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SEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 1º, 2 e 3 DE JULHO, 2011 | ANO 3 | Nº 464 | DIRETOR RICARDO GALUPPO | DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA
Ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira,pede aoSenado que altere
trechosdo novo CódigoFlorestal que
estimulamo desmatamento. ➥ P12
Antonio Cruz/ABr
A francesa Dassault, que fabrica o
Rafale, se aproxima de parlamentares
brasileiros para reforçar presença
na licitação dos caças da FAB. ➥ P10
R$ 2,00
Carrefour espera uma oferta do
Walmart mas prefere Abilio Diniz
Expectativa na filial brasileira da varejista francesa é de que concorrente americano sumiria com a marca Carrefour em pouco tempo
A resistência do Casino à fusão do Pão
de Açúcar com as operações do Carrefour no Brasil fortalece o grupo americano Walmart na disputa. A direção da sub-
sidiária brasileira do Carrefour demonstra preferência em fechar negócio com a
rede brasileira, que, além de aportar recursos diretamente na matriz francesa,
manterá a marca no Brasil. Diretores temem que, com uma possível aquisição
pelo Walmart, a marca desapareceria
em dois a três anos. ➥ P38
ParticipaçãodoBNDESnaoperação
defusãodePãodeAçúcare
Carrefourdependedeconsenso.
Divulgação
Sanepar
seduz analistas
para ter tanta
liquidez quanto
a Sabesp.
➥ P18
Rede Giraffas
tenta realizar
o sonho
americano
em Miami.
➥ P22
Mercedes engata
terceiro turno no país
BCs de 16 países
definem ajuste
de taxa de juros
este mês, com
viés de alta.
Demanda por caminhões na América Latina
favorece investimentos da montadora em mão
de obra e na ampliação da capacidade no Brasil e na
Argentina, diz o presidente Jürgen Ziegler. ➥ P24
➥ P28
INDICADORES
Programa espacial
do governo não
consegue decolar
Ainda com esperança de lançar
foguete próprio em 2014, Brasil
sofre carência completa de verba,
mão de obra, administração e
transferência tecnológica para
avançar nas pesquisas. ➥ P4
Julho começa
exigindo cautela
nos investimentos
Assim como ocorreu no
mês passado, o cenário
externo e a volta do fantasma
da inflação sugerem aplicações
menos voláteis, como ativos
de renda fixa. ➥ P32
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30.6.2011
TAXA DE CÂMBIO
COMPRA VENDA
Dólar Ptax (R$/US$)
1,5603
1,5611
Dólar Comercial (R$/US$)
1,5600
1,5620
Euro (R$/€)
2,2654
2,2667
Euro (US$/€)
1,4519
1,4520
Peso Argentino (R$/$)
0,3795
0,3802
JUROS
META EFETIVA
Selic (ao ano)
12,25%
12,17%
BOLSAS
VAR.% ÍNDICES
Bovespa - São Paulo
0,11 62.403,64
Dow Jones - Nova York
1,25 12.414,34
Nasdaq - Nova York
1,21 2.773,52
S&P 500 - Nova York
1,01
1.320,64
FTSE 100 - Londres
1,53
5.945,71
Hang Seng - Hong Kong
1,53 22.398,10
22 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de julho, 2011
EMPRESAS
Divulgação
COMÉRCIO EXTERIOR
PETRÓLEO
Receita de exportação de papel e celulose
soma US$ 2,9 bilhões em cinco meses de 2011
HRT inicia a perfuração de seu terceiro
poço exploratório no Amazonas
O resultado representa um crescimento de 7,9% na receita das
vendas externas das companhias. O faturamento com exportações
de celulose aumentou 6,3% ante o resultado dos mesmos cinco meses
do ano passado, totalizando US$ 2 bilhões. Europa e China respondem
por 73% das compras. A produção de celulose somou 5,8 milhões
de toneladas no período, volume estável em relação a 2010.
O poço, codificado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP) como 1-HRT-3-AM, está a aproximadamente
7,5 km do município de Carauari, estado do Amazonas. A previsão
é que a sonda atinja a profundidade final, em torno de 2.620 metros.
No mês de julho, a empresa prevê o início da perfuração de
um novo poço na bacia do Solimões, no campo Igarapé Maria.
O sonho americano
do Giraffas e da
Vivenda do Camarão
Redes brasileiras de fast-food focam Miami atraídas por grande
número de consumidores latinos e aluguéis mais baixos
Cintia Esteves*, de Miami
[email protected]
Flórida é o estado americano
que faz brilhar os olhos dos empresários do comércio brasileiro, devido a quantidade de latinos na região, especialmente
brasileiros. O Giraffas inaugurou na semana passada sua primeira loja em Miami. A Vivenda
do Camarão planeja sua chegada na cidade, mas antes fará um
intensivo na República Dominicana,onde acaba de abrir uma
unidade. A companhia acredita
nas semelhanças de paladar do
país com o estado americano.
"Miami é uma cidade-foco para nossa empresa por ter praia e
público latino", diz a gerente de
marketing da Vivenda do Camarão, Carla Matias. Além de um
consumidor com gosto possivelmente parecido, o mercado imobiliário também tem se mostrado favorável aos empresários
brasileiros. Cláudio Miccieli Júnior, diretor de expansão do Giraffas, afirma que o valor do aluguel em Miami está 40% mais
baixo do que em São Paulo. "Outra vantagem é que não temos
de pagar luvas para abrir loja
em shopping, tampouco décimo terceiro e décimo quarto aluguéis, como é praxe no Brasil".
No segmento de franquias,
existem nos Estados Unidos
26 empresas brasileiras, segundo dados da Associação
Brasileira de Franchising
(ABF). Deste total, dez estão
na Flórida, entre elas Microcamp, Santa Lolla e Jacques Janine. Sem considerar as franquias, a Câmara Americana de
Comércio (Amcham) contabiliza 23 empresas. Embraer e
Fogo de Chão estão na lista. A
expansão do negócio nos Estados Unidos, porém, não é tarefa simples. "A concorrência é
alta, além disso dá trabalho levar a rede para diversos estados americanos, pois a lei de
Em cada estado
americano há uma
legislação diferente,
o que dificulta a
expansão nacional
franquias é diferente em cada
um deles", diz Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF.
O Giraffas não precisou ir
muito longe para esbarrar em algumas diferenças. "Na nossa loja a tubulação de água quente estava trabalhando a 80 graus,
mas fui informado que a temperatura não poderia passar de 60.
Esta exigência aplica-se somente à North Miami, região que está localizada nossa unidade",
diz Miccieli. Ou seja, a poucos
quarteirões dali, a rede de restaurantes não vai ter de lidar
com esta regra, mas provavelmente aparecerão outras normas a serem seguidas.
Concorrência
Apesar do plano de levar o Giraffas para Miami existir desde
2006, somente há dois anos,
quando deixou o Brasil para viver na cidade, é que o empresário percebeu a real dimensão da
concorrência. Não são apenas
as refeições baratas de Burger
King, Mc Donald's e Wendys
que o Giraffas tem pela frente.
Redes locais como Pollo Tropical, La Careta e Flanigan's prometem tirar o sono de Miccieli.
Afinal, conhecem muito bem a
região e o gosto do consumidor
local. Até 2012, a expectativa do
Giraffas é abrir cinco unidades
em Miami, três a menos do que
possui atualmente a La Careta,
que é a menor entre as principais concorrentes.
Mas enquanto algumas redes fazem planos para a cidade, outras deixaram o sonho
para trás. Em 2001, o Habib's
chegou anunciar planos de
abrir 102 lojas na região em
um prazo de sete anos. Porém
quinze dias antes da inauguração da primeira unidade as torres gêmeas fo’ram atacadas e a
companhia, que já havia tido
uma péssima experiência no
México, desistiu de vez do projeto. ■ * Viajou a convite do Giraffas
AMÉRICA
MIAMI
26
franquias brasileiras já levaram
5
é o número de unidades
suas redes aos Estados Unidos,
de acordo com a Associação
Brasileira de Franchising.
que a rede brasileira Giraffas
planeja abrir em Miami até
o fim do próximo ano.
Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de julho, 2011 Brasil Econômico 23
Divulgação
QUÍMICA
VAREJO
Produção brasileira cresce 3,85% e vendas
no mercado interno sobem 9,14% em maio
Mundo Verde abre na cidade do Porto sua
segunda unidade franqueada em Portugal
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), no entanto,
atribui o resultado à fraca base de comparação, uma vez que em maio
de 2010 o desempenho da indústria foi fraco. Em relação aos preços,
houve uma deflação de 0,74% em maio. Na média do acumulado
de janeiro a maio de 2011, o índice de produção apresentou
declínio de 4,70% e o de vendas internas teve queda de 3,54%.
A expectativa da rede de produtos naturais em curto prazo é de que
5 novas lojas entrem em operação no país até meados de dezembro de
2012. A rede espera abrir no mínimo 12 lojas portuguesas até dezembro
de 2019. As unidades serão gerenciadas pela master franquia,
representada pelos empresários, José Manoel Ferreira e Flávio Neves
Durante. A rede planeja agora expandir para a Espanha, Itália e França.
Divulgação
Murillo Constantino
Cláudio Miccieli Júnior, diretor
do Giraffas: mudança para
Miami e expansão internacional
Jae Ho Lee, da Morana:
fim da sociedade
no exterior
Expansão no exterior
exige adaptações
Bons parceiros, mudanças no
produto e até no nome da rede
são necessários para o sucesso
BRASIL
PORTUGAL
357
lojas Giraffas operam no Brasil,
3
lojas a Vivenda do Camarão
elas vão passar por uma
reforma para atender o público
de maior poder aquisitivo.
operou naquele país até 2004.
Agora a franquia aposta na
República Dominicana e EUA.
Escolher o parceiro local certo é
uma das recomendações de especialistas quando o assunto é
internacionalização de franquias. E foi justamente aí que a
rede de bijuterias Morana errou.
A varejista abriu três lojas em
Portugal, mas teve problemas
com o sócio escolhido para o
país. "Todas as decisões, como a
simples troca de um luminoso,
por exemplo, tinham de passar
pelo nosso parceiro e ele demorava para colocá-las em prática.
O varejo exige agilidade", diz
Jae Ho Lee, presidente da Morana. A solução foi comprar a parte do sócio nas lojas. "Agora temos uma gestão direta", afirma.
A Vivenda do Camarão também teve problemas com o franqueado de Portugal. As três lojas da rede foram fechadas em
2004, após cinco anos de operação naquele país. "O franqueado comprava produtos de outros fornecedores. Não cobramos royalties e taxa de publicidade, mas exigimos que os insumos sejam adquiridos conosco", diz o gerente de marketing Carla Matias. A empresa
não retomou os planos de expansão para Portugal e agora
concentra esforços na Repúbli-
Vivenda do Camarão
tornou-se Shrimp
House para ter seu
nome compreendido
na República
Dominicana.
Giraffas mudou o
projeto arquitetônico
de suas lojas
ca Dominicana, onde recentemente abriu uma unidade.
Mudanças
Por mais que a companhia queira
preservar a identidade da rede, algumas adaptações são necessárias para se ter sucesso em outros
países. Na República Dominicana, a Vivenda do Camarão foi
além das alterações no cardápio.
O restaurante preservou a arquitetura da rede no Brasil, mas mudou o nome para Shrimp House
(Casa do Camarão, em inglês).
"Ninguém conseguiria pronunciar o nome original. Mas nos folhetos de divulgação acrescentamos nossa marca", afirma Carla.
Para sua primeira loja nos Estados Unidos, o Giraffas preservou a marca, mas transformou o
visual do restaurante. A empresa contratou um escritório de arquitetura de Cincinnati, que deu
um ar moderno à loja de Miami.
Todas as 357 lojas do Brasil serão
reformadas para entrar no novo
padrão. "Atualmente nosso público é a classe C, mas com as lojas de cara nova esperamos
atrair também a classe B", diz
Cláudio Miccieli Júnior, diretor
de expansão do Giraffas. ■ C.E.
HOSPITAL ALVORADA TAGUATINGA LTDA.
Torna publico que recebeu da CETESB a licença de operação nº 33004444, válida
até 25/03/2015 para Hospital sito á Rua Barão do Rio Branco, 555, Santo Amaro - SP.