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Vol. VII—No. 81.
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"New-Yorh Times" BuikUng, Nos. 22, 23 <••
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O NOVO
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THOMAS NORTON & Co., L. WATOBURY & CO
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Portn iorea
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todos o,h Salibtulcs.
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Hão oontractailos polo (Inverno pura cotlducofio dlifl malas
YORK e HAVRE,
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Babem regularmente daquelles portos cudn 7 diu». O próxima (PBREIHE)
sahlrá a g de Agosto IU4 P M.
Preço* da passagem; da M'.\v vmiK ao IIA YltK «u l'I.VM<it '111. primeira ordem íllOolISO, segund . ordem
Í7.'. Km bilhetes de Ida e vol Ia !«• por cento ds desconto. Ma lambem ulpuns bellchcs nu proa u ííi! com comida.
As fcccomtnodnçôos desios vapores silo elegantes e facultam todos ns nconchegoa no» passageiros. j^,,
No eu»!., da passagem .sta Incluído o vinho.
!'• r esta linliii o* vtnjantos qne desejam ir ..¦• continente europeu evitam o tramita de Llverpopl no Canal du
Miinchii a " atruvoss ar tão luoommodo deste mesmo canal. Isto, além d»h maiores despejai dn viagem,
Para frete o passagens, dirljiim-n- ho Agente I.OU1S DE HI:;liIAN, 55 Iliondway, NewJYork.
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dos do Cordonlhu Sisul e «lo Manilha, o de
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SÃO OAlíANTIDOS.
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i:><; ITrÒiif Sfcrè«3t,
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E' 'j titulo du niuis iiiipoftiinte obra sobre
Pliotographin «iuií jám ds foi publicado no,
Hespanhol. E' lllastradu de puotogropblas
e de gravuras em madeira, e nos últimos ciescobrimentos da arte.
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ou deixar entrar \>.«-t<:\ un machina. Pôrfn-so t.-r Inteira
confiai en nn »nn iwçiio, 6 dn tuuiin conveniência pnm "
possuidor e o-m sido tnufiu reoommendndn
impronst sclentillcA e nn geral pelo* vendedores pela
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Tombem »«• fnbr caiu ohsvos pnrn reiojocim». idênticas
n Min*. Deseja-so vender p.>r Intermédio do rolojoolros,
Distribuem sn olrrulnres .'.s. BlltÕll A CO.
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Pílulas Catliíirl iras
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;>«mi cura >le Indigutão, />yHmUria, Ihhtt Ur Cabtai
firt/ít/xto lihiumntirmo, F!jtnmtign A ir do, Mau Hálito
ErupçSuda l'rlle., lliiit, In.
Jlammatão do Fígado Hydrniiiio, Tumorrt, Itichai,
tVoMu. tSevralgia, t em sum"" wii
)xira }>ur\ficar o sangue,
KstaS pl'uViu conlctjm o» Ingredientes metllcinncsque
se |«Hlt>m desejar cm um retnèttlu purjrniivo.c, |Mir sun
colnpo*lçi5ii, sustam multas inidesllns que começam |» r
dcnrntiij.i de <'*liniiiiífii llfíailo ou ventre. A ni-cão quo
prodüseuwno canal nlimi" t cio, onde s- nclm n mule*t!n
ou 1,'nãii, é iinif.irinp. corta t* Scjrum. Apvwu do nêo
Conterem Keretirlo, nem sntvstitnulns violentas »« ilelelcrins, ode, ]>»lo çunlrnrío. serem Innornntes ai6 mesmo
pam ns crianças imliivi» ellas são basinute cthYnics purn mliiiir sobre »* miiís rijit» cuest lulçôes o |<<>nt eonllMtter infctuildiulc» Inveteradas. Uma expertoucin sobro
seus ciTcitos que »6 alcança qoasl vinte nnnos, tem compii.vii.lnqnc a cniip.* çfui destas pílulas 6. ml qu.- prottui noo?ffan!s(iiu hntunno *» itívlluimürcsnUncloít quo ms
podeni nttinirtr. Elias sfiu lotelfainenle vegotact; uui!>
ctmsNtein, un maior doso, dos suecos concentrados de
plivntii» que, .«Ao ntuit" inai» ellhiuis, dt> que a« nuas fl
bra» pulvertsnS. As virtudes metllclnnes de* succ<« .«i*u
conservadas em uma fiirmula solida e solúvel e protevfda» \<*>r íh\\v\* inip. rmeinvout nu ar. o «le-tto modo se ctiaisnratu |n>r longo* «qno».
t-RRP.VRADA IT.I.O
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"$1)00;tinta
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Imprimindo <> por 8 polegadas, tipo e
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01VIL B MKCM AN.CA NO todo 6 material em proporção a esse tamanho
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J^ . ,.,nii,„!m,r Vt<Wut.hul,
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r.Bffenhftrin Mineira; Chlinlca a Metalurgia; ( urso _
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e Consignações,
NEW YORK.
Olnsslco : Ki.inron. Alliinõo: Llttcrntnm Ingloza; Dl," ensinos oeste <-statM- .oclmento saosummamèntepraO'
rellòa IntTnncionnl e ('onstitucioDat; PsycholoKtaePbi- tlctfs e Insupemvds por qualquer outro tio pni». A II
lotophla Chrlstan —Endereço
.Septembro começara a matrinula nnnual puni o curso
do
• «P~W Para mais informações dirijamTh> K«. JOUH it LEA Virr D. />.. rrwdcnt, seR^{''^"
ao DIreotor Prof Cuahi.kk DROWNE, Troy, N. V.
BETHLEHEM, r.nna.
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' ... ,,..t"r , i,, n.i, i"1, .<iUhiiui.ua
~v r-TVr-';r'ii^r;n...-;rií'fi;;'-'^¦•¦^¦•¦¦•"«asrattgxaa
HEiTKMiutn. 18771
O NOVO MUNDO.
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•^sr.T--;-.,T?rri'..;r.,-r
O. O. ,J A 31 ÍÇ & .
Estabelecida em 1849.
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78 Reade & 99 Church St., New York.
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Ui:a Piti.MKiito dr Março,
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A Gommlssílo Oèntenmirln dos Kstadus Unidos oonaedeuo
primeiro premiu neste rnmo u HK.MINWAV &.SONS em
nr/úii du supaiioridado «les seus «rtlgos sobro ob outros oxpostos,
Olmmn-sa attenção espcairtl dns noimnorolantos puni n nossa 8c«ln il«- Onrr«t}«l e 8edn Dobriúln de qualidade superior, do oouipriiticnlo o poso giirautido, ospe<
oialmento adaptada .'i Mocliiuns de costura.
iu: NVatkubühy'' fabrica
Relógios de Parede, Americanos,
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il" toila a vnrlcáadc, com cal.vna do .lac-aniiidá, íoito o bronze,
próprios paru RESIDÊNCIAS PAUTKTI.AHKS, EDIFÍCIOS
PÚBLICOS, ARMAZÉNS 10 NAVIOS. Os Iraballios iIoWateb
......
MumMiiiintv Ci.ock Co., por sua variedade neijoleno ò bnríitcsa, silo os
„,,,"*! ...,„..,..,
SftEi-V^ A-^Sfrt"^^.....!!.. „.., i,n ú America.
ROBEET PATOI «fc SON,
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A nova mosa o Iraiieo pura esnliolas, denominada TUR ASSICMBIA' ItOOSt DF.sk AND SBTTKK 6 mu ípopular, Po lom dobrar-se, o quando fechados ocoupiim menos ii« um pfi do ospuço om lariruia, deixando assim
mais logar para ósmenltios tomarem seus assoutos o delles snlilrem, fn/.uroin dxeroiclos gymnnsticos etc., o
para
so limpar a Boallio, Suo especialmente bom ndaptadus puni o transporto, porquo podem ucondioionur-se om vo
lumes mui pequenos o armar-Bc com toda u fuoilliludo quando ohegadoB a sou dostino.
Enviamos catálogos illustrados para qualquer parto, sondo pedidos. Dirijum-so pessoalmente ou
por carta
franqueada a
ROBERT PATON
VÍO Grove Stx-eet;
& SON.
ccHPP, .^aí^5%:.:-^^,í5Ç:.a - ...-.c;----
MACHINA A VAPOR TRANSPORTAVEL.
Força, !) ca vallos; Preço, nionlada em rodas, $1,17") (dollars).
IN<»w Voi-Ic, EsttKlosiíiiidoK.
" §11S Ilil § If III §§1PàI¥/!
Cleveland, Ohio, Estados Unidos,
,
Fabricantes de
Chapas de ago para caldeiras e fornalhas,
Eixos de ago de toda a casta
Aço para molas e machii\ismo delicado;
Ago fundido de toda a casta
ãJspecialiflatle tle pecas necessárias
para obras tle rias férreas
e navios
Preço das Machinas de diversos tamanhos, inclusive an rodas :—!) CtlVílllÒS, $V17,*>; 1*2 cavallos,
'20 cnvallos,
$2,050; 25 cnvolloa; $2,250. sj «:«
$1,500; 15cnvall0S, $1,650;
Toclns ns Mocbinns são cabalmente provadas antes de salrirem tia ollicinn, e silo
inteiramente bem ncnbatlns.
lOstã provado de Holitíjo (pie nossas Mncliinns consomem, em circumslancias favoráveis,
¦iponns 1.150 gnimnlns de combustivpl por hora, para enda cnvtillo de força. Poucas são
feitas com tanto cuidado i? esmero sendo ao ninsmo tempo tão ecoíiomictis como esta.
Net'liiiina mista menos carvão produzindo a in"sniu força proporcional com o mesmo
gasto de combustível. Sem demandarem mnis cuidados do quo as outras,, são em todos os
sentidos mnis eíllcazes.
São perfeitamente reguladas;
Ah caldeirns são do ferro mais tino ; as caixas do vapor, de liimiir s pesadas de aço, cax
pazes de resistirem uniu pressão de noventa kilos ]ior polegada qnadradni '
Os cilindros leviitn a vnlvuln equilibrado, todas us partes se ajustnm perfeitamente, movem-se coiii lodn n docilidade o segurauça,
Todas são accompanliades da nossa valvaln de patente para abrir c fechar o nrilicio do
canudo e paru serem limpas eeni perigo olgum ijiie so rubetit • a bomba ou os parafusos,
LISTA DOS PREÇOS EM OURO, SEM AS RODAS.
Preços. Peso Aproximado.
Peso Aproximado. Cavallos.
vallos. Preços
12
15
20
25
*¦ Kslu
2000 lcilOá.
$ 025
•1500 kilor.
35*
2-250 "
§2500
1250
"
¦15
2500
5250 "
2900
M00
3100
3000 '
80
6000 "
1775
"
55
2501)
3300
0750 "
1075
machina serve ospeolalmonto para serviço do serra Hei ma e teia a foniiitliu o caldeiras mui grandes.
Diriiam se a
DESCASCADORES DE ARROZ,
PAKA FOKÇA
DE BRAÇOS E DE VAPOR, FABRICADOS
UNICAMENTE
1'liK
GEO.
L.
SQUIER
&c
BRO.,
Buffalo, New York, U. S. A.
1
Estes novos descascadores cie arroz e
tle café, inventados por i-st.i celebre eusn, e por ella privilegiados, teem tido
iiiiiitn Kiihidii c liãu revolucionado o mitit-o systenui de limpar o café e o arroz
em todo o inundo.
Remeltemos calalot/os
se inserlará nos prineipaes jornaes pela
insitjnijioanle somnia de
S700.
"^¦1
¦M^stJsrBHBH^BiiksJt'' \
184-7.
Gratuitamente se enviara
UMÃ LISTA liMfKKSSA
contendo iuformaçiDes e nomes
dos jornaes diários
e suus edições suiiiuiiurius, preços dos aiuiuiiuios, da assignatura, etc. etc.
Fabrica de Rodas de Carros para Vias férreas.
supprimos
^
que poderá ser satisfeita por meio de lettras de
cambio pagavois em trez mezes.
A. WHITNEY & SONS,
Também
MACHINAS A VAPOR
para 1877.
^«^sffltísiBr/^ss-í
'dh.islro.d6s,
Estabelecida em
GRANDE REDÜGÇÃ0
DE PREÇOS!
POR AX.\l'M'l<>S QUE SE COBRAVAM
CJeo. L. Squier & lho.,
Buffalo, New íork, tj. S, A.
'""'^>lr-..r
R. H. ALLEN & CO.,
New York.
89 e 191 Wate St.
Eixos.
PHILADHLPJI/A, IJ. V. A.
Dirijam-so a
GEO.
P.
ROWELL 8c
GO.,
Agentes de Annunc-ios,
41 PARK R0W, NEW YORK.
São mais efllcàzes < mnis completas, e mlaptiidis epin mar r iacilid-.ide. ás diversas applicações da mechonicà e apricutúra do que
quaeFquer outras que se iclinni no mercado.
Vinte annos de experiência de fabricação
teem resultado em grahcíés rriellioramèntos
practicos, niant.doa reputi ção e estabelecido
o sue cesso das nossas Maclnuas a Vapor.
Mandarem, s as pessoas, que as pedirem,
Circula res déscriptivas, contendo nttestados
a respVito das no.-si.s Machinas n Vapor Transporlaveis, lista.-ioiinrias e das que são destinadiis ã Agricultura.
W00D, TABER & M0RSE.
Eaton, Madison Co., New York, E.U.A.
f
IV
O NOVO
[SgPTBMnRO, 1877
MUNDO.
!"SSr:*'.!^rS-í5tES^" SSS.-~-
SENHORA QUE FALLA
' IM Inibiu-,
|rMA
fntnreza, IngloZA, illlctliã. c ituliana «letieja ilttr llç&Õfl t-n. «|Hi*l«|ii«T tlafcl 14 lin»
,;ii>i-, it um hf.il.nr li- •>)¦ itili' 1. un. Iròcfl polo
qH0 tomará 1 i«;•"»•-« na lindou lii'H|miilii|u.
I)irijati..wtit Mm MITCHKLL.
<:rt \\\m :j.'ith Street
FREiXCM^S HOTEL
?****:
RM FRENTE A' CASA DA CÂMARA
MUNICIPAL, E PAlfK IttiW.
Y O H. HL .
KT H2 \7Sr
CniMiNARS,— A vida e saiule híVi tlooa de Derxp, e é
aa a perigo por ntisfut riogligeucln. Potlomoa, kí
i-\pnl
DOENTES
pecondo
itlliviar os incoiiiinodot) do ostomaRO,
promptiuncnto
qnizermoH,
dos itiitístintiH. do llRtitlt» e tios nervos, qno roaultam em àvHpepBÍà,
tij-Henteriii, tiiarrl.eu, n.i.I ii«i figndo e piinilyhia chroniciiH, oinprcgnndbo
SELTZEK
Scltser .tpcrieiste K/rerresretite dcTarrant.
E'fueto provado pela experiência
raüvo agradável o bonffko impodira
leves onlminen era dconças férias,
Curai |ogo oa primeiros Byroptomas
<*.AitJ>rvi-cit «& oo.
DiMi.idur i-e tin uns canis o nin crime.
A' venda nas principnes droguonu <• pbarmadai do Brazil.
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do trit.ia aunos que esto altosempre quo es meou. modem
si l«'r nilraii.istmdo ii tempo,
com este remédio inestimável,
R. 0A88BL8 «tyCo., Airent.'* gorat» no Hnir.ll.
& --?' &&?'¦>
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Oullei-y
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194
O NOVO MUNDO.
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Nkw Yukk, Septemrrò, 1877.
NOVA UNHA DE RAQUETES.
Apezar do aflignrar-sc-nos verdadeiro logar commum a demonstração
da necessidade de communicações
directas, por meio de uma linha de
vapores, entre o Brazil e os Estados
Unidos, á vista das reconhecidas neccssidade do commercio entre as duas
maiores nações da America e mutuas
vantagens no estreitar as suas relações, parecer (pie o assumpto não é
ainda muito familiar aos estadistas do
Sul e do Norte do nosso continente.
Temos nos Estados Unidos o maior
consumidor do nosso primeiro produeto, o café, e o maior fornecedor de
produetos para nós de primeira neccssidade, como a farinha de trigo, o
kerosene, o pinho, a banha, os materiaes de estradas de ferro e as machinas de agricultura,
No seu connnercio ( omnosco compram-nos os Estados Unidos muito
mais do (pie nos vendem, ao passo (pie
o prodigioso desenvolvimento das suas
industrias está carecendo de mercados
novos, e ao passo que nós vamos comprar á Europa o que este paiz nos
pôde fornece melhor e mais Barato.
Os estadistas daqui olham com desgosto para o saldo enorme (pie nos
pagam, mas não tractatn de levar-nos
as suas mercadorias cm maior escala,
e nós continuamos a comprar na Kuropa ainda aquillo mesmo que a Europa já compra aos Estados Unidos, e
lambem pela nossa parte não fazemos
muito em favor de melhor e mais profictio estado de cousas.
Permanecem
ambas as nações sem um tractado de
commercio, e até sem uma linha regular de vapores, pois é evidente que
não pôde servir a taes interesses a linha de vapores Inglezcs que actualmente faz uma viagem mensal do Rio
de Janeiro a I.iverpool com escalas
p*ílos portos da Bahia, Pernambuco,
Pará e New York, voltando directamente da Inglaterra ao Brazil.
Os
pedidos e ordens do commercio Brazileiro podem chegar regularmente ás
praças Norte-Amcricanas. mais só podim ser cumpridos por meo do lento
transporte de navios de vela, que
(liftu tlmente servem ás exigências dos
nossos mercados, fiara entregar cm
tempo os gêneros Norte-Americanos
cujo consumo, já está entre nós estabelecidò, e que nunca servirão para
introduzir outros produetos que só os
paquetes a vapor podem transportar,
pois dependem de viagens rápidas.
Demais, para quem estuda attentamente o mutuo interesse dos dons paizes não pode passar desapercebido o
f.u to notável de estarmos pagando
nós os Brazileiros e os Norte-Americanos uma onerosa taxa á Inglaterra,
só por não querermos tractar nós mesrnos do nosso negocio.
Todos os
milhões de produetos (pie as duas nações trocam ^ão balanceados, não
aqui ou nas outras praças Norte-Americanas, não no Rio de Janeiro ou nas
outras praças do Brazil, mas nas praças de Inglaterra.
A' vista da diminuição úã marinha
mercante destes Estados depois da
guerra civil e da inalterada falta de
iniciativa de nossa parte, quasi todo o
frete da mutua exportação e importacão do Brazil e Estados Unidos c feito
em navios Inglezcs.
Está calculado (pie no ajuste de
contas do commercio dos dons paizes
ganha o capital Inglcz 2X p.e. e no
frete "}% p.c , o que constitue a taxa
de 10 p.c, que estamos assim pagando
a Inglaterra.
I)«r-nos-hão que isto e irremediavcl cmqttanto por um lado a balança
do commercio do mundo estiver nas
mãos da (Irá-Bretanha e as duas
nações Americanas não tiverem circulaçSo de moeda inetallica, e emquanto por outro lado a marinhamer(ante dos Estados Unidos não voltar
ao pé em (pie estava antes da guerra
para poder competir com a sua rival, c
nós não sahirmos da apalhia a que
nos condemnam a nossa falta de capitaes, é certo", mas também a nossa falta
de actividade, energia, iniciativa e
legislação apropriada.
.Não podemos crer (pie interesses
representados por tantos milhões não
possam ainda legitimar a creação de
bancos nos Estados Unidos e no Brazil para attenderem ás necessidades de
seu mutuo trafico, assim como ninguém
nos será capaz de provar (pie seja
mais barato o frete feito por navios
que para tomarem as nossas cargas
teem de vir do outro lado do Atlântico,
do que o frete feito por navios que
exclusivamente cruzassem as nossas
costas, sabidos dos nossos respectivos
portos.
Outros mais maliciosos do que nós
já teem dito que outras rasões estranhas ao terreno econômico, e de ordem
meramente política explicam a anomalta de se verem dons povos, que
teem tantos interesses em commum,
ainda hoje tão arredios um do outro.
Nisto não acreditamos, pois fora o
mesmo (pie querer deter as vagas do
oceano com paredes de areia. A grande
potência destes tempos é o commercio, e elle afinal ha de abrir seu eaminho por onde lhe convier.
O Sr. John Roach, de Chester,
Pennsylvania, um dos industriaes mais
ricos e emprehendedóres deste paiz,
estudou com acurada attenção este
assumpto. e deliberou encetar uma
linha de paquetes a vapor.com viagens
de ida e volta, entre New York c Rio
de Janeiro, com escalas pelos portos
do Pará, Pernambuco e Bahia. O emprezario. que possue um dos melhores
estaleiros de construcção naval nesta
Republica, e que tem lançado ao mar
os magníficos vapores da linha do Pacifico, alguns dos quaes teem passado
pelos nossos portos e lá sido admirados, como por exemplo o City oj'Pckiit,
entra neste commettiinento com a sua
dupla responsabilidade de constructoi
e dono da linha, cm que vae empregar
apenas capitães seus, pois a sua companhia só se compõe delle e de seu
filho, já sócio de sua casa. Vê-se, pois,*
que se não tracta de unia especulação
para receber entradas de accionistas e
ficar só nisso, como muita vez acontece : pelo bem ou pelo mal que fizer
a casa RoaCH SÓ respondem os seus
capitães, honradamente accumulados
com uma vida laboriosa de perto
de meio século.
A linha, que se denominará Nau
York and Rio de janeiro Sfeat/i Paiket
Company, pretende começar com os
cinco vapores City 0/ iVciv York, City
oj Rio dr Janeiro, City 0/ Bahia, ( ily
0/ Pernambuco e City 0/ Pard, os quaes
terão todos a seguinte aiqueação:
3.400 toneladas de registro, 320 pés
de comprimento, 38 pés de largura
c 30 pés de altura. Todos os melhoramentOS modernamente introduzidos na navegação, «para garantirem a
presteza das viagens, a segurança e o
conforto dos passageiros, cousa em que
os Norte-Americanos não podem ser
excedidos por nação alguma, estão
sendo applicados a estes vapores. Todos os camarotes, de qualquer ordem,
são abertos para o lado de fora e perfeitainente ventilados. A nossa gravura
das paginas centraes dá perfeita idéa 1
da sua construcção.
Sabemos que o Sr. RoaCH já mandou ao Brazil um agente, afim de requerer ao Governo Imperial uma subvençáo para a linha (pie projecta, e
que tracta de obter subvenção egual
do Governo Norte-Americano. Sabebos também, e folgamos em dizel-o,
que o actual Sr. Ministro da Agricul-
tura recebeu esse agente como representante de uma empreza respeitável,
mas que, não podendo o subsidio ser
concedido sem auetorisação da Assembléa Geral Legislativa, declarou que
ao conhecimento delia levaria a proposta.
Fazemos votos para que as Câmaras
Brazileiras, inspirando-se no verdadeiro interesse do paiz, estudem esta
questão como merece ser estudada e
lhe dêem a solução única que lhe deve ser dada.
Não deve servir de embaraço á nova
empreza a existência da linha Ingleza
actual, pois é evidente que não pôde
servir ás necessidades do commercio
das duas nações, pois não faz as viagens de volta deste porto para os nossos, posta ainda de parte a circumstancia de que está trabalhando no interesse do commercio Inglez, que neste caso é diametralmente opposto ao
nosso interesse na America.
Demais, com a subvenção a uma
linha Ingleza, o Governo Imperial exchie toda a possibilidade de repartir
o ônus da subvenção com o Governo
dos Estados Unidos, que só subvencionará uma linha Americana.
Ora, uma linha Americana! dirão os
homens de má vontade que não são
raros entre nós quando se comparam
as cousas deste paiz com as Européas;
já tivemos uma linha Americana e não
pode ir por deante, a linha GjVRRISON.
A isto responderemos (pie também
já tivemos duas linhas Inglezas, a King
Une e a Siar Bali Une, «pie também
não puderam ir por deante, não chegando a durar um armo cada uma, ao
passo que a Americana durou dez annos, foi sempre mais ou menos regular e prestou incontestavelmente assignalado serviço ás relações entre os
dons paizes.
() (pie fez cahir a Unha Garrison
foram exaetnmente circumstanciasque
não foram desde logo attendidas, talvez porque o não pudessem ser pela
falta de experiência.
Assim os vatodos
eram
pores
quasi
grandes de
mais para a linha, obrigando a empreza a gastar o duplo do combustível
(pie seria necessário, si os paquetes
fossem menores e dotados com melhoramentos que não tinham. Além disso eram vapores morosos: nunca se
conseguiu exportar daqui alguns generos, ponpie esses paquetes não tinham a precisa velocidade para levaios sem se estragarem.
A nova linha, conhecedora de todas
as causas de ruina de suas antecessoras, e dotada de elementos que as 011trás nunca tiveram, pròpôe-se a ser
muito econômica do seu carvão, sem
prejuízo da velocidade, pois conta
fazer viagens de New York ao Rio de
Janeiro,-com as escalas, em 20 a 22
dias. Apenas o atigmento das relações
commerctaes o exija, passará de uma
viagem mensal a duas.
()s paquetes
são completamente novos e estão aiguns tão adeantados que trinta dias
depois de assignado o contrai to com
o Governo Imperial, si se fizer, pôde
partir o paquete que iráiniciar a linha.
Oxalá se dispam os nossos legisladores de preconceitos mesquinhos e
prestem a este assumpto o cuidado
(pie elle merece.
Do chefe supremo
da nação podem Governo e Câmaras
informar-se do quanto temos a ganhar
com as relações estreitas deste povo,
que, ape/ar de constituir uma Republica, mereceu do monarcha Brazileiro o mais serio estudo, e estudo profieuo, estamos certo.
1-'.' tempo de se por termo ao infundado receio de que o contacto inimtdiato e continuo com os Estados
Unidos vá lezar as nossas instituições,
modificando-ase moldando-as pelas da
grande Republica,
Primeiro deve o Governo do Brazil, seus Ministros e suas Câmaras,
mostrar mais confiança do que ta!
receio faz suppõr, no regimen sol) o
qual vivemos, capaz de nos dar larga
(Seitkmhuo, 1877.
somma de liberdades, capaz de comportar todo o elasterio do progresso e
da civilisação moderna, executado
com sinceridade e servido com pátriotisino.
Em segundo logar, não é por muito
ir a Roma (pie se fica bom catholico ;
já disse alguém que o caminho de
Roma é exactamente o inverso do caminho de Damasco, e que lá ! e formam,
com os vícios da sede pontifícia, os
mais convictos protestantes. E' certo
havemos de
que desta Republica
aprender muita cousa para a-practica
da liberdade, mas não é menos certo
(pie muita palavra bonita, cheia de
encantos theoricos, perderá com o
estudo desta nação todo o seu brilho
fictício.
Haverá nisto um perigo?
('remos (pie nenhum Bruzüeiro sensato responderá afirmativamente, por(pie a todo aquélle (pie for digno deste
nome não assustará a idéa,—si é (pie
tal idéa tem de desenvolver-se,-—de
vêr (pie entre nós o indivíduo pôde
continuar a ser subdito, mas começar
realmente a ser cidadão.
Não são, pois, nenhuns cavados de
Tróia os paquetes da nova linha, mas
uni melhoramento real para o nosso
commercio e para :i nossa industria.
AINDA MARTIN- GARCIA.
Os jornaes, que nos trouxe o Copernieus, do Rio de Janeiro e do Rio
da Prata, oecupam-se de novo da
sempiterna questão da ilha de Martin
(/areia.
A polemica foi suscitada pela descoberta, ou melhor, pelo reconhecimento.da navegabilidade para navios
de calado de 14 palmos, ou cerca de
3 metros, do canal denominado do
Inferno, situado entre a ilha de Martin Garcia e a Banda Oriental.
Em o numero 55 de 23 de Abril de
1875 escrevemos um artigo sobre Martin (iareia. Néssaépocha o correspondente de Montevideo aconselhava (pie
se fizesse easus bélli das fortificações, ipie o Governo Argentino levantava alli na intenção de dominar a
navegação dos grandes affluentes do
Rio da Prata ; sua grita foi acompanhada pelo partido militar e levou o
(ioverno ás exaggeradas despe/as de
guerra,que desequilibraram fatalmente
o orçamento do Império.
O Novo
Mundo demonstrou a loucura de todo
esse proceder, e que seria muito mais
acertado promover, por meio de tractados entre todas as nações interessadas, a neutralisàção da ilha de
Martin (iareia e dos grandes affluentes do Prata.
O reconhecimento do Canal do Inferno veio inutilisar as fortificações,
que, a tanto custo, mandou construir
o (ioverno Argentino, do outro lado
da ilha de Martin (iareia, dominando
o canal geralmente seguido pelos navios de grande calado.
O partido
militar Argentino não pôde encobrir
o seu despeito, vendo perdidas as
enormes despezas, que o Presidente
Sarmiento fez em monstruosos eanhões e extensas baterias, e levantou
a singular pretenção de impedir o
(Ioverno Argentino que o (ioverno
Oriental mande balisar o novo canal ;
pretenção tanto mais absurda quanto
esse canal fica situado entre a ilha de
Martin Garcia e o território Oriental.
Cumpre também não esquecer (pie
a própria ilha de Martin Garcia é,
por Mia situação topographiea e sua
constituição geológica, território Orientál, e que só a fraqueza dos governos de Montévideo foi causa de pás*
sar ella ao domínio Argentino.
Não é menos desarrasoada a idéa,
representada pela Republica, de Buenos-Ayres, de mandar o Governo Argentino construir outras fortificações
dominando o novo canal, (pie não pôde
deixar.de ser considerado como pertencente á Republica do Uruguay.
Tudo
isto demonstra (pie é indispen
i
Septemiiuo, 1877.]
savel a neutralisação por tractados,
entre todas as nações interessadas, da
ilha de Martin Garcia.
E' necessário acabar quanto antes
com esse eterno pomo de discórdia.
Desde 1S27 que se tractade neutralisar a ilha de Martin Garcia c de impedir que os Argentinos tenham nella
a chave da navegação dos grandes
continentes do Prata. Só a desidia e a
incapacidade da política desse
Imperiò podem explicar que ainda esteja
por fazer essa obra de paz e tranquillidade para as principaes nações da
America do Sul.
No tractado de navegação e comrrierçio de 12 de Outubro de 1S51,
com o Estado Oriental, foi bem expressa a neutralisação da ilha de
Martin Garcia; ahi ficou estipulado :
"Artigo
iS.—Reconhecendo as altas
contractantes
partes
que a ilha de
Martin Garcia, pela sua
posição, pode
servir para embaraçar e impedir a
livre
navegação dos affluentes do
Prata, em que são interessados todos
os ribeirinhos, reconhecem egualmente
a conveniência da neutralisação da
referida ilha em tempo de
guerra,
quer entre os Estados do Prata, quer
entre um destes e qualquer outra
potencia. em utilidade commum e como
garantia de navegação dos referidos
rios, e j>or isso- concordaram : 1" Em
oppôr-se por todos os meios a que a
soberania da ilha de Martin Garcia
deixe de pertencer a um dos Estados
do Prata, interessados na sua livre
navegação ; 20 Em solicitar o concurso dos outros Estados ribeirinhos
para obter daquelle a quem pertencer
a posse e soberania da dita ilha, a que
se obrigue a não servir-se delia-para
embaraçar a livre navegação dos outros ribeirinhos, a consentir na sua
neutralidade em tempo de guerra, bem
como nos estabelecimentos, que forem
necessários para segurança da naveção interior de todos os Estados ribeirinhos."
0 artigo 10." do tractado de amizade, commercio e navegação de 6 de
Março de 1856 com a Republica Argentina reproduziu a mesma disposição com a garantia da França, da Inglàterra e dos Estados Unidos.
Depois disso nada mais se fez de
positivo sobre a ilha de Martin Garcia.
Hoje, mais de vinte uni annos
depois, será necessário recomeçar a
obra de neutralisação da ilha de Martin Garcia.
O reconhecimento do
novo canal e as ambiciosas pretenções
da Republica Argentina ofíerecerri excellente opporturiidade á nossa diplomacia.
As nações que mais commerciam no
Rio da Prata, e que ahi teem maiores
interesses pela colonisacão, além da
Inglaterra. França e Estados Unidos,
são a Hespanha, antiga metrópole, a
Itália e a Allemanha.
Cumpre appellar para todas cilas, e
firmar em tractados solemnes a neütralisaçâo de Martin Garcia e de qualquer outro pondo estratégico, em que
se possam estabelecer fortificaçòes para
impedir a navegação do Rio da Prata
e dos seus grandes affluentes.
E' assim que deve-ser resolvida essa
eterna questãoda ilha de Martin Garcia e não com estultos armamentos
(pie só servtm para arruinar as firían
ças do Império e da Republica Argentina, perturbando a tranquillidade dos
povos e impedindo-os de caminhar
com segurança pela estrada do progresso.
DEMOCRACIA E ARIíáTüGRAOíA.
0 celebre publicista BlÜNTSCHLÍ acaba de
enriquecer a sociologia com um precioso
livro—Fulilik ais Wissenschaft—(A Polittca soh o ponto de vista scièntifico ou còusiderada como seiencia), impresso ein Stuttgart na livraria COTTA.
No segundo capitulo do livro VI, com
o titulo Idéas democráticas e Idéas arislóraticàs, faz BLUNTSCHLI um notável pa-
O NOVO MUNDO.
rallelo entro a democracia o a aristocracia
nestas note thesos principaes o om outras
tantas antithesos:
1" A idéa fundamental da democracia
e a egualdade tle todos os homens perante
o direito, o portanto mui competência ti
egualdade política. Tendo todos os cidadãos eguaos direitos para a direcção dos
negócios públicos, nenhuma classe, ueuhuma ordem podo pretender o privilegio do
governo.
A idéa fundamental da aristocracia é que
existem iliflerenças entre os homens; tpio os
melhores e 08 mais nobres devem governar
as massas.
Não admitte a aristocracia
(pie a vil multidão possa tomar parto uo
governo.
2* A democracia quer, como conacqu9ucia do principio de egualdade perante o
direito, que a vontade da maioria seja reptitada a vontade da nação; a minoria deve
sempre submettor-se á maioria.
A aristocracia, bem pelo contrario, protende (pie uão seja a quantidade mas a qualidade quem decida; om sua theoria os votos devem ser pesados o não contados; a
auetoridade deve predominar sobre a maioria e não a maioria sobro a auetoridade; a
minoria dos melhores deve reinar sobre a
maioria da plebe.
3" A democracia quer que todo o cidadão
seja admissível aos cargos públicos, os
quaes uão devem ser considerados como
apanágio de classes, de famílias ou de individtios privilegiados.
A aristocracia, por seu lado, pretende
• pie as massas ignorantes devem ser allastadas dos empregos públicos, 08 quaes devem
ser reservados ás pessoas distinetas.
1" A democracia sustenta que o pessoal
dos fiinceioiiarios públicos deve ser freqiieutemente renovado; 110 interesse da liberdade
(píer que os encargos durem pouco tempo o
«pie as eleições so repitam em curtos iniervallos.
A aristocracia é partidária dos empregos
permanentes o exigo tudo quanto tendo a
fortificar a auetoridade dos funecionarios
públicos.
;V.1 A democracia estima no mais alto
ponto, o defende com a maior energia as
liberdades e as honras, que são communs a
todos os cidadãos; mas é adversa ti liherdade e ás honras, «pio só aproveitam a certas
classes e a certos indivíduos.
A aristocracia, muito pelo contrario, teude sempre para desenvolver a liberdade
particular e a honra especial das classes
superiores: seu orgulho ti leva depois a
desprezar as classes socialmente collocadas
a baixo dellas. .
6" Nas democracias a lei é filha da voutade nacional; essa deve ser, pelo monos,
sua origem principal.
A democracia não nega a tradição; mas
Bou respeito por ella não a faz parar na estrada do progresso.
As aristocracias respeitam muito as auctoridades de facto, principalmente as cousagradas pelo tempo; veneram as tradições,
os costumes transmittidos do geração em
geração; teem grande predileeção pelas fnmilias antigas o distinetas; recehem com
repugnância qualquer idéa de reforma na
legislação.
?:! A democracia prefere as festas puldicas das quaes todo o múr/do participa; gos
ta tia simplicidade no trajar; repreheude o
luxo e a pompa.
A aristocracia só se apraz em festas de
nobreza o de etiqueta; exige diftcrençaã no
trajar para cada cathdgoria; d apaixonada
da pompa e dá magnificência.
Na obra de Bluntsohli o desenvolvimonto destas sete proposições oecupa um
capitulo; estudadas á luz da historia 0 da
socionoinia dariam um livro.
Não cabe
uos limites tle um artigo do Novo Mundo
esse estudo; do emtanto não podemos nos
dispensar tio fazer alguns coitimeutarios.
A preten ção da aristocracia de dividir a
humanidade om duas raças distinetas, uma
destinada a mandar, outra a obedecer, é inteiramente absurda.
Para que tivesse rasão de ser, deveria ter
fundamentos nas leis naturaes: seria neces-
195
j sario quo o talento, a força, a belloza e os modos o com a maior devotação : a arisj todas as qualidades I essoaes fossem per- tooracia precisa das trevas o da ignorância,
petuas em cortas famílias.
pôe toda a sorte do obstáculos á diffusão da
Ora a Natureza é essencialmente demo- seiencia
pela plebe, o depois, em sua terricratica; distribuo 08 seus dons segundo uma vol hypocrisia, faz dessa
mesma ignorância
lei desconhecida, mas com certeza and- argumento
para oxpelür o povo de toda a
aristocrática.
comparticipação nos negócios públicos !
Raras vezes um homem superior deixa
0 enunciado da terceira these democrática
QlllOS quo lhe possam ser comparados; é quasi textualmente 0$ XIV do celebro
ainda mais raro é que os filhos desses Artigo 17!) tia Constituição Brazileira:
" Todo o
filhos, ou seus netos, lembrem suas qualidacidadão pôde ser admittido aos
des p08801108.
cargos públicos civis, políticos ilitares,
Desde a mais alta antigüidade trabalha- sem outra differonça (pio não seja a dos seus
se para fundar a aristocracia ; (piem ha talentos e virtudes."
conseguido poder e riqueza aspira a perpeA aristocracia não quer saber de talentos
tual-os em sua familia. Todos esses esforços o virtudes; as posições elevadas do Estado
teem sido baldados pela simples rasão de devem ser o patrimônio de certas famílias.
serem contra as leis naturaes.
A aristocracia é principalmente apaixoAs famílias aristocráticas estão sujeitas nada tias sinecuras :—0tium cum dignitatc.
ás leis do todos os seres creados, nascem e 0 trabalho é para ella cousa vil.
morrem ; apparecem o ilosappareeein.
Neste ponto, como na instrucção, as
As próprias dyuastias, as famílias dos idéas aristocráticas se
patenteam etn toda
reis, as famílias aristocráticas por excellen- a sua hediondo/..
cia, BÜcccdem-se umas ás outras ; democra0 desprezo pelo trabalho, pelo saneto o
tisam-se apesar do todos os esforços dos acrysòlador trabalho, constituo
por si só
sons fundadores.
um crime. Rèpolliudo o trabalho, a arisSeria impossível determinar quantos tocracia couslitue-se parasita da espécie
millesimos do sangue de Pharamundo humana; nesta immensa colmeia,
que so
existe uo conde de Ciiamhord, que preten- chama o inundo, a democracia é a abelha
de ser seu descendente mais directo e como e a aristocracia é o zangão.
tal herdeiro o dono do throno da França.
Nos míseros tempos do absolutismo o
Não precisa ir até o hypothetico Piiara- nobre nascia empregado publico; .ainda 110
MUNDOJ mais perto em Pepino, chefe da berço era já capitão ou tenente de marinha,
raça Carlòviugia, ou em Ilur.o Capeto, serventuário do tal 011 tal oilieio do erário
patrono da terceira raça, não se tornaria real. Ao passo quo a democracia faz demais fácil a solução do problema. Por outro pender a subida ao poder da eleição, a arislado a anthropologia jamais reconheceu tooracia só quer consultar o nascimento.
raças dominadores e raças para serem do- Para evitar os abusos do poder, a extensão
minadas; bom pelo contrario, as raças se do nepotismo, as pretenções á tyrannia, a
succedein como as famílias; apparecem o democracia exige eleições freqüentes; a
desapparecem ; vencedoras hoje, são venci
aristocracia, porém, foi sempre partidária
uas amanhã.
dos empregos vitalícios e até transmissíveis
Si, pois, todos os homens são eguaos; si do pães ti filhos!
a todos podo a Natureza distribuir talentos
Nos governos aristocráticos o empregado
o virtudes, é estulto estabelecer divisões o publico julga-se possuidor do logar como
dizer : estes são destinados a governar, de um patrimônio; não serve a nação,
goza
aquélles a obedecer.
de vantagens, que lhe foram adquiridas poA proteiição aristocrática só tem por-fun- los seus antecessores.
daniouto o egoismó: não tem outro fim
Na quinta these a democracia, cousesinão perpetuar o poder e a riqueza nos quente com o principio fundamental da
descendentes daquelles, (pie se assenhorai- egualdade, repelle as distinções nobiliarias;
ruindo poder; é não só atteutatoria de todos a aristocracia, polo contrario, é apaixonada
os direitos dos homens, como contraria a das mais pueris distineções. uo trajar, uas
condecorações, nas carruagens, nas habitatodas as leis naturaes.
A segunda these aristocrática illude á ções o até nos túmulos !
Na sexta these se acha a fanática adoração
primeira vista; parece que na verdade os
votos devem ser pesados o uão contados.
da aristocracia por tudo quanto é antigo. DeSem duvida alguma os votos deveriam ser monstrada, como o faz exuberantemente a
pesados; mas a diliiculdade está em achar socionoinia, a evolução progressiva da hubalança para determinar seu peso, e alguém, mauidade, o character de antigo, em logar
assaz imparcial, para fazer essas pesadas. do ser um predicado,devo 3er um aviso para
A (piem encarregar de classificar os homens o estudo de sua reforma.
Essa instituição é velha; pois bem,siguisegundo os seus talentos e virtudes ? Aos
fica ter nascido em époehas de obscurautisreis ?
A experiência de todos os dias e a histo- mo, de opprossão e de tyrannia; cumpre por
ria de todas as épõchas demostram, á plena tanto estudar a sua reforma para põl-a do
luz, de que espécie de gente so cercam os aecordo com os novos princípios de liberreis. Não é, por certo, entre os áulicos o os dado, do egualdade o de fraternidade.
cortezãos que se encontram os talentos e as
Na sétima these Bi.üntsciili se refere ao
virtudes; ainda mais parece (pie o poder, prurido de festas de vaidade e de ostentação,
principalmente o poder absoluto, tem com- (pie é 11111 dos charaeteristicos da aristocrasigoa fatalidade de repellir, iiio.sinoiiivoluu- cia.
Ociosos e parasitas necessitam passar o
tariámente, os homens mais dignos de go0 tempo nas festas da corte, nos paços dos
vertiar os povos.
Si assim é, não ha outro recurso racional reis, em torneios do luxo o do pompa, tanto
sinão appellar para o juizo de todos, isto é, mais rcprehensiveis (planto são feitos á euspara a maioria. 0 appollo para a maioria ta do suor do povo, das classes que trabalhain (.- que elles tanto desprezam.
tom uma grande vantagem intrínseca
A aristocracia, diremos terminando, não
necessidade de instruil-a.
Os governos aristocráticos subsistem pela tom rasão de ser, não possuo fundamento
ignorância das massas; os governos demo- algum 111 natureza, é unia cousa passada;,
(Táticos, porém, só podem existir diílun- destinada a dosapparecer da superfície da
diudo a instrucção abundantemente por terra.
A humanidade assiste, neste momento, á
todo o povo.
morte
da aristocracia Praueoza: essa morte
A aristocracia Ingleza, a mais atilada
é
hedionda.
Talis vila, Jiuis Ua!
tem
explorado
nação
alguma,
quo
provou
essíi verdade de um modo evidente.
Yêniol-a abraçada com a theocracia o
A instrucção publica na Inglaterra, uo com o militarismo descer ás mais I aixas
tempo de MalthuS, era a vergonha da intrigas,humilhar a pátria perante a Euronação—lhe nutional áisfjrãce,—quando se pa, expôl-a ás maiores calamidades, só
pa
votava a ultima reforma eleitoral, um lord ra não abandonar o poder, o governo, ou
exclamava despeitado:—"Ao menos mande- melhor a exploração systetnática do povo
mos ensinar a ler aos nossos novos senho- ou das classes trabalhadoras.
res!" Si esta exclamação vale umarguTal é, nos seus últimos dias, essa aristoincuto irrespondível em favor das institui- crucia, (pie ainda ousa inculcar-se sustenções democráticas, a democracia necessita taculo da ordem moral e predestinada a tada instrucção publica e proinove-a por todos zer a felicidade dos povos !
O NOVO MUNDO.
196
Um demite do quasi toda* a» telas dignas do
nota; ál vezes vôoiu-se dotiH on trwi a trabalharem no mesmo tampo demite do mesmo (iiuidro. AIi^hiih desse* copisuis são alnmnoH do
pintam quo trabalhiun pam se ndestrarom e
colherem a lição dou grande* mestres; maa ontr«w mnitoH, especialmente mw galorlaa dn
italin e du Allemanha, o nua tio Paris, onde
AS N0&AS GRAVURAS.
IIAYPÍ.A.
Todo* ou amigos das li-ünis conhecem do sobojo a rnagnificu mação tle lord Btrok, no mu
P«M>tiii» Don Juan, pnra qne nos seja preotao
ewtüudonuo-noH aqnl otn explicações acerca da
fonnoita graYtim dn nossa primeira pagina.
[Kkitemhbo, 1877.
plomdo. Muito viajante com abnndancia de
dinheiro e pobreza de conhecimento» artístico*
gosta do passar por patrocinador das artes, c
hó «o mostra disposto a compmr (piadros de
velhos mestre* on do artistas contemporâneo»
já universalmente conhecidos. Tudo quanto
o vendedor do obniH.prin.nn tem n fnzer é procurar um deKHCH pintores peritos em copinr as
PsychWjM edade em que o tempo já lhe deixou
impresso* no aomblante outrora formoso os
HotiH nltrage*? Quem poderá dizer quanta reniinÍMcenci.1 dos acua bons tempos de moça lhe
necode então á mente ? Contemplativa deante
dn sua tela, a boa velha recorda aem duvida
diiiH do mocidndo o ventura, unuos de.altoa
feitos, quorum ¦paraJmagnafuU.
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mílÊm msWÊãmmÊ
FLOR
rc.oi ^0 CAMIO.
A Rmvr.rv que com este titulo damos nesta
p«gina, reprcwnta o poeti«i0 typo de uma
rapariga Americana, simples, sadia, petulante,
tAo ing&ntm quanto netiva, umn dessas roceirínhna para quem os rapazes dn.s cidade* ollintn
com Interesso, quando pensam em realisar o
ideal do lar doméstico, umn esposa pouco
amiga de sedas, Ixiiles 0 Operas, e perfeita
dona do casa.
rxcobdàçOes da MrxnnAnrNftfl pnlerias tle pintura Européafl é muito
commum vor-w a qualquer hora do dia eopis-
DO
estilo accnmnlndas as obras-primas de velhos
Almestres, sào copistas de outro gênero;
amadores
híIo
empregados
destes
por'
guns
que desejam boas copias de quadros, cujrs
Originâes estão Acima das forças de sua bolsa;
outros copiam por sua própria couta, quer
para venderem as copias directnmente, quer
pura disporem dellas por intermédio de algum
mercador de pinturas; outros ainda trabalham
de accòrdò com mercadores deste gênero póuco escrupnloèoe, que impingem taes copias
como originaea n touristas ignorante*. Este
ramo de negocio, n falsificação deobms-primas
de grandes mestrea, é na Europa muito ex-
Wml
CAMPO.
composições, dar ás copias, com proj grandes
ccksoh conhecidos, todas as npparencias de nnj
Ugnidade, e nada mais: o viajante paga por
salvo no vendedor o dij lioiii preço o original,
i reito de obter os vezes na mesma estação mais
dous ou três oriijmncs semelhantes para freguezes crédulos.
A edosa senhora, porém, que a nossa gravurn dn pagina fronteira representa, tirada de
uma composição de Beckf.h, é evidentemente
uma copista do bon fé; póde-se affirmar, ao
vel-a, que as suas copias silo vendidas como
copias e não como originâes. Mns que singular capricho n levou n copinr o quadro .^t/ior e
BCENAH E PAIZA0EN8 DO ORIENTE.
As quatro gravuras que ornam n pagina 200
serão certamente apreciadas pelos noesoe asnignantes pelo sen valor artístico.
OM VAI/l-K EM
TJTÀH.
0 conhecido pintor Norte-Americano Mr.
Thomas Moiian trouxe recentemente do Oeste
excellentos bosquejos que está transportando
para a tela de modo magistral.
A gravura representando o Valle de Babbling Watera, que publicamos ú pagina 201, é
a todos os respeitos nmn obra de arte de primoira ordem. O pictoresco dn paizagem, fo.
«O,
O NOVO MUNDO.
1877.)
ohada por altivas ponhas, coroadas de neve, ai
na tela do pintor acba-au reproduzido de modo
brilhante, nfto é menos digno de ndminição na
gravura em madeira, que ae diria uma boa
gravura em aço. È etito um eapecimen da arte
Norte-Americana que temos prazer em off.-recer aos uohhos amignantea, que já t« rão ouvido
maia de uma vez despreciar n arte neste pai/..
da pagina 208 representa. Embalde oh amplos
couductores tentam renovar o nr iinquelles dominioH negros, onde hh bocais das fornalhas
abrem-se como fnuct-a sinistras e illuininam
com luz avermelhada oh vultos danteacos dos
foguUtas. Pouco se respira ulli, a nfto se possiiir )»ulmôeH de crocodillo. Os míseros operarios eutregucH áquella fnina, si no tim de nus
107
du noção, moviiuouto o lutèrossu dniuiatloo.
mo hom diabo, espirituoso, mas futil adorno de
uma corto Francezn, do que um character vin«
o lioiio,
gntivo o robellado, (piai o do homem que enNiuguom que ho preso de conhecer hh lottrns trega ao moço roí o enstello do Guimarães.
PortuguezaH deixou de ler o bem estudado romanco histórico do Kr. Alexandre Hkroula
UMA LIÇÃO DE CANTO.
no, «pie, com o mesmo titulo da gravura que
damos ii pagina '212, constituo um dos inelho*
A nossa ultima gravura deste numero tem
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RECORDAÇÕES
'DE
MOCIDADE— [quadro
tlez aunos não deixam a profissão, teem os
Em outra parte do presente numero do Abito dias de existência contados, pois rara é a com.Ifuncío encontrarão os leitores ampla explica- pleição, por mais robusta que seja, que resista
aquelle ambiente quinze annos.
ção da excellente gravura que occupa as nossas
dana paginas centraes.
NOVO PAQUETE A VA TOII.
UM QUADRO DE RATAELL0 OIANNETTI.
FORNALHAS EM UM
VAPOR TRANSATLÂNTICO.
Quem tiver tido a curiosidade de, nos dias
ás vezes monótonos de uma longa viagem
transoceanica, descer ao compartimento de um
vapor, destinado aos fognistas, no meio da atinosphera abmzadora qne alli reina, mixto de
calor, graxa e carvão de pedra, conservará para
todo sempre idéa clara do que a nossa gravura
B^^^^^^F^áil^^as^^^^^
A' pagina 209 damos uma copia do quadro
deste mestre com o titulo João Barbarigo libertando Maria, rainha da Hungria. Dentre os
feitos da edade média, que teem sido perpetuados pela pintura, o rasgo eavalheiroso do cabo
de guerra Yeneziano possue certamente todas
as condições requeridas por uma obra de arte
deste gênero. O quadro de Giannetti é cheio
c
de becker.J
res títulos do gloria do profundo pensador,
historiador e romancista. Nesse romance dos
primeiros annos da monarchia om Portugal
deixou o auctor do Jüm ico bem desenhada a
physiognomia do truão da corte, do bobo,
como elle o intitula com toda a sua anctoridade de mestre da lingua. O heróe, porém, dn
nossa gravura está um tanto longe da dramatica figura de Dom Bibos; approxima-se muito
mais da personificação do Chicot que eucontramos nas chronicas e novellas Francezas;
mais faceto e jovial, truão por Índole também
e não só por officio, diverte-se com as aves emquanto não se diverte com os homens; o seu
aspecto um tanto mephistophelico cobre antes
todojojmorito;da'eschola a que pertence o qna«
dro que nella reproduzimos. A figura proeminente do mestre de canto marca o compaso á solfa dos pequenos com .expressão admiravelmente cômica; emquanto a parte feminina
da aula acompanha o canto sotto você, da phalange masculina dons cantam com cândido
enthusiasmo, um accompanha a musica a resmonear de boa fé, outro admira a attitude do
mestre, outro ri-se delia por traz do livro com
ar garoto. Ha, porém, no conjuncto da composição, nas figuras, na mobilin, em cada aecessorio uma verdade e graça charaoteristicas,
que não passarão desappercebidas aos conhecedores de obras de arte.
198
Ü i»K.SNV0l,VIMKM(l KELIOlüsiü NA
IIKSIWMI.V.
C
O MVVO MUMDO.
[SeiTí-muii...
|.s;7.
uflu8tu**o aos seus homens dus trau- truetivu, exigo hoju muitas eorrep^oes.* osQflbiios
próprios domai»desonfreiado
quillas lulas domesticas, oxactamente I TraotaroL nosto lognr de descrever npe- egoismj» o |)artiaularisuio<; todas estus
quando de modo formal o com bom I uas alguns traços da imagom quo tenho qualidades slo itihoieiites ao charaotor
)
exilo tinham começado a consagrar-so I pintado muita \ez.
I
Èespanhol, c ninguém ns nódcattritmir
O l»r Hkhma.ss BaüMOAHTRIi, o illua ellas, Os thosouros tle ouro o prata, |
Ao collocar-so a Hespanha oxclusi* ao catliolicísmo.-Mas também não so
tro professor un Universidade do Stras* OXtrnllídoH faciliiiciite ,lo sido tão ieciin- viiincte debaixo
do dominio tia ogroja pdde negar quo «> systemà catbolico,
burgo, «Mija nomeada asaentò om bases do do México o ,l<» Pqvú, foram funes catholica, convortondO-se em um
povo ; segundo sé dcsinvOlvou na Hespanha
muito Bolidtis, escreveu ultimamente o I tos a um
povo inclinado n raidado dn eminentemente cathòlico, destruía oi dos Hapsbiirgosj Borviu-sti do boamente
artigo que em seguida ofTerocemos aos opuleneiu ,• tpie, ilcse.mhceeiido us vir- fundamentos moraes
de sua existência, | desthS qualidades foincntaudo-as com
leitores.
Auetor do uma Historia tia tudes tios labores domésticos, menos- adoptando,
com fervor sem egual, o muito zelo, tio passo que supprimiu e
Hospauhn, o erudito escriptor tracta
presa «» trabalho commum. () peiot
principie do quo o melhor motlo tle servir sullbcou asoppostas faculdades e incli*
nssumpto quo II e 6 muito familiar. Nao tudo foi
osU
Hespanhol,
no
a
Dbüs era metter-se entre as paredes ] nações. Muitas causas se associa.•a...
que
povo
qual
será sem proveito quo oa leitores Bra- sc Unham appresentado em..,, idéas
do*um convento. Dahi resultou que a Uara levar a Hespanha ao abvsmo de
ziietros percorrerão estas ••olumnas, on- ondlogas o amor tia
.•,, ódio por | Hespanha se eobriu «le conventos, e as I uma decadência sem cuinl ; mas entre
te encontrara,, mais ,1, um symptoma motivo do fé, cujaspátria
'
paixões pessoaes confrarias ,• ordens nionasticas abar- todas a maior foi o Ül£amoutuuÍSlUO.
da enfermidade tle que também sofirc disfarçavam se sob certo
colorido reli- carani toda« as classes «Ia sociedade.
igreja alguma jamais chegou a exermos om maioria religiosa
Possa ore* gioso, e ao tpial a egtoja catholica
D ma tias bases tia restauração ecclo- cer
papoder tão illimitatlo como a catholica
modio,quo liado curara Hespanha, ser rena mais
e mais cheia tle siastica «lo século XVI. a Inquisição, j na Hespanha dos Hapsburgos,
poderosa
¦¦"iieia.b- ,1.,
pois O
tomado em tempo pelo Brazil
que a qualquer outra repollida com ropugnnncia pelos demais povo Hespanhol ser tinha entregado a
nação da Europa, apezar dos abusos
táda entre as instituçõos ella cm corpo e alma Não nos será
povos, ora
osso mesma Egreja introduzira ; o iiacionacs da Hespanha. Os autos de licito
que
Ao lançarmos os olhos parti a carta
perguntar que nsòvfez o catholicispeior de tudo foi «pie este povo dize- le, as queimas de hereges executadas mo de seu
th» mundo, vemos (pu- o paiz <!«•
poder?
'
que in os, tropeçou no grande -i
al^um Kítr.ts vezes o mundo
problema que com toda a pompa, furam uor i
.
vamos tractar, estendo até a África ai i ,._„..„
contemtem
uuTiiRROttppresentou a uumauiaade.no I tcmi)o.'
uma
testa
não
,
"'
com
i
"«•"
popular
auc
,
i
i
,
i
:..
i
i
'
f"
M1"
suas dilatadas costas do Sul o Oeste, „,„„,„„,
tal
imagem
do
como a
decadência
.,
piado
,
*
,¦ competir
•
momento em,' que
ti nação
tiespanhola podiam
as corridas de touros^t appr«'senti\a a Hespanha no fim do
eniquanto que o pequeno espaço de terdava o primeiro passo do accôrdo com j
Assim pôde exercer a Inquisição em século XVII, Ninguém
ra que o une no continente Europeu se
se tleve admirar
as domnis nações da Europa.
Hespanha
uma pressão t.al sobre os de
acha coberto pelas compactas o Oscara
Alleinãnha ficasse transforNão correspondia a marcha natural ânimos
não permittin «> menor «les- matliiqueem uni deserto depois «Ia
padas massas tios Pyreuous. Por causa do desenvolvimento dópovo Hespanhol, vio das que
guerra
presc ip.;«'»es «1 i Kgreja domi- dos trinta annos; mas que um paiz,
desta Btin configuração natural, a Furoque até então tinha sido diverso «1 >s tle- nau te, poristo o quo servia tle norma no dispunha «Ias mais ricas colônias que
c a África tlispiitarain-l ic a
do
posse mais pOVOS do globo, o appr«'seiitar-scpa
|i"ogrcsso intellectual Hespanhol era o inundo, chegasse ao estado mais triste
largo tempo, sendo
muitos
espreciso
lhe a difficil questão religiosa, eniquanto Index ou lista dos livros
proliibidos. A de pobreza, não obstante esses immensos
forços pura que dominasse a primeira.
esta só podia ter solução errônea. For máxima " acautola-to dos Gregos
vencendo com a superioridade dn sua
para recursos, é sem duvida alguma um
muito interesse que inspire a sorte : «pie nio Sejas lierégc " cliconti ii\ ;i na
civilisação a raça »• a influencia Afrisingular. Havia sec ,los que
• - quo
'lie1 se sacrificaram
daqueues
sacrificaram nelo I Hespanha a mais extricta applicação. phenomeno
canas,
lestas Inetas encheram a maior
Oas
cila
nti
tinha visto inimigo algum
Evangelho na Hospanh t at'¦ meindosdo O sol b -nelico e claro «11 sabedoria
d.i
ciado
e
achava-se coberta tle
não
obstante
mídia,
Communimeiito X \ I século, sendo digna
parte
de admiração hclleniea não j><>< 1 • alumiar com seus aldeias despovoadas,
se attribuò o ardente zcln religioso ,1o
ficando a sua poa ei \ ada iiitclligcncia de alguns dcllcS,* raios este paiz desde meiados do século
Hespaiihol
reduzida
metade
durante os
à
oo rosultado tle mais
povo
pulação
tle setecchtos annos do sófFrimentos, du- não podo existir duvina algti.ua para o X\ I, isto c em outros termos, a força dous séculos em que exerceu o seu domirante os quaes os christãos dn Hespa- homem pensador que uão foram a severa vivificadorn da civilisação antiga não nio universal. Neste paiz deserto e renha ltictarimcom os Moiros invasores, prudência «le Caiíi.os V nem o «lesa- conseguiu dissipar as densas trevas da duzido a pobreza apenas florescia o
Cxlranhos ao paiz na raça o nas creu- piodado despotismo de 1'iiii.iitk II as Superstição «pie o cobriam.
clero com as suas soberbas cathedraes
causas que influíram na posição
Do mesmo modo que a politica, a i e innumeros
que a
conventos, cujo numero
ças; mas anteriormente ti esta grande Hespanha
'a
tomou em assuinptos reli<do- justiça c
administração, também a .iiigiiieiiíava ft
epopéia religiosa, v-nos apparecer a
proporção que desappavohemoncia própria do character Fies- sos, mas que estes soberanos seguiram Universidade e a Kschola seguiam a via "ceiam cidades o aldeias; mas também a
i
um i marcha conformo com as tradições traçada
pela 01'thodoxia inontistica.
pnohol nas perseguições que sofíreram O tendências do
parte do clero que se consagrava ao*
povo Hespanhol, e que,
piz-se com rasão què o protestantis- serviço do povo, o clero
os Judeus o na mutua inimisadé do caparochial,
ao procederem assim, nao o levaram por mo do século X V I exerceu influencia j
tholicos o do ariai.os
sofFria as maiores privações
Esso solo abra- caminho
j
oxtranlio.
benéfica ao réanimar a idéa puramente
ziifb. pelos raios solares
Os cabidos de Sevilha e tle Toledo disproduziu semreligiosa,
Ainda
soberano
estimulando os meios (pie lhe
no
mais
poderoso
pro homens do temperamento ardente c
punham «le milhões,ao passo que não era
vigoroso, do paixões violentas, do con- não 6 dado obrigar um povoa seguirem são próprios para clevar-a ao seu grau raro ver os
I
parochos pedindo esmolas.
cepções ousadas c do heroísmo impor- seu desenvolvimento um caminho «pie se máximo de desenvolvimento.
Esta
i
poderosa Kgreja,ao entrar no pieNeste século chegou o mundo cathoüturbavc|; mas ao mCSIHO tempo mal allaste «lo aclivo impulso dos elementos
no
gosó de seu domínio, esqueceu total-,
geradores «pie lhe são propios. Os co ao seu maior gr.iu tle prosperidade mente
iniciados im exercício dos
moo fim paraquehavia sido creada.
princípios
Também
ua Mespaulia
rues, .apropriados a u na oxisíoncia òr- Hapsburgos não podiam proceder do intellectual.
A heresia foi extirpada; mas ti logo da
deira.
A edade média não era muito Olltro modo ao governar a nação \\v<- appareceram então as produeções mais inquisição/queimou também o vigor iu: mas quantos elementos .-urgi- notáveis, tanto nas artes como na litte- :
própria
tellectual dos fieis, cròãndo um deserto
para ditluinlir a illustração, panhOla
ram
nestr
paiz cm favor «Ia liberdade ratura; mas a vida religiosa uio teve em redor «le si e destruindo a faculdade
llCm para OStímUlAr O trabalho
pacifico
«los cidadãos: com dilHcÜIdadò ,-e .acha- individual, da actividade industrial o «lo a menor participação nessa altiva ele- «le
julgar as i«l ias e os actos da vida.
(
va um logar modesto ue meio dos peri- I "ÜCantamonto -«•'cntili-.o, foram reprimi- j vaçáo do p.onsamojto. h c ri . que a
tpie sem duvida alguma produziu
O
'l'^,1'*;'1'1 '' liUIIV;1 «'•"F^n^ ^»U;raii.,.s. (j ] Egreja
mostrou então cm todo «» seu
-decadência de uma
go» das luctas dos reinos ehrist i«».s e,.m í
em
primeiro |õgar a
ueciarar-so a Hespanha resolutamente esplendor; imis ficou limitada SX sua
os Mouros e das desavenças
nação tãc intelligentc e vigorosa foi 0
que enfi1ra- om favor do Roma, erigindo om supregrandeza externa, conseguindo apenas factb de terem sido as
queceram <>s primeiros
suas idéas e penma lei a lucta contra a heresia, apelevar arroubar as mentes sem dominar <>s
Os elementos indispensáveis
¦dos
false
em
seu germen pela
sameiitos
paraque
não s«"i os tr impiillos;raballios dòscaiü* a interpretação da verdade catholica a corações. Não havia nella o sentimento oppres3ão.
Si um povo se entrega ao
um grau tal de violência como nunca viviíicíidortla verdadeira piedade chrispos como o desenvolvimento das fucúi*
mysticísmo
mónasticocom
tal fonatismo
attingiu
em nenhuma outra parte tia tã, dfi charidade que, purificando os
dades intcllectuaes produzam resultados
«pie o elle se
todas
as
forças
suffoca
que
elficazes, foram çrdados principálrnoulo Europa, assim como q absorver este ânimos e oiinobrecehdo o.^ actos com- oppòem, esti em via de
|
perder-se; pois
absoluto cntliolicismo todas tis condições inuiis da vida, nos torn t superiores ás
pela rainha 13ABEL, que lio quatrocentos vi taes, exercendo
neste caso as procissões, tts orações c as
\
aidades
mundanas.
um
sem
predomínio
atlUOS se consagrou ao restabelecimento
Não se poderia dizer, sem faltar a | proines»as fts imagens milagrosas são os
d í ordem publici, assim como a cercar exemplo ao procurar a base do deseuacto.- mais essência es da vida; sendo de
>[<• respeito o auetoridadeas leis da mo- volviuiento Hespanhol, ou antes, do verdade, que todos os symptomas do
maior
importância passar os dias ua
seu isolamento, mis exaggeniçòe.s
mal peculiar ao organismo social <la
liarchia.
Por meio do SOU enlace com
proegreja
do que prehencher os devores
Fernando do Aragão, fundiu os dous prias dn ambição temporal dó clero, Hespanha do século XVII, proveem
o
homem
tèm para com a sua fatudo isso devia o povo attribuil-o á sua exclusivamente do dominio «pie exerceu que
grandes reinos ehristãos, completando ti
milia
com
a sociedade, fechaue
para
sobre, a nação Hespanliola esse, catholiunidade dn moriarchiã, ddpóis de uma dynastia de Uapsburgo,
tlo-sc
vasto
elle
o
campo da invésO «pie ti Hespanha representava de- cismo suifjeneris. Muitos traços cliaracpara
gloriosa lucta do «le/ auhos, com a vicdo
e
tigação
pciisamento,
porisso tpie,
baixo
terisdeos
deste,
mesmos
do
governo da magestadè cathopovo são os
toria do Christianismo em Granada.
que em vez de elevar
seu
animo,
acha-se
o
nos
séculos
VI
nos
anteriores
séculos
lica
O orgulho que
X
o XVII descreI m futuro promissor desenhava-se
imagens
perturbado
por
vcii-o
phantasticas.
<>
ha trinta annos o illustre e cru- engendra ã vaidade,
mènosprcço tias
i-nt to hOS olltOS da nação Ilespanlnda, o
Cahi.os
lidas
domesticas,
base
dito
de
toda ti civili- O sentimento religioso neste caso transWeiss,
de
Strasbiímo.
om
par.i logn manifestou-se em todo o seu
via-se completamente, pois não se diriesplendor. Apenas Ó paiz se constituiu uma obra nota vel,Iructo tle st us estudos, sação, o dominio exclusivo tia imaginaa imagem da divindade nem á rearbitro «le seus próprios destinos, estou- a qual, postoquo ainda soja muito ins- ção sobre a intelligeucia, a inclinação as ge
manifestações apaixonadas e ruidosas, gião sobrenatural, mas obriga a alma
dendo o seu podor nlém dos mares,
a prostrar-se fleante de um pliantasma
Em AgiMto da 1875 marido t*s1o desfj.i do isHltnr
abarcou a um lado o Novo Mundo o n «4 imi^Tlanctn iti>« mr.-.'»..» ií.- llo»|<Hnlin 9111 reli4çã.> &
' UllAUI.Ra \>*Klss. 1,'Elpaynt ilr,,uu Ir. rtjnt ite de avultadas fôrmas, destinado apenas
que <'lii-» sempre exerrém noi destla4M do Phüipin II jtuóu'à lacincment <ir,< llourb;m. Pari*
OtltrO Ilido a antiga Itália. PoilCOS de- Inrtiicool»
a operar sobre os sentidos.
maodo, o Sr. I> Ki.um. i>p. icaiuk esorevea no Dm
II, -J
ccnuios depois «Ia quédn de •¦ninada ríoiitl putblo alinciano.fttjpini nrlluo» sobra n «ltançío Ir I l»to vol.
mesmo, ou jmueu menos, oonflrma u auotor
O século XVIII, ulvo de tantas crid« «un i>ntrin, dul (|iia»« Iulg«mo« Krancex BoVBlUüt nn sua rooenle obra intitulmliu Enera a Hespanha a mais extousn mohar- p<itlliro.tell|rli>Mi
, pnorttiBO ptil'ln-iiri\.| ií klgttnii
dodoyda tnnliolntarette cyclopédit *!'* 'irux mftndtX) totnn vi".. j»hk- P'J. >hiiU* «*• ló ticas, teve para u Hespanha o subido
' U ttitabolfdtnoatü <l,i luqultit^lo,
chia que O orbe ha conhecido «lesilu a p.ir.i h liin.irÍH do detearommecta Ti,\\gii,m dnrunic n
poiitwjtK* oontnuiaMfi •tierito «lo fazel-a entrar no concerto da
psrotosn orise, qne, coma multo l>»m dá n entender o n» tendências dosAregime*^s,ncoommodttva-se om y,T»i
sua ereação. A oniao das familias roi- nilotur
de*te «riiirii foi oteaitu i-iu Hi'f..rnir> da I.ctiik- ii" oharacter llospanliol, pots >->».i iustltuçíío eslnbeleoln civilisação Européá, tle
que se tinha senn Europa. •, cujosenVii,*per Inmmalndk, Vii.i.kii.s,
nantos de Elnpsbtirgo o Hespanha cn- RO «u*
|MMlcr absqlnhi nn Uospanlià.'' Na pnifim seguinte
obra fitai »«- Vttpríí rt t inilumciU In Htfnrnn
13' fora de dua
do
completamente.
a
passando esboçar o rolnndo do Caiii.o.h V, diz ello: pai
hIi etorlpior Italinno • Nesta ópoohn o character do soldado Ilopauhol t^m I \ ida «iu, i illust ração moderna exerceu
gendrOU essa potência universal que, miUíOR, png~ 1 |S, dtl r*forindo«p
"que
ToMABSO l>K COSTA:
rlipjrmi n ml ponto it um onnhodè forõcIdailejHincocommum.Os
'
por espaço de cento e cincoonta annos, nruoldiide ,ontn
o» protestantM d, llesnauhfl e dn iimi» llluslros arliarn .¦•<• monohados de critnosporsonaireno
também influencia bènelica, apezar do
o
tralijues.
exerceu tamanha influencia nos tlesti Itnlln qne nlcuna d»Up« foram eorltwtM p*lo moi.i .1. A inquisição, qne tinha feito correr tanto sangud e
seu
excliisivisino, sobre OS paizeS proo hi«tori«dor Uespanhol Ii.i.kscas, di\ mm tiniu, desterrado tanto» Infotlzes Judeus o Monio,, voltqne
.u
Çorpo."|
nos do mundo civilisado.
ItuUrxa rontifical, r«f.>rp quo oDr. CaZ.M.I.a r Cdxs
a íim in. Contra OS proprius ohrlstÚOS, no intuito ile luv testantes eobirtos ri upiella époeha de
No entanto esta mesma seriado trium- tANUNn L.APUKSTE, nm r,-iii"i',»or e outro prenJorde podir que »c Intrnauilsse n menor Innovaçfió nn 11>-•¦ p,t
t"AHt.'i» V. JiinotAmente ram n nun'. ríceo InoBo* e tre» nha.'* Ainda
mas onde
historiadores estrangeiros, contrários ao densas c espessas trevas;
pitos acarretava os maiores perigos para j iriiiii» d» Ca/ai.i.a. foram coademmdos íi morrer ]<<•]<> proteatanllsmoos c»m<>
Hacmi i.i.t u, atlribuem ao pri'.loos
effeitos
foz
sentir
de
logn. Segundo >• mesmo n\n-,or. o numor; * a Importan- mini . alniilutoda Inqulslçüo, ou no menos A siin lonuen< principalmente
o desenvolvimento progressivo do povo et»
da» pestOM pr*»n« i».r herejfrt om SèVUba, Valliulo
cia, n« ornediçõea desnstxosas contra a losrlnterra e os sua acção regeneradora !<>i nos paizes
Hespanhol. Era j t um infortúnio que a liil •• Toledo pn,m tn-t .|im 11 nó-i curnr»e radical ,- ,,i- Pnlxes Baixos, sob o desr-ittsmo tcrrnrlflco d«' PmItulia, na
o mal fuendo-Bi porrocr polo fogí», a Heiii'i'F. II. a» quaes apressarsm a ddsndeocia da lies- essencialmente calholicos, ua
vastidão «los dominios externos «lo novo p'damente
i Hespanha, em Põriügal; pois nestes
1 .mim intoir» t.-ria «ido arrancada 4 «im-j.. Romana,
ponha.
Sr.lMT.MiiR".
18 7.1
O XOVO MUXJJO.
199
'mvasiloFráncoza
Apezar do fazer sentir o seu posado
paizes penetra ram principalmente os como também declarou guerra il proso tinham consagrado
cuja
«i omprozti do dar uma Constituição quo jugo sobre a nação de modo notável
princípios e e lamentos
propagação ' pria 1'grcja
.ora duvida ao protestantismo.
Semelhante tendência foi tuna verda- rompia com todas as tradições inonar- durante o séculos X VI c XVII, nem
Isto so
Iverificou ospeoialmento na Ilcspanlm, doira desgraça, porque fez com (pie, chicas. aristocráticas e burocráticas do porisso rompeu o seu accordo com as
aspirações do povo. Esto sentia, pensava
eniqtjuiit,o (pio em I* rança u em Ingln- Silllindo a Egreja da attitude concilia- paiz décidiram-so
por ultimo a pôr as
terra u instvucçáo manifestava sobre- dora em (pie se tinha colloeado para mãos uo edilicio da Egreja, uegando-se e regulava seus uctos pela vontade da
indo o seu espirito de negação, condem- com a civilisação moderna, affastou-so a rostobqlcccr-parto dos conventos sti]i- Egreja. O mesmo accordo, não obstante
alguns couflicios graves, pôde manter-so
naudo com insistcieiu, n*ió áô a inlliicu- desta manifostando-llio inimisado irroprimidos pelos Fràndezos, assim como
cia da Egreja, mas toda idéa religiosa. concilia vel; e crendo ver ua revolução declarando incompatível com a Oonsti- durante o século XVIII; mas neste
A illustraçáo nascia ua Hcspanha do a prova de que esta civilisação queria tuiçao a Inquisição, latnbein por elles século seguiram caminhos oppostos. A
seio dn própria Egreja, sendo seu pri- dizer afinal <> desapparecimonto da siippritnid-i.
Do que servia aos lana- união (pie desde IK12 se havia CStaholomoiro iniciádor uni frade, tão piedoso Egreja, julgou um dever não só reeon- ticos ípte a Constituição declarasse no cido entro a hicrurehiu ecelesiastY.i e
"A religião da nação os mais baixos elementos populares fez
como previdente c benevolo.
qdistar a sua antiga posição, conto ain- seu artigo 12:
de
a
toda
O soberano que deu á instrueção cm- da separar-se completamente
Mespanhola é e serã sempre a catholi- com quo se a fia st assem da Egreja não só
cm
harmonia ca, apostólica; romana, única verda- os amigos da instrueção bem eiilendid ,
prego fruetiferõ para o Estado, parti a idéa (pie não estivesse
Egreja c para a Escholn, foi CARLOS COm os mais severos princípios do ca- «loira.
A nação prohibe o exercício de como também os homens honrados o do
Nos paizes cathòlicos ma- qualquer outra?"
111, o «ju.-il não era menos crente o do- tholicismo.
De quo servia ou bons princípios; pois essa alliança provoto dn que os Hupshurgos.
Durante nifestnrnm-SQ as tendências da opinião (pie importava aos mesmos que tis cor- dit/iti eífeitos taes cm 1823 que nutic.t
o sou reinado poz o maior empenho em publica em favor da posição (pie a tes ao abolirem u Inquisição decretas- hão de ser esquecidos.
Todos os Ilespiinhoes que se acha(pie se proclamasse o dogma dn Iiiiiua- Egreja reclamava, e ainda entre os sem que não devia imprimir-se cousa
cul.-tdii Conceição; e não obstante, este próprios protestantes teve muita aceci- alguma acerca de religião na Hespanha, vain possuídos de nobres sentimentos e
mesmo rei expulsou os jesuítas de seu táção a idéa de que o predomínio da sem prévio consentimento do bispo com- do espirito liberal não podiam deixar
reino em um só dia, contribuindo com oeroiíi catholica devia ser considerado potente? O clero, ferido na sua corda de afi'astar se com horror dos crimes e
toda a sun influencia em Roma para a como uma das mais importantes garan- mais delicada pelas tendências iloiniiian- atrocidades de uni fanatismo próprio de
suppressão da Ordem que anteriorineii- tias contra a dissolução social. < Assim tes na ussenibléu.uppellou para as creu- selvagens, e este esperado rompimento
te dominava toda a egreja catholica, começou a restauração hierarchíca ipie, ças da nação para aleiar a lueta contra de tuna parte da nação com a Egreja foi
emancipando o Estado, a Universidade tanto na ord 'in interna como na exter- os innovadoros (pie se atreviam a aba- coãdjüvádò por influencias externas.
c a Escholn dii tutela da Egreja, op- na, tem sido continuada pela Egreja lar os fundamentos da soberania catho- Milhares de indivíduos viram-se obriga*
dos a passar para território estrangeiro
pondo-se com resolução a menti cidade ate nossos dias, dividindo o inundo em lica.
e á ociosidade, dando a seu povo os dous campos inimigos e dando origem
Então voltou-se contra os ímpios li- por motivo de perseguição implacável,
elementos condimentos a uma educação a tuna lueta de cuja decisão parece em berães o mesmo fanatismo feroz (pie e de lá manifestaram seu ódio contra
bem cnteii lula e a uma vida uctivu. grande parte depender a sorte dn hn- por espaço de seis annos tinha sido açu- uma Egreja degenerada, com aquello
XaturaImoiit • devia custar não poucas manidadé.*
lado pelo clero contra os Fraucezes. .Da espirito de radicalismo que se tinha
senA Hespanha
luotus o fazer reconhecer a independeumesma arte com que ua primavera de desenvolvido na Europa no mesmo grau
principalmente
«lesta
do"
os
roacção
tiu
eífeitos
uni
«lo
Estado
ora
clero
1808 tinham os frades dito ao povo do rígorismo clerical, ou então convercia
que
por
ao.
ser
debem
manifesto,
modo
séculos
domio
havia
cujo
(pie Na:0L íA>, esse rei dos hereges, tcrain o seu antagonismo em descrença,
ornuipotedte
pois
oria
XVI,
Luiz
siiblêvôu-se
capitado
sobrj
infinitos
nio se tinha apoiado
parto da trindade infernal, vinha com ipie, principalmente nos paizes de
forma
o
da
latina,
opinião
complemento
decisão
cGin
unanimo
abusos, que deviam des tppareeer para
o fim de destruir o çatholic.isriiò e en- gem
publica
não
enrevolução.
contra
a
idéa
revolucionaria,
tregar a Egreja aos hereges e aos .Indeixar passar ti civilisação; mas os obApenas a hierarchiu ecclesiustiea
Stuculos foram apliiiuidos, e nio poucos kergundó nella mais do que atheismo e deus, anathematisaram tios liberaes,
IV,
o
de
crimes:
mas
CARLOS
<¦
os
at
i
resolutamente
dos
attentados
alcançou
sitbinetter o povo Hespanhol,
entraram
auetores
declarando
governo
prelados
com actividade no caminho da relór- de triste memória, fez tão má ti uso da mais monstruosos contra a Egreja e con- com refinamento não inferior ao (pie
lealdade e do entliusiasmo do povo (pie tru u monarchia. Estes fanáticos, que, antes empregara a Inquisição, deu novo
ma.
logar a (pie taes sentimentos se fcro- durante a angustiosa crise que a lies- passo nesse sentido. O partido abst ludeu
A nação Mespanhola, que por tão
etnbreve por syinpathia para panhu atravessou, tinham chamado a si lista, (pie se intitulava apostólico, «liricassem
largo espaço de tempo linha tomado
com
Esse mo- os primeiros postos do partido conser- giu suas vistas para o irmão do rei,
a
revolução
Frnncezn.
por missão oppor-Se ao movimeuto insua vaclor, deviam exercer certa influencia D. CARLOS, modelo de príncipes fanutio
fei
no
nome,
apenas
narcha,
que
tclleclual e religioso do mundo, assoseu
desprezível
o
corrompida
esposa
sobre FERNANDO V 11, (punido este mo- cos, visto que o rei FERNANDO não se
ciou-se e. tio ao impulso geral dclle.
valido
esforços
deitar
tiniram
por narcha na primavera de 181-1 voltou da amoldava ãs suas exigências. Esse parpara
O profundo abysmo qne separava o
<l<>
século
regenorndora
terra
a
obra
sua prisão em França com grande con- lido, depois de resto tirar o throno pov
povo Hespanhol do mundo civilisado ia
meio de nina repressão ensangüentai!-1,
desappareeoudo pau latiu a meti te, resol- XVI (I c dirigiram os destinos «Ia lies- tentumenfo da nação.
Bem raro registra a historia um rei começou a conspirar contra elle ; D.
vendo-se este a receber a instrueção dos panlia pant um futuro tenebroso.
A catastrophe «le 1S0S, cm que a como este, «pie, depois de ser restaurado Carlos, que era tão lionrado quão inopdemais povos, dos mesmos a que tintes
Ao mala ven tu rada nação foi entregue por no throuo, graças aos tifcanicos esforços to, conteve a execução dos projeefos -de
menosprezara com altivo orgulho.
sua dviiastia a Xa!'oi,kão de modo ig- de uma nação que abandonara, recom- seus partidários durante o reinado do
(pie
a
egreja
aos
tempos
etn
retroceder
catholica vivia nus melhores relações noiniuio.-o, parecia destinada a colloear pensou tamanha lealdade com um sys- irmão ; mas ao saber no oiitonino de
com a civilisação Eutopéa, dissipando- o povo Hespanhol debaixo do jugo es- tema tal de governo (pie as próprias 1833 que este fallecêra, deixando como
se quasi completamente o antagonismo trangeiro; mas então rebentou o heróico moiiarcliias da restauração se aífastàram único suecessor uma menina, cujos didas crenças religiosas, ao passo que na levantamento «pie fez estremecer a Eu- dellecom visível repugnância. XTão para reitos ao throno não tinham sido exp.resIfalia, na Allemanha c em Portugal ropíi inteira,unindo-se em uni sontimen- servir aos interesses da religião, com os sameute consignados, appresentou-se íi
se consagrava grande numero «le excel- to cominum de patriotismo os differéntes quaes, assim como com toda e qualquer frente da antiga Hespanha catholica c
Os liberaes rivalisaram em idéa moral; pouco se importava, mas entregou o malaventurado paiz és calalentes prelados a nobre eniprezu de oi- partidos.
os fanáticos, e todos os para sulíbcar toda a tendência elevada iniciados de tuna .guerra civil de sete
resolução
com
ferecer aos lieis o exemplo da sua pruante o e para exterminar o liberalismo, quiz annos.
antagonismos
desappareceram
dencin, mansidão e virtude renunciando
idéas
mágico
de pátria e de aproveitar-se do fanatismo das massas,
das
O clero, principalmente o regular,
ao domínio temporal, ao recordar essa poder
religião.
Infelizmente
memorável
este
depois
frades.
Sobretudo
declarou-se
excitado
deixar
não
dizemos,
époclin,
quasi sem excepçãoem favor
pelos
podemos
conduzir
levantamento
devia
da
opinião
fez
sentir
lhe
revolução
de
1820
bandeira
carlista; mas a maior parte
a
da
impressão,
ventriste
de experimentar
que
oppostos
••>
a
resultados
diametralmente
seu
natural
do
efieito
decidiu-se
do
defoi
do que tão feliz accordo
pelo partido contrapovo
pessoalmente
pouco
impulso.
lhe
de
aos
serviram
acecitou
de
desgoverno,
ter
o
rio,
apezar
intolerável
que
recrudesceupela
governo da regência
pois interrompido por uma
idéa
da
solidaa
reinante
excessos
feito
impregou
da
dynastia
Os
o
e
de
Christina
sua
cia de hostilidades entro a Egreja e a
possível para faciparte
O
século
do
ãs
tinham
throno.
e
da
Hespanha
aberto
rebeldes, e apezar
do
altar
a
os
manejos
dos
riedade
litar
sociedade moderna.
porta
outros
em
idéas
revolucionárias,
tem
emquanto que por X IX também
de darem os partidos liberaes provas
produzido
A França se havia separado do morevolução
via
outro
lado
na
o clero
paizes scenas selvagens, que poderiam evidentes da sua pouca aptidão para o
yimento reformador dos demais paizes Frauceza a
prova de (pie se tinh.i dei- fazer descrer do verdadeiro valor da estabelecimento das bases de uni Estado
O funesto governo de Luiz
cathòlicos.
xado hallttcinar pelas idéas modernas. civilisação moderna ; mas só com os livre. No entretanto o antagonismo
XV havia estendido cadri vez mais a
O implacável ardor da lueta sem trégua mais abomináveis excessos do terrorismo entre a Egreja e o povo assumia de
maléfica semente da perseguição o da
na
qual o paiz exhausto rcpelliu o im- se podem comparar as orgias a que se anno em anuo maiores proporções, e
arbitrariedade, que tinha começado a
inenso
poder de Napoleão 1, excitou o entregaram na Hespanha as partidas o até a. própria >plebe ignorante se propropagar-se sob Luiz XIV, e que seu desenvolvimento desenfreiudo das
pai- bandos armados em defesa da Egreja nunciou contra os seus antigos directosuccéssoi' tornou mais sensível no meio
e ainda o inimigo oeeitpava uma e do r.-i em 1823. Níupielle anuo não res, os frades.
xões,
da sua indigna impotência 0 vicios desimportante do território quando foram como em 1814 alguns fanáticos
Quando em Junho de 18E4 o cholera
Etn todas as espheras da parte
enfrciádos.
liberaes c conservadores se postaram que se serviram da auetoridade real para causou os seus primeiros estragos em
vida se desenvolviam tis tendências
cm face uns dos outros.
conseguir seus fins; a própria Egreja Madrid, ao seu primeiro apparecimcuto
mais oppostas, encontrando-se frente a
As cortes «le Cadiz, que durante a teve parte nessa lueta fundamental, a populaça atirou-se sobre os frades
frente o que offerecia a realidade e o
excitando as paixões da plebe em vista com o pretexto de que estes tinham enEm
* A
que exigia a opinião publica.
medito
sobre
ns
ii.lóus
um
dos perigos que pára si enxergava tias venenado as fontes c exerceu nelles o
qnõin quer que
pouco
parte alguma havia chegado o espirito otiunoiadns pelo escriptor nn ultlrnntphrasé qtio noie tendências
de truslndnr, não pôde ocoiiltnr-se a Immetish
que desde 1812 mais e mais mesmo cego furor que anteriormente,
da époclín a conclusões tão radicaes, a liamos
transcendenoln deliu, sendo quasi tarefa supoiior A liuhaviam accentuado por parte do radi- descarregara sobre os liberaes. De modo
negações tão absolutas, a ataques tão niiiiin sabedoria o poder ehioldal-ns devidamente, uno se
algumas paginas, mus em alguns volumes, porlssn calismo.
terrível colhiam esses directores do
violentos centra a Egreja, a sociedade em
que abrange n historia dn humanidade inteira posti que
então
da
Egreja
attitude
Similliante
povo os fruetos da semente que havia
e o Estado como em França; assim un seus iMVitoM tenham sido experimentados neste si eudecidiu a sua séculos tinham espalhado, quando no
annos
seguintes
nos
Io pela llespiuiliu mais do que por alguma utitro nnc
como em nenhuma outra nação como na ção do inundo olvlllsado. A lueta entre o domínio itbverão seguinte, ao grito de "Morram
du hlerárohlá Itouinuu e us tendências niuis mi
posição para com o paiz.
nação Franceza chegaram essas theorias süluto
menos revHilcionurins se nccentmm nu llespiuiliu nn
* Km apoio desta mesma Idéa, digna do ser tomada os frades!'' queresoou em grande parte
a tal g"áit de menospreço, ainda qtian- megnm Orcnslno em que Ini proclamiidn em IHIÍJu meda Hespanha, foram incendiados os
inoravel Constituição de Cadiz. Ki-tu luotn, limitada em conta, de que um dos fundamentos da solierania caCoiiseguiiiteniente de- até
do eram justa-.
corto ponto & Imprensa o ao parlamento, tomou o tliolica, nos tempos em que a sua Influência cru muis
via haver uni terrível abalo, que com óbarnofer do fanatismo fero/, ao calor da funesta inva- preponderante, era o tribunal da Inquisição, lômoso conventos c assassinados os seus oceuPrnnozçn do 1823, imposta pela Sancta Alliança. A segulnt-j uo Compêndio dn historia universal de IlAlieffoitò destruiu tudo quanto existia, çã<>
civil, iniciada desde \82i na Catalunha no irrito MCI.l.un, auetor que como ju d!ssemos. 6 opposto u tudo pautes.
guerra
No momento en que se acabou ,-t
Adoptundo do "Viva a Religião, morram os liberaes!", devia dez que se all'as.'u do cntliollclsmo: (pio tendo exigido o fasem exceptuar a Egreja.
aniins dopuls ensangüentar grando parte da I'enii sula mòsb dictador Imrlez Oi.ivkuio Cko.mwki.i, ii sitppros"ecrnsez
civil, mais pela falta de iniciaIbérica, qunndò a morto do monnrnlin soltou as rédeas a são do terrível tribunal nos domino s Ilcspanhoi s, teve guerra
por moto o brado de Voltairk
1'llli.ll'i'U
IV
resentão
do
inepto
n
os
ódios
aceumuvia
do
e
a
todos
111G
embaixador
ambições
todas
as
c
tiva
por
Íj infame," a revolução não só derribou lados, e
pelas estúpidas intrigas da corte
que para infelicidade da nação Ífe8| nuhola lo- posta de que o seu nionarcha considerava a Inquisição e do
a 01'ganis'ição temporal da Egreja, ram tno habilmente exploradi s pi Ia theoúrauin Humana. con.o um de seus olhos.
quartel-general carlista do «pie
200
O NOVO MUNDO.
[Skitkmbro, 1M7.
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202
pelu* victortaa dos sectários do Christi
na, estava a sociedade Qeapanhola em
tul grau de decomposição moral (juo
para
um espirito observador deviam ¦ursir
profundas duvidas quanto ã possibflidada de sua regeneração. Oa fundamentos religiosos du nução vucilluvam
0 at_ paru gr onde parte delia já se
jicliavuii. destruídos sem quo s»* podosse
onxergar comp m_aç_o*para essa porda.
Sagondo um princípio quo hoje ora dia
está muito diflundido, só depois de sacudirom o jugo roligioso <* de Bocollocarein no terreno du liberdade individual
mi do livre arbi'rio, podom oa povos ser
felizes o prósperos. Est . idéa i|iie 80
nelii om contradição com todos os en-iiinmentos du historia, exige pura os quo
lii.iui seriamente na sua execução
um catado tu) de energia intellectuál c
de s i moral que abrnnjn até os mais
Ínfimos elementos do |" voj mas infelizmente não Im nenhum alô hoje que
tenlui chegado a til resultado. Si assim
não è, onde iremos encontrar uns mil
indivíduos entre inill 8, quo possuam,
alem du livre concepção c intrucção pró"
funda, u forçado vontade o iniciativa
individual necessárias
não só para
poder prescindir individualmente do
fundamento religioso, mas também para
servir de .iietoiitaciilo elllcaz a família,
em vez du religião que lhes foi arrobal.'l.|.'l ?
O NOVO MUNDO.
[Skitknbuo, 1877.
funostas tendências, como inimiga imlaes perguntas a muitos pareço não mana. A elevada educação
«cientifica,
placa vol do todo o progresso, consumou merecerem a mínima consideração Keencaminhada tão somente ã investigasuu própria destruição; «• muitos dirão
genornr a Hespanha por meio do proles- j ção da verdade, era ci-uahnentc desço(pie, mio só consumou n suu
tantismo
ulligura-se Ihesemprezn ilignu ! nhecida. Km todas as outras
perda, j
nações
como lambem a do povo càtholico: de D.
Quichote o »'in todo o caso sup- teetn cliegàdo a penetrar em maior' ou
ílespanhol.
E' fora de duvida que os põem
que bó pode ter interesso para os j menor grau estes elementos imprescinúltimos sete a ti 1108 foram muito aléra í Hespaulioe
divoisda civilisaçâo inoderim; só a liesdas passadas desditas, pois disputaram i
Esmiuçando, porém, a q UOS tão, os panha, soba oppressio da intolerância
a prinmsia a iucapacidade o a impoten-l
i a interrupção única dos
que se consideram como sábio., siooj catliolica,
Nu mesma proporção do in ferio-1 mais cegos;
cia.
ao
louváveis
determinar
causa
a
esforços
pois
do governo de (Jauridade em quo se acham os earlistas de ¦ 0 0 elfeito das eousas externa-, cerram i.os III
...w... . . .. IOUIHUH
,-~.
isolada no
'
HO meio
llll-IO das
lia.1permaneceu
hoje om relação aos de trinta e dous os olhos (Ic.iutc da
podon su influencia I convulsões políticas do nosso século,
annos a esta parte, acham-se tombem das uléas,
Esto c a causa do seu mal-eslar
que ao penetrarem nas proos Boíis adversários òm relação aos an- fundas rbgi.es do espirito
Porventura poder se-liã esperar das
produzem as
tigos.
As combinações mais extranlias | tninsforinações
quo SO operam uo dasti- pequenas communidadòs evangélicas
e mais plutntasticns, mais ou menos dos- no da humanidade.
que se teeui estabelecido cm váriosponacertadas,
irroalizaveis todas, foram i
Labora em grando orrotodooquellonuo tos da
península, a regeneração de um
appr.SOntadas á face do inundo, sem ; acredita
que a lucta universal dos espi- novo que chegou a tal estado de decaque Itlo chegasse a causar extranheza ritos, tio abertamente declarada nestes delicia;' Si se tractasse s
unente dos
essa decadência 0 dissolução de um a últimos annos, o
quo bem investigada Òffeitos materiaes, seria certamente unia
nação t<> poderosa outrora.
Parece vc-se que existe quasi sem interrupção cbiinera esperar
grandes resultados da
us
ate
exercem
não
mais j ha uns trwentose eineoenta annos,
que
paixões
influencia que os protestanies, cujo nupôde
influencia nella.
ser terminada actualmente com alguns meroserã
quando muito de tantos milha(.'om apathia sem ogual olha
paru as ! golpes de mão vigorosamente desçam.- res quantos milhões contam os
catholimudanças mais importantes, como si so
Semelhante lucta íbm chame- cos,
gados.
exercer no paiz; mas essas
possam
em
uma n. vella gera interes- ter universal, e não
passassem
pode ser decidida modestas coininiinidadcs teein derrase e não na realidade que encerra a sorte neste ou iiaqucllc
paiz; envolve e com- mado já sobre o abrasado solo da lieslestinode todos. Q povo é tão indiftodos
os
prehcndo
povos civilisados o os panha a semente tão preciosa e fruCtifc rente para o Justado como para a Egre- obriga a tomar
posição em um ou em fera das crenças e tendências christãs,
ja; porque aquelle roubou-lhe as suas! outro campo.
Neste sentido é facto diffundindo-n com o seus
esforços muito
esperanças tão cruelmente como esta.
tão notável quanto cheio do lição
ai in dos limites em
quo
que
parecia enoerMal sc pode dizer (pie jri tivesse exis- um
j
povo que foi em outro tempo o mais rada.
lido nação tão infeliz como a Hespaiiha í
poderoso representante do ca.h ilicismo
Não só
* ' nzeram
fizeram surgir o elemento vi•""
actual; não por causa de círcumstàncias contra
;,,,„,,., a tvetorraa,
|» ,. tenha
, admiti
i • -,
•
"o iomm x.-;(;,.,,i
. .•
ido
.. d-i
i meditação
i_
iijicadoi•
.'.
"'
religiosa, iIo
ivro
*
Quão jonge particularmente se acha- externas, mas porque a sua \ ida inter- seu seio communidadcs evaneelicas ce!,.v,..,
°
i
:
(.X;lIn(. ,|,,s princípios moraes, na massa
¦
.»n_.!,_.,>,
v.i o povo Hespanhol do
na se a. ha na condição de uma Ollíbr- j isto
•
na mesma ocensiãn
,i. . ..
n
_
._
precisamente
poder prescinu^usiao do
1
•
; ..
nu,
povo, espalhando mais de cem_i.il
dir do apojo (Jn religido !
'
A Egrejn midndo quasi incurável, manifestando em ouo a coréia catliolica
se co """
Oca•' DlUJias
Hili;,_, .1
oi
como
lambem
pela
península,
tinha dominado do tal modo sobre este ; -ua aci-ão por toda n parte, destruindo resolutamente na ofTensiva.
|
puzcrani fim ao predomínio funesto de
A s círcumstàncias especiai debaixo um clero
povo, çom pequona interrupção durante : tanto as suas condi ões sociaes como a
ignorante e apoucado ;
o -ci-nlo X\ III,
pois
quo nenhuma outra ordem moral, esterilisando no mesmo ! das quaes se verifi ;a esta mudança, eu- bastam vinte
pastores evangélicos para
influencio moral ou intellectuál poderia tempo a sciencia e a politicà. Nesta, se- carecem ainda mais a sua importância
-crvii-em de
sul -tituil-a.
poderoso estimulo a centeMal existiam oscholng e gundo parece incurável decomposição, segundo eu creio;
pois em gorai se as
nàres
de
curas
catholicos. Este só resulestudos scientifieos, O a vida social se entrou agora um novo priucipio de vida. j sociam ao movimento evangélico
os lado da formação das communidades
Depois do ha\ei- l'nii.ii'1'K II
achava destruída pelo espirito de
daquoiias
mesmas classes evangélicas é tanto
queima- membros
partimais digno de ser
'Io.
A fortuna publico so achava em do toda a heresia, decorreram séculos '< sociaes
os
conhecem
o paiz as- leva loeiu conta
quo
que
quanto, ainda suppou<) listado, cm I sem que o prole tantismo fizesse uma | signalam como extranlias á
misoru dosorgnnisação.
corrupção do
tenham de desapparecer, estão
que
vez de melhorar a sua situação com as tentativa de entrar no território I fospa- o
que constituem o núcleo único de onde destinadas a exercer influencia benéfica
fOrmns constitucioiincs, "?o tinha conver- nhol
Conhecidos os sentimentos <!o
.\s na sociedade IIespanhola.
pode salnr a regeiícraÇíIo nacional
tido i in tltrono da ambição c ihi cobiça. poi o I lespanhol, (piai píer tentativa classes
poderosas, slibmbttidas& infliicnMas quem poderá alfirmar
Dns possessões iiltrainaritias pouco res- dessu n .inivza devia pur< r, não só cia coTuptora da vida
uma
politicà e social, obra, (pio ,-c tem desenvolvido que
tnvn d( paia do I825j o as classes inllu- sem esperança de bom exilo, como até se air.i-tain de.-le mo. iincnlo.
tão proApezar
missora em poucos annos, mio cóntinüentes, costumadas havia séculos a viver absurda. A própria presença dos oxer- i de se terem separado cm
nume- ari a
grando
florescer, e que o protestantismo
citos Lnglezes no solo Hespanhol duíiin
doilns, tractaram de reparar essa
roda Egrejn dominante, e apezpr d.
perda
i chamado cm nossos dias a
não
ser
explorando o Estado.
1'ni içoverno (o a guerra noi tivera conseqüências
por opposição n mesma, verem com sa- ('(instituir um
elemento permanente e
Sabemos de um só homem, tisfacção formar-se a novn Egreja,
que dardo a morta de Carlos III nem religiosas.
náo apezar de su.i liiiinilde
um só momoilio deu prova do achar-se homem de intelligencin muito indepén: > SO acham dispostas ao
upparérícia, immenor sacrifício
na existência nacional da Desdenle, (pie abraçou nesse tempo as ídéas j em favor da id \a religiosa
ua altura do B0U8 devores, apenas
portanto
pode
em geral o
contribuir para aúgmentar o cimos que protestantes o parn fazel-o teve uatu- I Só aquelles (pie não
Pois
panha no decurso dos annos?
encontrai*
na está visto
podem
" Desde
(pie
aquillo
levou
rnlmento do deixar a pátria.
a nação nppreseutaVa.
séculos
que
egreja catliolica a satisfacção necessaa perder-se,
nenhum poder humano
então, escreveu Tick.vor em I xt»:í ua ria a sua consciência, abrem
I aes foram os elementos
coticoro coração
quo
-ua
restabelecer
em alguns annos.
//
storin
da
Litieratura
t/espanhola, a
pôde
roram paru formar a historia dos ullipureza evangélica
tres
ou
»Seria muito arriscado einittir um
tiinos trinta c cinco annos.
quatro Hespnolioes seguiram
Certamente que, cm lpgar de ter
esse
»."
exempl
acerca do futuro do protcstanlisNesse
tempo
ninguém
I' I"
juízo
que essa époeha trouxe
qualquer vantagem material, todo ()
cm
mo
uma nação onde elle apenas
se
formassem
em
I
julgaria
possível
também
que
lfespaiibol que se associar a reforma
paro n Eespanhn bastante Hespaiilia
congregações
conta
seis
annos de existência.
de
Não
!
adcantnmento para a suu oxistoncin
protestantes religiosa tera antes que receiar as madesconheço us grandes
Eíojo existem taes con- chinações dos fanáticos e
externa; commnuicaçõos o segurança UespanhoeSdiíliculdádes
até talvez,
se oppòem ao desenvolvimento
não só em muitas cidades com alguma mudança inesperada
publica, eseholus c todo o gênero do grogações
na que
ilespanholas
como
evangélico
na Ilespanha.
até
ora
alguns
Si de um
estabelecimentos de ensino deram ao
po- política, se exporá aos eficitos du pressão
lado
lica
o
character
natural
menos om certo período de tempo rosul- quenos povoados.
provado
de ordinário exercera os poderes
Posto quo a revolução de 1868 tives- i que e religioso unidos.
t.ulo sorpreliendento.
Mais du uma voz
Um movei udíco e são do desenvolvimento evangélico
civil
se sido não só in fecunda como também |
fado de ter conseguido interessar
dir-so-hia quo n ilcspuuhn tinha cucou
pôde levar os I lespanlioes aos modestos pelo
na
maior
trado 0 caminho destinado a tírol-n do prejudicial
parte de sua-* de- refúgios destinados hoje aos oíficioa di- exactamente ás classes inferiores da
le vtnos c ás escholas evangélicas : a ele- .sociedade, por outro lado esta circumlabvrinto em iiiic foncliava: mas some- CÍSÕes, ao proclamar a liberdade
cultos, isto ('», a morte da intoleianciã vac.ão
lhanto crença era illusorin,
de sua alma para os puros pre- stanciu traz grandes embaraços ao seu
pois o ospiNão só no (pie diz respeito
rit" nacional foi a peior durante essa caiholica, estabeleceu incoíitestavelmen- coitos (le Deus.
progresso.
aos
fundos
materiaes
como também, o
o rompimonto sempre funesto te a base de um movimento regenera- I
opocha.
Tudo quanto tem ligação com a reDevemos, porém, attribüir tama- \ forma rebgiosa
é
mais,
no
o
entre a religião o a civilisaçâo esti n- dor.
que
que diz respeito ãs
quanto :i Egreja
uha importância ao novo
ion'*as
intellect,liacs*
!l Reforma cucoudou se rapidamente
principio? | quanto ãJLíscliola, ainda mesmo segundo
ido I1
por toda a parto, a lradar so-lin
outra
tra
de
recursos
cousa
no seio de suas
mais
do .' o modo de v<r dos
essa desunião, que faz os povos
poucos
povos (pie (omoo comniiinidades.
passar
coinuiunicar
a
uma
Certamente
exígua
(pie, para
da francez só lhe tinham consagrado espaço
parto
por tão torrivois provas, devia ser ain- que
da mais funesta para 08 Ilcspanliues, nação ilesp.mhol i os benefícios de uma : m fito limitado, era absolutamente des- que a reforma religiosa fosse ellicaz,
de natureza opproliousivos, do tempo- doutrina verdadeira c de uma si mo- I conhecido na Ilespanha, onde mula se seria mister que se visse apoiada pelas
Não serã necessário,
ramontO fogoso o do character apaixo- ral?
para que '¦ gabia acerca da Bíblia e da singela ver- forças intellectuaes da nação, de modo
'-a
esto
numero
com .» tempo chegasse a collocar-se
adquira taes bene- dado de um culto consagrado
pe puno
nado, desde quo a id
moral servia de
a só con- que
tenha
ficios,
de
no terreno que lhe compete.,
travar um cOnflíctO I teraplação da Divindade.
qne
freio i roalidade Quando em Setembro
A imagem
De Iodos estes obstáculos c temores
de 1808 uma revolução inesperada mu- com a maioria de seus concidadãos'! \ sublime de Jesus Ohristo se achava
em meu espirito unia lição,
surge
dou a or lera de eousas existente, tor- «Será crivei que a idéa reformadora ve
oceulta aos olhos do povo pelas espessas
que
nlm n ter inlliiencia sobre um
de
na
noii-se bem evidente a
de
eniprezu
tão
transnuvens
de
sanetos
povo
com
prosecução
se
represoutransfbrgrande
que
inação que havia meio SOClllo se tinh i certo modo crendo para o câtltolicismo? j tava o céu. Nada tampouco se sabia cendenle se deve ter presente, e (pie
E não deve receiarse
operado uo pniz,
que os seus pri- dos severo;, priucipios moraes de uma vem a ser (pie deve existir convicção
pois o character desse
meiros
despertem
de novo o | instrucção e educação
bem firme de (pie, ainda quando se aiprogressos
movimento era não só anti-clerical
que formam o
*
antim.
fanatismo'!
como também ant«-catholicoj
coração do homem: assim como... i-nm- cauce um êxito relativo, esse será o
pois ao
ver o poVQ que a
raya cm que consistia a abnegação do mais poderoso incentivo para a regenecatbopreponderância
Km «pu llvri» Vtrfi'udt / trtnnajrt y l*Krtos tU idtat
lica. «pie no século XVII tinhu
dever,
base principal de felicidade hu- ração de um povo t o grande pela sua
produ- .llii-mn ri,..,.... ,.inl...«-.tfi unulur o «>-rr»| t.»r <in dfmo»
zido a quedn dos ilnpsburgOS, trazia ru_H» ll»-.|_tihniii. .IrlvilTi. ilu iliiil.i.i.. Qmvtrmciamt
historia quanto pelo seu infortúnio.
dt mujtrà*, qn» ilívctn nrr.-i . ._or-_. di» _i, ,,\,ra ..*
n ena-no paiz lln«»-»> i-iciih liMlttut>^5(_ idioma o nH_n.ni liem sei
maia tarde a queda du monarchia qu« i.»i|ii.. 1,.,
iIIm ,hi (.'«-.-iii-n ç;1o .1»
que a muitos hão de parecer
,.„, ,,„,. iociii «Idoatfude inv.-«ii(fnç<_.« d.- _tim.« o*tnipgelru«,
i..i.r.m in unh-rr_,l t_.tr->>. n|_t.i„
estas
ll.-|.ni.lin nu <• niidi' tfi o» iictiiico» _nérlilel< _ i» re .»li oitu du
Bourboniça, rompeu o antigo laço de »l»mç in.li. a »r,.o.
proposições o rasuitado de uma
menu;
(llTeliainr.
nrtilnmin
•g»>ht .purrni.ii nu» ii.í..., O TCtKo in.inti.,.„. n,H|ii,i.. niim.-n. impiMpriiiii n vli-toHn do nh.i.lmi. nm tln-.i-iii. mente confusa
união do suas crenças.
i|« mulli.l».¦» .6/..* n t-iii <ln (|.o iib Hespenlw. KxHOinmonta
pelo diflicil estudo da
nu LH.__._i o »-m Quldl«_onllH. As_m. |x»i« ooroò «n. <U rrf^i»r. P_i,, rintl»».
ii_-_i
A
i|.i..
situação
da
Ilespanha;
«I,i.
i
|,.j
mas a esses
i>inp,.|,.|,(.rin. n n JTHitr
A Egreja (|ii.> apparcceu ainda de- rnnnlmm.» f..| rMftlm«_lo <_> expIor>,do
p
p,.i.
po _, m,,i„ri,. ,1» anil .-l.-rinil v»_ gHtibnniln t rreni», A vism dm, .-ri«... direi:
rlcr.,
(_.
«m|f.r
„
ultima R_MTft ri .11, ,.. n.l<> n .-«ii«» t-rrivei»
|.«r>.
pois da (guerra civil ligada com as mais primonllíil
por qm. icm |wííiiiIi) „ |,„iz, tã,, Indlgnamontu
diu Infclloliladra .in Itotoanha,
iplnrailu pelo uh^iiuiUmu clcricnl.
[maginae que encontraes um ser de
prinolp»!-
Septbmbro, 1H77.]
O NOVO MUNDO
nobre aspecto, mas abatido pela doáventura, a quem não podeis negar nmEsto ser ó um grande povo que
paro.
em
augustiosa
situação »• quo cmjaz
balde busca ha sessenta annos remédio
An pslondsr a
para seus males.
mão para os paizes estrangeiros, de
(pie em sua (¦¦•jj-i obstinação fui um dia
fl age lio, e ao pedir*vos pequona; parte
de vossas sobras, voltar-llio-hieis as
costas, dizendo que uma vez (pie se
tracta de um povo perdido não valo a
pena ncrupar-SL- a gente com ello?
Porventura ó devido a vosso mérito o
ter sido ha trosentos annos conquistado
por vossos antepassados o thesouro das
crenças sem macula, c apoiatido-vos
índias podereis fallar
1 mcnosprcço
deste povo que fez tremer em outras
oras o mundo protestante''
Por certo
(pie tendes para com elle 0 dever dos
felizes para com os desgraçados.
Os destinos da historia fazem subir o
Callír os povos.
DítOSaS as sociedades
ás (pines a bondade da Providencia concede o ver corõar-se o seu trabalho com
o estabelecimento de unia si civilisação!
Possa a llespanha dentro cinhreve ser
contada no niitnerp dellas !
AOS
NOSSOS
LEITORES.
Desde que, com a orençilp do uma revista
especial, já nos não vemos obrigados u tractur
nas columuns do 2?ovo Mundo de assumptos
iudustriaes, é intenção nossa, entre outros me.
UioninieiitoK com que pretendemos dotar esta
jornal, consagrar-lhe uma parto a publicação
de runmucis escolhidos, origtnties ou vertidos
de línguas estrangeiras.
Postoque a moderna littenitura Allemã ou
IngL-za nos õffereça dilatado caupo e mésse
abundante, encetamos hoje esta parte de nosso
plano com a publicação de uni romance de
M. Octave Fe mu, et, auetor merecidamenti
popular no Brazil, onde as kuiih obras são
sempre recebidas com prazer elidas com maximo interesse.
<) romance, cuja primeira parte aqui damos,
revela o mesmo apurado gosto litterario, a
mesma observação profunda do coração? Immano e dos c stunies da sociedade couteniporanen, que colloc-arain o aneter da Historia de
Sibylla em um dos logar es tiiais proeminentes
das lettras Franeezas. Si a taes predicados
j lindarmos outros não menos preciosos quá
jiossueeste escriptor, como por exemplo o vivo
interesse dramático de suas concepções, real
çado pelo seu estylo sóbrio e brilhante,—dons
dotes que raros conseguem reunir, — teremos
justificado completamente a nossa escolha.
08 AMültES UN PIIILIITK.
Romance roa
M.
Octave Pbüh,i.kt.
Em um dos distrietos mais cobertos de bps(pies da verde Norniaudia, no coração da
antiga província do Perohe, vê-se levantar, na
extremidade de comprida avenida de olnieiros,
uma habitação que parece datar do tempo de
Henrique IV e que a gente da terra chama o
custe.Uo de Li K iche-Eriiiel. E' um simples
pavilhão lliinqueado nos ângulos por duas lorreziuhas pouteagudus ; ha a um lado do páteo
uma capèllázinha de épocbn anterior, o do
outro lado o pombal senhorial. Os Lu Bochelírmel são uma das mais antigas famílias da
terra, mas não das mais ricas. O condo Leopoldo, que pelo meiado deste século represout.iva o rumo principal delia, era ornais velho dé
três fillios, e o quinhão do herança que tocou a
cada um não excedia de uns doze mil francos
de renda. Era muito pouco para manter o cãs*
tello o viver nelle com dignidade. A velha
residência patrimonial parecia pois condemnada a passar a mãos estranhas, quando foi
salva de tal profanação por um rasgo de dedicação que não é sem exemplo nas famílias
nobres. 0 irmão e a irmã do conde lhe fizeram
doação de seus bens, renunciando ambos a
a todo o futuro, a todo o destino pessoal, e
confundindo todo o seu ser no do irmão mais
velho, chefe de sua casa. Esses dous nobres
corações practicarauí essa aceito com simplieida.de, como com simplicidade a ucceitou o
irmão, porque fora capaz de proceder como
elles.
Estes La liocho-Ermel eram muito estimados
uaquellas cercanias. Acompanharam o século
de boamente, posto que com a reserva que
assentava ao sen nome. Eram demais uma raça
forte qne conquistava o respeito com os dotes
momos o nté physicos que uelli. «lir so-hiam
hereditários. O conde Leopoldo era homem de
estatura baronicia, do Bemblaute calmo o intrepido, de polidez extrema o um tanto inquieta*
dom. Emqitauto ella ensaiava as suas ceifadoros mechanicas o Tazia corô.ir seus discípulos
nos concursos agrícolas da terra, seu irmão
Oarlos Antônio, a quem chamavam o cuvalhoiro, superintendia o jardim, a bibliothecu, a
udega o o baromi tro. Tinha g' sto pela botauicu
o passava horas onoautadoras a estodar os
musgos da avenida
Era além disso musico
iipiixoniulo : a natural timidez iuhibia-o de
exhibir seus talentos em publico ; mas não em
raro ouvir pelas horas niortts da noite sons do
(lauta bastante suaves subirem da lorreziuha
que elle li datava.
A irmã Angélica Paula presidia discretamente lis obras de cbaridiid", que OOCUpuvam
bom locar nas tradiçiVs du familia Arruinava
a roupa branca, complico) o pr igranim i das
ref.ieô -s o f izia os docos, No int- rvallo destes
cuidados domésticos, piutuvn sobre papel
velino flores e pássaros, cantando baixo velhos
romances, nos quaes ro tractiva do pastores
ousados e do pastoras inflexíveis :
Itpprlml v.issip ic.Inr!
Quando meu irudn gidi o irniii.li> ..lm»iro
(iiiaril. mis ImrHS do niiiis vlvn cnlina,
A fiintii n Konibm, .. xepliyro rn-ciiolro,
Tiniu ropolo ii (|U0 viii .li/, ininliii ulinii:
Urpr mi V .s.sii Brdur !
Foi no meio desta honrada gente que nasceu
p| Io anuo de 185., Joanna de La Roehe-Ertuel,
a qual, cumpre confessar, foi a principio
accolhida muito friamenti. Graças ao dosiutoresse generoso do irmão e da irmã, o condo
Leopoldo pudera despo-ar uma moça e rica
vi-ioli-i quo fora a paixão de sua mocidttde,
mas de quem parecia devi r separai o para sempre a deseguuldude dos bens da fortuna. Esta
união, aliás feliz a todos o respeitos, permaiiecera por largo tempo estéril. Uma séria indisposição da condessa fez afinal conceber espe
nineis ipie o nascimento de uma filha apenas
realisou imperfeitamente. I) ms ou três annos
mais t irde 0 conde teve o desgosto de perder a
esposa na II ir da edade. Amara-a demasiado
para p.uisar em segundo casamento, o teve de
resiguar-so a uãcvdeixar herdeiro varão do seu
nome. Semelhante contruriedude foi-lho minorada por uma circuiiistiincia peculiar de
familia.
Tinha por visinho e por amigo uni do sons
primos germanos que usava legalmente do
mesmo nome que elle, por isso que eram filhos
de dous irmãos, mas a quem o costumo da
terra designava pelo nome de Boisvilliers, para
differençal o do parente. Das janellas superio*
res do castello de Li Roche-Erinel podiam-se
avistar por entre as arvores o atico o a claraboia
que decoravam a fachada do castello do Boisvilliers, pesada construcção do século passado.
Os dous domínios ligavam-se pelas respectivas
avenidas.
Existia entro os dous primos ar de familia
tãi notável (pie alguma, distancia tomavam-nos
um pelo outro. A semelhauça moral não era
menor, possuindo ambos os mesmos sontimentos e as mesmas inclinações, oceupaudo-se
assídua mente dos interesses locaes, de melhoranientos agrícolas, do ensino, de caça, e muito
pouco de política.
Ora M. de Boisvilliers tinha uni filho,—
Philippe, —nascido alguns annos antes de sua
prima Jounuo, e desde quo o conde Leopoldo
perdeu toda a esperança de ter herdeiro directo,
seu sonho ardento foi unir um dia a filha a
Philippe de Boiavílliers, (pie devia ser depois
delle o primogênito dos La RoehoErmel.
Deixaria o conde Leopoldo escapar esto se
gredo de seucoraçãoV ou esta combinação tão
natural e tão conveniente apoderar-se-hia ospontaneaniente da imaginação das duas familias? Fosse como fosso, o casamento futuro
das duas creançu-i foi para logo cousa assentada tanto em La ltocho-Erinel como em Bois •
villiers: traetarani disso a principio mysteriosamente, com allusões e com sorrisos; depois
forum-so tornando ousados o disseram a Pailippe: suu nmlhorziuha, faltando do Joauna,—
e a Joanna:.süii maridoziuho, fallundo de Philippe. As souhorus, e priucipalmente a excolento Angélica Paula, gostaram desse divertimento, que não deixava, é bom dizel-o, de
interessar vivamente Mlle. Joauua. Ella estava, tanto quanto o pôde estar uma creança,
namorada do primo: divertiam-se em mandar
Philippe esconder-se atraz de uma cortina ou
debaixo de unia mesa, depois chamavam Joanua.que suppunham iguorar lhe a presença; ella
porém a adivinhava, ia direito ao logar em que
o primo estava escondido, o descobria-o corando. Todos ficavam então muito contentes,
excepto Philippe, rapaz altivo o tímido, a
quem tudo issi parecia cruelmente insupportui-el. Herdara de sua mãe, qno infelizmente
já nào existia, nina sensibilidade nervosa e um
tanto ex iltada
0*. gracejos qno os fâmulos o
as comadres da visiuhançi não lhe poupavam
acerca de seus amores e de seu casamento aeabavaiii de exasperai o, e a sua noivazinha presuinptiva, causa innoceiite de todas essas perseguiçÕ !B, ia se pouco a pouco tornando para
elle alvo de extrema untipithia.
Entas impresso-s oitee.mip.uih iram ao lyoou
Luiz o (irande, pira onde entrou aos quinze
annos, e despertavam com mais força a<> upproxnirirein-se as ferias. A volta á terra n ital
erudito de antemão envenenada pela idéide
tornar ahi a encontrar a lutai prima risonha o
eiirubecedora: a sua av.-rsá > por ella acabam
ate por estender se aos sítios em que ella le-pi
rava e ús pessoas quo a cercavam, ê era fora de
duvida que, si i lie dispuzesse do raio, o sol ir
de La Ltoohe*Ermel seria varrido da taco da
t un com todas as suas dependências, compreheudidos ucllas o chefe do ramo primoge
uito, o cavalheiro Carlos Antônio o sua 11 uitn,
a lia A11jj»t liea, a misera Joauua o os fâmulos.
Tnus disposições du parto do moço do Bois*
víllnrs, si pudessem ser suspeitadas pelas duas
famílias, causar-lhes hiain estranha consternação; mas a respeitosa defereucia d.- Philippo
[•ara com seu pae e seus hidntos hereditários
de perfeita cortezia não deixavam truuspurecer
-yniptoinu algum de seus secretos sentimentos.
Notavam-lho, é certo, tal mi qual frieza o emburaco nas suas relações com a prima; mas explieaviim satisfacloriaineiite essa altitude pela
timidez o desuso nuturues nu sua edade.
Kutr. tanto os annos corriam
Mllu. ,) lannii
crescia, e sua pura paixão pelo ingrato , rimo
crescia com ella. Dessa mesma paixão aproveitaram se habilmente como meio de educa"Si seu
ção.
primo a visse, menina !" foi uma
phraze mágica cujo podi r eouheceniui quantos
a cercavam, a deante da (piai aplacuvuui-se de
súbito as eoleras q as ri belllôes da creiinç i. A
menina i atrevia immediutauiuute o desprázer
do primo, e como conseqüência desse despiaz.er o mallogro do casamento ainda distante,
mas (pie já era o pensamento querido dei seu
coração infantil. Eracomefleito claro quo, sendo Philippe de Boisvilliers, como ella muito
bem o sabia, um modelo de todas as perfeições
moraes, não casaria nunca com uma menina
de máu eharacter o que não ficava direito na
mesa.
O mesmo processo foi empregado com a
mesma efflcacio para adeantal-a nos seus estudos. Philippe de Boisvilliers conquistava brilhantes triuuiphos no seu collegio; seria evidenteiiiente no futuro um homem conhecido,
provavelmente até uni homem celebre: era lá
posivel (pie sua mulher ignorasse as regras dos
participioH?- Isso era inadmissível, e Joanna
era a primeira a eonfessal-o.
Foi entregue uni tanto mais tarde tis irmãs
da Visitação (pie tinham na cidade d'A... .,
cabeça do departamento, uniu pensão muito
conveniente. Ao reconiniendar a sobrinha aos
seus cuidados, Mlle. Angélica lhes confiou, sob
o sello do mysterio, os projectos da familia em
relação uo futuro de Joanna, o culto quo a
moça professava pelo primo, e o segredo do
atilisar esse sentimento no aperfeiçoar-lhe o
eharacter e o espirito.
Armadas com tão preciesa informação, essas
senhoras acabaram iniioeontemento de inílunmar essa im giuação juvenil, não cessando de
nppreseutarlhe Philippe de Boisvilliers como
uni ente perfeito, noivo ideal ao qual devia
.ligar todas as suas acções, e de (pio se não podia tornar digna sinão por meio do applicaçâo
constante e méritos excepcionaes.
Mlle. Joanna já de si estava muito disposta
a vêr o primo sob essa luz vantajosa e quasi
sagrada; atirara sobre ello toda essa- poesia
vaga e encantadora quese agita na alma do unia
moça e assim revestira-o como quede nm ninibo. Cumpro dizer (pio Philippe de Boisvilliers
pessoalmente prestuvuso. perfeitamente a tal
upotheose. Os predicados fortes de sua raça
eram nelle temperados pelo mixto do sangue materno, mais doce e mais delicado. Era
então um mocetão elegante e esbelto, do semblanto grave e um tanto alto, com olhos cheios
de fogo a trahirem upoixonudo ardor, qne exteruiiinente era dominado pelo habito nativo
do dignidade. Os seus triumphos collegiaes,
alguns versos bem torneados, a prosa agradável
o espirituosu de suus cartas davam testemunho
do iutelligencia pelo menos digna de nota,
mas que Joanna qualificava de superior. A
própria reserva do Philippe para com ella dominuva-a e encantava-a; quando elle dignavase, de longe em longe, appurecer no locutorio
do convento, ella uppresentuvu-se-lhe tremula,
feliz, e confusa por ser visitada pelo moço deus.
O moço deus entretanto seguia o seu curso de
203
direito em Pariz com suave indolência, que
todavia não era extreme de cruéis upprehcii*
soes. 'JYrininudo o seu estudo de direito, duviu voltar a Boisvilliers pura lá viver perto do
Approximava-se pois o momento em
pae.
(pio verse-hiu provavelmente coagido a explicar se acerca de suas intenções a respeito du
Não ignorava (pie o sen casamento
prima.
com ella era, mais do (pie nunca, tido nas duas
famílias como negocio assentado. Sem traetarem abi-rlameiile do assumpto em sua presençii, faziam-lho continuas allusões (pie não
lho piTiuiliiaiu esquecei o. Ora infelizmente
conservava pela moça a aiitipathia (pie tivera
pila menina, o trazia de cada uniu de suas visilas ao convento impresso s diffi -ilmcnte
eoneiliavejs COUl o Voto de seus parentes.
Achava Joanna f> ia o desagradável, posto tivesse grandes olhos azues, ondas de caiu lios
negros o dentes deslumbrantes; mas tinha a
"inliira curta e sungada, era desogeitaila o sem
prroçu; enifini vestio-so sem gbsto o era até desLixada no nl iviar-se. Esto porineuor Iam eutavi 1 não era, na verdade, culpa da moça. Era
axioma no convento que só a belleZa moral
devia ser almejada e cultivada pelas alumnas,
e era da regra qno a menor ponta de fuceirice
foRsesovi rameiite reprimida. Os espelhos por
conseqüência iram prohibidos.
Joanna, a
apanhavam
ás
wz.es
arranjando
o magquem
nilieo cabello deante de alguma vidraça, era
parlieulirmeiite admoestada nesse capitulo.—
A belleZa moral, menina, repetiam-lhe as digI nas irmãs, abei leza moral I tal deve ser o seu
| único pensamento e a sua única solicitude,
j como é, não duvide, o pensamento único e a
! solicitude uni ca de uni espirito tão elevado
i como o do senhor seu primo.
—Ma>-, minha mão, respondia ella, niee
| primo não pôde vér minha belleza moral no
locutorio!
—Deixe-mo dizer-lhe, menina, elle a vê, ou
pelo menos a adivinha noseu próprio desprezo
dus vaidades externas.
Joanna deixava-se persuadir, mas eri ella
(piem tinha rasào. O primo, quando vinha
ao locutorio, não. lhe via a belleza moral; vialhe ns cabellos clespenteados, as unhas deniasiado curtas, as peruas demasiado compridas,
as botinas muito largas, as meias mal esticadas,
e não tinha também bastante belleza moral
para apreciar o lado synibolico o superior do
todas estas cousas.
A taes prevenções inveteradas e persistentes
contra a prima, vieram demais amais junetarso com a edade sentimentos novos que lhe dobravura a aversão por ella e pelo futuro (pie de
tão longa data lhe destinavam. Suas victorias
escholares, seus ensaios poéticos admirados
pelos camaradas, tinham-lhe perturbado a cabeca e não estava muito longe de conipartir a
opinião em extremo boa (pio Joanna de.le forinava. Sem ter aiirJa posto a mira em algum
alvo determinado, sonhava vagamente com
ambição e gloria; entrevia também na esphera
deslumbrante do mundo purizieiiso amores esplendidos e cheios de tornientas; tremia á idéa
de sepultar no fundo da província, no estreito
recinto do solar paterno, faculdades dignas de
grande theatro e paixões dignas de grandes
aventuras.
0 (pie era cousa melindrosa era dar a enteuder tudo isso a sou pao. M. do Boisvilliers de
Lu Boche Ermel era puo terno, mas de sorte
alguma romântico; a sua fronte severa, os
( liios pardos e firmes, os lábios de boamente
irônicos, não convidavam a expansões; o Philippe adiou ernquautq pôde unia confidencia
ipie devia evidentemente causar ao velho lidaik'0 a mais desagradável sorprezu; mas emliui
formou se, e desde então não tinha mais pretexto para prolongar a sua estada em Pariz;
ooinprehendeu que a hora da temível explicação unho soado, e partiu para u Nornniudia
armando-se de toda a coragem. *
Receberam-no om Boisvilliers tanto como
em La Roche-Ermel com um ar de festa e do
alegria que o consternou e que fez até com quo
hesitasse em sua resolução. Era cruel ferir todos esses excellentes corações. Seu constrangimento e sua tristeza foram desde o dia seguiute á sua chegada notados pelo pae, que porisso
concebeu visível inquietaf o.
Passoiavam ambos por uma bella tarde do
mez do Agosto sobre um temido plantado de
copados castauheiros, que formava um dos
lados do jardim de Boisvilliers: o terrado
acompanhava a margem de um açude profuudo e quieto que» parecia dormir sob as largas
folhas de nenuphar, de que estava quasi completamente coberto; uma velha barca meio
cheia d'agua ahi estava abicada ao pé de uma
escada de, degraus deslocados. 0 pae fumava
silenciosamente um charuto, o filho contempluva com meliincholiu a velha barca presa ao
sen poste por umu corrente enferrujada e.
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206
•creditava estar alli vondo a Imagem du <le*tino (pio o aguardava nosso canto perdido do
mundo.
EntfiO, meu filho, .le • do improviso M.
de Boisvilliers, nunca fumas?
Nunca, meti pao.
1" muito bom isso. E's mais avisado que
ou, fi estimo multo.
E ontaò ois-to advogado?
E' verdade, meu pae.
-~ E' excellonto. Graças aos teus conheci
raontos da direito, não m rái como en prata dn
Poderia administrar pesgente do negocio.
soalmcute a tna fortuna, que uni dia lm do ser
considerava],
Espero, meu pae, não ler eme cuidado
muito
tempo.
por
—Fico to muito obrigado pela tua polidez,
tiuiH é nec» swtrio quo tomes a tua parte tle eargn; cotou envelhecendo, estou ficando cansado,
Sabes que >m domínios do Bois
meu filho.
villter* e de Im Roche-Ermel reunido* dariam
mais do noventa mil francos do renda?
—Tanto assim) meu pao?
Exaetnmente.
Houve uma pausa silenciosa, depois da (piai
M. de Holsvilliers continuou: —Fui vór tua
priiiia Joanna ao convento ha poucos dias; e«
tão Ia limito contentes com ella.
As irmãs
nsscvernm (pie é uma moça perfeita, notável
mente sensata o instruiria; demais a mais toca
exeellenlenionto.
—Toca plano muito bom, sim, meu pne.
Saltos que a mia educação está iicttbtuln, o
qtto Volta definitivamente para casa no dia ló
deste tnoz.
—Meti primo de I>u Roolie Ermel disso-m'o,
uioti pne.
j
M do lloinvllliers int( rrotnpeti do súbito o
passeio e poz fora o charuto: Philippe, disse
olhando fixamente para hh feições pai lidas do
moço, não podes ignorar os vote* quo sempre
fizemos pela ttm união com tttn prima.,. 8o
rão os tettH projeetos riifiorontes dos nossos?
Meti pne, disso Philippe. em tom respt itoso, mas firme, não posso riesposnr minha pri
on não a amo.
tua.
-Tu não n aintiM? repetiu M. delloit-villiors.
—Olhou ainda fixamente pam 0 filho; ns rugas
cavadas entro ns suas sobrancelhas acconttiarain se profundamente, •• ligeira convulsão fozlho tremer os lábios.
Havia um banco a dous -mssoh ua mnrgcni
do itçtide; foi sciitnr-so ncllo, pousou a fronte
nas duns mãos o pareceu meditar dolorosa
mente. — Coitada! murmurou,— Depois ergin tido a cabeça para o filho, quo so conserva
Depois da declaração
va de pó demito dello:
de
acalme
fnzor,
deves comprehender
mo
quo
rpio o teu v* tabele* ime-uto ein Boisvilüors toruiise, no menos por algum tempo, cousa im-
O NO TO MUNDO.
tíalii a vida oeste eircnlo fatal, o gyr.inis com
tnigo, não Uras outro amor que não o meu,
outra esj osa quo não ou,—o meu gosto será
teu gosto, minha oamar.i tua câmara, meu tumulo teu túmulo ! Ah ! meu pae, eu houvera
podido aiunl-n si a tivesse escolhido; quem
sabo eu houvera podido amar também a vida
o as oecu|Htçnes do campo, si mo não tivessem
sido impostas desde (pie comecei a viver
... Dt*HOtlí|». Ille, tllell pae, Offolltlo-O talve/.,
mns prefiro dizer lhe tido o meu pensamento,
abrir-lho sinceramente todo o meu coração !
-Tvns rasão, disso M. do HoÍMvillíers,
Respirou com força, recolheu-se um momento,
e continuou com voz meigi e quasi v dada: —
E eu lambem, meti filho, tenho quo te dizer:
— Desculpa-me !
—Meu pao!
—Him, pois ntinal podes acreditar quo eu
tinha disposto um tanto levinrueuto de teu fui'otaro, como si teu futuro me pertencesse.
des acreditar, o certamente acreditas, quo um
motivo egoístico lcvaratiie a confiscar de aiguina sorte a tua vida em meu proveito, fixmE' corto
do-a de antemão perto da minha.
ipio eu não era insensível á esperauça do vér
um dia,
depois de tantos annos do solidão, —
minha velha casa encher-se o reanimar-se;
sim, ou es**emva quo Deus me pouparia este
Degrande iiniargor dos velhos, a casa vasiu.
mais, eu já amava essa menina como minha
filha. . . .
—Meu pao ."murmurou de novo o moço,
cujos olhos estavam humidos.
—Não tenho rasão, desculpa-me, proseguiu <>
pao,—o continuou com toda a sua firmeza de
entonação: O que eu te queria dizer, meu
filho, ora quo eu uão linha pousado unicamente
no meu beneficio pessoal, ua minha própria
felicidade, asselit indo paru ti UO plano do
existência que regeitas. Tinha acreditado proparar-to ao mesmo tempo uma vida feliz, útil e
honrada. Atravez (ins defereneins cortezes da
tua linguagem vejo claramente, moço, quo nos
consideras, no conde do tai Rocho-Ermel o a
mim, como dous entes bom inúteis neste
D.ixaino continuar, .. nisso não
mundo
sou da tini opinião. Somos dous ti Inlgos provincintios, como dizos, o vivemos sem gloria,
mas não som honra. Tmbnlhnmos na multipli
cação do pão e ri i carne, o fornecemos á
eavallnrin 1'runcoza sólidas montnrias. . . . Jií t
alguma cousa. — Mas não é tudo, meu filho: e
bom nc-sto tempo, mais do (pie nunca, (pie
pessoas como nós pormanoçam na sua terra
natal, cidade ou roça, o ahi se tornem raspeitnvois, Além dos serviços practicos quo esses
podem espalhar cm tomo de si, ha na sua só
presença, na Htiperiorídade de scnscouhecimeutos, na diguidado do sua vida, nas grandes
recordações quo seus nomes despertam, ha,
digo, um ensino, ha um exemplo, ha uma
auetoridade, São como esses velhos campana
rios quo st! avistam a espaços nos campos, que
fazem meditar o viandaiito na estrada, o caiuponez sobro a sua cluirrua, o que convidam as
multidões, lipeZlir SOU, a elevados sentimentos
ca pensamentos respeitosos. Não, meu filho,
nós não somos inúteis!.. Não me digas nada,
Philippo, não, nem uma palavra! Creio comprubendur-te, mas não arrancarei d tua sonsibi
lidado, ao teu eiiterueciineuto uni sacrifioio
quo deploranas amanhã. Segue o caminho que
eseolheste, segueo como homem de bem, o eu
mo consolarei.—Vamos a vór, o que contas
fazer?
Meu p.ie, minha Intenção, si o senhor a
npprovasHO, era proaeguir nos moim estudos do
direito até tomar o gntii do doutor o entrar dopois na corporação dos advogados.
- Soja !—e agora, Philippe, temos que tomar
uma resolução penosa, Não tendo do permanecor aqui, é conveniente, ó necessário quo partas
o mais cedo possível, Seguirás amanhã domanhã o p.ira poupar tios a ambos emoções
inúteis, desejo não vor-te no momento da
possível.
Si o senhor iihsíiu julga, meu pne, obedocerol.
—Sim, entendo, saio no encontro dos teus
desejos; loronste gosto por 1'atize pretendes lã
passar n mocidftile, sinão toda a vida, na óciositiado,
—Não na ociosidade, meu pae, o si mo *>ermlUleSC íiillar lhe com toda a franqueza.. .
—Oh! pois mio.
Pois bem! í nqui, na provincia, no cam
pn, quo ett torin de viver na ociosidade...
IVrriõc-ino, meti pne!.. . tenho sob os olhos o
seu exemplo o o de nosso primo, e sei quanto
n vida do ambos é dignamente oocupnrin;..
mas eu não tenho nem ns mesmas iiicliuaçõsm,
nem ns mesmas aptidões,
nis.se quo (gosto do
Pariz, è verdade: gosto certamente das suas
distrai çòis o prazeres, como é próprio tio minha edade; mas gosto também, pó le nercditnr,
"ria
nobre actividado qiio lá se respira eotu o ar,
(Ias gciuroMis ambições que essa nelividudo
ib sperla nos corações, da febre do gloria que,
luz'subir ao cérebro; gosto dnqm Ua poderosa
vidíl il.t. lleetllal qtlO pateCO juntar-se á llOsfta
intelligeuciii e ilupUcar-lhe as forças.
Aqui,
meu pite, a inti lligotioiaquo eu possa ter ficaria partida.
setu alvo, sim applicaç.lo; deixaria aos rendeiM do IViisvilliers lovnntou-so bmscamontc :
ros e «ts homens do negocio eu ida (los que no- endireitou «o porte athlotioo o tornou ao sen
i liiim interesso Uriom paru mim; o tédio, o pa.vso.io com passo firmo, fazendo signal ao filho
diMittiiiH), ir 80 hiutn apoderando de inim, o tpio viesse paru 0 seu lado. Depois de longo
urinai me degradariam: uão poestiiudo as vir- silencio : Passnr-so-hão talvez annos, disse,
ludes do fidalgo provinolauo, dello teria só- antes tpie possas voltar honradamente a Boismonta as faltas o talvez um dia os vícios. Em- i vtlliers. A tua presença seria uma crueldade
pregaria o meu tempo, conto tantos outros, a puni esta moça... Irei vor-te a Pariz do tempos
fnser pnsseiar meus cães. a consultar o baro- em tempos.
Obrigado, meu pne.
ntetro b a rosa dos ventos, a engarrafar vinho
%
Pois bem! confesso-lho,
o laivos" a bebei-o.
Entretanto a noite cabia pouco a |>utieo, tornando mais densa a sombra no temido. 0 dal£** u pne, ipie senudliaute existência, sem hon
ra (nira mim, sem ntilldndo para pessoa algo- gado cresoonto da lua dava atpii o alli nus
ma, mo infunde horror, e minha infeliz prima, toques brauos atravez da sombria folhagem
(pie foi Mmpro a meus olhos 0 Symbolo desse dos castanheiros o prateava vagamente, entre
vi ver. tornou-so-uit odiosa jsir essa causa; foi AS hèrvOR, a superfície itnmovel do velho açude.
ella (piem pronunciou desde o borco a sentença Era uma seenn de paz e do melnncbolin prodo meu destino, foi ello quom rao disso: Vi- fundas.
verás nlli o nSo em outra parto.
GyrBras
Philippe, sontinnoo M. do Boutvillient, tu
[Skitkmhho,
ar de vida e do alegria á desolada cumi. Como
0 velho fidalgo, tocado pelas suas afteitçòes,
confessava-lho nm dia a sua gratidão, a moça
olhou o com expressão profunda:—-Nilo será
justo, disse-lhe, (pie ou seja um poliooohitiho
sua filha, pois que soiru causa de sou filho tfdo deixado?—M. de Boisvilliers recebeu com
mão um tanto tremula a mão que ella lho estendia o beijou lh'n respeitoso,
Por esse mesmo tempo uni boato singular
so espalhou pela visiuhança. R. feria-se a Pbilippo do Boisvilliers. 0 moço, lembrar-nosliemos, antes do partir informara o pão acerca
do seus projeetos; continuava a fnllíiríuG delles
etn suas cartas: propnnhn-se ainda a etitr.r
na advocacia
depois de obter primeiramonto o grau de doutor em direito
M. de
Boisvilliers sabia que o doutoramento exige
laboriosa preparação; tiniu pois todiu as ramios pnra suppôr o filho mergulhado nos mais
sérios estudos de jurisprudência quando um
visinho levo a bondado de lhe coutar que um
periódico, especialmente informado acerca de
cousas do theatro.atinunoiiivaa próxima ropreseiitação om uma scena parizieuse de uni (Irama om cinco netos ftssignado por Philippe do
Boisvilliers o intitulado: Fredegundul—Esta
noticia perturbou profundamente o grave aucião. e ainda mais profundamente o houvera
perturbado si elle conhecesse as oircumstaocias
aecessoriasdesse facto extraordinário, taes como tif vamos expor aos leitores.
sim, tua mão era um
herdasto de tua mão.
espirita um tanto romântico; mas era ao mesmo
tempo unia sancta ; não o esqueças.
—Não boi de esqticeel o, ineit pite.
Correu um quarto do hora som quo nova
palavra fosse troca Ia entre o pao o o filho,
cujos passos, calcando a areia da alameda,
únicos perturbavam o silencio da solidai.
Do súbito M. de 13 lisvilliersparon:—Vamos,
meu filho, disso estondendo-lho a mão, tonbo
necessidade de repouso, retiro-mo..." adeus!
-Meu p.io ! disso Philippe com voz ciiiburgada pela angustia, meu pae, o senhor perdoamo ?..
O velho puxou-o para si quasi com violência:
Abraça me ! disso lhe,
o npprtou eonvtilso
sobro o peito o moço. que soluçava
No dia seguinte, ao primeiro albor da manhã,
Philippe do Boisvillíers nffistava-so do solar
pat rno, puxado por dous vigoro-tos cavallos
(pie deviam lovnl-o om viyto iniuntos á estação
da estrada do ferro próxima. Deixava apoz si,
—mocidado f( üz!—os cuidados, a sdidãn o o
Incto, o corria prasentoiro pira o futuro atravoz do orvalho dos bos(]uas o da aurora nascento.
Alguma t horas mais tardo o pae, com o rosto pallido e os olhos cavados p?>r uma noite
som somno, dirigia-se com pa^so faliga lo para
ocastellodü La Rocho Ermol.
Ao acercar-selhe, avistou no meio da avenida o conde Leopoldo que lhe vinha ao encontro: —Então ! ex
clamou o condo em tom jovial, onde está o
moço pirizienseV Ainda na cama?
M. de Botsvilliers continou a ndeantar-so
sem responder, o quando estava a dous passos
fio primo, disso lhe com accento triste o gra
ve:—Meti amigo, Philippe voltou para Pariz
—Como, voltou para Pariz? disse o condo,
quo ficou attonito. Então o (pie ha? pois vejo
([tio ha alguma cousa BÓria.
Muito séria, tomou M de Boisvilliers
acoontuando as palavras, o, tomando a mão do
conde: Meu amigo, disse lhe vou causar-lhe
muito desgosto; o sonho de toda a nossa vida
esta ncabndo.
Meu filho....
meu filho não é
digno da nllinuça (pio o senhor deixou-me eutrevor pnrn elle.
O conde Leopoldo encarou M. do Boisvilliors:
Recusa a? perguntou.—-Nilo rocobondo
resposta, deixou escapar um como gemido; os
braços cidiiratn-lhe inertes, e permaneceu com
os olhos lixos no vácuo; depois disse simplesmonte: -Joannn com isto morrerá.
Felizmente, si M. de La Roche-Ermel conuhecin bem a sensibilidade da filha, não lhe
conhe-ia todo o valor,
Jonnnn, ao voltar aidias
o
depois
tecto
gtins
para
paterno, não pa
roecn tão acabrunhada, como fora de receiar,
com a decepção (pie ahi a aguardava.
E' verd.ale que i'i não experimentou logo em todo o
seu rigor porque n familia não julgou acerta
do nem conveniente expliear-sc com (Ha ahertatnonto á 'orca de assumpto tão delicado e penoso. Deixaram lhe pois adivinnar por si ines
ma, e pouco a pouco, a verdade.
De resto, a
moça notou para logo mudanças singulares
nos hábitos de sua familia: a flauta do tio cavalheiro já não modulava as suaves melodias
uo silencio das noites, o a tia Angélica deixara
de brincar com o pastor ao colorir o seu papel
velino.
Syiiiptoiuas ainda mais significativos,
a tristi-za de seu pno o a tle M. tle Boisvilliers,
a ausência inexplicada de Philippe, a reserva
absoluta quo guardavam a seu respeito, omfim
as palavras ipie escapavam aos suballernos,
acabaram bem depressa de esolaroeel-il. Talvez
também 0 80U taeto feminino, desenvolvendoso com a edado, a tivesse advi-rtido do (pie os
sentimentos do primo correspondiam mal aos
quo olla lhe tinha cousagrndo,
posse como fosso, quando ella comprehendeu bem que era desdenhada pelo noivo de infanoiit, a sua dor sem effilSilo, o sem lagrimas,
ao menos apparentes, apenas se Inibiu por uma
como gravidade melancholica quo SO estendeu
como um vén sobre o sou rostro em flor o abi
ficou.
Era uma alma terna, mas demasiado
altiva para patentear a sua magna.
Compartiu com a tia a direcção da casa do pae o a isso
so applicon com actividado incessante o methodiea, como si quizesso subtrahir cada minuto do dia ás tentações e nos desfalleoimentos
Só uma vez alludiu directamente
da scisuia.
ao seu amargo desencanto. Tomara 0 costumo
do ir cada semana fazer uma visita matinal a
M. de Boisvilliers, e as mais das vezes ai mocava com elle; percorria depois com ello os
differeutes aposentos do velho solar que os fnmulos desanimados como o nmo, mantinham
então com extrema negligencia.
Kiase dn(jiiella desordem, abria as jaiicllnH, arrumava
08 moveis, limpava os vidros, espanava os
aparadores o restituia por algum tempo corto
1877.
,
I
!
I
;
;
i
!
,
Philippe de H lisvillierssuppunha tor, comrasão ou sem ella, vocaçãodo poeta, e desde (pie
sabim do collegio.emqnauto seguia bonrosnmentu o seu curso de direito em obediência ao pae,
achara meio de enriquecer secretamente a littoratura Eianceza cora bom bom numero de produeçiVs até então iueditas, tiias que outra consa mais não desejavam do que deixar tle sel-o.
Conseguiuteinoiito, toda a sua actividado de
espirito, todos os seus sonhos do gloiin e toda
a sua nvidi z de emoções, se haviam definitivamente voltado para esse lado; mas reco ára com
algum fundamento desgostar o pne confessaiido-lho OS suas verdadeiras intenções, o lisongeara se um tanto levianamente de poder occultar-lho o segredo nté o dia om quo o suecosso
as viesse justificar e levar-lhe o nome triuniphiiuto aos distrtetos mais atrazados do Perche.
Entro todos os gêneros littomrios a litleralurn dramática atlnihin particularmente Pbilippo, talvez por se lhe approseiitar á imaginação sob a fôrma pla-tiea de uma actriz celebre
cuja photÔgrapbin ornai a lhe o espelho. Cbaranvn-BQ Maty Gérald, e ninguém so esqueceu
ainda do brilho qna projectou essa estrella sobre uma das primeirns scetins do Pariz antes
(pie a Russia nol a roubasse ao nosso fanatis
mo.
A fascinação da actriz é uma magia tão
conhecidn (pie parece completamente inútil
explicai a, principalmente nos Piirizieuses, cuja
Mas os próprios
primeira religião constituo.
Parizienses gostarão talvez de saber quo a sua
paixão pelas mulheres de theatro tem sua exousa, e que a esse culto culpado jtineta se boa
doso de poesia. A actriz comi ffeito representa
para elles um gênero do mulher tpie raro encontraiu na sociedade e nunca no lar domestico. uma mulher tpio
parece exempla de todas
as fraquezas assim como de todas as vnlgandades terrestres, nina mulher n (piem nunca falta
cousa alguma, nem um dente, nem um eabollo,
liem um botão de luva, nem um diainanle na
orelha, nem uma rosa no seio.
Parece, como
uma flor, subir Bem.defeitos, fresca, vestida o
Não a
pariiineiitada, das mãos dn natureza.
vedes sinão um instante, mns durante osso instante olla é perfeita, o quando torna a entrar
na sombra deixa-vos sob a impressão de nlgrima cousa luminosa e uni tanto inais do (pie
humana.
Si a aconipaiihaoH nos bastidores,
está ainda sob n influencia do seu papel; é
ainda rainha, Incnin ompoada, fadn, deusa, tuidando em uma nuvem irisndn, alva o singular
sob as tincüts com que se characterizn, com os
lábios escnrlates, os (dhos (lesmesurados e brilliautes.cri atura em summa emigrada de algum
mundo sidereo.
Gosta-se geralmente de imaginar que a actriz
leva para a sua vida privada esse como idealismo poético de que o prestigio da scena a revéstiu, o não é isto totalmente uma illusáo, pois
olla é sempre mais ou menos enganada pelos
impeis tpie representa, nunca os despe completainente. 6 voltando á casa raro é não conservarein tanto os seus sentimentos como a sua
linguagem alguma cousa excessiva e theatral.
Philippo dn BoisvíUiéra tinha pois votado
apaixonada adoração a Mlle. Mary Gérald, e
cumpro dizer tpio esto amor do estudante pela
actriz não era extreme de castidado e de nobreza. As pessoas românticas são didica Ias; não se
prendem aos amores vulgares que tentam a
primeira mocidado. Philippe depressa desvia
ra-se delles com tédio. Sons sonhos enuu mais
O XÜ\'() MUXDO.
Sbi-tbmuko, 1877.]
elevados.
Admirou os olhos profundos o a
fronte inspirada da brilhante artista, suppoz
ler nelles esses (toe,nas infinitos «le melauoholin
o do paixão quo turbavam •> onoautavam seu
próprio coração, o «leu lhe sua existência.
Cominetteu então todas as loucuras que ehamcterisam os namorados das actri/.is e das minhas: depois de ter furiosamente npplaudido
Mary Gérald da sua cadeira, esperava-a a porta
particular dos artistas e via-o attirar so uo seu
carro, retirava-se feliz por ter sentido o ar agitado pelo sei, vestido e levava a noite a escre-
ver lho om verso e em prosa cartas muito elo-
quentes «pie lhe não mandava.
Penetrar até jltUCto delia, tocar
embriagar-se con, o seu olhar, com
vra, com10 seu hálito, tornar-se
terno e familiar, foi dohi en, d cou te
samento único.
lhe a mito,
a sua pulaseu amigo
o seu pen-
Mos por que meio ? Pódo-so
acreditar (pie ello uão admittia um séi cuja
siqiposição pudesse macul.tr o seu ídolo, Rè80lVOU tiilulinetite coni|)ôr tuna obr.i dramática
en, qne Mary Gérald tivesse uni papel digno
de sim bellezo e do seu talento.
Elle podia
realmente, sen, demasiadoprésuinpçtlò, julgarso capaz de levar no cabo esta dillicil empreza;
para ella so havia ha muito tempo preparado
com os seus estudos favoritos e com a sua assiduidade no theatro; tinha já na pasta vários
eusaios nesse gênero (pie «lie próprio achara
deficientes, mas nos quaes juizes competentes
tiiihiini reconhecido trechos do verdadeiro merito e elle pouco a pouco assentara a mão o o
Depois de longas meditações encetou
gobto,
sob plano seu um assunipto (pie lhe era de aiguina sorte reeoininondado pela escolha de um
grande poeta, o assunipto de Fredegunda. que
Alfredo de Musset começara a tractar sob o
titulo a Serva do rei.
O papel de Fredt guuda,
desenvolvido pelo auctor acuradamente, purocio coiiu llV-ito maravilhosamente apropriado á
graça sombria e ao encanto trágico que distinguiam a pessoa e o talento de Mary Gérald,
1'mlippe acabava do completar ao mesmo
tempo sua peça e seu curso de direito quando
fez a Boisvilliers a curti o triste viagem, cujos
incidentes narrámos. Levara Fredegunda na
inala, com vago desígnio do lel-u ao pae o do
alcançar o seu suffragio por acclainação. Mas
estos velleidades enthusiasticos não resistiram
a Iria atinosphera da provincia, e o moço contentou-se con, reler a peça para si próprio, o
ipie ira mais seguro.
Apenas de volta a Pariz, submetteu-o a um
cenoculo do amigos «pio lho auguram,n as
estréias brilhantes do Augier e de Pónsord :
recitou alguns fragmentos em salões familiares
e ahi obteve egual triuinpho. Sob tão favoraveis prestígios resolveu-se a tentar um rasgo do
audácia : escreveu a Mary Gérald e pediu-lhe
o favor dé ouvir -lhe a leitura da peça, abstêmiose com cuidado do qualquer auusfio aos sentimeutos (pie lh'a haviam inspirado. A aetriz,
interessada talvez pela assignatura aristocrática
da cinta,—Boisvilliers dé La Roehe-Ernicl,—
respondeu com «luas palavras em seu cartão do
visita : esperal-o-hia no «lia seguinte ás cinco
horas.
Esta resposta a principio mergulhou Philippe em uma como louca ebriedade, a «pie se
vieram junetar dentro eu, pouco loucos terrores. Essa realisação tão fácil o tão súbita de
seu sonho assustava-o. Não iria ser ludibrio de
alguma horrível niy.-.tiíicação? - No dia seguinte comtudó, ás cinco horas, entrava como
niiuiui-crípto na mão na casa da rua Tiouclut
cujo segundo andar Mary Gérald dignava-se do
oeeupur. Ao interrogar o porteiro, suppoz vêr
na physioguomia do homem certo ar de mystorio e de ironia. Subiu com o coração palpi
tante. Chegando demite da poria da grande
artista, a sua agitação assumiu uma intensi.
dado quasi fulminante. Afinal tocou acampainhii. — Um odor de cozinha, e mesmo do boa
cozinha, quo se lhe apoderou do oi facto uo momento cm quo a porta so abria, pareceu-lho
extranlíò nisso logar sagrado e entretanto tranqüillisou-o. — Foi recebido por uma creada
moça, cujo lindo semblante desdenhoso e inipassível demonstrava experiência superior á
sua edade : ella olhou friamente para o cartão
de visitas que elle lho entregou, introduziu o
sem fallar em uma como anteoain ira, o entrou
com o cartão na peça visinha. Philippo ouviu
o ruido de varias vozes masculinas, depois uma
explosão súbita de riso estrepitoso, á «piai
suecedou o silencio : «lepois do que, a impôssivel creada tornou a apparecer, e, segurando a
porta do salão aberta «leanto do moço poeta,
deu-lhe a entender que podia entrar si isso lhe
couvinha.
0 salão de Mary Gérald, postoque de pequena
dimensão, correspondia perfeitamente á idéa
quo Philippe concebera desso sanetuorio. A
escassa luz de unia lâmpada de egreja, cores
sombrias, reflexos de ouro e de soda, grandes
folhas exóticas, uni odor penetrante de flores,
uma fôrma branca quasi deitada em um
divail, era OXIlOtUtUOUtO isso o qno elle IlUOglmira. Mas o qno não entrara no sou prugnuumo
fora um grupo de tres ou quatro cavalheiros «Io
dilVerentes edades quo figurava et,tão no quadro
e que a seus olhos afeiava-o sotVrivelmente,
Entretanto a presença dessas testemunhas
importunas lhe foi útil : sons risos equívocos
soavam lhe ainda aos ouvidos ; a sua altivez
despertara-se: appresentoii-sesob esta impres
são, um tanto podido, um tanto embaraçado é
certo pelo seu mouuscripto, mas afinal com
esse ar de príncipe qtio caplivara o coração d.,
mísera Joouuo.
Menos sensível visivelmente, Mary Gérald
lançou uo moço um olhar de suprema inditVrouco, saudou-o apenas com um sigual do
cabeça como si elle lhe trouxesse fazendas para
escolher, o disse-lhe que so sentasse: feito o
qne, continuo,, tranqtiillamouto a conversação
com a sua roda. Philippo notou con, sorpreza,
atravez da sua perturbação, quo ello era jovial
ou antes divertida : tinha linguagem um tanto
brusca e familiar, espirito puantasioso, repenles de creauça espirituosa, singular o estragada
de inimos
Notou também (pie, emipiauto
conversava, ella voltava para elle os seus olhos
profundos e como assustadiços C01U unia como
curiosidade attouita. Dentro en, pouco ella
deixou deslallecer a conversação, e a sua mascara pallido tomou uma expressão de tédio, Os
tres on quatro cavalheiros de diflerentes edaih s,
que eram todos de fino tracto, lovantaratn-se
então simultaneamente, beijaram-lhe suecessivãmente a mão, e retiniram-so em cadência.
Ella também se levantara par.t acompanhar
esses personagens até á porta do salão; depois
voltou se para Philippe, oudireitaudo com o
salto a cauda da sua comprida robede chambre:
— Senhor meu, disse ella, não entendo bem o
seu pedido; não sou eu quem acceita as [teças,
.. .é o meu director.
Modemoiselle, cjuiz saber antes de tudo si
o papel lho agradaria... Do contrario reuunciaria á minha peça.
—Ah ? e então porque? disse ella com ligeiro movimento de honibros o tornando a sentar-se bruscamente.—Antes de tudo não reprosenta»,os peças em verso no nosso theatro: dovia dirigir-se ao theatro Francez ou ao Odéou.
—Perdòe-me, modemoiselle, mas teem-se reprosou tado varias vezes peças em verso no sou
Ulealro.
Qh ! outroru, sim ! mos só outrora! Eutito?
sente-se. . .e om siinuna é a sua primeira
obra ?
—E', mademoiselle.
Então até agora o senhor só é conhecido
do sua familia V
—Só.
A moça olhou-o com essa malícia irônico quo
a antigüidade emprestava ás deusas; depois
ella inclinou-se:—Não tive intenção de o offender.—Tem ahi sua peça ?
—Aqui está, mademoiselle.
— Vejamos isso.—Folheou o nianuseripto o
leu aqui o alli algumas linhas com olhos inquietos.—Está bom, senhor, faça o favor: leia
,,.E' um tanto longo...Mas enifini, leia...
1'ótle enxergar com esta lâmpada?., .Appro
xinio a mesa...Não, o senhor não pôde vér.
—Ergueu so vivamente; abaixou a suspensão
que ficava acima da mesa, e tornando a atirar se
om um divan ondo tornou a recJinur-se:—Vamos lá, dis.se.
Acoroçoado como devia achar-se com estes
preliminares; Philippo começou a leitura de
seu drama.
Aquelles que tiverem conhecido
tais niiirtyres lhes concederão compaixão fraterna. Tinha chegado ao meio do terceiro acto
som ter obtido de sou audictorio um sigual
siquer de approvação ou mesmo do átteução,
nem uma palavra, nem um gesto, nom um susImiiiovel, muda, na attitude de um
piro.
mármore sobre um túmulo, a moça aetriz crguia apenas com raros intervallos os seus longos cilios itzues para lançar sobre o leitor rapido relâmpago; depois tornava a cahir no so'i
torpor.
Houve um momento om «pie ello a
suppoz decididamente adormecida, o sentiu «i
frio do desespero, o frio da morto conr-se-lho
nas veias.—De súbito ella ergueu-se uo divan
e foi seutar-so deanto de Philippe; apoiou o
cotovello sobre a mesa, pousou na mão a sua
encantadora cabeça trágica, o, inclinada para
o moço, com os olhos lixos e huiuidos, escutou-o avidamente.—Sonhar quo so cabo no
horror do nada e despertar do súbito em todo
o esplendor da vida, da mocidade, da gloria,
«Io amor, tal foi nesse minuto divino a sonsação do poeta.
Linqiiniito «lie acabava a sua leitura, Mary
Gérald conservou a sua ottitude attt-nti, com
os dedos abertos sustentando a têmpora o anipunindo a massa espCBsa do seus cabelios ucgros: quando elle fechou o manuscripto, viu
duas lagryuias correrein-lhe pelas faces.
Ella
207
levantou-se, voltou-se lentamente com esfrolar
di« sedas ao redor da mesa, o parou deanto de
Philippe: Senhor, disse-lhe em voz baixa o
um tanto rouca o tocai,dn-Ilto os I,ombros com
as suas duas mãos alvas, o senhor tem inuilo
talento !
Philippo estava demasiado cou,movido para
responder-lhe: tirou-lhe docemente da mão o
lenço com «pie ella acabava do enxugar as faces
e o beijou. — Guarde-o, si quizer, disse
ella. — Já não tinha o mesmo
ueeiuito
deliberado e imperioso; a voz tomara-lhe essa
graça feminina o essas inflexões inilsicues que
eram no theatro uma das suas poderosas sediicções.
Meu Deus, continuou como fadando
conisigo mesma, como realmente fui feliz! ...
1'',' tão bom estar a gente sob o encanto, adtnirar, amar, ter fé en, alguma cousa!...—Deitou um tanto a cabeça para traz, e, lictando uo
moço os olhos risouhos o rondados, acorescoutou: -Nilo é verdade, Sr. Philippe?
Philippo ia provavelmente
responder-lhe
(pie era da sua opinião; mas esta scena, já tão
agradável e epio podia tornar-se ainda mais,
foi bruscamente interrompida; a porta abriuse, o a mlauica creodaziuha apparoceu.
Senhora, disse, o Sr. conde está ahi.
Pois bem ! (pie entre ! disse Mary Gérald.
Ello quer, disse a imperturbável rapariga,
fallar á seuhom en, particular.
—Em porticnlor ?.. Mas
nào lb'o estou
prouibindol Mande-o entrar.
Um homem do seus ciucoento annos, de alia
estatura e nobre presença, apptvsentoii-su eu
tão no salão, mostrou todos os seus dentes em
um sorriso expansivo, poz a mão no coração e
iucliunudo-so até ao chão:—-Desqulpe-ine, minha chara, disse, mas trazia-lho a resposta de
S. Pttersburgo.
¦Abi e então'!
—Oftereeoni-lhe
quarenta mil francos do ordeuado, (tento o cincoeuto francos de gratificação" e um beneficio.
Nào é mau, disso Mary Gérald.
Mas sabe
nesse caso do pagar unia multo de
tenho
que
oitenta mil francos a Lofosse !
O condi, iuclíuou-so de novo até o tapete o
do novo mostrou os seus dentes deslumbrantes:
—Essa não seria, disso elle, difficuldade séria.
—Tem nos comsigo '! disso a moça com tom
de altivo motejo.
Do resto, continuou, mudei
do idéa.
Acpxi está o senhor quo acaba d me lór uma peça em «pio tenho uni papel niagnilico.
—Ah! disse o conde.
Poz a mão sobre o
coração, cumprimentem profundamente Philippe de Boisvillurs o deu lhe egualinonto a
honra de mostrar-lho os dentes.
Philippe respondeu-lhe
ao cumprimento
com gravidade, enrolou o manuscripto do Fredegunda, o dispoz-se a despedir-se —Mas, souhor, disse lho a aetriz, precisa deixar-me a
sua peça, quero reeoniiiiendal-a pessoalmente
a Lafosse..'.Conhece Lafosse?
—Lafosse ?
—Sim, n:ou director.
—Nào, mademoiselle.. .Posso saber epio
qualidade de homem é elle?
Lafosse? NiVoó um homem,, ,,ó um saltimbonco; mas, exactamente por ser un, saltimbanco o não saber orthógraphia, ó «pio ha
degustar do representai' uma peça om verso
pata tomar ares do lttteroto... Até outra vez,
senhor.
—Mademoiselle, estou realmente confundido...
—Con, a minha bondado.. .naturalmente.
Bom dia, senhor.
Philippe. entrou en, casa fatigado do emoDurante a uoite acordou varias vezes
ção.
cobrir
do beijos um loucinho perfumado
para
o travesseiro. Nos intervallos
inettêrOBob
quo
tinha sonhos singulares, uns do doçura ceiestial, outros monos agradáveis.
Ora Mary
Gérald appiirccia-lbti gravo e encantadora como
unia musa, com os olhos húmidos do paixão o
do eüthusiasmo; incliuavn-se sobro elle o murmurava com a sua voz encantado:—Não ó ver
dade, Sr. Philippo?—Depois de repente ello
pedia lho oitenta mil francos, cousa que o punha em extremo embaraço: então, com modonha nu tamorphoso, tomava a apparencia de
urso polar com «lentes deslumbrantes que o
cumprimentava ironicamente, com uma das
Estes sonhos agitados
patas sobre o coração.
resumiam bem fielmente as impressões que
Philippo trouxera dessa primeira entrevista
quo o fizera andar aos siiU«js da tina ao céu o
do céu íí terra, o que o deixava fi,i..linento desluinbrado, inebriado, coutuso, affiiòto, com
ciúmes da Rússia c do universo inteiro, oónsegtlintemente namorado varrido.
Depois do dons ou lies dias passados em
expectativa febril (não pensou no seu grau de
doutor nesses dias), recebeu um bilhete muito
polido do director Lafosse, que, entre parou
theses, só era un, saltimbanco no vocabulário
familiar do Mary Gérald,—M. Lafosse tinha
lido Fredegunda, a peça agradava-lho, pedia a
M. do Boisvilliers quo fosso uo dia seguinte ao
theatro para ahi assentarem om commum na
distribuição dos papeis, visto que propunha-so
a montar immcdiiitnmciito a notável obra.
Postoque em geral muito so oxaggero a difll-
cuidado que teem os ouotores novos do serem
accolhidos pelos tbeatros do Pariz, é corto quo
suocesso tão prompto o tão decisivo em um
favor excepcional da sorte.
Philippo do Boisvillii-rs iTevia-o on, parto certamente ao mérito
de sua peça; devia-o lambem provavelmente á
inlliieiicia tutelar do Mary Gérald, o ointim á
eircuiiistanoia do sentir o director Lafosse a
necessidade próxima do renovar o sou cattaz,
o não t« r então á mão nenhuma obra imporlauto para concluir a sua estação do inverno.
Fosso como fosse, uma semana depois Philippo assistia aos primeiros ensaios do Fredcgumla, o seus versos modulados pelos lábios
harmoniosos de Mary Gérald resoavam-lho aos
ouvidos como uma musica celeste. Já as obronicas dos jornaes aniiiiiiciavair. com estrepitoo
opporecimento do um poeta dramático, o ennvtinhaiii com o seu non,o a curiosidade parizieiise: salioreava o moço as siiavea primicias
da gloria, o ao mesmo tempo experimentava
o senlinu-nto de inquietação, do susto o do pudor qno desperta em uma aluiu delicada a
grande luz da publicidade. Mas atravez das emoções li ttei árias o seu amor por Mary Gérald conli n liava a ser o seu interesso mais vivooasnaangustio mais pungente. Via-a então cada dia no
theatro, algumas vezes om casa «lelli, o cada vez
mais a adorava, postoque em certos momentos
suppuzesse odial-a.
Exprobrova-1 le ooineliV-ito o nào ser exactamente a mulher (pie houvera desejado qne ella fosse, a pura sacerdotisa
da iflrta td como a sonhara outrora, guardando
na sua vida de theatro certa dignidade hieratiea, depois, ao voltar á casa como a um claustro, inspirando se ahi em unia solidão sagrada
o não recebendo profano algum, —exoepto talvez um moço poeta o enamorado.
Irritava so
e desesperava-se com os sotls mo los um tanto
bohemios com os seus camaradas de theatro,
com a sua dissipação mundano, con, os gal iuteios familiares que tolerava, com os rainalhotes (pu; lhe atiravam, com o.s amigos cpie tinha,
com os amantes (pio lho attribtinun, o o qne
ora terrível era que neui por tado isso a amava
menos.—Ai! pelo contrario!
A altitude da tu-triz piíra comsigo era infelizmente do natureza a dobrar-lho ainda a paixão
o os soilViinentos. Fosso acaso, fosso propósito,
ella era com ello singularmente caprichosa o
desegual. Durante os ensaios, quando não oslava en, sceua, descia ás vezes ás sombrias
profundezas da sala ondo o moço auctor estava assentado solitariamente: ello ouvia-lho o
esfrolar do vestido quando ella passava por
outro uh cadeiras da orchestra, e entrevia-lhe
uaquellas meias trevas o pallido semblante.
Segredava lho ella ao ouvido algumas palavras
do graça casqtiilha o quasi terna:—"Senhor,
então nào so honto gelar aqui?. . . Quer o meu
niangiiito ?.. .Está contento conunigo? está. . .
realmente? Então porque está triste?.. Por
(pie mo esta com ares ilo meditar uni suici«lio... singular personagem !"
Retirava-so então discretamente o ia reassuinir nu sceua o seu papel «lo moça rainha barbara.
Isso era encantador; mas um momento
depois ello a encontrava tão «lislrahida o tão
iuclifferente quo o seu coração, prustos a trausbordar, tomava imniodiiitainontü a cerrar-se.
Muitas vez s, durante muitos dias, dir-se-hia
quo a moço o n-lo conhecia, ao posso qüe ello
a via prodigalisar suas graças á turba banal
do sons corn-zàos.
Rebcllava-so-lho a altivez;
tomava a resolução magnânima de iiltógar essa
paixão fatal, o nào o couseguia.
Mary Gérald andava então muito ocoupada
com unia representação que devia realizar so
om sou beneficio o (pio era um acontecimento
parizionso. Devia apparecer no papel da Dama
das Cainelias, (pio nào pertencia ao repertório
do seu theatro, mas que fora auetorisada a ropreséntar uma vez extraordinariamente. Teve
um succ(.sso «lo fanatismo.
Depois do ultimo
acto Philippe do Boisvilliers correu ao sou cainarini para cumprimentai a; mas oucoutrou-a
tão rolhada do gravatas brancas delirantes
(pio o sou enthtihiasnío pessoal licou paralysado: couservou-sü moilosto o furioso á sombra
do um paravonto, em logar om quo Mary GéIa reurar-so
ralei não pareceu dar com ello.
ohimou: —
ella
o
n'alma
morto
com a
quando
Meu auctor, fique; lenho que lho fallar.
A esbis palavras a onda escoou so o Philippo
viu-se dentro un, pouco a sós com a ostrella
A moça contemplou-o lixameuIrinmphante.
to com os seus olhos ainda brilhantes do febre,
o perguntou-lhe bruscamente:—Estive boa, ua
sua opinião?
Na minha opinião, esteve admirável. Ti'ti-
0 NOVO MUNDO,
208
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0 NOVO MUNDO.
210
zia lhe m minhas litgryuuw ainda qnoutes...
Mas todo esta gente mas gelou I
— Toda OStfl gelile mas gelou ! repetiu fila
Imitando lhe o tom do voz com um momo fa*
Ci-iro.
Pois bem,
o que hei de fazer ?
Posso
pareceu recordar-BO ou rezar. Depóbjdealguns
minutos levantou-se, apanhou sobre o túmulo
um dos ramalhi tezinhos de violetas e pol-o no
seio, Fez ent.".o a Phülppe um signalde cabeça
silencioso o voltou pelo meio dos túmulos e
agarrarnwnpoupara enxotai os t . oh! meu das capella*.
Chegando defronte do carro (pie os trouxeDeus, entendo-o perfeitamente.., oonhi ço o
hoh.
ra.
eis
nos
Emfim,
seu gênero, ande lá!
pareceu hesitar um momento : consultou o
Está contento, uilo é assim? E* isto o qno relógio, olhou para a côr do céu, o, dirigindová pira casa
qnor?.. Pois bem, e depois? que vantagem so do súbito á errada >—Helena,
vê nisto?
Ah ! murmurou o moço em voz baixa e
conimovida, ha tanta eousa quo en quizcru
dizer-lhe!
—Tanto eousa assim!.. Pois bem, não as
diga, meu amigo, é melhor, ande, oreia-uie. Começou a tirar alguns adornos da cabeça,
deante do espelho, emquanto conversava.— 0
senhor é um moço muito direito, uni filho
familia muito bem educado, por gente muito
honrada ; isto se está vendo. Ha de casar eom
uma querida sonhorazlnha, honesta como o
senhor, pois o senhor é muito honesto, sinto-o.
Pois bílm I o quo deseja? cou«w Insensatas.
Nilo, ouça, Sr. Philippo, vou dizer-lhe o que
faremos: amanhã é domingo, não temos ensaio.
venha busoor-mo ao meio dia á minha casa,
Depois, interrogando
no carro. Eu volto a pé.
lhe? disso.
:—Agrada
olhar
Philippo com o
Lett lho nos olhos que isso lhe agradava
Infinitamente. Tomou então o braço do moço;
suspendeu-se a elle como uma noiva, e dirigi-
ram-se jonotos para Pariz tomando os boule*
ile setl coração,
tão
[SKITKMllir,
occnpada
delle
BÓ, UlO
completamente, tão unicamente sua. Estava
acabado. Elle cabia no vácuo, na noite, no
nada. Era como esses pastores da fábula favo
ecidos por um momento por uma intimidade
divina, equo não podiam sobreviver-lhe.
Exaltada ata" esse ponto, a sua paixão estava disposta para a primeira loucura, desde (pie
Em tnes casos
a OCCORsiflO se approsontnsse.
raro faltam oceasiões.
• No dia seguinte, pela manhã, teve a idéa de
recomeçar sóslnho o passeio (pie dera com
Voltou ao cemitério Mout parMary Gérald.
nosso, e tomou a percorrer toda a linha dos
bpulevards externos, renovando avidamente as
suas Impressões da véspera.
Chegando defrou
1M77.
lho o espirito como bandos de pássaros fúnebres.
—<l que aconteceria si por acaso Mlle. Mary.
Gérald mio oomparüüse o seu outhusiosiuo
pela combinação de existência que • He acabavadoorganhmr em base tão oneroso? si ello
lhe recusasse 0 setl concurso, si o deixasse sosinho no seu custoso Éden ? si oceolhesse com
desdém, com indignação, com niotejo, o visão
singular (pie táõ leviat lamente se lhe mettêr.i
na cabeça?.., Porque atinai sobre o quo repousava o bello edifioi > que elle construirá
com tamanho dispendio? Sobre algumas pulavras, sobre algumas Impressões escopos ao
móis movei dos seres,—o umo mulher, e á
mais movei das mulh res,—o uma actriz! Domais como, em (pie t< rtnos dar-lhe parte do seus
encerraprojectoB, fazer-lhe tuna proposto (pie
o ousiqner
Xeni
va pontos tão delicados?
chenoite,
da
antes
nte.
saria! Conseguinteim
tinha
de
rasoavel
muito
conclusão
á
que
gára
(pie
practibado um octo de pura demência,—de
nado móis lhe restava do (pie pogar o oddiçáo.
vards externos. Estava contento e palnira te do pavilhão do boulevord dos Inválidos,
como um pássaro. Parava deanto dos terrenos ficou admirado do vér suspenso á grade uni
" Pavilhão tnobide cartão com estas palavras:
|>or edificar, deante dos depósitos de pilhas
Depois de
alugar."
liado
presentemente paro
madeira symetricas, deanto dos mesquinhos
lançado
de
saudado
curiosidade
olhar
0
de
um
oaramaohões que servem de peristylos aos peadeante,
ia
do
dentro
dizia
quano
passar
jardim,
que para
quenos restaurantes desso bairro,
Adormeceu üirde no meio destas agradáveis
o
sangue
subir
o
fez-lho
o
deteve
súbita
idéa
do
fez
campo,
do
adorava o campo. A propósito
Hesitou, deliberou algum tempo, reflexões, e teve o prazer de tornar o encouao roí-to.
perguntas a Philippo acerca de sim terra natal
ao despertar.—Entretanto os possoros
o de sua familia, e ouviu com alTeetuoso inte- levantou os hombros e finalmente dirigiu-se pa- tral-as
lhe debaixo da janella nos lilazes; o
cantavam
do
n-sso a descripçào tpie elle lhe fez dos dous ra o rua lateral, para a qual abria-se 0 pateo
a relva, o Pariz jovial do mosobre
sol
sorrio
ao
fumava
boa
cara
velhos solares perdidos nos bosques e dos seus pavilhão. Um porteiro do
os espaçosos boulevards
sobre
acordava
nhá
Iremos jonotos ao oemlterio Montparnasse.
habitantes,- -entre os quaes deixou no entanto sol deante da porta.
Phiera
muito otninador.
isso
tudo
branco-:
—Ao comiterio Montparnassei disse Philip- de mencionar sua prima Joaiina. Pela primeira
Esta pavilhão está poro alugar? perguntou
almoçou
vido;
lippe tomou a tomar gosto pelo
po, que acreditou em algum monstruoso vezsentia-se em intimidado com a celebre artis- Philippe.
ensaio.
i
a* seu
intrepidatnonto e foi oo"
t
Está,
com
a
Ha
sim senhor.
ta. e pela primeira vez mostrava-se
gracejo.
Mary Gérald chegou ao theatro quasi ao
Mary Gérald,porém, estava muito séria, e, tislas as vantagens de seu espirito brilhante e
Mas creio que hontetn estava oecupado
mesmo tempo, e apenas o percebeu na sombra
continuando a despregar os seus alfinetes, generoso, realçado pela elegância viril de sua por um -asai moço.
dos bastidores, opproximou se delle:—Porque
—Sim, senhor; os prlncipaes locatários,...
accrescenton em tom cheio de sinceridade:— pessoa e pela oureola de sua gloria nascente.
Tenho lá minha mão ; meu amigo, lá vou todos Ella o contemplava por momentos com sor- um Inglez e sua mulher,. . . que gostam mui- não veio hontein? perguntou-lhe bruscamente.
Esteve doente?
us mGZQS, e stnto prazer em lá ir com o senhor. presa, e tornava-se pouco a pouco silenciosa. to da coso;. . .
mos o sonhoro está adoentada,
—Nôo, disso Philippe, mas passei o dia a
Philippo agradeceu lhe tamanha prova de
anno
na
Itália.
vão
um
dos
Inválidos.
Entre
e
botilevard
ao
Chegaram
passar
o
commudar-me.
—Então alugam a casa por um anno ?
confiança, qno eflectivamonte muito
vários edili dos grandes do aspecto monastico
—Ah! continuou ella eom inditlerenço: já
Primeiro por uni anno; renovarão talvez
moveu, como teria ficado ootqmovidó na sua
da calçae
áosquorda
direita
a
sticcedein
se
quo
está no rua de Meoune?
sorri.
não
leitor,
idade e no sou logar o nosso
qno
da, nota-se, ou pelo menos ahi se notava então, mais tarde o arrendamento conforme as cir—
meu
Não. Soube hontem por ocoso quo o paella,
0
continuou
agora,
E
poupe
um pequeno pavilhão precedido de utn panno ciimstaiicios.
do boulevord dos Inválidos estava para
va-se
vilháo
embora.
—Posso
e
a
mão
Beijo-me
vér?
de relva e de um jardim : 0 jardim é fechado
pudor.
alugar, e. . .aluguei-o.
—Certamente, senhor.
No dia seguinte Philippu estava em ema do lado do boulovarcl por uma grado o por
—Como! disse ella arregalando os olhos
O pavilhão continha apenas cinco ou seis
delia alguns minutos antes do meio dia; a mo- uma cortina de lilazos; o pavilhão, cujo
Não pôde ser!.. Que idéa!
ca estava nrompta para sahir a tol leito.preta accesso é por tuna rua lateral, é uma construc- peças, todas de pequenos dimençõea, mas mo- estupefactos.
Porque?
que puzera para nqnolla circumstancto realça- ção no gosto Italiano, uma miniatura de villa, biliadas com gosto elegantissi.no e puro.
-Amo o que lhe agrada.
va lhe a elegante distiueçáo da belleza: tinha 0 com um só pavimento acima do rez do chão e
ver,
Philippe
de
perQuando acabaram
Mary Gérald, qué tinha suo generosidade o
ar feliz, cândido e recolhido de nina moça pa- utn tecto plano cercado por tuna balau.-trada de gtintou, não sem corar uni pouco, qual o preço.
tricia que se dispõe a desempenhar octo do pedra.
Mary Gérald parou bruscamente o —Dezoito mil francos, disse o porteiro, pagos que formara pelas suas confidencias do véspera
do
muita devoção.
approxiniou-se: --Como é linda esta vivnnda ! adeantados ou pelo menos nos três primeiros idéa bastante exacta do estado de fortuna
conviolento
de
movimento
um
—
teve
cemitério
Philippe,
MoutI'.' longo da rua Tronchei ao
Poz o rosto na mezes.
disse.
E1 um ninho!...
coinprehendèra immediatomento o
(uirtiasse, o o moço deliciava-se com a idéa de grade, o mergulhou o olhar atra vez dos lilazos
Philippe de Boiavilliers recebia do pae uma trariedade:
da
extravagância do moço, o compreextensão
estar tanto tempo a sos com o seu Ídolo, cujas folhas já 0 Bül do Abril desabrochavapensão oiinuul de sete a oito mil francos. Não
Contrahiramtombem o motivo.
um
ella
hendera-lhe
acabntnbado
ouviu
pedia
qne
Nessa oceasião a ampla porta jatiella do pavi- era elle muito forte em motbematicas; entrequando
carro com quatro lugares. Levava oomsigo a lhão abria-se, e duas pessoas desciam os de. tanto calculou sem difüculdode quo uni aluguel se-lhe as sobrancelhas: olhou-o em foce, e,
disso
creada !—- A fterriv. 1 ereadazitiha chegou a
considerável- levantando os hombros:— Realmente,
graus da escada da frente: eram, segundo de dezoito mil francos excederia
.Assevero-lho
é
louco!..
que é
sorrir com malícia diabólica quando sentou-se
os donos da casa, um moço e uma mente os seus recursos. Disso coiisegtiinteinen- ella, o senhor
parecia,
no carro, defrontado Philippo consternado.
moça, ambos de notável distineçao, om trajoa te quo queria pensar, <• o porteiro teve a bon- louco !
Ensaiou mal nesse dia, recitando o papel
Porque levaria ella a crcndn? E" o qne nunca de manhã cuidados e correctos. 0 moço, sup- dade de ouetorisol-o a ir pensar no pequeno
nmlicias
tendo
as
mulheres
com ar de distracçõn e de aborrecimento.
se ha do saber,
pondo-se inteiramente acoberto do olhos indis- jardim dos liluzes.
segredo
cujo
o ensaio, disse ainda a Philippo,
snbtis o profundas,
guardam.
cretos, paSSQU 0 braço ora volta da cintura da
Era o logar mais mal escolhido do mundo Acabado
á pressa nas suas pelles:—E'
envolvendo-se
Deante desta testemunha subalterna, a con- moca, e passeiaram alguns minutos defronte
para toes reflexões. Philippe ahi deparava, na
!. . Einfim, é negocio seu.
louco
realmente
versação foi naturalmente sem interesse. Arras- do pavllhflOJ elle fallava-lho sorrindo, com areia fina dos passeios, os vestígios dos passos
—Mas,
cujo
texto
forneceu
tou-se em lugares com muna
Tomava a vêr a
perdôe-me, disse Philippo com basterna gravidade ; ella ouvia 0 balançando dos namorados da véspera.
feliz
depois
de
ter
da
véspera,
e,
a reprew ntação
cailenciadamente a delicada cabeça loura 0 meiga acena de idyllio que enchera de logry- toute altivez, nada lho peço. Sinto-me
E'
umo
viagem/inha,
tempo.
Philippo
algum
com
essa
viver
itlli
phontosia
contado tanto
fazendo com os lábios lindos gestos de ereanea. mas os formosos olhos de Mary Gérald. Como por
não avistou sem prazer os ey prestes •• as lapidas Era uma vinheta Ingleza, 0 amor sob a sun resistir á tentação de realisar o sonho (pie a que nada tem de olfensivo paro o senhora,
tiunulares que anniinciavam o termo delia.
fórum mais pura, mais graciosa e mais casta.
tinha feito chorar de inveja, de causar óquello creio.
Ainda bem, disse ella seccoraente, e sahiu.
Mary Gérald entretanto deixou a criada no
Tinham desáppareeido por traz de um angulo a quem amava essa sorpresa e. essa alegria, de
Philippe
representava nessa noite.
carro, saltou ligeira no amplo passeio (pie do
Ella
nesse
de Pariz,
pavilhão, 0 Mary Gérald permanecia ainda encerrar-se com ella, no meio
do bouum
restaurante
em
borda o muro que cerca o cemitério, o [xirou
como
trabalhar
pôde
perto jantou
com a fronte apoiada á grade ; quando ella claustro encantador, de ahi
vendem
o seu acabrudeante de uma dessas lojas em que
voltou-se, Philippo viu que a moça chorava.— delia, para ella, de confundirem ambos nessa levard; depois, tendo passeiado
sytnbolieas
deco0
coroas de perpétuas, llôres
nhainento durante duas horaseutreo Mogdolena
eu Deus ! (pie tem? perguntou-lhe.
graciosa solidão, no seio desso vegetação fresno theatro.
tençáo,
com
disso
ar
niçõ-s fúnebres.—Tinha
—Nada. . Como estes sáo felizes, . . . não?. .. ca" seus amores, seus estudos, seus talentos, e o Bastilha, acabou por entrar
foi
boter-lho
os
elle
mmallietes
tmzer-lho
sceuo:
do
Mary Gérald sabia de
que Dous noivos, não são?..
pensativo;
Julguei a principio suas glorias nascentes?
não,
no
mas
theatro
me
atiraram
;
do camarim.
honlem
Não resistiu a isso, e decidiu-se o alugar o á porta
que eram irmão o irmã;... mas não, ha alguma
—Quem está ahi ? perguntou ello.
oumpro não misturar os gêneros... violetas e cotisa mais.. Olhe,
louinteiramente
o
senhor..
.
era
com
não
como
parecia-so
pavilhão. Mas
—Eu, Boisvilliers.
goivos ó o que lhe convém : minha mãe era
(pio o estava vendo com a sua co o como era inteiramente honesto, só se deparecia-ine
—Ah! não posso opporecer, meu amigo, não
muito simples,,., é isto mesmo. Compre-me
noivaziiiha .. I" um quadro oxpressamente cidiu depois de se ter persuadido a si próprio
O que ha ? o
apparecõr.
violetas e goivos, senhor, e pague-as com
(pie tinha meio certo do pagar no proso marco- posso absolutamente
feito para o senhor !
seu dlnhoixp,.., com o seu dinheiro, ouviu,...
?
—Peço-lhe, não esteja sempre a fallar de do o terrível aluguel de dezoito mil francos. que quer
—Oh! nado. . Queria dizer-lhe boa noite.
o depois mais esta coroa do bnxo com amores
meu casamento ! exclamou Philippo com um Sabia que uma peça de theatro que faz carreira
-Pois bem: boa noite ! gritou-lhe ella atraperfeitos no centro,... l> isto,... obrigada !
dá ao auetor lucros consideráveis: tudo lhe famovimento de mau humor que a fez rir.
Enfiou a coroa no braço, e acompanhada por
vez
do porta. —E accrescenton com o seu lindo
mas
a
sua;
—Oh ! meti Deus, disse ella, não nos zan- zia prever grande suecesso para
dos
nunalhetes,
se
incumbira
(pie
Philippo,
riso musical:—Boa noite,homem do pavilhão!
EnXUgOU os olhos, o poz-se alegre- ainda no caso de suecesso coininuin, devia
gtieinos!
de
dar
alguns
no
cemitério.
Depois
entrou
A isto elle retirou-se, e voltou oo seu palaceto
mente a caminho. Apoiava 80 um tanto mais achar-se habilitado a fazer face á obrigação que
os longos bairros desertos. Seu
passos tia alameda principal, motteu-so no
não
renoo
direito
do
atravessando
seu
salvo
no braço do Philippo e imitava contrahia,
espesso dednlo dos túmulos o serpenteou pelas fortemente
(pie havia evidentemente cimetimoço
immediacreado,
esta
decisão,
vul-a.
Tomada
passou
seu, foliando, por um instineto do
estreitas sondas com andar ligeiro, sem perder apezar
snns novos relações com o
noite
alegria
nessa
como
todo
cr.m
esso
executai-a
a
tameiite
o balançar cadenciado do cabeça que lhe
um momento a graeii»sa llcxihilidode do catni- actriz,
com semblante expandido:
na moça do pavilhão. Tinham reatado febril (pio o homem sente, no edade do forçn, porteiro, recebeu-o
nhnr. Parou atinai deante de um túmulo muito agradara
Senhor, disse elle, foi umo boo idéa quo o
a sua conversação jovial, ardente, expansiva. em uma aventura perigosa, principalmente
modesto que se compunha do uma cruz do
E' um
Foi com o senhor teve de mudar se porá aqui,
Confiavam um ao outro, como dous oollegiaes quando o amor entra na omprezo.
de
relva
cercado
um
niontictilo
de
o
por
E'
um
senhor.
verdadeiro
pedra
paraizo
paroizo,
se encontram em férias, seus gostos, suas porteiro a um tabcllião da rua do 1'Uuiversité,
uma grade de tVrro com alguns pés de altura. que
confortável!
extremamente
do
arrendamento
o
contraoto
onde
assiguou
acerca
do
todas
seus
onlhusiasmos
— E' aqui, dlsSO ella baixinho.- Tirou a COrôa sympatbias,
— Está bom.
explicações preliminares.
Vá-se embora, disse Philippo.
da
terra.
cousas
as
Quando Philippo a deixou depois de algumas
braço
a
um
da
tpie
estava
suspensa
murcha
Apenas no suo cornara, otirou-se sobro um
a porta de sua costureira :--Resolven nilò ir nessa manhã ao sen ensaio,
cru/, e substituiu-a pela que tinha trazido ; de- na raa Koyale
Reparou, disso elle, que falíamos acerca do e consagrar á mudança o resto do dia. Apenas divon, com o corpo esgotado, o aspirito e o
pois, voltande-se para Philippo para tomar as
torturados, sentindo a um tempo, com
excepto de amor?
tinlia de levar do aposento mobiliado,onde mo- coração
(lares que elle lhe estendia, disse lhe com voz tudo--'—E'
de sua edade o de suo alma, os
o
ardor
todo
verdade, disso ella, esquecemos-nos. . . . nira até então, pequenos trastes que lhe pertenturbada :•— Não è muito rico, mas foi tudo
desencanto, da humilhação, do
do
angustias
'quanto
*
ciam, o, com o auxilio do seu creado, depresso
então pude fazer, o ainda assim muito E' pena !—E deixou o.
móis do (pie tudo os impulsos
e
desassocego,
Ella deixou-o, e Philippo sentiu pezar pro- fez o mudança. Estes pormenores oeeuparammo custou .. e agora
gosto como está!
dôr
da
que cansam os desdens de
profunda
A feiticeira radiante 0 amada escapa- no entretanto até a noite. Quando afinal tomou
Espalhou com gewto gracioso as violetas o os fundo.
um ente adorado.
va lhe.
Tomava a entrar no turbilhão, Pariz inteira posse do seu palaceto e niile se achou
goivos sobre o pequeno montictilo, depois
Era muito tarde, perto de duos horas do
e*
abrandou-lhe,
febre
Tomol-a hia a encontrar sem senhor o. soberano, a
ajoelhou se no chão com um movimento a um roubava-lha.
manhã,
sen
no
fresco
tomava
quando foi o meio tirado do sua punjardim pensatempo siuetro o um tanto theatral, pousou duvida, mas nunca mais como a acabava de emquanto
meditação
a
atravessar
pelo ruido de uma como dislaucholícoscomeçaram
mt
gente
sobre a grado a fronte coberta com as mãos, o conhecer o de perdel-a, nunca mais tão perto meutos
Septkmbro, 1>7" '
O NOVO MUNDO.
•c-UHsào era voz baixa
que parecia passar-se no
vostibulo da escada; depois rostabelecon-sc o
silencio, e suppoz ouvir leve rumor de passos
no tapete. A porta abriu-se j elle poz-so de pó,
e entreviu eoiifusatiieiite atravoz da sua perturbação o pbáutasina sombrio de uma mullier. Um minuto depois, antes qne elle pudesse ealiir i-iii si, Mary Géralcl estava de-joell.os deautc delle, os olhos orguidos, as mãos
junctas, e dizia 11..- sorrindo: -Eis-ine aqui !
{Continua.)
UMHIIAZILKIKOMINOIITKDAKIIÍDPA
Acabou-80 o papel; bó nu- resta espaçn pura
dizer-lhe que estou sempre ao seu serviço,
paru agradecer Ibe ainda mais ..ma vez o modo
tu.parcial por quo proinn.eiou-ho acerca da
parte da lüxposiçflo llrazileira, «pie me foi
confiada, 0 (pie sou, ete.
Piiii.ii'1'.-. ha Moita.
LITTERATURA.
ESTROFAS.
Ese eielo, ese mar, esos coeales,
Esc monte que dura
El sol de Ias rejiones tropieales. ...
Luz!—luz ai fia'—los reoonozco abòra:
Sou ellos, sou los n.isinos de mi infância,
esus pluyus que ul sol dei mediodiu
lírilliin á Ia distancia,
; Oh, inefable alegria I
Sou Ias riberas de Ia pátria mia !
Caracas allí está; sus teohos rojos.
Su blanca torre, sus azules lomas,
sus bandas de ti.ilidas palomas
Hacon nublar de lágrimas mis ojos!
... .Bcsa ei aura amorosa ul manso (íuuire,
\' con los rayos de Ia luz se enlazan
Los impalpables átomos dei aire.
Aprendemos a amar esse paiz no coração do
maior de seus filhos. E ao nobre octogenario, cuja amizade prezamos como um verdadeiro dom dos céus, viamos sempre, interronipendo as longas historias de seu glorioso pas«ado e dos tempos heróicos do sua pátria, re"Venezuela era una flor."
petir enternecido:
Kntào, como d" rochedo ferido, corria-lhe uni
pranto sagrado—Oh! nada ha mais pungente
que ver ua velhice ono exilio chorar aquelle
que fora o beroo da liberdade, o campeão magnnuimo da independência dos povos!
E' movido de tais sentimentos (pie hoje saudamos o auetor das "Estrofas" na sua dupla
coroa, de distiucto poeta e digno cidadão Venezuelano.
Abre ao volume de Pekez BoNALDE o soneto
Perdonalos, cuja idéa em si resume toda a religião cbristã; e desde logo respira-se contente,
porque sentiu-se a vibração de uma lyra iuspirada. Seguem-se outras composições sempre
vivas e animadas como o são Lauro y Ciprés,
\lielta àln Pátria, En ei Mar. Quanta doçura
e melancolia! quanta verdade e colorido nestes
versos do silencio e da solidão das águas, ou
uaquelles sobro a sepultura adorada da mãe
"que nunca morre ua alma de um lilho infeliz !"
Indo por diante, não podemos resistir ao
desejo de transcrever estes mimosos e gentis
Becucrdos de un Viajero, que melhor falleni por
nós aos>nossos leitores:
IInya, 25 do Junho do 1877.
Amigo Sr. Dr. lioãrigués:
Depois de viagem um pouco demorada, om
rasão de ventos contrários, aqui cheguei a este
paiz, onde estou proseg.nndo nos trabalhos da
minha connnissão. Ainda encontrei frio; e
como a água occupa 6egurameute uns 2 .">
deste território, a huniidade du atmóspbera
causou-me sérios encommodos; com a entrada
do verão, e augméuto do calor, o tempo agora
está magnífico, a temperatura nunca excedendo
de 80° Fahhkxiikit, nos dias mais ealidos. E'
a Uollaudu um bello paiz (no verão, pelo
menos), todo cortado <fb canaes e coberto de
vegetação luxuriante; o povo 6 dotado da melhor Índole; é feliz no meio da abastança que o
rodeia, e que é frueto da sua actividado, industria e bom senso. A instrucçilo elementar está
derramada por todo o paiz; é raro encontrar-se
um analphabeto; a burguezia e a nobreza são
perfeitamente educadas e falla-se o Iuglez, o
Fraucez, o Allemão e mesmo o Hespauhol com
a mesma facilidade e tão geralmente como a
língua nacional. As escholas primarias e as
médias (que correspondem á nossa instrucção
secundaria), hão sustentadas pelas muuicipaliiludes o estão no melhor pé possível.
Os
edilicios uão são stunptuosos como, em goral, os dos Estados Unidos, a mobília não é
tão luxuosa; mas as aulas são mais bem providas de cartas, mappas, apparelhos' e outros
objectos escholares; os livros de texto são
variados e muito interessantes; em cada esclioIa ha uma sala especial para exercícios gymmísticos; em fim, sorpreheudeu-mo agradávelmento o estado em que vim encontrar a instruoção deste povo. As universidades de Utrecht
e de Leydeu são muito acreditadas; os gymnasios, as escholas polytechuicas, e as eschoIas professionues não ficam aquém de uenhuma das que tenho visto; as escholas uorniaefl
(as melhores são as de Grouingue, Haarlem e
Dois le-Duc) vão se estendendo por toda a
parte; emfim. até ha escholas espeeíaes para os
que pretendem empregar se no serviço domestico. Para avaliar se devidamente o bem estar
Desde remotas, boladas zonas
deste povo basta dizar que não ha proletários;
Lleguc a estas plnyas dei Amazonas,
percorri differentes cidades e logares e não
Donde contábnnme lo.s viandautes
encontrei um só mendigo; todos aqui trabaQue, bajo un cielo de eterno azul,
Los valles daban oro y diamantes,
lham;e quando a enfermidade, a velhice, ea
Los montes flores, los aires luz!
invalidez innata os impossibilitam para isso,
No, nomintierou,—mas en tua ojos
são-lhes franqueados os hospitaes, os asylos,
Iliillé más lumbre,—tus lábios rojos
e os institutos especialmente creados para esse
Al alma fueron mas bellas flores,
As bellas-artes também são objecto de
fim.
los diamantes de tu virtud
particular attenção; a musica, o desenho, a
Me revelarou más resplandores
pintura e a esculptura fazem parte da eduQue ei aire, ei oro y ei cielo azul!
cação connmim.
A cidade mais bonita da
Mas, ;ay! de tanta, tanta belleza
Uollaudu é Haya; pôde chamar-se ura delicioso
Con que hu adornado naturaleza
Tu frente virgon y tu alma pura,
parque todo cortado de ribeiros e sombreàdo
Solo ei recuerdo me quedará. ...
de arvores. O meu tempo tem estado sempre
otros, felices, tanta ventura
tão absorvido com o trabalho das escholas que
Allá
eu mi ausência disfrutaráu.
ainda uão tive um momento de folga para
Que de estu vida por ei caiuiuo,
ver os magníficos museus que aqui abundam;
norte vago, cuul peregrino
Siu
sahi de Amsterdam sem os ver, nem tão
bieu no tiono, ui uinor, ui cusu.. ..
Quo
pouco essa maravilha cVarte—o canal que
Soy boja. errante (pio seca ei sol,
communien Amsterdum com o mar do Norte !
Ave que vilela—vieuto que pasa,
Pretendo purtir daqui pnru Bruxellas no fim
Nubo impelida dei aquilou.
do mez; dahi segurei parn Lisboa, por via de
Mas, ya eu ardieutes ó heladas zonas,
Bordennx; náquella cidade me demorarei o
;0h, casto lirio dei Amazonas !
Siempre en mis Buenos veré, entre ílores,
tempo necessário para imprimir cs meus relaLa hermosa nina cuya virtud
torios e, pois, lhe peço que paru lá me remetta
Me ha revelado más resplandores
o Xovo Mundo, e me mande us suas ordens.
Que ei aire, ei oro y ei cielo azul!
Recebi, hu dias, um convite ofheial para
As trnducções de Peuez Bonalde uoh puroassistir ao Congresso dos Educudores, que deve
cem
excellentes todus, e no Jntermezzo Lírico de
reunir-se em Coponhugue nos dias 10, 1] e 12
folgnmos de notur além do trubulho
II.
Ueine
do Agosto vindouro; é umu prova de uttenção
muito dihtiucta para o Brazil, e um resultado urtistico do truduetor, u estrictu similhança
dos bons créditos que adquirimos com a receu- que hu entre os dous poetas nas composições
te Exposição de Philadelphia.
graciosas o que são como abstractas syntheses,
0 nosso Imperador, com a infatigabilidado como formas de colibrí. Véde-os a ambos nos
dous seguintes poemazinhos:
que o distingue, continua na sua trabalhosa
Hoy ei vcruuo eu tu mejilla pura
viagem; está agora em Londres, e é esperado
Sus fulgores ostenta,
aqui em meiados do mez do Julho. Deve ser
Y dei iuvkrno Ia estacion oscura
motivo de justo orgulho para nós Brazileiros
Eu tu pecho se asienta.
ver o respeito, a consideração, e o elevado e
Eso alma de mi alma no cs eterne,
bem merecido conceito de que, por toda a
un dia no lejano,
parte, goza o nosso primeiro cidadão. Vi-o,
En tu mejilla reinará ei iuvierno,
de passagem, em Pariz; está acabado! os estuen tu pecbo ei verano !
dos e us fadigas da viagem o teein avelhantado
de annos. Deus o conserve, e nos dê juizo para
Entre mi vida de enojos
rapeciarmos devidamente o que elle vale.
Y tus clarisimos ojos,
Ilay nua grau rolucion,
Pues sou, en su semejiinza.
Grandes como mi espernnzn,
Negros como mi aüicoiou.
A critica iiialelieu o (pie se compraz em deprcoiar ao gênio, apouctaudo este o aquelle
defeito de fónuas e luotritiouções, de certo que
não perdoaria ao poeta tanta falta que por ahi
vai no seu primeiro livro, o nem deixaria de
regrar-lhe u compasso rytbmico, por exemplo
os alexandrinos na sua bella poesia Manâalcna.
Seja portanto para esses ...á.i o verso, que nós
tão sónienlo o sabemos, porque o sentimos,
(pie a poesia é bôa, é verdadeira de sentimento;
porque é a poesia mais do sentimento do (pie
da fôrma, mais du consciência do quo das
seie.icias.
Ao fechar o livro, depois de tão grata leitura
desejamos ao distiucto poeta que prosiga nu
infeliz carreira 0 o faça de todo o coração, e
para quo de anuo em anuo o possamos aplaudir e para que seu paiz teçu-lhe coroas, quo
as bem merece.
S. A.
NOTAS LITTEItUtlAS,
/listaria ila marinha Frahceza durante a
guerra da independência Norle-Amèricariu é o
titulo de uma nova obra de M. E. Cin:v.\i.ir.ii,
publicada ha pouco cm Pariz. As cousas o a
historia da marinha são em geral pouco eonhecidas. Os homens especiaes não so dão
muito ao trabalho de informar o publico, de
ordinário incapaz de discutir util.neiite (piestoes technicas. Em uniassumpto (pie interessa
egualmente o novo e o velho inundo, prestou o
escriptor uni bom serviço, dando-nos unia
historia muito completa e muito clara de cinco
annos de operações o do combates (pio formam
talvez o período mais glorioso da historia da
marinha Frauceza. Conhecem-se geralmente
os nomes de La Fayette e de Rochambeatj;
mas os de d'Orvilliehb o de Sukfken, que lhes
não são inferiores, nem siquer são mencionados ao tractar se dessa guerra. 0 novo livro
põe-nos todos em relevo, penetrando o leitor
ao mesmo tempo na historia militar de uma
importante campanha, até hoje mais conhecida
pelo lado diplomático.
—Estudo acerca da Ephebip. Altiva é uma
obra composta de duas partes, das quaos uma
é uma collecção de textos Gregos quasi todos
inéditos ou publicados de modo insulliciente,
o u outra uma serio do estudos nos quaes o
auetor, M. Ai.hkut Dumont, grupa com muita
arte os dados do todo o gênero, contidos nessas iuscripções. Ilude ser principalmente o
primeiro volume (pie hão de consultar com
proveito os não epigruphist is, (pie nello aprenderão o (pie os escriptores da antigüidade esqueceram se de nos dizer, quo logar essa iustituição da ephebia oecupava na vida Atheniense, quo espirito a animava, que leis diversas a
regeram em differentes tempos. Foi uma pu
giua perdida do passado que o erudito director
da Eschola Frauceza de Athenus achou nos
mármores o restaurou com mão de mestre; não
podia dar melhor exemplo aos moços quo está
incumbido de iniciar nos severos methodos da
critica o da erudição.
—Henrique IV e Maria de Mcdicis segundo
documentos novos é o titulo de uma obra do M.
Berthold Zeller, recentemente publicada.
0 auetor, filho do conhecido historiador, tem
um nomo quo o obriga a trabalhar para honral o. Os documentos que olle publica nesta
obra, tirados dos árchiyos de Florença, apezar
do não alterarem as grandes linhas da historia
já esclarecida por numerosos testemunhos, dão
curiosas informações áeerca das relações do
Henrique IV com a Rainha Mama de
VerMedicis e com a Makqueza de
neuii., o acerca de todas essas intrigas que
A
constituem o lado fraco desso reinado.
narração que liga uns aos outros esses documentos, traduzidos e resumidos pelo auetor, é
agradável e clara; os documentos publicados
em appendice são bem escolhidos o todos ineditos.
'—
Os discursos políticos de. Demoslhenes, com
o texto Grego e coinmentario critico e explicativo por M. IIicnui Weii., acabam de ser editados pela casa Uaciiettk, de Pariz. Este novo
volume não desmerece da collecção de edições
eruditas, nu qual M. VVkii, já publicou sete
tragédias de EüRUMDES, assim como as arenCumpre dizer que o
gas de Demosthekes.
texto está de accordo com os trabalhos mais
recentes de philologia e é frueto do estudo judicioso dos manuscriptos; mas o que torna
mais valiosa e mais nt.il a obra é a noticia
sóbria e clara qne precede cada discurso, a
feliz escolha das notas, as correcções o as ex
211
plioaçòos suggeridas ao o-eriptor pelo seu prófundo conhecimento da lingua droga o pela
sua penetrante sagacidade.
Sob o titulo Oro y Oropel, um litterato
llespaiihol, P. YiCENTK de AltANA, acabado
reunir o publicar om Bilbao, certo numero do
poesias traduzidas e originaes. O ouro é a
parte fornecida por Lonofelíow, Tknnyson o
Punov; o ouropel, diz o auetor, é tudo quanto
originalmente incluiu no volume, poesias o
lendas, cujos assuniptos pela maior parto são
tirados do solo natal. Na opinião da boa critica, o poeta II espanhol julga-se a si mesmo com
demasiada severidade; a transieção não é tamanha, como elle stippôe, entro as duas partes
do volume, o ou traduza as idéas de outrem, ou
exprima as suas próprias idéas, sabe tão bem
assimilar os seus auetores e imitar os seus modelos, (pio o conjuneto fôrma um todo eoinploto o harmônico.
—A França política e. social é o titulo de uma
obra séria do M. Auguste Lauoel. Ua quarentu unnos, diz um critico, teriam certamente
dado a esto livro o titulo pretencioso do 1'hilosophia da Historia de França, ou outro quo tal.
Teria então por certo contido mais littoratura
e menos historia, mais metaphysica o menos
factos: teria pois sido menos solido, e conseguiiitemeiite, neste gênero de trabalhos, peior.
A originalidade do vistas, a clareza scientilica
do pensamento o a simplicidade do estylo fazem com (pie se leia com interesse estu obru de
(pie se tira u seguinte moralidade, (pie o melhor meio do preparar o futuro é conhecer o
[lassado.
O desejo de conhecer as origens da lingua
Frauceza tem levado homens eruditos a estudar as suas fontes e a ler os volhos auetores.
MM. dk Montaioi.on o James de Iíotusoiiild
pertencem a esse numero, e depois de pesquizas couspieuciosas publicaram uma Colleclanea
de poesias Francezas dos séculos XV c A'17.
Entre'os trechos (pie citam, alguns são inéditos
e todos escolhidos de modo a dar bom especimeu da poesia Frauceza desse tempo. Esta
collecção foi feita com cuidado, com zelo, e é
certamente uma publicação quo auxiliará os
estudos philologicos. Uma (abone um glossário
devem acompanhar esta obra importante.
—Mme. Jodiette Lamber acaba de
publicar
um romance, Jean et J'a.iciil, cuja leitura é sã o
fortalecedora, cousa que se não pôde dizer do
geral das composições Francezas do nosso
tempo. Pascal, o üeroe do romance, uni filho
da Lorena, deverá sacrificar á sua sede do desforra, a seu severo amor pela França, um amor
mais terno V A auetora, uutes de decidir a
questão, leva-nos á Suissa, á beira dos lagos, o
em Veneza diz-nos o quo já suppuuhanios, isto
é, que so pôde ser bom patriota e despozar a
mulher (pie se ama.
—No seu novo romance Daniel de Kcfons,
M. Iírnest Daudkt nos quiz dar uma pintura
fiel dos costumes da sociedade do nosso tempo,
como em líenrietle enipreheudòra pintar ao
vivo os nossos costumes políticos. A confissão
do conde Daniel no* inicia nos arrastanientos
de umu existência agitada, ardente, febril, o
nos mostra uni lado curioso dn sociedude pariziense, cuja physiognoinia está bom apanhada.
E' esto um romance quo, com excepção de
poucas paginas, se lera sempre com interesse.
0 Conde de Cuvour por M. Charles du
Mazade é uni livro cheio do grande lição para estadistas. Ahi so vê como um homem essencialmento patriota*, em dez annos reulizn
umu idéu nncionul que purecin impossível no
tomar elle ooutu do poder, vencendo todos os
obstáculos, as complicações mais gruves e us
mais vivas contradicções, allinudo sempre o
papel do eminente liberal e eminente cheio do
governo.
—liecommeudamos nos leitores estudiosos o
livro 0 desenvolvimento da constituição Ingleza
por Mr. Ed. A. Freeman, que ucubu do ter nova edição. E' um excellente resumo das diflorentes phases que tem atravessado a formação
da lei constitutiva dn Iuglnterru. Não se eucontrum só un obru todos os recursos du erudição especial; vê-se que o auetor subo escrever
quo iuteressu, quo excitn e eutretêm a atfcenção.
A casn C. Heinwald et Co.de Pariz, acaba
de dar a lume as seguintes três obras, traduzidas dolnglez: As plantas inséctivoras por Cu.
Dakwin; (Jk movimentos e os hábitos das plantas
trepadeiras pelo mesmo; e Elementos de embrio-*
logia por Fosxer o Bautour.
—Em nosso tempo ainda se publicam, o o
(pio é mais, encontram leitores, três volumes
do poesia. M. Euoène Manuel é realmente
uni poeta que merece ser lido. Com o titulo
Durante a guerra deu a lume os seus poemas
¦
populares e paginas intimas.
O NOVO MUNDO.
212
íKKrTKXBRo, 1877.
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O NOVO MUNDO.
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[Sbitemuro, 1877.
doscobortn de antiguidados, achou uo quatro horas de distancia.
Trabalha- Alleinfio, o gonoral Read seguiu com
seu jardim, perto do logar em quo se rarh api-nas duranto um inez, o som ro- muito interesse as
precauções quo so
1'ma carta de -Vth. nas cm data de '¦',| '" agora lazciuhi OXCUVaçõOS, uma -ultado algum."
tomaram para proteger a Vcnus de
21 do Junho próximo passado, publica- larga lapida de mármore.
Tondo.ro- Esta deposição foi obtida
A. estatua foi collocada dentro
pelo gene- U-í-o.
da cm uma l.dha de N.-w V.„k. diz o "-Ondo a lapida, eneonirou de aixo ; ,.„, l{yM, |>-lr_ -pouco
caixa
de
muito reforçada, o segura
mim
como auxilio As
.-lia os degraus do uma escadaria do 8Uflg
seguinte:
investigações archeologicas.o nun- | P©r fortes peças de madeira, quo ôbsta
"Ao receber a sua
ia.nio.-e.
.Nau foi então adeant in ,.., ¦•„¦ „,„,., .,,,1,1:,..^!^
missiva, pedindoA cai
(JotMANoti.is, VülH Ioda e qualquer vibração
mo quo indagasse a vordado a« ca do » exploração, mas tornou a cobrir o 0crudÍto pecrotario da Sociedade Ir- xa •'»¦ en-ão colldcada entro duas murarecente ,. muit.. espalhado boato «lese logar, pretondeudoproseguir mais tarde eheologiea. informou
tambom do quo ¦¦"-.*• no fim do um corredor na Prefoihaverom oncoutrado os dòul braços da nosso trabalho. A.o tempo do sua morPolicia. A Venus permaneceu
uma commissão do governo ser i prova- pura do....
VoilUS de Mih., procurei imiiicdíata- - •'*• ha dez a 11UOS, chamou 0 80bfíllllO, velinente mandada a Milo iiispecciotinr neste OSCOtldrijo diiraute o sitio da "ommonto o
Mkhrditii LIrad, nosso meu pao, Fheodoko Nostkakis, o disse- as suas antigüidade- e «lar conta do va- "'""a, o ipiamlo a Prefeitura do Policia
¦Ilustrado general
•.•¦•,. .„.,.„.,„-,.
roprosentajito diplomático na j ¦ ¦••' que exeavasse uo logar em .pie es- ,n|. (i HJin.lltl ,•,.-¦.,„
,.,„ foi incendiada pelos conimunistas, esta
Grécia, e elle muito ohse.piiosainente tava a lapida, perto do uma .-iinoi-cira. lo(]0 o
„*,,,.,.
Inn;i
caso
,.,,.,;„ ,,,, ,„..,,.„ niara\ i.lmsa e belía relíquia SÓ foi Sttlva
;
fornocou-mo informações interessantes, ^A-cu pao nfio sabia com
o lo- moldada cm
gesso, e, si tivor realmente Por se ter rebentado a ocidentalmente
-arei que so achava .-. pxactidão
lapida, e exea- ! „,*,„._ ,,,•-,.,,.,.,,,.., ., (V(.ni(( A|lll.ri. um cai... de água. A estatua ó om dous
quo lhe transmittirci nesta carta
Ha algumas -emanas uma possua ..... abaixo do verdade..-., ponto, O |)0S- ,,,,,„,
|,
,;, ,,(. ,.„.,-•.„.,...,. ., ,,,„;. pedaços, e quando foi removida e toireferiu ao nosso representante em toque gastasse muito dinheiro com isso, j çáQ (,(. N-(,sntAK„ ,,,„„ ftg liarrnçÕ0|J fe;. - nada a collocar no Efouvre, viu-se quo
Athouas «pie os brayos da famosa V,-- •'¦'•• conseguiu achar cousa alguma. lftS ,„„. Vftriog escriptores,'o'
a água tini..-, molha.1 imento que
general
nu- tiiihauí -id.. descobertos na ilha do •N,u" ultimamente,ha seis semanas, meu |>KA1, ,.„,,.,,„ ,.m du-ida -i haverá
boa-; ligava os dous pedaços, e que na junMil.,, porto Io logar om quo a estatua l'"'- «l»10 recebeu o terreno ou jardim* rftzoes
pnm s,,ppòr oue o braço'a recen* ctura existiam cunhas de pau, que faoriginal Ibi achada om 1820
A narra- I ,',"l", «'gado. ao cavar o solo para a „..,„...,,. encontrado
Venus | ziam com que a parte superior da estapertenceu
trou por acaso vesti- ; ,-,. \|;|,,
tiva foi acompanhada com tanta- par- | 8Ua cultura,
u;ls ,.„, **e obsorvn mui- ,,lil sc inclinasse um tanto para deante.
ticularidados quo ollo achou con veniente g*os do antigas estatua- o descobriu a to ncertadamente, uma
oimseipicncia disso surgiu então cagrande bíblío- ¦-"¦
investigar ., aasumpto.
Como melhor estatua «Io Neptuuo, tendo com a pica- j ,|1(.(.;l dillicilmcntc encerraria todos ,,, i lorosa discussão acerca de saber-se si a
caminho para a avoriçuaçáo da historia, ri*ta quebrado uma parto da cabeça da \]\y^oa quo ,,.,.„, sido escriptos acerca estatua devia ser restituida & sua actio general Rkad dirigiu-so ao governo, estatua.
desta estatua, o o assumpto é muito tudo primitiva, ou si a inclinação pro"Nessa oceasião lembrou-se das re- ! árduo.
appie-.ei.tai.do OS fados e perguntando
Uns aflirinain que ambos os duzida pelas cunhas de páu devia ser
si lhe seria ptrmittido mandar moldar ' commcndaçõos <h> fnllccido o começa- braços foram achados com a estatua I conservada. A ultima idéa prevaleceu
om gesso copia- dos Objectos .pie -.• di- rain-se exeavaçoes iicinia do logar em mas
que uni perdetl-se e O outro estava I afinal
j
zia serom us braços da \ ônus de IMilo. que estava a amoreira,*e não abaixo, tão mutilado
que apenas um fragmento -'¦ Grécia deve ser chara ao mundo
Depois de alguns dias o govorno Grego com antes.
A lapida e a escadaria, com a mão foi salvo.
Outros declaram inteiro, porque a humanidade deve a
respondeu que não tinha conhecimento j comtudo, ainda nau (orara encontradas,
estes
braços
não
a fiuno- j civilização e as artes ao gênio Grego, c
que
d.- semelhante descoberta artística, mas Vamos passar para alli os utensílios I so Venus. Terceiros pertencem
querem que o que j porque durante vinte e cinco séculos a
mandaria proceder a um inquérito, próprio- paia e.-cavar com água, e en* resta de um braço e a mão segurando
que
• Grécia tem dotado a raça humana com
j
' Ml "" dous dias depois a
imprensa t.m trabalharemos em mais larga escala, uma maçã, actualmente existentes no assumptos novos de reflexão ode admiGrega publicou que os supramenciona- Acredita-se
!•]' raro passar-se uni dia nessa
logar ondo-se fizeram Louvre, estiveram primitivamente lija- raçãn.
dos braços tinham sido
ibertos cm estas descobertas é exactamonte o pon- dos á estatua, mas
clássica
da arte sem que o mundo
que isto ibi apenas terra
Mi In puj os membros do l-.-rln.la liau- to onde estava o templo da Venus de uma tentativa de restauração
delia
receba alguma obra notacompara- moderno
coza du Archoologia de Athenas Isto, : .Mih.. em rasão dos dillerenlcs troços de tivameute
até
então
desconhecida,
lerna. 0 assumpto, entre- vel
porem, loi immedialamonte desmentido, columnas alli achados <• também porque tanto, é da mais subida importância em Qmando um observador pára na galee di--e--e ciiülo .pie a dê-odniia loru a e-iatua original foi encontrada em relação a arte antiga,
''u l-ouvre e contempla a Venus do
j
pois uo sitio que r'a
leita por No-tiiaki-, colleeioiuidor o • um ponto que parece não ter sido o seu ¦ Ntostiukis clniran templo
<».
i
1
toda- as outras representações da
.|e \'cims tal- -^I
mercador do antigüidades, qu vive em verdadeiro local.
-deusa
desapparecem.
Antônio Bottoms vez se venha a achar o nicho em que a
Quanta fona,
Athetms, masque lum uma propriedade possuiu um terreno a uns cinco ou .h-z estatua estava
magestade,quanta
bellezaI J-]ilcollocaquanta
primitivamente
' da. Tal descoberta
e pi-nceile a exea va ções na mencionada minutos de distancia do logar em
adensa
do
na
de seu
amor
vira
a
resolver
plenitude
a
que
¦¦'la
deante
fazendo
se
da
estão
a
Venus
e.xcavuagora
esta.de
Melongamente
discutido
do
qual
cha- poder,
^
problema
Procurando XosriuKfs, o general Iírai) ções.
Iíustuato Sauamaskos, conhecido raeter e da attitude original du Venus dicis por exemplo torna-se medíocre,
obteve delia as seguinte.- i.ifoii.i.i.nes: p >r A nticoyanni.-, foi
por ello um dia de Milo, assim como si ella estava Demite delia já teem, passado três geraj
"Durante as oxcavaçõt-s a
IIkini:
que estou ajustado para apanhar pedras para juneto com outras figuras formando um Ções de ardentes admiradores.
"a Nossa Senhora
procedendo na ilha de Milo. tenho en-; certa obra no seu campo
Bntão acci- grupo
da,
BelleA este respeito ha muitas thco- chamou-a
contrado as ?uguitiles relíquias:
l'uia dcntalineiite viu elle a estatua da Vcnus rias.
M. QuatkkíiP:rk dk Quixcy e
Zft," reconhecendo nelln a divina forc-tatua da Noptuno, talvez de origem de.Milo.
Não conhecendo o A*nlor dei- sua eschola acreditam que a Venus de rnosura, cujo magnético poder vinte
Komunii, coin .iina iii-ci-ipv,n..; uma es-j la, vendeu-a ao c usul Praucez, M . Milo
porte ti a um grupo represou- ril" '•¦ annos não conseguiram ápatatu i de mulher, .-• m um pequeno Buest,
20U
piastras, cerca th I 70 tando Vcmis apaziguando e desarraan- |?ftr- Ghateauhhiaxd, Lajiartike, Victor
t t.pido, de bom período da arte Grega, francos porO mesmo
ISüstkato Saramas- do Marte. M. IIavaisson, conservador l'11'". A 11'redo de Musset, Tiieopiiilo
-eu. ,i cabeça, estai.du
o
Cupido
kos descobriu o local em que agora bc das antigüidades e da osculptura mo Galtier o Paulo de Saixt-Victor exalporem
intacto; um busto, <{>• bom cstylo o de esta exeaviindo c
.-o- o derna do Museu do Louvre escrevendo | 'aram-lhe os dotesem todas ascordas de
se siqq
bom período da arte Grega; um cavai sitio do templo de que
Ahi na grande
Venus.
A estatua em 1871, sustentou esta opinião, e pon- Sl|as lyras inspiradas.
10 com um homem no dorso, de tamanho foi achada cm uma como
ergue-se
da
frança
boje o* seu
ou
valia,
saque
a
estatua,
agora
esta na- capital
gruta
que
natural o do arte Grega, estatui *h*
berta com um monte de pedras e isto ipielle museu,
aspecto,
advogando
eloque antigamente perten- maravilhoso
vallo som orelha-; uma estatua de explica o estrago
causa
nobre
a
do
soffrcu
era
varias
á
collccção Borghese e que muita ! qnentemente
ceu
que
paiz, <|<>
mulher com os braços estendidos, de partes, especialmente uo nariz. A vaisolo
ella
recebeu
o
instineto
e a
gente suppõe ser um Achilles, é roal- cujo
tamanho natural o do arte Gregh; duas | Ia donde foi tirada ainda hoje se
"
vi(1;iverdade,
o
a
poder
que a propode mento uma copia da estatua de Marte, ]
ou Iros cabeças muito bem (-....scivadas -.,¦••
Meu tio disse mais do uma que originariameiile estava associada
clamam a obra mais perfeita da antie de inarraoreinuitolinoetraiiq.aiciitc,
\.>z .pie alli foram ao mesmo teinj n- da Vcnus de Milo.
Um dos seus argu- guidade clássica."
"eroditund quo os corpos portenecn- contrudos dous braços, os
ntos em sustentação desta idéa é o
quaes tinham
tes o esta- cabeças se hão de vir a des- vestígios de
parafusos de ferro que os fado de ser o lado esquerdo do Venus
cobrir; muito- braços, de orle Grega; uniam alguma estatua.
O theatro fica de Milo acabado menos aceuradamente
o linalincuto o braço esquerdo da Venus a meio cuininl utre as exeavações
que o lado direito, e de ser o lado direi''" Milo o a hião tp iitrelanto esta actuaes «c o local cm
Vcnus
a
de
to do Marte Borghese meuos Wieito .
v
quo
,- '- -' ,
, „
Bsta Io. encontrada primeiro .Mih, foi achada em 1820.
corl ida.
Pr0X1,"° findo a
A.- exeava- que o esquerdo,
•
fsto prova
,- 0/nmiss.ao ô
diz
^npenor das Expostçóes
" " br«V0 depois.
O bra... termina, na ,- ao tiveram ainda bastai. xtenRavaisson, que esta Venus o este Mar- '' I,""''ll;!7"";!^
roumu-se em I anz sob
P"rlB Bn»w,r,ür' fHCta "'" "" l"-;"' sa" lwrn tlcscobrirem M Jiflbr. ntes par- te estavam eollocados tão perto umn do i
enC1U
;"'tU:" MlU1Str° <lil
d°
'""
falta
o braço esque.do da Ve- tes do supposto templo de Ve„„Sj ,. ,,„„•„
craque
o espectador não podia ver "v
que
'
uusdcMiio A mão loi origiuarmmeute conseguintumeme nada se
• í'"
pôde por ora completamente o lado esquerdo da pri- T."
.de i;m.dlscul'so
de abertura do
ligada a,, braço com uma peça do ferro, i dizer acerca do lugar em
„ estatua meira e o lado direito dos indo
•
!"'"
que
declarou
"i
,lho é excollcntc e eu, disse devia ter estado.
que para levar a
NTo thea.r., p,„l,> IIava.sson é lambera de opTnião
nuca
Tlf^Hf
<
>¦licito
a
l-.xposição
....
l
niversai de 1S|S
B.vzii, .Nüstisakis, tenho certeza de .i ie ver-se unia c.-eadaria circular do marVenus de Milo é provavelmente um do
lodosos
Prancczes,
sem distiucçâo de
pertiMiceu originariuraenío a Vcnus de more, mas não ha lã bancadas ou esta- produetos da eschola ou ao menos do
.
,
'
''' ,,
"
Mdc
A ...a., segura em um pequeno tua-.
Ainda vive o I, hai„.-„l.. tempo ,1,- Lv.-,,-,,,. conte oraneo de
r
Tv
i"1"'
,VlI".JCnAsm5» °
*"" ro!ftt°.spcllio, .- nmrraore., artisticamente
- A.vtoxio Borro.v.s, que estev, cora o tu, Alexa.vdre o Graxde, e
linha
cm
TT"
7
,
que
''"
cxlrahircmos ftS seguintes
.) logar cm que o braço foi eu- . de Theodoro Nostiukis,
tado
,'
que de-c„li,-i„ muito apreço as obras do Poi.vm ro
'
contrado chaina-e rii.ua, perto da | a estatua de Veuus.
•_',,
Koi elle que,,, ('. iô-i-l 1
de quem havia dizia cüe e
>'< V<""^ k-tkax.íkii:as -- Depois de uni
tirou da valia a estatua, esl . visto
praia oeeidental da ilha.
recebido
toda
a scienciã, irias (p.c apeque
"Duraute as exeavações
rilPu,°
¦»*stcfri.cóJ disse o relator que
descobriu-se ajudado por outros
Nenhum dellos zar disso, mostruudo ao3 discípulos us
dp8(^e
°
um veio dagu.-i, quccorrcco.il tanta tinha idéa do quanto ella valia.
Principip o império da AllemaMeu pessoas que passavam, dizia-lhes que
ilha, sen declinar absolutamente do
torça que chega a embaraçar o Iraba- I'1"'. TllEODOtlÕ NOSTRAKIS, fez exeava- ji 0SSCS deviam ser antes d,, tudo os OCUS
convite que recebera, mostrou-se disParece origuuir-se em algum au- çoes cm difforentes pontos da ilha na : mestres.
lho
A sua recusa tornouA água 6 muito pura visinhança de Clima; mas actualmeüte
¦
tigo aquedncio.
posto a abstenção.
, \\ i]CARr) , Maenluterc^"
.
]
¦'
se definitiva depois de um inque-ito a
e de excbllonto qualidade, e tão abun- não tem continuado a oxeavar excepto ,
.°.us
" \""
dc l que procederam as câmaras de commerdouto que nove trabalhadores são cm- ••'' ponto acima dito.
'
?> •
f"-', Pul'llcac,os,:"1" documenjemPs
1fJ^?us
;
cio dos principaes centros industriacs
-n,
?"tou
pregados em canalisal-á c aponas dons
„,,
nn.
, ,
."''Vn
Ha unuove
mezes ,tos
ate então inéditos o importantcs-a do império,
a Kschola
e desde o começo do corrente
em exeavar.
|
l lanceza mandou a Milo alguns alum- theona de
os dous braços foram anuo 0 espaço.oíTerecido ã AHemanha
que
ria quatorze annos o tio de Liiko- nos para
i
-,
de quo o esquer- .iínU, S(.r
procederei., a cxcuyaçõcs, adiados
posto á disposição da. outras
nono NosTiuKts, .Jo,\o Saraíiaskos, ho- mas não conseguiram cousa alguma, \ do segurava uma
maçã, indicando que : nòtoneii
ciamem que tinha muita practica do exea-p Kxcavaram em Tripcte, a um
-.litro Gstas apenas três não deram
quarto a estatua representava Venus Vietrix
vaçoes
vaçóes de antigüidades, peque
porq- costu* : de hora de disumei» do logar em «pm a a heroina d., julgamento do Paris, e uáó ainda iÍsno"ta d- , . ix a >n, T V
7,
mavn acompanhar viajantes Inglezcs a estatua foi achada.
Também exeava* Veuus apaziguando Marte.
.! I, ¦
,: o
»«Sequer
SXFTEMOnO,
215
0 NOVO MUNDO.
1H i 7. I
Argel, e outros (pie se esperam e que
devem elevar o numero de expositores
nacionaes a Iló 000.
Em 1861 apenas
10,000 pedidos tinham sido feitos até .•
(lia da abertura da Exposição,
Obius.—Á importância dos contra*
ctos assigllãdos para obras da Exposição. cujo orçamento foi de 85.818.000
francos, sobe acliialinc.it.' a 25.864 <•*"
francos. 6.000.000 jfi foram gastoscom
o Campo de Marte e 2.000.000 co.no
lrocadero.
CAMPO DR MARTE. - 0 iuviTiio eXcep-'
ciomilmcnte brando permittiu que se
iidciiiitiisscm de modo considerável os
trabalhos de movimento de terra e d.'
pedreiro: as empresas de eonstrucções
inetallicas prosegUClll activaii.cnte, c j.i
se teein ganho dous mc/.cs sobre os pra/.os convencionados.
TUOCADKUO.- 0 trabalho de pedreiro
As paredes
nas alas est i a concluir.
-ala
central
levantam-se
da
cireulares
nus doze metros acima dos alicerces;
dentro em pouco restará apenas tractar
0
do arranjo e decoração do palácio.
movimento de terra dos parques e jardins acham-se pela maior parte executados; a execução da cascata não se
tara esperar
toncins são 08 Dlstadqs-Uni(l08 da America, d Brnzil G o império Ottomano,
Toda viu ji nao entra emduvidn que os
listados Unidos serão representados em
Pariz em 1S78, e apezar diis diíHcúldades da sua situaçilo a 'tual, :i Turquia
¦•linda ufio renunciou aos dous projectos
de exposiçfto.
As seguintes potências jrt mandaram
suas adliesôes : (Irã liretaului, Melgica,
Paizes Baixos, Suécia e Noruega, A nstria-II uniria,
Rússia, Suissa, Itália,
(irei;., Ilcspiuili.-i, Portugal, Bstudos
A fricanos (Marrocos, Tunísia, Iíjrypto
e Libéria); Estados da America (iodas
as republicas Hispano - Americanas,
excepto o México.)
Mm resumo, uma só nação, ;i Aliemanha, recusou claramente tomar p.u-i"
nu próxima Exposição. Todas as outras
potências aproveitaram com interesse a
opportunidadc que se lhes oflerôciu de
demonstrar os seus bons desejos em relação aos «rrninles interesses da paz e do
trabalho. Apezar da abstenção nieiu ionada, a metade occiolcntal do palácio é
hoje totalmente insulliciente para conter
as secções estrangeiras, que toem de oceupur, além disso, uumerosos anuexos,
tanto no Campo d'' Marte como no Tiocadoro.
Secção Franit./.a —Ainda não se onos expositores Franpresentarain todos '2(5.0(10
eezes, mas já ha
pedidos de lovieram de
de
1.200
além
que
gares,
A Ponte hIkna.
Será alargada de
14 a 'lõ metros, c coberta en. toda a sua
extenção.
Anima es vivo.?'.— Concursos interna-
cionaos de ullimaOS das espécies cavailar, ii.uar, ovina e bovina elle.Muar-sehão na esplanada dos Inválidos.
Só serão admiltidas
Mki.i.as Aitiis.
obras
de arte orçadas depois de lSiiT.
as
Cada artista ser i classificado pela sua
nacionalidade.
Vidros coloridos.
Uma coustrucção
especial sorrt destinada n abrigar os vitiros coloridos quo carecem de luz especiai.
Nesta exposição não .-e
Entrada.
usara do iucoiiiinodo toruirpietc para
ti.-ealisar as entradas c evitar a fraudo.
Adoptitr-so-luui bilhetes c.Hpuciaos;
Caiai.mais
Ciula nu.a das grandes
divisões da Exposição tenl um catalogo
especial, e a eollecção coiiipletar-se-ha
com um repertório mcthodiüo, que íaci*
1 tara a procura <lc uma determinada
calhcgoria de objectos.
15 KSTAfi:\mks. — Em vez de sereni
grupados, como e.n lSli", em volta da
galeria externa do palácio, estas construcções serão disseminadas nos parquês e jardins; o seu iiumoro senl consideravclmimtc reduzido, afim de se
evitar a eoiicurreucia abusiva que liouv e em 1SG7,
Caees-concertos.
Os concertos, cafés,
theatros c lojas de artigos de
Pariz serão banidos desta Exposição.
() relatório concilie do seguinte modo :
"Pelo (pie li -a dito, Sr. Ministro, re-
ANNUKTOIOS.
conliecereis facilmente (pie o estado dos
trabalhos preparatórios da Exposição
1 próxima ô* nctunlmehto tão favorável
(planto ('• possivel sel-o. As eonstrucções
estão bastante adeantadas para se poder
I allirniar ousadamente que os edifícios
estarão promptos, antes do tempo marcado, parti receber os expositores. Por
outro lado, quer o estrangeiro quer a
Fiança responderam eonrcgunl interesse ao appcllo do governo da Republica,
e o único embaraço a que, nas eircunistancias presentes,» teremos de fazer
lace só parece que lia de provir da
allliieiieia dos expositores de todas as
nações.
"A empreza
patriótica, decretada no
me/, de Abril de lHTli. tem ido por
deante ai" hoje, lalve/. melhor do (pie
os optimistas esperavam.
A guerra no
exterior, unia crise política ou conunerI ciai no interior parece serem as únicas
; eventualidades (pie possam prejudicar
os resultados obtidos.
Mas si o passado nos auetorisa a ter fé' no futuro e
a esperar con. confiança o dia I" de
| Maio de 1S7S, não devemos esquecer
entretanto (pie são ainda necessários
I muitos esforços para
attingirmos o
nosso alvo, e que causas que não podej riamos prever, nem conjurar, podem
comprometter o suecesso dos trabalhos
emprehendidos em França c no estraní geil'0 en. vista da próxima Exposição
I Universal
SAMUEL S. WHITE,
m
fabkicantb de
TZ> E!
HXT T
IE3 S
T
J±
I
FJ
I
O
I
A.
E3
S
,
Utensílios para Dentistas, Cadeiras para as operações, Massa de Dam, Apparato
Dental de S. S. White \j oriâeador automático paraa Mafhina Dental; Caixas de
Instrumentos de Iodas as classes e demais artigos para o desempenho d'arte dentaria.
^^fr':ír:y-'
—\\V*V^jC^.íV
Woiraiiisffi I
\^-^re^£xyy.,.rç-»--,
\\wtócausa,«fâ//
^^Ststríx
-*,«.
'\^£^j:--:&z -:!'->sp^^^.
-(^V^l^Vic^í/
«Bi*AW/
'Aí
Mm WÊ^ /fâÊm^-u •%
JíÉl Í?
íãÊSÊÊÈSm IVH^wÉÉÊy
PI flmWf u&mmWi
fM^Ml^^MB
w^^mÊ^ãf
liT&M™Mr¥$wl%ai'-£"'f.i*''^'VM I
WÊMmW)w^®*ffl]
ri 'TJ\\> ..t
2Maizona
Fabricada,
por
tiaV^- lr'' Sturr/t
ÍKd5-^v
\\
Urw,/,,„csM
do
'.o\
Ifàfc^fíSTr^l&n In </''''"'•
Kwlr^j
E
X>uryca
novo
processo aperfeiçoado, da
de milho, de puresa garantida.
Melhor
Farinha
6o ARTIGO DE ALIMENTAÇÃO MAIS DELTOADO E IIYGIBNI00 que hc pôilo iicliur ciitni
ESTE
todiw iir Biibstnnolfts fiirinuniii». Póde-só ubh]-o pura ns Hiik em qiie empreea-ae n Anirniii h Miilzimii. porSro
A Mai/.k.na üe Diuyka hf.c.RMKU km imihmio iIiiiik Itleilullinn, pelo»
Sendo preferível por snr mais leve.
|nrys 1! e 4 du exposição Iiitertiaolonnl de Lamlron do 1862, Bendo euteu os iinirói» premi.>h coiiferi.l.iH h Bubslftnnlas
drtiü nril-ni. Além disto, o Relatório da exposição elogiou a preparação dizflmlo que era
"Mui
exeellente como alimento."
Na jrninde Exposlç&o Universal do Pariz de 1SH7, ob Jurcdos declararam que e«ta MA IZHNA cr» um»
"PREPARAÇÃO
PBItKflITA
NO SEU GÊNERO.
Si .o.ssi! necessária uniu prova cia superioridade <Ioh artigos desta casa, além do moro êxito
delles mesmos, diríamos que temos recebido dl pbemios de primeira classe em uma das
grandes exposições uo mündo, inclusive um GRANDE DIPLOMA DK HONRA na ultima
ISXPOSIÇÃO UNIVliRSAl. DE VIHNNA.
"i-ii
o maior (pio poderiam dar sobre iodos os outros expositores dos mesmos
liste prêmio
artefactos, contando-ao entre elles os principaes fabricantes do inundo.—Enviamos catalogos aos queos sollicitem por carta, em Portusruez, Francez, Toglez, llespanliol ou Allemâo.
^SlfOs pau a:mestos (Uvein sim- feitos por lettras de canibio sobre Londres, ou saquea sobre
New York, Boston e Pbiladelpliia.
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216
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•-:
¦-"-
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..
-
[Skitkmdho,
1877.
-
SAHIU A LUZ O SEGUNDO NUMERO DA
c
• REVISTA INDUSTRIAL.
AGRICULTURA,
MINAS, MANUFACTURAS,
MECHAN1CA, MEIOS
CONTEÚDO
DO
DK
No.
TRANSPORTE
E COMMERCIO.
2.
Paginas.
Agricultura.
Paginas.
Estradas de ferro Argentinas
Dous livros novos de Engenharia
Caixas de Credito para Estradas de ferro
51
52
52
A secca nas Províncias do Norte
33
o Café da Libéria
:;i
Notas Agrícolas
."»I
Grandes Obras Publicas:
O Fumo <¦ sua cultura
35
O Tiinnel sob o Canal da Mancha....".
53
A Industria assueareira il«> Brazil
.'17
Novo Canal de S. Petersburffo
53
Acclimação de Animaes e PJantas: sua importância
Tiinnel sol» a Itahia do Rio de JaneilO
54
practica
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Porto de Antonina
54
A Producção de Oereaes
39
54
Tunnel de S. (lotliardo
Tem razão
,'ii)
Tiinnel de Bergen
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Comícios ngricolas
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Tunnel de Baltimore
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40
Estatística Agrícola <1<> rjruguay
O Oonstructor Brazileiro Tiiajaxo na Inglaterra... 54
Estações para experiências agrícolas na Prússia.—TraCanal do Sangradouro
54
ballios em Ls77.— Experiência sobre a nutrição de
Varias obras Brazileiras: o Rio S. Gonçalo, o Porto de
aniniaes domésticos.— Experiências sobre aliinenParanaguá, Esgoto das águas de chuva no Rio.... 54
tação vegetal—Os Fértilizadores.—As sementes... 40
Progresso da Agricultura na Itália
4] Manufacturas e Commercio:
A Criação do gado lanigero em Oregon, B.
42
Manufactura e Consumo de Algodão no mundo
i)~)
Iminigração nos Estados Unidos em 1S70-7
42
Manufacturas Norte-americanas em competição com
.{'J
GotlVO e Repolho
as Inglezas
55
Augmento na Producção da Lan
r>~>
Variedade:
Finanças Americanas
50
Consumo da carne na Europa.
Commercio dos Estados Unidos
5(5
Uma Expedição lis Minas. ....
Marinhas mercantes do mundo
50
i. /1
¦1:5
Columbia (iollego"
Charutos do Brazil
50
Commercio de New York
56
Escadas de Ferro:
Exportação de carne fresca para Inglaterra
50
Nossas \ ias Férreas
•II
Fabricação de Ferro e Aço
57
Vocabulário Technico
•II
Producção do Aço de Bessemer
57
B. do Ferro «le s. Paulo o Rio de Janeiro
•II
Contaminação d'Água Potável
57
Caminhos de ferro da (lompanhia Paulista
•II
Oonstrucções de Aço para Estradas férreas
57
Accidentes em Estradas de ferro
4õ
& o tas sobre Estradas «le ferro em vários paizes
45 Receitas industriaes
57
Estatística das Estradas do ferro do mundo
•li;
Novas Concessões de Privilegio pelo Brazil
57
Prolongamento da Estrada de Pedro 2?
4G
Estatística das Estradas do Brazil
•17 Sciencia:
•17
Velocidade dos trens ua Allemanlia
As Sciencias na Republica Argentina
58
Progresso do systoma do Peru
•17
Entomologia Econômica
59
Freios americanos na Bélgica
•17
•IS Retrospecto Commercia]
O Motor Baklwin (Illustrado)
5í)
Estrada férrea entre Valparaiso e Buenos-Áyres
.-•o
O Mercado do Café
(JO
Ferramentas para construcção do lastro
50
Preços Correntes
00
Experiência com o freio Westiniiliou.se na Inglaterra 50
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