• Quinta 01 • Mr Mitsuhirato D.I.S.C.O. TEXAS TITAN THURSDAYS

Transcrição

• Quinta 01 • Mr Mitsuhirato D.I.S.C.O. TEXAS TITAN THURSDAYS
Alex Gopher Quinta 01
Versalhes é mais do que um palácio.
No final da década de noventa chegava
dali um rumor: o subúrbio parisiense
não tinha só turistas e donas de
casa desesperadas. Estava cheio de
adolescentes que combatiam a inércia
da classe média-alta com um passatempo
criativo. Faziam música.
Assim nasceu o french touch, uma das
mais conhecidas correntes musicais
francesas. Sendo Alex Gopher, Etienne
De Crécy, o duo Air e os Daft Punk os
seus principais embaixadores.
Esta electrónica mudou a auto-estima
musical francesa, graças a ela
venderam-se novamente milhares de
discos “made in France”.
Alex Gopher teve a ousadia de misturar
à voz de Billie Holiday batidas
alegres em “The Child”. Desde então
alternou uma carreira a solo com uma
carreira de produtor.
Juntou-se a Crécy nas compilações
“Super Discount”, e soube com o tempo
reinventar-se sem nunca perder o
toque lúdico capaz de fazer planar.
Remisturas suas, das novas coqueluches
musicais, continuam a marcar presença
nas pistas de dança: Ladyhawke,
AutoKratz, WhoMadeWho e Fischerspooner
renderam-se. Porque ainda e para
sempre: “Paris is burning; Paris is
screaming all night long”, assim diz
Ladyhawke.
Faz 99 anos a República, a velha
senhora de seios fartos que se
quis oferecer a todos. Velhinhas
mas enxutas estão ainda as três
filhas que se propunham ainda
mais oferecidas – a Liberdade,
a Igualdade e a Fraternidade.
Imperfeita como todas as outras,
a Democracia é a relação que
vamos mantendo com estas
senhoras, fazendo votos de que
tudo continue pelo melhor. Mas
dizendo a verdade e aqui entre
nós, o romance foi-se perdendo
e a Democracia já não é grande
razão para dançar.
Já não marcamos encontro com
elas nas urnas nem nos sentamos
a conversar tanto quanto
costumávamos, naquele nosso
lugar de sempre em São Bento.
Tivemos que inventar outras
maneiras de manter a tusa e o
fogo vivos. Começamos a marcar
encontros à noite, não em
parlamentos e sofás de sofistas,
mas em danceterias e outros
sítios de engate. Voltamos a
encontrar as filhas da República
na noite e na música, debaixo
das luzes e abraçados pelo
som. Voltamos a acreditar que
a Liberdade, a Igualdade e a
Fraternidade estão vivas, sexys
e de boa saúde porque o alto e o
grave da música nos empurraram
uns para os outros, de igual
para igual, libertando-nos para
nos sentirmos mais juntos.
semana 01
Disco
• Sábado 17 •
Bar U-NIGHT
Tiago & DJ Al (Slight
Disco HD
• Quinta 01 •
Bar Mr Mitsuhirato
D.I.S.C.O. TEXAS TITAN THURSDAYS
Delay)
semana 04
• Sexta 02 •
Bar Yen Sung
Player
• Quinta 22 •
MATCH YOUR SOUND
Concertos — 22h00
Disco
Bar
Bar
• Sábado 03 •
LET’S SPEND THE NIGHT TOGETHER
feat
Disco
Rui Vargas
Disco
Bar
• Domingo 04 •
dexter + Tiago
semana 02
Paco Osuna Quinta 08
O catalão Paco Osuna não é um newcomer. Com uma carreira como DJ de 15 anos
construída entre a season de Ibiza e as outras cidades de Espanha, foi no
techno mais áspero que ganhou traquejo. Influenciado pelas tempestades techno
que irradiavam de Nápoles, manufacturadas por nomes como Gaetano Parisio ou
Marco Carola, Osuna foi o embaixador em Espanha de um som que em Portugal
também teve o seu zénite. Não foi de estranhar que Osuna se tenha juntado
a um nado da cidade onde se pensa que 40% da população tem ligação à Mafia:
David Squillace. Lançaram “Exposure” e Osuna viu a sua carreira ascender.
Com a descida aos infernos do techno musculado, Osuna – a par de Carola,
Speedy J ou Adam Beyer – baixa o pitch e entra na vaga minimalista. De
outra Era todos trazem a destreza técnica, o sentido de pista, a defesa do
minimalismo como linguagem-mãe para a pista de dança. Mas Osuna fez mais,
é hoje um dos DJs mais sofisticados do vagão minimalista da actualidade.
Não é tão rápido como o TGV mas com ele uma hora de música nunca é tempo
perdido.
Bar
• Quinta 08 •
Bar dexter
• Sexta 23 •
Zé Pedro Moura
Pinkboy
Disco
(live)
Disco
Expander
dexter
• Sexta 09 •
Bar Leonaldo de Almeida
Pinkboy
Disco CAMA DE CASAL #7
• Sábado 24 •
Bar A TO Z
Rui Vargas & Rui Murka
Disco Yen Sung
Tiago
semana 05
Bar
Disco
• Sábado 10 •
CHOCOLATE CITY
• Quinta 29 •
Bar Tiago
Disco ZONK
ADVENTURES IN WONDERLAND
semana 03
Bar
• Quinta 15 •
Leonaldo de Almeida
Trol2000
• dia 05
• Dia 06
• dia 20
Guy Gerber Sexta 23
• Sexta 30 •
Bar TRANSDISCO
Zé Pedro Moura & João Peste
Disco
Yen Sung
Disco
Prins Thomas e Tiago Sexta 09
FIASCO
Bar
• Sábado 31 •
Leonaldo de Almeida
dexter
Disco Rui Vargas
(Concerto • 23h00)
Bar
• Sexta 16 •
Leonaldo de Almeida
Mário João
Disco
Zé Pedro Moura
João Onofre, “Pas d’action”, 2002
Quem é que consegue resistir mais tempo? Quem é que aguenta mais? Um grupo
de bailarinos da Companhia Nacional de Bailado foi filmado pelo artista
João Onofre em 2002. Primeiro parados, em posição de descanso, depois em
pontas (“sur les pointes” e “demi-pointes”). O que vemos no resto do vídeo
é uma sucessão de desistências, observamos o limite de cada bailarino,
quanto tempo aguentam em pontas, quem é que primeiro volta à posição
inicial de descanso.
Este mês a nossa obra de arte em formato “poster” é um frame do vídeo
“Pas d’action”, o momento em que todos os performers se encontram no seu
esplendor, no máximo da sua força. “Pas d’action” é também o termo técnico
que no ballet clássico significa um conjunto de passos que constituem uma
narrativa. Vamos lá então desenrolar esta história. SP
“Pas d’action”, 2002, video, colour, sound, 4’16”, 237 x 324 cm.
Cortesia Cristina Guerra Contemporary Art (Lisboa), Galeria Toni Tàpies (Barcelona),
Galleria Franco Noero (Turim) e I-20 Gallery (Nova Iorque).
MOVE D Sexta 30
Raresh Sexta 16
Da Border Community veio a primeira fornada de jovens que pouco mais Luas tinham depois
dos vinte anos. James Holden e Nathan Fake refrescaram a electrónica com a irreverência do
imaginário psicadélico e a inocência de não terem limites. Raresh é o mais recente contributo
da geração de 1980 à música pulsante.
É um DJ e produtor romeno que se revelou em 2007, a par de Rhadoo e Petre Inspirescu (aka
Pedro), um triunvirato que abriu uma nova linha de fuga do minimalismo fora do eixo de Berlim.
É vulgo na internet lermos que Raresh é o novo Villalobos e os traços entre ambos não enganam:
há um fulgor rítmico vulcânico, uma ideia de libertação na pista de dança, a sensação de que
se ouve algo fresco. Uma coisa é certa, com Raresh vemos uma carreira a formar-se e, quem
sabe, um novo capítulo da música de dança a ser tocado à nossa frente.
Design Gráfico: Diogo Potes (Alva DesignStudio • alva-alva.com)
Textos de: Artur Soares da Silva, Isilda Sanches, Pedro Rodrigues,
Quim Albergaria, Susana Pomba, Tiago Manaia, Zé Moura.
Revisão: Marta Martins
Na mesma noite. Uma cama de casal
feita à medida dos amantes do
baleárico, mas não só. Prins Thomas
tocou em bandas punk, fez breakdance,
ergueu, com Lindstrom, a frente
norueguesa do space disco, é produtor
com toque de Midas e DJ com reputação
de saber conduzir a pista para onde
quer, quase sempre para fora de
órbita. Tiago é músico e produtor, de
rock extremo como de música de dança
amena (maxis na Rong, Italians Do It
Better, Mindless Boogie…), um DJ com
linguagem única e genuíno amor pela
música. As colecções de discos de
ambos estão cheias de pérolas obscuras
e improváveis, capazes de mudar as
nossas vidas, por uma noite, ou para
sempre. Vai ser especial.
(Concerto • 23h00)
Por volta de 2006 as pistas de dança foram literalmente
tomadas de assalto pela música de Guy Gerber. Com um som
techno doce e melódico que lhe permite realizar os live
acts mais fluidos e inspiradores com que um amante da
música de dança pode sonhar, o dj e produtor israelita
surpreendeu tudo e todos.
Em 2009 Guy Gerber continua a ser uma surpresa – como
sabem todos os que o viram Março passado no Lux – mas
tornou-se também um valor seguro, uma garantia de
grandes noites. Noites sustentadas no som da sua editora
Supplement Facts e da subsidiária exclusivamente digital,
Supplemental, bem como na colaboração com novos nomes.
Varoslav, francês de origem checa cujas produções têm
merecido o reconhecimento de dj’s tão respeitados como
Ricardo Villalobos, é um desses nomes e acompanhará Guy
Gerber nesta incursão ao Lux.
Guy Gerber e Varoslav têm tocado juntos por todo o mundo
este ano. Seja pelas boas recordações que o primeiro nos
traz, ou pela curiosidade que o segundo nos desperta, a
noite de 23 adivinha-se imperdível.
Seria muito injusto documentar a história da música
electrónica dos últimos 15 anos sem incluir David
Moufang e os seus múltiplos projectos a solo e
colaborações. Na sua editora Source e na Warp com,
entre muitos outros, Robert Gordon (engenheiro de som
da Warp), Pete Namlook e, hoje mais regularmente, com
Benjamin Brunn, Moufang/Move D fez parte da revolução
sonora da qual nasceu toda uma cultura. Sendo um
dos mais criativos músicos na electrónica da década
de 90 ainda em actividade e com consequência, a sua
presença recicla as emoções do passado para
o tempo presente e acrescenta pontos de vitalidade
para o futuro.
Jeanne Balibar (concerto) Sábado 31
“Faço música porque gosto muito de ouvir música e porque gosto muito de
cantar. Porque quando ouço uma cantora que admiro, tenho logo vontade de
fazer a mesma coisa. Para esta minha disposição há alguns pontos de apoio,
ou melhor, pontos de partida: a ópera, o lied, Marylin Monroe, Blossom
Dearie, Kurt Weil e as actrizes-cantoras alemãs, Aretha Franklin, Patti
Smith, Blondie, Nico e Mo Tucker.” Jeanne Balibar
“Balibar salta de uma Nico versão Rive Gauche para uma Marlene do rock da
distorção, de uma cantora de opereta que se flagela com as torch songs e o
blues. Quando ‘Ne Change Rien’ estrear vamos ver o monstro em palco.” Vasco
Câmara, Público
“Ne Change Rien”, de Pedro Costa, estreia a 5 de Novembro.
João Onofre,
“Pas d’action”, 2002

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