Estimular o Artesanato com Argila - IDS
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Estimular o Artesanato com Argila - IDS
Estimular o Artesanato com Argila (ARTECV) Participantes: Daniela Angélica Costa Elaine Cristina Vaz de Almeida Glady Duarte Correia Leidiane P. da Silva Bernardes Renata Pereira Rezende Descrição: O Artesanato em Cerâmica Vermelha é uma atividade desenvolvida por artistas e artesões, que tem como finalidade fortalecer a cultura local e proporcionar as comunidades pertencentes a região norte do Estado de Goiás um maior conhecimento ao universo da arte/artesanato, buscando através da arte educação mobilizar os atores local na construção de uma perspectiva volta a sustentabilidade da região, contribuir para construção de atividades que favoreçam a produção de peças que sensibilize a comunidade ao universo artístico e o inclua no mercado econômico do país. Evoluções Passadas: Desde os primórdios, o homem veio fazendo incontáveis utilizações da terra e seus minérios, tendo em vista as demandas das humildes necessidades de utilização dos utensílios, seja em sua vida material, seja em sua vida espiritual, construir a casa, cozinhar, conservar os alimentos, ter imagens e enfeites. Assim a cerâmica nasceu com o homem, não se desconectou dele e é indicadora de sua engenhosidade e capacidade de invenção. Estudiosos confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo fogo. Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se e até hoje é utilizada como matéria - prima de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas e artesãos. Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.c) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais. No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó na segunda metade do século XVIII, onde ocorreram escavações na Amazônia, especialmente na Ilha de Marajó, sendo o centro de Santarém o mais generoso com os pesquisadores. O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região. O artesão é aquele que, através da sua criatividade e habilidade, produz peças de barro, palha, tecido, couro, madeira, papel ou fibras naturais, matérias brutas ou recicladas, visando produzir peças utilitárias ou artísticas, com ou sem uma finalidade comercial. Ele trabalha sozinho ou com assistentes e tanto pode fazer peças únicas como trabalhos em série, contando ou não com a ajuda de ferramentas e mecanismos rudimentares ou semiindustriais. Existem no estado alguns municípios como Goiânia, Anápolis, Cidade de Goiás, Ipameri entre outros, inclusive com artistas renomados como Antônio Poteiro que contribuíram e muito para a história da arte popular com cerâmica em nosso estado. Mediante a todo processo histórico da cerâmica artesanal no estado faz-se necessário um maior conhecimento para ter mais apropriação dessa atividade e implantarmos na região norte, pois em pesquisa realizada não obtivemos dados consistentes de registrados sobre essa atividade na região, o que obtivemos foram relatos de que as mulheres que num passado recente confeccionavam potes, vasilhames e vasos para serem utilizados nas atividades domésticas e como adorno dos lares. Variáveis que provocaram as evoluções: Fortalecer o Associativismo e o cooperativismo (Fortalecimento da ASCENO) Fortalecer a parceria entre os segmentos educacionais e as indústriais Investir em formação e capacitação das pessoas com viés arte educação Agregar valor ao produto (artesanato cerâmico) Situação atual das variáveis provocadoras das evoluções: O estado de Goiás é divido estatisticamente em cinco mesorregiões, dezoito microrregiões e 246 municípios segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mesorregião do Norte Goiano é formada pela união de 27 municípios agrupados em duas microrregiões. A cidade mais populosa é Niquelândia com cerca de 46.380 habitantes. Porangatu vem logo atrás com cerca de 40.099 mil pessoas. A região faz limites com Leste Goiano, Centro Goiano, Noroeste Goiano, Extremo Oeste Baiano (BA), Ocidental do Tocantins (TO), Oriental do Tocantins (TO), tem uma área de 56.509.364Km2 população 305.886 habitantes. O PIB segundo IBGE de 2010 é de 4.651.966.102,00 e o PIB per capita é de 16.226,21. Diante desse contexto a cima referendado, a atividade com artesanato cerâmico não tem contribuído para o desenvolvimento atual da região. Tendências Futuras das variáveis provocadoras: O que podemos concluir através da conjuntura atual é que se não houver esforços para elaboração de políticas de interlocução entre a comunidade/escola/indústria a tendência futura e continuarmos na situação atual, sem políticas que estimule o desenvolvimento do Artesanato Cerâmico na região norte do Estado. Rupturas Futuras das variáveis provocadoras: O artesanato cerâmico tem como principal meta busca o fortalecimento da economia local e promover uma relação dialética entre escola e indústria. Tendo como foco o conhecimento, a inovação e a tecnologia como suporte para o envolvimento dos atores locais. Criando nessa perspectiva um espaço de diálogo de manuseio da argila de várzea para construção de peças decorativas com viés artístico, valorizando os artistas e os artesões da região. Promovendo o desenvolvimento sustentável regional com atividade do artesanato cerâmico, contribuir para confecção de peças artesanais com qualidade e beleza. Detalhamento das variáveis: Propor a comunidade, escolas e indústria pertencentes a região do norte goiano um maior conhecimento ao universo da arte/artesanato; Mobilizar os atores locais para fortalecer a cultura local através do artesanato cerâmico; Incluir no Projeto Político Pedagógico das unidades escolares – Arte educação em artesanato com argila; Implantar espaços pedagógicos nas unidades escolares e espaços de oficinas nas indústria de cerâmicas para produção de artesanato cerâmico com argila de várzea ; Promover feiras nos municípios para promover a venda das peças produzidas pelas unidades escolares, indústria e consequentemente contribuir para a divulgação dos produtos. Definição de Hipóteses Hipótese 1 Se não houve mobilização e conscientização das unidades escolares e das fabricas o artesanato cerâmico não poderá contribuir para o fortalecimento da cultura local Hipótese 2 Se não houve participação e envolvimento dos atores locais e espaços destinados as oficinas (comunidade, escolas, indústrias) não haverá fortalecimento da economia local, consequentemente as crianças, os jovens e os adultos não terão o conhecimento do universo arte/artesanato e das melhorias que podem proporcionar a variável nas dimensões: educacional, social e econômica. Hipótese 3 Em 2034 a região norte do Estado de Goiás que é privilegiada com a matéria prima – argila de várzea terá espaços estruturados nas escolas e indústria com a produção de peças de artesanato cerâmico, comercializados em todo o país. Referência Bibliográfica: JARDIM, Márcio. Aleijadinho: uma síntese histórica. Belo Horizonte: Stellarum, 1995. 225p. MARTINS, Judith. Dicionário de artistas e artífices dos séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Salvador: UFBA, 1976. 210p. MOURÃO,Paulo Kruger Correa. As igrejas setecentistas de Minas. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. 180p. STEINER,Claude M. O outro lado do poder. 2ª Ed. São Paulo: Nobel, 1986. 197p. IBGE :: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística