Mensagem de Páscoa Sacerdote “não é um patrão da fé”

Transcrição

Mensagem de Páscoa Sacerdote “não é um patrão da fé”
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Mensagem de Páscoa
Sacerdote “não é um patrão da fé”
É com carinho e ternura que
me dirijo a todos vocês
queridos paroquianos neste
tempo
onde
alegremente
celebramos a páscoa.
Tempo de contemplarmos a
bondade de Deus que nos dá
sua luz sua direção e sua paz,
o infinito amor com que Cristo nos amou vencendo a
morte e abrindo-nos um caminho de salvação e paz e a
direção com que o Espírito nos conduz nos caminhos da
sabedoria, da realização e da humanização.
Tempo de sermos peregrinos que ao te reconhecer nos
caminhos escuros das incertezas voltam sem medo e
com o coração repleto de uma certeza Ele esta vivo
caminhando conosco nos caminhos da vida sendo
caminho no nosso caminho.
Tempo aonde vamos sendo Páscoa de luta e aleluia na
vida dos que buscam seguir com força os caminhos da
vida sustentados pela maior certeza de nossa fé.
“Cristo Ressuscitou, está vivo aleluia!”
Amados irmãos que este tempo de páscoa nos ajude a
sermos uma comunidade unida pela fé, animada na
caridade e confiante na esperança.
Neste sentido gostaria de convidá-los a juntos rezarmos
esta oração pascal de Luiz Carlos Ramos inspirada no
texto de Rm 12, 1-2.
Ó, tu que salvas o corpo da morte e a alma das trevas:
Recebe o louvor que ofereço do fundo deste corpo
sacrificado, mas vivo.
Permite que esta carne corruptível te seja santa; que meu
canto tímido te seja agradável.
E habitarei os teus altares para sempre; pois sou todo
teu, de corpo e alma.
Amém!
Feliz e Santa Páscoa.
O Papa Bento
XVI
lembrou
aos sacerdotes
da Diocese de
Roma que o
presbítero deve
sustentar com
coragem
a
Igreja onde ela
é ameaçada
O
sacerdote
não
é
um
“administrador”, mas um homem escolhido por Deus para
imitar Cristo, “alguém que sabe como Ele ser humilde,
amar a humanidade, ter sensibilidade para com os
pobres, sustentar com coragem a Igreja lá onde ela é
ameaçada”. Foi o que salientou o Papa Bento XVI, em
seu encontro com os sacerdotes da Diocese de Roma.
Para o Pontífice, o sacerdote, antes de tudo “não é um
patrão da fé” e não se pode ser padre em tempo parcial,
mas sim com toda a alma e coração. “Este ser com Cristo
e ser embaixador de Cristo, este ser para os outros é
uma missão que penetra o nosso ser”, destacou o Papa.
Este serviço chama à humildade que, segundo o Santo
Padre, não é exibição de “falsa modéstia”, mas amor pela
vontade de Deus que justamente pela humildade do
serviço pode ser anunciada na sua integridade, sem
condicionamentos ou preferências, e sem “criar a ideia
que o cristianismo é um pacote imenso de coisas a se
aprender”.
O presbítero deve conduzir a sua “corrida” no mundo,
sem jamais perder o vigor do início. Bento XVI alertou
para que os sacerdotes não percam o zelo, a alegria de
serem chamados pelo Senhor, deixando renovar sua
juventude espiritual.
“Somente Deus pode fazer-nos sacerdotes, somente
Deus pode escolher os seus sacerdotes e se somos
escolhidos, somos escolhidos por Ele. Aqui aparece
claramente o caráter sacramental do sacerdócio, que não
é uma profissão que deve ser feita porque alguém deve
administrar todas as coisas. É uma eleição feita pelo
Espírito Santo”, esclarece o Bento XVI.
Pe. Eduardo Ap. Araujo
O Papa ressaltou também para que eles estejam atentos
a particular vida espiritual, salientando que orar e meditar
Tiragem: 750 exemplares
a Palavra de Deus não é perda de tempo para o cuidado
Endereço: Alameda Rainha Santa, 322
das almas, mas é condição para que possam estar
Vila Santa Isabel – SP fone: 2781-1048
realmente em contato com o Deus e assim falar Dele aos
Horário de funcionamento da secretaria:
outros.
de 2ª a sábado das 8h as 17h45min
“A verdade é mais forte que a mentira, o amor é mais
domingo: 7h as 12h /15h as 19h
forte que o ódio, Deus é mais forte que todas as forças
Horário das missas:
adversas. E com esta alegria, com essa certeza interior,
segunda-feira 15h quarta-feira 20h
pegamos a nossa estrada nas consolações de Deus e
Domingos – 8h, 10h e 18h
nas perseguições do mundo”, concluiu o Santo Padre.
site: www.isabelrainha.com.br
contato: [email protected]
Fonte : Vaticano
Sacramento: Unção dos Enfermos
Prosseguindo em nossa analise sobre os
sacramentos, chegamos a Unção dos Enfermos,
anteriormente
também
conhecido
como
“Extrema Unção”, nome este muito pesado,
relacionado a um sinal de morte próxima.
Pelo contrário, é um sacramento que podemos
receber mais de uma vez já que seu objetivo é
que a pessoa receba o sinal de Jesus Cristo em um
momento muito delicado de sua vida, que pode ser uma
cirurgia mais arriscada, um tratamento de saúde mais
agressivo, além da unção no leito de morte, quando
nosso corpo já não poderá nos acompanhar.
Nesta celebração é comum o padre dar ao doente o
Sacramento da Confissão, com o propósito do doente
também
arrepender-se
de
seus
pecados.
Para a realização do Sacramento é necessário o
consentimento do doente para receber, sem imposições
de familiares ou amigos. Jesus sempre teve um grande
carinho pelos doentes. Quando os judeus os
desprezavam, porque eles consideravam a doença um
castigo de Deus, Ele acolhia com amor e os curava.
Exemplo disto é o contato de Jesus com os leprosos,
cegos e demais doentes que encontrava em seu
caminho, narrados nos evangelhos.
Enfim, ele não é apenas para os momentos finais de
nossa vida aqui na terra, mas sim para enfrentarmos as
dificuldades: "Quando colocarem as mãos sobre os
doentes, eles ficarão curados" (cf. Mt 16, 18).
Agora, vamos refletir sobre nosso planeta... Ele está
enfermo? Sim, infelizmente causado pela ação
predatória do homem.
Seria o caso do nosso planeta receber uma "Unção dos
Enfermos"?
O sacramento aplica-se as pessoas, aos seres
humanos, porém podemos "levar" a ideia, o conceito, ao
planeta, visto que a doença do planeta afeta nossa vida
e nossa saúde diretamente.
A própria Igreja Católica está muito preocupada com a
questão. Além da Encíclica CARITAS IN VERITATE do
Papa Bento XVI que dentre outros temas trata de meioambiente, neste ano de 2011 o tema da campanha da
fraternidade escolhido pela CNBB está vinculado ao
meio-ambiente e preservação do planeta Terra.
A partir da Quarta-Feira de Cinzas, a Campanha da
Fraternidade 2011, cujo lema é “Fraternidade e a Vida
no Planeta” foi lançada em várias dioceses espalhadas
pelo Brasil. Esta iniciativa da Igreja de participar
explicitamente de uma das maiores preocupações da
humanidade no momento, o futuro da vida na Terra é
louvável.
O assunto será abordado nos cantos das celebrações,
na homília dos padres e em diversos materiais e avisos
da igreja.
Já estamos no momento de mudar nossa vida, nossos
hábitos de consumo e do dia-a-dia.
O consumismo desenfreado, o desperdício e a busca por
um conforto irreal já mostraram o quão nocivos são para
o planeta.
A citação a Romanos no cartaz nos faz refletir: "A
criação geme em dores de parto". Por onde observamos
vemos matança de animais, da flora e de florestas.
Todos sofrem com este comportamento
inconsequente, muitas vezes irracional do ser
humano.
Nós, como seres humanos e também
responsáveis pelo que está ocorrendo
precisamos avaliar tudo o que podemos fazer
para que a "unção do planeta" gere
resultados. Que esta unção nos de a força e sabedoria
para mudar, e influenciar quem ainda não mudou.
A campanha da fraternidade é uma iniciativa católica,
mas como o nome diz, é da fraternidade, e se estende a
todos os seres humanos, independente da crença
religiosa. Os protestantes, evangélicos, espíritas e todos
os demais também devem participar e refletir em como
podem mudar e ajudar.
Que esta campanha ilumine a todos nós, pois o futuro do
planeta depende de nossa ação. Se nada fizermos, o
final será muito triste, com a criação divina totalmente
degradada.
Leia a narrativa da criação em Genesis. E compare com
o resultado de hoje. Veja a diferença.
Colaboração Reinaldo Contessoto
Reflexão: Três coisas
Há três coisas na vida que jamais retornarão:
O tempo;
As palavras;
As oportunidades;
Há três coisas na vida que podem destruir uma pessoa:
A ira;
O orgulho;
Não perdoar;
Há três coisas na vida que você nunca deve perder:
A paz;
A esperança;
A honestidade;
Há três coisas na vida de maior valor:
O amor;
A bondade;
A família (amigos);
Há três coisas na vida que não são seguras:
O êxito;
A fortuna;
Os sonhos;
Há três coisas na vida que formam uma pessoa:
A sinceridade;
O compromisso;
O trabalho árduo;
Há três Pessoas Divinas que são verdadeiramente
constantes:
O Pai;
O Filho;
O Espírito Santo;
Colaboração: Mauro Higa
Personalidade: José de Anchieta
Muitos de nós já ouvimos falar ou
mesmo
viajaram
pela
Rodovia
Anchieta, que liga a capital com a
baixada Santista. Juntamente com a
Rodovia dos Imigrantes, é uma das
rodovias mais movimentadas do
Estado. Agora, quem foi Anchieta?
Nascido em La Laguna de Tenerife,
Ilhas Canárias em 19 de março de
1534 (um ano antes da chegada de
Vasco Fernandes Coutinho ao Espírito
Santo), filho do basco Juan Lopes da
Anchieta, de uma família nobre de
Guipuzicoa, e uma nativa de Tenerife,
Mência Diaz Llarena, com quem se
amancebou, Anchieta foi mandado
pelo pai aos 14 anos para estudar em
Coimbra. Revelando notável inteligência nos estudos
acadêmicos ingressa na Companhia de Jesus, fundada
em 1535 por seu primo Inácio de Loiola.
Enviado ao Brasil para a missão evangelizadora e para
tratar de uma tuberculose óssea que o afligia - e que o
deixou com a postura encurvada, Anchieta aqui chegou
em 1553 aos 19 anos aportando primeiro em Salvador e
depois rumando para a capitania de São Vicente onde
fundou o Colégio de Piratininga, embrião da cidade de
São Paulo.
Tornou-se o principal catequizador dos índios brasileiros
e se valia de recursos teatrais nesse trabalho, o que lhe
confere o pioneirismo das artes cênicas nacionais, sendo
justamente reconhecido como o fundador do teatro
brasileiro.
Há controvérsias sobre o seu papel histórico como
colonizador a serviço de uma religião, mas o que se
ressalta é que por ser filho de uma união informal entre
um nobre e uma nativa Anchieta influenciou muito para
que a relação entre conquistadores e nativos fosse mais
humana e menos ideológica, integrando as raças em vez
de segregá-las, como se veria na colonização norteamericana. Chegou mesmo a incentivar o casamento
entre portugueses e nativos, coibindo excessos. Deixou a
obra literária mais importante do Brasil no século XVI,
composta de cartas, poemas e autos.
Além de fundar São Paulo e Niterói, Anchieta construiu as
casas de Misericórdia do Rio de Janeiro e Vila Velha, as
igrejas matrizes de Rerigtiba e Guarapari, fundando no
Espírito Santo as cidades de Rerigtiba (hoje Anchieta),
Guaraparim (Guarapari) e São Mateus. Pode ser
considerado o primeiro cientista brasileiro, tendo descrito
a função da bolsa dos marsupiais, os canais e glândulas
de veneno das serpentes e classificado o tapir, ou anta,
entre os equinos. Realizou obra notável nas áreas de
ciências naturais, linguística _ tendo escrito a primeira
gramática tupi-guarani para facilitar o trabalho de
evangelização dos colegas -, diplomacia, antropologia,
arquitetura e artes. Chefe de guerra nomeou Tibiriçá
capitão e junto com os Goitacazes marchou contra os
Tamoios expulsando-os para Iperoig (hoje Ubatuba) onde
depois se apresentou e permaneceu como refém para
negociar a paz, ocasião em que compôs seu famoso
poema em homenagem à Virgem Maria, com seis mil
versos escritos na areia. Junto com Araribóia, um
guerreiro temiminó de Vila Velha, combateu os franceses
no Rio de Janeiro, expulsando-os em 1567. Sua ação
estendeu-se do litoral de Pernambuco
até São Paulo. Atraído pelo aspecto
ameno de Rerigtiba, ao que se supõe
por evocar-lhe sua Laguna de Tenerife,
escolheu essa vila do Espírito Santo
para viver os últimos dez anos de sua
vida expirada em nove de junho de
1597.
Nessa
fase
final
percorria
habitualmente a pé _ já que o problema
na coluna impedia-lhe a montaria _ o
trecho entre Rerigtiba e o Colégio de
São Tiago onde serviu alguns anos
como Provincial do Brasil. Nas suas
andanças pelas 14 léguas entre
Rerigtiba e Vitória adiantava-se na
caminhada mesmo aos mais vigorosos
guerreiros índios que, por isso, o denominaram Abarábebe (padre voador) e Caraibebe (homem de asas).
Nesse percurso se encontram os registros de feitos
extraordinários que lhe conferem uma dimensão mítica.
Os cronistas da época descrevem-no como de corpo
pequeno e mirrado, fisionomia morena, trato agradável,
aspecto de velha, pequena corcunda, olhos vivos e
perspicazes. Um grande homem do seu tempo.
José de Anchieta faleceu em 9 de junho de 1597, na
cidade Reritiba, situada na capitania do Espírito Santo.
Em razão de seus trabalhos prestados em favor da
expansão do cristianismo nas Américas, este clérigo ficou
conhecido como “apóstolo do Novo Mundo” e “curador de
almas e corpos”. Em 1980, foi beatificado pelo papa João
Paulo II após o desenrolar de um lento processo de
investigação. Segundo os autos, Anchieta havia operado
o “milagre” de converter três pessoas ao cristianismo em
um mesmo dia.
Colaboração Reinaldo Contessoto
Roteiro da Semana Santa
17/04 - Domingo de Ramos
Missas 9h e 18h
A celebração das 9h terá início na Praça Deputado
Norberto Mayer e em seguida haverá a procissão de
ramos para a igreja.
20/04 – Quarta-feira – Via Sacra
Via Sacra- 20h
21/04 – Quinta-feira - Instituição da Eucaristia
Missa do Lavapés - 20h
22/04 – Sexta-feira – Paixão de Cristo
Celebração da Paixão de Cristo - 15h
Procissão de Nosso Senhor Morto – após a celebração
23/04 – Sábado - Vigília Pascal
20h – Bênção do Fogo Novo
24/04 – Páscoa da Ressureição
8h, 10h 18h - Missas
Participem das celebrações da Semana Santa!
Templos católicos – Igreja da Consolação
Um pequeno povoado começou a
nascer na região da Consolação
quando, por volta de 1779, devotos de
Nossa Senhora da Consolação
levantaram uma pequena capela
dedicada à santa. Na época afastada
da cidade, a região possuía apenas
chácaras
com
plantações
de
hortaliças, frutas e chá, por onde
cruzava o Caminho de Pinheiros ou
Caminho de Sorocaba.
Por esses caminhos, onde hoje é a
rua da Consolação, passavam as
tropas de burros vindas de Sorocaba
ou que subiam para o bairro de
Pinheiros. No local escolhido pelo
devotos também eram realizadas as
feiras de bestas de carga, onde
vendiam-se
animais
de
outros
estados.
Vinte anos depois, em 1799, o
pequeno santuário transformava-se na Igreja de Nossa
Senhora da Consolação, o que traz os primeiros
moradores àquela região desabitada e afastada da
cidade.
No entanto, a construção da igreja faz com que o governo
da cidade melhore a região, abrindo ruas e aterros que
passam a fazer parte do cenário.
Logo depois da construção da igreja, é criada a
Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e São João
Batista. A instituição concede grande importância ao
lugar, porque amparava os portadores de doenças graves
que vagavam pela província.
Com o reconhecimento da iniciativa da irmandade, da
qual participava José Manuel da Silva, o Barão de Tietê,
a Santa Casa de Misericórdia doa-lhes um prédio e o
privilégio de tratar de doentes acometidos pela mal de
Hansen (lepra).
Com o aumento da população e a conseqüente
urbanização, o número de fiéis cresce ainda mais.
Assim, em 1840, a Igreja da Consolação, subordinada à
Igreja de Santa Efigênia, começa a ser ampliada Em
1855, uma epidemia de cólera-morbo atinge a província
e, para tratar os doentes, a irmandade improvisa 30 leitos
no pátio da igreja. Com o avanço da epidemia, havia a
necessidade de enterrar as vítimas. No entanto, antes de
começar a sepultar seus mortos em cemitérios, a
população enterrava-os nos cemitérios de três igrejas, na
da Misericórdia, na da Boa Morte e na do Rosário.
Muitos anos antes, no fim do século 18, o governo de
Portugal já alertara o bispo da cidade sobre a
necessidade da construção de cemitérios separados,
para evitar os males dos enterramentos dentro das
igrejas. Dessa forma, em 1854, a Câmara Municipal
mandou edificar um cemitério público.
O primeiro projeto previa a construção de um cemitério
em Campo Redondo, hoje Largo dos Guaianazes, atual
praça Princesa Isabel. Mas a Câmara levou em conta um
lugar mais afastado da cidade e sem moradores, e
escolheu o Alto da Consolação.
O Cemitério Público da Consolação começou a ser
construído em 1854 e foi aberto no dia 3 de julho de
1858, por ocasião de uma epidemia de varíola que afligia
a capital.
Alguns anos depois, o cemitério se
tornou símbolo de ostentação e
acompanhou a falência de famílias
tradicionais da região que crescia.
Prova disso é a riqueza dos
túmulos, com esculturas diversas,
inclusive com obras de Victor
Brecheret.
Em 1870, com uma população que
já atingia a marca de 3,5 mil
habitantes nas redondezas, a Igreja
da Consolação foi elevada a sede
da
paróquia.
À
elas
se
subordinaram as igrejas da Santa
Cruz das Perdizes (até 1879) e de
Santa Cecília (até 1892).
Em 23 de março do mesmo ano, o
bairro é denominado distrito. Nos
seus arredores já instalavam-se as
famílias da elite paulistana, que
moravam em grandes chácaras
localizadas nas proximidades. Sua freguesia estendia-se
do Anhangabaú a futura Avenida São João e o rio Tietê.
Em 1907, o prédio original da igreja da Consolação foi
derrubado. Com a vinda de novos moradores e a criação
de novas ruas, o templo antigo já não suportava tantas
pessoas. A construção de um novo projeto ficou ao cargo
do professor de arquitetura da Escola Politécnica,
Maximiliano Hehl, responsável pelas catedrais da Sé e de
Santos. Erguida em estilo românico-bizantino, a igreja
agora recebe traços da arquitetura gótica em sua
fachada, enquanto o seu interior segue características
românicas. A obra demorou cerca de 20 anos para ficar
pronta.
No altar-mór fica a imagem de Nossa Senhora da
Consolação, esculpida em madeira e papel machê: "De
pé sobre uma esfera estrelada apresenta na mão direita
um cetro e tem no peito o Divino Espírito Santo. Possui
sinais, nas orelhas, de ter usado brincos, o que reforça a
sua origem portuguesa" (Catálogo de arte de São Paulo).
Sua origem é incerta: acredita-se que um padre
agostiniano, de viagem para Sorocaba, aí parara para
celebrar missa, deixando sobre o altar a imagem com a
finalidade de divulgar a devoção.
Por volta dos anos 50, infelizmente, o bairro passou a
sofrer dura transformação, perdendo sua característica de
bairro residencial e vendo-se invadira pelo comércio e
proliferação de boates. As famílias de sobrenome ilustre
foram, uma após outra, transferindo-se para os Jardins,
Pacaembu, Perdizes etc... No lugar dessas vieram outras,
somadas ao rápido crescimento da cidade juntamente
com a depreciação do centro histórico (centro velho),
culminando na degradação do entorno da Praça
Roosevelt, onde fica a igreja. Hoje a prefeitura de São
Paulo está com projeto em andamento para revitalizar a
região, hoje mais um local de passagem de carros.
Colaboração Reinaldo Contessoto

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