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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIII da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
SAMAEL AUN WEOR
28.10.2014
Por Ricardo Bianca de Mello
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Olá a todos, bem-vindos ao Podcast desta noite!
Hoje, inspirados pela efeméride de 27 de outubro, dia em que os gnósticos contemporâneos
comemoram o Advento de Samael, apresentaremos algo dos trabalhos e da vida do grande Mestre
Gnóstico Samael Aun Weor, patriarca da Santa Igreja Gnóstica e restaurador do gnosticismo no
século XX.
Samael Aun Weor é o nome espiritual, interno, daquela grande Alma que novamente encarnou
neste mundo em princípios do século XX, e que, quando de seu desencarne na noite de 24 de
dezembro de 1977, deixou-nos um valioso legado de dezenas de obras, centenas de conferências e,
segundo estimativas da época, mais de cinco milhões de estudantes, que, inspirados por seu
exemplo de vida e ensinamentos, passaram a se considerar “gnósticos”.
A vida de todo grande Mestre é sempre repleta de milagres. O maior de todos eles é a superação de
si mesmo, a superação do egoísmo, uma realidade que já abordamos aqui nestes podcasts no
passado. Essa superação é gradual e se dá ao longo de uma sucessão de iniciações, possuindo por
estágio fundamental o acontecimento cósmico ocorrido na chamada “Quinta Iniciação de Mistérios
Maiores”. Nesta ocasião a Alma adquire o verdadeiro grau de “Mestre”, após ter se libertado dos
defeitos de seus corpos físico, etérico, astral, mental e causal. No caso do jovem boddhisattwa de
Samael Aun Weor este fato notável ocorreu no dia 27 de outubro de 1954, há sessenta anos atrás.
Para melhor compreendermos a importância deste acontecimento vejamos que caminhos levaram a
ele e quais caminhos foram trilhados após ele. Falaremos hoje da vida deste grande homem que
verdadeiramente percorreu o caminho da Iniciação e, mais importante, deixou-nos um mapa
preciso para que pudéssemos, cada um de nós, também percorrer este mesmo caminho.
Samael Aun Weor não nasceu Mestre, muito pelo contrário. Também não foi sempre conhecido
por este seu nome espiritual, que passou a utilizar somente após o evento cósmico ocorrido em 27
de outubro de 1954. Esta Alma, como a de tantos nós, encarnou mais uma vez neste mundo após
uma longa jornada de acertos e erros cometidos em vidas anteriores. Em um passado remoto esta
Alma já havia logrado alcançar a alta iniciação, mas perdeu tudo por deixar-se fascinar por este
mundo.
Nascido em Bogotá, Colômbia, no dia 6 de março de 1917, a criança batizada com o nome de
Victor Manuel Gómez Rodríguez teve uma infância e uma juventude repletas de questionamentos.
Foram estes questionamentos que o levaram a buscar fora de casa, desde muito jovem, respostas
para as suas angústias. Saído da Igreja Católica Apostólica Romana, e após freqüentar escolas
espíritas, teosofistas e rosacruzes, o jovem Victor chega à conclusão de que tanta teoria, a qual ele já
dominava, não lhe levaria a nenhuma resposta efetiva. Após anos de estudos de religião e
esoterismo o jovem Victor decide buscar dentro de si mesmo as respostas pelas quais tanto ansiava.
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Foi por volta dos vinte aos trinta anos que decidiu então dedicar-se à meditação e à vida prática. O
esforço concentrado trouxe frutos concretos em fins da década de 40 do século passado, quando a
ele foi revelado o verdadeiro nome de sua Alma: Aun Weor.
Após ter alcançado a Quinta Iniciação de Mistérios Menores e ter-lhe sido revelada a sua missão de
estabelecer uma nova cultura espiritual, o jovem Aun Weor, então na casa dos trinta anos, inicia o
seu apostolado.
O início do Movimento Gnóstico contemporâneo é humilde. Alguns poucos estudantes
acompanhavam os ensinamentos do jovem professor. Em 1950 Aun Weor publica a sua primeira
de muitas futuras obras, o “Matrimônio Perfeito”, onde ele revela os grandes segredos do ocultismo
há milênios guardados sob sigilo e denuncia a triste realidade do meio esotérico à época, tomado
por teóricos e pessoas que não trabalhavam concretamente sobre si mesmas. Por volta desta época o
jovem Aun Weor alcança a sua primeira Iniciação de Mistérios Maiores, um passo importante na
vida de todo Iniciado.
Devido ao “Matrimônio Perfeito”, bem como por conta de seu trabalho de cura realizado por meios
naturais e mágicos, o jovem Aun Weor é perseguido e chega a ser aprisionado. A prisão estava
relacionada aos seus processos de “Segunda Iniciação de Mistérios Maiores”, e não chegou a
impedi-lo de seguir escrevendo e ensinando. Após deixar a prisão refugiou-se junto a alguns
discípulos na isolada Serra Nevada de Santa Marta, onde estabeleceu um centro de difusão dos
ensinos gnósticos.
Foi na mesma Serra Nevada que, em 27 de outubro de 1954, Aun Weor passa pelo processo
iniciático do Advento do seu real Ser, um processo relacionado à “Quinta Iniciação de Mistérios
Maiores”. É nesta época que a ele é revelado o nome do seu Pai Interno: Samael. A partir deste
momento o Mestre Aun Weor passa a assinar o seu nome espiritual completo: Samael Aun Weor.
Neste ponto é importante esclarecer quem realmente é Samael Aun Weor. Segundo antigos
ensinamentos esotéricos “Samael” seria o nome de um demônio, ou anjo caído. O ocultismo
tradicional também o relaciona ao planeta Marte – Samael é a sua divindade regente. Seriam todos
estes o mesmo Ser? A resposta é SIM.
Cada Mônada Divina, cada chispa emanada da Divindade, possui um caminho particular. Este Ser
conhecido por Samael, dizem os gnósticos, é um Ser muito antigo, que em um passado remoto, em
um dia cósmico anterior ao nosso, alcançou a sua auto-realização. Como auto-realizado ele pôde,
neste nosso dia cósmico, assumir responsabilidades superiores que somente são dadas àqueles que
se saíram vitoriosos em sua jornada iniciática. A este Ser coube portanto o papel, no início deste
grande dia cósmico, de Logos Regente do planeta Marte. Sua Alma, no entanto, é a alma de um
boddhisattwa de compaixão. Como tal ele não se furtou à missão de retornar à condição humana
para seguir aprendendo e para ajudar a guiar a jovem humanidade deste dia cósmico em seu
caminho de retorno à condição divina.
Mas como um Ser que bem podemos chamar de “deus” passa então a ser conhecido em nossa
humanidade como um demônio ou um anjo caído? A resposta é muito simples: a sua Alma, em
missão neste mundo, deixou-se fascinar por seus encantos, e perdeu a sua condição de autorealizada. O Ser, Samael, este não cai, no entanto, sua Alma, Aun Weor, aqui se perdeu, não
somente uma vez, mas duas. A primeira ocorreu durante a raça lemuriana. No entanto, Aun Weor
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retomou sua condição de auto-realizado ainda durante esta raça, e atravessou toda a raça atlante
como uma grande divindade na Terra. Ocorreu que, mais uma vez, agora em princípios da raça
ária, Aun Weor afasta-se novamente de seu Pai Interior. Caído, todo boddhisattwa pode ser
considerado um demônio, pois nele ressurgem os terríveis agregados psíquicos que o gnosticismo
contemporâneo chama de “egos”, ou simplesmente, os nossos defeitos.
Nesta condição de arcanjo caído Aun Weor retorna vida após vida, mais uma vez aprisionado à
roda de Samsara. Dentre algumas de suas vidas nós o encontraremos como o grande general
romano Caio Júlio César, assim como, séculos depois, encarnado como o grande místico Tomás de
Kempis.
É nesta condição de caído em que encontramos Aun Weor quando este encarna no início do século
XX como Victor Manuel Gómez Rodríguez. E é pela alegria de ver uma Alma retornar à casa de seu
Pai que toda a Loja Branca celebrou, em 27 de outubro de 1954, o importante passo do Advento de
Samael mais uma vez na alma de Aun Weor.
Após este evento de proporções cósmicas, no entanto, ainda há muito o que fazer para que se dê
mais uma vez a auto-realização do Ser. A partir de 1954 o Venerável Mestre Samael Aun Weor
segue o seu processo iniciático, necessariamente repleto de desafios, sofrimentos e importantes
missões. Em paralelo segue adiante com a missão que lhe foi confiada, de reestabelecer a cultura
espiritual gnóstica para o bem da humanidade.
Os grupos e estudantes crescem em número, assim como as perseguições e os perigos. Por ordem
da Loja Branca o Mestre Samael Aun Weor deixa a Colômbia junto com a família e cruza a América
central até o México, onde estabelece residência e segue trabalhando pela difusão do Movimento
Gnóstico, primeiro em toda a América Latina, e depois por todo o mundo.
É neste contexto de crescimento acelerado que outro importante evento cósmico ocorre no dia 4 de
fevereiro de 1962. Neste dia, entre duas e três horas da tarde, ocorre uma rara conjunção de
planetas na casa de Aquarius, marcando o início esotérico da chamada Era de Aquário, uma era
revolucionária, que inicia com a restauração do gnosticismo no mundo, a verdadeira doutrina do
Cristo.
Para Samael Aun Weor as duas décadas seguintes serão de expansão do Movimento Gnóstico e de
fundação de instituições como a da Igreja Gnóstica Cristã Universal, primeiro na Venezuela, e
depois expandindo-se pela América Latina. Também são anos prolíficos em novas obras, cátedras e
eventos, tais como os Congressos Gnósticos Internacionais, que chegavam a reunir mais de três mil
pessoas.
Próximo ao fim de sua última encarnação o Mestre Samael Aun Weor inicia o trabalho de
comentário de uma das mais notáveis obras do cristianismo gnóstico antigo, a Pistis Sophia. Isto,
aliado às duras batalhas que travava pela missão e aos dificílimos processos das altas iniciações, leva
o Mestre Samael Aun Weor a enfrentar os seus derradeiros processos iniciáticos em 1977. Após
duras batalhas, Samael Aun Weor deixa o corpo físico na noite da véspera de Natal, em 24 de
Dezembro de 1977.
Deixando uma obra escrita de quase setenta livros e escritos curtos, cerca de trezentas conferências
gravadas, importantes instituições até hoje atuantes no mundo todo e milhões de estudantes
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dedicados ao estudo e prática de seus ensinamentos, Samael Aun Weor pode com justiça ser
considerado o maior esoterista do século XX, e um dos maiores Mestres Gnósticos de todos os
tempos. Sua obra hoje não conhece fronteiras e, sessenta anos após o seu Advento, seguimos
celebrando com alegria a vida de um dos maiores homens que a humanidade conheceu.
Samael Aun Weor dedicou sua vida à difusão do gnosticismo, não somente por meio de suas
palavras, instituições ou eventos, mas acima de tudo por meio de sua vida. Não foi mais um dentre
tantos teóricos do esoterismo, mas aliou profunda erudição a uma visão prática desta jornada,
tendo vivido e encarnado cada passo do verdadeiro Caminho Iniciático.
A Igreja Gnóstica do Brasil, a Abragnose e a Editora Samael Aun Weor procuram prestar
homenagem, com seus esforços, a este grande Ser que até hoje guia cada um de seus discípulos, e
orienta de perto os trabalhos de todos aqueles que, com sinceridade, buscam retornar à casa de seu
Pai, a exemplo do que fez este grande homem que a todos nos inspira.
Até aqui as nossas palavras desta noite.
Voltaremos em 3 minutos para responder as perguntas e comentar as questões que nos forem
apresentadas sobre este tema.
Muito obrigado pela atenção e pela consideração.
PAZ INVERENCIAL
Ricardo Bianca de Mello
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