CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos
CURSO DE MEDICINA
Trabalho de Conclusão de Curso
Resumos
Turma 4ª A – 2010.1 / 2010.2
COORDENADORA DO CURSO:
Profª. Marta Silva Menezes
SALVADOR
Nome aluno(a): JAMILLE DOURADO ARARIPE
Tema: Perfil epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de trauma
atendidas em um centro de referência na Cidade do Salvador – BA
Orientador: Profª. Dra. Isabel Carmen Fonseca Freitas
RESUMO
Introdução: O trauma continua sendo a principal causa de morte e invalidez na
infância, tornando-se o problema mais sério de saúde pública mundial. De acordo
com a OMS, as injúrias e a violência são responsáveis por 950.000 mortes em
crianças e jovens abaixo de 18 anos, a cada ano. Mais de 95% dessas mortes
ocorrem nos países em desenvolvimento, e esse dado estatístico só tende a
aumentar, devido à crescente urbanização e ao crescente montante automobilístico.
No Brasil, cerca de 6 mil crianças morrem, a cada ano, vítimas de injúrias, e outras
140 mil são hospitalizadas por acidentes não fatais, constituindo um custo elevado
para o governo. Para cada criança morta, quatro ficam com seqüelas permanentes,
trazendo conseqüências socioeconômicas e emocionais para a sociedade. A
escassez de estudos sobre o tema no Estado da Bahia motivou a elaboração deste
projeto.
Objetivos: Definir o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de
injúrias, os tipos e as complicações do trauma pediátrico na região metropolitana de
Salvador-Bahia.
Materiais e Métodos: Estudo descritivo, realizado por meio de pesquisa em
prontuário e entrevista com os familiares das vítimas de trauma com idade entre 0 a
18 anos, admitidas com vida em um centro de referência para trauma no Estado da
Bahia no período de abril a julho de 2010. Os dados foram analisados através do
pacote estatístico SPSS versão 17.0, com o objetivo de proferir uma análise
descritiva das características das crianças e adolescentes vítimas de trauma na
cidade do Salvador.
Resultados: Amostra constituída de 210 pacientes, dentre os quais 127 (60,5%)
eram do sexo masculino. A média de idade encontrada foi de 6,3 anos (± 3,8),
variando entre 2 meses e 17 anos. A principal causa de hospitalização foi queda de
altura (36,2%), seguida de queimaduras (21.9%), e colisão por veiculo motorizado
(13,3%). Apenas 7 pacientes (3,3%) foram vítimas de injúrias intencionais. O tipo de
lesão mais comum foi o trauma craniencefálico (22,9%), seguido de queimaduras
(21,9%), e trauma músculo-esquelético (18,5%). O tratamento cirúrgico foi
necessário em 49% dos casos. Dezessete crianças evoluíram com seqüelas
permanentes e apenas uma foi a óbito (grande queimado). Apenas sete crianças
necessitaram de cuidados em UTI. Somente 15,2% dos informantes haviam
recebido, anteriormente, orientação sobre prevenção de acidentes com crianças. Do
total, 84 (40%) pacientes eram pardos. Os pais estudaram até o ensino fundamental
em 48,1% dos casos e possuíam renda familiar mensal de até 1 salário mínimo
(49,5%). Os acidentes ocorreram predominantemente à tarde (45,7%).
Conclusão: As variáveis sócio-demográficas constituem fatores de risco para o
trauma, mas não são fatores determinantes. Qualquer criança é passível de
acidentes. Porém, a falta de infra-estrutura adequada, de informação, e
principalmente, de políticas públicas voltadas à prevenção, contribui
significativamente para a ocorrência de acidentes. Como 90% desses acidentes
poderiam ter sido evitados somente com ações preventivas, programas efetivos de
prevenção não podem ser desenvolvidos sem um entendimento dos fatores que
contribuem para o trauma em crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Prevenção. Trauma pediátrico. Adolescentes.
Nome aluno(a): LARISSA ARAÚJO PINHEIRO NOGUEIRA
Tema: Comparação entre as recomendações atuais de alimentação infantil e os hábitos
alimentares de lactantes de 0 A 2 anos
Orientador: Profa. Dra. Junaura Rocha Barretto
RESUMO
A nutrição infantil adequada é importante no período crítico da lactância para
promover a saúde da criança. A atenção voltada para as práticas alimentares
durante os dois primeiros anos de vida é essencial, pois é nessa fase que as
crianças se encontram mais vulneráveis tendo em vista seu crescimento e
desenvolvimento. A recomendação atual da Organização Mundial de Saúde e do
Ministério da saúde é para que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis
meses de idade e depois complementado até dois anos ou mais. A partir dos seis
meses, o lactente deve receber alimentos complementares para suprir sua
necessidade nutricional. A adequação desses alimentos é fundamental para redução
da morbimortalidade na infância e prevenção de doenças no futuro, afinal, estudos
recentes têm comprovado a associação entre os hábitos alimentares presentes nas
fases iniciais de desenvolvimento e o surgimento de doenças crônicas no adulto.
Diante da importância deste tema, o presente estudo objetiva realizar uma revisão
não-sistemática da literatura a fim comparar as recomendações atuais de nutrição
infantil com os hábitos alimentares dos lactentes de até dois anos de idade descritos
em estudos brasileiros. A pesquisa foi realizada através das bases de dados
SCIELO e LILACS, utilizando os descritores: ´´nutrição infantil´´, ´´alimentação
complementar´´, ´´práticas alimentares´´ e ´´lactentes´´. Uma busca adicional foi feita
através das referências dos artigos localizados. De forma geral, os trabalhos
selecionados apontaram para uma tendência ao aumento da duração do aleitamento
materno, embora o aleitamento materno exclusivo não tenha apresentado um
aumento tão significativo, permanecendo muito aquém do recomendado pelo
Ministério da Saúde. Com relação à alimentação complementar, os estudos
mostraram um padrão indesejável. Os alimentos foram introduzidos precocemente,
com muitos lactentes consumindo água, chá e leite integral já no primeiro mês de
vida. Alguns trabalhos demonstram a pequena variedade da dieta, o consumo de
preparações inadequadas quanto à consistência, e oferta da refeição da família
antes dos oito meses de vida. Apesar de a introdução precoce de alimentos
complementares ser mais comumente observada, o consumo tardio de alguns
alimentos, como por exemplo, carnes e ovos, também esteve presente. Além de
apresentarem medianas tardias de introdução, eles não foram consumidos na
freqüência adequada. O elevado consumo de leite integral entre crianças menores
de um ano e a reduzida ingesta de proteína animal estão associados à alta
prevalência de anemia ferropriva observada em alguns trabalhos. É importante
conhecer os principais erros alimentares presentes nas fases inicias do
desenvolvimento a fim de elaborar programas que objetivem prover as mães e
cuidadores do suporte necessário para condução de práticas alimentares que
atendam as recomendações para uma nutrição infantil adequada e oportuna.
Palavras-chave: Nutrição infantil; Alimentação complementar; Práticas alimentares;
Lactentes
Nome aluno(a): VITOR HUGO ABREU AZEVEDO DE MORAES
Tema: Distribuição espacial da mortalidade relacionada a ferimentos por arma de
fogo em Salvador- BA
Orientador: Prof. Dr. Raul Barreto Filho
RESUMO
Introdução:As mortes violentas, principalmente por arma de fogo, vem se
destacando como grande problema de saúde pública no Brasil. Em Salvador ,
observa-se situação parecida, tendo apresentação desigual, com maior
acometimento em locais mais pobres. Objetivo: Descrever a distribuição espacial
das mortes por arma de fogo no espaço urbano de Salvador no ano de 2009 .
Metodologia:Foi realizado um estudo descritivo de mortalidade mediante
levantamento das declarações de óbito (DO) do IMLNR ( Instiututo Medico-Legal
Nina Rodrigues) no ano de 2009 , de vítimas de homicídio por arma de fogo. As
informações obtidas foram analisados pelo excel 2007 através de gráficos.
Resultados: Em relação à faixa etária, 51% dos casos eram dos 20 aos 29 anos;
95% dos óbitos eram do gênero masculino; 97% eram preta/parda; o distrito
Cabula/Beiru com 12% apresentou como local de maior mortalidade por PAF.
Discussão: Houve uma manutenção da mortalidade com relação ao sexo e à faixa
etária, tendo o sexo masculino e a faixa de idade dos 20-29 anos onde apresentam
as maiores taxas de óbitos por PAF.Porém está havendo uma mudança na
distribuição das mortalidades por PAF, ocupando locais onde antes não se pensava,
como o distrito Barra/Rio Vermelho com 8% do total de mortes.A aplicação de
programas de preventivos e emergenciais, para áreas onde houve maiores taxas de
mortalidade por PAF, inibiria o crescimento da violência em Salvador.Porém,
necessitamos de estudos mais prolongados para podermos afirmar os principais
locais de acometimento dos óbitos por PAF em Salvador-Ba.
Palavras-Chave: Mortalidade; Arma de fogo; Distrito Sanitário
Nome aluno(a): MAURÍCIO LADEIA LIBERATO DE MATOS
Tema: A Eletroconvulsoterapia na prática Psiquiátrica
Orientador: Prof. Dra.Manuela Garcia Lima
RESUMO
INTRODUÇÃO: A eletroconvulsoterapia é uma terapia somática originada a mais de
50 anos a partir de estudos comparativos sobre a eficácia da convulsão no
tratamento de distúrbios psiquiátricos. Historicamente sempre foi objeto de estigmas
devido a sua associação com procedimentos de tortura e execução e por ser um
procedimento doloroso. Contudo é um procedimento confiável e eficaz para o
tratamento, principalmente de transtornos psiquiátricos relacionados ao humor.
OBJETIVO: Apresentar a ECT na prática psiquiátrica destacando aspectos atuais
referentes à mesma e comparando com outras terapias somáticas.
METODOLOGIA: Revisão bibliográfica de trabalhos científicos sobre a
eletroconvulsoterapia. A estratégia de busca utilizada foi: “Eletroconvulsoterapia”,
“Estimulação magnética transcraniana”, “ECT”, referente aos anos de 1970 a 2010
disponíveis nas línguas: inglês, português. Sendo excluídos os estudos que
abordaram outros temas não pertinentes ou não disponíveis na integra.
DISCUSSÃO: A ETC é indicada em casos de depressão maior, principalmente
quando há ideação suicida, além de comprovadamente eficaz em casos de mania e
esquizofrenia, contudo na esquizofrenia é menos recomendada, pois existem
tratamentos medicamentosos fortemente eficazes. A ECT tem respostas diferentes
conforme a posição escolhida dos eletrodos, a carga, freqüência e quantidade de
sessões em um tratamento. As convulsões ocorrem por estímulo elétrico direto,
diferente da EMTr que utiliza estimulo elétrico induzido por campo magnético.
Existem vários pontos em comum e divergente entre as duas técnicas.
CONCLUSÃO: A eletroconvulsoterapia é considerada o método mais eficaz no
tratamento da depressão maior e como demonstra a literatura é um método seguro
para tratamento dessas e outras doenças. Contudo o estigma prevalece e isso
deverá ser desmistificado através de trabalhos científicos demonstrando essa
segurança. A EMTr ainda é uma técnica nova e apesar de mais “confortável” que a
ECT ainda necessita de estudos mais aprofundados para ter sua evidência
comprovada.
PALAVRAS – CHAVE: Eletroconvulsoterapia, ECT, estimulação magnética
transcraniana.
Nome aluno(a): CAIO GOES PINHEIRO
Tema: Levantamento epidemiológico de pacientes internados no Hospital Juliano
Moreira
Orientador: Prof.ª Manuela Garcia.
RESUMO
O presente estudo objetiva obter a proporção das doenças psiquiátricas na
enfermaria masculina no ano de 2009 no Hospital Juliano Moreira, sob o ponto de
vista qualitativo (frequência das doenças e procedência dos pacientes) e quantitativo
(tempo de permanência). Constitui-se de um estudo descritivo observacional, tendo,
para isso, acesso aos prontuários dos pacientes internados na ala masculina da
enfermaria do Hospital Juliano Moreira, para obtenção dos objetivos citados acima.
Na análise feita, constatamos uma deficiência expressiva do Hospital Juliano
Moreira em confirmar diagnósticos de muitos dos seus pacientes. Os números finais
mostraram que, no ano de 2009, na enfermaria masculina, os transtornos afetivos
bipolares e a esquizofrenia foram mais frequentes, independente da procedência, e
que também causaram um maior tempo de permanência.
Palavras-chave: Transtorno afetivo bipolar. Esquizofrenia. Diagnóstico psiquiátrico.
Nome aluno(a): NAYANA FONSECA VAZ
Tema: Laser endovenosos no tratamento da doença Variscosa Primária.
Orientador: Prof. Me. Marcelo Gomes da Silva
RESUMO
Objetivo Descrever os resultados obtidos no tratamento da doença varicosa
utilizando-se o laser endovenoso. Métodos Estudo retrospectivo, descritivo
realizado em pacientes tratados por laser endovenoso em hospital filantrópico,
Salvador-BA no período de outubro de 2008 a julho de 2010. Os pacientes foram
convidados a comparecer em ambulatórios de cirurgia vascular para aplicação de
questionário, avaliação clínica do pós-operatório tardio e realização de exame de
imagem (Eco Color Doppler) nos membros tratados para a correção de varizes. O
atendimento procurou identificar possíveis complicações do tratamento pelo laser
endovenoso e avaliar se há presença de recanalização e refluxo na veia safena
magna. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do hospital referido e
os pacientes foram incluídos somente após assinarem o termo de consentimento
livre e esclarecido. Os dados foram tabulados e processados no programa SPSS
15.0 para Windows. Resultados Do estudo de 29 membros, foi obtida taxa de
oclusão de 75,9% (22), com persistência do refluxo em 20,7% (06) na veia safena
magna e 27,6% (08) na junção safeno femoral. Nenhuma complicação tardia foi
detectada. Após o tratamento 48,3% dos pacientes (14) relataram ausência de
sintomas e 37,9% (11) assinalaram ausência de dor no pós-operatório imediato.
Conclusão Concluiu-se que o tratamento com laser endovenoso é uma técnica
segura, pelos baixos índices de complicações e sendo essas autolimitadas, e eficaz,
pela melhora clínica evidente, alta taxa de satisfação dos pacientes e sucesso na
oclusão da VSM na maioria dos casos. Mas que apresenta taxas de recanalização e
refluxo no pós-operatório tardio maiores que no pós-operatório imediato.
Palavras-chave: Varizes. Laser Endovenoso. Tratamento.
Nome aluno(a): THOMAS VIEIRA LOBÃO
Tema: Parâmetros Clínicos e estatura final em meninas com puberdade precoce
central idiopática acompanhadas em um Centro de Referência em Salvador, Bahia
Orientador: Profa. Dra. Ana Cláudia Couto Santos da Silva
RESUMO
INTRODUÇÃO: A puberdade precoce central (PPC) ocorre devido à ativação
precoce do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal e envolve não apenas mudanças
físicas precoces da puberdade, como também acelera a maturação óssea e o
crescimento linear, comprometendo a estatura final. No sexo feminino, ocorre
quando há surgimento da telarca antes dos 8 anos ou o aparecimento da menarca
antes dos 10 anos, sendo a causa idiopática (PPCI) responsável por 95% dos casos.
O diagnóstico é clínico, seguindo-se os critérios de Marshall & Tanner, e, para
tratamento, utilizam-se agonistas de liberação lenta do hormônio liberador de
gonadotrofinas (GnRHa). OBJETIVOS: Descrever as características clínicas das
meninas com PPCI e identificar a estatura final no subgrupo de meninas que a
alcançaram. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com coleta de dados retrospectiva,
envolvendo 369 meninas com diagnóstico de PPCI acompanhadas e tratadas com
GnRHa no Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia no período de dezembro
de 1998 a junho de 2010, correspondendo a 62,75% do total de meninas com PPCI
registradas no centro. Estas meninas serão avaliadas com relação a características
epidemiológicas, clínicas, radiológicas e laboratoriais no início e término do
tratamento. As observações serão armazenadas em um banco de dados, e serão
analisadas por meio de cálculos de médias, proporções e escore z de altura,
gerando tabelas e gráficos. RESULTADOS: O início do desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários (telarca) ocorreu aos 6,37 + 1,47 anos, tendo sido
associado à pubarca em 282 meninas (77,3%) e à menarca em 38 meninas
(10,41%), com idade média de 6,86 +1,35 e 7,96 + 2,11 anos, respectivamente.
Trezentas e quarenta e nove meninas (96,43%) iniciaram o tratamento com o
GnRHa com idade cronológica média aos 8,44 + 1,28 anos, o qual foi seguido por
2,03 + 0,80 anos. Apenas 208 meninas (59,6%) o terminaram, com idade média de
10,79 + 0,61 anos. A diferença entre os avanços da idade óssea ao início e ao fim
do tratamento para essas meninas foi de 1,08 + 1,14 anos (p< 0,001) e entre a
predição da estatura final ao fim e ao início do tratamento foi de 4,62 + 6,33 cm (p<
0,001). Quinze meninas (7,85%) apresentaram registros de menarca após o
tratamento, num intervalo de tempo médio de 0,96 + 0,89 anos pós-terapia com
GnRHa e idade cronológica média de 11,63 + 0,94 anos. Não foi possível calcular a
estatura final nas meninas que terminaram o tratamento, pois não houve seguimento
regular anualmente destas ao centro pós-terapia. CONCLUSÃO: A terapia com
GnRHa trouxe benefícios no condizente à diminuição do avanço ósseo,
prevenindo/recuperando a perda estatural; e à redução da progressão puberal ou
até mesmo reversão dos caracteres sexuais secundários já estabelecidos;
proporcionando, assim, um crescimento saudável às meninas.
PALAVRAS-CHAVE; Puberdade Precoce Central. Estatura Final. Crescimento.
Nome aluno(a): CAMYLLE REIS FIGUEIREDO
Tema:Evolução da mielopatia associada ao HTLV-I/PARAPARESIA ESPÁSTICA
TROPICAL:Uma Revisão Sistemática
Orientador: Prof. Dr. Bernardo Galvão de Castro-Filho.
RESUMO
Introdução: Atualmente, o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) apresenta
quatro subtipos, HLTV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4 que se diferenciam por sua
distribuição pelo mundo e pelas diversas manifestações clínicas apresentadas por
eles. O HTLV-I é o principal subtipo do vírus, por ser o mais difundido e por ser o
responsável pelas principais síndromes causadas pela infecção. Cerca de 15 a 20
milhões de pessoas infectadas por este subtipo do vírus. A MAH/PET é uma das
principais manifestações dessa infecção e afeta 0,25% - 3,8% dos pacientes
infectados, sendo caracterizada como uma doença inflamatória crônica do Sistema
Nervoso Central caracterizada por paraparesia espástica, disfunções
urinárias/vesicais e sensoriais.
Objetivo: Realizar uma revisão sistemática sobre a evolução da MAH/PET em
pacientes com HTLV-1, tentando identificar fatores determinantes para o
desenvolvimento e progressão da MAH/PET.
Métodos: No intervalo de tempo de março a agosto de 2010, foram feitas buscas
sistemáticas nos bancos de dados da Pubmed, Scielo e Lilacs. As palavras-chaves
utilizadas foram Mielopatia associada ao HTLV, Paraparesia espástica tropical,
curso, prognóstico, qualidade de vida, follow-up estudos, incapacidade e suas
variantes para o inglês. Após esta seleção, os artigos passaram por avaliação
criteriosa de dois pesquisadores e por fim, foram utilizados critérios metodológicos
de qualidade para classificá-los em grupos A, B e C. Apenas resultados de artigos A
e B foram avaliados.
Resultados: Dezessete artigos foram selecionados. Os resultados desses artigos
foram confrontados de acordo com cada variável estudada (carga proviral, sexo,
idade de início da doença, IgG, neoptirina, duração da doença, transfusão
sanguínea, achados na ressonância magnética, disfunção erétil, sintomas urinários,
entre outros) tentando elucidar aspectos importantes dessa associação com a
mielopatia. Dos fatores estudados, os que tiveram mais estudos indicando relação
com a paraparesia foram carga proviral, sexo, idade de início da doença. Dez artigos
relacionaram carga viral com a doença. Onze artigos a relacionaram com o sexo.
Oito artigos associaram com idade de início da doença.
Discussão: O fato de uma porcentagem grande de pacientes infectados pelo HTLVI permanecerem assintomáticos desperta o interesse em determinar quais os fatores
que levam pacientes a desenvolver a MAH/PET. Concordando com a literatura, este
estudo demonstrou que a carga proviral alta e fatores genéticos estão fortemente
associados ao desenvolvimento da doença. Uma vez com a mielopatia, acreditavase que a progressão seria lenta, entretanto, a compilação dos estudos selecionados
para esta revisão indica cursos clínicos variáveis resultantes da ação de vários
possíveis fatores prognósticos.
Conclusão: A evolução da Mielopatia associada ao HTLV-I pode ser influenciada
por diversas variáveis, sendo as principais: carga proviral alta, fatores genéticos,
idade de início da doença e sexo. Entretanto, ainda é necessário que estudos
demonstrem como mais clareza como esses fatores possam interferir no curso
clínico da infecção pelo HTLV-I e, por conseguinte na Mielopatia.
Palavras-chaves: Mielopatia associada ao HTLV, Paraparesia espástica tropical,
evolução, curso, prognóstico, revisão sistemática.
Nome aluno(a): DANILO GONÇALVES DE SOUZA COSTA
Tema: Prevalência e fatores e risco para transtornos mentais comuns entre
estudantes de Medicina: Uma Revisão Bibliográfica
Orientador: Profª. Drª. Dolores Araújo
RESUMO
Introdução: Transtornos Mentais Comuns (TMC) representam os quadros menos
graves e mais freqüentes de transtorno mental. Os sintomas incluem esquecimento,
falta de concentração, insônia, irritabilidade e fadiga, assim como queixas somáticas
(cefaléia, falta de apetite, tremores, má digestão, entre outros). Ser portador de TMC
é uma condição que não implica diagnóstico psiquiátrico formal, porém representa
custos enormes em termos de sofrimento psíquico e impacto nos relacionamentos e
na qualidade de vida. Estudantes de medicina vêm sendo apresentados como
população de risco para o desenvolvimento de TMC. Objetivo: Analisar os recentes
achados sobre a prevalência de TMC em estudantes de medicina brasileiros e os
fatores da vida social, econômica e acadêmica a eles associados. Materiais e
métodos: A revisão bibliográfica considerou o período de 1990 a 2010 (Medline,
Lilacs e Scielo), usando os descritores: “common mental disorders” E “medical
students” E “prevalence” E “risk factors”. Discussão: Pesquisas brasileiras sobre
prevalência de TMC em estudantes do curso de medicina são escassas. Apenas
sete trabalhos foram desenvolvidos desde 1990 até 2010. As taxas de prevalência
de TMC identificadas entre os estudantes de medicina brasileiros permaneceram
dentro de um intervalo que vai de 19,0% a 44,7%. As características
socioeconômicas (como sexo, idade, renda, estado civil, procedência, cor, religião)
não se mostraram significativas no desenvolvimento de TMC, enquanto que os
aspectos acadêmicos e psicossociais dos estudantes tiveram destaque no processo.
Considerações finais: A respeito do estresse na formação médica, estudos
longitudinais ou pesquisas qualitativas seriam mais indicados para avaliá-lo
profundamente. O curso de medicina tem sido associado a inúmeros fatores de
estresse. Universidade e alunos possuem diferentes atribuições para melhorar esse
contexto.
Palavras-chaves: Transtornos Mentais Comuns.
Prevalência. Fatores de risco. Saúde mental.
Estudantes
de
medicina.
Nome aluno(a): ISABELLA DE OLIVEIRA MAGALHÃES
Tema: Uso das Estatinas na prevenção da Fibrilação Atrial
Orientador: Profª. Drª. Eloína Nunes de Oliveira
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Fibrilação Atrial é a arritmia mais comum na prática clínica e está
associada a 33% das internações causadas por essa doença cardíaca. Sua
prevalência e incidência aumentam conforme a idade, tendo, como complicação, a
doença cerebrovascular (DCbV), uma das maiores causas de mortalidade por
doença cardiovascular (DCV) no Brasil. A fisiopatologia da FA está associada à
fibrose atrial, atuação do sistema nervoso autônomo e, recentemente, estudos
mostraram que o processo inflamatório pode estar relacionado à gênese dessa
arritmia e que as estatinas têm efeito pleiotrópico cardiovascular. OBJETIVO:
Determinar o papel das estatinas na prevenção da FA. MÉTODOS: Consiste em
uma revisão sistemática da literatura que usou artigos encontrados no banco de
dados do MEDLINE e as palavras-chave “statins and atrial fibrillation and primary
prevention”, “statins and atrial fibrillation and recurrence” e “non-antiarrhythmic drugs
and atrial fibrillation”. RESULTADOS: De acordo com os critérios de inclusão e
exclusão, oito artigos foram selecionados para a realização do trabalho, sendo três
ensaios clínicos, três casos-controle e duas coortes. Os trabalhos apresentam
diversos propósitos em verificar a ação não-antiarrítmica das estatinas na FA,
analisando o papel do medicamento em diferentes grupos com essa arritmia em
situações distintas. Há pesquisas que objetivam avaliar o poder preventivo das
estatinas na recorrência da FA após cardioversão elétrica (CE) ou química, bem
como verificar se as estatinas podem evitar essa arritmia em pacientes com DAC ou
sem doença de base. Os tipos de estatinas e as doses diferiram em cada estudo,
variando entre atorvastatina, sinvastatina, lovastatina e fluvastatina CONCLUSÃO:
As estatinas podem prevenir FA quando usadas por um longo período, sendo este
resultado independente do seu efeito hipolipemiante, e quanto mais potente for a
droga, maior a sua ação sobre a FA.
PALAVRAS-CHAVE: Fibrilação Atrial. Estatinas. Drogas não-antiarrítmicas. Efeitos
pleiotrópicos cardiovasculares.
Nome aluno(a): MARIA EUGÊNIA FERNANDES
Tema: Análise comparativa da qualidade de vida de pacientes com Dermatite
Atópica, , Psorias e Vitiligo: Uma revisão de Literatura
Orientador: Profa Dra Jussamara Brito
RESUMO
Introdução: Qualidade de vida é um tema que vem adquirindo cada vez mais
importância na sociedade em geral, na literatura científica e, especialmente, no
campo da saúde. Atualmente estima-se que pelo menos um terço dos pacientes com
doença dermatológica possua algum aspecto emocional alterado. Estudar o
comprometimento da qualidade de vida dos pacientes portadores de dermatoses
como a dermatite atópica, psoríase e vitiligo é de grande relevância, tendo em vista
a alta prevalência, a cronicidade, o caráter recidivante e o impacto psicossoacial.
Objetivo: Fazer uma análise comparativa da qualidade de vida dos portadores de
dermatite atópica, psoríase e vitiligo a partir de uma revisão bibliográfica. Além disso,
identificar e discutir os possíveis preditores da qualidade de vida de pacientes com
dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática
da literatura utilizando o banco de dados da biblioteca virtual do MEDLINE,
acessada através do site do Pubmed. Foram utilizados apenas os artigos em inglês,
publicados nos últimos dez anos. Além disso, foram incluídos apenas os estudos
que avaliaram a qualidade de vida através do Dermatology Life Quality Index (DLQI).
As variáveis analisadas nos artigos sobre dermatite atópica foram: gênero, idade
média da população estudada, duração, idade média de início, gravidade e
visibilidade da doença. As variáveis analisadas nos artigos sobre psoríase foram:
gênero, idade média da população estudada, duração, idade média de início e
gravidade da doença, tipo clínico predominante, estado civil e absenteísmo. As
variáveis analisadas nos artigos sobre vitiligo foram: gênero, idade média da
população estudada, duração, idade média de início, gravidade e visibilidade da
doença, forma clínica, fototipo de pele e estado civil Resultados: Seguindo-se os
critérios pré-estabelecidos, foram selecionados 5 artigos sobre dermatite atópica, 3
artigos sobre psoríase e 5 artigos sobre vitiligo. Evidencia-se uma dificuldade em
comparar a qualidade de vida dos pacientes nos diferentes artigos, mesmo que
todos estes tenham utilizado o DLQI, pois não há uma uniformidade das populações
estudadas e dos possíveis preditores da qualidade de vida avaliados. Percebe-se
que as médias dos escores do DLQI obtidas a partir dos artigos sobre DA, psoríase
e vitiligo são bastante semelhantes; mas os portadores de psoríase apresentaram a
menor média de pontuação no DLQI. Conclusões: Percebe-se o grande impacto na
qualidade de vida causado pelas dermatoses crônicas analisadas neste estudo.
Além disso, nota-se a necessidade dos artigos avaliarem não somente a qualidade
de vida isoladamente, como também as variáveis que possivelmente podem
influenciá-la de alguma forma, não havendo uniformidade nos artigos encontrados
atualmente na literatura.
Palavras-chave: DLQI. Dermatite atópica. Psoríase. Vitiligo.
Nome aluno(a): ADRIANA ALMEIDA GOMES MOURA
Tema: Intervalo de tempo decorrido para confecção e utilização de fístula
arteriovenosa em pacientes em programa de hemodiálise
Orientador: Prof. Dr. José Andrade Moura Júnior
RESUMO
Introdução: A disponibilidade de acesso vascular definitivo, fístula arteriovenosa
(FAV), para pacientes iniciando Hemodiálise (HD), diminui o risco de morbidade
relacionada ao uso de cateteres venosos centrais (CVC). A FAV requer
aproximadamente 6 semanas de maturação e segundo recomendações do KDOQI,
idealmente deveria ser confeccionada precocemente. Em nosso meio a maioria dos
pacientes renais crônicos não é referendada para acompanhamento pelo
nefrologista e iniciam HD em caráter de urgência, via CDL, submetidos a maior
morbidade. São raros os estudos que avaliam e quantificam a demora para a
confecção e uso da FAV em pacientes com indicação de HD. Objetivo: Avaliar o
intervalo de tempo despendido para confecção e utilização de FAV em pacientes em
programa de HD em três clínicas do Estado da Bahia e analisar a influência de
variáveis neste tempo. Metodologia: A amostra foi constituída por pacientes
admitidos em três unidades de HD, uma em Salvador, outra em Feira de Santana e
outra em Serrinha no período de out/2008 a set/2009. Calculado o tempo entre a
admissão e a confecção, e o tempo decorrido entre esta confecção e a utilização do
acesso. Resultados: A amostra constou de 270 pacientes: 70 de Salvador, 137 de
Feira e 63 de Serrinha. No global, 39,63% realizaram a FAV em 30 dias, 23,33%
entre 31 e 60 dias, 14,07% entre 61 e 90 e 22,96% acima de 90 dias. Analisados
separadamente, 54,74% dos de Feira realizaram em 30 dias enquanto 20% em
Salvador e 28,57% em Serrinha. Após 90 dias, 14,6% em Feira, 37,14% em
Salvador e 25,4% em Serrinha (p=0,000). As variáveis, idade, gênero, plano de
saúde privado e presença de diabetes foram analisadas, comparadas e mostraramse homogêneas. 245 pacientes dos 270 iniciais usaram a FAV. Quando
consideradas globalmente, 23,27% foram puncionadas até 30 dias. 68,16 entre 31 e
60 dias. 4,9% entre 61 e 90 e 3,67% após 90 dias. As unidades tiveram a maioria
dos seus pacientes puncionados pela primeira vez entre 31 a 60 dias. 72,58% em
Salvador, 67,67% em Feira e 64,00% em Serrinha. 29,62% dos pacientes em Feira,
24% em Serrinha e 9,68% em Salvador, utilizaram a FAV em menos de 30 dias.
Com relação ao uso da FAV, as mesmas variáveis foram analisadas e comparadas.
Todas se mostraram homogêneas, exceto a variável gênero. Em Feira, 40% das
mulheres foram puncionadas em até 30 dias, contra 21,79% dos homens p= 0.05.
Conclusões: 1 – As FAV foram confeccionadas nas unidades na sua maioria em
até 60 dias. 2 – Salvador foi a unidade com maior demora na confecção das FAV,
enquanto Feira realizou a maioria dos procedimentos em menos de 30 dias 3 – A
maioria das FAV foram puncionadas entre 31 e 60 dias. 4 - As mulheres em Feira
foram puncionadas mais precocemente. 5 – As variáveis analisadas não
apresentaram diferenças estatisticamente significantes.
Palavras-chaves: Hemodiálise; Fístula Arteriovenosa; Insuficiência Renal Crônica.
Nome aluno(a): ADRIANO MEIRA OLIVEIRA
Tema: Doença renal crônica: conceito e estimativa de prevalência a partir de bases de
estudo populacional
Orientador: Prof. Dr. Edson Paschoalin
RESUMO
Introdução: Os aumentos na incidência de doenças crônico degenerativas
alteraram os perfis de morbimortalidade da população mundial nas últimas décadas.
Assim, a doença renal crônica (DRC) foi projetada no cenário mundial como um
grande desafio à saúde pública. O reconhecimento da DRC nos estágios iniciais e o
encaminhamento precoce ao nefrologista são fundamentais para o retardo na
evolução da doença e para a diminuição do aporte de indivíduos às terapias renais
de substituição. Portanto, a análise epidemiológica se torna como um marcador da
problemática levantada em torno da eficiência dos sistemas de saúde, tomando
como intervenção do estudo os programas de atenção dirigidos a pacientes com
insuficiência renal crônica, para que esses, em mãos de estimativas feitas por
estudos de base populacional, possam direcionar seus gastos para populações
expostas a maiores fatores de risco, prevenindo a progressão da doença renal
crônica. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar, com base na revisão
bibliográfica, a prevalência da doença renal crônica no Brasil. Metodologia: Foi
realizado um levantamento bibliográfico de publicações referentes a estudos de
prevalência de insuficiência renal crônica em adultos de base populacional. A partir
dos critérios estabelecidos, foram selecionados os 3 estudos de prevalência de
doença renal crônica que conseguiram preenchê-los. Resultados: No município de
Bambuí, Passos et al, encontrou uma a prevalência em homens com mais de 60
anos de 8,19% (47/586) e de 5,29% (29/908) em mulheres com mesma faixa etária.
No município de Salvador, Lessa et al, encontrou uma prevalência global de
hipercreatininemia de 3,1%, sendo 31 homens (5,2%) e 14 mulheres (1,6%). No
município de Juiz de Fora, Bastos et al, encontrou uma prevalência global de DRC
no estudo de 2.183 (9,0%), 90 (0,4%) e 60 (0,2%) nos estágios 3, 4 e 5,
respectivamente. Na distribuição por sexo, a prevalência ficou 12,2% para as
mulheres e 5,8% para os homens. Discussão: Percebe-se, nos 3 estudos, que
houve a preocupação metodológica e a estimativa precisa da prevalência da Doença
Renal Crônica nas populações estudadas através de amostras probabilísticas. O
interesse do presente estudo foi o de mostrar, com base em estudos de basepopulacional, a prevalência da DRC para que dessa forma, medidas assistenciais
públicas de saúde possam ser tomadas de forma mais direta contra as suas
principais causas, pois, sabendo as características da população afetada, medidas
de prevenção à hipertensão, diabetes e gromerulopatias possam ser enfatizadas,
evitando que tais doentes evoluam até um quadro de DRC.
Nome aluno(a): ALANA DE OLIVEIRA SILVA
Tema: Lobectomia pulmonar por cirurgia vídeo-assistida: série de casos
Orientador: Profª. Drª. Paula Ugalde
RESUMO
Introdução: A cirurgia minimamente invasiva tem aprimorado o tratamento de
pacientes cirúrgicos. Esta técnica cirúrgica minimiza o trauma e otimiza a
recuperação do paciente sem comprometer o desempenho da cirurgia. A cirurgia
torácica vídeo-assistida, por muitas razões, é uma alternativa atraente para
toracotomia. Com o auxílio da tecnologia por vídeo, esse procedimento permite a
ressecção de nódulos e biópsia pulmonar para exame anátomo-patológico com fins
diagnósticos, e procedimentos terapêuticos. A Lobectomia é considerada
oncologicamente o tratamento “standard” para pacientes com estágio inicial de
câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC), e tem demonstrado que é um
procedimento seguro, reprodutível e eficiente para o tratamento do câncer de
pulmão de não pequenas células em estágio inicial. Nos últimos anos, o impulso
para executar ressecções pulmonares minimamente invasivas tem crescido na área
de cirurgia torácica geral. A lobectomia por toracoscopia tem sido executada com
sucesso em todo o mundo por mais de uma década. Contudo, apesar da crescente
disseminação da técnica, esta cirurgia ainda é escassa no nosso meio, seja pela
falta de preparo profissional, pelo custo ou pela sua aceitação. Objetivos: Descrever
o tempo de internação, tempo de cirurgia, tempo de uso do dreno torácico e
resultados cirúrgicos dos pacientes que foram submetidos à lobectomia pulmonar
por cirurgia torácica vídeo- assistida, em um hospital de referência em Salvador BA. Materiais e métodos: Este é um estudo retrospectivo de uma série de casos de
pacientes que foram operados no Hospital Aliança, tendo sido coletados os dados
dos pacientes a partir da revisão dos prontuários dos mesmos, bem como de uma
base de dados. Resultados: Observou-se que 66,7% dos pacientes pertenciam ao
sexo masculino, e 33,3% ao sexo feminino; 100% eram brancos; a média de idade
encontrada foi 64 anos; todos os pacientes trabalhavam. Dos diagnósticos préoperatórios, 33,3% correspondiam a câncer de pulmão. A anatomia patológica
mostrou predomínio do adenocarcinoma. Quanto à cirurgia, houve correlação
positiva entre o tempo de anestesia e o tempo de dreno torácico, bem como entre o
tempo de anestesia e o tempo de internação hospitalar. A complicação intraoperatória registrada foi lesão de artéria pulmonar, em apenas um paciente, e a
complicação pós-operatória foi arritmia cardíaca, na forma de fibrilação atrial,
igualmente em apenas um indivíduo. Não houve óbito no intra ou no pós-operatório.
Conclusão: na população operada pelo método de cirurgia torácica vídeo assistida,
observou-se poucas complicações e reduzidos tempo de internação e de duração da
anestesia, o que permite inferir ser este um método relativamente seguro e eficaz.
Palavras-chaves: Lobectomia por vídeo, lobectomia vídeo-assistida, lobectomia por
toracoscopia
Nome aluno(a): ANANDA MENEZES SANTOS PEREIRA
Tema: A importância do escore de cálcio nos pacientes portadores de Doença
Arterial Coronariana.
Orientador: Profº André Maurício Souza Fernandes
RESUMO
A aterosclerose é um processo patológico que merece profunda atenção no meio
médico, já que seus possíveis desfechos clínicos, tais quais Infarto Agudo do
Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral fazem parte do rol de doenças que mais
matam no mundo. Por conta disso, deve-se questionar como é possível aperfeiçoar
os recursos presentes até o momento no âmbito da prevenção, acompanhamento e
diagnóstico da aterosclerose. Assim, surge a necessidade de estudar novos
métodos, a exemplo do escore de cálcio coronariano, para melhorar os meios
preventivos e diagnósticos clássicos da aterosclerose em pacientes com Doença
Arterial Coronariana (DAC). O presente trabalho tem o objetivo de discutir a
importância do escore de cálcio em aprimorar a estratificação de risco não invasiva
em pacientes assintomáticos, bem como de abordar novas perspectivas para o uso
desse exame. Este estudo trata de uma revisão bibliográfica não sistemática
realizada com a utilização das bases de dados Bireme, Scielo, Lilacs e Pubmed. A
busca compreendeu o período entre 1992 e 2010. Após seleção, foram analisados
22 artigos, nos quais foi visto que o papel do escore de cálcio em pacientes
portadores de DAC é considerado um bom método de prevenção e avaliação
prognóstica de pacientes assintomáticos para DAC. Entretanto, novos estudos
devem ser feitos, a fim de melhor definir o seu papel no acompanhamento da
progressão da DAC associado à terapia medicamentosa e, principalmente, a sua
importância em pacientes sintomáticos.
Palavras-chave: Contagem do Cálcio. Artéria coronária. Aterosclerose - fatores de
risco. Tomografia computadorizada. Diagnóstico e prognóstico.
Nome aluno(a): ANA LOUISE ALMEIDA E BENEVIDES
Tema: Disfunções Sexuais em Usuárias e Não-Usuárias de
Orais: Uma Revisão da Lliteratura.
Orientador: Prof. Dra. Márcia Neves de Carvalho
Anticoncepcionais
RESUMO
A sexualidade feminina sofreu muitas mudanças ao longo da história, e hoje é cada
vez mais valorizada pelas mulheres. A saúde sexual já é reconhecida, nos dias
atuais, como parte da saúde global e bem-estar do indivíduo, e as queixas sexuais
são cada vez mais freqüentes nos consultórios ginecológicos. Em vista disto, é
importante que os médicos entendam quais podem ser as possíveis causas das
disfunções sexuais nas mulheres. Diversos fatores podem interferir na função
sexual, entre eles substâncias como neurotransmissores e hormônios. O
contraceptivo oral hormonal é um método contraceptivo freqüentemente utilizado
pela população feminina. Sabendo que os hormônios contidos nos anticoncepcionais
orais (ACO) podem alterar os níveis de hormônios endógenos, é importante
investigar a sua possível participação no surgimento de disfunções sexuais
femininas. Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão não-sistemática da
literatura sobre a associação entre o uso de ACO e a presença de disfunções
sexuais. Para isto, foram utilizados como fonte artigos publicados em periódicos nas
bases de dados Scielo e Pubmed. Dentre os trabalhos analisados neste estudo,
quatro observaram piora da função sexual com o uso do ACO, dois notaram melhora
e um não observou alteração da função sexual. Embora a maioria dos trabalhos
mostre efeitos negativos na sexualidade, os estudos não utilizaram amostras
grandes e, também, não realizaram uma investigação profunda – individualizando
tipos e dosagens de drogas a fim de saber se a piora da função era causada
especificamente por um desses motivos. Desta forma, só é possível estabelecer
uma associação do uso de ACO e as disfunções sexuais femininas – e não uma
relação causa-efeito porque diversos fatores podem influenciar na sexualidade. Por
isso, fazem-se necessários estudos mais aprofundados e com uma maior amostra,
na tentativa de investigar de forma mais específica a associação entre o uso de ACO
e as disfunções sexuais femininas.
Palavras-chave: disfunção sexual feminina, anticoncepcionais orais, sexualidade
feminina
Nome aluno(a): MYLENA CAROSO MELHEM
Tema: Relação entre saneamento básico e diarréia em povoado Baiano
Orientador: Profª Drª Alcina Andrade
RESUMO
Introdução: O Saneamento Básico é uma variável consagrada enquanto
determinante do processo saúde-doença. Sua relação com as doenças
gastrointestinais infecciosas, manifestadas por diarréia, vem sendo denunciada por
diversos autores, desde o século XIX, especialmente por seu impacto na
mortalidade infantil. Em vista das desigualdades sócio-econômicas brasileiras,
também manifestadas pelas desigualdades em saúde, é importante retratar o
comportamento dessa doença tão presente nos territórios negligenciados, para que
ocorram intervenções adequadas a essa realidade. Objetivo: Descrever a
associação entre incidência de diarréia na população infantil e variáveis
socioambientais em um povoado no estado da Bahia. Instrumentalizar a comunidade
com os resultados da pesquisa, que esta possa exigir serviços públicos básicos dos
órgãos competentes, de modo coerente com as necessidades. Materiais e
Métodos: O estudo foi realizado, no povoado Embratel, pertence ao distrito de
Itatiaia do Alto Bonito - que por sua vez, pertence ao município de São José do
Jacuípe localizado no semi-árido da Bahia. Participaram do inquérito populacional
todas as crianças de 0 a 5 anos residentes no povoado Embratel. O presente estudo
obteve dados primários através de entrevistas em domicílio realizadas em 2010,
com os responsáveis pela criança, versando sobre variáveis socioambientais e
casos de diarréia que tenham acometido a criança nos últimos 6 meses. Resultado:
Dos cuidadores, apenas 7,3% referiram ter completado 11 anos de estudo. O valor
médio da renda familiar foi R$ 196,82. A incidência de diarréia em 6 meses foi de
56,1%. Em relação à conduta tomada frente à diarréia, 73,9% fizeram uso do soro
caseiro ou soro de re-hidratação oral. Também 73,9% procuraram atendimento
médico. Todos os entrevistados referiram usar água da cisterna para consumo geral
sendo que 29,3% também referiram ter acesso à água encanada. 90,2% dos
entrevistados negaram qualquer tipo de tratamento de água antes de ingeri-la. 61%
dos entrevistados relataram que a família usa o terreno do povoado como local para
evacuação e despejo dos detritos. Cruzando-se dados observou-se que as crianças
que usam água apenas da cisterna, apresentaram maior incidência de diarréia e
maior número de dejeções, que as crianças que também têm acesso à água da rede
pública de abastecimento de água. Discussão: A escolaridade e a renda da
população entrevistada mostraram-se muito abaixo da média para o Nordeste. A
incidência de diarréia, o número de episódios, a incidência de febres e vômitos
associados à diarréia, o uso de terapia reidratação oral e a procura por atendimento
médico foram mais altos que os números referidos na literatura revisada. A
comparação dos resultados encontrados nesse território com os da literatura
revisada e as relações estabelecidas entre as variáveis do próprio estudo ratificam o
papel das variáveis sócio-econômicas enquanto fator relevante no processo saúdedoença. Além disso, o trabalho mostra que as doenças infecto-contagiosas,
especialmente diarréias, permanecem ocupando importante papel na morbidade da
maioria pobre das crianças brasileiras, o que destaca a necessidade de abordar os
conceitos de desigualdades em saúde e equidade para a implementação de
assistência pública adequada, visando à promoção de condições dignas,
compatíveis com o exercício das potencialidades humanas.
UNITERMOS
Fatores socioambientais; Desigualdades em saúde; Diarréia; Epidemiologia;
Morbimortalidade Infantil.
Nome aluno(a): JÉSSICA DE PAIVA MEDINA
Tema: Correlação entre o índice APRI e a Biopsia Hepática em pacientes com
Hepatite B e C
Orientador: Prof. Dr. Raymundo Paraná
RESUMO
Introdução: a biopsia hepática é o padrão ouro no diagnóstico de doenças
hepáticas, sendo recomendada antes de qualquer tratamento antiviral. Entretanto,
trata-se de um procedimento invasivo, podendo haver complicações, além de ser
dispendioso e limitado por erros de amostragem. Desta forma, marcadores séricos
não-invasivos foram propostos para determinar o grau de fibrose como uma
alternativa à biopsia. O índice APRI é um marcador prático, de fácil aplicação e de
baixo custo, que utiliza a relação aspartato aminotransferase (AST) e plaquetas na
predição de fibrose. O presente estudo tem como objetivo revisar de forma
sistemática a acurácia diagnóstica do índice APRI em predizer fibrose significante e
cirrose em pacientes com hepatite B e C. Métodos: foram pesquisados artigos
científicos publicados entre 2003 e 2010, nas línguas inglesa, portuguesa e
espanhola. Os artigos deveriam utilizar os valores de APRI originalmente descritos:
≤0,5 e >1,5 para predizer fibrose significante, ≤1,0 e >2,0 para predizer cirrose.
Resultados: aplicado aos pacientes com hepatite C, APRI revela maior precisão
diagnóstica quando utilizado para excluir ou confirmar fibrose avançada ou cirrose,
demonstrando moderada acurácia no diagnóstico de fibrose significante. A atuação
do índice nos estudos analisados pode ter sido limitada pela prevalência de fibrose
nas populações estudadas, variabilidade na interpretação histopatológica do
fragmento de biópsia hepática, indefinição quanto ao limite superior de AST e
sobreposição entre os diferentes estágios de fibrose. Além disso, existe uma zona
indeterminada entre os valores de APRI, não permitindo a classificação de todos os
pacientes. O valor diagnóstico de APRI é muito menor nos pacientes com hepatite B
do que naqueles com hepatite C. Essa discrepância pode ser decorrente da
diferente patogênese da fibrose hepática entre as duas hepatopatias. A cirrose na
hepatite B pode ocorrer na ausência de inflamação, enquanto na hepatite C estão
geralmente associadas. Em adição, nos pacientes com hepatite B, os valores de
AST não se relacionam significativamente com a evolução da fibrose hepática,
havendo um padrão de flutuação das enzimas hepáticas. Conclusão: APRI pode
reduzir o número de biópsias hepáticas em uma minoria de pacientes com hepatite
C. O índice APRI não é um marcador sorológico preciso na predição de fibrose
hepática e cirrose nos pacientes com hepatite B.
Palavras-chave: APRI index, AST-to-platelet ratio index, liver biopsy, viral hepatitis.
Nome aluno(a): MARCELA FRANCO BOMFIM
Tema: Tratamento da Retinopatia na Prematuridade
Orientador: Profa. Dra. Lívia Nossa.
RESUMO
Introdução: A retinopatia da prematuridade é uma doença ocular vasoproliferativa de
origem multifatorial, secundária à vascularização inadequada da retina. A
importância da ROP reside na sua freqüência e no caráter de prevenção da
cegueira, visto que uma vez diagnosticada e tratada, ela dificilmente evolui para a
perda total da visão. Objetivo: abordar os tipos de tratamentos adequados de acordo
com estágios da doença a fim de prevenir a cegueira oferecendo um melhor
desenvolvimento da criança. Metodologia: Este estudo trata de uma revisão
bibliográfica não sistemática realizada com a utilização das bases de dados Bireme,
Scielo, Lilacs, Pubmed como também de livros textos. Resultados: Após a seleção,
foram analisados sete artigos. Destes observou-se que vários autores defenderam o
uso da fotocoagulação com laser de diodo, apresentando resultados superiores em
relação à crioterapia no estágio III da Rop, favorecendo a regressão da doença.
Assim como o uso da droga antiangiogênica, Bevacizumab nos casos de ROP
severa no qual se observou uma diminuição da tortuosidade vascular e regressão da
proliferação neovascular além de resultados favoráveis quando utilizada associadas
com a Vitrectomia e introflexão escleral. Conclusão: diante dos diversos tipos de
tratamentos, a fotocoagulação com laser de diodo mostrou-se eficaz na regressão
da doença no estágio pré-limiar e limiar, apresentando resultados superiores à
crioterapia e também menos efeitos adversos. O uso da droga antiangiogênica,
Bevacizumab, ainda vêm sendo bastante discutido quando utilizada no tratamento
da retinopatia da prematuridade nos estágios severo da ROP.
Palavras chave: Retinopathy of prematurity. Treatment of Retinopathy of
prematurity. Fatores de risco para ROP.
Nome aluno(a): BRUNO FERNANDO BORGES DA COSTA E SILVA
Tema: Troponinas T e I e prognóstico em pacientes assintomáticos em estágio
terminal de doença renal e hemodiálise: Uma revisão sistemática
Orientador: Prof. Dr. Luis Cláudio Lemos Correia
RESUMO
Introdução e Objetivo: Identificar os pacientes com insuficiência renal crônica em
maior risco para o desenvolvimento de doenças e eventual evolução para óbito pode
facilitar a implementação de terapias mais eficazes. Sendo assim, esta revisão
sistemática se propõe a avaliar se as dosagens de troponina T e I cardio-específicas
têm algum papel como ferramenta prognóstica em relação a morte de toda a causa
e cardiovascular em pacientes hemodialíticos assintomáticos com doença renal em
estágio terminal (DRET). Métodos: Uma busca sistemática na literatura publicada
até Setembro de 2010 foi executada em cinco diferentes bancos de dados (Lilacs,
SciELO, DARE, EMBASE e MEDLINE) utilizando estratégias otimizadas para cada
um deles. As principais palavras-chave e descritores empregados nessas
estratégias de busca foram: hemodiálise, troponina, prognóstico, troponin,
hemodialysis, prognosis, kidney failure e survival. As referências bibliográficas dos
estudos selecionados primariamente também foram rastreadas, com o intuito de se
complementar a busca sistemática. Resultados: Sete estudos foram selecionados
primariamente e três secundariamente, totalizando dez trabalhos, que tiveram sua
qualidade metodológica atestada, sendo, dessa forma, incluídos no pool desta
revisão. A compilação desses estudos demonstrou que os valores plasmáticos de
troponina T estão associados, de maneira independente e estatisticamente
significante, à morte de toda a causa, no grupo de pacientes contemplados. Os
níveis séricos de troponina I, por sua vez, parecem se relacionar, de forma
independente e estatisticamente significante, à morte cardiovascular em longo
prazo. Conclusão: A dosagem de troponina T no sangue de pacientes
hemodialíticos assintomáticos com DRET pode ser considerada uma ferramenta
prognóstica promissora para essa população de indivíduos. A dosagem de troponina
I, por sua vez, parece ter alguma utilidade na predição do risco de morte
cardiovascular desses pacientes.
Palavras-Chave: hemodiálise, troponina, mortalidade, prognóstico, revisão
sistemática
Nome aluno(a): ROBERTO DE OLIVEIRA SENNA
Tema: Estudo da Morbi-mortalidade do tratamento Endovascular do Aneurisma da
Aorta Abdominal Infra-renal em pacientes eletivos, em serviços particulares da
Cidade de Salvador
Orientador: Dr. Aquiles Tadashi Ywata de Carvalho
RESUMO
Objetivos: o objetivo deste estudo foi avaliar os resultados precoces do tratamento
endovascular do aneurisma da aorta abdominal infra-renal em pacientes eletivos,
levando em consideração os índices de mortalidade, as complicações pósoperatórias e a relação dos fatores de risco com a morbi-mortalidade. Método:
foram analisados 38 pacientes submetidos à correção cirúrgica endovascular com
indicação eletiva, no período de janeiro de 2007 a setembro de 2010, em serviços
particulares da cidade de Salvador. Resultados: o índice de mortalidade foi de
5,2%, sendo este secundário à isquemia mesentérica e ao infarto agudo do
miocárdio. A complicação isolada mais freqüente foi a insuficiência renal aguda,
seguida da pneumonia e do hematoma no sítio de procedimento. Pacientes com
história de insuficiência renal crônica ou que apresentaram diurese menor que 0,2
mL/kg/h no intra-operatório foram associados com maiores taxas de disfunção renal
pós-operatória. Doentes que apresentaram insuficiência cardíaca congestiva foram
associados com taxas elevadas de edema agudo de pulmão no pós-operatório.
Pacientes que apresentaram história de doença pulmonar obstrutiva crônica foram
associados com altos índices de pneumonia. O índice de mortalidade esteve
associado ao tempo cirúrgico prolongado. Conclusão: o índice de morbimortalidade operatória desta casuística foi equivalente aos encontrados na literatura
nacional e internacional. Os fatores de risco foram relacionados com as principais
complicações, sendo estas renais, cardíacas e pulmonares.
Palavras-chave: Aneurisma, aorta abdominal infra-renal, tratamento eletivo, morbimortalidade, fatores de risco.
Nome aluno(a): DARCYA CRISS LEITE ROCHA
Tema: Complicações relacionadas ao uso de lentes de contato: Uma Revisão da
Literatura.
Orientador: Prof. Dra. Lívia Maria Nossa Moitinho
RESUMO
As lentes de contato são uma verdadeira revolução na vida das pacientes que
possuem defeitos de refração, especialmente defeitos muito expressivos. O uso das
lentes de contato, no entanto,deve ser acompanhado de cuidados individuais que
podem fazer a diferença entre o sucesso ou fracasso do tratamento, para a
continuidade do uso e, principalmente, para diminuir os riscos de complicações.
Existem diversas complicações associadas ao uso das lentes de contato e diante
desse uso e manutenção inadequada, faz-se necessário um trabalho que vise relatar
as principais complicações associadas ao uso de lentes de contato descritas na
literatura. O objetivo deste trabalho, portanto, é abordar as principais complicações
oculares causadas pelo uso de lentes de contato presentes na literatura. Trata-se de
um estudo bibliográfico, através de livro-texto e levantamento de artigos científicos
na base de dados: BIREME, SCIELO E PUBMED, com artigos que vão desde o ano
de 2005 até o ano de 2010. Os resultados dos artigos foram divididos de acordo com
as complicações encontradas. Entender a importância das complicações oculares,
decorrentes do uso inadequado das lentes de contato, nos usuários das mesmas é
imprescindível para se tentar minimizar seus efeitos. Foram encontradas como
principais complicações oculares decorrente do uso de lentes de contato,
blefaroptose, ceratite bacteriana e fúngica, olho seco, olho vermelho, sensação de
embaçamento, prurido e dor. Esses achados revelam a importância dos cuidados
que devem ser tomados ao se indicar esse tipo de tratamento. É necessário
compreender que esse método de correção possui riscos e que estes podem ser
evitados com medidas educativas simples.
Palavras-chave: Lentes de contato. Efeitos adversos. Complicações oculares.
Blefaroptose. Ceratite. Olho seco.
Nome aluno(a): GABRIELA MARQUES BASTOS
Tema: Fatores prognósticos dos Melanomas UVEAIS: Uma Revisão de Literatura
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Marback
RESUMO
Os melanomas uveais são tumores intra-oculares malignos, originários dos
melanócitos, de ocorrência mais freqüente entre os adultos. Apresenta uma
incidência de, aproximadamente sete casos por milhão de pessoas por ano, é três
vezes mais freqüente nos pacientes com íris claras do que naqueles com íris
escuras, e ocorre usualmente após a quinta década de vida. Acomete
preferencialmente a coróide, seguido pelo corpo ciliar e, então a íris. Podem ser
sintomáticos, principalmente com diminuição da acuidade visual, ou assintomático.
O exame oftalmoscópico é geralmente suficiente para o diagnóstico de melanoma
da úvea, porém a abordagem diagnóstica complementar na suspeita de Melanoma
Malignos da Úvea inclui, inicialmente e principalmente, a ecografia ocular que
permite avaliar as dimensões e definir a extensão intra e extra-ocular do tumor.
Ainda podem ser utilizados a angiografia com fluoresceína (AGF), a angiografia com
indocianina verde, a Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (BAAF), a Tomografia
computadorizada (TC) e a Ressonância magnética (RM) de órbitas. O melanoma
maligno de úvea apresenta altas taxas de metástase, principalmente por via
hematogênica, e normalmente, elas ocorrem muitos anos após o diagnóstico e seu
sítio mais comum é o fígado. Dentre os fatores que têm sido correlacionados com
um pior prognóstico para metástase e sobrevida nos melanomas uveais, os mais
abordados têm sido a localização em corpo ciliar, o maior diâmetro basal e maior
altura do tumor, alta taxa de regressão inicial do tumor após radioterapia e a
extensão extra-escleral. Também características genotípicas como a monossomia
do cromossomo 3 e ganhos no cromossomo 8 e histológicas como a predominância
de células do tipo epitelióides e o padrão vascular, como alças vasculares fechadas
dentro do tumor. Este estudo objetiva, então, conhecer os fatores prognósticos mais
importantes permitindo estimar o risco de propagação metastática e o tempo de
sobrevida, de acordo com as características tumorais. Trata-se de uma revisão
bibliográfica não-sistemática, realizada através de consulta a bases de dados como
Scielo e Pubmed e seleção dos artigos que preenchiam os critérios definidos. Foi
possível concluir que todos os fatores prognósticos avaliados neste estudo podem,
de alguma forma, auxiliar na decisão clínica individualizada de cada paciente, com
ênfase para as alterações cromossômicas, representadas principalmente pela
presença de monossomia 3 e de ganhos no cromossomo 8, por suas relações com
os demais fatores e que a utilização desses fatores para garantir um melhor
prognóstico depende, fundamentalmente, do diagnóstico precoce.
Palavras-chaves: Melanoma Uveal, prognóstico, metástase, sobrevida.
Nome aluno(a): ITANA NAIARA COSTA RIBEIRO
Tema: Avaliação padrão de consumo de bebidas alcoólicas em discentes de
Medicina
Orientador: Profa M. Iêda Maria Barbosa Aleluia.
RESUMO
A bebida alcoólica é a droga psicoativa mais consumida em níveis global e nacional.
O problema consiste nas conseqüências deletérias que o etilismo excessivo
ocasiona, quais sejam porcentagens de morbi-mortalidade importantes e
repercussões socioeconômicas gritantes. Nesse cenário, tem-se observado uma
tendência mundial do aumento do padrão de consumo nocivo e da dependência do
álcool entre os jovens universitários, destacando-se o discente de medicina incluído
numa área de interseção entre vários subgrupos de risco para padrões de consumo
nocivo e dependência alcoólica. Avaliar o padrão de consumo de bebidas alcoólicas
entre discentes de medicina da EBMSP. O estudo foi transversal descritivo e
analítico. O instrumento de coleta foi um questionário de auto-aplicação anônima. O
mesmo é uma versão brasileira do questionário padrão da OMS, o AUDIT (Alcohol
Use Disorders Identification Test). A amostra foi composta de 239 acadêmicos de
medicina radomizados do 1º ao 6º anos. O banco de dados e as análises estatísticas
foram feitos pelo software SPSS v 17. Considerando-se p<0,005, foi encontrada
relação entre variável preditora e dependente somente entre sexo masculino e
pertencer à zona de risco, p<0,001.
Os estudos concordam que ser do sexo masculino e não ter religião são fatores de
risco para padrão binge de consumo.As medidas de quantidade e freqüência
sozinhas não são suficientes para avaliar um beber problemático. O ideal é associar
mais dois métodos de avaliação: as dimensões das conseqüências negativas
associados ao estilismo e as expectativas em relação ao uso do álcool.
Palavras-chave: Dependência alcoólica; abuso de álcool; e etilismo entre discentes
de medicina
Nome aluno(a): VANESSA MALTA DE MOURA
Tema: Determinantes do Diagnóstico tardio de AIDS
Orientador: Prof. Dr. Nanci Ferreira Silva
RESUMO
INTRODUÇÃO: A infecção pelo HIV é considerada um problema de saúde pública,
pela alta incidência mundial e por suas conseqüências, como o alto índice de
mortalidade e de gastos anuais para o combate a esta epidemia. Apesar da
existência de políticas públicas direcionadas para a assistência em HIV/AIDS, o
diagnóstico tardio de HIV ocorre em cerca de 40% dos casos no Brasil. Além de
obterem menor eficácia com a TARV, estes indivíduos apresentam uma maior
incidência de AIDS e contribuem para a disseminação viral. Além disso, a diminuição
da incidência da AIDS relaciona-se com a adesão a TARV, desde que esta foi
prescrita pelo médico. OBJETIVOS: Identificar os fatores associados ao diagnóstico
tardio de AIDS, as características sócio-econômicas e comportamentais dos
pacientes com diagnóstico de tardio de HIV/AIDS, verificar as manifestações clínicas
no momento da internação e identificar possíveis falhas na atenção primária.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no Hospital Geral
Roberto Santos que utilizou uma amostra consecutiva dos pacientes internados com
diagnóstico de AIDS, entre Agosto e Outubro de 2010. Os dados colhidos dos
prontuários foram: sexo, idade, cor da pele, estado civil, escolaridade, trabalho, uso
de drogas lícitas e/ou ilícitas, uso de preservativo, histórico de transfusão sanguínea,
motivo para a realização do teste HIV, tempo entre a internação e o diagnóstico de
HIV, número de consultas antes do diagnóstico de AIDS, manifestações clínicas, uso
de TARV regular ou irregular, motivo da não adesão e número de óbitos.
RESULTADOS: Foram coletados dados de 83 pacientes. Notou-se que maioria era
do sexo masculino (65,0%), com faixa etária entre 31 a 46 anos (48,1%) de cor
negra (44,6%), solteiro (80,7%), que não trabalhava (57,8%), que tinha o ensino
fundamental incompleto (54,3%), que fazia uso do preservativo na minoria das vezes
(78,6%), que tinha histórico de tabagismo (52,4%) e ingestão de bebida alcoólica
(74,3%). Foi encontrado um menor percentual entre os UDI (12,8%). Dos 83
pacientes do estudo, 46 (55,4%) obtiveram o diagnóstico de AIDS no mesmo ano do
diagnóstico de HIV. A maioria realizou o teste do HIV por solicitação médica
(74,7%), uma vez que apresentavam manifestações clínicas relacionadas à infecção
e passou por 1 consulta/internação antes do diagnóstico de AIDS (44,5%). As
manifestações clínicas mais freqüentes foram; caquexia (91,5%), febre superior a
38º C (61,4%) e candidíase oral (54,2%). Dos 83 pacientes, 39 (46,9%) já fizeram
uso da TARV. Destes, 34 (87,1%) faziam uso desta de forma irregular e o motivo
mais prevalente deve-se à presença de efeitos colaterais (58,8%). No estudo, 13
(15,6%) pacientes morreram e destes, 9 (69,2%) faleceram no mesmo ano do
diagnóstico de HIV. Esforços devem ser feitos para a realização do diagnóstico
precoce de HIV, através de estratégias direcionadas para melhorar a percepção dos
indivíduos, quanto aos riscos da infecção, e do médico, quanto aos sinais e sintomas
do paciente, de modo a solicitar rotineiramente o teste anti-HIV. Além disso, as
unidades dispensadoras da TARV devem identificar os pacientes com retirada
irregular desses medicamentos e as possíveis barreiras psicossociais apresentadas
por estes.
PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico tardio; TARV; AIDS; teste anti-HIV.
Nome aluno(a): PEDRO SERGIO BRITO PANIZZA
Tema: Perfil epidemiológico da doença Meningocócica em Salvador – BA
Orientador: Prof. Dr. Juarez Dias
RESUMO
Introdução: A doença meningocócica é uma enfermidade aguda causada pela
bactéria Neisseria meningitidis, que pode apresentar-se com diversas manifestações
clínicas, a depender da forma clínica expressada. Atualmente é considerada devido
a sua gravidade, mas principalmente pelo grande potencial de disseminação, um
problema de saúde pública mundial. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de
agregado espaço-temporal dos casos notificados de doença meningocócica, a fim
de descrever o perfil epidemiológico da moléstia em Salvador no período de 2005 a
2009. Resultados: Durante o estudo foram notificados um total de 250 casos de DM
em Salvador sendo 52% homens e 48% mulheres. A incidência média foi 1,72
casos/100.000 habitantes, e o risco de adoecer seguiu uma trajetória irregularmente
ascendente nos anos, bem como a letalidade. No que diz respeito a faixa etária, o
estudo apontou predileção da doença para indivíduos mais jovens. Os meses de
agosto, maio e março, são aqueles que apresentam os maiores números de casos.
Nos distritos sanitários encontrou-se heterogeneidade em termos de incidência e
letalidade, sendo o distrito do Cabula/Beirú o de maior risco de adoecer e o do
Centro histórico apresentou a maior taxa de letalidade. A forma clínica mais
abundantemente presente em todas as faixas etárias foi a meningite sem
exantemas, e a cultura foi o principal método laboratorial de confirmação do
diagnóstico. A DM no período se comportou de forma endêmica com o
acometimento das faixas etárias mais baixas. Porém com a divisão através dos
distritos sanitários observou-se uma diferença geográfica em termos de número e
principalmente de risco de adoecer, evidenciando o caráter da doença de afinidade
por áreas com grande densidade populacional e menores faixas sociais.
Conclusão: As altas taxas de morbidade e mortalidade da DM verificadas em
Salvador/BA nos últimos anos, reforça a necessidade de implantação e
implementação de políticas publicas mais consistentes, que favoreçam a educação
em saúde, e medidas de prevenção, como: a vacinação, diagnóstico precoce da
doença e a quimioprofilaxia oportuna nos comunicantes.
Palavras-chave: Doença meningocócica, epidemiologia.
Nome aluno(a): BERNARDO FERREIRA LESSA LIMA
Tema: Fatores preditivos de mortalidade em pacientes vítimas de queimaduras
Orientador: Prof. Jiuseppe Benitivoglio Greco Junior
RESUMO
Introdução: As queimaduras são lesões com altos índices de mortalidade. Estimase que no Brasil, 2 milhões de pacientes sejam acometidos por ano. Porém, apesar
desse número elevado, o número de leitos especializados não corresponde a este
dado, deixando a desejar em comparação com países desenvolvidos, como os
Estados Unidos. A tentativa de determinar fatores preditivos de mortalidades no
pacientes vítimas de queimaduras sempre foi uma constante no mundo, mas não é o
que se vê no Brasil. Objetivo: O objetivo do presente estudo é englobar os dados
em comum nos artigos encontrados no levantamento bibliográfico e deixar explicitas
aquelas informações que ainda são divergentes nas diferentes frentes de estudo.
Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando artigos de qualquer
desenho que estudaram os fatores preditivos de mortalidade em pacientes vítimas
de queimaduras. A identificação dos artigos foi feita através de busca na Base de
Dados Pubmed, Scielo e LILACS. As palavras chaves utilizadas foram: “mortalidade
e queimadura” e seu correspondente na língua inglesa. Conclusão: Os dados que
foram concordantes em todos os artigos analisados foram: superfície corpórea
queimada acima de 40%, a presença de lesão por inalação de fumaça e de
complicações infecciosas e respiratórias. Os outros fatores que apresentaram
divergências foram: o agente etiológico, a idade e a profundidade da queimadura.
Outros dados que poderiam ser analisados em estudos futuros: trombocitopenia,
hipernatremia, relação com a tentativa de suicídio e a realização de cirurgias
precoces.
Palavras-chaves: Queimaduras, fatores preditivos e mortalidade
Nome aluno(a): BERNARDO PATRICIO DULTRA
Tema: Incidência de complicações da Facoemulsificação
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castro Lima
RESUMO
Introdução: A catarata é a principal causa de cegueira previnível em todo o mundo,
tendo só no Brasil cerca de meio milhão de novos casos de catarata por ano. O
tratamento de escolha é cirúrgico sendo atualmente a facoemulsificação a técnica de
escolha. Apesar de ser um processo seguro, não está isenta à riscos e as
complicações podem ocorrer. Objetivo: Avaliar a incidência de complicações da
facoemulsificação. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica não
sitematizada de trabalhos científicos que analisaram a incidência de complicações da
facoemulsificação. A pesquisa foi feita através de consulta aos sites PUBMED,
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, e na Biblioteca Virtual em Saúde-Bireme
utilizando as bases de dasos LILACS, SCIELO e MEDLINE. As palavras-chave
utilizadas foram facoemulsificação, complicações da facoemulsificação e Endoftalmite,
tanto em Inglês quanto em Português. Os critérios inclusão foram artigos publicados
em Inglês ou Português entre 1990 e 2010. O critério de exclusão foi artigos
publicados em outras línguas. Resultados: Foram analisados 9 artigos tendo as
complicações da facoemulsificação como tema,
sendo que destes 4 artigos
apresentaram a incidência de complicações em cirurgias por residentes que variou
entre tendo a incidência variado entre 5% e 13%, um artigo apresentou a incidência
em cirurgia realizada em idosos, que foi de 6,38, um artigo foi sobre a cirurgia bilateral
que teve dos estudos que teve 7,1% de complicações, outro artigo que buscava
possível associação de fatores de risco as complicações teve incidência de 7,1% de
complicação e 2 artigos que tiveram como tema a endoftalmite, complicação mais
temida da cirurgia apresentaram 0,14% e 0,2% de incidência de tal complicação.
Conclusão: O estudo demonstra que é a cirurgia de facoemulsficação, técnica de
escolha atualmente, apresenta resultados bons, mesmo em casos de cirurgias em
idosos ou feitas por médicos residentes, porém, como qualquer procedimento ainda há
espaço para evolução, as cirurgias por residentes ainda podem alcançar resultados
melhores, e principalmente em relação a endoftalmite que não mostrou ter diminuído a
sua incidência com o uso da facoemulsificação.
Palavras-chave: Facoemulsificação – Complicações – Endoftalmite
Nome aluno(a): CARLA LIZ VIENA
Tema: Alterações da sexualidade durante a gestação.
Orientador: Profª.Dra. Nilma de Castro Meira
RESUMO
A gestação é uma fase permeada de expectativas, dúvidas, medos e inseguranças,
assim como, de transformações fisiológicas e psicológicas. Alterações na
sexualidade relacionam-se com a presença de efeitos prejudiciais sobre a
autoestima das gestantes, o que pode levá-las a um intenso desgaste emocional e
psicológico. Este estudo tem como finalidade delinear as principais alterações da
sexualidade da mulher durante a gestação, descrevendo: freqüência sexual, medo,
interesse sexual, satisfação sexual, lubrificação, orgasmo, envolvimento emocional e
desconfortos durante a relação sexual. Trata-se de um estudo descritivo dentro de
abordagem qualitativa mediante entrevista semi-estruturada. Os sujeitos foram 10
gestantes do Ambulatório Docente- Assistencial da Bahiana (ADAB) com idades
entre 18 e 36 anos, em amostra de conveniência. Utilizou-se como instrumento de
avaliação dos dados obtidos nas entrevistas a Análise de Discurso (AD). Nos
resultados, notou-se que durante o período gestacional ocorreram mudanças
significativas na sexualidade, fato este observado em praticamente todos os
aspectos estudados. As principais alterações relacionavam-se a: lubrificação, desejo
sexual, orgasmo e freqüência sexual. É notória a repercussão da gestação na
sexualidade feminina, tornando-se necessário o diálogo entre médico e paciente no
que tange este tema, para que a gestante sinta-se à vontade para relatar seus
medos, anseios e dúvidas, durante as consultas de pré-natal.
Descritores: Gestação; Sexualidade; Função Sexual
Nome aluno(a): FILIPE ALEXANDRE RODRIGUES DE SEIXAS
Tema: Dislipemia em Gestantes.
Orientador: Profa Dra Alina Coutinho Rodrigues Feitosa
RESUMO
Introdução: Dislipidemia é qualquer alteração nas concentrações de lipídios ou
lipoproteínas plasmáticas, sendo determinada por concentrações lipídicas acima do
percentil 95, para sexo e idade. Podem ser classificadas de acordo com o genótipo,
etiologia e fenótipo laboratorial (através das análises laboratoriais bioquímicas) ou
pelo padrão de lipoproteínas (classificação de Fredrickson). O metabolismo dos
lipídios e lipoproteínas pode ser dividido, didaticamente, em ciclo exógeno, no qual
há a formação de lipoproteínas a partir de lipídios da dieta e apoproteínas de
secreção intestinal e em ciclo endógeno, no qual são sintetizadas as lipoproteínas
no fígado, a partir do metabolismo de outras lipoproteínas circulantes sob a ação de
enzimas e proteínas de transferência. Durante a gestação, alterações fisiológicas
promovem mudanças quantitativas e qualitativas nas lipoproteínas circulantes,
podendo ocorrer elevações nas concentrações de colesterol e triglicérides em cerca
de 25 a 50% e em 200 a 400%, respectivamente. Objetivo: Realizar uma revisão
não-sistemática da literatura sobre dislipidemia em gestantes, descrevendo o
metabolismo lipídico na gestação, as principais complicações da dislipidemia e
comorbidades que são associadas a esta patologia. Métodos: Foram consultados
quatro bancos de dados para buscar artigos relevantes para a revisão. Somente
artigos científicos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola que eram
congruentes com o tema foram incluídos no estudo. Foram excluídos artigos
repetidos e revisões de literatura para a produção deste trabalho. Desta forma, o
maior número de artigos encontrados foi incluído, desde que atendessem os critérios
de inclusão e exclusão, resultando em aproximadamente 45 artigos científicos.
Resultados: Na gestação, as alterações lipídicas devem-se a modificações
hormonais e metabólicas. A hiperlipidemia é um fenômeno fisiológico e as
concentrações mais elevadas dos lipídios e lipoproteínas ocorrem no segundo e
terceiro trimestres. Nesta fase, o rápido crescimento fetal é sustentado pela
mobilização das reservas adiposas da mãe e desvio de glicose da mãe para o feto
mediado pela crescente resistência insulínica e por hormônios maternos. A
dislipidemia na gestação pode ser deletéria para a mãe e para o feto, visto que
aumento o risco de desenvolvimento de patologias graves como pancreatite aguda,
esteatose hepática aguda não-alcoólica, macrossomia, aterosclerose e
reprogramação genética fetais. Comorbidades metabólicas, como obesidade e
diabetes, uso de medicações que predisponham a alterações lipídicas e histórias de
dislipidemia familiar aumentam a chance de elevações significativas de lipídios
séricos e conseqüentes complicações. O rastreamento da dislipidemia na gestação
não é consenso na literatura, entretanto grupos de risco para hiperlipidemia severa
podem se beneficiar do diagnóstico precoce e medidas dietéticas. Tabelas de
distribuição de lipídios na gestação por trimestre devem ser usadas para estabelecer
o diagnóstico. Conclusão: As concentrações de lipídios, lipoproteínas e
apoproteínas no plasma aumentam durante a gravidez e são influenciadas por
alterações nos hormônios maternos e outros fatores como índice de massa
corpórea, ganho de peso na gestação, nutrição materna, concentrações de lipídios
pré-gestacional, medicações e comorbidades. Severas complicações maternas e
fetais podem ocorrer e embora não haja consenso sobre o rastreamento, a pesquisa
em grupos de risco é recomendada.
Palavras-chave: dislipidemia, gestação, metabolismo lipídico, complicações,
comorbidades.
Nome aluno(a): ROBERTA DANTAS AZEVEDO
Tema: Fatores de risco para infecção do Trato Urinário em crianças com disfunção
do Trato Urinário Inferior.
Orientador: Prof. Dr. Ubirajara de Oliveira Barroso Junior.
RESUMO
A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é um problema freqüente na infância
sendo importante por sua associação com infecções do trato urinário (ITU). É a
principal causa de ITU em crianças que já largaram a fralda. Apesar de estar bem
estabelecido a associação entre DTUI e ITU, não se sabe quais crianças com DTUI
estariam mais propensas a desenvolver ITU. O objetivo do estudo foi analisar
variáveis clínicas em pacientes com DTUI que possam representar fatores de risco
para infecção urinária. 217 pacientes foram avaliados clinicamente quanto à
presença de sintomas de disfunção do trato urinário inferior, de acordo com a
definição da ICCS. O protocolo consistia em perguntas sobre gênero, idade, raça,
urgência miccional, incontinência diurna, enurese noturna e sua freqüência,
polaciúria, micção infreqüente, Giggle incontinence, incontinência aos esforços,
dificuldade miccional, noctúria, manobra de Vincent, dança do xixi, característica do
jato urinário, constipação, encoprese, presença de corrimento vaginal e dor
hipogástrica. A prevalência de ITU geral, ITU febril e ITU recorrente (>3 episódios)
no nosso trabalho foi respectivamente 63,6%, 41,8%, 37,3%. 70% dos pacientes
com ITU geral eram meninas. 50,8% dos pacientes com corrimento vaginal
apresentaram queixas de ITU febril e 60,6% dos pacientes com enurese noturna não
apresentaram ITU febril. Raça também se mostrou fator de risco para ITU febril. 72%
dos pacientes com dor hipogástrica, 50,8% dos pacientes que apresentaram
corrimento vaginal. 73,5% dos pacientes com jato miccional contínuo e 74% dos
pacientes sem dificuldade miccional não relatam história de ITU recorrente. Gênero
também se mostrou fator de risco para ITU recorrente. Enurese noturna novamente
se mostrou fator de proteção para recorrência de ITU. Os resultados sugerem que
dificuldade miccional, jato miccional intermitente, dor hipogástrica são importantes
fatores de risco modificáveis para ITU recorrente. Corrimento vaginal sugere ser
fator de risco modificável para ITU febril e recorrente, enquanto que enurese noturna
mostrou ser fator protetor para desenvolvimento de ambos os tipos de ITU.
Palavras- chave: infecção trato urinário, disfunção do trato urinário inferior, fatores
de risco.
Nome aluno(a): MARIANA LIMA PORTOCARRERO
Tema: Prevalência de Enurese noturna e disfunção do trato urinário inferior em
crianças e adolescentes com Anemia Falciforme.
Orientador: Prof. Dr. Ubirajara de Oliveira Barroso Junior.
RESUMO
Objetivo: Avaliar a freqüência de enurese noturna, urgência miccional, incontinência
urinária e aumento da freqüência miccional nos portadores de anemia falciforme
(forma homozigota) e compará-los a um grupo de crianças e adolescentes não
portadoras. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional,
individuado, tipo corte transversal através do preenchimento de questionário por
meio de entrevista a um dos responsáveis legais de crianças e adolescentes
portadores da anemia falciforme e a um dos responsáveis legais de crianças não
portadoras desta patologia, no período de abril de 2009 a Maio de 2010, totalizando
155 indivíduos com anemia falciforme e 100 indivíduos saudáveis, com idade de 5 a
18 anos, de ambos os sexos. Os questionários continham informações como sexo,
idade, presença da enurese noturna, classificação da mesma em primária ou
secundária, realização de tratamento para tal condição, idade de término da enurese
noturna, presença da incontinência urinária diurna, urgência miccional e aumento da
freqüência urinária. Os dados foram analisados com o auxílio do programa SPSS® e
um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados:
Houve diferença significativa entre a presença da enurese noturna nos portadores
da anemia falciforme quando comparados aos não-portadores, 50 (32,3%) X 5
(5,0%) (p = 0,000), respectivamente. Também foram significativas as diferenças
entre os grupos com relação à incontinência urinária diurna: 36 (23,2%) X 11
(11,0%) (p= 0,014), à urgência miccional: 52 (33,5%) X 10 (10,0%) (p= 0,000) e ao
aumento da freqüência urinária: 49 (31,6%) X 6(6,0%) (p = 0,000), respectivamente.
A prevalência da enurese noturna entre os portadores da anemia falciforme
decresceu com o aumento da idade, estando presente em 50% dos indivíduos de 5
a 7 anos, 31,9% dos indivíduos 8 aos 10 anos, 29,3% dos indivíduos de 11 a 14
anos e 21,6% dos indivíduos de 15 a 18 anos. O mesmo padrão não foi visto com
relação à incontinência urinária diurna, que evidenciou maior prevalência (39,0%)
entre 11 e 14 anos. Conclusão: Foi evidenciada associação estatisticamente
significante entre a anemia falciforme e a enurese noturna, a incontinência urinária
diurna, a urgência miccional e o aumento da freqüência urinária.
Palavras-chave: anemia falciforme, disfunção do trato urinário inferior, enurese
noturna.
Nome aluno(a): CARLA REALE BATISTA
Tema: Conhecimento de estudantes de Medicina sobre doação e transplante de órgãos.
Orientador: Profa. Dra. Liliane Elze Falcão Lins Kusterer
RESUMO
Objetivo: Avaliar o conhecimento de estudantes de medicina sobre doação e
transplantes de órgãos e o conceito de morte encefálica (ME), além de identificar os
possíveis fatores contrários à doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um
estudo de corte transversal realizado com 266 estudantes de medicina do primeiro
ao quarto ano de graduação. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro
de 2010 através da aplicação de um questionário, contendo dados demográficos e
13 perguntas de múltipla escolha sobre o tema. Resultados: Dentre os
entrevistados, 61,3% tiveram atividades didáticas sobre transplantes de órgãos
durante o curso. Sessenta por cento dos estudantes avaliaram o seu conhecimento,
sobre o tema, como regular. Oitenta e oito por cento dos estudantes acertaram o
conceito de morte encefálica e 72% tinham noções de como realizar o diagnóstico.
Em relação a quais transplantes poderiam ser realizados intervivos, 78,9%
responderam corretamente. Já com relação aos transplantes realizados sem
batimentos cardíacos, 45,4% acertaram a questão e 53,4% não souberam
responder. Quando perguntados sobre a intenção de doar órgãos e tecidos, 78,6%
eram doadores, sendo que a análise por semestre mostrou aumento progressivo na
intenção de doar. Com relação aos cuidados que devem ser tomados para a
manutenção do potencial doador de órgãos, 75,5% dos estudantes desconheciam
as medidas de suporte necessárias. No que se refere à comunicação familiar da
morte de um parente, 50,4% sabiam como era feita essa abordagem. Conclusão:
Foi possível concluir que a maioria dos estudantes de medicina da amostra
estudada apresentou conhecimento sobre morte encefálica e que durante o curso
médico, os estudantes adquirem maior conhecimento sobre transplante e doação de
órgãos e tecidos. Este conhecimento adquirido aumenta a intenção de doar,
sugerindo que a educação seja imprescindível para melhorar as taxas de doação de
órgãos. Dessa forma, é necessária a inserção de matérias ou cursos específicos de
doação de órgãos e tecidos para transplantes no currículo das faculdades de
medicina.
Descritores: Transplantes, Morte Encefálica, Estudantes de Medicina, Doação de
Órgão, Doação de Tecido.
Nome aluno(a): EMANUELA MIRANDA LIMA SANCHO
Tema: Perfil das adolescentes grávidas acompanhadas em uma Instituição Pública em
Salvador.
Orientador: Dr. David da Costa Nunes Júnior
RESUMO
Sabe-se que a gravidez na adolescência pode trazer riscos importantes tanto
para a mãe quanto para o feto. Além disto, muitas jovens, ao engravidar,
interrompem seus estudos, limitando suas oportunidades de inserção no mercado de
trabalho. Faz-se necessário o planejamento de ações voltadas para a saúde sexual
e reprodutiva, fornecendo a estas mulheres informações sobre a iniciação sexual,
métodos contraceptivos e assistência pré-natal adequada, visando à saúde da jovem
e da criança.
Conhecer os fatores envolvidos com a ocorrência de gravidez na adolescência
surge, então, como condição primeira para que estas ações sejam efetivas em sua
proposta. Objetivo: Este estudo se propôs a conhecer o perfil das adolescentes
grávidas atendidas em uma instituição pública em Salvador, Bahia. Métodos: Tratase de estudo descritivo de corte transversal com coleta de dados realizada em uma
maternidade pública da Rede Hospitalar Própria do Estado, localizada em Salvador,
Bahia. Foram abordadas as adolescentes (10-20 anos incompletos) grávidas
atendidas pelo Ambulatório de Pré-natal no período de 30.07.2010 a 10.09.2010. A
coleta dos dados deu-se através da aplicação de um questionário. A análise
estatística foi realizada utilizando-se o programa Statistical Package for the Social
Sciences – SPSS versão 14.0. A significância da associação entre as variáveis foi
avaliada através do teste do Qui-quadrado. Resultados: A idade média das
participantes foi de 16,68 anos, variando de 12 a 19 anos. As idades médias da
menarca e do início da vida sexual foram de 12,44 anos e 14,29 anos,
respectivamente. Quanto ao estado civil, 44,7% das adolescentes eram solteiras,
40,4% tinham um relacionamento estável (companheiro). A maior parte delas
(72,3%) referiu-se parda e 46,8% disseram não possuir religião. No momento da
entrevista, 57,4% não estudavam. A maioria (95,7%) não exerce atividade
remunerada, tendo como responsáveis pelo seu sustento o companheiro (57,4%),
seguido pelos pais (38,3%). A renda familiar mais prevalente foi entre 1-3 salários
mínimos (34%) e 25,5% moravam com mais 2 pessoas. Dentre as adolescentes,
80,9% utilizavam algum método anticoncepcional, destas, 48,9 % usavam pílula,
enquanto apenas 14,9% faziam uso regular de preservativo. 91,5% delas estão em
sua primeira gestação e entre as que já estiveram grávidas antes, a maioria (6,4%)
estão em sua segunda gestação. Discussão: Este estudo confirmou a tendência
apontada pela literatura de início cada vez mais precoce da vida sexual. Percebe-se
associação de gravidez na adolescência com baixa escolaridade, evasão escolar
precoce e baixa renda familiar. Verificou-se que um número significativo de
adolescentes nunca tinham recebido orientação sobre planejamento reprodutivo, o
que identifica falha no papel da família, escola e sistema de saúde em gerar nos
jovens um comportamento sexual preventivo. A identificação de uma alta
porcentagem de jovens que afirmou utilizar métodos anticoncepcionais denota uso
inadequado destes métodos (já que, ainda assim, engravidaram), confirmando a
defasagem de conhecimento sobre planejamento reprodutivo. Conclusão: Percebese que a questão da gravidez na adolescência é um fenômeno multifatorial, devendo
ser abordado nos seus diversos aspectos, destacando-se a participação da família,
escola e setores de saúde neste processo.
Palavras-chave: Gravidez na adolescência; Anticoncepção; Saúde reprodutiva;
Sexualidade.
Nome aluno(a): HEIDER CERQUEIRA DO NASCIMENTO
Tema: Prevalência de depressão em pacientes submetidos á Hemodiálise na Região de
Alagoinhas
Orientador: Profa Elise Schaer
Resumo
Introdução: A Doença Renal Crônica Terminal (DRCT), quando diagnosticada, é
uma doença que resulta em inúmeros processos adaptativos que em sua maioria
afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. Segundo a literatura, a
depressão parece ser a morbidade psiquiátrica mais comum ou das mais freqüentes
entre os pacientes portadores de DRCT submetidos à hemodiálise. Porém, a
depressão continua amplamente subdiagnosticada nessa população, privando os
pacientes dos benefícios de um tratamento. Objetivo: Este trabalho tem como
objetivo calcular a prevalência de depressão nos pacientes portadores de DRCT em
tratamento hemodialítico em um centro de diálise conveniado com o Sistema Único
de Saúde na cidade de Alagoinhas, Bahia e estimar essa prevalência em relação ao
sexo, idade, estado civil, escolaridade, ocupação, doença de base e tempo de
hemodiálise dos pacientes. Material e Método: Este é um estudo observacional
transversal prospectivo. O centro de diálise disponibiliza 32 máquinas de
hemodiálise e possui dois turnos de realização da hemodiálise operando de
segunda-feira a sábado. O número total de pacientes nesse serviço atualmente é de
128 indivíduos. Os pacientes que preencheram os critérios de inclusão foram
aqueles acima de dezoito anos de idade e que por livre e espontânea vontade
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido para participação da
pesquisa. A coleta de dados ocorreu após prévio consentimento da instituição e
aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação
Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Aos pacientes selecionados foi
aplicado o Inventário de Depressão de Beck. Este é um questionário padronizado,
bastante reconhecido e utilizado em pesquisas para avaliação diagnóstica de
depressão. Resultados: Participaram do estudo 65 pacientes. A maioria desses
pacientes é do sexo masculino, casado, possui idade entre 40-59 anos, escolaridade
até o ensino fundamental, não trabalha, possui hipertensão arterial ou diabetes
mellitus como doença de base e tempo de hemodiálise entre 0-5 anos. Quando
aplicado o Inventário de Depressão de Beck 25 (38,5%) pacientes obtivetam escore
sugestivo de depressão. Conclusão: Há uma tendência maior em existir depressão
nos pacientes submetidos à hemodiálise. Sendo assim, fica claro que deve haver um
cuidado maior por parte dos médicos e profissionais de saúde com esse grupo de
pacientes, visando um compromisso maior em investigar, diagnosticar e tratar a
depressão, contribuindo para um bom prognóstico e melhorias na qualidade de vida.
Palavras chaves: Doença Renal Crônica Terminal, hemodiálise, depressão,
Alagoinhas.
Nome aluno(a): FERNANDO MORBECK ALMEIDA COELHO
Tema: O custo da retinopatia diabética na Saúde pública da Bahia
Orientador: .Dr. Rafael Ernane
RESUMO
Introdução: A prevalência do Diabetes Mellitus (DM) está aumentando em todas as
faixas etárias no decorrer dos anos. Isso está causando um grande impacto
econômico à sociedade, pois o DM provoca complicações macroangiopáticas e
microangiopáticas devido ao estado de hiperglicemia crônico, causando elevados
índices de morbi-mortalidade. A retinopatia diabética (RD) é uma das complicações
mais comuns, estando presente tanto no DM tipo 1 como no DM tipo 2, sendo que
após 10 anos de evolução, 58% dos casos desenvolvem a doença retiniana. De
acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), a RD é a principal causa de cegueira
adquirida do Brasil, causando um considerável impacto econômico e social. O
estudo sobre os gastos públicos com a RD no Brasil e Bahia ainda são escassos.
Então, faz - se necessário quantificar o custo dessa enfermidade microangiopática
na Saúde Pública do estado. Objetivo: Estimar o custo econômico da RD para o
Sistema Público de Saúde da Bahia. Secundariamente, realizar o desenho
demográfico dos gastos públicos com a RD no estado baiano. Metodologia: Foi
realizado um estudo descritivo de morbidade (prevalência) sobre o custo da
retinopatia diabética na Saúde Pública da Bahia. Para tanto, foram usadas
informações do banco de dados do SUS (DATASUS) entre 2004 e julho de 2010
para o SIA/SUS (movimentação ambulatorial) e entre 2000 e julho de 2010 para o
SIH/SUS (movimentação hospitalar) sob o código do CID-10 H36.0 (Retinopatia
Diabética). Resultados: Em relação à movimentação ambulatorial da RD, houve um
gasto de R$ 3.249.558,00 no período estudado, sendo realizados 71.983
procedimentos. Parte majoritária dos serviços foi feito em indivíduos com idade
entre 51 e 60 anos (26%). A região Leste do estado foi a que realizou o maior
número de produção ambulatorial (64.366), utilizando R$ 2.202.869,00. Quanto à
internação hospitalar, houve um gasto de R$ 26.623,53, sendo que 75% oriunda de
procedimentos do tipo eletivo. A cirurgia mais realizada no período foi a Crio –
Retinopexia. Discussão e Conclusão: Houve um grande crescimento da carga de
movimentação ambulatorial, principalmente em indivíduos com idade superior a 65
anos. Sendo relevante saber o real motivo desse crescimento: aumento da
prevalência do DM e, conseqüentemente, da RD ou maior acesso da população ao
Sistema Público de Saúde. A região Leste apresentou o mais elevado custo com a
RD, enquanto outras áreas tiveram pouca movimentação, evidenciando uma
provável falta de distribuição dos recursos públicos. Outro fator relevante a ser
analisado são os gastos na previdência social, pois, de acordo com o SUS, a RD é a
principal causa de cegueira adquirida no Brasil. Logo, deve haver uma forte Política
Pública de Saúde para que previna e oriente a população sobre os riscos da doença
retiniana.
Descritores: Retinopatia diabética; Retinopatia diabética/custo; Diabete mellitus;
Cegueira; Fotocoagulação a laser; Triagem; Prevalência; Saúde Pública
Nome aluno(a): FILIPE BACELLAR DE FARIA
Tema: O valor da punção aspirativa com agulha fina (PAAF) da Tireóide em nódulos
menores que um centímetro.
Orientador: Prof. Marcelo Esteve
RESUMO
Introdução: A presença de nódulos da tireóide é uma condição clínica cada vez
mais comum, sendo detectados pela palpação em cerca de 4% das pessoas em
áreas de bócio não endêmico. Se esta avaliação for feita com base na ultrasonografia (USG), o percentual fica entre 30 e 50%. A USG, no entanto, não define a
malignidade ou não do nódulo. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) está
indicada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia para nódulos >
1 cm ou para nódulos suspeitos < 1 cm. Sua utilização na avaliação inicial, no
entanto, ainda é discutida. Objetivo: Avaliar a proporção de positividade de câncer
de tireoide em nódulos menores que um centímetro. Metodologia: Foi realizado um
estudo descritivo de levantamento retrospectivo de prontuários de pacientes do
Instituto Diagnóstico da Mulher (IDM), uma entidade particular, localizado na cidade
de Feira de Santana, Bahia. Trata-se de uma amostra de conveniência em que
foram selecionadas 432 pacientes. As informações obtidas foram inseridas em
banco de dados do Microsoft Office Excel 2007 e analisadas no software R (versão
2.11.1). A análise descritiva (freqüência absoluta / relativa, média aritmética e desvio
padrão) foi realizada com a finalidade de identificar as características gerais e
específicas da população estudada. Resultados: A distribuição, segundo os
resultados da análise citopatológica, mostrou que a maioria das pacientes (67,9%)
apresentava lesões benignas, que 11,3% eram portadoras de neoplasias malignas,
que 2,3% apresentavam neoplasia de células de Hürthle, que 3,5% foram
consideradas indeterminadas e que em 15% as amostras foram consideradas
insatisfatórias. Discussão: A proporção de positividade de câncer de tireóide em
nódulos menores que um centímetro foi de 11,3%, dado que sugere que o tamanho
do nódulo tireoidiano não deve ser um fator decisivo na conduta do paciente. A
aplicação de um programa baseado na realização complementar de ultrassom e
PAAF permite o diagnóstico precoce de câncer da tireóide, no entanto, esta
realidade parece um pouco distante para grande parte da população.
Nome aluno(a): LEONARDO LUQUINE MOREIRA DE SOUZA
Tema: Novas drogas utilizadas no controle da forma Neovascular da Degeneração
Macular relacionada á idade.
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castro Lima de Carvalho
RESUMO
A Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI) é uma doença degenerativa
que acomete a área central da retina ocasionando perda gradual da visão central
sendo a principal causa de cegueira sob o ponto de vista legal nos pacientes com
mais de 50 anos de idade e a terceira causa de cegueira no mundo. A DMRI é
classifica em dois tipos: atrófica ou exudativa (neovascular), sendo que esta última é
a forma mais grave. Existem vários tratamento disponíveis, mas nenhum com
resultados satisfatórios. O que mudou nos últimos anos com uma melhor
compreensão da fisiopatologia da DMRI neovascular de que o fator de crescimento
do endotélio vascular (VEGF) é um dos mais importantes mediadores das fases
iniciais da angiogênese o que possibilitou a utilização de um novo recurso
terapêutico como as drogas antiangiogênicas como por exemplo: o bevazizumab e o
ranibizumab. O presente trabalho analisou os dados clínicos dos trabalhos que
utilizaram a injeção intra-vítrea das drogas no tratamento da DMRI. Foi realizado
uma revisão de literatura com as palavras chave: ranibizumab, bevacizumab,
intravitreal, age-related macular degeneration e neovascular nas seguintes bases de
dados: LILACS, MEDLINE e SciELO, nos sites: PUBMED e Arquivos Brasileiros de
Oftalmologia e na Biblioteca Virtual em Saúde e também foram aceitos artigos
cedidos. Foram selecionados, segundo os critérios de inclusão, 8 artigos sobre os
efeitos do uso da droga bevacizumab; 5 artigos sobre os efeitos do uso da droga
ranibizumab e 3 estudos que comparam as drogas ranibizumab e bevacizumab. Foi
observado melhora da acuidade visual e manutenção desta na maioria dos artigos
com superioridade em relação ao tratamento padrão e incidência relativamente baixa
de efeitos adversos. Isso indica que as drogas antiangiogênicas parecem ser a
melhor e mais segura opção, mesmo quando associadas, para o tratamento da
DMRI do tipo neovascular.
Palavras-chave: bevacizumab, ranibizumab, degeneração macular relacionada à
idade neovascular, terapias antiangiogênicas
Nome aluno(a): FELIPPE VIEIRA MOTA
Tema: Avanço na cirurgia plástica do abdomem
Orientador: Prof. Dr. José Humberto de Oliveira Campos
Resumo
Introdução: O abdome é uma das regiões que mais preocupam os pacientes que
procuram a cirurgia plástica. A abdominoplastia consiste de lipectomia abdominal
baixa, associada à reparação músculo-fascial, o que se consegue com a plicatura
das aponeuroses dos músculos retos abdominais. Foram escolhidas quatro técnicas
de abdominoplastia para serem comparadas nesse trabalho: Abdominoplastia
Clássica, Abdominoplastia com descolamento seletivo, Abdominoplastia em Âncora,
Abdominoplastia com retirada da camada lamelar supra-umbilical. O objetivo desse
trabalho é comparar as taxas de complicações pós-operatórias entre as diferentes
técnicas de abdominoplastia. Métodos: No site do Pubmed, foi feita a pesquisa com
a palavra-chave abdominoplasty. Foram escolhidos artigos publicados entre 1990 e
abril de 2009. No site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP foram
acessadas as publicações da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP). Foi
feita uma busca avançada utilizando as palavras-chave: abdome; abdome/cirurgia;
abdominoplastia;
abdominoplastia
associada
à
cirurgia
ginecológica;
abdominoplastia associada à cirurgia cavitária; abdominoplastia em avental e
abdominoplastia pós-grandes perdas ponderais. Foram escolhidos artigos entre
1997 e 2009. Resultados e Discussão: O seroma é a complicação mais freqüente
das abdominoplastias e corresponde a 37% de todas as complicações.
Abdominoplastia em Âncora possui o maior índice de seroma. O tempo cirúrgico é
uma variável que contribui consideravelmente para a infecção Por ser um
procedimento muito associado a outras cirurgias, aumentando o tempo do ato
operatório a Abdominoplastia Clássica apresenta maiores índices de infecção. Nas
Abdominoplastias com retirada da camada lamelar supra-umbilical e Clássica, o
risco de haver sangramentos é maior, aumentando também o risco de hematoma.
Abdominoplastia com descolamento seletivo tem a maior taxa de hipertrofia
cicatricial porque talvez a mesma sofra ação das forças de retração da pele.
Nenhuma explicação ou hipótese foi elucidada sobre a casuística necrose de retalho
abdominal. Na Abdominoplastia clássica a relação com o índice de infecção foi
proposta para explicar a taxa de deiscência. Por ser um procedimento muito
associado a outras cirurgias, aumentando o tempo do ato operatório, a
Abdominoplastia clássica apresenta índices de TVP e embolia pulmonar.
Conclusão: Nenhuma das técnicas comparadas se mostrou superior.
Palavras chaves: abdominoplastia, avanços em abdominoplastia, complicações das
abdominoplastias, comparação entre abdominoplastias.
Nome aluno(a): THAIANA CARNEIRO DE CASTRO
Tema: Características clínicas e patológicas dos pacientes com Neoplasia maligna
de glândula salivar maior em Hospital de Referência no Estado da Bahia.
Orientador: Prof. Dr. Leonardo de Souza Kruschewsky
RESUMO
INTRODUÇÃO: As neoplasias de glândulas salivares constituem um grupo raro de
tumores e acometem mais freqüentemente a glândula parótida, seguida pelas
glândulas submandibular e sublingual. OBJETIVO: Descrever as características
clínicas e patológicas dos pacientes com diagnóstico de câncer de glândula salivar
maior. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo dos pacientes com diagnóstico
de neoplasia maligna de glândula salivar maior no Hospital Aristides Maltez (HAM),
no período entre janeiro de 2002 a dezembro de 2006. A coleta dos dados foi feita
retrospectivamente, pela análise de 30 prontuários médicos, constantes no Serviço
de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) do HAM. Coletou-se informações referentes
à idade, sexo, profissão, procedência, cor da pele, tabagismo, etilismo, localização
anatômica da lesão, diagnóstico, estadiamento, tratamento e recorrência. A análise
estastística foi realizada por meio de técnicas de estastística descritiva.
RESULTADOS: Foram selecionados 30 casos, com proporção equivalente entre
homens e mulheres de 1:1. A idade média geral foi de 46,17 anos, com pico de
incidência na quinta década de vida. A parótida foi a glândula salivar mais atingida
(76,7%). A glândula submandibular foi atingida em 20% dos casos, seguida pela
glândula sublingual (3,3%). Os três tipos histológicos mais freqüêntes foram:
carcinoma mucoepidermóide (30%), carcinoma adenóide cístico (16,7%) e
carcinoma de células escamosas (16,7%). CONCLUSÃO: De maneira geral, os dados
encontrados neste estudo são compatíveis com os de diversos relatos na literatura
nacional e internacional, apresentando discretas variações entre as populações.
PALAVRAS-CHAVE: Neoplasia. Glândulas salivares. Epidemiologia.
Nome aluno(a): FERNANDA LOMANTO SAMPAIO TAVARES
Tema: Impacto do advento da quimioterapia neoadjuvante na curabilidade e pacientes
com carcinoma colorretal e metástase hepática exclusiva.
Orientador: Prof. Dr. Cláudio de Almeida Quadros
RESUMO
INTRODUÇÃO: As metástases hepáticas se desenvolvem em 20-70% dos
pacientes com carcinoma colorretal e representam a principal causa de morte nesta
doença. Atualmente, a ressecção cirúrgica é o único tratamento que pode garantir
sobrevida a longo prazo e oferecer cura quando as metástases hepáticas podem ser
totalmente ressecadas com margens livres, quando o câncer primário está
controlado e quando não há doença extra-hepática irressecável. Em geral, a taxa de
sobrevida em 5 anos após a ressecção hepática varia entre 25% a 40%.
Infelizmente, cerca de 85% dos pacientes com estádio IV da doença tem metástase
hepática considerada, a princípio, irressecável. Entretanto, o advento da
quimioterapia neoadjuvante tem aumentado a porcentagem de pacientes elegíveis
para a cirurgia potencialmente curativa, tornando metástases potencialmente
irressecáveis em ressecáveis e melhorando a sobrevida e o prognóstico desses
pacientes. MÉTODOS: Esta é uma revisão bibliográfica não sistemática, sendo o
levantamento de dados realizado através de consulta ao PubMed, Medline-Bireme e
Lilacs-Bireme, utilizando-se, a partir de várias combinações, os seguintes
descritores: 1) colorectal cancer; 2) liver metastases; 3) neoadjuvant chemotherapy;
4) adjuvant chemotherapy; 5) surgical resection. CONCLUSÃO: A quimioterapia
neoadjuvante deve ser considerada o tratamento padrão para a maioria dos
pacientes com carcinoma colorretal e metástases hepáticas ressecáveis e para
aqueles com metástases potencialmente ressecáveis e também para metástases
irressecáveis.
PALAVRAS-CHAVE: carcinoma colorretal; metástase hepática; quimioterapia
neoadjuvante; ressecção cirúrgica.
Nome aluno(a): NATHÁLIA ALMEIDA PINTO
Tema: Análise do KI67 como marcador prognóstico em pacientes com Câncer de
Mama
Orientador: Dr. Carlos Sampaio
RESUMO
Introdução: O Ki67 é um marcador de proliferação celular em câncer de mama
invasivo. Nas últimas décadas, estes marcadores têm sido avaliados como
potenciais fatores prognósticos em câncer de mama, definidos como fatores
associados com desfechos clínicos como sobrevida e tempo livre de doença.
Objetivos: Avaliar a correlação entre expressão de Ki67 e a indicação ou não de
tratamento quimioterápico no tratamento de pacientes com câncer de mama, bem
como sua correlação com outros marcadores prognósticos como grau histológico,
tamanho do tumor, positividade para receptores hormonais, expressão de Her-2,
invasão angiolinfática, recidiva da doença e desenvolvimento de metástases
linfonodais e/ou distância. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo
com coleta de dados retrospectiva. A população foi composta por 332 pacientes com
câncer de mama invasivo atendidas entre 2000 e 2009 em clínica privada de
Salvador, Bahia. Os dados foram coletados em fichas de coleta padronizada e
analisados através do teste do Qui-Quadrado (X²). Resultados: Observou-se
correlação positiva e estatisticamente significante entre maior expressão de Ki67 alta
e menor expressão dos receptores de estrógeno, progesterona, maior tamanho do
tumor, maior grau de diferenciação, maior percentagem de invasão angiolinfática,
maior taxa de metástase linfonodal e à distância e maior indicação de quimioterapia
adjuvante. Foram encontradas correlações numéricas não estatisticamente
significantes entre expressão de Ki67 e expressão de Her-2, recidiva da doença e
quimioterapia para tratamento de recidiva local da doença e metástase. Discussão:
Como previsto, foi encontrada correlação entre maior expressão de Ki67 e fatores
que indicam pior prognóstico para o câncer de mama. A correlação entre expressão
de Ki67 e Her-2 provavelmente obteria significância estatística numa amostra maior.
Os tumores que expressam receptores de estrógeno estão associados a um maior
número de metástases ósseas, se beneficiando mais do tratamento com
hormonioterapia do que quimioterapia. Isso explica a falta de significância estatística
entre Ki67 alto e maior índice de quimioterapia para recidiva local da doença e
metástases. Observou-se que o grupo de pacientes com Ki67 alto utiliza mais
quimioterapia. A falta de correlação entre expressão de Ki67 e maior índice de
recidiva da doença revela os resultados benéficos da maior utilização de
quimioterapia nessas pacientes.
Palavras-chave: Ki67, câncer de mama, quimioterapia.
Nome aluno(a): PEDRO ALVES DE SOUZA NETO
Tema: Atividade física na Terceira Idade: Benefícios pessoais e sociais.
Orientador: Prof. Dr. Almério de Souza Machado Júnior
RESUMO
A atividade física (AF) para a terceira idade é tema importante, mesmo estratégico,
tanto do ponto de vista individual (com benefícios para saúde) quanto de uma visão
ampla da sociedade, a qual está cada vez mais envelhecida no Brasil. Os benefícios
da atividade física para a saúde e longevidade são intuitivamente conhecidos desde
o princípio dos tempos. Individualmente, esta atividade física fortalece uma relação
do idoso com outros idosos e com seus monitores, geralmente mais jovens,
proporcionando uma série de benefícios significativos, como conhecer pessoas da
mesma idade, partilhar objetivos, esforços, desilusões, alegrias, idéias. O crescente
aumento da população idosa no mundo chama a atenção para diversos aspectos,
como saúde, educação e exercícios. Vários documentos já enfatizaram a
importância da ação dos profissionais de saúde e entidades governamentais no
estímulo a atividade física, assim como seu impacto sobre a saúde pública. O
objetivo deste trabalho é, através de uma revisão de literatura, demonstrar a grande
possibilidade que a prática de atividade física dá ao idoso de manter seu aspecto
biopsicofisiológico íntegro, para um envelhecimento saudável pelo maior tempo
possível. Foi realizado uma revisão não exaustiva da literatura. Foram usados como
palavras chave: “atividade física”, “terceira idade”, “idoso” e “saúde”, nos bancos de
pesquisa do Google e Scielo. Os benefícios do exercício podem ter grande impacto
sobre a saúde pública. Foi observado que: 1 - em alguns casos, o fracasso da
reabilitação nas atividades físicas pode ser devido à falta de envolvimento da família
no processo reabilitador; 2 - as atividades físicas para os indivíduos na terceira idade
devem visar à manutenção de um estado saudável, e às suas capacidades
necessárias para as atividades de vida diárias; 3- a atividade física regular pode
contribuir muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento; e 4 - o
envelhecimento é um processo muito heterogêneo e a recomendação de atividade
física para os idosos deve ser individualizada. Assim, o compromisso de realizar
atividades físicas que auxiliem os idosos em suas atividades da vida diária deve ser
pautado em resultados concretos como os que apresentam este estudo. Foi possível
concluir também que o programa de hidroginástica está auxiliando a manutenção da
autonomia do idoso. Ao se verificar todas as variáveis necessárias para uma prática
eficiente do exercício físico, esta funcionará como veículo facilitador para o
autoconhecimento, paz interior, responsabilidade, prazer, integração, harmonia,
solidariedade, independência, equilíbrio, motivação, autonomia, ou seja, qualidade
de vida!
Palavras-chave: Atividade Física. Terceira Idade. Idoso. Saúde.
Nome aluno(a): LEONARDO FREITAS LOPES
Tema: Prevalência de Fribomialgia em um Serviço Particular de Referência para o
tratamento da DOR em Salvador- Ba
Orientador: Profº Dr. Túlio César Azevedo Alves
RESUMO
Introdução: A fibromialgia (FM) é definida como uma síndrome dolorosa
músculo-esquelética não-inflamatória de caráter crônico. As principais manifestações
clínicas são 7queixas álgicas distribuídas difusamente pelo corpo, sensação de
fadiga e distúrbios do sono. Os critérios de classificação de acordo com o American
College of Rheumatology (ACR) são: dor difusa persistente por mais de três meses e
presença de dor em 11 dos 18 pontos dolorosos (tender points); podendo ocorrer
cefaléia e rigidez associados, parestesias, dificuldades de memória, palpitações,
tonturas, sensações de inchaço e dor torácica. No Brasil, estima-se que cerca de 50
milhões de pessoas padeçam de algum tipo de dor. Este é o principal motivo de
procura por assistência de saúde, sendo considerada hoje um grave problema de
saúde pública. Esta síndrome afeta de 6 a 20% dos pacientes das clínicas
reumatológicas, quase 10% dos casos em consultas de dor crônica e entre 0,5% e
5% da população geral. No Brasil, um estudo epidemiológico sobre doenças
reumáticas, realizado na cidade de Montes Claros, mostrou que a síndrome da
fibromialgia foi a segunda desordem reumatológica mais freqüente, com prevalência
de 2,5% na população geral. Objetivo: Calcular a Prevalência da fibromialgia em
uma Unidade de Referência em Salvador, além de relatar o perfil dos pacientes
portadores desta síndrome dolorosa e os seus possíveis impactos na sociedade.
Metodologia: Este trabalho foi elaborado a partir de um estudo descritivo
retrospectivo de prevalência referente ao período de Junho de 2008 a setembro de
2010. Foi realizado em uma Unidade Particular de Referência para o Estudo e
Tratamento da Dor na cidade de Salvador. A coleta de dados ocorreu após prévio
consentimento da Instituição e aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP),
sendo garantida a confidencialidade, o anonimato e a não utilização das informações
em prejuízos de outrem. Foi realizada uma uma busca em Prontuários, visando
calcular a prevalência de Fibromialgia, dentre os pacientes atendidos no período
referido, destacando fatores como: sexo, idade, e estado civil. Resultados: A
prevalência de pacientes com fibromialgia correspondeu a 7,8% (129/1657) da
amostra total (N=1657). Dentre os pacientes com fibromialgia (n=157), houve uma
predominância de pacientes do sexo feminino (124/129) representando 96,1% dos
pacientes com fibromialgia Conclusão: A prevalência de fibromialgia na população
em estudo, no serviço de referência em dor em Salvador, foi de 7,8% e mais
prevalente no gênero feminino (96,1%) do que no masculino, acometendo
especialmente a faixa etária de 40 a 59 anos de idade. Mais estudos de prevalência
de dor, principalmente sobre fibromialgia devem ser estimulados com a finalidade de
auxiliar na estimativa do número de pessoas que podem estar sofrendo com esta
síndrome, além de servir como banco de dados para o planejamento e orçamento da
saúde pública.
Palavras-chave: fibromialgia; dor; saúde pública
Nome aluno(a): MARINA MORAES SOBRAL
Tema: Sintomas depressivo em crianças e adolescentes com diabetes Melito tipo 1.
Orientador: Prof. Dr. Crésio de Aragão D. Alves
RESUMO
Objetivo: Estimar a prevalência de sintomatologia depressiva em diabéticos de 7 a
17 anos e identificar fatores de riscos associados a este distúrbio psicológico.
Materiais e métodos: Estudo de corte tansversal, descritivo, realizado entre março
e setembro de 2010, numa amostra de 63 crianças e adolescentes com diabetes
melito tipo 1 (DM1), acompanhados em um serviço público de referência, utilizando o
“Children’s Depression Inventory – CDI”, adaptado e validado transculturalmente
para pacientes brasileiros. Escores superiores ou iguais a 17 foram considerados
como indicadores de sintomatologia depressiva. Resultados: Foram estudados 63
pacientes (31 masculinos, 32 femininos), com idade média de 12,9±2,9 anos (7-17
anos). A prevalência de sintomas depressivos foi 11,1%, com preponderância no
gênero feminino (71%) e em pacientes púberes (71%). Demonstrou-se ainda,
associação entre sintomas depressivos e fatores de risco como: episódios
hipoglicêmicos, maior número de visitas ao pronto-atendimento (PA) por
descompensação do DM1, má adesão à dieta e pouca atividade física. Também foi
observado que 38% dos diabéticos nunca tinham ido ao psicólogo e que apenas
16% daqueles com sintomas depressivos já tinham ido ao psicólogo.
Conclusões: Observa-se uma precariedade no acompanhamento psicológico dos
pacientes com DM1 e demonstra-se associação dos sintomas depressivos com:
sexo feminino, puberdade, aumento de visitas ao PA por descompensação
glicêmica, ocorrência de episódios hipoglicêmicos, má adesão à dieta e menor
prática de exercícios físicos.
Palavras-chave: diabetes melito tipo 1, depressão, crianças e adolescentes.
Nome aluno(a): RICARDO DE ALBUQUERQUE FREITAS
Tema: Cirurgia Bariátrica em pacientes com IMC entre trinta e trinta e cinco(kg/m2):
Eficácia x Risco
Orientador: Prof. Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger
RESUMO
Introdução: A obesidade é uma doença crônica multifatorial, definida como um
excesso de tecido adiposo associado ao aumento de peso, ou um percentual de
gordura corporal que aumenta o risco de doença. O diagnóstico e sua classificação,
é feito principalmente através da clínica, pelo cálculo do IMC (índice de massa
corpórea), que é verificado pela divisão do peso (em quilogramas) pela altura
elevada ao quadrado (em metros). Um indivíduo com IMC acima de 25kg/m2 é
classificado como portador de sobrepeso, e acima de 30kg/m2, de obesidade. Para
indivíduos obesos, as opções de tratamento são limitadas. Mudanças no estilo de
vida (redução da quantidade calórica ingerida/dia, exercício físico), suplementadas
por um fármaco, geralmente alcançam efeito apenas modesto, e muitas vezes,
transitórios. De acordo com o NIH (National Institutes of Health), a cirurgia bariátrica
é o único tratamento efetivo da obesidade mórbida. Objetivo: Avaliar eficácia x risco
da cirurgia bariátrica em pacientes com IMC entre 30 e 35kg/m2. Metodologia: Foi
realizado um resumo sistemático da literatura aos bancos de dados MEDLINE,
PUBMED e SCIELO, incluindo artigos de língua portuguesa e inglesa, usando os
seguintes termos: bariatric surgery, BMI≤35kg/m2, low obesity, e suas traduções
correspondentes em combinações variadas. Os critérios de inclusão foram: estudos
de revisão bibliográfica ou ensaios clínicos (randomizados ou não), abrangendo
qualquer técnica de cirurgia bariátrica, em pacientes com comorbidades ou não,
porém todos com IMC entre 30 e 35kg/m2. Só foram usados artigos não pagos e
publicados até 31 de dezembro de 2008. Resultados: Parikh et al. e O’Brien et al.
descreveram resultados semelhantes utilizando a banda gástrica ajustável por
videolaparoscopia, isto porque, como se trata de uma técnica puramente restritiva, o
paciente se sente saciado com uma menor quantidade alimentar se comparado com
antes do procedimento. Com isso, a ingesta calórica do indivíduo diminui,
justificando a perda de peso. Em adição, trata-se de uma técnica que pode ser
revertida caso ocorra alguma complicação por exemplo. Ricardo Cohen et al. e Lee
WJ et al. estudaram outro tipo de técnica (bypass gástrico com Y-de-Roux), porém,
também apresentaram resultados eficazes inclusive com relação a controle dos
níveis glicêmicos considerados normais 1 ano após a cirurgia. Embora pacientes
com IMC entre 30kg/m2 e 35 kg/m2 percam menos peso em relação a pacientes com
IMC maiores, a cirurgia mostrou eficácia semelhante em relação à resolução de
comorbidades (DM tipo II principalmente). Scopinaro et al. utilizou a técnica de
derivação biliopancreática em pacientes com DM tipo II, porém, após 5 anos de
níveis glicêmicos considerados normais, os níveis voltaram a subir em 5 dos 7
pacientes estudados. Discussão e conclusão: O tratamento cirúrgico é eficiente na
redução de peso em pacientes com IMC entre 30-35kg/m2, e também no controle de
comorbidades. O risco é relativamente baixo, porém depende de cada caso e
técnica cirúrgica empregada.
Descritores: cirurgia bariátrica; IMC≤35kg/m2; obesidade leve.
Nome aluno(a): THAISE PEDREIRA DA SILVA
Tema: Reconstrução mamária com materiais aloplásticos pós-mastectomia: Análise
de resultado e complicações.
Orientador: : Prof. Dr. Marcelo Sacramento Cunha
RESUMO
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres, com
exceção dos tumores de pele não melanocíticos. Seu tratamento cirúrgico
compreende dois tipos de cirurgias: o tratamento conservador e a mastectomia. A
escolha da cirurgia depende da localização e do tamanho do tumor, se há ou não
infiltração de outros tecidos e do tipo histológico do tumor. O procedimento cirúrgico
surte em alterações corporais, que são causas de grandes problemas psicológicos.
Assim, a reconstrução mamária é indicada como parte do tratamento do câncer de
mama. A reconstrução mamária consiste em um conjunto de técnicas da cirurgia
plástica que têm como objetivo devolver a simetria das mamas. A restauração do
volume mamário pode ser realizada com tecidos autógenos ou substâncias
aloplásticas. A complicação mais freqüente ao uso de materiais aloplásticos é a
contratura capsular, que pode ser minimizada através da utilização de próteses com
superfície texturizada e da colocação da prótese na loja submuscular. Em casos de
pacientes submetidas a radioterapia, as complicações apresentam maior incidência.
OBJETIVO: Estimar a incidência das complicações envolvidas com a reconstrução
mamária pós-mastectomia com materiais aloplásticos e tentar estabelecer seus
fatores de risco. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de série de casos de
fevereiro a novembro de 2010 em um consultório particular de cirurgia plástica da
cidade de Salvador/BA. O levantamento de dados foi feito através de prontuários de
pacientes submetidas a reconstrução mamária com materiais aloplásticos de
março/2003 a maio/2010. Pacientes foram incluídas no estudo quando os
prontuários continham dados de suas evoluções por pelo menos seis meses.
Prontuários com dados incompletos ou período de evolução inferior a seis meses
foram excluídos do estudo. Os dados foram tabulados através do programa SPSS
versão 17.0. Todas as associações foram realizadas através do Fisher’s Exact Test,
considerando p<0,05 como estatisticamente significante. RESULTADOS: Foram
utilizados dados de 51 prontuários. A média de idade das pacientes foi de 49 anos.
Foram realizadas 71 reconstruções, sendo 74,51% imediatas e 25,49% tardias. 7%
das próteses foram de gel coesivo e 93% foram expansores definitivos. O volume
médio utilizado foi de 395cc. 37,25% das pacientes foram expostas a radioterapia.
23,94% das mamas reconstruídas apresentaram algum tipo de complicação. Das
complicações recentes, hematomas corresponderam a 1,41% e necroses da ferida
cirúrgica a 5,63%. Entre as complicações tardias, as cicatrizes hipertróficas
corresponderam a 2,82% e a contratura capsular a 14,08%. Foram realizadas reintervenções em 12,68% das mamas. Das mamas expostas a RxT, 57,9%
apresentaram alguma complicação. O índice de contratura capsular nas mamas
expostas a RxT foi de 36,84%. CONCLUSÃO: A incidência de complicações neste
estudo foi de 23,94%. As complicações recentes corresponderam a 7,04% e as
tardias a 16,9%. As complicações encontradas foram hematoma (1,41%), necrose
da ferida operatória (5,63%), cicatriz hipertrófica (2,82%) e contratura capsular
(14,08%). A exposição à radioterapia está relacionada com o aumento dos índices
de complicações, sendo um fator de risco para o desenvolvimento da contratura
capsular.
PALAVRAS-CHAVE: mastectomia; reconstrução mamária; materiais aloplásticos;
prótese; complicações; contratura capsular.
Nome aluno(a): PATRÍCIA LOPES DE BRITO
Tema: Melhora de prognóstico baseado em diagnóstico precoce e tratamento
multimodal de Sarcomas de partes moles : Revisão dos achados atuais
Orientador: Prof. Dr. Robson Moura Freitas
RESUMO
Introdução: Sarcomas de Partes Moles é um grupo de tumores heterogêneos, que
tem origem extraesquelética. São tumores raros, 1 a 2% dos cânceres. Não existem
sinais e sintomas específicos da doença. Assim, o diagnóstico e encaminhamento da
doença são freqüentemente adiados. O tratamento dos SPM sofreu uma série de
modificações nos últimos anos. Antes, o tratamento de escolha era a amputação.
Atualmente, dispõe-se de cirurgias de preservação do membro, seguido de terapia
adjuvante, radioterapia e quimioterapia, (Tratamento Multimodal). Objetivo:
Descrever a importância do diagnóstico precoce associado ao tratamento multimodal
na melhoria do prognóstico de pacientes com sarcomas de partes moles. Métodos:
Trata-se de uma revisão sistemática realizada de abril a outubro de 2010, através de
uma busca ativa na biblioteca virtual do MEDLINE. Foram selecionados artigos que
abordavam o atraso no diagnóstico e tratamento multimodal. Resultados: Grande
parte dos pacientes encontraram significativos atrasos no encaminhamento para
uma unidade especializada, variando de 26 semanas a 21 meses, sendo atribuídos,
em sua maioria, a falta de informação da classe médica. As amputações de
extremidades por conta dos Sarcomas de Partes Moles estão cada vez mais
reservadas a um grupo restrito de pacientes, distanciando dos resultados
encontrados há três décadas. Alguns estudos apresentaram uma taxa de amputação
de 3,7%, e de mais de 80% de preservação do membro. Em relação à qualidade de
vida, quando comparada, há perdas nos dois grupos, porém é mais significativa
naqueles pacientes que se submetem a amputação. Discussão: O pequeno
número de casos de SPM, associado ao prognóstico sombrio, particularmente
quando em fase avançada, torna a manipulação clínica e cirúrgica difíceis, bem
como os estudos. O atraso no encaminhamento contribui de forma negativa para a
inclusão dos pacientes ao tratamento multimodal. É de fundamental importância o
tratamento destes pacientes em uma unidade especializada para evitar condutas
insatisfatórias. O tratamento multimodal, com cirurgia de preservação do membro
ainda é um desafio, todavia tem alcançado índices favoráveis, contribuindo inclusive
para melhora na qualidade de vida desses pacientes. Conclusões: Os dados
obtidos neste trabalho enfatizam a importância de melhorar a abordagem de
pacientes com SPM, pois se trata de uma doença subestimada, de alta malignidade
e alta morbidade.
Palavras-chave: SPM. Atraso no diagnóstico e encaminhamento. Amputações.
Tratamento multimodal
Nome aluno(a): DÉBORA CARNEIRO DE LIMA E SILVA
Tema: Estudo de série de casos: Pacientes Pediátricos com diagnóstico de anemia
aplástica adquirida internados em um Hospital Pediátrico de Salvador no período de
2008-2010
Orientador: Dra. Ivana Paula Ribeiro Leite
RESUMO
A anemia aplástica (AA) é uma doença hematológica rara e de elevada letalidade
caracterizada por pancitopenia periférica associada à medula óssea hipocelular e
sem evidência de fibrose, infiltração neoplásica ou mieloproliferativa¹. É uma doença
normalmente de causa desconhecida e encontrada em diversas regiões do mundo.
Objetivo: Uma vez que na literatura poucos são os trabalhos sobre anemia aplástica
focalizando especificamente a faixa etária pediátrica, o presente estudo tem como
finalidade principal descrever o perfil dos pacientes pediátricos com diagnóstico de
anemia aplástica adquirida internados em um hospital pediátrico de Salvador no
período de Janeiro de 2008 a Junho de 2010. Materiais e Métodos: Trata-se de um
estudo descritivo tipo série de casos com análise de 13 pacientes de idade inferior a
17 anos com diagnóstico de anemia aplástica adquirida, internados no período de
Janeiro de 2008 a Junho de 2010 em um hospital pediátrico de Salvador. Foram
analisadas através de revisão retrospectiva de prontuários médicos as variáveis
como: distribuição de idade, sexo, procedência, etiologia, principais complicações,
duração e número de internamentos, tratamento e letalidade. Resultados: Entre os
pacientes com diagnóstico de anemia aplástica adquirida, houve leve predominância
do sexo masculino e a média de idade foi de 8,77 anos. A maioria das crianças era
procedente da zona rural. 76,9% dos casos não tiveram um agente causal
identificado, sendo considerada idiopática. Pesticida agrícola e infecção viral foram
identificados como fatores causais relacionados. As principais complicações
relatadas foram petéquias e febre, seguida de palidez, gengivorragia, infecções,
sangramentos volumosos e epistaxe. As menos citadas foram dispnéia, fraqueza e
tontura. A média do tempo de internamento foi de 31,92 dias e quanto ao número de
internações predominou apenas uma. O tratamento instituído durante o
internamento, na maioria dos casos, foi o de suporte sendo que 2 pacientes
beneficiaram-se do Transplante de Medula Óssea( TMO) após alta hospitalar. A
taxa de letalidade da doença foi de 30,8%. Conclusão: O perfil dos pacientes com
anemia aplástica adquirida atendida num hospital pediátrico de Salvador é formado
predominantemente por crianças de 9 anos, do sexo masculino, provenientes da
zona rural, com anemia aplástica idiopática, que relataram como principais
complicações petéquias e febre, que tiveram um tempo médio de internamento de
32 dias com predomínio de apenas 1 internação e que receberam na maioria dos
casos o tratamento de suporte durante o período de internação . A taxa de letalidade
da doença nesses pacientes foi de 30,8%.
Palavras – Chave: Anemia Aplástica- Pediatria- Aplasia Medular- Pancitopenia
Nome aluno(a): MARCO ANTONIO COSTA CARLOS
Tema: Comparação da CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE(CARS) com a
AUTISM DIAGNOSTIC OBSERVATION SCHEDULE(ADOS) no diagnóstico do
transtorno Autista
Orientador: : Prof. Drª. Milena Pereira Pondé
RESUMO
INTRODUÇÃO: O Transtorno Autista (TA) é um Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento no qual encontramos alterações relacionadas, principalmente, a
prejuízos no desenvolvimento das relações sociais, da comunicação, da linguagem,
e a um comportamento inadequado com interesses restritos e estereotipados. O
diagnóstico do TA é essencialmente clínico, porém, para auxiliar esse diagnóstico, o
uso de escalas validadas, como a ADOS e a CARS, tem sido muito útil na prática
clínica. O TA é um distúrbio que se mostra muito presente na população pediátrica,
sendo assim, a detecção precoce da doença possibilita uma intervenção mais eficaz,
podendo melhorar substancialmente o prognóstico. OBJETIVOS: Analisar a eficácia
CARS e da ADOS no diagnóstico do Transtorno Autista. MÉTODOS: Comparamos a
CARS com a ADOS e observamos a concordância de cada uma com o julgamento
clínico baseado no diagnóstico pelos parâmetros do DSM-IV. RESULTADOS: A
amostra do estudo foi composta por 51 pacientes - 36 indivíduos (70,6%) do sexo
masculino e 15(29,4%) do sexo feminino - com idade média de 5,88 anos (SD=3,45).
A comparação da CARS com o DSM-IV revelou sensibilidade de 40% e
especificidade de 100%. O valor preditivo positivo da CARS foi de 100% enquanto o
valor preditivo negativo foi de 16% (p>0,05). As comparações da CARS com a
ADOS revelaram os mesmo valores da comparação CARS/DSM-IV. A ADOS e o
DSM-IV concordaram entre si em 100% dos diagnósticos (p<0,05). Os resultados
obtidos pela comparação da CARS com o GAF revelaram uma sensibilidade por
parte da CARS de 73% e especificidade de 96%. O valor preditivo positivo foi de
94% e o valor preditivo negativo 80%(p<0,05).DISCUSSÃO: A comparação da
ADOS com o DSM-IV mostrou uma concordância completa entre estes dois métodos
diagnósticos. Esse resultado comprova a alta eficiência da ADOS para diagnosticar
pacientes portadores do Transtorno Autista. Em relação à CARS , quando
comparada com o diagnóstico clínico pelo DSM-IV, não apresentou significância
consistente para ser usada rotineiramente como método de auxilio no diagnóstico. A
comparação CARS/GAF mostrou-se significante, o que revela que a CARS é mais
eficiente em diagnosticar casos mais graves da doença.
Palavras-Chave: Transtorno Autista, TID, Diagnóstico, CARS, ADOS
Nome aluno(a): MIRELLA FIGUERÊDO LÓLA
Tema: Cefaléia em estudantes de Medicina
Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Cravo Pinto de Queiroz
RESUMO
A cefaléia é um importante problema de saúde devido a sua elevada freqüência e
morbidade associada. Vários estudos tem evidenciado que estudantes de medicina
são uma população alvo com alta prevalência de cefaléia, embora haja uma
variação considerável entre os resultados. Apesar da importância do tema, há
poucos estudos epidemiológicos sobre cefaléia no estado da Bahia e nenhum no
grupo populacional de estudantes de medicina. Os objetivos foram calcular a
prevalência e descrever características clínicas, fatores desencadeantes e as
opções de tratamento das cefaléias em estudantes de medicina da Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, Bahia. Este foi um estudo
descritivo, observacional, baseado em questionário. Foram incluídos no trabalho 286
estudantes do 1° ao 8° semestre do curso de medicina da EBMSP no período de
setembro a outubro de 2010. 50% dos indivíduos do sexo masculino referiram sofrer
de cefaléia ou tiveram algum episódio no último ano, enquanto no sexo feminino, a
prevalência foi de 74,7%. A história familiar foi positiva em 69,7% dos estudantes
com cefaléia. 165 estudantes referiram algum episódio de cefaléia no último ano,
sendo que 78,2% apresentaram cefaléia infreqüente e 21,2% freqüente. Os fatores
desencadeantes mais freqüentes foram: jejum, privação de sono, estresse e ciclo
menstrual. 79,4% dos estudantes optaram por usar medicamentos analgésicos na
vigência de cefaléia, sendo que 57, 3% são auto-medicados e 29,7% tinham
indicação médica. Cefaléia é prevalente na população de estudantes de medicina da
EBMSP, sendo maior em indivíduos do sexo feminino. Foi encontrado um alto nível
de auto-medicação e, apesar da importância do sintoma, muitos participantes não
recebem atenção médica. Mais estudos são necessários para determinar a
prevalência dos tipos específicos de cefaléia.
Nome aluno(a): GEOVANI DE BRITO BRAGA JUNIOR
Tema: Cardiomiopatia Hipertrófica: Uma Revisão Bibliográfica.
Orientador: Profa. Dra. Simone Garcia Macambira
RESUMO
INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardíaca
primária de origem genética, autossômica dominante, caracterizada pela hipertrofia
ventricular esquerda concêntrica. Ela é a doença hereditária cardíaca mais comum e
a miocardiopatia mais frequentemente encontrada no Brasil e no mundo.
Macroscopicamente, pode-se observar as mais diversas formas de apresentação da
CMH, e a evolução clínica dessa patologia é bastante variável. A CMH constitui a
principal causa de morte súbita entre jovens e atletas, vitimando, entre outros,
pacientes assintomáticos, sem diagnóstico prévio ou sinais de hipertrofia do
ventrículo esquerdo. OBJETIVO: Abordar a importância da compreensão dos
principais aspectos clínicos e fisiopatológicos da CMH através de uma revisão
literária que permita uma visão da progressão da doença, critério de diagnóstico,
tratamento e as perspectivas futuras. MÉTODOS: O presente trabalho é uma revisão
bibliográfica do tipo não sistemática, baseada em estudos primários. O levantamento
dos dados foi realizado através de consulta ao PubMed, ao MedWorm e ao site
BIREME. Nesta busca, as palavras chaves utilizadas em associação, na língua
portuguesa e na língua inglesa, foram CMH, fatores genéticos, diagnóstico,
tratamento e alterações fisiológicas. Livros específicos sobre Fisiologia e
Fisiopatologia Cardiovascular também foram utilizados para elaboração deste
trabalho. DISCUSSÃO: A CMH é frequentemente relatada como uma doença rara.
Entretanto todos os estudos realizados apresentam aspectos metodológicos
variáveis e criticáveis, o que dificulta a avaliação da real prevalência dessa patologia.
Já foram identificadas alterações em 14 genes diferentes que codificam proteínas do
sarcômero cardíaco. Uma das principais características observadas na CMH é a
presença do gradiente pressórico dinâmico na via de saída do ventrículo esquerdo,
que ocorre em decorrência do movimento sistólico anterior da valva mitral contra o
septo interventricular. Além disso, as anormalidades do relaxamento ventricular
estão presentes em até 80% dos pacientes com CMH. A maioria dos pacientes com
CMH são assintomáticos ou apenas suavemente sintomáticos, porém, infelizmente,
a primeira manifestação clínica em alguns pacientes pode ser a morte súbita. O
diagnóstico da CMH é marcado pelo achado de uma inexplicável hipertrofia do
ventrículo esquerdo por meio do ecocardiograma Doppler bidimensional ou da
ressonância magnética cardíaca. Os objetivos primordiais do tratamento da CMH
são o alívio dos sintomas e a prevenção das complicações e da morte súbita
cardíaca. CONCLUSÃO: Um melhor conhecimento dessa patologia é essencial para
começar a desenvolver novas estratégias de tratamento para prevenir e/ou atenuar a
expressão fenotípica das mutações do sarcômero, alterando os mecanismos da
doença subjacente. O diagnóstico precoce da CMH, ou seja, antes mesmo de
qualquer alteração fenotípica, trará benefícios na prevenção das complicações e da
morte súbita cardíaca.
PALAVRAS-CHAVE: cardiomiopatia hipertrófica; fatores genéticos; diagnóstico;
tratamento; alterações fisiológicas.
Nome aluno(a): RAFAELLA ALCÂNTARA ALVES MELO
Tema:. Insuficiência Cardíaca induzida por Antineoplásicos
Orientador: Dra. Aknar Calabrich
RESUMO
O câncer é uma importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil. Nas últimas
décadas, o advento de novas estratégias de tratamento para diversos tipos de
tumores permitiu aos pacientes oncológicos um aumento da sobrevida bem como o
desenvolvimento de complicações cardiovasculares. Diversas são as medicações
oncológicas relacionadas à cardiotoxicidade, desde quimioterápicos clássicos como
doxorrubicina, quanto novas drogas alvo e anticorpos monoclonais como o
bevacizumabe e trastuzumabe. Entretanto, apesar destas novas medicações
estarem cada vez mais sendo utilizadas na prática clínica, a literatura é
particularmente escassa sobre a cardiotoxicidade desta classe de drogas. O
trastuzumabe é um anticorpo monoclonal humanizado do tipo IgG1, que inibe
seletivamente o crescimento e proliferação de células de câncer de mama, atua de
modo direcionado à porção extracelular do receptor do fator de crescimento
epidérmico humano tipo 2 (HER-2). A disfunção cardíaca induzida por trastuzumabe
surge em proporção relativamente pequena dos pacientes, mas pode ser
significativa. Assim, é importante analisar os riscos e benefícios para cada doente,
ponderando seus riscos pré-existentes, o prognóstico e sua preferência pessoal.
Quando associado a antraciclinas, há uma maior incidência da cardiotoxicidade.
Logo, a principal estratégia é reduzir a cardiotoxicidade induzida por antraciclinas.
Isto pode ser realizado através da monitoração e manutenção da dose acumulativa
dentro da dose segura, ou a partir do uso de complexos lipossomais contendo
doxorrubicina ou de cardioprotetores, como o dexrazoxane. Já o bevacizumabe é um
anticorpo monoclonal humanizado IgG1 que se liga especificamente ao fator de
crescimento endotelial vascular, impedindo o crescimento de células vasculares
oncológicas, porém também pode levar ao desenvolvimento da insuficiência
cardíaca NYHA III e IV, apesar de muito infreqüente. Acredita-se que esse efeito
esteja relacionado ao surgimento de hipertensão arterial descontrolada e à inibição
da sinalização intracelular do receptor do fator de crescimento endotelial vascular. O
entendimento da fisiopatologia da lesão cardíaca por estes medicamentos é
fundamental para a prevenção e terapêutica. O atual tratamento para insuficiência
cardíaca induzida por antineoplásicos é baseada nas diretrizes vigentes de
insuficiência cardíaca.
Palavras-chave: insuficiência cardíaca; trastuzumabe; bevacizumabe, anticorpos
monoclonais.
Nome aluno(a): BRUNO FRANÇA GUEDES
Tema:. Fatores prognósticos da Timectomia em pacientes com miastenia gravis.
Orientador: Jesangêli Dias Souza
RESUMO
Introdução: A Miastenia Gravis é uma doença de etiologia auto-imune caracterizada
pela fraqueza muscular e fatigabilidade. A doença é causada pela produção de autoanticorpos direcionados contra proteínas da junção neuromuscular e alterações do
timo estão relacionadas ao desenvolvimento da doença. Existem tratamentos
clínicos, que envolvem o uso de sintomáticas ou imunossupressoras (crônicas ou de
ação rápida). O tratamento cirúrgico também esta disponível, realizado através da
remoção do timo, timectomia. Objetivo desse trabalho foi determinar os fatores
prognósticos em pacientes submetidos à timectomia. Metodologia: Foi realizada
uma revisão de literatura utilizando os descritores Miastenia Gravis e Fatores
Prognósticos. Resultados: Foram encontrados 584 artigos, os quais foram
avaliados através de análise do título, resumo e conforme estes, do texto na íntegra.
23 artigos foram selecionados para a confecção da revisão de literatura sobre
fatores prognósticos em pacientes com Miastenia Gravis. Discussão: A falta de
estudos prospectivos e randomizados Discussão e Conclusão: A timectomia é um
procedimento seguro, que apresenta resultados melhores que as modalidades
clínicas de terapêutica. A melhora do quadro dos pacientes não ocorre
imediatamente, ocorrendo em geral, após anos da intervenção. Gênero e a presença
ou não de anticorpos não estão relacionados com a resposta. Técnica cirúrgica,
histologia tímica, idade da operação, gravidade pré-operatória e tempo entre o
diagnóstico e a timectomia ainda apresentam muitas controvérsias. Um estudo
prospectivo, controlado e cego, já em curso, quando publicado ajudará a resolver
estas polêmicas.
Palavras-chave: Miastenia Gravis, Timectomia, Pro
Nome aluno(a): FABIENNE MARQUES PALOMARES
Tema: Avaliação da qualidade de vida em pacientes com Hanseníase.
Orientador: Dr. Paulo Roberto Lima Machado
RESUMO
Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, incapacitante e ainda
associada a estigmas. Representa um grave problema de Saúde Pública e o Brasil é
um dos países endêmicos para a doença. É caracterizada principalmente por
acometimento dermatológico e neurológico, de modo que o dano neural pode levar à
incapacidade física. A doença gera sofrimento para o paciente que vai além do
prejuízo físico, causando impactos sociais e psicológicos. Por tudo isso, é notável
que a doença pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes, que geralmente
enfrentam a vergonha, o preconceito, a discriminação e o isolamento. A avaliação da
qualidade de vida nos portadores de hanseníase é de alta relevância para
verificarmos o real impacto da doença na vida desses indivíduos. Metodologia:
Estudo observacional, clínico-epidemiológico, tranversal, através de aplicação de
questionário com os pacientes de um ambulatório de hanseníase, com amostra de
conveniência. Essa avaliação compreendeu a realização de anamnese pesquisando
a presença de episódios reacionais hansênicos durante a evolução clínica do
doente, exame clínico para classificação em paucibacilar ou multibacilar, teste de
sensibilidade, avaliação neurológica e do grau de incapacidade física.
Adicionalmente, foi aplicado o “Dermatology Life Quality Índex” (DLQI), questionário
validado de avaliação da qualidade de vida específico para doenças dermatológicas
que resulta em escores interpretados como: sem comprometimento da qualidade de
vida, comprometimento leve, moderado, grave ou muito grave. O escore obtido com
o DLQI foi correlacionado às variáveis investigadas: forma clínica da doença,
presença de episódio reacional (tipo 1 ou 2) e grau de incapacidade física.
Resultados: Dos 37 pacientes avaliados, 59,5% eram do sexo feminino, e a média
de idade foi de 44 anos. A pontuação obtida com o questionário variou de 0 a 27
pontos com uma média de 9,46 pontos (comprometimento moderado). A maioria dos
pacientes (32,4%) se enquadrou na classificação de comprometimento grave, e
8,1% apresentaram comprometimento muito grave. Apenas 16,2% da amostra não
assumiram comprometimento da qualidade de vida. No grupo multibacilar, 50% dos
pacientes foram classificados na condição grave ou muito grave (p=0,538). Todos os
pacientes com graus de incapacidade física 1 ou 2 apresentaram comprometimento,
sendo 66,6% na forma grave ou muito grave (p=0,270). Adicionalmente, 53,8% dos
pacientes que apresentaram pelo menos um episódio reacional tiveram escore na
condição grave ou muito grave, enquanto no grupo de pacientes sem reação
somente 9% se enquadrou nesses escores (p=0,007). A doença levou ao
desemprego em 48,6% dos casos, e todos estes tinham algum grau de
comprometimento da qualidade de vida, com 61,1% apresentando escore grave ou
muito grave. Discussão e conclusão: Os resultados evidenciam o alto grau de
comprometimento da qualidade de vida em pacientes com hanseníase,
principalmente naqueles com forma multibacilar, com grau de incapacidade física 1
ou 2 e em portadores de reação hansênica. O impacto da doença gerando perda de
emprego foi outro fator importante identificado. Nossos dados reforçam a
necessidade de investimento numa abordagem multidisciplinar para a hanseníase,
que contemple as complexas questões associadas às repercussões da doença
sobre o trabalho e qualidade de vida destes pacientes.
Palavras-chave: Hanseníase; Qualidade de vida; Comprometimento; Questionário.
Nome aluno(a): ALLINE DO NASCIMENTO GOMES
Tema:. Descrição do perfil clínico e imunológico dos pacientes com
Imunodeficiência Comum Variável atendidos em um serviço de referência em
Salvador.
Orientador: Prof. Drª. Maria Ilma Araújo
RESUMO
A Imunodeficiência Comum Variável (IDCV) constitui uma imunodeficiência primária
bastante complexa, devido à grande variedade de disfunções imunológicas e
manifestações clínicas associadas A IDCV é a imunodeficiência clinicamente
relevante mais comum, pois requer constante atenção médica. O objetivo deste
estudo é descrever as manifestações clínicas e o perfil imunológico dos pacientes
com diagnóstico de Imunodeficiência Comum Variável, atendidos em um ambulatório
de referência em Salvador. Foi realizada uma série de casos entre março e julho de
2010, baseada na revisão de prontuários de 8 pacientes acompanhados em um
ambulatório de referência em imunodeficiências primárias de Salvador. A IDCV foi a
segunda doença mais prevalente no ambulatório. Foi mais prevalente no sexo
masculino (6M:4F); média de idade = 33,8 anos (mediana = 35); média de idade ao
início dos sintomas = 16 anos (mediana = 15); média de idade ao diagnóstico = 24
anos (mediana = 23); média de atraso do diagnóstico = 9,4 anos (mediana = 7). As
manifestações clínicas mais encontradas foram pneumonia, bronquite e sinusite
(todos os pacientes), seguidas de infecções do trato gastrintestinal (4 pacientes) e
otite média (3 pacientes). Dois dos 8 pacientes apresentaram neoplasia: carcinoma
escamocelular em conjuntiva e carcinoma epidermóide em pele. Todos os 8
pacientes apresentaram bronquiectasia como principal complicação pulmonar.
Quatro dos 8 pacientes apresentaram diarréia crônica como principal complicação
gastrintestinal. A média dos valores de IgG = 174,4mg/dL (mediana = 130); média de
IgA = 9,5mg/dL (mediana = 8,5); média de IgM = 8,6 (mediana = 10). . Os
resultados obtidos no presente estudo são compatíveis com a literatura quanto às
principais manifestações clínicas, complicações e valores séricos das
imunoglobulinas no momento do diagnóstico. Por ser uma doença ainda pouco
conhecida, a IDCV é frequentemente subdiagnosticada. Logo, há a necessidade de
mais estudos sobre o tema, de modo a se obter maior conhecimento sobre a
doença.
Palavras- chave: imunodeficiências primárias; imunodeficiência comum variável;
infecções de repetição.
Nome aluno(a): LINA PINHEIRO MARQUES GONÇALVES RIBEIRO
Tema: A Municipalização como estratégia de organização do Sistema único de
Saúde: O Caso de Teixeira de Freitas
Orientador: Prof. Dra. Alcina Andrade
RESUMO
A disponibilidade dos serviços públicos de saúde no Brasil foi historicamente
marcada pela centralização e discrepância regional dos serviços prestados,
deixando os usuários à mercê de um sistema centralizador e incapaz de atender às
demandas da população. Esse perfil foi mudando a partir da adequação do conjunto
orgânico normativo da Saúde no país, a fim de instituir os princípios determinantes
do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente a integralidade. Esse estudo tem
como objetivo principal descrever a organização do SUS, utilizando para tanto um
estudo de caso do município de Teixeira de Freitas. Secundariamente, buscou-se
avaliar o impacto da organização da assistência nos indicadores de saúde desse
município, e demonstrou-se a melhoria dos indicadores e cobertura dos programas
de Atenção Básica e regionalização dos serviços, conjuntamente com a instituição
das normas jurídicas estruturantes do SUS. Percebeu-se uma melhoria significativa
na disponibilização dos serviços de saúde no município, maior acesso da população
aos serviços da Atenção Básica, maior disponibilidade dos serviços de Média e Alta
Complexidade no município. Observou-se, porém, uma discrepância entre diversos
dados disponibilizados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde e dos
dados da Secretaria Municipal de Teixeira de Freitas, retratando uma grave condição
de repasse das informações do município para os sistemas Nacionais, que podem
dificultar consideravelmente o planejamento epidemiológico e financeiro do
município.
Palavras Chave:
Municipalização.
Sistema
Único
de Saúde,
Descentralização
da Saúde,
Nome aluno(a): IURI USÊDA SANTANA
Tema:. Lúpus eritematoso sistêmico, infecção pelo HPV, alterações cervicais e
câncer cervical : Uma Revisão Sistemática
Orientador: Prof. Drª. Maria Fernanda Rios Grassi
RESUMO
Esta revisão teve por objetivo revisar e avaliar sistematicamente as evidências
científicas acerca da relação entre lúpus eritematoso sistêmico (LES), infecção por
papilomavírus humano (HPV), lesões cervicais pré-malignas e câncer cervical. A
partir da elaboração de rigorosos critérios de seleção dos artigos, realizou-se uma
extensa busca por trabalhos indexados aos bancos de dados MEDLINE/Pubmed e
BIREME, visando à obtenção de estudos que abordassem a freqüência de infecção
por HPV, alterações cervicais pré-malignas e câncer cervical em mulheres com LES.
Referências secundárias foram obtidas a partir dos estudos incluídos. Trinta e três
estudos atingiram os critérios previamente estabelecidos e foram tabelados. Quinze
de dezoito artigos que avaliaram resultados citológicos encontraram uma maior
freqüência de lesão intra-epitelial escamosa em relação às mulheres sem LES. Três
autores observaram uma maior freqüência de lesão intra-epitelial escamosa de alto
grau. Adicionalmente, observou-se maior freqüência de infecção por HPV confirmada
por técnicas de biologia molecular. Cinco artigos evidenciaram uma relação entre
alterações cervicais citológicas e uso prévio de imunossupressores. Curiosamente,
apesar dos achados citados, os autores não observaram maior freqüência de câncer
cervical nestes pacientes. Esta revisão sugere que pacientes com LES parecem não
apresentar risco aumentado para câncer cervical do que as mulheres em geral; no
entanto, devem ser considerados membros de um grupo de risco para infecção por
HPV e alterações cervicais. Desta forma, diminuir o intervalo entre as consultas
ginecológicas parece ser uma abordagem razoável para estes pacientes.
Nome aluno(a): ALINNE SANTOS TEIXEIRA
Tema:. Custo das Internações por AVC para o Sistema Único de Saúde
Orientador: Prof. Dr. Alcina Marta de Souza Andrade
RESUMO
O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL é a principal causa de morte no Brasil.
Manifesta-se mais frequentemente na forma isquêmica do que na hemorrágica e
sofre influência de diversos fatores de risco, principalmente, da hipertensão arterial
sistêmica. Trata-se de uma doença de grande impacto econômico na saúde pública
abrangendo desde os custos diretos com as internações até a perda de força de
trabalho e aposentadorias precoces.O objetivo desse trabalho foi avaliar o custo das
internações por acidente vascular cerebral para o Sistema Único de Saúde. Trata-se
de um estudo descritivo com medidas calculadas para o agregado a partir de dados
secundários, utilizando as informações sobre internações hospitalares do SIH\SUS
disponíveis na base de dados do Datasus no período de 1998 a 2007. As causas de
internação selecionadas foram: hipertensão essencial (primária), hemorragia
intracraniana, acidente vascular cerebral não especificado, infarto cerebral e
acidente vascular cerebral isquêmico transitório. As variáveis analisadas foram:
quantidade e valor médio das AIH pagas e taxa de mortalidade de acordo com idade
e sexo. Entre 1998 e 2007 no estado da Bahia, o maior número de AIH pagas foi
para as internações por hipertensão essencial. Entre os tipos de AVC, pagou-se
menos para as AIH com diagnóstico de infarto cerebral. A maior taxa de mortalidade
foi por hemorragia intracraniana. Para todos os diagnósticos relacionados às
internações por AVC houve aumento no valor médio pago das AIH, com destaque
para as internações por hemorragia intracraniana. Ficou evidente com esse estudo
que apesar do maior custo médio das internações por AVC hemorrágico, a alta
incidência de AVC isquêmico impacta positivamente no custo final das internações.
Observou-se heterogeneidade nas estruturas de saúde em nível terciário para as
Diretorias Regionais de Saúde do estado da Bahia ao comparar os resultados da
taxa de mortalidade, quantidade e valor médio das AIH pagas para os diagnósticos
relacionados ao acidente vascular cerebral. Isso decorre da variabilidade na
distribuição de tecnologias e recursos humanos especializados. Apesar do AVC ser
o principal problema de saúde pública, pouco investimento é direcionado ao controle
dos fatores de risco que poderiam levar à diminuição considerável na alta incidência
dessa patologia.
Palavras - chave: acidente vascular cerebral; custo; internações.
Nome aluno(a): ANTONIO RODOLFO MEIRA DE ARAÚJO GALDAME
Tema: Avaliação imunológica da doença de Chagas em diferentes fases da
Infecção.
Orientador: Prof. Dra. Maria Fernanda Rios Grassi
RESUMO
A fase aguda da infecção pelo T. cruzi varia da forma assintomática a quadros
graves, ocorrendo principalmente em crianças menores de 10 anos. Após esta fase,
alguns indivíduos evoluem para a forma indeterminada caracterizada pela ausência
de sintomas enquanto 25% dos indivíduos podem evoluir para a forma cardíaca,
duas décadas após a infecção aguda. Os mecanismos relacionados à evolução para
a forma cardíaca não estão completamente esclarecidos. Acredita-se que a resposta
imune tenha um papel importante na evolução da doença. O objetivo principal deste
estudo é quantificar os níveis plasmáticos de citocinas Th1 (IFN-, TNF-, IL-1,
IL-2, IL-8), Th2 (IL-4) e regulatória (IL-10) de pacientes na fase aguda e com a forma
crônica cardíaca da doença de Chagas. Secundariamente, correlacionar a produção
das citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias nas distintas fases da infecção, e a
fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) à produção de TNF-. As citocinas
foram quantificadas por citometria de fluxo. Foram avaliados 10 pacientes na fase
aguda da infecção e seis com a forma crônica cardíaca da doença de Chagas. As
medianas da produção das citocinas nas distintas fases da doença foram similares.
Foi observada em pacientes na fase aguda da doença uma correlação positiva entre
produção de TNF- e de IL-10 (r=0,72, p=0,0234), entre a produção de INF- e IL-4
(r=0,76,p=0,0126) e entre IL-1 e IL-10 (r=0,65, p= 0,0438). Em pacientes na fase
crônica, observou-se igualmente uma correlação positiva entre a produção de TNF
e IL-10 (r=0,88, p=0,03) e entre IL-12 e IL-10 (r=0,89, p=0,03). Em relação a função
cardíaca, um paciente na fase aguda da doença com FEVE<50%, apresentou altos
níveis de TNF-e
 nquantono grupo de pacientes com a forma crônica cardíaca leve
da doença de Chagas os valores de TNF- foram similares para todos os indivíduos,
independente da FEVE.Em conclusão, nossos resultados indicam que os níveis de
citocinas plasmáticas dos pacientes na fase aguda da doença de Chagas avaliados
foram semelhantes aos níveis de citocinas dos pacientes na fase crônica cardíaca.
Entretanto, estudos futuros com um maior número de indivíduos precisam ser
realizados.
Palavras-chave: doença Chagas; citocinas; miocardiopatia
Nome aluno(a): DIEGO BRANDÃO OLIVEIRA
Tema: Associação entre infecção por Helicobacter Pylori e apneia obstrutiva do sono
em obesos graves.
Orientador: Profa. Dra. Carla Daltro
RESUMO
Introdução: A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de tecido adiposo
em um nível que compromete a saúde do indivíduo e está associada a uma série de
comorbidades, dentre elas a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). Essa doença é
caracterizada por episódios repetitivos de obstrução das vias aéreas superiores
durante o sono. O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria gram negativa que
coloniza a mucosa gástrica, levando a um processo inflamatório local e sistêmico.
Existem evidências de que a infecção por esse bacilo estaria associada a doenças
respiratórias como DPOC e bronquiectasia. Recentemente, surgiram na literatura
evidências da associação entre a infecção pelo H. pylori e a AOS. Objetivos:
Investigar a possível existência de associação entre a infecção pelo H. pylori e a
AOS em obesos graves, assim como observar se existe associação entre a infecção
e a gravidade da síndrome. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo
observacional tipo corte transversal. Foram coletados dados dos prontuários
referentes aos pacientes obesos (IMC ≥ 30 kg/m²) atendidos entre janeiro de 2008 a
outubro de 2010 no Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade. Polissonografia
foi utilizada para o diagnóstico da AOS sendo considerados portadores de apneia
aqueles com Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) ≥ 5 eventos/hora de sono e a
presença de H. pylori foi investigada através do método Giemsa modificado em
material proveniente de biópsia gástrica. Resultados: Foram avaliados 221
pacientes, sendo que 79,1% pertenciam ao gênero feminino; média de idade 38,9 ±
10,7 anos, IMC 40,7 ± 5,0 kg/m2. AOS foi observada em 145 pacientes (65,6%) e
presença de H. pylori em 76 (34,4%). A prevalência de AOS foi maior nos portadores
de H. pylori quando comparada àqueles que não eram infectados pela bactéria
(83,1% vs 55,9%; p<0,001). Ao estudar a associação entre a presença de H. pylori e
a gravidade da AOS, observou-se maior prevalência de apnéia leve nos portadores
do H. pylori e predomínio de ausência de apnéia nos não infectados (p < 0,001).
Conclusão: O estudo mostrou uma prevalência considerável das duas condições na
amostra estudada, além da associação entre a infecção pelo H. pylori e a AOS.
Palavras-chave: Helicobacter pylori, Apneia Obstrutiva do Sono, obesidade,
endoscopia digestiva.
Nome aluno(a): GUILHERME ORPINELLI RAMOS DO REGO
Tema: Prevalência da depressão em pacientes com doença de Parkinson em uma
Unidade de Saúde da Rede Pública de Salvador – BA
Orientador: Profa Josecy Maria de Souza Peixoto
RESUMO
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, de
caráter progressivo, que determina incapacidade funcional, caracterizada pela
presença de tremor de repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade de postura. A
DP pode ser considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum em
idosos, com incidência na população acima de 65 anos de 1 a 2% em todo o mundo
e prevalência de 3% no Brasil. Diversos autores enfatizam o impacto negativo da DP
na qualidade de vida. Os sintomas depressivos são as manifestações de origem
não motoras mais comuns entre os pacientes com DP. O grande problema é que
diagnosticar esse transtorno de humor em pacientes com a doença de Parkinson é
muito difícil, uma vez que os sintomas depressivos podem sobrepor-se a alguns
acontecimentos decorrentes das disfunções motoras. Objetivo: Estabelecer a
prevalência de depressão na Doença de Parkinson nos pacientes atendidos em um
Ambulatório de Parkinson, em uma unidade de saúde da rede pública de SalvadorBA e estimar essa prevalência em relação ao sexo, a idade, ao estado civil e ao
tempo de doença. Metodologia: A pesquisa se desenvolveu no segundo semestre
de 2010, a partir de entrevistas com um questionário: GDS-15. Realizou-se um
estudo de corte transversal. Foram entrevistados pacientes com doença de
Parkinson, a fim de se perceber a prevalência da depressão, e assim avaliar nestes
a relação dessa comorbidade com fatores como idade, sexo, estado civil e tempo de
doença. Foram incluídos no estudo os pacientes que concordaram em participar e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das
Ciências. Resultados: Foi entrevistado um total de 68 pacientes. Os pacientes
foram distribuidos em grupos em relação ao sexo (masculino e feminino), idade (6170, 71-80 e >80 anos), estado civil (com parceiro fixo e sem parceiro) e tempo de
doença (até 5 anos, 6-10, >10 anos). A partir dessa divisão, foi feita uma analise que
estimava a prevalencia e gravidade da depressao em cada um desses subgrupos.
Conclusão: Há uma tendência maior em existir depressão nos pacientes com DP,
principalmente quando se trata de pacientes mais idosos, e com mais tempo de
doença. Sendo assim, fica claro que deve haver um cuidado maior por parte dos
médicos e profissionais de saúde com esse grupo de pacientes, visando um
compromisso maior em investigar e diagnosticar a depressão nesse grupo de
pacientes, contribuindo para um bom prognóstico e melhorias na qualidade de vida.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; depressão; qualidade de vida.
Nome aluno(a): LUIZA CABÚS OITAVEN MAZZAFERA
Tema:. Tendência temporal de mortalidade por Câncer de pulmão na Bahia entre
1989 a 2009: Magnitute, diferenças entre sexo e faixa etária.
Orientador: Profa. Dra. Eliana Dias Matos
RESUMO
Introdução: O câncer de pulmão é a neoplasia que mais causa mortes no mundo.
Tende a ser mais comum nos países desenvolvidos e ocorre entre a 7º e 8º décadas
de vida. A mortalidade por esse câncer está declinando em alguns países como
Inglaterra, Escócia, Finlândia e Estados Unidos. Na maior parte da América do Sul
pode ser verificada uma tendência de declínio da mortalidade em homens e de
aumento em mulheres. No sul e sudeste do Brasil, foram encontradas as maiores
taxas de mortalidade por neoplasia pulmonar, mas nas regiões nordeste, centrooeste e norte foram registradas as menores taxas e uma maior tendência de
aumento. As diferenças geográficas no país justificam a necessidade de uma análise
mais detalhada abordando mortalidade por câncer de pulmão na Bahia. Objetivo:
Descrever a tendência temporal de mortalidade por câncer de pulmão na Bahia
durante o período de 1989 a 2009 e avaliar a distribuição das taxas de mortalidade
por sexo e faixa etária. Material e Métodos: Para essa análise, utilizou-se o banco
de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, ambos de 1989 a 2009. Foram calculados os coeficientes de
mortalidade, as estatísticas descritivas de tendência central e de dispersão. Obtevese a estimativa do coeficiente de incremento médio anual através de ajuste linear
simples pelo método dos mínimos quadrados. Utilizou-se o pacote estatístico R
versão 2.11. Resultados: Houve um incremento nos coeficientes de mortalidade
geral por câncer de pulmão em todos os quatro locais de ocorrência analisados, já
que o coeficiente de variação anual foi positivo. No Brasil de 6,86 óbitos/100.000 em
1989 para 10,8 em 2008, na Bahia de 2,4/100.000 em 1989 para 5,6 em 2009, em
Salvador de 6,3/100.000 em 1989 para 12,7 em 2009, nos municípios do interior de
1,6/100.000 em 1989 para 3,5 em 2009. Em ambos os sexos observou-se uma
tendência de incremento (sexo masculino: de 3,7/100.000 em 1989 para 6,9 em
2009 e sexo feminino: de 1,1/100.000 em 1989 para 4,3 em 2009). As mulheres
tendem ao aumento, com um coeficiente de variação anual de quase o dobro do
masculino. Nas faixas etárias, proporcionalmente ao aumento da idade, houve
aumento médio nos coeficientes de mortalidade. A faixa etária de 30 a 49 anos
pouco variou. Na faixa etária de 50 a 59 ocorreu aumento, mas com relativa
uniformidade. Nas faixas etárias de 60 a 69 anos e acima de 70 anos foram
registrados os maiores coeficientes. Nos homens há uma tendência a estabilidade
nas faixas etárias de 30-49 anos e 50-59 anos, e um aumento progressivo acima de
60 anos. Nas mulheres, houve aumento progressivo em todas as faixas etárias
estudadas, menos entre 30 e 49 anos, onde ocorreu certa estabilidade. Conclusão:
Na Bahia, observou-se um padrão de mortalidade por câncer de pulmão de
incremento, principalmente nas faixas etárias acima de 50 anos e nas mulheres.
Com aperfeiçoamento nos programas de controle, prevenção e assistência para a
população, pode-se reduzir o impacto da mortalidade por essa doença no estado.
Palavras-chaves: Câncer de pulmão, Mortalidade, Tendência, Bahia.
Nome aluno(a): LORENA XAVIER MORAIS PEREIRA
Tema:. Neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS internados em Hospital de
Referência no Estado da Bahia
Orientador: : Profª Drª. Nanci Ferreira Silva
RESUMO
O Toxoplasma gondii, um dos protozoários intracelulares obrigatórios mais bem
sucedidos, é responsável por grave infecção neurológica em pacientes
imunocomprometidos. A Neurotoxoplasmose é considerada a terceira mais
frequente condição definidora da AIDS e resulta, na maioria dos casos, da reativação
da infecção latente. O objetivo deste trabalho é calcular a incidência da
Neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS internados em hospital de referência
no estado da Bahia, caracterizá-los quanto ao sexo e idade, observar o tempo de
internação, existência e regularidade do uso da TARV, frequência do diagnóstico de
HIV feito durante a internação, número de óbitos durante internamento, sinais e
sintomas responsáveis pela internação e caracterizar os exames de imagem dos
pacientes com Neurotoxoplasmose. Realizou-se uma série de casos no Hospital
Geral Roberto Santos, em Salvador, Bahia, utilizando-se uma amostra consecutiva
com todos pacientes com diagnóstico de AIDS internados entre Agosto à Outubro de
2010, segundo os critérios Rio de Janeiro/Caracas e Centers for Disease Control
and Prevention. Foram considerados pacientes com Neurotoxoplasmose aqueles
com conduta para uso do esquema clássico contra a doença, baseada em
diagnóstico presuntivo através de evidência clínica e exame de imagem. Os dados
foram colhidos através de questionário estruturado utilizando informações presentes
nos prontuários. Nos resultados, 83 pacientes foram diagnosticados com AIDS, e
encontrou-se incidência da Neurotoxoplasmose em 15,7% dos pacientes com AIDS
internados, sendo que a maioria foi do sexo masculino e tinha idade entre 31 e 45
anos. A maioria dos pacientes com toxoplasmose cerebral teve tempo de internação
maior que quatro semanas e já fez uso da TARV em algum momento, no entanto, a
grande maioria fez uso irregular dessa terapia desde sua indicação. Todos pacientes
com Neurotoxoplasmose que nunca fizeram uso da TARV tiveram diagnóstico de
HIV durante a internação. Dos 83 pacientes com AIDS, 13 foram a óbito e apenas 1
paciente com Neurotoxoplasmose obteve essa evolução. Os sinais e sintomas mais
comumente responsáveis pela internação foram hemiparesia, alteração do nível da
consciência, cefaléia, alteração em par craniano, paresia, convulsões e dislalia.
Tanto na TC constrastada de crânio, como na RM, houve predomínio de achados
focais múltiplos, com realce anelar, edema perifocal e presença de densidade e
intensidade típicos. Os locais mais acometidos foram lobos frontal, parietal e
occipital, gânglios de base e tálamo. Conclui-se que a Neurotoxoplasmose possui
relevante incidência na cidade de Salvador, Bahia.
Palavras-chave: Neurotoxoplasmose; AIDS; toxoplasmose cerebral.
Nome aluno(a): TÁSSIO ANDRADE REIS
Tema:. Doenças do aparelho circulatório: Morbidade e Mortalidade em uma Cidade
da Bahia.
Orientador: Prof. Dr. Juarez Dias
Resumo
Introdução: As doenças do aparelho circulatório (DAC) têm grande
importância no contesto da saúde mundial devido a sua grande incidência e
mortalidade. No século XX as DAC se tornaram a maior causa de morte e
internamentos no mundo devido a profundas mudanças no panorama de prevenção
e tratamento de doenças e devido também ao aumento de expectativa de vida e a
mudança dos hábitos de vida relacionados a modernidade. No Brasil as mudanças
também ocorreram e a porcentagem de morte por doenças infecciosas que era de
50% caiu para 5,2% em 70 anos, enquanto o numero de mortes por DAC aumentou
de 12% para 29,4%. Na Bahia as mortes por DAC representaram 26,25% em 2007
sendo também a principal causa de morbidade, e esse numero vêm aumentando.
Objetivos: Descrever os indicadores de morbimortalidade das Doenças do Aparelho
Circulatório em Santo Antonio de Jesus, identificando possíveis fatores que
contribuintes. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo de agregado
espaço temporal, tendo como população os residentes do município de Santo
Antônio de Jesus/ Bahia e utilizando os dados do Sistema de Informação de
Internação Hospitalar (SIH-SUS) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
Resultados: Os resultados revelaram altas taxas de morbidade e mortalidade por
DAC em Santo Antonio de Jesus. Sendo que a porcentagem alcançou números
muito maiores do que o do estado da Bahia e até mesmo da microrregião de Santo
Antonio de Jesus. Discussão: Diversos fatores parecem contribuir para a elevada
incidência das DAC em Santo Antonio de Jesus. O envelhecimento da população,
associado a fatores como elevados índices de hipertensão arterial sistêmica mostrase uma combinação perigosa, influenciando diretamente no perfil epidemiológico da
população.
Palavras-chave: Doenças do aparelho circulatório; epidemiologia; morbimortalidade
Nome aluno(a): PATRÍCIA CARVALHO BALTHAZAR DA SILVEIRA
Tema:. Modelos de avaliação da qualidade do controle Glicêmico em pacientes
diabéticos hospitalizados.
Orientador: Prof. Dr. Edson Duarte Moreira Junior
RESUMO
A avaliação da qualidade do controle glicêmico em paciente diabéticos não
hospitalizados pode ser realizada através do acompanhamento da hemoglobina
glicada e do desenvolvimento das possíveis complicações. Estas complicações
aumentam o risco de hospitalização dos pacientes diabéticos. A avaliação da
qualidade do controle glicêmico hospitalar tem enfrentado dificuldades pela falta de
um modelo padrão aceito para sua realização. O objetivo deste estudo é determinar
o modelo mais adequado para avaliar as medidas de desempenho da qualidade do
controle glicêmico em pacientes diabéticos hospitalizados. Através da revisão de
prontuários, foram incluídos 119 pacientes diabéticos internados em enfermarias.
Foram utilizados 3 modelos analíticos: paciente-dia, paciente e população. Para
cada um destes modelos foram calculados o nível médio de glicemia, a mediana da
glicemia, a percentagem das medidas de glicemia dentro do intervalo "ótimo", e o
percentual de eventos hipoglicêmicos e hiperglicêmicos. A média, a mediana e a
percentagem das medidas de glicemia dentro do intervalo "ótimo" variou muito
pouco entre os modelos. No entanto, o percentual de eventos hipoglicêmicos e
hiperglicêmicos variou consideravelmente. Apesar de nenhum dos modelos ter
demonstrado ser ideal para todas as funções, o modelo paciente-dia apresentou-se
como a melhor ferramenta para análise das medidas de desempenho da qualidade
do controle glicêmico. Um método padrão de avaliação da qualidade do controle
glicêmico em pacientes diabéticos hospitalizados precisa ser validado para permitir
comparações objetivas entre pacientes de unidades e hospitais diversos, e também
que as instituições avaliem o sucesso das suas iniciativas de melhoria da qualidade
ao longo do tempo.
Palavras chaves: diabetes; controle glicêmico; qualidade hospitalar
Nome aluno(a): DEIVID COSTA CARDOSO DOURADO
Tema:. Intoxicação por carbamatos e/ou organofosforados: Estudo de Caso do
Instituto Médico Legal Nina Rodrigues/BAHIA
Orientador: Dra. Juliana Ribeiro de Freitas
RESUMO
Introdução: Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o uso de agrotóxicos
tem causado inúmeros casos de intoxicações em humanos. As principais classes de
agrotóxicos são os carbamatos e organofosforados. Estes venenos são compostos
anticolinesterásicos que podem levar a morte por intoxicação aguda. A partir do final
da década de 80 começou-se a verificar numerosos casos de intoxicação por esses
agrotóxicos nos grandes centros urbanos do país. O fato foi causado pela utilização
de um tipo de carbamato, “o chumbinho”, como raticida doméstico. O uso foi
disseminando na prática de delitos contra a vida. É grande o número de intoxicações
registradas em todo país por estes venenos. É cada vez mais prevalentes as mortes
de intoxicação por estes venenos verificadas nos Institutos Médicos Legais de todo
do Brasil. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar as
características anatomo-patológicas dos casos de intoxicações agudas confirmadas
por carbamatos e/ou organofosforados e definir o perfil demográfico dos casos de
intoxicações confirmadas por estes venenos. Metodologia: Trata-se um estudo
descritivo, comparativo, que analisou todas as mortes de intoxicação por carbamato
e/ou organosfosforado do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues/BA. Foram
pesquisados os achados anátomo-patológico de edema, congestão e hemorragia
em fragmentos de órgãos dessas vítimas. A comparação foi feita, em duplo cego,
com um grupo controle formado por vítimas de traumatismo crânio encefálico e
vítimas de disparo de arma de fogo. Resultados: Foram identificadas 349 vítimas de
intoxicação por carbamato e/ou organofosforado no IMLNR entre janeiro de 2004 e
maio de 2009, dos quais 105 formaram a amostra do estudo. Em 30 casos iniciais
estudados comparados ao grupo controle, foram encontrados os achados de edema
e congestão ao exame anátomo-patológico. Conclusão: Dos resultados do estudo,
verificou-se que a maior parte das vítimas eram homens e apresentando também
faixa etária acima de 60 anos, diferentemente de outros trabalhos. Não houve
vítimas acima de 59 anos entre as mulheres. Esse estudo demonstra que há
alterações significativas de edema e congestão por efeitos da intoxicação aguda por
carbamatos e/ou organosforados, pela primeira vez demonstrado em humanos. Há
achados demográficos importantes que podem contribuir para o planejamento de
políticas públicas direcionadas ao impacto das intoxicações por estes agrotóxicos.
Palavras-chave: Intoxicação – Carbamatos – Aldicarb – Organofosforados –
Alterações Anátomo-Patológicas
Nome aluno(a): JAMILE ARAÚJO DA SILVA
Tema: Síndrome toráxica aguda em pacientes com anemia falciforme: uma revisão
Orientador: Profª. Drª. Ana Paula Andrade Barreto
RESUMO
A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia decorrente de mutações no
cromossomo 11 e está entre as doenças genéticas mais freqüentes no mundo. As
alterações nos eritrócitos desencadeiam complicações freqüentes, sendo as
pulmonares as principais causas de morbidade e mortalidade nos pacientes
acometidos pela doença. Dentre essas complicações destaca-se a síndrome
torácica aguda (STA), responsável por parte considerável das internações
hospitalares nesses pacientes. A STA se caracteriza clinicamente pelo surgimento
de um novo infiltrado pulmonar evidenciado no raio X, associado a alguns sinais e
sintomas, como tosse, dor torácica, dispnéia e febre, existindo peculiaridades na
apresentação clínica nas diferentes faixas etárias e, embora se apresente na
maioria dos casos como uma afecção auto-limitada, pode evoluir para falência
respiratória com acometimento de extensa área do parênquima pulmonar. Sua
etiologia é aparentemente multifatorial e dentre as possíveis causas, destacam-se
infecções, embolia gordurosa e tromboembolismo pulmonar. O entendimento dos
eventos fisiopatológicos indica a necessidade de vertentes variadas de tratamento
voltado basicamente para o combate à infecção, tratamento da dor, controle do
desconforto respiratório e hipóxia, além da prevenção de novos episódios. A
identificação e intervenção precoce nos casos de STA são fundamentais para um
bom prognóstico, daí a relevância de se conhecer desde a apresentação clínica até
a fisiopatologia da doença para orientar o tratamento adequado, em especial no
Brasil, um país com grande proporção de negros na sua população, nos quais a
incidência de anemia falciforme é maior e conseqüentemente a freqüência de
complicações dessa hemoglobinopatia.
Palavras-chave: anemia falciforme, síndrome torácica aguda, complicações
pulmonares, sickle cell disease, acute chest syndrome, respiratory complications.
Nome aluno(a): LYCIA MARIA MARTINS PINHO PEDRAL SAMPAIO
Tema:. Aspectos clínicos e biológicos do Câncer de Mama Triplo-Negativo
Orientador: Prof. Carlos Alberto Sampaio Pereira Filho
RESUMO
O câncer de mama triplo negativo, subtipo no qual as células tumorais não
apresentam em sua superfície a expressão de receptores de estrógeno,
progesterona ou HER-2, representa 10% a 17% das neoplasias malignas de mama.
Apresenta comportamento distinto dos demais carcinomas mamários, com biologia e
patologia única, pior prognóstico e padrão mais agressivo e precoce de metástases,
resultando em sobrevida global menor do que os outros subtipos de câncer de
mama. Objetivos: descrever em uma população de pacientes com diagnóstico de
câncer de mama triplo negativo, as características clínicas e epidemiológicas, e os
principais desfechos clínicos, como sobrevida livre de doença, sítio específico de
recidiva e sobrevida global. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão de
prontuário médico eletrônico de todas as pacientes do sexo feminino, com
diagnóstico anatomopatológico de neoplasia maligna da mama, que foram atendidas
em clínica privada de oncologia em Salvador/Bahia/Brasil, no período de janeiro de
1998 até dezembro de 2009, totalizando 591 prontuários avaliados. Deste número
selecionamos 64 pacientes de subtipo triplo negativo. Resultados: O número de 64
pacientes com câncer de mama triplo negativo encontrado correspondeu a 12,43%
da amostra total de pacientes com diagnóstico de câncer de mama. O tempo médio
de acompanhamento das pacientes foi de 41,77 meses. A idade média ao
diagnóstico foi de 52,83 anos. Vinte e nove mulheres (46,8%) eram afro americanas.
Vinte e seis mulheres (41,3%) estavam na pré-menopausa no momento do
diagnóstico. Vinte e três pacientes (37,1%) apresentavam história familiar de
primeiro grau de câncer de mama. Cinquenta e oito mulheres (90,6%) tiveram o
diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante. Dezesseis pacientes (26,7%)
apresentaram recidiva da doença. O tempo médio para recidiva encontrado foi de 21
meses. Foi constatado que doze mulheres (18,8%) diagnosticadas com o câncer de
mama triplo negativo foram a óbito. Conclusão: O presente estudo demonstrou que
os tumores de subtipo triplo negativo estão mais associados com mulheres jovens,
na pré-menopausa, afro americanas e com história familiar de câncer de mama e
ovário, subtipo carcinoma ductal infiltrante, tamanhos maiores de tumor, alto grau de
diferenciação e elevada expressão da proteína Ki67, além de curto tempo para
recorrência e elevado número de óbitos.
Palavras-chave: câncer de mama, triplo negativo, prognóstico, neoplasia.
Nome aluno(a): LUCIANA LEONY VALENTE
Tema:. Pneumonia associada a ventilação mecânica: Uma análise do impacto do
gerenciamento de riscos para PAV em Hospital privado em Salvador-BA
Orientador: Prof. Dra. Anna Karenine Cunha
RESUMO
Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) representa a
maior causa de morte dentre as infecções hospitalares e a sua presença implica em
maior tempo de uso do ventilador, tempo de internação e uso de antibióticos,
elevando a morbi-mortalidade dos pacientes e inclusive os custos hospitalares.
Objetivos: Avaliar o impacto das medidas preventivas associadas ao gerenciamento
de riscos para PAV e descrever os fatores de risco associados ao desenvolvimento
da PAV e os agentes etiológicos envolvidos. Método: Trata-se de um estudo
descritivo-comparativo, partindo da análise de dados secundários. A amostra foi de
205 pacientes maiores que 18 anos internados na UTI e submetidos à VM por pelo
menos 48h no período de agosto de 2008 a julho de 2010, sendo este dividido em
dois períodos - agosto de 2008 a julho de 2009 e agosto de 2009 a julho de 2010 antes e após a implantação do Gerenciamento de riscos para PAV, respectivamente.
As variáveis do estudo foram de admissão (idade, gênero, APACHE II, risco de
óbito, doença de base e co-morbidades) e de evolução (tempo de VM, tempo de
permanência na UTI e tempo de permanência hospitalar). Resultados: Houve
redução na taxa de densidade de incidência de PAV do primeiro período para o
segundo período do estudo (9,98 vs. 7,59 casos de PAV/1000 VM-dia; p=0). A
média das variáveis de evolução (tempo de VM, de permanência na UTI e de
permanência hospitalar) foram de 16,7 dias, 18,6 dias e 41,1 dias, respectivamente.
No segundo período a média para as mesmas variáveis foram de 13 dias, 16,5 dias
e 31 dias, porém essa redução não alcançou estatística significativa (p=0,358,
p=0,182 e p=0,067 respectivamente). A mortalidade geral no primeiro período e
segundo período foi semelhante (64,4% e 63,6% respectivamente) e a taxa de
letalidade por PAV foi maior no segundo período do estudo (76,92% vs. 41,66%).
Discussão: No presente estudo observou-se uma redução significativa da TDI de
PAV após a implantação do gerenciamento de riscos. Foi possível observar uma
redução no tempo de VM, de permanência hospitalar e de permanência na UTI,
refletindo a medida de desmame precoce da VM. Não se observou relação de PAV
com os fatores de risco descritos na literatura, como APACHE elevado, IRA, DPOC
e outras co-morbidades. À alta taxa de letalidade por PAV foi atribuída a uma maior
taxa de procedimentos invasivos e infecções hospitalares associadas nos pacientes
do segundo período em relação aos do primeiro. Conclusão: Observa-se uma
tendência à redução de PAV após a adoção de medidas preventivas, porém faz-se
necessária uma amostra maior de pacientes para se obter conclusões definitivas a
respeito do impacto de tais medidas.
Palavras-chave: Pneumonia associada à ventilação mecânica; Prevenção;
Densidade de incidência.
Nome aluno(a): LUANA MESQUITA VICTÓRIA
Tema:. Transtorno depressivo maior em pacientes submetidos à Cirurgia Bariátrica.
Orientador: Prof. Dr José Barbosa
RESUMO
Introdução: A obesidade tem sido relacionada com o aumento, nos últimos anos, de
depressão maior, tentativa e cometimento de suicídio. Em 2025, segundo estudos
prospectivos, o Brasil estará em quinto lugar do mundo com relação a problemas de
obesidade. A cirurgia bariátrica surge nesse cenário como medida eficaz, com reais
possibilidades de minimizar as falhas terapêuticas dos tratamentos clínicos.
Objetivo: verificar a associação da cirurgia bariátrica com o aparecimento de
transtorno depressivo maior. Metodologia: A revisão bibliográfica foi realizada
através da consulta aos bancos de dados Scielo, PubMed e Lilacs , utilizando as
palavras-chave "bariatric surgery" e "depression. Foram aceitos artigos publicados
nas línguas inglesa e portuguesa a partir de 1990. Utilizaram-se artigos originais,
sem restrições sobre os desenhos de estudo e tipo de técnica cirúrgica, além de
artigos de revisão. Para enriquecimento do tema no trabalho, foram utilizadas
informações de relatos de casos. Resultados: Observou-se que após realização da
cirurgia bariátrica ocorreram melhoras nos níveis de depressão, inclusive ocorrendo
redução nos uso de antidepressivo. Os menores índices de depressão foram
encontrados nos primeiros momentos do pós-operatório. Conclusão: Os pacientes
submetidos à cirurgia bariátrica necessitam de uma preparação psicológica no préoperatório e de um acompanhamento no pós-operatório. O assunto ainda carece de
estudos que avaliem os resultados a longo prazo.
Palavras-chave: bariatric surgery, depression, obesity.
Nome aluno(a): MICHELLE QUEIROZ AGUIAR SILVA
Tema:. Análise do impacto do tratamento adjuvante com Trastuzumabe na evolução
de pacientes com Câncer de Mama HER-2 POSITIVO
Orientador: Dr. Carlos Alberto Sampaio Pereira Filho
RESUMO
O gene do receptor do fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2 (HER-2)
codifica um receptor transmembrânico com atividade tirosina quinase que atua sobre
a transcrição gênica para regular o crescimento, a sobrevivência e respostas
celulares. Este receptor tem evoluído como um importante classificador do câncer de
mama invasivo quando hiperexpressado ou geneticamente amplificado, o que ocorre
em cerca de 20% a 30% dos carcinomas invasivos da mama. Uma das terapias-alvo
para o câncer de mama HER-2 positivo é o trastuzumabe, anticorpo monoclonal
aprovado para uso no tratamento adjuvante em 2006. Objetivo: comparar o tempo
livre de recidiva entre pacientes com câncer de mama HER-2 positivo tratadas ou
não com trastuzumabe no cenário adjuvante, acompanhadas em serviço privado de
assistência em oncologia, em Salvador, BA, entre 1998 e 2009. Materiais e
Métodos: Estudo retrospectivo descritivo com coleta de dados de 91 prontuários de
pacientes com diagnóstico anatomopatológico de câncer de mama invasivo
apresentando hiperexpressão ou amplificação gênica para o HER-2, atendidos no
período estudado. Essa amostra foi subdividida em 02 grupos considerando a
realização ou não de tratamento adjuvante com trastuzumabe. Resultados: Em
geral, não foi observada qualquer diferença intrínseca significativa na comparação
entre o grupo de pacientes submetidas a tratamento adjuvante com trastuzumabe
(n=46) e o grupo de pacientes que não utilizaram o anticorpo monoclonal na
adjuvância (n=45), no que se refere a dados epidemiológicos, biologia tumoral e
apresentação da doença ao diagnóstico. Seis (14,0%) pacientes que utilizaram o
trastuzumabe adjuvante versus 12 (27,9%) pacientes do segundo grupo
apresentaram recidiva locorregional ou sistêmica (p=0,184). Foram identificados 03
(7,0%) óbitos independentes da causa no grupo que utilizou o trastuzumabe e 06
(14,0%) no grupo que não utilizou (p=0,483). Uma (2,3%) paciente que utilizou o
trastuzumabe evoluiu com metástase cerebral versus 04 (9,4%) do segundo grupo
(p=0,615). Numericamente, observa-se uma diferença importante nestas variáveis,
sugerindo que uma amostra maior apontaria para uma diferença estatisticamente
significante. Na análise comparativa entre os grupos do tempo livre de recidiva por
ano de acompanhamento, observou-se um maior tempo livre de recidiva no grupo
que utilizou o trastuzumabe, apesar da ausência de significância estatística. A
comparação entre as curvas de sobrevida livre de doença evidenciou uma ausência
de diferença importante no seguimento precoce, mas após os anos iniciais de
seguimento aponta para uma diferença significativa favorecendo o grupo tratado. A
amostra reduzida e a diferença entre o tempo de seguimento médio de ambos os
grupos comprometeram a análise. Conclusões: Pacientes com câncer de mama
HER-2 positivo, quando submetidas a tratamento adjuvante com trastuzumabe,
apresentam uma tendência a maior tempo livre de recidiva e menores taxas de
recorrência locorregional ou sistêmica e de óbito quando comparadas às pacientes
que não utilizaram a terapia-alvo anti-HER-2, corroborando os achados em estudos
randomizados internacionais. Esses achados fortalecem a impressão científica de
que a utilização dos resultados obtidos nestes estudos randomizados, podem e
devem ser aplicados em pacientes do nosso meio com o mesmo nível de segurança
e benefício terapêutico.
Palavras-chave: câncer de mama, HER-2, trastuzumabe, prognóstico.
Nome aluno(a): MARÍLIA VICTÓRIA DE SOUZA MOREIRA
Tema:. Comparação do escore de GLEASON da biópsia prostática com a da peça
cirúrgica em pacientes com Câncer de Próstata.
Orientador: Prof. Dr. Bruno Gil de Carvalho Lima
RESUMO
O escore de Gleason da biópsia prostática transretal representa um dos métodos
prognósticos mais importantes na avaliação dos cânceres de próstata, permitindo a
indicação terapêutica mais adequada. Este trabalho objetivou comparar os valores
do escore de Gleason obtidos na biópsia com os valores da peça cirúrgica, após
prostatectomia. Assim, foram estudados, retrospectivamente, os prontuários de 70
pacientes com diagnóstico anatomopatológico de adenocarcinoma prostático,
atendidos na Clínica AMO (Associação Multidisciplinar de Oncologia) na cidade de
Salvador-BA, no período de 1998 a 2009, e que foram submetidos à prostatectomia.
Os dados foram compilados através do Microsoft Office Excel 2007, utilizando-se o
software SPSS 19.0 para comparação e análise desses dados. Foi utilizado o teste
Kappa para avaliar a concordância entre os escores de Gleason. Em 72,86% dos
casos, houve concordância, 21,43% subgradação e 5,71% supergradação. Os
resultados deste estudo foram semelhantes aos da literatura. Conclui-se que o
escore de Gleason observado na biópsia é um valioso preditor de comportamento de
doença e que em uma parcela significativa dos casos este valor é discordante ao
escore de Gleason cirúrgico. Infere-se que há, portanto, a necessidade de reavaliar
os métodos de realização desse exame, se com mais fragmentos (estendido) ou
não, para assim, melhorar a acurácia da biópsia.
Palavras-chave: escore de Gleason; adenocarcinoma prostático; prostatectomia;
concordância.
Nome aluno(a): MARCELLE REHEM MACHADO
Tema:. Hamartoma Hipotalâmico associado à puberdade precoce central: Descrição
de uma série de casos
Orientador: Profa. Dra Ana Cláudia Couto-Silva
RESUMO
Introdução: o desenvolvimento puberal normal é um fenômeno que depende da
ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. A puberdade é dita precoce (PP)
quando o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários ocorre antes dos oito
anos no sexo feminino e antes dos nove anos e seis meses no sexo masculino e
pode decorrer da liberação precoce do hormônio liberador da gonadotropina (GnRH)
(puberdade precoce central- PPC- ou dependente de gonadotrofinas) ou de
patologias primárias das gônadas ou suprarrenais (puberdade precoce periféricaPPP- ou independente de gonadotrofinas). A PPC é, na maioria das vezes,
idiopática (PPCI), mas pode ser orgânica (PPCO), causada por lesões do sistema
nervoso central, sendo o hamartoma hipotalâmico (HH) a principal causa. Os
hamartomas hipotalâmicos são patologias raras, associadas à PPC e à epilepsia
gelástica. Caracterizam-se por pequenas massas heterotrópicas não-neoplásicas
congênitas de tecido nervoso normal e o diagnóstico é realizado através da
ressonância nuclear magnética de crânio (RNMC). Por ser pouco frequente, o HH é
condição clínica não muito estudada na literatura. Objetivo: descrever as
características clínicas e radiológicas de uma série de casos de portadores de PPCO
e HH. Métodos: estudados nove pacientes (seis do sexo feminino) com HH e PPC
atendidos em um centro de referência da cidade de Salvador-Bahia. Resultados:
houve predomínio de meninas numa proporção de 2:1, a idade média de
apresentação dos sintomas foi de um ano, com alta estatura e avanço de idade
óssea em oito casos. O primeiro sinal de desenvolvimento puberal foi telarca isolada
em meninas, e aumento do volume testicular associado à pubarca nos meninos.
Dois pacientes apresentavam crises convulsivas, sendo crises generalizadas em um
caso e epilepsia gelástica em outro caso. e uma era portadora de Trissomia do
Cromossomo 18 (Síndrome de Edwards). Todos os pacientes apresentaram picos
de hormônio luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH) elevados antes do início
do tratamento com análogo de GnRH (GnRHa). O tamanho médio dos hamartomas
foi de 23,5 mm e em oito pacientes sua localização era para-hipotalâmicos. A única
paciente com tumor intra-hipotalâmico não apresentava crises convulsivas.
Conclusão: HH associa-se a PPC que surge, habitualmente, em pacientes muito
jovens. Assim, o desenvolvimento de PPC em crianças abaixo dos cinco anos de
idade deve conduzir à investigação de formas orgânicas de PP.
Palavras chaves: hamartoma hipotalâmico,
ressonância nuclear magnética, crânio.
puberdade
precoce,orgânica,
Nome aluno(a): MARCO ANTONIO FREITAS DA SILVA JÚNIOR
Tema:. Riscos no uso de BETA2-AGONISTAS Inalatórios no tratamento da Asma.
Orientador: Profa Karla Gramacho
RESUMO
Introdução: A asma é uma patologia universal com distribuição irregular no globo. O
Brasil, com 12,9% da população entre 20 e 69 anos com diagnóstico da doença, tem
uma das maiores taxas de prevalência combinados a baixos índices de letalidade.
Um dos fatores reconhecidos no aumento da morbimortalidade da asma foi a
introdução dos beta2-agonistas inalatórios a partir da década de 90. Estes foram
alvos de diversos estudos abordando suas associações com o aumento do número
de exacerbações, agravamento de crises e até mesmo risco de morte. O uso
freqüente e/ou altas doses de beta2-agonistas inalatórios relacionam-se ao aumento
da responsividade brônquica para alérgenos, mesmo em uso de corticóides
inalatórios; à modificação de receptores dos corticosteróides; à alteração da função
mucociliar; à inibição do mecanismo antiinflamatório inato, embora estes achados
ainda permaneçam em discussão. Objetivo: Elucidar diversas controvérsias a
respeito de efeitos deletérios do uso de beta2-agonistas inalatórios no tratamento da
asma. Método: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura com identificação
e seleção de artigos por um revisor (autor principal), utilizando como estratégia de
busca e fonte de informação os seguintes bancos de dados computadorizados na
Internet de 1990 a 2010: Medline, PUBMED, LILACS, SciELO. As palavras-chave
para busca foram: “b2-agonista”, “asma”, “riscos” e suas traduções correspondentes
na língua inglesa e espanhola, em combinações variadas. Resultados/Discussão:
Seja por número de exacerbações clínicas, por número de óbitos ou por alterações
espirométricas o uso de beta2-agonistas parece oferecer riscos extremamente
relevantes no tratamento da asma. Riscos semelhantes são encontrados com
salmeterol e formoterol em crianças e adultos. Corticóides inalatórios concomitantes
não protegem adequadamente contra os efeitos deletérios. O uso de beta2agonistas de longa duração pode ser associado a um significativo número de
internações desnecessárias clinicamente, unidade de terapia intensiva e de
internações e mortes por ano. Conclusão: Seja qual for a natureza das associações
observadas, o uso indiscriminado desses medicamentos deve sinalizar à classe
médica que a probabilidade de um evento adverso importante é significativamente
aumentado e que é necessário reavaliar sistematicamente a condição do paciente.
Palavras-chave: beta2-agonistas inalatórios; tratamento da asma; riscos; efeitos
adversos; controle da asma.
Nome aluno(a): RODRIGO LUIZ MOURA RICCIO
Tema:. Uso de sulfato de zinco e cimetidina no tratamento de verrugas não-genitais.
Orientador: Prof. Dr. Ênio Ribeiro Maynard Barreto
RESUMO
Introdução: Verrugas são causadas pelo HPV. Os tipos mais associados às
verrugas não-genitais são os 1 e 2. Resolução espontânea pode alcançar 70%, mas
a despeito disso, muitas lesões não regridem espontaneamente. Há associação
entra a resposta imune e a infecção pelo HPV. Existem diversos tratamentos para
essa doença, mas em alguns casos eles são pouco efetivos, dolorosos ou há
recorrência. Tem-se tentado drogas que atuem na imunidade. O sulfato de zinco
ajuda na maturação de linfócitos T, a modular a resposta para um padrão Th1 e
ativar células NK. A cimetidina é um antagonista dos receptores H2. Há alguns anos,
foi observado seu poder imunomodulador e assim, tem-se tentado seu uso no
tratamento de verrugas. Ela bloqueia os receptores H2 das células T-supressoras,
inibindo-as. Ela estimula a resposta Th1, a ativação de células NK e a produção de
citocinas. Objetivo: Avaliar as indicações para o uso de cimetidina e sulfato de zinco
no tratamento de verrugas não-genitais e buscar estabelecer também a eficácia
desses tratamentos. Metodologia: Foi feita uma revisão da literatura utilizando os
descritores zinc sulfate, warts e cimetidine. Resultados: A busca resultou em 21
artigos, sendo 13 deles selecionados para o trabalho a partir dos critérios de
inclusão e exclusão. O sulfato de zinco foi abordado em 6 estudos, a cimetidina
abordada em 8 estudos. Discussão: O zinco e a cimetidina são usados para o
tratamento de verrugas últiplas e recalcitrantes, com evolução arrastada. O uso oral
do zinco alcançou altas taxas de cura (62,5 a 86,9%) em 2 a 3 meses de tratamento.
A droga por via intralesional a 2% também se mostrou efeitva (98% de cura). A
droga por via tópica a 10% se mostrou efetiva apenas em verrugas planas (85,7%).
A cimetidina apresentou resultados excelentes em estudos abertos (até 80% de
cura), mas esses resultados não se mostraram consistentes em estudos mais
rigorosos. Conclusão: Essas drogas não são usadas como 1ª linha no tratamento
de verrugas. O zinco parece estar bem estabelecido na forma oral para o tratamento
de verrugas. A forma tópica e a intralesional apresentam resultados promissores,
mas esses dados devem ser corroborados com outros estudos. A cimetidina teve
bons resultados em estudos abertos, mas esses bons resultados não foram
reproduzidos em estudos mais rigorosos. Assim, seu uso é controverso, mas parece
haver uma tendência, a partir dos dados atuais, para não indicar essa droga para
essa finalidade.
Palavras-chave: verrugas; sulfato de zinco; cimetidina
Nome aluno(a): IGOR LOGETTO CAETITÉ GOMES
Tema:. Papel da Tropanina T em pacientes com insuficiência cardíaca e
acompanhamento ambulatorial: Uma Revisão Sistemática
Orientador: Profª Dra. Josecy Maria de Souza Peixoto
RESUMO
Introdução e Objetivo: O envelhecimento populacional, decorrente do aumento da
expectativa de vida observada no panorama demográfico mundial, determinou
modificações epidemiológicas caracterizadas pela maior incidência e prevalência de
doenças crônico-degenerativas como causas de morbimortalidade. Dentre elas, a
insuficiência cardíaca (IC) se faz destaque. Esta é responsável por gerar maior
sobrecarga econômica para o sistema de saúde e determinar mudanças em políticas
públicas que atendem a essa demanda. Portanto, a construção de mecanismos que
possam auxiliar a delinear o perfil prognóstico destes pacientes é importante para
alocação adequada dos recursos. A troponina T surge como um potencial
biomarcador. Este trabalho tem por objetivo descrever as implicações decorrentes
da alteração dos níveis de troponina T nos pacientes com insuficiência cardíaca.
Métodos: Este trabalho foi realizado através da construção de uma revisão
sistemática. Efetuou-se uma busca, na literatura vigente, por artigos que
satisfizessem a resposta clínica do trabalho. Foram utilizados como ferramentas: a
construção de estratégias de busca que elevaram a sensibilidade do estudo, a
determinação de critérios de inclusão e exclusão, gerando aumento da
especificidade e o cumprimento de etapas de seleção dos estudos. O manuscrito foi
obtido a partir do compilado informativo. Resultados: Seis estudos foram
selecionados para compor a revisão. Os mesmos revelaram aumento do risco de
eventos adversos em pacientes que apresentaram flutuações e elevações mantidas
nos níveis de troponina T ao longo do seguimento. Até metade destes pacientes
com insuficiência cardíaca e acompanhamento ambulatorial apresentam necrose
miocárdica em curso, expressa por valores anormais de troponina T. Maiores níveis
deste biomarcador estão relacionados a uma pior classe no New York Heart
Association, menor fração de ejeção ventricular e maiores níveis de peptídeo
natriurético cerebral. Conclusão: Existem implicações, como aumento da morbidade
e mortalidade, relacionadas a alterações dos níveis de troponina T em pacientes
com insuficiência cardíaca e acompanhamento ambulatorial.
Palavras-Chave: Troponina T. Insuficiência Cardíaca. Biomarcador
Nome aluno(a): MÁRCIO OLIVEIRA ISABELLA
Tema:. Análise dos anestésicos utilizados na Litotripsia extracorpórea por ondas de
choque em pacientes com Urolitíase: Uma revisão de Literatura.
Orientador: Prof Dr Luiz Eduardo Café
RESUMO
Introdução: A litíase urinária é uma das doenças mais freqüentes do trato urinário,
com alto custo socioeconômico. Seu tratamento vem cursando com evolução dos
métodos terapêuticos, sendo a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO)
um dos mais utilizados. Contudo, a tareapia é dolorosa e necessitata de analgesia e
sedação para que se tenha boa resposta. Entretanto, não existe um grupo
anestésico padrão-ouro para realização do procedimento. Objetivo: analisar os
anestésicos utilizados na litotripsia por ondas de choque para tratamento da litíase
urinária. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos que
satisfizeram o objetivo do estudo. Uma busca ativa por artigos presentes na literatura
vigente inseridos no banco de dados da biblioteca virtual do MEDLINE. Foram
utilizados apenas os artigos em inglês, com estudos feitos somente em humanos,
prospectivos e publicados nos últimos quinze anos. Os descritores utilizados foram:
“analgesia” AND “lithotripsy”, sendo excluídos artigos que tratavam de
procediementos anestésicos não convencionais. Resultados: Os artigos analisados
utilizaram de AINES e opióides, isoladamente ou associados, para analgesia e
sedação durante LECO. Foi discutido os efeitos depressores cardiorespiratórios,
náuseas, vômitos e sonolência dos opióides e nefrotóxicos dos AINES em altas
doses. Alguns autores preferiram uma das classes e outros sua associação. O
controle da analgesia pelo paciente (PCA) foi relacionado à menor dose de droga
adicional, melhores parâmetros cardiorrespiratórios e maior satisfação do paciente.
Conclusões: Não há um padrão-ouro estabelecido para analgesia em LECO. O uso
combinado de opióide e AINEs demonstra ser eficaz, pois promove adequada
analgesia e diminui risco de efeitos das duas drogas. Associar o procedimento a
uma analgesia controlada pelo paciente (PCA) demonstrou ser mais vantajoso, com
maior satisfação para paciente, anestesiologista e urologista. Não foi elucidado
dentro dos artigos estudados relações entre composição do cálculo e anestésico
utilizado.
Palavras-chave: Litotripsia. Analgesia.
Nome aluno(a): CIRO COSTA SARAIVA E SANTOS
Tema:Análise dos laudos Anatomo-Patologico do Osteossarcoma em um Hospital
de Referência em Salvador.
Orientador: Prof. Dr. Mitermayer Galvão dos Reis
RESUMO
A importância do estudo epidemiológico é conhecer as características da
entidade analisada, trazendo novas informações para embasar abordagens e
pesquisas, podendo baseado em evidencias mudar condutas, e com isso por fim,
prognósticos. O câncer, é a segunda causa de morte no Brasil, seu numero vem
aumentando, em determinados grupos, por isso necessitasse de uma melhor
abordagem desses pacientes se melhores resultados. O Osteossarcoma (OS) é um
tumor ósseo principalmente de ossos longos, da segunda década de vida, sem
fatores de risco modificáveis. A presença de tumores maiores que 12 cm e de
metástases quando ocorre o diagnostico, são fatores associados a uma pior
sobrevida, devido a isso se dá a importância de um diagnostico precoce, e para isso
um maior conhecimento a cerca do OS, para sejam feitas as suspeitas. A questão
principal do tratamento do OS é poder direcionar um tratamento menos agressivos
para os pacientes que se beneficiam, e os mais agressivos para os casos menos
responsivos, para isso é necessário conhecer o perfil epidemiológico da população
para poder distinguir esse tratamento. O presente estudo analisou os laudos do
serviço de anatomia- patológica, de um centro de referencia, para determinas a
prevalência do OS, e comparamos com outros trabalhos da literatura que dispunham
de dados epidemiológicos dessa entidade. Foi encontrada uma prevalência de
homens com idade de 24,43 anos, com tumores do tipo osteoblastico em fêmur, os
dados da literatura são compatíveis, menos na variável idade, que em nosso estudo
esta acima da media para essa afecção. Concluímos que são dados importantes,
mas escassos e que mais conhecimento epidemiológico poderá trazer maiores
benefícios.
Bahia
Palavras Chaves: Osteossarcoma, Epidemiologia, Prevalência, Salvador,
Nome aluno(a): JOÃO ANTÔNIO DAMASCENO NASCIMENTO
Tema:Toxina Botulínica no tratamento da Hiperidrose: Vantagem e Desvantagens
Orientador: Prof. Ênio Ribeiro Maynard Barreto
RESUMO
Introdução: A hiperidrose caracteriza-se pela produção excessiva de suor,
manifestando-se de forma generalizada ou localizada principalmente nas axilas,
mãos e pés. Pode ser primária ou secundária. Atinge cerca de 1% da população,
levando a constrangimento social e redução da qualidade de vida. O tratamento é
dividido em clínico e cirúrgico, com grande variedade de opções terapêuticas. Dentre
elas destaca-se o uso da toxina botulínica como opção intermediária entre os
tratamentos clínicos clássicos e os cirúrgicos em determindadas formas de
hiperidrose. Objetivos: Fazer uma revisão sobre a hiperidrose, sua classificação e
possíveis causas; Discutir os principais tratamentos descritos na literatura e analisar
a sua eficácia com ênfase no emprego da toxina botulínica. Metodologia: Trata-se
de uma revisão bibliográfica não-sistemática realizada nas bases de dados
PUBMED, SciELO e LILACS com os descritores: “hyperhidrosis”, “treatment”,
“primary hyperhidrosis”, “botulinum toxin”. Foram selecionados artigos publicados
nos últimos 10 anos, escritos nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola..
Resultados e discussão: Foram incluídos 22 artigos através da análise dos
resumos. Em dezenove o tema principal é o tratamento da hiperidrose, dentre estes
6 trabalhos são específicos sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da
hiperidrose focal. Os tratamentos tópicos possuem curta duração, com eficácia
limitada, nos casos leves de hiperidrose focal. Os sais de alumínio são os
antitranspirantes mais utilizados, mas também podem ser usados anticolinérgicos e
adstringentes. O tratamento sistêmico pode ser feito com anticolinérgicos orais,
ansiolíticos, beta bloqueadores, dentre outros, porém é limitado pelos efeitos
colaterais associados. A iontoforese é usada na hiperidrose focal, em regiões
facilmente submersas em água. A euidrose é atingida entre 6 a 15 sessões e o
efeito dura entre 2 a 14 meses. Os efeitos colaterais são pouco frequentes e leves
se o tratamento é feito corretamente. Os tratamentos cirúrgicos incluem a excisão da
abóbada axilar para retirar as glândulas écrinas, curetagem ou lipoaspiração para
remover o tecido glandular axilar e a simpatectomia. A simpatectomia torácica
videolaparoscópica é segura e efetiva, entretanto há alta incidência de hiperidrose
compensatória. O tratamento cirúrgico geralmente é reservado para pacientes que
não respondem às outras modalidades terapêuticas e são definitivos. A toxina
botulínica tipo A mostrou-se eficaz no tratamento da hiperidrose focal com
excelentes taxas de resposta, duração do efeito em torno de 4 a 6 meses e melhora
significativa da qualidade de vida. As injeções são seguras e os efeitos colaterais
pouco relevantes, entretanto, o uso da toxina botulínica é limitado por seu alto custo.
A toxina é contraindicada em casos de distúrbios neuromusculares, hiperidrose de
causa orgânica e uso de medicamentos que atuem na transmissão neuromuscular.
Conclusão: A escolha do tratamento, dentre as diversas opções, depende da
classificação, da localização, da interferência na qualidade de vida e de fatores
individuais. A toxina botulínica é eficaz na hiperidrose focal, entretanto seu alto custo
limita a manutenção do tratamento.
Palavras-chave: Hiperidrose; classificação; epidemiologia; tratamento; toxina
botulínica
Nome aluno(a): MARÍLIA SAMPAIO LEMOS COSTA
Tema:. Prevalência de fatores de risco e doenças Cardiovasculares em portadoras
de Câncer de Mama.
Orientador: Profa Dra Lucíola Maria Lopes Crisostomo
RESUMO
Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente no mundo e
a mais temida pela população feminina. Presume-se que a coexistência de outras
doenças associadas ao câncer possivelmente aumentem a morbidade e
mortalidade. Contudo, não está determinada em diferentes populações qual a
prevalência dos fatores de risco e doenças cardiovasculares em mulheres com
câncer de mama. Objetivo: Determinar a prevalência de fatores de risco
cardiovascular (FR) e doenças cardiovasculares (DCV) em portadoras de câncer de
mama em uma instituição de referência em Salvador-BA; comparar as prevalências
de FR e DCV em relação à idade e escolaridade; e avaliar a associação entre FR e
DCV com características tumorais. Métodos: Estudo descritivo. Foram analisados
prontuários de 117 mulheres com diagnóstico de câncer de mama, atendidas no
primeiro semestre de 2010, no Hospital Aristides Maltez, em Salvador, BA. As
variáveis de interesse foram: demográficas, biológicas, fatores de risco e doenças
cardiovasculares e relativas ao câncer de mama. Para a análise dos dados utilizouse a estatística descritiva e o software SPSS v.17.0. As variáveis contínuas foram
comparadas utilizando o teste t de Student e Mann-Whitney, e as categóricas, com o
teste Qui Quadrado. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente
significantes. Resultados: Foram selecionadas 117 pacientes, mulheres, com idade
média de 53,3 ± 13,7 anos (25,0 -90,0). Predominou a baixa escolaridade, com
69,2% das pacientes. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal
infiltrante, correspondente a 85,7%. Fatores de risco, excluindo a idade e as
doenças cardiovasculares, foram mais frequentes nos idosos do que nos não idosos,
96,4% vs. 76,4%, e essa diferença foi estatisticamente significante, p= 0,018. Em
relação à hipertensão arterial e diabetes, as mulheres idosas apresentaram maior
proporção que as não idosas, 85,7% vs. 30,3%, p< 0,0001 e 28,6% vs. 6,7%
p=0,007. A pressão sistólica e a diastólica apresentaram níveis maiores nos idosos,
153,0 ± 23,6 mmHg (90,0 – 207,0) vs. 136,4 ± 19,9 mmHg (100,0 – 200,0), p= 0,001
e 88,9 ± 10,5 mmHg (60,0 – 115,0) vs. 81,9 ± 9,6 mmHg(60,0 – 100,0), p=0,003. A
análise do estadiamento clínico não apresentou diferenças estatisticamente
significativas em relação à presença de fatores de risco e ao número destes,
sugerindo ausência de associação. Conclusões: A prevalência de fatores de risco
cardiovascular e doenças cardiovasculares em portadoras de câncer de mama foi
elevada na população estudada; a prevalência foi mais elevada nas mulheres
idosas; a hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo e etilismo
foram os fatores de risco mais frequentes nas pacientes estudadas; e não houve
associação entre a presença de fatores de risco, doenças cardiovasculares e
características tumorais.
Palavras-chave: Câncer de mama, doenças cardiovasculares, fatores de risco
cardiovascular.
Nome aluno(a): RENATA CARVALHO MARTINS
Tema:. Desempenho do sistema de captação de Órgãos para transplante no Estado
da Bahia, 2007-2010
Orientador: Profa. Dra. Maria Auxiliadora Lima
RESUMO
OBJETIVOS: Retratar o desempenho do sistema de captação de órgãos no estado
da Bahia entre janeiro de 2007 e junho de 2010.
MÉTODOS: No presente trabalho, foi realizada uma pesquisa indireta, que utiliza o
método descritivo e retrospectivo da situação do transplante de órgãos sólidos na
Bahia entre janeiro de 2007 e junho de 2010. Os dados secundários utilizados para
desenvolver este estudo foram fornecidos pela Associação Brasileira de
Transplantes de Órgãos (ABTO), pelo DATASUS, pela Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia (SESAB) e pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
RESULTADOS: O número de potenciais doadores totalizado durante estes anos foi
de 1052. Destes, 164 tornaram-se doadores efetivos, com 152 deles doando mais
de um órgão. O transplante de rim foi o mais realizado (142), mesmo considerandose apenas os doadores falecidos, ficando à frente do de fígado (121) e do de
coração (5). Não houve nenhum caso de transplante de outros órgãos no período
avaliado. A principal causa de não efetivação da doação foi a não confirmação de
morte encefálica (46,1%), seguida de não autorização familiar (33,4%). A
porcentagem de consentimento familiar em relação ao número de entrevistas
realizadas foi 39% em 2007, 33,3% em 2008 e 2010 e 43,1% em 2009. As filas de
espera apresentam um crescimento continuado, uma vez que o número de
transplantes realizados é escasso.
CONCLUSÃO: O presente estudo permite concluir que o sistema de notificação,
doação e captação de órgãos da Bahia apresentou, entre janeiro de 2007 e junho de
2010, um desempenho insuficiente para suprir adequadamente demanda de
transplantes deste estado.
Palavras-chaves: transplante de órgãos, Bahia, doação de órgãos.
Nome aluno(a): RAFAEL SANTANA BATISTA SOARES
Tema:. Cefaléia como fator de risco de AVC
Orientador: Prof. Dr.Aroldo Bacellar
RESUMO
Introdução: As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade
proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este
grupo é liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um
terço das mortes. Nos Estados Unidos da América, cerca de 50,0% das internações
relativas a casos neurológicos decorrem de DCV. Dentre as DCV, destaca-se o
acidente vascular cerebral (AVC). Existem dois tipos de AVC: o AVC isquêmico
(AVCi) e o AVC hemorrágico. A detecção e o controle de seus fatores de risco são
tarefas prioritárias, pois permitem redução significativa da incidência e recidiva do
AVC, principalmente do isquêmico cuja taxa de mortalidade varia de 14,0% a 26,0%.
O AVC isquêmico é aquele que está mais relacionado com crises de migrânea ou
enxaqueca, sendo que estudos mostram que a migrânea com aura é um possível
marcador para tal afecção. Sabe-se que a relação da cefaléia com o AVC é
estudada a mais de 30 anos, na tentativa de associá-los e verificar que por meio de
mecanismos potenciais, a dor de cabeça pode ser um fator de risco desencadeador
do derrame. Dentre os mecanismos e teorias podemos citar: a teoria da ativação do
sistema trigeminovascular, eventos cerebrais intrínsecos e a depressão alastrante
cortical. Alguns processos cruciais como o vasoespasmo intracerebral, a
hipercoagulabilidade endotelial vascular, a disfunção endotelial e os fatores
genéticos são também citados nesse artigo. Objetivos: Atestar a importância do
quadro de cefaléia como sinal ou marcador antecipado de um quadro de AVC. Além
disso, tem como objetivo secundário mostrar que adultos com ou sem
comorbidades, que sofrem de enxaqueca crônica, estão propensos a ter um AVC.
Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática retrospectiva da
literatura por artigos científicos de revisão na Base de Dados Scielo, Lilacs, PubMed,
Medscape, Medline, dentre outros, referente aos anos de 1998 a 2010. Resultados:
A busca bibliográfica, segundo a estratégia definida, resultou em 142 artigos e, de
acordo com os objetivos do estudo e critérios de inclusão, 42 artigos foram
selecionados. Desses, 13 apresentaram estudos estatísticos comparativos entre
adultos jovens e idosos, mostraram a relação com os diversos fatores de risco, e a
ocorrência de AVC. Evidenciaram, ainda, que os adultos jovens (entre 25 e 50 anos)
foram os mais atingidos por AVC após eventos de cefaléia, quando comparados com
idosos. As mulheres jovens tiveram grande notoriedade no estudo, sendo as mais
acometidas; sendo que o risco de AVC se elevava ainda mais quando elas usavam
anticoncepcional oral ou, fumavam. Conclusão: cefaléia é fator de risco para AVC
não importando a higidez do indivíduo. As evidências mostram uma associação
significativa entre elas, porém mais estudos elucidativos e esclarecedores devem ser
feitos com fins comparativos, sanando qualquer tipo de dúvida.
Palavras-chave: AVC, cefaléia, migrânea, migraine and stroke, stroke, fatores de
risco para AVC, idosos, Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi).
Nome aluno(a): MILTON LOPES DE SOUZA NETO
Tema:. Correlação da Tireóide de Hashimoto com Carcinoma Papilífero da Tireóide
Orientador: Profª. Drª. Ana Cristina Carneiro dos Reis
RESUMO
O câncer de tireóide é a neoplasia mais comum do sistema endócrino. Somente no
ano de 2002 foram registrados 141.013 casos novos e 35.575 mortes por essa
patologia. No Brasil, ele correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer de 1994
a 1998. O prognóstico de um paciente varia de acordo com o tipo de tumor, podendo
ter sobrevida em 95% dos casos. Por outro lado, ela cai para 40% quando associada
com invasão ganglionar. Sabe-se que as tireoidites auto-imunes são responsáveis
pelo maior número de casos de hipotireoidismo, com prevalência de 4% na
população mundial. Dentre elas, destaca-se a tireoidite de Hashimoto, que é a maior
causa de hipotireoidismo espontâneo. O fato da tireoidite de Hashimoto e do
carcinoma papilífero da tireóide compartilharem muitos aspectos morfológicos,
imuno-histoquímicos e biomoleculares vem despertando interesse por parte de
pesquisadores da atualidade. O objetivo deste trabalho é buscar evidências da
correlação entre tireoidite de Hashimoto e carcinoma papilífero da tireóide. Foi
realizada uma revisão sistemática da literatura entre 1993 e 2010, abordando a
correlação da tireoidite Hashimoto com carcinoma papilífero da tireóide. A
identificação dos artigos foi feita através de busca bibliográfica nas bases de dados
MEDLINE, LILACS, SCIELO e PUBMED. Os artigos que atendiam os critérios de
inclusão foram utilizados na revisão bibliográfica. Evidências sugestivas para a
associação do carcinoma papilífero com tireoidite de Hashimoto foram detectadas,
porém a natureza dessa associação permanece em discussão, necessitando de
novas formas de estudo.
Palavras-chaves: hipotireoidismo / “hypothyroidism”, tireoidite de Hashimoto /
“Hashimoto's thyroiditis”, câncer / “cancer”, tireóide / “thyroid”, papilífero / “papillary”.
Nome aluno(a): ISABELA FRANCO DACID DE SOUZA
Tema:. O ESTADO ATUAL DA HERNIORRAFIA VENTRAL LAPAROSCOPIA
Orientador: Profª. João Eduardo Ettinger
RESUMO
Introdução: As hérnias ventrais são protrusões que ocorrem próximo ou ao longo da
linha de sutura, em cerca de 3 a 5 anos da intervenção cirúrgica inicial. O reparo
herniário é um procedimento cirúrgico muito comum, e evoluiu significativamente, em
especial com a hernioplastia ventral laparoscópica. Esta foi amplamente difundida a
partir da década de 90, e surgiu como alternativa para diminuir as altas taxas de
recidiva do reparo tradicional, embora ambos utilizem os mesmos princípios: uma
tela sintética. Os objetivos deste trabalho são a descrição da hernioplastia
laparoscópica na atualidade e sua comparação com a laparotomia, no que tange às
suas vantagens e desvantagens. Métodos: Será realizada uma revisão sistemática
da literatura, com busca de artigos originais, de 1993 a 2010, nas bases de dados
PUBMED, MEDLINE e LILACS. Resultados: Quando comparada à laparotomia, a
laparoscopia mostrou grandes vantagens, como melhor visualização do defeito
herniário, redução do tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às
atividades cotidianas. Além disso, apresentou menores taxas de complicações,
sendo as mais frequentes: seroma, íleo e enterotomia. Como desvantagens, há o
maior tempo operatório requerido e, consequentemente, um aumento no custo total
do procedimento. Conclusão: a laparoscopia, no reparo de hérnias ventrais,
apresentou menor incidência de complicações, em relação à cirurgia convencional,
embora ambas tenham taxas de dor e recidiva semelhantes. No entanto, há
necessidade de mais estudos, a fim de definir a melhor técnica para o reparo
herniário.
Palavras-chave: Hérnia ventral - Reparo herniário - Laparoscopia - Recorrência Complicações
Nome aluno(a): NATÁLIA D. KOVALINSKI VIEIRA
Tema:. Uso de substâncias psicoativas em estudantes de Medicina em uma Escola
Privada da Bahia.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Queiroz
RESUMO
Introdução: A humanidade sempre recorreu ao uso de substâncias psicoativas para
fins curativos e durante rituais religiosos. Os estudantes de medicina são mais
suscetíveis ao uso de drogas do que os demais estudantes por apresentarem maior
vulnerabilidade psicológica e situações estressantes às quais são submetidos.
Objetivo: Descrever a prevalência do uso de substâncias psicoativas, além da
freqüência do uso e do tipo de substância. Relevância: A proposta é contribuir com
a elaboração de estratégias a fim de melhorar a saúde do estudante de medicina
proporcionando um ganho mais amplo no futuro, quando este for um profissional.
Material e métodos: Aplicação de questionário no qual foi analisado freqüência de
uso, razões pelo uso, assim como dificuldades encontradas na rotina do estudante
de medicina. Os questionários foram entregues e devolvidos através de um
protocolo de segurança no qual impede a identificação dos alunos que contribuíram
para a pesquisa. Foram analisados 316 questionários obtidos nos seis anos do
curso. Resultado: Nota-se que as drogas mais utilizadas foram as legais, álcool e
tabaco. O uso de álcool apresentou-se constante durante os seis anos do curso. O
uso de tranqüilizante foi crescente ao longo dos anos de curso. Os homens foram
responsáveis por maior consumo de todas as drogas psicoativas, com exceção dos
tranqüilizantes. 91,5% consideraram que a rotina do estudante de medicina é
deferente dos demais universitários. 51,9% acreditam que a rotina do estudante de
medicina favorece o uso de drogas psicoativas. Discussão: O padrão de consumo
do universitário estudado difere do padrão de consumo dos brasileiros, assim como
dos universitários médicos de outros países, entretanto, se mantém semelhante
quanto ao padrão de consumo de outros universitários médicos brasileiros. O uso de
lança perfume foi maior do que o uso de maconha, o que não ocorre em outros
países, provavelmente pela aceitação maior dessa classe social quanto a essa
droga, que encontra grande disponibilidade nas festividades do carnaval e é
associada à diversão e não a uma droga psicoativa, como as outras. O consumo de
tranqüilizantes foi crescente durante o ano do curso. O principal motivo para o uso
de álcool foi “recreacional”, seguido de “aliviar tensão”. Conclusão: O padrão de
consumo do estudante analisado é similar aos demais estudantes de outros cursos,
apesar do seu dedutível conhecimento sobre o efeito de substâncias psicoativas.
Nome aluno(a): CÁSSIO SILVEIRA DE JESUS
Tema: Sonolência diurna excessiva e sua associação com Obesidade e
componentes da Síndrome Metabólica
Orientador: Prof. Dr. Maria de Lourdes Lima
RESUMO
Introdução: A obesidade é uma verdadeira pandemia nos dias de hoje. No Brasil,
43,3% dos adultos estavam com sobrepeso e 13% obesos. A obesidade é um fator
de risco maior para o a Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono
(SAHOS). Há ainda outros fatores de risco igualmente importantes, como a
circunferência do pescoço aumentada, idade elevada, sedentarismo, tabagismo
dentre outros. A SAHOS é o distúrbio do sono mais comum na população em geral,
atingindo 2% das mulheres e 4% dos homens. Essa síndrome é caracterizada por
repetidos episódios de obstrução ao fluxo aéreo, parcial (hipopnéia) ou total (apnéia)
durante o sono. Mas a apnéia não se trata apenas de um problema respiratório. Já
foi demonstrado que ela atinge o indivíduo sistemicamente, gerando hipertensão,
alterando níveis de glicemia, colesterol total, HDL, LDL e triglicérides
Objetivo: Avaliar em pacientes com excesso de peso, a freqüência de sonolência
diurna excessiva, utilizando-se para tal a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), e
a partir daí analisar sua relação com marcadores de risco cardiovascular.
Materiais e Método: Estudo transversal, com 103 mulheres com excesso de peso
(IMC > 25) separados em dois grupos através do resultado da ESE, os com ESE≥
10 e ESE <10.Neles foram avaliados: idade, altura, cintura, quadril, pressão arterial,
glicemia, perfil lipídico, graus de obesidade, HbA1C, e ultra-sonografia de abdômen
superior. Procurou-se variações entre os dois grupos, a partir dessas variáveis.
Resultados: A idade variou de 18 a 78 anos, média 44,53 ± 12,60 anos. Separados
de acordo com pontuação na ESE: ESE ≥ 10, uma idade em média de 45,89±11,41;
ESE < 10, idade média de 44,56±13,02 (p=0,582). O IMC variou de 25,2 a
68,56kg/m², média 34,99 ± 6,97. O grupo ESE ≥ 10: média de 34,63±5,63, sendo, 8
pacientes (17,4%) com Sobrepeso, 19 (41,3%) Obesidade Grau 1, 12 (26,1%)
Obesidade Grau 2 e 7(15,2%) Obesidade Grau 3. ESE <10, a média foi 34,13±5,69;
14 pacientes (25,5%) Sobrepeso, 19 (35,5%) Obesidade Grau 1, 14 (25,5%)
Obesidade Grau 2 e 8(14,5%) Obesidade Grau 3. (p = 0,78). A circunferência do
pescoço variou de 29 a 44 (média: 35,14±3,12).Pacientes com ESE ≥10: média
34,82±2,43; com ESE<10: média 35,0±3,52 (p = 0,342).
Discussão: Ao avaliarmos a glicemia em jejum e a presença de acantose,
percebemos uma tendência a relevância estatística (p=0,07 e 0,08,
respectivamente). Isso permite inferir que se aumentássemos o número da amostra,
poderíamos encontrar resultados estatisticamente significantes, resultados esses
que já encontrados em outros estudos. Em relação a circunferência do pescoço, não
encontramos nenhuma relação estatisticamente significante. Porém apenas
dispúnhamos de um número reduzido dessas circunferências (n=63). Para o
segmento desse projeto devemos avaliar a ampliação do número de pacientes com
as medidas da circunferência do pescoço. A utilização da ESE e de dados clínicos
para a apnéia do sono é de grande importância, de modo que novos trabalhos,
utilizando essa ferramenta, devem ser realizados a fim de reforçar a sua importância
como importante instrumento para sugestão de apnéia do sono.
Palavras-chaves: Apnéia do sono, Escala de Epworth, Obesidade.
Nome aluno(a): MÁRCIO BITTENCOURT BARBOSA MATIAS
Tema:. Fatores de risco em Acidente Vascular Encefálico (AVE) Isquêmico.
Orientador: Prof.° Dr. Antônio Andrade
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O acidente vascular encefálico é uma doença de
grande prevalência e relevância no sistema de saúde pública. O seu acometimento é
uma das principais causas de mortalidade e invalidez dos países industrializados. O
presente estudo pretende demonstrar através de uma revisão de literatura de artigos
científicos e livros textos sobre o tema a prevalência dos fatores de riscos no
acidente vascular cerebral isquêmico. Dessa forma, verificar a importância dos
fatores de risco do AVC isquêmico na morbi-mortalidade dessa doença.
MÉTODOS: O presente trabalho de conclusão de curso será realizado com
embasamento de artigos científicos e livro textos. Inicialmente foram préselecionados artigos que abordem os fatores de risco do AVC isquêmico na última
década (2000 – 2010). Os quais são: idade, sexo, raça (cor), histórico familiar,
hipertensão arterial, fibrilação arterial, diabetes, tabagismo, dislipidemia e obesidade
DISCUSSÃO E RESULTADOS: Observou-se que esses fatores se mantêm
prevalentes em distintas populações de estudos, corroborando com o que é
afirmado na literatura científica mundial. Dentre todos os fatores de risco analisados
a Hipertensão arterial Sistêmica foi o mais citado, o mais relevante e o que mais
contribui para o início da história natural do AVC isquêmico. Os fatores de risco
foram analisados separados para que possam ser avaliados minuciosamente sendo
abordado em seus aspectos mais pertinentes na contribuição da gênese do AVC
isquêmico no paciente.
CONCLUSÃO: Foi observado que a melhor conduta é enfatizar a promoção de
estilos de vida saudáveis, controles periódicos e tratamento adequado de
hipertensão e demais fatores de risco, são essenciais para diminuir a incidência de
AVE.
Palavras-chaves: Acidente vascular encefálico isquêmico; Fatores de risco;
hipertensão
arterial
Nome aluno(a): JOÃO OLIVEIRA SANTOS JUNIOR
Tema:Impacto da infecção por Citomegalovírus em pacientes transplantados
renais.
Orientador: Prof.° MSc Sócrates Bezerra de Matos
RESUMO
Com o envelhecimento da população as doenças crônicas têm aumentado em
prevalência. Especial atenção deve ser dada a doença renal crônica, pois seu
tratamento é um dos mais onerosos para o sistema único de saúde. A insuficiência
renal crônica (estagio final desta doença) quase sempre requer o transplante
renal, o qual tem seu sucesso atrelado à terapia imunossupressora. Esta por sua
vez pode predispor a infecções com potencial para a rejeição do órgão
transplantado. O CMV é reconhecidamente um dos patógenos mais temidos no
que se refere às complicações no período pós-transplante renal. A infecção pelo
CMV gera grande impacto no indivíduo transplantado renal pelo seu potencial em
gerar grandes complicações podendo levar, até mesmo, à rejeição do órgão
transplantado. Conhecer o potencial do CMV em gerar complicações no indivíduo
que recebe transplante de rim é de grande importância, visto que este
entendimento poderá fornecer subsídios para adoção de medidas preventivas e,
com isso, a redução do impacto dessa infecção nos receptores do enxerto.
Para este fim foi realizada uma revisão da literatura que aborda as complicações
pós-transplante relacionadas à infecção pelo CMV. Esses trabalhos foram
selecionados por um revisor em pesquisas on-line, nos seguintes bancos de
dados: LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e SciELO. Vários estudos
têm demonstrado que há comprometimento CMV-dependente de diferentes
naturezas e em diferentes órgãos, não somente no órgão transplantado, que
acabam por levar a complicações que não raramente provocam a rejeição do
enxerto e até mesmo a morte do paciente.
Palavras-chaves:
imunopatogenia.
Infecção
pelo
CMV,
rejeição,
transplante
renal,
Nome aluno(a): SAMMER VICTOR DE ALMEIDA
Tema:. Possível efeito preventivo do Zinco na doença Arterosclerótica em
humanos: Uma Revisão
Orientador: Dr. Luiz Erlon Araújo Rodrigues
RESUMO
A aterosclerose apresenta-se como um problema de distribuição mundial,
contribuindo seriamente para morbidade e mortalidade, principalmente no
ocidente, onde é responsável por aproximadamente 50% das mortes. O
desenvolvimento da aterosclerose envolve vários eventos, incluindo disfunção do
endotélio vascular, oxidação de lipídios, formação de células espumosas,
proliferação e migração de células musculares lisas e degeneração da parede das
artérias. Acredita-se que os gastos diretos e indiretos com a aterosclerose sejam
incalculáveis, entretanto, só na Europa estima-se em torno de € 169 bilhões e no
Brasil um montante próximo a $ 49 bilhões. Em busca de uma cura ou da
prevenção, a ciência procura um entendimento pleno dos fatores relacionados à
aterosclerose. É sabido pela comunidade cientifica que aterosclerose está
intimamente ligada ao processo inflamatório crônico, sendo por isso o zinco
pesquisado como possível preventor da aterosclerose. O zinco é um componente
essencial de biomembranas, sendo de suma importancia para a manutenção da
conformação estrutural da membrana. Há evidências de que o zinco pode oferecer
propriedades antiaterogênicas, evitando transtornos fisiológicos e metabólicos do
endotélio vasculares. O zinco parece ser crucial para a proteção contra agentes de
células de desestabilização, como lipídios poliinsaturados e citocinas inflamatórias,
também pode ser importante interferindo com as vias de sinalização envolvidas na
apoptose. Foram comparados dez artigos de diferentes nacionalidades. Conclui-se
que o zinco possui uma importante função antiinflamatória e antioxidante,
entretanto não foi possível afirmar o seu efeito preventor nas doenças
aterosclerótica.
Objetivo: Avaliar um possível efeito preventivo do zinco na aterosclerose humana.
Delineamento: Estudo de revisão sistemática da literatura cientifica dos últimos
20 anos.
Palavras chaves: zinco e aterosclerose.
Nome aluno(a): FÁBIO LIBERATO MARTINI
Tema: Anticoagulação em Fibrilação Atrial: Aplicação do Critério CHA2DS2-VASC
Orientador: Prof. Dr. Luiz Agnaldo Souza
RESUMO
Introdução: Fibrilação atrial é a arritmia mais comum na prática clínica e esta
intimamente relacionada com risco de desenvolvimento de AVC isquêmico.
Terapia preventiva com anticoagulação oral é clinicamente eficaz na prevenção de
doença cerebrovascular isquêmica, porém seu uso apresenta risco de
sangramentos. Faz necessário avaliar o risco de AVC e o risco hemorrágico para
obter o melhor resultado possível com o mínimo de complicações. O score
CHADS2 é uma ferramenta útil que pode ajudar na indicação de terapia
antitrombótica, porém viu-se que o mesmo precisava de atualização, então foi
criado o novo score o CHA2DS2-VASC.
Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica acerca desse novo score, avaliando
as mudanças realizadas e suas implicações.
Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas principais bibliotecas médicas virtuais,
utilizando como palavras chave: fatores de risco para AVC, anticoagulação oral,
fibrilação atrial, CHADS2 e suas respectivas traduções para língua inglesa. Foram
incluídos: artigos originais, nos idioma português, inglês e espanhol com data de
publicação posterior a 1990, considerados relevantes para o trabalho.
Resultados: Foram selecionados 15 artigos que preencheram os critérios de
inclusão e foram considerados úteis para o trabalho.
Conclusão: Conclui-se que as modificações implantadas para criação do novo
sistema de pontuações CHA2DS2-VASC, melhoraram a sensibilidade do método
para detecção de pacientes em risco. Consequentemente evitando que indivíduos,
anteriormente considerados como de baixo risco, não se beneficiem com a terapia
antitrombótica.
Palavras chave: Fibrilação atrial, anticoagulação oral, AVC, CHADS2, CHA2DS2VASC.
Nome aluno(a): FELIPE OLIVEIRA COSTA
Tema:. Associação entre Transtornos Mentais e Enxaqueca
Orientador: Prof. Dr. Frederico Figueirôa
RESUMO
Introdução: A enxaqueca é, isoladamente, uma afecção de âmbito global, com
uma epidemiologia que traz consigo números importantes da doença. Trata-se de
uma cefaléia que atinge predominantemente mulheres, sendo a sua etiologia e
seu mecanismo ainda incertos, apesar de algumas hipóteses associarem a
patologia a uma integração complexa, envolvendo o sistema nervoso central e
periférico (mecanismo trigeminovascular). Os transtornos mentais apresentam-se
como um grupo de patologias cuja prevalência é significantemente elevada,
podendo chegar a quase um terço de determinadas populações. Os transtornos
ansiosos compõem-se pela percepção da emoção – considerando-se a emoção
como manifestação física autonômica e neuroendócrina de estímulos externos – e
do sentimento – a percepção posterior da resposta (emoção) – de maneira
patológica. A depressão, assim como a cefaléia, foi descrita em textos antigos. Da
mesma forma, ainda se busca uma compreensão mais ampla de sua origem,
sabendo-se que o surgimento, manutenção e recorrência de episódios
depressivos são multifatoriais. Já é sabido que a dor crônica associa-se, em
muitos casos, com o surgimento de transtornos psiquiátricos, principalmente
ansiosos e depressivos, uma vez que diversos estudos em clínicas para a dor
comprovam tal associação. Entretanto, são escassos os trabalhos que quantificam
e qualificam a presença de enxaqueca em pacientes com diagnóstico prévio de
transtorno mental. Objetivos: A finalidade deste trabalho foi investigar a
prevalência da enxaqueca em pacientes com transtornos mentais diagnosticados
em um ambulatório de psiquiatria, na cidade de Salvador, Bahia, além de,
secundariamente, qualificar essa patologia. Além disso, foram observados dados
acerca da cefaléia, no geral, e informações demográficas dos indivíduos.
Metodologia: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de transtorno
psiquiátricos, sintomáticos, para aplicação de questionários com intuito de
diagnosticar e qualificar, em segunda ordem, a cefaléia (com ou sem aura), de
acordo com a International Headache Society (IHS). Os indivíduos tiveram o
diagnóstico do transtorno através de uma psiquiatra, no ambulatório de psiquiatria
da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia – Instituto do Cérebro, em
atendimentos da gratuidade e particulares em Salvador, Bahia. Também foi
aplicado um questionário sócio-econômico, a fim de conhecer o padrão da
população estudada. Posteriormente, os dados foram analisados no SPSS 17.0
para Windows, através de recursos estatísticos (freqüência e chi-quadrado).
Resultados: Foram questionados 23 pacientes, sendo que, destes, 13 afirmaram
ter cefaléia, enquanto os demais (10) negaram. Quanto à freqüência dos
transtornos psiquiátricos, a maior parte dos pacientes sofria de um quadro de
ansiedade (56,5%), enquanto apenas 26,1% recebeu o diagnóstico de depressão.
Quatro pacientes tiveram outros transtornos. A média de idade no grupo “com
cefaléia” foi de 42 ± 12,45, havendo predominância do gênero feminino (82,6%).
Dos pacientes que relataram cefaléia, 61,5% encaixou-se no diagnóstico de
enxaqueca, sendo, destes, 37,5% com aura. A associação entre enxaqueca e
ansiedade não foi estatisticamente significante (p = 0,16) Conclusão: Houve uma
concordância da epidemiologia dentro da população estudada e os dados
encontrados na literatura, principalmente no que concerne à freqüência do sexo
feminino. Quanto à análise de subgrupos, esta ficou prejudicada devido ao número
limitado de indivíduos pesquisados.
Palavras-chave:
Enxaqueca. Transtornos mentais. Cefaléia. Prevalência.
Ansiedade
Nome aluno(a): ANTONIO MOREIRA SANTOS
Tema:. Aspectos Clínico-Epidemiológico dos maus tratos contra Crianças e
Adolescentes.
Orientador: Dra. Célia Maria Stolze Silvany
RESUMO
Introdução: A violência contra crianças e adolescentes ainda persiste como um
problema de saúde grave em nossa sociedade e pouco se sabe sobre o impacto
dessa violência na vida dessas crianças. Esta violência está presente em
praticamente todos os lugares e se apresenta basicamente de 5 formas: o abuso
físico, abuso sexual, maus tratos psicológicos, negligência e síndrome de
Münchausen por procuração. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo
estudar as características epidemiológicas e os fatores associados à ocorrência de
maus tratos (MT) contra crianças e adolescentes internados em um hospital
pediátrico. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo de corte transversal,
de morbidade hospitalar, que buscou identificar a freqüência de MT entre os
pacientes internados para tratamento clínico ou cirúrgico no Hospital da Criança das
Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em Salvador, Bahia, no período de março de 2006
a março de 2010. A identificação dos casos foi realizada através das fichas de
notificação de MT e da análise dos respectivos prontuários, valorizando os sinais de
alerta para a ocorrência de MT contidos na história clínica, história psicossocial e
exame físico da criança. O grupo de estudo compreendeu crianças e adolescentes,
de ambos os sexos, com idades entre 0 e 17 anos, internados nas enfermarias e
unidades de tratamento intensivo ou semi-intensivo do Hospital. A coleta de dados
contou com a utilização de um protocolo de pesquisa submetido à pré-teste para
avaliação de sua qualidade. Além da caracterização da população do estudo,
estimaram-se Indicadores Epidemiológicos para a ocorrência de MT tais como
Prevalência de pacientes admitidos em conseqüência de MT, Distribuição Percentual
dos diversos tipos de MT, Distribuição Percentual de MT por Idade, Prevalência de
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre crianças e adolescentes
submetidos a MT e Taxa de Letalidade associada aos MT. Resultados: Foram
analisados 65 prontuários e fichas de notificação. As vítimas de maus tratos foram
distribuídas por idade, conforme tipo de abuso sofrido, encaminhamento para órgão
público, entre outros. A partir daí foram analisadas as características principais e os
fatores associados referentes à violência contra as crianças e adolescentes.
Conclusão: Esse estudo demonstra que é preocupante o problema da violência
contra a criança e o adolescente no nosso meio, contribuindo significativamente para
as internações hospitalares como causa primária ou por co-morbidades. Dessa
forma, os maus tratos (MT) devem integrar o cotidiano do raciocínio clínico em
qualquer nível de atenção à saúde.
Palavras-chave: Maus tratos – Pediatria – Violência – Fatores associados
Nome aluno(a): LARISSA SANTANA BITENCOURT
Tema:. Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos á cirurgia valvar em
Centro de Referência Público de Salvador – Ba
Orientador: André Maurício Souza Fernandes
RESUMO
Embora a doença cardíaca valvular seja menos comum em países industrializados
do que a doença coronariana, insuficiência cardíaca, ou hipertensão arterial,
orientações são de interesse neste campo por vários motivos, dentre eles, o
acometimento de indivíduos em idade laboralmente produtiva. Por outro lado, a
doença reumática continua a ser um problema de saúde pública nos países em
desenvolvimento. No Brasil, a doença reumática é uma das doenças com maior
custo para o sistema de saúde.
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia
valvar em centro de referência público da cidade de Salvador, no estado da Bahia.
Métodos: Estudo de corte transversal descritivo de prevalência, no qual foram
analisados retrospectivamente dados como sexo, procedência, idade, duração de
internamento, etiologia, presença de comorbidades, número de óbitos, dados
ecocardiográficos, as principais válvulas acometidas, a respectiva valvulopatia, o
tipo de cirurgia a qual o paciente foi submetido e o tipo de prótese utilizada em
casos de trocas, através da revisão de 218 prontuários médicos, de todos os
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca de troca ou plastia valvar, no período de
janeiro de 2007 a dezembro de 2008, em um centro de referência público.
Resultados: 52,8% dos pacientes eram do sexo masculino e 47,2% do sexo
feminino. A idade variou de 05 a 82 anos, com média de 40,47 ± 18,42. 40,4% dos
pacientes eram procedentes da capital, enquanto que 59,6% eram de cidades do
interior. A doença reumática foi a principal causa. A taxa de óbito foi de 12,4%.
74,77% dos pacientes foram submetidos à troca de válvula, 4,13% realizaram
apenas plastia valvar e 17,89% realizaram tanto plastia quanto troca. 70,62% dos
pacientes submetidos á troca valvar usaram bioprótese e 29,38% usaram do tipo
metálica.
Conclusão: Próteses biológicas são preferencialmente usadas em indivíduos
jovens. A maioria dos pacientes são submetidos à cirurgia tardiamente, resultando
em uma elevada taxa de óbito.
Palavras chaves: Doença valvar, febre reumática, cirurgia valvar e prevalência.
Nome aluno(a): BRUNO FRAGA FREITAS
Tema: Avaliação da qualidade de vida em renais crônicos hemodialisados.
Orientador: Prof.ª Maria de Nazaré M.Requião
RESUMO
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) dialítica se revela como umas das
doenças crônicas que mais afetam a qualidade de vida (QV) de seus pacientes,
devido a sua evolução progressiva e na maioria das vezes sem uma resolução
imediata, comprometendo a QV desses indivíduos através das restrições físicas e
sociais impostas com o tratamento. Objetivo: Avaliar os recentes estudos sobre a
qualidade de vida nos pacientes com DRC em hemodiálise, segundo a idade e o
sexo. Métodos: Foram incluídos artigos publicados de 2000 a 2010, sendo o
LILACS/MEDLINE/SCIELO como o banco de dados pesquisado, além das revistas
da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Resultados: Foram utilizados 6 artigos que
relacionavam a idade e/ou sexo com os diversos domínios do questionário de
qualidade de vida(Medical Outcomes Study Questionaire 36-Item Short Form
Health Survey ,SF-36 ) buscando diferenças significativas entre essas variáveis.
Conclusão: Em relação aos fatores analisados, a idade apresentou correlação
negativa com a qualidade de vida, principalmente em relação aos domínios
capacidade funcional e aspectos físicos. Porém, não foi possível chegar a um
consenso em relação à variável sexo, devido às divergências entre os autores.
Palavras-chave: Hemodiálise, Qualidade de Vida, Idade e Sexo.
Nome aluno(a): FRANCIELLE GOMES VIANA
Tema: Análise dos domínios dos questionários de qualidade de vida em pacientes
portadores de DPOC: revisão de literatura
Orientador: Profª IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA
RESUMO
Segundo a Organização Mundial de Saúde/OMS, Saúde é um estado de completo
bem-estar físico, mental e social; não consistindo somente da ausência de uma
doença ou enfermidade. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma
doença crônica e incapacitante que pode levar o paciente à dependência física e
psicológica, com conseqüências econômicas. Inúmeros avanços têm-se
alcançado através de tratamentos capazes de prolongar a vida do paciente.
Entretanto, apesar de haver um aumento quantitativo da sobrevida dos doentes,
nem sempre há a promoção e conseqüente garantia da recuperação de seu bem
estar físico, emocional e social. Tratando especificamente do DPOC, os
questionários de qualidade de vida vêm sendo apontados como os instrumentos
mais indicados na sua avaliação. Para a confecção deste trabalho foi utilizado o
questionário de QV específico Saint George (SGRQ). Trata-se de um questionário
auto-aplicável, constando de 76 itens, ocorrendo em três domínios: sintoma,
atividade e impacto. Como instrumento genérico a ser abordado no estudo, foi
utilizado o questionário Short Form-36 version of the Medical Outcomes Study
(SF-36). É auto-administrável, multidimensional e formado por 36 itens, que
englobam itens 8 domínios. Através da análise comparativa dos domínios dos
questionários de qualidade de vida aplicados aos pacientes portadores de Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica, pretendeu-se verificar se há mudanças na postura
do médico em relação à adoção de novas práticas terapêuticas. O objetivo deste
trabalho consistiu em analisar os domínios de um questionário específico de
qualidade de vida de pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica em comparação a um questionário geral de qualidade de vida. A presente
pesquisa é uma revisão não sistemática. Envolveu a revisão de literatura em que
foi possível identificar os estudos que avaliaram os domínios dos questionários de
QV em pacientes com DPOC. Através do levantamento bibliográfico de periódicos
indexados nos sistemas MEDLINE, LILACS, SCIELO, foram encontrados estudos
publicados nos últimos 20 anos. Kawakami et al. avaliaram a existência de fatores
de comorbidades na qualidade de vida dos pneumopatas. A maioria dos
pacientes, com mais de três comorbidades, apresentaram pior estado geral de
saúde e menor vitalidade que os pacientes sem doenças associadas à DPOC,
sugerindo o impacto negativo exercido na QV. Levando-se em consideração que a
descrição do tratamento do paciente com DPOC na maioria das situações ocorre
promovendo a sobrevida, o que nem sempre é respaldado pela garantia de
qualidade de vida, têm-se a importância do questionário geral por apresentar
características adicionais ao que é verificado no questionário específico, como a
avaliação do impacto da doença respiratória em relação a aspectos mais
abrangentes, como a saúde mental, aspectos sociais, bem estar geral dos
indivíduos, a detecção de comorbidades comuns em pneumopatas. A descoberta
desse último fator contribui na adoção de práticas intervencionistas pela equipe
multidisciplinar e são capazes de assegurar melhorias na qualidade de vida,
valorizando mais os pacientes e menos a doença.
Palavras-chaves: qualidade de vida, doença pulmonar obstrutiva crônica,
instrumentos de qualidade de vida, questionários gerais e específicos de
qualidade de vida
Nome aluno(a): CARLA MARIA BATISTA FERREIRA
Tema: Variabilidade da hemoglobina nos pacientes em hemodiálise crônica em
uso de Eritropoetina Alfa: Associação com mudança Terapêutica e Intercorrências
Clínicas
Orientador: Profª Drª Elise Schaer Carvalho dos Santos.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A anemia é uma complicação importante da doença renal crônica
(DRC) e reflete principalmente a combinação de produção insuficiente de
eritropoetina (EPO) e deficiência de ferro. Os medicamentos estimuladores de
eritropoese utilizados atualmente no seu tratamento acabam causando flutuações
nos níveis de hemoglobina (Hb), na forma de ciclagens e excursões, que podem
estar associadas com diversas intercorrências clínicas. OBJETIVO: Esse estudo
tem como objetivo verificar se há associação entre o fenômeno da variabilidade da
Hb (VHb) em pacientes em hemodiálise em uso de eritropoetina alfa e fatores
demográficos e clínicos. METODOLOGIA: Realizou-se estudo de série de casos
em 219 pacientes que estavam em hemodiálise regular, no período de 01/11/2008
a 31/10/2009, em que se descreveu a Vhb através de taxas de flutuação,
identificando ciclos e excursões. Teste paramétrico qui-quadrado e teste de
Kruskal Wallis foram utilizados para determinar a relação entre a VHb e eventos
clínicos e a mudança terapêutica. RESULTADOS: Experimentaram pelo menos
uma excursão, 183 (83,56%) pacientes e 106 (48,4%) apresentaram pelo menos
uma ciclagem de Hb. Mudanças nas doses da eritropoetina alfa, presença de
infecções, sangramentos e hospitalizações e número de dias internados foram as
variáveis que tiveram associação estatisticamente significante. DISCUSSÃO E
CONCLUSÃO: O fenômeno da variabilidade de Hb na forma de ciclagens e
excursões é um evento comum nos pacientes em hemodiálise em uso de
eritropoetina alfa. Foi visto que ele é resultado de práticas no tratamento da
anemia com os MEEs e, portanto, o conceito de tratamento ideal deve ser revisto
e os guias atuais de tratamento também. A associação encontrada com eventos
clínicos ressalta a importância da identificação dos fatores desencadeantes e
conseqüências das flutuações de Hb, o que não foi possível nesse estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Variabilidade da hemoglobina. Ciclagens e excursões de
Hemoglobina. Eritropoetina alfa. Doença renal crônica.
Nome aluno(a): BRUNA BITTENCOURT AGUIAR CUNHA
Tema: Avaliação do Leucograma, no momento da admissão de pacientes com
leptospirose, hospitalizados em Hospital de referência de Salvador-Ba
Orientador: Prof. Dr. Edilson Sacramento da Silva
RESUMO
A leptospirose é considerada a antropozoonose mais difundida em todo o mundo e
é responsável pela morte de um grande número de adultos jovens, com sérias
repercussões econômicas para as famílias e para a sociedade. Ainda nos dias de
hoje, o Brasil vem convivendo com surtos de leptospirose, apresentando-se,
muitas vezes, como doença de Weil, responsável pela grande maioria dos casos
letais da doença. Dessa forma, é importante se determinar quais são os fatores
prognósticos que estão relacionados com o óbito em tal patologia, para possibilitar
o manejo ativo e cuidadoso dos pacientes graves e com alto risco de morte.
Assim, o presente estudo teve o objetivo de descrever a prevalência das
alterações encontradas no leucograma de pacientes com leptospirose, nas
primeiras 24 horas de admissão hospitalar. Teve-se também o objetivo de estimar
associações entre os achados no leucograma e o evento final do internamento
(alta ou óbito). Para realização do presente estudo, foram avaliados 252 pacientes
que preencheram os critérios para diagnóstico de leptospirose e que foram
internados, no período de março de 1998 a junho de 1999, no Hospital Couto
Maia, localizado na cidade de Salvador-BA. O estudo possui um componente
descritivo e outro analítico. Na amostra estudada, a letalidade hospitalar da
leptospirose foi de 9,10%. A contagem de leucócitos variou de 5400 a 42900
leucócitos/mm³, sendo que 86,5% dos pacientes apresentaram leucocitose. A
associação entre o número de leucócitos e a letalidade não se mostrou
estatisticamente significante. Com relação à contagem diferencial das células do
leucograma (metamielócitos, bastões, segmentados e linfócitos), apenas o número
de bastões estava associado de forma estatisticamente significante ao evento final
óbito (p=0,01). Porém, tal relação, quando ajustada para idade, através da
regressão logística, não continuou estatisticamente significante (p=0,058), não se
configurando, então, como um fator de risco independente para óbito na
leptospirose. Também foi definido que idade superior a 32 anos (p=0,000) e
plaquetopenia (p=0,025) são fatores de risco independentes para o óbito na
leptospirose. Apesar dos resultados encontrados já possibilitarem ao médico a
realização de uma avaliação inicial da gravidade e do prognóstico do paciente com
leptospirose, apenas com a análise do leucograma e da contagem de plaquetas, é
ainda necessária a condução de outros estudos, na mesma localização deste
trabalho, com o objetivo de avaliar se outros fatores prognósticos para tal
patologia, já citados em literatura mundial, são condizentes com o quadro
evolutivo dos pacientes locais. A definição dos fatores prognósticos locais é de
extrema importância pela variação da apresentação clínica da leptospirose em
diferentes áreas geográficas e por tal doença ainda permanecer em nosso meio
com uma alta incidência e letalidade, configurando-se como um grande problema
de saúde pública.
Palavras-chaves: leptospirose, leucograma, fatores prognósticos, fatores de
risco, óbito.
Nome aluno(a): ISABELLA FRANCO DAVID DE SOUZA
Tema: O Estado atual da Herniorrafia Ventral Laparoscópica
Orientador: Prof. Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger
RESUMO
Introdução: As hérnias ventrais são protrusões que ocorrem próximo ou ao longo
da linha de sutura, em cerca de 3 a 5 anos da intervenção cirúrgica inicial. O
reparo herniário é um procedimento cirúrgico muito comum, e evoluiu
significativamente, em especial com a hernioplastia ventral laparoscópica. Esta foi
amplamente difundida a partir da década de 90, e surgiu como alternativa para
diminuir as altas taxas de recidiva do reparo tradicional, embora ambos utilizem os
mesmos princípios: uma tela sintética. Os objetivos deste trabalho são a descrição
da hernioplastia laparoscópica na atualidade e sua comparação com a
laparotomia, no que tange às suas vantagens e desvantagens. Métodos: Será
realizada uma revisão sistemática da literatura, com busca de artigos originais, de
1993 a 2010, nas bases de dados PUBMED, MEDLINE e LILACS. Resultados:
Quando comparada à laparotomia, a laparoscopia mostrou grandes vantagens,
como melhor visualização do defeito herniário, redução do tempo de internação
hospitalar e retorno mais rápido às atividades cotidianas. Além disso, apresentou
menores taxas de complicações, sendo as mais frequentes: seroma, íleo e
enterotomia. Como desvantagens, há o maior tempo operatório requerido e,
consequentemente, um aumento no custo total do procedimento. Conclusão: a
laparoscopia, no reparo de hérnias ventrais, apresentou menor incidência de
complicações, em relação à cirurgia convencional, embora ambas tenham taxas
de dor e recidiva semelhantes. No entanto, há necessidade de mais estudos, a fim
de definir a melhor técnica para o reparo herniário.
Palavras-chave: Hérnia ventral Recorrência - Complicações
Reparo herniário
-
Laparoscopia
-
Nome aluno(a): VICTOR HUGO NUNES BLOHEM
Tema: Prevalência de anemia em idosos institucionalizados em uma Unidade
Gerontológica em Salvador- Ba
Orientador: Dra. Josecy Maria de Souza Peixoto
RESUMO
Introdução: A anemia é uma síndrome clínica comum em idosos, tendo sido foco
de atenção cada vez maior nos últimos anos, como mostra o número crescente de
publicações sobre o assunto. Consiste no distúrbio hematológico mais prevalente
em idosos, tende a ter uma origem multifatorial e geralmente está associada a
uma combinação de condições médicas crônicas. A apresentação clínica da
anemia em idosos geralmente é complexa e seus sintomas, insidiosos e
inespecíficos. A investigação clínica de anemia em idosos envolve a determinação
de sua presença, a sua classificação e a identificação das causas subjacentes.
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo determinar a prevalência de
anemia em idosos institucionalizados no Centro Geriátrico Júlia Magalhães,
pertencente às Obras Sociais Irmã Dulce, além de descrevê-la em termos de
sexo, idade, morfologia das células vermelhas e doenças coexistentes.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de morbidade (prevalência),
realizado no segundo semestre de 2010, a partir de uma análise de prontuários
feita com o auxílio de uma ficha protocolo previamente submetida a pré-teste para
avaliação de sua qualidade. Foram incluídos no estudo todos os pacientes
institucionalizados na enfermaria Nossa Senhora de Lourdes, sendo excluídos
pacientes que não tinham dados suficientes no prontuário ou que se negaram a
participar. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Resultados: Foram
analisados 60 prontuários. Os pacientes foram distribuídos em grupos em relação
à presença ou não de anemia, ao sexo (masculino ou feminino), à faixa etária (6684 ou ≥ 85 anos), à morfologia das células vermelhas (normocítica, microcíticahipocrômica ou macrocítica) e a doenças coexistentes. A partir dessa divisão, foi
realizada uma análise que a prevalência de anemia na amostra e suas relações
com os demais aspectos. Conclusões: Há uma tendência maior à existência de
anemia em idosos institucionalizados, principalmente nos pacientes mais idosos. A
característica morfológica mais prevalente nos pacientes desse estudo foi a
normocítica. As doenças que apresentaram maior associação com anemia nesse
estudo foram as anormalidades do trato gastrointestinal e infecções de repetição.
Dessa forma, o trabalho contribui para mostrar a importância de haver cuidado e
atenção maiores por parte de médicos e outros profissionais de saúde em
diagnosticar e tratar a anemia nesse grupo de pacientes, a fim de que possam ter
menos desfechos adversos e uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Anemia; idosos; institucionalizados.
Nome aluno(a): NAYRA FUNATO MENEZES
Tema: 50 anos da pílula contraceptiva: Relação do uso de anticoncepcionais orais
e o risco de trombose venosa profunda.
Orientador: Profa. Dra. Márcia Neves de Carvalho
RESUMO
Introdução: O anticoncepcional oral (ACO) é o método contraceptivo mais usado
no mundo. Pode ser combinado, contendo estrogênio e progestogênio, ou
constituído somente por progestogênio. Há efeitos colaterais graves associados
ao uso dos ACOs, como a trombose venosa profunda (TVP). A formação do
trombo pode ser decorrente de um estado de hipercoagulabilidade do sangue,
causado pela influência dos tipos de contraceptivos orais utilizados, tornando o
sangue mais susceptível à coagulação. As chances de ocorrência de TVP são
maiores no primeiro ano de uso do ACO combinado. Esse efeito de aumento de
risco é reversível, retornando ao risco basal, semelhante ao de não usuárias, por
volta de 4 a 6 semanas após a descontinuação do uso do ACO. Objetivo: Analisar
a relação entre o uso de anticoncepcionais orais e o risco de TVP. Metodologia:
Trata-se de uma revisão não-sistemática da literatura. Foram pesquisados no
banco de dados da Bireme, Scorpus e LILACS estudos que avaliavam os efeitos
dos contraceptivos orais sobre a hemostasia. Resultados: Foram encontrados
381 artigos, destes cinco foram selecionados por se enquadrarem nos critérios de
inclusão e por estarem diretamente relacionados ao tema. Foram selecionados
mais três artigos a partir das referências bibliográficas, resultando em 8 estudos
analisados. Todos os estudos evidenciaram a ação pró-coagulante dos ACOs
sobre o sistema hemostático, que podem aumentar o risco de TVP, segundo os
parâmetros avaliados. No entanto, alguns estudos demonstraram que os
contraceptivos orais também influenciam a atividade fibrinolítica, resultando no
equilíbrio hemostático. Conclusão: Os ACOs aumentam a atividade prócoagulante da hemostasia. Dosagens elevadas de estrogênio (superior ou igual a
50µg) aumentam o risco de fenômenos tromboembólicos, enquanto que dosagens
menores (15-20µg) oferecem menor risco. Os progestágenos com maior potência
androgênica associados ao etinilestradiol, acarretam a menor chance de TVP.
Portanto, a influência dos ACOs no desenvolvimento de TVP está relacionada à
dosagem do estrogênio e ao tipo de progestágeno utilizados.
Palavras-chave: anticoncepcionais orais, trombose venosa profunda, hemostasia.