Latinoamérica Latinoamérica

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Latinoamérica Latinoamérica
Frecuencia
COMUNICAÇÃO SEM FIO NA AMÉRICA LATINA
Edição em português
Ano 8 - Nº 62 - Novembro 2004
Latinoamérica
www.frecuenciaonline.com
CORPORAÇÕES
ADEREM ÀS
REDES SEM FIO
CONVERGÊNCIA
É DESTAQUE NO
FUTURECOM
ESPECIAL GSM
CARTADA
DECISIVA
Tecnologia vira o
jogo na América Latina
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1/11/2004, 14:08
EDITORIAL
FRECUENCIA Nº 62
Novembro 2004
www.frecuenciaonline.com
MATRIZ
ITP Editorial
475 Biltmore Way, Suite 308
Coral Gables, FL 33134-5756
Divergência na
convergência
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DIRETORA EDITORIAL
Graça Sermoud
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Edição de Arte e Diagramação
Pedro R Costa
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FRECUENCIA LATINOAMÉRICA circula dez vezes
no ano e é distribuída às empresas e executivos
do mercado de telecomunicações sem fio.
Assinatura anual: Latinoamérica, EUA e Canadá:
US$ 75. Europa e Ásia: US$ 95. Direitos
Reservados. É proibida a reprodução do conteúdo
desta publicação sem prévia autorização da
direção. As opiniões contidas na revista
Frecuencia Latinoamérica refletem a posição dos
autores e não necessariamente a da ITP Editorial.
Unificar serviços tem sido uma meta no setor. A integração
móvel-fixa movimenta os fabricantes e os desenvolvedores de
negócios das operadoras. Durante o Futurecom 2004, maior evento
realizado no Brasil sobre telecomunicações, ficou evidente que a
convergência não é um tema que traga unanimidade. Operadoras
brasileiras aproveitaram a feira para reivindicar uma mudança
urgente no Marco Regulatório do País.
A Lei Geral de Telecomunicações, alegaram as carriers, não está
apta para fiscalizar o novo cenário que se desenha com a oferta de serviços convergentes e
de players, como por exemplo, TV a cabo, entrando na seara das carriers e ofertando
produtos de voz e multimídia aos assinantes. As carriers demonstraram ainda um grande
desconforto com a decisão do Governo Lula de apoiar a criação da ANCINAV - Agência
Nacional do Cinema e do Audiovisual, proposta pelo Ministério da Cultura e que passaria
a regular e fiscalizar a oferta multimídia no País.
A intenção do Poder Executivo é, por meio da nova Agência que será discutida no Congresso
Nacional no ano que vem, gerar um fundo de fomento para ações culturais. O grande “x” da
questão é que as operadoras teriam de conviver com novas taxas tanto na venda de terminais
celulares quanto no oferecimento dos serviços multimídia. Mais do que a
perda financeira que uma sobretaxa pode causar na receita, o temor é que a
idéia brasileira ganhe ressonância nos outros países do continente, também
preocupados em incrementar projetos de inclusão social e digital.
Nesse quebra-cabeça, o duelo de padrões ganha novas cores. A
tecnologia GSM conquista a liderança na AL com mais de 156 milhões de
assinantes. Mais do que superar o rival CDMA, o padrão está bem perto
de também ultrapassar o modelo dominante na região - o TDMA, uma
Graça Sermoud
vez que a maioria das operadoras decidiu usar o GSM para evoluir e
atualizar as infra-estruturas.
O desafio, agora, é criar serviços de valor agregado que ampliem a
rentabilidade média por assinante. Estudo divulgado pela consultoria
McKinsey adverte que o foco pode estar errado. Segundo a pesquisa, o
serviço pré-pago, responsável por 80% da demanda da AL, pode ser,sim,
um modelo de negócio sustentável. Basta que se criem estratégias
produtivas e adequadas à realidade de cada País.
Ana Paula Lobo
Equipe editorial
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América Latina, EUA e Europa
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FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
EDITORA ASSISTENTE
Clara Persand
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3/11/2004, 13:11
Í N D I C E
NOTÍCIAS DOS PAÍSES
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12
Especial GSM
Cartada
DECISIVA
Tecnologia supera a
concorrente CDMA na
região. Operadoras
investem, agora, na
atualização da infraestrutura existente e na
oferta de novos serviços de
valor agregado, entre eles,
a TV no celular. O padrão é
o preferido de 82% dos
assinantes de telefonia
celular no mundo.
20
PERFIL
Mobilidade é palavra de ordem nos planos estratégicos da
Microsoft. Em entrevista exclusiva à Frecuencia Latinoamérica, o
diretor regional do segmento de pequenas empresas da
companhia, David Contreras, enfatiza que o segmento ditará o
ritmo de crescimento das economias locais. Questões como
combate à pirataria e financiamento para a compra de software
legal são estratégicas para o sucesso da MS na América Latina.
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TENDÊNCIA
Telemedicina e Wireless unem esforços em prol da área da
saúde. Em toda os países do continente, as aplicações sem fio
ampliam a eficiência dos profissionais do setor durante o
diagnóstico e tratamento dos pacientes. Os médicos podem
ainda trocar experiências.
24
Futurecom 2004
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
– JULHO/
AGOSTO
A oferta de serviços integrados e convergentes provoca uma
mudança de rumo no setor. No maior evento de
telecomunicações brasileiro, a inovação tecnológica, que
acelera a integração das infra-estruturas até então dissociadas,
dominou o debate. O tema trouxe à tona o impacto que a
convergência provoca no setor. Frecuencia Latinoamérica faz
uma cobertura especial do encontro que reuniu os maiores
especialistas da área, em Florianopólis, de 25 a 28 de outubro.
MERCADO
Presidentes das principais operadoras de telefonia móvel celular e
entidades discutem a concentração do segmento na AL e o impacto
dos oligopólios na concorrência e oferta de serviços.
34
SOLUÇÃO
Elizabeth Arden e Danone recorrem à mobilidade para oferecer
serviços de valor agregado aos clientes e flexibilidade aos
funcionários ligados à força de vendas.
ENVIE SUAS OPINIÕES E COMENTÁRIOS PARA [email protected]
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NOTÍCIAS
ARGENTINA
EQUADOR
Senatel convoca marcha
contra celulares
O envio de mensagens de texto de telefones
móveis Alegro para as operadoras Porta e Telefónica
(ex-BellSouth) não se concretizou, apesar da
assinatura de um convênio entre as empresas.
O fracasso das negociações irritou a Secretaria
Nacional de Telecomunicações, órgão regulador do setor
no Equador. "Os convênios são atemporais porque a Senatel
expediu uma ordem explícita às operadoras para que cumprissem o acordo de
interconexão de serviços. Não é vontade delas. É uma determinação do governo",
reagiu Sandino Torres, secretário-Executivo da Senatel.
Irritado com a falta de acerto entre as carriers, Torres foi enfático ao afirmar
que Alegro, Porta e Telefónica terão que cumprir a interconexão exigida e permitir o
envio de mensagens de texto SMS entre assinantes. Além disso, destacou o
secretário da Senatel, a remuneração acordada pelas operadoras é prejudicial aos
usuários. No acerto, que não foi posto em prática ainda, as operadoras
estabeleceram a cobrança de US$0,018, num prazo de 90 dias. Após esse período,
a tarifa de interconexão será fixada em US$ 0,03.
A senatel apelou à Comissão anticorrupção, à Comissão de Defesa do
Consumidor do Congresso e aos assinantes “para lutarem contra a posição imposta
pelas operadoras". Sandino Torres fez um apelo para que o País "marche em defesa
dos consumidores do serviço móvel". O titular da Senatel também apelou à
Superintência de Companhias para que sejam mantidos os processos administrativos
contra a Porta e a Telefónica lembrando que, caso as operadoras não cumpram o
que devem, precisam ser punidas. "Estaremos em vigília permanente para que os
usuários usufruam o direito de trocar mensagens", finalizou Torres.
MacLaughlin
irá para a
Telefónica
O lugar deixado por Miguel Angel
Gutiérrez na Telefónica Argentina
parece já ter dono. Alfredo J.
MacLaughlin, hoje subsecretário da
Bolsa de Comércio de Buenos Aires,
seria a pessoa escolhida para ocupar o
cargo de diretor na empresa de capitais
espanhola. Desde a renúncia de
Gutiérrez, a Telefónica se concentrou
na busca de um nome que trouxesse
consenso entre a empresa e as
autoridades argentinas.
A escolha parece ter sido recebida
com bons olhos. Como Gutierrez, que
durante anos trabalhou no JP Morgan,
MacLaughlin também ocupou um alto
cargo de direção no Deutsche Bank, que
assessorou financeiramente a Santa
Cruz. Até o momento, o substituto
temporário de Gutierrez foi o próprio
presidente da Telefónica, Mario Vázquez.
A nomeação deverá ser confirmada
ainda no mês de novembro.
COLÔMBIA
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Telecom quer licença móvel
Em Cartagena, os executivos da Colombia
Telecomunicaciones sinalizaram, pela primeira vez, a
hipótese de a operadora de telefonia fixa disputar uma
licença de operação celular. O gerente da carrier,
Alfonso Gómez Palacio, defendeu o fortalecimento do
portfólio de serviços para permanecer à frente da disputa
do setor no País. O executivo considera a integração fixamóvel como uma das oportunidades mais rentáveis de
negócios no segmento. "Ao enxergarmos uma operação
verticalmente integrada fica evidente que falta na nossa
linha de produtos um serviço que confira mobilidade ao
assinante”, sentenciou Palácio.
Segundo dados oficiais do Ministério das Comunicações,
a Colômbia possui, atualmente, quase sete milhões de
assinantes móveis. Os planos da Colombia Telecom de
investir na telefonia celular, no entanto, podem ser
prejudicados por problemas na Justiça.
Como a operadora foi liquidada pelo Governo e teve o
controle adquirido por acionistas privados, a Colombia
Telecom precisa encerrar a disputa judicial travada com exfuncionários da estatal, que exigem a manutenção do
pagamento das pensões por parte dos novos controladores.
Dentro das regras de privatização do País, uma empresa só
está apta a disputar uma concessão de serviço considerado
essencial, como é o caso da telefonia, se comprovar a não
existência de qualquer tipo de problema judiciário.
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NOTÍCIAS
COLÔMBIA
AMÉRICA CENTRAL
Gilat apresenta
plataforma SkyEdge
Durante o Congresso Nacional e
Andino de Telecomunicações
(CINTEL), realizado mês passado, a
Gilat apresentou, oficialmente, a
família de produtos SkyEdge, definida
pela fabricante como uma plataforma
aberta às aplicações existentes e
emergentes na área de satélites. A
solução dispensa a necessidade de um
hub para cada aplicação, uma vez que
todos os equipamentos VSAT podem
funcionar através de um único hub
centralizado. Segundo a Gilat, a
SkyEdge otimiza o uso da largura de
banda satelital, oferecendo redução
efetiva de custos operacionais.
Na prática, informa a Gilat, a
SkyEdge é a primeira plataforma a
englobar todas as comunicações
baseadas em redes satelitais,
oferecendo serviços de envio de
dados, voz e vídeo para os
consumidores finais, rurais e
corporativos, em um sistema de
grande alcance. A fabricante explica
ainda que a plataforma foi projetada
e desenvolvida para poupar o
segmento satelital e otimizar a oferta
de aplicações banda larga. Na visão
da Gilat, as soluções satelitais ainda
são consideradas caras pelos usuários
em função do alto custo de
contratação de capacidade no
segmento, e não, por causa dos preços
dos equipamentos utilizados na
montagem do produto final.
A intenção da Gilat com a SkyEdge
é permitir aos clientes o investimento
numa única infra-estrutura, agregando
todas as antenas VSAT necessárias,
sem perder disponibilidade ou potência
da plataforma. A estratégia da Gilat é
uma resposta ao movimento que
defende a adoção do padrão DVB-RCS,
como plataforma de interoperabilidade
na área satelital. Atualmente, cada
fornecedor possui uma infra-estrutura
proprietária. A discussão é significativa
e atinge os planos estratégicos dos
principais fornecedores de
equipamentos e soluções. Acompanhe
mais sobre essa discussão na matéria
publicada na página 26.
ARGENTINA
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Unifón e Unilever lançam
edição limitada de celulares
Promoção traz ao mercado uma
edição limitada do Nokia 3100 com o
efeito AXE, marca de desodorantes
da multinacional Unilever. O telefone
conta com acessórios como câmera
Fun adicional com flash, que permite
transferir fotos de celular a celular,
painel que brilha no escuro e tela
com até 4.096 cores.
Além disso, o celular incorpora
jogos especificamente criados para
esta edição, protetores de tela e
ringtones polifônicos exclusivos do
AXE. Entre os recursos
personalizados está a programação
de imagens pré-determinadas para
identificar números de telefones
durante o recebimento de chamadas.
Amzak planeja
expansão
regional
O provedor norte-americano
de telecomunicações anunciou a
expansão do negócio de banda
larga por cabo até a Guatemala e
a Colômbia. O projeto se baseia
na construção de redes próprias,
além da compra de empresas
locais. O desembolso de capital
estimado é de US$ 10 milhões
anuais, até 2006.
A Amzak implementa redes de
banda larga e os principais
produtos da provedora são vídeo
residencial, Internet residencial
de alta velocidade e soluções de
voz e dados para empresas. O
provedor utiliza tecnologia dos
fornecedores norte-americanos
Commscope Cable e Scientific
Atlanta, contando hoje com mais
de 150 mil clientes de cabo,
Internet de alta velocidade e
voz na América Central. Para a
oferta de soluções de fibra
submarina, a Amzak compra
acesso diretamente da
Emergia e da Arcos, duas redes de
fibra que operam na América
Central e no Caribe.
No cronograma de expansão,
a provedora lançou serviços de
cabo digital, Internet e telefonia
fixa na cidade de São Pedro de
Sula, ao norte de Honduras. Ela
planeja ainda fechar acordos com
algumas companhias locais
durante o primeiro trimestre de
2005. A Amzak opera na América
Central com a marca Amnet
Internacional, uma das maiores
operadoras de cabo da região. A
provedora, com sede nos Estados
Unidos, possui operações em El
Salvador, Costa Rica, Nicarágua,
Honduras, Aruba e Guatemala.
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NOTÍCIAS
REPÚBLICA DOMINICANA
MÉXICO
Telcel lança
tecnologia EDGE
A operadora, por meio do seu Programa Internacional de Bolsas,
concedeu bolsas de US$ 5 mil a dez estudantes do primeiro ano do
Instituto Tecnológico de Santo Domingo (Intec). Ao todo, 40 alunos
participarão do programa durante o ano letivo 2004-2005. Mantidas
pela Fundação Internacional Verizon, as bolsas serão renovadas
anualmente durante os três anos do primeiro ciclo para os cursos
de telecomunicações, engenharia e negócios.
Para obedecer aos requisitos do programa, os aspirantes
tiveram que comprovar notas com média 9 ou superior, falta de
recursos financeiros, inscrição nos programas de três anos do
Instituto nas áreas de telecomunicações, engenharia e negócios,
além de ter completado o nível escolar secundário e manter
residência na República Dominicana. Criado em 2001, o
programa de bolsas da Verizon International já concedeu 40
bolsas que somam US$ 450.000, em um período de quatro anos.
A operadora possui um programa semelhante em Porto Rico em
colaboração com a filial, a Puerto Rico Telephone.
A operadora celular anunciou o lançamento do
EDGE, que permite velocidades de transmissão de até
384 Kbps. Os usuários da Telcel com terminais EDGE
poderão acessar serviços de vídeo e multimídia com
maior rapidez. Toda a rede GSM/GPRS nacional da
Telcel é compatível com a tecnologia. A operadora, no
entanto, implantará o serviço em etapas, começando
pela Cidade do México, Guadalajara e Monterrey.
A operadora informou que os assinantes não
precisarão de um contrato adicional para usar as
aplicações EDGE, mas terão que comprar um
telefone capaz de realizar o download das novas
aplicações. Atualmente, são compatíveis os modelos
Nokia 6230 e 6820, mas outros aparelhos, com
novos planos e tarifas, devem ser anunciados em
breve. A Telcel também oferecerá cartões PCMCIA
para conexão a partir de notebooks.
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Verizon concede
bolsas a estudantes
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Patrocinadores
Patrocinadores
ESPECIAL GSM
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www.nokia.com
www.axalto.com
www.axalto.com
www.gemplus.com
www.gemplus.com
Na crista
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
DA ONDA
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3/11/2004, 13:21
Patrocinadores
ESPECIAL GSM
Patrocinadores
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www.axalto.com
www.nokia.com
GSM é a tecnologia eleita para
suportar a evolução dos serviços
móveis na região latino-americana.
De acordo com dados das
associações de mercado, o Brasil
será a quarta base instalada de
telefonia celular no mundo.
Ao final deste ano, os assinantes GSM
já terão ultrapassado os CDMA no
País. Em outros países, a realidade
não é diferente. As operadoras TDMA
elegeram a tecnologia para renovar
as infra-estruturas existentes e
apostam no EDGE para se
aproximarem da chamada Terceira
Geração. A preocupação, agora, é
assegurar a rentabilidade
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Bons TEMPOS
Depois de amargarem um período de recessão, os
fornecedores de infra-estrutura e terminais móveis respiram
aliviados. As operadoras latino-americanas retomaram os
investimentos na migração e atualização das redes. No
Brasil, por exemplo, a Nokia comemora o fechamento de um
contrato milionário com a Oi, da Telemar. A fabricante será
responsável por 60% do processo de expansão da rede da
operadora para a tecnologia EDGE. A intenção da carrier é
ampliar a capacidade da infra-estrutura para suportar pelo
menos 2 milhões de novos assinantes.
O contrato, estimado em US$ 115 milhões, já prevê a
disponibilização da nova rede no primeiro trimestre do ano
que vem. Na nova infra-estrutura, a Oi irá utilizar o Nokia MSC
Server System, um sistema de comutação e controle que
permite, de acordo com a fabricante, ganhos de até 70% na
transmissão e interconexão das chamadas. A rede também
terá dispositivos para a oferta dos serviços PTT( Push-To-Talk).
Os 40% restantes serão fornecidos pela Siemens e Alcatel.
O contrato com a Oi é um dos celebrados pela Nokia ao
longo deste ano. A fabricante foi responsável também pela
migração da rede CDMA para GSM/GPRS da argentina CTI
terminais, o Brasil continua sendo o maior responsável
pela demanda. A própria Nokia foi obrigada a instalar um
O duelo de padrões parece ter um vencedor na América
quarto turno de produção para atender o consumo interno
Latina. Os números de mercado são expressivos. Com um
e não prejudicar as exportações.
crescimento significativo, o GSM/GPRS/EDGE conquista a
Os demais fornecedores também apostam suas fichas
confiança da base instalada TDMA, ainda dominante na rena venda de Natal. O celular, acreditam eles, deverá
gião, para a migração e a atualização das redes existentes. O
permanecer como o objeto de consumo dos brasileiros. Nos
Brasil é um exemplo claro dessa liderança. Com pouco meoutros países, a recuperação da economia argentina também
nos de três anos de operação comercial, a tecnologia já irá
traz alento. O número de assinantes no País irá superar a marca
ultrapassar a arqui-rival CDMA no País. Em dezembro, o Brasil
dos 15 milhões, o que significa um incremento determinante
deverá ter 21,2 milhões de usuários GSM contra 19,7 minos resultados dos fabricantes na Argentina. Venezuela,
lhões da base CDMA. Em abril de 2005, a tecnologia deverá
Colômbia e Equador, onde o serviço móvel conquista mais
superar também os usuários TDMA.
assinantes, também são mercados considerados em alta.
“Essa é a maior prova de que não há mais uma disputa de
Apesar dos bons ventos,
padrões na região. Houve uma
os players mantêm os pés
opção pelo GSM”, comemora
FORÇA
no chão. Segundo eles,
Erasmo Rojas, diretor-executiNa América Latina, há 156 milhões de assinantes móveis:
a grande procura
vo da 3G Américas, entidade
GSM
43.2 milhões
continuará sendo de
que congrega operadoras e forhandsets mais baratos,
necedores da tecnologia. MunCDMA
38.8 milhões
uma vez que o serviço prédialmente, o GSM já superou
pago permanece o mais
a casa do um bilhão de assiTDMA
68.8 milhões
contratado na região.
nantes. O vice-presidente da
Fonte: EMC e 3G Américas
GSM Association, Ricardo Ta-
2004
FRECUENCIA – NOVEMBRO/DEZEMBRO
NOVEMBRO 2004
Móvil, do megaempresário Carlos Slim. Na área de
Ana Paula Lobo
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Patrocinadores
ESPECIAL GSM
www.nokia.com
vares, compara o desempenho do padrão na América Latina
com o apresentado pelo CDMA em países como a Índia.
Ativado na mesma época do GSM no Brasil, o CDMA indiano
conquistou apenas 20% do market share. Os demais 80% permaneceram com as operadoras GSM. No Brasil, o resultado foi
diferente. O GSM chegou, cresceu e está bem próximo de atingir
a liderança das operações móveis. O padrão é o preferido de 82%
dos assinantes de telefonia celular no mundo. Superada a disputa com o CDMA, ressalta Tavares, para conquistar a base instalada, os fornecedores enfrentam o desafio da evolução.
SEM PRESSA
Os esforços estão focados no EDGE (Enhanced Data Rates
for GSM Evolution), que permite transmissão de dados em
velocidade de até 473Kbps, com taxas médias de 80 a 130
Kbps. Várias operadoras da região começam a investir na
tecnologia e a atualizar as infra-estruturas para aumentar a
oferta de serviços de multimídia, considerados os mais rentáveis. O aumento da capilaridade do GPRS (General Radio
Packet Services), que possibilita velocidade de transmissão
de 70Kbps, é missão para as operadoras da região.
www.axalto.com
www.gemplus.com
A Terceira Geração parece mais distante do continente. Os
próprios defensores do 3GSM, baseado no WCDMA(Wideband
Code Division Multiple Acess), afirmam que há um caminho
longo a percorrer até que todas as pendências referentes ao uso
da nova tecnologia sejam resolvidas. E as dúvidas não são apenas ligadas às questões técnicas. Há também muita polêmica
em relação aos Marcos Regulatórios dos países. Na AL, por exemplo, nenhum órgão regulador definiu como será a migração e a
utilização das faixas de freqüências destinadas à 3G.
O momento, destaca Erasmo Rojas, da 3G Américas, é o de
assegurar a rentabilidade das operadoras a partir da ampliação
da oferta de serviços de dados e imagens nas tecnologias GPRS
e EDGE. A recessão econômica mundial requer cautela por
parte dos investidores. A hora é a de explorar o potencial já
instalado. O vice-presidente da GSM Association, Ricardo Tavares, observa que a teledensidade da região ainda é muito
baixa. Apenas no Chile, ela alcança a marca de 55%. No Brasil, apesar dos números expressivos, a teledensidade ainda não
superou os 30%. No Equador, Colômbia, Argentina e outros
países do continente a taxa não chega a dois dígitos, o que
significa uma demanda reprimida ainda não atendida.
Competência e
RENTABILIDADE
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Estudo global realizado pela
consultoria McKinsey revela que o
serviço pré-pago não é o vilão das
receitas das operadoras. O modelo
de negócio pode ser sustentável
O modelo pré-pago, responsável por mais de 90% do mercado latino-americano de telefonia celular, não é o grande
vilão da receita das operadoras. Essa é uma das conclusões
da pesquisa realizada pela McKinsey sobre a indústria móvel
em mercados emergentes. O estudo aponta que as operadoras de telefonia celular em países classificados nessa categoria – América Latina, Leste europeu e Sudeste Asiático – conseguem obter um crescimento rentável, mesmo explorando os
segmentos de baixa renda e de microempresas.
No caso dos países da América do Sul, o estudo revela
que 83% da população de baixa renda respondem por 42%
das receitas das operadoras de telefonia móvel. No continente, 17% da população de renda elevada responde por 58%
das receitas. No Leste europeu, compara a McKinsey, essa
relação é mais equilibrada, uma vez que 55% da população
de baixa renda responde por 30% do faturamento, enquanto
40% da faixa de alta renda representa 55% das receitas.
A pesquisa conclui que as operadoras de telefonia celular
podem ser bastante rentáveis, mesmo em países nos quais a
receita média por assinante (ARPU) é baixa, o que contraria a
tese defendida pelos executivos das provedoras da região. José
Leal, sócio-diretor da McKinsey Brasil, revelou que em países
com condições semelhantes aos da AL, operadoras têm conseguido realizar um trabalho eficiente de rentabilidade. “Elas
planejaram um modelo de atuação compatível com a realidade econômica dos consumidores”, ressaltou o analista.
Os melhores exemplos de execução rentável do sistema
pré-pago são as operadoras VimpelCom, da Rússia, e a Smart,
das Filipinas. De acordo com o sócio-diretor da McKinsey do
Brasil, embora enfrentem uma concorrência pesada, essas
carriers, focadas em clientes de baixa renda, obtêm uma
margem expressiva de lucratividade.
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Patrocinadores
ESPECIAL GSM
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Evolução
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SEGURA
Clara Persand
Quais são os planos de
migração de tecnologia
definidos pela Porta?
Hoje prestamos serviços
de telefonia móvel utilizando as infra-estruturas
TDMA e GSM. A nossa intenção é fazer uma migração gradual e de acordo
com a demanda dos usuários por novos serviços.
Houve a decisão de continuar habilitando celulares na infra-estrutura TDMA para o assinante que requer serviços
básicos de voz, a um custo muito baixo. No Equador, esse
perfil de usuário ainda é grande.
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Por que houve a opção pelo GSM/GPRS/EDGE?
www.gemplus.com
Em entrevista exclusiva
à Frecuencia Latinoamérica,
o presidente executivo da
equatoriana Porta, Javier Egea,
revela que a opção da operadora
pelo GSM foi determinada pelo
fato de a tecnologia ser baseada
em padrões abertos e regulados
por entidades mundiais. A garantia
da segurança das chamadas
também foi fator decisivo
na oferta do serviço de telefonia celular. O importante é
criar modelos de negócios que possam atender diversos perfis de assinantes, desde aqueles que requerem planos básicos com preço baixo, até os interessados no que existe de
mais moderno na tecnologia.
A concorrência será interessante já que teremos o desembarque de uma gigante espanhola no mercado. Vale
lembrar que o Equador tem 90% do segmento móvel no
serviço pré-pago e a maior parte dos terminais direcionados para esse perfil de assinante não está preparada para
serviços de multimídia. Os aparelhos têm condições apenas
para voz e SMS (mensagens curtas de texto).
Como o senhor avalia a chegada da
Terceira Geração no Equador e na AL?
As razões básicas para a implementação de GSM foram: o
O mercado equatoriano está numa fase inicial de miconceito diferenciado do SIMCard, que permite a troca de
gração. Estamos apostando na infra-estrutura GSM, mas não
números e de agendas com a simples troca de
abandonamos o TDMA. Há uma tendência
um chip; e a garantia da segurança das cha“HÁ UMA TENDÊNCIA DE
de todos os players de apostar nos serviços
madas, afastando o perigo de clonagens das
2,5G. Consolidar essa nova linha de produTODOS OS PLAYERS DO PAÍS
linhas dos usuários. Aliás, esses dois diferenDE APOSTAR NOS SERVIÇOS
tos de valor agregado é mais importante
ciais foram a base da campanha de lança2,5G. 3G É UMA REALIDADE
nesse momento. Apesar de possuir uma temento da nova rede batizada de Porta 3GSM
ledensidade baixa, o Equador é um dos paíMAIS DISTANTE. MAS HÁ UMA
com chip inteligente. O fato de o GSM tamDEMANDA POR SERVIÇOS
ses do mundo com maior quantidade de trábém ser baseado em padrões abertos pesou
DE VALOR AGREGADO DOS
fego SMS, com uma média de 200 mensana decisão dos executivos da companhia. Pogens/mês por usuário. Há um grande inteASSINANTES DE MAIOR
demos escolher um grupo maior de fornecePODER EXECUTIVO.
resse do assinante que tem poder aquisitivo
dores de infra-estrutura e terminais, o que nos
APOSTAMOS NO EDGE PARA
por novos serviços de valor agregado.
traz uma economia de escala importante.
No caso da Terceira Geração, a Porta está
ATRAIR ESSE FILÃO”
concluindo a implementação de uma rede baQuais são as perspectivas de evolução da telefonia
seada na tecnologia EDGE para iniciar a oferta de serviços de
móvel e o crescimento do segmento no País?
banda larga móvel, como vídeo on demand e push-to-talk. AcreO Equador tem uma teledensidade muito aquém da méditamos que esses serviços estarão mais próximos da realidade
dia dos países da região. Isso significa que há um mercado
equatoriana nos próximos dois anos, quando os preços dos tergrande a ser conquistado pelas operadoras que apostaram
minais da tecnologia estarão mais em conta para o assinante.
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3/11/2004, 13:21
Patrocinadores
ESPECIAL GSM
www.nokia.com
www.axalto.com
www.gemplus.com
Guerra de
AUDIÊNCIA
TIM sai na frente e disponibiliza
transmissão de TV na telinha do
celular. Governo brasileiro discute
taxação de conteúdo multimídia e
desagrada operadoras
Já disponível no Chile e na Venezuela, o serviço de TV
via celular desembarca no Brasil num momento significativo para o filão de serviços de valor agregado na telefonia móvel. No final de outubro, a
IIM oficializou o lançamento do produto no País.
Foi mais um golpe de marketin no duelo GSM
versus CDMA. A operadora italiana se antecipou à
rival Vivo e foi pioneira no Brasil.
Batizado de TIM TV Access, o serviço explora a
capacidade de transmissão de qualidade em tempo
real das redes GPRS e EDGE da operadora. O conteúdo do produto será fornecido por oito canais tradicionais
da TV aberta brasileira, entre eles, a TVA e a TV Bandeirantes. O público alvo do produto, reiterou o presidente da
TIM Brasil, Mário César Araújo, durante o lançamento ocorrido
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Fora de CONTROLE
O governo brasileiro discute a criação da ANCINAV Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual, que tem o
intuito de regular, estimular e fiscalizar as atividades de
produção e de difusão de conteúdos audiovisuais no
País. A nova Agência pode ser uma pedra no caminho das
operadoras móveis na estratégia de buscar rentabilidade
nos serviços de dados.
Na regulamentação da nova entidade - que será
discutida no Congresso Nacional brasileiro em 2005 - dois
pontos atingem diretamente o segmento celular: a
possível cobrança de mais um imposto na produção de
no último dia 22 de outubro, são os
usuários com alta demanda de informações. Tanto é assim que o serviço
terá interoperabilidade em toda a infra-estrutura de dados da operadora
italiana no mundo.
Desenvolvido na Itália, o TIM TV
Access só está disponível por meio
de dois modelos de terminais Nokia
– 6600 e 3650, mas de acordo com a operadora, já
há negociações com outros fornecedores para ampliar a oferta e reduzir o custo dos handsets. Para
incentivar o uso do serviço, a TIM Brasil adotou a
estratégia de não cobrar pelo uso do produto,
até o final deste ano. Em função disso, o presidente da carrier preferiu não revelar detalhes
de como será o modelo de remuneração fechado com as operadoras de TV. Na Itália, o serviço tem um custo médio de quarenta centavos
de Euro por minuto. No Brasil, o preço final
não está fechado, mas a operadora acredita que ele
deverá ser inferior a R$ 1,00 por minuto.
aparelhos eletroeletrônicos, entre eles o celular, para a
instituição de um fundo de fomento de ações culturais e
a cobrança de uma taxa nos serviços multimídia,
considerada a grande aposta das operadoras para
aumentar a rentabilidade média por usuário.
A posição favorável do governo brasileiro à criação da
ANCINAV preocupa os executivos da área. A idéia de uma
taxação do conteúdo disponibilizado no terminal móvel
desagrada por que o momento é de recuperar os
investimentos aportados no País para a construção da
infra-estrutura celular. Além disso, há uma grande
preocupação que a idéia possa vir a ser endossada por
outros países da região, também preocupados em
fomentar ações de inclusão social e digital.
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PERFIL
Há cerca de um ano como líder regional do
segmento de pequenas empresas da
Microsoft para a América Latina,
David Contreras se alimenta de desafios.
Contrariando a média, nos lugares onde a
maioria vê obstáculos, o executivo enxerga
potencial de crescimento e negócios. Ele
não se abate por questões como a
instabilidade econômica e a pirataria. Para
Contreras, as pequenas companhias – hoje
representando 90% das empresas da região
– vão determinar o ritmo de crescimento das
economias locais. A missão da Microsoft
é ajudá-las a solucionar os problemas
e mostrar como a tecnologia pode
torná-las mais competitivas
Múltiplos
DESA
Ana Paula Lobo
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
A Microsoft investe pesadamente na América Latina. Quais são
as áreas mais importantes para a empresa na região?
Um dos focos mais importantes para nós é o segmento de
pequenas e médias empresas. Mais de 90% das companhias
latino-americanas são pequenas empresas e, assim como aquelas de médio porte, têm muito potencial. Elas puxam o crescimento das economias locais. Sem as pequenas empresas
não há economia adequada.
A Microsoft entende muito bem o mercado e é por esse
motivo que estamos trabalhando constantemente no desenvolvimento de produtos e soluções desenhadas especificamente para este segmento. Além disso, queremos ajudar na
solução dos problemas que se apresentam no dia-a-dia e
mostrar como a tecnologia pode ajudar estas empresas a
criar novas oportunidades.
Definitivamente é uma área em que estamos investindo
muito e onde vemos muito potencial. Gostaríamos que as
pessoas associassem a Microsoft às pequenas empresas e
que nos vissem como o parceiro que as ajuda a resolver
todas as necessidades tecnológicas.
A pirataria é um grave problema no Brasil. Nos demais países da
região, a MS também sofre com essa prática? Quais são os países
onde existem políticas de combate à pirataria que o senhor elegeria como satisfatórias na região?
A pirataria é um problema que não afeta apenas o Brasil,
mas todos os países em geral. Estamos enfatizando o valor de
nossos produtos, porque no fundo a palavra pirataria significa a não apreciação de um produto. Estamos enfatizando não
só as vantagens econômicas, mas também outros benefícios
oferecidos, como é o caso do Microsoft Office 2003.
Outra área em que estamos trabalhando é a da educação do
canal e dos usuários sobre o valor de nossos produtos e a vantagem que podem obter na produtividade, qualidade e suporte de
serviços, não apenas hoje, mas a longo prazo.
Para concluir, estamos apoiando as campanhas antipirataria
na área de educação e reforçando a importância de “ser legal”.
Acredito que temos que trabalhar com grandes influenciadores.
A impunidade não pode vencer. Os usuários precisam reconhecer a importância, a necessidade e o valor de ser legal. É um
esforço conjunto da Microsoft, dos governos e de outras indústrias que sofrem do mesmo problema.
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1/11/2004, 14:09
PERFIL
No Brasil, a MS tem uma parceria consolidada com o Bradesco para financiar a compra de produtos da companhia. O senhor
planeja expandir essa atividade para outros
países da região?
Identificamos que o financiamento é
uma variável muito importante para as
pequenas empresas em nossa região. São
companhias que vivem com fluxos de caixa escassos e é importante que o custo de
hardware e software seja distribuído no
tempo para que possam ser adquiridos.
Esta é sem dúvida uma variável muito importante que temos que considerar na
região. Com certeza, durante o próximo
ano vamos ampliar a estratégia adotada
no Brasil para outros países.
“A diversidade social,
econômica e cultural da
América Latina faz
dela um mercado que
instiga desafios.
Por outro lado, a região
tem um alto potencial
e grandes oportunidades
nos mercados em
expansão”
A Microsoft tem grande interesse em ampliar a atuação no mundo da
mobilidade. Como o senhor enxerga as oportunidades da MS na área?
Existem alguns mercados que estão aumentando a participação no segmento de mobilidade. Ainda não vemos
massificação entre as pequenas e médias empresas.
Estamos trabalhando com nossos sócios OEM, como a Dell
e a HP, e em alguns mercados, como o Chile, enxergamos
uma certa interação.
Sem dúvida alguma a Microsoft está comprometida com esta
questão, a ponto de ter uma área específica dedicada à mobilidade. Começaremos a entrar mais forte no mercado de laptops,
tanto em nível de atacado quanto de montadoras.
Pessoalmente, vejo muito potencial na região. À medida que
a disponibilidade desses produtos se massifique, os preços baixem e as montadoras comecem a adotá-los, a mobilidade se
tornará crucial. Não temos como ficar fora desse negócio.
A inclusão digital e social são problemas crônicos na região. Como
o senhor atua para aumentar o consumo de TI?
Qual país latino-americano deve apresentar, no próximo ano, o maior potencial de negócios para a MS na área
de mobilidade?
É uma boa pergunta e não poderia dar uma resposta neste momento. Do meu ponto de vista, considero que todos os
países têm muito potencial. Pelo que tenho visto ao longo
deste ano, notei um bom crescimento no mercado móvel do
Chile, assim como no México e no Brasil.
Muito se fala que a instabilidade econômica e política da região prejudica os aportes das multinacionais. No caso da MS,
o senhor acredita que a empresa mantém a AL como prioridade de investimentos?
A diversidade social, econômica e cultural da América
Latina faz dela um mercado que instiga novos desafios. Por
outro lado, a região tem um alto potencial e grandes oportunidades. Todos os mercados estão em expansão e são realmente importantes para a Microsoft. Como empresa, estamos
comprometidos com o êxito da região em longo prazo. Fomos a primeira empresa multinacional de software a investir
na América Latina e continuaremos assim, porque este é o
nosso foco nos próximos anos.
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
AFIOS
As pequenas empresas são as que estão determinando o
crescimento das economias locais. Mais pessoas iniciam pequenos negócios e sonham crescer. Isso determina não apenas
o melhor desempenho da economia, mas também permite que
a distância entre as grandes e pequenas empresas se reduza.
Sem dúvida, nossos produtos ajudam estas empresas a
serem mais rentáveis e produtivas. Enquanto os governos continuarem a dar seu apoio, como estão fazendo agora, com
iniciativas macroeconômicas de subsídios de créditos etc.,
nosso papel será complementar. Em conjunto poderemos dar
a essas pessoas a oportunidade de crescerem, de gerar empregos e de reduzir o abismo digital.
Esta redução depende da capacidade das economias gerarem empregos
e darem oportunidades ao povo. As pequenas empresas são o motor dessa
reciclagem. Quanto mais fortes, mais
podem contribuir para a economia em
termos de demanda e empregos, reduzindo as diferenças. A tecnologia permite que sejam mais produtivas, competitivas e eficientes em termos de gastos, e que cheguem a um número maior
de clientes. É um efeito cascata e é
nisso que estamos trabalhando.
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TENDÊNCIA
Wireless e
Telemedicina
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Guefry Agredo Méndez e
Giovanny López Perafán
Mobilidade é o assunto do momento. Os serviços de transmissão de dados
e de mensagens via celular se tornaram
eficientes ferramentas de trabalho em
função dos padrões emergentes de velocidades altas (WiMAX, UWB) ou baixas (ZigBee), mas com orientações específicas, que abrem ainda mais o leque de opções de utilização.
Dia após dia estas tecnologias passam a ser aplicadas em diferentes segmentos. Um exemplo: nas instituições
de saúde ou em aplicações de telemedicina, onde – beneficiada pela conectividade sem fio, mobilidade, flexibilidade e segurança – a tecnologia vem
dinamizando a comunicação entre pacientes e médicos em hospitais. Não é
pouco. Ao utilizar a cobertura das redes sem fio, se aumenta a eficiência
dos profissionais durante o diagnóstico
e tratamento dos pacientes, a programação dos procedimentos e a administração dos medicamentos, só para ficar em alguns exemplos.
As normas IEEE
(Institute of Electrical and Electronics
Engineers) definem a utilização
de redes sem fio
em ambientes
fechados (área local). Porém, grande
parte dos fabricantes
tem feito adaptações para
utilizar os equipamentos em aplicações
para a interconexão de locais remotos.
A tabela 1 (veja na página ao lado)
resume algumas características técnicas
das tecnologias das redes sem fio de área
local vigentes atualmente.
CUSTOS E VIABILIDADE DE USO
Um bom exemplo de aplicação na
área da telemedicina é o Hospital la Samaritana de Bogotá, onde especialistas
têm acesso à informação sobre medicamentos, ordens médicas, Internet e intranet [1] a partir de um equipamento
portátil (PDA, PocketPC).
Fig. 1. EHAS – Enlace sem fio
Como os funcionários (médicos, enfermeiras, auxiliares etc.) trabalham dentro de um campo limitado, ao ter equipes
trabalhando com IP e recursos multimídia, especificamente relacionados à entrada e à saída de áudio, é possível usar
voz sobre IP (VoIP) para gerar um sistema
de comunicação interno que substitua o
uso de beepers e de telefones celulares, o
que significa reduzir despesas.
Além disso, diferentemente de outras tecnologias que oferecem o mesmo
benefício, como um sistema de radiotelefonia próprio, os sistemas de VoIP sobre WLAN (VoWLAN) podem ser integrados a um PABX de Voz sobre IP, ganhando acesso às extensões internas da
instituição e possibilitando gerar e receber chamadas normalmente.
Já em ambientes externos, a tecnologia sem fio se torna uma alternativa
viável devido ao seu custo e velocidade.
Dentro de seu alcance, que pode chegar a 30 Km, ela é muito competitiva
frente aos custos dos canais alugados
de provedores de telecomunicações.
Nos casos das zonas rurais ou locais remotos, os custos das conexões são significativos, e as tecnologias de
custo moderado, como o
acesso telefônico, permitem a
implantação de serviços que
não demandem altas velocidades, como teleconsultas,
fóruns, transferência de dados de tamanho médio.
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1/11/2004, 14:10
U
TENDÊNCIA
As redes sem fio ganham cada vez mais espaço em prol da sociedade. Na área
da saúde, as novas aplicações dinamizam a comunicação entre pacientes e médicos
UNEM ESFORÇOS
ração denominadas perfis. Sua aplicação em telemedicina acontece na forma de suporte para diminuir a utilização de cabos e facilitar a mobilidade
em uma área próxima.
possível utilizar a tecnologia para a telemetria orientada à coleta de sinais
vitais. Além disso, pode ser usada na
administração de informação sobre
umidade, temperatura, presença de
agentes químicos ou alérgicos etc.
Em termos gerais, o WiMAX tem
maiores alcance e velocidade que o WiFi. Mais que uma concorrência, tratase de um complemento, onde o mais
importante é a possibilidade de traba2) UWB (Ultra Wide Band) [3]: entre as
Felizmente, como se pode ver, a teclhar com grandes alcances. Os equipaaplicações para medicina estão o estunologia é convergente e oferece soluções
mentos WiMAX proporcionam canais
do bioquímico não-invasor de tecidos
de fato. As etiquetas de RFID (Radio Frepara transmitir vídeo, dados e voz a vefinos suaves e o estudo não-invasor de
quency Identification) permitem
locidades de 70 Mbps em distânmelhor controle de estoque. O Wicias de até 50 Km.
TABELA 1
Fi dá mobilidade a pacientes,
Isto é mais que suficiente para
Características
Técnicas
auxilia o trabalho em regiões móproporcionar acesso à Internet em
veis e permite o acesso em comuáreas residenciais, bairros ou peNorma
Velocidade Máxima
Banda
nidades remotas. As redes de senquenas cidades, mas também,
802.11a
54 Mbps
5.1 Ghz
sores podem ser utilizadas para
como se indicou anteriormente,
802.11b
11
Mbps
2.4
Ghz
detectar inclusive o bio-terrorismo
oferecer conexões a comunidades
e apoiar equipes de socorro em
remotas. Daí a importância de con802.11g
54 Mbps
2.4 Ghz
casos de emergência.
tar com uma alternativa para a coA integração de tecnologias
nexão de telecentros e instituições
permite salvar vidas que, do contrário,
de saúde em zonas rurais ou remotas. O
processos metabólicos [4]. Oferece inúnão poderiam receber atendimento oportrabalho visando a aprovação do padrão
meras vantagens, tais como emissão
tuno. Com a adoção de novos aplicati802.16e, orientado ao Acesso Sem Fio
eletromagnética de baixa energia, alta
vos, os responsáveis pela indústria de
de Banda Larga Móvel, está em andacapacidade de miniaturização e baixo
atendimento de saúde podem melhorar
mento e, de acordo com seus criadores,
custo de implementação. Pode funciosignificativamente sua eficiência e lucros.
oferecerá conectividade para velocidades
nar utilizando uma fonte de alimentade até 100 Mbps.
ção normal e/ou bateria e tem a possiGuefry Agredo Méndez y Giovanny López
bilidade de sondar o movimento de
Perafán são do Grupo I+D de Novidades em
qualquer órgão interno. As áreas de
II. REDES SEM FIO
Telecomunicações, Universidade del Cauca
aplicação que vem sendo pesquisadas
DE ÁREA PESSOAL
Popayán, Cauca, Colômbia
são a cardiologia, a pneumologia e a
1) Bluetooth[2]: tecnologia de velocidagagredo,[email protected]
otorrinolaringologia, entre outras. [5]
de nominal máxima de 1 Mbps. Seu
papel fundamental é permitir a inter1) http://en.wikipedia.org/wiki/Speech_recognition
2) http://www.uwb.org/
conexão de periféricos e dispositivos
3) ZigBee[6]: ainda que inicialmente
3) http://ieeexplore.ieee.org/xpl/abs_free.jsp?arNumber=978359
4) http://www.hoise.com/vmw/01/articles/vmw/AE-VM-12-01-2.html
próximos. Conta com grande flexibiliseja orientada ao lar, edifícios e indús5) http://www.zigbee.org/
dade, oferecida pelas formas de opetrias, para aplicações da medicina é
6) http://www.rfidinc.com/applications.html
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
I. REDES SEM FIO DE
ÁREA METROPOLITANA
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MERCADO
Terceiro
TEMPO
A oferta de serviços integrados e convergentes
provoca uma mudança de rumo no setor de
telecomunicações. Durante o Futurecom 2004,
evento realizado de 25 a 28 de outubro, em
Florianopólis, Santa Catarina, Brasil, a inovação
tecnológica, que acelera a integração de
infra-estruturas até então dissociadas,
dominou o debate. O tema trouxe à tona o
impacto que a convergência provoca no setor
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Ana Paula Lobo e Graça Sermoud
Os serviços convergentes determinam
uma alteração de rota e provocam uma
série de discussões com relação aos
atuais modelos de gestão do setor de telecomunicações mundial. Como lidar com
a inovação que aproxima mundos até então distantes, foi o exercício comum dos
players durante o Futurecom 2004,
maior evento do segmento no Brasil.
Em plena revolução tecnológica, as
operadoras móveis e fixas voltaram a dominar a cena. Os embates políticos também ganharam novas cores, principalmente porque as carriers reivindicam
mudanças no Marco Regulatório sob a
alegação de garantir e assegurar a estabilidade do setor. A convergência fixamóvel, o serviço de voz sobre IP prestado
por parte dos provedores especializados
e a possibilidade da oferta de produtos
de voz e multimídia nas redes de TV a
cabo foram temas de grande discussão.
As operadoras de telefonia fixa afinaram o discurso. Os principais executivos no Brasil – Fernando Xavier, da
Telefónica; Carlos Henrique Moreira, da
Embratel; Carla Cicco, da Brasil Telecom; e Otávio Azevedo, da Telemar –
frisaram que os novos serviços exigem
uma maior adequação por parte da Agência Nacional de Telecomunicações e do
Ministério das Comunicações.
PRÓS E CONTRAS
Os executivos pleitearam uma revisão
urgente da atual legislação, alegando perda de receita e risco de novos investimentos em infra-estrutura no País. O pedido
dividiu opiniões. O ex-Ministro das Comunicações, Juarez Quadros, por exemplo,
alertou que o momento não é para pensar
em mudança do Marco Regulatório. “Ade-
quações podem ser feitas, mas a Lei não
deve ser alterada”, afirmou o ex-Ministro.
O presidente do Grupo Telefónica,
Fernando Xavier, ressaltou que o tempo
reverteu o conceito de distância na telefonia e, agora, ocorre também uma mudança em relação à cobrança por tempo
de consumo. “O modelo mudou radicalmente. Há uma nova forma de tarifar a
telefonia e muitos conceitos tradicionais,
entre eles o da longa distância, podem
ser eliminados”, observou o executivo.
Xavier lembrou ainda que as operadoras de TV a cabo, que se preparam
para oferecer serviços de voz e multimídia via infra-estrutura própria, são regidas
por uma lei específica e não compatível
com a Lei Geral de Telecomunicações.
“Esses arcabouços precisam ser mudados. Convergência determina uma única
regra para todos. Do contrário, não há
equilíbrio”, preconizou o executivo.
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MERCADO
Discussões políticas à parte, o Futurecom 2004
comprovou que o mercado adotou o IP e a mobilidade como
ferramentas cruciais para novas oportunidades de negócios.
Tradicionais fornecedores apresentaram soluções específicas
para o mundo sem fio. A NEC, por exemplo, lançou uma
arquitetura batizada de Univerge WL, composta por software
de gerenciamento, pontos de acesso, controladores de rede
móveis e terminais.
“As empresas querem mobilidade, mas exigem
segurança contra ataques e interferências e a garantia da
confidencialidade da informação. A plataforma Univerge
reúne todas essas funcionalidades”, explicou o presidente
da NEC, Paulo Castelo Branco. Embora não esteja disposta
a ser mais um player na oferta de handsets Wi-Fi, a NEC
também apresentou, no Futurecom 2004, os terminais
baseados na tecnologia. Os aparelhos reúnem serviços de
voz e têm acesso à Internet. Os handsets já estão
disponíveis no mercado nacional.
Ainda na seara do mundo Wireless, o maior instituto de
pesquisa da América Latina, o CPqD, instalado em
Campinas, no Estado de São Paulo, anunciou a criação de
um Centro de Competência WiMAX. A unidade será voltada
para o desenvolvimento de aplicações de redes e serviços,
dispositivos e sistemas de segurança e tarifação. A iniciativa
conta com uma importante adesão. A Intel, gigante do
mundo dos chips, selou um acordo de cooperação técnica com
a instituição para o fomento de soluções WiMAX.
A expectativa da Intel é que as soluções desenvolvidas no
Centro de Competência do CPqD possam ser direcionadas
para a América Latina, onde a fabricante tem assinado uma
série de acordos operacionais de uso da tecnologia WiMAX
com carriers de grande e médio porte. A intenção da gigante
de processadores, informa o Diretor de Marketing para a
América Latina da empresa, Ronaldo Miranda, é que a
cooperação técnica resulte em produtos comerciais, já no
final do ano que vem.
O executivo admite que a tecnologia WiMAX, que oferece
banda larga sem fio numa área de cobertura de até 50 KM,
com velocidade de conexões de até 75 Mbps, ainda tem um
caminho a percorrer em busca da consolidação. Questões
como licenciamento e compatibilidade de infra-estrutura
precisam ser resolvidas. “Há pendências, mas a tecnologia é
eficiente e servirá para suprir as áreas mais carentes de
infra-estrutura”, estabeleceu o executivo da Intel AL.
SINAL AMARELO
Embora não concorde com a alteração da Lei Geral do setor, Luiz Cuza,
presidente da Telcomp – entidade que
reúne provedores especializados de telecomunicações, ressaltou que a reivindicação das operadoras fixas pode ser
uma excelente oportunidade para a
Anatel rediscutir questões cruciais para
o setor. O executivo apresentou números para contestar os dados de perda de
mercado por parte das carriers.
Segundo Cuza, a abertura da telefonia na Europa trouxe uma perda de 31%
de market share para as empresas dominantes. Nos Estados Unidos, o percentual foi de 17%. Já no Brasil, passados sete anos de privatização, a queda
foi de apenas 2%. “Concorrência ainda
é um fato distante da realidade das operadoras fixas”, criticou.
(Com a colaboração de
Roosevelt Nogueira de Holanda)
A telefonia celular permanece a
vedete do mercado brasileiro. A venda de
aparelhos mantém uma média de 1
milhão de terminais/mês. A tendência é
que o País supere, em dezembro, a casa
dos 70 milhões de assinantes. Apesar
dos números expressivos, o momento
também é de reflexão no segmento. O
presidente da Vivo, Francisco Padinha,
alertou que a receita média por usuário
está em queda. No segundo trimestre de
2003, era de R$ 40,00/mês. No segundo
trimestre deste ano, ficou em R$ 33, e
de acordo com o executivo poderá cair
ainda mais até o final do ano, em
função da chegada dos serviços nas
classes de menor poder aquisitivo.
Maior operadora do Brasil e da
América Latina, a Vivo, ressaltou Padinha,
já teve margem de lucratividade maior,
assim como todas as demais concorrentes.
"É preciso refletir sobre o momento do
mercado brasileiro, que cresce, mas em
proporção muito menor do que em outros
países emergentes. Rentabilidade é uma
obrigação para os investidores", sinalizou.
A preocupação das operadoras móveis é
fundamentada na decisão do Governo
Brasileiro de apoiar a criação da Agência
Nacional do Cinema e do Audiovisual ANCINAV - que teria como intuito regular,
estimular e fiscalizar as atividades de
produção e conteúdos audiovisuais no País.
Na estrutura de regulamentação da
nova Agência, dois pontos são cruciais
para a telefonia móvel: a cobrança de mais
impostos sobre a venda de terminais e a
inclusão de uma taxa na oferta de
conteúdo de imagens. A sobretaxa
implicaria uma reengenharia na
composição de custo final de serviços de
valor agregado de dados, a grande aposta
das operadoras móveis para ampliar a
rentabilidade por usuário.
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
MÓVEL E IP
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1/11/2004, 14:11
MERCADO
Direito de
ESCOLHA
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Comunidade Européia defende padrão
DVB-RCS para a oferta de serviços
interoperáveis banda larga via satélite
Revolucionar a oferta de aplicativos
banda larga e criar uma plataforma
interoperável no mundo dos satélites. Esses são os principais paradigmas do padrão DVB-RCS (Digital Vídeo Broadcasting
Return Channel via Satellite), defendido e apresentado pela Comunidade Européia no Futurecom 2004.
Patrocinado pelo Instituto Europeu de
Padronização das Telecomunicações
(ETSI), o evento apresentou as vantagens
do padrão, que começa a ser implementado pelos principais fornecedores de tecnologia satelital. Na prática, o DVB-RCS
permite uploads (retornos de transmissão de voz e dados dos terminais para os
satélites) em alta velocidade, com taxas
de até 4 Mbits. Hoje, os sistemas proprietários oferecem uma velocidade máxima
de upload de 1 Mbits.
Ao mesmo tempo, o padrão DVB-RCS
utiliza o protocolo IP, predominante na
maior parte das aplicações existentes no
mercado. O consultor de soluções da Nera
Telecomunicações, Cláudio Frugis, explica que as atuais soluções de banda larga
via satélite são caras e estão fora da realidade da maioria dos países em função
de exigirem a presença de um único provedor em todas as pontas do processo.
“Onde não há competição, não há preço
justo”, observa o especialista.
Um fator decisivo para o sucesso do
DVB-RCS é a ampliação da oferta de
banda KU, tecnologia que otimiza custos de infra-estrutura e abre a porta para
a oferta, na região, de aplicações IP no
mundo satelital.
Os especialistas afirmaram que o padrão DVB-RCS terá uma função de inclusão social e digital na AL, já que ele
proporciona acessos em banda larga e
interação com outras redes de telecomunicações em áreas de acesso remoto e
sem infra-estrutura convencional.
Durante o evento, o ETSI informou
que já há uma equipe trabalhando na
versão DVB-S2, que tem como objetivo
elevar ainda mais a eficiência do sistema.
O novo release do padrão, explica Cláudio
Frugis, deverá trazer uma redução de custos estimada em até 30%. A previsão é
que a versão esteja disponível comercialmente num prazo de três anos.
(Com a colaboração de
Roosevelt Nogueira de Holanda)
NA FRENTE
Na AL, a Hispamar – resultante
da joint-venture entre a espanhola
Hispamar e a operadora brasileira
Telemar que recentemente ativou o
satélite Amazonas – é a primeira a
adotar oficialmente o DVB-RCS.
O presidente da empresa, Francisco
Perrone, revelou que o padrão será
uma ferramenta crucial para a
oferta de serviços de educação a
distância e de banda larga para
serviços públicos.
“O DVB-RCS é aberto e nos traz
a oportunidade de escolher
fornecedores de equipamentos e
terminais”, destacou Perrone. O
executivo aproveitou para esclarecer
que o Amazonas está apto para a
oferta de serviços, apesar de ter
apresentado problemas técnicos
durante o lançamento.
“A vida útil do satélite caiu de 15
para 10 anos. As demais funções
satelitais estão perfeitas e já
começamos a prestar serviços conforme
o cronograma estabelecido”, explicou
Perrone. O Conselho de Administração
da Hispasat decidiu pelo lançamento
do Amazonas 2 para evitar qualquer
descontinuidade dos
contratos. Com 63
transponders (27 em
banda C e 36 em
banda KU), o satélite
tem 25% de sua
capacidade ocupada
pela Telemar que,
além de acionista,
é a maior cliente
da empresa.
26
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26
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MERCADO
Prioridade
X DA QUESTÃO
Os serviços de dados se tornam o
maior desafio para o roaming global na
terceira geração da telefonia móvel
celular, já que irão exigir conexões
diretas entre as redes. Tudo isso, até
que toda a infra-estrutura global,tanto
nas tecnologias CDMA 2000 quanto na
WCDMA, propicie a transição para um
ambiente absolutamente IP. Pelo
menos, essa é a avaliação de
Celedonio Von Wuthenau, diretor para
a América Latina do CDMA
Development Group (CDG), um dos
Roosevelt Nogueira Holanda
agendado ainda um encontro de ministros
palestrantes do evento.
da IIRSA, em Arequipa, também no Peru.
Já surgiram no mercado, três
O coordenador de Negócios e ClearingSe houver possibilidade, os Ministros das
aparelhos multibanda, lançados pela
house da Associação Brasileira de
Comunicações do Brasil e do Peru tamSamsung, Motorola e pela LG, todos
Roaming (ABR), Marcelo Burin, não hebém assinarão o Protocolo de Roaming.
baseados no chipset 6300 da
sitou em afirmar que o isolamento dos
A Associação Brasileira de Roaming reQualcomm, o primeiro da linha de
países sul-americanos tende a acabar
presenta todas as operadoras TDMA/CDMA
chips da empresa a integrar as duas
com a implementação das medidas insdo Brasil e tem por objetivo gerenciar, cotecnologias de redes Wireless. Estão
critas na Iniciativa para Integração da
ordenar e manter a prestação do Serviço
sendo empregados pela
Infra-estrutura Regional Sul-AmeriChina Unicom para a
cana (IIRSA), realizada em dezemIMPORTÂNCIA DO ROAMING INTERNACIONAL PARA A AL
integração dos usuários de
bro passado, em Santiago do Chile.
Motivo da viagem por permanência, gasto e renda Turista Brasileiro no exterior
suas redes CDMA e
De acordo com o executivo, o
Motivo da
Permanência
Gasto médio per
Renda média per
viagem
média (dias)
capita dia (US$)
capita mês (US$)
GSM,além da Verizon, que o
governo brasileiro, a partir de uma
Lazer
15,4
87,51
4.694,29
utiliza para roaming global.
iniciativa do Presidente Luiz Inácio
Negócios
11,8
117,88
6.510,92
Para 2006, a Qualcomm
Lula da Silva, tomou a frente da
Pessoal
20,6
47,37
2.771,32
pretende aprontar e
negociação e tem discutido o tema
Religiosa
18,9
51,59
1.453,67
oferecer à indústria o
em todos os encontros com presiEducação
23,2
62,41
2.582,06
Saúde
12,6
85
3.900,00
chipset 7600, reunindo
dentes de países sul-americanos ao
Outros
14,0
108,89
3.153,62
todas as tecnologias, da
longo desse ano. A intenção é apriMédia Global (1)
15,1
90,9
4.896,57
segunda (2G) à terceira(3G)
morar os acordos de roaming inter- Fonte: EMBRATUR – Estudo da Demanda Turística Internacional 2003 – Brasília – Brasil – Julho 2004
geração, ou seja:CDMA
nacional para derrubar as frontei- (1) – Média para todos os emissores pesquisados.
2000, 1xEVDO, 1xEVDV, GSM,GPRS,
ras da América Latina na arena dos serde Roaming Automático entre as empreEDGE, WCDMA e HSDPA. A
viços de telecomunicações.
sas associadas e entre estas e as operadoexpectativa da empresa é iniciar a
As afirmações do executivo da Associaras internacionais, organizando, controlancomercialização dos primeiros
ção Brasileira de Roaming (ABR) foram
do e orientando tecnicamente as atividaterminais com o chipset 7600 em
feitas durante o III Seminário Internaciodes diretamente vinculadas à prestação
2007. O espaço de tempo vai da
nal de Roaming, realizado em outubro, no
do serviço. Para tanto, conta com uma
liberação da oferta do produto pela
Rio de Janeiro. Burin revelou que o Peru
rede de sinalização IS-41C, onde todas as
Qualcomm até a sua comercialização
analisa a adesão ao Protocolo de Intenempresas associadas estão interligadas, gapela indústria . As informações são do
ções, o qual se estima será assinado na
rantindo a interoperabilidade e o roaming
Diretor de Desenvolvimento Técnico
reunião de presidentes da América do Sul,
automático entre elas e as operadoras inda Qualcomm, Paulo Breviglieri.
prevista para acontecer em dezembro, em
ternacionais que fazem parte do Contrato
Cuzco,no Peru. Para novembro, foi
de Roaming Internacional ABR.
MÁXIMA
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
Governo brasileiro, por meio do Ministério das
Comunicações, lidera negociação para criar
política única de roaming na região
29
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29
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MERCADO
Consolidação
Roosevelt Nogueira Holanda
O aumento da concorrência, beneficiando consumidores com maior oferta
de produtos e serviços, a entrada de novas empresas e a conseqüente expansão
das redes fizeram o mercado latino-americano de telefonia móvel crescer mais
de 200% nos últimos 10 anos. No momento, a área se encontra numa fase de
concentração, com a formação de grandes grupos e companhias, como resultado de fusões e de aquisições.
Especialistas da América Latina, Europa e Estados Unidos discutiram o papel das operadoras de telefonia móvel
celular e a fundamental atuação do setor no desenvolvimento social e econômico da região. O debate aconteceu durante o II Foro Ahciet Movil, realizado pela
Ahciet – Asociación Hispano-americana
de Centros de Investigación y Empresas
É A SAÍDA?
Presidentes das principais operadoras de
telefonia móvel celular e entidades discutem a
concentração do segmento na AL e o impacto dos
oligopólios na concorrência e oferta de serviços
de Telecomunicaciones, nos dias 5 e 6
de outubro, no Rio de Janeiro, Brasil.
Entre os principais participantes estavam Marco de Lissicich, presidente da
GSM Latin America Association (GSM
Latin America); Mario Baumgarten, vicechairman do UMTS Forum e consultor
da Siemens; Luís Eduardo Falco, presidente da Oi; Francisco Padinha, presidente da Vivo; Mario César de Araújo e
Paulo Roberto Lima, respectivamente,
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
INTEGRAÇÃO VERTICAL MÓVEL-FIXA
PAÍS
OPERADORA MÓVEL
OPERADORA TELEFONIA
FIXA ASSOCIADA
México
• Telcel (AMX)
• Telefónica Móviles
• Telmex
• Telefónica Data
Brasil
•
•
•
•
Argentina
• Unifon/Movicom
• Personal
• CTI (AMX)
• Telefónica
• Telecom Argentina
• Techtel (TMX)
Perú
• Telefónica Móviles
• TIM
• Telefónica
Vivo/Telefónica-PT
Claro (AMX)
Oi
TIM
•
•
•
•
Telefónica
Embratel
Telemar
Brasil Telecom
presidente e diretor de Marco Regulatório, da TIM Brasil; Daniel Arias Pando,
presidente da Comissão Ahciet Movil;
Celedonio Von Wuthenau, diretor-regional para América Latina do CDMA
Development Group (CDG); Calvin
Monson, vice-presidente de Assuntos
Regulatórios e Governamentais da
Bellsouth International; Fernando
Carrillo, diretor-geral de Organismos de
Regulação Internacional da Cofetel, do
México; Maria Ignacia Jofré, chefe do
Departamento de Estudos Estratégicos
da Subtel, do Chile; e Raul Katz, da
Booz Allen & Hamilton.
TRANSIÇÃO
Apesar de estar deixando o mercado
latino-americano – já que vendeu as operações para a Telefónica Móviles – o vicepresidente de Assuntos Regulatórios e
Governamentais da BellSouth International, Calvin Monson, ressaltou que o mercado móvel apresentará resultados expressivos na próxima década na AL. Existem
mais de cem milhões de telefones celulares em uso na região. Além disso,
complementa o executivo da BellSouth,
evolução constante é o que se prevê até
2008, em contrapartida ao crescimento
zero previsto para a telefonia fixa.
O sucesso da operação móvel foi
30
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30
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MERCADO
tema da apresentação de Raul Katz,
presidente da consultoria Booz Allen &
Hamilton. Na visão do executivo, a indústria de telecomunicações na região
ingressou num estágio de “volatilidade”,
caracterizado pela alternância de ciclos
de expansão e contração, principalmente
nos últimos quatro anos. As transições
entre os referidos ciclos, afirmou Katz,
são ditadas por fatores como capacidade utilizada e rentabilidade. Em sua explicação, fatores como a capacidade ociosa e margens reduzidas de lucros levam à concentração; enquanto que os
altos lucros dos oligopólios resultam na
entrada de novos operadores.
O ritmo dos citados ciclos não se
produz de maneira homogênea, linear e
unilateral em todas as regiões do mundo, adverte o diretor da Booz Allen &
Hamilton. Segundo Katz, as diferenças
regionais são determinadas por fatores
como o nível de desenvolvimento da indústria local, a estrutura da demanda e
o marco regulatório. A tecnologia, definida por ele como infra-estrutura de
transmissão e processamento, atua no
contexto como um elemento de rompimento não somente na seqüência dos
ciclos — acelerando ou retardando a
introdução de novos ciclos de desenvolvimento —, mas também na inserção
de novos produtos e em uma nova estrutura de custos, visando transmitir
mais informação a custos menores.
fica de concessão no País. Segundo ele,
para o governo é mais interessante ter
quatro grupos fortes, que muitos concorrentes de pequeno porte.
Os maiores grupos de telefonia móvel celular por participação no mercado brasileiro são: Vivo (43,49%), Claro
(20,48%), TIM (19,29%) e Oi (9,35%).
O representante da Anatel disse ainda
que a Agência poderá intervir no litígio
entre as operadoras de telefonia fixa e
as móveis, no que diz respeito às tarifas de interconexão, uma guerra que
ganha também contornos regionais, já
que em vários países da AL a discussão
toma conta dos órgãos regulatórios. No
Chile, por exemplo, houve a intervenção direta da Subtel – Subsecretaria
de Telecomunicações - no caso do valor da tarifa a ser cobrada pela CTC
Telefónica, detentora da maior parte de
infra-estrutura de última milha às demais concorrentes.
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
O marco regulatório proíbe a
integração em alguns mercados
(como no México), a
convergência não está
claramente restringida em
outros (Brasil, por exemplo)
Algumas operadoras já
demonstram claramente a
intenção de implementar a
convergência móvel/fixa
• Oi/Telemar (Brasil)
• CTC (Chile)
OLIGOPÓLIOS MÓVEIS REGIONAIS
1995
2004
Argentina
5 (Unifon, Personal,
CTI, Movicom, Nextel)
4 (TEM, AMX, Personal, Nextel)
Brasil
16 (BCP, ATL, Tess, Telet,
Americel, Telefônica/Telest Cel, CRT,
Telemig, TIM, OI, BrT, Vesper, TA)
9 (Vivo, Claro, TIM, Oi,
Telemig, Algar, Telenorte
Celular, Sercomtel, Nextel)
Chile
5 (Startel, BellSouth, TIM,
Smartcom, outra)
3 (TEM, TIM, Smartcom)
Colômbia
6 (Celumovil, Cocelco, Comcel,
Celcaribe, outras)
2 (TEM, AMX)
México
10 (Telcel, Bajacel/Movitel, Norcel,
Cedetel, Comcel, Portacel, Telecom,
Portatel, SOS Com, Nextel)
4 (AMX, TEM,
Iusacel/Unefon, Nextel)
Peru
5 (TEM, BellSouth, TIM,
Nextel, outras)
3 (TEM, TIM, Nextel)
Venezuela
6 (Movilnet, Telcel, TIM,
Digitel, outras)
4 (Movilnet, TEM, TIM, Infonet)
CONCORRÊNCIA
Se a formação dos oligopólios na região foi um dos temas mais discutidos
durante o fórum da Ahciet, o Brasil se
posicionou de forma clara a favor da
manutenção das regras de competição.
O gerente de regulamentação para a
área de telefonia móvel da Agência Nacional de Telecomunicações do Brasil
(Anatel), Bruno Ramos, anunciou a intenção do órgão regulador de manter
quatro competidores fortes na telefonia móvel celular em cada área geográ-
Como resultado da consolidação
regional, a maioria dos países
tem operadoras dominantes
com ativos em móvel e fixa
• Grupo Carso
• Telefónica
• Telecom Italia/TIM
32
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32
1/11/2004, 14:11
EVENTOS
NOVEMBRO
DEZEMBRO
WiMAX World Conference
and Exposition
Novembro 02-04
Boston Park Plaza Hotel - Boston, USA
2005
JANEIRO
Cumbre Anual de la
Comunidad Inalámbrica (WCA)
Dezembro 08-09
Hotel Inter-Continental
Miami, USA
Simposio Anual y Expo
Negocios de WCA
Janeiro 12-14
Hotel Fairmont - San José, CA, USA
GSM Americas
Novembro 08-11
Hotel Inter Continental Rio
Rio de Janeiro, Brasil
MARÇO
Telexpo
Março 01-04
Expo Center Norte - São Paulo, Brasil
www.telexpo.com.br
http://www.gsmconferences.com/gsmamericas/
Caricam Mobile
Novembro 31 - Dezembro 01
Barceló Bávaro Beach Resort
Punta Cana, República Dominicana
JUNHO
Convención Global Anual de WCA
Junho 28 - Julho 01
Parque Marriott Wardman
Washington, D.C., USA
http://www.ibctelecoms.com/caribbean
OUTUBRO
ITU Telecom Americas 2005
Outubro 3-6
Salvador, Bahia, Brasil
ín d i c e d e a n u n c i a n t e s
Próxima Edição
COMPANHIA
ESPECIAL
WEB
Mercado satelital na América Latina concorrência, novos serviços, novas
tecnologias. Frecuencia
Latinoamérica ouve os principais
players do mercado e aponta as
tendências para 2005 no segmento.
EVISTEL
Capa 2
www.evistel.com
SIEMENS
Página5
www.siemensmobile.com
EXPOCOMM MEXICO DAILY
Página7
www.expocomm.com.mx
RECELLULAR
Página 9
www.recellular.com
NOKIA
Páginas 10 e 11 www.nokia.com
AXALTO
Página 15
www.axalto.com
GEMPLUS
Página 17
www.gemplus.com
AXALTO
Página 19
www.axalto.com
Por que a portabilidade numérica não é
uma realidade no mercado latinoamericano? Matéria envolve mais do
que tecnologia, modelo de negócios.
Especialistas debatem o tema.
CTIA
Página 28
www.ctia.org
CONVERGÊNCIA
3GSM
Página31
www.3gsmworldcongress.com
Operadoras começam a pensar em
sistemas para unificar a oferta
de produtos.
FRECUENCIA LATINOAMÉRICA
Capa 3
www.frecuenciaonline.com
ZTE
Capa 4
www.zte.com.cn
PORTABILIDADE NUMÉRICA
FRECUENCIA – JULIO/AGOSTO
NOVEMBRO 20042004
PÁGINA
33
flp_nov04_33_eventos.pmd
33
4/11/2004, 10:55
SOLUÇÕES
MOBILIDADE,
Clara Persand
FRECUENCIA – NOVEMBRO 2004
As redes sem fio são uma necessidade para todo tipo de empresa. O mercado exige rapidez e precisão na transmissão de dados e, por esse motivo, as
empresas recorrem à mobilidade para
atender seus clientes e oferecer serviços de valor agregado.
A América Latina não é exceção.
Por isso, empresas como AT&T e a
Q4Tech oferecem soluções de dados e
voz. A primeira elaborou uma solução
de Rede Privada Virtual em Protocolo
de Internet (IP VPN) para a Elizabeth
uma solução
de negócios
A solução de automação impleções de comunicação é a Q4Tech,
mentada permite que os dispositivos
dedicada ao desenvolvimento e à immóveis se conectem ao sistema legaplementação de softwares de soluções
do, integrando assim os dados e promóveis. Recentemente, a desenvolvecessos aos sistemas existentes. Com
dora foi a responsável pela implemenesta solução de dispositivos móveis, a
tação, na indústria de alimentos
Danone ganha maior flexibilidade em
Danone, de uma solução integral de
sua operação comercial e acelera proautomação da força de campo sobre
cessos. Os usuários digitam a infordispositivos móveis baseados na
mação nos dispositivos móveis e, por
plataforma Windows Mobile,
meio de qualquer tipo de conexão à
Windows Server e o servidor de
Internet ou até por tecnologias como
comunicações
Xserver.NET.
ELIZABETH ARDEN é uma empresa de
o GSM ou o GPRS, enviam a informaAtualmente,
a
Q4Tech
renome do setor de perfumes e produtos de beleza
ção ao servidor central.
conta com mais de 80 impleem nível mundial, com um portfólio de marcas
Inicialmente, o grupo Danone na
conhecidas, como “Red Door”, “5th Avenue”,
mentações e mais de 16 mil
entre outras. Sua sede fica em Miami Lakes,
Argentina foi o primeiro a implementar
usuários ativos em pontos geFlórida (EUA), e conta com escritórios em mais de
a solução, seguido pela unidade mexiográficos diferentes. Além
quatorze países em diversos continentes.
cana. Atualmente existem oito novas
disso, a área de desenvolviimplementações: três na Argentina, uma
mento trabalha estreitamenno Brasil, uma no México (laticínios) e
te com a Microsoft em Redmond,
Arden, fabricante de perfumes e cosuma na Polônia. A linha de água mineVirgínia
(EUA),
pesquisando
e
colaméticos, visando a interconexão entre
ral no México está prestes a implementar
borando com as novas versões da plaunidades nos Estados Unidos, Porto
a solução. Outros países onde a solutaforma Windows Mobile e ferramenRico, Canadá e Ásia.
ção também será implementada são a
tas para desenvolvedores.
Para a empresa, a AT&T ofereceu
Rússia, a Romênia e a Turquia.
As
forças
de
vendas
da
Danone
atenuma rede única global para conectar
dem e distribuem os produtos
mundialmente suas unidades, permitinem grande quantidade de lodo a conectividade permanente end-toDANONE é uma das
jas, por isso precisam de uma
end para qualquer local. Já não é mais
companhias líderes no mercado
solução de tecnologia móvel
preciso conectar vários sites, bastando
mundial de alimentos. Com
que permita aos vendedores
apenas se comunicar por uma mesma
mais de 92 mil funcionários
entrar diretamente no sistema
rede. “A conexão de todos os escritórios
em 120 países, tem um volume
de pedidos de compra de seus
em uma mesma rede gerou maior rendide vendas global de mais de
clientes, sem ter de fazer anomento e eficiência à Elizabeth Arden”,
treze bilhões de euros. Mundialmente, a empresa
tem quatro linhas de negócios: laticínios,
tações ou registrar as entregas
afirmou Frank Amado, Diretor de Data
água engarrafada, e biscoitos.
à mão para carregá-las manualNetworking da AT&T.
mente no sistema de gestão.
Outra empresa que fornece solu-
34
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34
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