Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 480
Montalegre, 15.10.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Política Municipal vista de fora
Um trabalho sobre as eleições com análise mais
a nível local. E a conclusão é que: o povo (barrosão)
é social democrata.
P5
Noticias de
Eleições para a
Assembleia da República
CURRENTE CALAMO
Manuel Verdelho, ilustre causídico com escritório em Chaves, no seu jeito de escrever, só
próprio dos mais dotados nest’arte, arrasa as praxes
e seus seguidores. Em Coimbra, à boa maneira transmontana “teve de pegar o touro pelos cornos” mas
levou de vencida os praxistas. Não só pelo estilo,
mas sobretudo pelas histórias que nos conta, vale a
pena conhecer.
P5
POLITICAMENTE FALANDO
Domingos Chaves faz uma análise exaustiva dos
resultados das eleições e augura que a política em
Portugal terá de mudar face às forças partidárias com
assento na Assembleia da República. A não perder.
P7
O berço da Humanidade e o cartel da droga
O investigador de Cabrilho está de volta ao
Notícias de Barroso, desta feita, não com mais um
texto de pesquisa mas antes com um conto de humor (quem diria?) e que serve para dispor bem e
levantar a auto estima, como hoje soe dizer-se.
P9
A debandada da juventude
«As causas do afastamento da juventude da
Igreja são muitas. Temos, antes de mais, a componente cultural. Hoje, os jovens crescem num ambiente social que desvaloriza a vivência da religião
e da fé, esquece a interioridade e a espiritualidade,
promove um estilo de vida individualista e hedonista, desvaloriza a fidelidade aos compromissos e a
vivência de um ideal. (E)Temos a componente familiar....» Pe Victor Pereira
P11
DESPORTO
O CDC Montalegre foi (injustamente) eliminado
da Taça de Portugal, nos Açores, mas, no Campeonato Distrital de Honra da AF Vila Real é líder incontestado e com um jogo em atraso.
O Vilar de Perdizes está com um bom começo
de campeonato ao contrário do GD de Salto.
O Pisões Carp Classic decorreu bem e os promotores revelaram a sua satisfação e enalteceram a
barragem dos Pisões como um dos melhores sítios
do mundo para a prática da modalidade.
P15
Muito se tem falado das eleições
e o Notícias de Barroso da parte
dos seus ilustres colaboradores
também dá azo aos comentários
mais diversos.
Na P4 publicam-se dois
mapas, um com os resultados por
Freguesias e União de Freguesias e
outro com os resultados por Mesas
de Voto e um comentário sucinto
do Director do jornal.
Na P5, O Dr Manuel Ramos
faz a sua análise mais focada no
concelho de Montalegre e na P7
Domingos Chaves apresenta uma
análise global, mais aprofundada, e
com diversos cenários que de resto
estão em curso.
ECOMUSEU DE BARROSO
O Ecomuseu de Barroso-Espaço P.e Fontes foi na Assembleia Municipal objecto
de discussão e muita crítica. O deputado Acácio Gonçalves, da coligação “Juntos
por Montalegre”, bem ao seu jeito e com toda a frontalidade, pôs em causa o seu
funcionamento e sobretudo as contas gastas com o pessoal e a promiscuidade entre o
Ecomuseu de Barroso e a Associação - Ecomuseu de Barroso. Ver a P3
Polícia Judiciária investiga a má gestão dos
dinheiros públicos da Câmara de Montalegre
2
Barroso
Noticias de
PARAFITA
Banda Musical com novo Maestro
A Banda Musical de Parafita inicia este ano um novo ciclo com o Maestro
Justino Costa, depois de duas épocas profícuas sob a batuta do maestro Fernando
Moreira a quem agradecemos o bom trabalho e a amizade que criamos, que fica
para a vida.
Justino Silva da Costa, nasceu em Clermont Ferrand - França em 1977. Inicia
os seus estudos musicais na escola de música da Banda Musical de Calvos –
Póvoa de Lanhoso aos 10 anos, e, em 1996 ingressa no exército no Regimento de
Artilharia nº 5, e, em 1998 na Banda da Região Militar do Norte como executante
de Clarinete. Após a conclusão do 30.º curso de formação de sargentos músicos
(2004), esteve colocado na Banda Militar dos Açores até 2009, altura em que
regressou à Banda Militar do Porto. Paralelamente à carreira de músico militar
concluiu o conservatório superior de música de Gaia onde estudou clarinete
com o Professor Saúl Silva. Frequentou inúmeros masterclasses de clarinete e de
direção de orquestra de sopros.
Durante a sua passagem pelos Açores foi docente na escola de música da
banda Nossa Senhora das Neves, Relva, da escola de música Banda Nossa
senhora da Saúde, Arrifes e da Banda Fundação Brasileira, Mosteiros, da qual
também foi maestro 4 anos.
Em 2007 deslocou-se aos Estados Unidos da América com a Banda Fundação
Brasileira, e em 2006 com a Orquestra Ligeira da Câmara Municipal de Ponta
Delgada, da qual foi músico entre 2004-2009. Foi aluno de direção de orquestra
de sopros na Academia Portuguesa De BANDA (APB), e possui a pós-graduação
em direção de orquestra de sopros do ISEIT, PIAGET – Viseu, estando actualmente
a concluir a tese de mestrado.
Assume a direcção artística da Banda Musical de Parafita depois de 5 épocas
na Banda Musical de Calvos - Póvoa de Lanhoso.
Ao novo maestro desejamos os maiores sucessos à frente da Banda de Música
de Parafita
José Luís Pinto janta com familiares e amigos
No passado dia 3, José Luís Pinto, emigrante no Canadá, juntou na sua
casa de Parafita familiares e amigos, os do Golfe em maioria, num amável e são
convívio.
A patuscada, como ele lhe chamou, teve de tudo, bem ao jeito das malhadas
que se faziam antigamente nas nossas aldeias. Só faltou o pipo. Mas, para melhor,
pois que os tempos são outros, designadamente aquela pinga (não do Pipo) com
que honrou os amigos na saudação da entrada.
A mesa esteve bem recheada com várias iguarias de que se destacavam as
“trombetas da morte”, uma espécie de níscaros que o pessoal comeu com muita
reserva, mas o Zé Luís sossegou os mais
relutantes depois de lhes garantir que já
os tinha provado e sem problemas de
qualquer espécie.
A velha casa do Pinto onde
decorreu o repasto não oferece as
melhores condições mas sobrou a boa
vontade do anfitrião no que foi ajudado
pela irmã médica, a residir em Chaves.
As sobremesas deram lugar
ainda à diversão e ali entrou em
força a sueca, jogo tradicional dos
grandes acontecimentos nas casas
dos lavradores e das noites sem fim dos
invernos de Barroso.
Segundo consta, ganharam os melhores, mas o repto ficou lançado e
oportunamente garantido está que a desforra será renhida.
Joe Pinto é CFP Certified Financial Planner, na cidade de Toronto, província
de Ontário, no Canadá.
PAREDES DO RIO
Colmada da Casa do Engenho
Ao fim de anos de espera eis que chegou o tão desejado colmo para a
cobertura do Pisão de Paredes do Rio, concelho de Montalegre. Um dia histórico
para quem nunca viu colmar e para quem ainda não esquece os tempos amargos
do passado. Um exemplo de «museu vivo» no seu melhor, assim o define David
Teixeira, vice-presidente da autarquia, incapaz de esconder a emoção pelo desejo
que agora se cumpre.
O embrião desta noticia perde-se nos últimos anos. Porém, a iniciativa
ganhou força, este ano, quando foram realizadas as recriações das malhadas
de centeio. Primeiro no Castelo de Montalegre e depois na Quinta da Veiga. O
envolvimento da população foi aplaudido e daqui saíram os necessários colmos,
transferidos para Paredes de Rio, para serem colocados na cobertura do Pisão.
Falamos de um engenho hídrico que aproveita a força motriz da água canalizada,
funcionando como serra, moinho e pisão de tecidos de lã. Neste caso, a água põe
em funcionamento os malhos que pisavam as teias de lã para fabricar o famoso
burel, a capa dos pastores. In: cm-montalegre
PADROSO
Padroso defendeu bem a “Honra”
A meados do mês de Agosto, realizou-se em Baltar (Galiza) a designada
FESTA POPULAR organizada pelo concelho de que José António Feijóo Alonso
(Zantónio para os amigos) é o seu principal animador. Durante a tarde desse dia
festivo, muitas são as diversões (jogos populares) mas a que atrai mais os curiosos
é o jogo de “puxar a corda” estendida para um e outro lado sobre o ribeiro.
15 de Outubro de 2015
Como castigo das suas fraquezas, os
perdedores quase todos vão mergulhar
nas águas do rio para gáudio dos
mirones. Este ano, o jogo contou com
uma equipa que, ida de Padroso,
no “puxa que puxa”, ganhou aos
concorrentes de Baltar. Padroso que já
foi Honra, em tempos antigos, defendeu
ali bem a sua honra.
Ao outro dia, na vila, os Peraltas
não se cansaram de alardear a sua
brilhante vitória.
CAMBESES DO RIO
Electrodomésticos danificados
Nas noites dos dias 13 e 14, a
corrente eléctrica da cabine da EDP
instalada em Cambeses danificou quase
todos os electrodomésticos da parte
antiga da aldeia. Televisões, frigoríficos,
máquinas de lavar, etc. dum momento
para o outro deixaram de funcionar,
segundo informações prestadas pelo
presidente da Junta de Freguesia, João
Pauo Anjo, devido à corrente emanada
da cabine ser demasiado forte.
As casas situadas ao longo da
rua de acesso à povoação não foram
atingidas pela razão de serem servidas
por outra linha diferente.
PADORNELOS
A morte de Maria Baltazar
Faleceu na Cova da Piedade,
concelho de Almada, Maria Baltazar
que era casada com Avelino Ferreira
de Azevedo. Sendo ela da família
Baltazar, o casal por cá passava as férias
de verão na sua casa de Padornelos.
Nos últimos anos, Maria padecia de
doença prolongada e as vindas às
terras de Barroso não se faziam já com
a regularidade de outrora. O funeral
realizou-se na Cova da Piedade tendo
o seu corpo sido cremado. Dias depois,
o marido Avelino Azevedo veio a
Padornelos cumprir o desejo dela, que
as cinzas fossem depositadas na campa
de seus pais.
BOTICAS – Bobadela
Pe António Diogo Martins
homenageado
CORTEJO CELESTIAL
ADELINA MONTEIRO DIAS
CAPADOR, de 87 anos, solteira,
natural e residente em Morgade,
desta mesma freguesia, faleceu
no Hospital de Chaves, no
passado dia 1 de Outubro.
JOSÉ LOUREIRO, de 89 anos,
casado com Maria Dias Alves
Loureiro, natural e residente
na freguesia de Outeiro, onde
faleceu, no dia 4 de Outubro.
MARIA ROSA CERQUEIRA
DE SOUSA, de 68 anos, casada
com José Rodrigues de Sousa,
natural de Codeçoso, freguesia
de Meixedo e residente em Thiais,
Val de Marne, França, faleceu em
Paris, no dia 2 de Outubro.
ANTÓNIO JOAQUIM LUCAS,
de 88 anos, casado com Joaquina
de Moura, natural da freguesia da
Chã e residente em Waterbury,
CT, EUA, onde faleceu no dia
29 de Agosto, sendo sepultado
no cemitério de Gralhós, desta
freguesia da Chã.
DOMINGOS DIAS TEIXEIRA,
de 88 anos, viúvo de Teresa de
Jesus Lage, natural da freguesia
de Sarraquinhos e residente
em Trumbull, CT, EUA, onde
faleceu no dia 30 de Julho e ficou
sepultado no cemitério de St.
Michael, Stratford.
AURORA DE JESUS GOMES
DE BARROS, de 86 anos, viúva
de Joaquim Martins, natural e
residente em S. Miguel Vilar de
Perdizes, faleceu, no dia 9 de
Outubro.
ANA AFONSO, de 83 anos, viúva
de António Gonçalves, natural e
residente em Parafita, freguesia
de Viade de Baixo, faleceu no
Hospital de Chaves, no dia 13 de
Outubro.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
No dia 29 de Setembro, o povo
da localidade de Bobadela, concelho
de Boticas, prestou uma merecida
homenagem ao Pe Diogo Martins pela razão de deixar de ser pároco naquela
aldeia. Foi um gesto de nobreza dos habitantes de Bobadela que, deste modo,
quiseram agradecer os serviços prestados pelo P.e Diogo durante vários anos.
A cerimónia teve a honrosa presença do vice-presidente da Câmara de Boticas,
Guilhermino Pires.
VALPAÇOS
Ensino superior chegou a este concelho
O concelho de Valpaços está de parabéns por ter conseguido realizar
um sonho - um curso do ensino superior. E de facto já arrancou, no dia 5 de
Outubro, o curso Técnico Superior de Viticultura e Enologia com cerimónia
solene no auditório da Casa do Vinho presidida pelo presidente da Câmara de
Valpaços. Várias entidades se fizeram representar com destaque para o IPB –
Instituto Politécnico de Bragança com o qual a autarquia fez uma parceria. As
aulas, ministradas na Casa do Vinho a 25 alunos inscritos, conferem o diploma
de Técnico Superior Profissional que têm a mesma oferta e vantagens duma
licenciatura.
RIBEIRA DE PENA
Jovem compositor distinguido na Eslovénia
Nuno Costa, de Cerva, foi distinguido em Liubliana, Eslovénia, com o Prémio
de Jovem Compositor da Sociedade Internacional para a Música Contemporânea
nos «World Music Days».
O trabalho “Pater Noster” para coro «a capella» a oito vozes levou o juri a
distinguir pela primeira vez um português neste certame internacional.
Nuno Costa, apesar de muito jovem, 28 anos, tem já um notável currículo, foi
maestro do Coral de Chaves e estuda na Academia Nacional de Santa Cecília, em
Roma.
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
3
Do Castelo da Piconha (Montalegre) a Olivença
Barroso da Fonte
A História de Portugal
constitui uma faceta gratificante
para quem se orgulha de ser
Português e também para os
povos da Lusofonia. Todos
gostamos de conhecer as nossas
raízes. Mas o país que somos
não nasceu de qualquer traçado
retilíneo, maqueta geográfica,
combinação administrativa e
nem sequer desabrochou, ao
mesmo tempo, como uma flor,
de norte a sul ou de nascente a
ponte.
Em 1096 foi ofertado, como
dote de casamento, a D. Teresa
e ao conde D. Henrique, mas
apenas o Condado Portucalense
que se reduzia ao espaço
geográfico, entre os Rios Minho
e Douro. Entre 1096 e 1128 foise alongando para sul e para
nascente, mas só em 24 de Junho
de 1128, com a Batalha de S.
Mamede se alterou o direito
de propriedade, deixando de
pertencer ao Reino da Galiza
para se assumir como reino
independente, o que apenas
aconteceria em 1143 numa
primeira fase e, em 1179, o
reconhecimento internacional.
Nunca foi pacífica a fronteira
entre o Tui e Vila Real de Santo
António. Os marcos algumas
vezes afastados para um lado
e para outro em batalhas que
se foram travando e das quais
a História, nem sempre bem
contada, nos ensinou.
Nessa mesma História há
chavões que nem sempre foram
explicados e que, de longe a
longe, se recordam a pretexto de
vários fatores.
A cidade de Olivença, por
exemplo, sempre teve uma
fortaleça fronteiriça de grande
importância. Aí se celebrou, em
1279, o Tratado de Alcanizes,
entre D. Dinis e D. Fernando
IV de Castela. Era nessa altura
território Português. Em 1668
assinou-se o tratado de Paz,
pondo fim às guerras da
Restauração e mantendo-se as
fronteiras definidas pelo Tratado
de Alacanizes. Em1801 Portugal
cede Olivença à Espanha. Desde
aí, com as invasões francesas
volta a mexer-se no Tratado das
Fronteiras. Ora cá, ora lá, quer a
norte, quer a sul, outros episódios
semelhantes.
O castelo da Piconha,
catalogado por Duarte de
Armas, como sendo Português,
foi vítima do Tratado dos
Limites (1864) e gera «Os
Povos Promíscuos» de Rubiás
a norte, e mantém Olivença na
Espanha, por razões idênticas.
Em 1944 é criado em Lisboa o
Grupo dos Amigos de Olivença
(GAO). Fizeram-se diligências
e, em 1974, um jurisconsulto
espanhol reconhece os direitos
que Portugal tem para reclamar
Olivença que, à Luz do Direito
Internacional e da História, é
Portuguesa.
Desde 19 de Fevereiro de
2005 ganhou espírito de corpo
associativo, no âmbito da História
o Grupo da Piconha, constituído
por onze casais, todos de ligação
às Terras de Barroso. Elegeram
para plataforma funcional o
«Alcaidado da Piconha» que foi
quartel-general do Couto Misto
de Rubiás, tipo «Principado de
Andorra» que teve autonomia e
direitos próprios.
O Grupo dos Amigos da
Piconha e Rubiás, nos dez anos
de existência, com atividade
anualmente
programada e
assumida, tal como consta
do I volume da Alcaidaria do
«Castelo da Piconha – 10 anos»
editado em 240 páginas a cores,
programou para 23 a 25 de
Setembro último, uma visita «aos
Dragões de Olivença». O grupo
foi recebido pelo Comando
do Regimento de Cavalaria 3,
sediado em Estremoz. Seguiuse uma visita guiada às várias
áreas da unidade militar,
nomeadamente aos claustros
do Convento de S. Francisco,
a Biblioteca, o Salão Nobre,
a Parada de Olivença, as
cavalariças e o Palácio Reynolds
(Messe de Oficiais) e assistiuse à cerimónia de homenagem
aos mortos, junto ao respetivo
monumento.
Em 1742 foi extinto o
Regimento de Cavalaria de
Olivença, passando a designarse por Regimento de Dragões de
Olivença. Ainda hoje existe uma
ligação formal entre a unidade
militar de Estremoz e os Dragões
de Olivença. Esta visita de 22
cidadãos nascidos ou ligados ao
extremo norte de Portugal, tem
um simbolismo nacionalista,
tão genuíno como aquele que
os levou a unirem-se e a manter
esta chama da Portugalidade. Cá
e lá e lá e cá respira-se o mesmo
ar, os mesmos usos e costumes,
sentem-se as mesmas nuvens, o
mesmo vento, a mesma chuva
e até os mesmos pássaros se
abastecem de materiais e de
alimentação para fazerem os
ninhos e dar vida aos filhotes.
Ir de Montalegre ao Alentejo
profundo para um encontro
com a História dos quase nove
séculos da fundação de Portugal
e dos 600 anos da existência
da Casa de Bragança (1401)
que nasceu do casamento da
Barrosã, D. Leonor de Alvim,
com D. Nuno Álvares Pereira,
através da Filha D. Brites com D.
Afonso (seu I Duque) representa
uma incursão historiográfica à
idade média. Já nessa altura, seus
devotados obreiros, encurtaram
nas infindas cavalgadas e tiveram
de empreender, entre a sede, em
Chaves (1401) e Vila Viçosa, e
Veiros e a todos os teatros, onde
o dever os chamava. Uma nota
gratificante nesta visita de estudo.
Herdade de Torre de Palma
Quis o acaso que esta
embaixada
de
Barrosões,
fizesse quartel-general, nos
arredores de Monforte, mais
propriamente, na freguesia de
Vaiamonte, perto de Estremoz
e de Olivença, objetivo
primeiro. Aquela que foi a
Herdade de Torre de Palma
tem história identificada, desde
1338 e também a data em que
foi tomada de assalto pelos
trabalhadores, logo após o 25
de Abril de 1974.
Deixando de lado o
calvário que fez dessa herdade
uma unidade hoteleira de
recomendável eleição, direi
que quem ali chega entra
no paraíso. O bom gosto, a
capacidade empreendedora e
a fé em melhores dias, levaram
a administração da referida
herdade a concretizar um
sonho que muitos gostariam de
ter. Espaço quanto se queira,
dentro e fora dos quartos;
decoração para todos os
gostos; equipamento técnico
disponível: conforto, silêncio,
horizontes diurnos e noturnos
de encher o peito; gastronomia
para todos os paladares. Um
ambiente onde a piscina e a
sombra apetecem, em qualquer
época do ano, mesmo que
o visitante opte por escavar
ruínas que nos transportam,
de regresso, ao séc. VII d. C.
Grande visão turística tiveram
a Drª Ana Isabel e o Dr. Paulo
Barradas Rebelo.
ECOMUSEU DE BARROSO
Ninguém sabe o que é nem como funciona
Na
última
Assembleia
Municipal
(AM),
Acácio
Gonçalves, da coligação «Juntos
por Montalegre», levou a este
forum o assunto do Ecomuseu de
Barroso. Refira-se que, dias antes
o Notícias de Barroso publicara
em manchete a notícia de que
o Ecomuseu de Barroso passava
a integrar a Rede Nacional de
Museus, caso que deu origem a
parabenizar a Câmara Municipal
(Ver edição n.º 478, de 15.09.2015).
Hoje, há muitas dúvidas sobre
se tal posição foi tomada com os
devidos fundamentos. Acontece no
jornalismo como em tudo na vida.
Acácio Gonçalves, principal
voz da oposição na AM, pegou
no tema e confrontou o executivo
camarário com diversas questões
que ficaram sem resposta ou
com respostas incompletas. E o
que provocou mais sururu (e não
menos surpresa) foram as contas
que este deputado já tinha pedido
noutras sessões e que finalmente as
obteve e analisou.
As contas relativas ao ano
2014 apresentam gastos com o
pessoal de 495.326,80 € e no
sector administrativo 315.107,15
€. Dinheiros que não é possível
controlar. Na parte do pessoal, sabese que o Presidente do Conselho
da Administração do Ecomuseu
de Barroso aufere 2.750,00 €/mês
mais 575,00 € para despesas de
representação. Ora, nas teras de
Barroso alguém receber um total
de 3.325,00 € é um escândalo. O
mais caricato é que tal atribuição
é auferida por um ex-autarca
de Boticas, já reformado e que
ninguém conhece as funções que
ele exerce para justificar tamanha
remuneração.
Mas há mais. Foi dito na AM
que o Ecomuseu de Barroso é
uma associação privada, mas a
Assembleia ficou sem saber quem
e quantos são os associados.
Disse-se ali apenas (em resposta às
solicitações de Acácio Gonçalves)
que as Câmara de Boticas e
Montalegre são associadas. Ora,
se assim é, a associação gere
dinheiros públicos (de todos nós)
e tem obrigação de apresentar o
plano e as contas à Assembleia
Municipal, o que não tem feito.
Por outro lado, e Bento
Monteiro já há tempos atrás
questionou esta promiscuidade,
o Ecomuseu de Barroso – Espaço
Pe Fontes confunde-se com a
Associação – Ecomuseu de Barroso.
Tal como consta no organigrama
da Câmara, existe
na Divisão Cultural a Unidade
Orgânica 3.º grau Ecomuseu de
Barroso com dotações próprias.
Nunca a Câmara Municipal
referiu no Relatório de Contas a
Associação-Ecomuseu de Barroso,
acusou Acácio Gonçalves.
E o Tribunal de Contas terá tido
a informação “precisa e concisa”
das contas da Câmara Municipal
de Montalegre? Porque é que no
Relatório se indicam as contas
relativas à ADRAT e nada se diz
sobre a Associação-Ecomuseu de
Barroso?
Há mais situações caricatas,
mas, por ora, a informação para
surpreender os leitores chega e
sobra.
Em jeito de comentário,
deverá dizer-se que a Câmara
socialista de Montalegre deve ser
responsabilizada por todos os actos
de gestão que exerce e penalizada
se os dinheiros públicos são gastos
sem transparência e sem irem ao
encontro dos interesses do povo de
Barroso.
Boticas é que goza com isto
tudo. E com a Câmara socialista
de Montalegre tem benficiado “à
grande e à francesa”. Se bem se
lembram os leitores, nos idos de
1990, a Câmara e a Zona Agrária
de Barroso entregaram a Boticas o
selo de garantia da carne barrosã,
agora, nomeia para Presidente do
CA do Ecomuseu de Barroso um
ex-autarca de Boticas a quem paga
cerca de 3.500 euros e sem se lhe
conhecer trabalho que justifique tal
nomeação.
Isto está a ultrapassar todos
os limites e é tempo de se lhe pôr
termo.
Barroso
Noticias de
4
15 de Outubro de 2015
Eleições Legislativas
As eleições Legislativas não
nos trouxeram surpresas de
monta. Com efeito, as sondagens,
desde setembro para cá, davam
a coligação “Portugal à Frente”
como a força ganhadora. E com
poucas variantes os resultados
assim aconteceram.
Todos os que acompanhamos
o escrutínio através das Tvs
tivemos oportunidade de ver
que, entre avanços e recuos nas
reacções partidárias, acabou por
prevalecer o desapontamento
geral. Os vencedores sem euforia
e os vencidos a reclamar trunfos
indevidos. Em democracia quem
tem mais votos é que ganha, mas
o método de Hont que apura os
deputados para a Assembleia da
República pode baralhar estas
contas. Aliás, aqui ao lado, na
vizinha Espanha assim acontece.
As coligações pós-eleitorais
prevalecem sobre o partido que
obteve a maioria relativa de
votos.
Mas, nesta matéria de política
nacional, remeto-vos para a P 7
e lede o trabalho de Domingos
Chaves que em política ele sabe
mais a dormir do que nós todos
bem acordados. E na P12 os
mapas que registam os votos por
mesas e totais por freguesia.
No
concelho
também
não houve surpresas. Ficou
demonstrado que o PSD ainda
é o partido dos barrosões. A
coligação “Portugal à Frente”
ganhou em 15 das 25 freguesias,
tendo averbado 2.944 votos
(48,20%) enquanto o PS se ficou
pelos 2.563 votos (41,96%),
cerca de 400 votos a menos.
Em Montalegre e Salto
ganhou a coligação e a mesa
da Portela mostrou a sua força
como em tempos doutrora. Em
Gralhas, Solveira e Tourém a luta
foi renhida e apenas um voto de
diferença separou as principais
forças.
Dentre os restantes partidos,
o BE foi a a 3.ª força política mais
votada com 180 votos, seguida
do PCP com 64 e o MRPP 46,
PDR 30, PTP 21 e PPM 19. Votos
brancos 95 e nulos 67.
Outras curiosidades: na
mesa de Mourilhe, a abstenção
terá batido o record concelhio,
distrital e nacional, 79,18%, mas
outras mesas andaram a rondar
este valor, o que revela um
desinteresse ou mesmo desprezo
por tão importante momento
cívico.
Em Viade de Baixo, freguesia
tradicionalmente mais PSD, o PS
ganhou por 9 votos no conjunto
das 5 mesas, Lamas e Fervidelas
incluidas. Mas de nada valeu
este provável esforço porque
Ana Isabel Dias, de Parafita,
(Viade de Baixo) candidata a
Deputado pelo PS, ficou longe
de ser apurada e de ter assento
na Assembleia da República.
CM
Concelho de Montalegre - Dados definitivos por Freguesia - Legislativas 2015
Nº
FREGUESIA
ELEIT.
PPM
INSCR.
CABRIL
CERVOS
CHÃ
COVELO DO GERÊS
FERRAL
GRALHAS
MORGADE
NEGRÕES
OUTEIRO
PITÕES
REIGOSO
SALTO
SANTO ANDRÉ
SARRAQUINHOS
SOLVEIRA
TOURÉM
627
418
1146
212
446
305
338
297
209
306
289
1720
322
480
301
185
659
635
2188
474
635
562
1092
860
303
UF Cambeses Donões e Mourilhe
UF Meixedo e Padornelos
UF Montalegre e Padroso
UF Sezelhe e Covelães
UF Paradela Contim e Fiães
UF Venda Nova e Pondras
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF de Vilar de Perdizes e Meixide
Vila da Ponte
TOTAIS
15009
MPT
3
1
1
1
2
1
1
1
1
1
4
1
2
2
1
2
1
1
1
1
19
2
12
PPD/PSD
CDS/PP
89
89
209
48
83
65
66
31
58
48
67
408
47
93
32
38
101
107
534
70
101
120
195
171
74
2944
PTP
MAS
PCTP
MRPP
6
3
1
1
1
1
1
4
1
2
1
1
1
6
2
3
1
4
1
1
2
1
3
1
2
1
7
2
21
46
6
PS
L/TODA PURP
142
46
127
50
114
66
55
71
27
51
32
355
58
39
31
39
57
86
478
93
74
95
204
121
52
2563
BE
2
17
1
8
4
5
7
6
3
1
1
2
1
2
2
1
1
1
1
1
12
1
1
6
PDR
PAN
1
2
1
1
2
7
1
2
1
5
1
5
2
1
3
2
3
8
30
VO
NC
3
1
2
1
3
1
1
180
PCP/PEV
1
1
22
8
1
3
1
5
3
37
2
8
5
21
4
7
1
1
PNR
BRAN. NUL.
1
4
4
1
6
3
3
4
2
2
1
2
5
3
7
8
2
2
7
4
95
67
6139
3
2
3
1
13
2
9
5
14
1
3
2
1
1
1
1
2
20
1
1
1
2
1
1
4
3
1
13
64
10
1
TES
273
145
360
111
221
142
138
109
92
106
104
844
125
136
75
83
188
203
1122
168
205
230
447
324
188
3
3
1
2
2
6
23
4
2
11
5
Nº
TAN
ABST.
%
354
273
786
101
225
163
200
188
117
200
185
876
197
344
226
102
471
432
1066
306
430
332
645
536
115
56,459
65,311
68,586
47,642
50,448
53,443
59,172
63,300
55,981
65,359
64,014
50,930
61,180
71,667
75,083
55,135
71,472
68,031
48,720
64,557
67,717
59,075
59,066
62,326
37,954
4537
60,105
Concelho de Montalegre - Dados definitivos por mesa - Legislativas 2015
Nº
ELEIT.
INSCR.
MESA DE VOTO
1
2
3
1
2
3
1
2
CABRIL
CABRIL
CABRIL
CERVOS
CERVOS
CERVOS
CHÃ
CHÃ
COVELO
1
2
FERRAL
FERRAL
GRALHAS
MORGADE
1
2
NEGRÕES
NEGRÕES
OUTEIRO
PITÕES
1
2
1
2
3
REIGOSO
REIGOSO
SALTO
SALTO
SALTO
SANTO ANDRÉ
SARRAQUINHOS
SOLVEIRA
TOURÉM
UF Cambeses Donões e Mourilhe
UF Cambeses Donões e Mourilhe
UF Cambeses Donões e Mourilhe
UF Cambeses Donões e Mourilhe
UF Meixedo e Padornelos
UF Meixedo e Padornelos
UF Meixedo e Padornelos
UF Montalegre e Padroso
UF Montalegre e Padroso
UF Montalegre e Padroso
UF Paradela Contim e Fiães
UF Paradela Contim e Fiães
UF Paradela Contim e Fiães
UF Sezelhe e Covelães
UF Sezelhe e Covelães
UF Sezelhe e Covelães
UF Sezelhe e Covelães
UF Venda Nova e Pondras
UF Venda Nova e Pondras
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF Viade de Baixo e Fervidelas
UF de Vilar de Perdizes e Meixide
UF de Vilar de Perdizes e Meixide
Vila da Ponte
TOTAIS
1
2
3
4
1
2
3
1
2
3
1
2
3
1
2
3
4
1
2
1
2
3
4
5
1
2
348
167
112
91
138
189
679
467
212
311
135
305
338
164
133
209
306
163
126
999
480
241
322
480
301
185
151
103
112
293
162
225
248
912
1125
151
240
225
170
95
139
120
120
340
222
487
312
97
88
108
716
144
303
15 009
PPM
1
0
2
0
0
0
1
0
0
2
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0
1
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0
1
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0
0
0
0
1
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0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
0
0
19
MPT
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0
1
0
0
0
0
1
0
0
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0
1
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1
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0
0
1
0
0
1
1
0
0
1
0
0
0
0
0
2
0
0
12
PPD/PSD
CDS/PP
30
35
24
15
46
28
115
94
48
49
34
65
66
24
7
58
48
39
28
222
90
96
47
93
32
38
24
20
25
32
37
33
37
201
305
28
41
28
32
7
16
24
23
81
39
63
71
19
26
16
139
32
74
2944
PTP
MAS
0
0
0
1
2
0
0
1
1
1
0
1
0
0
0
0
0
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0
1
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0
1
0
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0
0
0
1
0
1
0
0
0
1
1
0
2
1
0
0
1
0
0
1
1
0
0
1
0
1
0
0
21
PCTP
MRPP
2
4
0
0
0
1
0
0
1
4
0
2
0
0
0
0
1
0
0
3
2
1
2
0
3
1
1
1
0
2
0
0
0
2
3
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
6
0
0
0
1
1
0
46
PS
86
32
24
8
26
12
73
54
50
75
39
66
55
37
34
27
51
15
17
218
112
25
58
39
31
39
13
16
9
19
19
23
44
259
190
29
32
18
24
15
40
22
16
69
26
96
67
21
13
7
110
11
52
2563
L/TODA
0
0
0
0
0
0
2
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
12
PURP
BE
0
0
2
0
0
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0
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0
0
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0
0
0
1
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0
0
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1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
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0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
6
9
8
0
0
1
0
3
5
4
3
2
7
6
2
1
1
1
0
0
12
6
4
8
1
3
1
2
0
1
2
1
2
0
23
11
3
7
0
1
0
0
0
2
3
2
4
12
2
2
1
3
1
7
180
PNR
PDR
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
8
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
4
1
2
0
0
0
1
4
0
0
1
1
0
0
3
2
0
1
0
0
0
0
0
0
2
1
1
1
0
0
0
2
1
0
30
PAN
0
1
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
1
1
0
0
0
1
0
0
0
1
1
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
13
PCP/PEV
3
0
0
1
0
0
1
1
1
0
3
0
3
2
1
1
2
0
0
7
6
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2
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0
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0
0
0
1
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13
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1
1
1
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0
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1
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0
1
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3
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NC
BRAN.
0
0
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1
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0
0
0
4
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0
0
0
0
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0
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0
0
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0
0
0
1
0
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1
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
10
2
1
1
1
0
0
6
0
3
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0
0
3
0
0
2
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0
8
0
1
5
0
2
0
2
2
0
2
0
0
0
10
13
0
4
1
0
0
0
0
0
1
2
4
2
0
0
1
8
0
2
95
NUL.
1
2
1
0
1
1
2
0
1
1
1
0
0
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0
1
0
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0
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1
1
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0
1
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2
0
0
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0
0
0
0
1
1
0
0
0
7
0
4
67
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TAN
TES
135
83
55
26
77
42
204
156
111
142
79
142
138
65
44
92
106
58
46
487
226
131
125
136
75
83
49
40
38
61
62
58
83
522
537
63
91
52
62
22
57
48
41
157
73
174
162
42
42
27
275
49
139
6090
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
5
POLITICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
Este Povo é Social-Democrata
No rescaldo das eleições
legislativas, é acerca dos
resultados eleitorais no nosso
concelho que desta vez me
apetece escrever. De novo,
amigo leitor, a coligação PSD/
CDS a sagrar-se campeã em
valente lição a alguns socialistas,
insolentes, da nossa praça. O
povo de Montalegre é, sem
dúvida, social-democrata, como
é provado pela votação eleitoral.
Ganhou e nalgumas mesas de
voto (como em Covelães) nem
“Exceptuando as eleições autárquicas,
raramente o povo de Barroso deu a vitória ao
partido socialista, e as últimas eleições não
fugiram à regra. Tal vitória deve servir ao PSD local
de encorajamento e estímulo para arrebatar igual
resultado nas próximas eleições autárquicas. A
vitória está ao seu alcance”.
Barroso e Portugal; de novo o
povo de Barroso a mostrar a sua
raça; de novo este povo a dar uma
sequer havia escrutinadores
do PSD/CDS, o que me leva a
pensar que a vitória podia ter
sido mais expressiva.
Também no país a mesma
coligação se sagrou vencedora,
perdendo, no entanto, a maioria
parlamentar. Será, por isso,
convidada pelo PR a formar
governo. A regra é, em Portugal,
ganharem-se eleições legislativas
sem maioria absoluta, como
o provam os governos de
Soares, Cavaco, Guterres e
Sócrates... Seria uma perversão
inaceitável (mas ele nunca o
fará) que o PR convidasse a(s)
Esquerda(s) a formarem uma
maioria parlamentar que meteria
no mesmo saco a esquerda
moderada e a esquerda radical
(onde pontificam estalinistas,
trotskistas, maoístas e outros
“-istas”), e em quem 90% dos
portugueses não se revê.
Como
sempre,
há
vencedores
e
perdedores.
Limito-me aos perdedores da
nossa praça. A maior perdedora
é Ana Isabel, a candidata do PS
Montalegre pelo círculo de Vila
Real que ia em número três.
Quem a ouvia falar, inchada, ou
melhor, entumecida de vaidade,
já julgava que era deputada.
Perdeu a grande oportunidade
da sua vida. O segundo maior
perdedor foi Fernando Rodrigues.
Na Festa/Feira do Fumeiro
prognosticou, qual vate, que,
na Festa/Feira de 2016, Costa
viria na condição de primeiroministro. Pois bem, se quiser
trazer um primeiro-ministro terá
de ser Passos Coelho. Também
são perdedores aqueles que
neste jornal anunciavam a
hecatombe da coligação, como
se o povo fosse estúpido e eles
espertos.
As próximas eleições são as
presidenciais. Não querendo ser
um vate tão desastrado como
os atrás referidos F.R. e D.Ch.,
auguro com as devidas reservas
que nas próximas eleições o povo
de Barroso vai dar uma vitória
bem expressiva ao candidato da
Direita. Assim sendo, embalado
por duas vitórias eloquentes
e instigado pelo desgaste da
Câmara PS (transformada numa
fazedora de eventos, isto é, de
borgas), o PSD/CDS Montalegre
deve acreditar que a vitória nas
autárquicas não só é possível
como está ao seu alcance. Uma
coisa é certa: o povo exige que
o PSD local se organize; o povo
exige uma comissão política
competente; o povo anseia por
um candidato de confiança (quer
do PSD, quer independente)
que conduza à vitória de outros
tempos.
MANUEL RAMOS
CURRENTE CALAMO
As praxes académicas: Criminalidade Organizada e Consentida
Desde há cerca de sessenta
anos me sinto incomodado por
essa bandalheira. Sobretudo pela
cobarde tolerância que chega a
ser cumplicidade dos gestores do
ensino dito superior.
Tinha 20 anos e, em
Coimbra, atrevi-me a repontar:
- Senhores “doutores”! se
me tratam por besta vão levar
coices!
Levaram! E resultou um
vetera no nariz entumescido e
algumas canelas edemaciadas.
Mas que serenidade de vida, me
acompanhou durante o curso!...
Nessa altura, comparada com
agora, a dura praxis sed praxis não
passava de brincadeira inocente
e inconsequente, raramente
perigosa e por vezes divertida.
Mas, estudantes Transmontanos,
éramos susceptíveis. Já tínhamos
lido o PALITO MÊTRICO!...
Havia outro tipo de reacções,
mais originais, com mais sucesso
e sem sangue. Flávio Vara, exseminarista, veio do nordeste
Transmontano para a Faculdade
de Letras. Furou as praxes e
escreveu e editou e distribuiu à
sua custa um precioso livrinho
- O ESPANTALHO DA PRAXE
COIMBRÃ - que, ingénua e
corajosamente, denunciava e
verberava essas prepotentes
práticas e os energúmenos
que as protagonizavam.
O
regougar da cainçalha do “dux
veteranorum”, disse-me ele
mais tarde, obrigou-o a cancelar
a matricula e a transferir-se
para a Universidade de Lisboa
onde, nessa época, ainda se
menosprezava a supina estupidez
das praxes de Coimbra, como
brincadeira tola e obsoleta.
Escrevia o Flávio, se bem
me recordo, que os praxistas de
Coimbra nem estudavam nem
faziam nada de útil e andavam por
todo o lado a descarregar sobre
os caloiros as suas complexas
inferioridades mentais e os seus
ressabiamentos e frustrações. E
tinham um prazer mórbido nos
poderes físicos e psicológicos
que se atribuíam e exerciam.
Apoiavam-se
nos
poderes
fictícios e fantasmagóricos mas
eficientes, das trupes armadas
de mocas e tesouras, símbolos
da praxe, e nos bafientos
preconceitos
que
ainda
dominavam a vida académica.
Havia um presidente de opereta,
o Dux Veteranorum, do invisível
conselho de veteranos que
ninguém sabia o que era mas
que os estudantes, sem discutir,
invocavam e veneravam.
Esse interessante livrinho
do Dr. Flávio Vara mereceu
honras de um “auto de fé”,
numa “republica”, em Coimbra
e alguém me disse, gabarolice
inconsequente, que o seu
desautorado autor não mais
se atreveu a por os pés em
Coimbra...
Deve
todavia
dizer-se
que, até essa época, as praxes
académicas
rarissimamente
descambavam em actos de
violência ou vexame grave. E,
por razões de cavalheirismo
e respeito, as senhoras, já
então numerosas na academia,
estavam isentas da praxe e até
serviam de “protecção” aos
caloiros que as acompanhassem.
Por outro lado, até aos
anos setenta do século XX, a
praxe académica confinava-se
à Universidade de Coimbra,
a única que preponderava no
limitado ambiente citadino. As
universidades de Lisboa e Porto
que haviam aparecido após o
advento da República e eram
já muito mais abrangentes e
com muito maior frequência
de alunos que a de Coimbra,
mas ainda sem tradições
académicas, diluíam-se e quase
não se notavam na exuberância
colectiva das respectivas urbes.
Com a revolução militar
de 1974, a boa intenção de
proletarizar o ensino levou
à degradante inflação de
“instituições
universitárias”,
e à disseminação dessa erva
daninha, da praxe académica,
que depressa invadiu todos os
ambientes estudantis.
O laxismo instalado no
ensino, sem autoridade nem
regras que se fizessem respeitar,
ausente de qualquer conceito
moral ou formação cívica, deu
margem a que os elementos
mais pérfidos e bestializados
que enxurdaram as escolas,
se arvorem em lideres de
trupes estudantis marginais e
humilhem, agridam, sequestrem,
oprimam e sodomizem, grave
e impunemente, os estudantes
novatos, para gáudio dos
desmiolados grupelhos que
congregam e, diluídos nos quais,
se sentem irresponsabilizados.
Estes heróis da malvadez são,
em regra poucos, uma pequena
percentagem do todo académico,
mas conspurcam a instituição
inteira pelas cumplicidades que
geram. E pressionam, mandam e
tripudiam sobre todo o campus
escolar.
E nada os detém. Nem as
situações de grave criminalidade,
nem os vexames e sofrimentos e
risco de vida das vítimas. Nada!
Nem, ao que parece, as próprias
autoridades. É confrangedor
ver estas desdobrarem-se em
desculpas vergonhosas para
as suas pusilânimes reacções.
E então surgem as suspeitas,
quiçá injustas, de que entre esses
celerados estejam os tais “maus
filhos de boas famílias” e os
interesses da baixa politica.
E, entretanto, todos, os
estudantes e os ausentes pais
que lhes custeiam os desvarios,
os reitores e professores e as
autoridades civis e judiciarias,
todos continuam a engolir e
a baforar a balela de tudo se
desculpar com a motivação de
integrar os caloiros no ambiente
académico... Haverá maior
sacanice que esta explicação?
Esta praxe “aplicada” por aí,
nessas escolas, reduz-se a
uma actividade prepotente,
sem regra nem controlo, sem
ideia, acéfala, irracional, sem
razão e sem motivo que não
seja o descarregar de poder
bruto e animalesco dos mais
fortes sobre os mais fracos para,
intencionalmente ou não, os
reduzir à total submissão física e
ao zero espiritual.
Não é bem assim! dizem os
defensores da praxe que até os
há bem intencionados. Pois não,
mas acaba quase sempre assim!
António Granci abordou,
segundo creio, o fenómeno em
termos de praxe política mas de
ética semelhante à das praxes
académicas.
Surgiu
recentemente
esta carregada intenção da
“integração” dos novatos. E
parece uma recente cópia da
“praxis marxista” muito querida
aos revolucionários de esquerda
(tipo António Granci) que
visavam apenas os resultados
da acção prática independente
de qualquer racionalidade ou
ideologia.
O conceito da praxis
aristotélica, de acção contraposta
à teoria, evoluiu e já não existe.
A praxis romana, desvalorizou a
teoria perante a acção. E, nessa
linha
revolucionária,
Marx
pretende corrigir e substituir o
idealismo hegeliano pelo seu
materialismo
irracionalmente
ateu com que quer mudar o
mundo independentemente de
mudar, ou não, o homem. Na
acção revolucionária tanto como
na acção “praxista”, a ideologia
não interessa, nem o espírito
existe. O objectivo é a mudança
fraturante da qual resulte o
homem desindividualizado e
sem alma.
As praxes académicas,
actualmente
exercidas
por
jovens que se dizem estudantes,
são isso: Irracionais, anormais,
puramente materialistas e que
quase sempre derivam para
graves sodomias e violências
criminosas
sobre
vitimas
indefesas, violências tanto mais
graves quanto maiores sejam a
carga de sadismo e perversão
sexual dos agentes que as
praticam.
Exagero? São exagero as
mortes, as violações em grupo,
os perigos de vida, as doenças,
os fatídicos traumas físicos e
psicológicos que todos os anos
os media relatam, apesar das
pressões para os camuflar ou
menosprezar?
Todos sabemos que entre
gente normal essas práticas
são punidas disciplinar e
criminalmente com expulsão e
prisão dos prevaricadores.
Quem, ou o quê, impede,
quanto às violências escolares, a
aplicação das leis?
Manuel Verdelho
6
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
Em Portugal há pelo menos
1 milhão de diabéticos
Em Portugal há pelo menos 1 milhão de diabéticos e também não há dúvidas que
pode haver muitos mais que não estão nos números oficiais e outros que não sabem que o
são.
O que é a Diabetes? É importante que o diabético conheça bem o seu tipo de
Diabetes, para poder cumprir e melhorar o tratamento. É caracterizada por um excesso de
açúcar no sangue que se chama hiperglicemia. Numa pessoa com diabetes, o pâncreas
não consegue produzir insulina suficiente e a glicose aumenta no sangue e que vai afetar
todos os órgãos do corpo. Sintomas? Urinar em grande quantidade, sede constante e
intensa, sensação de boca seca, fadiga, comichão e visão turva.
O que fazer? Deve-se comer devagar e ingerir os alimentos mais amigos (leguminosas,
espargos, aveia, entre outros) ; fracionar a alimentação ao longo do dia (não deve estar
mais de 3-4 horas sem comer); preferir carnes magras como a das aves e do coelho;
aumentar a ingestão de peixe para, pelo menos, 2 a 3 vezes por semana; eleger o azeite
para cozinhar e temperar e cremes vegetais em vez de manteiga.
Evite as farinhas refinadas, o pão trigo, arroz e hidratos de carbono. Beber água até
UM PARÁGRAFO
Um Parágrafo # 59 – Insuportável
“És Insuportável!”, atiraste, no meio de uma gargalhada que
fazia antever que essa insuportabilidade era algo tão submerso na
sua própria doçura, criando sonhos de ilusão e fazendo crer que,
naquele momento, era muito mais do que suportável – era desejável.
Um desejo mascarado de ardor premente, numa cumplicidade que
ia fazendo com que a adjectivação negativa fosse potenciando um
querer mais do que tudo, na construção de um desejo de prolongar
cada segundo até à eternidade. Uma eternidade constante, suave
e efémera, construída nessa mesma adjectivação negativa que vai
suportando a timidez natural, refreadora de ímpetos que surgem do
fundo da alma e obrigam a engolir em seco a saliva inexistente de uma
língua adormecida pelo anseio de mais querer. Sim, esse querer que
as noites invernosas foram adiando, na esperança de transportar para
o limbo e tornar olvidada a simples vontade de estar, de pertencer a
algo maior do que nós próprios. Esse estado de torpor e emaranhados
desejos que constroem uma teia que nos aprisiona e faz aflorar nos
lábios um novo sorriso a cada instante. Mais um sorriso arrancado de
uma alma iluminada pelo prazer que acompanha o remate de uma
argumentação estabelecida: “És demais!... pela negativa.”
aos 2 litros e fazer exercício físico.
João Nuno Gusmão
João Damião
Para a História da 1ª República em Montalegre
(Continuação do n.º anterior)
A política republicana em
Montalegre teve como principais
protagonistas dois cidadãos à
volta dos quais se desenrolaram
os principais acontecimentos.
Foram eles o Dr. Abel de Mesquita
Guimarães e o dr. Victor Branco.
O Dr. Abel foi a eminência
parda do Partido Evolucionista.
Era o homem que, dos bastidores,
manobrava os cordelinhos. Era um
homem intelectualmente superior e
de grande prestígio.
O Dr.Victor Branco era homem
autoritário e ambicioso que tudo
pretendia controlar.
Mas
pelos
testemunhos
recolhidos, referente ao período
da Primeira República e aqui
publicados, poderão os leitores
ajuizar do carácter de cada um.
ANO 1911
Em 28 de Maio de 1911
realizaram-se eleições para a
Assembleia Nacional Constituinte.
A Constituição da República aí
aprovada entrou em vigor em 25 de
Agosto e em 29 foi criado o grupo
parlamentar democrático.
De 27 a 30 de Outubro
realizou-se o Congresso do Partido
Republicano Português - PRP -,
que ficou conhecido como Partido
Democrático.
O quadro de instabilidade
política a que se vinha assistindo,
agravou-se durante o Congresso
e esta situação levou à separação
definitiva das águas.
Os “almeidistas” e os
“camachistas” abandonaram o
Partido da Revolução que ajudaram
a triunfar, ficando o Dr. Afonso
Costa na liderança do Partido
Democrático.
Em 26 de Fevereiro de 1912,
Brito Camacho fundou o Partido
Unionista e logo a segui, em 5 de
Março, foi a vez do Dr. António
José de Almeida apresentar o Partido
Evolucionista.
Esta situação concorreu para
que os republicanos de Montalegre
se tenham dividido entre os dois
maiores partidos nacionais - O
Democrático e o Evolucionista. Não
é possível, a esta distância e sem
documentação a que nos possamos
apoiar, determinar percentualmente
da maneira como se terá dividido a
população do concelho. Contudo,
a avidez do Dr. Victor Branco em
usurpar a Câmara e a chefia da
secção local do Partido Democrático
e a deslealdade que usou para o
efeito, certamente que levou muitos
a reconsiderar e a decidir-se pelo
Partido Evolucionista, dirigido pelo
Dr. Abel de Mesquita Guimarães.
Em 25 de Agosto de 1911,
depois de ter sido aprovada no
Parlamento, entrou em vigor a nova
Constituição.
O Dr. Custódio Moura optou,
então pelo lugar de Administrador
do Concelho, pelo que teve de
suspender o da presidência da
Câmara.
Lembro que o lugar de
administrador era de nomeação,
isto é, lugar de confiança do partido
político que detivesse o poder,
enquanto que a presidência da
Câmara era lugar de eleição, da
confiança do povo eleitor.
Na emergência, o Dr. Custódio
propôs o Dr. Victor para o substituir,
transitoriamente, na presidência
MAPC
da
Comissão
Administrativa
da Câmara. Este foi nomeado
interinamente para cargo, condição
que o próprio muito mais tarde
reconheceu
(Almanaque
de
Lembranças Locais, pag. 54):
- Desde 1900 a 1923 algumas
vezes fiz parte das comissões
administrativas de nomeação com
carácter provisório e sempre de
muito curta duração.”
Acontece que para ele o
sinónimo de “provisório” era
“definitivo” pelo que, quando o
Dr. Custódio pretendeu regressar à
posse do lugar que por direito lhe
pertencia, esbarrou na oposição do
Dr. Victor e da vereação que ele,
entretanto, tinha substituído por
gente da sua confiança.
Estas alterações permitiram
que o Dr. Victor se mantivesse
ilegalmente agarrado à presidência
da comissão administrativa até 29
de Março de 1913, data em que,
como informa O Montalegrense de
6 de Abril:
“Uma grande massa de povo
(...) foi junto do Sr. Administrador
do concelho protestar contra a
abertura da celebrada estrada da
Pipela, lendo o Sr. Dr. Custódio
Moura, chefe local do partido
democrático, a representação de
protesto, prometendo o Senhor
Administrador envidar todos os seus
esforços para que justiça fosse feita
ao povo (...)”.
O Sindicato Agrícola de
Montalegre associou-se ao povo de
Montalegre nesta representação ao
administrador do concelho.
O mesmo jornal, de 13 de
Abril, avisa os interessados que :
- “ Está procedendo a uma
sindicância aos actos da Comissão
Municipal Administrativa deste
concelho o Exm.º Sr. Afonso
Henriques Fontes. Sua Ex.ª
recebe desde o dia 15 em diante,
quaisquer queixas ou reclamações
que queiram apresentar contra a
comissão.”
O relatório da sindicância foi
publicado em O Montalegrense, do
n.º 103 ao n.º 109.
(Continua)
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO
- O RESCALDO PÓS-ELEITORAL!...
QUEM GANHOU E QUEM PERDEU...
Domingos Chaves
A
grande
novidade
decorrente do último acto
eleitoral, é que todos ganharam
e todos perderam. Não se trata
de qualquer gaff ou réplica
dos “gatos fedorentos”, mas a
realidade é mesmo essa. Ora
vejamos: dúvidas... dúvidas,
não há relativamente ao BE,
ao PCP e ao PAN!... Todos
ganharam. O BE com a eleição
de 19 deputados, ultrapassou
os comunistas, relegando-os
para o 5.º lugar da geral com
15 lugares no hemiciclo. É
certo que ambos subiram, mas
o salto do BE de 8 para 19
deputados, tem uma amplitude
diferente que a eleição de mais
1 deputado conseguida pelo
PCP, que passou de 14 para 15.
Por sua vez o PAN - o Partido
dos Animais para quem não
sabe - teve não só o privilégio
de entrar pela primeira vez
para o “clube dos ricos”
elegendo 1 deputado, como
também o condão de substituir
o PEV como lanterna vermelha,
que fruto da coligação CDU,
manteve os mesmos 2 mandatos
da legislatura anterior.
O grande dilema destas
eleições está nos restantes
Partidos e em tudo que gira à
sua volta!... A Coligação PSD/
CDS relativamente às eleições
de 2011, perdeu cerca de 746
mil votos e 25 deputados,
mas ainda assim ganhou.
Isoladamente e fruto do
negócio das listas conjuntas,
o PSD, sem contar ainda com
a distribuição dos votos da
emigração - que sendo 4 ainda
não se sabe as fileiras que irão
engrossar -, tendo tido menos
18 deputados que em 2011
e passando dos anteriores
105 para para os actuais 86,
apesar de tudo perdendo,
acabou por ganhar tendo
em conta que ainda assim
é a força politica com mais
mandatos. O mesmo sucede
com o CDS, que nas mesmas
condições e tendo passado
dos 24 para os 18 deputados,
se aplica a mesma regra, isto
é: perdendo 6 deputados,
acabou igualmente por ganhar
um lugar no futuro governo e
a sobrevivência do respectivo
lider. Quanto ao PS, a regra
apresenta-se-nos exactamente
ao contrário, ou seja: tendo
obtido mais 172 mil votos e
conseguido mais 12 mandatos,
ganhou relativamente a 2011,
mas acabou por perder face ao
menor número de deputados
comparativamente ao PSD.
Por sua vez, o presumível
chefe do futuro Governo Pedro
Passos Coelho, “ganhando
em minoria”, “perdeu para
a maioria” e de governante,
passará a uma espécie de
“governado” tendo em conta
a constituição do novo
Parlamento.
Para além do referido,
estas eleições tiveram também
o condão de clarificar outras
dúvidas que subsistiam no
quadro politico actual e do
qual resultam igualmente,
ganhadores e perdedores. Em
termos nacionais, todos os
lideres partidários à excepção
de António Costa - que viu
a sua liderança posta em
causa de forma extemporânea
e despropositada – saíram
incólumes. Mas quem ganhou
mesmo, foi Marcelo Rebelo
de Sousa que bateu Rui Rio ao
sprint em tudo que diga respeito
a presidênciais. Rui Rio, que
perdeu a possibilidade de se
tornar no verdadeiro adversário
politico de António Costa,
goradas que foram as hipóteses
de a curto/médio prazo vir a
ser o futuro Presidente do PSD
e Primeiro-Ministro, mas que
ainda assim e à falta de melhor,
terá já ganho segundo as
“más línguas, um lugar como
Ministro - caso obviamente
Passos Coelho venha a ser
designado como chefe do
futuro Governo.
Como se vê, “nada se
perde, tudo se transforma”!...
Há sempre um lugar disponível
para toda a gente.
Mas como Portugal não
é só Lisboa – ou não deveria
ser - os “ganhos e as perdas”
estenderam-se
também
a outras zonas do país.
Barroso, onde como é óbvio
também ocorreram eleições,
e particularmente o concelho
de Montalegre, também não
escaparam a esta onda de
perdas e ganhos. E neste último
caso, não poderá deixar de
ser dito, que o PS local, tendo
perdido a oportunidade única
de eleger uma deputada,
“ganhou a promessa de Passos
Coelho, ao colocar a nova
estrada
Montalegre-Chaves
na agenda de prioridades do
seu futuro Governo. Se tiver
abandonado o discurso a
que nos habituou e se a sua
promessa se concretizar, o
edil camarário Orlando Alves,
que já andava a pensar no seu
plano B para pôr mãos à obra,
mesmo vendo o seu Partido
ganhar apenas 10 das 25
freguesias, deve ter suspirado
de alivio. Os danos serão assim
menorizados e sempre são uns
milhões a mais que ficam nos
cofres da Câmara...
Enquanto isso, o grande
derrotado parece ter sido o PSD
local e por uma razão muito
simples: é que os barrosões
do concelho, parecem não
irem mesmo à “bola” com os
seus dirigentes. Porque será
não se sabe, a grande verdade
porém, é que nas últimas
eleições autárquicas e com
rostos da “casa” foi cilindrado;
agora com “caras de fóra”
acabou por vencer em 15 das
25 freguesias. Um facto, que
leva a compreender melhor
as razões pelas quais desde
a “era Carvalho de Moura”,
continua afastado dos poderes
de decisão.
Dito isto e chegando-se
à conclusão que afinal estas
eleições serviram a toda a
gente, importa agora falar um
pouco mais a sério daquilo
que será o próximo Governo.
E aqui, é que a porca torce o
rabo!... É que governe quem
governar – e tudo leva a crer
que face ao muro criado pelo
Presidente da República, será
o PSD e o CDS a fazê-lo, a
coisa vai “piar fino”. Do lado
dos impostos, os cidadãos vão
reclamar os alivios prometidos
em campanha, depois de
terem vivido quatro anos
sobrecarregados e com uma
sobretaxa de IRS que tinha sido
prometida como extraordinária
e parece ter-se tornado
definitiva;
os
empresários
garantem que estão a fazer
um esforço para o progresso
económico, mas frisam que
precisam de pagar menos
ao Fisco para aumentarem o
investimento e as contratações;
do
lado
das
despesas,
respaldados pelas decisões do
Tribunal Constitucional, os
funcionários públicos vão exigir
no minimo a reposição de parte
dos seus salários, obrigando o
Governo a maior racionalidade
nos restantes gastos; e a juntar
a isto, com a economia a
crescer apenas 1,6% - menos
do que o ocorrido em 2011,
com a pressão de uma dívida
pública bem superior ao PIB
anual (no primeiro semestre
era de 128,7%), e apertado
por Bruxelas para sair do
procedimento por défices
excessivos, a tarefa do novo
Governo vai ser hercúlea.
E depois há ainda outra
coisa: se ao Governo cabe o
dever e o direito de governar,
à Oposição agora em maioria,
cabe a tarefa de fiscalizar os
seus actos e as suas acções. As
eleições estão secularmente
definidas em democracia, como
sendo o momento supremo em
que a vontade popular impõe a
sua força, e delega o seu poder
por um período limitado de
tempo. E sendo assim, sob pena
de colapsar, ninguém poderá
defraudar as expectativas e os
níveis de confiança deixados
pelos eleitores. Lembro a
este propósito e num periodo
igualmente difícil da nossa
História, que Francisco Sá
Carneiro saído de eleições,
logo que tomou posse como
1.º Ministro em Janeiro de
1980, servindo-se da maioria
AD no Parlamento, não hesitou
em revogar toda a legislação
aprovada pelo Governo da
sua antecessora Maria de
Lourdes Pintasilgo. Não se
pretende com isto dizer, que
agora o episódio se repita,
mas aquilo que o povo exigiu,
é que, particularmente em
questões fracturantes a vontade
maioritária desse mesmo povo,
prevaleça como regra.
Hoje, é cada vez mais
evidente e notório, que existe
um processo de apropriação
da força do trabalho, dos
valores sociais, do bemestar social e da própria
democracia, orquestrado pelo
neo-liberalismo
galopante
que muito embora continue
envergonhado e comedido na
sua plena assumpção pública,
continua a contrapôr uma
virtual liberdade de escolha à
justiça social. Cabe pois agora
à nova maioria no Parlamento
contrariar isso e utilizar os
mesmos designios da anterior
maioria no Governo, fazer
bom uso da nova correlação
de forças, revogar as leis
aprovadas nos últimos quatro
anos que entenda devam
ser revogadas, fazer aprovar
outras que foram chumbadas,
e particularmente impedir que
o Orçamento de Estado para
2016 seja inconstitucional,
como sucedeu com dezenas de
normas de todos os orçamentos
elaborados a partir de 2011.
Como no passado, o novo
Governo não pode agora de
um dia para o outro refugiar-se
e vir a terreiro dizer o contrário
daquilo que era crescimento
económico, melhoria do país,
diminuição do desemprego
e confiança a rodos. Muito
menos se poderá queixar de
uma herança que é da sua
exclusiva responsabilidade.
Caberá
portanto
ao
Governo e à Oposição, o
dever de cada um assumir
as suas responsabilidades,
dando
cumprimento
ao
sentimento generalizado do
povo português. É assim que
funciona a democracia...
(Texto escrito segundo o
antigo acordo ortográfico)
8
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
as semanas
Construção Civil e Obras Públicas
Carpintaria
Lavandaria
Funerária
Projectos,
Fiscalização e
Direcção Técnica
Paula Cunha, Lda.
A Empresa do concelho de Montalegre que
procura servir os seus clientes com eficiência e
qualidade.
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
9
O Berço da Humanidade e o Cartel da Droga
João Soares Tavares
Recentemente aceitei escrever um trabalho sobre Antropologia subordinado ao tema: “O
berço da Humanidade” destinado a uma revista científica. Sendo uma ciência do meu agrado
respondi afirmativamente. Teria
apenas de encontrar os dois livros que escrevi sobre o assunto (Antropologia, Volumes I e II,
Coimbra, 1966) e ordenar algumas ideias. Tarefa simples – pensei eu.
Revirei a casa tentando encontrar os livros pretendidos.
Sabia que a edição está esgotada
desde há muito, mas tinha a certeza de ter guardado para arquivo dois exemplares, como aliás
faço com as demais obras que
escrevi. Encontrei todas, ou quase. Dos livros de Antropologia
nem o cheiro. Onde se teriam
metido? Tenho um especial carinho por esta obra pois foi o meu
primeiro trabalho publicado.
Completa no próximo ano meio
século. Depois de muito matutar
lembrei-me que anos atrás um
qualquer Organismo cujo nome
não retenho, através de anúncio
publicado em jornal pretendia
angariar livros para Timor Leste.
Atitude louvável. Decidi colaborar. Além de ser útil ao país iria
recuperar algum espaço ocupado pelos livros menos necessários. Até a garagem passou a ter
um destino diferente daquele
para que foi edificada, obrigando o automóvel a dormir ao relento e eu a ouvir os seus queixumes, principalmente nas manhãs
de Inverno quando pretendia
ligar o motor de arranque e ele
se recusava a trabalhar. Resumindo: os livros sobre Antropologia
seguiram inadvertidamente com
os outros livros para Timor Leste.
Recordei então aquele dia
tenebroso. Metidos os livros em
10 sacos grandes de plástico conforme ficara combinado, telefo-
nei para procederem à recolha.
Marcado o dia fui informado que
iria passar na minha residência
uma viatura da Guarda Nacional
Republicana para transportar os
livros. No dia combinado vejo
estacionar à porta da minha casa
uma grande camioneta da GNR
e dela saíram 10 (dez) agentes.
Porquê tantos? Porventura deverá ser uma norma: cada agente
somente poderia transportar um
saco – pensei eu.
Perante aquele aparato os
transeuntes começaram a aglomerar-se junto do portão da entrada. Interrogavam-se e faziam
comentários. Vêm fazer uma vistoria à casa – diziam uns. Deve
ser alguém suspeito do anterior
Governo – afirmavam outros.
O pior estava para vir. Quando um guarda transpôs o portão
com o primeiro saco comecei a
ouvir as frases mais inusitadas:
é droga que levam nos sacos.
Ou notas falsas – diziam outros.
Expliquei-lhes que eram apenas
livros. Riram-se. Não somos ingénuos, eu conheço-o de o ver
na televisão já pertenceu ao
Governo – acrescentou um dos
mirones. Este bem-intencionado
cidadão com os impostos pagos,
que nunca fora filiado em partido político, membro do Governo, membro de uma Câmara
Municipal, sequer contínuo de
uma Junta de Freguesia, sujeitava-se a ouvir os piores disparates
apenas porque pretendeu ajudar
Timor Leste. Entretanto, chegou
um carro a grande velocidade.
Certamente, avisado por algum
espectador sai do seu interior
um jovem e intrépido jornalista
munido de microfone acompanhado de um operador de câmara de filmar que veio na minha
direcção. De chofre interrogou-me:
– Então é aqui o cartel da
droga?
Somente ficou convencido
de que eram livros quando um
dos agentes da autoridade abriu
o saco e mostrou-lhe o conteúdo. Proferindo impropérios em
surdina o jovem jornalista entrou
no carro defraudado por lhe ter
escapado a reportagem da sua
vida. Nesse dia fui cedo para a
cama decidido esquecer aquela
minha inexperiente incursão no
mundo da droga.
A certa altura acordei so-
bressaltado ao ouvir fortes pancadas no portão da entrada. Abri
a janela e observei iluminada
pelo lampião da rua, uma jovem
de feições delicadas. De imediato questionou-me:
– estou a fazer uma reportagem sobre a droga apreendida
posso fazer-lhe umas perguntas?
Respondi-lhe que chegara
atrasada, pois já concedera o
exclusivo a um jovem jornalista
mais arguto.
- Que pena! Qual era o destino da droga – perguntou. Respondi-lhe: - Timor leste.
Enquanto fechava a janela
ainda a ouvi exclamar: - Timor
leste! Quem diria…
Regressei à cama esperançado num sono reparador que me
propiciasse apagar os acontecimentos daquele dia.
Sonhei que o primeiro-ministro do país onde eu vivia, durante um passeio à Colômbia foi
aprisionado pelo cartel de Medelim. Para o libertarem pediam
500 milhões de euros. Reunido o
governo de urgência foi decidido
fazer uma contra proposta: o país
não tem tanto dinheiro devido à
crise, à troica, etc. e tal, oferecemos férias paradisíacas com tudo
incluído ao cartel completo na
Madeira ou no Algarve. Os traficantes mantiveram-se intransigentes: Férias paradisíacas temos
nós aqui em plena Natureza, ou
500 milhões ou o vosso primeiro-ministro acabará o resto dos
dias a fabricar droga porque estamos com falta de mão-de-obra.
Alguns ministros concordavam com o pagamento embora
considerassem um exagero, porque essa quantia nem o Cristiano Ronaldo valia. Utilizando
a argúcia habitual, vendiam a
um chinês o Palácio do Governo com o espaço circundante e
o Governo passaria a reunir-se
no jardim público. Outro grupo
encabeçado pelo vice-primeiro-ministro que desempenhava interinamente a função de primeiro-ministro discordava, pois seria
uma medida impopular e os seus
compatriotas já andavam muito
descontentes.
Segundo alguns órgãos da
comunicação social que sabem
tudo, a razão era outra: ele pretendia manter-se primeiro-ministro, aspiração tão desejada
que nunca iria alcançar pelas
eleições. Com o seu poder de
persuasão conseguiu convencer
os restantes membros do governo. Disse-lhes: o primeiro-ministro como bom patriota que
é deveria sacrificar-se pelo bem
do país. Ficando na Colômbia
o resto da vida seria um herói
nacional para a eternidade. Fundiam uma das muitas estátuas de
bronze que ninguém conhece
existentes nas praças da capital,
e no seu lugar colocavam outra
em honra do primeiro-ministro.
A praça também passaria a ostentar o seu nome. Vendiam o
palácio e com o dinheiro obtido
diminuíam os impostos, aumentavam os salários e as pensões.
As pessoas outrora sisudas e rezingonas passariam a andar felizes e o governo seria reconhe-
cido por melhorar a vida social
dos seus compatriotas. A ideia
parecia boa. Quase todos os
ministros concordaram. Contudo, um ministro mais comedido
questionou:
- E quando o dinheiro da
venda do palácio acabar? A resposta foi imediata: - vende-se
outro palácio e mais outro até
haver palácios. Depois passamos a vender as praias, acrescentou um jovem ministro muito
esperto, pois conseguiu tirar o
curso de engenheiro num único
ano, quando a maioria leva 5 e
mais anos. Para angariar compradores seriam nomeados por
decreto todos os compatriotas.
O que alcançasse o preço mais
elevado receberia como oferta
um automóvel topo de gama.
O ministro mais ponderado perguntou: - E quando já não existirem mais palácios e praias para
vender? O primeiro-ministro interino sempre com resposta na
ponta da língua atirou: - nessa
altura estaremos em fim de mandato, o governo seguinte que se
desenrasque. Era um grande estadista aquele primeiro-ministro
interino. Para celebrarem tão
brilhantes decisões resolveram
ir almoçar juntos. Para darem o
exemplo foram à Tasca do Zé.
Aí serviam refeições a 6 euros e
ainda incluía um copo de vinho
para brindarem à perspicácia do
primeiro-ministro interino.
Quanto a este cronista, para
poder escrever o trabalho pedido sobre o “Berço da Humanidade”, teve de se deslocar a Lisboa
à Biblioteca Nacional, que preserva um exemplar dos dois livros de Antropologia, porque os
seus seguiram inadvertidamente
para Timor Leste transformados
em droga. Do livro escrito há
meio século atrás transcrevo um
excerto relativo ao “Berço da
Humanidade”. Apesar de novas
descobertas
paleontológicas,
constata-se que em 50 anos as
opiniões pouco se alteraram:
«…depois da descoberta dos
símios Miocénicos do Kénia, dos
Australopithecíneos da África
Oriental e Austral, e do Homo
habilis e Homo erectus de Oldoway (Tanzânia), certos paleontologistas regressam à “velha
opinião” segundo a qual, teria
sido em África que se realizou a
separação final, em duas linhas
divergentes do tronco antropóide/pré-humano. O continente
africano, seria pois, o centro de
dispersão de onde a Humanidade se teria espalhado pela Terra.»
(1) O Homo sapiens chegado ao
extremo ocidental da Península
Ibérica atingiu o estádio máximo
da evolução. Aí, um grupo étnico do Homo sapiens sapiens utilizando os processos mais inimagináveis consegue viver à grande
e à francesa. Poucos são apanhados nas malhas da justiça.
NOTAS:
(1) Tavares, João Soares – Antropologia, Volume II, Coimbra 1966, Biblioteca Nacional de Portugal - Lisboa
--------------------João Soares Tavares escreve
segundo o anterior acordo ortográfico
Incêndios Florestais: Montalegre entre os piores
Esta é mais uma estatística
que coloca Montalegre entre os
piores do país e que ameaça a
sua economia rural, desfigura
a paisagem, aumenta a erosão
dos solos e diminui as receitas
que poderiam vir do turismo.
Segundo
informação
da Autoridade Nacional de
Proteção Civil (ANPC), entre
1 de julho e 30 de Setembro
registaram-se no concelho de
Montalegre um total de 328
ignições, das quais 195 foram
incêndios de média / vasta
dimensão. Este facto fez de
Montalegre o 3.º pior do país
em número de incêndios e o
7.º pior em área ardida (1548
hectares).
Neste
cômputo
não estão contabilizados os
incêndios das outras estações
do ano.
É urgente a sensibilização
das pessoas para a praga dos
incêndios florestais, tal como
é urgente uma economia local
mais virada para a silvicultura.
Foi um dos pilares da campanha
eleitoral de Orlando Alves que,
infelizmente, não passou de
uma promessa vã.
MANUEL RAMOS
10
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
EXTRACTO
CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que
por escritura de Justificação lavrada neste Cartório, no dia um de outubro de dois mil e
quinze, de folhas quarenta e uma a folhas quarenta e duas verso do respectivo Livro de
Notas para Escrituras Diversas número DUZENTOS E TRINTA E NOVE, Dr. José Pereira
dos Santos, casado, natural da freguesia de Colmeias, concelho de Leiria, Advogado com
domicilio profissional em Leiria, que outorga na qualidade de procurador de José Alves
Antunes, NIF 274.313.685, solteiro, maior, natural de França, residente em 3, Rue du
Montois, 77380, Combs La Ville, França , declarou:
Que, o seu representado é com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do
seguinte imóvel:
Prédio urbano, casa de habitação rés-do-chão e primeiro andar, com a superfície
coberta de duzentos e um virgula vinte metros quadrados e logradouro com área de
duzentos e cinquenta e quatro metros quadrados, a confrontar do norte com António Alves
Antunes, do sul com João Maria Martins Seguro, do nascente com Manuel Alves Duarte
e do poente com herdeiros de António Antunes, sito na Rua Lama do Moinho, n.º 211,
freguesia de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre, inscrito na matriz sob o
artigo 511, anterior artigo 586 da freguesia de Montalegre, com o valor patrimonial de €
49.050,00 e a que atribui igual valor.
Que o indicado prédio é formado pelo descrito na Conservatória do Registo Predial
de Montalegre sob o número mil quinhentos e noventa e cinco da freguesia de Montalegre,
registado de aquisição a favor de Paulino Antunes, pela Ap. quatro de mil novecentos e
oitenta e três/onze/vinte e nove e por parte não descrita, que corresponde a parte coberta
com a área de cento e setenta e sete virgula vinte metros quadrados e logradouro com a
área de duzentos e quatro metros quadrados, que confronta do norte com António Alves
Antunes, do sul com João Maria Martins Seguro, do nascente com Manuel Alves Duarte e
do poente com herdeiros de António
Antunes e a que atribui o valor de quinhentos euros.
Que, todavia, o dito prédio veio à posse do representado do primeiro outorgante por
inventário aberto por óbito de seu pai José Alves Antunes, solteiro, maior, que correu seus
termos na Secção Única do Tribunal Judicial de Montalegre, com o número duzentos e
treze/onze ponto zero TBMTR, tendo a sentença homologatória da partilha transitado em
julgado em dezassete de fevereiro de dois mil e catorze.
Que, o referido José Alves Antunes, pai do ora representado do primeiro outorgante,
havia adquirido o dito prédio com a composição e áreas acima referidas por doação verbal
de seu pai o titular inscrito Paulino Antunes, em dia e mês não precisos, tendo o mesmo
titular inscrito, já falecido, sem que dela ficasse a dispor de título suficiente e formal que
lhes permita fazer o respectivo registo.
Que pretendendo efectuar o registo de aquisição a seu favor, não dispõe de todos os
títulos suficientes e formais que lhe permita fazer o respectivo registo.
Que, assim, o representado do primeiro outorgante justifica por este meio o seu
direito de propriedade sobre o citado imóvel.
Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira, um de
outubro de dois mil e quinze.
A Colaboradora autorizada pela Notária em 02/01/2012, Cláudia Vieira Arrabaça,
n.º 260/4,
Conta n.º 15. Emitido o recibo.
Botícias de Barroso, n.º 480, de 15.10.2015
Notícias de Barroso, n-º 480, de 15.10.2015
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Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
11
A Debandada da Juventude
Pe Vítor Pereira
De cinco em cinco anos, os
bispos são obrigados a ir a Roma,
na denominada visita ad limina
apostolorum. Na imprensa só sai
ad limina, mas falta acrescentar
apostolorum, para se entender o
verdadeiro sentido das palavras:
«visita aos túmulos ou moradas
dos apóstolos», nomeadamente
S. Pedro e S. Paulo. Nesta visita,
os bispos apresentam ao Papa e às
várias congregações do Vaticano
um relatório da atual situação
das Dioceses e da atividade
pastoral e ouvem uma série de
recomendações e diretrizes para
o futuro.
Em muitos dos relatórios
apresentados,
possivelmente,
constou o abandono da Igreja
por parte dos jovens, após a
celebração do crisma, fenómeno
facilmente constatável em muitas
paróquias portuguesas de Norte
a Sul. No discurso, que dirigiu
aos bispos portugueses, o Papa
manifestou a sua inquietação:
«Não pode deixar de nos
preocupar a todos esta debandada
BOTICAS
Regresso ao Projeto
“Dar Vida aos Anos
Envelhecendo”
Depois do interregno
durante os meses de verão, foi
retomado no início do mês de
outubro o projeto social “Dar
Vida aos Anos Envelhecendo”.
A iniciativa organizada
pelo município de Boticas
conjuntamente com o Centro de
Saúde local, tem como principais
objetivos a promoção de uma
vida ativa e saudável através
da prática de exercício físico
e a prevenção e diminuição
da mortalidade por doenças
cerebrovasculares nas pessoas
com mais de 55 anos.
A primeira ação de
sensibilização decorreu no
edifício da junta freguesia de
Ardãos, no dia 6 de outubro,
e na antiga Escola Primária da
Granja, no dia 13. A atividade
repete-se já nos próximos
dias 20 e 27 de outubro,
respetivamente.
Durante o mês de
novembro, a iniciativa decorrerá
nas duas localidades todas as
terças-feiras no local definido.
Para além disso, o
projeto “Dar Vida aos Anos
Envelhecendo” vai ser, em breve,
alargado a outras aldeias do
concelho botiquense.
Executivo Municipal visita
freguesias do concelho
O Presidente da Câmara
Municipal de Boticas, Fernando
da juventude, que tem lugar
precisamente na idade em que
lhe é dado tomar as rédeas da
vida nas suas mãos. Perguntemonos: A juventude deixa, porque
assim o decide? Decide assim,
porque não lhe interessa a oferta
recebida? Não lhe interessa a
oferta, porque não dá resposta
às questões e interrogativos que
hoje a inquietam? Não será
simplesmente porque, há muito,
deixou de lhe servir o vestido da
Primeira Comunhão, e mudou-o?
É possível que a comunidade
cristã insista em vestir-lho?». E
deixou uma chamada de atenção
a todos aqueles que trabalham
ou que estão perto dos jovens:
«Hoje a nossa proposta de Jesus
não convence. Eu penso que,
nos guiões preparados para os
sucessivos anos de catequese,
esteja bem apresentada a figura
e a vida de Jesus; talvez mais
difícil se torne encontrá-Lo no
testemunho de vida do catequista
e da comunidade inteira que o
envia e sustenta».
O Papa sabe tão bem como
nós que o assunto é complexo
e não tem uma receita ou uma
solução fácil, como pensam, se
calhar, alguns cristãos ingénuos e
simplistas. Mas tem muita razão
no diagnóstico: é preciso repensar
a iniciação cristã, porque já
poderá estar desatualizada nos
seus métodos e formas e poderá
sofrer do vício da domesticação,
e, sobretudo, porque no fim da
catequese é notório que os jovens
não têm convicções cristãs e
pergunto-me até se terão fé.
A Igreja portuguesa já está há
muito ciente desta necessidade.
D. Manuel Clemente, numa
entrevista
ao
semanário
Ecclesia, em 2013, afirmava:
«há necessidade de apostar na
formação cristã. Cada batizado
precisa de ter consciência do
que significa “ser batizado”. E
é preciso que as comunidades
cristãs
proporcionem
uma
iniciação cristã séria, forte!
Numa sociedade plural como
a nossa, onde há tantas ideias,
contraditórias ou convergentes,
só assim interessa: quando
alguém perfilha não apenas uma
ideia mas um tipo de vida, como
é o caso de uma cristã ou de um
cristão, deve saber o que isso
significa.»
As causas do afastamento
da juventude da Igreja são
muitas. Temos, antes de mais, a
componente cultural. Hoje, os
jovens crescem num ambiente
social que desvaloriza a vivência
da religião e da fé, esquece a
interioridade e a espiritualidade,
promove um estilo de vida
individualista
e
hedonista,
desvaloriza a fidelidade aos
compromissos e a vivência de
um ideal. Temos a componente
familiar. A família, na sua
realidade multifacetada, deixou
de fazer a transmissão da fé e
uma educação consistente dos
valores morais e espirituais.
Muitos jovens são filhos de pais
que quase cortaram o cordão
umbilical com a Igreja. Vai-se
cumprindo uma tradição a muito
custo, com pouca motivação,
mas que, ainda assim, vale pelos
seus momentos festivos (que
milagre pode fazer um padre,
quando no fim de uma festa de
comunhões uma mãe desabafa
para outra que ainda bem que
a filha fez a comunhão porque
já estava farta de ir à missa?).
Temos a componente eclesial.
Muitas comunidades cristãs estão
absorvidas por hábitos e tradições,
sem ação evangelizadora, de tal
forma que não se preocupam
muito em acompanhar os jovens
e em dar espaço à sua vivência
e expressividade. Temos também
a componente testemunhal. Os
jovens precisam de exemplos e
de referências sólidas. Faltam,
talvez, testemunhos interpelantes
e saudáveis da fé cristã junto da
juventude. Muitos cristãos, no
dia-a-dia, misturam-se no meio
da multidão, mas não fazem
a diferença e não deixam um
cunho cristão no que dizem e no
que fazem, de tal forma que não
interpelam e não marcam. Por fim,
temos a componente hierárquica.
Algum clero tornou-se indiferente
para com a juventude e certo
discurso da Igreja, na forma e
na linguagem, na apresentação
da moral e dos conteúdos
doutrinais, está um pouco
desfasado no tempo. Juntando
todas estas componentes, temos
o caldo perfeito para que os
jovens se desinteressem da Igreja
e se escapem depois do crisma,
porque, como desabafava um
bispo português, «andamos a
crismar pagãos».
Há cristãos que pensam
que tudo se resolveria com
uma operação de sedução e
de cativação e que os padres
(coitado do padre, tem de ser
um superdotado com solução
para tudo) têm de ter estratégias
sedutoras. É uma forma simplista
de ver a questão. A sociedade já
não é a sociedade homogénea
e monocórdica de há 50 ou
60 anos. Tem de ser uma ação
concertada de todos: família,
comunidade, clero. Quem tem
de começar por seduzir é o pai
e a mãe em casa e, em primeiro
lugar, sim, os pais têm de se
questionar porque é que a forma
de eles viverem a fé não cativa os
filhos. O que é que falha? Estranho
é que só se fala de cativação
para a Igreja, mas não para as
outras coisas. Alguém precisa de
cativar os jovens para os festivais
de verão? E, no entanto, estão a
abarrotar de jovens. Alguém os
cativa para encherem os bares à
noite? E, no entanto, não faltam
bares noturnos cheios. Alguém os
cativa para os desportos radicais e
para o futebol? E, no entanto, não
faltam jovens no desporto, e para
isso nunca falta dinheiro. Pois é
meus amigos: é tudo uma questão
de convicção, de educação e de
formação. Hoje importam mais
o prazer e a diversão do que
as convicções e os ideais, que
humanizam e realizam a vida,
mas que muitos pais descuram na
educação dos filhos.
Queiroga terminou o programa
de visita às freguesias com a
deslocação a Beça e Pinho. A
ronda do presidente pelas duas
localidades foi acompanhada
pelos presidentes e restantes
elementos das respetivas juntas
de freguesias.
O objetivo principal da
“Segredos de outono” foi
um sucesso
À chegada tinham à sua espera
muita música e a tradicional
bola de carne de Boticas para
se deliciarem. A população
juntou-se à festa e, por breves
momentos, esqueceu o drama
da desertificação e solidão
que tem afetado a região
transmontana.
À chegada ao Boticas
Parque os caminheiros tinham
à sua espera um almoço,
preparado pela Associação
Celtiberus, onde foi incluída
a famosa truta do Rio Beça
assada na brasa e o tradicional
caldo verde confecionado com
couves da horta do parque.
No final, os participantes
mostraram-se de tal forma
satisfeitos com a realização
desta atividade que até nasceu,
em tom de brincadeira, uma
nova expressão “Nunca comi
sardinhas tão boas como estas
do Rio Beça”.
Graças ao sucesso da
iniciativa “Segredos de outono”,
a Associação Celtiberus já
está a trabalhar no sentido de
promover o concelho barrosão
e as suas gentes através da
realização de mais ações deste
género.
realização desta iniciativa, por
parte do executivo municipal,
prende-se com o facto de o
presidente querer ver na primeira
pessoa as necessidades de
cada uma das freguesias. Estar
em contacto com a população
permite a Fernando Queiroga
saber qual a opinião das pessoas
acerca do trabalho desenvolvido
não só pelas juntas de freguesia
mas, também, pela Câmara
Municipal. “É fundamental
realizar este tipo de visitas, pois
só assim podemos saber o que
é verdadeiramente importante
e útil fazer e que vai claramente
ao encontro dos anseios das
populações”, referiu o autarca.
Fernando Queiroga garantiu
que o executivo municipal
pretende dar continuidade ao
programa de visitas às freguesias
do concelho com bastante
regularidade.
iniciativa “Segredos de outono”
que permitiu não só dar as
boas-vindas a esta estação do
ano mas também celebrar o
Dia Mundial do Turismo que
é comemorado, anualmente,
neste dia.
A iniciativa, que contou
com a participação de
uma centena de pessoas,
algumas vindas da vizinha
Espanha, começou junto ao
Boticas Parque- Natureza e
Biodiversidade onde teve início
a caminhada de 10 Kms sendo
intercalada com a realização
de várias atividades como por
exemplo um Workshop sobre
a confeção do tradicional pão
do Barroso cozido em forno de
lenha.
Os participantes
mantiveram-se atentos às
histórias e paisagens ao longo
do percurso até à aldeia de Vilar.
Com a chegada do
outono às terras do barroso,
a Associação Celtiberus
organizou, no passado dia
27 de setembro, em parceria
com o Município de Boticas a
12
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
Cartas dos Leitores
Porto, 10/10/2015
Ex.mo Sr. Director,
Há tempos fiz uma pequena
recensão crítica ao libelo de
José Miranda “De Ferral a Boé –
Passagem por uma guerra inútil”
e publiquei-a no NB. Em poucas
palavras descrevi as impressões que
a leitura dessa obra causou em mim,
leitor. Assinalei, por exemplo, a
ideia recorrente de “contrariedade”
(“um soldado contrariado por a
guerra ser inútil”) e daí foi fácil
chegar ao anti-heroísmo. Disse
também que não concordava com
a afirmação de que a guerra colonial
era uma consequência da falta de
democracia em Portugal e, por fim,
referi que a ideia de que a guerra
colonial foi inútil é óbvia hoje, mas
não o era há 50 anos.
Vale a pena referir ainda que
o trabalho de recensão, publicado
em revistas da especialidade ou
na imprensa, é muito comum no
mundo ocidental, civilizado e livre,
que gosta de discutir tudo, que
gosta de trocar ideias e que não
dá por acabado um pensamento
feito. Publicada a obra, os autores
põem-na à consideração dos leitores
e, com serenidade e educação,
esperam deles reações, pois há a
ideia de que a obra só encontra
plena realização depois de lida
e de ser submetida ao crivo dos
leitores. Na política acontece igual:
o gosto pela discussão e persuasão
pela palavra (e não pelo apelo à
violência como acontece com o
PS-Montalegre).
Vai daí o Sr. José Miranda
“passou-se dos carretos”: reagiu no
NB de forma grosseira e insolente,
faltando-lhe serenidade e boa
cultura local ou não, se vale ou não
o financiamento público. Acho
que está mal. Em muitos casos é
desbaratar dinheiro. Pessoalmente,
acho que a Câmara devia ter
uma pequena Comissão Editorial
(um cargo não remunerado mas
simplesmente honorífico) que,
depois da publicação, daria um
“Ao financiar qualquer obra (tenha ou não qualidade,
importe ou não à história local), a Câmara permite que pessoas
como José Miranda estejam dispostas a publicar tudo o que
lhes passa pela cabeça… Se José Miranda “quer publicar 12
livros até aos 80 anos”, tudo bem, por mim até pode publicar
20, mas que os pague do seu bolso, como muito bem referiu
Bento Monteiro”.
educação. Quem vê a sua missiva,
vê os livros, pois o estilo é o mesmo.
Ele não tem nada a ver com o
trabalho de recensão, já que este é
da responsabilidade dos leitores e
dos críticos. Além disso, fazer uma
recensão crítica não é meter-se com
a pessoa, tal como afirmam José
Miranda e Manuel Martins. Julgo
que foi por ignorância que uma
aberração destas foi dita.
Este ponto leva-nos à questão
do financiamento em mil euros
(ou até dois mil) que a Câmara dá
aos autores locais de livros, não
se preocupando minimamente,
nem distinguindo se a obra tem
ou não qualidade, se interessa à
parecer sobre a sua qualidade e
interesse local e, por conseguinte,
sobre o mérito de receber ou não
financiamento público. Também
poderia prestar auxílio aos autores
antes da sua publicação, fornecendo
informações e sugestões para a sua
composição, fornecendo bibliografia
e podendo até (como é o caso
do cabo José Miranda) corrigir os
inúmeros erros ortográficos.
Ao financiar qualquer obra
(tenha ou não qualidade, importe
ou não à história local), a Câmara
permite que pessoas como José
Miranda estejam dispostas a publicar
tudo o que lhes passa pela cabeça,
incluindo os trabalhos escolares dele
e da mulher em “O meu portefólio
e o de minha mulher”, que é um
trabalho que tem valor familiar mas
não concelhio. Não concordo.
José Miranda se quiser publicar os
portefólios dele e da mulher que
os pague do seu bolso; se quiser
publicar “As melhores histórias do
meu livro da 4.ª classe” (próximo
livro de José Miranda), que pague a
obra do seu bolso porque isso não
é de interesse local mas pessoal.
Mais ainda, se José Miranda “quer
publicar 12 (doze) livros até aos
80 anos”, tudo bem, por mim até
pode publicar 20 (vinte), mas que
os pague do seu bolso, como muito
bem referiu Bento Monteiro, pois
essa biblioteca (sim, 12 livros é
mais uma pequena biblioteca; em
Barroso é uma grande biblioteca!)
custa ao erário público 12 mil
euros. Não concordo. É desbaratar
dinheiro público.
MANUEL RAMOS
Notícias de Barroso, n-º 480, de 15.10.2015
Instituto dos Registos e do Notariado
Instituto dos Registos e do Notariado
EXTRATO
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 50 e seguintes do
livro 982-A, MARIA DO CÉU ALVES DA COSTA, solteira, maior, natural da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho,
onde reside no lugar de Friães, no Largo do Eirão, n.º 2, DECLAROU:
Que é dona, com exclusão de outrém, dos seguinte bens imóveis, situados na União das Freguesias de Viade de Baixo
e Fervidelas, concelho de Montalegre:
- Um: - Prédio rústico situado no FORNO, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cinquenta metros
quadrados, a confrontar do norte com José Afonso Pereira, sul com João Gonçalves Videira, nascente com Augusto Medeiros da Costa e do poente com Albino Costa, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1733, que corresponde ao artigo 832,
da freguesia de Viade de Baixo (Extinta).
- Dois: - Prédio rústico situado no FORNO, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de vinte metros
quadrados, a confrontar do norte com Maria José João Amaro, sul e poente com Maria Pereira Fecha e do nascente com Ana
Gonçalves Videira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1715, que corresponde ao artigo 823, da freguesia de Viade de
Baixo (Extinta).
Que os prédios encontram-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e, apesar de
pesquisas efetuadas, não foi possível obter os artigos antes da substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse
em mil novecentos e noventa, ano em que os adquiriu por compra meramente verbal a Ana Gonçalves Videira Afonso e
marido Manuel Afonso, residentes no citado lugar de Friães.
Que desde essa data, sempre tem usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, pagando
todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo
e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública,
pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 9 de outubro de 2015, na Conservatória dos Registos
Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 48 e
seguintes do livro 982-A, MARIA DE FÁTIMA AFONSO DA COSTA e marido JOÃO CARLOS ANDRÉ DIAS DA FONTE, casados em comunhão de adquiridos, ela natural da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho, e ele natural da freguesia
de Campo Grande, concelho de Lisboa e residentes na Av. Fernão de Magalhães, n.º 2954, habitação 33, Porto, declararam:
Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na União das Freguesias de Viade de Baixo e
Fervidelas, concelho de Montalegre:
- Prédio rústico situado no FORNO VELHO, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e vinte metros
quadrados, a confrontar do norte com Augusto Medeiros da Costa, sul com Albino Costa, nascente com José Gomes Pereira
e do poente com Albino Moura, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1613, que corresponde ao artigo 772, da freguesia de
Viade de Baixo (Extinta).
Que o prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e, apesar de pesquisas
efetuadas, não foi possível obter o artigo antes da substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete.
Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse
em mil novecentos e noventa, ano em que o adquiriram já no estado de casados, por compra meramente verbal a Ana Gonçalves
Videira Afonso e marido Manuel Afonso, residentes no citado lugar de Friães.
Que desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e
colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem
os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere
à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por
USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
Está conforme.
Cartório Notarial de Montalegre, 9 de outubro de 2015
O Ajudante,
(Ilegível)
Montalegre, 9 de outubro de 2015
O 1.º Ajudante,
(Ilegível)
Conta: Artigos:
“
20.4.5) ------------ 23,00 €
São vinte e três euros
Registado sob o n.º 592
Conta: Artigos:
“
São vinte e três euros
Registado sob o n.º 591
Notícias de Barroso, n.º 480, de 15 de outubro de 2015
20.4.5) ------------ 23,00 €
Notícias de Barroso, n.º 480, de 15 de outubro de 2015
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
13
Prémio Nobel da Paz 2015
Lita Moniz
O Prêmio Nobel da paz
2015 desta vez coube ao
Quarteto de Diálogo Nacional
da Tunísia. “Por sua decisiva
contribuição para a construção
de uma democracia pluralista
no país durante a revolução de
2011. Pelo papel essencial que
o quarteto teve durante o tempo
de transição da revolução
até à realização de eleições
democráticas e pacíficas na
Tunísia em Dezembro de 2014”.
O Prémio Nobel da Paz
2015 fez jus a uma nova
alternativa, uma possibilidade
de se estabelecer uma outra
forma de governo sem se
precisar passar por uma guerra
civil. Formado em
2013,
quando a Tunísia atravessava
um período crítico, surge
então o grupo formado pela
união de quatro organizações:
a União Geral Tunisiana do
Trabalho (UGTT, um sindicato),
a União Tunisiana da Indústria,
do Comércio e do Artesanato
(Utica, patronato), a ordem dos
advogados da Tunísia (ONAT)
e a Liga Tunisiana dos Direitos
Humanos (LTDH).
O sucesso do quarteto,
segundo o comité, deve-se à
iniciativa do grupo ao garantir
“direitos fundamentais para
toda a população, sem distinção
de gênero, convicção política
ou religiosa” uma forma de
governo articulada para que
os ideais da revolução não se
perdessem em disputas internas.
Uma organização com valor
moral capaz de unificar os mais
diferentes setores e valores da
sociedade tunisiana.
de tamanho alcance.
O Prêmio Nobel da
Paz 2015 parece ter muitos
endereços,
ultrapassa os
“Com essa base o quarteto
exerceu seu papel de mediador,
força motriz para promover o
desenvolvimento democrático
pacífico”: assim se expressou o
comitê ao receber um prêmio
domínios do mundo árabe.
Valoriza o poder da negociação,
do diálogo entre a população,
partidos políticos e autoridades
constituídas seja qual for o país.
A Tunísia, à semelhança
da revolução dos cravos
em Portugal, também usou
como símbolo, a flor branca
perfumada, o jasmim, símbolo
da Tunísia e da pureza, da
doçura de viver e da tolerância.
A queda do regime de Ben
Ali na Tunísia abriu caminho
para a primavera Árabe em
outros países como Egito, Líbia
e Síria e se espalhou por todo o
Oriente Médio.
Infelizmente, outros países
não tiveram a mesma sorte,
o processo de transição foi
reprimido e a guerra civil
inevitável.
A Tunísia ainda enfrenta
grandes desafios políticos,
econômicos e de segurança.
O comitê do Prêmio Nobel da
Paz 2015 disse esperar que o
prêmio ajude a manter o pais
no caminho da democracia e
seja uma inspiração para outros
países no Oriente Médio no
Norte da África e no resto do
mundo.
De Bridgeprt, CT, USA
Mayor de Shelton,CT,
visitou Portugal
Domingos Dias
foram almoçar ao Café Terra Fria,
Baixo, terra natal da mãe de John
acompanhados pelo Sr. Fernando
Guedes, onde ele foi baptizado.
Rodrigues,
da
O jantar teve lugar no restaurante
assembleia da Câmara. Seguiu-
Albufeira, da Lama da Missa,
se uma visita à aldeia Viade de
Pisões. Tiveram ainda tempo para
presidente
A convite de John Guedes,
o presidente da Câmara de
Shelton, Connecticut, Sr. Mark
Lauretti, visitou Portugal, durante
a última semana de Setembro,
acompanhado pela sua esposa
Anndee.
No dia 28 de Setembro,
esteve na vila de Montalegre,
onde foi recebido pelo presidente
da Câmara, Sr. Orlando Alves.
Visitou o Ecomuseu de Barroso e
o Castelo. Para saborear a comida
barrosã, os dois presidentes
visitar o forno romano e a fonte
romana em Arcos, freguesia de
Cervos.
No dia 30 de Setembro,
visitou a cidade de Chaves, onde
se encontrou com o presidente
do Municipio, arq.º António
Cabeleira, o qual lhe mostrou
alguns lugares importantes da
cidade, incluindo uma visita ao
Castelo,museu militar, ruínas da
piscina termal romana junto ao extribunal , as termas no jardim do
Tabolado, o novo museu de artes
Nadir Afonso em construção, etc.
O passeio terminou na famosa
Adega Faustino para almoçar.
O mayor Mark Lauretti
está a presidir à Câmara de
Shelton desde 1991, sendo
este o seu décimo segundo
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
mandato (cada mandato é dois
anos). A vila de Shelton foi uma
das que mais se desenvolveu
económicamente nos últimos 24
anos, principalmente com nova
construção de prédios comerciais.
Isso permite-lhe ter as taxas
prediais mais baixas no Condado
de Fairfield. Na vila de Shelton,
com 40.000 habitantes, residem
cerca de 1.000 portugueses.
John Guedes é presidente
das firmas de construção e
arquitetura Primrose Companies,
de Bridgeport, há mais de 30
anos. Reside em Shelton e tem
uma vivenda na sua terra natal,
Vilas Boas, Chaves, construída
por ele, onde gosta de passar
férias. Desta vez deslocou-se à
sua terra para fazer a vindima.
14
Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
O Enfermeiro nos cuidados domiciliários… “Prémio de Jornalismo
“Associativismo Jovem”
institucionais adversos e
bastante procurados. As
situações com sintomatologia
de menor risco de vida e
outras, podem ser superadas
com
a
assistência
de
profissionais
de
saúde
referenciados e capacitados.
Jorge Cadete
Falar
em
cuidados
domiciliários na Comunidade
é evidenciar um paradigma
diferente de assistência em
saúde/doença.
Deixa
de
ser efetuada em contextos
institucionais e passa a ser
desenvolvida na comunidade,
na residência do utente/
cidadão. Esta deslocalização
requer dos profissionais de
saúde, em particular, dos
enfermeiros,
readaptações
e diferentes dinâmicas de
ação/intervenção consoante a
natureza dos cuidados a prestar
e as realidades dos domicílios.
Com
essa
proximidade
pretende-se também evitar
idas desnecessárias do utente
e familiares às instituições
de saúde com ganhos
socioeconómicos e de bemestar. E não tenho dúvidas
que os doentes e os seus
cuidadores agradecem e
reconhecem este serviço de
proximidade na continuidade
dos cuidados.
Com
os
cuidados
domiciliários
pretende-se
que os benefícios superem
as situações de risco que
possam advir de contextos
O enfermeiro, com os
seus saberes e competências,
ocupa nesta área um lugarchave. Atualmente, asseguram
na comunidade programas
eficientes
de
cuidados
gerais e especializados, em
diversas áreas de intervenção
que levam os beneficiários
diretos e indiretos a terem
nos seus domicílios, cuidados
garantidos e seguros.
Falo de cuidados básicos
individuais de conforto e
bem-estar, como a higiene
corporal e oral, a alimentação
e a hidratação, a eliminação
intestinal
e
vesical,
a
prevenção da integridade da
pele, o tratamento a feridas,
a vigilância da adesão
terapêutica à medicação
e outras. No âmbito da
promoção da saúde e
prevenção de doenças, o
enfermeiro na comunidade
exerce um papel fulcral com
ações dirigidas e seletivas.
Além destes cuidados, o
enfermeiro, hoje, já garante
cuidados
diferenciados,
especializados e complexos
como: reabilitação física
e
motora,
readaptação
funcional,
assistência
a
puérpera e a recém-nascido,
cinesioterapia e ventilação
assistida,
estomaterapia,
reinserção individual/familiar
em saúde mental e outras.
Os cuidados domiciliários
têm vindo a alargar o seu
espetro e os intervenientes
na
comunidade.
São
exemplo disso as parcerias
com as autarquias, com as
entidades religiosas e sociais,
com as organizações nãogovernamentais e outras.
A sinergia criada com
estas parcerias asseguram
e reforçam as condições
para
operacionalização
e
pragmatização
desses
cuidados.
Não é por acaso que
esta área passou a estar na
agenda dos decisores políticos
e de outras autoridades
envolvidas. O atual Governo
reforçou uma decisão política
de
descentralização
de
competências em diversas
áreas fulcrais do Estado,
nomeadamente no domínio
da
saúde,
pretendendo
assim, passar competências
para os munícipes. Essas
competências assentam na
execução de intervenções de
apoio domiciliário, de apoio
familiar e social e de ações
de promoção da saúde e de
prevenção da doença no
âmbito do plano nacional de
saúde, em particular saúde
pública.
O Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (IPDJ) promove
o concurso Prémio de Jornalismo “Associativismo Jovem”, cujas
candidaturas decorrem de 15 de outubro a 20 de novembro, e lança o
convite à participação nesta iniciativa.
Considerando que os destinatários são os/as alunos/as da área
de comunicação social de universidades ou institutos politécnicos
de Portugal, solicitamos a vossa colaboração para a divulgação e
envolvimento no apelo à participação neste concurso.
Para o efeito, junto se anexa cartaz (para impressão e/ou utilização
online), documento-resumo de apoio (para que possa ser facultado
junto do cartaz, por ex.) e respetivos documentos necessários para a
candidatura.
Esta iniciativa pretende distinguir trabalhos, em categorias como
Imprensa, Rádio, Televisão ou Multimédia, que promovam o papel das
associações juvenis e/ou estudantis em Portugal, enquanto escolas de
cidadania ativa e de participação cívica e democrática dos jovens.
Os trabalhos vencedores serão distinguidos com:
· 1º Prémio: 500€;
· Duas Menções Honrosas: 250€/cada.
O regulamento do concurso e ficha de candidatura encontram-se
também disponíveis no Portal da Juventude (www.juventude.gov.pt),
em
http://juventude.gov.pt/Eventos/Associativismo/Paginas/Premio-
Jornalismo-Associativismo-Jovem2015.aspx.
Pedido de mais informações para premiosassociativismojovem@ip
VENDE-SE em Montalegre
Terreno situado em Fonte d’El Rei, entre o Castelo e a estrada
marginal do Parque de Lazer do Cávdo. Com uma área de 5.000
m2 está povoada de carvalhos seculares e tem um poço de água
Enf. Jorge Cadete, Presidente
do CDR/SRN da OE
própria. Contactos: 911 906 081 e 21 793 2527
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se
Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego
publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua
publicação.
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ATEMPO COMPLETO)
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CONTRATO ATERMO POR6MESES(
ATEMPO COMPLETO)
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ATEMPO COMPLETO)
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ATEMPO COMPLETO)
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CONTRATO ATERMO POR6MESES(
ATEMPO COMPLETO)
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CONTRATO ATERMO POR6MESES(
ATEMPO COMPLETO)
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Barroso
Noticias de
15 de Outubro de 2015
Manuel Viage
Golos: Gabi e Michel
FUTEBOL
Taça de Portugal (2.ª
Eliminatória)
SPORT CLUBE PRAIENSE 4 MONTALEGRE 0
O Montalegre deslocou-se
aos Açores, ao Estádio Municipal
da Praia da Vitória, dia 27.09.2015
para tentar a passagem à 3.ª
eliminatória da Taça de Portugal,
mas uma arbitragem caseira matou
o sonho do Montalegre.
De uma grande penalidade
inexistente surgiu o 1.º golo
e o árbitro pouco depois não
assinalou castigo idêntico contra
o Praiense por falta clara sobre
Badará. O montalegre teve várias
oportunidades mas a bola teimou
sempre em não entrar na baliza.
Na 2.ª parte, um grande golo
de Marco Aurélio fez-se sentir
nos barrosões, que mesmo assim
lutaram e voltaram a ser infelizes na
finalização. Zack foi expulso com
segundo amarelo (mal mostrado). A
jogar com dez, a perder por 2-0 no
reduto do adversário a missão era
quase impossível para o Montalegre
que ainda teve mais oportunidades
de golo sem êxito. A arbitragem foi
vergonhosa.
DESPORTO
O Atei complicou muito a
tarefa dos barrosões que voltaram a
falhar muitos golos.
Logo aos nove minutos fica por
assinalar uma grande penalidade
sobre Michel. Depois grande duelo
entre o avançado do Montalegre,
Badará e o guarda-redes Grilo com
este último a levar a melhor e três
oportunidades desperdiçadas….
Aos 20m, o Montalegre abre o
marcador por Gabi mas deixase empatar aos sete minutos por
Carloto, duas grandes penalidades
bem assinaladas dentro de uma e
outra área.
Na etapa complementar,
o Montalegre aparece mais
determinado e agressivo, e o golo
da vitória do Montalegre surge
num passe errado do Atei e Robert
Michel volta a ser decisivo.
Vitória muito difícil do
Montalegre diante de um bom Atei.
O Vilar de Perdizes conseguiu
uma excelente vitória sobre o Régua
e o Salto voltou a perder, desta vez,
com o Santa Marta.
Resultados da Jornada
Campeonato Distrital de Vila
Real-Divisão Honra
Jornada 3, no Estádio Municipal de
Mondim, Dia 03.10.2015
ATEI 1 MONTALEGRE 2
Montalegre – Vieira; Igor,
Asprilla (viafara 60), Zé Luís e
Leonel Fernandes; Chico, Renteria e
Gabi (Zé Victor 61); Clayton (Vargas
77), Michel e Badará. Treinador: Zé
MONTALEGRE 2 SANTA MARTA 0
ABAMBRES
SANTA MARTA
ATEI
VALPAÇO
V. DE PERDIZES
MURÇA
RIBEIRA PENA
1-2 GD CERVA
5-0 GDC SALTO
1-2 MONTALEGRE
2-1 VIDAGO
1-0 RÉGUA
0-0 VILA POUCA
3-1 FC FONTELAS
4.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo
Vaz Pereira, Montalegre, Dia
11.10.2015
Montalegre – Vieira; Igor,
Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes;
Chico, Gabi (Tiago 79) e Victor;
Zack (Vargas 70), Badará e Michel
(Clayton 75). Treinador: Zé Manuel
Viage
Golos: Gabi e Nunes(p.b.)
Entrou muito forte o conjunto
barrosão que abriu o marcador
aos 21 minutos. Depois de má
reposição de bola do adversário,
Gabi ultrapassa o guarda-redes e
atira para o fundo das malhas.
O inicio da segunda parte foi
mal jogado, com intenção mas
muita confusão também. O Santa
Marta jogou melhor mas veio ao
decima o talento de Vargas que faz
grande jogada a culminar com autogolo de Nunes.
Vitória justa do Montalegre
e boa réplica do Santa Marta.Três
jogos, três triunfos e nove pontos
dão a liderança ao Montalegre
à quarta jornada com um jogo a
menos.
O Vilar de Perdizes foi empatar
ao Vila Pouca e o Salto conseguiu
averbar o primeiro ponto em
casa com a difícil formação do
Abambres.
NC/C/redacção
Resultados
GDC SALTO2-2A BAMBRES
MONTALEGRE
2-0 FC SANTA
MARTA
VIDAGO
2-1 ATEI
RÉGUA
3-1 GD VALPAÇOS
VILA POUCA
0-0 VILAR DE
PERDIZES
MESÃO FRIO
FC FONTELAS
1-1 RIBEIRA PENA
1-3 MURÇA
TAÇA DA AF Vila Real
1ª Eliminatória 2015/10/25
MESÃO FRIO
- RÉGUA
MURÇA
- VIDAGO
FC FONTELAS
- VILA POUCA
ATEI
- RIBEIRA PENA
GD CERVA
- GD VALPAÇOS
GDC SALTO- FC SANTA MARTA
MONTALEGRE
- ABAMBRES
PESCA
DESPORTIVA
Pisões Carp Classic 2015
Cerca de meia centena
de pescadores participaram na
primeira edição da “Pisões Carp
Classic” que decorreu na albufeira
do Alto Rabagão, concelho de
Montalegre. A prova foi organizada
pela Associação Portuguesa de
Carp Fishing com o apoio da
Câmara Municipal. Um evento
que teve os maiores prémios da
Europa referentes à modalidade. O
presidente da autarquia, Orlando
Alves,afirmouqueabarragem«pode
ser uma alavanca importantíssima
no
nosso
desenvolvimento
socioeconómico».
Organizada pela Associação
Portuguesa de Carpfishing (APCF),
a “Pisões Carp Classic”, prova
internacional de pesca à Carpa,
contou com 45 participantes
distribuídos por 20 equipas, oriundas
de quatro países (Portugal, Espanha,
Roménia e Inglaterra). Atribuiu os
maiores prémios monetários da
Europa, cinco mil euros distribuídos
por quatro classificações.
15
O Dr António Chaves diznos que «talvez valha a pena estar
atento a estes novos segmentos de
visitantes, para equacionar projetos
de investimento no turismo local.
A pesca à Carpa regista hoje uma
enorme expansão em toda a Europa
e, pelo que dizem os entendidos,
este é o melhor local do país para
essa modalidade desportiva».
TODO O
TERRENO
Graf Adventure Series +
480Adventure Series
A vila de Montalegre
recebeu um evento internacional
denominado “4x4 de Aventura
e Off Road GRAF ADVENTURE
SERIES – Montalegre 2015 Edition”.
Equipas
portuguesas,
espanholas, francesas, inglesas
e alemãs participaram num
espetáculo de corrida Todo o
Terreno que deu muita luta e criou
“suspense” durante as provas.
Foram mais de duas dezenas
de participantes oriundos de vários
países que competiram e lutaram
até à exaustão para superar os
obstáculos e dificuldades existentes
ao longo de um percurso que
se estendeu por algumas das
mais espetaculares paisagens do
concelho.
A organização a cargo da
Federação Portuguesa de Todo o
Terreno (FPTT) mostrou-se agradada
com as provas realizadas e o seu
presidente, Jorge Lima, afirmou que
os objetivos «foram completamente
atingidos, sobretudo em relação
à participação e promoção do
concelho de Montalegre, uma
região com condições ímpares
para a realização deste tipo de
competições».
Barroso
Noticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com
Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]
Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]
Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura
Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre
Registo no ICS: 108495
Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt
Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura,
Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo
Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
“ FLINTSTONES, carro artesanal”
…. Esta sim, Flintstones é a 2ª máquina, não nos passa despercebida, bem presente nos desenhos
animados da década de 70 com transmissão na RTP1 e mais tarde em 1994 na TVI.
A Fábrica da Igreja Paroquial de S Miguel de Laúndos, em Junho de 2013 apresenta o regulamento da
5ª Grande Descida de Carros Artesanais de Laúndos – Póvoa de
Varzim a realizar no dia 11 de Agosto de 2013. No artigo nº10 do
regulamento da prova, aborda o TEMA da prova (Desenhos
Animados & Banda Desenhada), eu tinha na memória um carro
sem motor que rolava sobre dois cilindros de pedra, conduzido por
Fred Flintstone, era um modelo ideal para a prova em questão.
Cá estou eu mais uma vez, a dar asas à imaginação e representar
Friães e o concelho de Montalegre. Neste desafio a inscrição foi logo aceite e neste caso não houve uma pré selecção porque as
inscrições não excediam a lotação máxima, no dia da prova reparei que dentro dos concorrentes era tudo gente conhecida e amiga, ali
vizinhos do mesmo concelho, só eu e o
meu amigo João Gonçalves que fomos
acompanhados pela família no itinerário
de 130km para a Póvoa de Varzim.
Resumindo a construção, passo a
enunciar as etapas:
1ª – Encontrar um chassis de um
carro de pequenas dimensões; dentro de
várias abordagens (carrinho de bebé,
bicicletas com rodas inferiores a 15”,
karts, e outros…, consegui encontrar um
chassis de um kart a pedal o qual já tinha
acoplado um sistema de travão (tubo
abrasivo sobre a borracha das 2 rodas do
eixo traseiro, 5 estrelas, só faltava o “resto”
adaptar as dimensões do chassis ao carro a
construir (dimensões e peso).
2ª – Planear a construção (havia prémio
para o carro mais ecológico) e claro que o
objectivo era alcançar o pódio, vamos então usar
madeira, cartão, platex, giesta, tecido e outros.
3ª - Processo de execução dos cilindros,
imitação de troncos laterais, conceber a cobertura
e sua estrutura realizar moldes em cartão, esboços
à mão, cálculos de desenho técnico, o uso de
ferramentas manuais e eléctricas. (a imagem da
série televisiva dos Flintstones apresentada em
cima à direita e o carro construído à esquerda).
4ª – Rectificação da rigidez e pontos de
união dos diversos materiais e elementos da
estrutura, verificar dimensões e começar com os
acabamentos, pintura e decoração.
Um volante feito com tampo redondo de
banco de pinho, uma estrutura metálica que
suporta-se os 2 cilindros em platex sobre dois
tubos 30x15 conformados a frio em forma circunferencial, banco em madeira forrado com
cartão, frente em cartão e troncos laterais com enchimento de espuma de poliuretano,
estrutura da cobertura em vara de giesta fixada com ráfia e um lençol branco na parte
superior da cobertura, são alguns dos elementos deste lindo carro que de madeira; foram
utilizados 30 metros em réguas de pinho tosco, 6 varas de giesta e 1 tábua de pinho, de
metal; tubo 30x15, tubo redondo de 40, tubo 40x40, tubo 15x15; de ferragens e tintas;
eléctrodos, rebites, parafusos, 10 latas de espuma manual de poliuretano, spray branco,
spray cinza, tinta para madeira cor castanho e outros. O carro final ficou com uma tara de
96kg e dimensões exteriores de: Largura (1,8m), comprimento (1,6m) e altura (1,6m). A participação foi a nível particular, não
havendo equipa, mas não posso deixar de referenciar os meus dois amigos que acompanharam durante algumas horas nocturnas na
construção, são eles; João Gonçalves e Vítor Moura, ambos de Friães.
A prova correu lindamente, os organizadores, os concorrentes e o público em geral proporcionavam um sentimento de
proximidade “estávamos em casa” , o tempo de prova não foi dos melhores, mas quando chamam ao palco o piloto do carro
Flintstones, Clemente Cima de Montalegre para receber o Prémio do Carro mais Ecológico, foi muito agradável, e ainda por cima
havia mais 3 carros com o mesmo modelo, foi um desafio contra todos e entre os 4 Flintstones, mas não havia dúvidas que o
Flintstones de Montalegre era o mais bem executado, nota que no regulamento o mesmo carro não podia alcançar dois prémios!!!
E agora???, vocês pensam que não há 3ª máquina, aguardem então a rainha das máquinas, morcego “ SEXTA 13” no Red Bull
Flugtag (Dia Das Asas) em Cascais no ano passado, 2014.
Clemente Cima

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