De 01 a 15 de Abril de 2014
Transcrição
De 01 a 15 de Abril de 2014
D e POLÍTICA 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 NOTA DE ABERTURA Preservar a Paz O povo angolano comemorou o 4 de Abril, dia consagrado à Paz e Reconciliação Nacional, sob o lema "Pela paz e unidade nacional, consolidemos a democracia". Há doze anos que os angolanos vivem intensamente este advento através de imensas realizações por todo o país. Elas não só servem para homenagear todos os filhos desta Pátria que contribuíram para a construção dos alicerces da nossa Independência, Liberdade e Democracia, como também apontam às novas gerações o caminho certo para a edificação de um país próspero. Vencido o colonialismo, a situação interna de Angola foi agravada por ingerências externas fundamentalmente no domínio militar com consequências trágicas na vida política, económica e social. O Camarada Presidente José Eduardo dos Santos foi incansável na busca de soluções para o conflito armado angolano. Inúmeros contactos e negociações com todos os integrantes do processo originaram vários acordos que paulatinamente nos levaram a resultados favoráveis. Recordemo-nos que foi no calor desta revolução que a África Austral conheceu o triunfo das lutas de libertação na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul. Com efeito, a 4 de Abril de 2002 foi assinado o acordo de Paz entre as Forças Armadas de Angola e a Unita belicista, pondo fim a mais 27 anos de guerra sangrenta e devastadora em solo angolano. Foi um processo muito complexo em que intervieram vários factores, alguns dos quais prejudiciais e que ainda hoje se manifestam arrastando os menos atentos e desinformados. No entanto, a acção do Executivo angolano sob a liderança do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos continua a ser relevante e determinante para a pacificação, reconstrução e desenvolvimento de Angola. O MPLA tem a grande responsabilidade de preservar as conquistas duramente alcançadas desde a primeira luta de libertação nacional. Não é de estranhar que há quem não sinta este dever e continue a emperrar e tentar inverter o caminho da Paz e do progresso porque sempre estiveram contra a corrente da história. Por esta razão não podemos abandonar a vigilância neste momento em que se levantam novos desafios e exigências para cada um de nós. Estes doze anos de Paz já proporcionaram aos angolanos mudanças significativas, com a reconstrução ou mesmo construção de estradas, pontes, escolas, hospitais, e várias infraestruturas, em povoações, aldeias e cidades. A formação de quadros continua a ser uma prioridade, entre outras acções no plano económico e social. A defesa e preservação da Paz passam pela execução plena dos programas e planos do Executivo que têm como principal objectivo a revitalização da economia nacional com o concurso da iniciativa privada nacional e estrangeira, e conferir uma nova dinâmica para melhoria das condições de vida da população. É necessário que os angolanos, em todos os sectores de actividade se engajem afincadamente nas suas tarefas do dia-a-dia, contribuindo na materialização do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017. Com a inquebrantável determinação que sempre caracterizou o nosso povo, em particular os militantes do MPLA, preservemos a Paz para termos “Angola a crescer mais e a distribuir melhor”. Emanuel Mangueira INSCRITO NO MINISTÉRIO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL SOB O Nº: 129/B/96 Propriedade: MPLA www.mpla.ao Dia da Comemorações As comemorações alusivas ao 4 de Abril, dia consagrado à Paz e Reconciliação Nacional, decorreram oficialmente de 31 de Março a 10 de Abril. A celebração da efeméride, que neste ano decorreu sob o lema “Pela paz e unidade nacional, consolidemos a democracia”, não teve um acto central com carácter político, mas sim manifestações recreativas e religiosas a serem realizadas em todas as províncias. Segundo uma fonte afecta ao Ministério da Administração do Território, as comemorações do 4 de Abril visaram desenvolver acções que incutam nos angolanos os ideais de paz, de fraternidade, de solidariedade, de justiça social, de unidade e de reconciliação, incentivar e promover o espírito de tolerância, entre outros valores. Do conjunto de acções previstas para este ano, em Luanda, a fonte destacou a reabertura da linha do CFL para o Porto de Luanda e a inauguração de infra-estruturas terrestres e terminais marítimos no Porto de Luanda, Museu da Escravatura, Capossoca, Macoco e Mussulo. Fizeram igualmente parte, o culto ecuménico no Estádio Nacional 11 de Novembro, o festival musical da paz, a conferência sobre a paz e a unidade nacional, bem como a exposição fotográfica “Angola - os caminhos do desenvolvimento”. A agenda incluiu, entre outras actividades, o festival de teatro da paz, a inauguração da biblioteca do distrito urbano do Rangel, de 50 casas sociais (inseridas no programa de 200 fogos habitacionais), assim como da nova sede do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA). DIRECÇÃO - Director: Emanuel Mangueira, Administrador: Fernando Jaime ([email protected]), Chefe de Redacção: Herminia Tiny ([email protected]) - REDACÇÃO - Reconstrução & Desenvolvimento: Estêvão S. Rodrigues (Editor); Sociedade: Hermínia Tiny (Editora); Juventude, Mulher e Família: João Valente; Actualidade: Luzolo Maria; Cultura, Figuras & Factos e Desporto: Ferraz Neto (Editor) - Fotografia: Joaquim Guilherme (Editor) e Hélder Neto - Concepção Gráfica e Composição: Leonel Ganho (Editor) e António Pompílio - Secretário de Redacção: Joaquim Domingos. - ADMINISTRAÇÃO Contabilidade: Fátima Daniel, Relações Públicas e Marketing: Marisa de Oliveira (Chefe) e Ângelo Vunda, Distribuição e Vendas: Augusto Paixão (Chefe) e José Mambo, Transportes: João Agostinho - CORRESPONDENTES - Benguela: António Gonçalves, Cabinda: Vuvu Matualunda, Lunda-Sul: Francisco Memória, Uíge: Santos Kiala - DIRECÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDACÇÃO: Sede Nacional do MPLA - 3º andar/DIP/CC. - TELEFAX: 222 - 32 20 43; TELEFONE: 222 - 32 31 61; EMAIL: [email protected]; CAIXA POSTAL: 936 - Luanda - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS: ANGOP; RESPONSABILIDADE EDITORIAL: Secretariado do Bureau Político do MPLA; TIRAGEM: 10.000 exemplares. 2 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 POLÍTICA Secretário do Estado dos Antigos Combatentes “A paz representa um património comum de todos os cidadãos” O fim do conflito armado em 2002, teve um grande significado para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, tendo em conta o esforço empregue por estes, para a consolidação da pátria. E m entrevista ao Jornal ÉME, o Secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Clemente Cunjuca, fez saber que a paz significa a ausência da guerra, a harmonia, calma e tranquilidade de espírito, bem como representa um património comum de todos os cidadãos angolanos. Segundo o Secretário de Estado, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), criado nos anos 50, pretendeu desenvolver ainda durante o governo colonial um processo capaz de conduzir pacificamente o país à independência. “Foi por causa da intransigência e da arrogância do poder colonial que o MPLA viu-se forçado a enveredar pela via da luta armada cuja primeira acção teve lugar no dia 4 de Fevereiro de 1961”. Posteriormente a esta data, o MPLA conduziu um amplo movimento de libertação nacional que durou 14 anos, onde sempre primou pelo diálogo. “Proclamada a Independência pensávamos que o país ficaria em paz, para que todo o povo e aqueles que participaram na luta vivessem com dignidade. Mas não foi possível. O país mergulhou numa guerra civil que durou 27 anos”, realçou. Clemente Cunjuca, afirmou ainda que a geração de combatentes que conduziu o país à Independência contra o colonialismo português, foi forçada a continuar a luta. A par desta geração (dos 14 anos de luta de libertação nacional), foi engrossada uma nova geração dos 27 anos de guerra civil, também considerada como a da defesa das conquistas da revolução, da Independência e da consolidação da pátria”. No que toca aos benefícios dos 12 anos de paz para os antigos combatentes e veteranos da pátria, o Secretário de Estado Clemente Cunjuca falou que são inúmeras, tendo em conta que muitos hoje voltaram a desbravar a terra ao invés de pegarem em armas. “Hoje os antigos combatentes e veteranos da pátria beneficiam dos seus direitos pelo facto de terem dado a sua contribuição na luta de libertação nacional e defesa da pátria. Actualmente é possível constatar paulatinamente a autosustentação dos antigos combatentes, com a criação de cooperativas agrícolas”. O secretário falou ainda que graças ao alcance da paz, hoje é possível desenvolver a nível do país um programa nacional de habitação para os antigos combatentes e veteranos da pátria. Quanto à situação hoje dos antigos combatentes e veteranos da pátria, o Secretário de Estado afirmou que o Executivo tem feito todos os esforços no sentido da reintegração social e económica com a implementação de programas que beneficiem os antigos combatentes e veteranos da pátria. Clemente Cunjuca esclareceu ainda que face à idade e a não-aceitação destes no mercado de trabalho, por meio do Executivo e sob orientação do Camarada Presidente, Engenheiro José Eduardo dos Santos, estão traçadas várias orientações, nomeadamente: a reintegração dos antigos combatentes e veteranos da pátria na vida económica e socialmente útil do país; o reassentamento nas suas zonas de origem através do programa nacional de habitação; a assistência médica e medicamentosa, tendo em conta os problemas de saúde que este grupo tem; e, a garantia de uma pensão vitalícia. Já no fim da entrevista, o Secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Clemente Cunjuca, apelou à geração do século XXI, no sentido de terem a responsabilidade de manter a Paz e as conquistas alcançadas pelas gerações anteriores, e criar um ambiente de harmonia entre os cidadãos deste país. Embaixador Alberto Neto apela à unidade na diáspora O Embaixador de Angola na República Federal da Alemanha, Alberto Correia Neto, apelou a comunidade angolana no país em que está acreditado a primar pela unidade, por formas a que cada um dos seus membros possa melhor contribuir para a consolidação da paz e da reconciliação nacional, pois todos fazem falta para a construção da Nação. O diplomata fez este apelo por ocasião do acto político e cultural organizado pela Embaixada angolana, no último fim-de-semana, em Berlim, por ocasião da celebração do 12º aniversário do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, sob o lema “Pela Paz e Unidade Nacional, Consolidemos a Democracia”. À actividade esteve presente, como convidada, a Embaixada de Angola na República da Áustria, Maria de Jesus Ferreira. Na oportunidade, o Embaixador Alberto Neto falou dos sacrifícios consentidos pelo povo angolano para conquistar a paz. Referiu que, com o alcance da paz, os angolanos registam com enorme satisfação os novos rumos do seu país, que apresenta avanços consideráveis em várias esferas da sociedade, nomeadamente, na educação, na saúde, no desporto e na economia. O Chefe de Missão Diplomática de Angola na Alemanha notou que foram construídas novas escolas e aumentado o número de universidades públicas e privadas, que hoje existem por todo país, tal como se construiu mais instituições de saúde, a esperança de vida subiu de 47 para 51 anos e as taxas de vacinação passaram de 48 para 91 por cento, registadas várias conquistas no domínio do desporto e reduzida a inflação a um dígito. Os angolanos estão empenhados na recuperação do tempo perdido durante a guerra e trabalham afincadamente para vencer as dificuldades e melhorar as suas condições de vida, disse o Embaixador ao frisar que nenhu- António Neto 3 ma guerra traz benefícios a um povo. Muito ainda há a fazer, disse o Embaixador, mas as dificuldades estão a ser ultrapassadas paulatinamente. O diplomata angolano apelou cada cidadão angolano na diáspora a ser positivo e a fazer uma reflexão sobre a Angola de hoje, comparando o seu estado ao de outros países africanos que conquistaram a independência há muito mais tempo mas, ainda assim, apresentam níveis de desenvolvimento muito mais baixos. O Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka foi rubricado em Luanda a quatro de Abril de 2002 pelo Governo angolano, representado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), General Armando da Cruz Neto, e pela Unita, na pessoa do seu chefe do Estado-Maior Geral, Abreu Muengo “Kamorteiro”, na presença do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos e convidados. Em discurso proferido por ocasião do décimo aniversário do Dia da Paz, o Presidente da República reafirmou a vontade do Executivo angolano ver a economia nacional sempre a crescer de modo sustentado e a riqueza a aumentar, “para termos mais para distribuir e melhorar a vida de todos”, numa clara alusão ao lema “Angola a crescer mais e a distribuir melhor” com que o MPLA conduziu a sua campanha para as eleições gerais de 2012. Este ano, as comemorações do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, em Berlim, foram marcadas pela abertura de uma exposição fotográfica sobre “Angola hoje: Trabalho e Desenvolvimento” na Embaixada de Angola, a realização de uma visita, por uma delegação da Missão Diplomática, a uma criança angolana hospitalizada e a realização da actividade político-cultural com a comunidade angolana e convidados. D e POLÍTICA 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 11 22 AA NN O O SS DD EE PP AA ZZ Angola continua a crescer vertiginosamente Após o fim do conflito armado em 2002, as autoridades angolanas lançaram-se para a reconstrução do país, com a solicitação às Nações Unidas de realização de uma conferência internacional de doadores com os países mais ricos do mundo. António Neto E sta iniciativa do governo angolano desencadeou inúmeras campanhas por parte de alguns países que ofereceram falsas promessas aos angolanos. Naquela conjuntura o país manteve-se em escombros de 2003 a 2005. As vias de comunicação, escolas, unidades sanitárias e outros sectores também continuaram inoperantes. Posteriormente à abertura da primeira linha de crédito chinês para Angola, o país passou a dar passos largos rumo ao crescimento, com a reconstrução nacional de estradas, pontes, escolas, hospitais, desminagem de campos agrícolas, para o bem-estar da população. Este facto faz de Angola um dos países da Áfri-ca subsariana com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em consequência, actualmente é visível o interesse estrangeiro em investir em Angola. O Executivo angolano criou políticas de fomento industrial com a construção de polos in- dustriais em vários pontos de Angola. A exemplo disto está o Pólo Industrial de Viana (PIV) e a Zona Económica Especial (ZEE), onde a maioria dos funcionários são jovens angolanos que conseguiram o seu primeiro emprego. Angelino de carvalho, jovem trabalhador de uma das empresas que opera no Polo Industrial de Viana, salientou que “trabalho numa empresa de construção civil e, por acaso, é o meu primeiro emprego após terminar a minha formação. Penso que este feito surgiu apenas com o alcance da Paz visto que no momento do conflito era difícil estudar”. Para além deste projecto, a Paz proporcionou outros. O Executivo desenvolve o Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e de Combate à Pobreza, que visa a massificação da agricultura com a abertura de linhas de créditos bancários, o apoio aos pequenos empreendedores e a construção de bens sociais nas comunidades. O impacto social deste programa é aplaudido por muitos 4 cidadãos que afirmam ser uma grande conquista trazida pela Paz. Para o estudante do ensino médio Fernando João, “estes programas surgem apenas com o alcançar da Paz em Angola, tendo em conta que no período de conflito quase nada era cabimentado para o sector público, como educação, energia, água e saúde. Hoje vimos que os serviços socias chegam até as áreas mais recônditas do país, facto que me deixa muito feliz com a Paz que estamos a viver”, sublinhou. Hoje, 12 anos após o alcance da Paz, é possível verificar a nível das dezoito províncias de Angola, a melhoria das condições de vida das populações, tendo em conta o esforço do Executivo na criação de programas que visam o desenvolvimento das localidades, vilas e aldeias, com a construção de estradas, pontes, escolas, hospitais, distribuição de energia e água potável. Paulo Manuel, professor do ensino médio, considerou serem positivos os 12 anos de Paz que o país está a viver, face ao nível de crescimento que tem demonstrado em vários sectores. Defende ser necessário realizar-se avaliações pormenorizadas sobre as políticas públicas, no sentido de se evitar erros e dispêndio de recursos, com o objectivo de assegurar a aplicação dos recursos de forma mais eficiente e eficaz. “Penso que desta forma vamos conseguir manter ou subir ainda mais o prestígio que alcançamos a nível de África e também do mundo”, sublinhou a fonte. Por seu turno, o estudante Lopes Gomes realçou que a Paz simbolizou o começo de uma nova história para Angola, “hoje estamos a escrever uma nova história de Angola, onde o desenvolvimento social é a principal meta. Em guerra era impossível estudar, deslocar-se de um lugar para o outro, mas com a Paz já é possível. Penso ser necessário que todos nós preservemos este bem tão precioso para todos os angolanos”. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 POLÍTICA BP do MPLA analisa governação e vida interna do Partido No âmbito da reforma do sistema de educação no país, o Bureau Político apreciou um pacote legislativo com vista a melhoria da gestão e da qualidade do subsistema do ensino superior. O Bureau Político recomendou que o referido pacote legislativo seja amplamente divulgado e discutido no seio da comunidade universitária de modo a equacionar o seu enquadramento com as contribuições dos membros da comunidade. Sobre a vida interna, o Bureau Político aprovou os documentos, a serem submetidos a próxima sessão do Comité Central, inerentes a preparação e realização do V Congresso Extraordinário do Partido, a acontecer em Dezembro, com destaque para a Metodologia Geral de Preparação e Realização das Assembleias de Militantes, das Conferências e do Congresso, e os memorandos sobre as linhas de força para os ajustamentos pontuais aos Estatutos e ao Regulamento Eleitoral do MPLA. O Bureau Político aprovou as Bases Gerais para a Preparação e Realização do VII Congresso Ordinário da JMPLA. O Bureau Político do MPLA aprovou a proposta de nomeação do camarada António Daniel Ventura de Azevedo ao cargo de Director do Departamento de Organização e Mobilização do Comité Central. Realizou-se, (31/03), sob a direcção do camarada José Eduardo Dos Santos, Presidente do MPLA, a 2ª Reunião Ordinária do Bureau Político, que analisou vários assuntos relativos à governação do País e à vida interna do Partido. Nota de imprensa Realizou-se hoje, sob Direcção do Camarada JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, Presidente do MPLA, a 2ª Reunião Ordinária do Bureau Político, que analisou vários assuntos relativos à governação do País e à vida interna do Partido. Com vista a acelerar o processo de diversificação da economia nacional, o Bureau Político apreciou um programa executivo sobre esta matéria, tendo o considerado muito oportuno e necessário com vista ao aumento dos níveis de emprego no país. O Bureau Político encorajou o Executivo a implementar o referido programa com rigor e firmeza, de modo a diminuir a dependência da economia nacional do sector petrolífero, tornando-a por isso, menos vulnerável aos choques externos, com o aumento da produção interna, a diminuição das importações e o aumento das exportações. O Bureau Político considerou que o programa integra as tarefas e os mecanismos a adoptar para o seu sucesso e recomendou uma atenção especial a formação de quadros para o provimento de funcionários qualificados necessários ao programa, bem como o fortalecimento do empresariado nacional, através do acesso privilegiado destes às cadeias produtivas e outras facilidades financeiras e creditícias. O Bureau Político apreciou as propostas de Lei da Organização e Funcionamento dos Tribunais da Jurisdição Comum e de alteração a Lei da Nacionalidade, tendo recomendado para o seu enriquecimento e posterior tratamento pelos órgãos do Estado competentes. O Bureau Político saudou os Angolanos, de Cabinda ao Cunene, pela celebração, na sexta-feira (4 de Abril), do dia da Paz e da Reconciliação Nacional, data em que se assinala o 12º Aniversário dos Acordos que trouxeram a paz definitiva para o pais e a esperança de uma Angola melhor para todos os seus filhos. PAZ, TRABALHO E LIBERDADE MPLA – ANGOLA A CRESCER MAIS E A DISTRIBUIR MELHOR LUANDA, 31 DE MARÇO DE 2014. O BUREAU POLÍTICO BP do MPLA aprova nomeação de António de Azevedo para dirigir DOM do CC Encontro do PSD da Suécia com o MPLA A vontade de estreitar os seus laços de amizade e o incremento das suas relações e intercâmbios bilaterais foi examinada (28/03) em Luanda, entre o MPLA e o Partido Social Democrata (PSD) da Suécia, no âmbito da visita que a delegação sueca realizou a Angola. A visita da delegação do PSD serviu para aprofundar o conhecimento mútuo sobre a actual situação do MPLA em Angola e do PSD da Suécia, e contribuir para o reforço das relações de amizade entre os povos angolanos e sueco e os respectivos países. Em declarações à imprensa, à saída do encontro, realizado na sede nacional do MPLA, Hakãn Juholt, que chefia a delegação, disse ter sido passado em revista as históricas relações entre os dois partidos e perspectivadas novas áreas de cooperação. A delegação do PSD teve oportunidade de receber ampla informação sobre o seguimento e a implementação do Programa do Governo do MPLA , tendo expressado a sua solidariedade com Angola e reforçado a sua confiança de que o MPLA e o povo angolano, continuem a procurar as soluções para as grandes questões que se colocam no presente. Hakãn Juholt, que disse ser amigo de Angola há 40 anos, realçou que as duas delegações falaram da formação de quadros, desemprego, habitação para todos, entre outros temas, na visão da Suécia para ajudar neste processo. O político destacou que Angola está a prosperar face ao seu rápido crescimento, valorizando ainda o papel que o país tem desempenhado, não só em África, mas também a nível internacional. Por sua vez, o secretário do Bureau do MPLA para as Relações Exteriores, Afonso VanDúnem “Mbinda”, que encabeçou a comitiva do seu partido, disse que o encontro foi oportuno, porquanto serviu para avaliar relações de longa data. Afonso Van-Dúnem destacou que, quer os governos da Suécia, quer o PSD, como partido, sempre ajudaram Angola e o MPLA, desde os primórdios de luta armada de libertação nacional, sobretudo na vertente da formação de quadros. “O PSD teve sempre uma relação de solidariedade, amizade e de cooperação com o MPLA, e muitos de nós assistimos e vivemos essa cooperação. Hoje, quando Hakãn Juholt vem, ao país, e mantem essas conversações, é sinal de que a Suécia continua do nosso lado”, sublinhou o dirigente partidário. “Passamos em revista a nossa cooperação internacional, nos vários domínios, e estamos satisfeitos”, acrescentou, sublinhando que MPLA precisa de aprender muito mais com o PSD, tendo em conta a sua 5 experiência de 125 anos de socialismo democrático. A delegação do PCP visitou a Província do Namibe tendo-se encontrado com os responsáveis do Comité Provincial do Partido e tomado contacto com a realidade desta província angolana. Manteve igualmente encontros com o Grupo Parlamentar do MPLA, e com o presidente da Comissão de Ralações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades no Exterior. A delegação do PSD encontrou-se com o secretário do Presidente da República para os Assuntos Diplomáticos. Nos diversos contactos realizados, a delegação do PSD teve oportunidade de realizar uma ampla troca de informações sobre a situação nos respectivos países, assim como sobre outros aspectos de interesse comum, tendo constatado a existência de uma ampla convergência nas análises e pontos de vista que foram expressos. D e POLÍTICA 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Comité África da Internacional Socialista reúne-se na Tanzânia MPLA representado pelo Secretário-Geral Uma delegação do MPLA chefiada pelo seu Secretário-Geral, camarada Julião Mateus Paulo” Dino Matrosse”, participouna última reunião do Comité África da Internacional Socialista, realizada nos dias 28 e 29 do passado mês de Marçoem Dar-es-Salam, capital da Tanzânia, com o propósito de a analisar os conflitos que actualmente ocorrem no continente. À sua chegada no Aeroporto Internacional Julius Nyerere, a comitiva foi recebida por membros do Comité Executivo Nacional do Partido Chama Cha Mapinduzi, designadamente pelos camaradas Pharys Magesa e Bakari Harnad Hamis. A sessão de abertura foi orientada por Emmanuel Golou, presidente do Comité África da I.Socialista, ladeado pelo Vicepresidente da Internacional Socialista que também é Secretário-Geral do MPLA e pelo Secretário-Geral da Organização, o chileno Luís Ayala. A reunião debateu temas como, o compromisso com a paz e a resolução de conflitos na região, a democracia participativa de instituições fortes e a boa governação.Durante os dois dias de trabalhos, os participantes debruçaram-se também sobre a economia ao serviço da população, o respeito pelo ambiente, tendo também apreciado os relatórios da situação nos diferentes países em conflito nocontinente africano. Presidium Chegada do SG do MPLA Dino Matrosse no aeroporto Internacional Julius Nyerere, Tanzânia. Na oportunidade, o Secretário-Geral do MPLA manifestou-sepreocupado com a prevalênciados conflitos que grassam o continente, fazendo notar que eles não só afectam os países onde ocorrem,mas também perturbam e retardam a integração económica e o desenvolvimento de África no seu todo. Por outro lado, Dino Matrosse lembrou que os esforços conjugados entre vários governos africanos permitiram estabilizar a situação políticanalguns países como o Mali, a Guiné Bissau, o Madagáscar e de certa forma a Republica Democrática do Congo, que ainda clamam por especial atenção da Internacional Socialista. À semelhança do que aconteceu com os demais chefes das delegações ao Comité África da Internacional Socialista,o SG do MPLA também teve um encontro de cortesia com o Presidente da República da Tanzânia, Jakaya Kikwete. A reunião, decorrida no Centro Internacional de Conferencias Julius Nyerere, decidiu elaborar um “Memorandum sobre o Comité África”, a ser apresentado e discutido na próxima sessão, a realizar-se em Outubro do ano em curso, num país a indicar oportunamente. Participantes analisam conflitos em África Conflitos em África em analise pela Internacional Socialista Delegações da Internacional Socialista reuniram-se na Tanzânia 6 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 POLÍTICA Conflitos em África O ponto de vista do MPLA O secretário-geral do MPLA, camarada Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse” que também é um dos vice-presidentes da Internacional Socialista interveio na última sessão do Comité África desta organização, realizada nos dias 28 e 29 de Março em Dar-es-Salam, Tanzânia, afirmando que a paz constitui a preocupação central do continente. N a sua intervenção o dirigente revelou que cada conflito tem sido sustentado por uma história de longa data com intermináveis detalhes e responsabilidades que não usados para a busca de soluções, fragilizando os próprios entendimentos. Prosseguiu, que alguns desses conflitos são resultados de partidos políticos que manipulam as populações, como ilustra a dimensão que assumiu os acontecimentos na Republica Centro Africana, em que a religião passou a ser um factor de divisão e desestabilização da sociedade. Dino Matrosse acrescentou que a resposta duradoura ao ciclo de conflitos deve ser de carácter político no sentido de reduzir os factores internos, como, as desigualdades, injustiças e exclusões sociais, bem como a extrema pobreza sem descurar a má governação. Como se sabe, a crueldade e a barbaridade que conduzem uma guerra, põe em causa muitos dos ideais que se defende com afinco, incluindo os valores básicos da civilização humana e a preservação da sua vida. O Secretario Geral do MPLA ressaltou que a intervenção da comunidade internacional em questões de conflitos armados tem sido de muita utilidade, mas que a tomada de medidas tem Secretário do BP para Informação, camarada Mário António “UNITA pretende provocar desobediência civil” O secretário do Bureau Político do MPLA para a Informação, camarada Mário António, aconselhou(11/04) em Luanda,os militantes da UNITA a pautarem por uma conduta de estrito respeito à Constituição angolana e à lei. O dirigente que falava durante uma entrevista à RNA, em Luanda, alertou a sociedade que este partido (UNITA) tem vindo a valer-se do fomento de atitudes de rebeldia, para provocar a desobediência civil no país e, assim, alcançar os seus desígnios. O camarada Mário António, denunciou que este partido com estas posiçoes pretende provocar a desobediência civil em Angola, para tentar alcançar os seus desígnios, de desestabilizar constantemente o país. Estas constatações do secretario para a Informaçao do MPLA, surgem a propósito do conteúdo de um comunicado da direcção da UNITA , com assento na Assembleia Nacional, divulgado, (09), em Luanda, na sequência da realização de uma reunião do Secretariado Exe- cutivo do seu Comité Permanente. O dirigente citou como exemplo, o que se terá passado no município de Cassongue, província do Cuanza-Sul, onde cidadãos comuns envolveram-se em brigas, cuja ocorrência os órgãos competentes da ordem pública tomaram a devida atenção. Mário António indicou que essas ocorrências devem ser tratadas à luz da legislação civil e criminal vigente no país, pelo que a UNITA não deve aproveitá-la para acusar levianamente o Governo legítimo de Angola e o Titular do Poder Executivo, o Camarada Presidente José Eduardo dos Santos. Ao comentar o facto de a UNITA pretender insinuar uma “situação de perigosa instabilidade” em Angola, o secretário do BP para a Informação, considerou ser essa “uma ameaça, que revela que ela não está seriamente engajada no respeito à Constituição e à lei”. A esse respeito, argumentou que, “em todos os sistemas democráticos, existe a luta pelo poder, que deve desenvolver-se em estrito respeito à Constituição e à lei”, pelo que “não entendemos como é que possível proferir-se esta ameaça, quando é a própria UNITA que tem vindo a desenvolver acções, para provocar a instabilidade no país”. Segundo o responsável pelo departamento de Informação do MPLA, o que a UNITA intitula de casos de intolerância política são "situações que devem ser vistas à luz da legislação civil e criminal vigente no país". 7 sido menos eficazes por serem pontuais. Desta feita, tal procedimento não ajuda a construir a paz e harmonia entre as pessoas em conflito, no entanto, pediuuma intervenção mais acutilante da comunidade internacional para garantir a estabilidade dos povos em conflito no continente africano. Acrescentou, ser possível alcançar o advento da paz e a estabilidade em África, se houver boa vontade das partes em conflito com o apoio indispensável da comunidade internacional. Segundo o político, os conflitos quer armados ou não, são derivados muitas vezes da acção de natureza política, para o efeito, apelou a Internacional Socialista no sentido de exercer a sua influência junto dos partidos políticos, através dos seus membros em África alguns no poder nos seus países, juntar as vozes para o fim dos conflitos. Como tal, há toda necessidade de se acabar com o sofrimento dos países africanos, on- de existirem conflitos, que têm levado os povos na miséria, fome e morte. Disse ainda que cada um dos países deve unir esforços com vista a garantir a sua segurança interna, a paz e a instabilidade política, promovendo a reconciliação e unidade nacional, bem como aprofundar e consolidar a democracia, implementar políticas publicas que permitem as populações resolver as suas necessidades básicas. Fez lembrar, que a Internacional Socialista a maior organização mundial que congrega partidos políticos, verdadeiramente democráticos, deve envidar esforços pela defesa e promoção dos valores da democracia. Também deve elevar o seu prestígio e desenvolver maior cooperação com outras organizações internacionais e regionais com as quais a IS partilha os mesmos valores, de tal forma, que este pronunciamento aplicase igualmente ao caso da promoção da paz e da resolução de conflitos em África. D e POLÍTICA 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Gabinete de Cidadania do MPLA Luena promove Workshop sobre resgate de valores morais Um Worhshop subordinado ao tema "O cidadão, a família e a igreja” foi realizado (28/03) na Casa da Juventude na cidade do Luena pelo Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA. Visita a escola no Bairro Kwenha O referido workshop que serviu para abordar a problemática da violência doméstica reuniu mais de duas centenas de participantes, entre os quais, membros do Comité Central do Partido, deputados à Assembleia Nacional do círculo provincial do Moxico, membros do Executivo provincial e municipal, representantes da JMPLA e OMA, autoridades tradicionais e eclesiásticas, bem como organizações da sociedade civil. Os temas abordados no encontro foram, “A importância jurídica da Lei contra a Violência Doméstica no resgate dos valores cívicos e morais”, “A repercussão da violência doméstica na sociedade angolana” e “O papel da igreja na moralização do cidadão e da família”. O workshop teve como objectivo reflectir sobre a importância jurídica da Lei Contra a Violência Doméstica, os efeitos práticos no processo de resgate dos valores cívicos e morais e recuperar o papel da igreja enquanto reserva moral da sociedade. Recurpessão da violência doméstica. A directora do Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA, camarada Fátima Viegas, que dissertou o tema “A repercussão da violência doméstica na sociedade angolana”, explanou as várias práticas que constituem violência, designadamente a física, psicológica, verbal e sexual, em particular os casos de incesto, estupro e acusação de feitiçaria a crianças e idosos. Durante a sua intervenção, Fátima Viegas, realçou que a melhor forma de se ter a paz e harmonia nos lares é fazer da família um espaço de diálogo, de concertação, de amor e de aprendizagem mútua entre os membros da mesma. violência às entidades e instituições de direito, incentivar programas e projectos de auto rendimento a favor dos jovens, com vista a reduzir o desemprego no seio da juventude, que concorre para a desestruturação do estado psicossocial das famílias entre outros. Por sua vez, o director do gabinete jurídico do Governo da Província do Moxico, camarada Sebastião Yeta Pinto ao dissertar o tema sobre “ A importância jurídica da Lei contra a violência doméstica no resgate dos valores cívicos e moral”, enfatizou a importância da Lei contra Violência doméstica que define determinados comportamentos anormais que ocorrem no seio da família, e que constituem crimes. O prelector exortou aos cidadãos a conhecerem a Lei, divulgá-la e metendo em prática o exercício da denúncia de todos os actos de violência física, patrimonial, sexual, verbal e psicológica, que afectam as famílias e a sociedade em geral. Segundo dados do Ministé- rio da Família e Promoção da Mulher, no período entre 2010 e 2012, foram registados vinte mil e quinhentos e quarenta e três mil casos de violência doméstica, dos quais dezasseis mil e duzentos e oitenta e seis denunciados por mulheres, enquanto, em 2013, a estatística cifrou-se em sete mil. Isto revela o abandono da cultura do medo. Por último, o pastor da Igreja Evangélica Cristã em Angola, Fernando Rodrigues Saihemba, na abordagem do seu painel sobre o “ Papel da igreja na moralização do cidadão e da família”, afirmou que a igreja através da sua missão, deve levar os crentes a se comprometerem com Deus, porque a igreja constitui a reserva moral da sociedade e concomitante- 8 mente, valioso instrumento para a moralização das famílias angolanas. A missão da igreja deve incluir não só o ensino da Palavra de Deus, mas também deve estar preocupada com as questões sociais, da educação, da formação, da promoção do amor ao próximo, do respeito às autoridades legalmente constituídas, do respeito pelo património público, bem como no exercício da prática do perdão. A família joga um papel importante na formação e educação das crianças e jovens, futuros responsáveis para o desenvolvimento do país. No final do acto os participantes recomendaram que as vítimas da violência doméstica devem jogar um papel importante na denúncia dos casos de Os alunos da escola do ensino primário 141, localizada no Bairro Kwenha, na cidade do Luena, província do Moxico, receberam exemplares da brochura "Conheça os símbolos Nacionais", produzida pelo Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA, no quadro do projecto de educação cívica. O conteúdo é apresentado numa linguagem clara e acessível de modo que as crianças em idade escolar e os jovens sejam capazes de o ler sem dificuldades e perceberem o significado de cada um dos símbolos nacionais, concretamente o Hino Nacional, a Bandeira e a insígnia da República de Angola. A directora do Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do MPLA, camarada Fátima Viegas interagiu com as crianças e explicou que os símbolos nacionais são manifestações gráficas e musicais, de importante valor histórico, criadas para transmitir os sentimentos de união nacional e demonstrar a soberania. A directora da escola do ensino primária 141, Maria Teresa Mije, mostrou-se satisfeita pelo gesto levado a cabo pela visita do Gabinete de Cidadania, no que concerne ao conhecimento e valorização dos símbolos nacionais. Durante a sua estadia na província do Moxico, a camarada Fátima Viegas, efectuou uma visita, na localidade de Canaje, comuna do Lucussi, a 132 quilómetros da cidade do Luena, onde procedeu a entrega de instrumentos de trabalho do campo bem como apas, enxadas catanas, bacias, roupas entre outros. A dirigente disse que os referidos instrumentos servem para dignificar as mulheres, que levam a cabo actividades rurais, designadamente agrícolas, sociais e culturais, para o desenvolvimento regional e sustento das famílias. No final da visita, realçou que o diálogo com as mulheres rurais representa o compromisso do Gabinete para a Cidadania, em proporcionar às agricultoras uma atenção diferenciada no que se refere à cidadania e solidariedade. A sessão de encerramento foi presidida pela camarada Fátima Viegas, Directora do Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do Comité Central do MPLA. Ema Mungala D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 9 2 0 1 4 PUBLICIDADE D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 MULHER ANGOLANA UNIDA PELA IGUALDADE E DESENVOLVIMENTO OMA encerra jornada Março-Mulher A Jornada Março-Mulher que teve como lema "OMA: Firme no Apoio a Mulher Rural foi encerrada (29/03) na cidade do Lubango, província da Huíla pelo coordenador do grupo de acompanhamento do Secretariado do Bureau Político do Comité Central a província da Huíla, camarada Virgílio de Fontes Pereira em representação do vice-presidente do MPLA, camarada Roberto de Almeida. A s actividades que marcaram o final do encerramento da Jornada Março-Mulher iniciaram com a entoação do Hino do MPLA, depois seguiu-se a observação de um minuto de silêncio em memória aos Heróis tombados pela independência nacional em especial do Primeiro-Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto. O evento foi presidido pelo camarada Virgílio de Fontes Pereira, acompanhado pelo primeiro-secretário provincial da Huíla do MPLA, camarada João Marcelino Tchipingui, da secretária-geral da OMA, camarada Luzia Inglês Van-Dunén "Inga" e da primeira-secretária do Comité Provincial da OMA, camarada Júlia Agostinha Celeste. Ao intervir no acto político de massas que marcou o encerramento da Jornada Março-Mulher o cda.Virgílio de Fontes Pereira, agradeceu em nome do vicepresidente do Partido, camarada Roberto de Almeida a forma calorosa como foi recebido pelas militantes que compõem o belo mosaico feminino da província em especial a OMA pela celebração dos 52 anos de existência. ”O mês de Março destaca-se pelo simbolismo e apresenta ao congregar efemérides de particular importância para a sociedade angolana e o mundo que marcam não só as celebrações em alusão as mulheres, nomeadamente o dia da mulher ango- lana e o dia internacional da mulher, mas também uma data relacionada com os homens, o dia do pai, parece que não tenha sido acidental essa coincidência, na verdade essas datas traduzem as trajectórias das mulheres angolanas e as do mundo inteiro, na sua legítima luta pela conquista da justiça social, da igualdade, do direito e da sua participação junto dos seus pares, pela conquista de um mundo cada vez mais justo em que se respeitem os direitos humanos e os direitos das mulheres em particular”,referiu o dirigente. Por sua vez a secretáriageral da OMA, camarada Luzia Inglês Van-Dunén "Inga" agradeceu em nome do Secretariado Executivo Nacional da OMA pela forma calorosa como foram recebidas pela população da província da Huíla, pelo empenho das mulheres e o entusiasmo demonstrado na preparação do acto de encerramento. Para Luzia Inglês "Inga" a realização do acto na província da Huíla representa um testemunho vivo do apreço ao contributo valioso das mulheres no desenvolvimento do país e que representa uma oportunidade para reflectir a necessidade de se prestar maior apoio à mulher rural. Em Angola a jornada Marçomulher representa uma manifestação de solidariedade para com as mulheres no meio rural, pois é sobre elas que recai o grande 10 desafio de contribuir para a segurança alimentar e nutricional com as suas pequenas produções agrícolas, familiares para além de conciliar todas estas responsabilidades com a lida da casa e a transmissão dos valores morais cívicos e culturais do povo. A homenagem às mulheres rurais é uma manifestação do cumprimento da orientação do Presidente da República, Camarada José Eduardo dos Santos, que manifestou na sua mensagem de fim de ano de 2013 sob a necessidade de se conduzir um programa de auscultação da mulher rural de modo a permitir a elaboração de um programa nacional de apoio a mulher rural que reflicta as dife- D e rentes realidades do país. Para o êxito destes objectivos, a mulher angolana tem exercido um protagonismo relevante confirmando deste modo o seu incontornável papel de agente fundamental da sociedade na promoção da solidariedade e na harmonização familiar e social de mãe educadora e mobilizadora, por esta razão enquanto maior Organização feminina em Angola a OMA vai continuar a consolidar e implementar cada vez mais as suas responsabilidades na sensibilização e mobilização das mulheres para as tarefas que visam contribuir para o bem-estar do povo com realce para consolidação da paz da reconstrução e reconciliação nacional. Neste sentido o trabalho em prol da igualdade e desenvolvimento da mediação dos conflitos, dos resgates dos valores morais, cívicos, éticos e culturais e combate contra a violência doméstica, ao analfabetismo e as doenças infecciosas constam das acções prioritária da OMA que vai cumprir com a mesma dedicação que sempre lhe caracterizou. No evento, as militantes apoiaram a brilhante iniciativa do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos de promover uma ampla auscultação e discussão sobre os problemas da mulher rural, e mobilizaramse para a promoção do patriotismo e uma verdadeira cultura de paz, democracia, tolerância, unidade bem como na construção do território nacional. Na ocasião, a primeira-secretária provincial da OMA na Huíla, camarada Júlia Agostinha Celeste ao proferir a mensagem de boas-vindas agradeceu a escolha da província da Huíla para albergar o encerramento da Jornada Março-Mulher. A OMA na província está fortemente enraizada no seio da mulher rural com objectivo de apoia-lá no programa de extensão e desenvolvimento rural que atinge milhares de família e esta preparada para enfrentar e vencer os desafios que o futuro reserva nos mais vários domínios, criando as condições políticas e organizativo para manter e elevar a capacidade das mulheres rumo ao desenvolvimento do país. OMA enaltece papel do Executivo A OMA na Huíla congratulase pela aposta do Executivo Angolano sob a liderança do Chefe de Estado, Camarada José Eduardo dos Santos no programa de combate a fome e a pobreza no seio das populações garantido melhor apoio a mulher rural e melhoria na qualidade de vida das mesmas. No âmbito do movimento de revitalização das secções da OMA, o processo tem decorrido sem sobressaltos estando a trabalhar em comprimento das orientações partidárias. O programa de alfabetização tem sido o lema quotidiano da Organização para erradicação do analfa- 0 1 a 1 5 d e betismo no seio da camada feminina com maior destaque no meio rural faltando apenas incentivos para alfabetizadoras rurais. O primeiro-secretário provincial do MPLA da província da Huíla João Marcelino Tchipingui elogiou a OMA pelo facto de a direcção central ter escolhido a província para albergar o término das actividades alusivas ao mês de Março. O secretariado provincial da JMPLA da Huíla saudou em nome dos seus militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, efusivamente a realização do acto solene em terra da mulher mumuila, e agradeceu ao Secretariado Nacional Executivo da OMA pela eleição da província da Huíla para acolher o acto central de encerramento da jornada Março-Mulher que para a JMPLA se afigura como uma ocasião de festa de reflexão e do reiterar o compromisso com a causa defendida pela OMA. Para a segunda-secretária municipal da JMPLA, camarada Filomena dos Santos, estão filiadas na JMPLA a nível da província jovens de todos os extracto social que estão fortemente engajadas nas tarefas de educação de toda juventude feminina para o amor a Pátria, o respeito pelos valores e tradições dos angolanos, a cultura da democracia, aos ideiais de justiça, liberdade, paz e progresso social tarefas que encerram o papel histórico que o MPLA atribuiu a JMPLA. Na concretização da sua acção enquanto militantes da JMPLA e filhas desta amada pátria as jovens inspiram-se nas exemplares actuações de várias gerações de mulheres guerreiras congregadas no MPLA e na OMA ao longo dos tempos, tendo consciência de que éso- A b r i l d e 2 0 1 4 bre a mulher que repousa a garantia da preservação dos valores e a transferência dos mesmos a novas gerações. A JMPLA vem registando com agrado o empenho da OMA no apoio que vai prestando ao Partido e ao Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, nos esforços que visam a concretização com êxito as medidas de políticas integradas para a juventude, família e a mulher, constantes no plano nacional de desenvolvimento 2013/2017. Papel das Parteiras Tradicionais A Associação de Mulheres Parteiras controla aproximadamente 850 parteiras tradicionais, distribuídos nos 14 municípios da província, desempenhando um papel importante na educação solidariedade sensibilização e o uso da eficácia e de deontologia profissional e carácter de práticas desonestas que possam prejudicar a saúde pública. As mulheres parteiras apresentaram as dificuldades que passam pela falta de postos de vigilância em todos municípios comunas e sectores, a falta de viaturas para apoiar as visitas domiciliares, falta de material de primeiros socorros, acesso das parteiras mulheres rurais ao emprego para acabar com a fome e a pobreza no seio das famílias e a falta de remuneração das parteiras. A jornada Março Mulher converte-se todos os anos numa verdadeira jornada de reflexão sobre os direitos da mulher angolana e sua necessidade de participar, cada vez mais activamente, no processo de desenvolvimento do país. As mulheres rurais desempenham um papel essencial no OMA desenvolvimento agrícola, na segurança alimentar e nutricional, na gestão dos recursos naturais e são o principal garante do sustento das suas famílias. Nesta perspectiva as acções levada a cabo pela OMA vão convergir na intensificação do desenvolvimento rural e na melhoria das condições de vida e de bem-estar das famílias e comunidades rurais. Para esta jornada a Organização da Mulher Angolana prevê reforçar a luta contra o analfabetismo, capacitar as mulheres e facilitar o acesso a pequenos projectos para que elevem as suas actividades no campo, pois muitas destas mulheres garantem a subsistência dos seus agregados familiares e das comunidades. Por outro lado, constitui um desafio para a maior Organização feminina em Angola, estabelecer parcerias fortes para se prestar maior atenção às mulheres das zonas rurais. bre o papel da mulher rural. Já o 8 de Março, levou as mulheres de todo mundo a fazerem uma introspecção sobre o respeito pelos direitos das mulheres e a necessidade da sua participação cada vez mais activa nos órgãos de decisão. No local do evento todas as mulheres foram exortadas a continuarem a ser verdadeiras promotoras da paz e participar activamente na consolidação do Estado Democrático e de Direito, cimentar a unidade nacional, a cultura de paz e participar no desenvolvimento multifacético do país. Durante a sua estadia na província a secretária-geral da OMA, camarada Luzia Inglês Van-Duném "Inga" inaugurou um mercado com capacidade de 130 bancadas e possui três lojas, áreas administrativa, restaurante, locais para o talho e custou aos cofres do Estado um valor aproximado em vinte e nove mil e 970.000,00. A reabilitação do mercado esteve a cargo da empresa Joback e Filhos e durou noventa dias onde encontra-se num espaço de dois mil metros quadrados. O Mercado agora inaugurado vai acolher as vendedoras que faziam o comércio de produtos nas ruas da cidade, encontra-se em melhores condições para albergar os produtos que vem do campo. A delegação chefiada pela secretária-geral da OMA, camarada Luzia Inglês Van-Dunén "Inga" efectuou visitas à nova centralidade do Lubango onde estão a ser erguidas apartamentos dos tipos T3, T4 e residências. Visita a Comités de acção Destacado feitos das heroínas Durante a jornada MarçoMulher a OMA celebrou duas datas importantes o 2 e 8 de Março. O dia 2 de Março foi celebrado a nível nacional, cujo acto central foi realizado no município de Porto-Amboim que serviu para se fazer uma reflexão sobre os exemplos de heroísmo protagonizado por Deolinda Rodrigues, Teresa Afonso, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Lucrécia Paím e outras anónimas que continuam a inspirar a OMA na sua tarefa de educação e mobilização das mulheres para a realização dos ideais do MPLA e foi uma ocasião propícia para uma profunda reflexão so- A referida delegação visitou o Comité de base do bairro da Mitcha para se inteirar do seu funcionamento. O Comité de base do bairro da Mitcha fica situado a norte da cidade do Lubango confrontando-se a norte com a comuna da Kilemba e o bairro da Nambambe, a sul com os bairros Hélder Neto e Comercial, a este com o bairro Bula Matadi e a oeste com o bairro da Mapunda. A sua extensão geográfica estima-se em 824000 km2, e tem uma população aproximada em 53.603 habitantes, articulados em 30 zonas. É de salientar que o comité do comité da Mitcha é composto por 15 membros, um secretariado com 5 membros e controla 825 membros distribuído em 12 secções. O Comité Provincial da OMA é composto por 85 membros, dos quais 10 membros do comité nacional, 32 membros são residentes no município do Lubango, constituindo 14 grupos de acompanhamento aos municípios, controla actualmente 392124 militantes sendo 348636 militantes do Partido, 43488 militantes só da OMA e 8677 militantes menores de 18 anos. Domingos Nganga 11 D e OMA 0 1 a 1 5 d e Angola realiza reunião da Internacional Socialista das Mulheres A b r i l d e 2 0 1 4 E A Organização da Mulher Angolana realizará de 10 a 12 de Abril, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, a primeira Reunião do Executivo e Regional da Internacional Socialista de Mulheres, em que participarão 53 delegadas de 25 países. ste anúncio foi feito pela secretária geral da OMA, camarada Luzia Inglês Van-Dúnem “Inga” durante uma conferência de imprensa que serviu entre outras questões para abordar a importância da realização do evento. A dirigente deu a conhecer que um dos objectivos da reunião será o de divulgar os desafios e conquistas das mulheres e a elaboração de estratégias e fortalecer as relações entre as organizações membros da ISM com finalidade de agir de forma comum face aos desafios do desenvolvimento do Milénio. O encontro será orientado pela presidente da ISM, a colombiana Ouafa Hajji e será honrada com a presença do Presidente do Comité África da ISM da República do Benim, Emanuel Golou. A reunião que terá como lema “ Os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio: A visão da Internacio-nal Socialista de Mulheres, para Agenda de De-senvolvimento Pós 2015" participarão 215 convidados. A camarada Inga acrescentou que a (ISM) é uma organização feminina que tem como intuito trabalhar para paz, democracia, liberdade, justiça social, igualdade de género, combate de todas as formas de descriminação, violência contra as mulheres e solidariedade entre as organizações a nível regional e do mundo. Disse ainda que a Internacional Socialista das Mulheres, surgiu em 1907 através da Clara Zequim, que foi a fundadora do dia 8 de Março dia internacional da mulherPor último, frisou que a Organização da Mulher Angolana ocupa o lugar de vice-presidente da Africa Meridional desde Fevereiro de 2013, sendo este o seu segundo mandato. Mulheres do Kassequel homenageiam parturientes O Comité Comunal da OMA do Kassequel, do distrito urbano da Maianga, procedeu recentemente, a entrega de brindes e um café da manhã as parturientes. O evento aconteceu na maternidade do Kassequel e contou com as presenças e de centenas de mulheres, tanto da administração, quanto da população em geral. A secretária do Comité Comunal da OMA do Kassequel , camarada Guiomar Pataca aproveitou a oportunidade para incentivar e sensibilizar as mulheres para a participação acti- va no Censo da População e Habitação que vai acontecer no próximo mês de Maio. A dirigente reiterou aos membros da comuna para mobilizarem-se em torno do MPLA e do Camarada Presidente José Eduardo dos Santos, na promoção do patriotismo e de uma verdadeira cultura de paz, democracia, tolerância, unidade, bem como na construção da nova Angola. Recém-nascidos acarinhados pela OMA A Organização da Mulher Angolana (OMA) ofereceu (19/03) kits aos recém-nascidos na Maternidade Augusto Ngangula, visando reduzir as necessidades dos pacientes. Segundo a secretária distrital da OMA do Sambizanga, camarada Domingas Elias, enquadrase nas comemorações do Março-mulher, no gesto de solidariedade para com as pessoas carentes. A responsável da OMA enfatizou que a maternidade "é o lugar onde as mulheres dão a luz a todo ser humano e por este facto urge a necessidade de se criarem mais espaços para o efeito". 12 Durante a sua visita a maternidade, a camarada Domingas Elias, percorreu as salas de obstetrícia, de partos, urgência, serviços de genética e anatomia patológica, cirurgia, e foi informada sobre a possibilidade dos tratamentos e de exames feitos no país. Actualmente a maternidade Augusto Ngangula possui cinco blocos operatórios para além de serviços de neonatologia com seis incubadoras em funcionamento, para tratar os bebes nascidos prematuros, com baixo peso. De acordo com a directora administrativa da maternidade Augusto Ngangula, Maria dos Anjos Felipe, disse que com a construção do novo edifício, ouve melhorias nos serviços do corpo clínico e um atendimento condigno aos pacientes. “O novo edifício tem uma sala de atendimento, ecografia e de emergência, uma vez que temos sempre pacientes que chegam com o problema de hemorragia”, disse. Acrescentou que o hospital está bem equipado não há carências de médico, tem todos os serviços, começando das consultas externas, colposcopia entre outros. Ema Mungala D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 JMPLA Mercado do Catintom JMPLA promove campanha de limpeza O secretariado da JMPLA do Distrito Urbano da Maianga promoveu (22/03) uma campanha de limpeza nos arredores do mercado Catintom, no âmbito do programa provincial de saneamento básico do Comité municipal da JMPLA em Luanda. A campanha denominada "Maianga Limpa" juntou mais de 100 jovens, entre militantes da JMPLA, religiosos e jovens de outras entidades e organizações sociais. De acordo com o primeiro secretário do Distrito da Maianga, camarada Adilson Pereira, a actividade enquadrou-se no âmbito do programa de saneamento básico do Comité Municipal da JMPLA em Lu-anda denominado “Luanda Limpa”. "Para o êxito da campanha, a JMPLA mobilizou militantes e estudantes, enquanto a administração municipal de Luanda forneceu os equipamentos de limpeza ", indicou. Concluiu que a campanha atingiu o seu objectivo desejado porquanto houve maior aderência por parte dos munícipes que participaram em massa na actividade cujas equipas estavam organizadas em quatro blocos. Miss São Tomé e Príncipe inteira-se do funcionamento da JMPLA A Miss São Tomé e Príncipe, Jéssica Barbosa, visitou (09/04) em Luanda, as instalações do Comité provincial da JMPLA, para inteira-se do funcionamento desta estrutura do Comité Provincial da JMPLA de Luanda. D urante a sua estada nas instalações, a visitante manteve encontro de cortesia com o primeiro secretário provincial, Tomas Bica, de quem recebeu informações sobre o objecto da JMPLA, consubstanciado na preparação de jovens para serem bons homens honrados e comprometidos com o patriotismo. Em declarações à imprensa, no final da visita, Jéssica Barbosa manifestou-se satisfeita por estar em Angola, pois teve oportunidade de conhecer mais a cultura do país e as suas gentes. “Angola está a desenvolver-se e, cada vez mais, está a ser reconhecida no mundo inteiro”, acrescentou. Entretanto, no quadro do seu programa, a representante da beleza feminina santomense depositou uma coroa de flo- JMPLA destaca papel do Pai O Secretariado Provincial da JMPLA de Luanda homenageou (19/03) no município do Cazenga, em Luanda, os pais da sociedade luandense pela forma sábia e exemplar com têm conduzido as suas famílias.Sabino Pinheiro, morador no Cazenga e membro da Igreja Metodista Unida, um dos homenageados agradeceu o gesto e encorajou os jovens a seguirem os verdadeiros exemplos do Governo angolano pela forma como tem conduzido o destino do país. Sabino Pinheiro teve uma palavra sábia para os ouvidos dos jovens, daí que tenha conseguido passar uma boa educação aos filhos, num bairro assolado pela delinquência. No Dia consagrado aos pais, todos os chefes de famílias foram reconhecidos pela sua dimensão moral e espiritual, como exemplo para os jovens de Luanda e de Angola.A JMPLA levou presentes como mobília de quarto, duas estatuetas e um diploma de reconhecimento em nome da Organização a nível de Luanda. Testemunharam o evento o administrador municipal Tany Narciso, a directora do Gabinete da Sociedade Civil e Cidadania, camarada Fátima Viegas, o ancião Papá Neves, em representação das autoridades tradicionais e a Diva do Povo, Mamã Kuiba. A iniciativa incluiu um momento cultural a cargo dos músicos Kyaku Kadafi, B.W.B, Kamané, Irmã Joly, Adilson do Sweeg e Adelásio. 13 res no Largo das Heroínas, bem como entrevistou-se com o segundo secretário provincial de Luanda do MPLA, Jesuíno Silva. Visitou igualmente a centralidade do Kilamba, ao Museu Nacional de História Militar e ao terminal marítimo de passageiros do Porto Comercial de Luanda PUBLICIDADE D e 0 1 14 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Um motivo de orgulho Como angolano, é sempre com grande satisfação que oiço ou leio algo de positivo sobre o meu país. É algo que deve, na minha óptica, encher de orgulho o coração dos angolanos, tendo em conta que somos um povo que sabe o que é o sofrimento, porque que viemos de uma guerra a todos os níveis devastadora e que deixou o país destruído, com famílias desestruturadas, muita gente analfabeta, as estruturas, quase na sua totalidade, partidas e inoperacionais. No caso da nossa economia, o cenário foi o mesmo, porque Angola, nas épocas de conflito e mesmo após o cessar-fogo, tinha índices e níveis económicos altamente negativos. Estes factos atrasaram, evidentemente, o desenvolvimento do país e levaram o nosso povo a uma situação de pobreza. Felizmente, para a felicidade dos angolanos, hoje temos um país totalmente diferente do que atrás fiz menção. Um país que, em bom rigor, se reergueu dos escombros da guerra, onde o que foi destruído está praticamente reconstruído e onde muito mais foi realizado em diversos e importantes âmbitos. Ao olharmos para esta evolução, temos de ser justos. A Angola de 2002 nada tem a ver com a Angola de 2014. As estradas, pontes, caminhos-de-ferro, escolas, universidades, hospitais, infra-estruturas de água e luz e muitos outros serviços e estruturas não são uma miragem e foram, nestes curtos anos de paz, erguidos, com suor, trabalho e dedicação. Para crer, basta ver. Basta andar e verificar que as distâncias entre as províncias, municípios e comunas são hoje muito mais curtas do que outrora. O comércio tem hoje uma dinâmica incomparável com outros tempos. Os serviços de água e luz, educação, hospitalares, de comunicações, televisões e rádio nem merecem comparação sendo que, em alguns casos, parecem ser de um país diferente e altamente desenvolvido. Os avanços são impressionantes, e isto deve ser alvo de análise por todos os angolanos, e igualmente de orgulho. No entantom não somos só nós, angolanos, que vemos estas diferenças impressionantes e os avanços que Angola tem tido, em diversos níveis, desde o calar das armas em 2002. São vários os actores políticos internacionais, africanos, europeus e americanos que, por diversas vezes, referem publicamente o crescimento de Angola e a melhoria das condições de vida do povo angolano. Muitas vezes são enviados especiais de países dos mais avançados do mundo a Angola que o afirmam à saída de uma reunião. Estes factos têm se ser motivo de orgulho. Se os estrangeiros se sentem felizes ao verem estes avanços, nós, angolanos, devemos sentir um orgulho e uma satisfação ainda maior, porque que é do nosso país que se trata, das nossas origens e da nossa tradição. Recentemente, o Banco Mundial reconheceu, através de estudos de especialidade, que Angola tem em previsão um crescimento económico positivo em 2014 e, igualmente, nos anos seguintes. O FMI fala de crescimento na ordem dos oito por cento ao ano o que, num mundo ainda com crises financeiras em muitos países, é motivo de satisfação. Os estudos afirmam também que poderá haver, como é óbvio, factores negativos. No entanto, o que é mais interessante e positivo é o facto de haver crescimento e o que isso implica de forma directa para Angola e os angolanos. O crescimento económico dinamiza a vida nacional, cria empregos, sustentando a abertura de diversos negócios, dá ânimo ao crescimento de sectores importantes para o país, criando também segurança aos investidores, tanto nacionais como estrangeiros, aumentando de forma directa o poder de compra dos angolanos e a sua qualidade de vida. O crescimento da economia é assim, de um valor inegável e embora possa haver constrangimentos, o que trás de positivo é, por si só, de enorme importância, dando em paralelo sinais de esperança ao povo angolano para que exista um ambiente que propicie a continuidade rumo a um maior desenvolvimento. Desta forma, acredito plenamente que a economia de Angola tem condições de continuar – como prevêem o Governo de Angola, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais – a crescer e a beneficiar grandemente os cidadãos, fazendo com que entremos na rota do desenvolvimento e continuando o Governo com a sua luta de dar, a cada dia que passa, mais dignidade e melhor qualidade de vida a todos os angolanos. Paulo Quaresma 15 OPINIÃO D e ACTUALIDADE 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Miguel Bettencourt ao Jornal ÉME: Per fil Melhorar a qualidade do ensino médico é uma prioridade Nome: Miguel Santana Bettencourt Mateus Idade: 47 anos Profissão: Médico, Especialista em Neurologia, Doutorado em Neurofisiologia clínica, Professor Titular da Faculdade de MedicinaUAN “O Plano Nacional de Formação de Quadros implementado pelo Executivo angolano é bastante esclarecedor no que se refere as necessidades de formação nas diferentes áreas do saber, no caso, nas diferentes áreas do conhecimento médico”. João Valente E m entrevista concedida ao Jornal ÉME, (01/04), em Luanda, o decano da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, Doutor Miguel Santana Bettencourt Mateus, disse que a sua direcção desenvolve uma estratégia para reforçar e melhorar a capacidade e qualidade do ensino médico em Angola. Segundo o responsável, a Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto aumentou, há três anos, o número de acessos de estudantes e propôs a abertura de novos cursos. Eis a entrevista conduzida por: João Valente - Jornal ÉME (JÉME): Que avaliação faz da Faculdade de Medicina desde a sua fundação? - Dr. Miguel Bettencourt (MB): A Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto iniciou a sua actividade em 1963 com o curso médicocirúrgico, na sequência de orientações das autoridades coloniais. Desde então a Faculdade de Medicina jamais sessou as suas funções. Atravessou exemplarmente o difícil período de transição da era colonial para a Independência. Com sacrifício e empenho patriótico de vários docentes e funcionários cumpriu, com responsabilidade e competência, a sua nobre missão até hoje. Até ao ano de 2009 era a única instituição pública de formação médica no país, de onde saíram vários dirigentes para o sector da saúde. Ainda em 2009, foram criadas as regiões académicas para responder à necessidade de quadros do país e mais uma vez a Faculdade de Medicina da UAN foi chamada a participar desse esforço cedendo alguns quadros seus para exerceram funções a nível de reitorias e decanatos das novas instituições. Nos últimos quatro anos, após a nossa nomeação para a Direcção da Instituição, fizemos diligências para a criação de novos cursos de pós-graduação, designadamente quatro mestrados e uma especialização. Isto marcou uma nova fase na vida da Faculdade de Medicina, que passou de uma era em que ministrava apenas o curso de licenciatura para uma nova fase em que abrange cursos de graduação e pósgraduação. Esta fase mais consentânea com a vocação das universidades. Por esta trajectória apresentada o balanço é inequivocamente positivo, embora tenhamos dificuldades que precisamos resolver. - JÉME: Quantos médicos já foram formados nesta faculdade e quais as especialidades actuais? - MB: Desde o início da sua actividade até ao ano passado foram formados 2077 médicos generalistas pois é esse o perfil do curso médico-cirúrgico da Faculdade de Medicina. As especialidades não são vocação específica da Faculdade mas sim do âmbito do Ministério da Saúde e da Ordem dos Médicos, razão porque não domino esses dados. - JÉME: Como decorre a prática universitária no hospital Américo Boavida? - MB: Aqui importa esclarecer um detalhe de extrema relevância. O hospital Américo Boavida não é actualmente hospital universitário. A Faculdade de Medicina não tem no momento qualquer interferência na gestão ou nas decisões do HAB. No passado, até finais dos anos 70, o hospital pertenceu à Universidade, altura em que foi desanexada a favor do Ministério da Saúde. Por isso é um hospital com ensino pertencente à Saúde. Neste particular temos transmitido às entidades hierarquicamente superiores que, atendendo às novas exigências da formação médica, o rigor de qualidade que está a ser exigido no ensino superior pelo Executivo Nacional e a expansão Local do nascimento: Luanda Estado civil: Casado Cargo actual: Decano da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto que a Faculdade de Medicina tem vindo a ter, é necessário que se crie um hospital universitário por excelência, isto é, com gestão da Universidade. Aí, a gestão, os recursos humanos e materiais, as linhas de desenvolvimento, os programas de controlo, serão desenvolvidos pela Universidade e direccionados para o ensino e a investigação de qualidade. Essa é uma necessidade que começa a tornar-se cada vez mais imperiosa. - JÉME: Senhor decano, que estratégias existem para a formação de quadros? - MB: O Plano Nacional de Formação de Quadros que está a ser implementado é bastante esclarecedor no que se refere as necessidades de formação nas diferentes áreas do saber e, no caso, nas diferentes áreas do conhecimento médico. Felizmente, quando assumimos a Direcção da Faculdade, começamos a desenvolver passos estratégicos que visam o reforço da capacidade de formação e da melhoria da qualidade de ensino. Foi assim que aumentamos o número de acessos de 80 para 120, propusemos a abertura de um curso pós-laboral em moldes especiais que aguardamos autorização superior para implementar e estamos a preparar-nos para abertura de um curso de medicina dentária. Por outro lado, visando a melhoria da qualidade, abrimos quatro cursos de mestrado, designada- 16 mente em saúde pública; em epidemiologia de campo e laboratorial, em parceria com o CDC Atlanta dos EUA; 2ª edição do mestrado em educação médica, em parceria com a Universidade do Porto; e, mestrado em gestão hospitalar, em parceria com a Faculdade de Economia da nossa Universidade e a Universidade da Baía. Abrimos também um curso de especialização em neuropsicologia clínica, em parceria com a Universidade de São Paulo. Todos esses cursos abertos nos últimos três anos, estão já a iniciar no presente ano lectivo as suas segundas edições. Finalmente está em preparação o primeiro curso de doutoramento em saúde pública, em parceria com a Universidade do Porto, que almejamos inicie no próximo ano lectivo. - JÉME: A abertura de novas regiões académicas no país impulsiona o crescimento de novas faculdades de medicina, a exemplo da Lueje Nkondi (Malanje) e nas universidades José Eduardo dos Santos (Huambo) e Mandume Yandemufayo (Cunene). Tem também esta visão? - MB: Esta abertura veio responder a uma necessidade gritante em Angola que é a de aumentar rapidamente o número de médicos no país com vista a equilibrar a desproporção actualmente existente entre médicos e pacientes. É ne- Cargos anteriores: Chefe de Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina, Coordenador das Unidades Curriculares de Fisiologia e Neurologia, Director do Serviço de Neurologia do Hospital Américo Boavida. Militância no MPLA: Comité de especialidade dos Médicos, desde Março de 2005. cessário entretanto que, superada a fase de instalação, se padronize os currículos dos cursos de Medicina em Angola, considerando a nossa experiência acumulada e a nossa realidade. - JÉME: Que dificuldades a faculdade enfrenta? - MB: Estamos muito preocupados com algumas questões que podem funcionar como ameaças ao desenvolvimento que pretendemos na instituição. Estamos a falar das dificuldades orçamentais em 1º lugar que condicionam várias outras iniciativas, estamos a falar do envelhecimento do corpo docente e da dificuldade de admissão de jovens médicos pela demora e condicionamentos no concurso público (estamos já a caminho do 3º ano sem admissões), das dificuldades no ensino no hospital Américo Boavida e na Maternidade Lucrécia Paím atendendo a situação de exclusão da Direcção da Faculdade nas decisões dessas instituições e consequentemente falamos da inexistência de um hospital universitário, sem esquecer a escassez de material nalguns laboratórios. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 ACTUALIDADE Ambriz Ministério das Pescas lança projecto para apoio as comunidades tuições governamentais para uma gestão sustentável dos recursos piscatórios, tendo na ocasião encorajado o investimento do sector privado e a gestão participativa das comunidades piscatórias beneficiárias. A comunidade piscatória do Yembe, na província do Bengo, testemunhou (20/03), o arranque oficial do projecto o lançamento da 1ª pedra do projecto de apoio ao sector das pescas na comunidade piscatória do Yembe, município do Ambriz, província do Bengo. Constrangimentos A comunidade piscatória da província do Bengo tem enfrentado alguns constrangimentos, principalmente no domínio material e financeiro, o que segundo dados, tem vindo a afectar o seu desempenho e contribuído negativamente no rendimento da sua actividade. Com a execução desse projecto, acredita-se que os índices de captura irão aumentar, uma vez que se prevê a criação de um centro de apoio, o qual será dotado de infra-estruturas para o processamento, além de que o mesmo contará com centros de salga e seca, fábrica de gelo para a conservação do pescado, câmaras frigoríficas e um posto de abastecimento de combustível. Durante o exercício económico de 2013, na província do Bengo, foram capturadas 1.570 toneladas de pescado diverso, das quais 902 toneladas foram capturadas nos rios, lagos e lagoas. O acto foi presidido pela ministra das Pescas, Victória de Barros Neto, acompanhada pelo governador, local Bernardo de Miranda e o representante do BAD, Septime Martin. O Ministério das Pescas em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) está a implementar em várias províncias, o projecto de apoio ao sector, num investimento avaliado em 3,7 mil milhões de kwanzas (cerca de 38,235 milhões de dólares norte-americanos). A iniciativa visa a erradicação da fome e da pobreza das comunidades rurais, através da melhoria das condições de trabalho dos pescadores. O programa terá a duração de cinco anos, e insere-se no objectivo geral do plano nacional de desenvolvimento para o período 2013/2017, sob responsabilidade do Executivo angolano e que tem como meta principal garantir a segurança alimentar, a criação de novos postos de trabalho, a valorização dos recursos pesqueiros além do reforço das capacidades nacionais e a diversificação da economia nacional. Segundo dados do Ministério das Pescas, o projecto será implementado nas províncias do Bengo, Benguela e Kwanza-Sul, onde serão criadas infra-estruturas básicas de apoio à pesca artesanal, que permitirá melhorar a conservação, transformação e qualidade do pescado, bem como a promoção da cadeia de distribuição, a exploração sustentável da pesca artesanal marítima e o acesso aos mercados. Ao se pronunciar no acto de lançamento do projecto, a titular da pasta, Victória de Barros Neto, destacou que para o bom funcionamento e sustentabilidade das infra-estruturas pre- Plano Nacional de Desenvolvimento vistas no programa será necessário que todos os beneficiários estejam organizados em cooperativas e registados no Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal. A responsável apontou que o aumento do rendimento dos pescadores artesanais das mulheres processadoras do pescado e das peixeiras, que o projecto prevê, contribuirá para a melhoria das condições de vida das comunidades, que representa 80 por cento da população residente na província do Bengo, cuja economia familiar depende fundamentalmente da pesca artesanal. Por seu lado, o representante do BAD, Septime Martin disse que a instituição bancária irá continuar a apoiar os projectos do Executivo angolano, que Lançamento da primeira pedra visam contribuir no desenvolvimento socioeconómico das comunidades. 17 O responsável destacou que as acções incidirão no reforço da capacidade das insti- O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 20132017 tem como linhas mestras traçadas para o sector das pescas, promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal de modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a pobreza e garantir a Segurança Alimentar e Nutricional. Investir em infra-estruturas de conservação dos produtos da pesca. Entretanto, o departamento provincial de pescas e aquicultura controla actualmente 518 pescadores, agrupados em 21 cooperativas. As autoridades estão a trabalhar, em parceria com o instituto das pescas de Angola, na organização e reorganização de grupo de interesse económico para o surgimento de mais cooperativas pesqueiras na província. Em 2013, foram capturadas mil e 570 toneladas de pescado diverso, das quais 902 toneladas foram apanhadas nos rios, lagos e lagoas da província do Bengo. PUBLICIDADE D e 0 1 18 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 SOCIEDADE Golungo Alto (Cuanza-Norte) Habitantes beneficiam de água potável Os habitantes das aldeias da Caleba, Açude e Camizombo, na comuna da Cerca, município de Golungo Alto, província d o Cuanza Norte, ganharam (04/04), infra-estruturas de água potável, construídas no âmbito do programa “Água para todos P ara facilitar o acesso à água canalizada àquelas comunidades, foi inaugurado um chafariz e lavandaria em cada uma das referidas localidades. Com uma área de 432 quilómetros quadrados, a comuna da Cerca conta com uma população estimada em 6 mil e 833 habitantes. O administrador do município de Golungo Alto, Cirilo Matias Mateus, que inaugurou os empreendimentos, referiu que o Governo angolano está preocupado em criar as condições necessárias para o bem-estar das famílias daí ter exortado as comunidades a preservar as infra-estruturas. “Estas obras são resultantes da paz alcançada em 2002, com o sacrifício dos filhos de Angola”, referiu. Os habitantes da Cerca mostraram-se satisfeitos pela criação de chafarizes, porque deixarão de percorrer longas distâncias em busca de água potável para o consumo. Presenciaram as cerimónias de inauguração inseridas nas comemorações do 12º aniversário do alcance da paz em Angola entidades religiosas, autoridades tradicionais, funcionários da administração municipal de Golungo Alto e população em geral. Apóstolo elogia avanços sociais do país O apóstolo da Igreja da Palavra e Poder Divino em Angola (IPPDA), Victor David Segunda, destacou (06/04), em Luanda, os avanços sócio-economicos alcançados por Angola nos 12 anos de paz efectiva. F alando à imprensa à margem do culto de acção de graças inserido nas comemorações do 3º aniversário do dia do obreiro da IPPDA, assinalado no passado dia 31 de Março, o apóstolo referiu que Angola tem sido um exemplo para o continente africano e para o mundo. “Nós, IPPDA estamos satisfeitos pelos êxitos que o nosso país alcançou após um longo período de conflito armado. Angola é o país que mais cresce no continente africano e não há dúvidas que a liderança do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, está por traz disso”, sublinhouRealçou, por outro lado, que a República de Angola é um Estado respeitado a nível do mundo, devido a sua experiência em resolução de conflitos e pela implementação de políticas para o bemestar da população. Na ocasião, A IPPDA entregou donativos a reverendos reformados de diversas congre- gações religiosas para reforçar a sua dieta alimentar. Ao receber o donativo, o reverendo reformado da Igreja Evangélica Reformada em Angola (IERA), Domingos André, agradeceu o gesto e elogiou o trabalho que a IPPDA tem desenvolvido, sobretudo no capítulo da solidariedade. O apóstolo Victor David Segunda disse que a doação se enquadra nas actividades sociais da IPPDA, sendo esta uma forma de solidarizar-se com os reverendos reformados de diversas igrejas em Angola, ressal- Censo da população Jovens implementam campanha porta-a-porta U ma campanha de sensibilização portaa-porta sobre a importância do Censo Geral da População e Habitação foi promovida (04/04) no município de Luanda, por um grupo de jovens voluntários do Bairro Popular. A informação foi prestada pelo mobilizador do grupo de jovens, António Seno, para quem a iniciativa decorrerá até ao dia 16 de Maio próximo, visando envolver todos os citadinos de Luanda e não só, no censo. “A recepção das pessoas é boa, apesar de haver também outras cépticas quanto ao êxito do censo. Auguramos que sigam os conselhos que estamos a dar no momento do censo”, disse. Informou que na próxima semana arrancam com o projecto stop censo, actividade que consistirá em falar com os automobilistas. “Queremos que os angolanos recebam os inquiridores em sua casa e, de forma séria e credível, prestem as informações que serão solicitadas, porquanto só com estas informações, o Estado poderá pro- 19 gramar, planear e distribuir melhor as riquezas do país”, acrescentou. Em Angola, o Censo Geral da População e Habitação decorrerá de 16 a 31 de Maio do corrente ano tando que a oferta servirá para resolver alguns problemas dos beneficiários. Victor David adiantou que no próximo mês de Maio a IPPDA vai doar bens alimentares diversos a hospitais, unidades prisionais, maternidades, centros de terceira idade e lares de acolhimento de crianças. O apóstolo apelou aos cidadãos a inteirarem-se da importância do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH-2014), a ter lugar de 16 a 31 de Maio deste ano, considerando ser fundamental responder com responsabilidade para que se consiga dados credíveis. Para o religioso, a participação de todos é o garante do sucesso da actividade, pois um dos objectivos do censo é fazer a contagem de todas as pessoas, quer sejam nacionais e estrangeiros, respeitando os procedimentos regulados. Fundada a 14 de Junho de 2010, a IPPDA está registada no Ministério da Cultura e tem como doutrina principal os 10 Mandamentos da Lei de Deus. A congregação conta com representações nas 18 províncias do país e implementa um programa de construção de capelas, paróquias, escolas, centros de saúde e acção social que tem apoiado os mais necessitados. D e SOCIEDADE 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Panguila (Bengo) Paz permitiu melhoria das condições habitacionais A construção do complexo habitacional do Panguila, município do Dande, província do Bengo, foi apontada (05/04), por munícipes locais como um dos principais ganhos da paz alcançada há 12 anos. E m declarações à imprensa, a propósito do 4 de Abril, dia da paz e da reconciliação nacional, os munícipes consideraram que o projecto habitacional do Panguila, concebido pelo Executivo angolano permitiu alojar centenas de cidadãos provenientes de diversos bairros da província de Luanda, cuja maior parte vivia em zonas de risco. A cidadã Carolina de Almeida, de 52 anos de idade, disse que anteriormente vivia no município da Samba, em condições de habitabilidade péssimas, mas agora sentese melhor na zona urbanística do Panguila. “Na minha casa tem água e luz, os meus quatro filhos estudam aqui e percorrem pouca distância para chegar à escola”, ressaltou. Por seu turno, Jacinto António Gaspar, de 60 anos, destacou, entre outros benefícios, a construção de escolas, postos de saúde, sistemas de abasteci- mento de água potável e distribuição de energia eléctrica. Frisou que a construção de infra-estruturas escolares e sanitárias permitiram a inserção de mais jovens no sistema de ensino e a melhoria da assistência médica e medicamentosa à população. Carlos Martins, funcionário público, apontou, como ganhos da paz, os avanços no domínio da rede viária que tem contribuído na circulação de pessoas e bens. “As estradas estão reabilitadas, as pessoas viajam com maior segurança em pouco espaço de tempo, tudo isso é fruto da paz que o nosso país vive há 12 anos”, precisou. Por sua vez, Bernarda Nsimba, estudante universitária, considerou a paz como maior ganho do povo angolano, sublinhando que passados 12 anos, o governo apostou na formação e actualmente o País passou a ter quadros capazes que têm contribuído no desenvolvimento económico e social. Relativamente à situação da água, está a ser resolvida com a aplicação de uma outra conduta que ligará Quifangondo ao Panguila, devido ao facto de a actual tubagem estar velha e também por ser vandalizada com ligações clandestinas, factores que causam várias roturas e condicionam o abastecimento em quantidade suficiente e de forma regular. Quanto a energia eléctrica, está minimamente ultrapassada com a construção de uma subestação móvel no Panguila para diminuir a carga da subestação do Quifangondo. Sobre aos arruamentos, este ano, através do Ministério da Construção, vai se dar continuidade de execução do projecto de recuperação das ruas, priorizando, desta forma, as ruas estruturantes, que dão melhor acesso às pessoas dos seus sectores até a estrada nacional, quer no tempo chuvoso como no tempo seco. O projecto habitacional do Panguila foi inaugurado em Janeiro de 2003 para acudir as populações que viviam em zonas de risco ou em perímetros para projectos de alargamento de estradas levada a cabo pelo executivo. A zona conta com seis mil e 200 residências T2 e T3 distribuídas em dez sectores, estando neste momento em construção mais de 300 novas moradias. Os munícipes encorajaram o Governo a continuar a trabalhar na melhoria destes e outros serviços para o bem-estar das populações. Massango (Malanje) População beneficia de infra-estruturas sociais Amigos do Bem e da Paz apoiam reclusos Um programa de apoio à reintegração social dos reclusos em final de pena será implementado a paartir de (02/03), em Luanda, pela Associação Angolana dos "Amigos do Bem e da Paz". S egundo o seu secretário-geral, Bento dos Santos o programa de reintegração abrange as vertentes profissional e académica, para que, ao terminar a pena, o cidadão possa contribuir no programa de desenvolvimento de Angola. Disse que os “Amigos do Bem e da Paz” vão trabalhar com sociólogos, psicólogos e formadores profissionais do Mi nistério da Admi nis tração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) na definição do perfil profissional dos reclusos em fim de pena. “Ao terminarem o programa, os reclusos estarão aptos a desempenharem distintas profissões e contribuírem para uma Angola melhor”, explicou o secretário-geral. Segundo Bento dos Santos, para o início do programa, que terá uma abrangência nacional, os “Amigos do Bem e da Paz” preveem efectuar uma visita a Cadeia de Viana, onde vão também entregar bens diversos, com destaque para alimentação e produtos de higiene pessoal, assim como confraternizar com os reclusos da unidade prisional. Quando a delegação deixar o recinto prisional, os sociólogos, psicólogos e formadores profissionais do Ministério da Admininstração Pública, Trabalho e Segurança Social vão iniciar com o diagnóstico do perfil profissional dos reclusos em fim de pena, para inclusão O no programa de reintegração, concluiu. "Amigos do Bem" é uma associação formada por jovens angolanos que tem por finalidade a promoção de acções sociais, na área educacional, política, cultural e filantrópica, pautada na manutenção da estabilidade social. Tem a sua sede em Luanda. Secretário-geral da Associação do Bem e da Paz Amigos , Bento dos Santos 20 ito residências do tipo T4, três postos médicos, um centro de formação profissional e quatro escolas com três salas de aulas cada foram inauguradas, (04/04), no município de Massango, 250 quilómetros da sede capital, pelo vice - governador para o sector técnico e infra - estruturas, Gabriel Pontes. As infra - estruturas inauguradas constam do programa de festividades do dia da Paz e Reconciliação nacional que se assinalou a 4 de Abril .Para além das inaugurações, o vice-governador de Malanje fez também o lançamento da primeira pedra para a construção de três centros infantis na comuna de Quiguenguengue, no mesmo município, com vista a albergar crianças desfavorecidas. Gabriel Pontes representou o governador de Malanje, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”. Ainda no âmbito das festividades da paz, foram realizadas várias actividades desportivas e recreativas que culminaram com um jantar de gala oferecido aos membros de auscultação e concertação social nesta circunscrição. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 SOCIEDADE Urbanismo e Habitação Conselho Consultivo debate “Auto Construção Dirigida” Sob o lema “Auto Construção Dirigida Realizando o Sonho do Cidadão” decorreu (24-25/03), na cidade de Saurimo, província da Lunda Sul o II Conselho Consultivo Alargado do Ministériodo Urbanismo e Habitação Ermelinda Júnior O s trabalhos foram orientados pelo titular da pas-ta, José da Conceição e Silva, na presença da governadora Cândida Narciso. Auto Construção Dirigida A auto construção dirigida é um subprograma do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação e que, abrange mais de 70 porcento do mesmo. Para o efeito o governo está a criar terrenos infra-estruturados, para permitir que cada cidadão que queira erguer a sua casa própria o faça de uma forma ordenada obedecendo os parâmetros exigidos. Durante o evento foram ainda levantadas questões relacionadas com ocupação ilegal de terrenos para tal o encontro recomendou o reforço do controlo da expansão da ocupação informal do território face ao prejuízo público que promove. De igual modo a criação de a criação de brigadas de vistoria para averiguar o nível de aproveitamento útil e efectivo dos terrenos concedidos. Técnicos oriundos das dezoito províncias do país discutiram durante dois dias no anfiteatro do Instituto Politécnico da Lunda Sul questões que visam oferecer uma habitação condigna para todos os cidadãos. Estiveram igualmente presentes várias entidades, entre eles, os secretários de estado do Urbanismo e Habitação, vice governadores, funcionários, técnicos dos referidos órgãos e convidados. tregues. Numa breve abordagem sobre o que constatou no local, o dirigente frisou que, iniciativas do género são bem vindas na medida em que vêm colmatar o défice neste ramo, e por isso, deverão merecer o apoio do Executivo. Os ganhos da paz Cidade de Saurimo terá nova estrutura arquitectónica Paralelamente ao encontro o ministro do Urbanismo e Habitação assinou um protocolo que viabiliza a construção de infra-estruturas na cidade de Saurimo. O projecto surge como uma contribuição ao desenvolvimento sustentável da província da Lunda Sul e em particular a cidade de Saurimo. Falando em nome da população da Lunda Sul, a governadora Cândida Narciso disse que, “é com bastante orgulho que testemunha o acto que vai tornar a cidade de Saurimo mais bela, acolhedora e moderna”. A primeira fase será implementada uma urbanização na reserva fundiária onde serão construídas residências para a juventude, técnicos do governo da província e entidades policiais. Numa outra reserva fundiária, junto ao aeroporto tenciona-se construir uma urbanização nova, tendo em conta o crescimento da cidade e perspectivando a construção de lotes para habitação, instituições sociais e serviços. Com esta empreitada serão ainda construídas, rede de distribuição de água potável, energia eléctrica e telecomunicações. Os trabalhos terão uma duração de dois anos. Depoimentos Sobre o subprograma de duzentos fogos por municípios No Bié, segundo o vice-governador para a Área Técnica, José Tchatuvela, possuem já, 593 casas concluídas, no âmbito deste subprograma, aguardando luz verde do ministério de tutela para levar avante este processo. Dos mil e 400 fogos previstos para a Província, estão já em execução cinquenta por cento. Malange Em Malange o programa dos 200 fogos está a ser desenvolvido nos 13 municípios de uma forma satisfatória disse o vicegovernador para a Área Técnica, Gabriel Pontes. Adiantou que, no âmbito da autoconstrução dirigida estão já preparados talhões no município de Malange e Cacuso cuja construção vai merecer a monitorização do governo local. A construção de infra-estruturas e outros serviços básicos também tem sido acautelada. A implementação das obras para a Centralidade de Malanje com cerca seis mil habitações assim como, a requalificação dos centros urbanos também foram referenciadas. Visitas as infraestruturas Logo após a sua chegada, o dirigente visitou algumas obras em curso com particular destaque para o Projecto Habi-tacional de Catoca, onde estão a ser erguidas cerca de quatro mil residências que vão beneficiar trabalhadores da empresa e outros que queiram aderir. Até ao momento 120 casas já foram en- 21 D e RECONSTRUÇÃO & DESENVOLVIMENTO 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Luau (Moxico) Município ganha mercado municipal e escola no dia da paz Um mercado municipal que vai acomodar mil e 80 vendedores e uma escola de dez salas para o subsistema do Iº ciclo do ensino secundário foram inaugurados (05/04), no Luau, Moxico, no âmbito das festividades do dia da Paz e da Reconciliação Nacional, comemoradas no dia 04 de Abril. O empreendido, que é o maior mercado até então construído no período pois independência na circunscrição, foi inaugurado pelo governador provincial, João Ernesto dos Santos “Liberdade”. Com seis naves, e áreas de talho, produtos perecíveis, venda de roupas, electrodomésticos, serviços administrativos, balneários, entre outros serviços, o mercado vai conferir maior comodidade aos beneficiários. Erguido no âmbito do programa municipal de combate à fome e redução da pobreza, as obras do imóvel localizado a oeste da antiga vila “Teixeira de Sousa” duraram 18 meses, e vão conferir maior comodidade aos beneficiários. A quitandeira Maria Mazumilia afirmou que o novo mercado permitirá a venda de muitos produtos, com nível de higiene alimentar recomendado pelo INADEC e instituições sanitá- rias. Na jornada laboral do governador, foi ainda inaugurada uma escola com 10 salas de aulas, composta de três laboratórios, sendo de física, química e biologia. O palácio do administrador, a sede administrativa e o comando municipal da Polícia Nacional foram igualmente reinaugurados por João Ernesto dos Santos, em companhia de membros do governo, deputados à Assembleia Nacional, magistrados judiciais, e outros convidados que visitaram o Luau, local que albergou o acto provincial das festividades do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, comemorado a 04 de Abril. Luanda-Sul Bairro de Saurimo dispõe de um novo centro de saúde Kuando Kubango Município do Calai tem novo mercado A população do Calai, município fronteiriço com a Namíbia, tem um mercado com 98 bancadas, inaugurado (08/04) pelo administrador municipal, Francisco Manjolo, na presença do governador Higino Carneiro. O estabelecimento, que custou aos cofres da Administração Municipal dez milhões de kwanzas, conta ainda com um talho, lojas para a venda de electrodomésticos, vestuário, calçado e áreas administrativas. Francisco Manjolo considerou que o novo mercado constitui uma mais-valia para os munícipes, sobretudo aqueles que se dedicam ao comércio, porque muitos vendiam em locais impróprios, sem as mínimas condições. “Hoje, com a entrada em funcionamento deste mercado, devidamente apetrechado, os vendedores da região têm melhores condições para a comercialização dos produtos com qualidade e em bom estado de conservação, principalmente a carne e os produtos hortícolas”, disse. Francisco Manjolo lamentou o facto da população do município não ter ainda a cultura de utilização deste tipo de serviços e prometeu trabalhar com as comunidades no sentido de sensibilizar vendedores e clientes para frequentarem o mercado. A Administração Municipal do Calai e o Governo Provincial estão a construir mais estabelecimentos comerciais, para que a população deixe de depender do Rundo, para aquisição dos principais bens de consumo. O administrador reconheceu que a população tem corrido riscos na travessia do rio Cuban- go, que separa o município do Rundu. “Está prevista, dentro de dias, a construção de mais um mercado na localidade de Vanda, arredores do Calai”, anunciou o administrador. Joaquina Manuel, uma das vendedoras do novo mercado, está satisfeita porque “agora os clientes podem comprar produtos de qualidade, sem qualquer desconfiança. Anteriormente vendía-mos numa praça improvisada no bairro Mawé que não oferecia condições para a venda dos produtos, sobretudo de carne, tomate, cebola, repolho, jimboa e fuba, porque fazia muita poeira, o sol estragava tudo e quando chovia éramos obrigadas a abandonar o local”, disse. Joaquina Manuel pediu às suas colegas para conservarem bem o novo mercado, para que esteja sempre limpo. 22 U m centro de saúde, com 32 camas, entrou em funcionamento (09/04) no bairro Manauto, arredores da cidade de Saurimo, no âmbito da expansão dos serviços sanitários. Inaugurado pela governadora da Lunda Sul, Cândida Narciso, o centro de saúde foi construído num período de nove meses e custou 203 milhões de kwanzas. O referido centro tem uma farmácia, enfermarias, sala de tratamento, sala de partos, além de laboratório de análises clínicas, refeitório e área administrativa. A governadora Cândida Narciso garantiu que as autoridades provinciais e centrais continuam empenhadas na expansão de serviços médicos, que visam a melhoria das condições de vida da população da província. Cândida Narciso pediu à população para ajudar nos esforços do Governo, conservando os equipamentos à sua disposição, para que possam durar mais tempo. O regedor João Ventura enalteceu os esforços do Governo e salientou a necessidade de mais serviços, com destaque para um hospital, escolas, sistemas de distribuição de água potável e de iluminação pública e domiciliar. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 RECONSTRUÇÃO & DESENVOLVIMENTO Lunda-Sul Habitantes da Txizeca de boa saúde Escola, posto de saúde com 20 camas, casas para o soba, professores e enfermeiros foram colocados (09/04) à disposição das autoridades de Txizeca, município de Cacolo, na Lunda Sul. O s equipamentos sociais foram inaugurados pela governadora Cândida Narciso, no quadro do Programa de Combate à Pobreza. O soba da comunidade de Txizeca, Armindo Mwacandala, considerou a inauguração do centro de saúde um momento histórico para a vida dos mais de 700 habitantes, que antes percorriam longas distâncias, até à regedoria de Mwatissegue para terem assistência médica e medicamentosa. Também os jovens beneficiaram com a nova escola. Agora podem continuar os estudos sem terem de se deslocar para outras zonas. Contemplado com uma residência, o soba de Txizeca enalteceu os feitos do Governo na melhoria das condições de vida das populações e pediu a construção de mais casas para outros sobas e a urbanização da vila. Na mensagem dos estudantes, lida por Jelson Francisco, foram realçados os esforços do Go- verno na criação de condições que contribuem para a melhoria da qualidade de ensino. Os alunos pediram material didáctico, merenda escolar, melhoria de salários e atribuição de subsídios de isolamento aos professores. A energia eléctrica deixou de ser um problema em Txizeca. A vila é abastecida através de painéis solares e, dentro de dias, vai contar com um sistema de abastecimento de água potável com capacidade de bombear 20 mil litros/dia. A governadora da Lunda Sul, Cândida Narciso, destacou a construção de novos empreendimentos em Txizeca e disse que as obras resultam dos esforços do Governo no cumprimento das promessas feitas. Reconheceu que a efectivação dos projectos é fruto da compreensão dos sobas que aderiram ao processo de reunificação em curso na província. Cândida Narciso reiterou o apelo aos pais e encarregados de educação para passarem os seus ensinamentos às novas gerações, em relação à preservação da paz e incentivou as crianças a irem à escola. Na sua visita ao interior da província, a governadora da Lunda Sul inaugurou na sede municipal de Cacolo dois armazéns para apoio aos serviços administrativos. Lobito (Benguela) Ponte no bairro Tchimbuila em construção As obras de construção de uma ponte, no bairro Tchimbuila, começaram logo após a colocação da primeira pedra pelo administrador municipal do Lobito, Amaro Ricardo. mentos para os jovens e crianças. Inaugurado escola do I ciclo C om a construção da ponte, o administrador municipal do Lobito salientou (08/04) que a circulação vai estar facilitada e a zona alta da cidade fica mais desafogada. O engenheiro José Daniel, representante da empreiteira encarregada de levar a cabo a obra, disse que a obra orçada em dez milhões de kwanzas, vai ser erguida num prazo de seis meses. A ponte tem uma extensão de seis metros e oito de largura e quando concluída fica com capacidade para suportar 30 toneladas. Vai ter uma estrutura pré-fabricada e de betão, com uma camada de regularização do pavimento. O administrador Amaro Ricardo anunciou que além da ponte que liga os bairros “27 de Março” e Tchimbuila II, o acesso à Pomba, Bela Vista e à zona baixa do Lobito, estão planificados pequenos arranjos urbanísticos, para dar mais beleza à cidade. O administrador disse que no futuro a zona vai ter balneários públicos, bancos nos jardins, árvores e equipa- 23 Cerca de quatro mil alunos do bairro Tchimbuila, município do Lobito, na província de Benguela, vão estudar, a partir dos próximos dias, em melhores condições de acomodação e de aprendizagem, com a entrada em funcionamento da nova escola do I Ciclo, construída de raiz.Inaugurada pelo governador da província de Benguela, Isaac dos Anjos, que esteve acompanhado por Amaro Segunda Ricardo, administrador do Lobito, a escola do I ciclo do Ensino Geral dispõe de 23 salas, para albergar alunos nos períodos diurno e nocturno. O chefe da repartição municipal da Educação, Ciência e Tecnologia do Lobito, Lino Passassy, disse que a escola vai permitir que os alunos deixem para trás várias horas a ter aulas sem condições, debaixo de árvores e sentados em latas de leite ou em pedras e a escrever apoiados nos joelhos. O director da nova escola de Tchimbuila, Fernando Cruz, sublinhou que as aulas para os 4.311 alunos matriculados este ano lectivo, estão asseguradas por 73 professores, e pediu às autoridades para que sejam aproveitadas as salas da antiga escola, reabilitando-as, para se aumentar o número de vagas, uma vez que existem ainda muitos alunos a precisar de enquadramento no ensino. O coordenador da comissão de moradores do bairro, João Sapalalo, disse que a escola é motivo de grande satisfação para a população, particularmente a dos bairros do Tchimbuila I, II e III e do PicaPau. João Sapalalo referiu que no terreno disponibilizado para a construção desta escola há ainda espaço suficiente para que seja erguida outra instituição do ensino médio.Neste momento, os jovens e crianças da zona aproveitam o local para a prática do desporto. O responsável do bairro pediu ainda que seja construído um posto de saúde e realçou a necessidade da instalação da iluminação pública, para inibir as acções dos marginais.João Sapalo solicitou igualmente a reparação da estrada que liga a residência paroquial da Bela Vista, passando pelo Tchimbuila I, II e III, assim como a ligação da segunda localidade ao bairro 27 de Março. D e CULTURA 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Solidariedade Célsio Mambo realiza espectáculo O cantor lírico Célsio Mambo realiza no próximo dia 18 do corrente mês na Igreja Metodista Central, em Luanda, um espectáculo denominado "Célsio Mambo e amigos" para angariar bens para os doentes do Hospital Sanatório de Luanda e celebrar a Páscoa. O cantor disse (07/04), que o evento visa ajudar os doentes do Hospital Sanatório de Luanda de forma que os mesmos tenham uma Páscoa abençoada. “ O acesso para assistir ao show será grátis, basta que cada um leve bens de primeira necessidade e não perecível”, indicou. Referiu que o espectáculo vai contar com outros músicos de estilo gospel como Bambila e Miguel Buila. Célsio Mambo tem no mercado o disco “Mais do que Vencedores”, gravado e editado em Portugal em 2010. Em 2013, voltou às bancas com o disco “Melodias da Minha Alma”, como ante-estreia do próximo disco. Célsio Mambo começou a dar os primeiros passos no music-hall nacional, participando em diversos concursos musicais, com destaque para a “Gala à Sexta-Feira”, da Televisão Pública de Angola em 2006 e Festival da Canção de Luanda, da Luanda Antena Comercial (LAC), consagrando-se no mesmo ano vencedor com a música “Lunga Ny Kalunga”. Saurimo (Lunda sul) Yannick e Ary animam Festival da Paz Os músicos angolanos Yannick Afroman e Ary animaram na noite (07/04), o espectáculo musical realizado na cidade de Saurimo, sede capital da província da Lunda Sul, no âmbito das celebrações dos 12 anos da conquista da paz em Angola. Ministra da Cultura enaltece feitos do cantor Bonga ministra da Cultura, camarada Rosa Cruz e Silva, apontou (06/04), em Luanda, o músico Barcelo de Carvalho “Bonga” como um dos principais defensores da rítmica nacional, concretamente do semba. Falando no acto que marcou a homenagem a Bonga, numa promoção do Centro Cultural e Recreativo Kilamba, Rosa Cruz e Silva afirmou que o papel desempenhado pelo artista no A mercado internacional tem sido acompanhado e com muita atenção pelos angolanos, razão pela qual tem sido alvo de um reconhecimento por parte dos angolanos. "Pode ter a certeza de que o seu trabalho tem sido seguido pelos angolanos e particularmente pela nova geração de artistas que têm em si um exemplo a seguir", disse a ministra. Segundo Rosa Cruz e Silva, a homenagem de hoje represen- ta mais um acto de reconhecimento dos angolanos para com um artista que tem sido uma das principais referências da música angolana fora de portas. Com 72 anos de idade, Bonga, nascido em Kipiri, província do Bengo, é considerado embaixador da música angolana. Já foi galardoado internacionalmente com prémios ao nível da música, assim como recebeu discos de ouro e de platina, além de actuar em importantes palcos mundiais. Em 42 anos de carreira, Bonga tem igual número de discos, sendo “Angola 72” o seu primeiro e “Hora Kota” o último. O Musongue da Tradição é um programa que teve o seu início em Fevereiro de 2007 e Visa a promoção, divulgação e valorização da música angolana produzida nos anos 60, 70 e 80. O agrupamento Jovens do Prenda e os artistas Zecax, Dom Caetano e Proletário Foram os primeiros convidados. O programa acontece mensalmente no primeiro domingo de cada mês. O evento faz parte da grelha de programas do Centro Recreativo e Cultural Kilamba, antigo Maria das Escrequenhas, que tem ainda “Farrar ao Antigamente” e “Show à SextaFeira”. 24 D urante o evento, os artistas interpretaram músicas de sua autoria, que levaram os fãs ao delírio. Bem entrosados com o público, Yannick e Ary deram um verdadeiro recital do bem cantar, com um vasto repertório, encantando as mais três mil almas que presenciaram ao espectáculo, em um ambiente de emoção e alegria.Cada fã demonstrava a satisfação da sua forma, pois segundo Yannick, em entrevista à Angop, a música quando bem executada agrada cada pessoa de um modo particular. O espectáculo, contou igualmente com a animação de alguns músicos da praça local como Pitxa Boy, Sandra Fuliqueno e Mingão King. Cacuaco (Luanda) JMPLA realiza festival gospel pela paz U m festival de música gospel será realizado hoje, domingo, pelo Secretariado municipal da JMPLA de Cacuaco, no âmbito das comemorações do dia da paz, assinalado sexta-feira (4 de Abril). De acordo com uma nota de imprensa do órgão juvenil do MPLA, o festival juntará várias denominações religiosas da circunscrição e será preenchido de cânticos, acção de graças, louvores e adoração a Deus. A associação Juvenil do MPLA prevê reunir mais de dez mil pessoas no evento, que será realizado na orla marítima. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 CULTURA Lisboa (Portugal) “O destinado” anima Festin-2014 O filme “O Destinado”, o único concorrente angolano na edição deste ano do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Festin), foi exibido (05/04), tendo merecido um prolongado aplauso no final. A película angolana tem como realizador Henrique Narciso “Dito”, que esteve presente acompanhado pelos protagonistas do filme e também pelo adido cultural da Embaixada de Angola em Portugal, Luandino de Carvalho. Sem sala cheia, a plateia sentiu-se comovida com as cenas “quase reais” de guerra e as consequências na vida de jovens militares, “num claro sinal de que em Angola, afinal de con- Cazenga (Luanda) Oficinas facilitam formação de estudantes O director pedagógico do Instituto Médio Politécnico do Cazenga, António dos Santos Miguel, afirmou (08/04), em Luanda, que os meios existentes nos laboratórios e oficinas da sua instituição têm contribuído na formação dos estudantes na componente prática. Para António dos Santos Miguel, que falava sobre as “Vantagens do Ensino TécnicoProfissional”, adiantou que, apesar de alguns meios em falta, em especial na oficina de Mecânica, o instituto tem professores com qualidade que facilitam os estudantes a conhecerem e usarem os instrumentos que lhes servem de meio de trabalho quando terminam a formação. “Estes laboratórios, como o de Química, e oficinas, como de electricidade e Mecânica, representam, assim, uma mais-valia para os estudantes formados nesta instituição, porquanto os que por aqui passaram desenvolvem as suas actividades profissionais no mercado de trabalho, sem sobressaltos”, referiu. O director sublinhou que as acções de refrescamento de docentes promovidas pelo Ministério da Educação têm ajudado a melhorar, cada vez mais, o ensino técnico profissional no politécnico do Cazenga. “Setenta porcento dos professores da instituição é do ramo das engenharias. Por isso, é que se verifica qualidade no processo de ensino e aprendizagem no Politécnico do Cazenga”, salientou. Aberto em 2007, o Instituto Médio Politécnico do Cazenga tem duas áreas de formação nomeadamente Electricidade em Instalação Eléctrica e Manutenção Industrial. O instituto, que tem mais de mil estudantes matriculados, dispõe de 92 professores. tas, já se faz cinema”, tal como exclamou um animado espectador, Pedro Filipe, 32 anos, natural do Bengo. Numa edição marcada com a presença em competição de 47 filmes brasileiros, o filme "O Destinado" é o único represen- tante angolano. Em 2013, ano em que foi o grande homenageado, o país esteve presente com os filmes “O Grande Kilapy”, de Zézé Gamboa; “Angola: Terra do passado e do futuro” e “Os Acordos do Alvor” (ambos de António Escudeiro); “Culturas Vivas” (Chico Júnior) e “Nos Trilhos Culturais da Angola Contemporânea” (Dias Júnior). Em 2012, Angola apresentou no evento os filmes “Outros Rituais Mais ou Menos”, de Jorge António; assim como “Teatro de Quintal” e “Festa de Quintal”, ambos de Coreón Dú. A decorrer até 9 de Abril, no cinema São Jorge, em Lisboa, a quinta edição do Festin foi inaugurada com o filme “Serra Pelada”, do brasileiro Heitor Dhalia. Marlon Alberto Pacheco eleito Mister Angola O candidato da província do Cuanza Sul, Marlon Alberto Pacheco, de 20 anos, venceu na madrugada (05/04), na cidade do Huambo, a 15ª edição do concurso Mister Angola/ 2014, ao superar os outros quinze candidatos. M arlon Alberto Pacheco é estudante do 2º ano do curso superior de administração de empresas e mede 1, 90 metro de altura. Substitui o mister, Carlos Nascimento que em 2013 foi mister Angola. Nas posições seguintes classificaram-se, José Arnaldo e Idalécio de Oliveira das províncias do Bié e Benguela, respectivamente. O candidato Idalécio de Oliveira foi distinguido como mister mais popular e talen- 25 toso, enquanto Feliciano Tomás, do Cuando Cubango, obteve a distinção de mister personalidade. Os repórteres de imagens apuraram Isaías Cassenda da província de Luanda como mister fotogénico, e o segundo represente do Cuando Cubango, Francisco Bingi, foi eleito mister mais simpático. Em declaração à imprensa, o presidente do Comité do Mister Angola, Hadjalmar Elvaim, fez um balanço positivo do evento, ao considerar terem sido alcançados os objectivos na escolha do representante da beleza masculina do país. No entanto, o responsável disse que, apesar dos prémios estarem garantidos, achou conveniente não revelar, mas serão entregues em altura oportuna. Disse esperar do actual mister melhor representação da beleza masculina nacional além das fronteiras e no concurso internacional do género. A simplicidade, a beleza natural e o espirito hospitaleiro da população do Huambo foi um dos motivos da escolha da província para albergar a 15º edição do mister Angola2014, segundo fez saber a fonte. Durante a gala, que decorreu no anfiteatro do Instituto Superior Politécnico do Huambo, testemunhada pelo vicegovernador para o sector político e social, Guilherme Tuluca, em representação do governo da província,foi homenageada a promotora Lécia Tomás pelo seu contribuído em prol do desenvolvimento da cultura. As províncias de Cabinda, Lubango, Cunene e Lunda Sul, não participaram na presente edição do Mister por não terem realizado o evento para apurar os seus candidatos. Animaram a gala os músicos, Cheila, Cabo Snoop, Da Wanny e o grupo de dança local HP. PUBLICIDADE D e 0 1 26 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 FACTUALIDADES Arnaldo Santos próximo da natureza Estamos aqui para a apresentação do 17º livro do escritor Arnaldo Santos, o autor (dentre outros) de Kinaxixi, Tempo de Munhungo (Prémio Mota Veiga, atribuído em 1968), Poemas no Tempo, A boneca de Kilengues, Crónicas ao Sol e à chuva e O vento que desorienta o caçador. Paulo de Carvalho (*) V ários dos livros, contos e poemas de Arnaldo Santos estão traduzidos para francês e inglês, assinalando-se também a sua presença constante em antologias que se publicam em Angola e fora de portas. Depois de A casa velha das margens, Crónicas do balão e Sabina, Arnaldo Santos surge agora com O Mais-velho Menino dos Pássaros. Trata-se de um conto, que é simultaneamente uma curta auto-biografia que retrata alguns anos de vida do autor, que neste livro recorreu aos dotes artísticos de Luandino Vieira para as ilustrações. Quando tive o primeiro contacto com a obra, pareceu-me um livro dirigido a crianças. Certamente muitos de vós terão tido a mesma sensação, perguntando-se se o mais-velho Arnaldo Santos, agora que entrou para a segunda infância, não teria tido a ideia de voltar a escrever para crianças. Mas não. O formato do livro e a forma como estão feitas as ilustrações conduzem a esse equívoco. O Mais-velho Menino dos Pássaros é literatura dirigida a adultos, pois apesar de retratar parte da infância e adolescência do autor, o livro contém elementos que podem contribuir para os pais aprimorarem a forma de educação dos seus filhos. Uma vez que a época retratada no livro é a da infância e adolescência do autor, o livro transporta-nos ao período pósII Guerra Mundial (segunda metade da década de 1940 e início da década de 1950, já lá vão quase 70 anos), um período de privações várias em Luanda, onde havia até alguma escassez alimentar. Não nos admiremos, pois, de ver o Xaxa a utilizar a sua fisga para matar pássaros que depois vão servir para a alimentação dos petizes. Xaxa via-se "como um caçador" (págs. 22, 25), um caçador de pássaros e de outras aves. O autor põe-nos em contacto com a natureza, chamando à atenção para a diversificação da fauna voadora de então, na "floresta" (pág. 21) do Kinaxixi. Para além de rolas e outras aves, cita uma série de pássaros, como sejam: bicos de lacre, bigodes, cardeais, catetes, maracachões, pardais, pica-flores, pírulas, rabos de junco, siripipis e viuvinhas negras. Termina a sua odisseia com um canário do kwanza, a respeito do qual falaremos no final desta apresentação. Quanto a personagens, o destaque vai para o ndengue Xaxa (filho da Dª Dadinha "da Casa Azul" - pág. 6) e para o seu homónimo, o kota Cândido Alexandre. Acerca da mensagem que o livro transmite, penso ser de referir quatro aspectos que me saltam à vista. O primeiro deles tem a ver com a educação dos nossos filhos, daqueles que amanhã vão ocupar os nossos lugares de escritores, de investigadores, de comerciantes, de ardinas, de domésticos, de polícias, de professores e de políticos. Quanto tempo dedicamos hoje à educação dos nossos filhos? Será que temos consciência da forma como os nossos filhos estão a ser educados por outros? Será que nos apercebemos que pagamos muitas vezes, para nos deseducarem e nos maltratarem as crianças e os adolescentes? Será que já nos perguntámos se o consumo de droga e outros desvios que ocorrem com os filhos do vizinho podem também estar a ocorrer com os nossos próprios filhos? Será que paramos para perguntar se os nossos filhos são realmente felizes, ou se a nossa própria felicidade ocasio- na de facto a infelicidade dos nossos filhos? Temos de nos fazer todas estas perguntas e temos de ter consciência que será a resposta a elas que nos dará conta da resposta a uma outra pergunta fundamental: somos nós bons pais? E temos de olhar também para a forma de diversão que as crianças encontram. Se estamos hoje na era dos videojogos e os i-pads, há 70 ou há 50 anos atrás tivemos a era das fisgas, que Arnaldo Santos tão bem retrata nesta sua obra. Se hoje as crianças aprendem a dar tiros virtuais contra tudo aquilo que se move, há 50 anos os tiros partiam de um misto de fisga e pedra, tão certeiros quanto dolorosos para as vítimas. A segunda questão tem a ver com a diferenciação étnica. O autor não se refere a ela taxativamente, mas esta diferenciação está presente quando refere diferenças entre humanos e outros seres vivos, que são similares às diferenças que ocorrem na sociedade humana entre pessoas de vários grupos (a diferenciação étnica é apenas uma das que estão presentes em sociedade). A este respeito, temos de nos perguntar até que ponto somos tolerantes em relação aos demais. E por que razão aquele que nasceu noutro espaço sócio-cultural terá de ter tratamento diferente daquele que me é concedido. Este é um problema que está omnipresente na nossa sociedade, que de nada serve tentarmos olvidá-lo. O terceiro aspecto está relacionado com os direitos humanos (pág. 17). Este é um as- 27 sunto sério, que nem sempre é tratado de forma séria. Acontece muitas vezes que a sua abordagem se faz em função de interesses de grupo e de interesses de agremiação política. Este é um problema global, que ocasiona o descrédito até nalgumas das maiores democracias do mundo. Como é possível os Estados Unidos terem tantos pobres a vaguear pelas ruas, mas as suas autoridades querem dar lições de direitos humanos aos demais. Não se respeitam os direitos de muitos dos que estão lá dentro e desrespeitam-se os direitos mais sagrados (com o direito à vida no topo) dos que são de fora. E nós? A jovem democracia angolana precisa de aprender com os muitos erros que se vêm cometendo, de modo que possamos seguir em frente, de cabeça erguida, rumo ao bemestar e ao progresso de todos os angolanos, sejam eles de onde forem e vão eles para onde quiserem ir. Por fim, tenho de voltar necessariamente à questão relacionada com a preservação do ambiente, um aspecto muito em voga pelo mundo, onde as petrolíferas comandam a forma de actuação e a agressão ao meio ambiente, obrigando agrupamentos humanos numerosos a mudar costumes e hábitos alimentares. Os direitos ambientais fazem parte dos direitos humanos e são também direitos da fauna e da flora, quantas vezes agredidas pela ambiciosa mão (des)humana? Em relação aos quatro aspectos acabados de referir, temos forçosamente de perguntar onde pára o sistema de edu- cação angolano - ou melhor, temos de nos perguntar onde parou o sistema educativo angolano. E a conclusão é que a marcha foi diminuindo gradualmente desde a segunda metade da década de 1980, para atingir o ponto zero já nesta década, com o início da implementação da actual reforma educativa, que está a conduzir as nossas crianças e adolescentes ao obscurantismo, à ignorância e ao desejo de vingança para com os mais velhos, que somos os responsáveis pelo actual estado de falta de educação que grassa pelas escolas do país e começa já a chegar também às universidades. É tempo de dizer basta, para que não nos arrependamos amargamente daqui a dez anitos. Em conclusão, podemos dizer que este livro é uma balada a respeito da natureza, daquilo que ela nos oferece e daquilo que nós lhe devemos retornar. Não se trata propriamente de uma serenata de exaltação à Mãe Natureza, já que o Homem é parte dessa mesma Natureza, que contém outras partes que devem habitar em perfeita harmonia - o que nem sempre sucede. Aliás, o próprio autor começa referindo algum arrependimento face àquilo que pode ser considerado agressão à natureza, mas depois o personagem principal cresce, ao ponto de entender essa necessidade de viver em harmonia com a Mãe Natureza, qual deusa dos deuses. Esse crescimento do ndengue Xaxa resulta do ferimento de um canário do kwanza (pág. 35), o derradeiro dos pássaros da nossa história, aquele que carrega consigo o nome do Kwanza que traz vida, saúde e alegria às populações humanas e às demais populações que habitam milhares de quilómetros quadrados das margens ao longo desse monstro da Natureza - que é o rio Kwanza, o rio da vida, o rio do dinheiro dos angolanos que serve para alimentar muita gente também fora de Angola. Estão, pois, de parabéns o autor (não é qualquer escritor que chega ao 17º parto...) e a União dos Escritores Angolanos. (*) Sociólogo. Texto lido na apresentação do livro "O Maisvelho Menino dos Pássaros", de Arnaldo Santos, na União dos Escritores Angolanos, aos 27/03/2014. D e DESPORTO 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 Desporto adaptado Andebol Terminou curso para treinadores FAB apresenta novo técnico da selecção feminina O "Clinic" para treinadores de atletismo, natação e basquetebol em cadeira de rodas, ministrado por prelectores brasileiros desde terça-feira última (dia 01), na sede do Comité Paralímpico Angolano (CPA), em Luanda, terminou nesta sexta-feira (4). Participaram na acção formativa, realizada no âmbito do protocolo de cooperação assinado em Abril de 2013, entre Angola e Brasil, 24 profissionais da área de atletismo, 15 da Natação e 26 para o basquetebol, em cadeira de rodas. Ao nível do basquetebol em cadeira de rodas foram ministradas matérias como: características do jogo, classificação funcional, fundamentos técnicos, conceitos de ataque e defesa, planeamento do treina- mento e postura e conduta técnica do treinador de basquetebol. Em natação, os técnicos nacionais aprimoraram metodologia de aprendizagem, processo pedagógico, enquanto em atletismo abordou-se regras de iniciação, classificação médico desportiva, competição e história da modalidade. Os 65 instruendos receberam das mãos dos prelectores certificados, numa cerimónia presenciada pelo presidente do Comité Paralímpico Angolano, Leonel da Rocha Pinto. A próxima acção formativa do género, projectada pelo CPA, está marcada para Janeiro de 2015, mas para professores das escolas do ensino especiais do país. O novo técnico da selecção nacional sénior feminina de andebol, que substituirá no cargo o treinador Vivaldo Eduardo, será conhecido na próxima semana anunciou (07/04) em Luanda, o presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), Pedro Godinho. Em declarações à Rádio 5, o responsável revelou que o substituto de Vivaldo Eduardo virá de Portugal, para treinar a selecção nacional feminina em tempo integral. "Pelo nível que nossa selecção já atingiu não se compadece com o actual modelo e, por isso, está na hora de termos um treinador em tempo integral. Nessa semana, vamos reunir o Conselho de Direcção da federação para os acertos João Florêncio, pode vir a ser o comandante da equipa nacional finais e depois já se saberá em definitivo quem será o futuro treinador da selecção feminina", detalhou. Segundo o responsável, a federação já pesquisou alguns treinadores com o nível exigido internacionalmente, porém o factor língua pesou na decisão final da escolha do futuro treinador, por se pretender um técnico oriundo de um país lusófono. Pedro Godinho apontou o actual seleccionador português, João Florêncio, como uma forte hipótese para comandar a equipa nacional onze vezes campeãs de África. A escolha, explicou, surge em função de um trabalho de um pesquisa que efectuou pela Europa na companhia do vicepresidente da FAAND, Ilídio Cândido. A mudança da equipa técnica se deve a fraca prestação da selecção feminina no campeonato africano da modalidade realizado, em Janeiro, desse ano, na Argélia, onde o combinado tunisino destronou as angolanas. Luanda Luanda Presidente do 1º de Agosto aposta na formação e infra-estruturas Confirmadas equipas para os nacionais de vela O presidente do 1º de Agosto, Carlos Hendrick, manifestou hoje, em Luanda, a necessidade do clube continuar a investir na valorização dos recursos humanos e melhoramento das infra-estruturas, para mais êxitos no futuro. Em cerimónia de inauguração do Internato 4 de Abril, unidade transitória da futura academia de futebol do clube, localizada nas instalações do antigo quartel das comunicações, o dirigente desportivo afirmou que o êxito da agremiação depende do potencial dos jovens talentos e da competência de todos os que interagem diariamente com os atletas. “Entrámos numa fase de desenvolvimento. Para tal tivemos de criar academia do 1º de Agosto com infra-estruturas dignas para a capitalização de potenciais valores nas mais diversas modalidades”, disse. Após o corte de fita e o descerrar da placa do internato feito por Carlos Hendrick, disputou-se um jogo amistoso entre as equipas de Sub-16 do 1º de Agosto e do Petro de Luanda. Quanto as instalações, além do internato e da academia de futebol, a futura aldeia desportiva têm o estádio França N’dalo, com capacidade para 20 mil espectadores, dois campos de apoio, piscina olímpica, recintos de basquetebol e andebol. A infra-estrutura inaugurada no Dia da Paz, assinalado (04/04), dispõe de nove quartos com quatro camas, sala de visita, refeitório, gabinetes de trabalho, áreas administrativas, sala de Internet, balneários e posto médico. A segunda fase do projecto fica concluída em Agosto por altura dos festejos dos 37 anos do clube. Com base numa selecção rigorosa, 18 atletas ficam alojados no internato até ascenderem à equipa principal de futebol. Aos fins-de-semana são dispensados para visitar as famílias, mas regressam ao internato, onde conciliam os estudos com a prática desportiva. O Clube central das Forças Armadas, fundado a 1º de Agosto de 1977, é a maior agremiação desportiva do país, movimenta o futebol, basquetebol, andebol, atletismo, voleibol, natação, karaté, tiro desportivo, ténis, pesca e outros desportos náuticos. C inco equipas em representação das províncias de Luanda e de Cabinda disputarão os campeonatos nacionais de vela, agendados para 19 a 20 deste mês, na Baía da Ilha do Mussulo, apurou (07/04), junto da Federação Angolana dos Desportos Náuticos (FADEN). Trata-se do 1º de Agosto, Clube Náutico da Ilha de Luanda, Clube Naval e o Petro, todas da capital do país, e o Núcleo de Cabinda. A prova será disputada em ambos os sexos nas modalidades de optimist, vaurien, laser radial, laser standar, 420 e 470. Com vista à conquista de lugares cimeiros nas compe- Semblante alegre na selecção nacional de vela optimist no desembarque. tições em referência, os clubes de Luanda disputaram o campeonato provincial de Cabinda, na modalidade de optimist, que decorreu no final de semana na Baía da cidade de Cabinda, conquistado pelo Clube Naval, seguido pelo Clube Náutico da Ilha de Luanda. Calai (Cuando Cubango) Promovido primeiro concurso de pesca desportiva O Governo da Província do Cuando Cubango realizou (07/04), em parceria com o grupo FF Gestão de Activos, o primeiro concurso de pesca desportiva no município do Calai, com a participação de dez concorrentes. O grande vencedor foi a namibiana Walka Bout, com 4,98 pontos, tendo recebido como prémio oito mil dólares americanos. Dos concorrentes destaca-se oito namibianos, um do Botswana e um angolano. O certame visou incentivar a actividade e aproveitar os 28 recursos existentes no rio Cubango. Os concorrentes foram submetidos a pescar três tipos de peixe muito predominante no rio, como tigre, cacusso e bagre. O vice-governador do Cuando Cubango para sector político e social, Pedro Camelo, ao dirigir-se para os participantes, agradeceu a organização do evento, tendo prometido que actividade do género vai continuar ainda no decorrer deste ano, sendo que a próxima já será no mês de Junho. O responsável disse esperar, na próxima edição, por mais candidatos, tanto estrangeiros como nacionais. O director do grupo FF Gestão e Activos, Tito Cardoso, disse que na próxima edição haverá maior participação de equipas angolanas, a par dos países vizinhos, com realce para a Namíbia, tendo referido que os concorrentes cumpriram com as regras do concurso. A actividade, enquadrada na jornada do 04 de Abril, foi testemunhada pelo governador do Cuando Cubango, Higino Carneiro. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 DESPORTO Luanda Adilson Justino integra selecção nacional O pugilista Adilson Ramiro Carpova Justino, da categoria dos 64 kgs, integrou já os trabalhos da préselecção nacional, para a participação do país no Campeonato Africano da Zona IV, a disputar-se de 14 a 21 deste mês, na cidade de Pretória, África do Sul. Em declarações à Angop, em Luanda, o presidente da Federação Angolana de Boxe (FABOXE), Carlos Luís, confirmou que o detentor da medalha de ouro da competição regional, residente na Rússia, chegou sábado à capital do país e fez o primeiro treino com o grupo de 16, nas instalações do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais “General Osvaldo Serra VanDúnem”. “Depois de algumas alterações nos horários de voos, finalmente temos enquadrado na preparação da nossa selecção mais um atleta com perspectivas de resultado positivo na prova de Pretória. Sobre os treinos, orientado pelo técnico Eugénio Gourgel, Da lista dos 16 (49 a +91 kgs), chegado à Angop, além dos dois atletas do Comité Desportivo da Marinha de Guerra, realce ainda para José Barros (56), do Team Elite, Ferdinando Cipriano (+91), João Bamba (60), Henriques Lando (69), todos do Electro do Lobito, e Francisco Gomes (60), do Interclube. Em 2013 Angola ocupou a quinta posição no zonal IV disputado em Gaberone, Botswana. A África do Sul foi a vencedora. À semelhança de Adilson Ramiro (considerado melhor atleta em Gaberone), o pugilista Ntumba Silva (91), do Electro do Lobito, também obteve medalha de ouro na prova anterior. Eis a lista dos convocados: Victor Adriano (49), Interclube, Miguel Kembo (49), Marinha, Kilombo Massala Merlin (49), Pedro Manuel Gomes (56) Interclube, José Barros (56), Team Elite, Francisco Gomes (60), Interclube, Carlos Simbo (60), Marinha, João Bamba (60), Electro do Lobito, Manuel Victor André (60), Adilson Ramiro Carpova Justino (64), Interclube, Henriques Lando (69), Electro do Lobito, Vidal Raimundo Gaieta (75), Interclube, Ntumba Silva (91), Electro do Lobito, Armindo Lopes (91), Interclube, Ferdinando Cipriano (+91), Electro do Lobito, e Norberto Dionísio da Rocha Castro (+91), Interclube. Carlos Luís do Electro do Lobito, coadjuvado pelo cubano Henriques Carrion, do Interclube, o dirigente federativo avançou a realização hoje e terça-feira de “Sparring”, que culmina com a definição dos dez integrantes da representação angolana ao africano. Da preparação, inclui- se ainda consultas de psicologia aplicada e de clínica geral. Quanto aos pré-convocados, cuja lista foi divulgada terça-feira passada pela FABOXE, as principais novidades são os pugilistas Miguel Kembo e Carlos Manuel Simbo, das categorias de 49 e 60 Kgs. No Open de Roma Walter Ruben Faustino conquista bronze O angolano Walter Ruben Faustino conquistou a medalha de bronze no Open Internacional de Roma em jiu-jitsu, disputado (05/04), na capital italiana, envolvendo 28 atletas. Caxito Governo do Bengo garante apoio ao futsal O governador provincial do Bengo, João Bernardo de Miranda, garantiu (06/04), em Caxito, o apoio incondicional do Governo da província às equipas de futsal, para que possam representar condignamente a região nos campeonatos nacionais. O governante, que prestou essas declarações, após realização do quadrangular desportivo, alusivo aos festejos do 12º aniversário do dia da paz, acrescentou que os apoios consubstanciamse no melhoramento dos recintos. Os apoios se estendem a entrega de equipamento desportivo e cursos para capacitar os dirigentes. João Miranda incentivou as equipas feminina e masculina, assim como os diri- O angolano, vice-campeão mundial de Jiujitsu brasileiro, classificou-se em terceiro lugar atrás do brasileiro Kauan Barboza e do finlandês Jaako Vilander. Walter Faustino arrebatou outra Medalha de Bronze (79kg) num campeonato europeu "sem kimono", que reuniu 20 lutadores e decorreu em simultâneo com o Open.Nesta competição, o primeiro lugar foi também para o brasileiro Kauan Barboza, secundado pelo inglês Nick Robinson. Nascido aos 11 de Outubro de 1987, em Luanda, o engenheiro electrónico dedica-se ao jiu-jitsu desde os 21 anos. Em 2012 conquistou o título mundial na categoria dos 82 kgs em Abu Dhabi (EAU). 29 gentes desportivos a trabalhar na massificação da modalidade, para que o descobrimento de novos talentos. Sublinhou que estas actividades desportivas melhoram o intelecto dos jovens em fase de formação, ajudando-os a ocupar os tempos livres e fortalece o sentimento de cidadania, bem como a responsabilidade de garantir a paz. Instado a pronunciar-se sobre o torneio e a organização, o governador realçou que há um bom nível de ordenança e equilíbrio entre as equipas, acrescentando que as vitórias nestas datas não importam, mas sim a vontade de se realizar uma maratona desportiva que visa a manutenção das equipas nos próximos compromissos. PUBLICIDADE D e 0 1 30 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 4 BOA SAÚDE Cuidados após o infarto O infarto do miocárdio (IM) é popularmente conhecido como ataque cardíaco, sendo responsável por grande número de internações hospitalares, e até mesmo mortes, em todo o mundo. Isso tem levado os médicos e serviços de saúde a promover melhoria nos cuidados dos indivíduos que apresentam risco aumentado de apresentar um IM, bem como ao estudo e aplicação de medidas que previnem a ocorrência de IM em pessoas que já tiveram um ataque. C omo todo órgão em nosso organismo, o coração, precisa de oxigénio para que suas células funcionem adequadamente. É através dos vasos sanguíneos, mais precisamente, das artérias, que o oxigénio chega aos vários locais em nosso corpo. Cada órgão apresenta sua artéria específica e, no caso do coração, elas são chamadas "artérias coronárias". São duas artérias, a coronária direita e a esquerda. A aterosclerose é uma doença que acomete as artérias, levando à formação de placas de gordura em sua parede. São vários os factores de risco para o seu desenvolvimento, como: pressão alta, diabetes, níveis elevados de colesterol no sangue, tabagismo, obesidade, idade avançada, sexo masculino e história familiar positiva. Essas placas vão crescendo para dentro das artérias, reduzindo o espaço para a passagem de sangue. Eventualmente, a placa pode sofrer uma rachadura, fazendo com que ocorra coagulação do sangue no local, reduzindo ainda mais a passagem do sangue, podendo até interrompê-la. É quando ocorre o IM, o sangue é impedido de passar pela placa de gordura e pelo coágulo aderido a ela. A interrupção prolongada do fluxo de sangue faz com que as células que dependem dessa artéria acabem morrendo, formando a região enfartada. Essa região "morta" não contrai mais, podendo levar à redução da função do coração. Indivíduos que já apresentaram um IM têm risco bastante aumentado de um novo infarto, de forma que devem ser submetidos a uma série de cuidados com o objectivo de reduzir esse risco. É extremamente importante que a pessoa siga as recomendações médicas, pois delas depende o bem-estar após esse evento. Porém, devemos ter em mente que mesmo após um IM a pessoa pode levar uma vida relativamente normal, sendo capaz de realizar a maioria das actividades que era capaz anteriormente, não existindo motivos para pensar que passará o resto da vida limitado a uma cama. Avaliação do risco Quando o indivíduo não apresenta complicações após o IM, geralmente pode voltar para casa após poucos dias de internação hospitalar, até menos de uma semana após o evento. Caso tenha ocorrido alguma complicação, é necessária observação por um período maior. Antes de receber alta do hospital, normalmente o indivíduo é submetido a alguns exames, que ajudam o médico a avaliar o risco de um novo infarto, bem como a gravidade da aterosclerose. Entre eles podese incluir: • Teste ergométrico: realizado em esteira; • Ecocardiograma; • Cateterismo cardíaco; É importante que o paciente e sua família tenham uma conversa franca com o médico, na qual serão explicados todos os aspectos da doença e qual será o plano de tratamento a partir de então. É necessário um acompanhamento médico rigoroso, bem como uma mudança do estilo de vida e introdução de medicamentos. Uso de Medicamentos Como já comentamos, todo indivíduo que sofre um IM apresenta grande risco de recorrência. Existem alguns medicamentos que ajudam a reduzir esse risco, devendo ser utilizadas diariamente. Além disso, alguns ajudam a tratar os episódios de dor. As medicações mais comumente empregadas após o infarto são: • Aspirina (AAS): esse medicamento é usado com o objectivo de evitar a formação de coágulos sanguíneos, principalmente nas placas de gordura das artérias. • Betabloqueadores: esses medicamentos fazem o coração bater mais lentamente, re- O que é Mioma uterino? F ibromas uterinos são tumores não cancerígenos (benignos) que se desenvolvem no útero, um órgão reprodutivo feminino. Causas Os fibromas uterinos são comuns. Uma em cada cinco mulheres pode ter fibromas durante a idade fértil (o tempo desde a menarca até a menopausa). Metades das mulheres têm fibromas quando chegam aos 50 anos. Os fibromas são raros em mulheres com menos de 20 anos. Eles são mais comuns em afro-americanas do que em brancas. A causa do fibroma uterino é desconhecida. No entanto, o seu crescimento tem sido vinculado ao hormônio estrogénio. Se a mulher com fibro- ma continuar menstruando, o fibroma continuará crescendo, geralmente de forma lenta. Os fibromas podem ser tão pequenos que é preciso usar um microscópio para vê-los. No entanto, eles podem ficar muito grandes. Eles podem ocupar todo o útero e pesar alguns quilos. Embora seja possível que apenas um fibroma se desenvolva, geralmente há mais de um. 31 duzindo a necessidade de oxigénio desse órgão. Exemplos: propranolol, atenolol, bisoprolol, metoprolol, etc. Exemplos: verapamil, diltiazen, nifedipina, etc. Reabilitação Cardíaca • Antagonistas do cálcio: esses medicamentos são utilizados com os mesmos objectivos que os betabloqueadores, naquelas pessoas que não toleram o uso desses últimos. Os fibromas são muitas vezes descritos de acordo com sua localização no útero: •Miometrial na parede muscular do útero •Submucosa - em baixo da superfície da mucosa do útero •Subserosal - em baixo do revestimento externo do útero •Pedunculado - ocorre em um talo longo na parte externa do útero ou dentro da cavidade uterina Exames O médico realizará um exame pélvico. Esse exame poderá mostrar uma alteração no formato do seu útero. Pode ser difícil identificar fibromas, principalmente se você estiver muito acima do peso. Uma ultra-sonografia pode ser feita para confirmar o diagnóstico. Às vezes, é feita uma ressonância magnética pélvica. Uma biópsia enométrica (biópsia da mucosa uterina) ou laparoscopia pode ser necessária para excluir a possibilidade do câncer. A reabilitação cardíaca compreende um conjunto de intervenções com benefício comprovado nos pacientes que já tiveram um infarto. Inclui: (1) prática regular de actividade física; (2) mudanças no estilo de vida; e (3) acompanhamento psicológico. Importante ressaltar que os benefícios são obtidos somente quando aplicados TODOS esses componentes. Como sabemos, a prática de exercícios físicos relacionase à manutenção da saúde cardiovascular. Quase todos os pacientes que sofreram um IM são capazes de se exercitar pouco tempo após o evento agudo, e a intensidade e duração dessa actividade física devem ser determinadas com base na gravidade do acometimento cardíaco. Isso permite a criação de um programa adequado para cada paciente. O exercício mais adequado é a actividade aeróbica, incluindo a prática de caminhadas, ciclismo, remada, entre outros. A frequência é de três a cinco vezes por semana; sempre acompanhados de um período inicial de aquecimento e um período de relaxamento após o exercício. Os indivíduos com doenças mais graves devem exercitarse sob supervisão médica. D e 0 1 a 1 5 d e A b r i l d e Publicidade 2 0 1 4