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do jornal em Pdf
Nº 64 - jul/ago/set de 2013 - ANO XV
Associação de Deficientes Visuais e Amigos
ADEVA e Sabesp,
juntas mais uma vez
Em foco pág. 7
FILME:
Tanta Água
CENA:
DATA:
Inclusão
17/07
EXIBIÇ
ÃO:
Adeva
Holambra: a capital das
flores da América Latina
Estive lá e gostei pág. 3
Mariana Baierle: jornalista,
professora e blogueira
Profissão: pág. 8
e Sab e
sp
O ônibus da inclusão
Um ônibus para na minha frente. É o ônibus da inclusão? Que maravilha! Subo. É
confortabilíssimo: poltronas macias, ar condicionado na temperatura ideal, música a bordo...
O veículo parte. Mas há algo estranho. Parece que está andando para trás!
O ônibus para em frente a uma escola. Desço e vou visitá-la. Logo descubro que não
há salas de recurso para pessoas com deficiência e não há também rampas e elevadores
para cadeirantes. Entro numa sala. As crianças leem, menos as com deficiência visual.
Não há livros em braile nem em tamanho ampliado para elas. Mas aquele não é o ônibus
da inclusão? Por que parou numa escola que exclui?
Volto para o ônibus. Retomamos a viagem. E de novo a sensação de estar indo para
trás. O rádio anuncia que o Estatuto da Pessoa com Deficiência deverá ser votado ainda
este ano. Como? Um estatuto para nos tutelar? Um estatuto que contém brechas para
a flexibilização da Lei de Cotas? Como assim? A Constituição de 1988 e a Convenção
dos Direitos da Pessoa com Deficiência já garantem nossos direitos.
Nova parada. Dessa vez, no aeroporto. Ao visitá-lo, vejo que há três pessoas com
deficiência visual impedidas de embarcar no mesmo voo. Por quê? Simplesmente por
terem deficiência visual? Mas eu mesmo já voei na companhia de pelo menos quatro
deficientes visuais. Mais uma vez o ônibus da inclusão me mostrou uma situação em
que o deficiente é discriminado.
Volto ao coletivo e continuo o passeio. Chego agora à Prefeitura de São Paulo. Lá,
descubro que o prefeito quer acabar com o Atende, que presta serviços a pessoas com
deficiência física severa. E onde estão os táxis acessíveis?
Novamente no ônibus, sigo agora para a universidade. Chegando lá, me deparo com
uma jovem indignada por não existirem cursos de especialização na área da deficiência
visual. Como formar novos profissionais se não há cursos para isso?
Espero acordar dessa realidade e realizar meu grande sonho de viver num mundo de
condições mais justas e igualitárias, um mundo melhor!
Markiano Charan Filho e Sandra Maciel, diretor-presidente e diretora-vice-presidente da ADEVA
Doe sua nota fiscal para a ADEVA
A ADEVA está realizando uma campanha para arrecadação de notas fiscais
sem CPF ou CNPJ (no caso de empresas). Para participar, basta solicitar a
sua Nota Fiscal Paulista sem CPF no ato de qualquer compra e doá-la para
a ADEVA. Mas, para ajudar, as notas têm de ser cadastradas no sistema
do site da Secretaria da Fazenda no máximo 20 dias depois da
data da compra, senão perdem a validade. Colabore com a gente doando
a sua. A ADEVA agradece!
Jornalista responsável: Rafael Brandimarti (MTb 62.567).
Colaboradores: Ivan de Oliveira Freitas, Laercio Sant’Anna,
Opinião|Editorial............................p. 2
Lazer|Estive lá e gostei..............p. 3
Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: rua
Adeva|Talentos...........................p. 4
Em foco............................p. 5
Parceiros..........................p. 7
São Samuel, 174, Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo
Mercado de Trabalho|Profissão:.........................p. 8
Liane Constantino, Lothar Bazanella, Lucia Maria, Lúcia
Nascimento, Markiano Charan Filho, Miguel Leça (fotos),
(SP) - telefones: 11 5084-6693/6695 - fax: 11 5084-6298
- e-mail: [email protected] - site: www.adeva.org.br.
Diagramação: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida
Ferreira. Fotolitos e impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas
Ltda. - tel.: 11 2696-3288 - e-mail: [email protected].
Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
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Tecnologia|Convivaware....................p. 10
Na rede............................p. 11
Literatura|Outros olhares.................p. 11
Espaço poético................p. 12
Mais|Para seu lazer..................p. 12
A fazenda que se tornou a capital
das flores da América Latina
De 30 de agosto a 29 de setembro, Holambra realiza
a tradicional Expoflora, este ano em sua 32ª edição
Quando pensamos na primavera
ou em presentear alguém que amamos,
pensamos em flores. Mas de onde vem
as flores? 60% do abastecimento do
mercado nacional e 40% da exportação
brasileira de flores e plantas ornamentais
são produzidas em Holambra. Se você
fizer como eu e visitar essa cidade,
cujo nome origina-se da combinação
de Holanda, América e Brasil, a 140
km da capital paulista, de costumes
tipicamente holandeses, terá uma
agradável surpresa.
Fui a Holambra durante a 31ª
Expoflora, uma exposição anual de
arranjos florais. Aliás, o tema deste
ano é “Flores, Contos e Lendas”.
Paisagistas, decoradores e designers
de interiores criaram belos ambientes
para a admiração dos visitantes e, em
especial, para os amantes da fotografia.
Depois de conhecer a exposição, assisti
a uma bela manifestação cultural da
imigração holandesa, danças típicas dos
Países Baixos. O ritmo, marcado com
aqueles tamanquinhos de madeira, é
agradável, e o público quase dança junto.
De fato, os imigrantes holandeses que
deram origem à estância turística de
Holambra deixaram suas marcas por
todo o município. Cito algumas: o maior
moinho típico holandês da América
Latina, belas praças e lagos espalhados
pela cidade, os famosos campos de flores
de Holambra, a arquitetura neerlandesa
e as tulipas, símbolo dos Países Baixos,
estampadas nas calçadas.
Já a culinária local é um show à
parte. Quando a fome bateu, escolhi
um prato holandês bem típico, o
“stampotwortel” (purê de batata com
cenouras e carne de porco e molho de
cerveja) acompanhado com chucrute e
arroz com ervas. Enquanto o prato não
vinha, provei e aprovei um “zure haring”,
arenque cru em conserva com vinagre
natural, sal, pimenta, cebola, junípero e
várias outras especiarias. Acompanhado
de uma cerveja bem gelada, este peixe
cru é uma delícia. A sobremesa pode ser
saboreada em uma das muitas confeitarias típicas que existem na cidade,
onde, sem culpa, podemos degustar
doces como: “stroopwafel” (waffle
recheado com caramelo de melaço
de cana), “violtje” (doce de violeta),
“bloempot” (semelhante a uma torta
holandesa, servida como vaso de flor),
Vlaai de Damasco (waffle recheado com
damasco) e o delicioso sorvete de rosas.
Quem ainda quiser desfrutar mais
do ambiente tranquilo de Holambra,
pode fazer um passeio a cavalo, pescar
em um dos lagos ou visitar a criação de
jacarés de papo-amarelo do Sítio Arurá.
Já no fim da tarde, pude assistir
à tradicional chuva de pétalas da
Expoflora, na qual são utilizados 150
quilos de pétalas por apresentação,
equivalente a 18 mil botões de rosas.
Compras
Encerrando o passeio, fui às compras,
onde encontrei boas opções, como
moda, artesanato, decoração e souvenirs
holandeses. Mas o que chama a atenção
é o Shopping das Flores – amplo espaço
para a venda de mais de 200 espécies e
duas mil variedades de flores e plantas
ornamentais de produtores locais. Fora
a experiência aprazível, voltei para casa
com uma muda de planta aquática num
vaso de vidro, com um peixinho beta.
Enfim, reserve um fim de semana na
sua agenda para visita a capital brasileira
das flores nesta primavera.
Como chegar
De carro: siga pela rodovia Anhanguera
até o km 86; pegue a saída de mesmo número e siga adiante, atento às placas que
indicam Mogi Mirim. Na rodovia SP-340
(que liga Campinas a Mogi Mirim), você
encontrará placas indicando Holambra.
Se preferir outra opção, siga pela rodovia dos Bandeirantes até Campinas. Ao
chegar no entroncamento com a rodovia
Anhanguera (km 103), entre na rodovia D.
Pedro I e siga até o km 134 (saída 134),
onde você entrará na rodovia SP-340, sentido Mogi Mirim. Preste atenção ao chegar
no km 141: é a partir daí que começam a
aparecer as placas indicando quantos quilômetros faltam para chegar a Holambra.
Serviço de atendimento
ao turista: (19)
3902-4013.
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FOTOS: ateliedanoticia
Por Sidney Tobias de Souza
[email protected]
Empregada doméstica, cozinheira de
mão cheia, secretária e supermãe
Conheça Marilza Nascimento, braço direito da vice-presidente da ADEVA
Por Lúcia Nascimento
[email protected]
“A Sandra tem um gênio forte,
mas um grande coração.” A afirmação
não poderia ser de outra pessoa
senão de Marilza Aparecida Araújo
Nascimento, 46, que há 20 anos é
empregada doméstica e braço direito
da vice-presidente da ADEVA, Sandra
Maciel. Além de estar presente em quase
todas as atividades da patroa, “Mariza”,
como é chamada, compartilha muitas
coisas que só os amigos mais íntimos
conhecem. No período em que está
com Sandra, cadeirante, a dedicação é
total: banho, refeições, o remédio na
hora certa... tudo que a vice-presidente
da ADEVA precisa para ter uma boa
qualidade de vida.
“Eu conheci a Sandra por intermédio
de um tio, ex-taxista dela. Lembro que
ela tinha uma empregada chamada
Luzia. Comecei como diarista, mas,
hoje, trabalho para ela direto”, explica.
Mariza é também muito querida
pelos amigos e colaboradores da
ADEVA. Para quem participa das
reuniões na casa da vice-presidente,
a chegada é quase sempre uma festa.
A doméstica recebe a todos com muita
simpatia, bom humor, um forte abraço
e uma comida que só ela sabe fazer. “Eu
amo fazer feijão, com bastante alho. E
muita gente me fala que vem à casa
da Sandra especialmente para comer
o meu feijão”, orgulha-se. Em 2004,
Mariza monitorou um dos cursos de
culinária oferecidos pela ADEVA. “Foi
uma época muito boa. Eu me divertia
demais ensinando os deficientes visuais
a cozinhar.”
Mas se na casa da Sandra a correria
é grande, na sua, o trabalho também
é intenso. Viúva há um ano, Mariza
tem duas filhas, Viviane e Dayane; três
netas: as pequenas Andiara, Sofia e
Ester; além de Marcos Eduardo, de
nove anos, com o qual protagoniza
uma emocionante história de “mãe e
filho”, que começou quando ele tinha
pouco mais de dois meses.
“Eu levanto bem cedo para lavar
o quintal. Numa manhã bem fria de
garoa fina, o pai dele passou na rua
com ele e a irmãzinha, de um ano e
dez meses. As duas crianças sem blusa
ou qualquer outro agasalho. Quando
vi a cena, falei: ‘Eduardo [seu vizinho
na época], esses meninos estão com
Jogo rápido com Marilza Nascimento
Signo: Sagitário | Cor preferida: Preto | Hobby: Colecionar
chaveiros | Um filme: “Titanic” (1997), com Leonardo
DiCaprio e Kate Winslet | Um livro: “O Pequeno Príncipe”,
do francês Antoine de Saint-Exupéry | Um estilo de
música: Sertaneja | Uma música: “Coração de Estudante”,
de Milton Nascimento | Cantora preferida: Fafá de Belém
| Cantor: Milton Nascimento | Sobre a deficiência:
Deveria ter menos discriminação | Religião: Deus | Deus:
Em primeiro lugar | Amigos: Poucos, mas verdadeiros |
Amor: Minha família | Esporte preferido: Futebol | Time
do coração: Corinthians | Um sonho: Voltar para Minas
| O que fazer para viver melhor? Dar mais atenção aos
necessitados | Uma frase: Sejam felizes!
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frio’. Ele, então, me pediu que cuidasse
deles enquanto ia buscar roupas. Foi e
nunca mais voltou”, conta Mariza, que
acolheu os rebentos.
Com a ajuda de vizinhos, conseguiu
roupas e mamadeiras. Mas Marquinhos,
que estava bastante doente, precisava
de muito mais. “Ele não havia tomado
nenhuma vacina, a pele estava tão
assada que dava pena. A bronquite
também era brava”, relembra ela que,
por várias vezes, precisou levar, às
pressas, o bebê ao posto de saúde.
“Como ele não era nem registrado,
eu ia com a cara e a coragem”, revela.
Posteriormente, Mariza passou a pagar
um convênio médico para o pequeno.
Vinte dias depois de o pai ter
sumido, a mãe, que era vizinha de
Mariza, reapareceu. Mariza, então, foi
com ela a um cartório e fez questão
que ela registrasse a criança. “Fez o
registro de qualquer jeito e disse: Toma,
se vira”, relembra.
De posse da certidão de nascimento
da criança, Mariza procurou um
advogado, que a aconselhou a devolver o
bebê para a mãe ou acionar o Conselho
Tutelar. Mas Marquinhos já havia
conquistado a família, o que fez com
que Mariza fosse pedir instruções na
Vara da Infância de Guarulhos (SP),
onde mora. “Eu fui com a mãe dele
ao Conselho Tutelar para provar que
ele não estava sendo ‘sequestrado’. Um
ano depois, ganhei a guarda provisória
e, mais tarde, conquistei a definitiva.”
Quanto à menina, ficou com a mãe.
Mineira de Francisco Badaró, filha
de João e Maria José e irmã de Alaércio,
Mariza diz que teve uma infância muito
feliz. “Morava na roça e brincava de
boneca feita com sabugo de milho.
Pintava a boca, o nariz e os olhos com
carvão”, diverte-se.
Hoje, devido às inúmeras atividades
em casa e no “lar-escritório” da
vice-presidente da ADEVA, Mariza
vai pouco à sede da entidade, na Vila
Mariana, mas considera o trabalho
realizado pela ADEVA fundamental
para os deficientes visuais. Quanto
a Markiano, presidente da ADEVA,
Mariza não poupa elogios: “O Markiano
é especial, pela sua educação e maneira
de tratar as pessoas. Quem fala mal
dele merece castigo!”
MEMÓRIA
A ADEVA registra com tristeza a
partida do amigo e companheiro
Marco Antonio de Queiroz, o MAQ,
que faleceu no dia 2 de julho de 2013.
Grande parte dos seus 56 anos de
vida, MAQ trabalhou pela acessibilidade na web, sendo um desbravador desse tema e de temas como
usabilidade e tecnologias assistivas no Brasil. “Acesso Digital”,
“Acessibilidade Legal” e “Bengala Legal” (www.bengalalegal.
com) são projetos com a sua assinatura. A homenagem que lhe
prestamos é o compromisso de continuar sua tarefa, de incentivar,
conscientizar e garantir a acessibilidade na web por meio do nosso
projeto “Acesso para Todos”.
Tudo tem sua primeira vez
Por Marco Antonio de Queiroz, MAQ (01/11/2006)
O maior incentivo que tive em estudar e aprender desenvolvimento
de sites com acessibilidade foi a fascinação de como eu, e pessoas
com a minha deficiência, poderíamos facilitar nossas vidas caso
tivéssemos um acesso fácil à web.
Eu já era um entusiasta da Internet quando, em 1995, comecei a
trocar e-mails com colegas com deficiência visual de todo o Brasil.
Era uma loucura saber que estava escrevendo e obtendo respostas
de cegos contando suas vivências de tão longe.
No entanto, meu maior deslumbramento foi quando, em 1999, entrei
no site de um conhecido jornal carioca e, com absoluta autonomia,
sem precisar que alguém o fizesse para mim, li uma notícia!
A princípio, dei um sorriso satisfeito e meio bobo, mas, logo
depois, a emoção me tomou totalmente. Minha liberdade!
Após isso, por ser dia de aniversário de uma pessoa amiga,
comprei um livro e o enviei de presente sem sair de minha cadeira
em frente ao micro.
A amiga recebeu o presente em casa e telefonou, agradecendo
a lembrança e dizendo que eu não precisava me preocupar e ter
tanto trabalho em deslocar alguém para fazer o que fiz.
Disse-lhe que eu tinha feito tudo sozinho e ela começou a chorar.
Para não estragar a emoção dela com “todo o trabalho que
tive”, calei-me sem contar que não necessitei me deslocar com
minha bengala até a livraria e muito menos tinha ido ao correio.
Mas, lá do fundo, minha emoção veio brotando novamente, ao
ter a sensação de que eu estava, graças à internet, me tornando
um sujeito mais comum.
Eu e outros curiosos íamos espalhando as novidades pela
lista de colegas com deficiência.
Todos se entusiasmavam! No entanto, começamos a perceber
que “nem tudo eram flores”, e que existia uma tal de inacessibilidade, que havia páginas nas quais quase nada podíamos
fazer, ou mesmo onde éramos totalmente barrados.
Assim, fui pesquisar a causa disso. Parte desse conhecimento
está nesse capítulo, e para todos.
Leia os capítulos seguintes em
www.bengalalegal.com/capitulomaq#301.
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Festa Julina
da ADEVA
No dia 13 de julho, um sábado, aconteceu a
3ª Festa Julina da ADEVA. Amigos, colaboradores
e associados compareceram ao arraial na sede da
entidade, que contou com muita comida gostosa,
brincadeiras e brindes, música e, como não poderia
deixar de ser, uma animada quadrilha.
ADEVA celebra
35 anos com show
de Ângela Maria
A ADEVA faz 35 anos em 2013 e, como de costume,
a data será comemorada no tradicional jantar de
aniversário da entidade no Bar Brahma, na esquina
das avenidas Ipiranga e São João. Neste ano, a personalidade escolhida para abrilhantar a noite é nada mais,
nada menos que a “rainha do rádio” Ângela Maria,
dos clássicos “Babalu”, “Cinderela” e “Gente
Humilde”, entre muitos outros. Reserve a data
na sua agenda e venha celebrar com a gente!
Virtual Vision, 15 anos
A ADEVA foi uma das homenageadas no jantar que celebrou
os 15 anos do Virtual Vision, software de leitura de telas criado
pela empresa parceira MicroPower.
Desenvolvido em 1997 a partir de pesquisas com modelos de
processamento de linguagem natural, o Virtual Vision é hoje o
único leitor de telas desenvolvido no Brasil capaz de funcionar
com os programas mais populares da Microsoft (Windows, Word,
Excel, Internet Explorer, Outlook, Skype, entre outros). Saiba
mais sobre o Virtual Vision no site www.virtualvision.com.br.
Markiano Charan Filho (5º da esquerda para direita), presidente da ADEVA,
durante o jantar em comemoração aos 15 anos do Virtual Vision
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ADEVA e Sabesp,
juntas mais uma vez
Sessão inclusiva do filme “Tanta Água”,
no Cine Sabesp, teve casa cheia
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FOTOS: DIEGO (Sabesp)
No dia 17 de julho, a Associação de Deficientes Visuais
e Amigos (ADEVA) e a Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp) promoveram, no Cine
Sabesp, em São Paulo, a terceira edição do “Cinema Inclusivo”,
projeto iniciado em dezembro do ano passado como parte
da programação da Virada Inclusiva.
O filme escolhido para a sessão especial,
que contou com audiodescrição da jornalista e
colaboradora do CONVIVA Lucia Maria, foi
o longa “Tanta Água”, produção do Uruguai,
México e Alemanha que trata das relações
familiares e afetivas a partir do ponto de vista
de uma adolescente em férias. A chuva, uma
constante na narrativa, marca a viagem do pai
divorciado Alberto (Néstor Guzzini) e seus
dois filhos, Lucía (Malú Chouza) e Federico
(Joaquín Castiglioni), aos banhos de Arapey,
no Uruguai.
“Tanta Água”, das cineastas uruguaias Ana Guevara
e Leticia Jorge, conquistou o prêmio da crítica no
Festival Internacional de Cinema de Cartagena (Colômbia),
o prêmio de melhor obra de diretor estreante no Festival
de Guadalajara (México) e o grande prêmio do júri no
Festival de Miami (EUA). Também integrou a programação
do 8º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo,
de 11 a 18 de julho, com patrocínio da Sabesp.
Após a sessão no Cine Sabesp, que contou com uma
plateia de quase 250 pessoas, houve o sorteio de dois iPods
Shuffle, dez sacolas com livros e uma camiseta promocional
do 8º Festival de Cinema Latino-Americano, mais o sorteio de dois
vales-convites para o jantar de aniversário da ADEVA (com direito
a acompanhante), no Bar Brahma, no próximo dia 13 de novembro.
Que venha a próxima!
ADEVA e ADVF:
unindo forças pela cidadania
Entidades firmam parceria para a capacitação das
pessoas com deficiência visual de Fernandópolis
Por Liane Constantino
[email protected]
Fotos de atividades e
amigos da ADVF
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No começo do ano, a ADEVA iniciou uma parceria com a Associação dos Deficientes Visuais
de Fernandópolis (ADVF), entidade que presta serviços às pessoas cegas e com baixa visão desse
município paulista situado a 554 km da capital.
A ADVF foi fundada em 2000 e, ainda hoje, é a única instituição na cidade e naquela região
que atende pessoas com deficiência visual. Em seus 13 anos de funcionamento, ampliou de oito
para 60 o número de participantes nas atividades que oferece: cursos de escrita e leitura braile,
orientação e mobilidade, informática, canto coral, aula de violão, teclado, percussão e teatro,
programações de lazer, turismo e cultura. Oferece também três refeições diárias aos alunos que
ali permanecem em tempo integral.
A parceria faz parte da meta de ampliação de atendimentos do Programa Via Rápida Emprego,
projeto do governo de São Paulo lançado em 2011. A ADEVA, por sua experiência de mais de três
décadas na capacitação profissional de pessoas com deficiência visual, foi a entidade selecionada
pelo governo paulista para atuar junto a esse público-alvo.
O curso de auxiliar de escritório foi um acréscimo a este rol de opções e vai ao encontro da
proposta do Via Rápida Emprego de abastecer o mercado de trabalho com pessoas minimamente
qualificadas por meio de cursos básicos de capacitação profissional, conforme as demandas regionais.
Para Célia Aparecida Fontes Lopes Mafra, diretora e fundadora da ADVF, a parceria com a
ADEVA supre de maneira exemplar as necessidades de Fernandópolis. “Nossa cidade é pequena
e com poucas alternativas para as pessoas com deficiência de modo geral; portanto, o trabalho
conjunto com a ADEVA está dando aos nossos alunos um recurso a mais para sua inclusão na
sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho. E vem reforçar os princípios éticos que
movimentam nossa entidade, entre os quais se destaca o de reconhecer e respeitar o direito de
oportunidades iguais perante a diversidade humana”, ela acrescenta.
No decorrer deste ano, o curso de auxiliar de escritório, com carga horária de 300 horas, e
que inclui habilidades gerais e introdução à informática, será oferecido a três diferentes turmas,
de 20 alunos cada. A primeira turma iniciou as atividades em 24 de junho, após a capacitação
dos instrutores locais pelo Via Rápida Emprego.
Todo o material didático, impresso em braile, em tipos ampliados e disponível em áudio, foi
produzido pela ADEVA e distribuído gratuitamente aos alunos. Cada um dos inscritos receberá
também uma mochila contendo uma calculadora sonora, lupa, reglete e caderno com pautas
largas, de acordo com sua acuidade visual.
10% de visão e
100% de disposição
Conheça Mariana Baierle, jornalista,
professora, palestrante e blogueira
Por Lúcia Nascimento
[email protected]
certa forma, um blog ou jornal
nos preserva mais”, opina. “Na
TV, eu falo com as câmeras, mas
não sei quem está me assistindo.
Prefiro dar aulas, porque sei que tem
alunos me ouvindo e eu estou falando
e interagindo diretamente com eles.”
Na internet, Mariana é editora
do blog Três Gotinhas (tresgotinhas.
com.br/author/mariana). “O blog tem
a proposta de registrar ‘gotinhas’ do
meu pensamento, não necessariamente
três, mas quantas forem surgindo ao
longo de cafezinhos, cervejinhas, vinhos
e conversas com os amigos.”
Desde os tempos de escola, a
jornalista Mariana Baierle Soares, 27,
já dava sinais de que ingressaria no
mercado das artes e da cultura. Formada
em Jornalismo pela PUC-RS e mestre
em Letras pela UFRGS, nem os apenas
10% de visão (ela nasceu com uma
má formação na retina) impediram essa
gaúcha de Porto Alegre de produzir
textos e se apaixonar pela literatura.
“Eu lia com lupa, colava o rosto nos
livros e ampliava tudo. Como era uma
escola regular, não tinha nada adaptado.
Meu pai, que é engenheiro químico,
me dava aulas de matemática, física e
química, e eu passava por causa dele”,
A primeira experiência de Mariana
recorda ela, que iniciou suas atividades
como professora foi monitorando
jornalísticas estagiando em jornais de
aulas de literatura na UFRGS, parte do
bairro e fazendo assessoria de imprensa.
seu mestrado em Letras. Foi quando
Seu primeiro emprego foi como
conheceu o Programa Incluir, que atende
redatora e repórter de educação e
os alunos com necessidades especiais
acessibilidade no jornal “Correio do
da universidade. “Comecei a pesquisar
Povo”, de Porto Alegre, em 2008, época
e a conhecer pessoas ligadas à acessiem que assumiu, definitivamente, o
bilidade. Foi um ‘start’ para eu trabalhar
uso da bengala, pois trabalhava no
dando cursos e palestras na área.” O
período da noite e enxergava ainda
mais recente é o Educação, Cultura
menos. Atualmente, Mariana é
e Acessibilidade, para professores e
repórter e apresentadora do quadro
demais funcionários da UFRGS, no qual
“Acessibilidade”, do programa de
Mariana dá sugestões de
entrevistas Cidadania,
como tornar os espaços
da TVE do Rio Grande
da universidade mais
do Sul. “É um programa
acessíveis.
ao vivo, de meia hora,
Batalhem (...)
Com um grupo
às segundas, quartas e
de
mais seis comunivocês podem
sextas-feiras. No meu
cadores, Mariana criou
quadro, de três ou
fazer de tudo! a empresa de consultoria
quatro minutos, falo
Tagarellas Audiodescrição
de serviços e acessi(tagasblog.wordpress.
bilidade”, explica.
com), que tem como
Embora
goste
objetivo tornar a cultura
muito de trabalhar em TV, Mariana
mais acessível para todos. Um exemplo
revela que a telinha nunca foi o seu
do seu trabalho pode ser visto, ou
principal objetivo. “Fico espantada por
melhor, ouvido na audiodescrição do
estar me saindo tão bem. TV não era
filme “Colegas”, vencedor do último
o meu plano. Não sei se é bom ser
Festival de Cinema de Gramado. “Na
reconhecida na rua, tira a privacidade. De
Acessibilidade
Tagarellas,
eu faço um
trabalho de divulgação. E ser jornalista,
nesse meio, só acrescenta”, afirma.
Em parceria com o historiador Felipe
Mianes, também com baixa visão, ela
produziu, em 2012, o documentário
“Olhares”, que retrata o acesso à cultura
de pessoas cegas e com baixa visão.
Os dois também coordenaram,
no primeiro semestre deste ano, o
curso de extensão “Audiodescrição e
suas Intersecções com a Educação”,
ministrado na Faculdade de Educação
(Faced) da UFRGS para profissionais
de educação, comunicação e cultura.
Surpresa com o rumo que a sua
vida tomou nos últimos dois anos,
Mariana diz que pretende conciliar
as aulas na Faced com o jornalismo e
lembra que, devido à sua baixa visão,
já enfrentou muita resistência das
empresas de comunicação. “Mesmo
com a minha formação em jornalismo e
o mestrado em Letras, além da minha
experiência na área, só me ofereciam
emprego de telefonista ou de atendente
de telemarketing.”
Felizmente, ela não desistiu dos
seus sonhos, como muitos profissionais
perfilados neste espaço, e encerra a
entrevista com um chamado às pessoas
com deficiência visual que sonham com
um lugar de destaque no mercado de
trabalho:
– Batalhem muito e jamais se
acomodem. Não pensem que as coisas
são impossíveis só porque vocês têm
uma deficiência. Com certas adaptações,
vocês podem fazer de tudo.
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O fim de uma era para os smartphones
Symbian sai de cena, mas sistemas operacionais
de Apple e Google são ótimas alternativas
Por Laercio Sant’Anna
[email protected]
Na última década, o leitor de tela Nuance Talks foi
soberano, e cegos do mundo inteiro puderam adentrar o
universo dos smartphones graças a esse software. No entanto,
com o lançamento do Nokia 808 PureView, no fim do ano
passado, a fabricante finlandesa anunciou a morte do Symbian
e, por consequência, do Talks (compatível com este).
O Symbian surgiu no início de 1998, como “uma solução
que atenderia a várias companhias”. Como a parceria entre
as grandes fabricantes de smartphones não deu certo,
somente a Nokia apresentou celulares com esse sistema.
Com o lançamento do iPhone, em 2007, e o advento de
diversos aparelhos com o sistema Android, a participação
de mercado do Symbian caiu consideravelmente. Segundo
dados da consultoria IDC, no terceiro trimestre de 2012 o
Android era líder com 75% de participação de mercado de
smartphones; o iOS, da Apple, possuía 14,9%; o Symbian,
2,3%; e o recém-chegado Windows Phone, 2%. De acordo
com a International Data Corporation, no primeiro trimestre
de 2013 foram vendidos 418,6 milhões de celulares no mundo
(41,6% a mais do que no mesmo período de 2012).
Desses, 51,6% (216,2 milhões) foram smartphones,
superando a barreira dos 50% pela primeira vez na história.
A partir de 2013, a Nokia passou a trabalhar com o
Windows Phone, sistema operacional que, infelizmente,
até o momento, não oferece nenhuma acessibilidade. Mas,
como já comentamos nos Convivaware 58 e 59, os sistemas
iOS (Apple) e Android (Google) têm trazido alternativas
muito interessantes para as pessoas com deficiência visual.
Mobiles em alta
O aumento da capacidade de processamento dos aparelhos,
aliado à melhora do acesso à internet e à “nova” maneira
de comercialização de softwares através das respectivas
lojas virtuais compõem o cenário ideal para fazer de um
dispositivo com Android ou iOS um sonho de consumo.
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Graças à grande oferta de aplicativos gratuitos ou de baixo
custo, independente do perfil do usuário, ter um smartphone
recheado de bons aplicativos à mão quase sempre é vantajoso.
Não raro encontrarmos pessoas querendo comprar um
smartphone só para fazer uso de determinado aplicativo.
Em relação às pessoas com deficiência não é diferente, é
já possível encontrar produtos desenvolvidos especificamente
para esse público.
Para ter uma ideia, com menos de R$ 500 pode-se adquirir
um smartphone com Android e baixar gratuitamente da
Google Play (loja de aplicativos do Google) o leitor de tela
TalkBack e adquirir uma voz sintética em português do Brasil
de alta qualidade por menos de R$ 10. Ou, se dispuser de
um dinheirinho a mais, presentear-se com um iPhone da
Apple, que já vem com o leitor de tela nativo. O certo é
que, de posse de uma tecnologia dessas, o usuário com
deficiência consegue se comunicar com muita independência.
Vale lembrar que, na época do Symbian, o Talks custava – e
ainda custa, afinal, continua à venda uma licença desse leitor
de tela para aparelhos Nokia remanescentes dessa plataforma
– R$ 495. Isso sem considerar o preço do aparelho, que,
hoje, não sai por menos de R$ 400.
Compartilhe seus aplicativos
É muito comum, nas rodas de conversa, o tema girar
em torno das novas descobertas para os smartphones. Por
isso, para permanecermos antenados e tirarmos o melhor
proveito dos nossos aparelhos, voltaremos em breve a este
tema no Convivaware, trazendo dicas de aplicativos para
as pessoas com deficiência visual. Para tanto, caso você,
leitor(a), entenda que determinado aplicativo é imprescindível,
por favor, escreva um e-mail para [email protected].
Terei o maior prazer em compartilhar sua experiência
neste espaço. Até a próxima!
Oceano
De olho em Brasília
Em tempos de manifestações e protestos, o site Congresso
em Foco é uma ótima dica para o eleitor se informar sobre os
principais fatos políticos da capital federal e acompanhar o
que se passa no Congresso Nacional, como, por exemplo, o
desempenho de cada um dos “representantes do povo”.
http://congressoemfoco.uol.com.br
Gostoso é pagar pouco
Criado em 2012, o P.F. Week toma emprestado o nome
do Restaurant Week para divulgar de uma maneira muito
descontraída lugares bons e baratos para se comer um bom
prato-feito em São Paulo. Porque, como diz o site, gostoso
mesmo é comer bem gastando pouco.
http://pfweek.tumblr.com
Tudo sobre cinema
A menina, de biquíni estampado, disparou em direção
ao mar pela praia vazia, os cabelos muito loiros e lisos
ao sol, que ia e vinha de trás das nuvens, e ao vento
quase frio do outono. Devia ter uns seis, sete anos. “Vai,
filha!”, gritava a mãe, de maiô escuro e boné vermelho,
sobre uma enorme esteira de palha. Era loira também
e jovem, mas o que chamava a atenção era a alegria.
Lá na frente, pertinho do mar, a menina parou.
A água gelada alcançou seus pés, ela deu um
gritinho e uns passos para trás. “Vai, Marina!”, insistiu
a mãe, enquanto fazia um rabo de cavalo que puxou
para cima e escondeu embaixo do boné. “Quer que
a mamãe entre com você?”, gritou e foi levantando.
“Não, eu vou sozinha, fica aí”, gritou de volta a Marina,
com a palma de uma mão estendida para trás. E foi
andando firme e entrando na água e cambaleando,
caindo e levantando a cada pequena onda que batia
na sua cintura.
A mãe, em pé, silenciou e ficou olhando. Mas não
demorou muito para sair correndo atrás da Marina,
entrar aos pulos no mar e agarrar a menina por trás.
Agora gargalhavam, os cabelos molhados, uma jogando
água na outra, a mãe segurando a filha e as duas
saltando cada onda do mar meio cinza. Foi só quando
voltaram de mãos dadas e tremendo de frio é que eu
pude ver os olhos da Marina e perceber que ela era
cega! Soltou a mão da mãe, virou-se e
correu de novo para o mar. Lá foi ela,
explicando, os braços cruzados no
peito: “Aqui fora tá frio, vou voltar
lá que tá quentinho!”
Vai, Marina...
Lucia Maria é jornalista, audiodescritora
e autora do blog Outros olhares
(outrosolhares.blog.terra.com.br).
SHUTTERSTOCK
O Internet Movie Database (ou IMDb) é um banco de dados online com todo o tipo de informação sobre filmes, programas de TV
e celebridades em geral. Hoje pertencente à Amazon, é praticamente um Google dos filmes, onde o internauta encontra o nome
do diretor “daquele filme” ou o nome do filme “com aquele ator”.
http://www.imdb.com
ADEVA nas redes sociais:
twitter.com/adeva1978
facebook.com/Adeva
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Um dedo de trova
Montanhas se desmanchando...
Baixadas virando mar...
“Basta!” Diz o homem, quando
ele é que tem de parar.
Meu coração foi bagual
redomão e escarceador.
Hoje, manso, lambe o sal
da saudade de um amor.
Ao roubar da Conceição,
um beijinho sorrateiro,
tive a nítida impressão
de ter beijado um cinzeiro!
Meu rio
Meu rio, andei sozinho vida fora
e volto tão saudoso quão descrente,
rever onde brinquei antigamente,
até que um sonho meu levou-me embora...
Eu, como tu, tive mil afluentes,
mas, um a um, se foram... E eis-me agora
a recordar contigo as belas horas
da infância que não mais se faz presente...
Meu rio... Corremos juntos tantos anos...
Eu te imitava ao transbordar de planos,
porém, por ironia do destino,
Hoje, do fundo deste mar de enganos,
inda te posso ver, contra oceanos,
correndo como eu, quando menino!
*Trovas e poema por Lothar Bazanella
Cinema em casa: Xingu
Passeio: Pinacoteca do Estado
Audiobook: Marley & Eu
Baseado em uma história real, o filme
conta a trajetória dos irmãos Orlando,
Cláudio e Leonardo Villas-Bôas a partir
do momento em que se alistam para a
Expedição Roncador-Xingu, parte da marcha para o oeste de Getúlio Vargas, em
1943. Com João Miguel, Felipe Camargo
e Caio Blat. Drama. 102 min. DVD com
audiodescrição.
Oferece acervo e material informativo em braile, áudio e ampliado. Possui audiodescrição,
publicação de catálogos em braile e áudio, mediação para visitantes cegos, ambientações,
percurso, maquete, mapas e imagens táteis e
em alto contraste. Conta ainda com áudioguia
da galeria tátil de escultura e guias videntes.
Praça da Luz, 2 - tel. 3324-1000. De terça
a domingo, das 10h às 18h.
Best-seller do jornalista americano
John Grogan, o livro, que deu origem ao filme homônimo, conta a
história das peripécias do filhote de
labrador Marley na vida do autor e
sua companheira até o dia em que
eles se tornam grandes amigos. Com
narração de Luis Melo. 12h /MP3,
R$ 32,90.
ADEVA - Associação de Deficientes Visuais e Amigos
e-mail: [email protected] - site: www.adeva.org.br
Correspondência: rua São Samuel, 174, Vila Mariana, CEP 04120-030 - São Paulo (SP)

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