literatura de óleo de prímula

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literatura de óleo de prímula
LITERATURA DE ÓLEO DE PRÍMULA
Nome Científico: Oenothera biennis L.
Sinônimo Científico: Onagra biennis (L.) Scop.
Nomes Populares: Prímula
Família Botânica: Onagraceae
Parte Utilizada: óleo de prímula
Descrição:
Prímula é o nome da planta da espécie Oenothera biennis. Nativa da América do
Norte, que atinge em torno de 1 metro de altura e produz flores amarelas. O óleo
de prímula é obtido das sementes dessa planta e muito rico em um tipo de ácido
graxo essencial da família do Ômega-6 denominado ácido gama-linoleico,
reconhecidamente benéfico para a saúde.
Da América do Norte a planta foi levada para a Inglaterra em 1619, onde ficou
conhecida como "King’s Cure-all". Seu cultivo expandiu-se pela Europa e Ásia, mas
não há cultivo no Brasil. É uma planta herbácea anual ou bianual, de caule robusto,
folhas largas e longas, flores grandes e amarelas. O fruto é uma cápsula que
contém numerosas sementes.
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Constituintes Químicos Principais: Ácidos graxos essenciais da série ômega-6,
ácido linoleico, ácido gamolênico, gama-linolênico, ácido oleico, alfa-linolênico,
palmítico e esteárico.
Indicação e Usos:
O óleo de prímula é utilizado como suplemento alimentar e fonte de ácidos graxos
essenciais. É utilizado também no tratamento de eczema atópico e mastalgia.
Outras doenças em que o óleo de prímula é utilizado incluem artrite reumatoide,
síndrome pré-menstrual, sintomas da menopausa, síndrome da fatiga crônica,
déficit de atenção e hiperatividade. O óleo de prímula também tem sido utilizado
topicamente na forma de creme, para tratamento da pele seca ou inflamada.
Tradicionalmente, tem sido utilizado no tratamento de asma, tosse, distúrbio
gastrintestinais e como analgésico sedativo.
O óleo de prímula é usado na produção de sabonetes e cosméticos. As raízes da
prímula estão também sendo consumidos alimento.
Óleo de Prímula:
Atribui-se ao óleo de prímula diversos benefícios à saúde, com aplicações para:
artrite reumatóide, dor no peito, eczema, diabetes, alívio dos sintomas da tensão
pré-menstrual. Um pequeno estudo indicou que suplementação com óleo de
prímula reduziu a quantidade de LDL, o colesterol ruim.
Através de seu princípio ativo, o ácido gama-linolênico, o óleo de prímula é
empregado no tratamento de toda e qualquer condição para as quais as
prostaglandinas (PGE1) seriam benéficas. Entre essas estão a tensão prémenstrual, doenças benignas no seio, regulação do nível de colesterol sanguíneo,
agregação plaquetária, regulação da pressão sanguínea, obesidade, doença atópica,
esclerose múltipla, artrite, reumatismo, alcoolismo, desordens mentais e
hiperatividade infantil.
Um aporte regular do óleo de prímula oferece ao organismo elementos construtivos
essenciais para o mecanismo de auto-regulação hormonal, e contribui para o seu
bom funcionamento e bem estar, especialmente na velhice, ou no envelhecimento
prematuro provocado por certas enfermidades. Até para combater a anorexia o
consumo do óleo de prímula vem sendo estimulado.
Alguns estudos envolvendo as propriedades anti-inflamatórias do óleo de prímula,
com algumas pessoas sofrendo de artrite reumática resultaram em benefício
significativo. Outras indicações para o uso de óleo de prímula incluem casos de
cirrose descompensada, neuropatias diabéticas, tensão pré-menstrual (TPM) e
esquizofrenia (coadjuvante).
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A forma mais comum e efetiva da planta é através de cápsulas que contém o óleo
das sementes. A Prímula contém um óleo perfumado que desempenha um papel
importante para a saúde natural. O óleo da semente de Prímula contém ácido
gama-linolênico (GLA), um ácido graxo ômega-6 que o corpo utiliza para fabricar
uma prostaglandina vital para aliviar inflamações e fortalecer o sistema imune.
Também ajuda a manter o sangue fluindo livremente, reduz a pressão arterial
elevada, desempenha um papel importante na redução do câncer de mama, além
de reduzir o colesterol alto.
O óleo da semente de Prímula pode ser tomado de forma complementar ou usado
como uma salada de vegetais ou molho. Também é usado no tratamento da pele,
combinado com outros óleos pode ser uma excelente base para tratar a pele
danificada e doenças de pele. Também ajuda a prevenir o envelhecimento precoce
da pele, retardando o aparecimento de rugas e pés de galinha.
Os cientistas identificaram que o óleo de Prímula pode ser efetivo na luta contra
tumores de mama. A substância presente no óleo chamada de ácido gamalinolênico, atua da mesma forma nos cancros da mama que drogas famosas
utilizadas para este fim. O ácido gama-linolênico interfere com o gene que carrega
o código DNA necessário para que o receptor funcione.
O ácido gama-linolênico é um ácido gorduroso poliinsaturado que ajuda a
proporcionar energia para o corpo e supre as gorduras estruturais presentes no
cérebro, músculos, medula óssea e membranas das células. As prostaglandinas
agem como um hormônio e são produzidas por quase todos os tecidos do corpo.
Uma deficiência na produção desses ácidos graxos pode resultar em uma maior
demanda de tempo para a coagulação sanguínea, debilitando o sistema imune,
causando inflamação e rompimento de transmissão de impulsos de nervo. O óleo
das sementes é útil para doenças relacionadas a deficiência de ácido gorduroso
essencial ou a inabilidade do organismo para metabolizar ácidos gordurosos
essenciais.
Farmacocinética:
Em experimentos in vitro, o ácido cis-linoleico demonstrou ser um inibidor
moderado da isoenzima CYP2C9 do citocromo P450 (mas não deve resultar em
efeitos clinicamente relevantes no metabolismo do medicamento e apresentou um
efeito inibidor de moderado a fraco, em ordem de potência, das isoenzimas
CYP1A2, CYP2C19, CYP3A4 e CYP2D6.
Contraindicações: A prímula é contra-indicada a pessoas sensíveis ao produto e
para pacientes epilépticos tratados com fenotiazínicos devem evitar o consumo de
óleo de prímula (Oenothera biennis), que pode provocar um quadro de epilepsia do
lóbulo temporal.
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Revisão de Interação:
Estima-se que o óleo de prímula interaja com medicamentos antiplaquetários e
anticoagulantes, mas os dados que apoiam essa hipótese são limitados. Embora
convulsões tenham ocorrido em algumas pessoas esquizofrênicas que ingeriram
fenotiazinas e óleo de prímula, nenhum efeito adverso foi detectado em outros
indivíduos, e não parece haver evidências concretas de que o óleo de prímula deva
ser evitado por pacientes epiléticos.
a) Óleo de Prímula + AINEs
A interação entre o óleo de prímula e AINEs é baseada somente em uma
suposição.
Evidência, Mecanismo, Importância e Conduta: O ácido gamolênico, o
constituinte majoritário do óleo de prímula, é um precursor da
prostaglandina E1, que inibe a síntese do fator de necrose tumoral alfa (que
tem um importante efeito no processo anti-inflamatório da artrite
reumatoide). A complementação da dieta com ácido gamolênico mostrou um
aumento na produção de prostaglandina E1, que tem uma etapa limitante
mediada pela cicloxigenase-2. Teoricamente, a produção da prostaglandina
E1 e, portanto, os efeitos anti-inflamatórios do ácido gamolênico poderiam
ser contrapostos pelo uso concomitante de AINEx, porque tanto os AINEs
seletivos como os não seletivos inibem a cicloxigenase-2. No entanto, o óleo
de prímula é frequentemente utilizado em tratamentos para artrite, e dois
estudos clínicos demonstraram que a administração de altas doses do ácido
gamolênico reduziu a dor e o inchaço das articulações de pacientes com
artrite, quando ingeridas com doses usuais de AINEs. Essa interação teórica,
portanto, parece ser pouca relevância clínica.
b) Óleo de Prímula + Alimentos
Nenhuma interação foi encontrada.
c) Óleo de Prímula + Antiplaquetários
O óleo de prímula pode inibir a agregação plaquetária e aumentar o tempo
de sangramento. Tem sido, portanto, sugerido que ele pode apresentar
efeitos aditivos com outros medicamentos antiplaquetários, mas as
evidências são insuficientes.
Evidências Clínicas: Em 12 pacientes com hiperlipidemia tratados
diariamente com óleo de prímula durante 4 meses, a agregação plaquetária
diminuiu, e o tempo de sangramento aumentou em 40%. O óleo de prímula
foi administrado na forma de seis cápsulas moles e as doses diárias dos
ácidos linoleico e gamolênico forma respectivamente 2,2g e de 240mg.
Evidências Experimentais: Resultados semelhantes aos do estudo clínico
descrito foram reportados em animais tratados com óleo de prímula ou ácido
gamolênico.
Mecanismo: A prostaglandina E1 (que tem propriedades antiplaquetárias) e
tromboxano (que promove a agregação plaquetária) são formados a partir
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do ácido gamolênico. A suplementação da dieta com ácido gamolênico
ocasionou um aumento na produção da prostaglandina E1 e, como essa
prostaglandina também é preferencialmente formada (a conversão do ácido
gamolênico a tromboxano é mais lenta), o óleo de prímula pode inibir a
agregação plaquetária. Esse efeito pode ser sinérgico ao efeito de outros
fármacos antiplaquetários.
Importância e Conduta: As informações são limitadas a um estudo clínico,
em que os pacientes não foram tratados com medicamentos
antiplaquetários, e a dados experimentais. Com base nos potenciais efeitos
antiplaquetários do óleo de prímula, alguns autores sugerem que pacientes
que ingerem medicamentos antiplaquetários podem usar óleo de prímula,
alguns autores sugerem que pacientes que ingerem medicamentos
antiplaquetários podem usar óleo de prímula cautelosamente ou não devem
utilizá-lo. Isso parece ser excessivamente cauteloso, porque o óleo de
prímula é um produto fitoterápico muito utilizado, antes amplamente
prescrito no Reino Unido, e os relatos clínicos de uma interação ainda não
foram esclarecidos. Além disso, não é raro o uso concomitante de dois
medicamentos antiplaquetários.
d) Óleo de Prímula + Fenotiazinas
Embora convulsões tenham ocorrido em algumas pessoas esquizofrênicas
que ingeriram fenotiazinas e óleo de prímula, nenhum efeito adverso foi
obsevado em outros indivíduos, e não parece haver evidências concretas de
que o óleo de prímula deva ser evitado por pacientes epiléticos.
Evidências clínicas: Vinte e três pacientes esquizofrênicos foram incluídos
em um estudo controlado por placebo utilizando óleo de prímula. Durante a
fase de tratamento, os pacientes ingeriram oito cápsulas de óleo de prímula
em adição a sua medicação normal. Três pacientes desenvolveram
convulsões, um deles durante o tratamento com placebo. Os outros dois
pacientes foram tratados com óleo de prímula: um deles tratados com
decanoato de flufenazina, 1 vez a cada 2 semanas, e o outro tratado com
uma dose 50% menor de decanoato de flufenazina, que foi mais tarde
substituída por clorpromazina. Em outro estudo, três pacientes
esquizofrênicos internados por um longo período foram tratados com óleo de
prímula. Seus quadros clínicos pioraram e todos os três apresentaram
eletroencefalograma com evidências de epilepsia de lobo temporal. Em
contraste, nenhum evento convulsivo ou epileptiforme foi reportado em um
estudo transversal realizado com 48 pacientes (a maioria deles
esquizofrênicos) tratados com fenotiazinas e com óleo de prímula durante 4
meses. O uso concomitante aparentemente não gerou intercorrências em
outro estudo realizados com pacientes esquizofrênicos.
Mecanismo: Desconhecido. Uma sugestão é de que o óleo de prímula
aumente os efeitos epileptogênicos bem conhecidos das fenotiazinas, em
vez de apresentar uma ação epileptogênica própria. Outra ideia é de que ele
possa desmascarar a epilepsia do lobo temporal.
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Importância e conduta: A interação entre fenotiazinas e o óleo de prímula
não está bem estabelecida, nem a sua incidência é conhecida, mas
claramente alguma precaução deve ser tomada durante o uso simultâneo,
pois podem ocorrer convulsões em algumas pessoas. Parece não haver
nenhuma maneira de identificar os pacientes em risco. A extensão em que
isso pode afetar o que acontece na doença também é incerto. Nenhuma
interação entre fármacos antiepiléticos e óleo de prímula foi estabelecida, e
os relatos citados parecem ser a única base para a sugestão de que o óleo
de prímula deva ser evitado por pacientes epilépticos. Nenhum tipo de
convulsão foi relatada por pacientes que tomaram o óleo de prímula na
ausência de fenotiazinas. Um artigo de revisão analisando esses dois relatos
vai mais longe, sugerindo que convulsões ou epilepsia devem ser removidas
dos efeitos adversos da bula do óleo de prímula, pois as evidências para as
convulsões apontam claramente para a utilização com fenotiazinas. Além
disso, os fabricantes de uma preparação de óleo de prímula, afirmam que
esse medicamento é conhecido por auxiliar no controle de epilepsia em
pacientes previamente não tratados com medicamentos antiepiléticos
convencionais, e outros pacientes relataram não ter tido problemas com o
uso concomitante.
e) Óleo de Prímula + Medicamentos Fitoterápicos
Nenhuma interação foi encontrada.
f) Óleo de Prímula + Varfarina e fármacos afins
As informações sobre o uso do óleo de prímula com varfarina são baseadas
somente em evidências experimentais.
Evidências experimentais: Estudos in vitro demonstraram que o ácido cislinoleico é um inibidor moderado da isoenzima CYP2C9 do citocromo P450,
que é a principal enzima envolvida no metabolismo da varfarina. No entanto,
ele foi 26 vezes menos potente que o sulfafenazol, um fármaco conhecido
por apresentar um efeito inibidor clinicamente relevante sobre isoenzima
CYP2C9 in vivo.
Mecanismo: A prostaglandina E1 (que tem propriedades antiplaquetárias) e o
tromboxano (que promove a agregação plaquetária) são formados a partir
do ácido gamolênico. A suplementação da dieta com ácido gamolênico
resultou em um aumento na produção da prostaglandina E1 e, como essa
prostaglandina também é preferencialmente formada (a conversão do ácido
gamolênico a tromboxano é mais lenta), o óleo de prímula pode inibir a
agregação plaquetária. Esse efeito pode aumentar levemente os riscos de
sangramento com outros fármacos anticoagulantes.
Importância e conduta: Parece pouco provável que o óleo de prímula altere
a farmacocinética da varfarina. Outras cumarinas são metabolizadas por
uma rota similar à varfarina e, portanto, provavelmente também não são
afetadas. No entanto, baseado nos efeitos antiplaquetários do óleo de
prímula, alguns autores sugerem que pacientes em tratamento com
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anticoagulantes podem usar, com precaução excessiva, porque o óleo de
prímula é um produto fitoterápico muito utilizado, antigamente bastante
prescrito no Reino Unido, e os relatos clínicos de uma interação ainda não
foram estabelecidos.
Referências Bibliográficas:
1. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
2. Óleo
de
Prímula.
Disponível
em:
<http://www.saudecominteligencia.com.br/primula.htm>
3. Óleo
de
Prímula.
Disponível
em:
<http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinaisprimula.html>
4. Óleo
de
Prímula.
Disponíveis
em:
<http://www.ednatureza.com.br/primula.htm>
5. VEIGA-JUNIOR, V.F.; PINTO, A.C.; MACIEL, M.A.M.. Plantas Medicinais:
Cura Segura?. Química Nova, v.28, n.3, 2005.
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