Crenças Irracionais – Albert Ellis

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Crenças Irracionais – Albert Ellis
Crenças Irracionais – Albert Ellis
Retirado do texto de Ellis, Albert. “PSICOTERAPIA RACIONAL”(Pág. 170)In: Millon, Theodore - Teorias de Psicopatologia e
Personalidade: ensaios e críticas. Ed. Interamericana, 1979.
1. A idéia de que ser amado ou aprovado por todos por qualquer coisa que faça, seja uma triste
necessidade para o adulto – ao invés de se concentrar no seu auto-respeito, em obter aprovação
para fins necessários (como ser promovido no emprego, por exemplo), e em amar mais do que
ser amado.
2. A idéia de que certos atos são errados, maus, ou infames e que as pessoas que cometem tais atos
deveriam ser severamente castigadas – ao invés da idéia de que certos atos não são apropriados
ou são anti-sociais, e que pessoas que cometem tais atos são invariavelmente estúpidas, ignorantes
ou emocionalmente perturbadas.
3. A idéia de que é terrível, horrível e catastrófico quando as coisas não são o que desejaríamos que
eles fossem – ao invés da idéia de que é uma pena que as coisas não sejam do modo que nós
gostaríamos que fossem e que se deveria certamente tentar mudar ou controlar as condições
para que elas sejam mais satisfatórias, mas que se mudar ou controlar situações inconfortáveis
é impossível, será melhor nos resignarmos com a sua existência e parar de dizer a si mesmo
quão horríveis são.
4. A idéia de que a infelicidade humana é causada externamente e somos forçados a aceitá-la por
pessoas de fora e por eventos – ao invés da idéia de que virtualmente toda infelicidade humana
é causada ou sustentada pela visão que temos das coisas no lugar das próprias coisas.
5. A idéia de que se alguma coisa é o pode ser perigosa e atemorizante deveríamos nos preocupar
terrivelmente com ela – ao invés da idéia de que se alguma coisa é ou pode ser aterrorizante
deveríamos enfrentá-la francamente e tentar torná-la não perigosa, e, quando isto é impossível,
pensar em outras coisas e parar de dizer a si mesmo em que terrível situação nos encontramos
ou poderemos nos encontrar.
6. A idéia de que é mais fácil evitar do que enfrentar as dificuldades da vida e as próprias
responsabilidades – ao invés da idéia de que o assim chamado caminho fácil é invariavelmente
mais duro no final de contas e que, a única maneira de resolver problemas difíceis é enfrentálos com firmeza.
7. A idéia de que necessitamos de algo diferente, mais forte ou maior que nós mesmos para nos
apoiarmos – ao invés da idéia de que geralmente é muito melhor apoiar-se sobre os próprios
pés e ter fé em si mesmo e na capacidade que temos de enfrentar as difíceis circunstâncias da
vida.
8. A idéia de que deveríamos ser absolutamente competentes, adequados, inteligentes e auto-realizadores
em todos os aspectos possíveis – ao invés da idéia de que deveríamos fazer preferivelmente a
sempre tentar fazer bem e que deveríamos nos aceitar como uma criatura bastante imperfeita,
que possui limitações humanas gerais e falibilidades específicas.
9. A idéia de que algo deveria afetar indefinidamente a nossa vida porque uma vez afetou-a intensamente
– ao invés da idéia de que deveríamos aprender pela nossa experiência passada, mas não nos
deveríamos ligar demasiado a ela ou ser prejudicados pela mesma.
10. A idéia de que é vitalmente importante para a nossa existência aquilo que as outras pessoas fazem,
e que deveríamos despender grandes esforços para modificá-las na direção em que gostaríamos que
fossem – ao invés da idéia de que as deficiências das outras pessoas são, em grande parte, seu
problema e que pressioná-las para que mudem geralmente não as ajudará em nada.
11. A idéia de que a felicidade humana pode ser alcançada pela inércia e inatividade – ao invés da idéia
de que os homens tendem a ser mais felizes quando estão ativa e vitalmente absorvidos em
ocupações criativas, ou quando estão se devotando a pessoas ou projetos fora de si mesmo.
12. A idéia de não possuímos virtualmente nenhum controle sobre nossas emoções e que não podemos
deixar de sentir certos sentimentos – ao invés da idéia de que temos um enorme controle sobre
nossas emoções se optarmos por trabalhar para controlá-las e praticar dizendo os tipos de
sentenças certas para si mesmo.