Revista Fecomércio - Outubro

Transcrição

Revista Fecomércio - Outubro
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 209
Outubro de 2015
Fecomércio-DF se engaja
na campanha do MPF
de combate à corrupção
Entrevista // Pág. 8
Glauco Humai
Presidente da Associação
Brasileira de Shopping Centers
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Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos
a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Agosto/2015.
Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. 2R$ 194,66 – Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos,
com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2015 – DF).
1
registradora
[email protected]
Em defesa do Sistema S
Sob o pretexto de fazer um ajuste fiscal, o governo federal pretende propor a
retirada de 30% dos recursos do Sistema S para investir na previdência. Em artigo
recente, o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, lembrou que só em
2014, o Senac atendeu 2,7 milhões de pessoas, sendo 1,8 milhão atendimentos
gratuitos. O Sesc, por sua vez, oferece diariamente saúde, cultura, esporte e lazer
aos cidadãos. Além de ser uma apropriação indébita, a medida é inconstitucional,
pois essas instituições são de direito privado, com recursos de contribuições
compulsórias dos empresários sobre a folha salarial, conforme prevê a
Constituição. O próprio STF entende que não se trata de recurso público.
Rede sovina
Pesquisa da Sieve, empresa especialista em inteligência de preços, realizada em agosto, aponta que nada substitui
o tête-a-tête na hora de comprar. Isso porque o e-commerce brasileiro dá, em média, apenas 8% de desconto nas
compras à vista. O levantamento foi feito com mais de 53 mil produtos, 22 departamentos e 1.500 marcas.
Delícia na caixa
revista
Uma nova loja (a segunda da
cidade) da franquia de alimentação
Brasileirinho Delivery acaba de
abrir suas portas na 308 Norte. Com
20 opções diferentes no cardápio,
feijoada, estrogonofe, saladas,
galinhada, mexidão são os pratos
mais pedidos. Embalados para serem
consumidos fora da loja, os boxes
têm dois tamanhos (400g e 700g).
Entregas pelo telefone 3253-5353.
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Fotógrafo: Raphael Carmona
Tuk tuk
brasileiro
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Foi inaugurada na
Cidade do Automóvel
(3522-6487) a loja da
Motocar (triciclosmotocar.com.br), especializada
em triciclos, também conhecidos como tuk-tuks. Totalmente brasileiro,
fabricado na Zona Franca de Manaus, o veículo é uma opção barata para
pequenos empresários realizarem entregas e transporte de clientes. O
passageiro fica sentado em uma cabine coberta e não há necessidade do
uso de capacete.
@fecomerciodf
4
Revista Fecomércio DF
/fecomerciodf
fecomerciodf.com.br
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Anderson Ribeiro
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Coronário
Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi,
2º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
outubro 2015
34
24
8
Capa
Fecomércio-DF
apóia campanha
do MPF para
combater a
corrupção no Brasil
Entrevista
Glauco Humai
Artigos
Comodidade
acima de tudo
Empresários oferecem
serviços para quem usufrui
das águas do Lago Paranoá
14
Economia
Raul Velloso
18
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
20
Doses Econômicas
José Eustáquio Ribeiro Vieira
54
Direito no Trabalho
Raquel Corazza
Colunas
Joel Rodrigues
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
22
Gente
Gabriela Vieira e
José do Egito
50
Vitrine
Taís Rocha
56
Tecnologia
Jens Schriver e
Máximo Migliari
Seções
42
Pratinhas em baixa
Comércio do DF amarga a falta
de moedas para dar troco
48
52
55
62
66
Indicadores do Comércio
Caso de Sucesso
Empresário do Mês
Pesquisa Conjuntural
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
José Geraldo Dias Pimentel
Glauco Oliveira Santana
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES-TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom)
• Sindicato das Empresas de Serviços de
Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das
Empresas de Promoção, Organização, Produção
e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos
do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato
do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista)
• Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de
Condomínios Residenciais e Comerciais do
DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio
Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) •
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas,
Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e
Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos
Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do
DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras
de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) •
Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários
e Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do
DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e
Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATO ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
editorial
Papel de
todos nós
nacional”. Operações como a Lava
Jato e a cooperação com outros
países para recuperar dinheiro
desviado são condutas louváveis,
mas não o suficiente. É preciso
mudar a legislação para que as
penas sejam aplicadas de maneira
contundente.
Se cabe ao Legislativo manter
as leis atualizadas e ao Judiciário
garantir que a punição seja levada
a cabo, em contrapartida, é preciso
que nós, brasileiros, não nos acomodemos na passividade, pois ela
é terreno fértil para a corrupção,
na medida em que somos tolerantes com os desmandos e desvios
alheios. Precisamos chamar para
nós a corresponsabilidade da gerência do nosso País.
É nesse sentido que, no papel
de presidente da Fecomércio-DF,
conclamo que todos os cidadãos
de bem se juntem a nós em um
coro uníssono e façam parte da
campanha nacional “10 Medidas
Contra a Corrupção”. Além da adoção de medidas concretas de prevenção à corrupção, transparência
e proteção à fonte de informação,
a campanha pretende criminalizar
o enriquecimento ilícito de agentes
públicos, aumentar as penas e tornar crime hediondo a corrupção de
altos valores, criminalizar o caixa
2 e decretar prisões preventivas
para evitar a dissipação do dinheiro desviado, entre outras ações.
Para virar lei, o projeto de iniciativa
popular precisa de 1,5 milhão de
assinaturas. Portanto, cada assinatura é importante. Venha conosco, participe dessa campanha e
vamos, juntos, construir um Brasil
livre da corrupção!
Cristiano Costa
Longe de ser um problema da
geração atual, a corrupção está
presente desde os primórdios da
humanidade enquanto sociedade
organizada. E se no Brasil ela já
estava por aqui desde meados de
1500, como combatê-la de maneira eficaz?
Na opinião de especialistas, a
corrupção não é apenas o desvio
de verba pública. Ela se instala nas
engrenagens sociais e políticas
como ferrugem, corroendo de dentro para fora, carcomendo as estruturas vigentes. A ética e a moral, aliadas à educação igualitária,
funcionam como óleo que besunta
a ferrugem de responsabilidade
social e senso comunitário.
A mudança da sociedade deve
começar, portanto, dentro de casa,
nas escolas, pelo exemplo dos
pais, professores, adultos de maneira geral. De que adianta pregar que a criança fale a verdade,
se o adulto mente na frente dela?
Burlar as regras em detrimento próprio, desrespeitar as leis de
trânsito, falsificar carteirinha, documentos, omitir valores na declaração de imposto de renda, tudo
isso é corrupção.
Desde 2000, o Brasil é um dos
41 países signatários da Convenção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Combate
da Corrupção de Funcionários Públicos em Transações Comerciais
Internacionais. Desse total, 20
nações, incluindo o Brasil, estão
na categoria dos que “pouco ou
nada fazem para investigar e levar
à Justiça casos de corrupção inter-
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Setor
consolidado
//Por Taís Rocha
Fotos: Raphael Carmona
Glauco Humai, diretor presidente
da Associação Brasileira de
Shopping Centers (Abrasce),
está à frente de um setor
que faturou em 2014 nada
menos que R$ 142,28
bilhões, distribuídos em 529
empreendimentos em todo
o País. Nesta entrevista à
Revista Fecomércio-DF, ele
conta que a crise econômica
atual não deve afetar com
tanta força o setor e aponta
que, no DF, a expectativa de
crescimento para 2015 é um
pouco maior do que a média
nacional, podendo chegar a 10%.
Como o setor tem se comportado
no cenário atual da economia?
O setor é bastante resiliente. Tem
mostrado sua força nos últimos
anos, crescendo mais que o
varejo, mais que a economia e que
todos os setores - agropecuário,
industrial, de comércio e serviços.
Neste momento de incerteza
política e econômica, o setor tem
sofrido, mas talvez estejamos
sofrendo menos que o varejo de
rua e o varejo tradicional. Existe
sim uma luz amarela ligada, para
que possamos tomar as medidas
adequadas para passar por esse
momento que acreditamos ser
passageiro, da melhor forma
possível: sem causar desemprego,
sem ter que fechar lojas, sem
perder fluxo de pessoas, mantendo
o melhor nível possível em nossas
atividades. Os shoppings mais
maduros sofrem menos que os
mais novos, porque o varejista
ainda não veio com tanta força, a
população não conhece, não faz
parte do dia a dia daquela região,
enfim. Esse acaba sofrendo um
pouco mais. De maneira geral,
estamos com o crescimento
positivo em relação a 2014 e acima
da inflação para este ano.
Quais são as expectativas de
crescimento para 2015?
Em janeiro, anunciamos a
expectativa nacional de 8,5% para
o setor. Fizemos uma revisão no
primeiro e no segundo trimestre e
estamos mantendo a expectativa
de 8,5%. Vamos fazer uma última
revisão no último trimestre,
mas acreditamos que iremos
fechar o ano no Brasil, de forma
consolidada, com um crescimento
nominal de 8,5%. Se a inflação se
confirmar em 9%, teremos um
crescimento real negativo.
São revisões de praxe ou é porque
estamos em um ano atípico?
É costumeiro não mudarmos as
previsões feitas no início do ano.
O que divulgamos em janeiro
geralmente se concretiza em
dezembro. Mas neste ano estamos
dando mais atenção porque o
dólar está disparando, os juros
estão subindo e estamos em uma
incerteza política. Mas, a priori,
estamos mantendo em 8,5%, com
expectativa real de 1,5% a 2%.
Gostaria que o senhor falasse do
cenário do setor aqui no DF. Ainda
há espaço para crescimento?
No DF, a expectativa de
crescimento é maior que a média
nacional. Por conta do PIB per
capta, pela qualidade de vida, pelo
número de shoppings. Por ser uma
cidade em que o comércio de rua
tem mais dificuldades que outras
cidades, havíamos feito uma
expectativa de o DF crescer na
casa dos 10%. Ano passado havia
crescido 30% em relação a 2013.
Em 2015, conseguimos crescer
positivamente no Dia das Mães, no
Dia dos Namorados, estamos com
um fluxo de veículos e pessoas
positivo nos shoppings. Não que
o DF seja uma ilha, mas ainda é
mais resiliente que outras capitais,
como Rio de Janeiro, São Paulo,
Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em relação a crescimento, como o
DF está colocado nesse ranking?
Em relação a crescimento
percentual, o DF é o primeiro, é
o que mais cresce. Em termos
absolutos, São Paulo, Rio de
Janeiro e Salvador lideram. Em
termos percentuais, o DF vem
crescendo ano a ano, bem acima
da média nacional de shopping.
Ano passado, chegamos a
praticamente R$ 5 bilhões de
vendas no DF. Esse número
representa quase 3% do PIB do DF.
É um volume muito grande.
“O shopping
não pode ser
destruído e
mandado para
outro lugar.
Quando o
shopping vem,
ele vem para
ficar e para
desenvolver a
região”
Quantos shoppings há atualmente
no DF e qual o perfil deles?
São ao todo 17 empreendimentos.
A cada quatro anos, crescem dois
shoppings. Esperamos chegar
a 2017 com 18 unidades, com a
inauguração do DF Plaza, em
Águas Claras. Se o brasileiro
adora shopping, o brasiliense
ama. Por mês passam pelos
Revista Fecomércio DF
9
entrevista
shoppings do DF 12 milhões de
pessoas e a população do DF
é de menos de 3 milhões. Isso
significa que mais de quatro
vezes a população passa por
shopping todos os meses. É um
fluxo muito grande que busca
não só compras, mas serviços,
lazer, entretenimento. Hoje
há muitas operações bacanas
de alimentação, de teatro,
cinema, galerias, exposições.
O shopping no DF se torna uma
praça pública, onde as pessoas
podem conviver, se encontrar, se
divertir, em um lugar seguro, com
estacionamento.
Temos na cidade um nicho de
mercado de luxo. Em sua opinião,
como esses consumidores se
comportam em tempos de crise?
Até o momento, esse mercado
tem passado tangente à crise.
Em vez de ser atingido, tem
crescido. Consumidores que
antes iam para Miami, Europa,
Panamá para fazer compras de
luxo, acabam comprando aqui
agora, por conta das grandes
operações de luxo no DF. A alta
do dólar dificulta a viagem ao
exterior, mas as pessoas não
deixam de comprar. Elas só
mudam o local de compra. Como
Brasília tem um mercado de
luxo forte, isso acaba levando as
vendas em geral mais para cima.
Como ficam as classes C e D que
tiveram seu poder de compra
ampliado nos últimos anos?
Essa conquista de passar
a frequentar os shoppings
dificilmente será perdida, pois
já entrou no hábito, na rotina da
população. Acho que no pior dos
10 Revista Fecomércio DF
cenários, a população muda o seu
produto de consumo, mas não
deixa de consumir e frequentar
shopping. Porque ele é, além de
um centro de compras, um centro
de entretenimento. As pessoas
não vão só para comprar. Um dado
que ilustra isso é o de que 62% das
pessoas que frequentam shopping
não vão para comprar, vão para
outro fim, mas acabam comprando
porque se sentem à vontade, veem
uma promoção, se sentem levadas
pelo ambiente. O intuito primeiro
é em busca de um serviço: comer,
encontrar um amigo, ir ao cinema.
Do público que vai ao shopping,
2/3 não vão para comprar, mas
efetivamente acabam comprando.
Essas classes vêm crescendo e
mudaram radicalmente o conceito
de shopping. Foi exatamente essa
população que trouxe o conceito de
entretenimento no setor. Quando
era somente a população A e B
que frequentava, eles iam somente
para comprar. Quando o shopping
passou a ser uma praça pública,
um centro de entretenimento,
teve início também o movimento
das classes C e D. Nos últimos
números da Abrasce, de 2009 para
2014, a participação da classe C no
movimento de shoppings subiu de
16% para 29%, graças à inclusão
que o governo proporcionou. Os
números de fluxo de pessoas têm
mostrado isso. De janeiro a agosto
não houve queda na frequência,
mesmo com empreendimentos
que tiveram uma venda menor. Ou
as pessoas reduzem seu tíquete
médio ou até deixam de consumir,
mas não deixam de frequentar
shopping. E uma vez que elas
frequentam, isso pode gerar
uma compra.
As reformas de alguns shoppings
na cidade são tendência no País?
A essência do shopping é
dinamismo. O local que fica
parado no tempo perde dinheiro,
vendas, lojista, público, porque
as tendências mudam, a
estrutura muda e ele tem que
se modernizar. Grande parte
das vezes, ele se moderniza
internamente, trocando piso,
iluminação, paredes, aumentando
praça, ruas mais largas, e
em outros casos, também
externamente. Ele tem que evoluir
à medida que o consumidor
evolui. O consumidor de hoje é
diferente de 20, 30 anos atrás,
do ponto de vista de prazer de
compra, de sustentabilidade. Os
projetos arquitetônicos atuais
têm que contemplar luz do sol,
jardim, paisagismo, coisas que
os shoppings antigos não têm.
Brasília é um mercado antigo de
shopping. O Conjunto Nacional,
por exemplo, é o quarto shopping
mais antigo do País. Antes os
shoppings eram fechados, com
ruas estreitas, sem a luz do dia,
tipo cassino americano, no qual
o consumidor entrava e perdia a
noção de tempo, pois o negócio
era consumir e se perder no
tempo. Era a lógica das décadas
de 1960 e 1970. Hoje em dia
a população quer ambientes
abertos, praças em vez de ruas,
quer espaços largos, pé-direito
alto, muita luz, enfim. O shopping
que não evolui, vai perder cliente,
vendas. Esse movimento é natural
no Brasil inteiro. Para se ter uma
ideia, o setor está investindo R$
10 bilhões em novos shoppings e
R$ 4,5 bilhões em retrofit, reforma
e expansão, o que é recorrente
todos os anos. Existe um volume
grande de investimentos em novos
shoppings e quase metade desse
valor em reformas. Considero que
os shoppings em geral no País
são muito bonitos, de vanguarda,
principalmente os mais recentes,
com uma concepção social
agradável, que fazem frente com
qualquer país do mundo.
Quais as principais reivindicações
do setor?
A principal reivindicação é
deixar que o setor cresça sem
intervenções. No Brasil temos
uma cultura de penalizar quem
tem sucesso. Setores que vão bem
e geram empregos, impostos,
se desenvolvem, são taxados,
imbuídos de obrigações que não
lhes cabem, ou seja, a intervenção
sobre eles é muito maior do que
em setores que dão errado, que
não geram emprego, que dão
prejuízo. Aí o governo entra e acaba
abrindo concessões, linhas de
crédito. Existe uma mentalidade no
Brasil de estimular os setores que
dão errado. Além disso, quando
nosso setor gera muito emprego,
receita, autoestima da população,
pois onde existe shopping tem
desenvolvimento, modernidade,
segurança, limpeza na rua, o
entorno todo se desenvolve, é
um vetor de crescimento – o
poder público em geral vê ali
uma extensão de si mesmo e
acaba colocando para o setor
situações que não são próprias
dele, obrigando-o a ter algo que
não deve ou nos proíbe de fazer
algo que poderíamos fazer porque
somos iniciativa privada. Isso cria
uma situação ruim, porque coloca
os custos mais altos, e esses
têm que ser repassados para os
lojistas e para o consumidor. Além
disso, gera uma instabilidade
jurídica grande. Há no Brasil
atualmente 1400 projetos de lei
que regulam o setor tramitando
nas diversas casas legislativas. É
uma quantidade grande de leis que
tentam intervir de alguma forma
no setor, que é privado, lícito, que
gera emprego. Para você ter uma
ideia, uma loja em shopping gera
três vezes mais empregos que a
mesma loja de rua, e com uma
mão de obra mais qualificada.
Geramos diretamente 1 milhão de
empregos e indiretamente mais
2 milhões. É difícil ser regulado
de diferentes formas o tempo
inteiro. A grande reivindicação é:
já existem leis e marcos legais
que regulam a relação locatícia,
a trabalhista, a tributária, de
polo gerador de tráfego, não
precisa de mais. O shopping tem
todo interesse de atender ao
consumidor. Então, não precisa
de uma lei dizendo que o shopping
tem que oferecer vaga de carro,
banheiro família, ou aleitamento,
bicicletário. É desnecessário,
é contraproducente. Se existe
uma tendência na sociedade do
consumidor ir de bicicleta ao
shopping, ele será o primeiro a
colocar um bicicletário para atrair
as pessoas. Acreditamos que o
mercado se regula em questões
de consumo e demanda. Mas
se formos entrar em assuntos
específicos, estamos passando
um momento interessante,
até por essa instabilidade no
País, que é a união do varejo. O
varejo no Brasil é fragmentado,
tem diversas associações,
entidades, federações, sindicatos
que representam as diversas
categorias. Estamos nos reunindo
desde o final do ano passado,
16 entidades que representam
quase a totalidade do varejo no
Brasil, para fazer uma agenda
comum de diálogo com o
governo federal, que passa por:
manutenção de emprego por meio
da modernização da legislação
trabalhista; acesso ao crédito
para o pequeno lojista ampliar seu
negócio e simplificação tributária.
Não estamos pedindo redução
tributária, mas desburocratização.
Basicamente esses três itens são
comuns a todo o varejo no Brasil,
pequeno, médio ou grande, de
restaurante, de loja, de shopping
ou de rua. Como resultado dessas
conversas já estamos tendo
avanços com o governo. Tivemos
recentemente a indicação de
Marcelo Maia como secretárioexecutivo de comércio e serviços
no Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
(MDIC). Ele entende de varejo e
tem ouvido nossas demandas.
Alguns projetos de lei começam
a surgir no Congresso Nacional
para modernizar a legislação
trabalhista, alguns pleitos que
temos feito no Ministério da
Fazenda para desburocratização
começam a ser ouvidos, mas é
um caminho longo que não será
resolvido em dois ou três anos.
Pode adiantar alguma conclusão
das reuniões desse grupo?
Não existem dados unificados
do setor de varejo no Brasil. Nos
diálogos que eram feitos com o
governo, cada entidade levava
um dado e uma demanda. E o
governo não sabia o que fazer.
Encomendamos um estudo da
Sociedade Brasileira de Varejo
e Consumo (SBVC) que está
medindo o tamanho do peso
do varejo no Brasil para que
possamos mensurar de maneira
uniforme nossa importância.
O setor do varejo é o maior
empregador, o que mais gera
tributos e tem um impacto direto
no PIB de 22% e indireto de 55%.
É o maior setor no Brasil. Um
shopping que custará R$ 300
milhões para ser construído irá
gerar diretamente quando estiver
pronto 3,5 mil empregos. Quando o
shopping vem, ele vem para ficar e
para desenvolver a região. A gestão
dos incentivos governamentais
é voltada para uma mentalidade
industrial da década de 1960. Mas
o Brasil é um país de comércio e
serviços, estamos mudando nosso
perfil. Foi agrário, industrial, mas
agora é de comércio e serviços.
Mas a legislação não está
acompanhando, não avança. Nesse
momento de incerteza econômica
e política, o lado positivo disso é
essa união do varejo.
Revista Fecomércio DF 11
segurança
“Para pessoa física,
com o certificado
ela pode assinar
contratos digitais,
acompanhar
processos legais,
declarar Imposto de
Renda via Internet,
entre outros”
Adriana Felício
//Por Daniel Alcântarae
Fotos: Joel Rodrigues
Credencial eletrônica
Por meio de parceria com a Fecomércio,
Certsign se consolida no mercado do DF
G
arantir por meio de mecanismos de segurança a
autenticidade, confidencialidade e a integridade de transações de vários tipos. Esse é um dos
objetivos do certificado digital. No
intuito de ajudar os empresários a
cumprirem suas obrigações com
órgãos públicos, a Fecomércio-DF
atua desde 2012, em parceria com
a empresa especialista em certificação digital e o único empreendimento brasileiro com foco exclusivo nessa solução tecnológica, a
Certsign.
A supervisora da Certsign,
Adriana Felicio, explica que a certificação digital nos tempos atuais
é de extrema importância. O certificado digital é uma credencial que
identifica uma entidade, empresa,
pessoa física, aplicação ou site
na web. Entre os serviços ofertados está o e-CNPJ, que é a versão eletrônica do CNPJ e garante
autenticidade e integridade nas
12 Revista Fecomércio DF
transações eletrônicas de pessoas
jurídicas. Com o documento digital
é possível realizar consultas e atualizar os cadastros de contribuinte
pessoa jurídica, obter certidões da
Receita Federal, cadastrar procurações e acompanhar processos
tributários na Internet sem necessidade de ir munido de diversos
documentos até um posto de atendimento.
A empresa também emite a
nota fiscal eletrônica (NF-e), obrigatória desde o dia 1º de dezembro de 2010. Com validade fiscal e
jurídica garantida pela assinatura
do emitente realizada com o uso
de um Certificado Digital, a NF-e
permite a simplificação de obrigações acessórias, como dispensa
de Autorização para Impressão de
Documentos Fiscais (AIDF).
Para o contador do Hospital Santa Lúcia, Adauto Neres, o
certificado digital funciona como
um “cumpridor de obrigações”.
Na opinião dele, a implantação
do Certisign na empresa em que
trabalha facilitou bastante. “Agora tudo é digital. Não precisamos
mais ir atrás da diretoria para
assinar documentos. Antigamente para fazer consulta na Receita
Federal tinha que agendar, ir até
a sede, pegar fila. Hoje, fazemos
tudo online, sem grandes problemas”, diz Neres. Outra praticidade
que ele destaca é o fato de que é
possível contar com o atendimento
e as informações que a Certsign
disponibiliza no site. “Isso ajuda
muito nosso trabalho”, explica.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
No entendimento de Adriana
Felicio, representante da Certisgn,
são vários os benefícios ofertados
pela empresa. “Para pessoa física, por exemplo, com o certificado
ela pode assinar contratos digitais,
acompanhar processos legais, declarar Imposto de Renda via Internet, acompanhar processos tributários, obter certidões da Receita
Federal, entre outros.”
No caso da pessoa jurídica, o
empresário pode emitir notas fiscais eletrônicas, entregar o IRPJ, a
DCTF e a DIPJ, verificar a autenticidade de informações divulgadas
na versão on-line do Diário Oficial,
consultar e regularizar a situação
cadastral e fiscal, emitir certidões,
entre outras.
O uso do Certificado Digital pela
Internet só é liberado após homologação pela Certisign perante os
órgãos de controle. Isso acontece
até 72h depois da verificação dos
documentos e da entrega da mídia.
Após esse período, é possível testar o certificado no www.certisign.
com.br. Os interessados em contar
com o serviço podem contratar o
Certsign no escritório da empresa,
localizado no Setor Comercial Sul
(SCS, Quadra 6, Edifício Jessé Freire, 5° andar). Mais informações
podem ser obtidas pelo telefone:
(61) 3038-7524/3038 ou pelo site
www.fecomerciodf.com.br
SOBRE A CERTSIGN
A Certisign é líder em certificação digital no País e a única empresa brasileira com foco exclusivo
nesse tipo de solução tecnológica.
A história da companhia começou em 1996, quando inaugurou
o mercado de Certificação Digital
na América Latina e tornou-se a
terceira Autoridade Certificadora a
entrar em operação no mundo.
A empresa tem o maior número
de certificados digitais emitidos para
pessoas físicas e jurídicas e servidores web. Experiência e pioneirismo
comprovados em números: mais de
5,5 milhões de certificados emitidos
e mais de mil pontos de atendimento em todo o Brasil.
No portfólio de clientes Certisign estão as maiores empresas
dos segmentos financeiro, de saúde, e-commerce, telecomunicação, energia, indústria e governo.
“Agora tudo
é digital. Não
precisamos mais ir
atrás da diretoria
para assinar
documentos”
Adauto Neres
Revista Fecomércio DF 13
artigo economia
Pelo ajuste,
ainda que tardio
14 Revista Fecomércio DF
taxa da despesa, fazendo com que
os superávits se mantivessem ao
redor de 3% do PIB. Só que, com
a queda do crescimento médio do
PIB para 1,2% de agosto de 2012
a junho último, os ganhos da receita desabaram para os mesmos
1,2% de aumento do PIB, enquanto
a despesa crescia não menos que
5,8%, implicando aumento 4,7 vezes o aumento do PIB. Não deu outra: os superávits viraram déficits.
Sem um diagnóstico correto
da economia brasileira, o governo
Dilma aplicou no País uma versão
light do modelo populista da dupla Argentina-Venezuela, perdeu o
rumo do crescimento e dos superávits, e o Brasil, depois de tudo que
havíamos conquistado, acaba de
ser rebaixado por uma das principais agências de risco para a classificação de caloteiro light.
Colocou o País, assim, em
uma sinuca de bico, pois, mesmo
ganhando o segundo mandato, o
Congresso lê a desilusão da população, expressa na sua baixíssima
popularidade, como recado para
travar qualquer medida impopular de ajuste. Penso que o Brasil é
maior do que isso. Temos instituições sólidas e um futuro brilhante
se soubermos mudar o curso antes
que seja tarde demais.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Sem um diagnóstico
correto da economia
brasileira, o governo
Dilma aplicou no
País uma versão
light do modelo
populista da
dupla ArgentinaVenezuela
Cristiano Costa
Por volta de 2003, herdáramos
uma despesa alta, muito rígida e
em permanente ascensão, fruto de
muitos anos de implementação de
uma constituição focada em assistência e previdência social. Nessas condições, quase 75% do gasto federal se constituíam em uma
grande folha de pagamento de benefícios e salários, algo que ainda
hoje se mantém. Era um modelo de
bem-estar social bastante avançado, só que antes de ficarmos ricos e
de termos uma infraestrutura digna
do nome.
Diante da alta dívida pública,
como fazer superávits altos durante muito tempo em um orçamento
que na verdade é uma gigantesca
folha em que não se podem reduzir
salários (benefícios) nem demitir
ninguém, incorporando cada vez
mais gente, e onde, para piorar, o
pagamento mínimo (que é o próprio
salário-mínimo) cresce junto com o
PIB? Ou seja, em que a despesa primária (exclusive juros) sobe sempre
a taxas muito elevadas, algo que só
tende a piorar?
O ponto nunca percebido com
clareza era que, enquanto as condições ligadas ao gasto primário
não mudassem, o País não poderia
se dar ao luxo de crescer menos do
que 4,5% ou 5% ao ano. Só assim
se gerariam os superávits requeridos para equacionar o problema da
dívida.
Até 2008 parecia que íamos
bem, pois, com o PIB crescendo a
4,5%, mesmo com a despesa avançando, em média, absurdos 9%
ao ano acima da inflação, a receita evoluiu praticamente à mesma
Parceria
com o
BB
Conte com a Assistência Informática que a parceria
do
e e Fecomércio trazem a seus associados.
Help Desk ao contratar a Assistência Casa Proteção
Plus ou Proteção Top Plus: Manutenções preventivas;
Controles de segurança; Configurações; Revisões; Ajuda no
uso de aplicativos para o seu computador pessoal.
Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir,
ligue 0800 729 0400 e informe ser associado
Fecomércio DF
Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e
Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses
planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570
7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá
ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não
atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800
962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para
mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços
oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. O custo das peças
necessárias a execução do serviço serão de responsabilidade do cliente.Janeiro/13.
gastronomix
Rodrigo Caetano
[email protected]
Jornalista
e blogueiro
www.facebook.com/sitegastronomix
Simon Lau de
portas abertas
O chef dinamarquês Simon Lau
está de volta. Aliás, ele nunca parou.
Inquieto por natureza, nesse ínterim
do fechamento do restaurante
Acquavit em sua residência, ele
participou de feiras e eventos de
gastronomia, deu cursos, viajou pelo
Cerrado em busca de novidades, fez
casamentos, enfim. Sempre esteve
na ativa cozinhando maravilhas.
Agora, toda essa boa energia está
concentrada no novo Acquavit e no
Simon Lau Smørrebrød, ambos
localizados nos dois andares na
antiga Casa de Chá do Jardim
Botânico, no Lago Sul. No térreo,
Simon servirá smørrebrød – pães
dinamarqueses cobertos por uma
combinação distinta de recheios
nórdicos e brasileiros. O nome
significa “pão com manteiga”
e a pronúncia em português é
“smorbrot”.
O preço da unidade varia de R$ 15
a R$ 25, dependendo do sabor. Há
várias opções e elas devem mudar
de acordo com a criatividade do chef
e os ingredientes da estação. Além
disso, são servidos dois tipos de
doce. A mousse de chocolate Amma
70% (R$ 10) e a rosquinha de canela
e cardamomo (R$ 10). Conferir
algumas das combinações:
16 Revista Fecomércio DF
http://bloggastronomix.blogspot.com
Viagens gastronômicas
Curitiba
1. Smorrebrod de batata (R$ 15)
maionese de tucupi, cebola frita,
cebolinha e flores de jambo
DOCE FADO – O chef português
Paulo Cordeiro atravessou o
Atlântico trazendo para o Brasil
mais de 25 anos de experiência
em confeitaria e panificação
portuguesa. Ele se juntou à
tradicional família Romanelli e
fundou, em 2014, a Doce Fado –
Padaria e Doçaria Portuguesa.
São mais de 30 produtos. A
estrela, é claro: pastel de natas,
supercrocante por fora e bem
macio por dentro.
2. Smorrebrod de avocado (R$ 15)
cebola roxa, couve marinada
com limão siciliano
3. Smorrebrod de camarão (R$ 22)
maionese clássica, limão siciliano e dill
4. Smorrebrod de gravad lax (R$ 25)
salmão, molho da casa de gravad lax,
quiabo e dill
5. Smorrebrod de roast beef (R$ 20)
molho remoulade e cebola frita
6. Smorrebrod de bouef tartar (R$ 20)
gema crua de ovos orgânicos,
alcaparras e raiz forte
Jardim Botânico – antiga Casa
de Chá, em frente ao Orquidário
Telefone: (61) 3366-4686
Mercado Municipal de Curitiba
Horário de funcionamento:
Avenida Sete de Setembro, 1865
sábado e domingo,
Shopping Pátio Batel
das 12h às 17h
Av. do Batel, 1868
Mais uma parrilla
na capital
Brasília acaba de ganhar mais um
espaço dedicado aos prazeres da
carne. É o Parrilla 413, especializado
no típico churrasco argentino e
uruguaio. A parrilla consiste em
assar ou grelhar alimentos sem
espetar ou colocá-los direto no
fogo. Nesse processo, o sabor e
a suculência são preservados. A
casa já entra com a opção de pratos
executivos na hora do almoço (entre
R$ 16 e R$ 28). Serão servidos desde
o peixe até o bombom de alcatra
com dois acompanhamentos, entre
arroz de brócolis, mandioca cozida
ou feijão tropeiro.
Quem preferir os cortes do menu
tradicional, as sugestões são o carré
de cordeiro, que pode ser uruguaio,
R$ 59, ou da Nova Zelândia, R$ 74
e também o bife do parrilleiro, R$
48. Há também o “assado de tira”
R$ 25, e o vacio (fraldinha) R$ 65.
Para acompanhar as carnes, arroz
do parrilleiro (R$ 12) e a farofa com
ovos (R$ 8). Para adoçar o paladar,
panqueca de doce de leite com
sorvete (R$ 15) e abacaxi grelhado
na parrilla com Cointreau (R$ 9).
413 Sul, bloco C, loja 36
(61) 3204-4662
Tapas italianos no Fortunello
A ideia é ótima. Comer em pequenas
porções e experimentar tapas
diferentes. O Fortunello está com
esse novo serviço. O chef Miguel
Ojeda resolveu inovar no seu
cardápio e implementou um balcão
de delícias como enroladinhos de
aliche e azeitonas, folha de couve
recheada com couscous marroquino,
ratatouille com champignon,
espetinho caprese. Além disso, a
casa ainda mantém uma parte com
frios, queijos, azeitonas e pães feitos
em casa. Cada unidade desses
“bocadilhos” custa R$ 3 e duas
por R$ 5. Para acompanhar essas
gostosuras, ele criou também o tinto
de verão, um drinque com vinho,
limão siciliano, soda e gelo. Superrefrescante neste calor!
206 Sul, Bloco A
Telefone: (61) 3297-3232
Três restaurantes na Casa Cor
Além das ótimas opções para montar a sua casa e ver coisas bonitas, a Casa Cor Brasília 2015 traz três restaurantes para
aplacar o paladar de quem bate uma boa perna pelos espaços. São eles:
Cru Balcão Criativo - O chef Lui
Veronese preparou um menu com
ostras frescas, salada de baby beef
e ceviches. De pratos principais,
filé com baroa, atum selado com
tagliatelle de pupunha e risoto de
camarão com creme de dendê. Aos
fins de semana, a Paella do Oliver.
Maria Amélia - A cafeteria Maria
Amélia fará bolo bem casado em
camadas, salgados, tortas, bolos.
Pizza Parque - A Pizza Parque serve
os especiais da casa, como Salmão
defumado com rúcula e Mortadela
com emmental.
Casa Cor Brasília 2015
QI 9 do Lago Sul, lote D (antigo Inacor)
De terça a domingo, e feriados, das
12h30 às 22h
Informações:
(61) 3248-4638/3248-6902
Revista Fecomércio DF 17
agenda fiscal
Menos obrigações
acessórias
A quantidade de obrigações acessórias sempre exigiu investimentos
em estrutura administrativa tanto do
empresário, quanto do profissional
contábil. A redução dos custos administrativos sempre foi um reclame da
classe empresarial. Pois bem, agora o
SPED está chegando às fases finais.
Este ano, algumas empresas optantes pelo Lucro Presumido já apresentaram Escrituração Contábil Digital
(ECD) e Escrituração Contábil Fiscal
(ECF), além do e-Contribuições, em
cada mês. Mas, diferente do que im-
Calendário
primir o Livro Diário e arquivá-lo na
Junta Comercial e transmitir a DIPJ e
a DACON para a Receita Federal, enviamos arquivos eletrônicos com todos
os registros contábeis e financeiros, o
que permite aos órgãos fiscalizadores
avaliar o desempenho do contribuinte
e a precisão das informações, como
é o caso dos registros contábeis que
não apresentam conta bancária, que
omitem operações de investimentos
financeiros, que trazem operações
interligadas e com os sócios, além de
outras situações. Uma dúvida que pai-
ra é o fato de a Receita não exigir essas
obrigações das empresas optantes do
Simples e é fácil entender. o Simples
já é apurado em site específico da Receita, e porque contamos com a Nota
Fiscal Eletrônica e, a partir de 2016, a
Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica
(NFCe) e o e-Social e, facilmente, será
possível acompanhar o faturamento
da empresa. Caso as informações não
sejam exatas, além de multas, basta a
Receita exigir tais obrigações, pois já
são conhecidas do profissional contábil e estão testadas.
6 a 31/10/2015
O QUÊ e QUANDO pagar?
06/10
07/10
15/10
20/10
FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)
referente a 9/2015.
Data-limite para pagamento dos Salários referente a 9/2015.
Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 9/2015.
Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 9/2015.
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas
desoneradas) referente a 9/2015.
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 9/2015.
SIMPLES NACIONAL referente a 9/2015
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente a 9/2015.
ISS e ICMS referente a 9/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
23/10
PIS e COFINS referenteà a 9/2015.
30/10
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 9/2015.
1ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2015 pelo Lucro Real,
Presumido ou Arbitrado.
Carnê Leão referente a 9/2015.
IRPJ e CSLL referentes a 9/2015, por estimativa.
Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUÊ e QUANDO entregar?
7/10
15/10
22/10
30/10
Cristiano Costa
Várias
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente a
9/2015.
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/
Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF referente a 8/2015.
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF
referente a 8/2015.
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente a 9/2015.
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) à SEF/DF referente a 9/2015: observar Portaria/SEFP nº
398 (9/10/2009).
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
18
18 Revista
Revista Fecomércio
Fecomércio DF
DF
䄀最漀猀琀漀
䄀 猀椀琀甀愀漀 搀漀 洀攀爀挀愀搀漀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 猀攀 攀渀挀漀渀琀爀愀 攀洀 爀愀稀漀瘀攀氀 攀猀琀愀戀椀氀椀搀愀搀攀Ⰰ 焀甀愀渀搀漀 挀漀洀瀀愀爀愀搀漀 猀 挀漀渀搀椀攀猀 挀爀琀椀挀愀猀 搀愀 攀挀漀渀漀洀椀愀⸀ 䌀漀洀 漀猀 瀀爀攀漀猀 愀搀洀椀渀椀猀琀爀愀搀漀猀 瀀攀氀漀 最漀瘀攀爀渀漀 猀甀戀椀渀搀漀 攀 挀漀洀 漀 搀氀愀爀 攀洀 猀椀琀甀愀漀 搀攀 攀砀琀爀攀洀愀 瀀爀攀猀猀漀 搀攀 瘀愀氀漀爀椀稀愀漀Ⰰ 焀甀愀氀焀甀攀爀 猀攀琀漀爀 搀愀 攀挀漀渀漀洀椀愀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀愀 猀漀昀爀攀 瀀爀攀猀猀漀 攀洀 挀漀渀樀甀渀琀漀⸀ 一漀 栀 洀愀椀猀 挀氀椀洀愀 瀀愀爀愀 渀攀最挀椀漀猀 猀攀洀 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀 攀 渀攀最漀挀椀愀漀⸀ 䄀 挀漀洀瀀爀愀 搀攀 椀洀瘀攀椀猀 搀攀瘀攀 猀攀爀 瀀愀甀琀愀搀愀 攀洀 戀愀猀攀猀 搀攀 爀攀猀琀爀椀琀愀 愀渀氀椀猀攀⸀ 䠀 攀猀ⴀ
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artigo doses econômicas
Chegou a hora
do ajuste fiscal
de ser uma aposentadoria mais generosa em relação a outros países,
tem-se o aumento da expectativa
de vida, o que resulta no aumento
dos gastos, mantidas as atuais regras da previdência.
Em relação ao dispêndio com
pessoal e custeio administrativo,
houve um esforço para controlar
tais custos no decorrer da década
de 1990, com diminuição do peso do
Estado na economia, privatizações
e aumento da eficiência na alocação dos recursos. Entretanto, com
o crescimento do PIB na década de
2000, associado ao boom internacional dos preços das commodities,
esses custos (em torno de 5,6% do
PIB) resultaram em aumento de
cargos comissionados, diversificação de ministérios e oferta ampla
de concursos públicos.
O custeio de saúde e educação
está em torno de 2,2% do PIB. Seja
na saúde ou mesmo na educação, as
estatísticas oficiais colocam o Brasil em uma das piores colocações
em classificações internacionais.
Para agravar a situação, aprovaram-se novas regras que vinculam
os gastos em saúde a 15% da receita corrente líquida da União, além
de elevar gastos em educação para
10% do PIB até 2022. Não que tais
medidas fossem ruins, mas o gasto
é pouco qualitativo, ou seja, se gasta muito com baixo retorno. Por
fim, os programas sociais como
Parceria:
José Eustáquio
Ribeiro Vieira Filho
Técnico de Planejamento e
Pesquisa do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA)
20 Revista Fecomércio DF
o Bolsa Família são baratos, representando 0,6% do PIB. Esse tipo de
gasto não impactou no crescimento
total das despesas do Estado, mas
foram extremamente importantes
para se vender a redistribuição de
renda com crescimento. De fato, o
País cresceu até a crise de 2008, o
que favoreceu a redução da pobreza. Porém, evidenciou-se um acúmulo de políticas equivocadas do
nacional-desenvolvimentismo.
O desequilíbrio fiscal coloca em
xeque a capacidade do Estado brasileiro de arcar com suas despesas,
o que impactará no desenvolvimento econômico das gerações futuras.
A farra dos gastos públicos chegou
ao fim. Para equilibrar as contas,
será necessário um ajuste estrutural da mentalidade econômica,
ajuste que reflete o amargo custo
do populismo no Brasil.
Raphael Carmona
O desaquecimento da atividade
econômica, o descontrole dos níveis de preço e a deterioração das
contas públicas são o alto custo a
pagar por um populismo medíocre
que vendeu a ideia da redistribuição
de renda com a ascensão da parcela mais pobre da população ao
consumo. Mas a falta de emprego,
o imposto inflacionário e a redução
qualitativa dos gastos públicos afetarão diretamente a sociedade com
um menor desenvolvimento econômico de longo prazo.
A carga tributária brasileira se
elevou nos últimos 20 anos, passando de 25% para cerca de 36% do
PIB em 2014. De 1994 a 2014, a renda real cresceu menos que a receita
com impostos, o que significa dizer
que o setor público se beneficiou de
parte do crescimento da renda para
financiar seus gastos, tais como as
despesas com previdência, os dispêndios com pessoal e custeio administrativo, os gastos com saúde e
educação, bem como os programas
de transferência de renda.
Nesse período, os gastos públicos anuais aumentaram em R$ 500
bilhões. Todavia, esse aumento não
significou melhora qualitativa das
políticas públicas. Em 2014, a conta
mais expressiva foi a da previdência,
que representou algo em torno de
8% do PIB. A aposentadoria média
por contribuição de serviço ainda é
relativamente baixa no Brasil. Além
Participe nas categorias Contos e Crônicas.
Inscrições abertas até 30 de novembro.
Para mais informações acesse nosso site, redes sociais ou ligue para nossa central de atendimento:
gente
A capital por
dentro de uma Brasília
//Por José do Egito
Horta na
porta para todos
//Por José do Egito
Foto: Joel Rodrigues
O conforto e a comodidade em receber frutas,
legumes e verduras em casa, com qualidade controlada por nutricionistas especialistas, são os segredos do aplicativo Horta na Porta. Thágrid Rocha
é uma das criadoras da criativa ideia baseada no
problema das pessoas que cada dia mais buscam
por esses produtos, mas que não têm tempo ou
disponibilidade para ir a um supermercado ou feira
para comprar. “A ideia é o cliente realizar assinatura da cesta desejada, que será entregue uma ou
duas vezes por semana”, explica. Horta na Porta
surgiu de uma startup e foi vencedora do Startup
Weekend Londrina. O evento oferece a oportunidade para empreendedores, iniciantes ou não, descobrirem se suas ideias são viáveis. Para Thágrid,
vencer um dos principais movimentos de tecnologia
e empreendedorismo do mundo foi o ponto de partida para validar o projeto. “Para nós é gratificante
poder contribuir, ajudar e facilitar a vida das pessoas”, conta. Segundo ela, o objetivo é unir o produtor
rural ao consumidor final, a fim de garantir um produto de ótima qualidade na casa do cliente.
22 Revista Fecomércio DF
Foto: Joel Rodrigues
Idealizado e comandado pelo turismólogo e
jornalista Daniel Zukko, 35 anos, o web programa
Minha Brasília, no ar desde 2013, é filmado dentro de uma VW Brasília 1978 e conta histórias de
pessoas, artistas e celebridades que moram na
capital ou estão de passagem, por meio de um
bate-papo abordando a cada semana um tema
diferente. E é esse carro que serve de cenário
para outras entrevistas que revelam curiosidades
da cidade e a relação de famosos e anônimos com
Brasília. De acordo com Daniel, a ideia surgiu na
campanha eleitoral de 2010. “Nenhum dos políticos que concorriam eram de Brasília. Foi quando
eu me perguntei: Cadê a galera daqui?”, revela. O
projeto surgiu da vontade que ele tem em mostrar
a beleza de Brasília, as opções de lazer e o significado de ser um brasiliense. “Aqui é o melhor lugar
do mundo. É uma cidade que aceita as diferenças”, explica. Os internautas já puderam conferir
no “rolé” pela cidade artistas como Felipe Neto,
Digão dos Raimundos, Rafael Cortez entre outros.
Cinco
perguntas
para Júnior Carrilho
//Por Gabriela Vieira
O paranaense Júnior Carrilho, de 34 anos,
com formação em Economia, começou no
Restaurante Madero como sommelier e em
seguida foi promovido a gestor de uma das
unidades em Goiânia. Recentemente, se
tornou sócio gestor da filial do Pátio Brasil,
inaugurado em junho.
O que levou o restaurante a se tornar um dos
mais premiados do Brasil?
A preocupação com a qualidade, o bom
atendimento e o preço justo.
//Por Gabriela Vieira
Foto: Joel Rodrigues
A arte da tatuagem vai muito além de colorir o
corpo, ela também tem o papel de modificar vidas.
É o que o tatuador Bruno Pessoa, de 41 anos, mais
conhecido como Budega, tem feito por meio da tatuagem: devolver o desenho das auréolas dos seios
de mulheres que tiveram as mamas reconstituídas
por conta do câncer. A técnica usada é a dermopigmentação ou tatuagem em 3D, que ele aprendeu em
uma de suas viagens ao exterior. De volta ao Brasil,
surgiu a ideia de utilizá-la com uma finalidade mais
nobre. “Inicialmente, eu cobrava para fazer esse
procedimento, mas após ouvir diversas histórias, me
sensibilizei e hoje faço totalmente de graça”, conta.
O procedimento é feito por Budega há mais de cinco
anos e, somente neste ano, mais de 500 mulheres
já fizeram a reconstituição do desenho das auréolas
em seu estúdio. Atualmente, ele faz o atendimento
de duas mulheres por semana. “Melhor coisa do
mundo é receber um abraço caloroso dessas mulheres e ouvir que minha ação mudou a vida delas.
Elas choram de emoção e eu choro junto. Enquanto
eu puder ter as máquinas nas mãos, vou continuar
fazendo esse trabalho”, destaca.
Quais as opções mais pedidas do cardápio?
O Palmito Assado, Cheeseburger Madero e
Petit Gâteau de doce de leite.
Qual o diferencial do cardápio do restaurante?
Os ingredientes, como o pão crocante e
a maionese caseira dos
hambúrgueres, as carnes
argentinas, além de pratos
famosos e premiados como o
Petit Gâteau.
Outros restaurantes Madero
serão abertos em Brasília?
Sim, três: no Shopping
ID, no Iguatemi e no
Parkshopping.
Revista Fecomércio DF 23
Joel Rodrigues
Tatuagem que
modifica vidas
Quantos restaurantes Madero existem no
País?
São 53 e até o final do ano serão 65.
cotidiano
Praia
com
serviços
Com a crescente
ocupação do
Lago Paranoá,
restaurantes criam
serviços inovadores,
como entrega para
embarcações
//Por Liliam Rezende
C
Fotos: Joel Rodrigues
om 48 quilômetros quadrados
de extensão, o Lago Paranoá
é uma fonte de diversão para
o brasiliense. Uma de suas vocações
é emprestar suas margens para restaurantes e bares que encantam o
público com pratos de várias nacionalidades e especialidades. Seja em
casas construídas com o intuito de
explorar a vista para o lago, seja em
hotéis e clubes. Muitos deles abrem
suas portas ao público externo, e o
morador da capital pode aproveitar e
se deliciar com receitas para todos
os gostos, idades e bolsos.
De acordo com o comandante
24 Revista Fecomércio DF
Marcos Silva Rodrigues, responsável pela Capitania dos Portos,
o Distrito Federal tem a terceira
maior frota de veículos náuticos
do País. Perde apenas para São
Paulo e Rio de Janeiro. Os dados
são baseados na média de embarcações por habitantes das regiões.
“Apesar de não ser uma região
litorânea, o DF possui aproximadamente seis mil embarcações. O
número é considerado alto, mas
pode ser explicado pelo fato de ter
uma das maiores rendas per capita
do País”, explica Rodrigues.
O Lago Paranoá, construído com
o objetivo de aumentar a quantidade de água disponível na região, é
uma excelente área para navegação,
com profundidade média elevada.
“Normalmente, mil embarcações
circulam em águas brasilienses nos
finais de semana e feriados. Para
navegar no lago, os barcos precisam
ter sua situação regularizada nas
Capitanias, Delegacias ou Agências
da Marinha”, informa o comandante.
Cerca de 200 bares e restaurantes oferecem ao cliente uma bela
vista do Lago Paranoá, de acordo
com Jael Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares
e Similares de Brasília (Sindhobar).
“Esse é um privilégio dos moradores
de Brasília, pois temos muitas opções de estabelecimentos com vista
pela orla norte e sul do lago.”
48km
quadrados de
extensão, o Lago
Paranoá é uma
fonte de diversão
para o brasiliense
RESTAURANTES
Então não é por falta de praia
que os brasilienses não podem curtir um dia de sol, brisa boa e comida
gostosa. Quem passeia pelo lago de
lancha, jet ski, stand up paddle (SUP)
ou windsurf, por exemplo, precisa
conhecer o Doca Cozinha Contemporânea, na MI 13 do Lago Norte.
A origem da casa não poderia
ser mais náutica: o espaço, hoje
transformado em um aconchegante
restaurante com vista para a barragem do Lago Paranoá, um dia foi
uma garagem para barcos. “O nome
vem tanto desta origem do lugar
quanto de um apelido, Pedroca, que
recebi da minha irmã na infância”,
conta Pedro Coe, chef de 25 anos
que comanda a casa.
Em 2006, Pedro, então com 14
anos, foi morar com os pais no mesmo terreno dos avós. “Nos fins de
semana, via as lanchas paradas na
Barragem. Então, tive a ideia de vender bebidas, sanduíches e petiscos
para quem estava nos barcos. Minha
avó cuidava da cozinha, eu anotava
e entregava os pedidos de jet ski”,
lembra Pedro. E assim foi até 2009,
quando Pedro resolveu se profissionalizar na área e ingressou no curso
de Gastronomia do IESB.
O cardápio é enxuto e tem boas
pedidas para um dia quente. Segundo Pedro, as entradinhas fazem
muito sucesso entre os clientes.
Algumas opções são o Pastel de
Costela do Chef (R$ 23), Dadinho de
Tapioca (R$ 23) e Empanados de Robalo com Chutney de Manga (R$ 32).
Nos pratos principais, o carro chef
é a Peixada Especial do Doca, preparada em panela de barro, guarnecida com camarões rosa e arroz
branco (R$ 74). Além do cardápio de
comidas, o restaurante conta com
um variado cardápio de bebidas.
“Temos um drink especial da casa,
o Doca Drink, feito com cachaça de
canela, maçã-verde e suco de maçã,
que é campeão de vendas”, destaca.
Pedro gosta de inovar sempre e
já tem um novo projeto para a casa.
“Pretendo dar início a um jantar por
mês, em dias de lua cheia e ao som
de música ao vivo”, adianta. Com um
investimento inicial de R$ 200 mil,
o Doca atende cerca de 150 embarcações por mês e vende uma média
de 60 refeições por final de semana,
gerando um faturamento que chega
a R$ 40 mil mensais.
PRATICIDADE NA ENTREGA
Para o advogado Eduardo Moreth, cliente cativo do Doca, o grande
diferencial do empreendimento é a
praticidade. “Poder ligar para pedir
comida e bebida, sem que a gente
tenha que deixar os pontos onde estamos ancorados é o segredo do negócio.” Eduardo conta que pede geralmente petiscos e os drinks feitos
com cachaça. “Sempre que recebo
algum amigo na lancha e o Pedro faz
a entrega de jet ski, os convidados
elogiam a rapidez e qualidade dos
produtos, que vêm em embalagens
bonitas e com uma ótima apresentação”, destaca.
Depois, ele ancora sua lancha
no píer do Doca, onde almoça quase
todo final de semana. “A qualidade
da comida é excelente, por isso prefiro abastecer minha lancha apenas
com bebidas e comidas fornecidas
por eles.” Mas não é preciso ter uma
lancha para desfrutar das delícias
ou da paisagem do lugar. Todo o trajeto até o restaurante é asfaltado e
sinalizado. Bem fácil de chegar.
FIM DE SEMANA CHEIO
Um restaurante que aproveita a beleza do lago é o Vila Marina,
localizado no Clube do Congresso.
“Temos cinco anos de mercado e
Revista Fecomércio DF 25
cotidiano
Mayara Dias
“A cada dia criamos mais
setores para atender à clientela”
sabemos que a localização é um dos
nossos atrativos. O grande problema
é que nosso movimento fica praticamente restrito aos fins de semana”,
afirma o proprietário, Juan Gomes
Fernandes. “Muitos vêm aqui por
causa da tranquilidade e beleza do
lugar. Os que chegam em embarcações, como jet ski, lanchas e stand
up, ancoram e descem para almoçar
no restaurante”, diz.
O restaurante ocupa um píer no
Clube do Congresso e é aberto para
não sócios. Nesse ambiente, com
característica praiana, o movimento
das águas do Paranoá compõe a trilha sonora, que de noite é reforçada
por shows ao vivo. Da cozinha, as
especialidades são os pratos de filé
mignon, como o tradicional picadinho. Outra pedida é o filé em molho
funghi com arroz de cogumelo ou o
steak au poivre, com preço médio de
R$ 40. “Mas também temos muitas
opções de petiscos, tanto para as
pessoas levarem para os barcos,
quanto para comerem apreciando a
vista na varanda”, destaca Juan.
Eduardo Moreth
a qualidade é excelente, por isso
prefere comprar apenas refeições
fornecidas pelo Doca
26 Revista Fecomércio DF
LAGO SUL
Situado no Lago Sul, o Pontão é
considerado um dos locais mais belos da capital. Mensalmente passam
por lá em torno de 200 mil visitantes, atraídos por bons restaurantes e
barzinhos, parquinhos, feiras, exposições, eventos esportivos, entre outras atrações. Além disso, é possível
chegar ao Pontão de lancha ou outra
embarcação, em quatro opções de
píer que facilitam seu acesso.
De acordo com a gerente de
compras do Mormaii, Mayara Dias
Bonito, o restaurante atende a um
público bem variado, de todas as
idades. “Estamos sempre expandindo. A cada dia criamos mais setores
para atender à clientela. Temos foco
no público jovem. Além disso, incentivamos campeonatos de esportes
no lago e, com isso, ganhamos cada
vez mais frequentadores”, diz. Existe
também a opção de ligar e fazer o
pedido para a loja ou descer e comer
no restaurante. “Alguns clientes já fazem isso e nós disponibilizamos um
garçon para levar tudo até o píer, sem
que eles precisem descer da lancha.”
A unidade do Pontão é a que
mais fatura entre as lojas Mormaii
de Brasília, e desde sua inauguração, em 2002, vem se adequando ao
gosto do público. O local, que funciona diariamente no almoço e jantar,
está sempre cheio. “Nossa loja diminuiu e o restaurante foi ampliado,
devido à grande demanda.”
Para Mayara, a beleza do lugar,
a variedade do cardápio e o famoso açaí – que vai muito bem com o
clima de Brasília – fazem do espaço
um ponto turístico. “O Mormaii virou
referência para quem vem a Brasília. Acredito que o local imprimie outra imagem à cidade, muito positiva,
diferente daquela associada à política”, conclui a gerente.
DRIVE THRU DE PIZZA
A estratégia de oferecer ao cliente conforto motivou Luciana Collares
e o pai, Cloves de Holanda, a criarem
o Pizza ‘n Roll, o primeiro drive thru
náutico de pizzas de Brasília. Com a
iniciativa, quem estiver dando uma
volta de embarcação no lago pode
fazer o pedido e retirar a pizza sem
ter que desembarcar. O serviço
funciona em um píer, localizado no
condomínio Life, no Setor de Hotéis
e Turismo Norte. O negócio inovador começou em janeiro de 2014, e
o investimento total para a montagem da estrutura foi de R$ 40 mil. O
serviço funciona a partir das 18h30,
durante a semana, e aos finais de
semana a partir das 16h.
Luciana trabalha como jornalista
até às 15h30. No restante do dia se
dedica à pizzaria, que tem três funcionários. Ela conta que, a cada dia
que passa, mais clientes chegam
de lancha, e o fato de a loja comercializar bebidas é um atrativo. “Nos
finais de semana de sol, quando a
barragem está cheia, é uma boa
pedida. É rápido e dá pra levar para
outras embarcações. A ideia deu resultado, afinal quem não gosta de
comodidade?”, comemora.
A empresária conta que já reinvestiu o dinheiro comprando equipamentos profissionais para fazer
a massa e o molho. “No começo eu
trouxe o liquidificador e alguns itens
da minha cozinha pra cá. Depois,
com o crescimento, vi a necessidade
de comprar utensílios apropriados e
agora temos capacidade para atender a mais gente.”
A Pizza ‘n Roll vende também pizzas em fatias na loja física, que tem
uma decoração bastante criativa,
inspirada nos anos 1960, e fica localizada a poucos metros do píer, de
onde são feitas as entregas para os
clientes a bordo das embarcações.
“Acabamos de fazer um ano e meio
de negócio e percebo que é muito
Luciana Collares
criou um serviço de entrega de pizzas no lago
bacana ver que ele está se consolidando. Temos um público cativo,
pessoas que vão todos os dias, fora
a divulgação boca a boca, que atrai
novos clientes sempre”, conta.
Luciana pensa em investir ainda mais no serviço de drive thru. “A
ideia é difundir o máximo possível
o drive thru porque é muito cômodo para quem está no lago. Imagine você não precisar interromper o
passeio pra comprar bebida e comida? Além disso, pretendo colocar
um motoboy para atender aos condomínios vizinhos, pois a demanda
tem sido grande”, explica.
Sábados e domingos são os dias
de maior movimento e em cada dia
do fim de semana, chegamos a produzir 50 pizzas. São oferecidas 19
opções de sabores, entre doces e
salgados. As pizzas custam R$ 40, e
fatias à parte são vendidas a R$ 7.
Além das ofertas tradicionais, o cardápio contempla inovações, como
abobrinha com lascas de parmesão
e alecrim; berinjela com gorgonzola
e pimenta-rosa; berinjela, abobrinha, cebola e tomate seco.
ABASTECIMENTO GARANTIDO
Há três pontos às margens do
lago para quem precisa abastecer
a embarcação. Os preços são idênticos aos marcados nos postos da
cidade. O pulo do gato está nas lojinhas de conveniência, sempre abastecidas com petiscos, refrigerantes,
bebidas alcoólicas nacionais e importadas, além de cigarros e charutos de todos os preços. Os valores
são bem mais altos que em mercados convencionais, mas atendem às
urgências de quem está embarcado.
Dono de uma lancha há dois anos
e cliente do posto que fica na marina
do Vila Náutica, o funcionário público Marcelo Guedes costuma levar
de casa as bebidas para a lancha,
mas sempre adquire alguns itens no
posto. “Comprar gelo e petiscos no
posto é praticamente rotina quando
saio de lancha, até porque tem tudo
que preciso lá.”
Revista Fecomércio DF 27
exposição
Ciência para todos
//Por Andrea Ventura
Foto: Joel Rodrigues
Estande do Sesc na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia será em formato de
prisma e dividido em três estações
O
s estudantes da Escola do
Sesc (Edusesc) participarão
da edição 2015 da Semana
Nacional de Ciência e Tecnologia,
entre os dias 19 e 25 de outubro, no
Pavilhão de Exposições do Parque
da Cidade.
Este será o oitavo ano que a
Educação do Sesc-DF marca presença no evento. O tema deste ano,
“Luz, Ciência e Vida”, é baseado na
decisão da Assembleia Geral das
Nações Unidas, que proclamou
2015 como o Ano Internacional da
Luz, com o objetivo de celebrar a luz
como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico.
O espaço do Sesc contará com
um estande com 500m², em formato de prisma, dividido em três
estações, dentro do tema proposto
pela Semana: Luz, Ciência e Vida. “A
Semana promove uma participação
de toda a área educacional do Sesc,
com alunos e professores, não apenas durante o evento, mas antecipadamente, já que os estudantes estão
preparando o material que será exibido”, aponta a chefe da Unidade de
Gestão e Ações de Sustentabilidade
do Sesc, Patrícia Souza.
A expectativa é de que durante
a Semana sejam realizados 180 mil
atendimentos. Cerca de 300 pessoas
estarão envolvidas nas atividades do
estande, entre professores, alunos,
diretores e monitores. O estande do
Sesc oferecerá ao público interatividade por meio de oficinas e experimentos, dentro do tema do evento, para que as pessoas entendam
28 Revista Fecomércio DF
a ciência na vida real e prática do
dia a dia.
Uma novidade será um experimento em que os visitantes poderão
enxergar da forma com que os animais veem o ser humano. Também
haverá explanação das constelações
por meio de caixas e lanterna, além
de curiosidades e informações sobre a luz no espaço, exposição que
demonstrará a evolução da luz solar
desde a lamparina até chegar ao
LED, cabine com a história de Thomas Edison, diferenciação na iluminação fluorescente e incandescente;
tecnologia da fibra ótica, internet e
telefonia, entre outras. Mais informações, acesse sescdf.com.br.
Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia
Dia: 19 a 25 de outubro
Horário: 8h30 às 18h30
Local: Pavilhão de Exposições
do Parque da Cidade
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
Revista Fecomércio DF 29
dia das crianças
Comércio de olho
no público infantil
//Por Luciana Corrêa
Fotos: Raphael Carmona
É crescente os locais na cidade que oferecem atividades para os
pequenos enquanto os pais fazem compras, malham ou se divertem
Q
ue a chegada de um filho é
um momento único, todos
concordam. E que com ele
a rotina dos pais se transforma, eles
concordam mais ainda. Pensando
nesse novo dia-a-dia é que diversos
setores do comércio têm se adaptado para receber as famílias de forma
mais confortável, com adaptações,
opções de serviços e produtos para
que os adultos e crianças possam
aproveitar juntos ou separados. E a
busca por lugares compatíveis começa já nos primeiros meses de vida
dos pequenos.
SESSÃO DE CINEMA
Escolher um lugar para levar um
bebê é uma grande dúvida dos pais.
O barulho dos espaços, o ar condicionado, e o chorinho da criança
pode incomodar as pessoas em volta. Com isso, surgiu o CineMaterna,
uma programação de filmes para
que a família possa levar seus bebês
em um ambiente propício para todos.
Com a meta de promover o resgate
social das mães no pós-parto, o CineMaterna surgiu em 2008. Desde
então, a organização sem fins lucrativos promove sessões especiais
de cinema para mães com bebês de
até 18 meses. O Taguatinga Shopping
abraçou a causa e patrocina sessões
mensais, às 14h10 nas quartas-feiras, com filmes que estão em cartaz,
mas com uma ambientação especial.
As famílias encontram trocadores, tapete emborrachado com brinquedos, som baixo, ar condicionado
ameno e luzes acesas durante todo
o filme. Os pais, Camila Abigaiu Oliveira, 26 e Alexandre Oliveira de Souza, 29, levaram a filha de 1 ano pela
primeira vez ao cinema e aprovaram
a ação. “Só temos ido a lugares abertos como parques. Ainda não conseguimos aproveitar muitos ambientes
e a oportunidade de um cinema é ótima”, elogiou Alexandre.
RELAXAMENTO
Quando o assunto é estética ou
relaxamento, a proprietária da Corporeum Medicina Estética e Day Spa
(QI 9, Lago Sul), Raquel Santiago, viu
que poderia atrair as crianças para
vir com seus pais quando as noivas
começaram a trazer suas damas
de honra no Day Spa. “Fizemos um
pacote exclusivo para elas e então
começou o interesse pelas demais
clientes e como muitas não tinham
com quem deixar ou para passar
mais tempo com os filhos, começaram a trazer”, explica.
Yasmin, de 5 anos, acompanhou
Camila e Alexandre: primeira
sessão de cinema com a filha
30 Revista Fecomércio DF
Carolina Garcia e Yasmin:
tempo para relaxar e curtir
juntas no spa
xá-lo para fazer as atividades. “Aqui
parece uma colônia de férias, com
vários professores. É seguro, com
câmeras. Fico muito à vontade. Adoro esporte, mas não o obrigo a fazer
nada. Vir junto é um momento nosso
que aproveito bastante”, elogia.
a mãe Carolina Garcia pela primeira
vez e fez banho relaxante no ofurô e
massagem. Carolina frequenta o espaço há dois anos e viu na oportunidade de levar a filha a chance de passar mais tempo juntas. “A gente se
culpa muito por não ter muito tempo
e tudo que eu faço ela quer participar
também, mas nem todo lugar posso
levar. Hoje é um tempo a mais que
vou ter com a minha filha, além de
ser um bem estar para ela”, conta.
No spa, crianças podem fazer várias
atividades, dentre elas massagem,
banho de ofurô, reflexologia, sauna.
ALMOÇO TRANQUILO
No segmento dos restaurantes, o
investimento dos empresários também tem conquistado as famílias. Na
ampliação realizada em abril deste
ano do Coco Bambu, localizado na
Lago Sul, houve um planejamento
para que 100m² fossem exclusivos
para uma brinquedoteca equipada e
moderna. O espaço para as crianças
de 4 a 12 anos conta com pula-pula,
escorrega, piscina de bolinhas, disco
kids, vídeo games, pebolim, casinha
da árvore, um centro automotivo e
um minissalão de beleza. Tudo para
que os pais possam almoçar tranquilos e os filhos gastarem energia com
diversão. A entrada é de R$ 25, e as
crianças podem curtir o tempo que
os pais ou responsáveis quiserem
permanecer no local.
PARA MALHAR
E os pais que querem malhar?
Como fazer? Algumas academias já
estão começando a oferecer conforto
para os pequenos. Na Cia Athlética
(Shopping Pier 21), o serviço começou com a inauguração do espaço
há 15 anos, e vem ampliando a cada
ano. Segundo o gerente técnico do
programa infantil, Rodrigo Hooper,
a demanda passou de 250 crianças
para 800 por mês.
No espaço é possível malhar no
mesmo período das atividades dos
filhos, simplesmente deixá-los no
Child Care sob responsabilidade dos
monitores, ou colocá-los em atividades físicas exclusivas para os pequenos. As modalidades são diversas:
balé, caratê, futebol, natação, circo,
capoeira, judô, basquete, rugby, entre outras. “Muitos pais vêm malhar
e deixam a criança para as atividades
ou apenas para nosso cuidado. Temos uma equipe completa, com 15
monitoras, 24 estagiários de Educação Física e 22 professores à disposição das crianças”, explica Rodrigo.
Leonardo Moreira Mota leva o filho Davi de 8 anos desde bebê à academia e fica despreocupado quando
precisa malhar ou até mesmo dei-
NA HORA DAS COMPRAS
O Pátio Brasil Shopping tem atrações fixas e gratuitas desde 2012.
Começou com peças teatrais aos
domingos e hoje os eventos são reunidos em um projeto chamado Clubinho do Pátio, uma espécie de clube
fidelidade. Na entrada de cada evento, como as cotações de histórias, o
cineminha, o teatrinho e as oficinas
de gastronomia, os pais fazem um
cadastro da criança e ganham uma
cartela para os monitores marcarem as participações de cada uma.
A cada cinco e 10 participações, os
filhos ganharão um brinquedo oferecido pelas lojas parceiras. Durante as
atividades, os pais podem deixar as
crianças e irem às compras.
Programação do Pátio Brasil
Contação de história
Sábados, às 16h, no espaço
Pátio Eventos (Piso 3)
Entrada franca
classificação indicativa livre
Cineminha do Pátio
Sábados, 11h e 14h, no espaço
Pátio Eventos (Piso 3)
Entrada franca
classificação indicativa livre
Teatrinho
Domingos, 16h, no espaço
Pátio Eventos (Piso 3)
Entrada franca
classificação indicativa livre
Minichefs do Pátio
Sábados e domingos, com oficina de hora em hora, das 14h às
18h, no espaço Pátio Gourmet
(Piso 3)
Entrada franca
Classificação indicativa:
3 a 12 anos
Revista Fecomércio DF 31
comédia
Novos talentos no palco
//Por Líliam Rezende Foto: Raphael Carmona
Projeto Humor de 5ª oferece oportunidade
para novatos se apresentarem
A
partir do dia primeiro de outubro, o humor toma
conta do Teatro Paulo Gracindo, no Sesc Gama,
e do Teatro Paulo Autran, no Sesc Taguatinga
Norte. O projeto Humor de 5ª trará convidados especiais todas as quintas-feiras, sempre às 20h. A entrada
é livre. A estreia do programa contou com a presença
dos artistas Ribamar Araújo e Adriana Nunes, da Cia.
de Comédia Os Melhores do Mundo, além do comediante selecionado pela comissão do Sesc-DF, Plínio Perrú
dos Santos. Ator, diretor, produtor e escritor, Araújo
trabalha na montagem de peças independentes. Já
Adriana é atriz há 25 anos e teve um quadro no humorístico da TV Globo “Zorra Total”.
Essa é a segunda edição do projeto, que seleciona 14
pessoas para apresentações no Teatro Paulo Gracindo e
no Teatro Paulo Autran. Os escolhidos receberão R$ 500
de cachê. O período de inscrições será até 10 de novembro, já as apresentações começaram no dia primeiro de
outubro e vão até 10 de dezembro.
O assistente da Coordenação de Ações Culturais do
Sesc-DF, Rogero Torquato, explica que a ideia é promover um intercâmbio cultural. “Estamos investindo na formação de plateias para arte e cultura, além de revelar
e dar espaço para novos talentos do humor. O objetivo é
realizar apresentações humorísticas gratuitamente, movimentando o cenário artístico e estimulando a troca de
experiências”, afirma.
Torquato detalha como serão as apresentações do
projeto. “Após o Sesc avaliar os trabalhos enviados,
dois artistas selecionados se apresentarão a cada noite,
além de termos a participação de um convidado especial que fará uma performance de 30 minutos. As inscrições são livres para todos os artistas maiores de 16
anos”, completou.
Os interessados em participar devem enviar um vídeo de 15 minutos junto com a ficha de inscrição para
o e-mail: [email protected]. Fica a critério
do participante escolher o gênero humorístico e o tema
a ser enviado, mas o requisito é que tenham conteúdo
cômico. Cada inscrito poderá concorrer com, no máximo, dois trabalhos teatrais, porém somente um será selecionado para apresentação ao vivo. Mais informações:
3484-9142.
32 Revista Fecomércio DF
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Revista Fecomércio DF 33
capa
NA RAIZ DA
CORRUPÇÃO
//Por Sacha Bourdette
Fotos: Joel Rodrigues
Fecomércio-DF se empenha na campanha do Ministério Público que
propõe medidas mais ficontundentes contra a corrupção. Entidades
estão recolhendo assinaturas para criação de PL no Congresso
Promotor Leonardo
Bessa, presidente
da Fecomércio
Adelmir Santana e a
promotora Luciana
Asper: juntos
para combater a
corrupção no DF
34 Revista Fecomércio DF
E
studo da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que todos os
anos o Brasil perde mais de R$ 200 bilhões em decorrência do desvio
de verba pública. O valor de R$ 50 bilhões seria suficiente para construir
dez escolas em cada município brasileiro. Colocando na ponta do lápis,
com esse montante poderiam ser construídos 55.700 novos centros de
ensino. O que é desviado para a corrupção é quatro vezes superior ao
que é investido em saúde e educação. Para combater esse mal e mudar o cenário nacional, o Ministério Público lançou em março a campanha nacional 10
Medidas Contra a Corrupção. Para virar lei, o projeto de iniciativa popular precisa de 1,5 milhão de assinaturas. A Fecomércio-DF é parceira da campanha e já
está engajada nessa missão.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, reforça a parceria e destaca que é preciso mudar o sistema judicial brasileiro.“Não hesitei em aceitar
o convite do procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bessa,
R$ 200
bilhões o
brasil perde
em decorrência
do desvio de
verba pública.
e da promotora de Justiça, Luciana
Asper, para apoiar o movimento. Não
podemos ficar de braços cruzados,
no que depender do comércio não
vamos medir esforços para que todos
também assinem e sejam multiplicadores dessa causa. Nosso intuito
é disseminar o máximo possível as
propostas para que as mudanças na
legislação realmente ocorram. Precisamos fortalecer o enfrentamento da
corrupção para diminuir a sensação
de impunidade no País”, ressaltou.
A Fecomércio está contribuindo
com a iniciativa, coletando assinaturas e divulgando as ideias. “A Fecomércio é um ponto de coleta de
assinaturas. Vamos também para a
rua coletar em locais movimentados,
como a Rodoviária do Plano Piloto e
nos centros das cidades. Além disso,
estamos divulgando as medidas por
meio de campanhas publicitárias nos
veículos de comunicação e realizando ações internas para estimular o
engajamento dos funcionários do
Sistema S. Já estamos cansados da
alta carga tributária e o dinheiro que
deveria ser revertido para o cidadão
está indo direto para o bolso dos corruptos. Com a pressão popular, esperamos que as medidas cheguem
ao Congresso o mais rápido possível
como o que ocorreu na época do Ficha Limpa”, afirmou.
À frente do Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o procurador-geral de Justiça
do DF, Leonardo Bessa, acredita que
as medidas vão desestimular a corrupção. “O nosso direito penal parece
que é de uma classe contra a outra.
Com as medidas veremos penas
mais duras e, com isso, a diminuição
dos desvios. Isso porque, atualmente,
o custo-benefício é totalmente favorável à prática desse tipo de crime. O
que poucos se dão conta é que a corrupção causa uma morte silenciosa
pela falta de hospitais, de educação
e de oportunidades. Muitas das consequências da miséria decorrem da
não-utilização do dinheiro público
da maneira como deveria. O eleitor
ainda não faz essa associação. Entretanto, atualmente há uma percepção
maior do quão grave é a corrupção
por conta das crises que os Estados
estão passando”, assegurou.
De acordo com o procurador
Bessa, as medidas permitirão mais
eficiência das ações do Judiciário, e
o apoio da Fecomércio é fundamental. “As penas atuais para o crime
de corrupção ainda são simbólicas e
muitas vezes ineficientes. O projeto
irá contribuir para um País mais democrático. O apoio da Fecomércio é
muito valioso para o MP, pois o setor
de comércio possui uma capilaridade muito grande no DF. Vale lembrar
que a corrupção gera uma desigual-
dade que, dependendo da situação,
empresários podem ir à falência. O
apoio de uma federação com a representatividade da Fecomércio mostra
a preocupação da entidade com um
Brasil melhor”, defendeu.
Cenário preocupante
No último ranking de países corruptos divulgado em dezembro de
2014 pela organização Transparência
Internacional - referência mundial no
estudo -, o Brasil está em 69º lugar
entre 175 países. O índice brasileiro
foi de 43 na pesquisa, em que a Dinamarca, considerado o país menos
corrupto, obteve 92 pontos a favor. O
cenário é preocupante, mas as medidas prometem reverter a realidade
atual, como afirma a promotora de
Justiça e coordenadora da campanha no DF, Luciana Asper. “Temos
um sistema com inúmeras brechas
legais que servem para protelar os
processos na justiça por muitos anos,
levando à falta de eficiência no resultado e à prescrição. Ou seja, perde-se
o prazo e é como se o crime nunca
tivesse ocorrido. Com as medidas, a
justiça dará uma resposta ágil para a
sociedade”, esclareceu.
Luciana acredita que a maior
dificuldade hoje é recuperar o dinheiro desviado. “O Brasil investe na saúde menos de um terço
do que a Organização Mundial da
Saúde considera o mínimo. O mais
preocupante é que é na saúde que
temos o maior desvio público e não
conseguimos recuperar os valores.
A corrupção sem dúvida mata, tira
a verba da comida da criança, dos
leitos de UTI e da manutenção das
estradas”, denunciou. A promotora
explica que com o PL, a sociedade
se torna protagonista da mudança.
“A meta constitucional é coletar 1,5
milhão de assinaturas para que o
Projeto de Lei de Iniciativa Popular
ganhe força no Congresso Nacional. Para isso, precisamos da assinatura de cada um”, confirmou.
Revista Fecomércio DF 35
capa
As dez medidas
O projeto 10 Medidas Contra a
Corrupção surgiu em Curitiba, no
Paraná, pela experiência da equipe
do Ministério Público que atua na
Operação Lava Jato, que já conseguiu recuperar R$ 870 milhões. O
caso refletiu as dificuldades e indicou
a necessidade de alterações no sistema legal. Para Luciana, a Lava Jato
trouxe uma esperança no combate à
corrupção. “Colhemos muitas frustrações no trabalho contra a corrupção. O sonho do Ministério Público é
poder ser eficiente e com as medidas estamos criando uma corrente
de esperança rumo ao caminho da
honestidade e da transparência”, garantiu.
Os pilares que norteiam a campanha são: prevenção; punição efetiva com penas mais altas e cadeia;
e sistemas mais eficazes para recuperação de todo o dinheiro desviado.
Para que as medidas virem realidade, basta que cada um assine a ficha
presente no site (www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas) e
entregue no Ministério Público ou em
um ponto de coleta. Caso não esteja
com o título de eleitor em mãos, não
é preciso se preocupar. “Com os demais dados, a equipe do MPDFT consegue completar a ficha”, completou
Luciana.
A ideia é que até 9 de dezembro
deste ano, Dia Internacional de Combate à Corrupção, 1,5 milhão de assinaturas sejam entregues no Congresso Nacional para aprovação. Até
o momento a campanha já somou
mais de 250 mil assinaturas em todo
o Brasil.
36 Revista Fecomércio DF
1- Prevenção à corrupção, transparência e
proteção à fonte de informação
2
Criminalização do
enriquecimento
ilícito de agentes
públicos
3- Aumento das penas e crime hediondo
para corrupção de altos valores
4- Aumento da efiFiciência e da justiça dos
recursos no processo penal
5- Celeridade nas ações de improbidade
administrativa
6- Reforma no sistema de prescrição penal
7- Ajustes nas nulidades penais
8- Responsabilidade dos partidos políticos
e criminalização do caixa 2
9- Prisão preventiva para evitar
dissipação do dinheiro desviado
10
Recuperação
do lucro
derivado do
crime
Revista Fecomércio DF 37
Participe da campanha! Preencha e destaque esta página e entregue na sede da
Fecomércio-DF: SCS, Quadra 6, Bloco A, Ed. Newton Rossi, 6º andar - Brasília-DF
38 Revista Fecomércio DF
A meta constitucional é
coletar 1,5 milhão de assinaturas
para que o Projeto de Lei de
Iniciativa Popular ganhe força
no Congresso Nacional
Abraçando o projeto
Os membros da Diretoria da
Fecomércio-DF, os 25 sindicatos filiados e os dois associados aprovaram a iniciativa do Ministério Público e garantiram apoio à campanha.
Para o presidente do Sindicato do
Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), Roberto
Gomide, todos sairão ganhando com
as medidas. “Sou favorável para que
o projeto entre em vigor. Temos que
mudar a cultura a respeito da corrupção em todos os seus sentidos.
Vou promover na minha loja uma
ação para mobilizar assinaturas.
Queremos que cada um dos 600
funcionários que trabalham na minha loja se tornem multiplicadores
desta campanha que só trará benefícios. São medidas que surtirão
efeitos de curto, médio e longo prazo
e que mudarão o comportamento da
sociedade”, ressaltou.
De acordo com o presidente do
Sindicato das Empresas de Compra,
Venda, Locação e Administração de
Imóveis Residenciais e Comerciais
do Distrito Federal (Secovi-DF), Carlos Hiram Bentes, a campanha é necessária. “Há de se coibir a prática
da corrupção por meio de uma le-
gislação mais ampla e severa, além
da conscientização e educação da
sociedade. Eu já assinei e penso que
todos devem refletir a respeito. A
participação da população é imprescindível e deve extrapolar o campo
da indignação. Devemos demonstrar
a desaprovação e repúdio em ações
concretas, como esta. Tanto as pessoas quanto os partidos políticos devem ser efetivamente apenados em
seus delitos e entenderem que são
eleitos ou constituídos para atenderem à sociedade e não o contrário,
como pensam alguns”, declarou.
O presidente do Sindicato de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF),
Jael Antônio da Silva, é outro que
está apoiando o projeto. “Estamos
entrando de cabeça na campanha,
inserindo o conteúdo no nosso site
e distribuindo aos nossos filiados o
material para assinatura. Nosso objetivo é conseguir atingir os 100 mil
empregados que fazem parte do setor, além de sensibilizar os clientes
para a importância da campanha.
Vamos também colocar nos bares e
restaurantes avisos informando que
os corruptos não são bem-vindos.
Isso porque, já estamos cansados de
ver tanta impunidade. Espero penas
mais severas e que a justiça seja feita”, declarou.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito
Federal (Sindipel-DF), José Aparecido da Costa Freire, apoiou a campanha de imediato. “Sou inteiramente
favorável às medidas. Não estou pensando só em mim, mas nas gerações
futuras, é um momento ímpar para
o nosso País. Eu me engajei e penso
que cada assinatura fará diferença.
Segundo o nosso último levantamento, o setor de papelaria tem mais de
seis mil empregados e queremos
que todos participem”, revelou.
De acordo com o presidente do
Sindipel, a sensação de que a lei não
é cumprida é constante. “Vemos uma
máquina pública inchada e ineficiente, na qual o crime compensa. Os
corruptos contratam bons advogados
que encontram brechas na legislação
e acabam escapando de uma punição justa. Com o projeto, poderemos
mudar esse cenário. O comércio, por
exemplo, funciona como uma engrenagem. Se vai bem, vai empregar
mais, gerando renda e beneficiando
os demais setores”, concluiu.
Revista Fecomércio DF 39
capa
Trabalho de
formiguinha
O empresário da padaria Casa
do Pão, na 105 Sul e 506 Sul, Lázaro Guimarães, aderiu à campanha e
já transformou suas duas lojas em
ponto de coleta de assinaturas. “Ofereci meu estabelecimento voluntariamente para receber o projeto. Isso
porque o Ministério Público é uma
das poucas instituições em que se
pode acreditar”, explicou. A primeira
entrega de assinaturas da loja foi realizada no início de setembro e reuniu mais de 150 nomes. Os pontos
de assinatura ficam localizados nos
caixas, mas ainda falta interesse de
alguns. “Eu instruí os meus funcionários para explicarem ao cliente a
finalidade. Porém, ainda falta mais
conscientização. Tem cliente que fala
que não vai assinar porque não vai
ganhar nada com isso”, contou.
Lázaro acredita primordial reunir
1,5 milhão de assinaturas no Brasil,
40 Revista Fecomércio DF
pois é cada vez maior a revolta da sociedade. A impunidade é muito grande. Percebemos que há muitas falhas na justiça e é nessas falhas que
os corruptos se aproveitam para se
livrarem das condenações, usando
inclusive o dinheiro de desvio para fazer a defesa. Enquanto a impunidade
continuar, tudo isso vai correr solto.
Faltam educação, saúde e segurança. Hoje, o comércio sofre pela falta
de qualificação profissional”, alarmou Guimarães.
Preocupado em exercer seu
papel como cidadão, o engenheiro,
Bernardo Laferté, conseguiu juntar
mais de cem assinaturas. “Fiquei sabendo da campanha em um evento
e a partir de então não tive dúvidas
da importância das medidas para o
País, assinei na hora. Mas percebi
que precisaria de um esforço conjunto da população para poder alcançar o máximo de apoio. O Brasil
precisa acordar”, explicou. Ele recebeu um caderno contendo as fichas
“Ofereci meu
estabelecimento
voluntariamente
para receber o
projeto, porque
o Ministério
Público é uma
das poucas
instituições
em que se pode
acreditar”
de Lei nº 2826 de 1992 é o mais antigo parado no Congresso relacionado
à corrupção. O projeto propõe que os
crimes de corrupção passiva, peculato, emprego irregular de verbas ou
rendas públicas, concussão, prevaricação e corrupção ativa estejam na
categoria de crimes hediondos. Entretanto, com 23 anos completados
em maio, a proposta ainda aguarda
a data para apreciação no plenário.
“Será um avanço se as medidas do
Ministério Público entrarem em vigor.
O que queremos é que as propostas
que previnam a corrupção tramitem
com agilidade”, defendeu Thame.
penas duras
para assinatura e não hesitou para
se engajar na campanha. “Ando com
o caderno para todos os lugares, inclusive nas viagens. Consegui assinaturas em São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Santa Catarina. Em setembro
entreguei ao Ministério público mais
de cem assinaturas”, revelou.
no Congresso
Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista de Combate
à Corrupção, o deputado federal
(PSDB-SP) Antonio Carlos Mendes
Thame, o Congresso Nacional não
demonstra interesse em avançar
os projetos contra a corrupção. “Já
somam 448 projetos relacionados à
corrupção que não avançam no Congresso. Apesar dos nossos esforços,
temos projetos com mais de 20 anos
que não andam. O número e a demora refletem o desinteresse em aprovar as leis anticorrupção neste País.
Nós, da Frente, estamos colhendo
assinaturas e apoiando a campanha
do Ministério Público, pois é uma
rara oportunidade de mostrar que o
País possui penas rígidas para quem
comete esse tipo de crime”, afirmou.
Para se ter uma ideia, o Projeto
O Brasil sofre com a corrupção
desde o período colonial. Para o cientista político e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Antônio
Flávio Testa, a campanha do Ministério Público tem grande chance de representar uma mudança para o País.
“O combate à corrupção é um dos
maiores desafios do Estado brasileiro
e de suas instituições, mas também
é preciso a participação de todos. Se
não houver um efetivo combate, o
País não se desenvolverá democraticamente, nem terá credibilidade
nacional e internacional. Com a campanha, os crimes de enriquecimento
ilícito terão penas mais duras e a justiça será mais rápida”, assegurou.
Entretanto, para Testa, é preciso acompanhar o projeto e pressionar o Congresso. “É importante
que se fiscalize a ação da justiça
para que a lei seja aplicada com o
devido rigor. E mais, é preciso uma
intensa pressão social sobre os sistemas educacionais já na primeira
infância, para que se ensine ética,
civismo e respeito ao patrimônio
público e privado. Votar com consciência deveria também ser uma
regra. Mas o brasileiro em geral
não pensa assim. Quando vota, é
por obrigação. E acredita em promessas vazias”, destacou.
Revista Fecomércio DF 41
conjuntura
//Por José do Egito Fotos: Raphael Carmona
ONDE ESTÃO
Comércio amarga
falta de moeda em
circulação para dar
troco aos clientes
AS PRATINHAS?
A
falta de moedas no comércio de Brasília tem gerado
dificuldades para clientes
e comerciantes. Esquecidas no fundo das gavetas, bolsos ou cofrinhos,
elas fazem falta no mercado e são
responsáveis até por mudanças nos
preços. Isso porque os empresários
acabam adotando a estratégia de
arredondar os valores dos produtos
para cima. Para ter moedas no caixa, supermercados, padarias, lojas
de conveniência e restaurantes têm
apelado para promoções. Entre elas,
está a troca de moedas por caixas de
bombons, por exemplo. Alguns comerciantes chegam a fazer acordo
com flanelinhas para conseguir trocar as “pratinhas”.
Neste ano, o Banco Central disponibilizou 433 milhões de unidades
de novas moedas de todos os valores.
O órgão estima que estejam em circulação 23,6 bilhões de unidades de
moedas ou R$ 5,9 bilhões em valor,
o que corresponde a R$ 28 em moedas para cada brasileiro. Ainda de
acordo com dados do Banco Central,
embora a produção de moedas, desde 2014, tenha sofrido a necessidade de redução, o problema tem sido
administrado por meio dos estoques
disponíveis em todo o País. Em 2015,
o Banco Central voltou a receber moedas novas produzidas pela Casa da
Moeda. Essas moedas vêm sendo
disponibilizadas para os bancos à
medida que são produzidas. O objetivo é atingir em 2015 um bilhão de
novas moedas em circulação.
Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, existe uma cultura entre os brasileiros de
guardar as moedas por um longo pe-
ríodo, o que atrapalha a circulação de
dinheiro no mercado e cria uma série
de problemas para o comerciante e
para o consumidor. “O entesouramento de moedas, quando a pessoa
acumula um número grande de dinheiro, é um dos fatores que mais
prejudicam a circulação do troco nos
mercados. Isso acarreta no arredondamento do valor do produto por parte dos comerciantes e algumas vezes
o cliente acaba não comprando por
não ter o dinheiro trocado”, enfatiza
Santana. Para ele, é necessário criatividade por parte do empresário, que
deve criar campanhas para arrecadar moedas e fazer com que o consumidor “quebre seu cofrinho”.
De acordo com o presidente do
Sindicato do Comércio Varejista do
DF, Edson de Castro, a tradição de
economizar em cofrinhos é uma das
causas das poucas moedas em circulação. “Moeda vai ser sempre uma
peça que vai para o cofrinho. Todo
pouco dinheiro é guardado automaticamente”. Apesar desse hábito do
brasileiro ser de valores pequenos,
no total, o impacto à economia é
grande. “Com uma economia já deslizando, não dá para brincar. Existem,
inclusive, campanhas em lojas para
Queliane Rosa oferece
descontos e pede ajuda
aos flanelinhas com o
fornecimento de moedas
42 Revista Fecomércio DF
que as pessoas façam essa moeda
circular”, exemplificou. Para ele, o
principal setor que consome moedas
são os supermercados. “Eles têm o
péssimo hábito de usar os preços em
centavos”, explica.
CRIATIVIDADE PARA O TROCO
Do outro lado do balcão, nem
mesmo a amizade com a clientela
tem sido suficiente para suprir a falta
de moedas no comércio. Segundo a
comerciante Queliane Rosa, dona do
Restaurante Don Giovanni, localizado no Setor Comercial Sul, o cliente
acha que a culpa é do comerciante. “Isso gera um constrangimento
na hora de dar o troco.” Para ela, a
criatividade tem ajudado a enfrentar
períodos mais complicados, mas não
resolve o problema da falta de moedas em circulação. Ela garante que
se vira como pode para evitar transtornos com o cliente. “Oferecemos
descontos e até pedimos ajuda aos
flanelinhas com o fornecimento de
moedas”, conta.
Para minimizar a falta de troco, o
supermercado Big Box da 402 Norte
está realizando uma campanha criativa. Cada cliente que levar um valor
acima de R$ 150 em moedas ganha
uma caixa de bombom de 400g. “Internamente nossos funcionários são
orientados a solicitar moedas aos
clientes, mas como nem sempre
surte efeito, adotamos esse tipo de
promoção para solucionar o problema”, explica o gerente de vendas da
loja, Antônio Costa. De acordo com
Antônio, já foram realizadas 90 trocas
de caixas de bombons. Além disso,
ele garante que a campanha é uma
alternativa que funciona. “A promoção desperta no cliente o interesse
em trocar as moedas do cofrinho”,
explica.
A falta de “pratinhas” no comércio vem sendo agravada pelos recursos modernos de pagamento. Para
o balconista de uma loja de conveniência que funciona como correspon-
Para Marcelo Silva a
utilização de cartões é um dos
fatores da falta de moedas
dente bancário, no Setor Comercial
Sul, Marcelo da Silva, é crescente o
número de pessoas que usam cartões de crédito e débito no pagamento de suas contas e faturas. “Acredito
que isso acaba contribuindo para a
falta de moedas em circulação, o que
é um problema para nós, comerciantes”, explica.
Marcelo conta que essa situação
piorou nos últimos três meses, fazendo com que ele recorra, inclusive,
ao cobrador de ônibus. “Quando eu
venho trabalhar, sempre tento trocar
dinheiro com o cobrador. A maior dificuldade está nas moedas de R$ 0,10
e R$ 0, 25”, afirma.
Revista Fecomércio DF 43
mais vividos
Um mês dedicado a eles
//Por Por Sacha Bourdette
Foto: Raphael Carmona
Em outubro, Sesc realiza
uma série de atividades
para os idosos
I
ndependentes, ativos e confiantes. É assim que podemos definir
a nova geração de idosos. A longevidade já é um fato concreto. Para
se ter uma ideia, o Brasil conta hoje
com mais de 26 milhões de idosos e
no Distrito Federal eles somam 264
mil. Os dados são da última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). O
Sesc, ciente da importância em promover cada vez mais a saúde e o lazer dos idosos, realiza durante todo
o mês o evento Outubro Mais Vivido,
e em que 1º de outubro é celebrado
o Dia Internacional do Idoso.
Segundo a chefe da Divisão de
Orientação Social do Sesc-DF, Lúcia
Maria Percy Bastos Garcia, o propósito do evento é prestar uma homenagem aos idosos, trazendo durante
um mês diversas atividades. “O Sesc
é pioneiro no atendimento aos idosos, em que prestamos uma atenção especial de forma permanente.
Com o evento Outubro Mais Vivido,
será realizado o Seminário Internacional Sobre Novas Perspectivas do
Envelhecimento Humano, que irá
tratar das tendências no atendimento ao idoso. Além disso, vamos trazer workshop, exposições, festival
de teatro e música. Muitas das atividades foram produzidas por eles e
para eles. Nosso objetivo é promover
cada vez mais a melhoria da qualidade de vida dos idosos, estimulando a convivência e o protagonismo
de cada um deles”, destacou.
O II Seminário Internacional
sobre Novas Perspectivas do Envelhecimento Humano - Tendências
no Atendimento Global do Idoso irá
44 Revista Fecomércio DF
ocorrer no dia 9 de outubro, das 8h às
18h, no Auditório da LBV (915 Sul). O
objetivo do encontro, realizado pelo
Sesc em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), é debater os
desafios do envelhecimento no Brasil com a presença de oito especialistas nacionais e internacionais. Ao
final, o público terá a oportunidade
de prestigiar o concerto da flautista
francesa Odette Ernest Dias.
A programação contará ainda
com o workshop Estratégias para a
Promoção de um Envelhecimento
Ativo que será realizado no dia 1º de
outubro, para o Grupo dos Mais Vividos (GMV). Na sequência, de 2 a 16
de outubro teremos a exposição do
projeto Multiplicando o Saber. De 19
a 30 de outubro, é a vez da mostra
fotográfica Mais Vivido Conta História. Nos dias 19, 20 e 27 do mês será
realizado o I Festival de Teatro Sesc
Mais Vividos. No dia 23 de outubro
teremos a apresentação do Coral do
GMV e do Sesc Seresta com Tangos
e Fados.
Grupo dos Mais Vividos - As atividades do Grupo dos Mais Vividos
do Sesc tiveram início em agosto de
1978 e está presente em nove uni-
dades, atendendo 2.470 idosos. De
lá para cá o grupo acumula histórias comoventes e de superação. A
integrante e dona de casa, Raimunda Nonata do Nascimento Francini,
encontrou o amor. “Tenho mais de
25 anos de estou no GMV e aqui conheci o amor da minha vida em um
dos bailes. O Sesc pra mim representa uma vida que eu nunca tive, foi
uma verdadeira ascensão”, revelou.
O funcionário público aposentado,
Francisco Alves Ferreira, se sente
acolhido no grupo. “Aqui o idoso se
torna jovem. O Sesc é um lugar onde
a gente se reanima, acordamos para
a vida”, avaliou.
Outubro Mais Vivido
De 1º a 30 de outubro
Informações: 0800 617 617
Entrada franca
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
culinária
Gastronomia em alta
//Por Luciana Corrêa
Foto: Rapahel Carmona
Mês de setembro foi dedicado ao Cerrado Week e cardápio italiano nas unidades-escola
O cerrado foi um dos temas dos
eventos de gastronomia do Senac
durante o mês de setembro. O
motivo foi a comemoração do Bioma, no dia 11. Entre os dias 9 e 11
do mês, por exemplo, aconteceu a
Semana de Gastronomia Regional
do DF, com almoço em três restaurantes-escola da instituição. A
abertura foi feita no restaurante-escola da Câmara dos Deputados
(anexo IV), com bufê elaborado
pelo chef André Marques. Foram
servidos pratos de vários estados,
como feijão tropeiro (Minas Gerais), arroz carreteiro (Rio Grande
do Sul) e paçoca de carne-seca
(Nordeste). Também fizeram parte
do menu sabores locais como a
cagaita, fruto do cerrado, e a guariroba, uma palmeira comestível.
No dia 10, o almoço da Semana
de Gastronomia foi servido no restaurante-escola Senac Downtown,
localizado no prédio da ConfederaMais informações
ção Nacional do Comércio (CNC), no
Setor Bancário Norte, com serviço à
la carte. Elaborado pelos chefs Diego Jacob, os convidados degustaram
uma entrada, prato principal e sobremesas. No último dia, a Semana
da Gastronomia foi no restaurante-escola Senac do Senado, sob o
comando do chef Gustavo Maragna.
Ele preparou para degustação entrada, prato principal e sobremesa.
Na semana seguinte, o Senac
patrocinou o Cerrado Week e ofereceu prato principal e sobremesa
com ingredientes do bioma. Participaram o Senac Gastronomia
localizado no Setor Comercial Sul,
no MPDFT, no Ministério da Justiça e no STF. O cardápio incluiu
pescada branca com redução de
jabuticaba ou cajuzinho-do-cerrado
com castanhas em pó ou jabuticaba
e palha de batata doce; mousse de
araticum; carne de sol com palmito
de pupunha ao leite de coco; pudim
@senacdf
/senacdistritofederal
de chocolate branco com geleia de
jabuticaba.
CARDÁPIO ITALIANO
No dia 10 de setembro, o Senac
ofereceu um almoço tipicamente
italiano no restaurante-escola localizado no MPDFT. No bufê, diversos
pratos, como salsa de carne ao
pomodoro, bife ao molho de vinho,
nhoque de batata e conchiglione à
napolitana. Para a sobremesa, panna cota de morango, peras ao vinho
e creme de café. O cardápio foi elaborado pela gerente do espaço, Silvia Sales, pela nutricionista Débora
Nunes e pelo chef Armani Cunha.
Todos os restaurantes-escola
do Senac são abertos ao público de
segunda a sexta-feira. Os espaços
pedagógicos são para que os alunos e profissionais atuem juntos,
para promover a melhor capacitação dos estudantes dos cursos da
área de Gastronomia da instituição.
www.senacdf.com.br
Revista Fecomércio DF 45
decoração
Teoria
e prática
Senac está presente
na Casa Cor
2015 com espaço
de formação
profissional
46 Revista Fecomércio DF
//Por Luciana Corrêa
U
Fotos: Joel Rodrigues
ma das mais importantes mostras de arquitetura, decoração e
design do DF, a Casa Cor Brasília 2015, abriu suas portas em setembro e segue até novembro. O Senac participa da iniciativa com
um ambiente de aproximadamente 300m² dedicado à formação profissional. A instituição está representada no Espaço de Eventos Senac e oferece
workshops, além da utilização da área para eventos.
Os alunos do curso Técnico em Design de Interiores, do Senac, também participam da Casa Cor, por meio de uma parceria. Foram ofertadas
30 vagas, das quais 15 por turno, com direito à bolsa. Os alunos estão trabalhando no Espaço de Eventos Senac durante os 45 dias da mostra. Eles
podem assim acompanhar de perto o trabalho dos profissionais do mercado
e aprender sobre o que estudam em sala de aula.
O presidente do Senac-DF, Adelmir Santana, destacou o objetivo do Senac na mostra e falou da importância da parceria para que os alunos estejam presentes durante todo o evento. “É uma oportunidade de mostrar do
ponto de vista institucional as várias atividades do Senac para um público
extremamente seleto. Ao mesmo tempo propomos fazer com que a instituição seja conhecida nesse meio, levando em conta que ministramos cursos
para o segmento. Nossos alunos que estão trabalhando podem aumentar a
convivência entre eles e os arquitetos, e o próprio público”, explicou.
Já os professores do Senac seguem oferecendo, até novembro, oficinas,
workshops e palestras sobre Design de Interiores (sextas-feiras, às 15h) e
sobre Gastronomia (sábados e domingos, às 16h). Confira mais informações no quadro.
Uma das sócias da Casa Cor,
Moema Leão, destacou a importância da parceria. “Acho que acrescenta e fortalece muito as duas
marcas. O espaço está lindíssimo,
tanto a parte do arquiteto quanto as
artes criadas pela equipe do Senac.
Todos captaram bem o que queríamos. E ele será bem utilizado, pois,
além dos cursos, teremos vários
eventos”, completou.
O arquiteto convidado para realizar o projeto do Senac, Marcelo
Marcolino, explicou que desenvolveu um espaço com multifunções.
“Ele está voltado para uma grande
praça, com uma arquibancada que
pode servir para descanso ou virar um palco”, explica. Ele contou
ainda que utilizou uma linguagem
moderna, com elementos como
piso sextavado, iluminação por eletrocalha, além da utilização de laje
exposta e parede de tijolinho inglês,
tudo para que o ambiente do Senac
cumpra com sua função de promover a educação profissional.
Espaço multifunções do Senac, apresentado no coquetel de abertura do evento
Marcelo Marcolino, Adelmir e Maria José
Santana, Luiz Otávio e esposa Marisa Brito
A estrutura é voltada para uma grande
praça, com uma arquibancada versátil
Versatilidade na laje exposta e na parede
de tijolinho inglês
Programação de cursos:
Preparo rápido de risotos:
sabores variados
GASTRONOMIA
Saladas divertidas: com
molhos, frutas e castanhas
atrativas para crianças
Sushi em casa: forma prática
de fazer koni
3, 4, 24 e 25/10
10 e 11/10, 7 e 8/11
17, 18 e 31/10 e 1/11
Layout de ambiente
residencial
30/10
Iluminação LED
16/10
Paisagismo de área interna
23/10
Serviço
Casa Cor 2015
QI 9, Lago Sul
(no antigo Inacor)
Até dia 10 de novembro,
das 12h30 às 22h, de
terça a domingo
(e feriados).
Mais informações
DESIGN DE INTERIORES
Técnicas de vitrinismo
Coordenação de cores por
ambiente
9/10 e 6/11
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
2/10
Revista Fecomércio DF 47
economia
Indicadores
do comércio
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
E
m agosto, as incertezas
continuam sendo o grande
entrave das expectativas
dos empresários. As dúvidas quanto à aprovação e extensão
das medidas do governo continuam presentes tanto na esfera local
quanto na federal. A possível suspensão dos aumentos salariais aos
servidores públicos é agora uma
ameaça real ao volume de recursos a ser injetado no DF. O poder de
compra do consumidor de Brasília
continua reduzido, com tendência a
se agravar.
Reflexos negativos estão presentes em todos os indicadores. O
endividamento teve uma leve queda, mas a inadimplência e a possibilidade do “calote” aumentaram
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Agosto
Julho
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Agosto 2015
Junho
87,7
89,2
89,5
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
consideravelmente; a intenção de
consumo das famílias continua em
queda no semestre. A confiança dos
empresários apresentou expressiva
redução em todos os indicadores,
especialmente em relação às expectativas do setor.
Houve pequena redução no nível
de endividamento das famílias em
Brasília (81,5% em agosto contra
82,7% em julho). Mas, como vem
ocorrendo há algum tempo, superou o nível nacional (62,7%) em cerca de 19 pontos percentuais. A taxa
de inadimplência, dívidas não pagas
há mais de 90 dias, atingiu 12,5%,
apresentando alta de 0,8 ponto percentual em relação a julho. Acréscimo de 0,2 ponto percentual na dívida impagável.
0,5
0,3
0,1
12,5
11,7
9,5
81,5
82,7
82,2
Fonte: CNC
A tendência de queda no ICF permanece. Em relação a julho o indicador caiu 0,4 ponto. Houve queda nas
famílias de renda maior que 10 salários-mínimos (2,4
pontos), e pequena elevação nas famílias de renda menor que 10 salários-mínimos (0,6 ponto).
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
Agosto
Julho
Agosto 2015
Junho
101,4
103,8
112,7
Mais de
10 SM
86,4
85,8
90,0
Até
10 SM
As taxas de juros nominais praticadas em agosto
continuam em escalada de crescimento, com horizonte
de piora. Na comparação de agosto em relação a julho, não houve alterações significativas em relação
aos juros cobrados da Pessoa Jurídica. No crédito à
Pessoa Física, continuam campeãs, tanto em valores
nominais quanto em variação no mês, as taxas do
Cheque Especial (218,67% em agosto, contra 217,28%
em julho) e do Cartão de Crédito (350,79% em agosto,
contra 334,84% em julho).
Taxas de Juros Pessoa Jurídica
Agosto
40,43%
32,99%
SM: Salário-Mínimo
Fonte: CNC
Julho
40,10%
32,61%
O ICEC/DF de agosto teve queda de 4,9 pontos no
índice geral, em relação a julho. Isoladamente destacam-se: queda de 7,0 pontos nas expectativas para o
setor e 2,9 pontos no volume de investimentos; queda de
5,1 quanto aos indicadores das condições atuais.
Junho
ICEC - Índice de Confiança do
Empresário do Comércio DF
Agosto
Indicadores
investimento
Julho
39,78%
32,30%
Fonte: CNC
123,71%
122,71%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Agosto 2015
Agosto
Junho
Junho
144,09%
143,55%
141,93%
Empréstimo
pessoal
financeiras
87,8
90,7
89,8
Empréstimo
pessoal
bancos
124,1
131,1
129,1
46,6
51,7
54,8
Julho
CDC
automóveis
62,90%
62,52%
61,96%
28,93%
28,63%
28,32%
218,67%
217,28%
214,19%
Cheque
Especial
350,79%
334,84%
312,75%
Cartão de
Crédito
Geral
124,93%
Agosto 2015
Indicadores das
expectativas
Indicadores das
condições atuais
Capital
de giro
Desconto de
duplicatas
Conta garantida
91,1
91,5
97,2
Geral
Agosto 2015
86,2
91,1
91,2
Juros do
Comércio
85,84%
84,78%
84,36%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 49
crise
Solução para
o aumento de impostos
//Por Daniel Alcântara
Fotos: Joel Rodrigues
Setor produtivo reúne 19 deputados distritais e apresenta propostas
para gerar desenvolvimento e frear arrancada fiscal
P
reocupados com a situação
econômica do Distrito Federal, lideranças empresariais
brasilienses se reuniram com deputados distritais para apresentar propostas para estimular o desenvolvimento econômico e gerar emprego
e renda no DF. O encontro foi realizado no dia 28 de setembro e reuniu 19
dos 24 deputados distritais.
O presidente da Fecomércio,
Adelmir Santana, entregou ao presidente da frente parlamentar em
defesa do setor produtivo, criada
pela Câmara Legislativa, deputado
Bispo Renato (PR), um documento
com 13 proposições prioritárias e
39 propostas. As reivindicações foram entregues em nome do setor
produtivo.
“Entregamos aos deputados as
nossas dificuldades, que precisam
de soluções. É necessário que nós,
empresários, tenhamos uma participação na discussão dos problemas
da cidade, esse é o fundamento do
nosso encontro”, explicou Adelmir.
As reivindicações foram formuladas
por sindicatos patronais variados,
pela Federação do Comércio, pela
Associação Comercial do DF e por
outras entidades do setor produtivo, como o Sindicato da Indústria da
Construção Civil do DF.
A reunião com o Poder Legislativo da capital da República teve como
objetivo primordial apresentar as
preocupações dos empresários com
a economia, segurança, tecnologia,
turismo e outros temas. “O trabalho
entregue é fruto de muitos encontros que se deram dentro de nossas
organizações e dentro da própria
Câmara Legislativa. Esse projeto foi
feito a muitas mãos, durante vários
dias”, disse Adelmir.
Algumas propostas sugerem a
aprovação de projetos já existentes
ou a regulamentação de medidas
capazes de alavancar a economia.
Entre elas, está o pedido de incluir
no Programa de PPP do GDF a exploração de estacionamentos em
áreas pré-definidas pelo governo,
ouvindo o setor produtivo; a realização de mutirão para identificar e
combater o excesso de burocracia
em todos os níveis da administração
pública, buscando reduzir o número de normas e estabelecer prazos
Deputada Celina Leão, deputado
Bispo Renato e o presidente da
Fecomércio-DF, Adelmir Santana
50 Revista Fecomércio DF
compatíveis. O documento também
sugere investimentos na divulgação
de Brasília como centro receptor de
turismo.
O presidente da frente parlamentar em defesa do setor produtivo, deputado Bispo Renato (PR),
ressaltou a importância do setor
produtivo para o desenvolvimento de
Brasília e garantiu que entregará o
documento nas mãos do governador Rodrigo Rollemberg. “O governo está perdido, alguém tem que
ensinar a ele um caminho para que
Brasília volte a crescer. Neste ponto, o setor produtivo é fundamental
para a construção dessa história”,
disse Bispo Renato. Ele também
aproveitou para anunciar que votará
contra as medidas anunciadas pelo
Executivo que implicam em aumento de impostos. “Não é aumentando
a carga tributária que vamos fazer
de Brasília uma cidade melhor, mas
sim cortando gastos, só assim poderemos oferecer uma melhor desenvoltura e continuar gerando emprego e renda”, afirmou.
DIMINUIR BUROCRACIA
Para a presidente da Câmara
Legislativa do DF, Celina Leão, também esteve presente no encontro e
comentou sobre a necessidade de
se criar um diálogo mais aberto com
os empresários. “Esse é o nosso papel, escutar e tentar resolver os problemas de nossa cidade. Acredito
que se o País não virar a página da
burocracia e da morosidade vamos
acabar entrando em um colapso”,
explicou Celina Leão. Segundo ela,
os deputados distritais tem cumprido um papel importante para a evolução política da cidade, no sentido
de escutar a sociedade.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal
(Sindivarejista-DF), Edson de Castro, disse que os empresários estão
dispostos a desamarrar os nós da
burocracia e desatar a economia.
Ele também se mostrou contra o
aumento de impostos sugeridos
pelo GDF. “Hoje, a realidade é que
vários empresários estão fechando
as suas lojas e demitindo os seus
funcionários”, disse. “Esse projeto
apresentado aos deputados trata
de assuntos que estão parados ou
incompletos ou largados pelo governo”, acrescentou Edson.
Entre os deputados
presentes estavam:
Agaciel Maia (PTC); Bispo
Renato Andrade (PR); Celina
Leão (PDT); Chico Vigilante
(PT); Cláudio Abrantes (PT);
Cristiano Araújo (PTB); Joe
Valle (PDT); Julio César (PRB);
Liliane Roriz (PRTB); Lira (PHS);
Luzia de Paula (PEN); Professor
Israel (PV); Rafael Prudente
(PMDB); Raimundo Ribeiro
(PSDB); Rodrigo Delmasso
(PTN); Sandra Faraj (SD); Telma
Rufino (PPL); Wasny de Roure
(PT) e Wellington Luiz (PMDB).
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
Entrando para o mercado de trabalho
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Aluna se especializa
em Design de
Interiores como
trampolim para a
universidade
Estudante de Urbanismo e Arquitetura em
uma faculdade particular do Distrito Federal,
Brenda Lim, de 23 anos, teve que trancar o curso,
em 2012, por questões financeiras. Sem trabalhar e sem estudar, ficou sabendo por meio de alguns amigos que poderia fazer um curso técnico
na área que gostava, pois o valor da mensalidade
era bem inferior ao da faculdade. No segundo
semestre de 2013 fez o curso Técnico em Design
de Interiores, que lhe deu a oportunidade de fazer
estágio em uma empresa da área de arquitetura.
Desde então, trabalha na Oliveira e Schievelbien
Arquitetos, o mesmo escritório para o qual foi
encaminhada pelo Senac. Com o primeiro emprego, veio a chance de continuar a faculdade,
que ela voltou a fazer neste ano.
A jovem brasiliense destaca que escolheu a
instituição por ser a mais indicada a oferecer cursos com uma visão mais realista, focada na atualidade do mercado de trabalho. “O curso que fiz
mostrou que isso é uma realidade e atendeu plenamente a minhas expectativas. Apesar do pouco
tempo, me deu noção geral daquilo que enfrentaria para começar a praticar no mercado”, diz,
52 Revista Fecomércio DF
lembrando que o curso deu base para conseguir
um emprego formal e na área que gosta. “O emprego me ajudou a retornar à universidade que
eu havia trancado por motivos financeiros e ao
mesmo tempo está servindo de base técnica na
continuidade dos meus estudos em sala de aula.
Foi muito gratificante”, afirma.
SOBRE O CURSO
O curso Técnico em Design de Interiores tem
carga horária de 1.120 horas e é oferecido no
Senac no Setor Comercial Sul (Jessé Freire). A
próxima turma está prevista para iniciar em 5 de
outubro, das 18h30 às 22h30. Interessados em
participar devem ter idade mínima de 16 anos,
estar cursando o 2º ano do Ensino Médio ou o
terceiro segmento do EJA e ter noções básicas de
informática. Mais informações: 3313-8877.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
A proposta de
retorno da CPMF
54 Revista Fecomércio DF
e, consequentemente, encarece o
produto final para o consumidor.
Assim, o efeito cascata faz com que
0,38% da CPMF seja muito mais
onerosos do que se aparenta.
A respeito do assunto, cabe relembrar o posicionamento do ministro Marco Aurélio de Mello durante a
discussão sobre o IPMF no Supremo
Tribunal Federal, quando do julgamento da ADI 1.497-8/DF, em que
apontou a inquestionável existência
de cumulatividade no imposto sobre
movimentação financeira. O ministro Ilmar Galvão, igualmente crítico
do IPMF, destacou que a cascata
implica o desrespeito ao princípio
do não-confisco, ofendendo assim o
direito fundamental da propriedade,
além de não respeitar a capacidade contributiva do cidadão ao incidir sobre “a singela utilização, pelo
correntista, de sua própria reserva
de dinheiro... simples fato social,
irrelevante para o Direito e para a
Economia, sem valia, portanto, para
servir como fato gerador de tributo”.
A CPMF “é um imposto cumulativo, regressivo, inflacionário,
tem efeito negativo sobre o crescimento”, conforme destacado por
Delfim Neto. Assim, com o seu
retorno, todos serão onerados
e o problema não será resolvido, mas criará um círculo
Raquel Corazza
consultora jurídica
da Fecomércio-DF e da
Ope Legis Consultoria
Empresarial
vicioso: reduzirá a capacidade de
compra do consumidor e encarecerá a produção, com uma óbvia e
consequente retração da atividade
econômica, o que certamente reduzirá a arrecadação.
O desequilíbrio fiscal só será
corrigido com avaliações corretas
das verdadeiras causas que o motivaram, e a economia só voltará a
crescer – tendo como consequência
o aumento da arrecadação – com o
estímulo ao setor produtivo e sua
competitividade.
Cristiano Costa
A proposta de retorno da CPMF
com uma alíquota de 0,2%, conforme anúncio do ministro da Fazenda,
tem a previsão de arrecadar R$ 32
bilhões no ano que vem. Há, inclusive, negociação do governo federal
com governadores e com lideranças
parlamentares para aprovação pelo
Congresso de uma alíquota ainda
maior, de 0,38%.
Ocorre que tal proposta vem
ensejando duras críticas, eis que
o Governo não estaria enfrentando
devidamente o problema, pois não
seria a falta de receita que teria
causado o desequilíbrio fiscal, mas
sim o excesso de gastos. De 1991
a 2014, a carga tributária passou
de 24% para 34% do PIB, cerca de
5 a 15 pontos acima da maioria dos
países emergentes (de acordo com
o jornal O Estado de S.Paulo), o que
vem prejudicando a competitividade
e crescimento econômico. Por isso,
muitos especialistas apontam que o
governo ainda pode promover cortes
de seus gastos, sem onerar mais
ainda a sociedade com majoração
dos encargos tributários.
Não obstante a alíquota baixa,
a CPMF incide sobre todas as movimentações financeiras, tendo,
portanto, um efeito cascata/cumulativo, e, assim, tanto o setor produtivo quanto os consumidores serão
amplamente afetados. De forma
simplificada, podemos definir que
o efeito cascata (ou cumulatividade) é a característica de um tributo
cobrado repetidas vezes sobre um
mesmo produto (em todas as etapas de circulação da mercadoria).
Isso, obviamente, aumenta enormemente os custos de produção
empresário do mês
Sabor que vai
sempre bem
//Por Liliam Rezende
Foto: Joel Rodrigues
Júlio Faccioli fatura com empresa
especializada na fabricação de picolés
C
om uma campanha de lançamento usando linguagem jovem e identificação com o público, o empresário Júlio Faccioli, 25 anos, idealizador da Vai
Bem Gelados, somou a mais quatro sócios – João Pedro
Costa, Luis Carlos Costa, Lucas Lopes e Fillipe Janiques,
ideias e percepções como morador de Brasília, para dar
cara à marca. “O nascimento da Vai Bem aproveitou uma
oportunidade de negócio que tem tudo a ver com o clima
da cidade, além de servir como uma alavanca para reunir
pessoas de idades e gostos diferentes, para provarem picolés especiais”, destaca Julio.
Marca 100% natural e brasileira, esse é o grande diferencial da Vai Bem Gelados, que passa longe do rótulo de
“paleta”. “Nossos picolés não têm conservantes nem saborizantes. Utilizamos produtos de alta qualidade e frutas
superfrescas para produção”, conta o empresário.
Com base nos queridinhos da mesa brasileira, a empresa lançou no mercado 12 sabores de picolés artesanais,
entre recheados, cremosos e frutados, que variam de R$ 6
a R$ 8. Delícias feitas com paçoca (Junina) e açaí (Tunga),
os picolés da Vai Bem imprimem originalidade e brasilidade à marca. Ainda há um alcoólico, sabor caipirinha. Como
os campeões de venda, que representam cerca de 50% da
produção, estão o Mr Brownie (chocolate com brownie),
Macaquito (banana com Nutella), Mineirinho (doce de leite)
e Meu Bem (morango com leite condensado).
O COMEÇO
Júlio conta que quando viu o negócio das paletas mexicanas decolando na cidade, decidiu começar a formatar
a marca própria. “Tudo foi muito rápido. Em janeiro deste
ano a fábrica localizada no CA do Lago Norte estava pronta
e em fevereiro, no Carnaval, lançamos a Vai Bem Gelados
nas ruas”.
A estratégia de comunicação e marketing teve foco
a internet e as redes sociais desde o início, e já contam
com mais de 6 mil seguidores no Facebook e Instagram.
“Queríamos investir na interatividade com o consumidor
e passar a ideia de um estilo de vida Vai Bem. Deu muito certo. Também apostamos em eventos ao ar livre com
uma Kombi customizada e carrinhos personalizados”.
Com investimento inicial de R$ 250 mil, o próximo passo é reinvestir o dinheiro para aumentar a produção. “Esse
é o segmento que mais cresce dentro do ramo de alimentação e Brasília tem o clima perfeito para isso”. Os sócios
pretendem ainda, em curto prazo, expandir o negócio e
lançar uma linha de sorvetes da marca.
A atual operação conta com oito colaboradores e a
produção é de 1200 picolés por dia, até 30 mil por mês. Já
são parceiros da Vai Bem restaurantes como Libanus, Mr.
Brownie, rede Tudo de Conveniência, Pães e Vinhos Panificadora, Escola Americana de Brasília, entre outros locais.
“Estamos focados em distribuir o produto. Já contamos
com 35 pontos de venda e até o final do ano queremos
chegar a 80 endereços”, comemora.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Jens Schriver
www.clicklab.com.br
Sócio da ClickLab
[email protected]
Maximo Migliari
www.facebook.com/agencia.clicklab
Diretor-Executivo
da ClickLab
Anúncios no Instagram: agora é para todos
Depois de um longo período de testes, o Instagram finalmente abriu para todos os interessados a possibilidade
de fazer publicidade paga. Esse era um momento muito
aguardado, pois sabemos o quanto é difícil angariar fãs no
Insta, especialmente para as pequenas empresas. Por esse
motivo, na coluna deste mês falaremos um pouco sobre
como funcionarão os anúncios nessa rede social.
Para começar, é importante frisar que, como o Instagram é propriedade do Facebook, os interessados necessariamente terão que ter uma conta na rede de Mark Zuckerberg. Todos os anúncios serão criados e administrados pelo
Face. Esse ponto é interessante, pois já de início os anunciantes contarão com toda a segmentação que o Facebook
possibilita, incluindo idade, gênero, interesses, localização,
entre outros.
Para comprar os anúncios, existem três principais possibilidades. (1) Realizar a compra por meio de uma empresa
Parceira de Marketing do Facebook (FBMP’s); (2) Comprar
diretamente os anúncios via leilão, por meio da ferramenta
Power Editor, que permitirá lances do tipo oCPM, CPM,
CPC, CPI, ou então (3) realizar a compra via contato direto
com o Facebook por um pedido de inserção. Esse último
caso é mais voltado para empresas maiores, pois exige um
grande investimento, por outro lado, assegura grande exposição e prioridade na entrega.
Os anúncios podem ser vinculados em forma de ima-
400 milhões
número de usuários de
Instagram no mundo
gem, vídeo ou carrossel, sendo que essa última opção permite a empresa divulgar quatro imagens simultaneamente.
Os objetivos das campanhas podem variar, podendo ser focados em levar o cliente para um site, instalar um aplicativo
móvel ou então visualizar um vídeo.
O mais importante a ser lembrado é que, assim como
ocorre em outras plataformas, as pessoas têm a tendência
de engajar muito menos com conteúdo publicitário do que
com as postagens produzidas por seus amigos ou familiares. Por esse motivo, é extremamente importante que as
empresas que decidirem apostar nessa mídia tenham muito
cuidado para criar anúncios interessantes e que realmente
irão agregar algum valor para seus seguidores. As empresas que usarem o Instagram apenas para reproduzir as
propagandas que já vinculam em outros meios correm um
sério risco de verem seu investimento retornar na forma de
críticas e unfollows. Bons anúncios para todos!
Novos iPhones chegando ao mercado
No dia 9 de setembro, a Apple anunciou seus novos telefones, o iPhone 6s e o iPhone 6s Plus. Os aparelhos chegarão ao mercado com 16Gb,
64Gb ou 128Gb de armazenamento, provavelmente 2Gb de Memória RAM,
displays de 4,7 polegadas (6s) ou 5,5 polegadas (6s Plus), câmera de 12
megapixels, além de gravarem vídeos em qualidade 4k. A grande novidade,
no entanto, ficou por conta da nova tecnologia 3D touch de sua tela, que
possibilita ao aparelho identificar diferenças de pressão no toque do usuário
e, assim, executar funções diferentes. Os aparelhos virão nas cores prata,
dourado, ouro rosado e cinza espacial. Os aparelhos ainda não possuem
data de lançamento no Brasil.
Valor (previsão): entre R$ 3.499 e R$ 4.299
56 Revista Fecomércio DF
Para deixar a magrela
mais tecnológica
Devido à alta da gasolina e ao trânsito
caótico, cresce o número de pessoas que está
adotando a bicicleta como o principal meio de
transporte. E, como não poderia deixar de ser,
muitos gadgets tecnológicos estão surgindo
para deixar a bike muito mais moderna. Um
deles é o projeto SmartHalo, surgido de um
Kickstarter. A ideia é produzir um pequeno
aparelho que pode ser adaptado ao guidão
da bicicleta e é capaz de informar ao ciclista a
distância percorrida, quantas calorias foram
queimadas e a sua velocidade média. Além
disso, o dispositivo sincroniza com o smartphone do usuário e pode sinalizar para ele
qual a rota deve seguir, possíveis obstáculos
no caminho, entre outras informações. O lançamento do produto ainda depende de maiores
investimentos. Aguardamos ansiosamente.
Salve
sua
leitura
Imprimindo
delícias
Uma novidade maravilhosa para os chocólatras. A
empresa americana Hershey’s começou a implantar
em algumas de suas lojas uma impressora 3D
que funciona à base de chocolate. Os clientes
interessados podem escolher seu desenho favorito
de um banco de dados específico ou então imprimir
uma foto da sua escolha. De acordo com o executivo
de Marketing Tecnológico da empresa, apesar
de ser mais complicado e levar mais tempo, será
possível para uma pessoa criar até um modelo 3D de
chocolate de si mesmo. Fantástico, não?
Um aplicativo perfeito para quem
adora estar sempre bem informado,
mas raramente tem tempo livre para
ler. O Instapaper permite que você
salve as noticias, artigos, letras de
música, receitas e qualquer outro texto
interessante para poder ler quando
tiver tempo. Além disso, o aplicativo
irá “limpar” todo o conteúdo, retirando
propagandas e outras interferências
desnecessárias. O Instapaper também
permite que você compartilhe os textos
com amigos, faça marcações e arquive
conteúdos.
Valor: Gratuito (com versão paga)
Revista Fecomércio DF 57
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038-7525
Confira algumas sugestões de presentes para comemorar o
Dia das Crianças (12 de outubro) de forma lúdica, ao lado dos pequenos
“Malala, a
menina que
queria ir para
a escola”,
de Adriana
Carranca,
Editora Cia das
Letrinhas
Mini Melissa
Aranha de
O Pequeno
Príncipe
R$
100
Boneco
Stormtrooper
Star Wars,
Ri Happy
R$
29,90
Brincando de
Engenheiro, Estação da
Criança
R$
70
Bolsa Arca de Noé, Loja Carlota Ophir
R$
155
R$
59,99
58 Revista Fecomércio DF
19 anos
Nosso maior presente é o futuro de milhares de pessoas.
O Instituto Fecomércio trabalha para facilitar a entrada de jovens no
mercado de trabalho e a capacitação de profissionais do comércio.
O resultado deste trabalho nos enche de orgulho.
14.906
6.450
no mercado
no mercado
de trabalho
estagiários
de trabalho
aprendizes
+9.000
profissionais
treinados em
empresas no DF
www.institutofecomerciodf.com.br
Revista Fecomércio DF 59
sindicatos
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
Aposta no
fortalecimento
do setor
Atualmente Sindiloterias-DF batalha pela
concretização da Lei 12.869/13, que garante
renovar a permissão dos empresários das
lotéricas por mais 20 anos
U
m imbróglio cerca o setor de
loterias de todo o País atualmente. Empresários do
segmento temem perder a permissão de suas lojas por conta de uma
exigência do Tribunal de Contas da
União (TCU) de 2011 que pretende
regularizar a concessão das unidades lotéricas que começaram a funcionar antes de 1999. O objetivo do
tribunal com essa determinação é
que a Caixa, responsável pelas lote-
60 Revista Fecomércio DF
rias, realize nova licitação.
Ocorre que antes de 1999, a permissão era concedida por meio de
credenciamento, com validade de 20
anos. Já em 2013, entidades representativas do setor de loterias conseguiram aprovar a Lei 12.869/13, já
sancionada pela presidente Dilma
Rousseff, para dar segurança jurídica aos contratos assinados até 1999
e dispor sobre o prazo de renovar a
permissão dos empresários das loté-
ricas por mais 20 anos.
O entendimento do Sindicato das
Empresas de Loterias, Comissários
e Consignatários do Distrito Federal
(Sindiloterias-DF), entidade da base
da Fecomércio-DF, é de que a Caixa
deve respeitar os contratos assinados, que só vencem em 2018 e não
realizar uma nova licitação.
O presidente do sindicato, Roger Benac, afirma ainda que a Lei
12.869/2013 garante a possibilidade
de renovação automática da permissão, por idêntico período. “O que
acontece é que a Caixa não está interpretando a lei de maneira correta
e pretende leiloar a permissão de
6.104 mil, número que representa
46% das lotéricas do País. Esse percentual detém cerca de 80% de todo
o movimento lotérico do Brasil”, ressalta. Para Benac, a lei demorou cinco anos para ser aprovada. “Depois
de ter passado pelo Senado e pela
Presidência da República a Caixa diz
que não tem validade? Estamos lutando para que eles entendam que
existe uma lei e ela deve ser respeitada”, argumenta o presidente do Sindiloterias-DF
Benac lembra ainda que os donos de lotéricas fizeram investimentos em novas padronizações exigidas
pela Caixa, como instalações de blindagem, modernização das operações, compra de cofres inteligentes,
monitoramento, entre outros. “São
investimentos altos, além de serem
lotéricas antigas que já têm conhecimento do negócio, clientela e ponto
concretizado”, disse.
A Caixa informou, por meio de
nota, que a Lei 12.869/2013 estabelece que as unidades lotéricas, como
são uma permissão a título precário
(ou seja, em aberto), mediante licitação, e que os contratos de permissão
são firmados pelo prazo de 20 anos,
ela não será aplicada de forma retroativa. “As lotéricas anteriores a 1999
foram permitidas por meio de credenciamento, em conformidade com
entendimento então vigente, o que
requer sua substituição lotérica por
unidades licitadas para atendimento
à Lei 8.987/1995”. Para a instituição,
essa decisão está seguindo interpretação ao Acórdão 925/2013 do TCU.
De acordo com a Caixa, o objetivo
é licitar 6.104 lotéricas em todo o país
ao longo dos próximos três anos. Serão duas mil lotéricas por ano, divididas em lotes de 500 unidades para
facilitar o processo. O primeiro edital
será lançado em 22 de outubro e os
contratos que começam a ser assinados em 2016 terão 20 anos de duração e poderão ser prorrogados por
igual período.
Atuais donos das lotéricas poderão participar do processo, que
será realizado via pregão eletrônico.
Vencerá quem der o maior lance,
que terá um valor mínimo estipulado para cada unidade em função dos
perfis diversos. Além disso, será necessário observar a localização das
unidades disponibilizadas em cada
edital e a documentação requerida. O
vencedor deve assinar o contrato no
prazo de 180 dias.
Roger Benac, que também preside a Federação Brasileira de Empresas Lotérias (Febralot), afirmou
que as entidades representativas que
batalham pelo direito do empresário
do setor têm trabalhado para conseguir barrar as licitações. “O que está
acontecendo não tem sentido. Se a
lei for aplicada, não há necessidade
de novas licitações. A expectativa é
que saia tudo bem, pois a lei é muito
clara e temos pareceres de grandes
juristas”, explicou. Ele ressaltou ainda que se as licitações forem mesmo
feitas pela Caixa, “serão 6.104 mil
ações na justiça”.
AUMENTO DAS APOSTAS
Em maio deste ano foram reajustadas as apostas mínimas da Mega-Sena, que passou de R$ 2,50 para
R$ 3,50. Também sofreram aumento
os preços das apostas na Lotofácil e
Quina, Dupla-Sena e nas loterias esportivas Loteca e Lotogol. O reajuste
das apostas era uma reivindicação
antiga do Sindiloterias-DF.
“Os preços estavam defasados.
Agora, os bilhetes podem ser vendidos a um valor que atende às necessidades dos empresários do segmento.
Havia produtos que não tinham reajuste há mais de 10 anos”, explica.
Com isso, a quantidade de apostas
diminuiu, mas não houve impacto significativo no setor. “Notamos um esfriamento nas apostas. Porém, o movimento financeiro continua o mesmo
por causa do aumento”, afirma.
HISTÓRIA
O Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários
do Distrito Federal (Sindiloterias-DF)
é uma entidade sindical criada por
deliberação da categoria das empresas lotéricas, em 12 de abril de 1988.
Atualmente, representa 217 casas
lotéricas do DF, 2% do total do País.
O sindicato atua em âmbito judicial e administrativo, especialmente perante a Caixa. Dessa forma, a
instituição sindical vem lutando para
estabelecer cada vez mais o respeito
e o fortalecimento da categoria e é
de fundamental importância a participação de todos os empresários
lotéricos. “O interesse dos empresários do ramo é o interesse do sindicato. Estamos sempre batalhando para
que os empreendimentos dos nossos
filiados rendam frutos positivos para
a categoria que se fortalece cada vez
mais”, elucida Benac.
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Quinta queda
consecutiva
//Por Daniel Alcântara
No acumulado dos últimos 12 meses, comércio e serviços
apresentam um saldo negativo. Já são três trimestres
seguidos negativos
Desempenho de vendas
Autopeças e Acessórios
4,91%
5,44%
Maix Abr
Jun x Mai
Julx Jun
Agox Jul
0,42%
4,51%
-2,28%
-3,18%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
4,22%
-2,67%
-7,64%
1,53%
-1,92%
-2,84%
Calçados
5,17%
-1,31%
-3,94%
-2,78%
-5,89%
3,83%
Farmácia e Perfumaria
5,69%
0,20%
0,50%
0,50%
-3,50%
-1,06%
Floricultura
12,57%
-5,70%
1,48%
-2,16%
-15,77%
-5,58%
Informática
7,41%
-4,89%
-0,57%
0,62%
-2,05%
-0,63%
Livraria e Papelaria
-6,37%
-29,72%
-0,79%
-0,20%
-0,60%
-0,38%
Lojas de Utilidades Domésticas
9,73%
-7,72%
-3,26%
4,12%
9,46%
-13,61%
Material de Construção
-3,11%
-5,63%
-2,68%
-5,95%
-2,84%
-0,45%
Mercado e Mercearia
12,58%
-11,30%
-1,10%
-2,07%
-3,66%
-0,47%
Móveis e Decoração
2,80%
-1,22%
16,88%
-7,14%
2,42%
-2,28%
Óticas
1,56%
9,46%
7,47%
-2,65%
2,81%
4,88%
Tecidos
-1,30%
-5,13%
5,71%
3,54%
-19,90%
8,53%
Vestuário
9,32%
-8,61%
2,32%
4,14%
-0,73%
1,40%
Total
5,44%
-5,18%
-0,20%
-0,16%
-2,25%
-1,27%
Academia
5,79%
0,84%
0,84%
-11,39%
2,91%
6,52%
Agências de Viagem
-2,01%
-3,88%
-3,88%
-6,92%
26,06%
-2,81%
Aluguel de Artigos para Festa
14,76%
-21,88%
-21,88%
1,29%
-2,40%
-9,38%
Autoescola
17,80%
14,98%
14,98%
17,14%
-0,28%
-11,87%
Casa de Eventos
4,51%
-6,72%
-6,72%
-8,22%
-14,61%
11,77%
Clínica de Estética
-14,93%
7,40%
7,40%
1,68%
2,58%
7,60%
Ensino de Idiomas
9,89%
-5,95%
-5,95%
0,22%
6,56%
-6,80%
Pet Shop
2,52%
0,18%
0,18%
0,01%
-4,92%
6,88%
Reparação de Eletroeletrônicos
6,64%
-13,20%
-13,20%
3,79%
-16,78%
3,32%
Salão de Beleza
5,90%
-0,60%
-0,60%
2,34%
0,71%
-6,06%
Total
5,48%
-4,83%
-4,83%
-1,66%
5,82%
-1,23%
Total
5,45%
-5,11%
-5,11%
-0,45%
-0,40%
-1,26%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Marx Fev Abril x Mar
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas nos setores
de comércio e serviços
de Brasília registraram queda de -1,27%
e -1,23%, respectivamente, em
agosto, na comparação com julho.
O declínio no oitavo mês do ano
registra a quinta queda consecutiva nos indicadores. No acumulado
dos últimos 12 meses (ago.2014/
ago.2015), comércio e serviços
apresentam um saldo negativo de
-14,75%, indicando um ano de comportamento negativo em três trimestres seguidos. É o que mostra
a Pesquisa Conjuntural de Micro e
Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio, com apoio do Sebrae.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, explica que
o cenário é de desaceleração no ritmo de compras pelo consumidor e
retração no varejo, provocada principalmente pela atual crise econômica que o País vem enfrentando
desde o início do ano. “O aumento
da taxa básica de juros e a elevação de vários impostos afugentam,
cada vez mais, os consumidores
das lojas e explica o movimento de
-14,75%
é o saldo negativo do
acumulado dos últimos meses
no comércio e serviços
queda no comércio”, afirma Adelmir. “O crédito também nunca foi tão caro,
o que acaba diminuindo a procura por bens duráveis, como eletrodomésticos e produtos de informática, por exemplo.” Outro ponto analisado por
ele é em relação à inflação, que tem sido crescente e força o brasiliense a
substituir alguns bens e serviços.
Em agosto, os únicos segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas foram: Tecidos (8,53%); Óticas (4,88%); Calçados (3,83)
e Vestuário (1,40%). Os segmentos que apresentaram queda foram: Lojas
de Utilidades Domésticas (-13,61%); Floricultura (-5,58%); Autopeças e
Acessórios (-3,18%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-2,84%); Móveis
Formas de pagamento // Agosto
Serviçco
100%
Comércio
100%
47,69%
25,67%
36,37%
25,98%
21,25%
12,29%
0,41%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
3,06%
1,92%
A prazo
Boleto
17,94%
6,33%
1,09%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
A prazo
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural
e Decoração (-2,28%); Farmácia
e Perfumaria (-1,06%); Informática (0,63%); Mercado e Mercearia
(-0,47%) e Material de Construção
(-0,45%).
No setor de serviços, o destaque em vendas em agosto ficou
para o segmento de Casa de Eventos (11,77%); seguido de Clínica de
Estética (7,60%); Pet Shop (6,88%);
Academia (6,52%); e Reparação de
Eletroeletrônicos (3,32%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas foram:
Autoescola (-11,87%); Aluguel de
Nível de emprego
MarxFev AbrilxMar Mai1xAbr
JunxMai
JulxJun
AgoxJul
Autopeças e Acessórios
-2,94%
3,01%
-7,60%
0,63%
-2,52%
-9,82%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
3,99%
1,69%
-4,94%
0,52%
-3,78%
1,46%
Calçados
-3,42%
2,65%
-0,86%
-6,96%
0,00%
-2,80%
Farmácia e Perfumaria
5,99%
-1,77%
-0,72%
1,09%
5,38%
-4,45%
Floricultura
-3,70%
0,00%
7,69%
-10,71%
-8,00%
8,33%
Informática
0,00%
7,69%
-10,71%
0,00%
5,41%
-3,85%
Livraria e Papelaria
-8,18%
-5,50%
-24,27%
20,27%
-2,02%
1,03%
Lojas de Utilidades Domésticas
0,00%
-10,17%
11,54%
-6,56%
-3,51%
5,45%
Material de Construção
-8,67%
9,49%
-12,72%
5,96%
3,75%
5,99%
Mercado e Mercearia
-0,45%
0,00%
2,02%
1,10%
-2,21%
3,85%
Móveis e Decoração
1,52%
0,00%
1,41%
0,00%
-6,94%
4,62%
Óticas
0,00%
10,00%
-6,06%
0,00%
9,68%
-17,65%
Tecidos
32,00%
-27,27%
4,17%
0,00%
4,00%
-3,85%
Vestuário
-1,13%
-1,10%
2,97%
-1,08%
-3,97%
-1,50%
Total
0,86%
0,70%
-3,41%
0,72%
-1,57%
0,14%
Academia
5,36%
-2,91%
4,49%
-14,45%
-0,81%
-1,89%
Agências de Viagem
-7,55%
-1,96%
0,00%
2,04%
-2,99%
-3,23%
Aluguel de Artigos para Festa
-3,05%
-5,43%
5,74%
-3,10%
-16,80%
9,52%
Autoescola
-7,14%
12,82%
-4,55%
-9,52%
-15,79%
9,38%
Casa de Eventos
2,33%
0,00%
0,00%
0,00%
4,55%
-7,89%
Clínica de Estética
12,31%
1,37%
-6,67%
2,70%
1,35%
7,50%
Ensino de Idiomas
2,21%
7,91%
1,33%
-27,63%
19,61%
-7,52%
Pet Shop
0,85%
-1,69%
5,17%
-4,10%
-1,71%
-6,72%
Reparação de Eletroeletrônicos
2,83%
-0,92%
0,93%
-0,92%
-5,56%
6,86%
Salão de Beleza
-1,05%
1,06%
1,05%
-11,11%
15,91%
-2,61%
Total
1,57%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-0,48%
1,06%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
Artigos Para Festas (-9,38%); Ensino de Idiomas (-6,80%); Salão de
Beleza (-6,06%) e Agência de Viagem (-2,81%).
Entre as formas de pagamento,
o cartão de crédito foi o mais utilizado. No comércio, a modalidade
respondeu por 47,69% das vendas.
No setor de serviços, foi responsável por 36,37%. A Pesquisa Conjuntural é realizada mensalmente pelo
Instituto Fecomércio com o apoio
do Sebrae. Foram consultadas 900
empresas, sendo 596 do comércio e
304 de serviços.
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
Marx Fev AbrilxMar
MaixAbr
JunxMai
JulxJun
Ago15x
Jul15
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
10,47%
-7,23%
0,42%
-1,97%
-0,38%
-2,35%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
4,69%
0,97%
-7,64%
3,85%
-6,49%
2,06%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-0,97%
-5,79%
-3,94%
4,52%
-3,79%
0,97%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
1,68%
-5,40%
0,50%
3,57%
0,40%
0,64%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
1,36%
0,56%
1,48%
-1,86%
-1,38%
-1,14%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
7,61%
-4,92%
-0,57%
-3,33%
-8,02%
-4,05%
Total
5,44%
-5,18%
-0,79%
-0,16%
-2,25%
-1,27%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
7,12%
-1,38%
-3,26%
-2,16%
15,51%
-1,89%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-7,93%
7,52%
-2,68%
-4,94%
-3,90%
4,92%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
3,36%
-3,71%
-1,10%
0,50%
-8,69%
6,77%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
4,27%
-16,66%
16,88%
1,47%
-3,17%
-4,15%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-8,40%
5,14%
7,47%
-1,18%
-1,10%
-2,31%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
15,78%
-9,10%
5,71%
-7,22%
8,66%
-6,82%
Total
5,48%
-4,83%
2,32%
-1,66%
5,82%
-1,23%
Total
5,45%
-5,11%
-0,20%
-0,45%
-0,40%
-1,26%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Marx Fev Abrilx Mar Mai1x Abr
Junx Mai
Jul x Jun
Agox Jul
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
10,47%
0,00%
-2,83%
-0,17%
-1,03%
0,09%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
4,69%
5,88%
-6,58%
5,19%
4,23%
-6,04%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
-0,97%
2,32%
-9,12%
3,00%
1,89%
0,17%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
1,68%
-3,02%
-0,75%
1,14%
-3,01%
7,08%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
1,36%
-2,62%
1,01%
-3,67%
2,41%
-1,68%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
7,61%
4,18%
0,29%
1,72%
-13,83%
-0,31%
5,44%
0,70%
-3,41%
0,72%
-1,57%
0,14%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
7,12%
1,46%
1,08%
-2,08%
-5,05%
1,02%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
-7,93%
-3,70%
-1,89%
0,00%
-3,92%
-2,00%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas
Claras
3,36%
-0,91%
9,51%
-7,28%
-1,81%
1,23%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
4,27%
-1,67%
0,85%
-18,49%
12,37%
-1,85%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-8,40%
-5,80%
-3,08%
3,17%
18,46%
-1,27%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
15,78%
2,67%
-4,35%
-24,75%
-1,76%
-4,08%
Total
Total
Total
Comércio
Serviço
5,48%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-0,48%
5,45%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
pesquisa relâmpago
Ricardo Vale,
deputado distrital
Mudança do nome
da Ponte Costa
e Silva
Desocupação da
Orla
REGULAR
Seria ótimo desocupar
e abrir para toda a
população. Mas os
pobres já estão usando
a orla ou desocuparam
para a burguesia?
BOM
A lei é de minha
autoria e acho que a
troca do nome veio
num ótimo momento,
quando devemos
reforçar a importância
da democracia.
Brasil em recessão
econômica
RUIM
A crise é mundial
e chegou por aqui
também. Já passamos
por isso várias vezes e
vamos superar mais
essa!
Cobrança de
pedágio
RUIM
Serei contra todo o
imposto ou taxa que
foram criados para
onerar o cidadão.
1
66Untitled-4
Revista Fecomércio
DF
Luiz Alberto Aquino,
especialista em
Regulação Federal
BOM
Se as ocupações eram
irregulares, nada mais
justo que devolver
para a administração
pública.
BOM
Sem tirar o mérito
do que pode ter nos
deixado de bom o
ex-presidente Costa
e Silva, o novo nome
representa melhor o
momento do País e a
democracia Brasileira.
RUIM
Passar por crises
financeiras nunca é
bom, no entanto pode
deixar grandes lições
que nos ajudarão a não
vivenciá-las novamente
no futuro.
BOM
É um caminho razoável
para que se possa
oferecer um serviço de
melhor qualidade que a
população merece.
José Luiz Pagnussat,
economista
RUIM
A transformação
da orla do Lago
em área de lazer
resultará em
impacto ambiental e
poluição do Lago.
REGULAR
A população já estava
acostumada com o
antigo nome da Ponte,
mas é interessante
buscar um nome mais
ligado à história da
Brasília.
RUIM
A retomada do
crescimento é
condição necessária
para a melhora dos
fundamentos da
economia.
RUIM
Representa um
custo elevado para
as pessoas que
moram nas regiões
do entorno do DF
e trabalham ou
estudam em Brasília.
Francinaldo Lima,
comerciante
BOM
O acesso à orla no lago
é um direito de toda a
população.
REGULAR
Não altera muita
coisa, apenas muda
a ligação de um
nome com a história
de Brasília.
RUIM
Isso gera uma
enorme dificuldade
principalmente para
nós, comerciantes
BOM
As condições das
rodovias e estradas
eram precárias. Já
é possível enxergar
algumas melhorias.
Bruna Pinheiro,
diretora presidente
da Agefis
BOM
Devolver à população
algo que nunca
poderia ter sido tirado
dela. Democratizar as
áreas públicas do DF
independentemente
da localização.
BOM
Deu
reconhecimento a
alguém que lutou
contra a ditadura
e é uma pessoa
que tem uma
grande ligação
com Brasília.
RUIM
Com toda
crise, é mais
delicado lidar
com comércios
irregulares e
invasões de áreas
públicas.
REGULAR
O pagamento pode
ser pequeno, se
realmente tivermos
as nossas estradas
em perfeito estado
de conservação e
sinalização.
18/11/10 11:29
CARTÕES
FECOMÉRCIO
AS MELHORES SOLUÇÕES
EM BENEFÍCIOS PARA AS
EMPRESAS DO SISTEMA
Mais de 60 mil
estabelecimentos
credenciados
TOP 5 Of Mind
de RH
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