A região está em alerta
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A região está em alerta
amvarp boletim da associação dos municípios do vale do rio pardo 1 2011 | 2012 www.amvarp.org.br comissão permanente em defesa do tabaco veja mais Carta da AMVARP em defesa da Cadeia Produtiva do Tabaco pág. 4 O que pensam os prefeitos pág. 6 A voz das entidades pág. 8 A região está em alerta Fazer a defesa da cadeia produtiva do tabaco é uma situação urgente para o futuro da região do Vale do Rio Pardo, na região centro do Rio Grande do Sul. Numa iniciativa inédita, a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (AMVARP) começa a publicar este boletim, fruto da Comissão Permanente em Defesa da Cadeia Produtiva do Fumo. Entendemos que a região, nossos municípios e, em especial, as nossas pessoas, estão sofrendo de preconceito por sermos produtores de tabaco. Neste boletim apresentamos alguns números do setor. _editorial 02 | Revista da AMVARP Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo Boletim da AMVARP | Comissão em Defesa da Cadeia Produtiva do Tabaco Esta é uma publicação institucional, com tiragem de 7 mil exemplares e é alusiva à Comissão em Defesa da Cadeia Produtiva do Tabaco da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (AMVARP) Praça da Bandeira, s/n | Centro Santa Cruz do Sul (RS) | www.amvarp.org.br [email protected] | Tel.: (51) 3711 2867 Diretoria 2011/2012 Presidente Mario Rabuske (Sinimbu); 1º vice-presidente João Davi Goergen (Boqueirão do Leão); Preconceito contra nossa região O Vale do Rio Pardo e muitos municípios de outras regiões vivem uma preocupação constante. A principal fonte de renda dos nossos trabalhadores - sejam eles rurais ou urbanos - está ameaçada. A produção de tabaco vive na berlinda, fruto de um preconceito sem precedentes de setores que querem simplesmente aniquilar a vida socioeconômica das nossas cidades. Com todo esse clima de incertezas que tomou conta do setor econômico, fica difícil para os integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (AMVARP) vislumbrar um cenário de futuro para a nossa região. Precisamos encontrar alternativas? Sim, mas também queremos que todos os setores dos governos estadual e federal entendam o tamanho do nosso problema. A situação é muito complicada. É como se de uma hora para outra perdêssemos, por exemplo, todas as riquezas existentes no pré-sal. Como ficaria a nossa nação? A economia dos nossos municípios depende fortemente da produção de tabaco. Temos empresas que trabalham diretamente com o seu manufaturamento e que representam mais da metade do nosso orçamento. A vida de nosas cidades depende disso e não imaginamos que, em curto prazo, consigamos encontrar soluções econômicas para substituir à altura o cultivo do fumo. Entendemos que o tabaco - e, consequentemente, aqueles que o produzem - sofre de preconceito. Foi eleito o “patinho feio” de vários setores, seja ele do governo ou de órgãos não governamentais, que o combatem, como se fosse o grande vilão da saúde. Reiteramos nossa posição: fuma quem quer, isto é uma opção pessoal. Nós precisamos produzir, pois ao longo do tempo, é a única alternativa viável na economia da nossa região. E nessa luta inglória, vemos o governo federal aumentando a carga de impostos, fomentando o contrabando. Estamos expondo nossas dificuldades. E é para tanto que a nossa comissão vai lutar em prol da defesa do sustento de nossas famílias, nossa economia, nossos municípios. E que a nossa luta seja entendida. Comissão em Defesa da Cadeia Produtiva do Tabaco 2º vice-presidente Reni Giovanaz (Gramado Xavier); 1ª secretária Rosane Tornquist Petry (Vera Cruz); 2ª secretária Maria Luiza Bertussi Raabe (Pantano Grande); tesoureiro Clécio Halmeschlager (Vale do Sol) Demais integrantes da associação Airton Artus (Venâncio Aires), Artigas Teixeira da Silveira (Encruzilhada do Sul), Carlos Alberto Bohn (Mato Leitão), Carlos Gilberto Baierle (Passo do Sobrado), Emir Rosa da Silva (Vale Verde), Joni Lisboa da Rocha (Rio Pardo), Kelly Moraes (Santa Cruz do Sul), Lauro Mainardi (Candelária) e Paulo Nardeli Grassel (Herveiras) Secretária executiva Giselda Petry Comissão em Defesa da Cadeia Produtiva do Tabaco Kelly Moraes (Santa Cruz do Sul), Rosane Tornquist Petry (Vera Cruz), Reni Giovanaz (Gramado Xavier). Comissão auxiliar Jair Jasper, secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do Sul; Giselda Petry, secretária executiva da AMVARP, e Jacson Miguel Stülp, assessor de imprensa de Sinimbu. Projeto Editorial e Gráfico Case Marketing | www.casemkt.com [email protected] | telefone: 51 3056.2840 Jornalista responsável Jacson Miguel Stülp | Mtb 9296 DTR-RS Textos Jacson Miguel Stülp | Case Marketing Revisão Adriana Mellos Fotografia Divulgação Impressão Lupagraf (51) 3715.6616 www.lupagraf.com.br Tiragem 7 mil exemplares com distribuição gratuita _segmentos afetados 03 | Revista da AMVARP Comércio depende da cadeia produtiva A economia da região do Vale do Rio Pardo depende da cadeia produtiva do tabaco. E o comércio é diretamente atingido quando a produção de fumo não vai bem. Diversas empresas que hoje são fortes nas cidades do Vale surgiram e cresceram com a atividade econômica forte. Uma dessas é a joalheria e ótica Hoffmann & Spode, de Santa Cruz do Sul Com início voltado para a ourivesaria, a partir da década de 40 passou a intensificar sua atuação no setor ótico. Atualmente a empresa é referência na região, atendendo muitos clientes das localidades do interior. Segundo o sócio-proprietário, Mauro Spode, de 20% a 25% do faturamento da empresa oscila quando a produção de fumo não é tão boa. “Todo o comércio das cidades da região está, de uma forma ou de outra, ligada à cadeia produtiva do tabaco. A nossa empresa fez uma opção pela área da saúde, o que não a deixa tão dependente dos altos e baixos, mas mesmo assim sentimos muito essa oscilação”, salienta. Mauro garante que caso a produção de tabaco terminasse na região, teria muitas dificuldades em manter seu negócio. “Assim como a grande maioria das empresas que, talvez, não sobreviveriam.” Mauro Spode proprietário da joalheria Hoffmann & Spode _números da economia 04 | Revista da AMVARP O motor da arrecadação do Vale do Rio Pardo Dados levantados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), revelados em 2010, mostram a importância da cultura para o Estado. O levantamento foi feito com base na produção de cada município na safra 2009/2010 e o valor médio pago pelo produto entregue nas indústrias. Em cifras, o estudo apontou Venâncio Aires como o município que mais arrecadou individualmente com o fumo, seguido por Santa Cruz do Sul. Ao mesmo tempo em que o estudo revelou a importância do tabaco na arrecadação das cidades apenas com a produção primária, mostrou também o A produção de tabaco é o motor da arrecadação de impostos do Vale do Rio Pardo. impacto do setor na distribuição do bolo do ICMS para todo o Estado. Conforme o levantamento, o t otal de ICMS gerado na fabricação de cigarros no Rio Grande do Sul soma R$ 2.987.233.820,00. Desse valor, 25% são distribuídos entre os municípios, totalizando R$ 746.808.455,00. Nos municípios da AMVARP, que compreende 15 associados, são empregados, diretamente, quase 100 mil pessoas. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelo setor (na produção de tabaco ou de ICMS gerado Prod. tabaco cigarros), e que volta para as prefeituras, é de quase R$ 60 milhões. Isso sem contar com a cadeia produtiva, os negócios que estão indiretamente ligados ao fumo e que representam a grande alma das cidades. Em alguns casos, como Santa Cruz do Sul, 72% do Produto Interno Bruto (PIB) depende da cadeia produtiva do tabaco. Mas existem outros em que esse índice é ainda maior, como em Sinimbu (80%). A implementação de medidas restritivas, com a queda na produção de fumo, afetará diretamente nossa região e todo o Estado com a redução no retorno do ICMS. ICMS gerado Prod. cigarro Municípios Famílias Produtoras Hectares plantados Produção ton Valor R$ R$ (%) R$ (%) Venâncio Aires Santa Cruz do Sul Vera Cruz Candelária Vale do Sol Sinimbu Passo do Sobrado Rio Pardo Boqueirão do Leão Herveiras Gramado Xavier Vale Verde Mato Leitão Encruzilhada do Sul Pantano Grande Total 5.159 4.209 2.546 4.008 2.907 2.478 1.390 1.571 1.559 698 849 409 123 215 1 28.122 11.123 8.128 5.050 7.715 6.339 4.201 3.353 4.043 3.543 1.675 1.963 844 245 523 3 58.756 21.389 15.847 9.836 14.967 12.344 8.228 6.405 7.834 6.180 3.273 3.826 1.630 463 928 6 113.156 143.306.300 106.174.900 65.900.530 100.280.240 82.706.810 55.126.260 42.914.170 52.487.800 39.304.800 21.931.780 25.634.200 10.917.650 3.101.430 5.809.280 36.850 755.633.000 3.730.758,09 2.670.630,64 2.394.173,55 2.364.838,91 2.328.005,19 1.381.376,98 1.307.630,44 1.140.325,99 1.108.495,95 772.645,26 726.487,16 294.796,75 182.906,43 134.397,54 846,50 20.538.316,35 20,1 4,2 39,2 28,0 59,8 40,5 53,2 10,9 36,5 61,0 54,0 17,3 6,5 1,6 0,0 _ 37.801.008 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 37.801.008 _ 60% _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ICMS total dos Nº trab. no tabaco municípios ind. +prod. 18.565.638 63.001.680 6.106.254 8.455.818 3.889.956 3.412.248 2.455.698 10.500.630 3.034.962 1.266.594 1.344.588 1.705.956 2.822.316 134.397,54 846,5 126.697.582 19.650 23.500 11.891 6.300 6.200 6.000 4.100 3.730 6.001 2.172 2.500 1.200 240 800 31 94.315 Orçamento anual 2011 (R$) 117.955.00 249.905.587 41.108.571 48.000,00 10.850.000 18.766.716 12.785.000,00 39.850,00 11.500,00 9.615.994,00 10.266.150,00 36.448.525 2.822.316 36.448.525 22.000,000 651.751.543 _a voz dos prefeitos 05 | Revista da AMVARP “A produção de tabaco é uma atividade essencial dentro de nosso município, onde representa 40,5% do ICMS. É importante pensar em diversificação. Mas poucos produtos têm compra garantida, a não ser o leite. O restante é uma incógnita, e é isso que precisamos pensar. O fumo hoje é a fonte de renda dos nossos produtores e o combustível dos nossos municípios.” Mario Rabuske prefeito de Sinimbu “A economia do nosso município está em torno de 90% ligada à produção de tabaco. Nosso município é basicamente voltado para a produção agrícola, onde o fumo é a mola propulsora da nossa economia. Estamos buscando agregar outras produções, como o leite e criação de peixes, mas entendemos que isso deva ser algo que acompanhe a cultura do tabaco como forma de renda auxiliar. Então, a defesa do fumo é algo essencial para a sobrevivência de Gramado Xavier.” Reni Giovanaz | prefeito de Gramado Xavier “A cadeia produtiva do tabaco representa oportunidade de trabalho para mais de 1,5 mil famílias de Boqueirão do Leão, além de ser o “motor econômico” que dinamiza a economia local. Preservá-la, adicionando-lhe possibilidades de diversificação, é manter a tradição sem esquecer de mirar o futuro, mantendo as pessoas nas pequenas comunidades e preservando a qualidade de vida. Fazer a sua defesa é um imperativo no momento.” João Davi Goergen prefeito de Boqueirão do Leão “Mesmo nosso município não sendo tão dependente do cultivo do tabaco, entendo a sua importância para a região do Vale do Rio Pardo. Temos a consciência de que a rentabilidade da produção de tabaco em relação às outras culturas é bem maior, e tirar essa produção dos agricultores vai aumentar a fome no campo. Muitos deles vão vender suas propriedades e se alojar nas cidades. Por isso é importante a união de todos para que o tabaco siga sendo o esteio da economia regional, agregando outras alternativas.” Artigas Teixeira da Silveira, prefeito de Encruzilhada do Sul “O tabaco é a principal cultura de Candelária, com uma produção anual de 13,5 mil toneladas (dados de nosso cadastro de ICMS), e em decorrência de sua grande produção, o município ocupa a terceira posição no Estado. A sua comercialização movimentou R$ 73,8 milhões em 2009, sendo responsável por 65% de toda a nossa produção primária. Na sua produção estão envolvidos 4.428 produtores rurais, totalizando cerca de 6,3 mil pessoas diretamente ligadas, representando 20% da população do município, sendo que em época da safra esses números são acrescidos para cerca de 8,5 mil pessoas. A cadeia produtiva do fumo exerce um papel fundamental na economia do município, pois agrega e distribui uma expressiva renda aos seus agentes, e em consequência disso, proporciona uma considerável fonte de recursos à cidade em forma de retorno do ICMS, no montante de R$ 3 milhões, de forma direta, sendo a principal fonte de retorno ao município. Concluindo, a cadeia produtiva do tabaco é indispensável para a economia local. Candelária possui 8.800 hectares de área plantada de fumo.” Lauro Mainardi prefeito de Candelária _a voz dos prefeitos “O fumo é essencial para o nosso município e ganha maior importância quando olhamos para o macro, que é o Vale do Rio Pardo. A nossa economia está diretamente ligada à produção de tabaco, que representa também um alto valor em recursos para o Estado e a União. Assim, nós como municípios precisamos estar unidos para fazer a defesa da cadeia produtiva e, em especial, dos nossos interesses.” Maria Luiza Bertussi Raabe prefeita de Pantano Grande “A cadeia produtiva do tabaco continua sendo um importante pilar na economia venâncio-airense, tanto em relação ao PIB rural, quanto industrial, além de uma importância social com os trabalhadores. Hoje, os municípios dependem muito da arrecadação, portanto, trabalhamos com a ideia de que temos que ter uma diversificação de culturas. Na indústria temos tido uma preocupação de fomentar todo um parque industrial nas mais diversas atividades, como nos setores metal-mecânico, moveleiro, de confecções, calçadista, madeireiro, mas não abrimos mão da cadeia produtiva do tabaco, porque ela tem uma importância global no município. Qualquer modificação nesse quadro deve ser feito de uma forma gradual, com uma transição que não comprometa as finanças da prefeitura e também não comprometa o equilíbrio socioeconômico da cidade.” Airton Artus prefeito de Venâncio Aires “A produção de tabaco é de alta rentabilidade para os municípios e os produtores. Levou anos para que ela chegasse a esse estágio, e precisamos lutar para que de uma hora para outra não se prejudique toda uma cadeia produtiva. Entendemos a sua importância para os municípios da nossa associação, e por isso que pregamos uma mobilização constante.” Emir Rosa da Silva prefeito de Vale Verde “Nosso município é essencialmente agrícola, e as propriedades existentes estão estruturadas para o cultivo do tabaco. Mesmo que o município tenha buscado e apoiado a diversificação, a curto e médio prazos não temos outra cultura que possa substituir o fumo em nossa região, por isso, sempre estaremos em defesa do cultivo deste em nosso município.” Paulo Nardeli Grassel, prefeito de Herveiras “A cultura do tabaco se eleva como o carro-chefe tanto no segmento agrícola quanto no processo industrial. Vera Cruz ocupa o 9º lugar na produção sul-brasileira de fumo - 81% do valor produzido na propriedade provém do tabaco, e a cultura representa cerca de 90% da arrecadação do município. Embora a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural promova ações a fim de estimular a diversificação, atualmente é a força do tabaco que alavanca a economia.” Rosane Petry prefeita de Vera Cruz 07 | Revista da AMVARP “Vale do Sol, com sua economia alicerçada na monocultura do tabaco há mais de um século, representando 59% do atual valor adicionado do ICMS, necessita de uma mudança urgente, pois se as restrições continuarem, vamos precisar de uma mudança de cultura e, para isso, necessitamos de mais recursos financeiros e assistência técnica para a diversificação na agricultura.” Clécio Halmenschlager prefeito de Vale do Sol “O plantio de fumo tem importante participação na economia de nosso município. Mesmo com o setor primário bastante diversificado, 25% das propriedades rurais ainda cultivam fumo, representando em torno de 20% da produção primária. Encontrar cultura alternativa ao fumo quando se trata de pequenas propriedades, como são as de nossa região, requer um tempo bem maior, com planejamento e investimento forte de todas as esferas de governo. A produção de tabaco atravessa gerações, e uma eventual substituição precisa acontecer de maneira gradual. Isso sem contar com a rentabilidade que a produção oferece para os pequenos agricultores. Nenhuma outra cultura alcança esses valores num curto espaço de tempo.” Carlos Alberto Bohn prefeito de Mato Leitão “A fumicultura é uma cadeia produtiva importante para Passo do Sobrado, que tem nesta o sustento de uma grande quantidade de famílias. Além de ser o produto mais produzido no município, também é um importante gerador de emprego. Os interesses de todos os envolvidos na produção do tabaco devem ser defendidos pela importância socioeconômica do setor.” Carlos Gilberto Baierle prefeito de Passo do Sobrado “A cadeia produtiva do tabaco tem importância significativa no desenvolvimento econômico e social do Vale do Rio Pardo. Por essa razão é que defendemos a cultura do fumo, pois de outra forma, terminando com a produção fumageira, como querem alguns setores, será um prejuízo enorme para nossas cidades que dependem direta e indiretamente do cultivo do tabaco. Rio Pardo baseia sua economia no setor primário, ou seja, no cultivo da terra. Enquanto não houver alternativas para a diversificação de culturas, há de se apoiar o cultivo do tabaco e, nesse contexto, a agricultura familiar.” Joni Lisboa da Rocha | prefeito de Rio Pardo “Santa Cruz do Sul tem orgulho de ser um dos principais polos mundiais da cadeia produtiva do tabaco. No campo e nas indústrias, milhares de famílias buscam seu sustento por meio do tabaco. Estamos trabalhando fortemente na diversificação econômica, mas é um caminho longo e gradual, e sendo assim, a nossa sustentabilidade social vem dessa cadeia produtiva. São também os tributos gerados por toda cadeia do tabaco que permitem que o Poder Público municipal possa seguir investindo na qualidade de vida da população e no desenvolvimento, tornando esta uma das regiões com melhor qualidade de vida do Estado e do país. O tabaco não é um produto, mas sim uma cadeia produtiva que gera renda, sustento e dignidade à população regional.” Kelly Moraes prefeita de Santa Cruz do Sul _segmentos 08 | Revista da AMVARP Setores do Vale do Rio Pardo defendem a fumicultura “Santa Cruz do Sul tem na cadeia produtiva do tabaco a principal impulsionadora da sua economia. O seu cultivo e beneficiamento tornaram a cidade altamente qualificada, formada por indústrias arrojadas e um comércio forte. A diminuição do seu cultivo vai afetar todos os segmentos, pois, direta ou indiretamente, todos estão ligados a isso. Precisamos buscar soluções e trabalhar para diversificar, não para reduzir a produção do tabaco, mas sim para incrementar outros setores.” Jeferson Schmechel presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul “Os segmentos econômicos mais importantes giram em torno da cadeia produtiva do fumo, o que ajudou a tornar a região uma das mais desenvolvidas do Rio Grande do Sul e destaque no cenário nacional. O comércio, por sua vez, encontra na safra de fumo uma oportunidade de negócios, pois os produtores rurais recebem pela venda do seu produto, e as indústrias fumageiras geram um grande número de empregos. Uma possível diminuição do cultivo seria altamente prejudicial.” Henrique José Gerhardt presidente do Sindilojas Vale do Rio Pardo “Como santa-cruzenses, não podemos deixar de admitir a importância que a cadeia produtiva do tabaco exerce no desenvolvimento econômico e social não só de nosso município, mas também da nossa região como um todo, do nosso Estado e do nosso país. A maioria de nossos alunos é proveniente de cidades cuja economia está concentrada nessa produção. Ao mesmo tempo em que entendemos fundamental a defesa de toda a cadeia produtiva do tabaco, desde os agricultores até a indústria, passando pelos municípios que contabilizam boa parte da receita desse arranjo produtivo, por meio da arrecadação de impostos, também entendemos que a diversificação faz-se necessária, uma vez que abre novas possibilidades de trabalho e renda a um contingente maior de pessoas que passarão, dessa forma, a desfrutar melhores condições de vida para si e para suas famílias.” “A cultura do tabaco é estratégica do ponto de vista social e econômico. Gera riquezas e receita, pois é altamente tributado e grande exportador. Na safra são cerca de 20 mil empregos urbanos na região, na indústria, serviços, transportes, comércio e alimentação. O tabaco é um produto legal, mas vive momentos de apreensão ante os ataques dos antitabagistas, guerra fiscal e da Anvisa, que tenta impor restrições ao setor que ameaçam nossos empregos. E se não bastasse isso, ainda temos que conviver com o contrabando.” Sérgio Luiz Pacheco presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) Vilmar Thomé reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) “O tabaco representa 13% de todas as exportações gaúchas. Isso dá uma ideia da importância desse setor no Estado e em Santa Cruz do Sul, onde é a principal base da economia. O setor gera um volume de recursos que dificilmente poderá ser obtido com outras atividades econômicas. Ações que venham a afetar o setor, como a possível diminuição da produção, certamente trarão perdas para a economia regional como um todo.” Sérgio Adalberto Bremm presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul