas devem ser adotadas desde o nascimento do animal, com a cura correta do umbigo, até o embarque e transporte para o abate. “Um trabalho de dois anos para se produzir um bom animal pode ser perdido na hora do embarque feito de maneira inadequada, que pode provocar lesões na carne e redução no valor recebido”, comenta. Segundo Campos, os consumidores também estão atentos a estes cuidados com os animais. “Na Europa, por exemplo, os consumidores querem saber a origem do animal que vão comer, como eles foram criados, se houve AgroRede Cuidados com bem-estar animal podem Cinco shoppings de animais serão garantir mais eficiência na pecuária realizados durante a ExpoZebu 2008 Jefferson Campos emprego de trabalho infantil ou escravo”, observa. No Brasil, estas questões ainda não interferem no preço final pago ao produtor, diz Campos, mas a grande vantagem em adotar as práticas corretas está no ganho de eficiência. “É com a eficiência que o pecuarista vai ter vantagens econômicas que vai garantir a sua permanência na atividade”, diz. PR, SP e MS voltam a exportar carne bovina à Rússia Os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo estão autorizados a voltar a exportar carne bovina in natura para o mercado russo. O Serviço Veterinário e Fitossanitário da Rússia comunicou oficialmente, durante o mês de abril, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a liberação de 40 novos estabelecimentos. Além dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, os 40 estabelecimentos autorizados estão localizados também em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rondônia e Santa Catarina. Atualmente, há 158 estabelecimentos habilitados a exportar carnes (bovina, suína e aves) para a Rús- sia. Entre os dias 12 e 23 de fevereiro, técnicos russos visitaram 45 estabelecimentos em dez unidades federativas, dos quais, cinco ainda estão em análise para liberação. No final do mês de fevereiro, o chefe do Serviço Veterinário e Fitossanitário russo, Sergey Dankvert, a convite do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, visitou as instalações do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) no Porto de Santos, no estado de São Paulo. Na ocasião, Dankvert conheceu o sistema de controle de entrada e saída de contêineres e elogiou o controle de segurança da carne realizado pelo Mapa. A ExpoZebu recebe anualmente milhares de criadores de zebu de diversos países. Em 2008, pelo terceiro ano consecutivo, é oferecida mais uma opção para os pecuaristas que pretendem adquirir animais durante a feira. Paralelos aos cinqüenta leilões de bovinos, serão realizados cinco shoppings de animais oficializados pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Um deles será promovido pela Agropecuária Diamantino. O organizador do evento, Frederico Diamantino, conta que o grupo teve resultado crescente nos últimos anos com a realização do shopping, por isso mantém a estratégia e com ótimas expectativas para a edição de 2008. O pecuarista explica que com preços fixos e sem a pressão da batida do martelo, o shopping permite uma análise melhor dos animais, inclusive possibilitando ao comprador verificar a produção do zebuíno. O comprador ainda vai ter contato direto com o dono ou com a equipe que cuida do animal no dia-a-dia. Ao contrário do leilão que vale o maior lance, Diamantino ressalta que no shopping é possível pechinchar. “Em resumo é a velha forma de compra na fazenda de produtor para produtor”, ressalta o criador. Japaranduba A marca Japaranduba, da raça nelore mocho, comemora trinta anos em 2008 e também marca presença com um shopping de animais na ExpoZebu. O grupo vai ofertar aproximadamente 60 animais, entre tourinhos para reprodução, bezerras de cocheira, matrizes, novilhas, além de embriões e sêmen de touros. Entre as fa- cilidades do shopping Japaranduba está a possibilidade de comprar gado em 14 parcelas com preço fixo. A série de shoppings de animais a ser realizada durante a maior feira de zebuínos do mundo - a ExpoZebu - conta com outros três eventos. São eles: Shopping Aliança Brahman Expozebu 2008; Shopping Guzerá Leiteiro Uniube e Convidados e Shopping Sete Estrelas. A ExpoZebu 2008 será realizada até o dia 10 de maio. Com tema ‘Pecuária Sustentável’, a feira é uma realização da ABCZ, com patrocínio da Coca-Cola, Tortuga e Banco do Brasil, e apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Apex-Brasil, Governo de Minas, Cemig, Senar e Fazu. Mais informações sobre a ExpoZebu 2008 podem ser consultadas no website: www.expozebu.com.br Adquira conosco a vacina contra a Aftosa! Comércio A Rússia é hoje o maior comprador individual da carne brasileira e já importa quase todo o volume comprado por 27 países da União Européia que totalizou, em 2007, 952 mil toneladas. Em volume, o país responde por 16,29% da exportação de carne brasileira. No caso da carne bovina este percentual chega a 28,8% quando se trata de volume exportado e a 22,6% em termos de valores em dólares. A proteina vermelha brasileira foi responsável pelo embarque de 461,9 mil toneladas, no ano passado, seguida da carne suína com 278,6 mil toneladas. Em valores, a carne bovina nacional atingiu US$ 1 bilhão e a suína US$ 667,4 mil. Evoluindo com a pecuária brasileira. www.camposecarrer.com.br 7 abril / maio de 2008 AgroDestaque – Feira quer reunir mais de 600 mil visitantes no Parque Francisco Feio Ribeiro SRM promove a 36ª Expoingá U ma das maiores mostras da agropecuária nacional, principal vitrine de produtos e serviços da região, segundo o presidente da Sociedade Rural de Maringá/PR (SRM), Joaquim Romero Fontes, a edição da Expoingá é precedida por números, cifras e previsões otimistas. “Depois de dois anos de frustrações, primeiro com a aftosa, depois com a quebra de produção e queda de preços, apesar dos embargos à carne bovina brasileira em vários países, o quadro se mostra favorável à agropecuária, refletindo diretamente nos preparativos da nossa feira.” Esse sucesso já pode ser observado com a reserva de todos os espaços para acomodação de animais; também para os grandes, médios e pequenos expositores. Faltando pouco tempo para o início da feira – 8 a 18 de maio – restam apenas disputadas áreas no Pavilhão Azul Chrystina Barros, quando serão totalizadas acima de 350 empresas que se farão presentes na feira. Comercialização Os quase 100.000 metros quadrados do parque receberão mais de 6 mil animais – devido à grande quantidade, distribuídos em dois turnos de participação na feira. A previsão de todas as comercializações, inclusive dos expositores comerciais, industriais, é de R$ 100 milhões, sendo cerca de R$ 70 milhões durante o evento e outros R$ 30 milhões ao longo do ano, decorrentes de negociações iniciadas no evento. Se confirmadas as previsões de bom tempo, o público crescente a cada feira será superior a 600 mil visitantes, com lotação de hotéis e cidades da região, maior movimento no comércio do município e geração de aproximadamente 5.000 empregos diretos durante o evento. na região), Mangalarga e Apaloosa.Também julgamentos de gado Angus, Caracu, leiteiro, Girolando, Nelore Mocho, Brahman, Nelore e de ovinos. Leilões Shows e Atrações Mais de 70% dos bovinos inscritos para a Expoingá, a raça Nelore proporcionará os maiores leilões da feira com previsão de superar a comercialização que chegou a mais de R$ 3 milhões no ano de 2007. Terá leilões elite no primeiro domingo, na segunda-feira, terça-feira, quarta feira e sexta-feira. Serão realizados também leilões de gado Angus, Gado de Corte (dois leilões), Girolanda, Holandesa, de cavalos Quarto de Milha e de ovinos de alta linhagem. A Expoingá terá shows na arena central: Edson & Hudson (dia 8), Tchê Garotos (9), Guilherme & Santiago (10), Inimigos da HP (11), Léo & Giba (12), Fernando e Sorocaba (13), Nazareth (14), Vitor & Léo (17) e sensacional rodeio nas noites de 15, 16 e 18. Vários restaurantes também apresentarão artistas, além da tradicional Barraca Universitária que trará shows diários com os grupos Tradição e Poerão, bandas Veya e Bella Dona, Jads e Jadson, João Carreiro e Capataz, Teodoro e Sampaio, Rud & Robson, Zé Henrique e Gabriel, João Paulo e Ricardo, João Neto e Frederico, entre outros. Julgamentos e Provas Na parte técnica da Expoingá estão programadas provas e julgamento para os cavalos das raças Quarto de Milha, Crioulo (uma novidade Da Redação Anuncie sua marca aqui e ganhe gratuitamente um mês no nosso website Fone: 3025-3230 - [email protected] - www.agroredenoticias.com.br Agro lançamentos Caminhonetes: Robustez, funcionalidade e elegância A Ford apresentou a linha 2008 de sua picape Ranger. Além de algumas mudanças técnicas, em especial na suspensão, a novidade do veterano utilitário é a versão Sport, que chega com preço e predicados para disputar espaço com as picapes pequenas, um dos segmentos mais aquecidos do mercado automotivo brasileiro. A Ranger Sport traz, de série, direção hidráulica, arcondicionado, vidros e travas elétricos, controle elétrico dos retrovisores, farol de neblina e rádio/CD com MP3. Ela oferece detalhes como pára-choque dianteiro, moldura da grade do radiador e capa dos espelhos na cor do veículo -- além de rodas de 16 - e pneus Pirelli 245/70 Scorpion com a marca e logotipo em branco. Além disso, o obrigatório vermelho foi incorporado à paleta de cores (há ainda preto, prata, branco e cinza). A principal mudança foi na suspensão traseira, que teve a distância entre os amortecedores (assimétricos: o esquerdo inclinado para trás, o direito à frente) aumentada em 43,5 cm. Isso significa que eles estão do lado de fora das molas e bem mais próximos das rodas, “segurando-as” de modo mais efetivo. Segundo a Ford, isso aumentou a capacidade de amortecimento em 55%. Já a direção hidráulica teve sua dureza diminuída em 10%. Chevrolet S10 Divulgação Divulgação Ranger: Versão Sport A F-250 4x4 está com design ainda mais robusto e imponente. Agora, o novo modelo chega às estradas com nova grade dianteira e pára-choques cromados, na versão XLT, e cinza, na versão XL. Os faróis estão mais resistentes com see-trough e lente de policarbonato. Nissan Frontier SEL 4x4 Divulgação Divulgação Ford F-250 4X4 MaxPower Cabine Dupla XLT A linha da Chevrolet S10 traz uma série de novidades que garantem ao produto uma posição diferenciada em sua categoria. A principal delas é a nova motorização diesel eletrônico, que se enquadra aos novos padrões de emissões EURO III, ainda mais potente, além de oferecer maior economia de combustível. Combinando maior potência com maior torque, novo desenho da carroceria, novo acabamento interior, nova suspensão e o novo sistema Trac-Lock, a S10 apresenta robustez, dirigibilidade e capacidade de enfrentar os obstáculos mais difíceis do território brasileiro. O motor 2.8 diesel eletrônico é dotado de turbo e intercooler e conta com três válvulas por cilindro. Esta motorização desenvolve 140 cavalos de potência a 3.500 rpm e um torque de 34,7 kgfm a partir de 1.800 rpm a 2.400 rpm. Pensando em melhorar ainda mais o conforto do clientes, a S10 também dispõe de um equipamento muito desejado principalmente em viagens mais longas; ela vem equipada com “cruise control” (Controlador de velocidade de cruzeiro) no modelo cabine dupla nas versões Tornado e Executive equipadas com motor diesel. Segundo especialistas do setor, o bom desempenho da nova Nissan Frontier SEL 4x4 pode ser creditado à inédita transmissão de seis velocidades, uma novidade da categoria. Importada da Tailândia, ela reúne o conforto e os equipamentos encontrados em um carro de luxo, além de preço bastante atraente. Seu sistema de injeção apresenta injeção direta e common rail. O comando de válvula é corrente, além de possuir 4 cilindros em linha e 16 válvulas DOHC. Mitsubishi L200 HPE Outdoor Divulgação Mais alta nas versões 4x4, a F-250 está pronta para passar por qualquer obstáculo. Além disso, possui uma nova caçamba com 8 pés, exclusiva para a versão cabine simples 4x4, que transporta tudo o que se pode imaginar. O motor MaxPower Diesel é o mais moderno produzido em parceria entre a Ford Brasil e a Cummins. Voltado para um público que deseja elevada potência em motores Diesel (200cv), foi o primeiro a receber o certificado Euro III, por seu reduzido nível de emissão de gases poluentes. O sistema eletrônico Common Rail permite controle da injeção de combustível e otimização do consumo. Tem tração reduzida e bloqueio do diferencial traseiro, item que impede que uma das rodas de trás gire em falso quando não está em contato com a superfície, jogando o torque para a outra. O cruise-control e os bancos de couro são opcionais oferecidos por concessionárias. Outras características relevantes: Motor/posição: dianteiro / longitudinal; Construção/cabeçote/cilindrada (cm3): 4 cilindros em linha/8V/2474; Potência (cv a rpm) (A/G): 141 a 4000; Torque (mkgf a rpm): 30,6 a 2000; Câmbio (tipo/marchas/tração): automático/4/4x4; Direção (tipo/nº voltas): hidráulica / 3 voltas; Suspensão dianteira: independente com braços triangulares; Suspensão traseira: eixo rígido e molas elípticas; e Freios (tipo/dianteiro/ traseiro): hidráulico/disco ventilado/tambor Toyota Hilux Divulgação Nesta edição, vamos apresentar as novidades do mercado de caminhonetes no País. Conheça os principais modelos lançados nos últimos anos pelas concessionárias do setor: A Toyota tem uma longa tradição de produzir picapes com DNA de qualidade, durabilidade e confiabilidade. A nova Hilux é a única que combina perfeitamente a robustez Toyota com um conforto jamais visto numa picape. Seu design inovador e seu interior completamente recriado estabelecem uma nova referência para o mercado. Os comandos ergonômicos do painel, o maior espaço interno e a maior distância entre os bancos garantem completo conforto, inclusive para os passageiros de trás. A transmissão automática Toyota com controle eletrônico (ECT) permite troca de marchas suave, com engates precisos. Tudo isso aliado à potência de 163 cv do motor Toyota turbo diesel intercooler D-4D, ao novo chassi de alta rigidez e à nova suspensão dianteira com molas helicoidais, resultam num absoluto conforto de rodagem. 8 abril / maio de 2008 Ovinos – Cooperativa consegue resultado extraordinário com apenas dois anos de fundação Coopercapanna aumenta 182% volume de vendas s membros da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Paraná tomaram posse na abertura do 3º Encontro Estadual de Ovinocultura e 1º Seminário Nacional de Carne Ovina. O gerente eleito da Câmara, Ricardo Luca, e o secretário-geral, Valmor Pietsch, assinaram o termo de compromisso da posse. Todos os outros membros também assinaram o termo. A Câmara Setorial é mais um passo importante neste momento de organização da cadeia produtiva do setor. Ricardo Luca é também presidente da Coopercapanna e destacou durante o evento os resultados já alcançados nos dois anos de fundação da cooperativa. Entre eles, está o aumento de 182% no volume de vendas de carne de carneiro, saltando de 313 quilos para 883 quilos. Esta evolução é resultado de outras conquistas do setor, como: regularidade da oferta de carne inspecionada com rigor sanitário; origem conhecida através da rastreabilidade pelo sistema Bollus; técnicas de produção que respeitam o meio ambiente; peso da carcaça de 13 a 18 quilos; e idade do animal abatido entre 3 e 8 meses. capanna. Os subprodutos da atividade, por meio da cooperativa também passaram a ser vendidos. “Estamos vendendo a lã, a pele e as vísceras dos ovinos, que antes não eram aproveitados”, afirmou Luca. Perfil Abate Clandestino Todas estas medidas implantadas com a criação da Coopercapanna estão mudando o perfil da ovinocultura na região, e acompanhando a proposta estadual da Emater de organização da cadeia produtiva de ovinocultura. Luca salientou ainda vantagens específicas do cooperativismo: troca de informações e união da classe produtora; a profissionalização do produtor que passou a ter acesso a cursos técnicos e palestras técnicas. “Isso tudo profissionalizou o nosso rebanho”, afirmou. A comercialização feita pela cooperativa também está ajudando o ovinocultor que compra insumos (medicamentos, ração e sal mineral) mais baratos na Cooper- O abate clandestino ainda é o maior desafio do setor no Paraná. Luca afirmou que a Câmara Setorial será importante no combate a esta situação. “O abate clandestino ainda atrapalha em muito o mercado da Coopercapanna e do Paraná como um todo”, afirmou. Segundo ele, o consumo per capita de carne de carneiro em Londrina é de 500 gramas/ano, o que exige um abate de 16.276 carcaças/ano e 1.356/mês. “Temos uma projeção que para atender esta demanda é necessário um rebanho de 20 mil matrizes. A Coopercapanna tem 6 mil, o que indica que o restante é de carne clandestina e importada”. Divulgação O Da Redação Medidas adotadas pelos ovinocultores estão mudando o perfil da região Norte do PR Caprinos/Ovinos: Câmara Setorial pede apoio para destravar programa sanitário Iapar entrega 40 reprodutores de caprinos a criadores do Sudoeste do PR A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu pedir o apoio da Câmara Temática de Insumos Agropecuários para resolver o problema de falta de antígenos nos laboratórios credenciados pelo Mapa. As substâncias são usadas para diagnosticar as doenças que atingem caprinos e ovinos e só são produzidas no exterior. A escassez desse material foi apontada como um entrave à implantação do Plano Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO). Segundo o presidente da Câmara, que também preside a Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Edílson Maia, a intenção é promover o diálogo entre empresas de produtos veterinários, produtores e Governo em busca de alternativas que estimulem a produção nacional desses antígenos. Ele explicou que o alto custo da importação e a burocracia para registrar as substâncias para produção no Brasil dificultam o acesso dos laboratórios. “A sanidade está diretamente ligada à existência desses insumos. Se não exis- tem, fica difícil dar continuidade ao programa”, comentou Maia. para os prejuízos causados pelas verminoses, que têm sido responsáveis por perdas nos rebanhos. A resistência aos medicamentos tradicionais e o manejo inadequado foram citados como estímulos às doenças causadas por vermes. Para Maia, é preciso investimento do Governo, principalmente, na contratação de veterinários para atender e orientar os produtores. “A verminose é o que mais desestimula a atividade. Além de medicamentos, é preciso ensinar ao produtor a prevenir”, sugeriu o presidente da Câmara. Desafios O coordenador do PNSCO, Carlos Henrique Pizarro, ressaltou que a melhoria da estrutura da rede de laboratórios e a execução de atividades de educação sanitária são desafios do programa. Para Pizarro, é fundamental conscientizar o produtor sobre a importância do controle sanitário. “Não há como ter o produtor como parceiro nesse processo sem ensinar, sensibilizar e dividir responsabilidades”, disse o coordenador. Ele citou ainda ações prioritárias do programa para 2008, como a entrada em vigor de regulamentos específicos ainda em análise no Mapa, o cadastro dos estabelecimentos agropecuários com presença de caprinos e ovinos, a educação sanitária e o treinamento de médicos veterinários. A falta de informações que ajudem a conhecer as diferenças regionais da caprinovinocultura, segundo Pizarro, é um obstáculo à elaboração de um planejamento sanitário eficiente. Os membros da Câmara também chamaram atenção A necessidade do Ministério da Agricultura priorizar um programa de sanidade para a caprinovinocultura foi destacada pelo deputado Afonso Hamm (PP/RS), que participou da reunião da Câmara. Segundo o parlamentar, a questão sanitária é “o esteio da atividade”. Ele lembrou também a necessidade de ações diferenciadas para caprinos e ovinos, estímulo ao melhoramento genético e redução da carga tributária sobre a produção. “O Brasil merece um programa consolidado no bom momento em que está em evidência a produção de alimentos”, disse o deputado. Divulgação O animal mais caro é da raça Santa Inês, vendido por Oraldi Martelli e Rodrigo, e comprado por Maria Bottaro Guiselini, por R$ 2.860,00. O remate foi realizado no Recinto Horácio Sabino Coimbra pelo Núcleo dos Criadores de Ovinos do Paraná. beneficiados também participarão de um curso sobre técnicas de manejo, inclusive com aulas práticas. Todos os animais são mestiços da raça Bôer, e resultaram de projeto conduzido pelo Instituto Agronômico com recursos do Programa Estadual de Caprinocultura. Para realização do evento, o Iapar tem como parceiros a Secretária de Agricultura/Deagro, Instituto Emater e a Associação dos Caprinocultores do Paraná (Capripar). A cerimônia de entrega dos animais, feita mediante sorteio entre os produtores, contou com a presença do presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, além de autoridades estaduais e locais. Suinocultura quer ampliar consumo interno para superar crise do setor Apoio ExpoLondrina: Leilão de ovinos e caprinos totaliza mais de R$ 17 mil O Leilão SRP Ovinos e Caprinos, realizado durante a 48ª Exposição Agropecuário de Londrina, resultou na movimentação financeira de R$ 17.700,00. No remate, foram comercializados dez lotes, totalizando 29 animais. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) repassou 40 reprodutores de caprinos para criadores da região sudoeste, cadastrados no Programa Estadual de Caprinocultura. A entrega foi realizada na estação experimental que a instituição mantém em Pato Branco. Como parte da programação, os produtores A suinocultura paranaense enfrenta uma das maiores crises de sua história, que já se arrasta por mais de dois anos. A afirmação é do presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Irineu Wessler, que participou de um encontro técnico com criadores de suínos na ExpoLondrina 2008. “Há mais de dois anos os produtores estão pagando para se manter na atividade”, comenta. Wessler afirma que o problema surgiu com a divulgação de focos de aftosa em animais do Paraná, o que provocou o embargo por parte da União Européia e da Rússia. Até outubro de 2005, quando surgiram os focos de febre aftosa que provocaram as restrições, o mercado russo representava 80% das exportações de suínos do Paraná - 6 mil toneladas mensais ou US$ 15 milhões. Com o embargo russo, observa Wessler, o produto ficou represado no mercado interno, e o excesso de oferta afetou os preços pagos aos produtores. O presidente da associação paranaense afirma que os preços despencaram dos R$ 2,45 para até R$ 0,90/kg. Descaso O embargo russo foi suspenso em dezembro do ano passado, mas segundo o diretor de Suinocultura e Melhoramento Genético da Sociedade Rural do Paraná e membro da associação paranaense, José Luiz Vicente da Silva, a situação não melhorou para o setor. “A suspensão do embargo na prática é uma mentira. Não há contratos de venda de suínos para a Rússia”, afirma. Silva criticou ainda o “descaso” por parte do governo federal com a suinocultura brasileira. “O governo anunciou que irá lançar um pacote para renegociar dívidas da agricultura, mas a suinocultura, que está endividada também por causa do embargo, não foi contemplada”, afirma. Wessler disse a associação vai promover diversas reuniões com produtores do Estado para levantar sugestões e reivindicações que deverão ser encaminhadas ao governo federal. Enquanto isso, o setor promove campanhas para estimular o consumo interno da carne suína. Com o tema “Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína”, o setor que ampliar o consumo interno, que segundo Wessler, poderia absorver a produção interna, reduzindo a dependência das exportações. Segundo o Silva, o consumo per capita/ano no Paraná varia entre 15 e 17 kg e no Brasil fica entre 11 e 12 kg. “Na Europa, o consumo chega a 57 kg per capita/ ano”,compara Silva. A campanha foi lançada inicialmente em São Paulo em redes de supermercados com material informando as vantagens nutricionais da carne e com receitas culinárias do preparo do produto. “Em alguns locais, as vendas cresceram até 200%, sem roubar espaço de outras carnes”, comenta. Leilão O Leilão de Suínos Paraná realizado no recinto de suínos, durante a ExpoLondrina 2008, movimentou R$ 10.890,00. Foram vendidos 14 lotes, sendo 3 da granja Samolle, 7 da granja Bagdá e 4 da granja Peru. 9 abril / maio de 2008 Fruticultura – Experiências com a banana, o morango, o maracujá e a uva foram apresentadas na ExpoLondrina H á 13 anos, Wilson Sargi era um pequeno produtor rural de Andirá, norte do Paraná, preocupado em não conseguir viver no campo plantando grãos. Já tinha propostas de trabalhar como empregado na cidade, mas decidiu apostar na fruticultura. Com orientação de técnicos da Emater transformou meio alqueire de sua propriedade num bananal. Correu riscos – “não tem como segurar essa lavoura” – , aprendeu com a cultura – “foi um sofrimento doido” – e levou um susto quando disseram que para transportar a carga, ele tinha que comprar colchões. A aposta e o sacrifício valeram a pena. Hoje, Sargi conseguiu implementar um selo para sua produção (banana do Preto Sargi) e tem o produto conhecido pela qualidade, o que garante compradores certos. Também passou da condição de empregado a empregador. Sargi é o presidente da Associação dos Produtores de Banana de Andirá. São 34 só- cios que produzem 640 mil caixas por ano em 200 alqueires de bananal. Esses números tornam a região de Andirá, a segunda em produção de banana no Estado, perdendo apenas para o litoral. A experiência no cultivo de banana, que agregou valor ao Produto Interno Bruto do município de Andirá – a cultura responde por 20% do PIB com ocupação de apenas 10% da área agricultável do município foi apresentada durante painel do 7º Encontro Paranaense de Fruticultura realizado pelo Instituto Emater, na ExpoLondrina. Também foram apresentadas experiências com a cadeia produtiva do morango, que conta com 530 hectares cultivados no Estado; maracujá, com 300 hectares e uva , que chega a 6 mil hectares cultivados, com destaque para o projeto de industrialização da Cooperativa Corol de Rolândia. Rendimento O engenheiro agrônomo Fernando Teixeira, da Emater de Andirá, contou que o projeto de fruticultura voltada para o cultivo de banana foi implantado na região em 1994 com 13 produtores. Hoje são 100 produtores, uma área de 1,6 mil hectares e produtividade média de 30 mil quilos por hectare. A produção é ininterrupta. Cerca de 80% segue para atacadistas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. “Um hectare de banana rende R$ 6 mil para o produtor enquanto a rentabilidade da soja fica em R$ 1 mil por hectare”, ilustrou Teixeira. Além disso, emprega mão de obra familiar – cada 2 há dá um emprego – e possibilita remuneração diária, semanal ou mensal ao produtor. Outro ponto importante, segundo o agrônomo, é o baixo uso de produtos químicos. Outro incentivo para aderir ao plantio é o mercado. Segundo Teixeira, a banana é o quarto produto mais consumido do mundo, perdendo apenas para o trigo, milho e arroz. Se for só entre as frutas, é a mais consumida. Divulgação Projetos mostram bons resultados no PR Trabalhos com orientação da Emater melhoram a produtividade dos agricultores Gargalos Apesar dos bons resultados do projeto existem “gargalos”, explicou Teixeira. Um deles é a baixa quantidade de chuva na região. Há um ano, alguns projetos com irrigação foram implantados mostrando que vale a pena o investimento. En- quanto o custo de produção aumenta 20% é possível dobrar a produção de 30 mil para 60 mil quilos por hectare, contou o agrônomo. Outras questões importantes são fitossanitárias, como a sigatoka negra, praga que ataca as folhas da bananeira e que Cultivo de frutas amplia renda Normas técnicas para produção integrada de nos municípios paranaenses Todos os municípios do Paraná em que a fruticultura se destaca entre as cinco maiores atividades da agropecuária apresentam a maior renda bruta gerada no campo e se tornaram prósperos nos últimos 10 anos. Além do faturamento bruto das frutas ser maior na comparação com outras culturas, essa conjuntura elevou a participação das prefeituras no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e proporcionou maior retorno financeiro ao município. Conforme levantamento do Valor Bruto da Produção (VBP) correspondente ao ano de 2006, feito pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab/PR), o faturamento bruto da fruticultura no Paraná atingiu R$ 663,54 milhões. A maior participação dessa renda foi composta pelo cultivo de citrus (laranja, tangerinas e limão), que gerou uma renda bruta de R$ 171 milhões, seguido da uva que proporcionou renda de R$ 155,2 milhões, e das frutas de caroço, que gerou um faturamento bruto de R$ 64,2 milhões. Para o secretário Valter Bianchini, a fruticultura entra como opção rentável para pequenas áreas e como integrante de diversificação para a Agricultura Familiar. Além do elevado retorno financeiro, a atividade gera empregos no campo com a ocupação de mão-de-obra familiar ou contratada. morango são aprovadas Retorno Financeiro Segundo a responsável técnica pelo cálculo do VBP, Gika Andretta, os municípios que incrementaram a fruticultura são os primeiros em arrecadação vinda da agropecuária em suas respectivas regiões. O setor gera, em média, um faturamento bruto de R$ 10 mil por hectare. Como o VBP tem peso de 8% na composição do Fundo de Participação dos Municípios, a renda com a fruticultura está proporcionando retorno financeiro maior do ICMS estadual. “O aumento da renda bruta no campo gera mais dinheiro em circulação no município movimentando setores do comércio, indústria e serviços”, afirmou. O levantamento mostra que nos municípios onde ocorreu o incremento na fruticultura nos últimos 10 anos, pode ser constatado o aumento na arrecadação. Até em municípios com vocação para o plantio de grãos está ocorrendo o avanço do cultivo de frutas. É o caso de Andirá, onde o plantio de banana tem crescido acentuadamente. Em Corumbataí, no Centro-Oeste do Estado, o plantio de maracujá entrou como substituto de café e os produtores estão satisfeitos com o retorno financeiro. Os núcleos regionais que mais arrecadaram com o cultivo de frutas em 2006 foram o de Curitiba e Maringá, que juntos responderam por 33% da fruticultura estadual. Os campeões em arrecadação com o cultivo de frutas em todo o Estado foram Marialva, seguido de Cerro Azul. Dos 29 municípios que compõem o núcleo regional de Maringá, Marialva obteve a maior arrecadação com a agropecuária, em função do cultivo de uva de mesa. Só a fruta foi responsável por 50% da arrecadação total do município com o setor primário que atingiu R$ 121 milhões naquele ano. Produtores de maçã divulgam resultados A Associação Brasileira de Produtores de Maçã - ABPM analisou os principais números do segmento referentes à temporada 2007/08 e apresentou os dados à seus associados no início de abril. A colheita da variedade Gala foi concluída consolidando-se o número anteriormente previsto, ou seja, quebra de 15% em relação à safra 2006/07. A colheita da Fuji está adiantada em aproximadamente 20 dias e deverá registrar quebra também ao redor dos 15%. A safra 2007/08, portanto, no conjunto de todas as variedades deverá ser de 840 mil toneladas, contra 993 mil colhidas na safra anterior. As normas técnicas específicas para a Produção Integrada de Morango foram publicadas no mês de abril, no Diário Oficial da União (DOU). O objetivo é que esse instrumento auxilie na produção de alimentos seguros, de qualidade e que respeitem o meio ambiente. A Instrução Normativa n° 14 considera como pequeno produtor de morango aquele que cultiva até 1,0 hectare por ciclo de produção e recomenda a vinculação desse produtor a uma entidade de classe ou a uma associação envolvida com a Produção Integrada de Morango. Os procedimentos de colheita e pós-colheita do morango são efetuados de forma cuidadosa para evitar danos às frutas. Além disso, é necessário evitar a exposição ao sol ou à chuva, bem como utilizar caixas plásticas limpas e hi- gienizadas. Periodicamente são realizadas amostragens de frutas para a verificação de resíduos de agrotóxicos. De acordo com o coordenador-geral de Sistemas Agropecuários de Produção Integrada (Sapi), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Luiz Carlos Bhering Nasser, os produtores participaram de todas as etapas dos projetos pilotos de Produção Integrada de Morango e as normas foram validadas a campo, com a orientação técnica das coordenações nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. “Essa Instrução Normativa constitui uma vitória da parceria públicoprivada entre a cadeia produtiva do morango e as entidades dos governos estaduais e federal, sob a coordenação do Mapa”, enfatizou. requer um controle tecnológico para não inviabilizar economicamente a atividade, e adubação. “Não existe balanço nutriconal para o solo do norte do Paraná. Até agora copiamos modelos de Santa Catarina e do Litoral”, disse Teixeira. Da Redação Câmara setorial aprova regulamento para o cacau O regulamento técnico da amêndoa do cacau foi apresentado, em abril, pelos representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Agronegócio do Cacau e Sistemas Florestais Renováveis, em Brasília. O documento aprovado em encontro nacional foi apresentado à Câmara pela Divisão de Normas Técnicas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura (Mapa); agora vai para a apreciação da Consultoria Jurídica do Ministério e em seguida será publicado no Diário Oficial da União (DOU), informou a fiscal federal agropecuária Karina Fontes Coelho Leandro. A partir da publicação no DOU, a amêndoa de cacau passa a ter um padrão oficial de qualidade adequado à realidade brasileira. SECA, GRANIZO, GEADA. QUANDO O CLIMA NÃO ESTÁ AO SEU LADO... ...NÓS ESTAMOS VERDE RURAL CORRETORA DE SEGUROS (43) 3344-0888 - Rua Gago Coutinho, 281 - Jd. Caravelle Londrina - PR - CEP 86039-190 [email protected] / www.verderural.com.br 10 abril / maio de 2008 Avicultura – Programa vai investir R$ 10 milhões para a construção de novos aviários Avepar assina Convênio de Integração Rural grupo Avepar Aves do Parque, fornecedor de pintinhos de um dia para as principais empresas avícolas do Sul do país, apresentou aos parceiros o projeto da nova unidade de abate que será reconstruída em Abelardo Luz, Santa Catarina. Durante a ExpoFemi, feira agropecuária realizada em Xanxerê/ SC, também formalizou o convênio de Integração Rural com o Banco do Brasil, BB Convir, no valor de R$ 10 milhões para a construção de novos aviários. A nova unidade de abate será reconstruída no mesmo local, em uma área de terra de 270 mil m², com 15 mil metros quadrados de área construída e deve ser concluída em setembro de 2008. A área coberta de 15 mil m² vai abrigar a unidade frigorífica e unidades de apoio. De acordo com Waldir Tochetto, da empresa de engenharia responsável pela execução e acompanhamento da obra, o projeto terá a mesma concepção, linhas e dimensões do frigorífico inaugurado no ano passado e apenas foram incluídas algumas melhorias. A Avepar vai passar a produzir, abater, industrializar e comercializar carne de frango, com capacidade de abate de 10.000 aves por hora. O nível tecnológico de automação do frigorífico pode ser comparado aos mais modernos do mundo, o que assegura a qualidade e competitividade da carne produzida. Empregos De acordo com secretário de Desenvolvimento Regional (SDR), Julião Bodanese, “além da geração de empregos e retorno econômico para região, a Avepar contribui para a agregação de valor para a indústria avícola”. Para Ademar Trentini, produtor de frango e Honorino Antônio Bortoluzi, produtor de milho, a integração agrega valor a propriedade e proporciona nova fonte de renda. Bortoluzi produz milho para Avepar há 3 anos e comenta que esse foi um ano atípico de colheita e que tiveram uma produtivi- dade equiparada aos grandes produtores como Estados Unidos, em média 150 sacas por hectares. Trentini é novo no setor de avicultura, construiu o aviário em Abelardo Luz há pouco tempo e já comemora a produção de 60 mil aves por lote. A empresa vai gerar mais de 3.000 empregos diretos e indiretos. O convênio firmado com o Banco do Brasil por um ano, com possibilidade de extensão, vai possibilitar a parceria entre a Avepar e os produtores rurais integrados, disponibilizando recursos para operações de custeio, de investimento ou de comercialização de seus produtores integrados. Divulgação O Investimento vai propiciar a geração de novos empregos Da Redação IV Prêmio Big Integração reúne UE libera milho transgênico para alimentação animal e humana parceiros na ExpoLondrina A União Européia autorizou a importação, o processamento e a utilização da variedade de milho GA21 geneticamente modificada em rações animais e em alimentos para humanos. A autorização apenas complementa a legislação que, anteriormente, havia liberado a comercialização de rações animais e alimentos humanos derivados do GA21. Com a nova autorização, a libera- Divulgação O evento foi realizado, em abril, no recinto José Garcia Molina, no Parque de Exposições Ney Braga, durante a ExpoLondrina 2008. Alem dos integrados campeões, foram homenageados os pioneiros na criação de aves na região. O Premio Big Integração, na sua 4ª edição, é uma forma de reconhecimento público aos integrados que obtiveram os melhores índices em produtividade e qualidade no manejo de aves por faixa de criação, ou seja, criadores de 0 a 20.000 frangos produzidos; 20.000 a 40.000 frangos; 40.000 a 60.000 frangos; e na ultima faixa dos criadores de capacidade acima de 60.000 frangos. Os campeões receberam troféus, medalhas e prêmios em dinheiro. Vejam quais foram os campeões por região: Bicampeão da região 1 - Maria Inês Costeski, de Londrina/ PR; Campeão da região 2 José Aparecido Melcheor, de Primeiro de Maio/PR; Campeão da região 3 - Kasuo Ishii, de Marilândia do Sul/ PR; Campeão da região 4 – Jorge Mees, de Primeiro de Maio/PR; Campeão da região 5 - Guilherme Fanelli, de Astorga/PR; Campeão da região 6 - Luiz Barbieri, de Londrina/PR; Campeão da região 7 - Arnaldo Rissi, de Florestópolis/PR; Campeão da região 8 – Ulisses Teodoro de Lima, de Leópolis/PR; Campeão da região 9 - Odair Buzolin Franco, de Arapongas/PR; Campeão da região 10 - José Mariano Dias, de Marumbi/PR; Campeão da região 11 – Aguinaldo Roberto Faleiros Cruz, de Borrazópolis/PR; e Campeão da região 12 - Arnaldo Campiolo, de Astorga/PR. Premiação por faixa de produção: com produção de até 20.000 aves ao integrado do município de Borrazópolis/PR, Aguinaldo Roberto Faleiros Cruz; com produção de 20 a 40 mil aves ao integrado do município de Marumbi/PR, José Mariano Dias; com produção de 40 a 60 mil aves ao integrado do município de Cambé/PR, João Luiz Perucci Sobrinho; e com produção superior a 60 mil aves ao integrado do município de Astorga/PR, Arnaldo Campiolo. O presidente da Big Frango, Evaldo Ulinski. entregou o troféu ao grande campeão geral do “IV Prêmio Big Integração” ao integrado do município de Marumbi/ PR: José Mariano Dias. O relatório anual da União Brasileira de Avicultura (UBA) sobre o desempenho da avicultura brasileira no decorrer de 2007 mostra apenas para as cinco primeiras integrantes da lista – Sadia, Perdigão, Seara, Doux Frangosul e Eleva (ex-Avipal), estabilidade de posições em comparação a 2006. Já a partir da sexta posição registra-se grande “dança das cadeiras”, como mostra o quadro abaixo: ABATE DE FRANGOS As 25 maiores empresas em 2007, segundo o número de cabeças abatidas POSIÇÃO 07 1 3 Com o tema centrado no fortalecimento da cadeia produtiva, a AveSui América Latina 2008 - programada entre 13 e 15 de maio no CentroSul (Florianópolis/SC) - traz para o evento o diretor de relações internacionais da empresa Sadia, José Augusto Lima de Sá. Ele ministrará a palestra “A Expansão da Agroindústria nos Mercados em Desenvolvimento”. Especialista no mercado externo, o executivo discutirá temas relacionados às tendências de produção, comércio e consumo, mercado mundial de carnes, perspectivas para os próximos anos e a competitividade global da indústria brasileira. Além disso, Lima de Sá tratará sobre os potenciais mercados onde o país poderá abrir ou aumentar sua atuação. De acordo com o executivo, hoje os países emergentes, especialmente os asiáticos e africanos, abrigam as grandes oportunidades para a agroindústria brasileira. “A taxa de crescimento médio destes mercados é quase duas vezes maior do que a média mundial e tende a continuar crescendo pelo menos até o meio da próxima década, o que favorece o consumo”, ressalta Lima de Sá. Plataforma Mundial Somado ao forte crescimento, a escassez de recursos naturais, a crescen- te urbanização e a diminuição de áreas para o plantio implicam na busca por produtos de outras regiões. Segundo Lima de Sá, “neste cenário, o Brasil possui fatores competitivos essenciais e provavelmente irá despontar como a grande plataforma mundial de abastecimento de commodities agrícolas, desde que invista fortemente em qualidade, sanidade animal, infra-estrutura, inovação e sustentabilidade”, aponta o especialista. Outras informações sobre a AveSui 2008 podem ser obtidas pelo telefone (11) 2118-3133, pelo e-mail [email protected] ou consultadas pelo site www. avesui.com.br. Cadeia Alimentar e Saúde Animal e, posteriormente, no Conselho, a proposta foi reencaminhada à Comissão Européia (o órgão executivo da UE) que deu a palavra final sobre o assunto. A autorização é válida por 10 anos, e todos os alimentos - animais ou humanos, produzidos a partir do OGM liberado, estarão sujeitos a regras rigorosas de identificação e de rastreabilidade. UBA divulga as “25 mais do frango” em 2007 2 Executivo da Sadia aponta novas tendências para a expansão da agroindústria na AveSui ção alcança também o grão, possibilitando sua importação de terceiros países produtores desse tipo de OGM. Embora o produto tenha sido avaliado pelo EFSA, que atestou sua segurança alimentar, o cultivo do GA21 na União Européia continua proibido. Além disso, como os estados membros não haviam chegado à unanimidade absoluta pró ou contra a autorização no Comitê Permanente da 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 EMPRESA 06 (UNIDADES DE DEBATE) PARTIC. EM 2007 SC, PR, MG, MT, RS, DF 15,07% SC, RS, PR, GO, MT 12,51% SC, PR, SP, MT 5,59% ÁREA DE ATUAÇÃO (1) SADIA (2) PERDIGÃO (3) SEARA (4) DOUX RS, MS 5,29% (5) ELEVA RS, MS, BA 4,10% (6) DIPLOMATA PR, MS, SC 2,71% (7) AURORA SC, RS, MS 2,35% (8) DAGRANJA PR, MG 2,15% (9) PENABRANCA SP 1,48% (14) BIG FRANGO PR 1,57% (10) COPACOL PR 1,44% (17) KAEFER PR, RO, SP, ES 1,32% (11) FRANGO FORTE SP 1,16% (13) REI FRANGO SP 1,14% (15) C. VALE PR 1,13% (12) PIF PAF MG, RJ 1,06% (22) AD’ORO SP 0,93% (20) SERTANEJO SP 0,90% (19) PENASUL RS 0,90% (23) SÃO SALVADOR GO 0,89% (16) CÉU AZUL SP 0,85% (24) ANHAMBI MT, PR 0,82% (21) REGINAVES RJ 0,79% (18) LAR PR 0,78% (25) COPERGUAÇU SP 0,75% Fonte: UBA - Elaboração e análises: AVISITE Juntas, essas 25 empresas abateram, no ano que passou, perto de 3,3 bilhões de cabeças de frango, volume que, pelos números da UBA, correspondeu a cerca de 68% dos abates nacionais. Os outros 25 abatedouros que se seguem responderam por pouco mais de 12% dos abates, o que significa que as 50 maiores empresas do setor processaram pouco mais de 80% dos frangos abatidos no Brasil em 2007. 11 abril / maio de 2008 Trigo – Programa vai permitir aumento de 25% na produção da safra, garante o Mapa Plano Nacional de Trigo é aprovado umentar em 25% a produção de trigo da safra 2008/2009 é a principal meta do Plano Nacional de Trigo lançado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Este crescimento vai garantir uma produção de 4,75 milhões de toneladas, o que corresponde a 47% da demanda brasileira. A estimativa de aumento da produção de trigo tem como base a produtividade da safra atual, de 2,1 mil quilos por hectare. Entre as medidas do Governo de apoio ao trigo, destacam-se o reajuste de 20% no preço mínimo do trigo para a safra 2008/2009; a ampliação do limite de financiamento para custeio das lavouras de trigo de sequeiro, para R$ 400 mil por produtor, um reajuste de 33%; e a possibilidade de contratação de Empréstimo do Governo Federal (EGF) durante todo o ano, e não apenas no período de safra. As três medidas foram aprovadas Problema Conjuntural pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em abril. Estão previstas ainda a criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para comercialização com taxas de juros de 6,75% ao ano e a garantia de R$ 1,2 bilhão do crédito rural. Estimular a produção de trigo no Brasil é um desafio do Mapa, uma vez que a lavoura de trigo enfrenta grande risco climático. Para minimizar estes efeitos, o Mapa tem realizado estudos de zoneamento de risco climático para os principais estados produtores, inclusive para trigo irrigado nos estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste. Conta ainda com subvenção de 60% do valor do prêmio para contratação de Seguro Rural. O alto custo de produção é outro fator que inibe a ampliação da área de trigo no Brasil. A cultura, entretanto, tem papel relevante na produção de soja já que o trigo, ao ser cultivado em sucessão à oleaginosa, mantém o solo fertilizado. A produção acumulada de trigo no Brasil, entre 2000 e 2007, atingiu 29,2 milhões de toneladas, suficientes para cobrir 36% da demanda nacional pelo cereal que foi de 81,6 milhões de toneladas. Para complementar o abastecimento, foram importadas 52,4 milhões de toneladas, com custo de US$ 7,8 bilhões. Na safra 2006/2007, a produção brasileira de trigo foi de 3,2 milhões de toneladas e o consumo nacional, de 10,3 milhões de toneladas, ou seja, tivemos que importar 6,5 milhões de toneladas do cereal. Fatores externos também deixaram a conjuntura desfavorável, a partir do segundo semestre de 2007, como resultado da redução dos estoques mundiais, houve forte alta de preços da commodity, impulsionada pela quebra de safra de países produtores importantes e pelo aumento do consumo no mundo. Na Europa, houve uma redução de 5 milhões Divulgação A Meta é produzir 4,7 milhões de toneladas do produto de toneladas na produção e uma queda de 2 milhões de toneladas nos estoques. Entre as safras 1999/2000 e 2006/2007, o déficit mundial na relação produção/consumo foi da ordem de 63 milhões de toneladas de trigo, cerca de 10% da média anual da produção mundial no período. Aliado a isso, o custo de produção do trigo aumentou consideravelmente. Desde o segundo semestre de 2006, os preços dos insumos no mercado interno subiram entre 18% e 34%. Essa alta reflete a situação do mercado internacional que registrou a desvalorização mundial do dólar e forte aumento no consumo, principalmente de fertilizantes, nos países produtores. Da Redação Mercado de feijão deve se Plantio: Mapa divulga alerta manter estável nesta safra sobre o uso indevido de sementes piratas levantamento deste mês, os cálculos para safra de inverno nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul se mantêm estáveis. Preços A pesquisa realizada, no mês de abril, na região Centro-Oeste apresentou uma queda de 35,7 mil toneladas, saindo de 198,2 para 162,5 mil toneladas. Segundo o analista, a queda do preço neste início de ano tem levado alguns produtores a escolher o cultivo de milho, trigo e ervilha. “Nesta região as áreas irrigadas, fazem com que o clima interfira pouco no plantio. Isso leva alguns agricultores a optarem por outras culturas mais rentáveis”, ressaltou. Até o mês passado, a saca de feijão de 60 kg, que custava R$ 253 no atacado, em São Paulo, caiu Divulgação Com a previsão de 3,9 toneladas da safra de feijão, o risco da escassez e a alta do preço do produto ocorridas no Brasil no final de 2007 não deve se repetir este ano. Se as previsões da safra atual divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no início deste mês se confirmarem, o País terá produção suficiente para abastecer o mercado interno. A expectativa é que o consumo interno do feijão seja de 3,4 milhões toneladas, segundo análise do técnico da Conab, João Figueiredo Ruas. “A previsão, entretanto, depende da colheita da segunda safra (da seca) e da terceira (de inverno) que será semeada no próximo mês”, afirmou. Desde a primeira pesquisa, divulgada em outubro do ano passado, até o para R$ 170. No Paraná, o valor pago ao produtor caiu de R$ 220 para R$ 138. A redução de preços e o maior poder de compra do brasileiro fizeram o consumo subir neste início de 2008, diferente do que aconteceu nos dos últimos anos. De acordo com Ruas, o consumo do produto no Brasil tem diminuído nas últimas três décadas. “Em 1970, cada trabalhador comia por ano 27 kg de feijão e hoje não passa de 16 kg. A opção por fastfoods e outros alimentos oferecidos nos restaurantes é uma das responsáveis”. Pós-Colheita: Seminário será em Cascavel, no mês de maio A Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos) está divulgando o 5º Simpósio Paranaense de Pós-Colheita e 4º Simpósio Internacional de GrãosArmazenados, a ser realizado de 28 a 30 de maio, no Centro de Convenções e Eventos na cidade de Cascavel. Neste ano o seminário será realizado pela cooperativa central Cotriguaçu, com apoio das filiadas Coopavel, C.Vale, Lar e Copacol. O evento conta também com a co-promoção das cooperativas Agrária, Coamo, Integrada, Cocamar e da Embrapa Trigo, Codapar, Abcao, PUC PR, Conab, Unioeste e FAG. Temas Os principais temas a serem discutidos estão relacionados com o agronegócio: macroeconomia, agroenergia, energia elétrica (produção, distribuição e consumo), infra-estrutura e logística na pós-colheita (armazenagem, transporte e portuária), métodos físicos de controle de pragas e qualidade no armazenamento, desenvolvendo organizações de alta performance, cenário da produção (concentração de plantio, diferenciação de produtos), secagem de grãos (custos e equipamentos de seca- gem), certificação de unidades armazenadoras de grãos (operacionalização). Também a segurança no trabalho, relacionada com gases, poeira, explosões e manutenção de equipamentos terão lugar de destaque nas discussões. O programa completo do evento pode ser encontrado na página da Abrapos na Interner, no endereço: www.abrapos.org.br, através da qual também é feita a inscrição. Nessa página na Internet está disponível a relação de hotéis com endereço, telefone e email para reserva. “Atenção agricultor: antes de iniciar o plantio, verifique a procedência das sementes e/ou mudas que serão utilizadas em sua lavoura. O uso de produtos ‘piratas’ pode acarretar perda de produtividade, contaminação de outras culturas, por doenças ou pragas e baixa qualidade do produto final, além de sanções e multas previstas na Legislação Brasileiras sobre Sementes e Mudas, Lei nº 10.711 de 2003, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, avisa o alerta divulgado pelo órgão federal. Para produzir e comercializar sementes e mudas dentro dos critérios estabelecidos pela lei, o produtor deve estar inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) do Mapa. A inscrição só é possível depois de comprovados requisitos como: possuir tecnologia e maquinário adequados ao beneficiamento e à comercialização; supervisão de responsável técnico (agrônomo) e, a cada safra, informar a área de produção à Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do estado. No caso de cultivares protegidos, o interessado em produzir e comercializar sementes e mudas deve apresentar autorização do detentor do direito de proteção do cultivar. O agricultor que quiser saber se as sementes e mudas que serão usadas no plantio têm origem registrada no Renasem, deve consultar a SFA do seu estado. Denúncias de produção e comercialização de sementes e mudas “piratas” também devem ser feitas às SFAs. Blitz A Superintendência Federal de Agricultura do Paraná (SFA/PR) suspendeu a comercialização de 571.364 kg de sementes “piratas” durante as inspeções dos fiscais federais agropecuários, em 2007. Desse total, 62,1% eram de sementes ilegais de soja, 26,6% de milho e 11,3% de outras espécies. Foram emitidos ao todo no ano passado, 103 termos de fiscalização e 70 autos de infração. No Mato Grosso do Sul, foram suspensas a comercialização 151.750 kg de sementes de trigo, 701.920 kg de soja, 53.570 de cambre, 227.553 de forrageiras em razão das ações de fiscalização da SFA/MS. DAGUER ARMAZENAMENTOS Armazenamos seu café com taxas iguais a da CONAB Secamos e beneficiamos seu café Corretores especializados para exportação e mercado interno *sem comissão Seguro total Banco do Brasil Rua Padre Luiz Othon, 142 - Cambé-PR (43) 3254-3127 / (43) 9978-8841 Contato: Paulo Daguer Confiança e Qualidade Desde 1963 12 abril / maio de 2008 Evento – Exposição agropecuária paranaense registra público superior a 430 mil visitantes C AgroRede om o tema “Em busca da produção sustentável”, a 48ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina – 16ª Internacional, realizada de 3 a 13 de abril, chegou ao fim superando as metas definidas pela organização do evento. O crescimento geral da ExpoLondrina foi de 10,25% - o dobro do estabelecido pela organização -, impulsionado pelo bom momento da economia brasileira, em especial do setor de agronegócios. Segundo dados apurados pela organização da ExpoLondrina 2008, a comercialização nos 11 dias de evento foi de R$ 183.179.000,00. O número de visitantes também surpreendeu, atingindo 434.883 pessoas – crescimento de 6,56% ante 2007. “O poder aquisitivo da população aumentou e isso reflete no número de visitantes”, comentou o coordenador da ExpoLondrina, Gustavo Lopes Andrade. Além disso, acrescenta Alexandre Kireeff, presidente da Sociedade Rural do Paraná, entidade organizadora do evento, os resultados também foram influenciados pela excelente safra e preços das commodities. “O cenário econômico, de uma forma geral, ajudou bastante a obtermos esses resultados”, disse. Durante a feira, a equipe do jornal AgroRede Notícias fez a cobertura dos principais eventos da mostra paranaense e visitou também os estandes dos expositores. Confira alguns flashes da ExpoLondrina 2008: AgroRede ExpoLondrina 2008 movimenta R$ 183 milhões