Manual de Especificação de Fibra Ótica

Transcrição

Manual de Especificação de Fibra Ótica
________________________________________________________________________________________________
ANEXO X
MANUAL DE ESPECIFICAÇÃO DE CABO DE FIBRA ÓPTICA
1.Objetivo
Este documento tem por objetivo especificar e padronizar os produtos a serem utilizados nas
construções das redes de fibras ópticas do Governo do Estado do Ceará.
Neste documento tratará da especificação dos cabos de fibra Óptica, suas partes e componentes.
2.Definições e Abreviaturas
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): Autarquia regulamentadora e fiscalizadora
das Telecomunicações no Brasil.
CERTIFICAÇÃO - conjunto de procedimentos regulamentados e padronizados que resultam na
expedição de Certificado ou Declaração de Conformidade específica para produtos de
telecomunicações.
DGO: Distribuidor Geral Óptico.
DO: Distribuidor Óptico.
HOMOLOGAÇÃO - ato privativo da Anatel pelo qual, na forma e nas hipóteses previstas no
Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado
pela Resolução nº 242, de 30/11/2000, a Agência reconhece os certificados de conformidade ou
aceita as declarações de conformidade para produtos de telecomunicações.
MM (Multi Mode): Fibra óptica do tipo multi modo.
PVC: Policloreto de vinila
SM (Single Mode): Fibra óptica do tipo mono modo.
3.Condições Gerais
3.1 Documentos Normativos Aplicáveis
• As especificações dos produtos para redes de fibras ópticas utilizarão como referências as
especificações das seguintes entidades:
•
Práticas do extinto Sistema TELEBRÁS;
•
Normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
•
Documentos normativos internacionais;
•
Especificações do Edital e seus Anexos
• Os produtos a serem utilizados na construção das redes de cabos de fibra óptica da Rede do
Governo do Estado do Ceará deverão atender às diferentes categorias de verificação e atender as
especificações ou orientações designadas para cada produto.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
1
________________________________________________________________________________________________
4.Especificação do Cabo de Fibra Ótica
Os projetos de redes óticas do Estado do Ceará podem ser classificadas em 3 (três) tipos de
instalações, conforme o tipo de infra-estrutura de rede de distribuição e energia elétrica e ambiente
de utilização:
Rede Média Tensão Rural: Cabo Tipo 1
Rede Média Tensão Urbano: Cabo Tipo 2
Rede Baixa Tensão Urbano: Cabo Tipo 2
4.1 Fibra Ótica
As fibras ópticas integrantes dos cabos deverão ter as seguintes características:
Modo de propagação: monomodo;
Comprimento de onda: 1310/1550 nm;
Atenuação máxima: 0,34 dB/km em 1310 nm e 0,20 dB/km em 1550 nm;
Dispersão cromática: < 18,0 ps/(nm.km) a 1550 nm;
Revestimento primário: acrilato;
Diâmetro sobre o revestimento primário: 250 ± 15 micrometros;
Diâmetro do núcleo: 8,3 ±1 micrometro;
Diâmetro sobre a casca: 125 ± 3 micrometros;
Excentricidade: ± 1 micrometro;
Proof-test: 0,69 GN/m2 (1% de alongamento) por um segundo;
Dispersão por modo de polarização (PMD): <= 0.2 ps / (km) -1/2
Comprimento de onda de corte: < 1285 nm
Variação na atenuação para as temperaturas de operação extrema: -10ºC à + 65ºC em 1550 nm:
< 0.025 dB/km
As fibras ópticas dos lances fabricados deverão ser contínuas, não sendo permitidas emendas
durante sua fabricação.
A atenuação das fibras, quando enroladas com 100 voltas em torno de um mandril de 75 mm de
diâmetro, deverá se manter inalterada.
As fibras ópticas deverão manter integridade óptica e mecânica quando expostas às temperaturas
operacionais de -10 ºC a + 65 ºC.
As fibras ópticas deverão possuir revestimentos primário e secundário de materiais plásticos,
utilizados para proteção das fibras durante a fabricação, manuseio e uso. Os revestimentos das
fibras ópticas deverão ser removíveis, de modo a permitir a realização de emendas e terminações.
Os revestimentos das fibras ópticas deverão ser constituídos de materiais compatíveis com os
materiais constituintes das fibras e do cabo, devendo ser inodoros, não tóxicos e sem causar
danos à epiderme.
As fibras ópticas deverão possuir como parte integrante de seus revestimentos, materiais com
características de proteção térmica contra gradientes de temperatura provocados por correntes de
curto-circuito. O revestimento das fibras ópticas deverá ser tingido com tintas que proporcionem
condições de formar grupos de cores facilmente identificáveis. O revestimento das fibras ópticas
deve apresentar uma coloração uniforme e contínua, com acabamento superficial liso e sem
rugosidades ao longo de todo o seu comprimento. As cores originais das fibras deverão
permanecer inalteradas durante toda a vida útil do cabo metálico. Os grupos de fibras ópticas
devem ter um meio de serem identificados de maneira única.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
2
________________________________________________________________________________________________
4.2 Cabo Tipo 01 – Rede MT Rural
São permitidos 2 (dois) tipos de cabo: metálico ou dielétrico. Cada cabo deve ser instalado com os
acessórios adequados para cada tipo de cabo. Não será admitida a colocação de postes (ou
qualquer tipo de estrutura) entre as estruturas da rede de transmissão de energia elétrica de média
tensão. Não serão aceitas mistura de cabos metálicos e dielétricos em um mesmo lance.
4.2.1
Cabo Tipo 01 Metálico – Rede MT Rural
O cabo metálico deve ser instalado como cabo mensageiro e deve atender às solicitações
mecânicas máximas permissíveis nas estruturas. Deverá, eventualmente, por necessidade do
sistema elétrico, permitir a circulação da corrente de curto-circuito, embora a sua função seja
predominantemente como mensageiro, suportando no mínimo a temperatura de 200°C. Quanto às
fibras, o cabo metálico deve fornecer total proteção, de forma a não alterar nem degradar seu
desempenho.
Todos os materiais a serem usados na fabricação do cabo e acessórios devem ser submetidos à
inspeção e ensaios rigorosos. Todos os materiais devem ser ensaiados de acordo com os
requisitos da norma aplicável ou outro método aceito pela CONTRATANTE.
Todos os materiais fornecidos devem ser fabricados de maneira esmerada, usando mão-de-obra
especializada nos diversos ofícios e de acordo com as mais modernas técnicas de fabricação.
Constituição Básica do Cabo metálico
O cabo metálico será composto com fibras ópticas para telecomunicações, contidas em uma ou
várias unidades ópticas dielétricas, protegidas por um revestimento metálico que, por sua vez, é
envolto por fios metálicos encordoados em camadas concêntricas simples ou múltiplas. O cabo
deverá ser montado com fibra monomodo especificada no item 4.1.
Unidade Óptica
A unidade óptica deverá ser projetada para abrigar e proteger as fibras ópticas de danos causados
por esforços externos tais como esmagamento, dobramento, tração e torção, e para ter a finalidade
de proteção contra umidade.
A unidade óptica deverá ser totalmente dielétrica e a sua configuração pode ser do tipo "tight" ou
do tipo "loose". No caso das fibras agrupadas em estrutura "loose", as mesmas devem estar
alojadas no interior de um tubo termoplástico ou metálico preenchido com geléia.
Elementos tensores de material não metálico poderão ser utilizados para limitar os esforços de
tração nas fibras ópticas alojadas no interior da unidade óptica. As fibras ópticas deverão ser
encordoadas sobre o elemento tensor.
O composto de preenchimento utilizado deverá ser compatível com todos os componentes com os
quais possa vir a estar em contato e deverá, ainda, absorver e/ou inibir a produção de hidrogênio
no interior do cabo, ser quimicamente estável na faixa de temperatura especificada, não tóxico e
dermatologicamente seguro.
Núcleo Óptico
O núcleo óptico deverá constituir-se, além das próprias unidades ópticas, de elementos
apropriados para alojamento e proteção das mesmas, podendo este elemento ser um ou mais
tubos metálicos.
O núcleo óptico e os fios metálicos encordoados deverão formar, conjuntamente, uma unidade
integrada, dimensionados para proteção das fibras ópticas contra degradação em suas
características mecânicas e ópticas provocadas por fatores externos, tais como vibração, vento,
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
3
________________________________________________________________________________________________
grandes variações de temperatura, correntes de curto-circuito e quaisquer outros efeitos
ambientais que possam produzir hidrogênio.
O núcleo óptico deve suportar esforços mecânicos inerentes ao processo de instalação e operação
da linha de transmissão, assim como ao curvamento do cabo até o raio mínimo garantido, sem
acréscimo de atenuação das fibras.
Os seguintes requisitos são aplicáveis ao tubo metálico:
•
O tubo deverá ser de liga de alumínio ou aço inoxidável e deve apresentar um acabamento
industrial limpo, isento de limalhas, inclusões, porosidades, protuberâncias ou reentrâncias
visíveis a olho nu ou perceptíveis ao tato, em sua superfície;
•
As dimensões do tubo devem ser uniformes na sua seção transversal e ao longo de seu
comprimento;
•
Caso o tubo seja de liga de alumínio, o processo de fabricação poderá ser por extrusão ou a
partir de chapa metálica soldada longitudinalmente, não sendo permitidas soldas transversais;
•
A solda longitudinal somente será permitida se realizada antes do tubo metálico estar em seu
diâmetro final. Durante o processo de soldagem 100% dos tubos deverão ser examinados por
meio de equipamento por corrente parasita, quanto à existência de porosidades;
•
Eventuais protuberâncias na superfície interna do tubo, provenientes do processo de soldagem,
não podem exceder a 5% do diâmetro interno do tubo, limitado a um valor máximo de 0,2 mm.
Fios Metálicos Encordoados
Os fios metálicos encordoados, dispostos sobre o núcleo óptico, constituem o cabo pára-raios
propriamente dito. Devem ser capazes de permitir a circulação da corrente de curto-circuito sem
alterações nas características das fibras ópticas.
O cabo metálico deve ser constituído por coroas de fios de aço-alumínio. O diâmetro dos fios deve
ser, no mínimo, de 2,3 mm, de modo a dar ao cabo alta resistência à corrosão (em função das
condições climáticas do local) e a vibração.
Os fios de aço-alumínio deverão ter suas características conforme a norma ASTM B-415, com
condutividade elétrica mínima de 20,3% IACS a 20 ºC.
A superfície dos fios metálicos deverá ser perfeitamente cilíndrica e livre de imperfeições, graxa,
partículas metálicas e sujeira.
Os condutores podem ser constituídos de múltiplas camadas concêntricas com o sentido de
encordoamento invertido entre camadas sucessivas e com a camada externa tendo sentido de
encordoamento à esquerda. Os fios devem ser encordoados adequadamente de forma a que a
estrutura do cabo projetado evite o "engaiolamento".
O comprimento do passo da camada externa deve ser preferencialmente de 13,5 (treze vírgula
cinco) vezes o diâmetro externo, e não deve ser menor que 10 (dez), nem maior que 16
(dezesseis) vezes esse mesmo diâmetro.
Não serão permitidas emendas de qualquer espécie nos fios acabados.
4.2.2
Cabo Tipo 01 Dielétrico – Rede MT Rural
A presente especificação estabelece os requisitos técnicos para o fornecimento de cabo óptico
dielétrico auto-sustentado para instalação na rede elétrica de média tensão na área rural. Deverá
ser especificado cabo dielétrico adequado para instalação nos vãos existentes sem a utilização de
postes ou estruturas intermediárias.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
4
________________________________________________________________________________________________
Constituição Básica do Cabo Dielétrico
O cabo deverá ser do tipo auto-sustentado e adequado para as distâncias entre estruturas
existentes.
O cabo óptico dielétrico deverá ser constituído por:
•
Fibras do tipo monomodo conforme item 4.1.
•
Cabo óptico totalmente dielétrico. Elemento central e elemento de tração não metálico.
•
O núcleo óptico deve ser revestido por fita ou fios (tipo fita de bloqueio de água), de material
não higroscópico, ou ter seus interstícios preenchidos com gel ou material semelhante que
impeçam a penetração de umidade ao longo do cabo, conforme especificação NBR.
•
Revestimento externo de polietileno ou copolímero
•
Reforçado com fios de aramida ou material similar de modo a suportar instalação em vãos
aéreos conforme especificação sem a colocação de estruturas intermediárias.
•
Para ambientes sujeitos a campos elétricos maiores e até 25kV/m, deverá ser utilizado um
material de capa resistente ao Trilhamento Elétrico.
•
Diâmetro externo máximo do cabo deve ser de 15,0 mm.
Unidade Óptica
A unidade óptica deverá ser projetada para abrigar e proteger as fibras ópticas de danos causados
por esforços externos tais como esmagamento, dobramento, tração e torção, e de proteção contra
umidade.
A unidade óptica deverá ser totalmente dielétrica e a sua configuração pode ser do tipo "tight" ou
do tipo "loose". No caso das fibras agrupadas em estrutura "loose", as mesmas devem estar
alojadas no interior de um tubo termoplástico ou metálico preenchido com geléia.
Elementos tensores de material não metálico deverão ser utilizados para limitar os esforços de
tração nas fibras ópticas alojadas no interior da unidade óptica. As fibras ópticas deverão ser
encordoadas sobre o elemento tensor.
O composto de preenchimento utilizado deverá ser compatível com todos os componentes com os
quais possa vir a estar em contato e deverá, ainda, absorver e/ou inibir a produção de hidrogênio
no interior do cabo, ser quimicamente estável na faixa de temperatura especificada, não tóxico e
dermatologicamente seguro.
Núcleo Óptico
A seleção das fibras que irão compor o núcleo óptico, de uma determinada bobina, deverá garantir
que não haverá diferenças do diâmetro de campo modal maior que 0,1 µm, em relação às mesmas
fibras das mesmas unidades básicas das bobinas com as quais serão fundidas.
A construção do núcleo deve fornecer proteção térmica adequada de modo a evitar danos às fibras
ópticas e às unidades básicas, evitando adesão entre elas, causada pela transferência de calor
durante a aplicação do revestimento.
Elemento de Tração
Deve ser não metálico, podendo ser incorporado ao núcleo do cabo como suporte central,
distribuído sobre o núcleo ou no revestimento externo, devendo ser dimensionado para suportar as
tensões mecânicas durante a instalação e operação do cabo.
A carga de ruptura do cabo óptico auto-sustentado deverá ser compatível com os vãos
apresentados.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
5
________________________________________________________________________________________________
Revestimento Externo
O revestimento externo deve ser aplicado por extrusão sobre o núcleo. Deve ser de polietileno ou
copolímero na cor preta, resistente à luz solar, às intempéries e retardante à chama.
O revestimento deve ser contínuo, homogêneo, de aspecto uniforme, isento de furos ou outras
imperfeições.
O polietileno ou copolímero deve ser preparado a partir de matéria-prima virgem, não sendo
admitido material reaproveitado.
O revestimento deve ser submetido à prova de centelhamento, passando-se o cabo, após o
processo de extrusão da capa de polietileno ou copolímero, através de um eletrodo de corrente de
bolas ou equivalente, de maneira que cada ponto da superfície externa da capa seja submetido à
tensão.
O diâmetro externo do cabo deve ser especificado pelo fabricante, devendo obedecer a NBR 6242.
Normas aplicáveis
O cabo óptico dielétrico aéreo auto-sustentado deverá estar em perfeita consonância com as
seguintes normas técnicas:
•
NBR 14160 Especificação de cabo óptico dielétrico auto-sustentado
•
NBR 15330 Cabo óptico dielétrico auto-sustentado para longos vãos
•
NBR 14104 Procedimento de amostragem e inspeção em fábrica de cabos e cordões ópticos
•
NBR 13975 Método de ensaio para determinação da força de extração do revestimento das
fibras ópticas
•
NBR 14706 Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos – Determinação do coeficiente de absorção
de ultravioleta – Método de ensaio
•
NBR 9148 Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento acelerado –
Método de ensaio
Deverão ser utilizadas as versões mais recentes das normas citadas em toda esta especificação.
4.3 Cabo Tipo 02 – Rede MT Urbana ou Rede BT Urbana
A presente especificação estabelece os requisitos técnicos para o fornecimento de cabo óptico
dielétrico auto-sustentado para instalação na rede elétrica de média tensão na área urbana e rede
elétrica de baixa tensão urbana. A rede MT Urbana tem uma distância média de 60 m entre as
estruturas e a rede BT Urbana uma distância média de 40 m entre postes. Nesta situação, será
admitida a colocação de postes intermediários entre as estruturas existentes.
Constituição Básica do Cabo Dielétrico
O cabo deverá ser do tipo auto-sustentado e adequado para as distâncias entre estruturas
existentes.
O cabo óptico dielétrico deverá ser constituído por:
•
Fibras do tipo monomodo conforme item 4.1.
•
Cabo óptico totalmente dielétrico. Elemento central e elemento de tração não metálico.
•
O núcleo óptico deve ser revestido por fita ou fios (tipo fita de bloqueio de água), de material
não higroscópico, ou ter seus interstícios preenchidos com gel ou material semelhante que
impeçam a penetração de umidade ao longo do cabo, conforme especificação NBR.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
6
________________________________________________________________________________________________
•
Revestimento externo de polietileno ou copolímero
•
Reforçado com fios de aramida ou material similar de modo a suportar instalação em vãos
aéreos conforme especificação sem a colocação de estruturas intermediárias.
•
Diâmetro externo máximo do cabo deve ser de 13,0 mm.
Unidade Óptica
A unidade óptica deverá ser projetada para abrigar e proteger as fibras ópticas de danos causados
por esforços externos tais como esmagamento, dobramento, tração e torção, e de proteção contra
umidade.
A unidade óptica deverá ser totalmente dielétrica e a sua configuração pode ser do tipo "tight" ou
do tipo "loose". No caso das fibras agrupadas em estrutura "loose", as mesmas devem estar
alojadas no interior de um tubo termoplástico ou metálico preenchido com geléia.
Elementos tensores de material não metálico deverão ser utilizados para limitar os esforços de
tração nas fibras ópticas alojadas no interior da unidade óptica. As fibras ópticas deverão ser
encordoadas sobre o elemento tensor.
O composto de preenchimento utilizado deverá ser compatível com todos os componentes com os
quais possa vir a estar em contato e deverá, ainda, absorver e/ou inibir a produção de hidrogênio
no interior do cabo, ser quimicamente estável na faixa de temperatura especificada, não tóxico e
dermatologicamente seguro.
Núcleo Óptico
A seleção das fibras que irão compor o núcleo óptico, de uma determinada bobina, deverá garantir
que não haverá diferenças do diâmetro de campo modal maior que 0,1 µm, em relação às mesmas
fibras das mesmas unidades básicas das bobinas com as quais serão fundidas.
A construção do núcleo deve fornecer proteção térmica adequada de modo a evitar danos às fibras
ópticas e às unidades básicas, evitando adesão entre elas, causada pela transferência de calor
durante a aplicação do revestimento.
Elemento de Tração
Deve ser não metálico, podendo ser incorporado ao núcleo do cabo como suporte central,
distribuído sobre o núcleo ou no revestimento externo, devendo ser dimensionado para suportar as
tensões mecânicas durante a instalação e operação do cabo.
A carga de ruptura do cabo óptico auto-sustentado deverá ser compatível com os vãos
apresentados.
Revestimento Externo
O revestimento externo deve ser aplicado por extrusão sobre o núcleo. Deve ser de polietileno ou
copolímero na cor preta, resistente à luz solar, às intempéries e retardante à chama.
O revestimento deve ser contínuo, homogêneo, de aspecto uniforme, isento de furos ou outras
imperfeições.
O polietileno ou copolímero deve ser preparado a partir de matéria-prima virgem, não sendo
admitido material reaproveitado.
O revestimento deve ser submetido à prova de centelhamento, passando-se o cabo, após o
processo de extrusão da capa de polietileno ou copolímero, através de um eletrodo de corrente de
bolas ou equivalente, de maneira que cada ponto da superfície externa da capa seja submetido à
tensão.
O diâmetro externo do cabo deve ser especificado pelo fabricante, devendo obedecer a NBR 6242.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
7
________________________________________________________________________________________________
Normas aplicáveis
O cabo óptico dielétrico aéreo auto-sustentado deverá estar em perfeita consonância com as
seguintes normas técnicas:
•
NBR 14160 Especificação de cabo óptico dielétrico auto-sustentado
•
NBR 14104 Procedimento de amostragem e inspeção em fábrica de cabos e cordões ópticos
•
NBR 13975 Método de ensaio para determinação da força de extração do revestimento das
fibras ópticas
•
NBR 14706 Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos – Determinação do coeficiente de absorção
de ultravioleta – Método de ensaio
•
NBR 9148 Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento acelerado –
Método de ensaio
Deverão ser utilizadas as versões mais recentes das normas citadas em toda esta especificação.
____________________________________________________________________________________________________________
o
CONCORRÊNCIA N 00x/2008 – SEPLAG
8

Documentos relacionados

Implantação e construção das Redes de Fibra óptica

Implantação e construção das Redes de Fibra óptica constantemente nos deparamos com novos conceitos em tecnologias em termo de meios de transporte das informações. É nessa idéia que surge a fibra ótica, que garante nível elevado de fiabilidade a ní...

Leia mais

Manual de Projeto de Rede de Fibra Ótica

Manual de Projeto de Rede de Fibra Ótica cabos e comprimentos de enlaces ópticos. PEAD (Polietileno de Alta Densidade): Tipo de polímero indicado para fabricação de dutos subterrâneos, com alta resistência e durabilidade. POP (Point-of-Pr...

Leia mais