File - Companhia Paulo Ribeiro

Transcrição

File - Companhia Paulo Ribeiro
“MASCULINE”
fotografia de José Alfredo / Cathrin Loerke
Masculine _ pág.1
1. SINOPSE
Quatro homens protagonizam Masculine, uma peça intensa, quase febril, capaz de levar o público ao riso
ou às lágrimas e que gira à volta da “pessoa” de Fernando Pessoa. As palavras do poeta ecoam ao longo
desta criação, ao sabor de uma história bem contada, em que a palavra é disputada pelos intérpretes que
procuram entre os seus episódios de vida aqueles que se cruzam com o imaginário pessoano, num
turbilhão de expressões que conduzem o público por uma montanha russa, apreendida por todos os
sentidos e pautada pela beleza dos momentos e pela energia que a peça transpira.
2. TEXTO DE PAULO RIBEIRO SOBRE O ESPECTÁCULO
Em que ponto se situa a fricção que desencadeia o sublime?
Que pressuposto incarna o movimento essencial?
De que forma, escravos do tempo, podemos perpetuá-lo?
Como poderá a clausura originar o seu oposto e a rotina clarividência?
Há questões que nos acompanham sempre, há pessoas que estão sempre presentes, há dúvidas que não
devem ser esclarecidas, elas são a razão para se estar atento. Não são precisas respostas. Precisamos
sim de encantamento, precisamos de praticar a simplicidade para atingir o fascínio da multiplicidade.
Apostamos, determinados na utopia como segredo de vida, deixamos o caos deleitar-se sem recorrer ao
ruído.
Aproximar-nos-emos da imensa pessoa do Pessoa, porque como ele calcorreamos as mesmas pedras
inconformados por continuarmos aqui!!!!!
3. TEXTO DE FERNANDO PESSOA
Sou, em primeiro lugar, um raciocinador, e, o que é pior, um raciocinador minucioso e analítico. Ora o
público não é capaz de seguir um raciocínio, e o público não é capaz de prestar atenção a uma análise.
Sou, em segundo lugar, um analisador que busca, quanto em si cabe, descobrir a verdade. Ora o público
não quer a verdade, mas a mentira que mais lhe agrade. Acresce que a verdade ─ em tudo, e mormente
em coisas sociais ─ é sempre complexa. Ora o público não compreende ideias complexas. É preciso darlhe só ideias simples, generalidades vagas, isto é, mentiras, ainda que partindo de verdades; pois dar
como simples o que é complexo, dar sem distinção o que cumpre distinguir, ser geral onde importa
particularizar, para definir, e ser vago em matéria onde o que vale é a precisão ─ tudo isto importa em
mentir.
4. SOBRE O ESPECTÁCULO
"Os quarto intérpretes que deram tudo, captaram o nosso interesse nos primeiros segundos. Histórias
sobre os altos e baixos das suas carreiras deram lugar a um movimento atlético, balético, quase
ginástica. Momentos ternos de conjunto caem numa ridícula e por vezes hilariante loucura, envolvendo a
música de Franka Zappa e adereços tontos.”
THE SCOTSMAN – Fevereiro de 2009
“(...) A partir daí, fruto de todo este belo trabalho de absoluta liberdade, que inclui jugos de disfarces,
reflexões sobre a luxúria e canções a capella, após a apoteose final, os espectadores agradeceram em pé
e com grande entusiasmo a excelência da companhia portuguesa de Paulo Ribeiro.”
BERRIA – Agus Perez, Setembro de 2007
“(...) A partir de versos de Fernando Pessoa... o espectáculo parece querer dirigir-se para a intimidade do
intérprete, suas experiências e a sua vida privada; mas seriam necessárias outras ginásticas para
apreender este espectáculo, de resto interpretado com um ardor ímpar por um quarteto masculino.”
Masculine _ pág.2
LIBERATION - Marie-Christine Vernay, 11 de Setembro de 2007 (enviada especial a Biarritz)
“Caro Paulo Ribeiro, gostei imenso do seu espectáculo MASCULINE – a coreografia, a selecção dos textos,
o tratamento do tema, o trabalho notável dos intérpretes. Muito agradeço esta bela prenda.”
Richard Zenith*, 28-10-2007
(*autor do livro “Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal – de Fernando Pessoa”)
“(...) Paulo Ribeiro constrói, pois, uma máquina teatral preenchida de carne, intensa, viril e com a
particularidade – e também o risco – de ser deliberadamente divertida e, portanto, de se realizar
enquanto proposta de entretenimento. Ora, nesse ponto, há que destacar o instinto de Ribeiro, o ímpeto
criativo que partilha com Leonor Keil e que se lança sem complexos no riso e na construção positiva do
mundo.”
EXPRESSO – Daniel Tércio, 3 de Novembro de 2007
“(...) A nova peça desta companhia sedeada em Viseu tem uma estrutura coreográfica muito acessível ao
grande público, onde é fácil compreender o significado dos vários quadros que a compõem. Não deixa de
ser um trabalho exigente em precisão e energia, que suporta uma sátira sobre estereótipos
comportamentais muito familiares à sociedade portuguesa e que são invulgarmente comentados através
da dança contemporânea. Paulo Ribeiro dá ainda uma espaço generoso e bem merecido aos já afamados
intérpretes Miguel Borges, Peter M. Dietz, Romulus Neagu e Romeu Runa, cujas qualidades expressivas,
físicas e comunicativas, podemos conhecer ou rever e apreciar. É um espectáculo em que a tensão e
desassossego que o tema comporta se resolvem pelo humor e pela exuberância, mas também pela
reflexão.”
PÚBLICO – Paula Varanda, 25 de Janeiro de 2008
5. FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Direcção e Coreografia
PAULO RIBEIRO
A partir de textos de
FERNANDO PESSOA retirados do “Livro do Desassossego” e dos
“Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal”
Assistente de coreografia
LEONOR KEIL
Interpretação
MIGUEL BORGES
PETER MICHAEL DIETZ
PEDRO MENDES
ROMULUS NEAGU
Música
DIMITRI SHOSTAKOVICH
FRANCESCO ZAPPA
FRANK ZAPPA
Desenho de luz
NUNO MEIRA
Co-produção
COMPANHIA PAULO RIBEIRO
TEATRO VIRIATO
TEATRO NACIONAL S. JOÃO
TEATRO MARIA MATOS
CENTRO CULTURAL VILA FLOR
BIARRITZ CULTURE – Festival le Temps d’Aimer
Duração
aprox. 80 minutos (sem intervalo)
Público-alvo
maiores de 12 anos
Masculine _ pág.3
Estrutura financiada pelo
MINISTÉRIO DA CULTURA – Direcção Geral das Artes
Residente no
TEATRO VIRIATO, Viseu
Apoio
CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU
Masculine _ pág.4
6. CARREIRA DO ESPECTÁCULO
2007
Festival Le Temps d’Aimer, Biarritz, França - 8 de Setembro
Teatro Viriato, Viseu - 14 e 15 de Setembro
Teatro Nacional de S. João, Porto – 27, 28 e 29 de Setembro
Teatro Maria Matos, Lisboa – 27 e 28 de Outubro
Centro Cultural Vila Flor, Guimarães – 8 de Dezembro
2008
Teatro Aveirense, Aveiro – 26 de Janeiro
Teatro Garcia de Resende, Évora – 14 e 15 de Março
Teatro de Vila Real, Vila Real – 28 de Março
2009
Festival New Territories, Glasgow - 27 de Fevereiro
Teatro Municipal de Faro – 14 de Março
Teatro Viriato, Viseu – 8 de Abril
Oficina Municipal de Teatro, Coimbra – 22 de Abril
7. HISTORIAL DA COMPANHIA PAULO RIBEIRO
A Companhia Paulo Ribeiro é uma companhia portuguesa de dança contemporânea, fundada em 1995, na
sequência de vários anos de trabalho do coreógrafo Paulo Ribeiro junto de algumas das mais prestigiadas
companhias de dança contemporânea europeias.
Nestes treze anos de actividade (1995-2008), esta companhia conquistou um importante lugar entre as
mais reconhecidas companhias de dança contemporânea portuguesas, apresentando-se regularmente
nas principais salas de espectáculo nacionais, bem como por toda a Europa, Brasil e Estados Unidos da
América.
Com dezanove produções realizadas que despertaram sempre o interesse da crítica e do público, soma
actualmente mais de três centenas de apresentações, para uma audiência global que ronda as 75.000
pessoas, tendo recebido alguns dos mais importantes prémios nacionais e estrangeiros.
É, desde 1998, a companhia residente no Teatro Viriato, em Viseu, cujo projecto criou e implementou,
onde para além da sua actividade de criação, produção e itinerância artísticas, desenvolve ainda um
importante projecto pedagógico junto da comunidade local, que inclui aulas regulares de dança e teatro e
também projectos específicos para o público escolar, agora também num novo espaço em Viseu – Lugar
Presente.
BIOGRAFIA DO COREÓGRAFO
PAULO RIBEIRO Natural de Lisboa, Paulo Ribeiro, antes de se afirmar como coreógrafo, fez carreira
como bailarino em várias companhias na Bélgica e na França.
A sua estreia no domínio da criação coreográfica, deu-se, em 1984, em Paris, no âmbito da companhia
Stridanse, da qual foi co-fundador, e que o levou à participação em diversos concursos naquela cidade,
obtendo, em 1984, o prémio de Humor e, em 1985, o 2º prémio de Dança Contemporânea, ambos no
Concurso Volinine.
Masculine _ pág.5
De regresso a Portugal, em 1988, começa por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o
Ballet Gulbenkian, para os quais cria, respectivamente, “Taquicardia” (Prémio Revelação do jornal “Sete”,
em 1988) e “Ad Vitam”. Com o solo “Modo de utilização”, interpretado por si próprio, representa Portugal
no Festival Europália 91, em Bruxelas.
A sua carreira de coreógrafo expande-se no plano internacional, a partir de 1991, com a criação de obras
para companhias de renome: Nederlands Dans Theater II (“Encantados de servi-lo” e “Waiting for
Volúpia”), Nederlands Dans Theater III (“New Age”); Grand Théâtre de Genève (“Une Histoire de
Passion”); Centre Chorégraphique de Nevers, Bourgogne (“Le Cygne Renversé”). Para o Ballet
Gulbenkian, criará ainda: “Inquilinos”, “Quatro Árias de Ópera” (em colaboração com Clara Andermatt,
João Fiadeiro e Vera Mantero), “Comédia Off -1”.
Entretanto, Paulo Ribeiro foi galardoado, em 1994, com o Prémio Acarte/Maria Madalena de Azeredo
Perdigão pela obra “Dançar Cabo Verde”, encomenda de “Lisboa 94 – Capital Europeia de Cultura”,
realizada conjuntamente com Clara Andermatt.
E, em 1995, funda a Companhia Paulo Ribeiro, subsidiada pelo Ministério da Cultura, para a qual tem
vindo, regularmente, a criar coreografias: “Sábado 2”, “Rumor de Deuses”, “Azul Esmeralda”, “Memórias
de Pedra – Tempo Caído”, “Orock”, “Ao Vivo”, “Comédia Off -2”, “Tristes Europeus – Jouissez Sans
Entraves”, “Silicone Não”, “Memórias de um Sábado com rumores de azul” e “Malgré Nous, Nous Étions
Là”.
O trabalho com a sua própria companhia permitiu-lhe desenvolver melhor a sua linguagem pessoal como
coreógrafo. A obra “Rumor de Deuses” foi distinguida, em 1996, com os prémios de “Circulação
Nacional”, atribuído pelo Instituto Português do Bailado e da Dança, e “Circulação Internacional”,
atribuído pelo Centro Cultural de Courtrai, ambos inseridos no âmbito do concurso “Mudanças 96”.
Paulo Ribeiro tem recebido ainda vários outros prémios relevantes: “Prix d’Auteur”, nos V Rencontres
Chorégraphiques Internationales de Seine Saint-Denis, (França); “New Coreography Award”, atribuído
pelo Bonnie Bird Fund-Laban Centre (Grã-Bretanha), “Prix d’Interpretation Collective”, atribuído pela
ADAMI (França); Prémio Bordalo da Casa da Imprensa (2001).
Em acumulação com o seu trabalho de coreógrafo, Paulo Ribeiro desempenhou, entre 1998 e 2003, o
cargo de Director-geral e de Programação do Teatro Viriato/CRAE (Centro Regional das Artes do
Espectáculo das Beiras), que obteve, em 1999, o “Prémio Almada” do Instituto Português das Artes do
Espectáculo, pela actividade desenvolvida na área da Dança.
Foi Director do Ballet Gulbenkian entre 2003 e 2005, para o qual criou, nesse período, as obras “White” e
“Organic Beat”, “Organic Spirit”, “Organic Cage” e com o qual recebeu o prémio Bordalo da Casa da
Imprensa Portuguesa 2004.
Remontou para o Ballet de Lorraine a obra “White Feeling”, originalmente criada para o Ballet
Gulbenkian, apresentada em Nancy, em Outubro de 2006.
Em Setembro de 2006, reassumiu novamente as funções de director geral e artístico do Teatro Viriato.
Masculine _ pág.6
8. LOGÓTIPOS
Estrutura financiada por
Residente em
Com o apoio de
Co-produtores
CONTACTOS:
Companhia Paulo Ribeiro
Teatro Viriato
Largo Mouzinho de Albuquerque
Apartado 1057
3511-901 Viseu
Tel. +351 232480110
Fax. +351 232480111
www.pauloribeiro.com
NIF: 503.499.650
Albino Moura _ Responsável de Produção e Difusão _ 914091283 _ [email protected]
Masculine _ pág.7

Documentos relacionados

Programação - Companhia Nacional de Bailado

Programação - Companhia Nacional de Bailado do Infante D. Henrique. A concepção de figurinos tem

Leia mais

File - Companhia Paulo Ribeiro

File - Companhia Paulo Ribeiro Peter Michael Dietz Lisboa numa co-produção com Romulus Neagu, Leonor Keil dá vida a Torres Novas, Porto e Coimbra, Viseu é interpretada e co-produzida por Peter Michael Dietz e Viseu - 2.º olhar é...

Leia mais