Ênfase 04 - PortalSatc.com

Transcrição

Ênfase 04 - PortalSatc.com
Daniela Soares
Emos, punks,
roqueiros... saiba
o que são e como
são formadas as
Tribos Urbanas
i vu
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çã o
Entrevista
Fot
o: D
estilos
Cantora Mirelli Elias:
“A minha motivação é o arrepio
que sinto com a música. Ela é
o meu alimento. Fico realizada
quando provoco emoção nas
pessoas”.
Pág. 4
Pág. 6
Ênfase
Criciúma - 2º semestre de 2009 - Ano 2 - Número 4
Curso de Jornalismo da Faculdade SATC
Transtornos e benefícios
das obras de saneamento
Gestão compartilhada entre Prefeitura de Criciúma e Casan investe
R$ 65 milhões de recursos do PAC na nova rede de esgoto
Pág. 3
troca de experiências e conhecimento
Carol Grechi
A Feira das
Profissões,
realizada em 22 e
23 de setembro,
serviu para
apresentar um
pouco do que os
Cursos Superiores
da Faculdade
SATC têm para
oferecer
Pág. 2
Música
Sertanejo
Universitário:
o novo estilo
musical é
criticado como
“modinha
passageira”
Pág. 4
jornalismo
Profissionais da
mídia trazem
experiências
para
universitários
durante a
Semana
Acadêmica
Pág. 8
Cultura
Bairro da
Juventude muda
a realidade
de crianças
carentes através
da arte e da
cultura
Pág. 5
2
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Editorial
Conhecimento, um
bem precioso
Por Marli Vitali
Faculdade Satc promove
Feira das Profissões 2009
Carol Grechi
Muitos analisam o jornalista como um especialista
em diversidade. Não a diversidade de gênero, mas a de
temas. Por esse motivo, julgam-no superficial. A avaliação é fria e simplória. O jornalista é muito mais que
isso. Tem que ser tão observador quanto o historiador,
dedicado como o médico, perspicaz como o advogado,
bom ouvinte como o psicólogo, e por aí vai. Todas essas qualidades, unidas a novas técnicas de comunicação
e à dedicação incondicional, tornam o profissional do
Jornalismo sempre presente e atuante nos principais assuntos que envolvem a sociedade.
Recentemente, decisão do Supremo Tribunal Federal
acaba com a obrigatoriedade para exercer a profissão de
jornalista. Entenderam os magistrados, de uma maneira
simplória, que a prática jornalística não requer estudo,
não precisa de técnicas, de coerência e, sobretudo, não
precisa estar impregnada com a seriedade, a ética e o
respeito por todos os envolvidos.
Essas são, no entanto, premissas do trabalho do bom
profissional, do jornalista sério que atua todos os dias
e que, com seu desempenho, ajuda a diminuir as desigualdades sociais que permeiam a sociedade. Ninguém
vai tirar o conhecimento adquirido ao longo dos anos
nas faculdades, nos cursos de Jornalismo, na leitura dos
livros especializados, nas atividades dentro e fora das
salas de aula. Esse é e será o bem mais precioso de todos
e que ninguém, nem magistrados, nem aqueles que se
sentem incomodados pela seriedade do jornalista formado, poderão diminuir.
O Ênfase traz, nesta edição, um pouco do talento
dos futuros jornalistas formados. Jovens que sabem o
quanto é importante a dedicação aos estudos e como o
trabalho poderá contribuir para uma sociedade melhor.
Boa leitura.
Expediente
ÊNFASE – Ano II – Nº 4 – Segundo Semestre de 2009
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade SATC
DIRETOR EXECUTIVO DA SATC
Ruy Hülse
DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DA SATC
Fernando Zancan
DIRETOR CORPORATIVO DA SATC
Iraíde Piovesan
DIRETOR DA FACULDADE SATC
Carlos Ferreira
COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO
Lize Búrigo
COORDENADORA DO ÊNFASE
Professora Marli Vitali
COORDENADOR DE EDIÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Professor Geraldo Rossi
REDATORES
Alunos das disciplinas de Redação Jornalística II e III
EDITORES E EDITORIADORES ELETRÔNICOS
César Menezes Maia, Denis Luciano Soares Oliveira, Djonatha Geremias da Silva, Édi Carlos Rezende, Rafaela Marcello Cardoso, Renê
Paim Barbosa, Vanessa Irizaga Lucrecio, Viviane Salete Slussarek
SATC - Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa
Catarina - Criciúma - Santa Catarina
www.satc.edu.br
Telefone: (48) 3431-7536
Visitantes puderam apresentar um telejornal num dos estandes montados na feira
Por Tiago M. Espindola
Q
uem nunca teve a
dúvida do que iria
escolher para o seu
futuro? Jovens que estão
concluindo o ensino médio
e ainda não decidiram qual
curso superior seguir, tiveram a oportunidade de descobrir um pouco mais sobre
os seis cursos que a
Faculdade Satc
oferece.
A Feira
das
Profissões,
realizada
nos dias 22 e
23 de setembro, serviu para
apresentar um pouco do que
os cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica,
Tecnologia em Manutenção
Industrial, Tecnologia em
Sistemas de Telecomunicações, Design Gráfico e Jornalismo têm para oferecer.
O evento recebeu escolas de toda a região, com
turmas do terceiro ano do
ensino médio, que vieram
conhecer a instituição e
seus cursos. A aluna Bruna Guollo, 16 anos, veio
de Morro da Fumaça para
prestigiar o evento. “Achei
tudo muito interessante,
pois ainda estou em dúvida
sobre qual profissão seguir”,
afirmou. Até mesmo para
quem já faz uma graduação,
as dúvidas persistem. Emanuela Cardoso, 17, faz cur-
s
a
d
IRA
ções detalhadas sobre aulas, formação profissional e
mercado de trabalho. No espaço, montado no ginásio,
acadêmicos, professores e
coordenadores se revezaram apresentando um pouco
de cada um dos seis cursos
superiores. Um protótipo de
um veículo, montado por
alunos, estruturas elétricas,
novidades na área de telecomunicações e um estúdio de
televisão foram destaques
da Feira e
aguçaram
a curiosidade
dos visitantes.
O estudante
Mateus Arsênio, 18
anos, não conhecia a Satc e
ficou impressionado com o
tamanho da instituição e as
novidades apresentadas na
Feira. “Achei a Satc muito
moderna, com boas opções
de cursos, bem maior do
que imaginava”, destacou,
acrescentando que concluirá ao fim deste ano o ensino
médio.
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PRO
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A
S
so técnico no
Cedup e cursa
Administração de Empresas, mas não se descobriu
nas aulas. “Vim para a Feira para conhecer o curso de
Jornalismo, já que adoro ler
e escrever e meus textos são
ótimos”, garante Emanuela.
Por dois dias, os visitantes puderam conhecer um
pouco da estrutura da Satc e
também receberam informa-
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Comunidade
3
Buracos em troca de qualidade de vida
Vários bairros de Criciúma poderão contar, em breve, com a rede coletora de esgoto
Por Morgana Réus
B
uracos tomam conta de várias ruas de
Criciúma. Transtornos temporários em nome de
um benefício maior. A obra
da rede de esgoto sanitário,
desenvolvida através de parceria entre a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e Prefeitura
de Criciúma, já não é mais
um projeto e ganha forma
em vários pontos da cidade.
Os trabalhos, que iniciaram em abril de 2008, passaram ou passarão pelos bairros
Universitário, Santa Augusta,
Paraíso, Pinheirinho, Santa
Bárbara, Sangão, Mina Brasil, Comerciário, Michel, São
Cristóvão, Operária, Pio Corrêa e Centro. A extensão da
rede coletora desta primeira
etapa é de 150 quilômetros. O
valor total investido na obra
é de R$ 65 milhões. Parte da
verba vem do Governo Federal e do Programa de Acele-
ração do Crescimento (PAC).
Para acelerar os trabalhos,
reduzindo os transtornos, a
estatal faz a implantação da
rede coletora de esgoto, através da empreiteira Itajuí, e a
Prefeitura faz os reparos nas
ruas. Segundo a engenheira
sanitarista da Casan, Fabíola
Bortolotto Netto, a empresa
tem recebido muitas reclamações sobre os problemas
provocados pelas escavações, como complicações no
trânsito e queda nas vendas
Foto: Rodrigo Medeiros / Jornal A Tribuna
Equipamentos e operários que atuam nas ruas confundem-se com o cenário urbano
Campeã de praticantes, caminhada
é solução para sedentarismo urbano
Por Richard de Luca
A
pessoa que faz 30
minutos de atividades diárias, cinco vezes por semana, vive
até 10 anos a mais do que
uma pessoa sedentária. É o
que diz a pesquisa da Organização Mundial de Saúde
(OMS). E é esse o principal
motivo para o crescimento do número de praticantes
de esportes no mundo todo.
O mais indicado é procurar um profissional de Educação Física antes de se iniciar
qualquer exercício. Entre os
mais realizados estão nata-
ção, caminhada e musculação. Segundo Alex Rodrigo
da Silva, pós-graduado em
Prática Interdisciplinar do
Ensino pela Fucap, além da
qualidade de vida, com a
prática de esportes também
aumenta a coordenação motora, os movimentos musculares, o condicionamento
físico e até mesmo a disposição para as tarefas diárias.
Independente da atividade
que se irá praticar, o alongamento é uma das partes mais
importantes do exercício porque ele previne que o músculo encurte. Também o deixa
mais forte para os movimen-
tos que serão realizados em
sequência. “É bom manter
uma alimentação balanceada
para não enrijecer e não ter
perigo de um estiramento nos
músculos”, ressalta Silva.
Hoje em dia, o esporte
mais praticado no mundo é
a caminhada ou corrida. Um
dos fatores predominantes
e que atrai muita gente é o
baixo custo na hora de começar as atividades. Há um
cuidado que deve ser levado
em conta na hora. “É importante que o tênis absorva o
maior impacto possível para
não gerar problemas futuros”, afirma o especialista.
no comércio. O engenheiro
da estatal, Luiz Alexandre da
Rocha, destaca a importância e os benefícios que uma
rede de saneamento básico
adequada traz à saúde pública e ao meio ambiente. Para
ele, a água é a maior fonte de
transmissão de doenças. “A
falta de um sistema de esgoto
influencia na saúde das pessoas. Com uma rede de saneamento básico, a qualidade
dos rios e do solo melhora e,
consequentemente, a saúde da
população”, declara Rocha.
Atualmente, a rede coletora de esgoto da cidade
não ultrapassa os 20 quilômetros. Já no Estado, o percentual é de apenas 13%. Na
área urbana, a quantidade
de água tratada é de 100%.
O sistema de esgoto vai
ser concluído em cinco anos,
mas conforme a engenheira sanitarista ele está bem
adiantado, mais rápido que
o cronograma estabelecido.
“Tudo depende de uma série
de recursos, como o tempo.
Se não chove, os trabalhos
rendem mais”, afirma Fabíola.
A principal intenção é aumentar o ritmo das atividades
no centro da cidade. O objetivo é terminar as obras antes
das comemorações de Natal
para facilitar as compras.
Comércio registra
queda nas vendas
Quem tem sentido prejuí
zo com as obras do saneamento são os comerciantes.
De acordo com o presidente
da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Júlio César Wessler, o trabalho
dura cerca de 15 dias em frente
a cada loja e os prejuízos contabilizados são significativos.
Com o transtorno das atividades, o comércio sentiu uma
queda de 20% nas vendas.
Segundo ele, o cronograma de ações está sendo
cumprido e os lojistas têm
sido compreensivos. “A recomposição do calçadão tem
sido rápida”, avalia Wessler.
A única exigência dos comerciantes é que a obra seja
concluída antes da segunda
quinzena de dezembro para
que o setor não seja prejudicado. “Em dias de chuva, os donos das lojas ficavam aflitos
porque atrasava ainda mais
os trabalhos”, lembra o presidente. Para ele, o momento
de maior impacto negativo foi
na rua Santo Antônio, quando
estourou um cano na frente
de uma loja. “É um sacrifício
que a cidade inteira está passando para chegar ao resultado final”, conclui Wessler.
Maquiar músculo com anabolizantes:
alternativa perigosa e muito comum
No mundo das academias
existem muitas pessoas que
praticam a musculação para
ficar esteticamente mais bonitas. Para obter um resultado
mais rápido, algumas delas
acabam apelando para o uso
dos esteróides anabolizantes.
Esta é uma prática costumeira, conforme especialistas e
estudiosos, de quem não consegue conviver psicologicamente com a persistëncia e a
paciëncia necessárias.
O grande problema é que
os comprimidos utilizados
costumeiramente por quem
procura o atalho químico
para alcançar o estágio almejado, retêm os líquidos do
corpo fazendo os músculos
incharem e deixando-os com
aspecto de definidos. O uso
em grande quantidade dos
anabolizantes gera efeitos colaterais imensos como câncer
de próstata, afinamento de
voz, falta de ereção nos homens e crescimento de pelos
no rosto, aumento de clitóris
e engrossamento na voz das
mulheres. “Não é indicado
que se exagere nos exercícios
porque tudo em excesso acaba fazendo mal para o corpo”,
declara Silva.
Em geral, há efeitos que
só são percebidos com o tempo. A saúde pode ser comprometida gradualmente quando
há o uso exagerado de componentes.
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ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Cultura
Tribos urbanas: nichos da sociedade moderna
Jovens compartilham ideais sobre modelo de vida socializando-se em tribos urbanas
Por Daniela de O. Soares e Gabriela B. Woycickoski
E
las provocam olhares,
curiosidade e comentários. São as tribos urbanas, grupos com interesses
e características em comum,
podem ser musical, estético
ou comportamental.
Uma das tribos mais conhecidas é o punk, que iniciou nos anos 70 como uma
manifestação juvenil através
da música, sem pretensões
políticas ou sociais. Caracterizam-se pelo gosto por música punk rock, uma aparência
agressiva, usam jeans rasgados, roupas escuras, tênis
converse, cabelo comprido
ou moicano. Ideologicamente, prezam pela liberdade individual.
Para o estudante Jonas
Martins, apesar de se encaixar
nesse perfil, não se considera
um punk. “Já sofri preconceito por causa da aparência, no
trabalho e até por policiais”,
conta. Até presenciou brigas
entre punks e skinheads (outra tribo), e em um delas um
jovem perdeu os movimentos das pernas.
Um novo estilo derivado
do rock tem se tornado muito
popular principalmente entre
os adolescentes: o emo. Os
integrantes dessa tribo podem ser identificados pelo
cabelo liso e pelas franjas que
cobrem o rosto, olhos pintados, usam roupas xadrez,
quadriculadas ou com ícones
infantis e por um comportamento sensível e adverso à
violência.
A estudante e integrante
da turma, Ana Cristina Ronch, se reúne frequentemente
com outros colegas para ouvir e conversar sobre música.
Para ela, a aparência é o que
define o grupo. “Já fui muito
xingada, principalmente por
familiares, mas nada disso
diminuiu minha autoestima”,
explica a garota.
Foto: Daniela O. Soares
Foto: Daniela O. Soares
Denise em seu consultório
Rapazes de Cricíuma que são integrantes da tribo punk
Outra tribo tem ganhado
espaço nos últimos anos, os
membros identificam-se por
serem fãs de animês e mangás japoneses. Para os professores de mangá Jonathan
Mattos e Reginaldo Lima, a
identidade japonesa está se
expandindo através dos animês e para se tornar um otaku
(fã de mangá), basta gostar
dessa cultura.
“O preconceito é uma mo-
dalidade do desconhecido. A
partir peitar”, acrescenta Reginaldo. Para eles, esse gosto não é apenas uma fase em
suas vidas, faz parte de suas
personalidades já que há animês para todas as idades e
preferências, como fantasia,
drama e ação. Outras características podem ser identificadas, como o gosto pela música japonesa, video-games e
acesso assíduo à Internet.
Sertanejo universitário, a nova onda do momento
Este novo estilo musical está atraindo jovens que não gostavam do sertanejo de raiz
Por Eduardo Prestes
J
ovens que tinham um
certo preconceito com o
sertanejo famoso de Chitãozinho e Xororó aderem ao
novo estilo musical chamado
de sertanejo universitário e
novas duplas ganham destaque no mercado. Nomes
como César Menotti e Fabiano, João Bosco e Vinicius e
Victor e Léo despontam em
um mercado, até então, não
explorado.
Esse estilo musical nasceu
nas festas das faculdades do
interior de São Paulo e foi
ganhando espaço entre os
jovens até fazer sucesso em
várias partes do país. Prova
disso foi a apresentação da
dupla Victor e Léo no Planeta
Atlântida RS, maior festival
de música do Sul do país, que
pela primeira vez teve uma
apresentação desse estilo. “Se
você me dissesse há um ano
que teria sertanejo no Planeta,
eu iria achar graça. Mas hoje
o sertanejo universitário está
tão legal que muita gente vibrou quando saiu a notícia de
que Victor e Léo fariam show
lá este ano”, afirma Bruno
Alexandre, estudante de 22
anos, que esteve nas últimas
três edições do evento.
Os estabelecimentos que
dispõem de um pequeno espaço para bandas e todos os
seus instrumentos são os que
Aceitação social
mais contratam as duplas de
sertanejo universitário. “O
nosso espaço não comportaria uma banda de pagode,
por exemplo, com vários
integrantes e instrumentos.
Para nós, a dupla sertaneja
é mais acessível, e o pessoal
comparece do mesmo jeito
para assistir”,garante Vanderlei Menegon, proprietário da
Pizzaria e Chopperia La Taberna, de Turvo, que aderiu
ao novo som.
O sertanejo universitário
sofre ainda com algumas críticas, como ser chamado de
“modinha”, termo usado para
dizer que é algo que surge e
desaparece rapidamente. A
dupla Beto e Júlio, de Chapecó, uma das atrações da
19ª Festa do Colono de Turvo, discorda dessa ideia. “O
sertanejo universitário não é
modinha, é uma evolução da
música sertaneja de raiz, que
veio para ficar.”
Fotos: Eduardo Prestes
Os cantores Beto e Julio animaram o público durante a 19ª Festa do Colono de Turvo
Para a psicóloga, professora e coordenadora
do curso de Psicologia da
Universidade do Extremo
Sul Catarinense (Unesc),
Denise Nuernberg, a escolha de uma tribo se dá junto
à formação da personalidade, geralmente no início da
adolescência.
Nesse período, a dúvida predominante é “quem
sou eu?”.
Assim, o jovem que
já ouviu ou se identificou
de alguma maneira, adere
à tribo em busca de uma
identidade.
“Os jovens não querem
ser iguais aos outros, buscam algo igual nas tribos,
mas diferente do que já
vivenciaram”, acrescenta a
psicóloga.
Pode ser também uma
maneira de chamar a atenção, de dizer “estou aqui e
faço parte dessa sociedade”. Por serem aparentemente diferentes, são mal
compreendidos socialmente, causando brigas e discriminação.
Para Denise, há duas
soluções para o preconceito: a sociedade deveria
ceder espaço para a defesa
das tribos e seus ideais e
os pais deveriam dialogar
mais com seus filhos, entendendo que isso faz parte
da formação da personalidade.
Segundo a psicóloga, o
fundamental é ter uma boa
base. Os pais devem dizer
o que é certo ou errado,
impor limites e trabalhar a
autoestima dos filhos desde cedo.
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Cultura
5
Solidariedade como Bússola Social
Arte e Voluntariado mostram a direção à crianças e jovens carentes na região sul
de Oliveira, de 9 anos, sonhava apenas com uma vida um
pouco melhor. Ele trabalhou
que a paixão por um durante muito tempo como
instrumento musical engraxate e hoje estuda no
e atividades como a Bairro, onde participa dos lapintura e o artesanato podem boratórios e oficinas. Mas a
ter em comum? Ambos ten- história de superação de Isac
dem a ampliam os horizontes não para por aí.
da vida de crianças e jovens.
O menino sofre com proSe forem meninos e meni- blemas renais e devido a esnas de origem huAlém de atender tas complicações
milde, a arte passa
não produz oleem média a 1.200
a desempenhar um
osidade na pele.
crianças por dia
papel ainda mais com cinco refeições Para
trabalhar
significativo, po- diárias, a instituição com giz de cera
dendo transformar alimenta o sonho de e tinta guache,
histórias de vida.
precisa de luvas.
muitas delas.
E é modificando
“Mas todos esses
realidades há 60 anos que o obstáculos não o impedem de
Bairro da Juventude, mantido ter um ótimo desempenho em
atualmente por doações, par- sala de aula e um bom relaciocerias e trabalho voluntário, namento com os colegas”, recontinua suas atividades.
vela a professora Daiane Luiz
Além de atender em média Domingos.
a 1.200 crianças por dia com
Das oficinas que particicinco refeições diárias, a ins- pa, o garoto tem a sua pretituição alimenta o sonho de ferida. Assim que começou
muitas delas. Antes de se tor- a participar da orquestra, o
nar aluno do Bairro da Juven- menino logo se apaixonou
tude, o pequeno Isac Manoel por um instrumento musical.
Por: Franciela Lima
e Giovana Pedroso
O
Fotos: Giovana e Franciela
Atividades extras
estimulam a criança
“Eu gosto muito de tocar
violino. Antes de estudar aqui
no Bairro eu nunca tinha tocado nenhum instrumento,
gosto muito de estar aqui”,
afirma muito tímido o jovem
instrumentista.
Na instituição, as crianças e jovens participam no
período extraclasse dos laboratórios de ciências, artes,
música, lúdico (jogos), além
de outros oferecidos no local.
A instituição conta também
com o ensino desde a educação infantil até os cursos profissionalizantes.
“Aqui nós mostramos para
à criança e ao adolescente que
existem outras opções, que
eles não precisam andar pelas
ruas sem nada para fazer.
Todos buscam e encontram no projeto um novo jeito
de viver, elevando a autoestima”, destaca Suelen Nuernberg, coordenadora das oficiAluno Isac toca em uma de suas apresentações nas de artes do Bairro.
Espaço de criar, inovar e transformar as vidas dos jovens
Mesmo com pouco tempo instalado, o CRAS acolhe as crianças necessitadas da região
O
Centro de Referência da Ação Social
(CRAS), de Forquilhinha, é recente no município,
mas já traz resultados e esperança para muitos. “Antes
de participar das oficinas eu
ficava por aí, mas agora eu
descobri como é bom dançar
e essa vai ser minha carreira.
Meu sonho é viajar pelo mundo dançando”, relata Jackson
Goulart do Nascimento.
Com apenas nove anos, já
demonstra grande habilidade
como dançarino. Segundo o
professor da oficina de hip
hop oferecida pelo CRAS,
Maxwell Sander Flor, o garoto tem grandes sonhos porque
realmente possui potencial
destacado.
Jackson participa das oficinas desde o início do projeto, em março de 2008. Como
as cerca de 200 pessoas aten-
didas pelo Centro, ele vem de
família humilde e vê nas aulas de hip hop, balé e grafite,
uma oportunidade para realização de sonhos.
Uma grande família. Assim os alunos definem a
turma das oficinas de dança,
com as quais já viajaram por
vários festivais na região Sul
do estado. Nessas saídas, os
alunos apresentam as coreografias ensaiadas no Centro.
“As crianças criam conosco um vínculo afetivo e
encontram no CRAS uma
segunda família, pessoas
sempre prontas para ajudálas”, conta a psicóloga e professora Joseane Nazário, que
atua no projeto desde julho
de 2008.
Oferece aos alunos nas aulas , não somente a dança, mas
terapia e massagem. “Muitas
crianças chegaram aqui com
situação de higiene precária e
No CRAS desenvolveemocionalmente debilitadas. se uma maior consciência
A evolução dos
corporal, co“Só de pensar que muitos o r d e n a ç ã o
jovens já é visível e isso nos destes alunos que estão aqui motora, deschoje dançando poderiam
motiva a conoberta de noestar na rua...”
tinuar dando
vas fontes de
o máximo em
renda, talentos
nosso trabalho”, diz Joseane. e ideias.
Crianças participam ativamente das oficinas
Projeto resgata
os meninos de rua
Para a coordenadora
Salete Nazário o interesse de
famílias, jovens e crianças,
como o dançarino Jackson, é
despertado com as possibilidades oferecidas pela instituição.
“Muita coisa ainda tem de
ser feita, o Centro de Referência de Forquilhinha necessita de muitas melhorias,
mas o resultado já alcançado
é animador.
“Só de pensar que muitos
destes alunos que estão aqui
hoje dançando poderiam estar na rua, numa região como
esta, onde o tráfico de drogas
ameaça a infância e a juventude, já estou satisfeita,
mas não podemos parar de
sonhar”, destaca Salete.
6
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Entrevista
Mirelli Elias
Por Acadêmicos 3ª Fase
O
primeiro CD no estilo rock romântico
está no forno e será
lançado até o final do ano.
Uma produção independente. Um passo na trajetória
da cantora Mirelli Elias, de
Forquilhinha, para ser reconhecida pelo público. Determinação e a presença da
família, a maior apoiadora,
não faltam para superar os
desafios e acreditar no sonho.
Jornalista por formação, aos 23 anos, ela
lembra que é
preciso correr
atrás
todos
os dias para conquistar o que
se deseja. “A minha motivação é o arrepio que sinto com
a música. Ela é o meu alimento. Fico realizada quando provoco emoção nas pessoas”. Nesta entrevista aos
acadêmicos de Jornalismo,
além de dar uma “palhinha”,
Mirelli fala da descoberta pelo gosto musical, suas
referências na profissão, as
dificuldades para conciliar a
carreira de cantora com a de
locutora de rádio.
Acadêmicos: Desde criança você já se apresentava
em festas na região.
Quando percebeu
que
poderia
usar esse dom
c o m o
profis-
são? Rece beu o incentivo de
alguém?
Mirelli: Iniciei aos seis anos
e com 13 comecei a participar de um coral. Ensaiava o
ano inteiro para fazer poucas
apresentações. Em uma delas, fiz um solo em uma igreja
e percebi que era realmente o
que gostava de fazer. Meus
familiares são meus maiores apoiadores. Meu pai me
acompanha em todos os momentos da minha vida. Lembro-me de que ele até comprou uma caixa de som e um
microfone para eu ensaiar.
Mas pelo orçamento apertado
a caixa tinha um som muito
ruim e incomodava os vizinhos (risos).
Acadêmicos: Além de cantora você é formada em
Jornalismo e faz programas
musicais em uma emissora
de rádio. O gosto pela música influenciou nessa escolha? Como você concilia as
profissões?
Mirelli: O rádio me ajuda
como cantora, pois posso
acompanhar bastante a vida
dos profissionais e fico por
dentro do que eles passaram ou irão passar.
Sou eu que organizo
toda minha agenda de
shows e contratos. O
trabalho na rádio às
vezes dificulta em
função dos horários e pouco tempo para os ensaios.
Uma hora vou ter
que optar, e apesar
de gostar muito de rádio, fico com a música.
Fotos: Divulgação
Determinação na trajetória pelo sucesso
Força e garra para superar obstáculos
foi eliminada da etapa de
classificação do Programa
Ídolos, não ficou desanimada? Você nunca pensou em
desistir da carreira?
Mirelli: Não desanimei, mas
fiquei triste pelo meu pai que
estava esperançoso. Ele me
acompanhou, e contar para
ele foi dolorido. A única
vez que pensei em parar foi
quando eu ainda cantava em
um grupo e havia uma pessoa
com inveja de mim. Em casa
chorei muito e decidi que não
iria desistir nunca.
Acadêmicos: Qual é o seu
estilo musical e até onde vai
sua ambição?
Mirelli: Procuro me inspirar
no estilo da Paula Toller. Gosto do pop nacional e música
sertaneja. Eu não pretendo ter
fama, dinheiro. Só quero ter
a minha banda de música e
o meu trabalho reconhecido.
Não pretendo me aproveitar
Acadêmicos: Fale sobre um dos momentos e mudar meu
dos momentos de maior estilo pelo dinheiro.
emoção na sua carreira.
Mirelli: Senti muita emoção Acadêmicos: Como está
ao cantar na abertura de um o projeto do seu primeiro
show de Chitãozinho e Xo- CD, quando e onde será
roró, em Capivari de Baixo, lançado?
com mais de 25 mil pessoas. Mirelli: O primeiro CD paEu não dormi naquela noite. rece o nascimento de um filho. O objetivo é me firmar
Acadêmicos: Quando você no cenário musical. Ele não
me dará retorno financeiro,
pois tudo é muito caro. Terá
10 músicas, algumas inéditas. Devo lançar até o final do
ano em Forquilhinha, cidade
onde vivo desde os três anos
de idade.
Acadêmicos: Você pensa
em mudar para uma cidade maior como São Paulo e
Rio de Janeiro para poder
divulgar melhor seu trabalho?
Mirelli: Assim que o meu
CD for lançado eu pretendo
sair em turnê para divulgálo em várias cidades. Não
quero ficar marcada somente
em um lugar, porque as pessoas vão acabar cansando
de mim. Mas não pretendo
mudar definitivamente para
um grande centro. Talvez
eu contrate uma empresa
terceirizada para vender os
shows em São Paulo, como
a maioria do pessoal está fazendo.
Acadêmicos: Quais são os
seus maiores ídolos e com
quem você gostaria de cantar?
Mirelli: Admiro a história de
vida da dupla Victor e Léo.
Gosto do Kid Abelha e gostaria de cantar com Daniel e
Zezé Di Camargo e Luciano.
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Artigos
A Queda de um Veterano
Por Vanessa Irizaga
A
decisão do (STF)
Supremo Tribunal
Federal, de pôr fim
à obrigatoriedade do diploma de jornalismo,
causou movimentação
dos Sindicatos e da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj), que
se reuniram em protestos em todo o país.
Gilmar Mendes, o
relator da pauta votada
no Senado, disse que a
obrigatoriedade feria a
liberdade de expressão
dos cidadãos. A única
opinião contrária à decisão foi a de Marco Aurélio de Melo, ministro
que afirmava ser importante
a permanência do diploma.
A questão da queda – ainda
a decisão não entrou em vigor
– não é atual, pois os jornalistas brasileiros vêm lutando pelo direito de informar.
A legalidade é um dos
direitos desses profissionais
que desempenham papel
fundamental no que se refere à construção da realidade. O direito foi confundido com o que é realizado
no jornalismo opinativo,
Selo da Fenaj para campanha
que permite a colaboração de pessoas de alguma
área (advocacia, por exemplo), mas sem formação
acadêmica, necessária para
o jornalismo informativo.
Não vamos à faculdade
aprender a ser éticos: nós
somos ou não somos. O que
acontece na instituição é o
aprimoramento dos conhecimentos, pois na faculdade
o erro é pertinente, mas no
dia-a-dia da profissão – e dependendo do erro - não.
Cursamos quatro
anos de Comunicação Social, uma ciência que mexe tanto
com os brios dos poderosos, a ponto deter sido escolhido e
receber tal sentença.
Entre a decisão do
STF, o posicionamento
do Ministério Público
e a competição com
jornalistas não-formados, há os interesses
das empresas de comunicação, que se mostraram a favor da decisão.
Legalizada, a isenção iniciará uma disputa no mercado de trabalho, na qual
os jornalistas que perderam a legalidade terão que
mostrar por que são bons.
Afinal: Democracia ou Ditadura dos Coronéis?
Por César Menezes Maia
O
que é a democracia?
Por definição, é um
regime de governo
onde cidadãos são eleitos
pelo povo para representálo e conduzir o destino da
nação. O que acontece é que
muitos deles ao assumirem
a missão de representar os
brasileiros deixam em segundo plano o sentimento
de bem comum, em prol do
desenvolvimento pessoal.
A impunidade é uma
constante em escândalos
envolvendo políticos, e
assim ficamos incrédulos
em relação à política, que
nada mais é que um jogo
pelo poder. Os governantes
se dividem em dois lados,
trocam insinuações, tudo
perante uma população perplexa.
Ao invés de tentar resolver os vários problemas
do Brasil, preferem expor
desavenças políticas, revelando os bastidores de um
jogo sujo que revolta a sociedade.
Coronéis mandam e
desmandam em seus quintais eleitorais, como Sarney, no Maranhão, e ACM,
na Bahia, entre tantos outros. Cada ditador possui
empresas e influência para
divulgar e preservar o trabalho. Alheio ao que acontece ao redor, o presidente
aparece em uma solenidade
com quem outrora foi seu
adversário, e que foi expurgado do cargo de presidente
da República, o primeiro a
ser eleito diretamente pelo
povo após um período em
que não se podia escolher o
representante, e que chegou
a ter os direitos políticos
cassados. Até quando seremos só espectadores?
O voto gira em torno dos
mesmos personagens, que
como os jogadores de futebol, não têm mais amor à
camisa, e mudam de lado
buscando a proposta vantajosa. A verdade é que em
toda comunidade existirá
quem se interesse pelo bem
comum, mas, haverá tantos
outros preocupados só com
os interesses, o verdadeiro
fim da democracia.
A lei deve punir quem
comete crimes, e não proibir
veículos de comunicação
que apresentam à sociedade
a apuração de um fato que
envolve políticos, censurando a liberdade de imprensa,
um dos princípios da constituição de 1988. Vivemos em
uma democracia ou estamos
vivenciando a ditadura dos
coronéis?
7
O Preço da Verdade:
Ética no Jornalismo
Crédito: Divulgação
Por Djonatha G. da Silva
V
er alguém mentindo descaradamente
e defendendo até o
último minuto tais mentiras
sempre estimulou o senso
crítico e ético das pessoas,
despertando nelas sensações de indignação e incredulidade.
É exatamente esse tipo
de estímulos que o drama
“O preço de uma verdade”
(Shattered Glass) causa ao
telespectador, quando vê o
jovem jornalista Stephen
Glass (Hayden Christensen) subir na carreira com
artigos inusitados e irreverentes, fazendo sucesso em
uma importante revista norte-americana, chamada The
New Republic.
O que ele não esperava
é que a troca de editor da
revista colocaria em perigo
suas estratégias duvidosas,
quando repórteres de uma
empresa concorrente investigam a veracidade dos
artigos de Glass, constatando que as fontes eram forjadas.
O filme não explicita se
o caráter do jovem contador
de histórias dá-se devido a
alguma doença psicológica
ou se ele não tem caráter.
Fica a cargo do telespectador refletir sobre a personalidade de Glass.
A história é baseada
em fatos reais e, embora
o final vá contra o desejo
de alguns telespectadores,
não se pode mudar o que
aconteceu. A não ser que
alguém queira investigar
essa história para constatar
a veracidade dela.
Assim como Glass,
posteriormente, escreveu
um livro “fictício” contando sua história, o escritor e
diretor Billy Ray pode ter
inventado a trama do filme.
Alguém está disposto a investigar? Porque eu estou
sem tempo.
O filme trata da realidade
Ficha Técnica
do Filme
Título Original: Shattered
Glass
Gênero: Drama
Duração: 1h: 43 min
Ano de lançamento: 2003
Direção: Billy Ray
Roteiro: Billy Ray, baseado em artigo de Buzz
Bissinger
Produção: Craig Baumgarten, Marc Butan, Tove
Christensen, Gaye Hirsch
e Adam Merims
Música: Mychael Danna
Elenco: Hayden Christensen (Stephen Glass);
Peter Sarsgaard (Charles Lane); Chloë Sevigny (Caitlin Avey); Melanie
Lynksley (Amy Brand);
Hank Azaria (Michael
Kelly); Steve Zahn (Adam
Penenberg) e grande
elenco.
Site oficial: http://www.
shatteredglassmovie.
com/index_flash.html.
ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009
Jornalismo
8
Semana Acadêmica traz David Coimbra
O jornalista falou sobre as suas experiências nas redações por onde passou,
ressaltando que o conteúdo dos cursos é mais importante que o diploma
Por Richard de Luca
C
ronista e editor executivo
do núcleo de
esportes do jornal Zero
Hora, de Porto Alegre,
comentarista da TVCOM,
escritor e integrante do
programa Pretinho Básico, da rede Atlântida,
David Coimbra ministrou
palestra, no dia 11 de novembro, para os acadêmicos do curso de Jornalismo da Faculdade SATC.
A apresentação serviu
como abertura da Semana
Acadêmica do curso. “A
formação superior é indispensável, mas não é o
diploma o que conta mais
e sim o conteúdo ensinado nos cursos”, avisou o
jornalista.
Coimbra é um dos mais
experientes profissionais
da área no Sul do Brasil.
Ele já trabalhou em mais
de dez redações na região,
entre elas a do Jornal da
Manhã e a do Diário Catarinense, e também a Rádio Eldorado, em Criciúma. Durante a palestra o
escritor relatou experiências e dificuldades que enfrentou durante a carreira.
“Recebia no dia 05, até o
dia 07 vivia bem, depois
comia pão com ovo ou o
que tivesse”, lembrou o
cronista. Entretanto lembra com orgulho do que
viveu. “A gente passava
por dificuldades, mas era
muito bom porque trabalhava nas redações fazendo o que gostava”.
O escritor também falou sobre leitura e o quanto ela é importante para
qualquer profissão, principalmente para os jornalistas. “Quanto mais você
ler mais informações você
vai ter e assim terá melhor argumento no texto”,
alertou Coimbra. O jornalista também falou sobre
as novas tecnologias e
como elas ajudam o jovem na leitura. “A internet está fazendo com que
os jovens tenham contato
maior com a leitura”.
Quanto ao avanço das
novas tecnologias sobre
a mídia o escritor foi categórico, “o importante
para nós jornalistas é que
a informação escrita não
acabe”. Os acadêmicos
acharam a palestra bem
produtiva por saber de algumas experiências que
o jornalista contou e até
por algumas dicas que
ele deu. “Gostei bastante da palestra porque ele
nos passou experiências
e informações que posso
levar para a minha futura
carreira”, comentou o aluno da 2ª fase do curso de
Jornalismo Eduardo Prestes. “Ele é muito bom,
Rafaela Cardoso
Jornalista destacou a importância da leitura na profissão
soube dizer muita coisa
legal para nós estudantes”, afirmou a acadêmica
da 4ª fase Juliana Oliveira. Ao final da palestra,
Coimbra recebeu de presente da coordenadora do
curso, Lize Búrigo, um
livro contando os 50 anos
de fundação da SATC.
Oficinas passaram conhecimentos para os alunos em diversas áreas
Nos dias 12 e 13 de
novembro os acadêmicos
do curso de Jornalismo da
Faculdade SATC trocaram
experiências com profissionais de Radiojornalismo,
Webjornalismo, Assessoria
de Imprensa, Fotojornalismo e Telejornalismo.
No estúdio de rádio os
alunos simularam a transmissão de uma partida de
futebol via tubo (quando
narrador e comentarista
assistem ao jogo pela TV
e fazem a narração ao vivo
para o rádio). Estavam presentes os radialistas Jotha
Del Fabro, da Rádio Eldorado, e Miliolli Neto da Rádio Transamérica. “A voz
é meio caminho andado,
mas não é tudo”, afirmou
Fotos Rafaela Cardoso
Profissionais do rádio e da TV mostraram para os acadêmicos como é o dia-a-dia em suas áreas de atuação
Miliolli quando questionado sobre a participação de
pessoas no radiojornalismo.
Um nome marcante que
também esteve na SATC
durante a semana acadêmica ministrando a oficina de Telejornalismo foi o
repórter da Rede Globo de
Brasília, Guilherme Portanova. Na sala de aula ele
passou uma atividade simulando um fechamento
de uma edição de um jornal televisivo.
A Semana Acadêmica
contou com a presença do
repórter fotográfico do Diário Catarinense de Floria-
nópolis, Maurício Vieira,
na oficina de Fotojornalismo, com uma das repórteres do portal Engeplus,
Ariadne Niero, na oficina
de Webjornalismo, e com
uma palestra sobre Assessoria de Imprensa ministrada pela jornalista Ana
Sofia Schuster.
Professores e alunos tiraram lições importantes
da Semana Acadêmica.
“Foi uma forma bacana de
integrar todas as fases em
torno das mais variadas
áreas do jornalismo”, ressaltou a jornalista e professora de Radiojornalismo
da SATC, Karina Farias.

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