alunos do santa maria se destacaram em 2011
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alunos do santa maria se destacaram em 2011
REVISTA DO COLÉGIO SANTA MARIA – N0 58 ESPECIAL O TRABALHO DE INSERÇÃO SOCIAL MÉRITO ACADÊMICO ALUNOS DO SANTA MARIA SE DESTACARAM EM 2011 MENSAGEM Natal o ano inteiro N este período que antecede o Natal, como busca de excelência, de benefícios coletivos. manda o hábito, todos pensam em como Quando alguém se supera, toda a sociedade presentear as pessoas. Porém, nesta edição ganha porque, atualmente, na era da inter- da Caleidoscópio, decidimos chamar atenção net, qualquer conhecimento é rapidamente para os “presentes” que os alunos do Santa compartilhado. Maria entregam o ano todo a quem mais Quando tinha 18, 19 anos, Steve Jobs já necessita deles. Os alunos doam seu tempo, começava a criar tecnologias que mudariam a seu carinho, sua emoção e suas pequenas cultura mundial. E quem pode dizer que hoje, habilidades em organizar jogos ou trabalhos artísticos ou, aqui no próprio Colégio, não estejam sendo desenvolvidos às vezes, apenas a disposição de sentar ao lado de alguém talentos que um dia também contribuirão de maneira deci- solitário, para alguns minutos de conversa. O que eles têm siva para o progresso social? a dar é sua atenção e sua curiosidade a respeito da vida Não há como saber, mas é possível, isso sim, estimular a do outro. Isso significa energia, luz, alegria, risos. E existe criatividade, a inovação e o espírito de superação. Todos os algum presente mais bonito e mais importante do que esse? campos do conhecimento são impulsionados por pessoas Jesus decidiu viver entre os homens para dedicar sua vida que criam, inovam e têm o dom da originalidade. Por exem- a nós, com sua presença amorosa. É essa lição que orienta plo, os alunos do 3o ano do Ensino Médio estão realizando os alunos do Colégio quando, ao longo do ano, visitam um projeto de empreendedorismo relacionado à sustentabi- creches e lares de idosos, participam de ações dedicadas lidade, perfeitamente sintonizados com as demandas atuais. à preservação da natureza ou integram qualquer outra ini- Portanto, a capa da revista e a matéria na página 9 ciativa de inserção social. Não é uma celebração de um dia representam uma homenagem a todo aluno que estuda e, sim, a expressão de uma conduta, de um compromisso bastante, que se dedica e que não se intimida em buscar em fazer o bem e se aproximar de seu semelhante, para parâmetros e se testar perante outros jovens de sua idade, conhecê-lo melhor. Em algum momento de sua trajetória es- a fim de superar barreiras específicas e descobrir como colar, o aluno do Santa Maria passa por essa experiência – e seguir em frente. a leva durante a vida inteira, sempre presente na memória. A todos, um bom Natal, cheio de “presenças” fraternas. *** Também homenageamos nesta revista todos os alunos que se destacaram em concursos, olimpíadas ou outro tipo de disputa acadêmica. Embora se imagine que uma Irmã Diane Clay Cundiff medalha ou um troféu seja uma conquista individual, na Diretora-geral do verdade, o que está em jogo é um trabalho mais amplo de Colégio Santa Maria Revista bimestral do Colégio Santa Maria – No 58 – Dezembro de 2011 – [email protected] COLÉGIO SANTA MARIA Av. Sargento Geraldo Santana, 890/901 Jardim Marajoara, São Paulo, SP Telefone (11) 2198-0600 [email protected] www.colsantamaria.com.br 2 CALEIDOSCÓPIO DEZEMBRO EQUIPE DE REDAÇÃO Irmã Diane Clay Cundiff, Irmã Anne V. Horner Hoe, Ana Cristina Proietti Imura, Camila Giamarino, Edith Sonagere Nakao, Maria Lúcia Sanches Callegari, Maria Soledad Mas Gandini, Sueli Aparecida Gonçalves Gomes PRODUÇÃO EDITORIAL Editor: Ricardo Marques da Silva MTb. 10.937 Editor de arte: Renato Akimasa Yakabe Produtora: Camila Giamarino Revisora: Sonia Regina Yamadera Capa: foto de João Neto Impressão: CompanyGraf educação infantil Imaginação e cultura A partir das pesquisas em neurociência, aprendemos imaginar, cantar, desenhar, ouvir histórias e dramatizar muito a respeito do desenvolvimento humano e, são ações fundamentais para o desenvolvimento da no nosso caso, do desenvolvimento infantil. Sabemos, função simbólica, da percepção e da memória. por exemplo, que a infância constitui um período fun- Ao elaborar os projetos, pretendemos contemplar damental para a formação do indivíduo, que está cons- todas as áreas do conhecimento, interligando-as aos tantemente apreendendo as informações do mundo. conteúdos da série e articulando as diversas linguagens. A criança se desenvolve biológica e culturalmente; Por exemplo, ao trabalhar com poesias, dramatizamos, ou seja, sua ação depende da maturação orgânica e assistimos a filmes, cantamos, desenhamos, declama- das possibilidades que o meio lhe oferece. Por isso pre- mos, pintamos e até cozinhamos. As- cisamos propiciar vivências e experiências significativas sim, aguçamos todos os sentidos. que possibilitem que as informações às quais ela tem Aprimoramos e criamos conexões acesso sejam reelaboradas, criando-se novas estruturas a partir de um único trabalho, con- de pensamento e, consequentemente, conhecimento. templando as múltiplas inteligências Embora as crianças de hoje estejam inseridas numa e as individualidades. sociedade repleta de imagens, os pesquisadores dizem Certamente, todos podem pro- que há diminuição do universo imaginativo. Portanto, é mover situações culturais e de apren- função da escola cuidar intencionalmente do desenvolvi- dizagem. Mas é no meio escolar que mento da imaginação, base de todas as aprendizagens ocorre a ampliação mais significativa futuras. A criança, por meio da experimentação, da das experiências humanas, pois há exploração e das pesquisas, estabelece relações entre um elemento fundamental: o outro. O o que já foi aprendido e os novos saberes. Dessa forma, conhecimento é construído na interação seu cérebro cria novas conexões neuronais e armazena física e social e, nesse processo, modifi- na memória de longa duração os diversos aprendizados. Portanto, planejamos momentos que propiciem um desenvolvimento camos e somos modificados. Claudia Regina Simões Lacerda, Luciana Boggi Proença e Rosane Callegari, professoras do Jardim I saudável às nossas crianças: brincar, dezembro caleidoscópio 3 e d u c a ç ã o infantil vamos à feira? N o fim de agosto, as turmas de Jardim II re- ceberam um lindo presente: uma barraquinha de feira contendo frutas, hortaliças curiosidade natural pelos números. Enfim, cada criança e legumes. No princípio, a curiosidade tomou conta das encontrou sua maneira de vencer os desafios e explorou crianças e a exploração se deu de forma espontânea. estruturas de raciocínio lógico, escolheu estratégias e Num segundo momento, propusemos situações vividas desenvolveu habilidades. no cotidiano, como comprar e vender produtos. Além do conhecimento lógico-matemático, outras Nosso objetivo: trabalhar, de forma lúdica, noções áreas foram trabalhadas: listas de compra, a origem da conceituais matemáticas fundamentais para a com- feira, a rotina e o perfil dos trabalhadores e a apreciação preensão de determinados conteúdos. A comparação de obras de arte sobre o tema. Foi gratificante observar dos produtos, a classificação e a correspondência termo o envolvimento das crianças em uma divertida e praze- a termo para efetuar a contagem e o pagamento das rosa brincadeira que se tornou espaço de elaboração, compras são exemplos das noções trabalhadas. investigação e construção de muitos conhecimentos. Pagar pelo produto adquirido: eis outra questão E você, costuma ir à feira? Não perca essa oportuni- desafiadora. Questionamentos e hipóteses surgiram dade de levar seus filhos para incentivar ainda mais o entre os alunos e alunas do Jardim II: “Como vamos desenvolvimento das noções matemáticas conceituais pagar se não temos cartão de crédito?” “Onde vai ficar o – e não se esqueça de parar na barraca do pastel! banco para a retirada do dinheiro?” São discussões que mostram a criança integrada ao cotidiano familiar e sua 4 caleidoscópio dezembro Maria Beatriz B. Rossetti e Fernanda S. Lugatto, professoras do Jardim II 1 o ano ef Alfabetização e letramento: as conquistas do 1º ano D o universo de 219 alunos ma- mas, compreender a formação das triculados no 1o ano do Ensino sílabas, decifrar o que está escrito. Fundamental em 2011, 117 vieram de É preciso inserir o letramento nesse diferentes escolas de Educação Infantil: processo, ou seja, usar os textos que um grande desafio para nossa equipe os alunos e alunas trazem, inserir ou- de professoras alfabetizadoras. A mo- tros, relacioná-los com uma variedade tivação dos alunos era clara: “Quero de gêneros trazidos à sala de aula por aprender a escrever, quero saber meio da leitura diária. É isso que permite ler”. E tudo o que queríamos a reflexão a respeito da escrita: como era ensinar, da forma mais escrever e o que escrever. Não é possí- atrativa e produtiva possível. vel pensar na escrita sem relacioná-la à Quanta expectativa! Aprender prática de leitura. Aprende-se a escrever não é mágica, ninguém pode também por meio dos textos de tercei- fazer isso por nós. É necessário ros. É com a convivência com textos de ter esforço, dedicação, momentos diversos gêneros que nos inscrevemos de reflexão e de frustração, mas também muitas brincadeiras, desco- nessa teias. Assim, os alunos e as alunas do bertas, prazer, alegria – encontros 1o ano tiveram a oportunidade de verdadeiros entre quem ensina e interagir com adivinhas, parlen- quem aprende. Saber ler e escrever vai muito das, quadrinhas, músicas, poesias, legendas, textos além de aprender as letras, informativos, histórias em relacionar grafemas a fone- quadrinhos e contos, integrando a oralidade, a audição, a leitura e a escrita. O resultado? Apreciem algumas criações. “Eu sei ler!” “Eu sei escrever!” “Eu aprendi letra cursiva!” Cássia A. José Oliveira, professora do 1o ano EF dezembro caleidoscópio 5 2 o a n o e f a matemática do dia a dia A matemática está presente em nossas necessida- gem se situa entre os séculos 4o e 5o, na Alemanha, des cotidianas. Deve ser considerada como uma nossos alunos puderam vivenciar momentos desafia- forma de compreender e atuar no mundo e de pertencer dores e registrar as estratégias de cálculo para elaborar à sociedade no seu contexto social, cultural e natural. o conceito da multiplicação a partir dos pinos caídos Identificamos as ideias matemáticas em embalagens no arremesso da bola. É importante acrescentar que, de alimentos, receitas médicas, números de telefone, como nas demais áreas do conhecimento, o registro calendários; enfim, em situações que são fruto da cons- escrito exerce um papel fundamental na estruturação trução humana. Assim, quando chegam à escola, os do pensamento, auxiliando na validação das hipóteses alunos já têm uma história, um conjunto de experiências ao confrontá-las com as dos colegas. que são socializadas com seu grupo, adquirindo sentido. Cabe à escola recorrer a esses conhecimentos e ampliá-los, pois é fundamental que se observem padrões e regularidades e se apliquem os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas, a fim de desenvolver formas de raciocínio e estratégias e de ser As regras – Vejamos, por exemplo, a descrição do jogo de boliche feita por Paola Dutra Esteves, aluna do 2o ano F: “Material necessário: 10 garrafas plásticas, 1 bola pequena, 1 régua grande. Como jogar: você é obrigado a jogar a bola na mira dos pinos para acertar. Depois, marque os perseverante na busca de soluções. pontos em uma folha. Regras: pegar O 2 ano do Ensino Fundamental a régua e colocar no chão a uma o do Colégio Santa Maria se preocupa com o desenvolvimento dessas habilidades e competências distância certa dos pinos. Cada pessoa joga na sua vez. Cada garrafa vale 2 pontos. Se dos alunos. O jogo de boliche alguém derrubar todas as é um exemplo de material garrafas, ganha 10 pontos. utilizado pela série a fim de instrumentalizar a aprendizagem do conceito de multiplicação. Por meio desse jogo milenar, cuja ori6 caleidoscópio dezembro Vence quem ganhar mais pontos”, ela ensina. Adriana Breviglieri Pechi Antonio e Glaucia Savioli Fisner Piva, professoras do 2o ano do Ensino Fundamental 5 O ANO EF A SOBREVIVÊNCIA DOS OCEANOS, NOSSA SOBREVIVÊNCIA O s alunos do 5o ano iniciaram em 2011 o estudo fundamental para a vida na Terra: a produção de oxigê- dos oceanos. Realizamos o estudo de meio dos nio. Após a palestra, Giulia Moretti, do 5o D, comentou: ecossistemas litorâneos, fizemos debates, assistimos a “Cerca de 70% do oxigênio da atmosfera é produzido vídeos e nos encontramos com a oceanógrafa Patrícia pelo fitoplâncton durante a fotossíntese”. Bianca Ribeiro, do Instituto Oceanográfico da USP. Os alunos se surpreenderam ao descobrir que a água da se sabe muito pouco sobre os oceanos. Crescimento que ingerimos pode ser a mesma que existia na época das cidades, expansão das indústrias, aumento da po- dos dinossauros! “Se o ciclo da água for interrompido, pulação, pesca, poluição... O impacto da ação do homem todos os seres vivos da Terra serão afetados”, alerta tem colocado em risco a saúde dos oceanos, podendo Augusto Lima Alves, aluno do 5 D. acarretar a extinção em massa das espécies marinhas. o FOTO DE FUNDO: NASA Mesmo com tanto avanço científico e tecnológico, ain- Foi nos oceanos que a vida se iniciou. “O mar abriga Ana Beatriz Mitsutani, do 5o D, adverte: “Quando um várias espécies de peixes, plantas e crustáceos. Muitas recife de coral é destruído, estamos matando também dessas espécies nos alimentam”, lembra Tiago Tortella, milhares de espécies que moram nesse ecossistema”. aluno do 5o D. Além de nos fornecer alimento, os rios e Patrícia Ribeiro deixou-nos esta reflexão: “Antes de os mares servem para o transporte de pessoas e mer- tudo, é preciso mudar a percepção sobre os oceanos. cadorias. Tiago Tortella complementa: “Também usamos Conhecimento é o primeiro e mais importante passo os oceanos para nos divertir. Navios e lanchas enchem para a compreensão de que há limites para o que po- os mares, pessoas mergulham para observar as belezas demos fazer ao mundo a nossa volta, sem prejudicar do fundo do mar e banhistas lotam as praias”. nossa própria sobrevivência e nosso bem-estar”. Em sua palestra, a oceanógrafa Patrícia Ribeiro ressaltou a importância dos oceanos num processo Pensem nisso. Equipe do 5o ano DEZEMBRO CALEIDOSCÓPIO 7 8O ANO EXCELÊNCIA ACADÊMICA NA ARTE A excelência acadêmica na área de que o cerca. Essa experimentação é Arte não está ligada apenas a aptidões, essencial para o processo de construção mas também ao desenvolvimento da sensibilidade. É por do indivíduo. meio do contato com a história da arte, seus artistas e suas A área de Arte favorece a integração das demais obras que o indivíduo tem a oportunidade de desenvolver áreas, pois proporciona uma visão mais global e sensível o senso estético e a sensibilidade para olhar, perceber e do mundo. A aptidão artística vem como consequência, sentir toda a linguagem emocional ali contida. permitindo que o aluno aprenda a se expressar de for- A sensibilidade também está ligada à experimenta- ma mais consciente e adequada, seguindo padrões e ção do aluno com os diversos tipos de material artístico. regras de composição, até chegar ao nível de excelência É dessa maneira que desenvolverá sua criatividade e para o 8o ano. expressará ideias, sentimentos e percepções do mundo Adriana Felix Pistori, professora de Arte EDUCAÇÃO E TRABALHO A SERVIÇO DA VIDA O ensino de língua contempla focos necessariamente esse conhecimento nas diferentes situações. Isso está presente inter-relacionados, que implicam o desenvolvimento, nos neste trecho da resenha crítica da aluna Amanda Silvério Fer- alunos, das competências em comunicação, texto e gramá- rari, do 8o C: “A revolução dos bichos conta a história de uma tica. Isso equivale a abrir espaço para que possam exercitar revolução de animais cansados de ser explorados. Eles expul- e ampliar sua capacidade de comunicação oral e escrita nas sam os humanos da fazenda e fazem a promessa de uma mais diversas situações sociais. sociedade harmoniosa, na qual todos serão iguais. Porém, em O processo de trabalho a partir da leitura de A revolução dos certo momento, os porcos tomam o poder e oprimem os de- bichos, de George Orwell (Companhia das Letras), promoveu mais animais, tornando-se ditadores. No Brasil, muitos líderes situações de troca entre os componentes curriculares se assemelham ao ‘governo’ do porco Napoleão. No e de interação, com propostas em que os alunos fo- mundo, há países que ainda sofrem com ditaduras. ram convidados a repensar os valores apresentados E, em todos os casos, sempre encontramos aqueles no enredo, a recorrer às suas experiências pessoais, que só querem tirar vantagem, que só pensam em a estabelecer relações históricas. si próprios e se tornam lideres; aqueles que, no livro, Os procedimentos para o são os ‘porcos’. A trama tem inúmeras relações que trabalho com a língua não são são facilmente percebidas e, estanques e, sim, interativos. em cada relação, uma crítica”. O aluno que verdadeiramente Sonia Regina Yamadera, aprende contextualiza os professora de Língua conteúdos e é capaz de expor Portuguesa 8 CALEIDOSCÓPIO DEZEMBRO mérito 2011 quem se destacou em O limpíadas Brasileira e Latino-Americana de Astronomia alunos que, com qualidades semelhantes, não participaram e Astronáutica, Olimpíada Paulista de Matemática, de eventos. Assim, a homenagem que o Colégio presta aos Parlamento Jovem, Olimpíadas Brasileira e Paulista de destaques do ano na capa desta Caleidoscópio se estende Química... Foram muitos os eventos de mérito acadêmico a todos aqueles que levam os estudos a sério, participam nos quais os alunos do Santa Maria se destacaram em 2011. e têm consciência de seu papel na sociedade. Conheçam Esse grupo representa, de fato, um número bem maior de a seguir quem brilhou neste ano. Olimpíadas e vestibular medalha de bronze na OBA. Luiz Felipe Guain Teixeira, do 3o ano, Organizada anualmente pela Sociedade Astronômica Bra- conquistou medalha de bronze na OBA e na Olimpíada Paulista sileira, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica de Química, além de menção honrosa na Olimpíada Brasileira (OBA) é quase um território dos alunos do Santa Maria, tantas de Química, ficando em 40o lugar na classificação nacional e em são as premiações. Em 2011, do 3 ano do Ensino Fundamental, quarto lugar no estado de São Paulo. Além disso, Luiz Felipe foi ganharam medalha de ouro Vicente Costa Leal Torrico, André o terceiro colocado para o curso de Física no vestibular Unesp Mouri Ishii e Matheus Almeida Aranha; Letícia Martins Peñaranda 2012. Matheus Bellini, do 3o ano, também brilhou no vestibular, conquistou a medalha de prata e Laura Bach Santa Catarina, classificando-se em primeiro lugar para o curso de Matemática Julia Savian Serai, Vitor Pedro G. Fanucchi e Maria Letícia Neves da Unesp. o Hansen ganharam bronze. No 4o ano, Gustavo Breviglieri Pechi e Kenzo Komatsu Takano receberam medalha de prata. No 5o ano, Outros destaques ganharam ouro André Fontanez Bravo e Nelson Alves Yamashita. Giovanna Mantovani Salim, do 5o E, venceu o 7o Concurso No 6 , foram medalhistas Caetano Gabriel Basso, Kenzo Ishibashi Cultural Ler e Escrever é Preciso – Ecofuturo, cujo tema foi “Vamos e Sophia Faula Leite de Oliveira. cuidar da vida”. Criado para incentivar o hábito da leitura e da o No 7 ano, Bruno Akira Toshimitsu Oda e Henrique Cao balleria Mesquita conquistaram bronze na OBA, enquanto expressão autoral, o concurso registrou a participação de mais de 4.500 redações de todo o país. Pedro Takahaski Fernandes e Lucas Giusti Kolbe ganharam, Giovanna Milano Mota, do 5o G, e Giovanna Camargo, do 5o respectivamente, prata e bronze na Olimpíada Paulista de A, destacaram-se no concurso de frases promovido pela Sabesp Matemática (OPM). para comemorar o Dia Mundial da Água. Entre mais de 300 frases No 8o, conquistaram medalha na inscritas, Giovanna Milano ficou em OBA os alunos Arthur Neto dos Santos primeiro lugar e Giovanna Camargo e Julia Geiling Cardoso Falcone. No 9o em nono na categoria de 9 a 11 anos. ano, Gustavo Ingnieri ganhou prata, Pedro Geiling Cardoso Falcone, enquanto Giovanna Giorgii, Carolina do 8o E, foi o terceiro colocado no di Senna, Gabriel Diniz e Fabrizio Parlamento Jovem Paulistano e Boer foram duplamente premiados, teve seu projeto publicado no Diário com medalhas na OBA e também Oficial. Ele será o representante do na OPM. partido Natureza na décima edição No Ensino Médio, Victor Moraes de Oliveira, do 2o ano, obteve me- do Parlamento Jovem Municipal, como um “jovem vereador”. dalha de ouro na OBA e de prata na No 9o ano, Fernanda Guedes, Olimpíada Latino-Americana de As- Marilia della Barba e Cinthia Isawa tronomia e Astronáutica (OLAA). Tiago foram destaques no Projeto Social – Dias Guimarães, do 3o ano, ganhou Trabalho Voluntário. dezembro caleidoscópio 9 e special inserção s o c i a l Para sempre na memória Q uando relembram o período em que estudaram cepção clara das diferenças sociais, de contextos que, no Santa Maria, os ex-alunos, invariavelmente, embora dolorosamente reais, nunca seriam conhecidos citam os trabalhos de inserção social e afirmam que com tanta proximidade. a experiência marcou a vida deles e influenciou suas Para o Santa Maria, a construção do conceito de ci- atitudes e sua trajetória profissional. De fato, não há dadania e responsabilidade social, desde as séries da como esquecer o contato com as crianças das creches, Educação Infantil, é um de seus papéis mais relevantes. com pessoas com necessidades especiais, com idosos Algumas dessas experiências de inserção estão em dos lares da terceira idade ou com as comunidades de destaque nas páginas seguintes e explicam, em grande regiões como o Vale do Ribeira e Telêmaco Borba. É um parte, por que os alunos do Colégio se tornam adultos passo definitivo para a descoberta do outro, para a per- participantes, ativos, responsáveis e comprometidos. O trabalho do Ensino Médio na pediatria. Além das músicas e No Ensino Médio, as atividades de brincadeiras, cada voluntário se veste inserção acontecem semanalmente no com uma fantasia e pinta o rosto. Hospital Regional Sul, no Hospital Geral Para nós é muito recompensador. de Pedreira, na Creche Verbo Divino e Gosto tanto deste projeto que há no Centro Santa Marta, com aulas de dois anos participo dele. Em 2011, informática para alunos do Supletivo. estou me dedicando três vezes por O contato com essas instituições é uma semana ao voluntariado no hospital. experiência que nos possibilita aprender Allan Massaini, aluno do muito com o outro, pois a realidade nos 3o ano do Ensino Médio desafia a refletir sobre a vida, rotinas, hábitos de consumo, práticas sociais, O trabalho dos alunos aqui no hospital crenças, sentimentos, valores e projetos faz bem para as crianças e para os de vida. Conheçam, a seguir, mais de- acompanhantes. Quando eles estão talhes desse trabalho, na visão de pro- aqui, todos esquecem os problemas. As fessores, alunos, pais e representantes crianças não reclamam da dor. Todos se das instituições. contagiam com a alegria deles. Paulo Pedro Felipe, coordenador Maria do Carmo, recreacionista dos projetos de inserção social do Hospital Regional Sul Projeto Arte É Saúde – Hospital Regional Sul Projeto Arte É Saúde – Hospital Geral de Pedreira A dinâmica do trabalho voluntário O trabalho no Hospital Geral de Pedreira no Hospital Regional Sul é muito começou em 2010, com um grupo de vo- boa, porque há apoio e espaço. Um luntários que já havia atuado no Hospital grupo fica entretendo as pessoas no Regional Sul. Nesses dois anos, aprendi pronto socorro infantil e outro atua muito. Descobri que a dedicação gera 10 caleidoscópio dezembro e nsi no m é dio confiança por parte da instituição, que abre as portas ao voluntariado. O Centro de Educação Infantil – Instituto Gabriel Single Toledo, aluno do Verbo Divino parabeniza a dedicação e 3 ano do Ensino Médio o compromisso dos alunos voluntários o do Santa Maria, seus gestores e eduO projeto beneficia tanto as crianças cadores pelo excelente trabalho feito hospitalizadas quanto os próprios alu- sei que daqui para a frente só depende com as crianças em nossa instituição. nos voluntários, proporcionando uma de mim continuar me aperfeiçoando. Há mais de dez anos essa parceria vivência diferenciada. Luiz Gonzaga de Macedo, aluno vem proporcionando alegria e vivências Luzia Medeiros, pedagoga do Supletivo significativas às crianças do Parque do Hospital Geral de Pedreira Santo Antônio. Na monitoria no Supletivo, eu mais Instituto das Mensageiras Esse contato com os adolescentes foi aprendi do que ensinei, pois muitas de Santa Maria muito importante para o meu filho. Ele lições de vida e de superação vou levar ficou mais alegre, mais ágil, batendo para o resto da minha vida. Entrei no Campanha Solidária palmas. Parabéns! Santa Maria em 2011 e foi a monitoria A Campanha Solidária é uma parceria Anderson, pai de Deivison, de 5 anos que me ajudou a conhecer pessoas com a área de Educação Física, que novas e a ficar mais entrosado com as organiza competições esportivas entre Informática para Todos coisas que ocorrem no Colégio. as turmas do Ensino Médio, quando os Quando se aprende a lidar com o com- Pedro Guilherme Pirillo, aluno alunos se mobilizam para ajudar institui- putador, novos horizontes se abrem. do 1o ano do Ensino Médio ções que prestam serviços de assistên- Isso não é diferente para o aluno do cia social. O objetivo é vincular o evento Supletivo. Apesar da diferença de idade, Creche Verbo Divino esportivo à prática da solidariedade. Os o respeito por quem está ensinando é Na Creche Verbo Divino, semanalmente, alunos participam de todo o processo muito grande. É prazeroso constatar que os voluntários interagem com crianças de organização da campanha, até a o que antes representava um obstáculo de 2 a 4 anos. Percebemos que todos os entrega das doações. Nas três etapas hoje significa oportunidade. nossos problemas se tornam minúsculos realizadas em 2011, foram arrecada- Sandra Rossi, professora do Supletivo quando estamos com elas e que o brilho das 6.659 fraldas, doadas ao Amparo no olhar de cada uma não tem preço. Maternal; 2.556 quilos de alimentos, Adorei as aulas de informática e a equi- Acreditamos que nós temos muito mais entregues nas comunidades do Vale do pe de voluntários. O conhecimento de a aprender do que a ensinar. Ribeira atingidas por enchentes; e 2.834 informática nos ajuda muito na hora de Bianca Guedes e Beatriz Ferreira, produtos de higiene pessoal, doados conseguir emprego. Agradeço a todos e alunas do 3o ano do Ensino Médio ao Lar de Idosos Luz Divina, no Grajaú. dezembro caleidoscópio 11 e special inserção s o c i a l en s i no mé dio os 33 de telêmaco C Nada é por acaso Pensando em como escrever memórias e lembranças de Telêmaco Borba, erta vez um adolescente fez-me resgato, emocionada, experiências que esta pergunta: “É possível mudar vivi e tudo o que aprendi. Percebi que, o mundo e aproveitar a vida?”. Ou seja, ao passar na vida de muitas crianças e como se engajar em causas sociais, cul- comunidades, levei um pouco deles e tivar a solidariedade e, simultaneamen- deixei um pouco de mim. Tenho certeza te, considerar as instâncias individuais, de que não nos encontramos por acaso. particulares de nossa vida privada? Nossa missão é compartilhar o que te- Como escreveu o poeta João Cabral mos de melhor: solidariedade, respeito, de Melo Neto, “é difícil defender com zelo, amor. palavras a vida”. Dessa forma, é melhor Eliane Lima, professora do Jardim II A deixar a própria vida responder. Em junho, recebi um convite do professor Mais do que uma viagem Paulo Felipe para participar de uma Somos o que fazemos. Se você faz boas viagem a Telêmaco Borba, no Paraná, ações, você é uma pessoa boa, e uma onde a Congregação da Santa Cruz pessoa boa é amada por muitos. Foi possui um centro pastoral. com esse pensamento que viajamos De 27 de julho a 3 de agosto, esteve ao Paraná para passar uma semana em Telêmaco um grupo de 25 alunos, promovendo atividades e ajudando as três ex-alunos, três professores, minha comunidades de lá. Se alguém pergun- esposa, Viviane, e o motorista Agnaldo: tar o que ganhamos com isso, aposto 33 pessoas. O número 33 é um signo que todos iremos responder que o sor- repleto de sentidos. Jesus tinha 33 anos riso de uma criança, o abraço e o choro quando morreu. Quando se acrescenta de pessoas quando vamos embora e a o número 3 (o número de dias em que alegria que havia entre nós, voluntários, Jesus esteve no sepulcro) se obtém 333, são coisas que o dinheiro não consegue um símbolo dos passos que o homem pagar. Vimos pessoas que lutam pelo precisa dar para renascer – morte, res- que querem e, por mais difícil que seja surreição e ascensão. a vida, nunca se lamentam. Mais do que Irmã Rosa acompanhou o grupo dos uma simples viagem, foi uma lição de 33 de Telêmaco. Ela nos disse: “É preciso vida. Acredito que a vida seja como um amar a terra, os seres vivos. O amor e a quebra-cabeça que vai se preenchendo bondade são como diamante: brilham com as experiências que adquirimos. E para sempre”. Irmã Rosa é uma das faço um apelo a você, aluno do Ensino parteiras de um mundo diferente, um ser Médio: junte-se ao grupo de trabalho humano imprescindível. Sinto que os 33 voluntário e se dedique à construção de de Telêmaco também o são. um mundo melhor. Jorge Miklos, professor Vitor Campos da Paz Silva, do Ensino Médio aluno do 1o ano do Ensino Médio 12 caleidoscópio dezembro PrÉ MoMenTos Que FaZeM a n osso projeto de inserção social, no abrigo solar da DiFerença em relação à integração, é um momento de enorme valor, alegria, tem como objetivo favorecer o contato dos pois eles se divertem nos ambientes diferentes, interagem e alunos com crianças de uma realidade social diferente. essa partilham juntos. as crianças curtem bastante e relembram instituição acolhe órfãos ou menores retirados do convívio momentos únicos que viveram. e nós, educadores, ficamos familiar por sofrerem maus tratos. Há desde recém-nascidos felizes ao sentir a felicidade deles”. até crianças de 7 anos, que recebem vestuário, alimentação, as ações em prol dessa instituição sempre tiveram assistência educacional, de saúde e lazer, o que os prepara grande adesão, e as contribuições foram significativas. o para reintegrar-se às famílias biológicas ou a uma nova Natal está chegando e já iniciamos uma nova campanha. família, em caso de adoção. Nas rodas de conversas, nossos alunos já planejam como a coordenadora do abrigo, em seu depoimento, retrata a riqueza da nossa presença: “É um trabalho muito bonito e de grande importância para a vida das nossas crianças. 1 o a N o eF Troca enriQueceDora o vão participar. Junte-se a nos em mais esse momento que faz a diferença. Monica Farinelli e Rosana Mendes Pereira, professoras do Pré em seguida, uma vez por mês, cada sala visitou a creche. Nossos alunos levavam seus conhecimentos para partilhar e eram recebidos com lanche, brincadeiras e atividades-surpresa preparadas com cuidado pelas educadoras marisa e Gina. esta é a meta: aprender com projeto de inserção social do 1o ano envolve a o outro. conhecer outro modo de vida, outra escola, com creche Nossas crianças que, neste ano, ganhou procedimentos próprios e, assim, ampliar o universo de mais uma unidade. as crianças da instituição, com idade referências. Nossas professoras preparam “aulas espe- entre 2 e 5 anos, nos visitaram no início do ano, parti- ciais” em que contam histórias e confeccionam persona- cipando de atividades de música, artes e brincadeiras gens. e os alunos também ensinam – brincando, é claro. nos parques. Nossos alunos as acolheram com muito a troca entre as crianças sensibiliza quem a pre- carinho, ajudando as menores a usar os aparelhos do sencia. Nem sabemos quem aprende mais, se nossos parque, partilhando o lanche pre- alunos ou as crianças da creche, pois parado coletivamente e ensinando essa riqueza não pode ser medida: parlendas e cantigas que haviam pode apenas ser sentida nos olhares, aprendido recentemente. Foi uma nos sorrisos, na expectativa de um alegria ver as crianças correndo pelo novo encontro, nas atitudes. colégio, guiadas pelos nossos alunos e chamadas pelos nomes. Elaine Soares da Silva, professora do 1o ano EF dezembro caleidoscópio 13 e special inserção s o c i a l 2 o a n o ef Vivenciar outras C realidades om o projeto de inserção social no Abrigo Vila Ao longo de 2011, todas as classes do 2o ano visita- Acalanto, os alunos do 2o ano observam uma ram o Abrigo para compartilhar saberes e sentimentos. realidade diferente daquela a que estão habituados e Respeito, solidariedade e aprendizagem não faltaram vivenciam momentos de partilha. Procuramos desenvol- nessas visitas, e todos os envolvidos acabaram perce- ver atitudes de compromisso e reflexão que promovam bendo que amor compartilhado é amor multiplicado. uma ação transformadora e, quem sabe, auxiliem na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Em uma das visitas, convidamos a dentista Silvia, mãe de Bruno Giusti, do 2o C, para dar uma palestra sobre Iniciamos o ano recebendo a visita da irmã Esmeral- higiene bucal. “Foi gratificante ensinar o que eu sei para da, uma das responsáveis pelo Abrigo. Ela nos contou as crianças e as cuidadoras do Abrigo. Quem ajuda o como foi sua infância e sua juventude e como tomou a outro ajuda a si mesmo”, disse a dra. Silvia. decisão de seguir a carreira religiosa. Contou também Ana Heloísa e Vinícius, alunos do 2o E, afirmaram: como é a rotina das crianças na Vila Acalanto. Suas “Gostamos muito de tomar lanche com nossos novos palavras semearam encantamento. Seus relatos trans- amiguinhos, ir ao berçário e segurar os bebês. Ficamos bordaram amor pelo próximo! felizes em saber que as crianças de lá também podem ter uma família que as adotem e as amem como os nossos pais”. Irmã Regineide, da Vila Acalanto, acrescentou: “É uma alegria receber as visitas do Santa Maria. É um momento de partilha, interação e convivência com as crianças. Parabenizamos o Colégio pela disposição em construir um mundo melhor, em que as diferenças são colocadas de lado. Para nós, tudo é importante: a visita, a partilha do lanche, as comemorações, as brincadeiras, as palestras que fazemos juntos e as doações. Para que haja um mundo melhor, é preciso amar-nos uns aos outros, fazer com que o outro seja importante na nossa vida e, para que isso aconteça, devemos começar mesmo pelas crianças. Que Deus abençoe a todos nós”. Rosilene Moutinho Arriola e Sílvia Sonagere, professoras do 2o ano EF 14 caleidoscópio dezembro 3 o a no ef Abraçando a diversidade “A prendendo com a melhor idade” é o tema que permeia os estudos do 3o ano. O objetivo é construir o conceito do envelhecimento com dignidade, respeito e preservação dos direitos fundamentais. Os alunos conheceram o Estatuto dos Idosos, discutiram sua representação na sociedade e vivenciaram momentos inesquecíveis ao lado de seus avós, de quem ouviram histórias e ensinamentos. Merece destaque a visita ao Asilo Ondina Lobo e ao Espaço Aberto, onde os alunos aprenderam, na prática, valores como respeito, dignidade e amor. Esse contato entre gerações envolve emoções, sentimentos, atitudes e são essenciais para preparar o olhar dos mais jovens. É na escola que os alunos desenvolvem habilidades, ampliam as relações sociais e são preparados para o futuro. Incentivá-los a ser agentes multiplicadores no cuidado e no respeito com o idoso é uma de nossas metas. “Acho que o projeto faz com que tenhamos a consciência de ajudar os idosos e respeitá-los no dia a dia”, disse Pedro Paiva, do 3o G. “Visitando o Ondina Lobo e o Espaço Aberto, aprendi a solidariedade, o respeito e o amor”, completou Lara Sobreira Ferraz Egídio, do 3o G. Katya Jurdy Martins Bayer, professora do 3o ano EF Depoimentos dos moradores do Espaço Aberto Idália Sbano, 81 anos: “Dentre os momentos mais felizes que tive nesses 14 meses em que estou aqui, destaco, como jornalista que sou, uma das visitas feitas pelos alunos do Santa Maria. Eles fizeram o papel de jornalistas e nos entrevistaram com brilho, competência e entrosamento entre gerações. Foi perfeito”. Silvio Alves: “Com as crianças, vieram as lembranças de 25 anos atrás, quando meu filho Marco Aurélio ingressou no Santa Maria. Com muita emoção, comentei isso com as crianças, porque sinto saudade de quando eu tinha as minhas próprias crianças”. Nicodemos Rocha: “Achei muito interessante as piadinhas das crianças. Elas são muito educadinhas, principalmente o Nicolas. Eu quero que eles venham sempre nos visitar, porque é uma juventude que está crescendo com educação, e eles vieram nos ensinar várias coisas que tínhamos esquecido com o passar do tempo”. Depoimentos dos moradores do Ondina Lobo: Loraci, 77 anos: “Acho as crianças do Santa Maria maravilhosas. Tocam bem seus instrumentos. Me perguntam sempre: o que a senhora faz aqui? Respondo: tenho aula de pintura em tecido, cuidados médicos e inclusão digital”. Tales, 88 anos: “Eu adoro os alunos do Santa Maria. Eles trazem muita alegria com sua presença e música. Mostro para eles meu trabalho”. Zulmira, 93 anos: “Gosto muito dos alunos porque eles trazem alegria, cantando e nos abraçando. Trabalhei 40 anos com um artista chamado Nho Totico, que dirigia um programa na rádio onde apresentava uma sala de aula com seus alunos. Com ele aprendi a amar as crianças”. Francisco, 80 anos: “Gosto quando os alunos do Santa Maria vêm nos visitar. Sei cantar, toco cavaquinho e já fiz versos para as professoras do Colégio: Colégio Santa Maria/tem o nome da mãe de Jesus/Colégio que ensina e educa as crianças/A caminhar no Caminho de Luz”. Rubens, 85 anos: “Essas crianças lembram sempre minha infância. Agradeço ao Colégio que envia crianças inteligentes que testam nossa capacidade com perguntas difíceis”. Pedro Mariano, 86 anos: “Sou repentista e faço quadrinhas para os alunos que nos visitam. Faço perguntas que eles não sabem responder. Me divirto muito com eles”. dezembro caleidoscópio 15 e special inserção s o c i a l 4o ano mpulsionados pela reflexão da Campanha da Fra- futuro ternidade, “Fraternidade e vida no planeta”, e pelo compaixão e amor foi a responsabilidade assumida pe- reconhecimento de que todos somos agentes efetivos los alunos nas creches Vila Nicarágua e Nossa Senhora da história, as atividades no 4 ano renderam bons Aparecida. Eles transferiram às creches os conhecimen- frutos em 2011, com os projetos Coopercaps, creche e tos adquiridos durante o plantio, os cuidados e a colheita horta. Visando a favorecer o diálogo entre os diferentes na horta do Colégio. Lá, como citaram as coordenadoras saberes, transmitir benefícios às comunidades e fazer e diretoras, a iniciativa do Santa Maria de “interagir com do aluno cidadão e agente da história, os projetos se as crianças foi enriquecedora, pois os alunos mostra- tornaram ações concretas, com a visita à Coopercaps, ram que queriam estreitar os laços com a comunidade seguida de entrevistas e palestras. e transmitir o que aprenderam na escola”. Partilhar as Um compromisso para o I o Cuidar da comunidade e da vida com compreensão, Os alunos fizeram um relato do que aprenderam e aprendizagens foi o que fez Fabrício Venticinque, do 4o seus pais observaram mudanças de atitude que esse A: “Nunca pensei que pudesse ensinar alguém a plantar. estudo gerou em casa – como Renata Carvalho, mãe de Hoje me senti muito importante”, disse. Lara, do 4o E, que escreveu: “Acho interessante todos os Os alunos apresentaram na Semana Padre Moreau, trabalhos realizados pelas séries. Esse, na Coopercaps, sob o tema “O consumo e o estilo de vida das famílias ensina a criança a perceber outras realidades, a respei- brasileiras entre os anos 1950 e 2011”, o que apren- tar mais os materiais e a enxergar novas possibilidades. deram a respeito de consumismo, descarte do lixo e É participando e multiplicando atividades como essa que educação para a cidadania. Colocando-se a serviço do o mundo se torna melhor”. O cooperado Talines Basílio Nascimento observou: “Aprendemos juntos e crescemos juntos, agregando valores eternos a todos”. 16 caleidoscópio dezembro engajamento consciente, criativo e responsável no mundo, cumprimos mais uma missão, e esperamos que seja para hoje e sempre. Equipe do 4o ano 5 o a no Redes solidárias A grande rede solidária do Projeto Conte Comigo e da Pastoral da Criança envolve professores, alunos do 5 ano, suas famílias, as famílias da comunidade Sano ta Clara e São Francisco e agentes da Pastoral. Mônica Tomomitsu, mãe de Rafael, do 5o D, relata: “Participar da visita à Pastoral foi gratificante. O debate sobre violência com as mulheres da comunidade me apontou uma rea Enquanto as mães se debruçam sobre os trabalhos lidade presente no cotidiano de muitas pessoas, mas artesanais, as crianças se integram nas dramatizações, que de forma geral não é vista. Todas puderam falar, jogos, brincadeiras e histórias. Giulia Moretti, do 5o D, sem preconceitos nem julgamentos”. comenta: “Segurei um bebê no colo, senti muita respon- Despertar a ideia da possibilidade de uma economia sabilidade, e me senti muito bem. Aprendi muitas coisas. solidária baseada em cooperação, autogestão e ação Foi uma das experiências de que eu mais gostei no 5o responsável foi o objetivo das oficinas de artesanato. ano”. Ivanilda Barroso, mãe de quatro filhos, diz: “Gostei Eliane, moradora da comunidade, afirma: “A participa- muito das oficinas de pintura. Meus filhos passaram a ção do Santa Maria está cada vez melhor. Somos incen- gostar de contar histórias e querem fazer um teatrinho tivadas, respeitadas e ouvidas nas rodas de conversa”. como as crianças do Santa Maria”. Felipe Sorrilha, aluno Givanilda Cavalcante de Oliveira, mãe de sete filhos, do 5o B, reconhece o novo vínculo: “Gostei bastante. A diz: “Gosto de tudo da Pastoral. Eu e meus filhos sempre gente cria laços. Cuidei do Reginaldo e fiquei triste por fomos muito bem-tratados. E com o que eu aprendi nas deixar meu novo amigo”. oficinas dá até para ganhar um dinheirinho”. Equipe do 5o ano Bom para todos Este é o depoimento da coordenadora da Pastoral: “Eu, Efigenia, coordenadora paroquial da Pastoral da Criança na Santa Clara e São Francisco, ao lado do grupo de líderes voluntárias desde 2005, estamos muito felizes com a integração dos professores, alunos, coordenação e direção do Colégio Santa Maria, pois contamos com um grupo de profissionais da área da saúde para fortalecer nosso trabalho, as oficinas práticas feitas com muito amor e carinho e mães de alunos que também se envolvem e participam junto com os filhos, fazendo com que as nossas crianças se sintam cada vez melhores. Agradecemos e pedimos a Deus que abençoe a todos. Obrigada por fazerem parte da nossa vida”. Efigenia, Cleonice, Helena, Amélia, Priscila, Maria e Josef dezembro caleidoscópio 17 e special inserção s o c i a l 6o ano A arte amorosa de compartilhar A escola, conforme disse Padre Moreau, tem um “Com esse trabalho no Abrigo, fiquei mais madura e papel fundamental na sociedade, como espaço descobri o valor da vida. A cultura, a educação, o amor privilegiado de reflexão, transformação e formação de e o carinho que dei e recebi me transformaram e sempre seres humanos integrais, comprometidos com a justiça estarão em meu coração, fazendo de mim uma pessoa social. Entendemos que o projeto de inserção social do melhor e me ajudando a construir um mundo melhor”, Santa Maria seja a expressão da solidariedade fundada afirma Isabella Ruivo Andrade, aluna do 6o B. na responsabilidade cristã e nos valores ético-religiosos. Vula Maria Ikonomidis, coordenadora pedagógica A proposta aos alunos do 6o ano é auxiliar o aten- da AHIMSA, acrescenta: “Os alunos do Santa Maria dimento às crianças no Abrigo Solar da Alegria e potencializam sua autoconfiança, sua perseverança acompanhar portadores de necessidades especiais na e seu senso de compromisso e responsabilidade. Eles APOIE (Associação para Profissionalização, Orientação e mostram uma maturidade social pouco vista até em Integração do Excepcional) e portadores de deficiências adultos. Adoramos recebê-los”. múltiplas da AHIMSA (Associação Educacional para A ação que mais importa é a que contribui para Múltipla Deficiência). transformar a realidade. “Sendo voluntária, estou Cristina Pineda Fava de Almeida, coordenadora da APOIE, diz: “A convivência regular com os alu- aprendendo e crescendo”, relata Renata Guedes, do 6o G. Trilhando esse caminho, podemos nos do Santa Maria traz aos nossos jovens a confirmar que é possível banir preconceitos, possibilidade de interagir com crianças alegres, construir novos referenciais e desenvolver a participativas e carinhosas. É um modelo de intercâmbio que serve de exemplo para outros projetos educacionais”. 18 caleidoscópio dezembro arte amorosa e solidária de compartilhar. Áurea Maria, professora de Ensino Religioso do 6o ano 7 o a no N Sabedoria posta em prática o 7o ano, dedicamo-nos ao estudo da mensagem beneficiadas com as atividades, a alegria e a atenção dos profetas clássicos da Bíblia, sempre aproxi- dos alunos que se dispõem a trabalhar com os pe- mando esses discursos à nossa realidade. Trata-se de quenos. Eles sempre promovem atividades divertidas discursos poderosos, marcados pelo desejo de denun- e enriquecedoras, como dobraduras, música, recortes ciar o sofrimento do povo e de anunciar possibilidades e brincadeiras monitoradas, entre outras, resgatando, de superação. Nada muito diferente do que, infelizmen- de maneira diferenciada, os valores da infância. Nossos te, ainda vemos todos os dias em todas as partes do educadores interagem com o grupo no momento das nosso país. Por isso é importante estudar o profetismo. atividades, organizando as crianças e ajudando na ex- Orientados pela Palavra de Deus, os profetas sou- plicação das propostas. É um trabalho muito bonito, no beram ler a realidade em que viviam e propor soluções qual percebemos que tanto as crianças visitadas quanto para as dificuldades. Paralelamente aos estudos aca- o grupo de alunos do Santa Maria acabam interagindo dêmicos, alguns alunos também participam de ações e construindo uma relação de carinho, parceria, entu- voluntárias em creches vinculadas siasmo e comprometimento”. à prefeitura de São Paulo. Visitamos Ana Paula Zanardo, coordena- quatro instituições, ocasiões em dora pedagógica do CEI Vila Nicará- que os alunos convivem com as gua: “A educação ocorre mediante crianças atendidas, desenvolven- iniciativas, projetos e ensinamentos do atividades socioeducativas. É o que nós, do CEI Vila Nicarágua, conhecimento do discurso profético apreciamos nas visitas às nossas levado para a ação prática. crianças feitas pelos alunos do Co- Vejamos, pelo depoimento dos légio Santa Maria. Nossas crianças responsáveis de algumas dessas se sentem felizes e privilegiadas instituições, qual é o significado, com o trabalho prestado e temos a para eles, das nossas visitas. certeza de que uma sementinha foi Equipe do MDLD IV – Sorriso de plantada nos saberes de cada um. Criança: “O que dizer do trabalho Agradecemos pelo convívio durante voluntário desenvolvido pelo Santa este ano de 2011”. Maria na nossa instituição? Pelas visitas, as nossas crianças são Pedro Moisés, professor de Ensino Religioso do 7o ano dezembro caleidoscópio 19 e special inserção s o c i a l 8o aNo “ToDos TeMos a MesMa essência” e m 1994, fomos convidados pelas comunidades são João e são Francisco a oferecer reforço escolar às crianças atendidas. depois de um diagnóstico da situação e da definição de objetivos, começamos a desenvolver, com os alunos do 8o ano, atividades ludo- pedagógicas, recursos de teatro, jogos e brincadeiras dirigidas, além do reforço escolar propriamente dito. com o passar dos anos, o número de voluntários cres- luciana silva passos, educadora do Núcleo Villa ceu e outras entidades também nos convidaram para criança Feliz, afirma: “É muito importante a integração o mesmo trabalho. atualmente, estamos atuando na entre os alunos e os educandos do núcleo. os trabalhos paróquia santa clara e são Francisco, na Villa criança Feliz em conjunto contribuíram para o ensino-aprendizagem, e nas comunidades dom oscar e são Joaquim santana. principalmente na questão da afetividade”. aparecida maria Neves, coordenadora do centro de leiam agora os depoimentos dos alunos do 8o ano. promoção Humana são Joaquim santana, diz: “É uma arthur alcântara: “o trabalho voluntário me ajudou a parceria de valor indiscutível, que auxilia nossas crian- superar preconceitos e a me aproximar das pessoas. ças, principalmente, no aspecto afetivo. esses momentos percebi que no fundo todos temos a mesma essência”. são esperados com ansiedade pelas nossas crianças”. Helena murakami: “o trabalho voluntário me fez cres- as visitas ocorrem semanalmente, acompanhadas cer e perceber que posso me aproximar das pessoas pelos professores eliane lima, denise Guain e José antônio. Há treinamentos específicos no começo do ano letivo, para preparar os voluntários para a realização das atividades. independentemente de sua condição social”. luisa Watanabe: “criamos tanta amizade com as crianças que parece que nos conhecemos há anos”. paula Naomi: “esse trabalho é muito importante para nossa formação e para nosso futuro”. ana carolina arvati: “Todos ficamos ansiosos para chegar sexta-feira. a melhor sensação é ver o sorriso de cada criança quando chegamos. percebo que posso fazer o outro feliz”. Victor Noda Vieira: “o trabalho voluntário muitas vezes é visto como perda de tempo, mas você sabe como é importante sua presença para as crianças”. José Antônio Piñedo, professor de Ensino Religioso 20 caleidoscópio dezembro 9 o a no Adere e Vale do Ribeira O trabalho de inserção social no 9o você vai fazer isso? Não vai ganhar ano se desenvolve de duas for- nada mesmo’. Hoje, descobri que essas mas: na Adere, instituição que atende pessoas estavam erradas e que eu fui o pessoas com deficiência intelectual, ‘esperto’. Ganhei muito. Ganhei coisas e na missão ao Vale do Ribeira, com que dinheiro nenhum pode oferecer. atividades em escolas rurais. Na Adere, Ver o outro feliz e perceber que eu era os alunos têm vivências de integração importante para os outros me encheu que possibilitam a aprendizagem, a de alegria”. troca de conhecimentos e a criação de Cíntia Anacleto Isawa relata: ”O produtos que podem ser desenvolvidos trabalho voluntário é uma troca de pelos aprendizes e comercializados. carinho, de alegria, histórias, amor, A riqueza desse trabalho pode ser abraços, beijos, felicidade. É um orgulho percebida nas palavras da psicóloga ver que o seu sorriso passa para muitos da instituição, Sueli Evaristo Fernandes: outros, o seu abraço aquece muitos “Há oito anos, com muito orgulho, corações. E, se cada pessoa pudesse mantemos uma importante parceria dar um pouco do seu tempo para com o Santa Maria. Este é o modelo de ajudar tanto a si mesma quanto aos inclusão no qual acredito: sem discrimi- outros, tenho a certeza de que nossa nação, de forma espontânea”. sociedade seria muito melhor”. Quanto ao trabalho desenvolvido no Vale do Ribeira, Giovanna Giorgi acrescenta: “O trabalho voluntário logo no início do ano letivo, Sister Anne, a orientadora é uma das melhores experiências da minha vida. O Ana Cristina e o professor José Antônio visitam a região fato de conhecer e conviver com pessoas ‘especiais’ e fazem o levantamento das prioridades que serão pre- foi extraordinário. Abriu minha mente e meu coração”. paradas com os alunos ao longo do primeiro semestre. Eduardo Andreucci tem opinião semelhante: “Quando Nas comunidades de Itapeúna, Batatal, Nhunguara comecei a fazer o trabalho voluntário, pensei que fosse e Icomanger, os alunos realizam atividades culturais, apenas mais uma experiência. Porém, logo nas primei- esportivas e de lazer. A aluna Fabiana Stefanelli explica: ras visitas à Adere, percebi que estava ganhando muitos “Cada ano é um novo desafio. Comecei com crianças em valores: aprendi a respeitar as diferenças, aprendi que um abrigo e hoje atuo na Adere. E a experiência no Vale o dinheiro não é tudo diante das pessoas, aprendi a do Ribeira superou minhas expectativas. Temos a certeza conviver e a interagir com a diferença”. de que somos importantes e necessários no mundo”. Felipe Pecim Silva afirma: “Quando comecei a fazer o trabalho voluntário, muitos me perguntaram: ‘Por que E Marcelo Machado resume: “Esse trabalho muda nosso olhar”. José Antônio Piñedo, professor de Ensino Religioso dezembro caleidoscópio 21 E X T R A C U R RICULAR INGLÊS O AVANÇADO curso extracurricular Advanced English teve seu discurso e habilidades que são de grande importância início neste ano e foi organizado de forma a privi- no trabalho, na escola ou em viagem. legiar o uso social da língua estrangeira para um grupo Áreas diferentes da habilidade de falar inglês são muito especial de alunos participativos e com muita divididas em duas categorias: precisão e fluência. Pre- vontade de aprender sempre mais. O foco do curso era cisão foca o uso correto da gramática, o vocabulário e ir além do trabalho com temas e ensinar os alunos a outras habilidades. A precisão é construída por meio de discutir em língua estrangeira, a fim de promover uma atividades total ou parcialmente controladas. Os alunos transformação social na aquisição da habilidade de falar praticam um padrão e usam a língua no contexto. Con- inglês por meio de atividades que proporcionam o “tra- versas a partir de perguntas curtas e aulas de culinária balho com a performance”, ou seja, uma possibilidade são exemplos do início da construção da precisão comu- de ação no mundo. nicativa dos alunos no primeiro semestre. Para tanto, as aulas apresentaram atividades que Fluência é a habilidade de falar bem e com clareza. estendem as habilidades da classe, especialmente com Com estudantes avançados, também se refere à capa- alunos avançados na língua inglesa, nos aspectos mais cidade de participar, em vez de apenas reagir a uma sutis da aquisição da linguagem. Por exemplo, os alunos conversa. Muito além das conversas, o aluno se sente precisam, eventualmente, aprender a ajustar o tom e a em uma entrevista (student A faz uma pergunta, student pronúncia das palavras e frases ou usar expressões no B a responde). Atividades relacionadas à fluência apare- contexto e na situação adequada. ceram no fim do primeiro semestre, com o jogo Taboo e Dessa forma, a troca de experiências e pontos de vista a respeito do tema de cada aula realmente não é nada mais em atividades orais com temas mais abertos, mas sempre mantendo o foco. É importante notar que to- do que uma conversa dos os falantes precisam da exposição e da confortável e livre. prática com a As atividades de linguagem, antes conversação permitiram que os alunos avançados fizessem uso, na prática, dos conhecimentos de gramática e vocabulário já adquiridos, desenvolvendo estratégias de que possa haver confortável e correta utilização. Por isso a prática é fundamental. P.S.: no site do Colégio há um vídeo produzido pelos alunos, ensinando a jogar Taboo. Da esquerda para a direita: Victor Misawa Borelli, Cíntia Anacleto Isawa e Ana Luísa Lang 22 CALEIDOSCÓPIO DEZEMBRO Tatiani Basso, professora do curso Advanced English ENSINO MÉDIO A MOON PROJECT lunos do 2o ano do Ensino Médio do nível First A seguir, os textos de Vitor da Mata Vaz, do 2o A, e Bea- Certificate in English (FCE) de Inglês participam triz Marcondes dos Anjos, do 2o B, escolhidos como mo- desde agosto de 2011 do Moon Project, um projeto delos de postagem para todas as escolas participantes. interdisciplinar internacional realizado em parceria “Hello, my name is Vitor. I’m sixteen and I’m from com a Texas Tech University, nos Estados Unidos, e es- São Paulo, Brazil. I’m happy to share information colas de todo o mundo. Os alunos observaram a Lua e about the moon. On September the 30th I observed completaram três postagens no site oficial do projeto. the moon at 6:00pm. It was on the west at 70°. The Na primeira, compartilharam suas observações com moon looked like a bitten doughnut .The moon was jovens de diversos países. Na segunda, escreveram waxing. I was in São Paulo, Brazil. On October the a respeito de semelhanças e diferenças que notaram 5th I observed the moon at 9:00 pm. It was on the entre seus registros e os dos demais estudantes. Na northwest at 90º. The moon looked like a bitten dou- terceira, explicaram as razões científicas que susten- ghnut but inverted. The moon was quarter. I was in tam as conclusões a que chegaram. São Paulo, Brazil. On October the 6th, I observed the O projeto propicia experiências de aprendizagem em diferentes áreas. Os alunos aplicam o conheci- moon at 4 pm. It was on the west at 80°. The moon looked like a C letter. I was in Piracicaba, Brazil.” mento de língua inglesa, adquirem noções de geo- “Hi, everybody! My name is Beatriz, I’m 15 years grafia e astronomia e desenvolvem estratégias de old and I am very happy to participate of the Moon pesquisa, além de aprender a trabalhar em equipe. Project. On October the first I observed the moon at Mariana Bittencourt, do 2 C, comenta: “Agora já 9:15 p.m. It was on North West at 50°degrees. The não consigo sair sem procurar pela Lua. Já sei até moon looked like a slice of water melon and was onde ela vai surgir”. crescent. On October the 5th I observed the moon at o Em 9 de novembro, alunos do Moon Project observaram a Lua, suas crateras, mares e diferentes tonalidades, com o telescópio Meade do Colégio 9:20 p.m. It was on North West at 90°degrees. The moon looked like a Alice´s cat smile and was crescent. On October 7th I observed the moon at 9:40 p.m. It was on West at 60° degrees. The moon looked like half trousers pocket and was crescent. I live in São Paulo, SP, Brazil. Thanks, see you, Bia.” Ednilson Oliveira (Astronomia) e Denise Maciel Selmo (Inglês), professores do Ensino Médio DEZEMBRO CALEIDOSCÓPIO 23 N O S S A H I STÓRIA estímulo às artes I novações educacionais acompanharam a expansão física do Colégio Santa Maria, que vimos na última edi- ção da Caleidoscópio. No fim da década de 50, surgiram novos desafios pedagógicos. A escola se transformou numa espécie de semi-internato, com alunas estudando nos períodos da manhã e da tarde. A séria responsabilidade de formar pessoas independentes e capazes de, por conta própria, buscar informações e ter senso crítico tornou-se um objetivo. A escola cuidou, também, da dimensão artística e musical. O pintor Oswaldo Andrade Filho dava aulas de História da Arte. Alguns quadros pintados por ele, de Nossa Senhora – a “Santa Maria” –, foram doados ao Colégio (foto abaixo). Ele promoveu viagens para a Europa, em que acompanhava as alunas e as orientava na experiência direta com as grandes obras visitadas em museus e catedrais. No âmbito musical, uma moça missionária leiga da Congregação da Santa Cruz garimpou o ouro do talento inerente às alunas e, num ambiente acolhedor e animado, conseguiu montar o primeiro “Glee Club” da escola (na foto acima, uma das apresentações). Esse “Glee” ganhou certo renome na época. Irmã Catherine O’Brien Acesse: www.colsantamaria.com.br MATRÍCULAS ABERTAS PARA 2012 DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO – AGENDE SUA VISITA Telefone (11) 2198-0600 – Av. Sargento Geraldo Santana, 890 - Jardim Marajoara - São Paulo - SP
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