Newsletter 103

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Newsletter 103
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Comércio
Petroquímica e Plásticos
Siderurgia
Bens de Capital
Autopeças
Tecnologia da Informação
Transportes
Imobiliário
Serviços
Financeiro
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
A economia brasileira continua em ritmo de recuperação mais
consistente do que a do resto do mundo. E cada vez mais, agentes e
empresas percebem o País como local estratégico para investimentos
físicos e financeiros, o que corrobora e também favorece a melhora
do Risco Brasil. Internamente, tornaram-se freqüentes os exemplos
de setores que antevêem um último trimestre pressionado em
termos de produção e demanda, de forma que já se vislumbra a
possibilidade do PIB do País terminar o ano com crescimento real.
No geral, o cenário financeiro reflete esta situação peculiar da
economia, sendo que as atenções se voltam justamente para os
excessos de otimismo. Assim, as questões relevantes hoje são, por
exemplo, se a taxa de câmbio está excessivamente valorizada; se a
taxa de juros terá que ser majorada; se a bolsa não escapará de
uma correção mais acentuada; ou se há mercado para todas as
emissões anunciadas pelas empresas. Não há dúvidas de que
sejam questões relevantes, mas, no fundo, todas elas ressaltam quão
positivo é o atual ambiente de negócios.
E como esperado, a quantidade e os valores de novas captações em
bolsa vem sendo um dos grandes destaques do noticiário
recente. Registre-se, aliás, que neste movimento há uma satisfatória
representatividade setorial, o que confere qualidade macroeconômica
às suas tendências. Mas, igualmente, também foram destaque a
conclusão de algumas significativas transações, como as do setor de
carnes, e o anúncio de alguns expressivos projetos, como os do setor
siderúrgico e de construção naval. Em nossa opinião, não há
motivos, pelo menos por enquanto, para uma interrupção ou mesmo
arrefecimento destas tendências nos negócios e investimentos.
CENÁRIO ECONÔMICO
2006
2007
2008
2009*
2010*
PIB (PM) - Var %
4.0
5.7
5.1
0.0
4.5
Inflação IPCA - Var %
3.1
4.5
5.9
4.3
4.4
2.138
1.771
2.337
1.80
1.80
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
15.1
11.9
12.5
9.8
8.9
Dívida Pública - % PIB
44.0
43.9
38.8
43.3
41.2
Saldo Comercial - US$ Bilhões
46.5
40.0
24.8
25.3
18.0
Trans. Corrente - US$ Bilhões
13.6
1.6
-28.2
-15.0
-23.6
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
18.8
34.6
45.1
25.0
30.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 25/09/2009
(Banco Central do Brasil)
Topo
Agroindústria
| A Caramuru pretende investir R$ 104 m ao longo dos próximos
dois anos para aumentar sua capacidade de processamento de
grãos e ampliar sua presença no mercado de biodiesel. Os novos
empreendimentos serão no Estado de GO. Do montante total, R$
54 m serão destinados à planta de biodiesel e glicerina no
município de Ipameri, a ser inaugurada em meados de 2010.
Outros R$ 30 m serão destinados ao aumento da produção de
biodiesel e processamento de soja em São Simão, num prazo de
dois anos. O restante do aporte será realizado no complexo de
Itumbiara para produzir bebidas à base de soja, embalagens
pré-forma e derivados de milho.
| A Sperafico Agroindustrial vendeu sua esmagadora de soja
em Ponta Porã (MS) para a suíça Glencore, que atua no comércio
internacional de commodities minerais e agrícolas. A Sperafico
tem sede em Toledo (PR) e, com a transação, pretende reforçar
seu capital de giro e recuperar suas finanças. O valor da operação
não foi divulgado, mas ela abrange o arrendamento de quatro
unidades de armazenagem no MS. Com a venda, a Sperafico
passa a operar com quatro esmagadoras de soja, sendo duas no
PR, uma no MS e uma em MT.
| A Clean Energy Brazil (CEB), empresa de investimentos em
biocombustíveis, vendeu os 49% de participação que detinha na
Usaciga para a sócia Agrocana Participações, detentora dos
51% restantes. O valor do negócio foi de US$ 8,7 m. A Usaciga
está instalada em Cidade Gaúcha (PR) e, com a transação, a
Agrocana assume integralmente os compromissos financeiros de
US$ 185 m da usina. A participação da CEB na unidade foi
adquirida em 2007 por US$ 127 m.
| A ETH Bioenergia, empresa do grupo Odebrecht, iniciou as
atividades de sua unidade bioenergética de Rio Claro, em Caçu
(GO). A empresa conta com outros dois projetos, um em
Conquista do Pontal (SP) e outro em Nova Alvorada (MS), ambos
com operações previstas para este ano. Ao todo, a ETH já investiu
R$ 1,5 bilhão na construção das três usinas e os aportes ainda
devem chegar a R$ 2,7 bilhões. Além destas três unidades, o
grupo Odebrecht ainda controla mais duas usinas de açúcar e
álcool: Alcídia (SP) e Eldorado (MS). O foco da ETH, notadamente
a partir das três novas unidades, é a produção de etanol.
| O grupo sucroalcooleiro Colombo, proprietário da marca de
açúcar Caravelas, vice-líder de mercado, anunciou investimentos
de R$ 300 m para construir uma nova usina. Ela será a quarta
unidade produtiva do Colombo que, além da Caravelas, também
comercializa açúcar com a própria marca Colombo e produtos
para terceiros. A nova unidade ficará no município de Palestina,
SP.
| A Dow AgroSciences irá investir R$ 80 m para construir uma
unidade beneficiadora de sementes de milho em Luís Eduardo
Magalhães, BA. Com isso, a empresa, que também atua na área
de defensivos agrícolas, reforça sua presença no setor de
sementes. Nos últimos anos a Dow investiu significativamente no
setor: em 2008 incorporou a planta de sementes de milho da
Coodetec em Paracatu (MG) e em 2007 assumiu a divisão da
Agromen no segmento. Fora do Brasil, a Dow AgroSciences
também assumiu empresas na Holanda e na Áustria.
| A Basf anunciou investimentos de € 50,1 m para aumentar sua
capacidade produtiva de defensivos agrícolas em Guaratinguetá,
SP. Os aportes já estão em curso e se estenderão até 2010.
Atualmente o mercado brasileiro é o segundo maior para a
empresa, atrás apenas dos EUA. Além da produção de defensivos,
os investimentos anunciados também abrangem uma nova
unidade de inseticidas para tratamento de sementes e o aumento
na produção de fungicidas.
| A Eurofarma, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do
País, está reforçando sua atuação no mercado de saúde animal. A
empresa fechou a aquisição de 11 marcas da paranaense Allvet,
que continuará fabricando os produtos para a Eurofarma em
regime de terceirização. A compra envolve produtos
antiparasitários, fortificantes e vitaminas e complementa a
atuação da Eurofarma, que opera no setor veterinário por meio
da Pearson e da Inova Biotecnologia. A empresa também
prepara, para a partir de 2010, o início das operações de sua
fábrica de vacinas contra a febre aftosa, em Jatuaba (MG), na qual
foram investidos R$ 80 m.
| A Poli-Nutri vai investir R$ 15 m em uma nova fábrica de
rações, que ficará em Treze Tílias (SC). Esta será a quarta
unidade da empresa e sua construção já foi iniciada, devendo ser
concluída ao final de 2010. Nela serão fabricadas rações prontas e
premix para aves, suínos e ruminantes. Também haverá uma
linha para o segmento de aquicultura. Atualmente a Poli-Nutri
conta com unidades em Maringá (PR), Eusébio (CE) e Osasco (SP).
Topo
Alimentos
| A FSB Foods vai investir US$ 25 m numa nova fábrica de
produtos de panificação e confeitaria, a ser instalada na Região
Sudeste. A empresa surgiu da joint venture entre as brasileiras
Vally e Interbakers e da norte-americana Fresh Start
Bakeries, todas fornecedoras da rede de fast food McDonalds´s.
No ano passado a FSB foi totalmente incorporada pela Fresh
Start Bakeries, sendo que no Brasil ela também é fornecedora
das redes Giraffa's, Bob's, Starbucks e Casa do Pão de
Queijo. Atualmente conta com três fábricas (São Paulo,
Osasco-SP e Juiz de Fora-MG), sendo que sua nova unidade está
prevista para ser inaugurada em 2011.
| A norte-americana Kraft Foods vai investir R$ 100 m na
construção de uma fábrica de chocolates e refrescos em pó em
Vitória de Santo Antão (PE). Esta será a sexta unidade da
empresa no Brasil e a previsão é de que ela inicie suas atividades
no primeiro semestre de 2011. Nela serão fabricados produtos
com as marcas Lacta e Tang, destinados aos mercados das
Regiões Nordeste e Norte. Na Região Nordeste a Kraft atualmente
conta com uma unidade de refrescos em pó em Aracati, CE.
| A Italac Alimentos iniciou as atividades de sua nova usina de
beneficiamento de leite em Passo Fundo, RS. A planta começou a
ser construída em 2008 e recebeu aporte de aproximadamente R$
60 m. Esta é a segunda unidade da Italac no RS e sua oitava no
Brasil. Numa primeira fase ela irá produzir leite longa vida a ser
distribuído nas Regiões Sul e Sudeste, embora também esteja
capacitada a produzir creme de leite e bebidas achocolatadas.
| O grupo francês Bonduelle anunciou investimentos de R$ 115
m numa nova fábrica de legumes em conserva em Cristalina (GO).
A Bonduelle é líder mundial no processamento de vegetais como
ervilha, milho verde, brócolis, couve-flor, cenoura e beterraba. A
nova planta industrial está prevista para ser inaugurada até abril
de 2010. Seu foco deverá ser o mercado interno, mas também
estão previstas exportações para a América Latina e EUA. O
empreendimento será realizado em três etapas, sendo que na
primeira deverão ser aportados R$ 40 m.
| A Nestlé vai instalar uma unidade de leite longa vida em
Araraquara (SP), próxima a sua fábrica de leite condensado (Leite
Moça). Nela serão fabricados leite premium com as marcas Ninho
e Molico. O investimento está previsto em R$ 120 m e a
inauguração da planta será em novembro. A Nestlé e sua afiliada
DPA são as líderes na captação de leite no Brasil, mas somente
neste ano a empresa entrou no mercado de leite líquido, focando,
inicialmente, o segmento funcional.
| A Nestlé também fechou acordo com a gaúcha Laticínios Bom
Gosto e irá arrendar parte da fábrica desta empresa em
Garanhuns (PE), adquirida da Parmalat no início do ano. Nela
serão produzidos lácteos como iogurtes, leites fermentados e
sobremesas. Está prevista a construção de novas linhas dentro da
unidade e os aportes da Nestlé são estimados entre R$ 40 m e R$
50 m. Quando a fábrica pernambucana pertencia à Parmalat, a
Nesté adquiria seus produtos em regime e terceirização, como
forma de amparar sua atuação na Região Nordeste. Atualmente, a
empresa suíça conta com uma fábrica de cereais, café solúvel,
massas e achocolatados em Feira de Santana (BA).
| Na seqüência, a Laticínios Bom Gosto e a Nestlé fecharam um
novo acordo, desta vez envolvendo a planta da empresa suíça em
Barra Mansa (RJ). A unidade foi vendida à empresa gaúcha por R$
9 m, sendo que outros R$ 20 m serão investidos para modernizar
suas instalações, fora de operação há dois anos. Em Barra Mansa,
a Bom Gosto pretende produzir leite longa vida, bebidas lácteas,
achocolatados e creme de leite para o mercado do Rio de Janeiro,
que hoje é atendido pela unidade da empresa em MG.
| De uma só vez, a brasileira JBS anunciou a fusão de suas
atividades com as da concorrente brasileira Bertin e a
incorporação da norte-americana Pilgrim's Pride, que atua no
setor de aves. Com isso, a empresa resultante passa a ser a
terceira maior companhia não financeira de capital aberto do
Brasil, com receita líquida estimada em R$ 60 bilhões, atrás
apenas da Petrobras e da Vale. Ela supera em muito a BRF
Brasil Foods (Sadia e Perdigão), cujo faturamento em 2008 foi
da ordem de R$ 22 bilhões. A JBS também torna-se a maior
empresa de proteínas do mundo, superando a norte-americana
Tyson Foods. A aquisição da Pilgrim's Pride será realizada por
meio da JBS USA e representa a entrada da JBS no setor de
aves. Ela envolve 64% do capital da Pilgrim's a um custo de US$
800 m, ficando os 36% restantes da empresa com os atuais
acionistas. A Pilgrim´s possui dívidas da ordem de US$ 1,5
bilhão. Com a Bertin a transação envolve a transferência das
ações de controle da JBS (51%) para uma nova holding
controladora, a qual também absorverá 73,1% do capital votante
da Bertin. A participação da JBS nesta nova holding será da
ordem de 60%. Com esta fusão, a JBS ainda inaugura sua
atuação no setor de lácteos, já que a Bertin controla a Vigor e a
Leco desde 2007.
| Por sua vez, o Frigorífico Marfrig irá desembolsar US$ 706 m
e assumir dívidas de US$ 194 m para incorporar a Seara,
empresa de carnes e alimentos processados controlada pela norteamericana Cargill. A Seara possui atividades no Brasil e no
exterior. A operação coloca o Marfrig em concorrência direta com
a BRF Brasil Foods, embora a empresa já atue no setor de aves
desde 2008, quando assumiu a DaGranja e a norte-americana
OSI. A incorporação da Seara envolve sete unidades industriais
de aves, duas de suínos, três de alimentos processados, além de
porto, fábricas de ração e granjas. Para amparar a operação, a
Marfrig pretende em breve realizar uma oferta primária de ações.
E na sequência das operações anunciadas pela concorrente JBS, a
Marfrig voltou ao mercado com três novas investidas: o
arrendamento de 12 unidades dos frigoríficos Margen e
Mercosul; a aquisição de 51% do grupo uruguaio Zenda; e a
formação de uma parceria com o atacadista Martins para serviços
de distribuição e logística. Do frigorífico Margen, em dificuldades
financeiras, o Marfrig assumiu cinco unidades de abate pelo prazo
de cinco anos. Do Mercosul, que há algum tempo buscava
parceiros, o Marfrig assumirá outras sete plantas. A aquisição do
controle da Zenda visa incrementar sua atuação no setor de
couros bovinos, sendo que a operação custou US$ 49,5 m ao
Marfrig.
Topo
Bebidas
| A norte-americana PepsiCo, segunda maior fabricante de
refrigerantes do mundo, fechou acordo para aquisição de 100% da
Água de Coco da Amazônia, a Amacoco. Detentora das marcas
Kero Coco e Trop Coco, a Amacoco controla 70% do mercado
brasileiro de água de coco. Ela era uma sociedade entre a
Sococo, maior processadora de coco do País, e o grupo mineiro
Regon. O valor da transação não foi divulgado, mas ela envolve
as unidades da Amacoco em Petrolina (PE) e em São Mateus (ES),
sendo que a unidade (fábrica e coqueiral) em Ananindeua (PA)
passará ao controle da Sococo.
| A Crown Embalagens, segunda maior fabricante de latas de
alumínio para bebidas do País, atrás apenas da norte-americana
Rexam, pretende investir US$ 60 m para construir sua terceira
fábrica. A unidade ficará na Região Sul e a previsão é de que
inicie suas operações até meados de 2011. Ela será adaptada para
produzir latas de cerveja em diferentes tamanhos. A Crown
Embalagens hoje possui fábricas em Cabreúva (SP) e Estância
(SE). A empresa resulta de joint venture entre a Crown Brasil e
a brasileira Petropar.
Topo
Comércio
| O BTG Pactual, por meio de um dos seus fundos administrados,
anunciou a aquisição de 100% da franquia de drogarias Farmais,
que hoje conta com 450 unidades franqueadas nos Estados de SP,
RJ, MG, MS, PR, SC e RS. O valor da transação não foi divulgado.
Esta foi a primeira investida do BTG no varejo farmacêutico, que
tende a passar por um processo de concentração nos próximos
anos. A Farmais é a maior rede de franquias do setor, mas não
atua com lojas próprias.
| A Brasvending e a DAB Coffee, operadoras de vending
machines (máquinas para venda de cafés, refrigerantes e
salgadinhos), fundiram suas atividades e criaram uma das maiores
empresas do setor. Ela irá chamar-se Brasvending DAB, sendo
que a operação recebeu um aporte de R$ 20 m por parte do fundo
DGF Investimento, que será minoritário na empresa.
Atualmente, a Brasvending e a DAB possuem porte semelhante,
mas nos últimos quatro anos a Brasvending já incorporou quatro
empresas do setor (Vending Machines Brasil, Barista, Canteen
e BVM).
| A sul-africana Naspers anunciou a aquisição de 91% do capital
do site brasileiro de comparação e compras na internet BuscaPé,
numa negociação no valor de US$ 342 m. A maior parte dos
papéis adquiridos pertencia ao fundo de investimento norteamericano Great Hill Partners, que assumiu o controle do
BuscaPé em 2005. Recentemente, a Naspers também assumiu
as européias Allegro (plataforma de e-commerce) e Tradus
(serviços de leilão). No Brasil, a empresa possui participação de
30% na Editora Abril e de 49% na Compera nTime (sistemas
para celular).
Topo
Petroquímica e Plásticos
| A Petrobras acertou com a venezuelana PDVSA a parceria para
construção da Refinaria Abreu e Lima, em PE. As participações
das duas empresas serão mantidas como inicialmente previsto,
com a estatal brasileira detendo 60% e a PDVSA os 40%
restantes. A unidade funcionará com óleo extraído da Bacia de
Campos e também importado da Venezuela. Seu custo de
instalação deve superar US$ 4 bilhões.
| A Quattor está efetivando a expansão do pólo petroquímico do
ABC paulista, com uma unidade produtora de polietileno, resina
utilizada em embalagens e plásticos. A planta será integrada à da
Quattor Químicos Básicos (antiga Petroquímica União-PQU),
que produz eteno em Santo André (SP). O investimento da
Quattor chega a R$ 2,3 bilhões (cerca de US$ 1,2 bilhão), valor
superior aos US$ 750 m estimados em 2003. Com a nova fábrica
de polietileno, a Quattor poderá ampliar suas exportações de
resinas. Atualmente a empresa encontra-se em negociação com a
Braskem, maior fabricante latino-americana de resinas
termoplásticas e controlada pelo Grupo Odebrecht, para
desenvolver alianças ou até mesmo ser incorporada por esta
última. As duas empresas são concorrentes, sendo que a Quattor
é controlada pelo Grupo Unipar e pela Petrobras, que comprou
a Suzano Petroquímica.
| O grupo Unigel, por meio da Companhia Brasileira de
Estireno (CBE), adquiriu a fábrica de poliestireno da alemã Basf
em São José dos Campos (SP). Com isso, a Unigel passa a dividir
com a norte-americana Dow Chemical a liderança na produção
desta resina no Brasil. O valor da transação não foi divulgado,
mas sabe-se que a construção de uma unidade do mesmo porte
custaria aproximadamente US$ 150 m. O poliestireno é utilizado
na produção de embalagens de CDs, prateleiras de geladeiras e
copos descartáveis. Além da CBE e da Dow, também a Videolar e
a Innova (Petrobras Energía) produzem poliestireno no Brasil.
| A holding Pisani, em sociedade com a gestora gaúcha de fundos
de investimentos CRP Companhia de Participações, reassumiu
os 75% de participação na Plásticos Pisani que estavam em
poder do grupo inglês Linpac. A Plásticos Pisani possui sede em
Caxias do Sul (RS) e o valor da transação não foi divulgado. Com
ela, a Pisani, que ainda detinha os 25% restantes do capital,
volta a ser controladora da Plásticos Pisani, enquanto a CRP
passa a deter importante participação na empresa. A Plásticos
Pisani possui plano de investimentos de R$ 20 m para os
próximos dois anos, o que inclui a construção de duas novas
fábricas e a especialização da unidade de Pindamonhangaba (SP)
no segmento automotivo.
Topo
Siderurgia
| A Votorantim Siderurgia (VS) concluiu a duplicação de sua
produção de aço com uma nova fábrica em Resende, RJ. A
empresa é a quinta maior fabricante de aço bruto do País e a
terceira maior no segmento de aços longos, sendo que atualmente
toda sua produção interna vem da usina de Barra Mansa (RJ). O
empreendimento em Resende recebeu aporte superior a R$ 1
bilhão e quase foi paralisado devido à crise econômica mundial.
Com as duas unidades e um mix de produtos mais amplo, a
intenção da VS é exportar 30% de sua produção. Além do Brasil,
a Votorantim Siderurgia também possui unidades na Colômbia e
na Argentina.
| A Vale relançou o projeto de instalação de uma usina
siderúrgica em Anchieta (ES), um investimento previsto em US$ 3
bilhões. Trata-se de um empreendimento semelhante ao da
Companhia Siderúrgica de Vitória (CSV), parceria da Vale e da
chinesa Baosteel cujas obras foram vetadas pelo governo
capixaba em 2008. Na época, os motivos alegados eram
problemas no fornecimento de água e poluição do ar. Mas a
retomada do projeto é estratégica para a Vale, já que o distrito de
Ubu (em Anchieta) sedia a pelotizadora de sua coligada Samarco,
está próximo da Ferrovia Vitória-Minas e ainda comporta a
instalação de um porto. A nova usina está prevista para entrar em
operação em 2014.
| A Vale também fechou acordo de US$ 1 bilhão para a
terceirização de serviços de tecnologia da informação (TI) com a
norte-americana Hewlett-Packard (HP). A HP, por meio de suas
operações internacionais, vai assumir a gestão da infra-estrutura
de TI da Vale, que hoje está presente em dezenas de países. É o
maior projeto já firmado pela HP neste ano e ele terá prazo de
duração de sete anos. A empresa de tecnologia será responsável
pela consolidação da infra-estrutura de servidores da mineradora,
hoje distribuída por 43 centros de dados. Eles serão reunidos
em três centros, localizados no Brasil, Canadá e Cingapura.
Também está prevista a substituição de todo o parque de PCs e
impressoras da empresa brasileira.
| A Namisa, mineradora de ferro controlada pela CSN e pela
asiática Big Jump Energy Participações, deu início ao seu
projeto siderúrgico de R$ 4 bilhões em MG. A empresa recebeu
um aporte de US$ 3,08 bilhões em 2008 com a venda de 40% de
seu capital para os sócios asiáticos, liderados pela Itochu.
Atualmente a Namisa opera duas minas e duas beneficiadoras na
região de Congonhas (MG), próximas do empreendimento Casa
de Pedra, cujo fornecimento de minério de ferro deverá atingir
maturidade a partir de 2013. Lá estão previstas a instalação de
duas pelotizadoras, sendo que a primeira deverá ser inaugurada
em 2012.
Topo
Bens de Capital
| A catarinense WEG irá construir um parque fabril em Linhares
(ES), cujo foco inicial será a produção de motores elétricos. Os
investimentos são previstos em US$ 186 m e se estenderão ao
longo dos próximos seis anos. A médio prazo a intenção da
empresa é de que o novo parque seja tão diversificado quanto o
de Jaraguá do Sul, em SC, com a produção de diversas linhas de
motores, geradores e equipamentos de automação. A primeira
linha produtiva do novo parque de Linhares está prevista para ser
inaugurada em 2011. Se consideradas suas empresas controladas
(Trafo e ISA), a WEG hoje conta com 10 unidades produtivas no
País.
| A sueca Sandvik, fabricante de equipamentos para o setor de
mineração, inaugurou sua fábrica em Vespasiano (MG) onde
foram investidos R$ 56 m. A unidade irá produzir roletes,
cavaletes e polias voltados tanto para o mercado interno quanto
externo. Ela está ligada à divisão Sandvik Mining Construction,
focada em equipamentos para mineração e construção. Com a
nova planta em operação, a empresa deve desativar a linha da
Sandvik Ferramentas em São Paulo (SP), que produz
equipamentos para perfuração, os quais devem passar a ser
importados pela empresa.
| Com investimento previsto em R$ 370,5 m, a gaúcha Metasa
vai construir em Rio Grande (RS) a sua terceira fábrica. A
empresa é fornecedora de estruturas metálicas para a construção
civil e atualmente conta com unidades em Marau (RS) e em Santo
André (SP). A nova planta, porém, deverá focar os setores de
cascos para plataformas de petróleo e de torres para parques
eólicos. A previsão é de que ela inicie operações num prazo de até
15 meses.
Topo
Autopeças
| A brasileira Iochpe-Maxion tornou-se importante fabricante
mundial de rodas para veículos leves ao adquirir a divisão da
norte-americana ArvinMeritor no setor. A transação custou US$
180 m à Iochpe-Maxion, que agora comandará negócios nos
EUA, Brasil e México. A empresa brasileira já fabrica rodas e
chassis para veículos pesados, além de vagões e outros materiais
ferroviários. A ArvinMeritor possui cerca de metade do mercado
de rodas para veículos novos no Brasil e concorre com a
Italspeed e a Mangels. Sua fábrica local de rodas fica em
Limeira (SP), mas a empresa também conta com negócios nas
áreas de eixos para caminhões e ônibus, sistemas para portas,
além de joint venture com o grupo Randon nas áreas de eixos e
sistemas de freios.
| A Fras-le, fabricante de lonas e pastilhas de freio controlada
pelo grupo Randon, ampliou para R$ 28 m sua previsão de
investimentos neste ano. Está prevista a instalação de novos
equipamentos em sua fábrica recém-inagurada na China e
também na unidade de Caxias do Sul (RS), que deve sustentar a
maior parte das vendas de pastilhas da empresa para o mercado
de reposição nos EUA.
| Com investimentos de R$ 14 m, a Keko, fabricante de
acessórios para veículos utilitários (parachoques, santantônios,
protetores frontais e aerofólios), iniciou a construção de sua
primeira unidade industrial própria. A unidade ficará em Flores da
Cunha (RS) e está prevista para ser inaugurada no segundo
semestre de 2010. A empresa hoje fornece para montadoras como
Toyota, Ford e Mitsubishi e pretende dobrar seu faturamento
até 2015.
Topo
Tecnologia da Informação
| A Tivit, empresa prestadora de serviços de tecnologia da
informação (TI), realizou seu IPO na bolsa e captou R$ 660 m com
a operação. O montante contempla o lote principal e o lote
suplementar de papéis, sendo que a operação baseou-se
integralmente numa distribuição secundária de ações. Dentre os
vendedores, destacam-se a controladora Votorantim
Participações, o fundo de private equity do Pátria
Investimentos e membros do conselho de administração da
empresa. Esta foi a terceira tentativa da Tivit de abrir seu capital.
| A taiwanesa MSI Computer está investindo R$ 60 m para
ampliar sua linha própria de produtos de informática no Brasil.
Com isso, até o final do ano novos modelos de notebooks e de
computadores all-in-one passarão a ser fabricados em Manaus
(AM), em regime de terceirização pela Digitron. A Digitron
montará peças importadas de Taiwan, em sistemas CKD (complete
knockdown).
Topo
Transportes
| A Construtora Odebrecht, em sociedade com a operadora
portuária Dubai Ports World (DPW), adquiriu da trading
Coimex o controle da Embraport, empresa responsável por um
dos maiores terminais portuários multiuso do País, em construção
junto ao Porto de Santos (SP). A transação envolve 51,4% de
participação no empreendimento. Seu valor não foi divulgado,
mas a obra em questão tem custo estimado em R$ 1,1 bilhão. A
capixaba Coimex, inicialmente proprietária de 100% do terminal,
já havia vendido 33,3% da Embraport para o Fundo de
Investimentos do FGTS (FI-FGTS) da CEF no final de 2008 e
agora ficará com 15,3%. A Odebrecht é a empresa responsável
pela construção do terminal, cuja inauguração está prevista para
2012.
| O grupo Alusa, a Galvão Engenharia e a coreana Sungdong
uniram-se para investir US$ 500 m em um novo estaleiro no
Porto de Suape, PE. A intenção dos sócios é preparar-se para as
novas licitações da Petrobras e da Transpetro na construção de
plataformas e navios. O novo estaleiro ficará próximo ao recémconstruído Estaleiro Atlântico Sul (EAS), o maior do País.
| A TAM fechou contrato de tecnologia da informação (TI) com a
européia Amadeus, acordo que deve facilitar sua adesão à Star
Alliance em 2010, que hoje reúne 21 companhias aéreas no
mundo. O acordo terá prazo de dez anos. Seu valor não foi
divulgado, mas segundo as empresas ele é o maior contrato de TI
já assinado por uma empresa aérea na América Latina.
Atualmente a TAM utiliza sistemas de reservas, preços e
embarques desenvolvidos pela norte-americana Sabre.
| O Grupo EBX, formado pelas empresas MMX (mineração), LLX
(logística), MPX (energia) e OGX (petróleo e gás), criou mais uma
divisão de negócios. Trata-se da OSX (OffShore Services X),
empresa que irá coordenar a construção de um estaleiro em SC,
empreendimento orçado em US$ 1 bilhão. As obras devem ser
iniciadas em 2010 e o início das operações está previsto para
2011. Ao todo, o Grupo EBX possui projetos da ordem de US$
10,3 bilhões entre 2009 e 2013. Além do US$ 1 bihão previsto
para a nova OSX, serão investidos US$ 4 bilhões na área de
petróleo, US$ 1 bilhão em mineração e siderurgia, US$ 2 bilhões
em projetos de energia e US$ 2,3 bilhões na área logística e
portuária.
| Para amparar a ampliação de sua produção de minério de ferro
em Corumbá (MS), a Vale irá investir R$ 900 m na compra de 14
empurradores e 224 barcaças que farão o transporte do minério
nos rios Paraguai e Paraná. O investimento se soma à encomenda
já realizada de outras 51 embarcações ao custo de R$ 404 m (15
rebocadores, 32 barcaças, 2 empurradores e dois catamarãs), que
irá atender outras unidades da Vale. As novas embarcações
devem ser entregues até 2011.
Topo
Imobiliário
| A construtora paranaense Plaenge adquiriu 51% das ações da
CPVSA, empresa do Chile que atualmente possui obras em nove
cidades na região sul daquele país. A CPVSA passará a se chamar
Plaenge Chile e o valor da transação não foi divulgado.
Atualmente a Plaenge desenvolve atividades em quatro estados
brasileiros (PR, MT, MS e SC), mas também negocia sua expansão
para outros mercados internos. Seu foco são os segmentos de
construção civil residencial e industrial.
| Anunciada em junho, foi formalizada a criação da Agre
Empreendimentos Imobiliários, empresa que reúne os ativos
imobiliários da Agra, da Abyara e da Klabin Segall. A Agre
(Amazon Group Real Estate) terá ações negociadas em bolsa e
seu controle é detido pela espanhola Veremonte Participações.
O capital da Abyara representará 20,23% da nova companhia, o
da Agra 49,26% e o da Klabin Segall 30,51%. Para viabilizar a
fusão, a Agra, que já era sócia da Veremonte, vendeu para esta
empresa sua participação na Abyara e na Klabin Segall por R$
189 m. Com isso, a Veremonte passou a deter, indiretamente,
51% do capital da Abyara e 43,8% do capital da Klabin Segall.
| E a Cyrela, maior incorporadora imobiliária do país, vendeu sua
fatia de 23,1% na construtora Agra. Em meados de 2008 a
Cyrela tentou incorporar a Agra, mas a operação não evoluiu.
Com a fusão da Agra, da Abyara e da Klabin Segall na Amazon
Group Real Estate, a participação da Cyrela na nova empresa
passou a apenas 11% de seu capital. A venda da fatia rendeu R$
304,5 m à Cyrela, sendo que os compradores foram a BRF
Investimentos e Participações (formada pela Agra) e a Caripó
Participações (ligada à Veremonte).
| De outro lado, a Cyrela Commercial Properties (CCP) firmou
joint venture com a BRComprop Development Private
Limited, empresa afiliada ao braço de investimentos imobiliário
do governo de Cingapura (GIC Real Estate) e ao fundo de pensão
canadense Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB).
A parceria tem como objetivo adquirir, desenvolver, construir,
arrendar, administrar e alienar ativos no segmento de imóveis
comerciais, industriais e de escritórios no Brasil. Os investimentos
são previstos em US$ 400 m, sendo que a CCP terá 25% da
sociedade e a GIC Real Estate e a CPPIB ficarão com 37,5%
cada uma.
| A BR Malls confirmou a aquisição do Shopping Metrô Santa
Cruz, que pertencia à incorporadora JHSF, por R$ 188,1 m. Com
isso, a BR Malls consolida sua liderança na administração de
shopping centers no Brasil, passando agora a controlar 35
unidades no País. No mercado de São Paulo, o Shopping Metrô
Santa Cruz se soma às outras quatro unidades da BR Malls: o
Shopping Metrô Tatuapé, o Shopping Villa Lobos, o Villa
Daslu e o Shopping Mooca (em fase de implantação). A JHSF,
por outro lado, está revendo sua atuação no mercado de shopping
centers e também pode vender o Shopping Metrô Tucuruvi, em
fase de construção.
| A também administradora de shopping centers Multiplan
realizou sua oferta pública de ações e captou R$ 792 m, montante
que abrange os lote principal e suplementar (15%) previstos. A
operação foi composta apenas de papéis primários e os recursos
serão utilizados na construção e desenvolvimento de novos
shoppings (70%), expansão dos atuais (10%) e incorporação de
novos empreendimentos comerciais e residenciais (20%). A
Multiplan é a administradora do Morumbi Shopping, em São
Paulo (SP), e do Barra Shopping, no Rio de Janeiro (RJ).
Topo
Serviços
| A GP Investments, por meio de um de seus fundos de
investimentos, fará um aporte de R$ 50 m na rede de clínicas
odontológicas Imbra, na qual já detinha participação de 47,4%.
Com o novo investimento, o grupo investidor passará a deter
78,7% da empresa. Ao todo, a GP e seus fundos já investiram
US$ 125,4 m na Imbra, que hoje conta com atuação em 12
estados brasileiros por meio de 24 clínicas.
| A Zatix, empresa de monitoramento e rastreamento controlada
pelo Pátria Investimentos, assumiu a Controlsat, empresa do
grupo Schahin. O valor da transação não foi divulgado. A Zatix
originou-se da fusão, sob o controle do Pátria, das empresas
Omnilink, Graber e Teletrim. Outras incorporações podem ser
anunciadas, sendo que o setor de monitoramento e rastreamento
de veículos hoje passa por uma fase de consolidação.
| O grupo Odebrecht criou uma nova holding para abrigar seus
negócios nas áreas de saneamento urbano e tratamento de
resíduos industriais. Trata-se da Foz do Brasil, cuja receita
estimada para 2010 é da ordem de R$ 750 m e cujos
investimentos para os próximos cinco anos são previstos em R$
3,6 bilhões. A nova empresa irá substituir a Odebrecht
Engenharia Ambiental. Atualmente a Odebrecht conta com
concessão de serviços de saneamento em 18 municípios, além de
contratos com empresas estaduais e clientes no setor privado.
Topo
Financeiro
| O Banco Rendimento fechou a aquisição do Banco Concórdia,
criado em 2008 pela Sadia como braço financeiro para atender
seus fornecedores e clientes. O Banco Concórdia teve sua
estréia em meio à crise financeira da Sadia, que acabou adquirida
pela Perdigão. O banco e a corretora Concórdia, porém, não
entraram na negociação que originou a BRF Brasil Foods.
| Está nascendo o Banco Randon, instituição financeira ligada ao
grupo Randon, fabricante de materiais de transporte. O novo
banco múltiplo deverá entrar em operação em 2010 e terá capital
inicial de R$ 25 m. Com ele, o grupo Randon, que tem sede em
Caxias do Sul (RS), pretende apropriar-se dos spreads de
financiamentos concedidos aos seus clientes.
| A brasileira FinaBank e a colombiana InterBolsa Sociedad de
Inversiones fecharam acordo de joint venture para atuar na
intermediação de investimentos no Brasil, Colômbia, Panamá e
EUA. A InterBolsa é a maior corretora colombiana. Sua
participação na FinaBank será, inicialmente, de 44,51%. A
FinaBank está entre as dez maiores corretoras independentes do
mercado brasileiro e opera em renda fixa, em renda variável e em
mercados futuros.
| O Bradesco uniu-se ao Banco Espírito Santo (BES) para criar
a 2bCapital, gestora de fundos de private equity. O segmento é
inédito para o Bradesco, mas a instituição portuguesa já possui
mais de dez anos de atuação. Cada sócia terá 50% de participação
na 2bCapital, sendo que o Bradesco entra no empreendimento
por meio da Bradesco Asset Management (Bram). O
investimento inicial de cada banco será de R$ 50 m. Atualmente o
BES possui participação de 7,97% no capital votante do
Bradesco e de 4% em seu capital total. O Bradesco, por sua
vez, detém 20% do BES Investimento no Brasil e 3,1% do
Banco Espírito Santo em Portugal.
| A Tempo Participações, empresa controlada pela GP
Investments, anunciou a incorporação integral da seguradora de
saúde do Unibanco por R$ 55 m. Outros R$ 45 m ainda poderão
ser desembolsados no período de um ano, dependendo do
desempenho da empresa adquirida. A Tempo hoje conta com
duas operadoras de saúde (Gama e Associl), nove planos
odontológicos, uma seguradora de viagens e uma prestadora de
serviços para seguradoras.
| A Porto Seguro Seguros e o Itaú Unibanco anunciaram a
união de suas atividades no setor de seguros residenciais e de
automóveis. Numa primeira etapa, o Itaú Unibanco transferirá
os ativos e passivos de sua carteira para a nova Itaú Unibanco
Seguros de Automóvel e Residência que, por sua vez, será
absorvida pela Porto Seguro. Em seguida, a Porto Seguro
emitirá ações equivalentes a 30% de seu novo capital social, que
serão entregues ao Itaú Unibanco. Finalmente, as duas sócias
constituirão uma nova empresa, denominada Porto Seguro Itaú
Unibanco Participações (Psiupar), que assumirá a totalidade
das ações emitidas pela Porto Seguro. Ao final da operação, que
abrange acordo para distribuição exclusiva de produtos na rede
Itaú Unibanco no Brasil e no Uruguai, a Porto Seguro terá 57%
da Psiupar e o Itaú Unibanco os 43% restantes. A Psiupar terá
70% do capital da Porto Seguro que, por sua vez, terá, além de
suas atividades atuais, também as do Itaú Unibanco Seguro de
Automóvel e Residência. As marcas Porto Seguro, Azul e
Itaú Unibanco deverão ser mantidas no mercado.
| A TSYS, maior processadora de cartões de crédito do mundo,
investiu R$ 30 m para iniciar suas atividades no Brasil. Com
escritório em Campinas (SP) e centro de processamento em
Hortolândia (SP), em parceria com a IBM, a empresa visa o
processamento de transações para bancos e empresas emissores
de cartões, assim como serviços relacionados ao credenciamento
de lojas. No Brasil, este último segmento ainda é explorado
majoritariamente pelas próprias operadoras, como a Redecard e
a Visanet, mas esta situação tende a se alterar nos próximos
anos.
Topo
Outros Setores
| Com um caixa reforçado e uma postura declaradamente
compradora, a Hypermarcas anunciou sua primeira incorporação
neste ano. Trata-se da linha de cosméticos infantis e juvenis
Hydrogen, que pertencia ao Grupo Silvio Santos. O negócio
custou R$ 25 m à Hypermarcas e abrange produtos como
xampus e colônias licenciados sob a marca Disney. Sua produção
é integralmente terceirizada, o que, num primeiro momento, deve
ser mantido pela Hypermarcas.
| A CPFL fechou a aquisição de sete projetos de desenvolvimento
e exploração de energia eólica no Rio Grande do Norte. A
transação foi efetivada por meio da subsidiária CPFL Geração e
custou R$ 31,6 m. Os parques geradores previstos ainda precisam
de licitação da Aneel. Atualmente, a CPFL Geração conta com 19
pequenas hidrelétricas e 1 usina termelétrica, todas localizadas no
Estado de São Paulo.
| A italiana Giesse, líder européia em componentes para
esquadrias de alumínio, vai erguer uma fábrica em Mauá, SP. A
unidade está prevista para ser inaugurada no início de 2010 e faz
parte do programa de R$ 20 m que a empresa investirá no País. A
unidade brasileira concentrará a atuação sul-americana da
Giesse, mas sua atual linha na Argentina não será desativada.
| O grupo Votorantim escolheu o nome Fibria para a nova
empresa resultante da fusão entre a Votorantim Celulose e
Papel (VCP) e a Aracruz Celulose. A Fibria será a maior
fabricante de celulose do mundo, sendo que após a emissão de
ações para incorporação da Aracruz, o grupo Votorantim ficará
com cerca de 36% de seu capital. E para reduzir seu
endividamento, a Fibria já firmou a venda da unidade de Guaíba
(RS) e de seus projetos de expansão no RS para a chilena CMPC.
A expansão desta unidade teve suas obras paralisadas em 2008
devido à crise internacional e às dificuldades financeiras da
Aracruz. O valor do negócio foi confirmado em US$ 1,43 bilhão,
sujeito a ajustes. Quando concluída a expansão de Guaíba, em
2013, o grupo chileno poderá tornar-se o segundo maior
fabricante global de celulose, atrás apenas da própria Fibria. Com
a venda, a Fibria ficará com três unidades de produção: Losango
no RS, Veracel na BA (em sociedade com a sueco-finlandesa
Stora Enso) e Três Lagoas (MG).
| A White Martins está ampliando sua capacidade produtiva de
gases industriais em Manaus (AM), a partir do mês de outubro,
visando atender o pólo industrial de Manaus, montadoras e
autopeças. O investimento realizado é da ordem de US$ 20 m e
abrange a linha de gases atmosféricos (oxigênio, nitrogênio e
argônio). A White Martins é a subsidiária do grupo norteamericano Praxair na América do Sul.
| A Magnesita vai receber um aumento de capital de R$ 350 m a
fim de equilibrar sua estrutura de capital. A GP Investments, a
Gávea Investimentos e o grupo Rhône irão aportar cerca de R$
105 m na empresa. O BNDESPar entrará com outros R$ 56 m,
que podem chegar a R$ 245 m, caso os acionistas minoritários
não sigam os controladores. Com isso, a participação do BNDES
na empresa deverá oscilar entre 2,8% e 12,2%. A Magnesita é a
terceira maior fabricante mundial de produtos refratários e seu
passivo é da ordem de R$ 1,9 bilhão.
| O conglomerado francês de mídia Vivendi anunciou uma oferta
amigável de € 2 bilhões (US$ 2,9 bilhões) por 100% das ações da
operadora de telefonia brasileira GVT. A transação, se autorizada
pelos órgãos oficiais, representa a entrada da Vivendi na
telefonia do Brasil. A intenção da empresa francesa é incrementar
a atuação da GVT, com uma expansão territorial mais rápida e
com serviços de IPTV e telefonia móvel. Atualmente a GVT possui
atuação em 80 cidades, incluindo o mercado corporativo de São
Paulo e Rio de Janeiro. Seu grupo controlador é formado pela
Swarth Group e pela Global Village Telecom (Holland) BV,
que possuem 30% de seu capital. A aquisição pela Vivendi,
porém, só será concretizada se houver uma adesão mínima de
51% dos papéis.
| A Altenburg, maior fabricante de travesseiros do País, está
investindo R$ 17 m para construir uma unidade em Nossa
Senhora do Socorro, SE. Nela serão produzidos travesseiros,
edredons, protetores de colchão, jogos de cama e toalhas de
banho. Atualmente a Altenburg possui duas unidades produtivas,
ambas sediadas em Blumenau (SC). A previsão é de que a nova
fábrica em Sergipe seja inaugurada em novembro.
Topo
A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria
em compra, venda e associações entre empresas; atração de
sócios e levantamento de capital para projetos e empresas;
desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica;
assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento
financeiro e estratégico em geral.
Sócios:
Alberto Ortenblad Filho
[email protected]
Luiz Eduardo do Amaral Costa
[email protected]
Luis Fernando Salem
[email protected]
Luiz Roberto Carvalho Pereira
[email protected]
Tom Waslander
[email protected]
Associados:
André Moor Whitaker Assumpção
[email protected]
André Rodrigues
[email protected]
Guilherme Aboud
[email protected]
Jorge Troyko
[email protected]
Marcos Levy
[email protected]
Priscila Eisenstadt
[email protected]
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar
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Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288
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O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar
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Diretores Responsáveis: Alberto Ortenblad Filho e Luiz Eduardo Costa.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A
Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas
previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim
referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se
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