maio é o mês de combate à Febre Aftosa

Transcrição

maio é o mês de combate à Febre Aftosa
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Vejas os
preparativos da
36ª Expoingá.
Pág. 7.
Confira a
cobertura da
ExpoLondrina
2008. Pág. 12.
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Nº 5, Ano 1 - Abril / Maio de 2008
Conheça a nova
seção de Agro
Lançamentos.
Pág. 7.
Campanha – Meta da Secretaria de Agricultura do Paraná é atingir 100% de imunização
Maio é o mês de combate à Febre Aftosa
Divulgação
Em maio, começa a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra febre
aftosa de 2008. Os produtores
que não aderirem à campanha
de forma voluntária vão receber multa no valor de R$ 81,44
por animal. A expectativa é
imunizar mais de 9,5 milhões
de cabeças, entre bovinos e
bubalinos. Pág. 6.
Leite: Preços
superam
recordes de 2005
Usinas já começaram a colheita da safra
A média dos três
primeiros meses deste
ano já é 13% maior que
a do mesmo período de
2005, mesmo descontando a inflação do período, segundo dados
do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea),
da Esalq/USP. Pág. 5.
Estimulada pela forte expansão do álcool no mercado e pelas
perspectivas de crescimento nas
exportações, a indústria brasileira vai esmagar mais de 550 milhões de toneladas de cana-deaçúcar na safra 2008. Segundo a
Ovinos: diretoria
da Câmara
Setorial do PR é
empossada
Divulgação
mento (Conab) é a maior safra da
história. Pág. 3.
Trigo: Plano Nacional
é aprovado
Divulgação
Os membros da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Paraná
tomaram posse na
abertura do 3º Encontro Estadual de Ovinocultura e 1º Seminário
Nacional de Carne Ovina, promovidos durante
a
ExpoLondrina
2008. Pág. 8.
Companhia Nacional de Abasteci-
Entre as medidas do Governo de apoio
ao trigo, destacam-se o reajuste de 20%
no preço mínimo do trigo para a safra
2008/2009 e a ampliação do limite de
financiamento para custeio das lavouras
de trigo de sequeiro. Pág. 11.
2
abril / maio de 2008
Opinião
Os vários interessados na carne brasileira
O
que significam,
para a Europa,
as exportações de carne
brasileira? E para o Brasil?
O que queremos como produtores de carne? Estas
duas perguntas são fundamentais para nortear o futuro da pecuária, seja ela
bovina, suína e avícola.
Para responder, é preciso
saber as verdades econômicas de cada segmento da
cadeia produtiva, incluindo
o governo. O que está ocorrendo hoje com a carne bovina, seguramente, pode
ocorrer com a carne de
frango, além do que dificulta também a abertura
do mercado europeu à carne suína brasileira.
O Brasil é um país que
pode suprir a Europa; tem
condições de atender às
mais diferentes demandas
da Europa, seja dos 12 países mais ricos, dos 15 países da zona do Euro ou
mesmo dos 27 da União Européia ampliada. Isso implica em ofertar animais
terminados em confinamentos, ou a carne “commodity”, ou mesmo a carne de baixo valor.
Para os brasileiros, as
exportações de carne bovina para a Europa têm um
efeito muito mais monetário que de volume. Em valor, as exportações de carne bovina representam
cerca de 32% da receita total; em volume, 15,2% do
total exportado e 3% do total de abate brasileiro.
Dentro da porteira,
fica fácil entender a vantagem competitiva do Brasil quando se comparam os
custos de produção nacional com o de países europeus. Aqui, em 2006, produzir 100 kg de carne
bovina custava entre US$
180 e US$ 200, sendo que o
produtor apurava com a
venda cerca de US$ 190. O
produtor brasileiro, portanto, foi forçado a buscar
mais eficiência e produtividade para se manter na
atividade.
Na Irlanda, que atualmente é o país europeu
que mais luta contra as importações de carne brasileira, o rebanho é por volta de 3 milhões de cabeças,
e o produtor despende cerca de US$ 430 por 100 kg
de carne produzida, recebendo cerca de US$ 300
pela venda da carne e mais
US$ 7 de subsídio direto.
Portanto, esses produtores
também estão se descapitalizando. Em 2003, porém, os irlandeses gastavam cerca de US$ 380
para produzir os 100 kg
de carne, recebiam US$
280 com a venda do produto e mais US$ 130 de
subsídio do governo.
Como se vê, nos últimos anos, ocorreu uma mudança da política agrícola
comum da Europa que gerou descontentamento dos
produtores daquele bloco.
Como eles não conseguiram
sensibilizar a comissão européia de agricultura para
evitar tais mudanças, passaram a investir contra as
importações do Brasil.
O subsídio é o motivo
fundamental pelo qual a
rastreabilidade funciona
bem na Europa, pois cada
produtor declara os animais e recebe um pagamento do governo. Lembrando que nos momentos
de crise aguda, tanto da
vaca louca quanto da febre
aftosa, o sistema expôs
muitas falhas.
A indústria européia
também não tem muita
vantagem em relação à indústria brasileira. A indústria brasileira, por raízes
históricas, tem um padrão
de funcionamento e controle que atende à demanda do mercado europeu.
Por isso, sempre teve facilidades em atender à demanda desse mercado. No
custo operacional padrão,
um frigorífico brasileiro
gasta cerca de US$ 180 por
carcaça, enquanto um
francês, US$ 400 e um holandês, US$ 550. Esses números mostram, portanto,
que, do ponto de vista econômico, as exportações
para Europa têm uma razão muito viável.
O terceiro grande interessado nessa história é o
consumidor brasileiro que,
em uma análise simplista,
poderia ser beneficiado com
a maior oferta de carne devido à suspensão das vendas
para a Europa e redução de
preços. Mas os números
mostram que isso não ocorreu. E por que não?
Neste ponto, é preciso entender a dinâmica das
exportações para a Europa. O boi pode ser fracionado em cerca de 420 produtos diferentes, entre
carnes e subprodutos - em
geral, são 12 cortes na
parte traseira do boi, 5 na
dianteira mais a chamada
de “ponta de agulha”, que
é a costela. O mercado europeu concentra suas compras nos cortes traseiros
filé mignon, alcatra, contrafilé, coxão mole e coxão duro; os demais ficam
para o mercado interno.
Os preços dos cortes
exportados para o mercado europeu são elevados e
isso explica a razão pela
qual pequenos volumes representam grandes recei-
tas. Por exemplo, o quilo
de filé mignon é vendido
para a Europa por cerca de
R$ 52,00; a alcatra, por R$
14,00 e o contrafilé, por
R$ 17,00. No mercado atacadista interno, esses cortes são comercializados
em torno de R$ 14,00/kg,
R$ 8,00/kg e R$ 9,00/kg
respectivamente.
Como o frigorífico não
pode tirar apenas esses
cortes da carcaça, é obrigado a comercializar a picanha, maminha e outros
cortes no mercado interno
a preços que, por vezes, é
inferior ao valor que precisaria ter para cobrir seus
custos e manter suas margens. A diferença vem das
exportações para a Europa. O consumidor brasileiro é beneficiado pelas promoções do varejo dos
cortes não exportados.
Um exercício com uma
planta padrão de um frigorífico que abate 1.000 cabeças por dia, supondo
uma margem líquida de
5%, mostra que tal unidade
industrial teria dois caminhos para manter essa
margem sem as exportações para a Europa. Um
deles é manter os preços
pagos pelo boi gordo e reajustar os preços da carne
ao consumidor com vistas
a manter a margem de comercialização, isto supondo que fosse possível o repasse de preços dos
frigoríficos para o varejo.
Outro é reduzir os preços
do boi para manter os preços da carne, neste caso
supondo que fosse possível
repassar aos produtores as
reduções de preços. Neste
exemplo, no caso de reajustar a carne ao consumidor, o
aumento deveria ser da ordem de 20%; doutra forma,
charge
EDITORIAL
o valor da arroba do boi teria de cair por volta de 17%.
Isso é apenas um exercício hipotético, uma vez
que o frigorífico não tem
capacidade de repassar integralmente esses valores
ao atacado/consumidor e
tampouco de reduzir o preço do boi. Alem disso, a
elevação dos preços da carne causa redução de consumo e, por conseqüência,
novos preços de equilíbrio
da carne e do boi.
O quarto interessado
é o consumidor europeu.
Ele precisa saber, entre
outros aspectos, que toda
a exigência à carne brasileira não é feita, por exemplo, para a carne proveniente de Botsuana, país
africano onde ocorreu um
foco de febre aftosa em
2006, mas que comercializa com carne bovina com a
Europa sem cotas ou sobretaxas. Ainda no aspecto de qualidade, merece
destaque o fato de que a
Irlanda teve os primeiros
casos de vaca louca. Além
disso, tem a questão do
preço. O italiano paga
cerca de R$ 70,00 por quilo de filé mignon e o inglês, R$ 80,00/kg de contrafilé. Até que ponto esse
consumidor está informado dessas questões?
Por fim, vale citar ainda que produtores, frigoríficos e consumidores precisam ficar atentos para as
falsas promessas, acusações e especulações. O
agente fundamental deste
jogo é o governo, que tem
a função de regulamentar e
fiscalizar os procedimentos
ao longo da cadeia. Para
isso, o governo federal recolhe impostos de todos os
elos da cadeia. Do abate
até a desossa, por exem-
plo, a indústria paga 29%
de impostos.
Esses valores entram
nos cofres do governo e deveriam pagar, por exemplo,
os gastos com a regulamentação e fiscalização do setor. A questão da rastreabilidade foi estabelecida para
atender a uma demanda
dos europeus, sendo que o
governo brasileiro assumiu
as tarefas de regulamentação e fiscalização. Vale
lembrar que nenhuma carne sai do Brasil sem o aval
do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Portanto, é
muito difícil para qualquer
pessoa do governo atribuir
ao produtor ou ao frigorífico a culpa pelo não funcionamento do sistema. Estes
podem ter suas parcelas de
culpa, mas dificilmente
agiriam sem que o governo
tivesse conhecimento.
A questão é saber se o
Brasil está disposto a manter o mercado, conquistado
com grandes dificuldades
e, se estiver, quais serão as
ações efetivas neste sentido? A questão de rastreabilidade necessita de muito
investimento com vistas a
se criar um produto confiável não apenas para a carne bovina que vai para o
mercado europeu, mas para
todos os produtos alimentícios ofertados para os brasileiros ou estrangeiros.
Para a indústria, o benefício é ter um produto confiável e, para o produtor, a
rastreabilidade pode ajudar na gestão do seu negócio. Enfim, das exigências
da Europa, é possível tirar
proveito para melhorar as
condições de todos os elos
da cadeia produtiva.
Autor: Sergio De Zen professor da Esalq/USP e
pesquisador do Cepea/Esalq/USP.
Contato: [email protected]
Expediente
Alimentos x Inflação
Nos últimos meses, há uma ampla discussão sobre a falta
de alimentos no mundo e o aumento inflacionário ocasionado
pela majoração dos preços de produtos, como o arroz, o milho,
o trigo, entre outros. Alguns especialistas condenam o Brasil
por incentivar projetos com biocombustíveis em detrimento da
produção de alimentos. Outros estudiosos atribuem à ganância
dos atravessadores do mercado o agravamento da situação.
Sabemos que o nosso País possui terras férteis suficientes
para realizar paralelamente os dois programas. Segundo dados
da Companhia Nacional de Abastecimento, divulgados recentemente, somente com quase 3% de áreas cultiváveis, o Brasil vai
produzir a maior safra da história de cana-de-açúcar dos últimos anos. Além disso, com outros cerca de 16%, o País consegue gerar mais de 130 milhões de toneladas de grãos. Ou seja,
temos todas as condições – clima, solo, mão-de-obra especializada, tecnologia avançada, entre outros atributos – para abastecer o mercado e se tornar o celeiro do agronegócio mundial.
Lamentamos apenas que as nações mais ricas do mundo
não se preocupam em reduzir os subsídios agrícolas e insistem
em criar novas barreiras comerciais, sanitárias e sociais. Ao invés de buscarem acordos comerciais que facilitem o acesso de
suas populações aos nossos produtos, preferem criticar a forma
de trabalho dos integrantes da cadeia produtiva brasileira.
Só esquecem de um detalhe: quanto mais eles criticam o
trabalhador rural brasileiro, mais o homem do campo acorda
cedo para melhorar a sua produção!
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Um celeiro de informações para o homem do campo!
Edição 5 – Ano I - Circulação Nacional
Abril / Maio de 2008
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Impressão
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serviços divulgados.
3
abril / maio de 2008
Cana-de-açúcar – A região Centro-Sul registrou um aumento de 15,64% na moagem do produto
Usinas já começaram a colheita da safra
o final de março,
algumas usinas já
começaram a colheita da safra 2008/09 no Estado de São
Paulo. A oferta de açúcar
cristal, porém, continuou
baixa, visto que a produção
inicial foi de álcool e de açúcar VHP. No mês, a média do
Indicador Cepea/Esalq de
açúcar cristal foi de R$
27,44/saca de 50kg, 4,71%
maior que a de fevereiro.
Para o álcool, os preços
também seguiram firmes em
março. O Indicador Cepea/
Esalq (estado de SP) do anidro teve alta de 2,9% frente
ao mês anterior, com média
de R$ 0,83151/litro (sem impostos). O hidratado valorizou 5,58% no período, com
média de R$ 0,75456/litro
(sem impostos).
Com a aproximação da
nova safra, algumas usinas
receberam propostas para
fechamento de negócios de
exportação de álcool, considerando-se, por exemplo,
um preço de álcool hidratado
carburante para a exportação de US$ 430,00/m3, na
condição PVU e sem impos-
tos, resultaria num valor de
R$ 721,80/m3 – dólar médio
da semana de US$ 1,6786.
Esse valor fica abaixo do Indicador Cepea/Esalq, mostrando que o valor no mercado interno (tomando como
base o estado de SP) está acima do preço de exportação.
Faturamento
Dados da Unica mostram que na safra 2007/08
foram moídas 431,1 milhões
de toneladas na região Centro-Sul, aumento de 15,64%
sobre a anterior (372,8 milhões de toneladas). No entanto, houve redução no
faturamento da cana, de R$
82,90/tonelada (2006/07)
para R$ 58,04/t. Desse montante, a quantia repassada
ao produtor de cana também foi menor, caindo de
R$ 50,40/t para R$ 35,50/t
na safra atual. O Açúcar Total Recuperável (ATR) ficou
em 144,74 kg por tonelada
de cana, inferior aos 146,92
kg em 2006/07. A produção
total de açúcar chegou a
26,2 milhões de toneladas,
aumento de 1,46% sobre a
safra passada, e a de álcool
totalizou 20,3 bilhões de litros, crescimento de 26,6%.
O estado de São Paulo foi
responsável por 68,7% do
total moído na região (representatividade anterior
era de 70,9%), com aumento de 12,07% na moagem,
mas queda no faturamento
líquido, de 21%.
Estoques
Quanto aos estoques de
álcool da safra 2007/08, a Unica estima volume de 2,8 bilhões de litros na região Centro-Sul, volume suficiente para
atender à demanda até o início oficial da safra 2008/09.
No estado do Paraná, cinco
usinas já iniciaram a moagem;
em São Paulo e no Mato Grosso
do Sul, as atividades estão
programadas para o final do
mês. De modo geral, usinas da
região Centro-Sul devem começar a moer até abril.
Para este ano, o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) publicou
novas estimativas. A produção de cana-de-açúcar do
País deve chegar a quase 550
Divulgação
N
Preços do álcool vêm se mantendo estáveis nos últimos meses
milhões de toneladas, superando em 6,7% o volume de
2007. Esse total de cana
deve ser colhido em 7,16 milhões de hectares (aumento
de 6,7%). A produtividade
deve continuar na faixa de
76,84 toneladas por hectare, segundo o IBGE.
Quanto à safra mundial
de açúcar, a F.O. Licht divulgou estimativa de que a produção atingirá 170,5 milhões
de toneladas em 2007/08,
crescimento de apenas 0,83%
sobre a estimativa anterior,
e o consumo será de 154,6
milhões de toneladas. Desse
total, os países asiáticos devem absorver 39,3% e os países sul-americanos, 24,2%.
Oferta e demanda serão
maiores do que na safra
2006/07, estimadas em
166,7 e 150,9 milhões de toneladas, respectivamente.
Da Redação
Nordeste apresenta alta Unica: Etanol de cana
nos preços do álcool
não interfere em preços
de alimentos
Nos estados do Nordeste, apesar de a procura não
ter sido significativa, os preços do álcool subiram, devido ao fim da safra na região.
Em Pernambuco, o Indicador
CEPEA/ESALQ do hidratado
teve média de R$ 0,82539/
litro, alta de 10,36% em relação ao mês anterior. Para
o anidro, o Indicador Cepea/
Esalq teve média de R$
0,94143/litro, aumento de
8,39%.
Em Alagoas, os Indicadores foram de R$ 0,92489/
litro (com impostos) para o
anidro e de R$ 0,82138/litro
(com impostos, exceto ICMS)
para o hidratado, altas de
6,36% e de 6,93%, respectivamente, sobre o mês anterior.
Segundo levantamento
do Sindicato da Indústria do
Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE),
boa parte das usinas do estado já encerrou a moagem
da safra 2007/08. Até o dia
15 de março, foram processadas 18,7 milhões de toneladas, volume correspondente a 96% do total previsto
– de 19 milhões de toneladas. A produção de álcool
atingiu 443 milhões de litros,
aumento de 35% frente à
temporada anterior. Para o
açúcar, foram produzidas
1,647 milhão de toneladas,
incremento de 21%.
Para o açúcar, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do
estado de Alagoas teve média de R$ 34,04/saca de 50
kg, alta de 16,92% sobre a
de fevereiro. Em Pernambuco, o Indicador mensal foi de
R$ 33,76/sc, aumento de
25,6%.
A relação entre a produção de etanol com o aumento dos preços dos alimentos
foi
contestada
durante o “Seminário Regional sobre Cana-de-Açúcar”,
em Olinda/PE, promovido
no mês de abril.
O consultor de meioambiente da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc,
que palestrou no evento,
esclareceu que está sendo
creditado indevidamente
ao etanol o aumento de
preços
dos
alimentos,
como se não houvesse outros motivos.
“Há uma série de preços subindo, começando
pelo petróleo, que serve
de matéria-prima para a
maior parte dos combustíveis que utilizamos hoje,
empregados inclusive no
transporte de alimentos”,
argumentou. “Além disso,
há aumentos de preços de
fertilizantes e de outros
insumos que também derivam do petróleo”.
Quebras
Szwarc lembrou ainda
que em 2007 houve quebras
de safras, como a do trigo,
por exemplo, devido às
questões ambientais, o que
provocou a redução dos estoques e, conseqüentemente, a alta dos preços.
Outro fator relacionado
por Szwarc ao aumento dos
preços dos alimentos é o
crescimento do consumo por
China e Índia. E também a
especulação financeira sobre
as commodities agrícolas.
Conab divulga estudo sobre uso
do bagaço de cana-de-açúcar
Diversificação é enfoque de
pela indústria na Agrishow
Seminário de Biodiesel
O aproveitamento do
bagaço da cana na geração
de energia elétrica é uma
das abordagens do estudo
inédito que será apresentado pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) durante a edição
da Agrishow 2008, em Ribeirão Preto, no interior
de São Paulo.
Esse resíduo sólido da
cana-de-açúcar representa
um volume aproximado de
280 quilos por tonelada do
produto processado.
Segundo a pesquisa, o
país produz atualmente 3,5
mil megawatts de energia
com a queima do bagaço. Se
as indústrias brasileiras dispusessem de equipamentos
modernos, cerca de 500 milhões de toneladas de canade-açúcar transformadas em
bagaço na safra atual, poderiam gerar até 15 mil megawatts de energia.
“O Brasil tem o privilégio ainda pouco explorado num assunto de alta relevância e sensibilidade. A
capacidade empresarial do
setor sucroalcooleiro e o
apoio do governo abrem um
futuro imenso para a utilização do bagaço de cana
como fonte de energia limpa e renovável”, afirmou o
presidente da Companhia
Nacional de Abastecimento, Wagner Rossi.
O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná
(Iapar), Ruy Yamaoka, salientou em sua palestra, no
4º Seminário de Biodiesel,
realizado durante a Exposição Agropecuária de Londrina, a importância da diversificação de cultivo de
matéria-prima para produção de biodiesel.
Segundo o pesquisador, hoje a soja corresponde a 99% das oleaginosas
produzidas. “Alguns dizem
que o Paraná nunca vai produzir biodiesel porque a
soja está nas mãos de cooperativas e multinacionais,
o que dificulta a sua disponibilidade para a produção
do combustível”, afirma.
Este é um dos motivos
que torna necessário o cultivo de outras oleaginosas
para complementar a soja
enquanto
matéria-prima
para a produção de biodie-
sel. A meta, apresentada
no Seminário, é introduzir
o cultivo de outras oleaginosas em três safras do
ano (verão, safrinha e inverno).
De acordo com Yamaoka, os estudos e pesquisas
estão sendo desenvolvidos
para a diversificação da
matéria-prima. O pesquisador afirma que as oleaginosas foram divididas em três
grupos.
4
abril / maio de 2008
Cooperativismo – Presidente da Cooperativa diz que está confiante com o crescimento do setor
Integrada participa da ExpoLondrina 2008
Cooperativa
Agroindustrial Integrada, que há 12 anos atua
com sucesso no mercado
agrícola na região Norte do
Paraná, participou mais uma
vez da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
A equipe do AgroRede Notícias esteve no estande da
cooperativa, durante a exposição, e conversou com o
presidente da Integrada,
Carlos Murate, que demonstrou estar confiante com a
perspectiva de mercado e
produtividade para este ano
de 2008. Murate disse que a
região norte do Paraná já
está com boa parte da soja
colhida, e que a Integrada
disponibiliza
engenheiros
agrônomos e técnicos agrícolas para atender seus cooCarlos Murate - Presidente da Cooperativa Integrada
perados, oferecendo tecnologia e todo suporte necessário para rentabilidade. “Os agricultores devem aproveitar o
momento. É preciso colher bem, utilizar das melhores tecnologias, ter maior produtividade
e comercializar para que se consiga o auge de todo o processo, tanto na produtividade,
quando na venda comercial de seus produtos”, afirmou o presidente da Integrada.
Participação
A Cooperativa Integrada possui mais de 50 unidades de recebimento em todo
Paraná, que encurtam a distancia entre o silo e a lavoura, gerando rapidez na
colheita e economia da produção.
Atualmente, a Integrada está presente em 41 municípios. Além do recebimento da produção, a cooperativa também realiza a
comercialização acompanhando em tempo real as
cotações das principais bolsas de mercadorias do mundo. Agregar valor nos produtos primários. Esta é a
meta da Integrada que hoje
fatura na área industrial
cerca de 15%, e o objetivo é
atingir 30%.
As perspectivas da Integrada, mediante o crescimento agrícola no cenário
nacional, são as melhores
dos últimos anos. Segundo
AgroRede
A
a diretoria da Integrada, o
aumento do consumo e a
renegociação das dívidas
entre o governo e os produ-
tores rurais vão permitir
que o mercado cresça cada
vez mais.
Da Redação
PR: Cooperativas de carnes nobres Cocamar está entre
as 100 empresas que
vão se organizar em central
Certificação
Para tanto, além da organização de uma cooperativa central de carnes nobres, o setor está preocupado
em buscar certificação. “Seriam padrões de produção a
serem seguidos por todas as
cooperativas. Seriam auditados propriedades, abatedouros, salas de desossa e
pontos de venda”, afirmou
Costa Júnior. Segundo ele, o
Governo do Estado colocou o
Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) a disposição
para fazer essa certificação.
Uma reunião marcada para
junho em Pato Branco, com
representantes do Tecpar e
das cooperativas de carnes
nobres irá discutir um manual de conformidade a ser
obedecido pelo setor.
O coordenador estadual de cooperativismo do Instituto Emater, José Custódio
Canto Guimarães Júnior
orientou que as cooperativas
interessadas em integrar a
central realizem assembléia
para ter a participação aprovada pelos cooperados e designar cinco delegados. Ele
explicou que a central de
cooperativas está praticamente constituída. “A prospecção de mercado está andando e quando tivermos
comprador certo, a cooperativa central será formalizada”, disse. Por lei, a central
de cooperativas, depois de
instituída, tem prazo de 180
dias para realizar a primeira
transação sob pena de ter
que rever todo o estatuto.
Cotriguaçu realiza assembléia
e prevê faturamento de R$
140 milhões
A Cotriguaçu, central
que congrega as cooperativas C.Vale, Coopavel, Lar e
Copacol, realizou sua Assembléia Geral Ordinária
(AGO) no final de março.
Durante a assembléia
foi definido o novo presidente da Central para o mandato de um ano, com a eleição
de Irineo da Costa Rodrigues.
Em 2007, a Cotriguaçu teve
um faturamento de R$ 101
milhões, resultados de R$
3,06 milhões e sobras de R$
1,2 milhão.
As metas da Central para
2008 são elevar o volume de
embarques para 2,5 milhões
de toneladas e atingir moagem
e vendas de 120 mil toneladas
de trigo. A cooperativa central
está ampliando gradativamente sua estrutura logística com
a compra, no ano passado, de
24 caminhões bi-trem. Atualmente, a Cotriguaçu gera 400
empregos diretos.
Divulgação
Cerca de 30 produtores
de carne de Londrina e 15
que integram a aliança mercadológica Quality, de Apucarana, participaram no mês
de abril, da assembléia da
aprovação do estatuto e fundação da Cooperativa de
Produtores de Carnes Nobres
de Londrina. A assembléia
ocorreu no encerramento do
4º Encontro de Alianças Mercadológicas, realizado no
auditório Milton Alcover, no
Parque Ney Braga, dentro da
agenda técnica da ExpoLondrina 2008.
Em outras regiões do
Paraná, os produtores já se
organizaram em cooperativas semelhantes - Umuarama, Paranavaí, Cascavel e
Pato Branco. Além de Londrina, estariam em formação
mais uma cooperativa em
Umuarama e outra em Guarapuava. “A intenção é agregar todas em uma cooperativa central, criando volume
de produção suficiente para
exportar, ganhando novos
mercados e buscando melhores preços”, explicou Carlos
Costa Júnior, coordenador do
grupo de coooperativas de
carnes nobres do Paraná
mais investem em TI
Carne de Qualidade
“Para nós é motivo de
orgulho esta reunião, principalmente porque há um ano,
com apoio da Emater, foi
lançada a idéia da criação
de uma aliança mercadológica que evoluiu para a associação dos produtores de
carnes nobres. A Sociedade
Rural do Paraná está de portas abertas para eventos
como estes, que buscam aumentar a tecnologia do produtor e aumentar sua remuneração”, disse o diretor da
SRP, Luigi Carrrer Filho, na
abertura do 4º Encontro de
Alianças Mercadológicas.
O diretor técnico da
Emater, Ademir Rodrigues,
lembrou da dificuldade de
formar uma associação para
viabilizar uma atividade que
não é fácil com grande qua-
lidade. “Esse grupo que está
aqui é uma quebra de paradigma: conseguimos formar
uma associação de produtores. E esse grupo serve como
referência”, declarou.
O chefe do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento
(Seab),
Gil
Abelin ressaltou a preocupação do governo do Estado em investir junto com a
SRP para a realização de
uma feira do mais alto nível especialmente na questão da sustentabilidade.
“O mercado hoje exige
esse cuidado”, comentou.
Ele disse também que o
programa Fábrica do Agricultor já está adquirindo
equipamentos para viabilizar a colocação de carnes
nobres no mercado.
Com US$ 2,89 milhões
investidos em 2007, a Cocamar (Maringá) ocupa o 59º lugar entre as 100 empresas
mais ligadas do Brasil, que
mais em investem em tecnologia da informação (TI), segundo levantamento realizado pela revista Info Exame
publicado na edição de abril.
A Cocamar que, no próximo
dia 20 de maio participará do
I Forum Citrix, em Iouston, no
Texas (EUA), vai apresentar
este caso de sucesso de aplicação de novas tecnologias
de informática, foi uma das
três selecionadas entre 76
empresas de todo o mundo.
As 100 empresas citadas
na matéria da Info Exame, investiram um total de US$ 2,9
bilhões em tecnologia da informação (TI) durante o ano
2007. O número de funcionários fixos de TI dessas empresas era de 17.838 e 12.196
terceirizados. Elas somaram
49.037 servidores, 661.210
desktop, 39.479 notebooks,
88 mainframes e 62.515 celulares. O Bradesco, o primeiro
da lista, tem 109 mil desktop,
2 mil notebooks, investiu US$
907 milhões em TI e tem 2.150
profissionais atuando no setor
de informática.
Automação
Recentemente, em apenas 45 dias, a Cocamar trocou
300 micros, implantando o
novo sistema da Citrix para a
automação de todos os processos, do controle da produção industrial e dos insumos.
Sem causar nenhum transtorno na dinâmica da empresa,
que fatura cerca de US$ 2 milhões ao dia. O coordenador
da área de informática da cooperativa, Marcos Enomoto comentou que a posição da cooperativa entre as 100 empresas
mais ligadas do Brasil é resultado dos investimentos realizados em TI para automação
dos processos.
Nos últimos 5 anos o setor recebeu atenção especial
visando sua modernização e
agilidade, o que permite a
atualização automática e remotamente dos dados referentes aos estoques da cooperativa,
antes
feitos
manualmente. “A cooperativa investiu em business inteligence. Chegou entre as
maiores porque investiu muito em TI”, afirma Enomoto. A
modernização também beneficia os agrônomos que vão a
campo, aparelhados com
Palm Top, nos quais estão armazenadas as informações
que precisam para orientação técnica. Os representantes comerciais fazem seus
pedidos de insumos via Web,
agilizando o processo e reduzindo custos.
Banco Mundial quer atuar junto às
cooperativas brasileiras
O presidente do Sistema OCB – Organização das
Cooperativas do Brasil,
Marcio Lopes de Freitas,
ao lado dos diretores do
conselho diretor mundial
da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), participou de uma reunião com o
assessor de política e estratégia do departamento
de desenvolvimento rural
do Banco Mundial, Christopher Delgado, na sede da
organização, em Washington (EUA).
Em pauta, a participação das cooperativas no
combate à pobreza, a partir de diagnóstico recente
elaborado pelo banco.
“Tendo em vista que
70% dos pobres do mundo
estão nas zonas rurais, o
Banco Mundial pretende
apoiar cooperativas em
iniciativas de desenvolvimento com agricultores.
Para os representantes do
Mundial, elas podem ser
um importante instrumento de combate à pobreza”,
salienta Américo Utumi,
assessor especial da Organização das Cooperativas
de São Paulo (Ocesp) e
membro do conselho diretor da ACI.
América do Norte
O presidente da Organização das Cooperativas
do Brasil foi convidado a
participar da reunião devido à importância brasileira
no cenário agrícola mundial. A especialista em
desenvolvimento
institucional do Banco Mundial
Julie Viloria-Willians, também participou da reunião,
que teve ainda a presença
do presidente da Organização das Cooperativas dos
Estados Unidos, Paul Hazen.
5
abril / maio de 2008
Pecuária de Leite – O preço médio do litro de leite registrou crescimento para o produtor e a indústria
A
média dos três primeiros meses deste ano já é 13% maior que a
do mesmo período de 2005,
mesmo descontando a inflação do período, segundo dados do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Em março, o preço
médio referente à produção de fevereiro foi de R$
0,7116/litro (sem o desconto do frete e dos impostos), 43% ou 21 centavos por litro acima da
média do mês verificada
entre 1998 e 2007. Essas
boas notícias ao produtor,
contudo, têm contraponto
no encarecimento dos insumos, principalmente do
sal mineral e dos grãos.
Nos seis primeiros meses de 2005, a média nacional (de sete estados: RS, SC,
PR, SP, MG, GO e BA) esteve
28% maior que a do primeiro
semestre dos dez anos anteriores (1995 a 2004). Agora,
em 2008, a média dos três
primeiros pagamentos já supera em 41% a do mesmo período dos dez anos anteriores (1998 a 2007).
Demanda
Os aumentos atuais de
preços refletem especialmente o aquecimento da demanda interna, uma vez que
as exportações absorvem
menos de 5% do leite formal.
De qualquer forma, o crescimento mês a mês deste canal de vendas não é nada
desprezível. Quanto ao mercado brasileiro, os fundamentos também indicam
continuidade do consumo.
Um dos que chamou a atenção recentemente foi o aumento de 37% do número de
contratações (cerca de 348
mil pessoas contratadas) em
janeiro e fevereiro deste
ano em relação ao mesmo
período de 2006, que era,
até então, o recorde.
No mercado de derivados lácteos, os aumentos
têm sido ainda maiores. Tomando-se como base os valores de janeiro de 2007, os
derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo
em janeiro de 2008, em termos reais, apresentaram um
aumento médio de 16,65%,
sendo que o leite em pó
(considerando-se o sachê
400g) subiu 32,8%, enquanto
a manteiga teve alta de apenas 1%. O leite UHT, produto
com maior correlação com o
preço ao produtor, valorizou
9% em igual período.
Captação
Os preços altos têm
estimulado pecuaristas a
Divulgação
Preços atuais superam recordes de 2005
O aquecimento da demanda interna contribuiu para o aumento do faturamento
aumentar o volume produzido. O Índice de Captação
de Leite (ICAP-L/Cepea)
de fevereiro esteve 23%
superior ao do mesmo mês
de 2007. Comparando-se o
período de março 2006 a
fevereiro 2007 ao de mar-
ço 2007 a fevereiro 2008,
há um crescimento da ordem de 12%.
Da Redação
Seminário: Modelo de Câmara do Leite cria
grupos
para
avaliar
crédito,
negócio define sucesso
tributação e projeto de lei
da atividade leiteira
Diretrizes para melhorar a eficiência do negócio
leiteiro foram apresentadas
pelo engenheiro Sidney Baroni, da Emater de Maringá,
durante o 13º Encontro Regional do Leite, realizado na
ExpoLondrina, no Auditório
Milton Alcover - Parque Ney
Braga. Cerca de 500 pequenos criadores de gado de leite de vários municípios da
região participaram do encontro promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento
(Seab) e Instituto Emater.
Baroni integra a equipe de
12 profissionais do projeto
Vitória-Pró Amusep, de gestão e gerenciamento desenvolvido com pequenos produtores na região do
Arenito.
Segundo Sidney Baroni,
pesquisa realizada com 363
agricultores ligados à atividade leiteira para definir o
perfil da produção mostrou
que ainda há muito o que
avançar até chegar ao cenário ideal. No Paraná, segundo dados do Instituto Brasileiro
de
Geografia
e
Estatística, 118 mil famílias
vivem da atividade leiteira.
O Estado é o segundo produtor do País com 2,7 bilhões
de litros por ano, que representam 12% da produção nacional. Para Baroni, a produtividade nacional ainda é
baixa. Enquanto países como
Estados Unidos, Canadá e
Austrália a produtividade
por vaca chega a 8 mil litros
de leite por ano, no Brasil é
de 1,1 mil litros.
Viabilidade
Baroni listou outras variantes e índices para medir
a rentabilidade e viabilidade
do negócio: o capital investido para produzir um litro
de leite não deve passar de
R$ 1,20; a porcentagem de
matrizes no rebanho deve
ser maior que 55% ; matrizes
em lactação mais que 72%
do rebanho; produção mínima de 15 litros/dia por vaca
e a ocupação de matrizes
em lactação por hectare
deve ficar em 2,4.
Na pesquisa realizada
com criadores do Arenito,
todos os índices ficaram longe do ideal: capital investido por litro R$ 3, porcentagem de matrizes no rebanho,
46%; matrizes em lactação,
63%; produção de 7 litros/
dia e ocupação de uma matriz por hectare.
Ainda segundo o estudo, embora o potencial na
região seja de 1,8 milhão de
litros/dia, são captados apenas 18% - 330 mil litros/dia.
“Ampliando essa captação
em 30%, cerca de 210 mil litros/dia, com preço médio
de R$ 0,62 e margem de R$
0,22 por litro, o impacto na
economia local seria de R$
50 milhões”, ilustrou.
Suplementos minerais sobem
mais que o boi
Em um ano os suplementos minerais para bovinos subiram, em média, cerca de
80%. Entretanto alguns produtos subiram mais de 140%
no mesmo período. O aumento mais forte ocorreu de novembro de 2007 para cá. Desde então, os preços médios
acumulam alta de 61,2%, informa a Scot Consultoria.
A conta foi feita com
base em 83 suplementos mineralizados, de mais de 20
empresas, pesquisados pela
Scot Consultoria.Entre abril
de 2007 e abril de 2008, o boi
gordo subiu bem menos que a
média dos suplementos mineralizados, cerca de 36,70%.
Segundo as empresas
que comercializam os suplementos, as vendas estão dentro do esperado para o ano,
sendo que a demanda ainda
deve aumentar com a proximidade dos confinamentos.
A Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva do Leite e
Derivados aprovou em abril,
a criação de grupo temático
para discutir linhas de crédito para o setor de lácteos e
acompanhar a reforma fiscal
e tributária, por meio de
proposições de interesse do
setor de leite.
No início de maio, a câmara setorial deverá encaminhar à Secretaria de Política Agrícola (SPA), sugestões
para serem analisadas e incluídas no Plano Agrícola e
Pecuário 2008/2009.
Durante a 1ª Reunião
Extraordinária de 2008
também foi criado o grupo
temático para acompanhar
a tramitação do Projeto de
Lei 6.919/2006, que altera
a Lei 11.265 sobre a comercialização de alimentos para lactantes e crianças na primeira infância.
Integram o grupo, representantes do Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e
de empresas públicas e
privadas.
Riispoa
A atualização do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Pro-
dutos de Origem Animal
(Riispoa), que está sendo
elaborado pelo Mapa e que
seguirá para consulta pública, também foi tema da
reunião. Os membros da
câmara pretendem analisar o documento concluído. De acordo com o coordenador-geral
para
Pecuária e Culturas Permanentes da SPA, João Antônio Fagundes Salomão,
este tema deve se nortear
em princípios como a diminuição da burocratização
do regulamento e a punição severa dos fraudadores
de leite.
Confepar promove assembléia
para aprovação de contas de 2007
Para definir metas e
divulgar o que foi realizado
no ano de 2007, foi realizada no final de março, a 26ª
Assembléia Geral Ordinária
(AGO) da Confepar, em
Londrina. Delegados das
oito cooperativas filiadas,
gerentes da Confepar, entre outras autoridades,
acompanharam a assembléia, que foi dirigida pelo
presidente da cooperativa
Renato José Beleze e pelo
vice-presidente Sebastião
Jamil Beleboni. O Sistema
Ocepar foi representado
pelo superintendente, José
Roberto Ricken.
De acordo com Beleze, os programas propostos
pela Confepar têm surtido
efeitos positivos e beneficiado aos cooperados que
entregam leite nas filiadas. “É uma alegria nossa
ver como o cooperado tem
aceitado bem o Programa
de Pagamento por Qualidade do Leite, que leva toda
a transparência e preço
justo ao produtor leiteiro”, afirma o presidente,
citando um desses programas que obtiveram êxito
no ano de 2007.
Expectativa
Antes do gerente Administrativo e Financeiro da
Confepar, Cláudio Brito, iniciar a demonstração dos ba-
lancetes e de outros dados
do Relatório Anual, Beleze
falou que para este ano de
2008 a Confepar está otimista, pois conseguiu recuperar sua margem no mercado no ano anterior.
“Conseguimos crescer aproximadamente 50% no ano
passado, quando comparamos com os resultados do
ano de 2006”. Outro assunto citado por Beleze disse
respeito à inauguração da
nova unidade da Confepar
em Pato Branco. Na AGO, os
investimentos foram aprovados, os quais proporcionarão aumento da capacidade produtiva e redução
de custos logísticos.
6
abril / maio de 2008
Pecuária de Corte - Quem não aderir à campanha no PR receberá multa no valor de R$ 81,44 por animal
E
ntre os dias 1º e
20 de maio, começa a primeira etapa da
campanha estadual de vacinação contra febre aftosa
de 2008. Os produtores que
não aderirem à campanha
de forma voluntária vão receber multa no valor de R$
81,44 por animal . O custo
com a vacinação compulsória dos animais será revertido para o produtor.
A campanha deste ano
terá como foco a intensificação da vigilância permanente na área de fronteira entre
Paraná e Paraguai. Com a
preocupação de intensificar
a vigilância nessa região, haverá vacinação acompanhada em todas as propriedades
limítrofes a outros países e
estados. Conforme georreferenciamento feito pela Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento do Paraná,
deverão ser visitadas cerca
de 2.300 propriedades.
Para o secretário Valter
Bianchini, a vacinação e o
controle da febre aftosa na
região de fronteira tornam-se
cada vez mais importantes.
Essa preocupação decorre das
condições e períodos de campanha serem diferentes nos
dois territórios: Paraguai e
Paraná. “Daí a necessidade
de se evitar imprevistos em
relação à aftosa”, afirmou.
(DSA), Marco Antonio Teixeira
Pinto, é importante o produtor
se engajar na campanha, auxiliando o serviço público, informando as propriedades que
não tenham feito a vacinação,
para que a fiscalização possa
atuar com mais rapidez.
Em campanhas anteriores, a Secretaria da Agricultura contou com a ajuda da
Itaipu Binacional para fazer o
georreferenciamento de todas as propriedades existentes ao longo da fronteira.
Esse trabalho permite a localização imediata de qualquer
uma delas, o que significa
agilidade no combate à ocorrência de focos da doença ou
mesmo de suspeitas.
Esse procedimento atende às normas da Organização
Mundial de Saúde Animal
(OIE), que não descarta a
ocorrência da aftosa, mas determina que o combate seja
imediato quando a doença se
manifestar. “O georreferenciamento permite agilidade
aos procedimentos”, explicou
Teixeira Pinto.
Previsão
Está prevista a vacinação de 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos
em todo o Estado. Nessa
campanha a Secretaria está
com sua estrutura técnica
reforçada, com a incorporação de 45 médicos veterinários ao Departamento de Fiscalização (Defis). Com isso
espera-se atingir melhores
índices de vacinação, ou
manter os já obtidos em
anos anteriores, que foram
superiores a 98%.
Na última campanha de
vacinação realizada no Paraná, em novembro de 2007, o
índice foi de 98,44%. O objetivo é vacinar 100% do rebanho. “Para isso contamos
com a participação do produtor, que é responsável
pela segurança do seu plantel”, afirmou o secretário.
Para o chefe da Divisão
de Defesa Sanitária Animal
Iniciativa Privada
De acordo com o técni-
AEN/PR
Maio é o mês contra a febre aftosa
Meta da SEAB/PR é imunizar mais de 9,5 milhões de cabeças
co, a Secretaria vai recorrer
novamente à iniciativa privada para realizar com êxito a
vacinação acompanhada. Os
técnicos das cooperativas,
sindicatos rurais e prefeituras
deverão contribuir nas visitas
às propriedades para que a
vigilância seja intensificada.
Essa primeira etapa da
campanha deste ano será
iniciada com a expectativa
do reconhecimento internacional do Estado como área
livre de febre aftosa com
vacinação. Os documentos,
que comprovam que não há
riscos da doença no Paraná,
já foram enviados pela Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento e pelo Ministério da Agricultura à Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE).
Oficialmente, o Paraná está sem a ocorrência
da doença desde 2005 e,
desde então, a Secretaria
vem reforçando a vigilância em todo o Estado, principalmente na região de
fronteira com estados e
países vizinhos, para evitar a circulação do vírus da
doença.
Da Redação
Práticas que melhoram
a eficiência na pecuária e
podem garantir maior espaço no mercado. Estas são
algumas das vantagens que
o pecuarista pode obter
com a aplicação de práticas
ensinadas na palestra “Manejo Racional e Bem Estar
Animal” que foi apresentada no estande da Campos &
Carrer, instalado na ExpoLondrina 2008.
O médico veterinário
Jefferson Campos afirma
que os métodos e procedimentos que caracterizam as
práticas corretas de manejo
e o bem-estar animal serão
a novas barreiras que poderão limitar os negócios.
“Hoje já temos as barreiras
sanitárias e tarifárias, mas a
questão do bem-estar e ma-
nejo já começam a influenciar no mercado,” afirma.
Campos observa que
essas práticas devem ser
adotadas desde o nascimento do animal, com a cura
correta do umbigo, até o
embarque e transporte para
o abate. “Um trabalho de
dois anos para se produzir
um bom animal pode ser
perdido na hora do embarque feito de maneira inadequada, que pode provocar
lesões na carne e redução no
valor recebido”, comenta.
Segundo Campos, os
consumidores também estão
atentos a estes cuidados com
os animais. “Na Europa, por
exemplo, os consumidores
querem saber a origem do
animal que vão comer, como
eles foram criados, se houve
AgroRede
Cuidados com bem-estar animal podem Cinco shoppings de animais serão
garantir mais eficiência na pecuária
realizados durante a ExpoZebu 2008
Jefferson Campos
emprego de trabalho infantil
ou escravo”, observa.
No Brasil, estas questões ainda não interferem
no preço final pago ao produtor, diz Campos, mas a
grande vantagem em adotar as práticas corretas
está no ganho de eficiência. “É com a eficiência
que o pecuarista vai ter
vantagens econômicas que
vai garantir a sua permanência na atividade”, diz.
PR, SP e MS voltam a exportar
carne bovina à Rússia
Os estados de Mato
Grosso do Sul, Paraná e
São Paulo estão autorizados a voltar a exportar
carne bovina in natura
para o mercado russo. O
Serviço Veterinário e Fitossanitário da Rússia comunicou oficialmente, durante o mês de abril, ao
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa) a liberação de 40
novos estabelecimentos.
Além dos estados de
Mato Grosso do Sul, Paraná
e São Paulo, os 40 estabelecimentos autorizados estão localizados também
em Goiás, Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio Grande
do Sul, Tocantins, Rondônia e Santa Catarina. Atualmente, há 158 estabelecimentos habilitados a
exportar carnes (bovina,
suína e aves) para a Rús-
sia. Entre os dias 12 e 23
de fevereiro, técnicos russos visitaram 45 estabelecimentos em dez unidades
federativas, dos quais, cinco ainda estão em análise
para liberação.
No final do mês de fevereiro, o chefe do Serviço
Veterinário e Fitossanitário russo, Sergey Dankvert,
a convite do secretário de
Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura,
Inácio Kroetz, visitou as
instalações do Serviço de
Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) no
Porto de Santos, no estado
de São Paulo.
Na ocasião, Dankvert
conheceu o sistema de
controle de entrada e saída de contêineres e elogiou o controle de segurança da carne realizado
pelo Mapa.
A ExpoZebu recebe
anualmente milhares de
criadores de zebu de diversos países. Em 2008, pelo
terceiro ano consecutivo, é
oferecida mais uma opção
para os pecuaristas que pretendem adquirir animais durante a feira. Paralelos aos
cinqüenta leilões de bovinos, serão realizados cinco
shoppings de animais oficializados pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu
(ABCZ).
Um deles será promovido pela Agropecuária Diamantino. O organizador do
evento, Frederico Diamantino, conta que o grupo teve
resultado crescente nos últimos anos com a realização
do shopping, por isso mantém a estratégia e com ótimas expectativas para a edição de 2008.
O pecuarista explica
que com preços fixos e sem
a pressão da batida do martelo, o shopping permite
uma análise melhor dos animais, inclusive possibilitando ao comprador verificar a
produção do zebuíno. O
comprador ainda vai ter contato direto com o dono ou
com a equipe que cuida do
animal no dia-a-dia. Ao contrário do leilão que vale o
maior lance, Diamantino
ressalta que no shopping é
possível pechinchar. “Em resumo é a velha forma de
compra na fazenda de produtor para produtor”, ressalta o criador.
Japaranduba
A marca Japaranduba,
da raça nelore mocho, comemora trinta anos em 2008
e também marca presença
com um shopping de animais
na ExpoZebu. O grupo vai
ofertar aproximadamente 60
animais, entre tourinhos
para reprodução, bezerras
de cocheira, matrizes, novilhas, além de embriões e sêmen de touros. Entre as fa-
cilidades
do
shopping
Japaranduba está a possibilidade de comprar gado em
14 parcelas com preço fixo.
A série de shoppings de
animais a ser realizada durante a maior feira de zebuínos do mundo - a ExpoZebu
- conta com outros três
eventos. São eles: Shopping
Aliança Brahman Expozebu
2008; Shopping Guzerá Leiteiro Uniube e Convidados e
Shopping Sete Estrelas.
A ExpoZebu 2008 será
realizada até o dia 10 de
maio. Com tema ‘Pecuária
Sustentável’, a feira é uma
realização da ABCZ, com patrocínio da Coca-Cola, Tortuga e Banco do Brasil, e
apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Apex-Brasil, Governo de Minas, Cemig,
Senar e Fazu.
Mais informações sobre
a ExpoZebu 2008 podem ser
consultadas no website:
www.expozebu.com.br
Adquira conosco a vacina contra a Aftosa!
Comércio
A Rússia é hoje o
maior comprador individual da carne brasileira e já
importa quase todo o volume comprado por 27 países
da União Européia que totalizou, em 2007, 952 mil
toneladas. Em volume, o
país responde por 16,29%
da exportação de carne
brasileira. No caso da carne bovina este percentual
chega a 28,8% quando se
trata de volume exportado
e a 22,6% em termos de
valores em dólares.
A proteina vermelha
brasileira foi responsável
pelo embarque de 461,9
mil toneladas, no ano passado, seguida da carne suína com 278,6 mil toneladas. Em valores, a carne
bovina nacional atingiu
US$ 1 bilhão e a suína US$
667,4 mil.
Evoluindo com a pecuária brasileira.
www.camposecarrer.com.br
7
abril / maio de 2008
AgroDestaque – Feira quer reunir mais de 600 mil visitantes no Parque Francisco Feio Ribeiro
SRM promove a 36ª Expoingá
U
ma das maiores
mostras da agropecuária nacional, principal vitrine de produtos e
serviços da região, segundo
o presidente da Sociedade
Rural de Maringá/PR (SRM),
Joaquim Romero Fontes, a
edição da Expoingá é precedida por números, cifras
e previsões otimistas. “Depois de dois anos de frustrações, primeiro com a
aftosa, depois com a quebra de produção e queda
de preços, apesar dos embargos à carne bovina brasileira em vários países, o
quadro se mostra favorável
à agropecuária, refletindo
diretamente nos preparativos da nossa feira.”
Esse sucesso já pode
ser observado com a reserva de todos os espaços
para acomodação de animais; também para os
grandes, médios e pequenos expositores. Faltando
pouco tempo para o início
da feira – 8 a 18 de maio –
restam apenas disputadas
áreas no Pavilhão Azul
Chrystina Barros, quando
serão totalizadas acima de
350 empresas que se farão
presentes na feira.
Comercialização
Os quase 100.000 metros quadrados do parque
receberão mais de 6 mil
animais – devido à grande
quantidade,
distribuídos
em dois turnos de participação na feira. A previsão
de todas as comercializações, inclusive dos expositores comerciais, industriais, é de R$ 100 milhões,
sendo cerca de R$ 70 milhões durante o evento e
outros R$ 30 milhões ao
longo do ano, decorrentes
de negociações iniciadas
no evento.
Se confirmadas as previsões de bom tempo, o público crescente a cada feira
será superior a 600 mil visitantes, com lotação de hotéis e cidades da região,
maior movimento no comércio do município e geração de aproximadamente
5.000 empregos diretos durante o evento.
na região), Mangalarga e Apaloosa.Também julgamentos
de gado Angus, Caracu, leiteiro, Girolando, Nelore Mocho,
Brahman, Nelore e de ovinos.
Leilões
Shows e Atrações
Mais de 70% dos bovinos
inscritos para a Expoingá, a
raça Nelore proporcionará
os maiores leilões da feira
com previsão de superar a
comercialização que chegou
a mais de R$ 3 milhões no
ano de 2007. Terá leilões elite no primeiro domingo, na
segunda-feira, terça-feira,
quarta feira e sexta-feira.
Serão realizados também
leilões de gado Angus, Gado
de Corte (dois leilões), Girolanda, Holandesa, de cavalos Quarto de Milha e de ovinos de alta linhagem.
A Expoingá terá shows
na arena central: Edson &
Hudson (dia 8), Tchê Garotos
(9), Guilherme & Santiago
(10), Inimigos da HP (11),
Léo & Giba (12), Fernando e
Sorocaba (13), Nazareth
(14), Vitor & Léo (17) e sensacional rodeio nas noites de
15, 16 e 18.
Vários
restaurantes
também apresentarão artistas, além da tradicional Barraca Universitária que trará
shows diários com os grupos
Tradição e Poerão, bandas
Veya e Bella Dona, Jads e
Jadson, João Carreiro e Capataz, Teodoro e Sampaio,
Rud & Robson, Zé Henrique
e Gabriel, João Paulo e Ricardo, João Neto e Frederico, entre outros.
Julgamentos e Provas
Na parte técnica da Expoingá estão programadas
provas e julgamento para os
cavalos das raças Quarto de
Milha, Crioulo (uma novidade
Da Redação
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Fone: 3025-3230 - [email protected] - www.agroredenoticias.com.br
Agro lançamentos
Caminhonetes: Robustez, funcionalidade e elegância
A Ford apresentou a
linha 2008 de sua picape
Ranger. Além de algumas
mudanças técnicas, em
especial na suspensão, a
novidade do veterano utilitário é a versão Sport, que chega com preço e predicados
para disputar espaço com as picapes pequenas, um dos segmentos mais aquecidos do mercado automotivo brasileiro.
A Ranger Sport traz, de série, direção hidráulica, arcondicionado, vidros e travas elétricos, controle elétrico dos
retrovisores, farol de neblina e rádio/CD com MP3. Ela oferece detalhes como pára-choque dianteiro, moldura da grade do radiador e capa dos espelhos na cor do veículo -- além
de rodas de 16 - e pneus Pirelli 245/70 Scorpion com a marca
e logotipo em branco. Além disso, o obrigatório vermelho foi
incorporado à paleta de cores (há ainda preto, prata, branco
e cinza).
A principal mudança foi na suspensão traseira, que teve
a distância entre os amortecedores (assimétricos: o esquerdo inclinado para trás, o direito à frente) aumentada em
43,5 cm. Isso significa que eles estão do lado de fora das
molas e bem mais próximos das rodas, “segurando-as” de
modo mais efetivo. Segundo a Ford, isso aumentou a capacidade de amortecimento em 55%. Já a direção hidráulica teve
sua dureza diminuída em 10%.
Chevrolet S10
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Ranger: Versão
Sport
A F-250 4x4 está com
design ainda mais robusto
e imponente. Agora, o
novo modelo chega às estradas com nova grade
dianteira e pára-choques
cromados, na versão XLT,
e cinza, na versão XL. Os
faróis estão mais resistentes com see-trough e lente de policarbonato.
Nissan Frontier
SEL 4x4
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Ford F-250 4X4
MaxPower Cabine
Dupla XLT
A linha da Chevrolet
S10 traz uma série de novidades que garantem ao
produto uma posição diferenciada em sua categoria. A principal delas é a
nova motorização diesel
eletrônico, que se enquadra aos novos padrões de emissões
EURO III, ainda mais potente, além de oferecer maior economia de combustível. Combinando maior potência com maior
torque, novo desenho da carroceria, novo acabamento interior, nova suspensão e o novo sistema Trac-Lock, a S10 apresenta robustez, dirigibilidade e capacidade de enfrentar os
obstáculos mais difíceis do território brasileiro.
O motor 2.8 diesel eletrônico é dotado de turbo e intercooler e conta com três válvulas por cilindro. Esta motorização desenvolve 140 cavalos de potência a 3.500 rpm e um
torque de 34,7 kgfm a partir de 1.800 rpm a 2.400 rpm.
Pensando em melhorar ainda mais o conforto do clientes, a S10 também dispõe de um equipamento muito desejado principalmente em viagens mais longas; ela vem equipada
com “cruise control” (Controlador de velocidade de cruzeiro) no modelo cabine dupla nas versões Tornado e Executive
equipadas com motor diesel.
Segundo especialistas
do setor, o bom desempenho da nova Nissan Frontier
SEL 4x4 pode ser creditado
à inédita transmissão de
seis velocidades, uma novidade da categoria. Importada da
Tailândia, ela reúne o conforto e os equipamentos encontrados em um carro de luxo, além de preço bastante atraente.
Seu sistema de injeção apresenta injeção direta e common rail. O comando de válvula é corrente, além de possuir
4 cilindros em linha e 16 válvulas DOHC.
Mitsubishi L200
HPE Outdoor
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Mais alta nas versões 4x4, a F-250 está pronta para passar por qualquer obstáculo. Além disso, possui uma nova caçamba com 8 pés, exclusiva para a versão cabine simples
4x4, que transporta tudo o que se pode imaginar.
O motor MaxPower Diesel é o mais moderno produzido
em parceria entre a Ford Brasil e a Cummins. Voltado para
um público que deseja elevada potência em motores Diesel
(200cv), foi o primeiro a receber o certificado Euro III, por
seu reduzido nível de emissão de gases poluentes. O sistema
eletrônico Common Rail permite controle da injeção de combustível e otimização do consumo.
Tem tração reduzida
e bloqueio do diferencial
traseiro, item que impede
que uma das rodas de trás
gire em falso quando não
está em contato com a superfície, jogando o torque para a outra.
O cruise-control e os bancos de couro são opcionais oferecidos por concessionárias. Outras características relevantes: Motor/posição: dianteiro / longitudinal; Construção/cabeçote/cilindrada (cm3): 4 cilindros em linha/8V/2474;
Potência (cv a rpm) (A/G): 141 a 4000; Torque (mkgf a rpm):
30,6 a 2000; Câmbio (tipo/marchas/tração): automático/4/4x4;
Direção (tipo/nº voltas): hidráulica / 3 voltas; Suspensão dianteira: independente com braços triangulares; Suspensão traseira: eixo rígido e molas elípticas; e Freios (tipo/dianteiro/
traseiro): hidráulico/disco ventilado/tambor
Toyota Hilux
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Nesta edição, vamos apresentar as novidades do mercado de caminhonetes no País. Conheça os principais modelos
lançados nos últimos anos pelas concessionárias do setor:
A Toyota tem uma
longa tradição de produzir
picapes com DNA de qualidade, durabilidade e confiabilidade. A nova Hilux é
a única que combina perfeitamente a robustez
Toyota com um conforto jamais visto numa picape. Seu design inovador e seu interior completamente recriado estabelecem uma nova referência para o mercado.
Os comandos ergonômicos do painel, o maior espaço
interno e a maior distância entre os bancos garantem completo conforto, inclusive para os passageiros de trás. A transmissão automática Toyota com controle eletrônico (ECT)
permite troca de marchas suave, com engates precisos. Tudo
isso aliado à potência de 163 cv do motor Toyota turbo diesel
intercooler D-4D, ao novo chassi de alta rigidez e à nova
suspensão dianteira com molas helicoidais, resultam num
absoluto conforto de rodagem.
8
abril / maio de 2008
Ovinos – Cooperativa consegue resultado extraordinário com apenas dois anos de fundação
Coopercapanna aumenta 182% volume de vendas
s membros da
Câmara Setorial
de Caprinos e Ovinos do Paraná tomaram posse na
abertura do 3º Encontro Estadual de Ovinocultura e 1º
Seminário Nacional de Carne
Ovina. O gerente eleito da
Câmara, Ricardo Luca, e o
secretário-geral,
Valmor
Pietsch, assinaram o termo
de compromisso da posse.
Todos os outros membros
também assinaram o termo.
A Câmara Setorial é
mais um passo importante
neste momento de organização da cadeia produtiva do
setor. Ricardo Luca é também presidente da Coopercapanna e destacou durante
o evento os resultados já alcançados nos dois anos de
fundação da cooperativa.
Entre eles, está o aumento
de 182% no volume de vendas de carne de carneiro,
saltando de 313 quilos para
883 quilos.
Esta evolução é resultado de outras conquistas do
setor, como: regularidade da
oferta de carne inspecionada
com rigor sanitário; origem
conhecida através da rastreabilidade pelo sistema Bollus;
técnicas de produção que
respeitam o meio ambiente;
peso da carcaça de 13 a 18
quilos; e idade do animal
abatido entre 3 e 8 meses.
capanna. Os subprodutos da
atividade, por meio da cooperativa também passaram
a ser vendidos. “Estamos
vendendo a lã, a pele e as
vísceras dos ovinos, que antes não eram aproveitados”,
afirmou Luca.
Perfil
Abate Clandestino
Todas estas medidas
implantadas com a criação
da Coopercapanna estão
mudando o perfil da ovinocultura na região, e acompanhando a proposta estadual
da
Emater
de
organização da cadeia produtiva de ovinocultura.
Luca salientou ainda
vantagens específicas do cooperativismo: troca de informações e união da classe
produtora; a profissionalização do produtor que passou
a ter acesso a cursos técnicos e palestras técnicas.
“Isso tudo profissionalizou o
nosso rebanho”, afirmou.
A comercialização feita
pela cooperativa também
está ajudando o ovinocultor
que compra insumos (medicamentos, ração e sal mineral) mais baratos na Cooper-
O abate clandestino
ainda é o maior desafio do
setor no Paraná. Luca afirmou que a Câmara Setorial
será importante no combate
a esta situação. “O abate
clandestino ainda atrapalha
em muito o mercado da Coopercapanna e do Paraná
como um todo”, afirmou.
Segundo ele, o consumo per capita de carne de
carneiro em Londrina é de
500 gramas/ano, o que exige um abate de 16.276 carcaças/ano e 1.356/mês.
“Temos uma projeção que
para atender esta demanda
é necessário um rebanho de
20 mil matrizes. A Coopercapanna tem 6 mil, o que indica que o restante é de carne
clandestina e importada”.
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O
Da Redação
Medidas adotadas pelos ovinocultores estão mudando o perfil da região Norte do PR
Caprinos/Ovinos: Câmara
Setorial pede apoio para
destravar programa sanitário
Iapar entrega 40 reprodutores de caprinos
a criadores do Sudoeste do PR
A Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva de Caprinos
e Ovinos do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu
pedir o apoio da Câmara Temática de Insumos Agropecuários para resolver o problema de falta de antígenos nos
laboratórios
credenciados
pelo Mapa. As substâncias
são usadas para diagnosticar
as doenças que atingem caprinos e ovinos e só são produzidas no exterior. A escassez desse material foi
apontada como um entrave à
implantação do Plano Nacional de Sanidade de Caprinos
e Ovinos (PNSCO).
Segundo o presidente
da Câmara, que também preside a Comissão Nacional de
Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Edílson Maia, a intenção é
promover o diálogo entre
empresas de produtos veterinários, produtores e Governo
em busca de alternativas que
estimulem a produção nacional desses antígenos. Ele explicou que o alto custo da
importação e a burocracia
para registrar as substâncias
para produção no Brasil dificultam o acesso dos laboratórios. “A sanidade está diretamente ligada à existência
desses insumos. Se não exis-
tem, fica difícil dar continuidade ao programa”, comentou Maia.
para os prejuízos causados
pelas verminoses, que têm
sido responsáveis por perdas
nos rebanhos. A resistência
aos medicamentos tradicionais e o manejo inadequado
foram citados como estímulos às doenças causadas por
vermes. Para Maia, é preciso
investimento do Governo,
principalmente, na contratação de veterinários para
atender e orientar os produtores. “A verminose é o que
mais desestimula a atividade. Além de medicamentos,
é preciso ensinar ao produtor a prevenir”, sugeriu o
presidente da Câmara.
Desafios
O coordenador do PNSCO, Carlos Henrique Pizarro, ressaltou que a melhoria
da estrutura da rede de laboratórios e a execução de
atividades de educação sanitária são desafios do programa. Para Pizarro, é fundamental conscientizar o
produtor sobre a importância do controle sanitário.
“Não há como ter o produtor como parceiro nesse
processo sem ensinar, sensibilizar e dividir responsabilidades”, disse o coordenador. Ele citou ainda ações
prioritárias do programa
para 2008, como a entrada
em vigor de regulamentos
específicos ainda em análise no Mapa, o cadastro dos
estabelecimentos agropecuários com presença de
caprinos e ovinos, a educação sanitária e o treinamento de médicos veterinários.
A falta de informações que
ajudem a conhecer as diferenças regionais da caprinovinocultura, segundo Pizarro, é um obstáculo à
elaboração de um planejamento sanitário eficiente.
Os membros da Câmara
também chamaram atenção
A necessidade do Ministério da Agricultura priorizar
um programa de sanidade para
a caprinovinocultura foi destacada pelo deputado Afonso
Hamm (PP/RS), que participou
da reunião da Câmara. Segundo o parlamentar, a questão
sanitária é “o esteio da atividade”. Ele lembrou também a
necessidade de ações diferenciadas para caprinos e ovinos,
estímulo ao melhoramento
genético e redução da carga
tributária sobre a produção.
“O Brasil merece um programa consolidado no bom momento em que está em evidência a produção de
alimentos”, disse o deputado.
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O animal mais caro é da
raça Santa Inês, vendido por
Oraldi Martelli e Rodrigo, e
comprado por Maria Bottaro
Guiselini, por R$ 2.860,00. O
remate foi realizado no Recinto Horácio Sabino Coimbra
pelo Núcleo dos Criadores de
Ovinos do Paraná.
beneficiados também participarão de um curso sobre técnicas de manejo,
inclusive com aulas práticas. Todos os animais são
mestiços da raça Bôer, e
resultaram de projeto conduzido pelo Instituto Agronômico com recursos do
Programa Estadual de Caprinocultura.
Para realização do
evento, o Iapar tem como
parceiros a Secretária de
Agricultura/Deagro, Instituto Emater e a Associação
dos Caprinocultores do Paraná (Capripar). A cerimônia de entrega dos animais,
feita mediante sorteio entre os produtores, contou
com a presença do presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas
Picheth, além de autoridades estaduais e locais.
Suinocultura quer ampliar
consumo interno para
superar crise do setor
Apoio
ExpoLondrina: Leilão de ovinos e caprinos
totaliza mais de R$ 17 mil
O Leilão SRP Ovinos e
Caprinos, realizado durante a 48ª Exposição Agropecuário de Londrina, resultou
na
movimentação
financeira de R$ 17.700,00.
No remate, foram comercializados dez lotes, totalizando 29 animais.
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) repassou 40 reprodutores de caprinos para criadores da
região sudoeste, cadastrados no Programa Estadual
de Caprinocultura. A entrega foi realizada na estação experimental que a
instituição mantém em
Pato Branco.
Como parte da programação, os produtores
A suinocultura paranaense enfrenta uma das
maiores crises de sua história, que já se arrasta por
mais de dois anos. A afirmação é do presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Irineu Wessler,
que participou de um encontro técnico com criadores de suínos na ExpoLondrina 2008. “Há mais de
dois anos os produtores estão pagando para se manter
na atividade”, comenta.
Wessler afirma que o
problema surgiu com a divulgação de focos de aftosa
em animais do Paraná, o
que provocou o embargo
por parte da União Européia e da Rússia. Até outubro de 2005, quando surgiram os focos de febre
aftosa que provocaram as
restrições, o mercado russo
representava 80% das exportações de suínos do Paraná - 6 mil toneladas mensais ou US$ 15 milhões.
Com o embargo russo,
observa Wessler, o produto
ficou represado no mercado
interno, e o excesso de oferta afetou os preços pagos
aos produtores. O presidente da associação paranaense
afirma que os preços despencaram dos R$ 2,45 para
até R$ 0,90/kg.
Descaso
O embargo russo foi
suspenso em dezembro do
ano passado, mas segundo o
diretor de Suinocultura e
Melhoramento Genético da
Sociedade Rural do Paraná e
membro da associação paranaense, José Luiz Vicente da
Silva, a situação não melhorou para o setor. “A suspensão do embargo na prática é
uma mentira. Não há contratos de venda de suínos
para a Rússia”, afirma. Silva
criticou ainda o “descaso”
por parte do governo federal
com a suinocultura brasileira. “O governo anunciou que
irá lançar um pacote para
renegociar dívidas da agricultura, mas a suinocultura,
que está endividada também
por causa do embargo, não
foi contemplada”, afirma.
Wessler disse a associação vai promover diversas
reuniões com produtores do
Estado para levantar sugestões e reivindicações que
deverão ser encaminhadas
ao governo federal. Enquanto isso, o setor promove
campanhas para estimular o
consumo interno da carne
suína. Com o tema “Um Novo
Olhar Sobre a Carne Suína”,
o setor que ampliar o consumo interno, que segundo
Wessler, poderia absorver a
produção interna, reduzindo
a dependência das exportações. Segundo o Silva, o consumo per capita/ano no Paraná varia entre 15 e 17 kg e
no Brasil fica entre 11 e 12
kg. “Na Europa, o consumo
chega a 57 kg per capita/
ano”,compara Silva.
A campanha foi lançada
inicialmente em São Paulo
em redes de supermercados
com material informando as
vantagens nutricionais da
carne e com receitas culinárias do preparo do produto.
“Em alguns locais, as vendas
cresceram até 200%, sem
roubar espaço de outras carnes”, comenta.
Leilão
O Leilão de Suínos Paraná realizado no recinto de
suínos, durante a ExpoLondrina 2008, movimentou R$
10.890,00. Foram vendidos
14 lotes, sendo 3 da granja
Samolle, 7 da granja Bagdá
e 4 da granja Peru.
9
abril / maio de 2008
Fruticultura – Experiências com a banana, o morango, o maracujá e a uva foram apresentadas na ExpoLondrina
H
á 13 anos, Wilson
Sargi era um pequeno produtor rural de Andirá, norte do Paraná, preocupado em não conseguir
viver no campo plantando
grãos. Já tinha propostas de
trabalhar como empregado
na cidade, mas decidiu
apostar na fruticultura.
Com orientação de técnicos
da Emater transformou
meio alqueire de sua propriedade num bananal. Correu riscos – “não tem como
segurar essa lavoura” – ,
aprendeu com a cultura –
“foi um sofrimento doido”
– e levou um susto quando
disseram que para transportar a carga, ele tinha que
comprar colchões.
A aposta e o sacrifício
valeram a pena. Hoje, Sargi
conseguiu implementar um
selo para sua produção (banana do Preto Sargi) e tem o
produto conhecido pela qualidade, o que garante compradores certos. Também
passou da condição de empregado a empregador.
Sargi é o presidente da
Associação dos Produtores de
Banana de Andirá. São 34 só-
cios que produzem 640 mil
caixas por ano em 200 alqueires de bananal. Esses números tornam a região de Andirá,
a segunda em produção de
banana no Estado, perdendo
apenas para o litoral.
A experiência no cultivo de banana, que agregou
valor ao Produto Interno
Bruto do município de Andirá – a cultura responde
por 20% do PIB com ocupação de apenas 10% da área
agricultável do município foi apresentada durante
painel do 7º Encontro Paranaense de Fruticultura realizado pelo Instituto Emater, na ExpoLondrina.
Também foram apresentadas experiências com a
cadeia produtiva do morango, que conta com 530 hectares cultivados no Estado;
maracujá, com 300 hectares
e uva , que chega a 6 mil
hectares cultivados, com
destaque para o projeto de
industrialização da Cooperativa Corol de Rolândia.
Rendimento
O engenheiro agrônomo
Fernando Teixeira, da Emater
de Andirá, contou que o projeto de fruticultura voltada para
o cultivo de banana foi implantado na região em 1994
com 13 produtores. Hoje são
100 produtores, uma área de
1,6 mil hectares e produtividade média de 30 mil quilos
por hectare. A produção é
ininterrupta. Cerca de 80% segue para atacadistas do Rio
Grande do Sul, São Paulo, Mato
Grosso e Santa Catarina.
“Um hectare de banana rende R$ 6 mil para o
produtor enquanto a rentabilidade da soja fica em R$ 1
mil por hectare”, ilustrou
Teixeira. Além disso, emprega mão de obra familiar –
cada 2 há dá um emprego – e
possibilita remuneração diária, semanal ou mensal ao
produtor. Outro ponto importante, segundo o agrônomo, é o baixo uso de produtos químicos.
Outro incentivo para
aderir ao plantio é o mercado.
Segundo Teixeira, a banana é
o quarto produto mais consumido do mundo, perdendo
apenas para o trigo, milho e
arroz. Se for só entre as frutas, é a mais consumida.
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Projetos mostram bons resultados no PR
Trabalhos com orientação da Emater melhoram a produtividade dos agricultores
Gargalos
Apesar dos bons resultados do projeto existem
“gargalos”, explicou Teixeira. Um deles é a baixa quantidade de chuva na região.
Há um ano, alguns projetos
com irrigação foram implantados mostrando que vale a
pena o investimento. En-
quanto o custo de produção
aumenta 20% é possível dobrar a produção de 30 mil
para 60 mil quilos por hectare, contou o agrônomo.
Outras questões importantes são fitossanitárias, como a sigatoka negra, praga que ataca as
folhas da bananeira e que
Cultivo de frutas amplia renda Normas técnicas para
produção integrada de
nos municípios paranaenses
Todos os municípios do
Paraná em que a fruticultura
se destaca entre as cinco
maiores atividades da agropecuária apresentam a maior
renda bruta gerada no campo
e se tornaram prósperos nos
últimos 10 anos. Além do faturamento bruto das frutas ser
maior na comparação com outras culturas, essa conjuntura
elevou a participação das prefeituras no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e
proporcionou maior retorno
financeiro ao município.
Conforme
levantamento do Valor Bruto da
Produção (VBP) correspondente ao ano de 2006, feito pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento
(Seab/PR), o faturamento
bruto da fruticultura no
Paraná atingiu R$ 663,54
milhões. A maior participação dessa renda foi composta pelo cultivo de citrus
(laranja, tangerinas e limão), que gerou uma renda bruta de R$ 171 milhões, seguido da uva que
proporcionou renda de R$
155,2 milhões, e das frutas
de caroço, que gerou um
faturamento bruto de R$
64,2 milhões.
Para o secretário Valter
Bianchini, a fruticultura entra como opção rentável
para pequenas áreas e como
integrante de diversificação
para a Agricultura Familiar.
Além do elevado retorno financeiro, a atividade gera
empregos no campo com a
ocupação de mão-de-obra
familiar ou contratada.
morango são aprovadas
Retorno Financeiro
Segundo a responsável
técnica pelo cálculo do VBP,
Gika Andretta, os municípios
que incrementaram a fruticultura são os primeiros em
arrecadação vinda da agropecuária em suas respectivas
regiões. O setor gera, em
média, um faturamento bruto de R$ 10 mil por hectare.
Como o VBP tem peso de 8%
na composição do Fundo de
Participação dos Municípios,
a renda com a fruticultura
está proporcionando retorno
financeiro maior do ICMS estadual. “O aumento da renda
bruta no campo gera mais dinheiro em circulação no município movimentando setores do comércio, indústria e
serviços”, afirmou.
O levantamento mostra
que nos municípios onde ocorreu o incremento na fruticultura nos últimos 10 anos, pode
ser constatado o aumento na
arrecadação. Até em municípios com vocação para o plantio de grãos está ocorrendo o
avanço do cultivo de frutas. É
o caso de Andirá, onde o plantio de banana tem crescido
acentuadamente. Em Corumbataí, no Centro-Oeste do Estado, o plantio de maracujá
entrou como substituto de
café e os produtores estão satisfeitos com o retorno financeiro.
Os núcleos regionais que
mais arrecadaram com o cultivo de frutas em 2006 foram
o de Curitiba e Maringá, que
juntos responderam por 33%
da fruticultura estadual. Os
campeões em arrecadação
com o cultivo de frutas em
todo o Estado foram Marialva,
seguido de Cerro Azul.
Dos 29 municípios que
compõem o núcleo regional
de Maringá, Marialva obteve
a maior arrecadação com a
agropecuária, em função do
cultivo de uva de mesa. Só a
fruta foi responsável por 50%
da arrecadação total do município com o setor primário
que atingiu R$ 121 milhões
naquele ano.
Produtores de maçã divulgam resultados
A Associação Brasileira
de Produtores de Maçã - ABPM
analisou os principais números do segmento referentes à
temporada 2007/08 e apresentou os dados à seus associados no início de abril. A
colheita da variedade Gala foi
concluída consolidando-se o
número anteriormente previsto, ou seja, quebra de 15%
em relação à safra 2006/07. A
colheita da Fuji está adiantada em aproximadamente 20
dias e deverá registrar quebra
também ao redor dos 15%. A
safra 2007/08, portanto, no
conjunto de todas as variedades deverá ser de 840 mil toneladas, contra 993 mil colhidas na safra anterior.
As normas técnicas específicas para a Produção
Integrada de Morango foram
publicadas no mês de abril,
no Diário Oficial da União
(DOU). O objetivo é que esse
instrumento auxilie na produção de alimentos seguros,
de qualidade e que respeitem o meio ambiente.
A Instrução Normativa
n° 14 considera como pequeno produtor de morango
aquele que cultiva até 1,0
hectare por ciclo de produção
e recomenda a vinculação
desse produtor a uma entidade de classe ou a uma associação envolvida com a Produção Integrada de Morango.
Os procedimentos de colheita
e pós-colheita do morango
são efetuados de forma cuidadosa para evitar danos às
frutas. Além disso, é necessário evitar a exposição ao sol
ou à chuva, bem como utilizar
caixas plásticas limpas e hi-
gienizadas. Periodicamente
são realizadas amostragens
de frutas para a verificação
de resíduos de agrotóxicos.
De acordo com o coordenador-geral de Sistemas
Agropecuários de Produção
Integrada (Sapi), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
(SDC), Luiz Carlos Bhering
Nasser, os produtores participaram de todas as etapas dos
projetos pilotos de Produção
Integrada de Morango e as
normas foram validadas a
campo, com a orientação
técnica das coordenações
nos estados do Rio Grande do
Sul, São Paulo, Espírito Santo
e Minas Gerais. “Essa Instrução Normativa constitui uma
vitória da parceria públicoprivada entre a cadeia produtiva do morango e as entidades dos governos estaduais
e federal, sob a coordenação
do Mapa”, enfatizou.
requer um controle tecnológico para não inviabilizar
economicamente a atividade, e adubação. “Não existe balanço nutriconal para
o solo do norte do Paraná.
Até agora copiamos modelos de Santa Catarina e do
Litoral”, disse Teixeira.
Da Redação
Câmara
setorial aprova
regulamento para
o cacau
O regulamento técnico da amêndoa do cacau
foi apresentado, em abril,
pelos representantes da
Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva do Agronegócio
do Cacau e Sistemas Florestais Renováveis, em
Brasília. O documento
aprovado em encontro nacional foi apresentado à
Câmara pela Divisão de
Normas Técnicas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da
Agricultura (Mapa); agora
vai para a apreciação da
Consultoria Jurídica do Ministério e em seguida será
publicado no Diário Oficial
da União (DOU), informou
a fiscal federal agropecuária Karina Fontes Coelho
Leandro.
A partir da publicação
no DOU, a amêndoa de cacau passa a ter um padrão
oficial de qualidade adequado à realidade brasileira.
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10
abril / maio de 2008
Avicultura – Programa vai investir R$ 10 milhões para a construção de novos aviários
Avepar assina Convênio de Integração Rural
grupo Avepar Aves do Parque,
fornecedor de pintinhos de
um dia para as principais
empresas avícolas do Sul do
país, apresentou aos parceiros o projeto da nova unidade de abate que será reconstruída em Abelardo Luz,
Santa Catarina. Durante a
ExpoFemi, feira agropecuária realizada em Xanxerê/
SC, também formalizou o
convênio de Integração Rural com o Banco do Brasil,
BB Convir, no valor de R$ 10
milhões para a construção
de novos aviários.
A nova unidade de
abate será reconstruída no
mesmo local, em uma área
de terra de 270 mil m²,
com 15 mil metros quadrados de área construída e
deve ser concluída em setembro de 2008. A área coberta de 15 mil m² vai abrigar a unidade frigorífica e
unidades de apoio. De acordo com Waldir Tochetto, da
empresa de engenharia responsável pela execução e
acompanhamento da obra,
o projeto terá a mesma
concepção, linhas e dimensões do frigorífico inaugurado no ano passado e apenas foram incluídas algumas
melhorias.
A Avepar vai passar a
produzir, abater, industrializar e comercializar carne
de frango, com capacidade
de abate de 10.000 aves
por hora. O nível tecnológico de automação do frigorífico pode ser comparado aos mais modernos do
mundo, o que assegura a
qualidade e competitividade da carne produzida.
Empregos
De acordo com secretário de Desenvolvimento Regional (SDR), Julião Bodanese, “além da geração de
empregos e retorno econômico para região, a Avepar
contribui para a agregação
de valor para a indústria avícola”. Para Ademar Trentini,
produtor de frango e Honorino Antônio Bortoluzi, produtor de milho, a integração
agrega valor a propriedade e
proporciona nova fonte de
renda. Bortoluzi produz milho para Avepar há 3 anos e
comenta que esse foi um
ano atípico de colheita e
que tiveram uma produtivi-
dade equiparada aos grandes produtores como Estados
Unidos, em média 150 sacas
por hectares. Trentini é novo
no setor de avicultura, construiu o aviário em Abelardo
Luz há pouco tempo e já comemora a produção de 60
mil aves por lote.
A empresa vai gerar
mais de 3.000 empregos diretos e indiretos. O convênio
firmado com o Banco do Brasil por um ano, com possibilidade de extensão, vai possibilitar a parceria entre a
Avepar e os produtores rurais integrados, disponibilizando recursos para operações
de
custeio,
de
investimento ou de comercialização de seus produtores integrados.
Divulgação
O
Investimento vai propiciar a geração de novos empregos
Da Redação
IV Prêmio Big Integração reúne UE libera milho transgênico para
alimentação animal e humana
parceiros na ExpoLondrina
A União Européia autorizou a importação, o processamento e a utilização da
variedade de milho GA21 geneticamente modificada em
rações animais e em alimentos para humanos. A autorização apenas complementa
a legislação que, anteriormente, havia liberado a comercialização de rações animais e alimentos humanos
derivados do GA21. Com a
nova autorização, a libera-
Divulgação
O evento foi realizado,
em abril, no recinto José
Garcia Molina, no Parque de
Exposições Ney Braga, durante a ExpoLondrina 2008.
Alem dos integrados campeões, foram homenageados
os pioneiros na criação de
aves na região.
O Premio Big Integração, na sua 4ª edição, é
uma forma de reconhecimento público aos integrados que obtiveram os melhores
índices
em
produtividade e qualidade
no manejo de aves por faixa de criação, ou seja,
criadores de 0 a 20.000
frangos produzidos; 20.000
a 40.000 frangos; 40.000 a
60.000 frangos; e na ultima
faixa dos criadores de capacidade acima de 60.000
frangos. Os campeões receberam troféus, medalhas e
prêmios em dinheiro.
Vejam quais foram os
campeões por região: Bicampeão da região 1 - Maria
Inês Costeski, de Londrina/
PR; Campeão da região 2 José Aparecido Melcheor, de
Primeiro de Maio/PR; Campeão da região 3 - Kasuo
Ishii, de Marilândia do Sul/
PR; Campeão da região 4 –
Jorge Mees, de Primeiro de
Maio/PR; Campeão da região 5 - Guilherme Fanelli,
de Astorga/PR; Campeão da
região 6 - Luiz Barbieri, de
Londrina/PR; Campeão da
região 7 - Arnaldo Rissi, de
Florestópolis/PR; Campeão
da região 8 – Ulisses Teodoro de Lima, de Leópolis/PR;
Campeão da região 9 - Odair
Buzolin Franco, de Arapongas/PR; Campeão da região
10 - José Mariano Dias, de
Marumbi/PR; Campeão da
região 11 – Aguinaldo Roberto Faleiros Cruz, de Borrazópolis/PR; e Campeão da
região 12 - Arnaldo Campiolo, de Astorga/PR.
Premiação por faixa de
produção: com produção de
até 20.000 aves ao integrado
do município de Borrazópolis/PR, Aguinaldo Roberto
Faleiros Cruz; com produção
de 20 a 40 mil aves ao integrado do município de Marumbi/PR, José Mariano
Dias; com produção de 40 a
60 mil aves ao integrado do
município de Cambé/PR,
João Luiz Perucci Sobrinho;
e com produção superior a
60 mil aves ao integrado do
município de Astorga/PR,
Arnaldo Campiolo.
O presidente da Big
Frango, Evaldo Ulinski. entregou o troféu ao grande
campeão geral do “IV Prêmio
Big Integração” ao integrado
do município de Marumbi/
PR: José Mariano Dias.
O relatório anual da União Brasileira de Avicultura (UBA) sobre o desempenho da avicultura brasileira no decorrer de 2007 mostra apenas para as cinco primeiras integrantes da
lista – Sadia, Perdigão, Seara, Doux Frangosul e Eleva (ex-Avipal), estabilidade de posições
em comparação a 2006. Já a partir da sexta posição registra-se grande “dança das cadeiras”,
como mostra o quadro abaixo:
ABATE DE FRANGOS
As 25 maiores empresas em 2007,
segundo o número de cabeças abatidas
POSIÇÃO
07
1
3
Com o tema centrado
no fortalecimento da cadeia
produtiva, a AveSui América
Latina 2008 - programada
entre 13 e 15 de maio no
CentroSul (Florianópolis/SC)
- traz para o evento o diretor de relações internacionais da empresa Sadia, José
Augusto Lima de Sá. Ele ministrará a palestra “A Expansão da Agroindústria nos
Mercados em Desenvolvimento”.
Especialista no mercado externo, o executivo discutirá temas relacionados
às tendências de produção,
comércio e consumo, mercado mundial de carnes,
perspectivas para os próximos anos e a competitividade global da indústria brasileira. Além disso, Lima de
Sá tratará sobre os potenciais mercados onde o país
poderá abrir ou aumentar
sua atuação.
De acordo com o executivo, hoje os países emergentes, especialmente os
asiáticos e africanos, abrigam as grandes oportunidades para a agroindústria
brasileira. “A taxa de crescimento médio destes mercados é quase duas vezes
maior do que a média mundial e tende a continuar
crescendo pelo menos até o
meio da próxima década, o
que favorece o consumo”,
ressalta Lima de Sá.
Plataforma Mundial
Somado ao forte crescimento, a escassez de recursos naturais, a crescen-
te
urbanização
e
a
diminuição de áreas para o
plantio implicam na busca
por produtos de outras regiões. Segundo Lima de Sá,
“neste cenário, o Brasil
possui fatores competitivos
essenciais e provavelmente
irá despontar como a grande plataforma mundial de
abastecimento de commodities agrícolas, desde que
invista fortemente em qualidade, sanidade animal,
infra-estrutura, inovação e
sustentabilidade”, aponta
o especialista.
Outras informações sobre a AveSui 2008 podem ser
obtidas pelo telefone (11)
2118-3133, pelo e-mail [email protected]
ou
consultadas pelo site www.
avesui.com.br.
Cadeia Alimentar e Saúde Animal e, posteriormente, no
Conselho, a proposta foi reencaminhada à Comissão Européia (o órgão executivo da
UE) que deu a palavra final
sobre o assunto.
A autorização é válida
por 10 anos, e todos os alimentos - animais ou humanos,
produzidos a partir do OGM
liberado, estarão sujeitos a
regras rigorosas de identificação e de rastreabilidade.
UBA divulga as “25 mais
do frango” em 2007
2
Executivo da Sadia aponta novas
tendências para a expansão da
agroindústria na AveSui
ção alcança também o grão,
possibilitando sua importação de terceiros países produtores desse tipo de OGM.
Embora o produto tenha
sido avaliado pelo EFSA, que
atestou sua segurança alimentar, o cultivo do GA21 na
União Européia continua proibido. Além disso, como os estados membros não haviam
chegado à unanimidade absoluta pró ou contra a autorização no Comitê Permanente da
4
5
6
7
8
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25
EMPRESA
06



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
















(UNIDADES DE DEBATE)
PARTIC.
EM 2007
SC, PR, MG, MT, RS, DF
15,07%
SC, RS, PR, GO, MT
12,51%
SC, PR, SP, MT
5,59%
ÁREA DE ATUAÇÃO
(1)
SADIA
(2)
PERDIGÃO
(3)
SEARA
(4)
DOUX
RS, MS
5,29%
(5)
ELEVA
RS, MS, BA
4,10%
(6)
DIPLOMATA
PR, MS, SC
2,71%
(7)
AURORA
SC, RS, MS
2,35%
(8)
DAGRANJA
PR, MG
2,15%
(9)
PENABRANCA
SP
1,48%
(14)
BIG FRANGO
PR
1,57%
(10)
COPACOL
PR
1,44%
(17)
KAEFER
PR, RO, SP, ES
1,32%
(11)
FRANGO FORTE
SP
1,16%
(13)
REI FRANGO
SP
1,14%
(15)
C. VALE
PR
1,13%
(12)
PIF PAF
MG, RJ
1,06%
(22)
AD’ORO
SP
0,93%
(20)
SERTANEJO
SP
0,90%
(19)
PENASUL
RS
0,90%
(23)
SÃO SALVADOR
GO
0,89%
(16)
CÉU AZUL
SP
0,85%
(24)
ANHAMBI
MT, PR
0,82%
(21)
REGINAVES
RJ
0,79%
(18)
LAR
PR
0,78%
(25)
COPERGUAÇU
SP
0,75%
Fonte: UBA - Elaboração e análises: AVISITE
Juntas, essas 25 empresas abateram, no ano que passou, perto de 3,3 bilhões de cabeças de frango, volume que, pelos números da UBA, correspondeu a cerca de 68% dos abates
nacionais. Os outros 25 abatedouros que se seguem responderam por pouco mais de 12% dos
abates, o que significa que as 50 maiores empresas do setor processaram pouco mais de 80%
dos frangos abatidos no Brasil em 2007.
11
abril / maio de 2008
Trigo – Programa vai permitir aumento de 25% na produção da safra, garante o Mapa
Plano Nacional de Trigo é aprovado
umentar em 25% a
produção de trigo
da safra 2008/2009 é a principal meta do Plano Nacional de Trigo lançado pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(Mapa). Este crescimento vai
garantir uma produção de
4,75 milhões de toneladas, o
que corresponde a 47% da
demanda brasileira. A estimativa de aumento da produção de trigo tem como
base a produtividade da safra atual, de 2,1 mil quilos
por hectare.
Entre as medidas do
Governo de apoio ao trigo,
destacam-se o reajuste de
20% no preço mínimo do
trigo
para
a
safra
2008/2009; a ampliação do
limite de financiamento
para custeio das lavouras
de trigo de sequeiro, para
R$ 400 mil por produtor,
um reajuste de 33%; e a
possibilidade de contratação de Empréstimo do Governo Federal (EGF) durante todo o ano, e não apenas
no período de safra. As três
medidas foram aprovadas
Problema Conjuntural
pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), em abril.
Estão previstas ainda a
criação de uma Linha Especial de Crédito (LEC) para
comercialização com taxas
de juros de 6,75% ao ano e a
garantia de R$ 1,2 bilhão do
crédito rural.
Estimular a produção
de trigo no Brasil é um desafio do Mapa, uma vez que a
lavoura de trigo enfrenta
grande risco climático. Para
minimizar estes efeitos, o
Mapa tem realizado estudos
de zoneamento de risco climático para os principais estados produtores, inclusive
para trigo irrigado nos estados das regiões Centro-Oeste
e Sudeste. Conta ainda com
subvenção de 60% do valor
do prêmio para contratação
de Seguro Rural. O alto custo de produção é outro fator
que inibe a ampliação da
área de trigo no Brasil. A cultura, entretanto, tem papel
relevante na produção de
soja já que o trigo, ao ser
cultivado em sucessão à oleaginosa, mantém o solo fertilizado.
A produção acumulada
de trigo no Brasil, entre
2000 e 2007, atingiu 29,2
milhões de toneladas, suficientes para cobrir 36% da
demanda nacional pelo cereal que foi de 81,6 milhões
de toneladas. Para complementar o abastecimento, foram importadas 52,4
milhões de toneladas, com
custo de US$ 7,8 bilhões.
Na safra 2006/2007, a produção brasileira de trigo
foi de 3,2 milhões de toneladas e o consumo nacional, de 10,3 milhões de toneladas, ou seja, tivemos
que importar 6,5 milhões
de toneladas do cereal.
Fatores externos também deixaram a conjuntura
desfavorável, a partir do segundo semestre de 2007,
como resultado da redução
dos estoques mundiais, houve forte alta de preços da
commodity,
impulsionada
pela quebra de safra de países produtores importantes
e pelo aumento do consumo
no mundo. Na Europa, houve
uma redução de 5 milhões
Divulgação
A
Meta é produzir 4,7 milhões de toneladas do produto
de toneladas na produção e
uma queda de 2 milhões de
toneladas nos estoques.
Entre
as
safras
1999/2000 e 2006/2007, o
déficit mundial na relação
produção/consumo foi da
ordem de 63 milhões de
toneladas de trigo, cerca
de 10% da média anual da
produção mundial no período. Aliado a isso, o custo
de produção do trigo aumentou consideravelmente. Desde o segundo semestre de 2006, os preços
dos insumos no mercado
interno subiram entre 18%
e 34%. Essa alta reflete a
situação do mercado internacional que registrou a
desvalorização mundial do
dólar e forte aumento no
consumo, principalmente
de fertilizantes, nos países
produtores.
Da Redação
Mercado de feijão deve se Plantio: Mapa divulga alerta
manter estável nesta safra sobre o uso indevido de
sementes piratas
levantamento deste mês,
os cálculos para safra de
inverno nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul se mantêm estáveis.
Preços
A pesquisa realizada,
no mês de abril, na região
Centro-Oeste
apresentou
uma queda de 35,7 mil toneladas, saindo de 198,2 para
162,5 mil toneladas. Segundo o analista, a queda do
preço neste início de ano
tem levado alguns produtores a escolher o cultivo de
milho, trigo e ervilha. “Nesta região as áreas irrigadas,
fazem com que o clima interfira pouco no plantio. Isso
leva alguns agricultores a
optarem por outras culturas
mais rentáveis”, ressaltou.
Até o mês passado, a
saca de feijão de 60 kg,
que custava R$ 253 no atacado, em São Paulo, caiu
Divulgação
Com a previsão de 3,9
toneladas da safra de feijão,
o risco da escassez e a alta
do preço do produto ocorridas no Brasil no final de 2007
não deve se repetir este
ano. Se as previsões da safra
atual divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no início
deste mês se confirmarem,
o País terá produção suficiente para abastecer o
mercado interno.
A expectativa é que o
consumo interno do feijão
seja de 3,4 milhões toneladas, segundo análise do técnico da Conab, João Figueiredo Ruas. “A previsão,
entretanto, depende da colheita da segunda safra (da
seca) e da terceira (de inverno) que será semeada no
próximo mês”, afirmou.
Desde a primeira pesquisa, divulgada em outubro do ano passado, até o
para R$ 170. No Paraná, o
valor pago ao produtor caiu
de R$ 220 para R$ 138. A
redução de preços e o maior
poder de compra do brasileiro fizeram o consumo subir neste início de 2008,
diferente do que aconteceu
nos dos últimos anos.
De acordo com Ruas, o
consumo do produto no Brasil
tem diminuído nas últimas
três décadas. “Em 1970, cada
trabalhador comia por ano 27
kg de feijão e hoje não passa
de 16 kg. A opção por fastfoods e outros alimentos oferecidos nos restaurantes é
uma das responsáveis”.
Pós-Colheita: Seminário será
em Cascavel, no mês de maio
A Associação Brasileira
de Pós-Colheita (Abrapos)
está divulgando o 5º Simpósio Paranaense de Pós-Colheita e 4º Simpósio Internacional de GrãosArmazenados,
a ser realizado de 28 a 30 de
maio, no Centro de Convenções e Eventos na cidade de
Cascavel. Neste ano o seminário será realizado pela cooperativa central Cotriguaçu, com apoio das filiadas
Coopavel, C.Vale, Lar e Copacol. O evento conta também com a co-promoção das
cooperativas Agrária, Coamo, Integrada, Cocamar e
da Embrapa Trigo, Codapar,
Abcao, PUC PR, Conab, Unioeste e FAG.
Temas
Os principais temas
a serem discutidos estão
relacionados com o agronegócio: macroeconomia,
agroenergia, energia elétrica (produção, distribuição e consumo), infra-estrutura e logística na
pós-colheita
(armazenagem, transporte e portuária), métodos físicos de
controle de pragas e qualidade no armazenamento,
desenvolvendo organizações de alta performance,
cenário da produção (concentração de plantio, diferenciação de produtos),
secagem de grãos (custos e
equipamentos de seca-
gem), certificação de unidades armazenadoras de
grãos (operacionalização).
Também a segurança no
trabalho, relacionada com
gases, poeira, explosões e
manutenção de equipamentos terão lugar de destaque nas discussões.
O programa completo
do evento pode ser encontrado na página da Abrapos
na Interner, no endereço:
www.abrapos.org.br, através da qual também é feita
a inscrição.
Nessa página na Internet está disponível a relação de hotéis com endereço, telefone e email para
reserva.
“Atenção agricultor: antes de iniciar o plantio, verifique a procedência das sementes e/ou mudas que serão
utilizadas em sua lavoura. O
uso de produtos ‘piratas’ pode
acarretar perda de produtividade, contaminação de outras
culturas, por doenças ou pragas e baixa qualidade do produto final, além de sanções e
multas previstas na Legislação
Brasileiras sobre Sementes e
Mudas, Lei nº 10.711 de 2003,
do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa)”, avisa o alerta divulgado pelo órgão federal.
Para produzir e comercializar sementes e mudas
dentro dos critérios estabelecidos pela lei, o produtor
deve estar inscrito no Registro Nacional de Sementes e
Mudas (Renasem) do Mapa. A
inscrição só é possível depois
de comprovados requisitos
como: possuir tecnologia e
maquinário adequados ao beneficiamento e à comercialização; supervisão de responsável técnico (agrônomo) e, a
cada safra, informar a área
de produção à Superintendência Federal de Agricultura
(SFA) do estado. No caso de
cultivares protegidos, o interessado em produzir e comercializar sementes e mudas
deve apresentar autorização
do detentor do direito de proteção do cultivar.
O agricultor que quiser
saber se as sementes e mudas que serão usadas no
plantio têm origem registrada no Renasem, deve consultar a SFA do seu estado.
Denúncias de produção e comercialização de sementes
e mudas “piratas” também
devem ser feitas às SFAs.
Blitz
A
Superintendência
Federal de Agricultura do
Paraná (SFA/PR) suspendeu
a
comercialização
de
571.364 kg de sementes
“piratas” durante as inspeções dos fiscais federais
agropecuários, em 2007.
Desse total, 62,1% eram de
sementes ilegais de soja,
26,6% de milho e 11,3% de
outras espécies. Foram
emitidos ao todo no ano
passado, 103 termos de
fiscalização e 70 autos de
infração.
No Mato Grosso do Sul,
foram suspensas a comercialização 151.750 kg de
sementes de trigo, 701.920
kg de soja, 53.570 de cambre, 227.553 de forrageiras
em razão das ações de fiscalização da SFA/MS.
DAGUER
ARMAZENAMENTOS
Armazenamos seu café
com taxas iguais a da CONAB
Secamos e beneficiamos seu café
Corretores especializados para
exportação e mercado interno
*sem comissão
Seguro total Banco do Brasil
Rua Padre Luiz Othon, 142 - Cambé-PR
(43) 3254-3127 / (43) 9978-8841
Contato: Paulo Daguer
Confiança e
Qualidade
Desde
1963
12
abril / maio de 2008
Evento – Exposição agropecuária paranaense registra público superior a 430 mil visitantes
C
AgroRede
om o tema “Em
busca da produção sustentável”, a 48ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina – 16ª
Internacional, realizada de 3
a 13 de abril, chegou ao fim
superando as metas definidas pela organização do
evento. O crescimento geral da ExpoLondrina foi de
10,25% - o dobro do estabelecido pela organização -,
impulsionado pelo bom momento da economia brasileira, em especial do setor de
agronegócios.
Segundo dados apurados
pela organização da ExpoLondrina 2008, a comercialização
nos 11 dias de evento foi de
R$ 183.179.000,00. O número
de visitantes também surpreendeu, atingindo 434.883
pessoas – crescimento de
6,56% ante 2007. “O poder
aquisitivo da população aumentou e isso reflete no número de visitantes”, comentou o coordenador da
ExpoLondrina, Gustavo Lopes
Andrade. Além disso, acrescenta Alexandre Kireeff, presidente da Sociedade Rural do
Paraná, entidade organizadora do evento, os resultados
também foram influenciados
pela excelente safra e preços
das commodities. “O cenário
econômico, de uma forma geral, ajudou bastante a obtermos esses resultados”, disse.
Durante a feira, a
equipe do jornal AgroRede
Notícias fez a cobertura
dos principais eventos da
mostra paranaense e visitou também os estandes
dos expositores. Confira
alguns flashes da ExpoLondrina 2008:
AgroRede
ExpoLondrina 2008 movimenta R$ 183 milhões