TÉCNICAS BÁSICAS EM OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA VÍDEOS
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TÉCNICAS BÁSICAS EM OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA VÍDEOS
TÉCNICAS BÁSICAS EM OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA MINISTRADAS PELO DR. JOÃO ALFREDO KLEINER MV, MSc DURANTE AULAS PRÁTICAS NOS CURSOS DE OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA. VÍDEOS E ARTIGOS DISPONÍVEIS NO SITE: WWW . VETWEB . COM . BR “Promovendo a arte e a ciência da Oftalmologia Veterinária” E-MAIL: vet @ vetweb . com . br CANULAÇÃO (FLUSH) DUCTO NASOLACRIMAL MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Cateter endovenoso “Insyte” no 22 ou 24 ou agulha de insulina sem o bisel; Utilizar uma gota de Lissamina Verde para realçar as punctas e facilitar a canulação; Soro fisiológico em uma seringa de 3 ml (pode adicionar 1 ml de cefalotina sódica); Anestésico local em colírio (proparacaína – Anestalcon ®); Sedação recomendada para pacientes inquietos; Injetar a solução vagarosamente por ambas as punctas e observar sua saída pelas narinas. INJEÇÃO SUBCONJUNTIVAL MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Seringa de insulina; Anestésico local em colírio (proparacaína – Anestalcon ®); Sedação recomendada para pacientes inquietos; Bisel da agulha para cima e esta paralela ao bulbo ocular; Local ideal: 5 a 6 mm posterior ao limbo na conjuntiva bulbar superior; Injetar a solução vagarosamente (volume não superior a 0,3 ml); Drogas utilizadas: - Diprospan ® (betametasona) - Keflin ® (Cefalotina Sódica) INJEÇÃO RETROBULBAR MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Seringa de 3 ou 5 ml; Parte metálica do cateter endovenoso “Insyte” no 24 ou agulha 25 x 7 G; Misturar Lidocaína 2% com Bupivacaína 0,5% (1 : 4) na dose de 0,2 ml de Lidocaína para 0,8 ml de Bupivacaína para cada 5 Kg. Local da injeção: atrás do arco zigomático em sua porção média; Pode-se usar a mesma técnica para administração de drogas retrobulbares (Corticoides, antibióticos) e para melhorar a exposição do bulbo ocular (“empurrar para fora”) em raças com órbita muito profunda (Ex. Mastin Napolitano, São Bernardo, etc). Neste último caso utiliza-se Ringer Lactato. BLOQUEIO PERICONAL (PERIOCULAR) MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Seringa de 3 ou 5 ml; Parte metálica do cateter endovenoso “Insyte” no 24; Bisel para dentro e paralelo ao olho (evita perfuração escleral); Usar Lidocaína diluída em Solução fisiológica (1:1); Local da Injeção: 12, 3, 6 e 9 horas na região do equador do bulbo ocular; Injetar a solução vagarosamente (volume não superior a 0,5 ml). FLAP ESCARIFICADO DE TERCEIRA PÁLPEBRA MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Fio de nylon 2-0 ou 3-0; Botão pequeno ou equipo de soro cortado; Cuidado especial para não lesionar a cartilagem da terceira pálpebra evitando deformações; Escarificar a face interna da terceira pálpebra antes de dar os nós; O flap pode ser ancorado na conjuntiva bulbar superior; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias. “TACKING” PALPEBRAL PARA ENTRÓPIO SUPERIOR E INFERIOR MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Procedimento indicado para animais jovens com até 6 meses de idade; Fio de nylon 2-0 ou 0; Importante fixar os pontos no periósteo superior e inferior; Não apertar muito o nó; Usar colar elisabetano durante todo pós-operatório; Usar pomada com antibiótico na região dos nós; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias. TÉCNICA Y – V PARA CORREÇÃO DE ENTRÓPIO MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Faz-se uma incisão no formato de um “Y” sendo que a parte do “cálice” deve envolver todo o defeito palpebral; O ideal é marcar a região da incisão com caneta dermográfica e utilizar um eletrobisturi; Divulsiona-se o triângulo formado com tesoura; Sutura com fio de nylon 4-0 padrão interrompido simples iniciando no vértice do triângulo e deslizando pela haste do “Y” até a correção do defeito; Usar colar elisabetano durante todo pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias. TÉCNICA HOTZ-CELSUS PARA CORREÇÃO DE ENTRÓPIO MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Faz-se uma incisão com bisturi ou eletrobisturi no formato de “meia lua” envolvendo todo o defeito palpebral a uma distância de 2 a 3 mm do bordo pigmentado palpebral; Com auxílio de uma tesoura de íris separa-se a pele incisada; Retira-se um fragmento do músculo orbicular do olho; Hemostasia realizada com o cautério ou ligadura com fio absorvível; Sutura com fio de nylon 4-0 com pontos interrompidos simples começando na região média da incisão e lateralizando-se os nós; Usar colar elisabetano durante todo pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias. TÉCNICA V – Y PARA CORREÇÃO DE ECTRÓPIO MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Faz-se uma incisão no formato de um “V” sendo que a parte do “cálice” deve envolver todo o defeito palpebral; O ideal é marcar a região da incisão com caneta dermográfica e utilizar um eletrobisturi; Divulsiona-se o triângulo formado com tesoura; Sutura com fio de nylon 4-0 padrão interrompido simples iniciando no vértice do triângulo e deslizando o “V” até a correção do defeito; O aspecto final é de um “Y”; Usar colar elisabetano durante todo pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias. SUTURA PALPEBRAL EM “8” MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Usada para tumores pequenos que envolvam até 30% da pálpebra; Fio de nylon 4-0 ou 5-0; Sutura de conjuntiva bulbar, palpebral e subcutâneo com vicryl 4-0 padrão interrompido simples ou Cushing; A sutura com fio de nylon na pele não deve ser transfixante para evitar deformidades e o fio deve sair exatamente na região média do bordo pigmentado palpebral; Usar colar elisabetano no pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias; CORREÇÃO DO EURIBLÉFARO (Síndrome do Esbugazóio) Técnica simples Técnica avançada MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Fio vicryl 4-0 e fio de nylon 4-0 ou 5-0; Importante retirar o bordo palpebral pigmentado da região do canto lateral; A conjuntiva bulbar e palpebral deve ser suturada com fio Vicryl com pontos interrompidos simples ou Cushing; Na região palpebral próxima à córnea deve-se usar a sutura em “8” e com fio de nylon 4-0 e o mesmo fio pode ser usado na pele com padrão interrompido simples; Usar colar elisabetano no pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias; EXCISÃO DE TUMOR PALPEBRAL EM BLOCO MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Fio vicryl 4-0 e fio de nylon 4-0 ou 5-0; Importante marcar a região a ser retirada com caneta dermográfica; A excisão pode ser feita com bisturi normal, eletrobisturi ou tesoura; Após a remoção do fragmento prolongar as incisões laterais com o tamanho de duas vezes a lateral do “bloco” retirado e divulsionar a pele mobilizada; Retirar dois triângulos de pele (Triângulo de Burow) no final da incisão sendo que os lados devem ser da metade do tamanho da segunda incisão de pele; Utilizar alguns pontos interrompidos simples no subcutâneo com fio absorvível; Sutura de pele com nylon e padrão interrompido simples; Usar colar elisabetano no pós-operatório; Deixar os pontos por pelo menos 12 a 14 dias; EXENTERAÇÃO COM AUTOENXERTO DE TECIDO ADIPOSO MATERIAIS E ORIENTAÇÕES: Fio vicryl 3-0 e bloqueio retrobulbar; O tecido adiposo é obtido do ligamento falciforme através de uma incisão pré-umbilical; A excisão dos bordos pigmentados palpebrais pode ser feita com bisturi normal, eletrobisturi ou tesoura, tendo cuidado especial de retirar todo pigmento da região do canto medial para evitar-se fistulações no pós-operatório; A hemostasia da artéria ciliar pode ser feita com eletrobisturi ou compressão direta com gaze tendo em vista que a ligadura muitas vezes é de difícil realização; A torção do bulbo ocular para hemostasia deve ser evitada para não lesionar o nervo e quiasma óptico; Utilizar vicryl e padrão continuo simples no subcutâneo e a gordura somente é introduzida na cavidade quando 80% do defeito já foi suturado; Ao final do procedimento pode-se usar cola cirúrgica no subcutâneo e esmalte para selar a ferida cirúrgica.