que garantem o escoamento da safra agrícola

Transcrição

que garantem o escoamento da safra agrícola
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Caminhões
que garantem o escoamento da safra agrícola
BIOCOMBUSTÍVEL: A energia do futuro
MAKING MODERN LIVING POSSIBLE
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com a excelência em
engenharia desde 1933
powersolutions.danfoss.com
ÍNDICE
Foto: Divulgação ABAG
&EJÎÍPo"OP
Foto: www.volvo.com.br
Caio Carvalho, presidente da Abag
4
6
18
22
Editorial
O contraste continua
34
Energia
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Entrevista
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Caminhões e Utilitários
38
40
42
Agricultura de Precisão
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Irrigação
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Clipping
Estratégia
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46
48
54
63
64
66
Visão
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Setor Sucroalcooleiro
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Estatísticas
Business World
Anunciantes
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
3
EDITORIAL
Coordenação Geral
Henrique Isliker Pátria
Diretora Executiva
Maria da Glória Bernardo Isliker
TI
Vicente Bernardo
O CONTRASTE
CONTINUA
Editor e Jornalista Responsável
Henrique Isliker Pátria (MTb-SP 37.567)
[email protected]
Reportagens e Entrevistas
Marcus Frediani (MTb 13.953)
Mário Rolim Cândido (MTb-SP 23.571)
[email protected]
Edição de Arte
Ana Carolina Ermel de Araujo
C
omo dizem os analistas, continuamos a ter dois Brasis. Um deles é aquele que
produz, aproveita os excelentes índices de produtividade do campo e cresce. O
outro é aquele emperrado, das promessas e marketing político, da preocupação
com a eleição ou a reeleição, da corrupção e dos desvios. Vejam o paradoxo.
Nesta edição convidamos nossos leitores para a entrevista exclusiva concedida à re-
Publicidade
Augusto Isliker - [email protected]
Jorge Camargo - [email protected]
vista Agrimotor, por Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio
Administrativo
tes do mundo. Cita como exemplo que em 1992 a produção média brasileira era de 1.500
Anderson Rodrigues Maria Rosangela de Carvalho
quilos por hectare e em 2012 passou para 3.250 quilos, ou seja, mais do que o dobro. Só
Colaboradores
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#P[[Pt+PTÏ3PCFSUP-PQFTt7BMUFS"Q'FSSFJSB
Impressão e Acabamento
Ipsis Gráfica e Editora
REVISTA AGRIMOTOR
É uma publicação de propriedade da
(SJQT.BSLFUJOHF/FHØDJPT-UEB
com registro no INPI sob no 826584527
– Abag, na qual destaca a qualidade do produtor brasileiro que é um dos mais eficien-
que este mesmo produtor perde grande parte desta produtividade quando tem de usar a
infraestrutura necessária para o armazenamento ou escoamento desta produção pois todo
processo logístico é ineficiente, deteriorado ou até mesmo inexistente.
Quando estávamos concluindo a elaboração deste editorial, pudemos ver a notícia apresentada no portal UOL, dia 15 de outubro, dando conta da assinatura pela presidente do Brasil
de liberação de nova verba para o metrô de Salvador, uma obra que começou há treze anos, já
consumiu mais de 1 bilhão de reais e nunca entrou em operação. Tirem suas conclusões.
Nesta edição, outro destaque é para a Fenatran, a maior feira de transportes da América
Latina, que vai se realizar em São Paulo. Todas as grandes montadoras de caminhões e veículos pesados estão apostando neste evento como uma vitrine para assegurar seu market
share, ou melhor ainda, na medida do possível ampliá-lo.
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Também nesta edição falamos do setor de energia, principalmente a derivada da biomassa. Vai acontecer em São Paulo nos próximos dias, um evento denominado Biotech Fair,
em que se coloca em cheque a real eficácia dos biocombustíveis e as alternativas para se
obter este combustível que está sendo apresentado como a grande mudança e a grande
alavanca brasileira no quesito energia.
As matérias assinadas são de responsabilidade dos
autores. Reproduções de artigos e matérias estão
autorizadas desde que citada a fonte.
Complementamos a edição com a mais ampla e eficiente cobertura dos grandes eventos
que ocorreram no agronegócio recentemente e as novidades no campo da irrigação, setor
sucroalcooleiro, agricultura de precisão, estatística e outros acontecimentos importantes.
Não deixe de ler as crônicas de nossos articulistas que retratam o cotidiano do agronegócio brasileiro.
Edição 86 - Ano 9
Setembro - Outubro 2013
Boa leitura!
Capa: Fotos Sxc.hu, Vecteezy
e Divulgação
Criação: Ana Carolina Ermel de Araujo
Circulação: Mensal
Henrique Isliker Pátria
Editor Responsável
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ENERGIA
VOLVO INICIA PROJETO DE
GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR
E EÓLICA EM CURITIBA
As duas fontes de energia são complementares e vão permitir um resultado de
geração de energia mais estável, de acordo com a conveniência do clima.
O
Foto: www.sxc.hu
projeto inicial conta uma
turbina eólica e trinta
painéis de captação de
energia solar. A potência
instalada é de 9,3 kW e o sistema
está ligado diretamente à rede elétrica que abastece os escritórios da
linha de montagem de caminhões
e ônibus. “Iniciamos em uma área
piloto para, no futuro, ampliar o
projeto para as linhas de montagem”, explica Marcos Lima, gerente
de engenharia de fábrica.
Desde o início de suas operações, há mais de 85 anos, a Volvo
adotou como valores essenciais a
segurança, a qualidade e o respeito ao meio ambiente. Desde então, a empresa investe em
6
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
tecnologias, produtos e projetos
que contribuam com o desenvolvimento de soluções sustentáveis de
transporte e também aplicadas aos
seus processos produtivos.
“Uma empresa torna-se sustentável mantendo um caminho constante de inovação em suas práticas.
Para ser sustentável, uma inciativa precisa ser economicamente viável, correta
do ponto de vista
social e ecolo-
gicamente adequada. Hoje, a sustentabilidade está popularizada,
mas a adoção de práticas alinhadas
a este conceito faz parte da história
da Volvo”, destaca Cyro Martins, diretor de operações de manufatura
do Grupo Volvo no Brasil.
ENERGIA
ENERGIA DA BIOMASSA É
DESTAQUE EM CONGRESSO
INTERNACIONAL
Tecnologias para aproveitamento dos recursos da biomassa e as tendências deste
mercado serão apresentadas no 8º Congresso Internacional de Bioenergia.
O
Foto: Agência Petrobras
Brasil se destaca mundialmente pela geração
de energia renovável. A
presença da energia de
biomassa vem crescendo rapidamente nos últimos anos e a adoção deste tipo de energia ajuda a
reduzir a pressão sobre as fontes
tradicionais e oferece um destino
sustentável para resíduos agropecuários e urbanos.
Com a presença de renomados
palestrantes nacionais e internacionais o Congresso de Bioenergia está
distribuído em painéis sobre Etanol
8
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
e Cana-de-Açúcar, Biodiesel e Bioquerosene, Biomassa e Resíduos
Sólidos Urbanos e Rurais. Confira a
apresentação sobre adoção de políticas de incentivo às energias renováveis, onde o diretor da Associação
Europeia das Indústrias de Biomassa, Jean-Marc Jossart, trará exemplos dos benefícios à economia e ao
meio ambiente na adoção de políticas de incentivo às energias limpas.
E também a apresentação de Olivier
Dubois, coordenador do grupo de
bioenergia, meio ambiente e mudança de clima da Organização das
Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO).
Simultaneamente ao Congresso,
acontece a 6ª edição da BioTech Fair
- Feira Internacional de Tecnologia
em Bioenergia e Biocombustíveis,
que reúne empresas ligadas à produção de máquinas, equipamentos
e tecnologias voltadas às energias
renováveis, com destaque à biomassa e biocombustíveis.
O Congresso Internacional de
Bioenergia acontece de 5 a 7 de novembro, no Centro de Exposições
Imigrantes, em São Paulo.
ENERGIA
NOVAS
CULTURAS PARA
BIOCOMBUSTÍVEIS
No Brasil, o foco das ações será a região Nordeste, buscando identificar culturas
energéticas que contribuam para inclusão social de pequenos produtores.
R
Agroforestry Centre, com o apoio
do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD)
e do Governo da Índia. O Brasil tem
assento no comitê diretor
do programa, represen-
Fotos: Embrapa e SXC.hu
eduzir a pobreza e aumentar a segurança alimentar
e energética de países em
desenvolvimento, além de
reduzir as emissões de gás
carbônico. Esse é o objetivo de um programa que
busca culturas alternativas
para biocombustíveis, iniciado neste ano pelo World
10
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
tado pelo chefe-geral da Embrapa
Agroenergia (Brasília/DF), Manoel
Teixeira Souza Júnior.
O programa terá duração de
quatro anos, com pesquisas focadas nas cadeias produtivas de culturas não-alimentares ou com múltiplos usos, especialmente as que
podem ocupar áreas com menor
disponibilidade de água ou impróprias para o plantio de alimentos.
No Brasil, o foco das ações será
a região Nordeste. “A questão
principal do programa é identificar culturas energéticas que contribuam para inclusão social de
pequenos produtores em áreas
pobres; por isso, queremos trabalhar com o Nordeste”, explica
Souza. Outro motivo que levou
a Embrapa a escolher essa região é a necessidade de novas
oleaginosas que possam ser
produzidas no local para abastecer as usinas de biodiesel. A
ideia é implantar campos de
demonstração e experimentação com integração lavoura /
floresta, em que sejam cultivadas, por exemplo, macaúba e
pinhão-manso.
ENERGIA
NOVA LINHA DE TRANSMISSÃO
Sistema inclui 348 quilômetros de linhas de transmissão para levar a energia
gerada na usina de Itaipu até Assunção, no Paraguai.
Foto: Divulgação Itaipu
A
linha de transmissão de
500 kV entre a usina de
Itaipu, em Hernandárias,
e a subestação de Villa
Hayes, na Grande Assunção está
passando por um ensaio de confiabilidade, processo que envolve
uma série de ensaios elétricos e
testes, e, se tudo ocorrer bem, o
linhão entra em operação normal
até o dia 30 de outubro.
Possivelmente, o início da energização deve coincidir com a data
em que a Itaipu estará atingindo a
casa dos 75 milhões de megawatts-hora (MWh), produção garantida em contrato. Esse sistema de
transmissão em 500 kV inclui 348
quilômetros de linhas de transmissão e 759 torres para levar a energia gerada na usina até Assunção,
capital do Paraguai.
Na prática, o sistema vai ampliar
a capacidade do país vizinho de
aproveitamento da energia produ-
zida por Itaipu – empreendimento
binacional, que pertence ao Brasil
e ao Paraguai. Só na primeira fase,
com a entrada em operação da
linha, a capacidade de recepção
pelo Paraguai da energia produzida em Itaipu será ampliada em
1.200 megawatts (MW).
Com este aumento da capacidade
do sistema de transmissão de energia e com a modernização e reforços
necessários nos sistemas de distribuição, o Paraguai terá todas as condições de resolver os gargalos atuais,
como os apagões, que acontecem,
sobretudo, no período do verão.
ENERGIA
BID DESTINA US$ 25
MILHÕES PARA PROJETOS
DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Batizado de EEGM, este instrumento de avaliação de crédito oferece uma
garantia exclusiva para edificações.
O
utilizado para beneficiar os agentes
financeiros, melhorando inclusive as
taxas de juros cobradas, ou para garantir o desempenho de eficiência
energética. “A garantia pode também
ser usada para cobrir inadimplências”,
explica Álvaro Silveira, sócio-diretor
da Atlas Consultoria, empresa contratada pelo BID para administrar este
programa. Os recursos disponíveis
para isso são de US$ 25 milhões.
Até agora já foram realizados três
projetos com o apoio do BID, através
do instrumento EEGM, um edifício co-
Foto: www.sxc.hu
s projetos de eficiência
energética para edificações
no Brasil ganharam um importante apoio do Banco
Interamericano de Desenvolvimento
(BID). A iniciativa pioneira foi apresentada na 18ª Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado,
Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar a empresários e profissionais do setor. Batizado de EEGM, este
instrumento de avaliação de crédito
oferece uma garantia exclusiva para
projetos de edificações, podendo ser
12
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
mercial no Ceará, uma planta industrial no interior de Minas Gerais e um
shopping center em São Paulo. “A expectativa é realizar mais seis projetos,
ao longo dos próximos meses, que
devem somar R$ 60 milhões”, estima
Silveira.
O projeto é fruto de uma iniciativa apresentada pelo BID em parceria
com o Programa de Desenvolvimento
das Nações Unidas (PNUD) e o Fundo
Global para o Meio Ambiente (GEF). A
garantia só pode ser dada a projetos
de eficiência energética voltados para
edificações. Mais informações em
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ENERGIA
BRASIL É LÍDER EM
ENERGIA DE BIOMASSA
Estudo feito nos Estados Unidos destaca a posição do Brasil no mercado de
utilização de biomassa para a produção de energia, com16% do uso mundial.
O
Em nosso país, há três anos, 21% da
energia utilizada pela indústria provinham do bagaço da cana-de-açúcar e
7% de outras fontes renováveis. Outra
fonte importante para a indústria é
a do carvão vegetal, especialmente
para a produção de ferro e aço. O etanol é o principal biocombustível do
Brasil, feito de cana, e também dos
Estados Unidos, do milho.
A pesquisa constata que a produção de energia a partir de fontes de
biomassa é crescente. O estudo foi
Foto: Agência Petrobras
Brasil é o líder quando se
trata de utilização de biomassa na produção de
energia, com16% do uso
mundial, seguido pelos Estados Unidos, com 9% e Alemanha, 7%. Os dados foram compilados em pesquisa
realizada pela IEA Bioenergy Task 40,
uma divisão especializada em bioenergia da Agência Internacional de
Energia e apontam que os quinze países do topo dessa lista representam
65% do uso global de biomassa em
sua matriz energética. Biomassa responde por um décimo da produção
de energia no planeta.
14
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
produzido com o objetivo de obter
um panorama da utilização de obtenção de energia a partir de fontes de
biomassa e estabelecer uma lista dos
maiores usuários. Os dados, no caso
do Brasil, foram coletados em informações do ministério de Minas e Energia,
União da Indústria de Cana-de-Açúcar,
União dos Produtores de Bioenergia e
da Agência Nacional do Petróleo, Gás
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SUPERIO R
QUILÔMETROS DE HISTÓRIAS
ENTREVISTA
BLINDANDO O
CALCANHAR
Com o aumento da produção interna e da responsabilidade do Brasil em
abastecer o mundo de alimentos, é preciso encontrar saídas urgentes para
gerar ainda mais eficiência para o agronegócio no Brasil.
Marcus Frediani*
S
egundo Caio Carvalho, presidente da Abag, em entrevista exclusiva, da porteira para
dentro da fazenda, o produtor
agrícola brasileiro é um dos mais eficientes do mundo. Prova disso é que a
produção média brasileira por hectare,
que era de 1.500 quilos de grãos, em
1992, saltou para 3.250 quilos na safra
2011/12, performando um aumento
de nada menos do que 116%. Só que
o agricultor brasileiro começa a perder
toda essa vantagem acumulada na
hora de escoar sua produção, pois se
depara com uma estrutura de transporte arcaica, insuficiente, deteriorada
ou, em muitos casos, inexistente. Com
isso, o custo, por exemplo, de um contêiner de grãos colocado no porto brasileiro chega a alcançar a exorbitante
marca de US$ 1.790, contra US$ 690 de
outros países concorrentes do Brasil.
Seguindo o mesmo mau exemplo,
a atual estrutura de armazenamento
do agronegócio brasileiro também é
bastante deficitária. Um levantamento
do ministério da Agricultura apontou
que a capacidade estática de estocagem nas fazendas brasileiras é hoje de
apenas 15%. Na Argentina, esse índice
está entre 35% e 45%; na Austrália, em
35%, nos Estados Unidos entre 55%
18
e 60% e, no oeste do Canadá, em impressionantes 85%. Segundo cálculos
do governo, estima-se ser necessário
um investimento da ordem de R$ 16
bilhões apenas para reduzir o déficit
de armazéns. E todos esses problemas
“A falta de
infraestrutura
adequada é
o calcanhar
de aquiles do
agronegócio
brasileiro”
tendem a se agravar com o aumento
da produção agrícola brasileira. A previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) é de que o mundo necessitará
de um aumento da ordem de 20% na
produção de alimentos até 2020 para
atender à demanda da população. E
a maior parte dessa elevação na produção – 40% – deverá ser conseguida,
segundo a entidade, pela agricultura
brasileira. Sem dúvida, uma gigantesca responsabilidade.
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
“A falta de infraestrutura adequada
é o calcanhar de aquiles do agronegócio brasileiro”, registrou Luiz Carlos
Corrêa Carvalho, mais conhecido no
meio como Caio Carvalho, presidente
da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) durante a realização, em São
Paulo, no começo do mês de agosto,
do 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que teve como tema Logística e
Infraestrutura - O Caminho da Competitividade do Agronegócio. O mesmo registro ele faz nesta entrevista concedida
à revista Agrimotor, na qual fala com
exclusividade sobre esses gargalos e
sobre outros desafios que insistem em
se interpor ao pleno desenvolvimento
do agronegócio no País, tais como a demora de aprovação de novas moléculas
de produtos que defendem as culturas
de pragas e doenças, o que, em sua leitura, “é quase caso de polícia” no Brasil.
Mas, entre prós e contras, Caio deixa na
entrevista que você lê nesta e nas próximas páginas uma clara mensagem: se
problemas não faltam, soluções inteligentes para eles também não haverão
de faltar.
AgriMotor: Como vem evoluindo a
produção média por hectare no Brasil
ao longo da última década?
ENTREVISTA
Caio Carvalho: Desde meados do
século passado, assistimos uma evolução geral impressionante na produtividade agrícola brasileira. Não obstante, o espaço para crescimento desse
índice ainda é bastante significativo.
Os concursos de produtividade feitos
pelas empresas, que normalmente são
realizados em pequenas áreas e com
emprego de alta tecnologia, somente
para efeito de demonstração, revelam
exatamente isso. Quando se toma a
área e a produção brasileira de grãos,
a produtividade era de 1,87 toneladas
por hectare na safra 1990/91, enquanto, hoje, é de 3,5 toneladas por hectares. O salto foi de praticamente 100%.
E poupamos quase 50,0 milhões de
hectares nesse período para a preservação da fauna e flora.
últimos anos, temos crescido
em torno de 15 a 20 milhões de toneladas por
ano. Como podemos
chegar perto de 200
milhões de toneladas na safra 2013/14,
a situação pode ficar
ainda mais crítica.
AG - Some-se a
isso o caos logístico
atualmente reinante no
país – gerado pelas deficiências na infraestrutura
de transporte e armazenamento – e teremos a fórmula
da “tempestade perfeita”.
Como evitá-la?
AG - O que possibilitou esse avanço?
Carvalho - Ele é fruto dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A agricultura nacional
incorporou práticas tropicais e inéditas de produção. E é preciso, ainda,
levar em consideração a incorporação brilhante do bioma cerrado, com
excelentes produtividades.
Fotos:www.sxc.hu e Divulgação Abag
AG - Quais são os principais desafios que se interpõem a um salto
de competitividade ainda maior do
agronegócio no país atualmente?
Carvalho - Antes da porteira, a
demora e a dificuldade de aprovação
de novas moléculas de produtos que
defendem as culturas de pragas e doenças é quase caso de polícia. Dentro
das porteiras das nossas fazendas, a
agricultura mostra uma grande força
competitiva em termos de custo de
produção. O problema aparece cada
vez mais forte a partir daí, principalmente com o fato de as fronteiras agrícolas terem migrado para as regiões
mais distantes do Brasil central. Nos
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
19
ENTREVISTA
Carvalho - A falta de infraestrutura
adequada é o calcanhar de aquiles do
agronegócio brasileiro. Precisamos encontrar políticas que nos possibilitem
virar esse jogo, a fim de termos melhores condições de competir com produtores dos Estados Unidos, Argentina e de outros países com os quais
disputamos o comércio internacional
de commodities agrícolas. Temos urgência numa solução de curto prazo
para uma situação que é insustentável,
sobretudo por afetar o agronegócio,
segmento considerado o principal responsável pela geração de excedente
de exportação no comércio exterior,
sendo, portanto, o responsável pelo
crescimento econômico do país.
AG - Mesmo assim, o governo não
se mexe?
Carvalho - O governo lançou programas para estimular investimentos
20
para aumentar a capacidade de armazenagem das propriedades rurais. As
condições dos empréstimos são bem
favoráveis, mas os resultados não surgem de imediato. Temos, agora, uma
rodada importante de licitações para
obras de infraestrutura e logística em
rodovias e ferrovias. Precisamos urgente dessas obras: é uma verdadeira prova
de fogo para os nossos governantes.
AG - No começo do mês de agosto, durante a realização do 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, organizado pela
Abag com o tema Logística e Infraestrutura – O Caminho da Competitividade do
Agronegócio, o senhor teve oportunidade de frisar que muitos desses problemas
tendem a se agravar com as perspectivas
de aumento da produção e da maior
necessidade de alimentos e de energia
projetada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), em cujo processo,
a agricultura brasileira terá
grande responsabilidade,
algo em torno de 40%. É
uma grande responsabilidade, não é mesmo?
Carvalho - Sem dúvida. Os estudos da OCDE
e a da Organização para
Agricultura e Alimentação das Nações Unidas
(FAO) convocam o Brasil
para a necessidade de
assumir uma grande responsabilidade no mundo. Os anseios de muitos
países estão depositados sobre a agricultura
brasileira para garantir
sua segurança alimentar.
Não podemos negar que
isso significa uma importante janela de oportunidade. Na área de energia
renovável, com o etanol
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
e o biodiesel, a situação também é
muito similar. Reclamamos da falta de
estratégia no Brasil para levar a cabo
essa gigantesca empreitada. Essa é,
sem dúvida, uma grande alternativa
estratégica ao país, pois ajudará na
retomada com mais força do crescimento do PIB doméstico.
AG - Quais seriam as soluções no
curto e médio prazos para enfrentarmos esses problemas?
Carvalho - O Bernardo Figueiredo,
presidente de Empresa Brasileira de
Logística (EBL), deixou algumas pistas
interessantes em seu pronunciamento no Congresso Brasileiro do Agronegócio. Na carteira de projetos em
andamento do ministério dos Transportes, está prevista a conclusão da
pavimentação da BR 163 até o porto
de Miritituba (PA). Até o momento,
mais de dois terços do trecho de terra,
de 883 quilômetros, foram asfaltados.
Com isso, a soja produzida no Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul ganha a
opção de escoamento pelo Norte do
país, com trajeto de 700 quilômetros
mais curto do que o percorrido até
os portos de Santos (SP) e Paranaguá
(PR). Neste momento, sentimos o brutal impacto negativo da elevação do
custo de transportes e do congestionamento dos portos nas operações
da compra antecipada da safra pelos
processadores. Isso poderá afetar o
financiamento do setor.
AG - Nesse sentido, nem a aprovação da Nova Lei dos Portos gerou benefícios tangíveis para o agronegócio
brasileiro?
Carvalho - Entre 2002 e 2011, o comércio exterior brasileiro cresceu de
US$ 100 bilhões para US$ 480 bilhões,
enquanto a movimentação de contêineres passou de 2 milhões para 5,3 milhões. Cerca de 95% dessas operações
ENTREVISTA
se dão através dos portos. A
avaliação dos impactos da
nova Lei dos Portos está sendo analisada. Temos de levar
em conta a situação particular
de cada um dos portos. No
médio prazo, partimos da visão de que haja efetivamente
um aumento da competitividade dos produtos brasileiro no mundo globalizado. A
busca da economia de escala
é imprescindível às tarifas baixas, ao mesmo tempo em que
o emprego de novas tecnologias e equipamentos, assim como o
treinamento da mão de obra, deverão
promover a crescente melhoria da produtividade dos terminais.
AG - Como o senhor avalia o estágio
atual dos financiamentos colocados à
disposição do médio agricultor?
Carvalho - O pacote do Plano Safra
2013/14 prevê a aplicação de R$ 136
bilhões, sendo R$ 97,6 bilhões para
financiamentos de custeio e comercialização e R$ 38,4 bilhões para os
programas de investimento. Desse total, R$ 115,6 bilhões serão com taxas
de juros controladas, de 5,5% ao ano,
sendo que serão menores em modalidades específicas: de 3,5% para programas voltados à aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de
irrigação e estruturas de armazenagem; de 4,5% ao médio produtor rural; e de 5% para práticas sustentáveis.
Existem, ainda, os recursos dos títulos
no agronegócio captados junto ao
mercado de capitais. Foram disponibilizados R$ 13,2 bilhões pelo Programa
Nacional de Apoio ao Médio Produtor
Rural (Pronamp) para custeio, comercialização e investimento. Na verdade,
a situação do crédito rural melhorou
muito nos últimos anos. Em termos
comparativos, as políticas públicas
para o setor deveriam também priorizar o estabelecimento de medidas
mais concretas para a disseminação
do seguro rural, que ainda engatinha
no País.
AG - De que forma a alta do dólar tem favorecido o agronegócio no
Brasil?
Carvalho - O impacto da desvalorização do real frente ao dólar não é homogêneo no agronegócio, pois cada
cadeia produtiva possui a sua característica própria, como os setores de sementes, defensivos, fertilizantes, máquinas e equipamentos, entre outros.
Nas culturas em que a participação
brasileira é bem expressiva na produção e comércio internacional – como
café, açúcar e laranja –, a tendência é
de provocar queda nas cotações internacionais. É um efeito de compensar a intensidade da desvalorização.
Nos outros produtos, os agricultores
poderão se beneficiar com a desvalorização e melhorar as suas margens,
de acordo com a subida dos custos.
AG - Dadas às perspectivas de crescimento da produção agrícola no Brasil, praticamente todas as montadoras
de caminhões lançaram versões de Super Pesados – como foi o caso da VW,
Ford, Iveco, Man e Mercedes-Benz –,
bem como a da indústria de máquinas
agrícolas para suprir o setor. Como o
senhor analisa essa dinâmica?
Carvalho - De forma muito positiva. O processo de mecanização agrícola acelerado e fundamental nos
ganhos de eficiência, seja por meio
da chegada de novos tratores e implementos, seja por meio de novos
conjuntos de caminhões e carretas.
Aliás, essa movimentação também
funciona como um indicador da melhoria nos resultados econômicos
das cadeias produtivas, na medida
em que vem incorporando tecnologia constantemente.
AG - O único problema nisso talvez
seja que grande parte das máquinas
e equipamentos utilizados pelo agronegócio brasileiro vêm de fora, e são
vendidos por preços bem mais baixos
do que os similares comercializados
pelos fornecedores nacionais, muitos
deles em situação delicada, em função
da ausência de vendas. Há uma luz no
fim do túnel para eles?
Carvalho - Essa é uma discussão
sensível, pois mostra a fragilidade do
chamado Custo Brasil, no caso, face aos
impostos, principalmente. Na agenda
setorial, esse é um tema crucial.
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
21
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
SCANIA STREAMLINE:
QUEM BEBE NÃO DIRIGE
Gama caracterizada por economizar diesel traz um bafômetro integrado ao painel: o
caminhão só parte após o motorista comprovar que não está alcoolizado.
A
PRODUTO
A marca aproveita o lançamento do
Streamline para apresentar a quarta
geração da caixa de câmbio Scania Opticruise, que possui novo sistema de lubrificação e nova função de condução:
modo econômico. Trata-se de mais uma
evolução da caixa que, trabalhando em
conjunto com o Ecocruise, o piloto automático inteligente da fabricante, resulta
em significativa economia de combustível. O desempenho do Streamline está
garantido pelos potentes propulsores
de 13 e 16 (V8) litros. Para ajudar ainda
mais no controle da velocidade e aumentar a segurança, está disponível no
pacote de opcionais o Scania Retarder.
O Streamline também chega para
ampliar o conforto e a busca pela re-
Foto: Divulgação
Scania apresenta ao mercado
um novo conceito de solução
de transporte, o Streamline,
em que produtos e serviços
são oferecidos juntos, como um só
pacote ao cliente. O Scania Streamline
está disponível para as cabines rodoviárias já existentes G, R e R Highline e
proporciona tudo o que a marca pode
entregar em termos de economia de
combustível, disponibilidade e rentabilidade. Os caminhões podem chegar
a até 15% de redução de consumo,
pois trazem uma combinação formada pelos novos ganhos aerodinâmicos
com defletores de ar, o eficaz trem de
força, a nova caixa de câmbio Scania
Opticruise e os eficientes motores
Euro 5, os propulsores a diesel menos
poluentes da história da Scania no
Brasil, lançados em 2012.
22
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
dução de consumo, uma das principais
missões do condutor. No lado externo da
cabine as mudanças que caracterizam o
Streamline são os ganhos aerodinâmicos e imponentes das laterais da grade,
defletor de ar de série, grafia especial,
novo design do quebra-sol e para-choque rebaixado, que agora “abraça” os
degraus. Os modelos também são equipados com lanternas em LED e faróis H7
de halógeno de série e, como opcional,
novos faróis de xenônio. O renovado
controle da suspensão a ar ganhou quatro opções de memória e alta de 25% no
intervalo de manutenção.
O interior da cabine também traz
novidades. O cliente vai encontrar um
novo computador de bordo, novo rádio
com GPS, bluetooth e USB, novas cores
de revestimento nos painéis da parede,
novos assentos de couro (com ventilação e ajuste de pescoço) e climatizador
de série. Pela primeira vez no Brasil, a
Scania disponibiliza um bafômetro
integrado ao painel. O caminhão
só dará partida após o motorista fazer o teste e comprovar
que não está alcoolizado.
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
FORD ENTRA NA LINHA
DE EXTRAPESADOS
Com design moderno, é robusto e foi projetado para operar em condições exigentes.
E
no interior paulista, e nos campos de
teste em Gebze, na Turquia, em Boxberg e Behr, na Alemanha, Lommel,
na Bélgica, em Idiada, na Espanha e
Mira, na Inglaterra. Os testes de frenagem foram realizados em um lago
congelado na Suécia e as provas de
alta temperatura, no deserto da Arábia Saudita.
Os novos veículos foram projetados
para operar em condições de rigorosas
exigências e por isso possuem grande
robustez e vêm equipados com um pacote competitivo de tecnologia, segurança, baixo custo de operação e manutenção e um trem de força potente
e econômico, além de uma cabine
com design moderno e leito confortável que favorece a produtividade.
Fotos: SXC.hu e Divulgação
m agosto a Ford lançou os seus
primeiros caminhões globais,
que são os extrapesados Cargo
2042 4 X 2 e Cargo 2842 6 X 2
respectivamente para 49 e 56 toneladas. Este é um projeto conjunto desenvolvido pelas engenharias do Brasil e
da Turquia, acrescentados de recursos
tecnológicos de outras regiões.
Os extrapesados da Ford foram
apresentados para a imprensa brasileira no deserto do Atacama, no Chile,
um local onde as condições são totalmente adversas principalmente pelo
seu clima extremamente seco e frio.
Antes de serem lançados os novos
veículos, que consumiram investimentos estimados ao equivalente a
R$ 7,1 bilhões rodaram mais de um
milhão de quilômetros em testes no
Campo de Provas da Ford em Tatuí,
24
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
A nova linha Ford está equipada
com motor FPT de 10,3 litros, que
atende à norma Proconve P-7 (Euro
5), com potência de 420 cv e torque
de 1.900 Nm e equipada de série com
câmbio automatizado ZF ASTronic de
12 velocidades.
Totalmente basculante, a cabine do
novo caminhão com ângulo de abertura acentuado, chegando a 68º o que
facilita o acesso aos componentes do
motor e outros agregados.
Já o novo painel traz ferramentas para auxiliar no monitoramento
do veículo, indicando ao motorista a
melhor rotação de trabalho do motor
para o menor consumo de combustí-
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
vel. Com isso, ele pode acompanhar
em tempo real o consumo de combustível e, ao final da viagem, conferir
a sua autonomia e produtividade, entre outras informações relacionadas à
operação do caminhão.
A Ford resolveu iniciar sua participação neste segmento dos extrapesados porque, segundo dados apurados, estes veículos movimentaram
R$ 10,8 bilhões em 2012 e este ano as
projeções são de um crescimento de
mais 30%, com faturamento de R$ 14
bilhões na venda desses caminhões.
Outro ponto avaliado é de que a
marca tem grande penetração no
mercado brasileiro, – participação de
21,1% no Brasil, considerando os segmentos de até 46 toneladas nos quais
a marca até então estava presente
– além de uma tradição de mais de
cinquenta anos, oferecendo produtos com ótimo custo-benefício para
o transportador. Também a sua rede
de concessionárias de mais de 140
pontos em todo território nacional
dará suporte a um bem bolado plano
de manutenção preventiva a cada 40
mil quilômetros aliada a uma garantia
sem limite de quilometragem pelos
doze meses iniciais.
A Ford acredita que para ambos os
veículos oferece uma das melhores
relações custo-benefício da categoria. O Cargo 2042 4x2, com capacidade máxima de tração de 49 toneladas,
tem preço sugerido de R$ 260.900 e
o Cargo 2842 6x2, com capacidade de
56 toneladas, de R$ 294.900.
“É um caminhão que entrega robustez e desempenho com economia e rentabilidade, variáveis essenciais na equação de custos de todo
transportador do segmento de cargas”, afirma Guy Rodriguez, diretor
de operações da Ford Caminhões
para a América do Sul.
FORD PROMOVE
TEST-DRIVE DO NOVO
CARGO EXTRAPESADO
Os dois novos modelos extrapesados da linha Cargo
(Cargo 2042 e Cargo 2842) trazem uma série de avanços
na tecnologia, segurança, economia e robustez.
O
s visitantes da Fenasucro, em Sertãozinho,
interior de São Paulo,
foram os primeiros a
dirigir os dois novos modelos de
caminhões extrapesados Cargo
2042 e Cargo 2842, da Ford. Foi
a primeira vez que a marca ofereceu test-drive dentro da feira,
para mostrar a força e tecnologia
dos produtos.
Maior lançamento do mercado
de caminhões, os dois novos modelos extrapesados da linha Cargo trazem uma série de avanços
na tecnologia, segurança, economia e robustez para o segmento
de transporte rodoviário de longa
distância.
O Cargo 2042 tem tração 4 x 2
e peso bruto total combinado de
49 toneladas. O Cargo 2842, com
tração 6 x 2, tem peso bruto total
combinado de 56 toneladas. Ambos vêm com motor FPT de 10.3
litros com potência de 420 cv e
torque de 1.900 Nm, forte e econômico. A transmissão automatizada de doze marchas, de funcionamento simples e suave, conta
com recursos como controle automático de velocidade e modo de
manobra.
Outro diferencial é o
conforto oferecido para o
motorista. Sua
cabine leito com
suspensão conta
com uma das maiores camas do mercado, banco extraconforto, coluna de direção ajustável,
ar-condicionado, vidros e travas
elétricos. Vêm também com controle automático de tração, freios
ABS com EBD e dois tanques de
combustível com capacidade total de 650 litros. O controle eletrônico de estabilidade é disponível
como opcional no Cargo 2842.
Os dois modelos contam com
a assistência pós-venda da rede
Ford Caminhões, formada por 140
distribuidores exclusivos no Brasil,
e com o melhor custo-benefício
da categoria. O Cargo 2042 custa R$ 260.900,00 e o Cargo 2842,
R$ 294.900,00.
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
25
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
ROBUSTEZ E ALTA
PRODUTIVIDADE
Consagrados pelo baixo consumo, disponibilidade e produtividade, os caminhões da linha
FH da Volvo chegaram ao mercado em 2012, com nova motorização.
O
Fotos: SXC.hu e Divulgação
s caminhões da linha FH
são robustos e oferecem
alta disponibilidade. O eixo
traseiro, sem redução nos
cubos, dotado de uma carcaça fundida e com mais avanços tecnológicos,
permite que seja ainda mais durável e
tenha menores níveis de ruídos.
Outro diferencial dos caminhões
da linha FH é a caixa de câmbio
I-Shift, que já equipa mais de 85%
dos caminhões FH da Volvo. O sucesso deve-se, em boa parte, à redução
de até 5% no consumo de combustível em relação aos veículos com
equipamentos manuais, à maior durabilidade da embreagem e ao menor desgaste dos pneus da tração.
“Esta tecnologia torna os caminhões Volvo os mais econômicos do mercado. O consumo de combustível
26
pode representar até 50% do custo
operacional do transporte, e o transportador sabe fazer as contas”, afirma
Alvaro Menoncin, gerente da engenharia de vendas da Volvo.
CABINES
A linha FH de caminhões Volvo
oferece uma ampla gama de cabines
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
projetadas para atender as necessidades dos transportadores em suas diferentes aplicações e garantem muito
mais conforto ao motorista, por conta
dos atributos internos.
Cabines maiores permitem ao
motorista encontrar uma posição
de assento ideal, graças ao espaço
extra. O banco do condutor dos caminhões da linha F se adapta perfeitamente aos usuários, inde-
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
pendentemente de qual seja o porte
do motorista, pois tem uma grande
variedade de regulagens.
Os bancos têm ajustes de altura e
para a coluna lombar, entre outros.
Têm tecidos apropriados para este
fim e muito fáceis de limpar, além de
ter uma espuma com densidade mais
macia em alguns pontos e mais rígida
em outros.
O banco tem apoio de cabeça integrado ao encosto. O cinto é também
integrado ao encosto, evitando que o
efeito da suspensão tencione o cinto e
cause desconforto.
As cabines dos caminhões Volvo
proporcionam ao condutor o conforto ideal para dormir bem, e também
o espaço adequado para descanso do
motorista ou do acompanhante durante a viagem.
FREIOS
Os freios da linha F são do tipo “Z”
came, o que possibilita frenagem
ainda mais segura e menor custo de
manutenção. Os caminhões atuais
contam com sistemas de frenagem
complementares. A Volvo equipa
os seus caminhões com o mais potente sistema de freio-motor, que
oferece potência de frenagem de
410cv e 500cv.
O freio-motor garante velocidades médias maiores em descidas de
serra com maior segurança, e o mo-
torista utiliza menos os freios de serviço, provocando menor desgaste
no sistema. Com tudo isto o frotista reduz seu custo de manutenção
e aumenta ainda mais a segurança
operacional. Além disso, os veículos
também podem contar com sistemas antitravamento de rodas (ABS),
é standard quando o veículo é equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift.
Os veículos da linha F também
são disponíveis com sistemas de
freio a disco. Além de grande eficiência, principalmente em altas temperaturas, podem ser equipados
com sistemas de freios inteligente,
como o EBS.
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
MERCEDES
AMPLIA LINHA DE
EXTRAPESADOS
Montadora busca aumentar o portfólio para atender maior número de aplicações,
combinando economia, robustez e conforto.
N
Para a linha Axor fora de estrada, as principais novidades são o
aumento de PBT para 31,5 ton e o
câmbio semiautomatizado Mercedes
ComfortShift para o Axor 3131.
A suspensão traseira pneumática
do chassi passa a ser oferecida para to-
Fotos: SXC.hu e Divulgação
a Fenatran 2013, a Mercedes-Benz apresenta o novo
modelo Axor 3131 6x4 fora
de estrada; o Axor 1933,
equipado com câmbio automatizado
Mercedes PowerShift (também disponível para o Axor 2533), além da
suspensão pneumática de chassis disponível para versões rodoviárias e da
nova geração de eixos traseiros, além
de uma série de inovações em conforto e economia, como suspensão a ar nas cabinas leito, interior totalmente renovado, nova
cama king size, entre outras.
28
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
dos os caminhões extrapesados Axor
rodoviários 4x2, 6x2 e 6x4, a partir de
janeiro de 2014. A partir do primeiro
trimestre de 2014, o câmbio totalmente automatizado Mercedes PowerShift G241 de dezesseis marchas,
sem pedal de embreagem e última
marcha direta, passa a estar disponível para os modelos Axor 1933 e 2533
inédito neste segmento. O
câmbio Mercedes PowerShift traz como novidade o EcoRoll, função
que coloca a transmissão do veículo
em “neutro” de forma segura e controlada, procedimento executado sem a
intervenção do motorista. Graças ao
EcoRoll é possível obter redução no
consumo de combustível.
Segundo Joachim Maier, vicepresidente de vendas e marketing
da Mercedes-Benz do Brasil, os lançamentos e novidades de produtos e
serviços expostos na feira comprovam
a força da montadora, que há 57 anos
contribui para a evolução dos meios
de transporte do Brasil.
NOVO AXOR 3131 6X4
O extrapesado Axor 3131 com tração 6x4, disponível para venda a partir
da Fenatran, foi especialmente desenvolvido para severas operações forade-estrada da agroindústria canavieira
e madeireira, mineração, construção
civil e obras de infraestrutura.
O Axor 3131 vem equipado com o
já conhecido e consagrado câmbio
semiautomatizado Mercedes-Benz
ComfortShift G-211 de dezesseis
marchas.
O motor Mercedes-Benz OM 926 LA
com a exclusiva tecnologia BlueTec5
(potência de 306 cv a 2.200 rpm e torque de 1.200 Nm entre 1.200 e 1.600
rpm) atende com folga às demandas
dos setores canavieiro, madeireiro,
da mineração e construção civil, que
necessitam principalmente de velocidades operacionais mais elevadas e
maior capacidade de subida.
VERSÃO ESTRADEIRA DO EXTRAPESADO ACTROS 2546 6X2
Já está disponível no mercado o
cavalo-mecânico Actros 2546 6x2 “estradeiro”, indicado para longas distâncias rodoviárias, com novidades no
seu trem-de-força: o câmbio automatizado Mercedes PowerShift 2 G281
de doze marchas.
“O Actros 2546 ‘estradeiro’ foi
especialmente desenvolvido para
o transporte rodoviário de longas
distâncias em estradas regulares,
em bom estado de conservação, nas
operações que priorizam o consumo de combustível”, explica Tânia
Silvestri, diretora de vendas e marketing Caminhões da montadora.
De acordo com a executiva, a
simplicidade e o melhor rendimento mecânico do novo trem de força
desse extrapesado proporcionam
um menor consumo de combustível. O Actros ‘estradeiro’ proporciona uma economia média de
6% em comparação com a versão
‘multiuso’. “Além disso, devido ao
menor número de componentes
no eixo traseiro, sem redução nos
cubos, os custos de manutenção
são menores e o serviço é mais fácil e rápido, o que resulta em maior
disponibilidade do caminhão para
o trabalho”, afirma.
EXTRAPESADO COM MOTOR V8
O cavalo-mecânico Actros 2655
6x4 traz o primeiro motor V8 do
portfólio de veículos comerciais
da marca no Brasil, com 551 cv de
potência.
A configuração do trem de força
do Actros 2655 6x4 foi otimizada
para a topografia e as condições das
estradas brasileiras. O motor Mercedes-Benz OM 502 LA de 8 cilindros em V gera 551 cv de potência
a 1.800 rpm e 2.600 Nm de torque
a 1.080 rpm, proporcionando elevadas velocidades médias e força para
vencer qualquer subida.
O Actros 2655 6x4 vem equipado com o câmbio Mercedes PowerShift2 G-330 de doze marchas, totalmente automatizado e sem pedal
de embreagem.
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
NOVOS LANÇAMENTOS
DA MAN CAMINHÕES
A
anunciados investimentos de R$ 11
milhões na ampliação da capacidade
da segunda linha de montagem em
Resende (RJ). A área comporta agora
a produção do dobro de veículos, passando de oito para dezesseis unidades
por turno. Esse volume adicional será
destinado ao aumento de capacidade
dos modelos MAN TGX, micro-ônibus
e novos projetos, já contribuindo para
maior flexibilidade na linha principal.
A montadora comemora ainda a marca de 50 mil motores MAN D08 produzidos no Brasil, apenas vinte meses
após o início da produção no Brasil.
O LANÇAMENTO
Após intensas pesquisas junto a seus
consumidores a MAN identificou a forte
demanda dos clientes por veículos mais
potentes, que apresentassem uma velocidade média superior e a melhor relação custo benefício do mercado.
Com isso lançou os novos cavalos
mecânicos 19.420, 25.420 e 26.420,
Foto: Divulgação
MAN Latin America, líder no
segmento de caminhões no
Brasil, espera consolidar esta
liderança com o lançamento
em fábrica de Resende- RJ da sua nova
linha de cavalos mecânicos, VW Constellation 19.420, 25.420 e 26.420 Tractor,
equipados com motor de 420 cavalos de
potência e transmissão automatizada
de série. Os produtos são os principais
lançamentos da montadora em 2013 e
chegam para completar uma linha que
tem muito sucesso no mercado composta pelos caminhões Volkswagem e
MAN em todas as tonelagens.
Outra novidade é que também os
cavalos mecânicos Volkswagen com
330 e 390 cavalos de potência, a partir de agora poderão ser equipados
com a nova transmissão automatizada
V-Tronic, sendo mais uma opção para
seus usuários. Outra inovação é a cabine leito com teto baixo que completa
as novidades da linha Constellation.
Na ocasião deste lançamento foram
30
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
principais lançamentos da montadora
em 2013 e que integram a família de
caminhões VW Constellation Tractor. Os
veículos equipados com a nova transmissão automatizada V-Tronic modelo
ZF 16 AS 2230 TD, de 16 velocidades, semelhante às utilizadas nos caminhões
MAN TGX, proporcionarão o atendimento à demanda de seus clientes.
A introdução da transmissão combinará o baixo custo de manutenção
de uma caixa de câmbio manual, com
a facilidade da mudança automática
de marchas, proporcionando maior
produtividade ao motorista e economia na operação. Com grande capacidade de torque, a nova caixa possui
carcaça fabricada em alumínio e dispensa o uso de anéis sincronizadores,
reduzindo o peso do veículo. Atrelado à caixa de câmbio, o novo sistema
EasyStart, é uma novidade nos caminhões Volkswagen e auxilia a partida
do caminhão em rampa, mantendo o
freio de serviço acionado por até três
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
segundos, após cessar o acionamento
do pedal de freio.
Os veículos são equipados com o
novo motor Cummins ISL de 420 cavalos de potência, torque máximo de
1.850 Nm, dotados de tecnologia SCR
(Redução Catalítica Seletiva) e em
conformidade com o Proconve P-7 no
Brasil, equivalente ao Euro 5. Os novos
modelos Constellation Tractor foram
desenvolvidos para atender à demanda do transporte de cargas em aplicações rodoviárias de até 63 toneladas de
peso bruto total combinado (PBTC).
Segundo Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas e marketing, apesar
do primeiro semestre ter se mostrado
com muitas dificuldades em função
da inflação e do câmbio, ele crê que
no segundo semestre há boas perspectivas de retomada consistente de
crescimento. Ele acredita que neste
ano poderá alcançar o terceiro melhor
resultado da empresa no Brasil.
Este lançamento dos caminhões
extrapesados, complementando a linha vem de encontro a um objetivo
de também tornar-se líder em um
mercado que eles acreditam que irá
crescer mais de 10% neste ano de
2013. Alouche disse que o cliente técnico voltou às compras. No ano passado com a implantação e definição dos
caminhões dotados da tecnologia
Euro 5 houve uma retração natural,
mas que agora já está compensada.
Há um grande esforço da Man
para tornar os seus caminhões aptos
a maior financiamento possível do Finame. A previsão é de que seus caminhões atinjam o percentual de 100%
em meados de 2.015.
A fábrica de Resende que foi concebida para 150 veículos por dia,
hoje já produz mais de 280 e em
2011, o melhor ano da empresa no
Brasil, já chegou a quase 400 veículos por dia.
MAN: PIONEIRISMO EM
TESTES COM DIESEL DE CANA
Montadora é a primeira a testar diesel de cana-de-açúcar em
motores Euro 5 no Brasil. A redução de material particulado é
da ordem de 77%.
D
e forma inovadora, a MAN
Latin America desenvolve
estudos com 100% de diesel de cana em motores
Euro 5 em bancada dinamométrica,
cujos componentes do trem de força
são medidos a partir de uma análise
estática simulando, assim, diferentes condições de operação. Os primeiros resultados apontam dados
extremamente satisfatórios: 15% de
redução de emissões de NOx, 77%
de reduções de emissões de material
particulado e diminuição em 42% de
opacidade (fumaça preta). Com mais
de 500 horas de testes, itens como
potência, torque, consumo e durabilidade mostram as vantagens deste
biocombustível. O diesel é fornecido
pela Amyris, referência mundial no
desenvolvimento de diesel de cana.
A empresa trabalha agora para expandir o escopo da pesquisa com testes de campo. A primeira fase foi realizada em caminhões Constellation da
Coca-Cola Andina Brasil. Foram testados quatro caminhões 17.190 e dois
24.280, todos movidos com 100% de
diesel de cana, durante o mês de junho, no Rio de Janeiro. Os testes com
motores Euro 5 resultaram em considerável queda na emissão dos principais poluentes veiculares causadores
do efeito estufa, como gás carbônico,
e aqueles que contribuem para degradação da qualidade do ar, como o
material particulado.
Os testes renderam ainda destaque internacional à montadora.
Também em parceria com a Amyris
para avaliações em motores TDI
(Turbocharged Direct Injection) nos
Estados Unidos, a Volkswagen Alemanha reconhece a contribuição
da MAN Latin America como decisiva para manter o grupo Volkswagen
na vanguarda mundial em prol de
uma mobilidade mais sustentável.
A MAN Latin America deu início
aos estudos com diesel de cana ainda
com veículos Euro 3. O pontapé inicial foi dado com a Santa Brígida, empresa de transporte urbano de São
Paulo, quando testou cinco Volksbus
17.260 V-Tronic, com mistura de 10%
de diesel de cana e 90% de diesel metropolitano, entre dezembro de 2011
e fevereiro de 2013. Os veículos percorreram mais de 500 mil quilômetros. O abastecimento foi realizado
pela BR Distribuidora dentro da sede
da empresa, também com diesel desenvolvido pela Amyris.
Para avaliação dos componentes,
a MAN Latin America utilizou veículos originais de fábrica, o que salienta a adequação deste combustível
aos motores da linha de produtos da
montadora. O objetivo da empresa
é realizar testes com diesel que não
necessite readequação dos motores
originais dos caminhões ou ônibus,
e que possam maximizar o resultado
operacional dos frotistas.
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
31
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
IVECO TRAZ
NOVO CAMINHÃO
Escolhido International Truck of The Year 2013, o novo Hi-Way chega ao país,
em lançamento quase simultâneo ao da Europa.
M
qualidade do produto que apresentamos agora, já severamente testado e
plenamente adaptado às especificidades do mercado local”, afirma Marco Mazzu, presidente da Fiat Industrial
Latin America.
Originalmente produzido na Espanha, o lançamento mundial do Iveco
Hi-Way é resultado de investimentos
que beiram R$ 1 bilhão. Para produzir o veículo no Brasil, a Iveco somou
outros R$ 100 milhões a essa quantia,
contando com o trabalho de mais de
Fotos: Sxc.hu e
Divulgação
arcando sua estreia no
segmento dos extrapesados premium, a Iveco
acaba de lançar no mercado brasileiro o novo Hi-Way, caminhão consagrado com o maior prêmio dedicado aos veículos comerciais
na Europa – o International Truck of the
Year 2013, concedido pela imprensa
especializada durante a feira de transportes de Hanôver, na Alemanha, no
último ano. “A chegada do Iveco HiWay ao mercado brasileiro reforça o
nosso compromisso de investir no país e produzir
em Sete Lagoas tudo o
que temos de melhor
e mais avançado no
mundo. A aceitação
do veículo na Europa,
tanto pela imprensa
especializada quanto
pelos nossos clientes,
é a maior garantia da
32
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
100 engenheiros do Centro de Desenvolvimento do Produto, em Sete
Lagoas. O resultado desse trabalho
garante a manutenção do nível internacional de excelência do Iveco HiWay, que passa agora a representar a
Iveco no segmento mais profissionalizado dos veículos comerciais, o dos
extrapesados premium, elevando as
perspectivas de crescimento da participação da empresa no transporte
de cargas em longas distâncias. Nesse
segmento, o conforto a bordo ganha
grande importância, uma vez que o
caminhão será utilizado para percorrer, em média, 10 mil km por mês.
Estima-se que esse mercado seja
responsável pela comercialização de
cerca de 40 mil unidades neste ano.
Em 2014, esse número poderá chegar
a 50 mil veículos. A demanda de produtos do gênero tende também a ser
impulsionada pelo agronegócio e pelas obras de infraestrutura nas maiores cidades brasileiras.
O Iveco Hi-Way chega ao país em
três faixas de potência: 440, 480 e o
novo 560 cv, em três versões de tração
(4 x 2, 6 x 2 e 6 x4) e três entre-eixos:
3.500, 3.200 e 3.000. Um dos seus grandes diferenciais é a garantia estendida
exclusiva de quatro anos – um para o
veículo completo e mais três para o
trem de força – a maior do mercado.
CAMINHÕES E UTILITÁRIOS
Obras no Brasil serão iniciadas ainda este ano e primeiro caminhão
da marca tem previsão de ser produzido no país no final de 2015.
D
urante o Simpósio de Cooperação Rio de Janeiro-Beijing, realizado em junho, no
Rio de Janeiro, o presidente
mundial da Beiqi Foton Motor, Wang
Jinyu, e o presidente da Foton Aumark do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de
Barros, assinaram acordo de cooperação internacional para a construção
da fábrica da Foton no Brasil.
As obras da unidade industrial terão
início ainda este ano e a previsão é que
o primeiro caminhão brasileiro da marca
Foton saia da linha de montagem em
território brasileiro no final de 2015. O
evento contou também com a participação de Luiz Pasquotto, presidente da
Cummins, (fornecedora de motores para
toda linha de caminhões da Foton no
Brasil), além de autoridades e membros
de elevado escalão do governo chinês.
A Foton Aumark do Brasil é responsável pela importação e distribuição
dos caminhões da marca Foton no
país. Além disso, responde também
pelo fornecimento das autopeças e
Foto: Divulgação
FOTON TERÁ FÁBRICA DE
CAMINHÕES NO BRASIL
por todos os serviços de pós-venda,
incluindo as revisões e manutenções.
Na China, a Foton Motor Group, fundada em 1996, no distrito de Changping, Pequim, conta com mais de 100
mil funcionários e possui joint ventures
firmadas com companhias importantes,
como a Cummins e a Daimler, sendo
apontada como a maior e uma das mais
valiosas companhias chinesas.
AGRICULTURA DE PRECISÃO
DRONES SOBREVOAM A ESALQ
Fotos: Divulgação
Veículo aéreo não tripulado será empregado em estudos de agricultura de precisão.
Foto: www.sxc.hu
N
34
a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(USP/Esalq), pesquisadores do departamento de
engenharia de biossistemas (LEB)
mostram que os drones também
podem ser aliados da ciência. Rubens Duarte Coelho, docente do
LEB, coordena um projeto de pesquisa que contempla a introdução
desta nova tecnologia. “Com os drones abrem-se novos horizontes para
a Agricultura de Precisão nas áreas
de produção agrícola no Brasil”. No
dia 2 de agosto deste ano, acompanhado de alunos da escola, o professor Rubens comandou na Fazenda Areão (estação experimental da
Esalq) o primeiro vôo do novo drone
vinculado ao LEB. O vôo inaugural
do helicóptero aconteceu no campo
experimental de irrigação por pivô
central, espaço onde pesquisadores
do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Engenharia de Irrigação (INCT-EI) realizam
seus estudos.
“A utilização de veículos aéreos
não tripulados tem despertado atenções em diversos segmentos da sociedade. No caso do setor agrícola especificamente, a grande vantagem é
a precisão com que se pode detectar
e monitorar grandes áreas quase que
em tempo real. É uma realidade de
sensoriamento remoto nunca antes
imaginada, com alta definição e alta
frequência de captura das imagens
aéreas”, explica Duarte Coelho.
Para se ter uma ideia do que isto
significa, Coelho faz um paralelo com
o novo satélite Landsat 8, lançado
pelo governo norte-americano em fevereiro de 2013. Segundo o docente,
a frequência de aquisição de imagens
em uma mesma área deste satélite é
de 16 dias quando as condições cli-
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
máticas permitem, sendo que o horário de captura das imagens é fixo às
10h. Cada pixel da imagem do Landsat 8 nas bandas espectrais vermelho,
azul e verde representa uma área de
aproximadamente 900 m2, sendo que
na imagem termal (infravermelho)
cada pixel representa cerca de 10 mil
m2. Com a utilização do drone voando a uma altitude 300 m, limite máximo de altura autorizado
para vôo não tripulado, com câmeras especiais multiespectral / térmica
acopladas, tem-se para
uma foto de 6 ha de
área nas bandas espectrais da radiação visível, cada
pixel representando uma área
equivalente à tela de um smartphone (49 cm2). “Nas imagens térmicas,
cada pixel representa a área equivalente à tela de um tablet, cerca de 197
cm2, sendo que as imagens podem
ser captadas a qualquer hora do dia
e inúmeras vezes em um mesmo dia.
Diminuindo-se a altitude, aumenta-se
ainda mais essa resolução”.
De acordo com o docente do LEB,
a princípio estas aplicações serão
priorizadas em áreas de pesquisa e
cultivos tecnificados como cana-deaçúcar, café, citros, uva e hortaliças.
“Esperamos desenvolver nos próximos anos aplicações desta nova
tecnologia visando à detecção da
variabilidade espacial do estresse hídrico no campo, de deficiências nutricionais, falta de uniformidade de
aplicação de água em sistemas de irrigação, danos foliares causados por
pragas e doenças”, comenta.
AGRICULTURA DE PRECISÃO
JACTO LANÇA NOVIDADES
TECNOLÓGICAS
Equipamentos de simples manejo prometem democratizar a utilização de alta
tecnologia nas lavouras de todo o mundo.
E
O segundo é o kit multicâmeras composto por um
display que não é à prova
de água (para colocação em
equipamentos cabinados),
chicotes e quatro câmeras
à prova de água e produtos
químicos, que tem como
diferencial a visualização simultaneamente as quatro
câmeras ou uma de cada vez,
se desejado.
Nos dois casos, as câmeras podem ser instaladas em qualquer
ulgação
Fotos: Div
ntre as novidades de 2013
da Linha Otmis – marca de
produtos e soluções tecnológicas da Jacto para Agricultura de Precisão – estão os kits
de câmeras agrícolas WR e kit multicâmeras Otmis Voyager.
O kit câmeras WR (Water Resistent)
é composto por um display à prova de
água, chicotes e três câmeras à prova
de água e de produtos químicos. Este
display permite visualizar uma câmera por vez, alternando entre as câmeras manualmente.
ponto das máquinas agrícolas em
que o produtor tenha interesse de
visualizar com maior facilidade (por
exemplo, dentro da caixa de sementes da plantadeira ou do tanque do pulverizador). Elimina
os pontos cegos da operação,
permite melhorar a visão noturna de trabalho e elimina o
cansaço no pescoço e nas costas do operador, reduzindo
significativamente a necessidade de se virar para verificar
o equipamento. Os kits são de
fácil instalação e uso, permitindo
ao produtor mudar facilmente de
uma máquina para outra.
A LINHA COMPLETA
DE AGRICULTURA DE PRECISÃO
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AGRICULTURA DE PRECISÃO
MASSEY FERGUSON
INOVA COM PRECISÃO
CENTIMÉTRICA
A
das no mercado. O piloto automático
oferece até três níveis de precisão:
submétrico, até 30 cm de precisão entre as passadas; decimétrico, 10 cm de
precisão na passada; e por fim o centimétrico que, por meio de sinal RTK,
consegue uma precisão de até 2,5 cm
na passagem dos equipamentos. Os
comandos são executados em uma
tela touchscreen de 12,1 polegadas.
“O Auto Guide 3000 eleva os ganhos do produtor de duas maneiras:
melhora a qualidade das operações
realizadas na lavoura e rendimento das máquinas”, explica Niumar
Dutra Aurélio, coordenador de marketing de soluções em tecnologia
avançada Massey Ferguson. “O sinal
dos satélites contém erros que
são normais, e
para o utilizarmos
Fotos:
Divulg
ação
Massey Ferguson apresentou na Expointer 2013 uma
linha completa de soluções
com equipamentos que revolucionam o conceito de precisão
no cultivo das principais commodities
brasileiras.
Segundo o diretor comercial da MF,
Carlito Eckert, os equipamentos de
agricultura de precisão são a grande
aposta da empresa: “Percebemos uma
procura maior por tecnologias durante
o primeiro semestre de 2013. No ano
passado, 25% dos tratores de linha pesada saíam com o piloto automático.
Hoje os pedidos atingem 60%”.
O Auto Guide 3000 chega como um
avanço das ferramentas já conheci-
36
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
em máquinas agrícolas precisamos
usar métodos para a correção destes
erros com o objetivo de melhorar a
precisão dos equipamentos embarcados nas máquinas”, acrescentou.
“A correção de sinal RTK é o mais
preciso dos métodos existentes no
mercado”, informa ele.
Os tratores, colheitadeiras e pulverizadores Massey Ferguson podem
ser configurados na precisão centimétrica e saem de fábrica prontos
para operar com o Sistema de Tráfego
Controlado: implantação de programas de padronização de larguras de
trabalho e bitola das máquinas, além
do planejamento das operações no
campo para concentrar a passagem
de máquinas e implementos em uma
área específica, utilizando o mesmo
rastro e integrando todas as operações na lavoura, eliminando assim a
compactação nas demais áreas. Por
meio da unificação de ferramentas
como piloto automático, o trabalho
das máquinas torna-se mais preciso
e planejado, aumentando o controle
das operações no campo.
De acordo com pesquisas, em sistemas de cultivo que utilizam o tráfego
aleatório de máquinas, a compactação
do solo pode chegar a 86%. Já com a
implantação do conceito de Trafego
Controlado este percentual pode cair
para até 14%.
Foto: www.sxc.hu
Máquinas da marca saem de fábrica preparadas para operar com os sistemas oferecidos
pela divisão de Soluções em Tecnologia Avançada.
IRRIGAÇÃO
IRRIGAÇÃO GARANTE
MELHORA DE VIDA
Miguel Ivan, secretário Nacional de Irrigação: “Em muitos locais de convivência com a seca,
se não existisse a irrigação, a região estaria totalmente desabitada”.
D
produção desses perímetros tem na
vida da população, gerando oportunidades e riquezas para os brasileiros”, avaliou o secretário. De acordo
com ele, o programa Mais Irrigação
do governo federal canaliza um novo
modelo de política, que retoma a estruturação desse tipo de produção,
gerando oportunidades e riquezas
para brasileiros dessas regiões.
O programa Mais Irrigação foi lançado pelo ministério da Integração
Nacional, em novembro de 2012. Considerado estratégico para a irrigação
pública, o projeto prevê investimentos de R$ 10 bilhões para aumentar
a eficiência das áreas irrigáveis, além
de incentivar a criação de polos de
desenvolvimento. Do valor total, R$ 3
bilhões são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros R$
7 bilhões de parcerias com a iniciativa
privada.
IRRIGAÇÃO E O USO DA ÁGUA
No perímetro irrigado de Mandacaru, em Juazeiro (BA), por exemplo,
o uso eficiente da água se deu a partir
Foto: www.rgbstock.com
urante visita aos perímetros irrigados em Casa
Nova (BA), Juazeiro (BA) e
Senador Nilo Coelho (PE)
no final de agosto, o secretário Nacional de Irrigação do ministério da
Integração Nacional (MI), Miguel Ivan,
afirmou que a técnica é a solução
para as regiões do semiárido no Nordeste brasileiro. “A agricultura irrigada
trouxe forte impacto na melhoria da
qualidade de vida das pessoas desta
região, levando água para população
beber e trazendo a geração de produção e emprego”, disse o secretário.
Além de visitar os perímetros – sob
a responsabilidade da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf ),
empresa pública vinculada ao MI –
Ivan também foi até as áreas de assentamentos da reforma agrária, para
avaliar possíveis implantações de projeto de irrigação nos locais.
“O impacto da irrigação já é sentido na vida de quase 500 mil pessoas.
Isso mostra a força que o modelo de
38
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
da mudança do sistema de irrigação
por sulcos para o sistema localizado
por microaspersão ou por gotejamento, a depender da cultura de cada
agricultor familiar.
O impacto causado foi de 52% em
termos de economia de água, 36%
em economia de energia e 36% na
redução dos custos de produção. A
mudança do sistema de irrigação do
local foi feita em 54 lotes agrícolas familiares, que representam quase 50%
do perímetro, que conta com área total de 800 hectares.
O bom aproveitamento da irrigação também tem proporcionado melhorias na qualidade de vida das pessoas no perímetro de Maniçoba (BA).
O perímetro, que no início de seu funcionamento, em 1980, contava com
uma área irrigada de 4.307 hectares e
atendia 289 usuários, ampliou a área
irrigável para 8.269 hectares e conta
com 516 usuários, entre pequenos,
médios e grandes produtores. Hoje,
são gerados 5,2 mil empregos diretos
em Maniçoba.
www.integracao.gov.br
IRRIGAÇÃO
IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO
Empresa mostra a eficácia do gotejamento, sistema que economiza
água e energia e que pode gerar aumento da produtividade.
A
conteceu de dias 9 a 12 de
setembro, em Fortaleza, a
20ª Semana Internacional
da Fruticultura, Floricultura
e Agroindústria, a Frutal 2013. Paralelamente realizou-se a 20ª reunião da
Associação para a Cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento Integral das
Musáceas (Bananas e Plátanos), a Acorbat 2013. Entre as discussões, palestras
sobre Irrigação e Fertirrigação. A Netafim, empresa israelense pioneira e líder
mundial em soluções de irrigação por
gotejamento, mostrou aos produtores
e visitantes soluções de redução de custo e aumento de produtividade com o
uso de um sistema ideal de irrigação.
“A Frutal é o maior evento do
setor no Nordeste e um dos mais
importantes do mundo. São milhares de pessoas, entre expositores,
visitantes e profissionais do setor
interagindo durante os quatro dias,
por isso, apoiamos o evento e acreditamos na sua importância”, afirma
o agrônomo e diretor da Eletrovale,
revendedora Netafim no Nordeste,
Luis Roberto.
Roberto exalta ainda a importância
do uso do gotejamento na fruticultura
e afirma que em muitos casos esse sistema de irrigação é inegavelmente o
mais indicado. “Em determinadas culturas nós conseguimos com o goteja-
mento maior eficiência na aplicação
de água e de adubos. Tecnicamente o
ganho é visível”, finalizou.
A empresa também apresentou
uma palestra técnica, na tarde do dia
11, com o tema: “Novos Conceitos de
Controle e Monitoramento da Fertirrigação em Fruticultura”, conduzida
pelo engenheiro-agrônomo e gerente de automação, Bruno Toniello.
Paralelamente à 20ª Frutal foram
realizadas a XV Agroflores e a Expofood 2013, todos no Centro de Eventos do Ceará, considerado o segundo
maior espaço de eventos da América
Latina. É a única feira com frutas, flores e agroindústria realizada em uma
capital do Nordeste do país, com cursos técnicos, palestras e exposições
para os mais de 35 mil visitantes.
CLIPPING
HOLANDESES REINVENTAM
O CÂMBIO
Quatro holandeses inventaram
uma caixa de marchas sem nenhuma roda dentada. Comparado
com as transmissões tradicionais,
o revolucionário Sistema de Rotação Controlada possui um projeto
simples, não requer manutenção
nem lubrificantes e poupa combustível. Os inventores esperam
que a nova transmissão mude a
indústria automotiva em escala
mundial. O primeiro protótipo
para a indústria automotiva mede
30 x 22 x 18 centímetros.
LEM TERÁ ARMAZÉM
DA CONAB
Júlio Cézar Busato, presidente
da Aiba – Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia,
considera que, com a construção de armazém da Conab em
Luís Eduardo Magalhães, “será
mais fácil driblar os problemas
provocados pela seca que, este
ano, dizimou mais da metade do
rebanho baiano.” Ele frisou que:
“nós temos boas perspectivas
para a próxima safra, e a construção do armazém nos dará um
importante suporte”.
SÃO PAULO EXPORTA MAIS
O volume das exportações das
cooperativas paulistas cresceu
71,2% no primeiro semestre de
2013, comparado com o mesmo
período de 2012. As exportações
dessas corporações registraram
ainda um aumento de 37% no
valor exportado, no período analisado, saltando de US$ 840 milhões no ano passado para US$
1,147 bilhão em 2013.
O crescimento foi puxado principalmente pelo etanol e açúcar.
40
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
VOLKSWAGEN: DOIS NOVOS
ELÉTRICOS
A Volkswagen apresentou no
Salão Internacional de Frankfurt
dois novos carros elétricos: o
e-Up! e o e-Golf. Ambos utilizam
carroceria quatro-portas e oferecem lista de equipamentos de
série bastante atraente. Entre os
recursos há controle automático
de climatização com aquecedor e
ventilação em estacionamentos,
aquecedor do para-brisa e luzes
de condução diurnas em LEDs .
TRIGO DEMANDA
INVESTIMENTO
“As dificuldades da triticultura
no Brasil resultam das questões
de mercado e não de tecnologias e de produção”, afirmou Eugenio Stefanelo, técnico de operações da Conab, no 8º Fórum
Nacional do Trigo, em agosto,
em Londrina (PR). Ele acredita
que a solução para a cadeia exige
muitos investimentos, o que vem
sendo buscado com a política de
estímulo, como o Programa de
Construção de Armazéns (PCA)
do governo federal.
CAMINHÃO DA EFICIÊNCIA
VAI AO PARANÁ
O Caminhão da Eficiência
Energética da Siemens, uma
completa estrutura de soluções
e tecnologias da companhia
voltadas à redução do consumo
da energia elétrica em grandes
indústrias, seguirá viagem até fevereiro de 2014 em nova série de
roadshows. Depois de rodar mais
de 20 mil quilômetros, em 2012,
percorrerá novas localidades
como parte da programação oficial da temporada da “Alemanha
+ Brasil 2013 – 2014” e faz suas
próximas paradas no Sul do país.
CRESCE ÁREA DE MILHO
Com os municípios da região
Oeste encerrando a colheita do
milho, Mato Grosso fecha a segunda safra com uma produtividade de 102 sacas por hectare,
uma área plantada de 3,6 milhões
de hectares, correspondendo a
45,6% da área de soja, e uma produção que ultrapassa 21,9 milhões
de toneladas, a maior da história
do milho no estado. Os dados foram divulgados em agosto, pelo
Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
GRÃOS: 192,58 MI DE T
EM 2013/14
A produção brasileira de cereais e oleaginosas deverá totalizar
192,58 milhões de toneladas na
temporada 2013/14, com aumento de 2% sobre o total colhido em
2012/13, de 189,232 milhões de
toneladas. A projeção faz parte do
mais recente levantamento de Safras & Mercado. Safras projeta uma
retração de 3% na produção de
cereais, somando 101,286 milhões
de toneladas, contra 104,484 milhões da temporada anterior.
ADVOGADOS E MP
DIVERGEM SOBRE CÓDIGO
Advogados, especializados em
legislações ambientais que regulam a atividade agropecuária, divergiram da visão da procuradoria do Estado sobre as regras de
recomposição de reserva legal
em São Paulo, durante seminário
realizado em agosto na Sociedade Rural Brasileira (SRB). Segundo
eles, a não aceitação por parte da
procuradoria de direito adquirido sobre o uso da terra antes de
1989 é a principal divergência.
SEGURANÇA ALIMENTAR
O Economist Intelligence Unit (EIU), unidade
de pesquisa do grupo The Economist, e a DuPont apresentam a nova edição do Índice Global
de Segurança Alimentar.
Na América Latina, o Brasil é o segundo melhor país, tomando o lugar do México, que agora
é terceiro, ficando atrás apenas do Chile.
Segundo os executivos do EIU, infraestrutura
agrícola e PIB per capita interferem negativamente no desempenho brasileiro. No entanto,
o país foi bem avaliado principalmente por seu
compromisso com padrões nutricionais e pela
volatilidade da produção agrícola.
Países de alta renda ainda dominam a parcela
superior de 25% do índice, mas a renda nacional
em queda em vários deles prejudicou a segurança alimentar em muitos casos,
Os EUA se mantiveram no topo do ranking, a
Noruega ficou em segundo e a França é o terceiro país.
O ranking está disponível em http://foodsecurityindex.eiu.com.
FIOL VOLTA A SEGUIR TRAÇADO
A Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) retoma os trilhos e
volta a seguir seu traçado. A mobilização nacional
que culminou com a realização do Seminário “Fiol
– a Bahia quer, o Brasil precisa”, fez com que diversos órgãos federais se envolvessem no processo
e colaborassem com o destravamento das obras
da ferrovia que interligará o município de Figueirópolis (Tocantins) à Ilhéus (Bahia). Lotes estão a
todo o vapor.
MWM FORNECE MOTORES PARA BUDNY
A MWM International, fabricante independente de motores diesel líder no Mercosul, iniciou o
fornecimento de motores Maxxforce 4.0A, destinados à montadora brasileira de equipamentos
agrícolas Budny. Os propulsores serão entregues
nas potências de 83 e 103 cavalos e equiparão
os tratores BDY8540 e BDY10540, respectivamente. O próximo passo será a produção do motor MaxxForce 3.0A, de 62 cavalos, em fase final
de validação.
ESTRATÉGIA
O SUCESSO DO SETOR
SUCROALCOOLEIRO VOLTA
A RONDAR. AGORA É AGIR.
José Osvaldo Bozzo*
O momento pede a necessidade urgente de adoção de incentivos: a promoção de políticas
públicas específicas para este segmento se torna indispensável.
H
norteiam o setor. A ideia é mostrar o
desempenho de tempos passados e
tentar descobrir — ou “redescobrir”—
os planos para um futuro próximo. Neste ambiente tão promissor, que é o da
agroindústria, nosso foco se concentra
na questão macro e não em situações
peculiares de cada empresa — cabe
aqui ressaltar que é a experiência que
contará a favor do colaborador que se
dispor a agregar valor à empresa. Tratase de “chamar a responsabilidade para
si”. Não somente para uma avaliação
do setor, mas também, principalmente,
para a sua função em relação à estrutu-
Foto: www.volvo.com.br
á algum tempo, uma jornalista me enviou algumas
questões para que eu pudesse opinar sobre o setor
sucroalcooleiro. Tais perguntas suscitaram discussões bastante pertinentes e interessantes, que me fizeram
parar e pensar em por que não disponibilizar este material aos nossos leitores. Tenho certeza de que, com mais
esta proposta, possamos contribuir
de alguma forma, trazendo uma mensagem de otimismo aos interessados.
Nosso ponto de partida vai ao encontro da missão e dos valores que
42
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
ra mercadológica. Tudo isso somado,
teremos, então, quais os planos a serem
postos em prática hoje e agora e os próximos passos a serem seguidos.
ATITUDES DE LIDERANÇA
Retomando a entrevista, a primeira indagação proposta foi para saber
quais seriam as atitudes que os líderes envolvidos no sistema sucroenergético deveriam tomar para fazer
com que o setor se estabelecesse de
uma vez por todas como uma peça
definitiva e madura inserida na matriz
energética brasileira.
ESTRATÉGIA
A mim me parece que inúmeras atitudes podem ser tomadas cada uma
ao seu tempo. Historicamente, pela sua
pujança e realidade nacional, o setor sucroenergético sempre se estabeleceu.
A necessidade atual seria, então, tentar
fortalecer ambos os polos, buscar uma
união mais sólida e objetiva para que
haja uma maior força-tarefa tanto do
setor público, no caso a Petrobras, quanto do privado. É nesse contexto que
acredito que, havendo uma sinergia de
planejamentos estratégicos de negócios
de ambos os lados, teremos novamente
a força e a manutenção do sucesso que
ambos os setores sempre apresentaram.
EM NÚMEROS
Vejamos um exemplo de envolvimento positivo entre a matriz energéti-
ca e o setor sucroalcooleiro: a produção
mundial do etanol é da ordem de 40
bilhões de litros, sendo só o nosso país
o responsável por, aproximadamente,
15 bilhões de litros, por meio do cultivo
da cana-de-açúcar, que para cada tonelada são produzidos de 65 a 67 litros de
álcool e de 700 a 800, aproximadamente, litros de restilo ou vinhaça.
O etanol teve e tem como premissa
maior maximizar o seu uso em contrapartida ao petróleo, pois se trata de
uma alternativa eficiente, limpa e, de
certa forma, mais atrativa sob vários aspectos. Infelizmente, nos últimos anos,
presenciamos uma situação contrária.
Houve um cerceamento para que mais
se investisse no setor. Talvez tenham
faltado planejamento e mecanismos
estruturais mais adequados. Mas não
ADR BRASIL EIXOS
MOVIMENTANDO O BRASIL
www.adreixos.com.br
A ADR Brasil é uma empresa do grupo ADR System, uma multinacional
Italiana especializada na fabricação de eixos e suspensão para Implementos
Rodoviários e Agrícolas.
Com sedes em vários países, espalhados por todos os continentes do mundo
o grupo ADR tem como objetivo buscar sempre a melhoria continua de seus
produtos para que possam sempre atender seus clientes com toda satisfação,
pontualidade, qualidade e tecnologia. Com laboratórios modernos e equipados
e uma equipe treinada, a ADR oferece um suporte técnico eficiente para
estar sempre junto do cliente ajudando a solucionar problemas e garantindo
melhorias no desenvolvimento de novos implementos.
Sempre pensando a frente a ADR Brasil possui duas fabricas localizadas no
estado de São Paulo, a primeira e já consolidada se localiza em Ribeirão Preto
e a outra recentemente inaugurada na cidade de Itupeva, ambos trabalhando a
todo vapor para poder atender o mercado Brasileiro e toda a América Latina.
Unidade Ribeirão Preto
R: Antonio Fernandes Figueiroa, 1807
Cep. 14095-280 – Ribeirão Preto – SP
Fone: 55 (16) 3965-3946/3617-3079
[email protected]
Unidade Itupeva
Rod. Vice Prefeito Hermenegildo Tonolli, 2777
Cep. 1295-000 – Itupeva - SP
Fone: 55 (11) 4496-3990/4496-4170
[email protected]
vamos aqui adentrar nesta seara de
quem seria o responsável, pois este
não é o nosso propósito.
COMPETIÇÃO
Atualmente, o etanol já começa a ser
mais competitivo, embora o governo
tenha destinado mais subsídio às petrolíferas em comparação ao que não
fez com o álcool. Já dissemos em outras
ocasiões que o custo tributário nesse
segmento está em torno de 31%.
Meados do ano passado, o governo chegou a sinalizar sobre uma possível desoneração dos produtos para
o setor sucroalcooleiro para reduzir a
carga tributária, especialmente com
relação às contribuições do PIS e da
Cofins. De maneira geral, foi uma sinalização positiva para trazer ao setor
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIAS
Toda esta discussão sobre incentivos governamentais para o setor tende a durar ainda algum tempo. Há de
44
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
se expandindo no decorrer dos anos.
Uma realidade funcional que sempre
deparou suas expectativas e trouxe
sustentabilidade e credibilidade à
nação. Trata-se de um negócio com
cada vez mais capacidade de expansão de outras ramificações. A integração entre os setores de energia
e/ou de outras atividades tendem a
chegar a um denominador positivo:
atrair outros potenciais investimentos para o país.
DIRETRIZES
O mundo empreendedor deriva
dos nossos valores. Eles são componentes de nossos exemplos positivos
e com o passar dos anos foi o que de
fato aconteceu com o setor. Há de se
ter disciplina e perseverança. Se o
açúcar e o etanol sempre foram componentes de sucesso, de exemplo e
de modernização, não há por que
perder a boa qualidade fabril, deixando-a desatualizada e ineficiente.
Tendo eficiência, a produtividade
voltará aos patamares que o mercado almeja. E o momento exige uma
ação em toda a matriz energética
brasileira. Agora é agir.
Divulg
ação
UNIÃO
Uma segunda questão bastante relevante diz o seguinte: o setor sucroenergético e o governo federal podem
trabalhar em um mecanismo anuente, estratégico, parceiro e cúmplice
com este fim?
Sem dúvida. É a melhor estratégia
que poderia acontecer para o nosso
país. O setor sucroalcooleiro tem buscado incansavelmente fazer a sua lição
de casa e isso tem sido feito periodicamente de forma transparente e coesa.
Por outro lado, faltam subsídios por
meio de linhas de financiamento disponíveis, principalmente pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que possui uma
taxa mais atraente, com juros mais
baixos, carências e prazos mais longos
para que ocorra um maior investimento na aquisição ou na construção de
novas fábricas. Para se ter uma ideia,
no ano passado R$ 4 bilhões foram
destinados à ampliação e à renovação
de canaviais, porém o BNDES aprovou
apenas aproximadamente R$ 1,5 bilhão em financiamentos.
O BNDES tende a ser a principal fonte de empréstimos de longo prazo. O
setor tem de fazer a sua parte, e está
fazendo. Porém, é importante destacar
a necessidade urgente de que sejam
adotados incentivos focados no desenvolvimento e estímulo ao setor sucroalcooleiro. A promoção de políticas
públicas específicas para este segmento se torna indispensável.
se ter um maior esclarecimento sobre
o que o setor deseja de fato, e quais
são suas prioridades iminentes. Esta
abordagem, além de ser de interesse dos próprios produtores, também
é da sociedade e, evidentemente, do
governo. E as ações precisam ser desencadeadas junto aos órgãos governamentais e desenvolvidas em parceria com a iniciativa privada, com o
setor sucroalcooleiro.
Portanto, caberá ao setor propor
ações preventivas diante de situações de risco, como, por exemplo, a
questão da sazonalidade da cultura
canavieira ou mesmo a variação cambial do dólar. Já no caso de alterações
climáticas, é dever do Estado indicar
alternativas que diminuam as consequências para o agricultor canavieiro,
haja vista o alto volume de investimento feito no campo. São pontos estratégicos de gestão prioritária para a
indústria, pois se trata de uma adversidade natural. Daí a necessidade de
haver um subsídio econômico para
evitar possíveis pressões de mercado.
Por fim, um ponto realista e crucial.
Diria mais que isso, de interesse nacional. Vejamos: é verdade que o que de
fato interessa é o futuro de nossa nação,
da nossa empresa e do nosso povo?
Certamente. Recentemente escrevi
o seguinte: é preciso dar mais credibilidade ao setor sucroenergético, haja vista sua notoriedade que até então expôs
o país. Assim, há de se desenvolver uma
visão mais ampla e contundente deste negócio em vez de pensarmos em
algo que ainda é ficção. São necessárias
mudanças, como uma política austera
que possa trazer uma melhor evolução ao setor, seja de ordem fiscal, seja
por linhas de crédito mais atraentes. O
desenvolvimento da cadeia deve estar
alinhado a uma nova visão do setor.
O agronegócio não é uma ficção, é
uma realidade, e que, sutilmente, foi
Foto:
uma melhor competitividade para a
cadeia produtiva. Não obstante, essa
minimização da carga ainda não reflete nos parques industriais.
*José Osvaldo Bozzo, consultor tributarista e sócio da MJC Consultores,
é formado em Direito. Foi também
Sócio da BDO e da KPMG e professor
de Planejamento Tributário na USP –
MBA de Ribeirão Preto.
VISÃO
GRANDES LÍDERES
DEVOLVEM SUAS
RIQUEZAS AO MUNDO
Quando alguém faz o bem, raramente se torna notícia.
É necessário divulgar mais.
José Luiz Tejon*
S
nos, mas todos conseguem relatar
ângulos de sua origem, decisões, carisma, feitos na economia alemã préguerra, e suas loucuras no auge e no
“ocaso” da segunda guerra mundial.
Depois mostro a foto de outro homem: Norman Borlaug. Raramente,
muito raramente, alguém o conhece. Só para ficar em um exemplo,
enquanto Hitler liderou parte de um
Foto:www.rgbstock.com
abemos muito mais sobre os
líderes sanguinários do que
dos líderes que doam bens
materiais e muito mais, o
melhor de suas vidas, retribuindo ao
mundo pelo que puderem ter, aprender e vir a ser. Nas minhas palestras
costumo perguntar: “o que você conhece deste homem? E mostro a foto
de Hitler. Todos sabem mais ou me-
46
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
dos maiores morticínios da história, o
outro, Borlaug, liderou uma das mais
revolucionárias ações pró-vida da
humanidade: a revolução verde, que
permitiu um gigantesco salto na produção de alimentos do planeta. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1970,
considerado o homem que mais salvou vidas em todos os tempos.
As ações virtuosas do bem, durante muito tempo, têm
sido mantidas em segredo, ou pouco difundidas
sob uma certa cultura de
que ao fazer o bem, não
deveríamos alardear, nem
seria de bom tom apontar
doadores, beneméritos,
ou mesmo promover essas pessoas sob uma culpa de estarmos fazendo
o “culto à personalidade”.
Entretanto, realizamos na
sociedade cotidianos e intermitentes “cultos às personalidades nefastas”.
Entendo que doravante precisamos revelar e
desvendar seres humanos
VISÃO
ação
já existem e eles já estão lá, fazendo
agora o futuro ser antecipado. Está
na hora de serem mais percebidos e
valorizados. Se você tem patrimônio,
reuniu uma justa riqueza, mas sente alguma insatisfação, angústia, ou
insuficiente felicidade, desarmonia,
briga de herdeiros, tenha certeza, é
a vida na sua sabedoria cobrando a
sua capacidade de saber dar, retornar, devolver. Isso significa a sustentabilidade da alma.
Divulg
certeza, terminam por enriquecer de
tal maneira superior, que dinheiro algum no mundo permitiria pagar.
José Carvalho, com a sua fundação em Pojuca, Bahia, Alexandre
Costa com o Instituto Cacau Show
em Barueri, São Paulo; Shunji Nishimura, da Jacto, com o legado da sua
fundação em Pompeia. São milhões
de anônimos que doam e retribuem
ao mundo. Infelizmente não sabemos deles. Ficam escondidos e
ocultos. Não deverá ser mais assim.
A única forma de construir “valores”
para novas gerações é apontar e
identificar modelos a serem admirados e seguidos.
O CVC – Capitalismo de Valor
Compartilhado irá cobrar cada vez
mais a ética nas relações, o “fair trade” nas transações comerciais, e os
legados na forma de educação, ciência, pesquisa, esporte, cultura, saúde, empreendedorismo farão cada
vez mais parte, e de forma explícita,
da sociedade do futuro. O tempo
de vida média do ser humano é ampliado a cada ano que passa. Quando a humanidade atingir 9 bilhões
de pessoas, a vida na terra chegará
na média dos 100 anos. E, na ficção
científica, alguns revelam que viver
400 anos no futuro será normal. No
dia em que a vida não for mais curta
demais, só haverá uma saída: criar riquezas e distribuir riquezas.
Uma nova sociedade de riquezas
e de homens ricos nas virtudes. Em
cada cidade brasileira, das capitais ao
interior do agronegócio, com certeza
Foto:
que conquistaram, realizaram e que
sabem dar. Sabem restituir à humanidade partes consideráveis de seus
bens, sem contar suas contribuições
no campo do conhecimento. Outro
dia, almoçando com o Prof. Roque
Dechen, vice-reitor da USP, agrônomo
da Esalq (Escola Superior Luis de Queiroz), de Piracicaba, ele me contou de
duas ações sensacionais de homens
de elevada dignidade. O que não sabia, e o que da mesma forma, poucos
sabem, pois não é do nosso costume
revelar na mesma intensidade esses
feitos dignos, como revelamos e enfatizamos acidamente corruptos e líderes das falcatruas, sem contar agentes
dos crimes populares nos noticiários
de horário nobre dedicados a isso.
Professor Roque me contava de
uma extraordinária fazenda, no Paraná, de 3.400 hectares, a Fazenda Figueira, doada em vida por um ex-aluno da Esalq, o Alexandre von Brietwiz.
E, ainda, no mundo do agronegócio,
me falava da Fundação Agrisus, de
Fernando Penteado Cardoso, fundador da Manah, hoje com 99 anos lúcido e atuante nos trabalhos em prol da
agricultura sustentável.
Da mesma forma, este outro empreendedor, deixa um legado, recursos e retribui para a humanidade
parte considerável de suas conquistas
patrimoniais e intelectuais. Seres humanos que atingem graus elevados
de riqueza, de patrimônio e que oferecem parcelas consideráveis desses
bens para permitir o progresso de milhares de outros seres humanos, com
*José Luiz Tejon Megido é jornalista e publicitário, comentarista da
Rádio Estadão, mestre em Educação,
Arte e Cultura, doutorando em Ciências da Educação (Universidad deLa
Empresa). Professor de pós-graduação da FGV Incompany, dirigente do
Núcleo de Agronegócio da ESPM,
diretor vice-presidente de Comunicação do CCAS (Conselho Científico
para a Agricultura Sustentável). Conselheiro do Grupo Sérios, autor e coautor de 30 livros, palestrante Top
Five Prêmio Estadão RH 2012/2013,
Top 100 do Agronegócio 2013 - Revista IstoÉ - Dinheiro Rural
SETOR SUCROALCOOLEIRO
IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO
SERVIÇO DE MANUTENÇÃO
DAS FROTAS
Da antiga ordem de serviços ao monitoramento on-line, o controle, com diagnóstico das
falhas, é fundamental para a redução de custos.
Ângelo Domingos Banchi, José Roberto Lopes, Valter C. Ferreira *
N
o atual estágio econômico
e tecnológico, as empresas agrícolas se utilizam
de grandes frotas com altos investimentos para a exploração
sucroenergética. Em geral, o serviço
de manutenção da frota é em boa
parte realizado internamente - com
gestão e estrutura próprias.
Esse fato torna necessária uma
análise detalhada desse processo
onde se identifiquem os custos significativos, também pela existência
de uma equipe numerosa para a
realização dessa tarefa. Assim como
a intervenção de uma gerência que
objetive eficiência e qualidade na
realização das tarefas.
A administração de uma oficina
mecânica, nestes casos, requer uma
estrutura organizacional mínima
Unidades/Número de equipamentos
A
101
100
112
102
28
25
B
156
130
48
59
20
41
C
124
92
15
76
21
34
para se realizar sua gestão adequada;
uma estrutura de cargos e funções,
bem como um fluxo de informações
que descrevam as atividades que estão sendo realizadas dentro do processo, com adequação e uso efetivo,
para seu máximo rendimento.
Toda essa organização deve ser
adequada ao tamanho do parque
de máquinas, ao regime de trabalho
desses equipamentos e principalmente ao atendimento do encargo
agrícola planejado.
O setor de manutenção automotivo tem como principal e quase único cliente a área agrícola, sendo que
essa área, dada a alternância de suas
atividades no ano agrícola passa por
períodos em que as atividades são
muito intensas e em que a falta de
determinadas máquinas pode acar-
Classe mecânica
Caminhões
Tratores
Máquinas diversas
Veículos
Colhedoras
Máquinas pesadas
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
HISTÓRICO DO PROCESSO
Até a década de 1980, a área de
manutenção limitava-se apenas ao
Vida média acumulada (h_km)
A
392.435
13.378
5.387
100.801
10.018
21.185
Tabela 1 - Inventário da frota estudada e idade média por classe mecânica e empresa.
48
retar grandes perdas. Desse modo
a manutenção – tanto preventiva e
a corretiva programada – torna-se
fundamental.
No setor sucroalcooleiro, as despesas com manutenção representam 15% de todos os gastos envolvidos em seu produto final (álcool,
açúcar e energia) sendo que, ao se
decompor essa parcela, tem-se que
55% são peças (materiais), 35% são
gastos com mão de obra mecânica,
10% com serviços de terceirização
e 5% com a estrutura. Com essa representabilidade torna-se necessário seu gerenciamento com ênfase
na adequada mão de obra.
B
372.643
11.092
5.982
178.172
6.245
10.772
C
156.671
10.072
14.942
50.152
12.506
11.674
Idade média (anos)
A
11,6
7,2
12,2
3,3
4,8
7,2
B
11,4
7,7
11,8
4,8
4,0
8,9
C
7,8
10,8
14,1
2,4
5,1
8,4
SETOR SUCROALCOOLEIRO
vés de sensores a 3.500.000 toneladas anuais, num
eletrônicos é pos- período histórico de 5 anos com os
sível obter uma in- dados captados pelo sistema Sisma,
dicação de falhas conforme mostrados nas Tabelas 1 e
2, e no Gráfico 1.
e de suas causas.
Atualmente, os
documentos bási- TEMPO DE PERMANÊNCIA
cos utilizados como DOS EQUIPAMENTOS EM
matrizes: Ordem de MANUTENÇÃO
Serviço,
ApontaCom base no estudo do tempo de
mento dos Mecâ- permanência do equipamento em
Gráfico 1 – Evolução dos indicadores em função dos anos (frota geral).
nicos e Requisição manutenção, pode-se determinar:
de Materiais são os
uso de controles manuais, quando informes correntemente utilizados em EFICIÊNCIA DE DISPONIBILIDADE
existiam. A partir daí iniciou-se um plataformas informatizadas.
Representa a relação entre o temlento desenvolvimento para utilizapo em que um equipamento permarem-se na área de manutenção, como PRINCIPAIS INDICADORES DE
nece em manutenção e o tempo total
eram antigamente denominados, os DESEMPENHO.
disponível do equipamento, de acorsistemas computacionais. Nesse peComo a área de manutenção de do com a seguinte fórmula:
ríodo toda a coleta era realizada por uma unidade sucroalcooleira possui
formulários e, quando esses apresen- funcionários que variam de um míonde,
tavam razoáveis dificuldades, utiliza- nimo de 60 podendo atingir 500 covam-se funcionários apontadores. Por laboradores envolvidos na manutenvolta de 1985 os primeiros controles ção automotiva faz-se necessária não ED: Eficiência de disponibilidade no
de oficina mecânica surgiram. Em só a coleta de dados on-line como período em análise (%);
1990 dissociou-se o apontamento do também sua análise e, neste quesito, TP: Tempo de permanência dos equimecânico da Solicitação de Serviço, torna-se importante utilizar-se de in- pamentos na manutenção durante o
esse documento era denominado de dicadores gerenciais que determinem período em análise (h);
Ordem de Serviço, sendo esse apon- sua eficiência em diversos aspectos ND: Número de dias no período em
tado pelo mecânico líder ou gerente operacionais, como também, diag- análise;
e as atividades mecânicas eram ano- nósticos econômicos do processo.
NE: Número de equipamentos.
tadas por apontadores. Os apontaOs índices apresentados foram
mentos passaram de sistemas batch estudados em 3 unidades sucroUm dos maiores objetivos da ma(por lotes) para sistemas on-line, em energéticas da região Sudeste, nutenção é o de expandir a disponibitempo real. Já no ano 2000, muitos com porte médio entre 2.500.000 lidade da frota, aumentando e presersistemas tinham seus dados captados
em tempo real e, por estar em rede
Eficiência de
Eficiência de
Densidade de
Classe mecânica
disponibilidade atendimento
manutenção
informatizada, sua análise já podia
Caminhões
88,2
54,9
8,5
ser instantânea. A Ordem se Serviço e
Veículos
leves
91,4
46,2
5,1
o Apontamento do Mecânico eram coTratores
86,8
50,1
9,0
dificados, e os próprios mecânicos já
Colhedoras
71,2
59,3
35,1
apontavam seus informes on-line.
Máquinas pesadas
82,6
42,9
7,4
É possível, pela análise dos históMotores diversos
91,8
46,2
3,4
ricos recentes de intervenções, do
Implementos rodoviários
90,8
55,4
5,1
Implementos agrícolas
92,9
55,4
4,1
consumo de combustível e de lubriMédia Geral
89,7
51,6
8,4
ficantes o preenchimento prévio das
Tabela
2
Indicadores
gerenciais
de
manutenção.
O. S. Também, por diagnósticos atraSetembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
49
SETOR SUCROALCOOLEIRO
Gráfico 3 – Eficiência de atendimento da manutenção.
Gráfico 2 – Eficiência de disponibilidade em função da vida – Colhedora de Cana.
vando sua vida. Portanto, conhecer
tal parâmetro é de fundamental importância, inclusive para estipular planos de metas para avaliar resultados
e para subsidiar possíveis premiações
aos funcionários.
Este índice pode ser determinado
(mensal ou anualmente) e principalmente em função da vida (uso em
horas e anos) como apresentamos o
equacionamento abaixo para Colhedora de Cana (Gráfico 2):
EFICIÊNCIA DO ATENDIMENTO
MECÂNICO
Apresenta a relação entre os tempos efetivamente com trabalho mecânico e o tempo total na manutenção.
EAM = 100 *
HTM
onde,
TP
EAM: Eficiência de atendimento mecânico (%);
HTM: Período efetivo de trabalho mecânico (h);
TP: Tempo de permanência em manutenção (h).
Fundamentando-se neste indicador, situações de baixa eficiência de
atendimento podem sugerir decisões
como implantação de oficina rápida,
oficina volante ou aceleração da rotina de compras de peças.
TEMPO DE MANUTENÇÃO DO
EQUIPAMENTO SEM ATENDIMENTO
Neste caso, estudam-se os períodos de manutenção sem atendimento dos equipamentos por motivo
causador, seu percentual em relação
ao total de tempo de permanência
Gráfico 4a – Motivos de paradas dos mecânicos.
50
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
em manutenção e seu percentual
em relação ao total de tempo de
manutenção sem atendimento.
Também neste caso e de posse destas
informações, a manutenção pode conhecer os pontos mais críticos de atraso
no atendimento de equipamentos, para
prover soluções como implantação de
manutenção preventiva, troca de terceiros ineficazes, reavaliação de estoques e
da rotina de compra de peças.
TEMPO DE TRABALHO DOS
MECÂNICOS (MÃO-DE-OBRA DIRETA)
Em função do tempo de trabalho
dos mecânicos, temos:
EFICIÊNCIA DE TRABALHO DOS
MECÂNICOS
Denota a relação entre o tempo em
que houve trabalho efetivo dos me-
Gráfico 4b – Motivos dos equipamentos sem atendimento na manutenção.
SETOR SUCROALCOOLEIRO
SECÃO
Caminhões
Máquinas pesadas
Tratores de pneu
Elétrica
Borracharia
Lavagem/lubrificação
Solda/implementos agrícolas
Veículos leves/motos
Funilaria/pintura
Implementos rodoviários
Colhedoras
Oficina volante
Oficina central
Média Geral
USINAS
PESQUISADAS
A
B
C
90,7
82,8
74,2
87,2
85,8
82,9
91,0
79,7
76,4
73,5
84,6
80,9
70,7
89,9
66,6
83,2
90,5
87,6
92,5
86,5
87,9
94,0
85,1
89,7
94,3
93,9
79,2
91,8
87,7
86,7
75,6
87,9
71,5
58,0
70,9
63,3
85,1
86,3
81,0
83,7
85,5
79,1
nutenção sem receber atendimento.
Veja no Gráfico 4a e 4b resumidamente alguns dos principais motivos:
RESULTADO
Média
82,6
85,3
82,4
79,7
75,7
87,1
89,0
89,6
89,1
88,7
78,3
64,1
84,1
82,7
Desv. padr.
5,6
1,6
5,8
4,1
9,5
2,6
2,4
3,0
6,6
2,0
6,4
4,6
2,1
2,5
QUANTIDADE DE ORDENS DE
SERVIÇO DE MANUTENÇÃO
A quantidade de Ordens de Serviço
(atendimentos) dentro de determinado período pode representar a qualidade do equipamento ou dos atendimentos prestados a ele, traduzindo-se
na maior ou menor probabilidade de
ocorrência de manutenções.
Explorando este conceito, chegase aos parâmetros:
Tabela 3 – Eficiência da mão-de-obra das seções.
cânicos e o tempo que lhes foi pago
pela empresa.
ETM = 100 *
HTM
onde,
TTPM
ETM: Eficiência de trabalho dos mecânicos (%);
HTM: Período de trabalho efetivo (h);
TTMP: Período total pago - ativo e
inativo (h).
Para se melhorar este índice, alguns
pontos podem ser atacados como o
aumento do número de manutenções
programadas e a implantação da premiação das equipes de manutenção,
CLASSE MECÂNICA
Caminhões
Colhedoras
Implementos agrícolas
Implementos rodoviários
Máquinas diversas
Máquina/trator
Trator/máquinas
Veículos leves
Média Geral
baseando-se também nos resultados da
eficiência de disponibilidade da frota.
TEMPO PARADO DE MECÂNICO
Estudam-se os tempos parados de
mecânicos por motivo causador, seu
percentual em relação ao tempo total
pago pela empresa e seu percentual
em relação ao total de tempo parado.
Este dado, em conjunto com o anterior, aquilata a carga de serviço da
mão-de-obra, indicando contratações, realocações ou demissões.
Além dos motivos de horas não trabalhadas dos colaboradores também
podemos interpretar as razões pelas
quais os equipamentos ficam em ma-
Densidade de
manutenção
8,5
35,1
4,1
5,1
3,4
7,4
9,0
5,1
8,4
DENSIDADE DE MANUTENÇÃO
Mostra o número de atendimentos
no equipamento num determinado
período.
onde,
DM: Densidade de manutenção;
NOS: Número de atendimentos no
período em análise;
NE: Número de equipamentos;
ND: Número de dias do período em
análise.
Trata-se de um indicador fundamental para se selecionar os modelos
TMM (tempo
trab. OS)
3,3
5,8
3,0
2,8
2,1
3,2
3,1
2,4
3,3
Tabela 4 – Densidade de manutenção e tempo médio de trabalho por
Ordem de Serviço.
Gráfico 5 – Motivos de entrada na manutenção
(tipo de manutenção).
Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
51
SETOR SUCROALCOOLEIRO
Gráfico 6 – Agente causador da manutenção.
de equipamentos da frota que mais
exigem a manutenção e que devem
ter as causas levantadas.
MOTIVOS DE ATENDIMENTO
Ilustra os motivos de atendimento
do equipamento num determinado
período.
Trata-se de parâmetro ímpar para
estudar a frequência com que ocorrem os vários tipos de atendimento,
em função das razões do equipamento entrar em manutenção. É eficaz
para traçar ou avaliar estratégias e políticas de manutenção.
TEMPO DE REALIZAÇÃO DE CADA
INTERVENÇÃO
Caracteriza-se pelo tempo médio de
duração do serviço ou intervenção mecânica em determinado equipamento.
Classe
operacional
Caminhões
Veículos leves
Colhedoras
Gráfico 7 – Dimensionamento da mão-de-obra da manutenção.
Ideal para acompanhar o desempenho da mão de obra, e um importante
indicador no processo de premiação
dos mecânicos.
Período entre falhas (reincidência de intervenção)
Período médio (em km ou horas)
de reincidência de determinada intervenção (falha) em determinado
equipamento.
onde,
PEF: Período entre falhas (h ou km);
V(i): Vida do equipamento no instante
i (falha atual);
V(i-1): Vida do equipamento no instante i-1 (falha anterior);
NEQ
Total OS
Unidade
Uso médio
MTBF
TMM
351
372
66
138.605
56.020
65.603
km
km
h
30.858,76
23.337,61
1.833,03
390,73
774,87
9,22
3,33
2,41
5,75
Máquinas pesadas
93
24.938
h
1.491,49
27,81
3,09
Tratores
296
129.621
h
1.550,76
17,71
3,15
Tabela 5 – Tempo médio entre falhas e tempo médio da duração das ordens serviços.
52
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
i: Número da intervenção;
n: Número de intervenções.
Útil para confrontar desempenho de
peças do mercado paralelo versus peças
originais, analisar durabilidade de ajustes
improvisados e de serviços realizados.
Outro item a ser analisado e de suma
importância é o MTBF (tempo médio entre falhas) que deve ser medido separadamente para as manutenções CORRETIVAS e PREVENTIVAS, e, o TMM que é o
tempo de duração de correção da falha.
Através do módulo OM (Oficina
mecânica) e suas ordens de serviços,
também podem ser determinados os
índices: Razão de Permanencia e Razão de Manutenção como:
1. Razão de Permanência: tempo
médio anual de horas que os equipamentos ficam com ordem de
serviços abertas
2. Razão de Manutenção: tempo médio anual de horas que os mecânicos
trabalham nos equipamentos no período que estão internados na oficina
No Gráfico 7 - ao analisarmos a relação Número de Equipamentos pelo
SETOR SUCROALCOOLEIRO
Razão da manutenção
NEQ
Total OS
Unidade
Período trabalhado
Permanência
Trab. mecânico
Caminhões
Classe operacional
351
138.605
Km
54.157.132
783,0
263,2
Veículos leves
372
56.020
Km
43.407.957
378,0
72,6
Colhedoras
66
65.603
H
604.899
1.630,8
1.142,7
Máquinas pesadas
93
24.938
H
693.543
892,3
165,6
Tratores
296
129.621
H
2.295.121
923,3
276,0
Tabela 6 – Razão de permanência e razão de manutenção
Número de Mecânicos temos um demonstrativo de quanto representa o
quadro de funcionários perante a frota
em uso. Isso permite verificar a existência de excesso de colaboradores
ou sua deficiência, balizando-se pelas
eficiências de atendimento do equipamento e pela eficiência do mecânico.
Podemos exemplificar:
t/&/.EFUFDUBNPTVNBBMUB
eficiência de atendimento e baixa eficiência do mecânico;
t /&/. EFUFDUBNPT VNB
baixa eficiência de atendimento e alta
eficiência dos mecânicos
No destaque amarelo do gráfico,
identificamos uma zona satisfatória:
NE/NM de 1,8 a 2,3, que detecta uma
boa eficiência de atendimento, sob
condições satisfatórias da eficiência dos
mecânicos. Deve-se destacar que para
a empresa é mais conveniente manter
um pequeno excesso de mecânicos
do que se sujeitar a riscos de parada
prolongada por falta de mão de obra
mecânica, lembrando que a parada de
um equipamento implica na parada de
seus diversos operadores (tratoristas ou
motoristas) e a interrupção de uma cadeia de operações agrícolas.
CONSIDERAÇÕES
Dada a importância da Oficina
Mecânica em uma empresa no ramo
sucroenergético devemos destacar a
necessidade de sua boa gestão. Com
um contingente significativo de funcionários mecânicos e administrativos,
alto nível de investimentos e despesas,
diversidade de trabalho, complexidade
trazida pela terceirização de parte das
atividades, faz-se necessária a gestão
informatiza avançada para envolver
esse processo.
A coleta instantânea e contínua das
informações referentes à elaboração
das Ordens de Serviço e dos Apontamentos dos Mecânicos é ferramenta
fundamental para a qualidade das decisões a serem tomadas.
Face à crucial essencialidade dessa
tarefa, recomenda a boa administração
que apenas mínimas partes sejam terceirizadas, mantendo-se internamente
o histórico e o aprendizado determinado por tais ocorrências. É constituir a
cultura técnica da empresa.
*Ângelo Domingos Banchi, engenheiro
agrícola, é diretor da Assiste. José Roberto Lopes, administrador de empresas, é
diretor da Assiste. Valter Aparecido Ferreira é consultor técnico da Assiste.
EVENTOS
PRODUTIVIDADE DO
SETOR ENERGÉTICO
Objetivo é criar um fórum independente de discussões dos temas que
impactam direta e indiretamente a cadeia produtiva canavieira.
A
das mais importantes entidades representativas do setor sucroenergético e de biocombustíveis, o Centro
Nacional das Indústrias do Setor
Sucroenergético e Biocombustíveis
(Ceise Br) promoveu a Datagro Ceise
Br Conference – Fenasucro, evento
técnico oficial de abertura da Fenasucro – 21ª Feira Internacional de
Tecnologia Sucroenergética. Em sua
segunda edição, mais de 400 membros da cadeia de valor do açúcar e
etanol marcaram presença.
Dividido em cinco painéis, além da
abertura e cerimônia de encerramento, o evento abordou os seguintes temas: Perspectivas do Mercado Mun-
Fotos: www.sxc.hu
produtividade agrícola do
setor sucroenergético brasileiro tem aumentado
gradualmente desde a implantação do Proálcool, mas ainda
é necessário alcançar novos patamares, com inovações que revigorem os ganhos e reduzam custos de
produção, possibilitando assim mais
competitividade ao segmento. Diante deste cenário e com o objetivo
de criar um fórum independente de
discussões dos temas que impactam
direta e indiretamente a cadeia produtiva canavieira, a Datagro, maior
consultoria de cana, açúcar e etanol
do mundo, em parceria com uma
54
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
dial e Avaliação da Safra 2013/14 no
Brasil; Desenvolvimento Econômico
com a Diversificação do Setor Sucroenergético; Visão e Atuação do Setor
Produtor; Política Industrial para o Setor Sucroenergético e Financiamentos
para o Setor Sucroenergético.
Para o presidente da Datagro,
Plínio Nastari, a Fenasucro é muito
importante e vai sinalizar o início de
retomada do setor. “Aquele déficit de
matéria-prima, que existia há dois
anos foi eliminado este ano e as demandas continuam crescendo com
excelentes oportunidades a serem
exploradas dentro e fora do Brasil”.
Segundo o especialista, é necessário
que a retomada, tão esperada, ocorra de forma organizada sem sobressaltos e sem a euforia como ocorreu
na década passada, sendo sucedida
por um período de estagnação. “Espero que esta retomada se dê de
forma uniforme. Existe muita tecnologia nova no mercado para ajudar
a aumentar a eficiência na área agrícola e industrial, eficiência que vai
ajudar a competitividade do etanol e
que vai trazer mais sustentabilidade
econômica e ambiental para o setor”,
completa.
A revista Agrimotor foi mídia oficial do evento e os participantes receberam um exemplar da revista.
EVENTOS
FUTURO DO SETOR
SUCROALCOOLEIRO
Demanda crescente de biocombustíveis e desafios em logística são
algumas das principais questões de evento internacional.
C
om inicio no dia 21 de outubro de 2013, a
Conferência Internacional Datagro sobre
Açúcar e Etanol é um dos mais importantes
eventos do calendário mundial de açúcar,
álcool e energia. Dentre os destaques, foi confirmada a presença do embaixador C.Boyden Gray como
palestrante. Gray foi advogado chefe da presidência
dos EUA (Governo Bush) e liderança ativa da formulação da legislação americana de biocombustíveis.
Estão também confirmadas as presenças de Peter
Baron, diretor executivo da ISO (International Sugar
Organization); Plinio Nastari, presidente da Datagro,
e Ivan Melo filho, responsável pela comercialização
de açúcar no mercado internacional, com o foco no
mercado industrial, da Raízen.
O tema da conferência este ano mostra evolução
no quadro econômico da indústria sucroalcooleira,
visto que na edição 2012, o setor discutia crise de produtividade – resultado de três anos de clima adverso
– e superação através de uso de tecnologia. O debate
nesta 13ª edição será acerca de Diversificação, Biotecnologia e Logística – na rota do futuro.
Dirigido aos empresários e executivos do setor,
no âmbito da iniciativa privada, e às autoridades
públicas do país, o seminário contará com a par-
ticipação de importantes especialistas nacionais e
internacionais.
A 13ª Conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Álcool será realizada nos dias 21 e 22 de outubro,
no Grand Hyatt São Paulo (av. Nações Unidas, 13.301).
EVENTOS
FENATRAN PRONTA
PARA BRILHAR
Setor de Transporte Rodoviário de Carga prevê crescimento aproximado de
4,85%, segundo pesquisa com cerca de 280 empresas transportadoras.
R
ealizada a cada dois anos, a
Fenatran – Salão Internacional do Transporte – é o maior
e mais importante evento
do segmento do transporte rodoviário de cargas da América do Sul. São
quarenta anos de história, nos quais
o evento segue como uma importan-
te ferramenta na consolidação da indústria de caminhões e implementos
para o transporte de cargas no Brasil.
Mesmo sendo focado na realização
de negócios e na exposição dinâmica de lançamentos globais para milhares de profissionais do setor interessados em conhecer as tendências
do segmento, o evento também se
firma como um importante termômetro do mercado.
Atualmente, o setor de Transporte Rodoviário de Carga vive um
momento muito particular e, atenta
a estas mudanças, a NTC&Logística
elaborou uma pesquisa com cerca
FENATRAN OFERECERÁ TEST DRIVE
Foto: www.sxc.hu
C
56
om iniciativa inédita na
América Latina, acontece
simultaneamente à 19ª edição da Fenatran (Salão Internacional do Transporte), a mostra
dinâmica Fenatran Experience, excelente oportunidade para a aproximação das montadoras com seus clientes. De forma prática e inovadora, os
principais fabricantes de caminhões
colocam seus produtos à disposição e
prova nas mãos dos que mais entendem o setor: os próprios caminhoneiros. Na edição deste ano os usuários
poderão testar as novas tecnologias
não só em caminhões, mas também
em implementos rodoviários e pneus.
“A Fenatran Experience tende a ser
o maior evento em usabilidade e praticidade, colocando o caminhoneiro
– que é o maior usuário e quem movimenta o mercado – para testar, opinar
e decidir suas futuras aquisições”, explica
Rodrigo Rumi, diretor do portfólio automotivo da Reed Exhibitions Alcantara
Machado, organizadora do evento. De
acordo com o executivo, a ideia é que o
público tenha uma exposição estática
das montadoras unida ao dinamismo do
teste dos produtos, colaborando para o
aperfeiçoamento dos equipamentos e
valorização do profissional que os utiliza.
A segurança é um dos itens de destaque da Fenatran Experience 2013, e
por isso a abertura de espaço para marcas de implementos e pneus também
participarem, além das montadoras. As
atuais condições das estradas brasileiras
contribuíram para a modificação dos implementos, ocasionando o reforço das
peças e acessórios: mais aço nas peças
como eixo, motor e pneus mais resistentes. Isso faz com que os caminhões
fiquem mais pesados e o usuário final
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
precisa saber lidar com essas mudanças. O evento serve não só para informar, mas também para valorizar e capacitar o profissional através do teste
dos produtos. O contato direto entre
quem vende e quem compra é o ponto-chave dessa iniciativa pioneira.
COMO PARTICIPAR DO
FENATRAN EXPERIENCE
Todos os visitantes da Fenatran
terão acesso à área de test drive,
porém só poderão participar e realizar o test drive aqueles que fizerem
agendamento prévio no site da feira
e estiverem de acordo com todas as
normas estipuladas no regulamento – como teste de bafômetro no
local; CNH categorias C, D ou E entre
outros. O credenciamento também
será realizado através do site www.
fenatran.com.br.
EVENTOS
Faça revisões em seu veículo regulamente.
de 280 empresas transportadoras
sobre as perspectivas para 2013 no
segmento.
As empresas consultadas indicaram que esperam um crescimento
aproximado de 4,85%. Porém, sinalizaram alguns fatores que podem
prejudicar este crescimento, como a
falta de mão de obra, apontada por
37% dos entrevistados, e a desconfiança no mercado, com 20%. Quando questionadas se acreditam estar
capitalizadas o suficiente para novos
investimentos, 54% responderam de
forma positiva. As que pretendem investir em 2013 (44%) apontaram que
novos caminhões e implementos serão os principais investimentos.
Segundo a pesquisa, o principal
fator responsável pela queda no de-
sempenho foi o menor volume de
carga e aumento dos custos. Já as
empresas que registraram melhora
no desempenho, creditaram que isso
se deve ao maior volume de carga
transportada no ano. Para finalizar,
muitos empresários acreditam em
um cenário positivo para o setor nos
próximos anos. O material mostra
que 35,7% das empresas acham que
o valor real do frete irá melhorar em
2013, enquanto 42,4% acreditam em
estabilidade deste custo e apenas
21,9% veem um cenário de queda
para os próximos anos.
Com o tema central, Transporte
na rota da sustentabilidade, a 19ª
edição da Fenatran acontece entre os dias 28 de outubro e 1º de
novembro no pavilhão de exposi-
ções do Anhembi, em São Paulo, e
tem entrada franca para os profissionais pré credenciados pelo site
www.fenatran.com.br. A Fenatran
é uma iniciativa da NTC&Logística
(Associação Nacional do Transporte
de Cargas e Logística) em parceria
com a Anfavea(Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores). O evento conta com o apoio
institucional da ABR (Associação
Brasileira do Segmento de Reforma
de Pneus), Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos
Rodoviários), Sindipeças (Sindicato
Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos
Ferroviários e Rodoviários).
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EVENTOS
NEGÓCIOS DE R$ 2,2 BILHÕES
NA FENASUCRO 2013
Maior feira do mundo para o setor foi plataforma de iniciativas em favor do
crescimento sustentado da cultura da cana-de-açúcar.
O
sucesso da 21ª Fenasucro dá
novo ânimo a toda cadeia
produtiva do setor sucroenergético nacional. Mais
de 33 mil visitantes de vinte estados
brasileiros e trinta países estiveram
em Sertãozinho (SP), para conferir as
ofertas de máquinas, equipamentos e
produtos com as mais avançadas tecnologias, que melhoram a eficiência
energética nas usinas. A expectativa
é que o volume de negócios iniciados
na feira superem os R$ 2,2 bilhões nos
próximos meses.
O bom desempenho é um reflexo da credibilidade depositada
pelas 550 expositoras nacionais e
internacionais na feira, que serviu
mais uma vez, para uma reflexão
da importância do setor sucroenergético para o país. A edição deste
ano contou com oito eventos paralelos, contabilizando mais de 60
palestrantes que abordaram temas
variados, contemplando assim toda
a agroindústria da cana-de-açúcar.
Além de reunir autoridades, líderes
de classe, técnicos e os produtores
de cana-de-açúcar, a feira também
atraiu um ato público em favor do
setor sucroenergético.
Outro destaque da Fenasucro
2013 foram as Rodadas de Negócios Internacional, organizadas
Fotos: Divulgação e SXC.hu
58
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
pela Apla/Apex, que promoveram
encontros comerciais entre 53 empresas brasileiras e 21 compradores
estrangeiros, vindos da Argentina,
Bolívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru entre outros países. As rodadas totalizaram 463 reuniões, que
resultaram em US$ 260 milhões de
negócios prospectados até o momento. A expectativa é que os negócios sejam ampliados nos próximos
doze meses.
A maior oferta de crédito com
taxas de juro competitivas também
deve contribuir para que os produtores ampliem a capacidade instalada das usinas com a renovação de
EVENTOS
máquinas e equipamentos. Durante
a feira, o Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal apresentaram
aos expositores e visitantes suas linhas de financiamento. “Lançamos
uma linha especial para flexibilizar
o crédito para capital de giro, com
prazos de até 60 meses e pagamentos de parcelas bimestral, trimestral,
semestral e anual, a partir de 1,25%
de juro ao mês”, diz Fábio Cristiano
Danin Eusébio, superintendente estadual do Banco do Brasil.
Outra boa notícia anunciada pelo
presidente do Ceise-Br – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis,
Antonio Eduardo Tonielo Filho, foi o
projeto pioneiro de uma usina mo-
delo para os alunos da unidade do
Senai de Sertãozinho. “Foram investidos mais de R$ 40 milhões para
capacitar os futuros profissionais
da indústria que queiram atuar no
mercado sucroalcooleiro”, afirma o
executivo.
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Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor
59
BIOTECH FAIR
VAI DIVULGAR
A BIOMASSA
Potencial pode ser maior: das 440 usinas de cana-de-açúcar
em atividade no Brasil, apenas 100 produzem eletricidade
para o sistema elétrico nacional.
A
biomassa é hoje uma das grandes alternativas para produção
de energia limpa e renovável.
Somente o bagaço de canade-açúcar tem um potencial de geração
de eletricidade superior a 1,5 milhão de
quilowatts/ano. Os números mostram
maior potencial se levarmos em conta
que, das 440 usinas de cana-de-açúcar
em atividade no Brasil, apenas 100 usinas produzem eletricidade para o sistema elétrico nacional. Segundo o Instituto Acende Brasil, os canaviais existentes
no Brasil poderiam gerar cerca de 14
milhões de quilowatts/ano.
Além da cana-de- açúcar, os resíduos
sólidos também têm grande potencial,
por meio de energia retirada do biogás.
A previsão é que as tecnologias de gaseificação de biomassa tornem-se competitivas nos próximos anos segundo o
Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pelo Conselho Nacional de Política
Energética. O Plano prevê a entrada em
operação de sistemas de gaseificação
de biomassa no setor sucroalcooleiro
que gerarão 5% da energia do país. Já
a previsão para 2030 é que essa participação cresça 13%.
No caso da biomassa de madeira,
estudos revelam que atualmente esta
fonte responde por 8,7% da matriz
energética mundial e 13,9% da brasileira. A oferta de biomassa florestal se
dá por resíduos (florestais, industriais
ou urbanos) ou plantações de florestas
energéticas. Os resíduos florestais e industriais são a maior oportunidade no
curto prazo, enquanto a oferta oriunda
de plantações de finalidade exclusivamente energética ainda é pequena,
mas tem grande potencial de desenvolvimento no longo prazo, em especial
no Brasil.
Estes são alguns dos temas que serão abordados no 8º Congresso Internacional de Bioenergia e na 6ª BioTech
Fair – Feira Internacional de Tecnologia
em Bioenergia e Biocombustíveis, que
acontecem de 5 a 7 de novembro de
2013, no centro de exposições Imigrantes, em São Paulo.
A 6ª BioTech Fair, que acontece simultaneamente ao congresso, terá a
participação de 50 empresas ligadas à
produção de máquinas, equipamentos
e tecnologias voltadas às energias renováveis, com destaque à biomassa e biocombustíveis. Ainda, será realizado o 2º
Congresso Brasileiro de Eucalipto. Com
organização do Grupo Cipa Fiera Milano e realização da Porthus, os eventos
terão a participação de seis mil visitantes profissionais.
A entrada é gratuita para profissionais do setor e os organizadores oferecem transporte gratuito, saindo da
estação do metrô Jabaquara.
EVENTOS
EQUIPAMENTOS DE
IRRIGAÇÃO SÃO DESTAQUE
EM ESTEIO
Dos R$ 3,3 bilhões comercializados na Expointer, apenas 1% não veio de máquinas e
implementos agrícolas. Equipamentos de irrigação tiveram crescimento de 460%.
C
om um valor comercializado
de R$ 3,3 bilhões (com amplo destaque para máquinas
e implementos agrícolas) e
a visita de 384.527 pessoas, a 36ª Expointer, marcada pelo castigo da chuva no parque Assis Brasil, em Esteio
(RS) foi encerrada dia 1º de setembro,
depois de nove dias de feira. Os números gerais apresentaram um acréscimo
de 62% nas vendas, mas o volume de
negócios registrado com equipamentos de irrigação foi ainda melhor, contabilizando um crescimento de 460%
em relação ao ano anterior.
Segundo levantamento efetuado
pelo programa Mais Água, Mais Ren-
da, da secretaria da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, foram encaminhados 468 contratos, representando
uma movimentação financeira de R$
314 milhões contra os R$ 56milhões
verificados no ano passado.
AUTORIDADES
O governador Tarso Genro visitou
a feira dia 28, acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário,
Pepe Vargas, os secretários do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, e da Agricultura,
Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e o presidente da Emater/RS-Ascar, Lino De David.
O governador destacou que a Expointer é um ambiente de inovação
e qualidade e que o estado vive a
batalha para qualificar a produção.
Fotos: Divulgação e SXC.hu
62
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
Destacou que a feira tem reflexo no
exterior e que, por isso, é importante
apresentar os avanços no evento: “A
feira atesta que o Rio Grande do Sul
cria condições favoráveis para a agricultura e que ela é uma síntese da
base produtiva do estado, pois reúne
vários segmentos”, concluiu.
Genro garantiu que a produção não
é só volume (quantidade) e o estado
está investindo para melhorar a característica (a qualidade), especialmente
nesse momento de crescimento, favorável aos bons negócios. Logo depois do
discurso, o governador andou diversos
estandes, iniciando pelo pavilhão internacional, os pavilhões de artesanatos e
agricultura familiar.
O ministro do Trabalho e Emprego,
Manoel Dias, esteve no parque dia 26,
recebido pelo governador Tarso Genro, na Casa Branca.
O prefeito de Esteio, Gilmar
Rinaldi, por sua vez, assegurou que este foi o último ano
em que a feira teve acesso
apenas pela BR-116. Com o
acabamento da rodovia do
Parque, a partir da próxima
edição a exposição terá entrada pelo lado oposto. Para
Rinaldi “isto vai transformar o
parque de exposições Assis
Brasil, que terá a possibilidade
de funcionar durante todo o
ano”, ressaltou.
ESTATÍSTICAS
DADOS DO AGRONEGÓCIO
*Estimativa
PIB (Produto Interno Bruto): US$ 2,26 trilhões*
Crescimento do PIB em 2013: 2,4% (*Banco Mundial)
Valor Bruto da Produção:
R$ 276 bilhões (safra anterior: R$ 246,2 bilhões).
Produção de grãos s afra
2012/2013:
entre 191,91 e 195,5 milhões de toneladas
(safra anterior: 187,09 milhões de toneladas)
Área cultivada:
54,18 milhões de hectares
Cana-de-açúcar (*Conab)
Produção:
652,02 milhões de toneladas (10,7% sobre 588,92 milhões de toneladas
da safra 12/13)
Etanol:
27,17 bilhões de litros (14,94% sobre 23,64 bilhões de litros da safra 12/13)
Açúcar:
40,97 milhões de toneladas (6,88% sobre 38,34 milhões de toneladas da
safra 12/13)
Soja
Safra 2013/2014:
87,603 milhões de toneladas, produtividade média de 3.056 kg/hectare.
Milho
Safra 2013/2014:
78,434 milhões de toneladas, produtividade média de 5.111 kg/hectare.
Café
Safra 2013/14:
52,9 milhões de sacas (*Safras & Mercado)
Veículos e Máquinas Agrícolas (Anfavea)
Produção de autoveículos:
3,93 a 3,97 milhões de unidades*
Licenciamentos de autoveículos
novos de janeiro a junho:
2,78 milhões de unidades
Produção de máquinas agrícolas:
72,2 a 72,9 mil unidades*
Vendas internas de máquinas
agrícolas de janeiro a setembro:
63,9 máquinas (+25,1% sobre 2012)
Implementos Rodoviários (Anfir)
2012:
160.414 unidades (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis)
2013 (janeiro a agosto):
108.853 unidades entregues (reboques e semirreboques e carrocerias
sobre chassis) (6,89 % ante mesmo período de 2012)
Foto: Divulgação
BUSINESS WORLD
SPAAL PATROCINA F-TRUCK E
STOCK CAR
ANFIR: PSI/FINAME SUSTENTA
RECUPERAÇÃO
A Spaal, tradicional fabricante de
juntas automotivas,
está lançando a linha de Retentores
Dynamic. A apresentação da nova marca
também conta com patrocínios às equipes RM
Competições, com Felipe Giaffone (F-Truck,
caminhão MAN), DF Motorsports, com Djalma
Fogaça (F-Truck, caminhão Ford) e da equipe
Vogel Brennen, com Fábio Fogaça (Stock Car
V-8). A intenção é tornar a marca Spaal-Dynamic
conhecida dos aplicadores no mercado de reposição nacional.
O ritmo de recuperação da indústria de implementos rodoviários superou as expectativas iniciais
da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). De janeiro a setembro
de 2013, o volume produzido e vendido pelas empresas do setor ficou 10,05% acima do total apurado no mesmo período do ano passado. A razão para
o bom desempenho está no ambiente de oferta de
crédito. “A decisão de fixar duas taxas no PSI/Finame, uma para cada semestre, permitiu que o mercado se programasse e como resultado estamos
com desempenho positivo recuperando as perdas
de 2012”, afirma Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos
Rodoviários (Anfir).
Foto: Divulgação
DIA NACIONAL DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA
VALMONT ANUNCIA EXPANSÃO
A Valmont inaugurou, dia 2 de agosto, a expansão do prédio de almoxarifado e expedição, aumentando sua capacidade para melhor
atendimento. A empresa, líder no mercado de
irrigação e fabricante dos produtos Valley, atende à crescente demanda por fornecimento de
sistemas de irrigação mecanizada, com o objetivo de dar maior agilidade aos procedimentos
de entrega dos produtos fabricados, O descerramento da placa de inauguração foi realizado
por Leonard M. Adams, group president global
irrigation, juntamente com João Rebequi – diretor presidente da Valmont Brasil. Desde 1954,
a Valmont está presente no campo, irrigando
culturas e lavouras pelo mundo, no Brasil, comemora, neste ano, 35 anos da instalação do
primeiro pivô central no país.
64
Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013
O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está ligado à história da aviação agrícola brasileira desde seu início em 1947, quando um ataque de
gafanhotos devastou a região Sul do Brasil, na região
de Pelotas/RS. O engenheiro-agrônomo do ministério
da Agricultura, Leôncio Fontelles, chefe do posto de
defesa agrícola em Pelotas e o comandante Clóvis Candiota, utilizando um avião de instrução do aeroclube
local, realizaram a primeira aplicação aérea, em 19 de
agosto de 1947, com repercussão nacional, marcando
esta data como o Dia Nacional da Aviação Agrícola”.
A aviação agrícola é utilizada em todos os continentes, totalizando mais de 40 mil aeronaves em
todo o mundo, com os Estados Unidos ocupando
o primeiro lugar em número de aviões agrícolas,
com cerca de 10 mil aeronaves, seguido pelo Brasil. Atualmente, mais de 1.800 aeronaves agrícolas
operam no Brasil e estima-se que exista potencial
para incremento de, no mínimo, 1.200 aviões, nos
próximos dez anos. A área agrícola trabalhada com
aviação agrícola no Brasil é de aproximadamente 20
milhões de hectares por ano e existem 231 empresas aeroagrícolas registradas junto à Anac, atuando
como prestadores de serviços de aviação agrícola.
BUSINESS WORLD
Foto: Divulgação
METALSINTER PRÉ-INAUGURA PRIMEIRA EMPRESA TOTALMENTE
SUSTENTÁVEL DO BRASIL
O Grupo Metalsinter: Filtros MS e Ambiental MS, líder há 36 anos no ramo
de filtragem de combustíveis, água e efluentes, pré-inaugurou, em fins de
agosto, em Alphaville, São Paulo, a primeira empresa totalmente sustentável
do Brasil. O Grupo MS adotou uma postura diferenciada: desenvolveu uma
planta conceito. O prédio, com 3,5 mil m2, está em frente a uma área de proteção permanente e tem construções sustentáveis, como arquitetura e tecnologia de ponta, para proporcionar o máximo de aproveitamento de fontes alternativas de energia e recursos naturais renováveis, inserindo um novo conceito
de preservação do meio ambiente.
Nesse conjunto, incluem-se produtos e aplicações ecológicas disponíveis
no mercado, que vão desde a estrutura pré-moldada, que proporciona uma obra limpa e praticidade na montagem, dispensando o uso de madeira, o que gera cerca de 15% de economia; sistemas
de aquecimento solar, equipamentos de tratamento e reuso de efluentes e potabilização da água de
chuva desenvolvidos e comercializados pela Ambiental MS; telhado verde, iluminação em LED, ar condicionado e elevadores ecológicos, horta sustentável, entre outros. Como resultado: 70% de economia
no consumo de energia e de 90% na reutilização de água.
BUSINESS WORLD
Dados revelados pela FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) apontam que,
em vinte anos, o número de pessoas que passam fome no
Brasil foi reduzido em quase 10 milhões. Entre 1992 e 2013,
o número de cidadãos brasileiros famintos caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões de pessoas. Apesar dos avanços,
a FAO faz o alerta de que o volume de pessoas famintas
ainda é inaceitável. Se grandes países emergentes conseguiram fazer avanços importantes, regiões inteiras da África ainda registram um aumento do
problema. Do total de famintos, apenas 15,7 milhões de pessoas estão nos países ricos. Mas,
enquanto o número cai de forma geral no planeta, o volume de cidadãos que passam fome nos
países ricos aumentou nos últimos quatro anos, com um incremento de 500 mil. O fenômeno foi
registrado no mesmo período em que a pior crise econômica em setenta anos afetou a Europa
e os Estados Unidos.
Foto: www.sxc.hu
MAIS ALIMENTOS PARA O MUNDO
ANUNCIANTES
ADR Brasil Eixos Ltda. ......................................................................................................................................................................... 43
AG Leader Technology Brasil Sist. de Nav. Ltda. ............................................................................................................................... 35
Agco do Brasil Com. e Ind. Ltda. ........................................................................................................................................................ 09
Assiste Assessoria em Sistemas Administrativos ............................................................................................................................. 53
Bauer do Brasil Ltda. ........................................................................................................................................................................... 39
BioTech Fair 2013 ................................................................................................................................................................................ 37
Caixa Econômica Federal ................................................................................................................................................................... 13
Conferência Datagro 2013 ................................................................................................................................................................. 60
Danfoss Power Solutions ............................................................................................................................................................ 2a capa
Desafios de Logística e Armazenagem no Agronegócio ................................................................................................................. 59
Draft Brasil ........................................................................................................................................................................................... 27
Encopel Comércio de Peças de Máquinas Ltda. ................................................................................................................................ 55
Fenatran 2013 ..................................................................................................................................................................................... 45
Goodyear Paulista ...................................................................................................................................................................... 16 e 17
Grips Editora ............................................................................................................................................................................... 3a capa
Heberflex Indústria e Comércio de Conexões Ltda. ......................................................................................................................... 41
Jumil - Justino Moraes e Irmãos S.A. ................................................................................................................................................. 07
K Parts Indústria e Comércio de Peças Ltda. ..................................................................................................................................... 65
Kashima Com., Imp. e Exp. de Auto Peças Ltda. ............................................................................................................................... 47
Konnexion Comércio Internacional Ltda. ......................................................................................................................................... 55
Lindsay América do Sul ...................................................................................................................................................................... 05
Mercedes-Benz do Brasil S.A. ..................................................................................................................................................... 4a capa
Metalmag Produtos Magnéticos Ltda. .............................................................................................................................................. 41
Metalsinter Ind. Com. de Filtros e Sint. Ltda. .................................................................................................................................... 63
Microgear Indústria de Peças Ltda. ................................................................................................................................................... 11
Nekarth Ind. e Com. de Peças e Máquinas Ltda. ............................................................................................................................... 61
Spaal Indústria e Comércio Ltda. ....................................................................................................................................................... 57
SSAB Swedish Steel Comércio de Aço Ltda. ...................................................................................................................................... 15
TVH Dinamica Peças Ltda. .................................................................................................................................................................. 33
Valmont Indústria e Comércio Ltda. .................................................................................................................................................. 23
Zurlo Implementos Rodoviários Ltda. .............................................................................................................................................. 29
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