Hepatite crônica - Virology Education
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EPIDEMIOLOGIA ,DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DA HEPATITE B Prof. Marcelo Simão Ferreira Faculdade de Medicina – UFU PRESIDENTE DA SOC. BRAS. DE INFECTOLOGIA HBV: marcadores Componentes Sorologia Antígeno “s” HBsAg / anti-HBs Antígeno “c” anti-HBc (total; M) Antígeno “e” HBeAg / anti-Hbe Virologia DNA do HBV HBV-DNA qualitativo HBV-DNA quantitativo Impacto Global da Hepatite B 2 bilhões com infecção por VHB passada/presente População mundial 7 bilhões 25-40% desenvolvem insuficiência hepática cirrose, ou CHC 350–400 milhões com Hepatite B crônica ~1 milhão/ano morrem de doença hepática relacionada com HBV 10a causa de morte no mundo WHO Fact Sheets, disponíveis no site www.who.int. Acessado em: 24 de setembro de 2004. Conjeevaram, et al. J Hepatology. 2003;38:S90-S103. Lee. N Engl J Med. 1997;337:1733-1745. Lok. N Engl J Med. 2002;346:1682-1683. A Prevalência Geográfica de Hepatite B Crônica Números de imigração somados por continente de 1996-2002 ~2 milhões de asiáticos ~400.000 sulamericanos Prevalência de HBsAg 8% 2-7% <2% ~930.000 europeus ~350.000 africanos World Health Organization [Organização Mundial da Saúde]. Prevalência Geográfica de HBsAg. Dados de 1996 (não publicados). http://www.who.int/vaccines-surveillance/graphics/htmls/hepbprev.htm. Acessado em: 13 de setembro de 2004.2002 Yearbook of Immigration Statistics. http://uscis.gov/graphics/shared/aboutus/statistics/IMM02yrbk/IMM2002list.htm. Accessado em: 22 de setembro de 2004. Mahoney FJ. Clin Microbiol Rev. 1999;12:351-366. HBV: Prevalência do VHB na América Latina Rep. Dominicana HBsAg = 4.1 Anti-HBs = 55.3 México HBsAg = 1.6 Anti-HBs = 11.6 Costa Rica HBsAg = 0.6 Anti-HBs = 17.3 Colômbia HBsAg = 1.0 Anti-HBs = 25.1 Equador HBsAg = 2.0 Anti-HBs = 29.4 Peru HBsAg = 2.2 Anti-HBs = 20.2 Chile HBsAg = 0.4 Anti-HBs = 3.8 Puerto Rico HBsAg = 0.2 Anti-HBs = 9.2 Barbados HBsAg = 1.4 Anti-HBs = 9.0 Venezuela HBsAg = 2.8 Anti-HBs = 11.6 Suriname HBsAg = 2.3 Anti-HBs = 28.1 Brasil HBsAg = 2.1 Anti-HBs = 26.7 Argentina HBsAg = 0.8 Anti-HBs = 14.7 Paraná R & Almeida D: J Cllin Virol 34(suppl.): S130. 2005 Prevalência do HBsAg no Brasil ? ? ? HBsAg > 6m Muito baixa Baixa Moderada Alta Desconhecida <1% 1-2% 2-7% >7% ? Francisco Souto, 2002 Prevalência de HBsAg em doadores de sangue 0,7% 1,1% 1,0% 0,4% 0,8% BRASIL Hepatites B e C Processo de amostragem e tamanho da amostra 10 a 19 20 Total da amostra 27326 2594 2594 2973 2973 1405 1405 2154 2154 3094 3094 RESULTADO HEPATITE B – ANTI-HBc POR REGIÃO 16 14,7 10 a 19 14 11,6 12 Prevalência 20 a 69 12,7 11,3 10 8,3 7,9 8 6 4 2,1 2 0,94 1,3 1,2 1,58 0,61 0 Norte Nordeste Centro-Oeste Distrito Federal Regiões Sudeste Sul 0,9 RESULTADO HEPATITE B – HBsAg NOS ANTIHBc + POR REGIÃO 10 a 19 0,8 20 a 69 0,8 0,7 0,7 Prevalência 0,6 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0 0 0 Norte Nordeste Centro-Oeste Distrito Federal Regiões Sudeste Sul Grupo de doenças investigadas Doenças que cursam com síndrome febril íctero-hemorrágica aguda Dengue Meningococcemia Hantavírus Riquetsiose Hepatites virais Febre amarela Febre Purpúrica brasileira Doença de vias biliares Malária Sepse Febre tifóide Leptospirose Outras arboviroses HBV: Genótipos - Mais de 8% de divergência no genoma e mais de 4% no gene S (subgenotipos…). - 8 genótipos identificados: A, B, C, D, E, F, G , H (distribuição geográfica heterogênea) Questões: - Evolução clínica diferente (?) - Resposta variável aos tratamentos (?) - Diferenças na prevalência de mutações (?) VHB: Distribuição dos Genótipos F C A B D/E D AGD B DC D H B C B C A G ? A/F A,B,C, D D A, B, C, D,F Norder et al. 1994; Arauz-Ruiz et al. 1997; Sitnik et al. 1999; Swenson PD. et al. 2001; Moriya T. et al. 2002 Viana et al, 2003 Genótipos do VHB no Brasil Região Norte Amazonia Oriental*** Brasil * gen A= 89 % gen A= 50 % gen D= 24 % gen C= 13 % gen F= 10 % gen B= 3 % Região Sudeste Campinas** gen A= 55% gen D=38% gen C=3% gen F= 4% * Sitnik et al, 2004 ** Tonetto et al, 2005 *** Conde et al, 2001 Transmissão do VHB Transmissão Horizontal Doador Transmissão Vertical Receptor - Via parenteral (reconhecida e não reconhecida). Exs.: Agulhas Contaminadas Acidente profissional (área da saúde) Transfusão - Via sexual 6% dos infectados após 5 anos de idade se tornam cronicamente infectados Mãe Perinatal RN 90% das crianças infectadas se tornam cronicamente infectados Não há nenhum fator de risco claro em 20-30% dos pacientes CDC Fact Sheet. http://www.cdc.gov/ncidod/diseases/hepatitis/b/. Acesado: 2 de outubro de 2004. Lee. N Engl J Med. 1997;337(24):1733-1745. Lavanchy. J Viral Hepat. 2004;11(2):97-107. HISTÓRIA NATURAL DA HEPATITE B CRÔNICA Replicação do VHB na célula hepática VHB VHB HEPATÓCITO citoplasma DNA Envelopes do HBsAg DNA-pol DNA parcialmente duplicado ccc-DNA RNA m (-) DNA RT/Polimerase RNA m prégenômico encapsulado núcleo Adaptado de Lai et al., J Med Virol 2000 Perfil sorológico da hepatite B aguda Perfil sorológico da hepatite B crônica Fases Evolutivas da Hepatite B Crônica Imuno Tolerância Imuno Eliminação Histologia ALT HBV DNA HBeAg + (selvagem) HBV DNA 109-1010 cp/mL Inativa >< Reativação HBeAg - / anti-HBe + (mutante pre-core) > 105 cp/mL > < 105 cp/mL 107-108 cp/mL ALT Dano Hepático: ausente/leve Dano Hepático: moderado/grave Dano Hepático: ausente/leve Dano Hepático: moderado/grave cirrose Cirrose Inativa cirrose HBeAg (+) Hepatite Crônica Portador Crônico Inativo HBeAg (+) e/ou (-) Hepatite Crônica Fattovich G et al. J Hepatol, 2008; 335-52 4 História Natural da Hepatite B Crônica HBeAg-positivo Fases da Infecção Pelo VHB ALT N Fase replicativa (imunotolerância) VHBnatural (HBeAg )+ HBeAg-negativo/ anti-HBe-positivo ALT Fase Replicativa (imunoEliminação) ALT N Fase de Baixa Replicação (portador Inativo) ALT Fase de reativação VHB mutante pré-core (HBeAg -) Brunetto. J Hepato/1991 História natural e progressão da hepatite crônica B, na fase de imunotolerância (Hui et al, 2007) 57 pacientes com hepatite B crônica na fase de imunotolerância (AgHbe; ALT normal; biópsia normal ou mínima ANI, DNA-VHB) Biópsia inicial → F0, F1 apenas, seguimento de 5 anos com biópsia hepática ao final do “followup” Evolução: 9/57 (15,8%) → ALT Progressão da doença → > nos com ALT 5/9 vs 3/48; p = 0,001 Pacientes com imunotolerância → doença leve; se ALT na evolução → progressão da doença Mutante pré - core versus portador inativo Mutante pré-core Portador inativo Ambos têm HBeAg negativo Ambos podem ter ALT normal* Ambos podem ter DNA baixo/indetectável por PCR* * Transitoriamente Biópsia: com atividade necro-inflamatória * Prolongadamente Biópsia: sem atividade necro-inflamatória Prevalência da hepatite crônica AgHbeΘ nos EUA e Europa Ano País 1993 Suíça 1994 França 276 22 1996 Espanha 99 63 1997 US/UK 45 9 1997 Itália 837 90 1998 Grécia 36 86 93 84 1999 Alemanha Referência N° exa- AgHbeΘ minados (%) Kidd-Ljunggren K et al. J 42 69 Med Virol; 39:297-302 Zarski JP et al. J Hepatol; 20:636-640 Jardi R et al. J Hepatol; 24: 680-685 Gray A et al. J Viral Hepa; 4:371-378 Gaeta G et al. J Hepatol; 39(6):1036-1041 Laras A et al. J Viral Hepat; 5:241-248 Knoll A et al. J Med Virol; 59:14-18 Características da hepatite crônica B AgHbeΘ (Hadziyannis et al, 2003) Prevalência em ascenção Doença hepática tipicamente avançada Predomínio do sexo masculino Idade entre 36 e 45 anos Remissão espontânea sustentada é rara Replicação do VHB persistente ou intermitente Flutuações da ALT e dos níveis de viremia Acentuada atividade necro-inflamatória à biópsia Fibrose progressiva (40% em alguns estudos Evolução da Hepatite crônica B anti-HBe positiva 73 pts (44.5%) Flare up assintomático 90% dos casos ALT 59 pts (36.0%) 32 pts (19.5%) 164 pacientes não tratados acompanhados por 23 meses Brunetto MR et al, J Hepatol 2002 Quadro clínico laboratorial (QCL) das exacerbações agudas (“Flares”) na cirrose pelo VHB (Chu, Liaw, 2006) Tópicos Incidência anual AgHbe AgHbeΘ Total QCL Assintomático Icterícia (> 3 mg%) Ascite -fetoproteína > 100 ng/ml Necrose em ponte Curso clínico Auto-limitado Descompensação hepática Letalidade Índice (%) 16.4 - 25.9 7.6 - 11.9 11.5 - 20.7 22.8 13.2 3.5 50 41 81.3 13.9 4.4 DESFECHOS A LONGO PRAZO DA HEPATITE B CRÔNICA Definições e critérios diagnósticos utilizados na infecção pelo VHB Definições Critérios diagnósticos 1. Hepatite crônica B •AgHbs > 6 meses •DNA-VHB > 2000UI/ml* (*1U = 5,6 cópias/ml) • ALT/AST (persistente/intermitente) •Biópsia hepática hepatite crônica 2. Classificação da •AgHbe hepatite crônica B •HbeΘ/anti Hbe 3. Portador inativo do VHB •AgHbs > 6 meses •HbeΘ/anti Hbe •DNA-VHB < 2000 UI/ml •ALT/AST normais •Biópsia hepática normal 4. Hepatite B resolvida •AgHbsΘ; Anti Hbc; Anti Hbs; DNAVHBΘ; ALT normal Evolução da infecção pelo VHB Recuperação 10-70% Infec. aguda na criança Infecção crônica *Incidência por 100 pessoas/ano 1* Infecção crônica moderada grave 8 a 15% ao ano Hepatite crônica 8-10 * (HBeAg-) Recuperação < 1% 30-90% Leve 99% Infec. aguda no adulto Portador inativo 0.5-5 * (HBeAg+) 0.02-0.2 * Cirrose (F4) 4* 2-3 * Descompensação HCC 3* Morte / transplante Fatores de risco para progressão para Cirrose na hepatite crônica B Fatores virais Persistência do DNA-VHB elevado Mutante pre-core Genótipo do VHB (C > B) Fatores do hospedeiro •Idade avançada •Estadiamento histológico •Elevação persistente da ALT •“Flares” recorrentes agudos •Co-infecções com VHD e VHC •Co-infecção com HIV Fatores externos • Álcool • Drogas Fattovich, 2004 % Incidência Cumulativa de Cirrose Incidência Cumulativa de Cirrose após 11 anos de seguimento de acordo com HBV DNA basal 40 36,2% N=3.582 35 30 23,5% 25 20 15 10 9,8% 4,5% 5,9% <300 300-10.000 5 0 10.000100.000 100.0001.000.000 HBV-DNA basal (cópias/mL) R.E.V.E.A.L. study - Iloeje UH, et al. Gastroenterology 2006 >1.000.000 Incidência cumulativa de CHC após 11 anos de seguimento de acordo com HBV-DNA basal % Incidência Cumulativa CHC 20 N=3.653 14,9% 15 12,2% 10 5 3,4% 1,3% 1,4% <300 300- 10.000 0 10.000100.000 100.0001.000.000 HBV- DNA basal (cópias/ mL) R.E.V.E.A.L. study - Chen CJ, et al. JAMA 2006 >1.000.000 Infecção oculta pelo VHB – Prevalência em várias casuísticas Infecção oculta pelo VHB ausência de marcadores virais (anti Hbc pode estar presente); presença do DNA-VHB no soro (baixos títulos) e no tecido hepático. Prevalência a) b) c) d) Em cirróticos HCV - 47/138 (34%) (Adachi et al, 2005) Hepatite crônica C – 23/161 (14%) (Fabris et al, 2005) HCV / HIV coinfectados – 3/26 (11%) (Fabris et al, 2005) Anti HIV positivos – 190 pacientes anti-Hbc 7% DNA-VHB Hepatite B: marcadores (“surrogates”) da evolução clínica Histologia hepática HBV-DNA: carga viral Prevenção da cirrose, HCC e morte Soroconversão ALT Avaliação dos pacientes com infecção crônica pelo VHB (Keefe et al, 2006) História, exame físico, função hepática, perfil enzimático, hemograma Afastar doenças hepáticas associadas (álcool, NASH) e outras hepatites virais (C, delta) e infecção pelo HIV Sorologias – AgHbs, anti-Hbc, AgHbe, anti-Hbe (replicação viral) Biópsia hepática Testes moleculares (PCR quantitativo) Genotipagem (?) “screening” para hepatocarcinoma: 1 fetoproteína e ultrassonografia abdominal Papel da biópsia hepática na avaliação do paciente portador do VHB (Zimmerman, 2007) Biópsia hepática tem um papel central na avaliação do paciente com hepatite B crônica Fundamental para estabelecer a atividade necroinflamatória (“grading”) e a fibrose (staging) (scores Ishak e Metavir) Importante para excluir outras causas de doença hepática associadas (esteatose, NASH, álcool, etc) Obtenção de fragmento adequado (> 1 cm com pelo menos 10 espaços porta) é vital para o diagnóstico adequado Paciente jovem, AgHbe, carga viral elevada e ALT elevada → necessita biópsia para indicar tratamento?? Seleção dos testes adequados de acordo com a questão médica (Scheefer, Gerlich, 2007) •Imunidade – Sem vacinação – Com vacinação Testes Anti-Hbc, anti-Hbs Anti-Hbs •Hepatite aguda B AgHbs, anti-Hbc IgM •Exposição prévia Anti-Hbc •Potencial de reativação AgHbs, anti-Hbc, anti-Hbs •Hepatite crônica (AgHbs > 6 meses) – Atividade – Infectividade DNA-VHB, AgHbe, carga viral DNA-VHB, AgHbe •Doadores de sangue AgHbs, anti-Hbc •Doadores de órgãos AgHbs; anti-Hbc Carga viral em hepatite B HBV-DNA • Diversas técnicas • Diversas aplicações HBV-DNA ensaios: linearidade Abbott Molecular Diagnostics Abbott Realtime PCR HBV Digene Hybrid-Capture I Digene Corp. HBV Digene Hybrid-Capture II Ultra-Sensitive Digene Hybrid-Capture II Roche Molecular Systems Artus-Biotech Bayer Corp. Locarnini S Amplicor HBV Monitor Cobas Amplicor HBV Monitor Cobas Taqman 48 HBV Real Art HBV PCR Assay Versant HBV DNA 1.0 Versant HBV DNA 3.0 1 10 102 103 104 105 106 107 108 109 1010 HBV DNA IU/mL Hepatite B: alguns usos da carga viral • Prever a evolução da doença • Identificar quem deve ser tratado • Verificar resposta ao tratamento • Indicar risco de resistência viral Média de melhora no escore de Knodell r = 0.96 (P<0.000003) 1 log10 c/mL = 2 HAI Média de queda do DNA Soroconversão do HBeAg por 100 pac./mês Impacto da queda do HBV DNA na melhora histológica e na soroconversão do HBeAg r = 0.72 (P<0.0002) Média de queda do DNA Mommeja-Marin et al. Hepatology 2003;37: 1309-1319 Efeito antiviral inicial com queda do HBV-DNA e interrupção da “atividade”. Evolução: a) emergência de mutante R => “breakthrough flare”; b) suspensão do medicamento => “reactivation flare”; c) resposta mantida: casos HBeAg(+) => se ocorrer soroconversão; casos HBeAg(-): ? Marcellin et al. J Viral Hepatitis 12:333, 2005 Quantificação do AgHbs: sua utilidade no manuseio da hepatite crônica B (Chan et al, 2011) (1) Quantificação do AgHbs tem sido sugerido no manuseio da infecção pelo VHB Ensaios quantitativos comerciais estão disponíveis (Architect QT – Abbott; Elecsys AgHbs II Quant-Roche) boa correlação entre os 2 testes na mensuração do AgHbs Níveis do AgHbs tendem a ser elevados nos AgHbe do que nos AgHbeΘ (níveis de 105 UI/ml nos imunotolerantes; 104 UI/ml na fase de imunoclearence) Nos portadores inativos → níveis baixos dependendo do genótipo (< 100 a < 1000 UI/ml) Quantificação do AgHbs – novo conceito no tratamento da hepatite B crônica (Moncari, Marcellin, 2011) Quantificação do AgHbs → ensaios quantitativos recentes, automatizados, baixo custo Estudos com IFN・ (ou PEG-IFN) → queda nos títulos do AgHbs durante o tratamento → preditivos de boa resposta ao tratamento (DNA-VHBΘ 24 sem pós tto) (Rycborst et al, 2010) Lau et al, 2008 → pacientes AgHbe - AgHbs em nível < 1500 UI/ml após 12 sem de tto com IFN ・ tem valor preditivo positivo para soroconversão AgHbe-anti-Hbe (50% vs 16%) Brunetto et al, 2010 → combinação de AgHbs (nível < 1000 UI/ml) e DNA-VHB (< 2000 UI/ml mostra ser a mais fidedigna identificação de portadores inativos (92% de sens.; 95% espec.) Quantificação do AgHbs no soro pode ser um teste útil para identificação de portadores e seguimento da resposta ao tto antiviral (IFN α ) Quantificação do AgHbs: sua utilidade no manuseio da hepatite crônica B (Chan et al, 2011) (2) Excelente marcador para acompanhamento do tto; necessidade de “cutoff” para produzir resposta Ideal → declínio dos títulos do AgHbs nas semanas 12 e 24 durante o tto (< 300 UI/ml na semana 24) → resposta sustentada em 62% dos respondedores x 11% dos não respondedores (em AgHbe tratados com IFNα) Queda do AgHbs muito lenta durante o tratamento com AN Proporção de AgHbe com RVS predita pelos níveis de AgHbs nas semans 12 e 24 de tto com PEG‐IFNα Semana 12 Autor AgHbs Sonneveld Semana 24 % pac % RVS % pac % RVS Sem declínio 31 03 25 08 Lan > 20.000 UI/ml 22 16 13 15 Gane > 20.000 UI/ml 18 0 14 0 Lan < 1.500 UI/ml 23 57 34 54 Gane < 1.500 UI/ml 27 58 40 57 Chan < 300 UI/ml Θ Θ 23 62 Hepatite B em situações especiais Formas agudas fulminantes / subfulminantes Imunodeprimidos não-HIV Insuficiência renal crônica Hemofílicos / anemias hemolíticas Cirrose hepática B Crianças e adolescentes Mulheres grávidas HIV Pré e pós transplante hepático / renal Esquistossomose mansonica Prevalência da co-infecção HIVVHB em vários estudos (2) Cidade Belém Número AgHbs Anti Hbc UDIV (%) (%) (%) 406 7,9 51 10,6 Autor Cuiabá 1000 3,7 40 2,4 Monteiro, 2004 Pereira, 2006 Campinas 226 5,3 44 29 Pavan, 2003 Rib. Preto 401 8,5 40 22,2 Souza, 2004 São Paulo 1693 5,7 38 - Correa, 2000 Florianópolis 93 24,3 71 36,5 Uberlândia 183 6,0 20,7 - Treitinger, 1999 Borges, 2006 > 2000 7,4 39,3 - Caseiro, 2007 Santos Efeitos da infecção pelo HIV na história natural da hepatite B em coinfectados (Rivera, 2009) Aumenta o risco de desenvolvimento de doença crônica (↓ CD4 > risco de cronicidade) ↓ o risco de clearence do AgHbe (5x) ↑ a replicação do VHB (↑↑ níveis do DNA‐VHB) ↑ a chance de desaparecimento do an Hbs (> nos ↓ CD4) ↓ da resposta inflamatória ao VHB (↓↓ ALT; ↓ CD4) Aumenta o ritmo de progressão para cirrose e hepatocarcinoma Reativacao da Hep B em imunodeprimidos(Roche, Samuel,2011) Imunodepressão ↑ na replicação viral ↑ resposta imunológica ao HBV; Reativação durante a quimioterapia: mais comum nos pctes HBsAg+, porém também pode ocorrer nos pctes anti-HBc+ e HBsAg- sororeversão do HBsAg; HBsAg, anti-HBc e HBV-DNA devem ser solicitados em pctes que vão receber terapia imunodepressora. 57 58 59 Reativação do HBV: reaparecimento súbito ou aumento na replicação do HBV em pcte com evidência de infecção pelo HBV resolvida ou inativa; o o o o o Apresentação clínica: Subclínica/assintomática; Hepatite aguda grave; Falência hepática fulminante; Hepatite colestática fibrosante; Morte. 60 Hepatite B em imunodeprimidos não HIV ou em quimioterapia antineoplásica Reativação da replicação do VHB com DNA-VHB e ALT 20 a 50% dos AgHbs/anti-Hbc/anti-Hbs em uso de drogas imunodepressoras Maioria ALT assintomática, pode haver icterícia descompensação hepática e morte Terapia profilática necessária Pré-emptiva – ideal Início após ALT Iniciar profilaxia com lamivudina/tenofovir/entecavir por 3 meses (mínimo); se tto > 6 meses tenofovir/ entecavir Retirada abrupta da lamivudina hepatite fulminante fatal 62 Hepatite B em situações especiais Hepatite crônica VHB evolução para cirrose 2 – 6% ao ano Risco aumentado de progressão para cirrose: idade avançada, replicação viral, atividade necroinflamatória persistentes, carga viral elevada (> 104 cópias/ml), “flares” recorrentes, co-infecçção VHB / VHD Cirrose hepática VHB sobrevida 5 anos a) Compensados 84% b) Descompensados 14 – 35% Cirrose compensada Anti Hbe 97% sobrevida de 5 anos (não mutante) Ag Hbe 72% sobrevida de 5 anos Alto riso de hepatocarcinoma principalmente nos AgHbe (monitoramento: USG / 1 fetoproteína 6/6 m) Terapia antiviral na cirrose hepática pelos vírus da hepatite B Sobrevida dos pacientes com cirrose por VHB (De Jongh et al, 2005) 100 90 80 Compensado HbeAgnegativo Compensado HbeAgpositivo Descompensado HbeAg-negativo Descompensado HbeAg-positivo Sobrevida (%) 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 Anos 3 4 5 Hepatite B crônica e Esquistossomose Mansoni Pereira et al, 1994, J Med Virol 234 PACIENTES EHI 44 Residentes GRUPOem A zona endêmica -IFN Ovos de S. mansoni nas49 fezes EHEC 143 Hepatoesplenomegalia HCV-RNA + Hipertensão portal 114 EHED 47 Albumina < 3,0 g/l GRUPO B T. protrombina -IFN + RIBAVIRINA 4s > controle normal Ascite 43 Bilirrubina > 3 mg/dl 8% HBSAg 37% HBV-DNA+ N = 234 N = 19 EHEC (N=143) EHED (N=47) 21,6% HBsAg 5,6% HBsAg EHEC (N=8) 25% HBV-DNA+ EHED (N=10) 50% HBV-DNA+ OBRIGADO!
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