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Encarte comercial da responsabilidade de «Página Exclusiva». Não pode ser vendido separadamente. Fotos de Carlos Ribeiro Rocha Portugal Inovador Índice 7 4 Clínica Drª Sónia Costa Prazer em trabalhar pelo seu sorriso Ensino e Formação 27 Felgueiras 44 Saúde 51 Tomar 60 Minho e Douro Litoral 8 St. Peter’s School Rigor, excelência e ambição em regime bilingue 46 Cong. Nossa Srª da Caridade “A Caridade é a principal das virtudes” 52 Kebab Oriental Uma aposta de sucesso EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE - Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc. 13 –4200 – 100 Porto * Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 * Fax: 22 502 39 08 * Site: www.paginaexclusiva.pt * Email: [email protected] * Periodicidade: Mensal * Distribuição: Gratuita com o Jornal “ Público “ * Preço Unitário: 4€ / Assinatura Anual: 44€ ( 11 números ) Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da Revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Julho I 3 Prazer em trabalhar pelo seu sorriso Sónia Costa é natural de Paços de Ferreira, mas foi sempre na vizinha vila de Lousada que se dedicou à Medicina Dentária. Iniciou este seu projeto em 1999, e a opção por Lousada surgiu da vontade de preencher uma necessidade. No fundo, quis trazer a este local algo que ainda não existia. Este espírito inovador manifestou-se logo de início. A Clínica Sónia Costa, na altura a funcionar com uma só sala, começou logo por ser pioneira na utilização de tecnologias que deram a conhecer a este público uma nova forma de trabalhar. Sublinha-se, a este respeito, o exemplo do ortopantomógrafo, aparelho de raio-x que permite que, logo na primeira consulta, o tratamento seja feito a partir de um diagnóstico mais preciso e completo. 4 I Julho Conforme nos conta a responsável, “foi um grande investimento, mas resultou em que os nossos pacientes começassem logo a perceber que a nossa prestação de serviço diferenciava-se de tudo o que havia à volta”. Naturalmente, a maneira como a sua clínica tem vindo a marcar a diferença deve-se a mais fatores. Sobre as chaves do seu sucesso e afirmação, Sónia Costa lembra-nos que “não existe um livro de receitas”, mas tem procurado manter-se fiel a um conjunto de princípios que continua a ter bem presentes. A sua filosofia de trabalho pauta-se, constantemente, por palavras como “sacrifício, perseverança, diferenciação, disponibilidade, proximidade e paixão”. Sem esquecermos os restantes, proximidade e paixão são dois termos nos quais pensamos imediatamente quando ficamos a conhecer o ambiente que se vive na Clínica Sónia Costa. Há, de facto, uma grande familiaridade entre os profissionais desta casa e os seus pacientes, assim como um prazer natural em acompanhá-los e em con- Carlos Ribeiro Rocha Carlos Ribeiro Rocha A Clínica Médico Dentária Drª Sónia Costa, em Lousada, reforçou este ano o seu serviço ao paciente com a mudança para novas instalações. A responsável e a sua equipa ajudaramnos a conhecer o trabalho que aqui é desenvolvido. Carlos Ribeiro Rocha Portugal Inovador Portugal Inovador áreas de intervenção, Ortodontia e Implantologia. A primeira define-se pela dedicação à prevenção e correção das más posições dos dentes e dos maxilares, beneficiando, por conseguinte, a função mastigatória e também a estética da face e do sorriso. Para este efeito, a Clínica Sónia Costa tem como destaque o recurso ao método Invisalign. É uma solução inovadora, reconhecida pela vantagem estética face aos brackets convencionais (por ser, como o nome indica, praticamente invisível), pelo conforto e pela eficácia no alinhamento dos dentes. Já dentro da Implantologia, direcionada para a reabilitação de desdentados parciais ou totais, existe aqui a possibilidade de ser efetuada com recurso a cirurgia guiada, o que reduz significamente Carlos Ribeiro Rocha tribuir para a melhoria da sua saúde e da sua autoestima. Foi também a pensar neles que a clínica passou, há poucos meses, para as suas novas instalações. Para além de ter significado uma expansão para quatro salas e uma capacidade para acolher um amplo leque de especialidades, este novo espaço trouxe também um novo nível de conforto a quem visita a Clínica Sónia Costa. “Tirar alguém de casa para ir ao dentista não é fácil e foi essa a preocupação que tivemos ao criar este espaço. Quisemos dar-lhes esse conforto e sinto que os nossos pacientes perceberam que o investimento foi para eles”, explica. Carlos Ribeiro Rocha Como já foi dito, estas novas condições permitem um funcionamento clínico diferenciado, nomeadamente na cobertura completa de diferentes áreas como a Ortodontia, Implantologia, Endodontia, Odontopediatria, Dentisteria e Prótese Fixa e Removível. Cada uma destas é garantida por profissionais especializados, que compõem uma equipa que Sónia Costa tem liderado com harmonia e sentido de união. Para Francisco Quelhas Lima, Soraia Meira e Joana Pinto, equipa de Dentisteria, o funcionamento por especialidades “permite um trabalho final mais completo e satisfatório. No caso da Dentisteria, o paciente beneficia de uma reconstrução dentária com qualidade, sem recorrer a trabalhos de prótese de fixa mais dispendiosos ou invasivos”. Rita Rodrigues, Odontopediatra, mostra-se de acordo quando afirma que, para si, “não faria sentido trabalhar de uma outra forma”. Elucidando-nos melhor acerca da ligação entre os elementos desta equipa, refere-nos que, mensalmente, são feitas “reuniões de grupo onde são discutidos diversos casos clínicos, com partilha de conhecimentos e a inevitável melhoria técnica”. Além desta saudável dinâmica de grupo, outros dois fatores que garantem a eficácia deste trabalho passam pela formação constante destes profissionais e pelo recurso a equipamentos de ponta. Sónia Costa fala-nos do caso específico das suas Carlos Ribeiro Rocha Especialidades Julho I 5 Carlos Ribeiro Rocha Carlos Ribeiro Rocha Carlos Ribeiro Rocha Miguel Ferri Portugal Inovador o pós-operatório e transmite grande segurança em zonas da cavidade oral onde há que ter relativo cuidado com certas estruturas anatómicas, como o nervo alveolar inferior ou os seios maxilares. Um exemplo claro da aposta em novos métodos e recursos foi o investimento num microscópio destinado ao trabalho de Endodontia. O res6 I Julho ponsável por esta área, Hugo Sousa Dias, apresenta-nos este equipamento como “uma peça muito importante para casos com um determinado nível de dificuldade. Este e outros, como o localizador ou os motores de Endodontia, são ferramentas para que o trabalho seja mais previsível e tenha uma qualidade maior”. Já Rita Rodrigues salienta-nos um equipamento de última geração que utiliza “com muita frequência e sucesso, que são os óculos para ver e ouvir filmes a 3D. São uma mais-valia na área da Odontopediatria, uma vez que as crianças ficam completamente absorvidas pelo que estão a ver e a ouvir. Abstraem-se dos instrumentos médicos e respetivos sons, diminuindo, por conseguinte, a sua ansiedade”. A Odontopediatria está a merecer, aliás, uma grande ênfase dentro do trabalho desta clínica e vários pediatras encaminham as crianças suas pacientes para aqui. Um trabalho promissor Para além de se apresentar de forma mais robusta dentro daquilo que tem que ver com a Medicina Dentária, a Clínica Sónia Costa progrediu, igualmente, no sentido de ter no seu leque de serviços outras especialidades médicas. Estas são, nomeadamente, a Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Podologia, Psicologia, Terapia da Fala, Ginecologia e Nutrição. Em jeito de balanço quer acerca destes 16 anos quer das recentes novidades, Sónia Costa não tem dúvidas em mostrar-se satisfeita: “Estamos em Lousada, que é uma vila, e conseguimos colocar aqui uma clínica equiparável ao que existe nos grandes centros”. A comprová-lo está a constante atração de novos pacientes, muitos deles oriundos de várias grandes cidades da região Norte. Agora, apontando para a continuidade desta sua criação, Sónia Costa aproveita para nos deixar com uma frase de Fernando Pessoa: “O Homem é do tamanho do seu sonho”. | Portugal Inovador Julho I 7 Portugal Inovador Rigor, excelência e ambição em regime bilingue Com uma forte aposta na internacionalização, o St. Peter’s School cedo se afirmou como uma referência no ensino para todo o país. Fundado em 1993 e sediado em Palmela desde 1999, o St. Peter ’s School é um instituto de excelência que, desde o nível pré-escolar até ao 12º ano, prepara os seus alunos para os principais desafios da vida, através de um sistema de educação bilingue, em que “parte dos conteúdos é lecionada em português e outra em inglês”, tal como explica a diretora Isabel Simão. São aspetos como este que permitiram a este estabelecimento de ensino trazer “inovação para o distrito e para a região” que, por sua vez, se traduziram no crescimento do colégio. 8 I Julho Hoje, cerca de 1100 alunos frequentam esta instituição que detém o estatuto de escola internacional, certificado pelo IB – International Baccalaureate. O St. Peter’s School trata-se, por este motivo, de um colégio “com um currículo diferenciado” onde, paralelamente à qualidade da educação, é despertado nos alunos um espírito de “rigor e exigência”. Os resultados, tal como refere a diretora da instituição, são bem visíveis através do “destaque obtido nos rankings nacionais” e no sucesso dos estudantes. Uma obra “extrema- mente gratificante” que é o fruto da constante “luta” que se trava a cada ano. De Portugal para o Mundo A certificação IB constitui, por seu turno, uma autêntica mais-valia também para os educandos, pois permite que “qualquer aluno possa ter acesso a uma universidade estrangeira ou nacional com grande destaque”, acrescenta Isabel Simão. Não admira, por isso mesmo, que muitos dos antigos alunos do colégio se encontrem atualmen- Portugal Inovador mento dado à dimensão pessoal e social dos alunos, que o colégio St. Peter’s School se assume como sinónimo de um instituto de grande excelência. Em suma, mais do que formar jovens para ter sucesso em Portugal ou no estrangeiro, este é um estabelecimento que ensina cada um dos seus discentes “a lidar com os diversos desafios da vida”. Uma escola de referência que gera, portanto, pessoas de referência. Portas abertas à comunidade te empregados ou bolseiros em países como Alemanha, Reino Unido ou Espanha. Já no que respeita ao território nacional, é comum que os estudantes que passam por este estabelecimento de ensino avancem para instituições como a Universidade Nova e a Universidade Católica de Lisboa, bem como a Universidade do Porto. Outra prova do ensino de excelência ministrado pela St. Peter’s School encontra-se nos protocolos que o colégio estabeleceu com diversas entidades internacionais. Para além das certificações de nível máximo no Inglês, ao abrigo do British Council, os alunos podem ver também o seu currículo validado em língua espanhola pelo Instituto Cervantes ou, entre outros idiomas, também no Alemão, através do Goethe-Institut. Já no que respeita a instituições de ensino superior, o colégio tem uma parceria exclusiva com o Felician College, que se traduz no acesso direto a múltiplos cursos e bolsas nesta instituição norte-americana. Formar seres humanos Mas não é apenas a grande oferta curricular que faz do St. Peter’s School um colégio, a todos os títulos, exemplar. Igualmente importante, tal como salienta Isabel Simão, é “a formação humana de todos os alunos”. Assim, para além de “aprenderem a ser ambiciosos e competitivos de um ponto de vista saudável”, bem como a lutar “por chegar cada vez mais longe”, todos os jovens são também encaminhados “a fazer trabalho social”, com o objetivo de desenvolver o “espírito de solidariedade e a consciência social”, explica a diretora. Já de modo a assegurar o bem estar pessoal e o sucesso académico, cada educando tem à sua disposição um precetor que faz um acompanhamento personalizado e detalhado ao longo do ano letivo. Outro aspeto em que o colégio St. Peter’s School aposta fortemente são as atividades extracurriculares. Ao todo, são mais de trinta as hipóteses para o desenvolvimento das competências pessoais dos alunos. Entre elas, incluem-se modalidades como o râguebi, o ténis, a natação, o voleibol ou a equitação. Outra componente muito trabalhada é a expressão artística, existindo a possibilidade de aulas de canto, mas também de diversos instrumentos musicais, como o piano ou o violoncelo. É tendo em conta uma oferta educativa e extracurricular tão vasta, bem como o forte investi- De muito estudo e dedicação se faz a vida no colégio St. Peter’s School. No entanto, ao longo do ano letivo, existe também espaço para a realização de vários eventos que, para além de proporcionarem um momento de descontração para os alunos, constituem uma autêntica oportunidade para estreitar de laços entre a comunidade envolvente e a escola. Exemplo disso mesmo é o “Family Day”, uma data especial que, a cada ano letivo, é dedicada a um tema diferente. Com data marcada para o dia 26 de setembro, o próximo “Family Day” terá como tema “O caminho das Índias” e contará com diversas atividades artísticas e desportivas onde pais, alunos e docentes terão a oportunidade de passar um dia singular no colégio St. Peter ’s School. O convite está, por isso, lançado à comunidade. | Julho I 9 Portugal Inovador Ensinar a empreender O presidente da Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões fala-nos de um projeto que reúne escolas e alunos em volta de uma palavra: empreendedorismo. Abrangendo um total de 14 municípios, a Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões (CIMVDL) foi criada em 2007 e protagoniza, hoje em dia, “uma série de projetos supramunicipais”, que vão do turismo à modernização administrativa, sem esquecer o empreendedorismo. São iniciativas como esta que fazem com que, ano após ano, todos estes concelhos se revejam “como uma verdadeira comunidade”, refere José Morgado Ribeiro, presidente do Conselho Intermunicipal. Claro está que, entre as prioridades de um organismo preocupado com o bem-estar da sua região, não poderia faltar o investimento na educação. É tendo em vista precisamente este aspeto que a CIMVDL – em parceria com organismos como, por exemplo, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, 10 I Julho a Associação Industrial da Região de Viseu ou os agrupamentos de escolas – aferiu “as necessidades do mercado laboral”, de forma a “repartir os cursos profissionais pelas diversas escolas” e garantir que a oferta educativa “vá de encontro ao mercado de trabalho”, explica José Morgado Ribeiro. Com uma aposta forte em áreas como a Restauração e o Tu r i s m o , m a s t a m b é m e m vertentes como o Design, o Marketing ou as Energias Renováveis, a CIMVDL pretende que os estabelecimentos de ensino se traduzam, assim, “numa ferramenta e numa mais-valia para que os jovens possam ser bem-sucedidos”. De facto, e tal como recorda o presidente do Conselho Intermunicipal, “esta comunidade rapidamente percebeu que deveria motivar os jovens a ser empreendedores”. Empreender, que é como quem diz “encarar a vida como um desafio e dar sempre o melhor naquilo que se faz”. Ou seja, “ter iniciativa, estar presente e querer mudar sempre alguma coisa”, complementa José Morgado Ribeiro. É precisamente por este motivo que a CIMVDL promove desde 2010-2011, o projeto “Escolas Empreendedoras”, um conceito inovador em que jovens dos 14 municípios que compõem a comunidade apresentam as suas ideias de negócio num concurso anual. Aos alunos com as propostas mais promissoras são atribuídos prémios. Mas se dúvidas houvesse relativamente à importância que a CIMVDL atribui a este tipo de iniciativas, basta recordar que este ano o projeto “Escolas Empreendedoras” – até aqui pensado para estudantes do 2º ou 3º ciclos, bem como para os alunos do ensino secundário e profissional – foi também alargado ao 1º ciclo do ensino básico. “Há quatro anos, ninguém tinha esta visão”, refere José Morgado Ribeiro, numa alusão à altura em que este projeto foi iniciado. O balanço, até ao momento, tem sido bastante positivo. E é precisamente este tipo de iniciativas que demonstra não só a preocupação da CIMVDL para com o ensino na região, mas também o modo como ela se tornou uma referência na área do empreendedorismo. | Portugal Inovador Pensamento no futuro O Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão pretende dotar o concelho e a região de uma estrutura educativa dinâmica e sólida, capaz de projetar o futuro. Situado entre Viseu e Coimbra, o agrupamento tira proveito da sua situação privilegiada, quer por meio rodoviário, quer ferroviário, contribuindo para a formação integral dos alunos através de uma escola de elevada qualidade científica, técnica e humana. Uma instituição exigente e com a responsabilidade social que as escolas públicas devem ter, dando grande atenção às carências dos alunos. Neste espaço, não se pemite que as diferenças socioeconómicas sejam um entrave à integração na comunidade escolar ou ao sucesso. Refira-se, por exemplo, a Sala de Multideficiência, dotada de múltiplas valências. Outra mais-valia é a interação com a Associação de Pais. A componente de apoio à família destaca-se também na resposta social, pois a maioria dos encarregados de educação não tem um horário laboral compatível com o escolar, ficando assegurada a per- manência das crianças em atividades de enriquecimento escolar e apoio complementar. É desta forma que o agrupamento se concentra em dinamizar os seus programas educativos, dotando os cerca de 1500 alunos – de diversos anos, ciclos de ensino regular e cursos Vocacionais, de Educação e Formação e Cursos Profissionais – de competências que permitam, no futuro, fixá-los no concelho. Neste universo estão inseridos os alunos que foram absorvidos da extinta Profiacademus. A formação profissional é um dos pontos fortes do agrupamento. Da oferta profissionalizante, os alunos, numa taxa próxima dos 100%, são inseridos na vida profissional através de estágios, resultantes de protocolos estabelecidos com entidades locais e vizinhas, garantindo que lhes são dadas as oportunidades para a entrada efetiva no mercado de trabalho. No entanto, a Escola não se resume à área pedagógica e muitas são as aprendizagens que os alunos adquirem, através de um trabalho colaborativo permanente que visa a educação e a aprendizagem. Destaca-se a Biblioteca Escolar que, através dos projetos dinamizados e consolidados ao longo dos anos, se constituiu uma Biblioteca de Mérito. Este espaço está dotado de uma equipa de professores de diferentes áreas, o que se reflete na riqueza científica, pedagógica e cultural que promove ações que premeiam o mérito dos alunos em projetos regionais, nacionais e internacionais. Destacam-se outros projetos de relevo: Ciencia en Accion, ERASMUS+, Plano Nacional Cinema, PORDATA, Escola Promotora de Saúde e Segurança, Saúde Oral Biblioteca Escolar, Ciência na Escola - Ilídio Pinho, Projeto-piloto de Programação no 1ºCEB, Projeto +Contigo e Escola Segura. | Julho I 11 Portugal Inovador Agrupamento inclusivo e ajustado às necessidades O Agrupamento de Escolas Figueira Mar inclui sete estabelecimentos, tendo como sede uma instituição centenária. Data de 1888 a origem da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, anteriormente Escola Industrial e Comercial da Figueira da Foz. É uma referência histórica a nível do ensino técnico no distrito de Coimbra, servindo aquele que é também o concelho mais industrializado da região. Esse legado mantém-se na dinâmica atual da escola, apoiada em condições privilegiadas para o efeito. A Secundária Dr. Bernardino Machado, para além dos diversos Cursos Científico-Humanísticos, alvo de crescente procura, concentra a oferta de ensino profissional do agrupamento. Nessa matéria, o Curso de Manutenção Industrial, na variante de eletromecânica, é um dos mais solicitados. Uma vocação e, simultaneamente, uma solução que está completamente em sintonia com as necessidades expressas pelo tecido económico local. Como nos relata o diretor do agrupamento, Pedro Mota Curto, “a escola tem protocolos com dezenas de empresas e todas elas necessitam destes técnicos”. Também em virtude dessa aproximação à indústria e das solicitações daí resultantes, uma nova aposta para o ano que vem será o curso de Eletrónica, Automação e Comando. 12 I Julho Outro curso que irá constar da oferta profissional para 2015-2016 é a formação em Apoio Psicossocial. Uma área sem relação com as já referidas, mas igualmente inserida nesta lógica de ajustamento às perspetivas de empregabilidade. “Está previsto que daqui por alguns anos a população da Figueira da Foz decresça para os níveis de 1950 mas com uma elevada percentagem de idosos. Este curso tem muito a ver com isso, nomeadamente com o apoio em lares, centros de saúde ou hospitais”, indica. Outra grande inovação que nos é apontada pelo diretor estará também no secundário, mas dentro do ensino vocacional, com o curso de Aquacultura. “É uma inovação, de facto. Um curso diferente e no qual iremos investir, em parceria com a FOR-MAR. O mar é parte integrante do futuro de Portugal e, aqui perto, existe Aquacultura na Foz do Mondego, na Tocha e em Mira. Será um curso de dois anos, com três mil horas de formação, em que metade dessas horas deverão ser lecionadas na FOR-MAR e em empresas”, explica. Por fim, sintetizando aquela que é a realidade do ensino neste agrupamento e a vivência da comunidade que a integra, Pedro Mota Curto sublinha que o ambiente é “muito familiar e muito próximo das pessoas” e que se procura “prestar um verdadeiro serviço público, que aceita e apoia todos os alunos”. A inclusão é, efetivamente, uma palavra-chave nas escolas do Agrupamento, com a presença de largas dezenas de alunos com necessidades educativas especiais, distribuídos pelos sete estabelecimentos de ensino. | Portugal Inovador Via para a empregabilidade Desde a sua génese, o Agrupamento de Escolas de Soure assume uma missão clara: dinamizar o concelho e adaptar os jovens ao mercado de trabalho. A funcionar desde 2006 como uma estrutura que agrega todos os níveis de educação desde o pré-escolar até ao ensino secundário, o Agrupamento de Escolas de Soure cobre uma “grande expressão geográfica”. Ao todo, são 12 jardins de infância, 11 escolas de 1º ciclo, uma EB 1,2 e uma instituição de ensino secundário propagados “por uma área de cerca de 35 km de extensão”, tal como refere o adjunto da direção, João Martins. Somando um total de, aproximadamente, 1500 alunos distribuídos pelos diversos níveis de ensino, este agrupamento proporciona uma oferta variada. Em termos de 3º ciclo, por exemplo, o próximo ano letivo contará com os cursos vocacionais de Secretariado, Mecanotecnia e Informática, para além da via regular. Já no ensino secundário, paralelamente aos programas científico-humanísticos, o ciclo de 2015/16 terá cursos profissionais dedicados à Restauração, à Manutenção Industrial/Eletromecânica e ao Multimédia. De salientar, ainda, é a existência de duas turmas, em regime noturno, de Educação e Formação de Adultos (EFA). Uma oferta formativa como esta não surge, todavia, por acaso. Assim, perante a região em que se insere, o Agrupamento de Escolas de Soure assume um compromisso. “A nossa missão a longo prazo passa por intervir na qualificação académica e profissional do nosso concelho”, explica o diretor, João Pereira. Um objetivo que, sob o ponto de vista da direção, está a ser cumprido. A prova está nas “boas taxas de empregabilidade” que se fazem notar, com particular ênfase, nos cursos de Mecânica e Restauração. “Isto para nós é extremamente gratificante”, refere João Martins, pois “mostra que o trabalho que está a ser feito nas escolas é de qualidade” e, acima de tudo, “direcionado para as necessidades do mercado”. Mas se o rigor e a qualidade são aspetos indispensáveis no ensino praticado no Agrupamento de Escolas de Soure, importa lembrar que estes não são os únicos princípios transmitidos. “Queremos também dar azo a que os nossos alunos sejam empreendedores e criativos”, explica o adjunto da direção. Tudo isto, por uma razão simples: “Temos que preparar os jovens para entrar numa sociedade e num mercado de trabalho cada vez mais competitivos”, acrescenta. “Essa é uma preocupação que temos e procuramos criar todas as condições para que os alunos possam singrar”, remata João Martins. Tudo a postos, por isso, para mais um ano letivo de olhos fixos no futuro. | Julho I 13 Portugal Inovador Ensino em Santarém A Escola Secundária Sá da Bandeira é uma referência educativa na cidade de Santarém, mas também junto das comunidades vizinhas. Posicionada numa zona nobre da cidade, rodeada de espaços verdes, esta instituição encerra em si uma história secular. É a escola sucessora do antigo liceu de Santarém e acolhe os seus alunos num edifício com mais de 60 anos que recebeu recentemente obras de requalificação, encontrando-se em excelente estado de preservação. Entre os seus principais motivos de orgulho, está a sua integração na rede de escolas associadas da UNESCO, o que tem mobilizado os seus alunos para a participação em diversas atividades e encontros à escala internacional. Atualmente faz parte do agrupamento de escolas com designação homónima, que inclui a EB 2,3 D. João II. A sua oferta educativa, para 2015/2016, irá incluir os cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades e Ciências Socioeconómicas, assim como os cursos profissionais de Energias Renováveis, Auxiliar de Saúde, Marketing, Apoio à Gestão Desportiva, Gestão de Equipamentos Informáticos. Já a escola básica está a disponibilizar um curso vocacional de 3º ciclo, de dois anos. | 14 I Julho Portugal Inovador Tomar: tradição e futuro Tomar é um município atraente, seguro e com qualidade de vida, apostado em preservar a sua História à medida que forma jovens com o pensamento no futuro. Com uma excelente localização geográfica – situada praticamente no centro do território nacional – Tomar é uma cidade de grande carga histórica, o que se reflete não apenas no facto de ter servido de sede à Ordem dos Templários, mas também em monumentos como o Convento de Cristo, reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Com mais de 42 mil habitantes, as ofertas de ensino que o Município proporciona à comunidade são vastas. “Temos todos os graus de ensino, desde o pré-escolar até ao ensino superior, através de um Instituto Politécnico sediado no nosso território”, explica Anabela Freitas, presidente da câmara de Tomar. Neste leque de oferta, existe espaço para o ensino profissional, bem para como a presença de um Centro de Formação Profissional, detido pelo IEFP. É este conjunto de infraestruturas e serviços que permite à autarca afirmar que “não é necessário sair de Tomar para se conseguir ter acesso quer a qualificação académica, quer profissional”. Já no que respeita à articulação entre as ofertas de ensino profissional e o mercado de trabalho, Anabela Freitas lamento o facto de “a legislação ser demasiado apertada”, dificultando a “margem de manobra para as direções das escolas e centros de formação poderem adaptar melhor a sua oferta” às necessidades existentes. No próximo ano letivo, haverá uma luta pela maior “articulação entre as ofertas formativas em todo o território de Tomar” pois, tal como refere a autarca, “a ligação com as associações empresariais é fundamental e permite aumentar o leque de oportunidades para os nossos jovens cidadãos”. Neste momento, já existe uma parceria entre o Instituto Politécnico de Tomar, o Município e a SoftINSA, empresa pertencente ao Grupo IBM, através da qual “já foram criados perto de 200 postos de trabalho com cidadãos jovens e qualificadas que acabarão por se fixar, assim o esperamos, com a família, no concelho”, explica Anabela Freitas, numa alusão ao grande esforço que tem sido feito nesta área. No entanto, tão importante para o concelho como a riqueza da oferta formativa e educativa, são as tradições e valores que contribuíram para fazer de Tomar uma cidade única. “Iniciámos um projeto-piloto junto do ensino pré-escolar e do 1º ciclo, através do qual introduzimos, enquanto atividades extracurriculares, os jogos tradicionais que fazem parte da Festa dos Tabuleiros”, explica Anabela Freitas, acreditando ser esta uma forma de, através do ensino, “se perpetuar a nossa memória e a nossa cultura”. Considerando que o Município está “bem servido” no que respeita às ofertas de ensino, a autarquia de Tomar tem, no horizonte, a ambição de se candidatar ao Portugal 2020. Nos planos está “a construção de um centro escolar”, de modo a melhor servir as necessidades de quem tem um futuro pela frente. Sempre com inovação e tradição à mistura. | Julho I 15 Portugal Inovador Agrupamento com respostas completas O Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo reúne toda a oferta pública do concelho, beneficiando de equipamentos modernos como a recentemente edificada Escola Básica dos 2º e 3º ciclos. O referido estabelecimento é a sede deste conjunto de nove escolas, cuja constituição ocorreu a 3 de julho de 2012. Falamos de uma realidade que cobre todas as etapas de ensino do pré-escolar ao ensino secundário. Dentro deste último, há uma ampla oferta de cursos, centrados não na sede do agrupamento, mas sim na Escola Secundária do Cartaxo, a poucas centenas de metros. Nos científico-humanísticos, estão contempladas as quatro vertentes (Ciências e Tecnologias; Línguas e Humanidades; Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais), nas quais José Dias, da direção, nota que “não tem havido grandes níveis de insucesso”. No ensino profissional, a oferta para 2015/2016 vai passar pelas formações nas áreas do Comércio, Informática de Gestão, Instalações Elétricas, Turismo e Restauração (com a expectativa de abrir com as variantes Cozinha/Pastelaria 16 I Julho e Restaurante/Bar). Segundo o depoimento do nosso interlocutor, a escola está capacitada de forma adequada para a lecionação destes cursos, quer quanto aos seus recursos humanos e materiais quer em relação aos protocolos e parcerias estabelecidos para o encaminhamento dos seus formandos. De referir, igualmente, que o agrupamento aderiu ao ensino vocacional com turmas dos 2º e 3º ciclos. Fora do âmbito curricular, José Dias destaca-nos também a dinâmica que aqui está a ser desenvolvida, referindo-nos exemplos como o Clube das Línguas ou o Clube Europeu, devidamente orientados pelo coordenador de projetos do agrupamento. “A escola, hoje em dia, é cada vez mais uma escola de projetos e atividades”, comenta. Atualmente, ao nivel de Educação Especial, o agrupamento dispõe de uma unidade para alunos com multidificiência (EB 2,3) e uma unidade para alunos com a Espectro do Autismo (1º Ciclo) prevendo-se a existência no próximo ano letivo de uma outra a unidade para alunos com o Espectro do Autismo (EB2,3). O diretor , Jorge Tavares , realça ainda as numerosas vitórias ao nível do desporto escolar e a riqueza do seu Plano Anual de Atividades . O facto de o agrupamento figurar no 1º terço do Ranking Nacional do Ensino Básico e motivo de orgulho. A escola secundária tem sido aposta, ainda, como escola de artes e escola de oportunidades. | Portugal Inovador Melhoria contínua dos resultados É esta a realidade que Irene Ermida, diretora do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em Sabrosa, tem observado ao longo da sua presença junto desta comunidade. A inauguração da Escola Básica e Secundária Miguel Torga data de 1982. Atualmente, é sede de um agrupamento que reúne também, dentro do concelho de Sabrosa, os jardins de infância de Gouvinhas, Parada do Pinhão, Souto Maior, Sobrados e S. Martinho de Anta e a Escola Básica Fernão Magalhães, centro escolar cujo funcionamento teve início em 2010. No total, este conjunto de escolas atende às necessidades educativas de cerca de sete centenas de alunos. A nossa interlocutora, professora nesta escola há 20 anos, presidente do conselho executivo entre 2003 e 2009 e diretora há dois, mostra-se satisfeita com a evolução registada: “A parte da indisciplina felizmente diminuiu bastante. Hou- ve uma diminuição de ocorrências e uma melhoria generalizada do comportamento dos alunos. É claro que isto é um trabalho gradual que se vai fazendo com os professores, assistentes operacionais e também com os encarregados de educação. Estes últimos são um agente muito importante no acompanhamento dos educandos e na interação com a própria escola e, de há uns tempos para cá, nota-se uma afluência e uma implicação maiores da sua parte”. Continuando, este balanço estende-se igualmente ao aproveitamento escolar: “Também se tem verificado um aumento de entradas no ensino superior, assim como uma melhoria na quantidade de casos em que os alunos entram na primeira opção. De facto, o que eu noto é que, quando vim para cá, a escola tinha resultados muito mais baixos do que aqueles que tem agora”. Irene Ermida nota também que a captação de alunos que vêm, inclusivamente, de outras localidades é um “sinal de que o agrupamento está com um funcionamento atrativo e que a sua imagem junto das pessoas é positiva”. A contribuir para esse funcionamento está a forma como tem assumido a “multiplicidade de papéis que a escola cada vez mais deve ter”, sendo disso exemplo os clubes e projetos que esta comunidade escolar dinamiza ao longo do ano letivo. Apostando na melhoria dos resultados escolares, tem sido opção do agrupamento a diversificação das medidas de sucesso educativo que vão desde as habituais (apoio educativo, tutorias, assessorias, Gabinete de atendimento dos alunos, Salas de estudo, SPO, etc.) até ao desenvolvimento de vários projetos (Plano Nacional de Leitura, PESES, Eco-escolas, Clubes temáticos, Rádio-escola, Saber +, Eco-clube, Clube Palavras com História, Clube de Teatro, Clube do Desporto Escolar, etc.). “Desde o pré-escolar ao 12º ano, tentamos implementar projetos que enriqueçam culturalmente os alunos e também as suas aprendizagens”, indica. Por fim, dentro da oferta formativa para 2015/2016, no âmbito do ensino profissional, a Escola Básica e Secundária Miguel Torga irá abrir o curso de Técnico de Multimédia, sendo esta uma formação já com tradição na escola. | Julho I 17 Portugal Inovador Português e Inglês desde tenra idade Prestes a comemorar 80 anos, a Queen Elizabeth’s School é uma referência incontornável do ensino bilingue em Portugal. Criada em 1935, a Queen Elizabeth’s School foi a concretização do sonho de criança de Margaret Denise Eileen Lester, a fundadora desta escola, a qual apesar de ter nacionalidade britânica “sempre foi uma apaixonada pela História de Portugal e dos Descobrimentos”, recorda Conceição Oliveira Martins, membro da direção colegial do colégio e presidente do conselho de administração da Fundação Denise Lester. Foi esse encanto pelo nosso país que levou Miss Lester a estabelecer residência permanente em Portugal e a “conceber de raiz uma escola inglesa para crianças portuguesas” com ensino bilingue e, mais tarde, a doar em vida a escola que criou com o esforço do seu trabalho e de que era proprietária, a uma fundação privada de utilidade pública com o seu nome para garantir a continuidade da sua obra. Miss Denise Lester pretendia que fizesse parte integrante da cultura da 18 I Julho Queen Elizabeth’s School um ensino de excelência da língua inglesa a par do currículo oficial português, bem como incutir nos alunos a importância do “estreitamento dos laços históricos entre Portugal e o Reino Unido”, a aliança mais antiga do Mundo. Em consonância com os ideais preconizados pela Instituidora da Fundação Denise Lester – que comemora no corrente ano os seus 50 anos – a exposição à língua inglesa é feita o mais cedo possível, começando presentemente na valência da creche, tendo continuidade no ensino pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico. A coexistência entre as culturas portuguesa e inglesa é assegurada pelo facto de existirem sempre professores britânicos na equipa de docentes da Queen Elizabeth´s School e de administradores britânicos de entre os membros do conselho de administração da Fundação Denise Lester, entidade que administra superiormente esta Escola. A aprendizagem do Inglês contudo, não se resume apenas ao domínio da língua mas à vivência da cultura anglo-saxónica no meio escolar. “Preservamos muitas das tradições culturais britânicas nas atividades escolares que realizamos, as quais dão à Queen Elizabeth’s School uma identidade tão singular”, explica Conceição Oliveira Martins. INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO Enquanto instituição de referência, a Queen Elizabeth’s School “tem apostado na internacionalização do ensino e na certificação externa”. De facto, o ensino da língua inglesa ministrado neste colégio é certificado desde 1998 pelos Young Learners English Tests da Universidade de Cambridge, bem como pelos exames dos Integrated Skills in English do Trinity College de Londres. Ao longo deste ano letivo, a Queen Elizabeth’s School implementou também um currículo integrado bilingue, o Programa Internacional Educativo Primário da Universidade de Cambridge, fazendo uso de uma metodologia inovadora na Aprendizagem Integrada de Línguas e Portugal Inovador Conteúdos. “Consideramos que os nossos alunos já têm um nível de Inglês que lhes permita aprender certos conteúdos disciplinares nesta segunda língua”, explica Conceição Oliveira Martins. Como tal, este ano já foram lecionadas em inglês as disciplinas de Ciências e Matemática, a par do currículo oficial português, uma vez que a Queen Elizabeth’s School em 2013 foi aceite pela Universidade de Cambridge como Primary Cambridge School. Aprendizagem fora de aulas A Queen Elizabeth’s School dispõe ainda de um vasto leque de atividades complementares de oferta educativa, tendo em vista o desenvolvimento pessoal e social dos alunos. Abertos à participação de “toda a comunidade educativa” encontram-se os Clubes de Inglês, em que os alunos são expostos, com maior profundidade e intensidade à língua inglesa, mas sempre de uma forma não formal, através da construção de portofolios de trabalhos e a realização de projetos. Existem, todavia, clubes dedicados á prática de modalidades desportivas como karaté, futebol, ballet, ténis, patinagem e natação. Outra das áreas desenvolvidas pela Queen Elizabeth’s School é a educação e expressão musical, em parceria com a empresa Foco Musical. Na tentativa de despertar a sensibilidade dos alunos para a música, os alunos são convidados a interagir com a Orquestra Didática da Foco Musical que culmina ao longo do ano com a realização de diversos concertos de estilos musicais diferentes. Caso para dizer que, ao longo de quase oito décadas de existência, a Queen Elizabeth’s School manteve inalterados não só os ideais da sua política educativa, como se tem norteado sempre pela qualidade dos serviços educativos que presta. E tudo indica que assim continuará a ser depois de festejar o 80º aniversário da sua criação, em novembro.| Julho I 19 Portugal Inovador Formar com criatividade com vista à empregabilidade Há 29 anos que o CEARTE responde, a nível nacional, às necessidades de formação no setor do Artesanato e das pequenas empresas. Sediado em Coimbra, o CEARTE – Centro de Formação Profissional do Artesanato é o único Centro de formação oficial para o setor. Gerido pelo IEFP e pela Cáritas Diocesana de Coimbra, este é um Centro que faz, todos os anos, “o levantamento da necessidade de formação” para lhe responder em todo o país “em parceria com as entidades locais”, refere o diretor, Luís Rocha. O resultado é um uni20 I Julho verso de “cerca de 300 cursos de formação e 4000 formandos”. Uma oferta que varia entre os níveis III e V de qualificação profissional, com certificações escolares referentes ao 9º e 12º ano. “Temos formação em todas as áreas ligadas ao Artesanato, quer em regime de formação inicial para jovens e adultos, quer na formação contínua de ativos”, explica Luís Rocha. Mas existem também outras áreas privilegiadas no CEARTE. Nomeadamente, “as que têm forte empregabilidade” e “aquelas que respondem às necessidades desta região”. Exemplo disso são as formações de Técnico de Multimédia, Programador de Informática, Design de Moda ou Hotelaria e Restauração, Restauro de Madeira e Arte Sacra, Eletricidade e Técnico de Sistemas Solares. Existe “uma fortíssima componente tecnológica” nos cursos, já que os formadores “estão sempre ligados ao mercado de trabalho”, refere o diretor. Outro aspeto que faz do CEARTE uma referência é “o nível dos equipamentos” – não apenas no que toca à qualidade, mas também ao seu número. Tudo isto em nome de um objetivo: “Contribuir para o aumento da qualificação dos portugueses, para o rejuvenescimento do setor do Artesanato e para a criação de alternativas de emprego”, conclui. Os resultados falam por si. “Nos tempos em que a taxa de desemprego é tão elevada, o CEARTE tem levantamentos fidedignos feitos seis meses após o final da formação”, explica o diretor, sublinhando que “o último resultado deu quase 70% de empregabilidade por conta própria ou de outrém”. Portugal Inovador Apoios aos formandos A generalidade da formação do CEARTE tem apoios sociais, designadamente subsídio de transporte, de alojamento, fornecimento de refeição em espécie e bolsa de profissionalização. Empreender com apoio “Uma parte da formação do CEARTE é muito voltada para o autoemprego”, algo que Luís Rocha descreve como “uma oportunidade”, mas também “um processo difícil e exigente”. Quem pretende desenvolver um negócio deve, como tal, ter acesso a “um bom acompanhamento e consultoria”. Por esse motivo, o Centro oferece apoio quer na fase de elaboração do plano de negócios, quer na etapa seguinte: o arranque da empresa. Outra palavra-chave no CEARTE é “inovação”. Para a concretizar, todavia, o diretor defende que “é preciso ter conhecimento e o apoio de pessoas especializadas”. É aqui que entra o Laboratório de Orientação Criativa, outro dos serviços que o Centro proporciona. “Temos acesso a uma base de dados de tendências de moda e mercado e, a partir dela, vamos adaptando os produtos e as empresas” e “orientando os produtores às novas exigências e aos gostos do consumidor atual”. Tudo isto em nome do futuro: não só do artesanato, mas também de Portugal. | Julho I 21 Portugal Inovador Ensino equestre incomparável Com uma forte componente prática, os cursos ministrados na EPDRAC visam não só o sucesso dos seus alunos, mas também o crescimento da região. Fundada em 1990, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão (EPDRAC) é um estabelecimento de ensino com uma oferta formativa sui generis e bastante atenta “às necessidades da região” em que se insere, tal como refere a diretora Maria Conceição Matos. À sua disposição, os alunos do ensino básico e, em particular, do nível secundário dispõem de um conjunto de cursos vocacionais, alguns dos quais pioneiros. Tal é o caso dos cursos de Técnico Ferrador e de Produção Animal. 22 I Julho Entre o leque de propostas formativas, no entanto, contam-se ainda os cursos de Técnico de Gestão Cinegética, Técnico de Produção Agrária e Técnico de Gestão Equina. Já a acompanhar esta oferta, está uma equipa de 23 docentes “com uma grande vivência nesta atividade, com um vasto know-how, experiência e estatuto”, explica Maria Conceição Matos. Entre o corpo técnico da escola encontram-se vultos na área equestre como o campeão nacional de CCE, João Duarte Silva, ou Filipe Caixeirinha, campeão de Raides e treinador com currículo em Portugal e no estrangeiro. Com uma oferta formativa singular e uma equipa de docentes tão reputada, não admira que o estatuto de referência da EPDRAC continue a crescer. “Neste momento, temos uma procura de todo o país e das Ilhas”, explica a diretora, antes de acrescentar que existem alunos de outras nacionalidades, nomeadamente de Espanha, interessados em obter formação na escola. Outro aspeto a salientar é a qualidade das infraestruturas. “Estamos sediados dentro da coudelaria de Alter do Chão e temos, a nível equestre, das melhores instalações”, garante Maria Conceição Matos. À disposição dos alunos, existem “picadeiros, campos de ensino, pistas de cross e um campo de obstáculos ótimo”. Quanto à disponibilidade de cavalos, a escola dispõe de cavalos cedidos pela Coudelaria e outros que lhe foram doados que são utilizados por alunos que não possuem cavalo. De entre os que a escola possui e os cavalos dos alunos, temos à nossa guarda cerca de uma centena de cavalos. Outro aspeto forte da EPDRAC Portugal Inovador são as parcerias que a escola tem estabelecido com entidades tão diversas como a Companhia das Lezírias ou a Coudelaria de Alter, mas também com instituições de peso no setor equestre, como a Escola Nacional de Equitação e a Federação Equestre Portuguesa. Já a pensar no futuro dos alunos, existem protocolos com “diversas escolas de equitação e coudelarias de vários pontos do país” e com a Escola Superior Agrária de Elvas ou o Instituto Politécnico de Portalegre. Dinamizar a região Para além de toda a componente formativa, a EPDRAC é um estabelecimento de ensino que se dedica à “realização de diversas atividades que envolvem toda a comunidade”. Exemplo dessas iniciativas são os concursos equestres federados que a escola tem dinamizado nos últimos anos. “Temos tido aqui o CCE, os campeonatos regionais de ensino, bem como os campeonatos regionais e nacionais de obstáculos”, refere a diretora. O objetivo é que os alunos “aprendam, participem, organizem e disputem esta atividade que é tão importante para eles”, sintetiza. Já outra das finalidades passa pela vontade de contribuir para a dinamização do concelho. “Organizámos este ano a 1ª feira Agropecuária de Alter do Chão”, explica Maria Conceição Matos, aludindo a uma iniciativa que “foi um verdadeiro sucesso” em termos de adesão. Caso para dizer que o futuro de Alter do Chão passa, cada vez mais, pela EPDRAC. | Julho I 23 Portugal Inovador 24 I Julho Portugal Inovador Julho I 25 Portugal Inovador Opinião Diáspora empresarial portuguesa A diáspora empresarial portuguesa é uma realidade ainda pouco conhecida no nosso país, mas que representa um importante fator da nossa economia e um ainda maior potencial. Existem, espalhados um pouco por todo o Mundo, muitos milhares de empresários portugueses e lusodescendentes que detêm desde microempresas ou negócios unipessoais até grandes conglomerados de empresas, inclusivamente multinacionais. O retrato deste tecido empresarial é, como seria de esperar, parcialmente convergente com o das nossas comunidades em geral. França, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Venezuela e África do Sul são alguns dos países nos quais temos um maior número de empresários, os quais já não se restringem aos setores mais tradicionais do agroalimentar, do retalho e da construção, mas que desenvolvem ativdade também nos setores de maior inovação e incorporação tecnológica. Encontramos, naturalmente, diferentes tipos de comunidades empresariais conforme o país, com diferentes tipos de implantação e diferentes tipos de relacionamento com a economia nacional. É natural e compreensível que os empresários residentes na Europa tenham um muito maior contacto e proximidade económica e comercial com o nosso país do que os das Américas, por exemplo, onde ademais se podem defrontar com dificuldades próprias das legislações e regulamentações locais. Contamos hoje também com um novo tipo de perfil entre as nossas comunidades: o do gestor, do executivo altamente qualificado que 26 I Julho não é exatamente coincidente com o tradicional perfil do empresário das comunidades mas que, até pela importância dos carfos que em muitos casos ocupa, não pode deixar de ser considerado neste contexto. Países como Angola, Moçambique, Brasil ou o próprio Reino Unido são alguns dos destinatários desta emigração, mais recente, em que se incluem estes quadros. Tendo em atenção esta realidade e a consequente necessidade de assegurar uma abordagem diferenciada da mesma têm sido levadas a cabo diversas medidas tendentes a uma maior ligação entre a diáspora empresarial e a economia nacional. Desde logo foi criado o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, cujas competências se centram na promoção, apoio e facilitação do investimento originário das comunidades. Em estreita articulação com a AICEP, cabe ao gabinete assegurar que o potencial investidor possua informação adequada e beneficie das melhores condições, dentro do quadro legal aplicável e acompanhar os projetos de investimento na sua fase de implementação. Por outro lado, têm sido promovidos com regularidade encontros empresariais das comunidades portuguesas em parceria com instituições como a AICEP, a CIP, a CIEP ou os municípios, entre outras entidades, e contaram, para além dos convidados da diáspora, com a presença de Bancos, empresas e parceiros institucionais nacio- nais, visando promover parcerias e oportunidades de negócio. Nos eventos têm participado centenas de empresários de sucesso da nossa diáspora, oriundos de todos os continentes, a quem demos a conhecere alguns dos principais exportadores portugueses nos respetivos setores, bem como diversas entidades públicas e privadas que os podem ajudar a comprar ou investir em Portugal. Finalmente, temos promovido a criação de redes de contacto envolvendo o tecido empresarial das comunidades, quer através de uma relação cada vez mais próxima com as Câmaras de Comércio e outras associações empresariais quer incentivando o associativismo empresarial da diáspora quer ainda através da criação de uma plataforma de negócios em português (com tecnologia portuguesa e desenvolvida por empresas portuguesas), a 560emnegocios.pt que possui neste momento 2.000 registos e promove de forma gratuita um ambiente de rede e interações entre os diversos agentes. A diáspora é pois uma realidade que projeta a capacidade de Portugal muito para além das nossas fronteiras, constituíndo um fator potenciador das nossas exportações e da internacionalização da nossa economia. O potencial é enorme e muito há ainda a fazer, mas o caminho já começou a ser feito. | José Cesário Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas Portugal Inovador Julho I 27 Portugal Inovador “Aqui entra um cliente, sai um amigo” Do sonho à prática, Marta de Sousa dinamiza um projeto pioneiro em Felgueiras no âmbito da beleza, saúde e bem-estar. Marta de Sousa é a empresária por detrás do conceito Urban SPA, uma das mais recentes empresas do concelho de Felgueiras, criada em janeiro do presente ano. Perante uma sociedade cada vez mais sujeita às pressões do quotidiano – causadoras de stress e outros problemas associados –, a nossa entrevistada decidiu dar vida a um projeto que veio colmatar as necessidades da população, preenchendo um nicho de mercado que estava ainda por explorar nesta região. Ali o corpo e a mente são trabalhados de forma personalizada, muito focada nas necessidades de cada indivíduo, sem recurso a tecnologia. Às massagens de relaxamento, específicas e complementares, aliam-se consultas 28 I Julho de Fisioterapia, Podologia, Nutricionismo e sessões de Reiki. Esforçando-se para oferecer um conjunto de valências diferenciadoras, Marta de Sousa – atualmente, a frequentar o mestrado em Reiki –, aposta nesta terapia complementar no âmbito das Terapias e Medicinas Alternativas. “Algo que nos preocupa é o bem estar das mães e pais que muitas vezes vêm acompanhados pelos filhos. Para que possam desfrutar das mais-valias deste espaço em plena tranquilidade, temos a preocupação de colocar as crianças ao cuidado de uma das nossas colaboradoras”, salienta. O CLIENTE E O REIKI O Reiki apresenta-se como uma prática terapêutica que pro- cura isolar e aliviar a mente das preocupações diárias. Segundo a profissional, Marta de Sousa, “é uma dádiva poder ajudar quem precisa, através da prática do Reiki. Com o auxílio desta terapia, nós, seres de luz, procuramos isolar-nos e aliviar a mente das preocupações do dia a dia”. Centrada no indivíduo, é no decorrer de cada sessão que a terapeuta tem noção das necessidades do utente, “através da energia do universo e da energia vital”. Muitas são as pessoas que procuram este tratamento por mera curiosidade, todavia, e como acontece no Urban SPA, a honestidade é crucial para direcionar os utentes para as práticas mais apropriadas. “Tentamos sempre informar quem nos visita e, se o entendermos, explicar que aquele não é o caminho mais indicado. Felizmente as terapias alternativas em Portugal começam a ganhar um público cada vez maior, porque estamos a atingir resultados excelentes, que a Medicina Convencional só consegue através do recurso a medicação”. Proativa e empreendedora, Marta de Sousa tem como objetivos, a médio prazo, alargar este conceito de SPA a outros concelhos; a profissional ambiciona ainda vir a expandir o seu âmbito de ação, nomeadamente, no campo das massagens e Fisioterapia Desportiva. | Portugal Inovador Tradição familiar numa empresa promissora Com 14 anos de porta aberta e com mais uns quantos de conhecimento de mercado, a Cassauto destaca-se com responsabilidade e profissionalismo no ramo do abate de veículos e comercialização de peças automóvel. Patrick Castro, gerente deste centro de abate, nasceu em França. Filho de emigrantes portugueses passou a vida entre cá e lá. Aos 20 anos, decide estabelecer-se em terras lusas e é com o apoio do pai que funda a Cassauto, em 2001. Desde então a empresa tem expandido consideravelmente, ocupando agora um espaço remodelado de uma antiga fábrica de calçado com uma área de 4.800m2 de pavilhão, e espaço de parque aberto, também ocupado com viaturas. Foi em 2008, perante normativas comunitárias, que a Cassauto se credenciou como Centro de Abate devidamente certificado pelas entidades oficiais. Devidamente organizados, Patrick Castro estima ter cerca de 260 automóveis constantemente em exposição. O processo de receção e desmantelamento destes veículos em fim de vida é acompanhado ao detalhe e a equipa de 11 colaboradores garante o serviço de qualidade: “Todos se esforçam para que a empresa funcione de forma irrepreensível”, garante. Com quatro pessoas na venda ao balcão, outros quatro funcionários no desmantelamento e um na recolha, Patrick Castro conta ainda com a colaboração da irmã e única mulher na empresa, Sandrina Castro, que ao longo dos últimos dez anos adquiriu competências para assumir a vertente administrativa e financeira da Cassauto. Valorizando a estrutura inicial de uma empresa familiar, o gerente mantém por perto também o pai, que vê como “um excelente professor”. O nosso entrevistado acrescenta ainda: “Aprendi muito com ele. Ainda hoje lhe peço conselhos, que normalmente resultam”. Atualmente, a empresa mantém relações de importação e exportação com países como França, Espanha ou Inglaterra, e investe ainda na compra e venda de peças usadas, trabalhando sempre com garantia no material que comercializa. O investimento em equipamentos que sustentam esta logística, não descura as preocupações ambientais, e a Cassauto assume ainda no processo a sua responsabilidade ecológica. A empresa está creditada para a receção de motores e caixas de velocidade para reciclagem e equipada para o encaminhamento de resíduos tóxicos e metais ferrosos e não ferrosos dos automóveis abatidos. Num mercado cada vez mais competitivo, a aposta da Cassauto recai, a longo prazo, na expansão e no complemento dos serviços que dispõe para uma resposta mais eficaz aos clientes. Até porque, “apesar de toda a estrutura que apresentamos, isto já começa a ficar pequeno”, confessa Patrick Castro. | Julho I 29 Portugal Inovador Primar pela diferença é o objetivo Localizada em Lagares, no concelho de Felgueiras, a Zurkleding Unipessoal Lda. centra-se na comercialização e reparação de máquinas de costura industriais para o fabrico de calçado, uma das fortes apostas da região. com grande peso na economia do concelho de Felgueiras, para além de ter o know-how para proceder à manutenção de máquinas específicas do ramo, esta empresa é uma montra daquilo que de mais inovador surge em termos de equipamentos. Falamos desde máquinas de costura, máquinas de facear, máquinas de cola e outras peças industriais. Dinâmica empresarial Criada por Carlos Pereira, a Zurkleding Unipessoal Lda. nasceu em 2011. Com vista a criar o seu próprio negócio, o empresário contou com a ajuda do filho, José Carlos Pereira, que frequentou o curso de formação de Técnico de Reparação de Equipamentos Industriais. Atualmente, conta também com a presença de outro colaborador com formação específica nesta área. A Zurkleding Unipessoal Lda. baseia a sua atividade na comercialização e reparação de máquinas de costura industriais para a produção de calçado, garantindo também a assistência técnica às mesmas. Direcionada para um setor 30 I Julho A empresa concentra-se na fidelização do cliente, na medida em que está sempre disponível para atuar perante a sua solicitação, tornando-a assim única e indispensável no concelho de Felgueiras. Os seus principais clientes são as fábricas de calçado localizadas na região, às quais prestam, sempre que solicitado, serviços de assistência, nomeadamente, nas máquinas de costura industriais do calçado. Deste modo, aliam o serviço prestado na reparação e auxílio técnico, à produção, reforçando a sua ação como dinamizadores da economia local. Criada em plena conjuntura económica aparentemente desfavorável, contornar a crise é uma prioridade e tem sido feita de forma credível e consciente. Num mercado altamente competitivo, o objetivo passa por prestar um serviço de qualidade, eficaz e que aposte na exclusividade. “Primar pela diferença”, como afirma José Carlos Pereira, é o principal objetivo e dever da Zurkleding Unipessoal Lda., através da boa prestação dos seus serviços e de uma competente assistência técnica. Quanto a objetivos futuros, a empresa pretende crescer e alargar horizontes de modo a vingar pelos seus valores de qualidade, rigor e confiança. | Portugal Inovador O segredo é a boa gestão Fundada há cerca de 25 anos no concelho de Felgueiras, a Tabacaria Domivantagem Lda. é a única empresa de tabaco na região. Esta é uma empresa familiar, criada pelos pais de Marta de Sousa, atual gestora deste negócio local. FIDELIDADE, CREDIBILIDADE E INOVAÇÃO Apesar das condicionantes que rodeiam o negócio do tabaco, a Domivantagem Lda. continua a destacar-se no mercado. Os clientes são fiéis e gostam do serviço prestado que cria uma onda de confiança e credibilidade junto da marca. Na Tabacaria Domivantagem Lda. os contratempos são resolvidos presencialmente e a prioridade, nas palavras de Marta de Sousa, é “estimar o cliente”. O SEGREDO DO NEGÓCIO A Tabacaria Domivantagem Lda. é uma empresa que concentra as suas funções na comercialização e distribuição de tabaco, contemplando a venda a retalho ou através de máquinas de vending. Laborando num setor continuamente sujeito a alterações e imposições legais — nomeadamente a Lei n.º 37/2007 de 14 de agosto entrou em vigor no primeiro dia do ano de 2008, cuja regra geral determina que não se pode fumar em recintos fechados destinados a utilização coletiva: edifícios públicos, estabelecimentos de restauração, bebidas ou dança, locais de trabalho, de atendimento público, transportes e destinados a menos de 18 anos, entre outros — a Tabacaria Domivantagem Lda. orienta da melhor maneira possível estas barreiras. Aliado a estas restrições está o consecutivo aumento do preço do tabaco que leva muitos comerciantes a ponderar o aluguer de uma máquina de vending, dado que muitos clientes começam a optar pelo conhecido “tabaco de enrolar”. Para fazer face a estas mudanças na procura, Marta de Sousa assume que a Tabacaria Domivantagem Lda. está agora a apostar na procura de novos produtos, para assim contornar a situação e continuar a satisfazer o cliente. O verdadeiro segredo para se vingar no mercado, apesar dos entraves legislativos, é gerir da melhor maneira o negócio, através da prestação de bons serviços e do fortalecimento de uma boa relação com o cliente. Neste setor, o que rege a Domivantagem Lda. é dar ao cliente o seu devido valor, encarando-o como primordial no negócio, preservando-o sempre e respondendo às suas necessidades. Quanto a futuros projetos, o objetivo passa por dar continuidade ao trabalho iniciado pelos pais de Marta de Sousa, apostando na consolidação e na boa gestão feita até aqui. | Julho I 31 Portugal Inovador Flores com arte e bom gosto Com um vasto leque de produtos e serviços ao seu dispor, na Yasmin Flores encontra tudo o que precisa para qualquer ocasião. Já são “cerca de 20 anos” de vida dedicados, em exclusivo, às flores. “Sempre gostei de viver à volta delas e dos jardins”, conta-nos Isabel Ribeiro que, antes de se tornar florista, chegou mesmo a trabalhar na sua plantação. No entanto, depois de uma série de anos passados enquanto florista por conta de outrém, foi a vez de a nossa entrevistada sentir o desejo estabelecer o seu próprio negócio. Foi assim que surgiu, há nove anos, a Yasmin Flores. À sua disposição, encontrará neste estabelecimento “todo o tipo de flores, quer de produção nacional, quer flores importadas” de países como, por exemplo, a Holanda ou o Equador, explica Isabel Ribeiro. Mas a gama de serviços não se fica por aqui. “Fazemos também vários tipos de trabalhos, como arranjos florais ou rosas naturais enceradas”, bem como “decoração de 32 I Julho cestos, de peças artificiais, de cerâmicos e vidros”, acrescenta a empresária. De modo a facilitar o dia a dia dos clientes, existe também a possibilidade de realizar entregas ao domicílio. Com muita experiência na área, uma série de conhecimentos acumulados ao longo dos anos e, acima de tudo, uma “enorme paixão pelas flores”, não admira que Isabel Ribeiro e a Yasmin Flores se tenham afirmado como uma referência na região. “Desde há nove anos que as pessoas me aceitaram muito bem, os meus clientes são excecionais”, afirma Isabel Ribeiro. Entretanto, o sucesso da iniciativa levou a empresária a investir na abertura de uma segunda loja, também no concelho de Felgueiras, situada em Vila Verde. Motivo mais do que suficiente para se traçar um balanço bastante positivo relativamente à forma como a Yasmin Flores se tem implementado no mercado. “As rosas têm sempre muita procura durante todo o ano, pois os felgueirenses gostam muito deste tipo de flor”, refere a nossa entrevistada. Caso para dizer, por isso, que as flores nunca passam de moda e são necessárias “para todo o tipo de eventos, festas e funerais”. E poderão as flores ainda fazer a diferença numa sociedade como a de hoje em dia? A Yasmin Flores prova-nos que sim. De facto, na tentativa de dinamizar o dia de S. Valentim na sua região e na procura de atrair a curiosidade dos jovens casais, Isabel Ribeiro apostou, há oito anos, na criatividade. Assim sendo, para celebrar o Dia dos Namorados, afixou vários desenhos e poemas nas monstras da sua loja, tentando sensibilizar os felgueirenses para esta data especial. O sucesso da iniciativa não podia ter sido maior. “Vi que os jovens paravam para ler e observar a montra”. Depois, “começáram a aumentar as encomendas” e, agora, “todos os anos os jovens vêm aqui procurar flores, mesmo nos aniversários”. Caso para dizer que, se há algo capaz de atravessar credos e gerações é a beleza das flores. | Portugal Inovador “O segredo está na massa” Agostinho de Sousa e Rosa Alves foram os fundadores da Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa, Sucr., marca registada, aberta desde 1933. Atualmente quem gere este negócio familiar são a segunda e a terceira gerações, respetivamente, Henrique Ribeiro e Ermelinda da Conceição Alves de Sousa (filha do fundador) e Rosa da Conceição de Sousa Ribeiro (neta), que dão continuidade à tradição do Pão-de-ló de Margaride, em Felgueiras. A Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa, Sucr. conseguiu, desde muito cedo, conquistar os seus visitantes “pelo estômago”, sendo visitada por netos ou bisnetos de antigos clientes, assim como novos apreciadores das especialidades da freguesia de Margaride. Os doces de deixar “água na boca” são vendidos para todo o território nacional, assim como para o mercado externo. Os produtos mais procurados, para além da especialidade da casa (Pão-de-Ló de Margaride), são as Lérias e as Cavacas. No Natal além destes produtos, confecionam também o Bolo-Rei. O chocolate – preto, leite, caramelo, cappuccino, branco, morango, laranja e limão – é procurado quer no Natal, quer na Páscoa. Todos eles doces bastante apetecidos. Durante as romarias, além das especialidades da casa, são vendidas as Bailarinas, as Cavacas de Chocolate, os Cacetes, os Rosquilhos Pequenos, os Rosquilhos Grandes e o Pão Teixeira, exclusivamente ao fim de semana. Rosa da Conceição de Sousa Ribeiro, a terceira geração da Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa, Sucr., decidiu trazer algo novo aos já sobejamente conhecidos doces confecionados nesta empresa familiar e, para isso, realizou uma formação inicial onde aprendeu a arte e a técnica de confeção de bombons sem recheios, só com frutos secos e trufas de chocolate, tornando assim a sua vida e a dos que a rodeiam ainda mais doce. “Queria fazer algo mais, sentia que faltava concretizar algo que fosse só meu e consegui”, salienta a gerente. Os bombons “Rosa Sousa”, marca registada e feitos a partir de chocolate belga, “são produzidos de novembro até abril e, durante o resto do ano, só são comercializados mediante encomenda – para casamentos e batizados – de forma a não sofrerem qualquer alteração nas suas características devido ao calor que se faz sentir durante as estações da primavera e do verão”, refere Rosa da Conceição de Sousa Ribeiro. A novidade foi bem aceite por todos os clientes da Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa, Sucr., “embora não sendo um produto muito acessível teve logo imensa procura desde que foi colocado à venda na semana de Páscoa, em 2005”, alude a confeiteira. Rosa da Conceição de Sousa Ribeiro indica ainda que “cada vez mais a população procura este género de doces para se destacarem em festas como casamentos, comunhões e batizados de forma a terem algo belíssimo e ao mesmo tempo delicioso para oferecer”, finaliza. Os produtos confecionados na Casa de Pão-de-ló de Margaride de Agostinho de Sousa são de venda exclusiva nesta casa, sita apenas no Largo Alexandre Herculano, nº 17, em Margaride-Felgueiras. | Julho I 33 Portugal Inovador Contas & Artes Na Três Artes, pai e filha dão suporte contabilístico e fiscal às empresas, numa política “que segue rigoramente os princípios legais, defendendo sempre os seus clientes”. Juntando o útil ao agradável, de uma paixão pelo restauro sobra ainda tempo para as artes e antiguidades. vai do grande ao pequeno empresário, Vitorino Sousa reforça que, perante o rigor presente, “os empresários, mais ou menos jovens, têm de encarar a atividade com responsabilidade”. Com o suporte de projetos para o programa 2020, o contabilista salienta que “este novo código de investimento incentiva a fazer num ano, o que se faria em dois ou três”, trazendo vantagens para novas iniciativas, embora “ainda apareçam poucas”, reconhece. Restauro de Arte Com experiência adquirida no campo, Vitorino Moreira Sousa decide abandonar a multinacional onde trabalhava enquanto Técnico Oficial de Contas para se dedicar aos estudos e abrir o próprio escritório de contabilidade. Foi numa empresa produtora de vinhos, onde esteve durante 15 anos, que iniciou o seu percurso profissional, numa altura em que a licenciatura em Contabilidade tão pouco existia. De um trabalho pontual de Contabilidade que exercia na sua residência a par do emprego fixo, Vitorino Sousa recorda a época em que “trabalhava com ‘teares mecânicos’, as máquinas de contabilidade que eram quase como teares da indústria têxtil. A gravação era na tarja magnética da folha de papel”. Atualmente, os meios são outros, 34 I Julho inclusive de formação, já que esta é uma área que exige constante atenção dos profissionais para as mudanças legislativas. Foi por isso que em 2000, decide ingressar na Universidade Fernando Pessoa, onde concluiu a licenciatura em Contabilidade e um MBA em Gestão. Do mestrado que frequentou em Ciências Empresariais ficou pendente a tese quando, em 2003, abre a Três Artes, na vila do Coronado - Trofa. Este é um gabiente de Contabilidade que oferece, entre outros serviços, apoio a projetos de investimento, seguros e processamento de salários. A colaborar consigo o empresário conta com a filha, Ana Sousa, formada em Comércio Internacional, e mais duas colaboradoras. Com um leque de clientes que Tendo em conta o espaço do gabinete, a Três Artes reserva lugar à conservação e restauro de peças de Arte e antiguidades. Com a filha, Isabel Sousa, formada em Conservação e Restauro e a iniciativa de Ana Sousa, este é um lugar onde as irmãs exibem peças em louça e madeira, reabilitadas, bem como materiais, como tintas por vezes difíceis de encontrar, que comercializam no meio. É um hobbie que, tal como a Contabilidade, se faz com gosto e dedicação. Com mais de uma década, a empresa familiar preza pela proximidade ao cliente, e um suporte integral à atividade dos empresários: “Vamos lutando, fazemos praticamente de tudo”, afirma Vitorino Sousa que termina relembrando a velha máxima: “A manager that rests rusts!”. | Portugal Inovador “Muita alegria, esforço e vontade de trabalho” A operar há mais de 15 anos, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. é um exemplo de resiliência perante a crise que afetou o setor têxtil. O “bichinho” cresceu desde cedo em Pedro Carneiro. Muito por influência da família, “que nasceu no setor têxtil” – precisamente a área a que também o empresário acabou por se dedicar. “Comecei a trabalhar com 18 anos neste ramo”, recorda o gerente da Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda., empresa por si desenvolvida em 1999. Com uma equipa constituída atualmente por 13 pessoas, esta é uma PME que se dedica à criação de “todo o tipo de artigos e malhas, exceto t-shirts e sweats”. “Dedicamo-nos à produção de artigos elaborados”, refere o gerente. Já o mercado-alvo passa apenas pela exportação, que Pedro Carneiro descreve como “diferente e mais fiável”. Independentemente do produto que seja solicitado, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. oferece uma série de garantias indispensáveis. Em primeiro lugar, existe o “compromisso com a qualidade”. Depois, há a certeza de que “os prazos não falham”, pois a empresa lida apenas com clientes exigentes. Por fim, é estabelecida uma relação de proximidade entre quem encomenda e presta os serviços, já que se “discutem sempre todos os aspetos, como o preço e os prazos”. Hoje, a Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. é uma firma com um futuro risonho, mas nem sempre foi assim. Ao longo de um percurso de 16 anos, houve momentos bastante complicados, quer para a empresa, quer para a área dos têxteis. “Passei dificuldades, como é lógico”, recorda Pedro Carneiro. “Sentiram-se imensas no setor quando se abriram as portas ao mercado asiático”, devido, nomeadamente, à disparidade de preços. Dada a conjuntura, foram muitas as firmas que se viram forçadas a encerrar a atividade. Um pensamento contra o qual, todavia, Pedro Carneiro decidiu lutar. “Quando a situação se complicou, eu procurei clientes, não fiquei parado”. Paralelamente, “apostámos na qualidade e foi por isso que conseguimos avançar”, lembra. A conclusão des- Entre o arsenal de utensílios utilizados na Pedro Carneiro Sociedade Unipessoal, Lda. incluem-se as máquinas de costura Flat-Lock, que permitem o trabalho com tipos de tecidos bastante específicos. Mais uma prova de que esta é uma firma de olhos fixos na qualidade e no futuro. te desfecho? “Os clientes gostaram e é por isso que se tornaram fiéis e, quando isso acontece, não há volta a dar”. As expectativas quanto ao futuro são, como tal, animadoras. “O setor está a levantar-se devagarinho, degrau a degrau”. Por isso mesmo, Pedro Carneiro acredita que “quem conseguiu sustentar-se até agora, aguentará mais 10 ou 15 anos”. Tudo isto não só devido à política de qualidade que norteia a firma, mas também graças ao espírito de equipa – “quase uma família” – que se sente entre os trabalhadores. E que frase poderia demonstrar isto melhor do que o lema “muita alegria, esforço e vontade de trabalho”? | Julho I 35 Portugal Inovador Profissionais de confiança Daniel Costa esteve à conversa com a Portugal Inovador para nos falar sobre a experiência de mais de três décadas que a família tem na área das instalações elétricas e trabalhos de pichelaria. A Electrogémeos criada pelos irmãos Daniel e Jorge Costa conta uma experiência de 30 anos no setor das instalações elétricas de média e baixa tensão; projetos elétricos e licenciamentos industriais; ar comprimido; pichelaria e sistemas de aquecimento central. O pai, Daniel Ribeiro Costa, incentivou os filhos a aprenderem esta atividade e estes sentiram-se desde logo integrados no mercado (apesar da adaptação às constantes exigências). “Na época, tínhamos 15 anos, ao longo do tempo fomos evoluindo com os profissionais da casa. Eu mais direcionado para a execução no terreno e o meu irmão na parte comercial”, indica. A formação adquirida ao longo do tempo aliada a esse know-how revelou-se uma mais valia para o melhor posicionamento da empresa. “Temos três formações anuais, essa componente é pro- 36 I Julho movida e nós procuramos estar atualizados e atentos a inovação. Atualmente, estou formado como técnico responsável pela execução das instalações elétricas e estamos disponíveis para efetuar os mais diversos tipos de trabalho nas áreas da eletricidade e pichelaria. Elaboramos orçamentação e propomos diferentes soluções aos nossos clientes, indicando-lhes as vantagens de cada uma em termos de proteção e segurança. Estamos 70% direcionados para a indústria, e 15% para particulares”, evidencia. Embora o principal enfoque da empresa esteja nas montagens elétricas, não deixam também de comercializar alguns equipamentos (sistemas de aquecimento, painéis solares, alarmes, entre outros). O trabalho apesar de estar mais concentrado no concelho de Felgueiras e zonas limítrofes, estende-se ainda por todo o território nacional. Primando pelo rigor e serviço de qualidade os empresários seguem os seus compromissos com confiança no mercado, adaptando a sua atuação em cada local que operam. Como mais valias e principais pontos diferenciadores os nossos interlocutores apontam “a assistência técnica (considerando a qualidade que se pode executar nas instalações). Temos o nosso próprio método de trabalho e procuramos executá-lo para que o cliente fique satisfeito. Para que a capacidade de resposta seja eficiente e o espírito de equipa fortalecido Daniel Costa e o seu irmão Jorge Costa contam ainda com mais cinco técnicos. A aposta nos recursos humanos revela-se uma prioridade para os empresários e por isso salientam que “quando se investe num colaborador a formação é essencial. Temos dado a oportunidade a estagiários, através das escolas profissionais, para que se possam integrar na especialidade e adquirir a prática com base na sua formação enquanto formandos”. Expansão Presentemente Daniel e Jorge Costa Montagens Eléctricas repensa sobre os seus objetivos empresariais e pondera criar outro ponto de assistência. “O mercado é aliciante, no momento em que tivermos algumas garantias talvez façamos a abertura de uma filial”, sintetiza. | Portugal Inovador Nova geração na mecânica O negócio de família que começou focado nos escapes, está entregue a uma nova geração. Dois irmãos, Vítor Pereira e Jorge Pereira, prometem mais inovação e diversificação na oficina Escapes Felgueiras. Vítor Pereira e Jorge Pereira arregaçaram mangas e assumiram a oficina do pai há cerca de um ano. Com uma história de duas décadas no mercado, os dois irmãos renovam atendimento, apostam na imagem e diversificam a oferta da Escapes Felgueiras. O que começou por ser uma oficina de montagem de escapes, hoje é uma casa polivalente que abrange desde os serviços rápidos de manutenção automóvel ao trabalho mais vasto com baterias, ar condicionado ou pára-brisas, serviço este que os irmãos Pereira acabaram por inaugurar na região. Preservando o serviço da montagem de escapes, “quer o cliente precise de mudar só uma lâmpada, quer precise de um escape, vem cá”, refere Vítor Pereira. É com este atendimento completo e personalizado e uma relação de confiança, que a empresa fideliza os felgueirenses, alguns clientes desde a primeira hora. Localizada estrategicamente no centro da cidade, a oficina serve todo o concelho de Felgueiras, que representa 80% da carteira de clientes. Ainda com alguns serviços para Guimarães e Lixa, onde chegaram a manter filiais, aqui os orçamentos são ajustados aos interesses dos que os visitam, mantendo sempre o garante de qualidade. A aposta de Vítor e Jorge Pereira incide ainda na formação contínua e ao conhecimento de campo que foram adquirindo com o pai, acrescentam formações especializadas tanto ao nível concreto do setor como na área de gestão, higiene e segurança no trabalho e certificações técnicas. O controlo financeiro é apertado, e nos últimos oito anos o negócio expandiu, sendo hoje uma consistente estrutura de empresa familiar. “Começar uma oficina não é difícil, manter toda a logística é que é complicado” sustenta Vítor Pereira. Este é um mercado competitivo, e por isso a prioridade dos dois irmãos passa por estabilizar este espaço e, num horizonte mais longínquo, alargar o investimento. | Julho I 37 Portugal Inovador Transformar com criatividade Um projeto criado pelas mãos de Rui Lopes e Rui Reis manifesta-se com qualidade na personalização. Há quatro anos a explorar o mercado nacional, encontramos assim a 2R Publicidade, em Felgueiras. “Somos uma empresa jovem, criativa, dinâmica, responsável e dotada de recursos”, é assim que começam por se caracterizar. Foi em 2011 que enveredaram pelo ramo da publicidade, o know-how que já tinham adquirido até então permitia-lhes laborar com segurança: “Trabalhávamos os dois no setor e decidimos formar a nossa empresa”, avançam. Cativados pelo serviço de proximidade, o cliente poderá encontrar aqui decoração de viaturas, decoração de montras, decoração de stands, papel de parede, impressão digital, corte de vinil, montagem de reclames e transformação de acrílico. No seu trabalho diário reconhecem que a gestão do tempo, aliada à constante aposta de equipamentos são dois fatores preponderantes para a consolidação de uma estrutura viva e sólida: “O nosso segredo é a paixão que temos pelo trabalho 38 I Julho e pelos desafios e objetivos a alcançar, por isso acreditamos que somos uma empresa com espírito e que amamos o que fazemos, como tal os trabalhos realizados conseguem ir para além das expectativas do cliente. Apresentamos sempre soluções completas de publicidade e promovemos cada vez mais o negócio dos nossos clientes”, sublinham. Aqui, onde os gostos e a imaginação se ajustam às diferentes necessidades, percecionar a ideia que o cliente tem em mente é o verdadeiro desafio. “Muitas das vezes somos nós que dizemos aos clientes o que é melhor para aquele tipo de situação, transformamos as ideias, temos o esboço e transformamo-lo, mas também há quem chegue aqui sem ideia nenhuma”, constata. A carteira de clientes que ganharam ao longo dos anos faz com que os seus trabalhos sejam divulgados amplamente fora do concelho de Felgueiras. “O cliente estará sempre em primeiro lugar, nós não queremos ser só mais um porque para a próxima ele irá voltar, e é esse conhecimento que nos leva a trabalhar dessa forma. Não se trata de um trabalho fixo, mas sim personalizado”, garantem. Essa diversidade e desafio constantes fazem com que os dois empresários estabeleçam parcerias com outros profissionais. Atentos aos contextos em que poderão aplicar os diferentes materiais atestam que as empresas revelam cada vez uma maior preocupação pela divulgação da sua imagem e identidade. O balanço que agora fazem da atividade é positivo, e reconhecem que numa área onde a criatividade é constantemente posta à prova a conquista tem de ser gradual e consistente. No futuro esperam que o seu trabalho continue a progredir na mesma linha de atualização para poderem continuar a avançar nos projetos com o espírito dinâmico e jovem em que se afirmam. “O conhecimento é o valor de confiança que partilhamos com os nossos clientes”, findam. | Portugal Inovador Profissionalismo nos setores da torção e da bobinagem O sucesso alcançado é fruto da equipa fantástica que compõe a Kimguimas, impossível de replicar. Tudo começou com uma alcunha. Joaquim Guimarães, ou melhor, Kimguimas, proprietário da empresa homónima, foi apelidado por um grupo de amigos, algo que se perpetuou até aos dias de hoje. Um nome do agrado do próprio e que se tornou imagem de marca. Com vinte anos na indústria têxtil, a Kimguimas, empresa com sede na Vila das Aves, dedica-se, maioritariamente, à torção e bobinagem de fios têxteis. Especializados em torção e dupla torção, possuem outras valências na área, nomeadamente na parafinação, depuração, compra e venda de fios. A capacidade de adquirir o fio, obrigatoriamente fora do país, visto não existir produção suficiente em Portugal, e acompanhar todo o processo até à fase final, é uma mais-valia e garantia de qualidade do produto. Com seis funcionários a laborar a tempo inteiro, divididos por dois turnos, Joaquim Guimarães não tem qualquer problema em atribuir o mérito a quem o acompanha nesta aventura. “Os funcionários da Kimguimas não me veem como patrão, mas sim como mais um elemento da equipa. São eles o motor desta empresa, trabalham de forma incansável, dando o máximo”. Um exemplo flagrante desta dedicação ao trabalho é a capacidade de abdicarem de dias de lazer, em prol da empresa. “Em épocas de maior volume de encomendas, os funcionários oferecem-se para trabalhar sábados, de forma a garantir o cumprimento dos prazos dados aos clientes”. Essa atitude proativa e empenhada é devidamente recompensada. “Nunca nesta empresa foi necessário adaptar as remunerações dos funcionários às alterações do salário mínimo. Todos eles recebem valores superiores ao normal, algo que se coaduna com a produção demonstrada”, explica-nos o proprietário. Sendo um setor em permanente evolução, com inovações mecânicas e tecnológicas, torna-se fundamental uma formação constante dos colaboradores. Para além de reduzirem os custos, as novas máquinas facilitam o trabalho e aumentam a produção. E até nisso a equipa da Kimguimas se mostra incansável: “São elementos com muitos anos de experiência. Sempre que surge alguma dificuldade procuram auxiliar e ensinar os colegas, fomentando o espírito de equipa”, explica Joaquim Guimarães. Com esta base sólida e promissora, o empresário olha já para o futuro de forma a potenciar e aumentar a produção da empresa. “Vamos introduzir duas novas máquinas que consomem menos e têm taxas de produção bastante mais elevadas. Além disso, iremos reestruturar a fábrica de forma a aumentar o espaço disponível”, conclui. | Julho I 39 Portugal Inovador EPS, pelo presente e futuro da inovação Dedicada ao fabrico de poliestireno expansivo, mais vulgarmente denominado como “esferovite”, atua em todo o mercado nacional e brevemente abraçará um novo desafio. Foi esse trajeto que fomos conhecer junto de Manuel Machado e sua equipa. Tendo começado a dar os seus primeiros passos em 2011, a empresa vive sob uma visão empreendedora, sincronizando-se aos objetivos e constantes adaptações de mercado. “Atentos à legislação, observámos a obrigatoriedade da certificação energética e a qualidade e o conforto inerente a todo o edificado e aí vimos uma possibilidade: dar cobertura a uma área dos isolamentos térmicos na construção civil. Recentemente, verificámos o aparecimento de um novo produto, que é a “bola” para os puffs, nós não fazíamos, mas depois repensamos em todo o nosso processo e demos seguimento esse nicho de mercado ”, começa por expor. Neste momento a “bola” corresponde já a 15% do volume de faturação e é um mercado com propenso a continuar a crescer, nunca colocando de parte o seu primeiro e primordial objetivo: cobrir as necessidades do setor da construção. Para percebermos melhor o dia a dia da empresa o nosso in40 I Julho terlocutor revelou-nos por breves palavras o processo de fabrico: “Compramos a matéria-prima, isto é o poliestireno expansível, para que através de processos termodinâmicos possa ser expandido até 50 vezes mais. Posteriormente, é compactado para de seguida estabilizar durante uma semana em cubos gigantes. Só após esse repouso é que se procede à fase final, o corte em placas que será adaptado mediante a orientação do projeto, as condições climatéricas e a dimensão do edifício”. Quando questionado sobre o crescimento da empresa e a disponibilidade de expansão para um nível superior Manuel Machado responde positivamente: “2014 já foi um ano de afirmação e temos grandes expectativas para 2015”. Encontra-se agora a preparar a ampliação das suas instalações na perspetiva de oferecer cada vez mais e melhores soluções. “Atualmente temos 2400 m 2, vamos alargar mais mil”, indica. Esse espaço integrará novos escritórios para a administração, o departamento comercial, o departamento técnico, o departamento de qualidade, aumentando consequentemente a área de produção. Brevemente iniciar-se-á uma nova fase do projeto, “já posso dizer em primeira mão, para além do fabrico da base que já fazemos iremos também realizar o acabamento em parceria com uma empresa turca, será o nosso próximo compromisso”. Com toda esta estrutura a EPS delineia estratégias a pensar não só nos recursos financeiros e materiais, mas também nos recursos Portugal Inovador humanos. É sob uma formação de rigor e qualidade que opera todo o quadro profissional. Atualmente a equipa de 20 pessoas labora com o objetivo de alcançar as suas metas e prosperar. M2 Já na segunda parte da nossa conversa Manuel Machado descreveu-nos um segundo projeto. Este com mais anos no mercado implementou-se quando Manuel Machado terminou a sua licenciatura na Faculdade de Engenharia do Porto. “M2 é um gabinete de estudos de Engenharia Civil e é responsável por grande parte dos investimentos concretizados em Felgueiras”, traduz. Atualmente, encontra-se vocacionado para as diferentes especialidades de Arquitetura, Desenho Urbano, Engenharia Civil (estruturas, hidráulica, saneamento, vias de comunicação), Engenharia Industrial, Planeamento e Reabilitação, Restauro e Conservação do Património. Atuando no concelho de Felgueiras e zonas limítrofes a equipa encontra-se unida pelas diferentes áreas do conhecimento para produzir com versatilidade e especificidade na sua dimensão. “Na época, exercia a atividade de engenheiro na sua plenitude, atualmente é a minha mulher que gere grande parte da estrutura”, conta. Embora a sua vida tenha ganho um novo rumo não deixou de acompanhar as mudanças que ocorreram nas áreas da Arquitetura e Engenharia e é por isso que hoje conclui que “a Arquitetura está melhor implantada do que há 20 anos, o empenho foi de todos, todos nós ajudamos a que este caminho fosse trilhado, e a colaboração entre o Engenheiro Civil e a Arquitetura é frutífera”. | Julho I 41 Portugal Inovador Aposta na qualidade e na inovação A Rigor Pack, fundada há quatro anos, é uma reconhecida empresa de componentes para calçado, destinados ao mercado interno e à exportação, com sede em Margaride, Felgueiras. “Conseguimos dar um maior reforço a este setor, visto que este produto tende a escassear. Deste modo, conseguimos tornar-nos autossuficientes e ao mesmo tempo fornecer este produto a outras empresas”, expõe João Lopes. Tecnologias de produção João Lopes, empresário que deu origem a esta empresa de componentes para calçado, implementou uma nova visão, dando maior impulso a esta firma de cariz familiar. Já Manuel Lopes, o pai, detém mais de 20 anos de experiência no setor enquanto comercial e empresário em nome individual. Os seus principais mercados são a Alemanha, Itália, França e Inglaterra sendo que atingem também outros países por via das em42 I Julho presas portuguesas de calçado que exportam para os quatro cantos do Mundo. Mesmo perante este âmbito global, Manuel Lopes orgulha-se de afirmar que “o forte da Rigor Pack ainda é o mercado nacional”. Atento às necessidades do setor, durante o corrente ano, a aposta recai na criação de outra empresa, também de componentes de calçado, mais especificamente “as viras”, que vêm complementar o trabalho já desenvolvido pela Rigor Pack. “Deter a mais moderna tecnologia é essencial para dar resposta a todas as necessidades que nos chegam”, vinca Manuel Lopes. A Rigor Pack investe em maquinaria e métodos industriais avançados para poder tirar o melhor partido de qualquer material. “Para potencializar a tecnologia, contamos com profissionais experientes e devidamente formados”. A experiência, aliada à maquinaria permite-lhes desenvolver todo o tipo de solas e viras, em diferentes materiais, como o couro, o aglomerado, neolite, TR/PVC/PU e TTU, micro e ráfia, e ainda desenvolver diferentes e inovadores tipos de acabamentos. Com o objetivo de prestar um Portugal Inovador serviço cada vez mais completo aos seus clientes, a Rigor Pack aposta na pesquisa e desenvolvimento constante de novas soluções, que pretendem responder às necessidades do mercado. Esta atitude aliada à sua flexibilidade de produção permite-lhe responder a pequenas e grandes encomendas com rapidez e qualidade. Metas Com vista a atender às necessidades de um mercado abrangente, a Rigor Pack aposta na aquisição de moldes, conseguindo assim disponibilizar “uma panóplia imensa de produtos diferenciados” onde é possível discutir o preço pela inovação e qualidade do produto final. Cada sola é projetada com a melhor qualidade para o uso específico do calçado, sendo cumpridos os objetivos principais tais como: melhor desempenho, nível máximo de conforto e maior qualidade ao longo do tempo, com a consciência de um trabalho árduo e contínuo em prol do cliente. Num meio onde proliferam empresas dedicadas aos componentes para calçado, a Rigor Pack distingue-se pelo cumprimento dos prazos de entrega, qualidade, soluções à medida, rigor, criatividade, inovação e flexibilidade, com total respeito pelo meio ambiente. As metas a atingir passam por “servir com respeito e dedicação; ir ao encontro das suas necessidades; estar sempre à altura das exigências do mercado; cimentar um lugar de destaque nas suas escolhas; procurar novos desafios; e expandir o leque de contatos comerciais”, refere João Lopes. Promover constantemente uma relação próxima de confiança e de parceria com os seus clientes é um objetivo para esta empresa que acredita que “juntos podemos prestar um melhor e mais completo serviço”. | Julho I 43 Portugal Inovador Ser Fisioterapeuta na visão de António Gaspar António Gaspar, reconhecido como “o fisioterapeuta da seleção”, decidiu enveredar pela área empresarial “pela grande necessidade de profissionais, então existente no mercado”, desde os tempos em que era fisioterapeuta no Sport Lisboa e Benfica. A experiência profissional de António Gaspar desenrolou-se sempre no seio do desporto de alta competição, com pessoas que 44 I Julho exigem uma otimização de todos os recursos físicos, “procurando recuperar o mais rápido possível de lesões sofridas”, relata. Sempre atento às necessidades do mercado, foi ajustando as suas áreas de intervenção “ouvindo as sugestões dos clientes que de algum modo funcionam como um elo importante no crescimento e inovação do espaço”. “A saúde, atualmente, tem de ser vista como um trabalho de equipa e uma complementariedade entre as várias valências”, esta é a frase chave do seu discurso. Nesta conversa com a revista Portugal Inovador, António Gaspar reforça que os valores que o definem enquanto empresário “são acima de tudo, a constante tentativa de concretização dos seus objetivos e a forma como encara a saúde, a sua área de intervenção; imbuindo toda a equipa nesse conceito, por forma a prestar um serviço de qualidade, com exigência e rigor”. No papel de empresário, “a união e a dos colaboradores, a par de uma gestão rigorosa e planeada” são a base do seu sucesso.| Portugal Inovador Uma médica dentista amiga do seu paciente Formada em Odontologia pela Universidade de Marília e detentora do título de cirurgiã dentista, Odete Castro, natural de São Paulo (Brasil), atualmente reside em Fafe, onde fundou, há 18 anos, a Clínica Dentária Espaço Dental. adequado. “Faço tudo para poder ajudar o meu paciente”, é assim que Odete Castro assume o seu papel enquanto profissional de saúde. Uma das suas prioridades na rotina diária do consultório passa por tornar as pessoas felizes, para assim conseguir fazer do seu paciente um amigo. “O objetivo é fidelizar o cliente e atender às suas necessidades”, reforça. AS CRIANÇAS COMO PACIENTES Odete Castro decidiu, após o término do seu curso, estabelecer-se em Fafe dado ser filha de fafenses. Residente em Portugal desde 1994, foi em 1997 que abriu uma clínica onde disponibiliza todos os serviços, em todas as especialidades da Medicina Dentária em prol da comunidade. Apoiada pela sua equipa, a profissional tem “no sorriso de cada paciente” o seu foco, sendo esse um dos motivos que a levou a optar por esta área médica. Na Clínica Dentária Espaço Dental, o conceito de trabalho assenta numa base altamente profissional, mas com um forte cunho familiar – a dentista, a colaboradora e o paciente –, para que o sentimento de confiança invada o ambiente do consultório e os laços de empatia possam ser criados. LADO HUMANO “As dores de dentes são terríveis. A minha prioridade é atender imediatamente quem as sente”, foi esta uma das promessas que fez quando concluiu o curso. O lado humano na profissão de dentista passa por olhar para o paciente, estudar o seu nível social e ajudá-lo da melhor maneira possível, fazendo um orçamento Com um brilho no olhar, Odete Castro admite que gosta de atender os mais jovens. “É importante tratar bem uma criança, porque a primeira visita é extremamente marcante. Se ela gostar do dentista, dificilmente sentirá receio em frequentar as consultas”, opina, reforçando também o facto de comunicar e cativar com facilidade com os mais novos. Nestas idades, Odete Castro foca-se na prevenção e nos cuidados orais para que a criança não venha a ter futuros problemas e consequente dor de dentes. Com base nisto, dá relevância à ação promovida pelo governo português – o cheque dentista – salientando a sensibilização para os hábitos de higiene oral, para uma melhor saúde dentária dos mais novos. | Julho I 45 Portugal Inovador “A Caridade é a principal das virtudes” Esta é a máxima em destaque na entrada principal do centenário edifício, estilo barroco, que acolhe a Congregação de Nossa Senhora da Caridade, em Viana do Castelo. É em função dos outros e para os outros que esta Instituição se afirma, assumindo a missão de priorizar os valores humanos. É com simpatia e abertura que somos recebidos no Lar da Congregação de Nossa Senhora da Caridade pelo atual presidente, António José Morgado, e o tesoureiro da casa, Carlos Barbosa. Ambos, bem como toda a equipa que aqui colabora, se dedicam com entrega e orgulho à Instituição, para que todos se sintam em casa. Foi em 1779, pela mão do fundador José da Costa Pimenta 46 I Julho Jarro, que então “Congregação e Hospital de Velhos e Entravados da Nossa Sr.ª da Caridade”. Em 1885 D. Carlos doou à Instituição o antigo convento de Sant’Ana aquando da extinção das ordens religiosas que, depois de obras de adaptação, foi inaugurada em 1905, onde a partir dessa data funciona a Instituição. O edifício mantém a riqueza histórica, com uma torre setecentista e uma igreja que preserva os altares da época e onde hoje se realizam ainda missas diárias, abertas à população e transmitidas na televisão de rede interna do Lar. O património é cuidadosamente conservado, tendo a Instituição reservado um espaço para o que acaba por ser um museu próprio de arte sacra e de elementos que fazem parte da história da casa: desde os primeiros estatutos firmados pela Rainha D. Maria I aos objetos que os mais de três mil utentes, que ao longo dos anos, foram deixando na casa. Há vinte anos a trabalhar na instituição, António Morgado, hoje presidente e «arquivista» da Congregação nos tempos livres, revela que há atas onde “até a lenha usada na cozinha está contada”. Quando iniciou funções, encontrou “vinte e três cilindros elétricos, não havia água quente para toda a gente. Atualmente, temos uma caldeira a gás e produzimos energia fotovoltaica”. Portugal Inovador Vida Nova Com revisão de estatutos, a “Congregação de Velhos e Entravados” afirmou-se enquanto “Congregação de Nossa Senhora da Caridade”, Instituição Particular de Solidariedade Social, no intuito de trazer dignidade e qualidade de vida à terceira idade. A criação e melhoria das condições do Lar é um trabalho contínuo desenvolvido ao longo dos anos e que tem transformado o antigo convento numa segunda casa. Com capacidade para 150 utentes grande parte deles é autónoma: “São na maioria pessoas de cá, que têm amigos e vida fora do Lar. Comem e dormem aqui, mas saem à rua e passam o tempo pela cidade”, afirma Carlos Barbosa. Das sessões de desenho, ao grupo de concertinas e às cantorias de fado, a vida faz-se bastante ativa. Para além dos cerca de 70 colaboradores, a participação da comunidade é uma mais-valia para dinamizar o dia a dia, e há ainda voluntários para aulas de crochê, ensaios de teatro e aulas de música. Carlos Barbosa fortalece a essência do Lar ao afirmar que “aqui não damos anos à vida, gostamos de dar vida aos anos”. De portas abertas, a envolvência da família é sempre motivada, e “felizmente, há familiares que aparecem todos os dias”, releva António Morgado. Com uma equipa dinâmica e dedicada e um bom número de jovens profissionais a trabalhar em regime de estágio, a relação com o utente é próxima: “Alguns estão sempre à porta à nossa espera”, admite Carlos Barbosa. Cuidar miúdos e graúdos Em 2010, após a recuperação de um edifício cujo uma parte havia sido doada à Instituição, a Congregação decide colmatar certa carência local na oferta aos mais novos e abre a Creche “O Beija-Flor”. Esta é uma creche que presta cuidados a crianças até os 36 meses de idade com atividades didáticas, físicas e recreativas. A ponte com o lar é feita em eventos especiais, como as janeiras ou comemorações como a Festa da Padroeira que acontece todos os anos no dia 29 em junho. Para além disso e em complemento com o Lar, a Instituição dispõe de uma clínica de medicina física e reabilitação, com terapia da fala e fisioterapia, que já vai com duas décadas de serviço à comunidade. No total, a Congregação emprega mais de 90 profissionais, que são “o espelho desta Instituição”, refere Carlos Barbosa. A proposta desta equipa é um serviço humano de quem realmente se empenha e entrega ao desafio que é prestar auxílio à comunidade já que essa é a “principal das virtudes”. | Julho I 47 Portugal Inovador Conhecimento, experiência e simpatia A prestar um serviço de excelência há 19 anos na área da Medicina Oral, a Dra. Conceição Batista Ribeiro Medicina Dentária, Lda. é o espaço ideal para preservar o seu sorriso. “uma equipa multidisciplinar”, oferecendo deste modo “um serviço de extrema qualidade” numa altura em que “o mercado de trabalho é bastante competitivo e, por vezes, até desleal”, explica Conceição Batista Ribeiro. Caso para dizer que, à sua espera, terá uma equipa com vasta formação académica e experiência profissional. Instalações ampliadas “Quando terminei o ensino secundário, quis tirar um curso na área da saúde”, começa por explicar Conceição Baptista Ribeiro, licenciada em Medicina Dentária pelo Instituto de Ciências de Saúde-Norte. Logo em 1996, altura em que concluiu os estudos, a nossa entrevistada deu início à sua vida profissional “trabalhando à percentagem num consultório” em São Julião de Freixo, concelho de Ponde de Lima. É nesse concelho que Conceição Batista Ribeiro acabou, efetivamente, por estabelecer o seu próprio espaço, em 2002. Antes disso, porém, abriu um consultório em Caldas das Taipas, em 1997, onde ainda hoje exerce a sua atividade, intercalando-a com as práticas clínicas em São Julião de Freixo. Sempre a pensar no melhor serviço possível para o cliente, mas também “com a consciência da necessidade de uma formação diferenciada e complementar” à licenciatura, desde cedo que Conceição Batista Ribeiro foi aperfeiçoando a sua formação, nomeadamente 48 I Julho através de “pós-graduações nas variadas valências da Medicina Dentária”. Em parceria com o marido, Alfredo Ferreira Lopes, também ele formado em Medicina Dentária, optaram por especializações diferentes, o que lhes permitiu criar Depois de uma mudança de sede em 2010, o consultório de Caldas das Taipas conta com “instalações modernas e funcionais”, inseridas “num espaço agradável”. Assim sendo, neste momento integram o espaço da clínica “dois gabinetes dentários, uma sala de esterilização, uma sala de Raio X”, bem como a receção e uma sala de espera bastante confortáveis. A estas instalações, acrescem-se “dois gabinetes para prestação de serviços de Fisioterapia, Portugal Inovador Medicina Tradicional Chinesa e Psicologia”, outras áreas da saúde que permitem à equipa, liderada por Conceição Batista Ribeiro, prestar um leque mais vasto de tratamentos. “Com estas instalações podemos oferecer um melhor serviço aos nossos pacientes, aos quais prometemos manter sempre uma formação contínua de qualidade”, afirma. Bom atendimento Mas existem também outras garantias deixadas a quem visita os consultórios de Conceição Batista Ribeiro, nomeadamente a utilização “das melhores técnicas e materiais, de forma a conseguir proporcionar as melhores respostas às sucessivas situações clínicas que nos vão surgindo”, explica a médica dentista. No fundo, “quando se faz tudo por amor, compromisso e honestidade pela profissão, tudo se torna mais fácil e gratificante”, sintetiza. Relativamente a este último assunto, a nossa entrevistada é perentória: “O que mais me realiza nesta profissão é a satisfação dos meus pacientes”, nomeadamente “quando lhes conseguimos devolver a função, a saúde e o sorriso”. A prova de que esta gratificação é mútua está na fidelidade dos clientes que passam pelo consultório de Conceição Batista Ribeiro: “Faz-me imensamente feliz ver entrar pela porta da clínica aqueles pacientes que, ano após ano, nos são leais”. A eles, a profissional agradece a confiança. Eles, entretanto, agradecem-lhe o sorriso. | Julho I 49 Portugal Inovador “É pelos utentes que cá estamos” Em Ponte da Barca ou em Arcos de Valdevez, a Fisibarca é a sua clínica de referência na área da Medicina Física e Reabilitação. Começou a trabalhar como fisioterapeuta em clubes desportivos, mas cedo nasceu em Paulo Oliveira, sócio-gerente da Fisibarca, o desejo de “trabalhar por conta própria”, pois “tinha ideias diferentes” e desejava desenvolver um negócio de qualidade. O sonho realiza-se em julho de 2005, altura em que o fisioterapeuta abre, em conjunto com o sócio Marco Fonseca, uma clínica dedicada à Medicina Física. “A primeira ideia que surgiu foi criar um espaço num local sem oferta na área”, recorda Paulo Oliveira. Depois de alguma deliberação, os dois fisioterapeutas optaram pelo concelho de Ponte da Barca, permitindo, deste modo, que a população local tivesse finalmente acesso a este tipo de cuidados sem ter que se deslocar para outras regiões. 50 I Julho Um dos princípios na génese da Fisibarca está na qualidade e profissionalismo dos seus colaboradores. Tal como refere Paulo Oliveira, “na nossa clínica não temos auxiliares de saúde”. Posto isto, ao serviço dos utentes encontra-se uma equipa composta apenas por “profissionais licenciados”. Uma atitude que acarreta “custos” mas que, de acordo com o fisioterapeuta, se traduziu numa “mais-valia”, já que “as pessoas reconhecem” esta aposta. Os serviços de saúde que a Fisibarca oferece englobam-se em áreas como a Fisioterapia, a Fisiatria, a Ortopedia, a Terapia da Fala, a Enfermagem ou a Osteopatia. Mas, independentemente da necessidade que faça o cliente deslocar-se à clínica, existe uma segurança: “Prezamos por fazer com que seja sempre o mesmo profissional a fazer o acompanhamento”, garante Paulo Oliveira. Outra das mais-valias está na escolha dos equipamentos: “Apostamos nas marcas de topo e nas mais conceituadas e os resultados aparecem”. Foi precisamente esse sucesso junto da população local que levou os dois sócios-gerentes a querer expandir os seus serviços para outros municípios com as mesmas necessidades. “Havia pessoas de outros concelhos que iam a Ponte da Barca” para receber tratamento. Motivo suficiente para “fazermos mais uma aventura e abrirmos, em 2009, a filial em Arcos de Valdevez”, recorda o fisioterapeuta arcuense. Apesar das dificuldades que o setor da saúde atravessou nos últimos anos, Paulo Oliveira faz um balanço positivo do trajeto que a Fisibarca desenvolveu em ambos os concelhos. A prova está na afluência de utentes que traz, por sua vez, mais uma necessidade de adaptação futura. “Temos para breve um projeto de mudança de instalações na sede, em Ponte da Barca, devido ao crescente número de utentes”, explica o fisioterapeuta. Um empreendimento que coincidirá com o 10º aniversário da clínica e que será feito com gosto, pois, tal como refere, “é pelos utentes que cá estamos”. | Portugal Inovador Julho I 51 Portugal Inovador Uma aposta de sucesso A Kebab do Oriente, criada e gerida por José Ferreira e Susana Luís, apresenta aos portugueses uma especialidade da gastronomia turca. Dinamismo, rigor e diversidade são as características que predominam no espírito de iniciativa destes empresários. Inseridos na zona industrial de Tomar, contam-nos agora como impulsionaram o desenvolvimento da atividade. “Somos recentes no mercado, temos dois anos e meio, mas já laborávamos neste setor antes de erguermos o projeto. Temos as nossas viaturas, gerimos as nossas próprias entregas e assim fornecemos de Norte a Sul do país. Como trabalhamos com três prestigiantes fabricantes alemães e com alguns revendedores de renome, em Espanha, o produto chega a Portugal com a devida segurança e qualidade”, garantem. É sob essa representação que o Kebab do Oriente cresce a cada dia nas suas competências, nunca esquecendo as boas referências do ramo. Comercializando mais de 24 toneladas por mês, respeitam com o sistema rigoroso de HACCP as suas origens e o saber de fabricação turco. José Ferreira e Susana Luís não deixam ainda assim de verificar que 60% dos seus clientes são estrangeiros, mais especificamente “paquistaneses, indianos, turcos e uma camada 52 I Julho de emigrantes que vieram da Suíça e da França”. Kebab em Portugal O petisco de origem turca é Halal, como tal não inclui carne de porco. Divulgado em diferentes composições pode ser apresentado sob a forma de rolos de diferentes tamanhos e preparado com base de diversas carnes: como vitela, perú, frango e borrego. Respondendo aos gostos de diferentes culturas e camadas sociais, é um produto rico, repleto de versatilidade e originalidade. Complementando estes ingredientes, a Kebab do Oriente dedica-se de igual forma à venda de suplementos. À volta do produto podemos encontrar o pão turco, o pão pita, o durüm, lahmacun (pizza turca), falafel, hambúrguer 100% vaca (Halal), cebola frita, batata frita, batata palha, milho, cogumelos, salsichas e nuggetes de frango; nas embalagens, saquetas Doner Keba e box para sacos de molho; em matéria de molhos, pita/ samurai, mostarda, maionese e ketchup. “O nosso objetivo foi sempre focar-nos no kebab, mas nunca esquecemos tudo o resto. Com os suplementos, conseguimos chegar a outras franjas de negócio. O nosso principal cliente trabalha em roulottes. Tentamos preencher tudo aquilo que esse negócio necessita para que estes possam dispor de um conjunto de ofertas no local”, sublinha. Nos últimos cinco anos o Portugal Inovador kebab tem apresentado um crescimento e maior aceitação. Presente nas grandes feiras, tem substituído muitos produtos nas roulottes noturnas e a abertura de casas especializadas no kebab é já uma realidade do mundo globalizado. Quando questionados sobre a recetividade em Portugal, os empresários respondem: “Tem sido cada vez maior. Lembro-me que quando estive em França, vinha às vezes a Portugal e não se viam por cá nem pizzarias nem restaurantes chineses, atualmente já estão vulgarizados. Quando deixei esse país já havia lá uma grande procura pelo kebab, ao contrário do que se verificava por cá. Hoje por sua vez há cada vez mais! É uma questão de modas”, expõe. Uma refeição que se caracteriza pela sua rapidez e diversidade faz com que todo o público (desde os mais jovens até aos mais adultos) se sinta atraído pelo preço e qualidade da confeção. Ainda assim a adaptação do kebab e a procura por novos produtos é uma preocupação constante destes jovens empresários. “Começámos recentemente a vender produtos que nada têm a ver com o kebab, mas sim com tapas, como as asas de frango. Muito brevemente, introduziremos também as pizzas individuais que são sempre um bom acompanhamento, e assim alargaremos a nossa oferta, com variedade e preço”, informam. Toda a estrutura foi erguida para dar uma resposta de confiança e, em colaboração com outra empresa, dispõe-se a chegar ainda mais longe. “Estabelecemos uma parceria para podermos efetuar vendas de todos os produtos e equipamentos necessários para o bom funcionamento das lojas que se dedicam, ou venham a d e d i c a r, a o k e b a b . D e s s e modo, ajudamos na montagem e prestamos todo o tipo de apoio (formação e assistência às máquinas) para que o cliente se sinta orientado durante todo o processo”, esclarecem. Localizados no Centro do país, José Ferreira e Susana Luís ponderam estrategicamente as suas decisões. Movidos pelo sucesso e pela dinamização de um produto cada vez mais procurado, gerem assim uma equipa de seis pessoas. Consistentes na colaboração e na entreajuda, lutam incessantemente pelos objetivos da empresa. “Eu responsabilizo-me pela parte contabilística, a Susana Luís concentra-se mais nas encomendas, e depois temos os motoristas que circulam em todo o país. É mais concretamente na zona da Grande Lisboa que temos verificado um grande boom de negócios”, refere. Vitalidade para o futuro É já no final deste ano (dezembro) que a Kebab do Oriente completa três anos de existência, e já se revelam perspetivas de um crescimento saudável e próspero. “Neste momento, não pensamos abrir outra filial, preferimos em primeiro lugar consolidar o que temos. Uma base segura permite-nos crescer”, sustentam. | Julho I 53 Portugal Inovador Elos de confiança Foi na Zona Industrial de Tomar que encontrámos Filipe Alves e seus pais. À conversa com eles, percebemos melhor a realidade empresarial da região bem como a posição do empresário na atual conjuntura. Foi em 1986 que os pais de Filipe Alves deram início à atividade da atual TOMARALVES. Durante esse percurso profissional ocorreram diversas alterações que lhes foram permitindo crescer e adaptar-se às exigências do mercado. “Começámos por ser uma empresa num 54 I Julho espaço de 25m2, entretanto fomos crescendo de forma sustentável. Na época, tínhamos duas áreas, uma de venda de eletrodomésticos, outra de material elétrico, mas foi sempre o nosso objetivo focalizarmo-nos para o setor industrial. Os meus pais, desde muito cedo sem- pre foram pessoas de trabalho, não tinham formação superior, foram aprendendo com o que a vida lhes ia ensinando”, inicia. Sempre com a ambição de progredir, foram ajustando os espaços comerciais consoante a necessidade. Hoje num espaço de 2000m2 com todas as condições, olham para o futuro respeitando a sua missão e os seus pilares basilares. No decorrer desse tempo “mudámos de instalações algumas vezes até construirmos este espaço onde nos encontramos, queremos dar um salto em frente. Sempre foi nosso objetivo trabalhar com as grandes marcas, sermos um elo de ligação com as soluções, gerar contacto direto. Aos poucos fomos colhendo os frutos do nosso trabalho”, salientam. Portugal Inovador Atualidade Presentemente os empresários têm a oportunidade de verificar que grande parte das suas ideias se concretizou com segurança e estabilidade. Distribuidora das mais conceituadas marcas no setor, a TOMARALVES labora com o know-how que tanto lhes é exigido, na busca permanente por satisfazer os seus clientes. Estabelece-se desse modo um elo de ligação entre o problema e a solução, baseada na forte política de qualidade e confiança que os caracteriza. “Possuímos um departamento técnico qualificado que nos permite dar respostas concisas a diferentes áreas de mercado, comercializamos os produtos e soluções, damos aconselhamento e apoio técnico sempre que necessário, tentamos ir sempre ao encontro das necessidades de cada um. Estamos mais direcionados para a indústria, mais concretamente em três grandes vertentes: eletricidade, automação e pneumática. São áreas que exigem uma panóplia de conhecimento enorme, dada a sua abrangência e complexidade. Isso envolve imenso saber, envolve uma relação estreita com as marcas, envolve formação”, sintetizam. No seu pensamento e ação laboral prevalecem valores como o dinamismo, a eficiência, a qualidade dos produtos comercializados, a credibilidade nas soluções apresentadas, a boa relação estabelecida com os seus clientes, a valorização pelo apoio técnico e logístico, bem como dos estudos de projeto e conceção. Hoje em dia têm também mais dois pontos de venda, um em Abrantes e o outro em Tomar. Tomar Nesta localidade como no resto país vivem-se tempos de mudança. Filipe Alves sente que a adaptação e a atualização nas mais diversas áreas tem de ser constante e como tal a motivação e a disponibilidade laboral cada vez maior. Ainda assim não deixa de apontar que “as novas tecnologias permitem-nos atuar de uma outra forma, com outras ferramentas e outra rapidez. A tecnologia ajuda, mas é só isso que ela faz, não substitui ninguém”. Futuro Quando questionados sobre os projetos e novidades da TOMARALVES num futuro próximo, os três empresários responderam num espírito de colaboração e expansão: “Queremos continuar a crescer de forma sustentável, aprofundar os nossos conhecimentos e ser cada vez mais eficientes”, concluem. | Julho I 55 Portugal Inovador Rumo ao crescimento Foi com apenas 12 anos de idade que Luís Ferreira iniciou o seu trajeto profissional. É sob um olhar retrospetivo e atual que observa o setor da construção civil. A razão pela qual iniciou este percurso em tão tenra idade é traduzida pelas suas palavras: “Com 12 anos (tinha apenas a sexta classe), o meu pai, perante algumas dificuldades financeiras, conseguiu um emprego para mim na construção civil. Ao longo do tempo, estive sempre ligado ao ramo”. A consolidação nesta área fez com que, gradualmente, tenha vindo a propor-se a novos desafios e aprendizagens. “Aos 18 anos emigrei para a Alemanha e aí comecei a aprimorar o nível técnico. Mais tarde, a convite de duas empresas já com alguma dimensão, fui trabalhar para Alemanha e Angola como chefe de equipa. Nesse campo, comecei a ter noção do que significava chefiar outras pessoas, preparar e organizar obras, fazer medições”, revela. Após essa experiência, come- 56 I Julho çou a ponderar criar o seu próprio negócio em parceria com o seu irmão. No regresso a Portugal ambos se encontravam predispostos a encarar esse novo desafio. Começaram por comprar uma carrinha e contratar um funcionário: “Naquela época, iniciámo-nos no Hospital de Tomar e tudo começou por correr bem, tínhamos 20 anos e queríamos evoluir”, conta. Mais tarde, por força das circunstâncias, a sociedade terminou e seguiram diferentes projetos. Foi sob esse novo rumo que nasceu a Valcop. Construção e Reabilitação Nesta equipa composta por 20 colaboradores as áreas de formação e conhecimento são distintas. “Neste momento, contamos com pedreiros, ladrilhadores, estucadores e engenheiros civis que prestam apoio em diversas vertentes (planos de segurança para os andaimes, medição e orçamentação de obras)”. Apesar de a palavra crise ser tão pronunciada entre os diferentes intervenientes do setor da construção civil, o nosso entrevistado revela que durante os últimos seis anos têm crescido na casa dos 10%. “Verificámos que na construção de raiz os obstáculos são maiores, por isso começámos por nos dedicar mais à reabilitação, que acaba por ser mais interessante”, evidencia. Embora efetuem obras em todo o país, neste momento encontram-se focados na reabilitação de edifícios nas zonas de Tomar, Ourém, Coimbra e Lisboa. Ainda assim o nosso interlocutor não deixa de referir que “é cada vez mais difícil encontrar jovens que ambicionem enveredar por este ramo. O trabalho da construção nunca é visto como bem remunerado dado ser muito duro”. Expansão Presentemente, Luís Ferreira concentra-se em criar condições para expandir para o continente africano. “Embora tenha este escritório e outro na Sabacheira”, finda. | Complementando a atividade, a Valcop foca-se na compra e venda de todo o tipo de equipamento de construção: andaimes, betoneiras, cofragens, gruas, vigas de geradores, prumos, entre outros. Portugal Inovador Mestre defensor da nossa história Encontrámos Luís Domingos em pleno estaleiro de obra na cidade de Torres Novas. Ali ouvimos este profissional falar das suas viagens e da experiência que lhe permite hoje, realizar a construção e reabilitação de casas em pedra, adobe e taipa apiloada. Foi com apenas 16 anos que Luís Domingos rumou a Lisboa para auxiliar o pai, encarregado geral. Na capital, começou a estudar à noite na Escola Machado Castro tendo completado o 4º ano do curso de Mestre de Obras. Já como encarregado, passou por várias empresas de construção civil e esteve 11 anos no estrangeiro: “Em Moçambique, trabalhei em várias obras de reabilitação, com profissionais na área de Arquitectura, e obtive novos contactos de construção, nomeadamente no Norte de Moçambique, em Manica, adquirindo o conhecimento e as realidades, sustentabilidade e durabilidade das construções em terra, tomando o gosto por esta área. Participei posteriormente em outras obras de construção em países, como São Tomé e Príncipe e Angola. Em 2008, já em Portugal, decide dar origem à empresa Aldeias de Pedra – Construções Unipessoal, Lda., empresa que oferece todos os seus conhecimentos em reabilitação, com base em produtos naturais que respeitam o património coletivo. “Reabilitar edifícios antigos, significa preservar uma grande parte dos elementos construídos e consumir menores quantidades de energia, com a aplica- ção de materiais tradicionais naturais (madeira, pedra, terra, areia, cal, etc.) por oposição ao uso de materiais industriais, artificiais como o cimento, o aço, o alumínio, etc. Proceder a uma reabilitação adequada, requer um conhecimento dos materiais a aplicar, e nem todos os materiais são compatíveis, como o cimento, o qual tem qualidades indiscutíveis, mas que em argamassas destinadas à recuperação de alvenarias antigas não é aconselhável, dadas as suas características que o tornam incompatível com os materiais antigos, como a insuficiente permeabilidade ao vapor da água, o elevado módulo de elasticidade, a presença de hidróxidos alcalinos que podem reagir com as soluções salinas que penetram por capilaridade, originado sais solúveis muito prejudiciais às alvenarias e outros elementos estruturais”. Como sabemos que são compatíveis?”, questiona o profissional, que fala com alma e profundo gosto da sua arte. A equipa de profissionais realiza obras de reabilitação ou de raiz, chave na mão”. Totalmente formada por si “é multifuncional”, fazendo trabalhos de carpintaria, serralharia e forja. “Temos um nível de carpintaria completamente diferente, feita no local, totalmente ajustada às necessidades do cliente. As tintas são feitas por nós à base de óleos e pigmentos naturais, assim como as argamassas de cal aérea ou terra estabilizada, e o tratamento das madeiras”, revela. Por outro lado as obras antigas têm uma durabilidade comprovada por séculos de existência, enquanto certas soluções modernas possuem muitas vezes um comportamento ainda imprevisto, em tempos de vida que se deseja para os edifícios antigos. Aplicar materiais com tempos de vida de 10 ou 20 anos, num imóvel com três ou mais séculos é transportar problemas para o futuro a curto prazo. Luís Domingos sente-se desconfortável com o rumo que a construção civil teve em Portugal e agora tem a reabilitação urbana. “Nesse sentido, a construção alternativa em argamassas produzidas pela empresa Aldeias de Pedra, as quais são elaboradas com o mesmo método dos antepassados, e apresentam características de resistência, durabilidade, plasticidade e ausência de fissuras, deixando respirar a construção, porque impede a condensação da humidade no interior das casas, tornando-o saudável. A Escola Machado Castro deu-me as ferramentas para evoluir, lamento que tenha fechado portas.”, explica-nos. Toda esta obra feita dentro e fora de portas, leva a que institutos de ensino superior convidem este profissional a expor as suas técnicas, nomeadamente no que confere à construção em taipa apiloada, adobe e terra palha, uma das suas especialidades. A empresa Aldeias de Pedra, respeita o património e constrói com sustentabilidade. A experiência do mestre Luís Domingos tem permitido salvar muitas construções com séculos de existência, preservando assim os símbolos da nossa história e cultura. | Julho I 57 Portugal Inovador A cuidar do património de todos Os impulsionadores do projeto Officios conheceram-se enquanto estudantes do Instituto Politécnico de Tomar. A empresa que criaram prevalece face ao panorama nacional, apoiada pela formação e experiência adquirida enquanto trabalhadores independentes. O s u r g i m e n t o d a O ff i c i o s prendeu-se com a criação de um atelier de Conservação e Restauro onde, “pudessemos exercer a nossa atividade, inicialmente através de pequenos trabalhos para a família e posteriormente para o mercado”, revelam os seus fundadores. A ideia original era muito simples: exercer uma atividade de conservação e restauro livre de ideias empresariais ou objetivadas pelo lucro. “Tudo tem surgido devido a um trabalho consistente e dinamizador na proteção e salvaguarda do património”, referem. Este projeto ainda é recente, mas o reconhecimento já obtido é uma prova dada de que “a Of- 58 I Julho ficios veio para ficar”. Os valores que regem a conduta destes empresários passam por colocar sempre em primeiro plano o objeto de intervenção; sendo que a sua estratégia assenta numa oferta de ações de qualidade, seguindo o Código Deontológico de Reversibilidade, Compatibilidade e respeito pela Autenticidade da obra. Num labor tão minucioso, a mais-valia da Officios são os seus técnicos qualificados, sendo que a empresa destaca-se pela procura de novas técnicas e equipamentos, produtos e materiais de forma a manter-se na vanguarda da Conservação e Restauro. Podemos encontrar a assinatura da Officios em trabalhos de Reabilitação de Património Edificado, Conservação e Restauro e também Reabilitação Estrutural de Edifícios. Cantarias, rebocos tradicionais, azulejaria, estuques e escultura são os trabalhos onde se destacam, contando ainda com parcerias para as áreas de pintura mural e talha dourada. Rodrigo Figueira, um dos sócios, salienta: “O nosso fator de diferenciação é procurarmos sempre a melhor forma para executar determinada tarefa, o que nos torna numa empresa muito versátil e com ideias inovadoras”. Os sócios realçam as intervenções nos Túmulos de Santa Maria do Castelo, em Abrantes, Casas Pintadas em Évora, em parceria com a Mural da História, mais recentemente, os trabalhos desenvolvidos em parceria com a STB na Igreja das Chagas em Lamego e no restauro e recuperação de fachadas do Palácio Nacional de Queluz, pelo desafio que obtiveram ao realizar estes projetos. “Seriedade e dedicação” são os valores que a Officios pretende deixar como imagem de marca num mercado que necessita de ser olhado com maior atenção e conhecimento. | Portugal Inovador Encante-se pela história templária enquanto desfruta de um bom vinho A Herdade dos Templários, nome por qual é mais conhecida a Quinta do Cavalinho – Vinhos, Lda. dedica-se à produção e comercialização de vinhos de qualidade desde 1989 em Valdonas, Tomar. Esta herdade possui uma área de 30 hectares, sendo que 18 estão dedicados à vinha, à adega de vinificação, salão de eventos e duas casas de turismo local, “ainda em fase embrionária”. Paula Costa, a gerente que abraçou este projeto, conta que “as vinhas estão plantadas em solo profundo de origem xistosa e argilo-calcária, seco à superfície e rico em água na transição para o subsolo”. Dotadas de rega gota a gota, para controlar o “nível de stress hídrico”, as vinhas apresentam “sistemas de condução que garantem a exposição solar e arejamento necessários para maturações mais equilibradas e uvas de alta qualidade assentes numa seleção das melhores castas regionais, nacionais e internacionais”. A título de exemplo, Paula Costa salienta que as castas tintas produzidas na herdade são: Touriga Nacional, Aragonez, Castelão, Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot; dentro das castas brancas, é possível encontrar o Arinto, Fernão Pires, Moscatel Galego Branco, Moscatel Roxo, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Riesling e Gewürztraminer. Os vinhos produzidos nesta herdade espelham as tradições centenárias da cidade Templária na “arte de bem produzir o vinho, quer através de uma identidade de marca fortemente associada aos Templários, quer através do florescimento das vinhas no seu ambiente natural, dando sentido prático à teoria que o vinho faz-se na vinha”, salienta Paula Costa. Todos os vinhos apresentam, pelo menos, “50% de castas nacionais expressando, em cada garrafa, o “terroir” (terreno) e a identidade do vinho português”. Atualmente, na Quinta do Cavalinho são produzidos e comercializados os vinhos das marcas “Vale das Donas; Herdade dos Templários; Templários monocasta e Convento de Tomar Reserva; Herdade dos Templários Grande Escolha/Garrafeira e Sellium (vinho licoroso)”. Estes chegam ao consumidor do mercado interno através de parceiros comerciais regionais, “que atuam em garrafeiras/ lojas gourmet de venda ao público”, mas a herdade também comercializa os seus produtos a nível internacional, “já estamos no caminho da internacionalização estando já presentes nos mercados dos EUA, Canadá, Brasil e alguns países da Europa. As medalhas e distinções obtidas nos mais conceituados concursos e revistas nacionais e internacionais corroboram perante o mercado a qualidade e consistência dos néctares produzidos na Quinta do Cavalinho. “Proporcionar refeições mais agradáveis aos consumidores, um pouco por todo o Mundo, divulgando através dos seus vinhos, as origens tomarenses” é por onde passa o futuro desta herdade segundo nos conta Paula Costa. O consumidor pode adquirir os vinhos da Herdade através do site www.herdadedostemplarios.pt. | Julho I 59 Portugal Inovador Recuperar o património coletivo José Araújo dedicou-se, há mais de 50 anos, à reabilitação e restauro de Arte Sacra e em talha, devolvendo-lhe o resplendor e a perfeição de tempos idos. Atualmente, são os filhos, António e Rui Araújo, que dão continuidade ao minucioso trabalho da Capitellum. Com a constante ambição de ampliar os objetivos a que esta empresa familiar se propôs, os percursores do projeto não se preocupam apenas em “reanimar” uma arte milenar, como também insistem na melhor forma de integrá-la nos tempos atuais. Ao todo aqui laboram 28 colaboradores - entre entalhadores, desenhadores, marceneiros, carpinteiros, pintores, pintores douradores e escultores -, técnicos habilitados para manusear peças de arte singulares ou executar novas, à medida dos anseios dos que os contactam. A Capitellum tem vindo a desenvolver a sua atividade ao longo de duas gerações com centenas de obras realizadas nas áreas de execução de peças de Arte e Arte Sacra tais como: altares; mesas de celebrações; ambões; tocheiros, imagens em madeira; cadeirais; púlpitos; sanefas; cornijas; forros lisos, em caixonetes e pintados; pinturas a óleo sobre tela ou madeira; genuflexórios; soalhos; estruturas de suporte aos 60 I Julho tetos; isolamentos; douramentos; pinturas; entre outros. Dedicando-se também ao restauro e à conservação de talha dourada; pintura mural; pintura de cavalete (tela e madeira); madeiras e imagens. Desde a sua fundação, a oficina tem “uma metodologia de trabalho fundamentada nos princípios básicos de conservação e restauro do Património Histórico e Artístico seguindo sempre os critérios definidos nos tratados internacionais sobre conservação e restauração”. Estes passam pela “mínima intervenção, sendo esta sempre justificada; utilização de métodos e materiais tradicionais, sendo que todos os produtos que utilizados são sempre devidamente testados no campo da restauração; a reintegração ajusta-se ao que estiver em falta utilizando sempre materiais reversíveis e documentando todo o processo; toda a restauração será sempre precedida pela realização de estudos prévios necessários, incluindo os mesmos que a análise laboratorial determine originalmente, utilizando suportes, preparação de pigmentos, entre outros”. Estes princípios aliam-se a valores e a características, tais como a qualidade, a capacidade, a minúcia Portugal Inovador e o detalhe, colocados em tudo o que fazem e que pode ser visto nas inúmeras obras já realizadas. De entre todos os projetos de restauro já destacam-se “obras em Alpendorada e Matos, em Fonte Boa, em Abelheira e Soutelo Douro, sendo que algumas são fundamentadas com recurso a fotografias antigas de casamentos, batizados e comunhões”, até porque casos há em que os edíficios estão deveras debilitados ou como já aconteceu “uma das igrejas foi completamente destruída num incêndio”, indica António Araújo. Quando questionado sobre as mais valias do trabalho neste setor, António Araújo refere “ser uma área muito gratificante, que permite o convívio com vários quadrantes da sociedade, a descoberta de novos sítios, o património, a população e as tradições de cada local visitado”, esclarece. Dando continuidade ao trabalho iniciado pelo progenitor, os nossos intervenientes têm o árduo objetivo de “terminar com a deterioração de obras de arte e devolver, dentro das suas possibilidades, o seu estado original, respeitando a marca do tempo sem falsidades históricas”. De futuro, a aposta em novos equipamentos está no horizonte dos empresários que apelam à sensibilização das camadas mais jovens da população para se “dedicarem a esta arte, dado que tende a desaparecer, verificando-se a redução do número de profissionais de restauro e conservação, presentes no mercado”, conclui António Araújo. | Julho I 61 Portugal Inovador Da advocacia ao notariado Natural de Oliveira de Azeméis, Susana Sousa formou-se em Advocacia há 15 anos. Apesar de ter iniciado funções num escritório de advogados em Ovar, confessa que o trabalho que desenvolvia em registos e notariado sempre a apaixonou. Por isso mesmo acabou por encarar o desafio já no último concurso, em época especial de exames, para Notariado. Na altura, Susana Sousa revela que “foi uma aventura. Mas sabia que ia conseguir”. Começou por estagiar no Cartório de Santa Maria da Feira e é com sucesso que gere hoje o Cartório Notarial de Vieira do Minho. Residente em Paços de Ferreira, conta que na altura “mediante as licenças, Vieira do Minho era a zona mais próxima” e pela qual se acabou por se apaixonar. “As pessoas acarinharam-me desde o início”. Pela lei de extensão de competência territorial, os atos jurídicos do notário devem circunscrever-se ao município do cartório em questão. Mas, excecionalmente, e mediante despacho oficial, o notário pode exercer os atos em mais de uma circunscrição territorial contígua. Susana acabou por, dentro dos parâmetros oficiais, estender a sua área de ação ao concelho de Montalegre, onde não existe 62 I Julho ainda cartório notarial privado e onde a nossa interlocutora presta pontualmente serviços. Atirando a possibilidade de um segundo escritório em Montalegre, Susana Sousa afirma que “de um modo geral, podemos ter colaboradores, mas somos nós, notários, que temos de praticar os atos. Não podemos delegar os atos, e além disso as pessoas querem ver o notário, falar com ele”. Com duas funcionárias licenciadas em Direito, Isabel e Virgínia, a colaborar consigo, Susana concorda que o desafio de trabalhar neste escritório é diferente quando o comparamos com um cartório no centro de uma grande cidade: “Aparecem situações muito complexas nomeadamente registos que envolvem escrituras antigas”. Entre serviços de escrituras, registos ou certificações, muitas das competências desempenhadas pelo notário podem igualmente ser atribuídas a outras entidades. Certificação de documentos e traduções, reconhecimento de assinaturas e autenticações são alguns dos exemplos. Algumas funções atribuídas a estes profissionais têm tido alterações, como é o caso dos inventários, ou seja partilhas litigiosas, que antes tratados em Tribunal, são hoje Portugal Inovador Serviços Registos - Automóvel - Predial - Comercial Escrituras - habilitação de herdeiros - usucapião - partilhas Traduções Certificados responsabilidade dos cartórios notariais. Ainda assim, a imagem do notário enquanto delegado da fé pública mantém-se, a par da sua importância na sociedade civil. “O notário continua a ser um parceiro de confiança. As pessoas procuram-nos porque estamos acessíveis”. Em Vieira do Minho, Susana garante: “Tentamos resolver o melhor possível, o mais rápido possível.” No cartório prima-se pela simpatia e pela relação próxima com o cliente. “Espero que se mantenha como agora”, acrescenta a entrevistada. | Procurações Autenticações Reconhecimento Assinaturas Sociedades – dissoluções e constituição Hipotecas Julho I 63 Portugal Inovador Tratar com dedicação e criatividade Há quase dez anos que Marlene Miranda gere um salão de cabeleireiro onde a aposta incide na formação constante e na qualidade tanto do produto como do serviço. Foi ainda adolescente que Marlene Miranda descobriu o seu talento e decidiu apostar nele. Aos 13 anos, altura em que frequentava o ensino básico, a jovem barcelense saiu da escola regular para apostar na formação para cabeleireira em Braga. Natural de Barcelos, acabada a formação iniciou funções num salão da cidade. Aí trabalhou durante cerca de oito anos. Mas a necessidade de continuar a apostar na formação, fê-la optar por um segundo curso na área, desta feita no Porto. “Ainda hoje sinto a necessidade de crescer, e continuo sempre a investir no meu conhecimento profissional”, revela. Do Porto voltou a trabalhar em Barcelos, por conta de outrem, e uns anos mais tarde, em 2006, cumpre o sonho de abrir negócio próprio. 64 I Julho É na avenida Alcaides de Faria, no Edifício Barcelense, que Marlene Miranda desenvolve um trabalho próprio e criativo: “Oferecemos todos os serviços, dos cortes aos tratamentos capilares, mas o que nos diferencia é a maneira de os fazer e os produtos com que trabalhamos”. Mantendo a iniciativa de procurar sempre o que é melhor no mercado para oferecer aos clientes, no salão de Marlene Miranda trabalha-se com uma marca americana de produtos 94% ecológicos, que a profissional representa também enquanto formadora. Aposta inovadora numa fórmula amiga do ambiente, que espelha o cariz contemporâneo deste salão, perto de cumprir uma década de existência. O que começou com duas profissionais – Marlene Miranda e uma colega – passa hoje por uma equipa de cinco cabeleireiras e uma esteticista, num salão que fideliza clientes desde o primeiro dia: “Temos pessoas de Lisboa, Porto, até da Suíça e outros países, que vêm cá regularmente”. A proximidade com que prestam o serviço e o investimento em marcas de referência garantem o sucesso do salão. Marlene Miranda já passou por formações em países como os EUA, em particular Nova Iorque, Holanda e por Espanha, onde voltará em breve para mais experiências que a tornam a cada passo uma profissional de referência. Porque a concorrência é salutar: “Faz-nos crescer e procurar sempre o melhor. ” Para além da visita em breve a Madrid, nos planos desta jovem cabeleireira está o aumento do salão, com investimento especial nas condições de conforto do cliente. “Era o meu sonho”, confessa-nos e cá estaremos para assistir à sua realização. | Portugal Inovador Quer trocar de janelas? Procure um especialista Se está a pensar em construir ou reabilitar a sua habitação saiba que a escolha das janelas é fundamental para a eficiência energética de todo o espaço. O projeto Space Details nasceu do know-how que o nosso entrevistado, Rogério Martins, acumulou na temática das janelas. Com base na experiência que lhe é reconhecida, o profissional oferece um serviço de proximidade com vista a perceber as necessidades de cada casa, a sua envolvência e atividade. Recolhendo um conjunto de dados é feito um diagnóstico das reais necessidades do espaço e selecionados os materiais ideias para compor as janelas. “O nosso conceito baseia-se nas janelas de gama média/alta. Os nossos clientes pagam para ter um serviço de excelência”, explica. Na Space Details, o cliente tem a garantia de um acompanhamento pormenorizado, de detalhe. “Oferecemos aquilo que ele realmente necessita”, reforça. O trabalho que a empresa tem vindo a realizar tem conquistado uma série de clientes que apenas percebem as vantagens de uma boa escolha de acabamentos após a execução da obra. “Muitas vezes o cliente adjudica o trabalho, mas só tem noção da qualidade do trabalho no final. Como sócio gerente da Space Details, orgulho-me de verificar que os nossos clientes ficam realmente satisfeitos com os resultados obtidos”. O objetivo desta empresa bracarense passa por alargar horizontes, dando a conhecer, a um maior número de pessoas, as potencialidades da janela na boa gestão térmica e acústica do espaço. Perante a realidade atual, o empresário afirma que o público começa a ter noção da importância de colocar umas janelas ajustadas, “essa consciência está já presente quer através da informação passada pelos arquitetos quer pelo passa a palavra de clientes satisfeitos. Da mesma forma que já se vê o capoto para efeitos de isolamento, é percebida a importância de se trocar as janelas”. E na área da reabilitação esta questão tem sido colocada em prática. Segundo Rogério Martins “a janela ideal terá que ter em conta as condicionantes, independentemente de marcas, passando sempre pela prescrição correta. “Desde que façamos um acompanhamento junto dos arquitetos, recolhemos mais valias do trabalho apresentado”. A equipa da Space Details conta já com uma equipa de 29 colaboradores, presentes em obras de referência a nível nacional e internacional. No mercado externo França e Canadá são os países que mais requisitam a experiência destes especialistas. Em todos os casos o acompanhamento e a montagem são feitos presencialmente de forma a garantir a excelência do serviço. Perante um percurso sustentável assente no rigor, seriedade e profissionalismo, Rogério Martins assume que 2015 tem superado todas as expectativas: “Se mantivermos este rácio de trabalho este será um ano de excelência”. | Julho I 65 Portugal Inovador “A nossa profissão é uma arte” Foi por estas palavras que Manuela Costa e Paula Costa deram início a esta nossa conversa. A casa completa este ano o seu 19º aniversário e vive todos os dias sob a visão inovadora e dedicada das duas empresárias. No salão Marie J. Costa, localizado na avenida S. Gonçalo, em Guimarães, Manuela Costa começou por nos falar sobre o que as alicia nesta área onde a criatividade é posta à prova a cada instante.“É um trabalho artístico e fascinante, porque temos o dom de transformar as pessoas, o que é extraordinário”, aviva. Atentas mais ao mundo feminino, verificam que nos últimos anos a mulher portuguesa tem vindo a arriscar cada vez mais. A par desta mudança, o acesso à informação também é cada vez maior o que faz com que a cliente que a procura se preocupa mais com o estado saudável do seu cabelo. A formação e a constante atualização revela-se deste modo como uma prioridade na vida de ambas. Primando por uma oferta completa incluem no seu 66 I Julho espaço “meios de diagnóstico do couro cabeludo e seus tratamentos indispensáveis, serviço de manicure e colocação de gel. Na parte da estética, contemplamos ainda massagens por procedimentos manuais e de máquinas, SPA e pedicure”. Dispomos também de um espaço reservado para as noivas”. Tendo como objetivo promover esse trabalho, a Marie J. Costa participou na ExpoNoiva. “O casamento é um dia marcante e o penteado é tão importante como o vestido. Procuramos sempre valorizar essa vertente, por isso atendemos a noiva numa área particular para lhe dar a máxima atenção possível”, sublinham. Sob a perspetiva de expansão profissional, a Marie J. Costa procurará num futuro próximo efetuar algumas obras. “Em relação a projetos, gostaríamos de vir a promover neste espaço a abertura da parte unissexo, com vista a ter a visita de mais clientes masculinos. Apesar de sermos uma microempresa, a longo prazo tencionamos abrir outros espaços fora de Guimarães”, findam. | Portugal Inovador Na Farmácia S. Mamede o utente é especial Com mais de uma década ao serviço da comunidade, a Farmácia S. Mamede, em Matosinhos, preza pela atenção redobrada às necessidades dos seus utentes. Serviços Na Farmácia S. Mamede trata-se os utentes pelo nome e as crianças têm lugar especial. A política do espaço assenta na personalização do atendimento e na relação de confiança com o cliente. Marina Serrano, proprietária e diretora técnica, concluiu o curso de Farmácia há cerca de 30 anos, tendo iniciado a carreira profissional em Análises Clínicas. Acabou por se especializar em Farmácia Hospitalar e, pouco depois de abrir a S. Mamede, em 2003, é convidada para exercer funções na Direção de Serviços Farmacêuticos do Hospital de Matosinhos, onde adquire - ao longo de cinco anos - uma bagagem essencial à gestão da sua própria farmácia. “A Farmácia S. Mamede completa-me. Gosto muito deste projeto”, salienta com orgulho. Atualmente, dedica grande parte do seu tempo ao papel de gestora, cada vez mais exigente, mas os utentes já sentem a sua falta ao balcão. A equipa com quem trabalha, no entanto, colmata essa ausência com dedicação e empenho. Na Farmácia S. Mamede cooperam uma administrativa, quatro farmacêuticos, duas técnicas, e alguns colaboradores para os finais de semana, já que as portas estão abertas todos os dias. Com uma oferta que vai desde os rastreios, às consultas de nutrição e podologia, a Farmácia S. Mamede acaba por inserir-se na comunidade com um papel social importante enquanto conselheiros de confiança. O acompanhamento faz-se na atenção às prescrições médicas, no aconselhamento constante sobre os medicamentos e na distribuição dos mesmos, com especial foco no apoio à terceira idade. Com gabinete personalizado, segundo Marina Serrano, “quando as pessoas estão com problemas, podemos sentar-nos com elas, mesmo que seja só para conversar um pouco”. A diferença faz-se por isso, no atendimento. Os mais pequenos, inclusive, contam com espaço para - Entrega de medicamentos ao domicílio - Determinação de parâmetros bioquímicos - Medição de tensão arterial - Rastreios - Teste de Gravidez - Peso, altura, IMC, IMG - Consulta de Nutrição - Espaço Animal - Realização de manipulados - Consultas de Podologia - Recolha de medicamentos usados - Recolha de Radiografias - Aconselhamento dermofarma cêutico e cosmético - Administração de vacinas e medicamentos - Consulta/Aconselhamento farmacêutico desenho e brincadeira, alguns doces para a viagem, e pinturas faciais em dias especiais. “Somos credíveis e leais com os nossos clientes. Não podemos só vender medicamentos, temos de dar atenção às pessoas, e isso é essencial numa farmácia”, realça a diretora técnica. Quanto aos planos para o futuro, o essencial para esta equipa é, nas palavras da sua representante, “continuar a dar sempre o nosso melhor”, algo que com certeza garante o sucesso desta farmácia. | Julho I 67 Portugal Inovador De geração em geração marcam a diferença Dedicados há mais de meio século à comercialização das melhores carnes, o clã Jacinto Ribeiro faz do atendimento ao público e da inovação as suas grandes apostas. É uma tradição de negócio centenária. “Estamos a falar de um ramo iniciado pelo meu trisavô”, explica Ana Jacinta Ribeiro, filha do fundador das Carnes Jacinto. O comércio das carnes, arte transmitida de geração em geração, em que Jacinto Pereira Ribeiro (pai) se aventurou foi continuado pelo filho, José Jacinto Pereira Ribeiro (filho) com a parceria da sua esposa, Carminda Escrivães. Foi, assim, há mais de 40 anos que nasceu a Carnes Jacinto, negócio à frente do qual ainda se encontram, conjuntamente com os três filhos. “O trabalho, as grandes ideias e a qualidade na carne nunca foram descuradas”, relata Ana Ribeiro. “Acho que essa foi a chave do sucesso e faz com que continuemos a apresentar um produto diferenciado”. Com duas lojas sediadas na Apúlia e uma equipa de colaboradores de qualidade, a Carnes Jacinto afirmou-se como uma referência no setor, quer pela qualidade dos seus produtos, quer pela sua longa História. Mais-valias Uma das grandes ideias que a tem distinguido é a aposta nas carnes 68 I Julho maturadas – “animais que são abatidos em idade adulta”, cuja carne é sujeita a um processo de digestão enzimática pelo frio entre 30 a 60 dias. O resultado é um “produto diferenciado em termos de qualidade e sabor. A maturação das carnes, é uma arte que faz parte da história das Carnes Jacinto. “O nosso pai é um visionário, crescemos a “comer” carne maturada” - afirmam os filhos de José Jacinto. Este produto de elevada qualidade é muito procurado pelos estabelecimentos de restauração que primam pela excelência. Mas existem outros princípios imprescindíveis. “Trabalhamos com produtores que conhecemos bem e fazemos a seleção dos animais in loco”, explica a nossa entrevistada. Há ainda uma aposta na carne certificada minhota. Este é um dos poucos espaços certificados para a comercialização de vitela minhota, uma das melhores raças do mundo em qualidade de carne. “Em suma, comercializamos produtos acima da média” refere Sérgio Ribeiro. Cliente em primeiro lugar Tão importante como a qualidade da carne é o tratamento dado a quem visita qualquer um dos espaços comerciais. Existe, por isso, uma preocupação em criar uma “interligação” entre os clientes e os colaboradores, garantindo de um atendimento cuidado e personalizado. Para clientes mais exigentes, que procuram apenas produtos de excelên- cia, as Carnes Jacinto oferecem uma grande variedade de produtos, como as carnes maturadas dos melhores animais nacionais, carnes certificadas, enchidos tradicionais e especialidades “gourmet”. “As pessoas que vêm de longe ou que fazem compras mensais levam o produto todo preparado para armazenarem”, explicam. “São estes cuidados que fazem a diferença, não basta adquirir boa carne”. É por esse motivo que “mais do que ter produtos de excelência, queremos também facilitar ao máximo a vida das pessoas”, sintetizam. Online é o caminho Já relativamente ao futuro, existe a vontade de “manter e tentar aumentar” a Carnes Jacinto, sempre de olhos postos na “inovação”, aponta Sérgio Ribeiro. “Dentro em breve, vamos lançar uma loja online”, iniciativa inédita em Portugal no comércio de carnes. “Vamos experimentar levar o produto à casa das pessoas”. Caso para se dizer, por isso, que tão antiga como a História da Carnes Jacinto é a sua vontade de inovar. | Portugal Inovador A melhor solução para o seu negócio A Mesquimatic é uma referência no âmbito da conceção e instalação de soluções industriais de portas e automatismos. O líder deste projeto, Sérgio Mesquita, tem uma experiência de mais de 20 anos no setor, facto que o posiciona como um dos poucos profissionais em Portugal com conhecimento para prestar assistência a programações antigas. Em 2007, deparando-se com uma lacuna no âmbito da assistência técnica a grandes indústrias, Sérgio Mesquita decidiu arriscar num projeto próprio. Assim surge a Mesquimatic, na Póvoa de Varzim, focada na indústria, “um setor que não pode parar e que exige uma rapidez de resposta e capacidade para solucionar problemas acima da média”. Com vista a um atendimento de excelência, a Mesquimatic detém equipamentos próprios para prestar assistência com total segurança às grandes estruturas industriais. Uma aposta constante em equipamentos e formação que o nosso entrevistado designa como “fundamental”. Recentemente, “dada a ambição de aumentar o raio de ação, algo que apenas pode ser feito com qualidade e proximidade, abrimos, em agosto de 2014, uma filial a Sul, no Seixal”, revela-nos. Já este ano a direção planeia a inauguração de outro espaço, desta feita no Algarve, “decisão que vem ao encontro da vontade em alargar a parceria com as cadeias de hotéis, hospitais e indústria”. Devido ao conhecimento que Sérgio Mesquita detém da área, naturalmente surgiu a oportunidade de fazer revenda, com apoio técnico, a instaladores profissionais, como nos explica o empresário: “Existem muitos instaladores que prestam serviços a particulares e que perante situações mais complexas recorrem aos nossos conhecimentos”. Perante a construção em Portugal, que não responde a medidas standard, “tanto podemos deparar-nos com portões de três metros como de sete, o que em termos técnicos é bastante exigente”, esclarece. ção automóvel, uma solução alia a velocidade e a eficácia num único equipamento. Este mecanismo é um produto Mesquimatic dado que concilia a melhor produção, com a maior segurança existentes no mercado, a um preço altamente competitivo. Fabricado na Europa, com know-how e aplicação exclusivos da Mesquimatic. A Mesquimatic vai de encontro às necessidades de cada cliente, personalizando as portas para cada área de negócio, encontrando soluções caso a caso. Pensando a longo prazo, Sérgio Mesquita pretende deixar as ferramentas para que os filhos deem continuidade ao projeto mantendo toda a qualidade e capacidade de resposta já existentes. Desta feita o empresário ambiciona criar uma linha de apoio ao cliente que permita anular etapas à distância, o que pode, em alguns casos, solucionar a questão sem a presença do técnico e num espaço ainda mais reduzido de tempo. | Inovação Atenta às necessidades do mercado, a Mesquimatic concebeu um portão automático que está já a ser introduzido nos centros de carga e distribuição e nos centros de inspe- Julho I 69 Portugal Inovador A sua opção de confiança Desde a sua criação, a RE/MAX veio revolucionar o mercado imobiliário, através da liderança e do sucesso alcançados. Na região de Águeda, o mesmo acontece, graças à criação e à afirmação da agência First Choice, sediada na rua dos Bombeiros Voluntários n.º 64. A First Choice nasceu em maio de 2014 com o intuito de ser a primeira opção para quem procura serviços de mediação imobiliária em Águeda, no distrito de Aveiro. Segundo Paulo Paz, gerente da loja, a filosofia concentra-se na seleção dos Consultores Imobiliários, “pessoas credíveis que representem a marca com responsabilidade” procurando sempre a satisfação do cliente. “A equipa é formada 70 I Julho por nove elementos, que são alvo de um acompanhamento e de uma formação constantes. O objetivo passa por atribuir um valor acrescentado a toda a organização, fazendo com que a maioria dos Consultores Imobiliários permaneça na rede e saiba que ao trabalhar connosco adquire condições excecionais para desenvolver com sucesso a sua atividade”, explica-nos. Os clientes da First Choice têm a garantia de um acompanhamento personalizado e constante. Todos os assuntos de apoio jurídicos e financeiros associados à operação de compra e venda são assegurados por uma equipa que “nos apoia na vertente burocrática e de financiamento, junto das entidades bancárias, de modo a que o agente se concentre em exclusivo na realização de um negócio favorável para o cliente”. O selo de garantia da First Choice passa pelo cumprimento dos acordos feitos e pela realização de um plano de marketing personalizado, ajustado à realidade de cada imóvel. A RE/MAX é a marca líder do mercado nacional de mediação imobiliária e a rede trabalha em parceria, assim sendo, a First Choice realiza negócios de Norte a Sul: “Fazemos vendas em todos os pontos do país, por exemplo, um cliente da região de Aveiro que pretenda comprar um apartamento no Algarve, Portugal Inovador como segunda habitação, pode falar connosco e nós fazemos a pesquisa das opções presentes no mercado, apresentando-lhe a que mais se ajusta às suas pretensões. Essa é uma das vantagens do trabalho em rede, dado que, tendo agentes em todo o país (40 agentes só no distrito de Aveiro), conseguimos encontrar sempre a melhor solução”. Principais investidores A realidade dos emigrantes é de alguma forma o barómetro das economias locais e nacionais. Existem dois panoramas: quem não quer regressar ao país natal e põe a sua casa à venda; e quem teve de procurar emprego fora do país, mas ambiciona retornar. Sendo uma empresa de referência mundial, a RE/MAX é detentora da confiança de muitos emigrantes. Paulo Paz fala-nos dessa relação: “Trabalhar para emigrantes é um processo muito rápido, dado que eles aproveitam para comprar casa no período de férias. Para o proprietário que pensa em vender a sua habitação, o ideal é falar connosco, pois terá aqui um leque de opções para poder efetuar uma venda rápida e segura”. Perante a crise económica que afetou o mercado, nos últimos anos, a Banca viu-se perante uma carteira de imóveis que ficou disponível a preços bastante apelativos. Aproveitando essa realidade, “a RE/MAX foi o primeiro parceiro a nível nacional a comercializar produto da Banca”, salienta Paulo Paz. “As empresas de mediação imobiliária tiveram que se ajustar às circunstâncias”, a queda do poder de compra dos cidadãos levou-as a procurar soluções, a analisar o perfil socioeconómico dos clientes de modo a apresentar-lhes um produto que não defraldasse as suas expectativas. “É este o nosso papel e aquilo que nos diferencia de outras empresas de mediação imobiliária. Na RE/MAX FIRST CHOICE o sucesso em muito advém do passa a palavra”. Objetivos futuros Paulo Paz assume a sua pretensão de ser uma referência no seio da rede. Quanto a planos para o futuro, estes passam “por continuar a apresentar o melhor serviço, sendo uma referência para os clientes; a primeira escolha para um trabalho eficaz”. O gestor explica que neste momento a equipa comercial está a ser reforçada, sendo que o crescimento, assente numa gestão sustentável, é a prioridade futura da First Choice. | Julho I 71 Portugal Inovador Ideias que brilham A Duplo Impacto é a maior e mais conceituada empresa de brindes publicitários em Vale de Sousa desde 1994. Albino Pacheco orgulha-se da empresa que construiu: “Somos uma empresa com 19 anos de tradição e notoriedade ao nível de produção de artigos publicitários”, explica o gerente. A Duplo Impacto, que atua quer a nível nacional, quer a nível internacional, é constituída por equipas de profissionais aptas a criar projetos e proceder à montagem da publicidade: “Temos equipas especializadas na montagem de toda a publicidade que fazemos e capazes de elaborar maquetes. Apostamos numa boa base de dados na Internet e foi desta forma que alcançámos o mercado externo”, refere Albino Pacheco. 72 I Julho Entre os serviços que apresentam destaca-se a criação de logótipos e imagem corporativa, decoração de montras e espaços comerciais, decoração de viaturas, publicidade móvel e sonora, impressão digital em grandes formatos, estamparia, tampografia, serigrafia, e serviços gráficos. A relação que todos os funcionários criam com os seus clientes faz com que a empresa tenha vários clientes fidelizados: “Temos uma grande proximidade com o cliente. Criámos uma boa relação e isso facilita o nosso trabalho”, conta Albino Pacheco. Atualmente a empresa produz quase todos os produtos que vende. A grande aposta da Duplo Impacto é a rapidez e qualidade com que prestam o serviço: “Em todos os trabalhos que elaboramos primamos pela qualidade. A grande vantagem é que fazemos tudo aqui, o que facilita na hora de entregar o produto ao cliente. Hoje em dia, em 42/72 horas o cliente tem o que pretende”, refere o empresário. Futuramente, Albino Pacheco prevê para a Duplo Impacto o aumento das instalações: “Pretendo aumentar o negócio e para isso tenho que alargar o espaço da empresa e apostar em mais equipamentos, sempre com inovação e qualidade”, conclui.| Portugal Inovador Julho I 73 Portugal Inovador 74 I Julho Portugal Inovador Julho I 75 Portugal Inovador 76 I Julho
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