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nº 287
Cadeia Petroquímic a e do Plástico, Economia e Polític a, S ustentabilidade, Améric a Latina e Mundo •28 de Agosto de 2008• Ano 4
Cadeia Produtiva
Venda interna de itens químicos tem alta de 11,89% em julho
O indicador que mede o nível de vendas domésticas de produtos químicos, de uso industrial, apresentou
elevação de 11,89% em julho, na comparação com igual período de 2007. Na comparação com junho, a
expansão foi de 4,61%, segundo dados preliminares divulgados, na última quarta-feira (27), pela Abiquim. De
acordo com a entidade, o resultado foi ocasionado pela base de comparação mais fraca, em relação aos dois
meses citados. Neste ano, a principal causa para a retração da produção e das vendas internas, é a realização
de paradas programas nas centrais petroquímicas, como é o caso da unidade da Braskem, localizada em
Camaçari. A central baiana teve o volume de produção reduzido entre o final de maio e o final de junho,
pressionando negativamente o indicador nacional, informou a Agência Estado.
Consumo aparente cresce 3,64% até julho
Apesar da redução na oferta nacional de alguns produtos químicos de uso industrial, com destaque para o
setor de petroquímicos básicos, o consumo aparente nacional mantém trajetória de elevação neste ano. De
acordo com dados preliminares da Abiquim, o indicador que mede o consumo aparente apresentou alta de
3,64%, nos sete primeiros meses de 2008, em comparação com igual período do ano passado. A demanda
doméstica tem sido abastecida principalmente pelas importações, que cresceram 12,25% no período. As
vendas internas, por sua vez, tiveram alta de apenas 0,49% em igual comparação. A Abiquim destaca que o
aumento do consumo aparente é explicado principalmente pelo bom momento de "segmentos altamente
demandantes de produtos químicos". Nesta lista aparecem os setores automotivo, agrícola e a área de
construção civil. O indicador que mede a oscilação dos preços no setor também está em alta. No acumulado
de janeiro a julho, os valores praticados no mercado cresceram 11,72%, sobre igual período de 2007, em
decorrência principalmente da disparada do petróleo. Em meados de julho, o barril da commodity alcançou
nova cotação recorde, próxima de US$ 145, informou a Agência Estado.
Ampliação da Solvay no Brasil será concluída no 40 trimestre
O grupo belga Solvay prevê seguir adiante com o desenvolvimento de seu sítio industrial em Santo André,
diante do cenário favorável do seguimento onde a empresa atua: mercados internacionais de PVC e soda
caustica. A primeira etapa da ampliação da Solvay considera aumentar a capacidade da planta de Santo
André, em 50 mil toneladas por ano de soda cáustica, em 40 mil toneladas por ano na capacidade de
monômero vinículo e ainda em 55 mil toneladas por ano, de PVC. O projeto de expansão do complexo da Solvay,
no ABC paulista, deve estar concluído no 4º trimestre deste ano. A companhia belga ressalta que o projeto de
expansão vai envolver o consumo de 440 kv de energia, informou a BN Américas.
Cresce o número de fusões e aquisições entre empresas brasileiras
A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) divulgou na última quarta-feira (27) um ranking
das operações de fusão e aquisição realizadas no país durante o primeiro semestre. Foram 39 negócios, que
movimentaram R$ 24,39 bilhões - um volume 31,3% menor do que os R$ 35,50 bilhões verificados no mesmo
período do ano passado. A fatia, que corresponde a um total de 20 transações, é bastante superior à do ano
passado e reflete o processo de consolidação de alguns setores do mercado brasileiro, como o petroquímico, o
de siderurgia e o de mineração. Dentre as operações com valores acima de R$ 1 bilhão, estão a criação da
Quattor, empresa resultante da fusão dos ativos petroquímicos do sudeste de Petrobras e Unipar (R$ 6,8
bilhões), a aquisição da Grust Holding pela Braskem (R$ 2,2 bilhões) e a compra do Grupo J Mendes pela
Usiminas (R$ 1,6 bilhão). Para os especialistas da Anbid, essa é mais uma prova do fortalecimento e
amadurecimento da economia. As empresas optam pela aquisição de concorrentes como forma de consolidar
sua participação num mercado em expansão, informaram a revista Época Negócios (edição 27/08) e o DCI.
Negócios para o Plástico
Novas tecnologias
O crescimento de 2,5% na produção física de embalagens previsto para 2008 no mínimo replica os 2,1% de
expansão de 2007 e começa a inverter uma lógica que vinha sendo característica do setor nos últimos anos:
alternância de um período favorável e outro de retrocesso. A análise é do presidente da Associação Brasileira
de Embalagem (Abre), Paulo Sérgio Peres, para quem esse movimento é condizente com um crescimento
sustentável e deve estimular as empresas produtoras de invólucros a acelerar seus planos de investimento em
inovação tecnológica e design "amigável" (que atenda a aspectos de proteção, transporte e meio ambiente). A
expansão da produção física de embalagem cravou nada menos que 6,24% no primeiro semestre de 2008
(magros 1,7% no primeiro trimestre, mas vistosos 10,8% no segundo trimestre), acumulando um índice de
expansão de 4,57% nos últimos 12 meses, a melhor marca desde o segundo trimestre de 2005. A indústria de
embalagens plásticas teve expansão de crescimento semestral de 1,94%. O bom momento vivido pela
indústria incentiva investimentos em novos materiais. A Braskem anunciou no ano passado a produção do
primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar certificado mundialmente. O produto, entretanto, só
deve chegar ao mercado no início de 2010. A expectativa é de que entrem no mercado anualmente 200 mil
toneladas por ano do novo polietileno. "O plástico verde teria as mesmas características que o de petróleo;
logo, não seria biodegradável. Ele também necessitaria do gerenciamento dos resíduos sólidos, de um amplo
programa de reciclagem", explica a diretora-executiva da Plastivida, Silvia Rolim. A Basf S.A. está colocando
no mercado o Ecobras, composto 50% de fonte fóssil (petróleo) e 50% de fonte renovável (amido de milho ou
mandioca). Mais flexível que o PLA, (Polylactic Acid) - criado pela Cargill a partir do amido de milho e que vem
sendo testado em redes americanas de varejo, na fabricação de sacolas de compras - o Ecobras poderá ser
utilizado em vários tipos de embalagens. Os polímeros PET também têm avançado em qualidade. Segundo
Hermes Contesini, responsável pela área de relações com o mercado da Associação Brasileira da Indústria do
PET (Abipet), há dez anos, as embalagens eram menores e bem mais impuras que as atuais. Uma garrafa de
refrigerante de 2 litros, por exemplo, pesava 60 gramas aproximadamente. As exportações de embalagens
registraram aumento de 22,25% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2007, com um
faturamento de US$ 280 milhões. O valor pode chegar a US$ 560 milhões no ano, uma expansão de perto de
20% em relação aos US$ 480 milhões de 2007, informou o Valor Econômico.
Setor de cosméticos dispara no Brasil
O aumento do consumo do público feminino no Brasil está animando os fabricantes do setor de higiene e
beleza – setor que envolve produtos fabricados com o plástico nas embalagens de cosméticos, por exemplo. O
segmento, que triplicou nos últimos dez anos, tem atraído centenas de pequenos empresários. Com as
elevadas taxas de crescimento, o setor já conta com 1.596 empresas, que trabalham para agradar e conquistar
o gosto das mulheres, principais responsáveis pela ampliação desse mercado. Dessas, apenas 15 são de
grande porte e que juntas correspondem por 70% do faturamento do setor, que em 2007 somou R$ 19,6
bilhões. A tendência é que a previsão de crescimento de 12% para 2008 seja revista, graças à ampliação das
classes C e D. Segundo Amália Sina, presidente da Sina Cosméticos, que pretende quadruplicar a produção de
seus produtos até o final do ano, os investimentos nesse segmento deveram-se às grandes possibilidades que
o setor ainda tem para crescer no mercado brasileiro. "O crescimento é grande, mas a participação no mercado
mundial ainda é pequena", diz. O Brasil está posicionado em terceiro lugar no ranking mundial, com 7% de
participação, atrás Japão e Estados Unidos. As mulheres das classes C e D estão incentivando a entrada das
empresas de pequeno e médio porte - como Sina Cosméticos, Racco, Mariah Beleza, Niely e Rosatex - no
segmento de higiene e beleza. O setor, que triplicou nos últimos dez anos, tem atraído centenas de pequenos
empresários. Com as elevadas taxas de crescimento, o setor já conta com 1.596 empresas. Destas, apenas 15
são de grande porte e somadas têm uma fatia de 70% do faturamento do setor, que em 2007 totalizou R$ 19,6
bilhões, informou o DCI.
Suporte de plástico é criado para higiene bucal
Formado em odontologia, Fabiano Vilhena fundou em 2005 a Oralls Saúde Bucal Coletiva, que incubou na
Cecompi de São José dos Campos. Recentemente a empresa se tornou graduada e um dos seus inventos, o kit
escovinha, já é manuseado por meio milhão de crianças no Brasil todo e também num projeto-piloto em países
como Moçambique, Angola e Emirados Árabes. Trata-se de um suporte plástico para 60 escovas infantis, 12
tubos de gel dental e uma caneta. “O kit coletivo de higiene bucal, foi justamente o fruto da minha tese de
mestrado”, disse Vilhena. Premiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2006, o kit naquela época já
representava 60% do faturamento total da incubadora. Em pouco mais de dois anos, seu faturamento bruto
chegou a R$1,5 milhão.”Trata-se de um produto de custo bem baixo. Ainda não tenho o retorno de quanto caiu
a cárie entre a meninada que usa o kit, mas a pesquisa de satisfação é positiva”. Informou o caderno especial
Sua Empresa do O Estado de S. Paulo.
Tecnologia promete melhorar dia-a-dia
As nanopartículas estão revolucionando a tecnologia por causa da variedade de usos que podem ter. Algumas
descobertas prometem trazer avanços na medicina, na prevenção de doenças e até na conservação de
alimentos. Pequenas conquistas da ciência estão chegando à casa dos brasileiros. Os resultados das
pesquisas feitas nas universidades estão mais próximos do nosso dia-a-dia. São produtos, remédios e
utensílios que prometem zelar pela saúde, economizar tempo e até cuidar da aparência. Isso é possível graças
a uma palavra: nanotecnologia. As nanopartículas têm um tamanho aproximado de um bilionésio de milímetro.
Ou seja, um milímetro dividido um bilhão de vezes. Desperdiçar alimentos nunca mais. Em um pote de plástico
o alimento pode ficar por quase um ano sem estragar. “Partículas de prata, quando incorporadas, por exemplo,
em todo o plástico torna os utensílios antibacterianos”, explica Henrique Toma, do laboratório de
nanotecnologia da USP. A tecnologia também pode ser muito útil na prevenção. Um crachá indica quando a
exposição à radiação solar já colocou em risco a saúde. “As nanopartículas sensoriais mudam de cor em
função do tempo de exposição ao ultravioleta. Olhando pela gradação de cores podemos saber o tempo e a dose
de ultravioleta que foi absorvida”, aponta Henrique Toma. O crachá poderá ser usado por pessoas que
precisam trabalhar o dia inteiro expostas ao sol, como carteiros, lixeiros, motoristas, informou o Portal Bom dia
Brasil.
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Movimentos da Indústria
Indústrias do setor plástico terão auxílio
O Serviço de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), por meio do Escritório Regional
Capital Leste, e a Associação de Moldadores de Plásticos do Estado de São Paulo (Amplast) realizaram na
última quarta-feira (27) a formalização da adesão das empresas ao "Projeto para o Desenvolvimento
Tecnológico e Sustentável das Empresas do Segmento de Plásticos". A 1ª fase está composta por 17 ações nas
áreas de Gestão de Pessoas, Financeira, Vendas, Produção, Planejamento Estratégico e estão abertas a todas
as empresas do segmento. O objetivo do projeto é fomentar o uso racional de tecnologias e treinamento, por
meio de parcerias estratégicas, que aprimorem o gerenciamento individual e coletivo das empresas que atuam
no ramo de transformação e beneficiamento do plástico. As necessidades para essas ações desse projeto
foram indicadas pelos empresários durante as Oficinas de Planejamento Participativo, realizadas desde
dezembro de 2006 no Sebrae-SP, e também diagnosticadas durante as visitas realizadas pelos consultores do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) nas empresas associadas. Esta fase visa proporcionar o
conhecimento de ferramentas de gestão que resultarão em maior domínio do negócio e, assim, maior
competitividade, informou o DCI.
Emprego fica estável em julho
Num período tradicionalmente de queda, o desemprego ficou estável nas seis regiões metropolitanas
pesquisadas pela parceria Fundação Seade/Dieese em julho. A taxa fechou em 14,6% da População
Economicamente Ativa (PEA), repetindo o resultado de junho. Mesmo assim, foi a menor taxa para um mês de
julho desde 1998, início da série histórica. A pesquisa também mostrou que diminuiu a renda média do
trabalhador nas seis regiões (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal),
depois de cinco meses de crescimento. Entre maio e junho (último dado disponível), o rendimento médio real
dos ocupados caiu 0,7% e ficou em R$ 1.154, refletindo os efeitos da inflação. Mas em relação a junho de
2007 a renda subiu 3,5%. No mês passado, foram abertos 119 mil postos de trabalho nessas regiões,
insuficientes para absorver as 153 mil pessoas que buscaram uma ocupação. Com isso, o número de
desempregados aumentou, atingindo 2,933 milhões de pessoas, 34 mil a mais do que em maio, informou O
Estado de S.Paulo.
Investimento industrial fica aquém do necessário, diz Iedi
A taxa média de investimento da indústria brasileira foi de 12,9% entre 1996 e 2006. Um percentual baixo
perto dos 20% considerados ideais por Júlio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial (Iedi). Esse cenário o preocupa porque é preciso investir mais, especialmente em
setores de tecnologia diferenciada e intensivos em escala para que eles consigam elevar tanto a sua
produtividade quanto as condições de competir. A avaliação tem como base uma contradição. Como indica o
estudo "Evolução da Estrutura Industrial", o aumento de produtividade (capacidade de produzir mais com o
mesmo número de trabalhadores) é obtido com a elevação do volume de investimentos para obtenção de
máquinas tecnologicamente mais avançadas. Foi de 4,1% no setor de extração de petróleo e serviços
relacionados, que ficou 412,6% mais eficiente em 11 anos. No de fabricação de coque, refino de petróleo,
elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool a taxa ficou em 16,6% de investimento e as
indústrias relacionadas ampliaram sua produtividade em 1.086,4%. A fabricação de artigos de borracha e
plástico ficou em 13,8% e as indústrias relacionadas aumentaram sua produtividade em 103,6%. Almeida
explica que não é decisivo fazer investimentos, pois, como ocorre no quadro atual, é possível a uma indústria
se manter e fazer lucro, informou a Gazeta Mercantil.
Sustentabilidade
Audiência em Curitiba discuti situação das sacolas plásticas
A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná promoveu na última terça-feira
(26) uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade das grandes redes re supermercados substituírem
as sacolas plásticas convencionais por sacolas que não gerem passivos ambientais. Participaram
representantes da indústria do plástico e dos supermercados, além de parlamentares e do secretário do Meio
Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues. Existe uma lei que torna obrigatório o uso de sacolas biodegradáveis
ou retornáveis nos supermercados e no comércio em geral do estado. A vice-presidente de Assuntos
Corporativos do Wal-Mart Brasil, Daniela de Fiori explica que a empresa fez testes com oito tipos de
embalagens nas lojas de Curitiba e optou pela sacola retornável, feita de algodão cru. De maio a julho foram
vendidas 150 mil unidades no Paraná e em São Paulo. Segundo ela o problema é que apenas dois em cada 50
clientes que compram as sacolas retornam à loja com ela na compra seguinte. O presidente da Plastivida,
Francisco de Assis Esmerando, voltou a insistir na existência de estudos que mostram que não há comprovação
da eficiência das sacolas oxibiodegradáveis. A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia
Legislativa pediu, então que ele encaminhe esses estudos para que os parlamentares possam analisá-los,
informou a Gazeta do Povo de Curitiba.
Game online trata de sustentabilidade e responsabilidade social
O Instituto do PVC acaba de lançar o PVC Game, trata-se de um jogo online que oferece ao internauta a
oportunidade de testar sua capacidade de gerenciar uma indústria e seus produtos de forma sustentável,
considerando, portanto, os aspectos sociais, ambientais e econômicos de todo o ciclo de vida de um produto,
desde a extração das matérias-primas até a reciclagem. A cadeia produtiva do PVC é utilizada como cenário
do jogo. Em cada etapa, o internauta, que será o CEO (Chief Executive Officer) da empresa, enfrentará uma
série de situações que o levará a um processo de auto avaliação e aprendizado. O jogador agregará
conhecimento sobre o ciclo de vida do PVC e, considerando sua indústria virtual, deverá tomar decisões
estratégicas no sentido da sustentabilidade e competitividade. Ao término do jogo, que simula um período de
dez anos, uma avaliação mostrará o desempenho da empresa no quesito sustentabilidade, além do
desempenho econômico do negócio. Para o diretor executivo do Instituto do PVC Miguel Bahiense, o PVC Game
é uma forma divertida e ao mesmo tempo educativa para divulgar os produtos de PVC e os caminhos adotados
por esta indústria em busca da sustentabilidade. "O jogo se destina aos mais diversificados públicos, de
estudantes a executivos, que terão a oportunidade de vivenciar situações cada vez mais próximas a realidade
atual das indústrias: a busca do desenvolvimento sustentável", completa. Acesso pelo link:
www.institutodopvc.org/pvcgame. Informaram o Portal Fator Brasil, o Jornal do Commercio/PE, e o Portal
Cruzeiro do Sul.
Empresa faz roupas a partir de garrafas PET
Atenta à preservação do meio ambiente e qualidade de vida dos consumidores, a marca esportiva Reebok traz,
para sua coleção de verão, uma série de peças produzidas com fibras de poliéster reciclado. Ao, todo estão
sendo apresentados ao mercado brasileiro, 11 modelos femininos e dois masculinos. A nova geração de
produtos oferece t-shirts e regatas desenvolvidas com uma malha muito mais fina, obtida a partir da
reciclagem de garrafas PET, que combinadas com a mais alta tecnologia têxtil resultam em um tecido nobre,
macio, confortável, agradável ao toque e muito resistente, informou o portal Exclusivo Online.
Plástico Verde movimentou debates na Interplast 2008
A Interplast 2008 que acontece até a próxima sexta-feira (29) serve de palco para o diretor de comunicação da
Braskem, Nelson Letoif que, junto com a engenheira Leonora Maria Novaes, apresentar aos participantes o
“Plástico Verde”, produto pioneiro no Brasil feito com matéria-prima 100% renovável. A Braskem é a primeira
empresa brasileira a assinar a “Declaração Internacional de Produção Limpa” junto à ONU. O plástico verde é
feito do bagaço de cana-de-açúcar e a Braskem, a principal petroquímica do Brasil e líder no segmento de
resinas termoplásticas, já possui três patentes do produto que está em fase de testes no Rio Grande do Sul. O
primeiro produto no Brasil a empregar o plástico verde é um brinquedo da marca Estrela, relançado em julho,
o Banco Imobiliário, informou o portal Paranashop.
Prefeitura de SP fará novo leilão de créditos de carbono
A Prefeitura de São Paulo lança hoje (28) edital para a venda de 713 mil créditos de carbono - Reduções
Certificadas de Emissão (RCEs) - obtidos com o controle de emissão de gases geradores do efeito estufa nos
dois aterros sanitários existentes na capital: Bandeirantes e São João. Os dois depósitos, que recebiam cerca
de 13 mil toneladas de resíduos diariamente, têm instalados sistemas de captação de gases produzidos pela
decomposição do lixo. Esse gás é utilizado para a geração de energia elétrica. No bairro de Perus, na zona
oeste, onde funcionou o Aterro Bandeirantes até o ano passado, os moradores reclamam que o dinheiro
arrecadado no primeiro leilão, realizado em setembro de 2007, não está sendo aplicado para atender à
demanda da população local. Na ocasião, foram vendidos 808.450 créditos de carbono. O vencedor foi o banco
holandês FortisBank, que pagou R$ 16,20 por tonelada, num total de R$ 13.096,89, ou R$ 34 milhões. De
acordo com a Secretaria Municipal de Finanças, todos os recursos oriundos desse leilão estão sendo investidos
na melhoria das condições de vida dos moradores da região do aterro. O dinheiro foi remetido para o Fundo
Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Fema), informou O Estado de S.Paulo.
Prefeitura só recicla 1% do lixo que a cidade produz
Apenas 1% do lixo produzido na cidade de São Paulo é reciclado pela Prefeitura. O Município produz,
mensalmente, 300 mil toneladas de lixo, mas apenas 3.050 toneladas são recolhidas pelo programa de coleta
seletiva da Secretaria de Limpeza Urbana, a Limpurb. São os catadores de lixo os maiores responsáveis pelo
volume de material coletado. Os 35 mil carroceiros que trabalham em São Paulo, seja em cooperativas
especializadas ou de maneira autônoma, coletam pelo menos 15 vezes mais do que o programa da Prefeitura.
Cerca de 30% do lixo paulistano poderia ser reciclado. A falta de informação, entretanto, faz com que mais de
20% desse material seja destinado indevidamente a aterros. "Poderíamos reciclar muito mais, mas a
população ainda não aderiu ao programa", diz o diretor da BR+10 Ambiental, empresa de gestão de programas
de coleta seletiva ligada à Prefeitura. Vinte e cinco das 31 subprefeituras de São Paulo são atendidas pelo
programa de coleta seletiva, informou O Estado de S.Paulo.
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Política e Economia
Carga tributária deve continuar em alta em 2009
O projeto de lei orçamentária entregue na última quarta-feira (27) ao Congresso indica que a carga tributária
federal seguirá crescendo mais que o PIB em 2009. Pelas projeções contidas na proposta, comparado à última
reestimativa oficial para 2008, o volume de receitas primárias da União aumentará 13%, chegando a R$ 808,9
bilhões no âmbito do orçamento fiscal e da seguridade social (exclui empresas estatais). Já o PIB deve crescer, em
termos nominais, 10,53% e atingir R$ 3.186 trilhões, com aumento real de 4,5%, informou o Valor Econômico.
IGP-M mostra deflação
A queda das commodities, especialmente as agrícolas, derrubou a inflação medida pelo Índice Geral de PreçoMercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deste mês. O indicador fechou agosto com deflação de 0,32%,
depois de ter subido 1,76% em julho e atingido o pico de 1,98% em junho. Desde abril de 1999, o IGP-M não
registrava desaceleração tão forte em um único mês. De julho para agosto, o índice variou 2,08 pontos porcentuais.
Também desde abril de 2006 o IGP-M não acusava deflação. Apesar da mudança de rota do IGP-M, o cenário para
a inflação nos próximos meses não será tão tranqüilo. Fatores externos, como alta das commodities, perdem força
de pressão na inflação e ficarão mais evidentes os motivos domésticos, como a alta dos preços dos serviços livres
e administrados e o repasse na cadeia produtiva de elevações de outros custos, advindos da alta, no passado, das
commodities, como no caso dos itens da siderurgia, usados na construção civil, informou O Estado de S.Paulo.
Balança comercial registra déficit de US$ 840 milhões
Após atingir o maior superávit em dois anos, a balança comercial brasileira voltou a registrar déficit. De acordo
com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na última semana, as exportações somaram US$ 3,73 bilhões, com
média diária de US$ 746 milhões, e as importações totalizaram US$ 4,57 bilhões, com média de US$ 914 milhões.
Com isso, o resultado foi um déficit de US$ 840 milhões na semana, revertendo do resultado de US$ 1,666 bilhão
da semana anterior, o maior do ano. No mês as exportações apresentam alta de 42,1% frente ao mesmo período
do ano passado, com média diária de US$ 932,8 milhões. As vendas de produtos básicos cresceram 73%, para
US$ 385,5 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, minério de ferro, carne suína, bovina e de
frango, farelo de soja e fumo em folhas. Os semimanufaturados tiveram alta de 53%, para US$ 136,4 milhões, por
conta de semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, ferro fundido, catodos de cobre, couros e peles, alumínio
em bruto e celulose. Por fim, as vendas de manufaturados cresceram 17%, para US$ 386,2 milhões, em razão de
gasolina, etanol e hidróxidos de alumínio. Do lado das importações, houve um crescimento de 10,8%, para US$
914,2 milhões. A semana foi impactada pelas maiores aquisições de petróleo em bruto, no valor de US$ 818
milhões, que correspondeu a 46,2% do total importado a semana passada, além de importação de gás natural
(US$ 254 milhões). No ano a balança comercial registrou saldo de US$ 15,93 bilhões , contra US$ 26,32 bilhões
de 2007, informou o DCI.
Preço dos alimentos volta a reduzir inflação das capitais brasileiras
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou em cinco das sete capitais
pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terceira prévia do mês de agosto. A média das capitais
apresentou variação de 0,24%, taxa 0,10 ponto percentual abaixo da apurada na semana anterior. A principal
contribuição para o resultado partiu dos preços dos alimentos, que registraram deflação de 0,45%, a menor taxa
desde a segunda semana de julho de 2006 (-0,64%). De acordo com os dados divulgados na última terça-feira
(26) pela FGV, a maior queda foi registrada em Salvador, onde o indicador passou de 0,52%, na semana passada,
para 0,24% na leitura atual. Em São Paulo, capital que tem o maior peso na composição total do IPC-S, a inflação
semanal recuou de 0,36% para 0,22%. O mesmo movimento foi observado em Brasília (de 0,40% para 0,37%),
Porto Alegre (de 0 23% para 0,02%) e Recife (de 0,32% para 0,21%). As únicas altas vieram do Rio de Janeiro,
cuja variação passou de 0,15% para 0,17%, e de Belo Horizonte, que teve ligeiro aumento de 0,60% para 0,67%.
Entre os destaques, estão as quedas mais intensas nos preços de arroz e feijão (de -0,36% para -1,29%); carne
bovina (-0,77% para -1,34%) e óleos e gorduras (de -0,13% para -1,04%). "Não podemos nos esquecer também
dos alimentos in natura. Os preços caíram muito", explicou, acrescentando que a deflação nos preços das
hortaliças e legumes se intensificou (de -4,55% para -5,76%). Segundo André Braz, coordenador dos IPCs, essas
baixas deverão continuar nas próximas amostras do IPC-S, pelo menos no curto prazo. "Os alimentos podem
continuar subindo menos ou registrar queda até o final de setembro. Em um horizonte de longo prazo, não há como
saber", disse. Informou o DCI.
Investimento público cresce 49% no ano
O governo quer ressaltar, na reunião de hoje (28) do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, para a qual
espera a participação até de investidores estrangeiros, o volume de investimentos públicos e privados feitos este
ano. Também dará destaque aos anúncios de investimentos para os próximos anos. No lado público, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, chama a atenção para o crescimento de 49% nos investimentos pagos pelo governo
federal de janeiro a julho (R$ 12,86 bilhões). A comparação é com o mesmo período de 2007. Boa parte dos recursos
é decorrência do PAC. Os investimentos privados também foram ressaltados por Mantega. Ele citou, como exemplo,
os US$ 23 bilhões anunciados pela indústria automobilística - grande demandante de artefatos plásticos - no
período de 2009-2012, informou o Valor Econômico.
América Latina
Petroquímica mexicana anuncia estagnação na produção de eteno e queda na
produção de benzeno e PVC
A mexicana PPQ Química, subsidiária da estatal Pemex, produziu 1,03 milhão de toneladas de petroquímicos em
julho, o que representa um incremento de 2,79%, frente ao mesmo período de 2007. De acordo com a companhia,
não houve mudança no índice de produção de eteno, em relação a 2007, estacionada em 16 mil toneladas. A
produção de benzeno, PVC e polietileno de alta densidade, registraram queda de 41,7%, 45,5% e 56%,
respectivamente. Já a produção de polipropileno, subiu 19,4% para 25 mil toneladas, enquanto a de tolueno caiu
18,8%, para 13 mil toneladas. A produção de amoníaco quase duplicou, atingindo 78 mil toneladas, em julho,
enquanto a de polietileno de baixa densidade aumentou em 13,6%, para 25 mil toneladas. De acordo com a
petroquímica mexicana, a produção de óxido de etileno registrou alta de 10%, para 33 mil toneladas. Em julho, a
produção da PPQ Química na categoria outros químicos começou a crescer 5,04%, na comparação anual, para 730
mil toneladas, informou BN Américas.
AL crescerá 4,7%
As economias da América Latina e do Caribe crescerão 4,7% este ano, ritmo inferior ao do ano passado, devido à
piora no cenário externo, A avaliação é da Comissão Econômica para América latina e Caribe (Cepal). Em 2007, o
crescimento foi de 5,7%. A região completa seis anos de crescimento. O último período tão prolongado de
crescimento aconteceu há 40 anos, informam agências internacionais.
Superávit argentino
O superávit comercial da Argentina cresceu no mês de julho para US$ 1 bilhão - no mesmo mês do ano passado,
o superávit havia sido de US$ 517 milhões, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec).
As exportações argentinas cresceram 53%, para um total de US$ 7 bilhões, enquanto as importações do país
cresceram 46%, indo a um total de US$ 6 bilhões, disse o instituto. O superávit foi maior do que a mediana de US$
698 milhões das estimativas de economistas, informaram a Bloomberg e o Valor Econômico.
Chile cresce 4,3% no 2º tri; BC prevê desaceleração
A economia chilena cresceu 4,3% no segundo trimestre de 2008, em comparação ao mesmo período do ano
passado, puxada pelos setores da construção, comunicação, pesca e agropecuária, segundo o Banco Central do
país. No primeiro trimestre do ano o crescimento de foi de 3,3%. A instituição espera que o país cresça 4% em
2008, menos do que os 5,8% do ano passado. Na primeira metade deste ano, o PIB teve expansão de 3,8%. O setor
da construção foi o que mais contribuiu para o resultado trimestral, seguido pelo setor de comércio, restaurantes
e hotéis e por transporte e agropecuária. A demanda interna por sua vez registrou um aumentou 11%, após ter
mostrado uma expansão de 8,3% no trimestre anterior. Ao mesmo tempo, os setores de eletricidade, gás, água e
mineração exibiram uma contração - o país vem sofrendo o risco de desabastecimento de energia, informou o Valor
Econômico.
Oposição a Evo ameaça cortar gás de brasileiros
Grupos de oposição ao presidente boliviano, Evo Morales, ameaçaram na última segunda-feira (25) tomar os
campos petrolíferos da região do Chaco boliviano e fechar as válvulas de exportação de gás para o Brasil e a
Argentina. Pela manhã dezenas de manifestantes bloquearam com terra e entulho as estradas que dão acesso à
Argentina e ao Paraguai nas proximidades das cidades de Villamontes e Yacuiba, no sul da Bolívia. O objetivo era
protestar contra um polêmico projeto de reforma constitucional que o governo pretende aprovar em referendo no
início do 2009. Em resposta, La Paz mobilizou o Exército e a polícia para reforçar o controle das instalações das
petrolíferas. O governo também anunciou que pretende prender e processar os líderes dos grupos que estão
organizando o boicote. A região do Chaco concentra 85% das reservas de gás da Bolívia. Três províncias dessa
região se declararam "em pé de guerra" contra o governo central, principalmente por causa do projeto de uma nova
Carta. Os manifestantes também pedem que La Paz exija que o Brasil e a Argentina paguem pelo menos o dobro
pelo gás natural que compram da Bolívia. Além disso, eles defendem a restituição dos impostos sobre os
hidrocarbonetos (gás e petróleo) que eram repassados aos departamentos (estados) bolivianos até dezembro, mas
hoje são usados por Evo para financiar uma pensão para idosos, informaram a Reuters, AFP e O Estado de S. Paulo.
Chávez destina US$ 950 milhões para desenvolver a petroquímica na Venezuela
O presidente venezuelano Hugo Chávez anunciou um investimento de u$ 950 milhões para desenvolver a indústria
petroquímica e elevar a Venezuela a segundo produtor de polietileno na América do Sul, depois do Brasil, nos
próximos três anos. "Aprovei U$ 950 milhões para continuar impulsionando o desenvolvimento petroquímico - disse
Chávez, ao inaugurar uma unidade de fabricação de polietileno no estado de Zulia, 500 quilômetros a oeste de
Caracas. O presidente lançou há 11 meses um programa denominado "Revolução petroquímica socialista".
Quando Chávez assumiu o governo pela primeira vez, há dez anos, a Venezuela produzia 60 mil toneladas ao ano
de polietileno de alta densidade, e com o novo programa pretende alcançar 500 mil toneladas ao ano em 2011,
segundo os dados citados durante o ato, transmitido em rede de rádio e televisão, informou a AFP.
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Mundo
Revisão eleva crescimento dos EUA para 3,3% no segundo trimestre
A economia dos Estados Unidos cresceu no segundo trimestre a uma taxa mais forte do que o calculado
anteriormente, segundo um relatório do governo americano divulgado nesta quinta-feira (28). De acordo com
a revisão do governo, o Produto Interno Bruto (PIB) teve aumento de 3,3% no período, com gastos de consumo
e exportações mais robustas do que o estimado. Inicialmente, a taxa de expansão da economia no período de
abril a junho tinha sido informada como 1,9%. No primeiro trimestre, o PIB americano cresceu apenas 0,9%,
após contração de 0,2% nos três últimos meses de 2007. O índice de preços dos gastos com consumo nos EUA
(PCE, na sigla em inglês) subiu 4,2% no segundo trimestre deste ano, na mesma variação da estimativa
preliminar, informou o Departamento de Comércio. No primeiro trimestre de 2008, o índice havia subido 3,6%.
As exportações do país aumentaram 13,2% em taxa anualizada, e não os 9,2% calculados inicialmente. Como
evidência de que a crise imobiliária continua a pesar sobre a economia, a construção residencial caiu 15,7%
em termos anuais, pouco mais que os 15,6% de baixa registrados anteriormente, informaram a Reuters, G1,
Valor Online e Agência Estado.
China estuda pacote para crescer mais ainda
O governo chinês estuda um plano de estímulo econômico de US$ 54 bilhões que implicaria cortes de impostos
e um incremento dos gastos estatais, informou na última segunda-feira (25) a imprensa oficial, mais um sinal
de que o incentivo ao crescimento econômico está se convertendo em uma prioridade. O plano de 370 bilhões
de iuanes, que ainda precisa ser concluído, inclui gastos do governo da ordem de 220 bilhões de iuanes (US$
32 bilhões) e alívios fiscais de 150 bilhões de iuanes (US$ 22 bilhões), segundo a publicação Economic
Observer. A notícia do plano coincide com uma fase de desaceleração do crescimento econômico chinês. Alguns
especialistas temem que ao final dos Jogos Olímpicos de Pequim esta desaceleração se intensifique. Em um
cenário onde a economia norte-americana atravessa dificuldades e a recessão acena para o Japão e a zona do
euro, há preocupações no que se refere ao desempenho das exportações do gigante asiático. "Este informe tem
bastante credibilidade", afirmou Feng Yuming, economista da Oriental Securities de Xangai. O crescimento
econômico chinês sofreu uma desaceleração de 10,4% no primeiro semestre, em comparação com 11,9% em
todo o ano de 2007, em parte devido à desaceleração das exportações, informou a Gazeta Mercantil e o DCI.
Japão deve passar por reformas contra a inflação
O governador do Banco do Japão (BOJ, autoridade monetária japonesa), Masaaki Shirakawa, disse que o país
deverá promover reformas econômicas para enfrentar os crescentes gastos com o petróleo e amenizar assim o
impacto negativo da inflação global, segundo a agência Kyodo. Em reunião realizada em Osaka (centro do
Japão) com vários empresários da cidade e da região, Shirakawa insistiu que o Japão deve admitir crescentes
gastos e reduzir a capacidade de produção, porque são condições inevitáveis. O governador do BOJ disse que
o Japão enfrenta uma situação difícil devido à fraqueza da economia e à alta dos preços. Na semana passada,
o banco central do Japão rebaixou sua avaliação da economia do país pelo segundo mês consecutivo. Apesar
dos rumores de que o BOJ poderá ser forçado a reduzir as taxas de juros para impulsionar a economia, o banco
central adiantou suas preocupações com os riscos inflacionários, que geralmente representam a necessidade
de aumentar o preço do dinheiro, informou o DCI.
China já é o segundo maior parceiro do Brasil
A China ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas dos Estados
Unidos. Nos 12 meses acumulados até julho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações),
chegou a US$ 31,9 bilhões entre brasileiros e chineses. O valor é superior aos US$ 29,3 bilhões do comércio no
período com a Argentina, país vizinho e principal sócio no Mercosul. Com os EUA, maior economia do planeta,
está em US$ 49,2 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do
Desenvolvimento. "A China vai consolidar a segunda colocação como parceiro do Brasil, mas não há vantagem
nisso, porque o comércio é desequilibrado no conteúdo", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do
Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Exportamos
matérias-primas e importamos bens de consumo, como sapatos e têxteis, e até máquinas. É uma concorrência
aguda, que constrange a produção local." Para Júlio Sérgio de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do
Desenvolvimento Industrial (Iedi), a tendência é a China superar até os Estados Unidos no futuro. Os argentinos
terminaram o ano passado à frente dos chineses nas trocas com o Brasil, mas por uma margem estreita: US$
24,8 bilhões contra US$ 23,4 bilhões. A China já havia superado a Argentina como fornecedor brasileiro no
início de 2007 e a distância só aumentou. Nos 12 meses até julho, o Brasil importou US$ 17 bilhões da China
e US$ 12 bilhões da Argentina. De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 64% para a China, o
ritmo de compra de produtos chineses é ainda mais agressivo. Nos primeiros sete meses do ano, as
importações brasileiras vindas da China avançaram 74%, acima dos 52% da média geral e bem superior aos
31% das compras da Argentina. Maciel Neto, do Conselho Brasil-China, acredita que a crise americana
contribuiu para uma estratégia de diversificação de exportações elaborada pelo governo chinês e
implementada desde 2000. Prova disso é o ritmo de crescimento das vendas da China para América Latina e
África, que supera significativamente o desempenho do comércio com os países ricos, informou o Valor
Econômico.
Cotação
Barril sobe pela terceira vez consecutiva em NY
Os preços do petróleo fecharam o pregão na quarta-feira (27) da bolsa de Nova York em alta pela terceira
sessão consecutiva, influenciados pela tempestade Gustav e os temores sobre possíveis danos às instalações
de energia quando o furacão atingir o Golfo do México. Na bolsa nova-iorquina, o contrato para entrega em
outubro do petróleo WTI fechou em alta de US$ 1,88, ou 1,62%, para US$ 118,15 por barril, sendo negociado
entre US$ 115,64 e US$ 119,63. Em Londres, o contrato para entrega em outubro do petróleo tipo Brent subiu
US$ 1,59, ou 1,39%, para US$ 116,22 por barril, negociado entre US$ 114,32 e US$ 117,25. A tempestade
tropical Gustav deve se fortalecer e formar um furacão, podendo forçar o fechamento de aproximadamente
85% das plataformas de produção de petróleo e gás natural dos Estados Unidos no Golfo do México nos
próximos dias, prevê a Planalytics. Informaram agências internacionais.
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Agenda
Rio Oil & Gas Expo premiará profissionais e empresas do setor petroquímico
Principal fórum de petróleo e gás da América Latina, a Rio Oil & Gas Expo and Conference reúne, a cada dois anos,
desde 1982, profissionais e executivos que buscam idéias e práticas inovadoras no setor. Este ano, será realizado
de 15 a 18 de setembro no Pavilhão 5 do Riocentro, no Rio de Janeiro. Em pauta, painéis, conferências plenárias,
além da apresentação de trabalhos aprovados pelo Comitê Técnico da Rio Oil & Gas Expo. Na sessão de
encerramento serão entregues os prêmios Plínio Cantanhede e Leopoldo Américo Miguez de Mello, que contemplam,
respectivamente, o autor do melhor trabalho técnico referente a petróleo e gás, e empresas e entidades vinculadas
ao Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) que tenham contribuído com relevantes serviços
para o progresso da indústria petroquímica no Brasil. Para mais informações, visite o site: http://www.3ds.com.
Pack Brasil 2008
A Pack Brasil - feira da indústria de embalagens, equipamentos, produtos, tecnologia e serviços - será realizada
de 23 a 26 de setembro em Joinville (SC). Em paralelo, acontece a Print Brasil 2008 - feira da indústria gráfica,
equipamentos, produtos, tecnologias e serviços. Ao unir as duas feiras, o evento tem como objetivo fortalecer e
aproximar as indústrias ligadas a essas áreas de seus fornecedores, criar um canal direto de comunicação e
fomentar novos negócios. Para mais informações, acesse: http://www.marktevents.com.br.
Editorial
Mais confusão no pré-sal
Nenhum barril de petróleo sairá do pré-sal por muitos anos ainda, mas o governo já conseguiu criar uma enorme
confusão sobre o assunto e pôr em risco a sua credibilidade e a reputação do Brasil como país seguro para
investimentos. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), formado por 229 associações e empresas vinculadas ao setor,
já cobrou em nota oficial um esclarecimento sobre as declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
publicadas no fim de semana: afinal, haverá desapropriação de áreas concedidas a empresas para exploração de
reservas e quebra de contratos? Empresários e profissionais ligados à indústria do petróleo e do gás e à
petroquímica têm fortes motivos para inquietação, diante do falatório desencontrado e da crescente politização do
assunto, com mobilização de grupos partidários e sindicais em torno de bandeiras levantadas pelas próprias
autoridades.
Autoridades têm prometido não quebrar os contratos em vigor, negociados segundo o atual modelo de exploração
do petróleo, lembraram os autores da nota. Mas dúvidas foram criadas nos últimos dias e é indispensável um
esclarecimento. No sábado, o Globo citou declarações do ministro de Minas e Energia a respeito de possíveis
desapropriações. Se ocorrerem, esclareceu o ministro, haverá uma indenização justa. Falando em justiça, ele ainda
acrescentou: "Não é justo que uma empresa chupe um petróleo que também é da União" - como se, pelos contratos
em vigor, a concessionária não pudesse apropriar-se do produto extraído, pagando à União as taxas e royalties
convencionados.
Em seguida, numa entrevista publicada no domingo no Estado, ele tentou amenizar as declarações: as conversas
em Brasília tinham sido sobre "modelos usados no mundo". Nada estava decidido, acrescentou. Mas acabou
admitindo: se for preciso unitizar reservas - isto é, juntar poços para efeito de exploração - e não houver acordo
entre as concessionárias, o governo poderá recorrer ao Judiciário ou pedir uma arbitragem à Agência Nacional do
Petróleo (ANP). A emenda não melhorou o soneto. Apenas o enriqueceu com um toque de humor involuntário. Afinal,
o presidente da ANP já afirmou dever satisfações apenas ao presidente da República, por ele apontado como seu
chefe. Será esse o mediador escolhido por Lobão?
As declarações do ministro talvez não sejam mais que um balão-de-ensaio. Talvez não passem de mera
precipitação. Mas não se deve descartá-las, como se não tivessem a menor importância. Num debate marcado por
tanta excitação ideológica e por tantos interesses partidários e eleitorais, nenhum indício de risco é desprezível.
Um ponto importante o ministro Lobão reconheceu em sua segunda entrevista: nas conversas do comitê
interministerial encarregado de estudar a exploração do pré-sal, a revisão de contratos e possíveis desapropriações
foram mencionadas. Mais uma vez, portanto, o governo inverteu a ordem das questões, como se o primeiro desafio
não fosse a mobilização de recursos técnicos e financeiros para a exploração de reservas muito profundas e
distantes da costa. Isso, evidentemente, depois que a Petrobrás fornecer ao governo as medidas exatas das
"riquezas" de que está falando.
Até para desapropriações seria preciso levar em conta a limitação de recursos. Como o governo pagaria pela
retomada de áreas concedidas a empresas? Como calcularia a indenização, se nem conhece o tamanho das
reservas? Perguntou o consultor Adriano Pires, pesquisador do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura. O toque de bom
senso foi dado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A idéia, disse ele ao Estado, é manter vivo o interesse
de empresas privadas, até porque os investimentos necessários para a exploração do pré-sal são muito elevados
e o governo não dispõe de todo esse dinheiro.
"Buscamos compatibilizar", explicou Bernardo, "o desafio de achar um modelo melhor para o petróleo e a
possibilidade, bastante plausível, de manter as empresas privadas participando do processo." Se é essa a
intenção, o governo está fazendo tudo errado. Para ajustar o modelo, não precisa rasgar nem desfigurar a Lei do
Petróleo, e muito menos admitir, mesmo como hipótese, quebra de contratos e desapropriações. (27/08/08 –
página A3). O Estado de S. Paulo. 27 de agosto de 2008.
Expediente
O Leia! é produzido com base em leituras de jornais, revistas,
agências e sites de notícias, boletins corporativos dos principais
setores ligados à petroquímica, reuniões e eventos realizados na
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Comitê editorial
Presidente: Vítor Mallmann
Rosana Paulis e Eduardo Sene - Assuntos Fiesp/Siresp
Marcio Freitas - Editor
Natasha Lima, Isabela Barbosa e Sandro Almeida - Redação
David Freitas – Diretor de arte
Roberta Provatti - Jornalista responsável - MTB-24197/SP
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