programa de gestão florestal - Barra do Cravarí

Transcrição

programa de gestão florestal - Barra do Cravarí
PROGRAMA DE GESTÃO FLORESTAL
Palma Sola - SC
2011
ÍNDICE
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA..........................................................
ELABORADOR.....................................................................................
1 INTRODUÇÃO..................................................................................
2 HISTÓRICO .....................................................................................
3 OBJETIVO DO MANEJO FLORESTAL............................................
4 PROCESSOS DO MANEJO FLORESTAL.......................................
5 GERENCIAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO.......................................
6 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO....................................................
6.1 Comunidades da área de influência das unidades florestais..........
7 ZONEAMENTO DAS PROPRIEDADES...........................................
7.1 Quadro representativo das Unidades Florestais Certificadas.......
7.1.1 Quadro representativo das unidades florestais que devem ser
incluídas no escopo de certificação......................................................
7.1.2 Quadro representativo das unidades florestais certificadas até
dezembro de 2015................................................................................
7.1.3 Quadro representativo das áreas de alto valor de
conservação..........................................................................................
7.1.4 Ocupação Florestal......................................................................
7.1.5 Logística.......................................................................................
7.1.6 Mapa representativo da localização das unidades florestais.......
8 CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO..........................
8.1 Vegetação.......................................................................................
8.2 Solo e Relevo..................................................................................
8.3 Clima...............................................................................................
8.4 Recursos Hídricos...........................................................................
8.5 Localização das propriedades dentro das sub-bacias....................
9 CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E INFRAESTRUTURA DOS
MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA........................................................
9.1 Caracterização socioeconômica das florestas................................
10 MANEJO FLORESTAL....................................................................
10.1 Identificação da Legislação...........................................................
10.2 Planejamento Florestal..................................................................
10.3 Mapeamento da Área....................................................................
10.4 Escolha da Espécie.......................................................................
10.5 Planejamento das Estradas..........................................................
10.6 Implantação e Condução da Floresta...........................................
10.6.1 Produção de Mudas...................................................................
10.6.2 Operações de Silvicultura.........................................................
10.6.3 Controle e Utilização de Agrotóxicos.........................................
10.6.4 Condução das Florestas............................................................
10.6.5 Acompanhamento Florestal.......................................................
10.6.6 Monitoramento Florestal.............................................................
10.6.7 Prevenção e Combate a Incêndios Florestais...........................
10.7 Exploração e Transporte Florestal................................................
03
03
04
04
04
05
06
08
09
10
10
10
11
11
12
13
14
14
14
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17
17
17
20
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28
28
28
31
32
33
33
33
34
37
38
39
41
42
43
10.7.1 Exploração.................................................................................
10.7.2 Transporte das Toras e recebimento de toros...........................
10.7.3 Manutenção e Revisão dos Equipamentos...............................
10.7.4 Aprimoramento e Melhoria da Tecnologia Florestal...................
11 PROGRAMAS DE AUXÍLIO À COMUNIDADE E
COLABORADORES..............................................................................
12 PLANO DE REDUÇÃO E CONTROLE DE EMERGÊNCIAS..........
13 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO AMBIENTE E
RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE.........................................................
14 FLORESTAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO...................
15 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES
FLORESTAIS........................................................................................
16 PROGRAMAS DE COOPERAÇÃO AO APRENDIZADO................
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45
46
49
52
53
60
61
62
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
BARRA DO CRAVARÍ AGROFLORESTAL S/A
PROGRAMA DE GESTÃO FLORESTAL
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:
Nome: Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
Endereço: Avenida Crestani, 1103 (sala no 02)
Palma Sola (SC) – CEP: 89985-000
Telefone: (49) 3652-0015
CNPJ no: 04.527.481/0001-49
Cadastro Técnico Federal: 257818
Projeto e execução de Plano de Manejo Florestal – ART nº 3770220-0 -SC
ART no 20102876837 - PR
COORDENADO POR:
Nome: Marciano Rubel / Diretor Comercial
End: Rua Carmelo Rangel, 822 – Casa, Bairro: Batel
Município/Estado: Curitiba – Paraná
ELABORADO E MONITORADO POR:
Responsável Técnico: Engº Florestal Gustavo Bloise Pieroni
Nº Registro no CREA: 5062069390
Nº do visto: 082579-0
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
1-INTRODUÇÃO
A silvicultura no Brasil, recentemente, passou a ocupar um papel de maior
destaque, em face às evidências dos benefícios sociais, econômicos e de meio ambiente
que tal atividade pode proporcionar.
Na região sul, originalmente o segmento agrícola destacou-se e ocupou as áreas
disponíveis ficando a silvicultura em segundo plano, ocupando historicamente apenas as
áreas com topografia acidentada e não facilmente mecanizáveis.
Hoje se podem observar grandes empreendimentos na silvicultura que são
comparáveis e até maiores que os empreendimentos da agricultura. Essa mudança devese ao fato de que os produtos de origem florestal estão com demanda crescente,
principalmente aqueles provenientes de florestas certificadas, ou seja àqueles
provenientes de florestas plantadas que são exploradas de acordo com um Plano de
Manejo Florestal Certificado. O Plano de Manejo Florestal possibilita a sustentabilidade
florestal, garantindo o retorno do investimento financeiro e o equilíbrio ambiental.
O Plano de Manejo Florestal da empresa Barra do Cravarí Agroflorestal S/A,
apresentado nesse documento, descreve a forma da condução dos trabalhos efetuados
em suas florestas plantadas, levando sempre em consideração que o resultado
econômico devem ser revertido em benefício dos stakeholders, que são os sócios
investidores, os funcionários, a comunidade, o meio ambiente, os organismos
certificadores e a sociedade em geral em que o projeto está inserido.
2- HISTÓRICO
A Barra do Cravarí Agroflorestal S/A tem sua sede localizada no município de
Palma Sola – SC, atua na área de reflorestamentos, cobrindo as etapas desde a
produção de mudas, preparação do solo, plantio, desbaste, corte e transporte das toras
até o pátio da empresa parceira Palmasola S/A - Madeiras e Agricultura, sendo essa a
responsável pelo beneficiamento das toras.
A Barra do Cravarí Agroflorestal S/A é uma empresa que surgiu da cisão do
segmento florestal e agrícola da empresa Palmasola S/A - Madeiras e Agricultura, que
tem como slogan “Produzindo com consciência e tecnologia a mais de meio século”.
A Barra do Cravarí Agroflorestal S/A incorporou consigo toda a experiência de mais de
meio século de trabalhos, na parte administrativa, comercial, silvicultural e meio ambiente
da Palmasola S/A - Madeiras e Agricultura S/A.
Os gestores da Barra do Cravarí Agroflorestal S/A, através de seu aprendizado
adquiriram a cultura da pró-atividade e acreditam que um Plano de Manejo Florestal,
baseado nas Normas ABNT NBR 14789 e nos Princípios e Critérios para o bom manejo
florestal recomendados dos pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC) , possam
determinar o equilíbrio entre as vantagens Sociais, Econômicas e Ambientais e contribuir
para o crescimento dessa organização, assim como para a sua perenidade.
3-OBJETIVO DO MANEJO FLORESTAL
O programa de manejo florestal da Barra do Cravarí Agroflorestal S/A tem como
objetivo produzir madeira de Pinuis e Eucalyptus para industria de compensado, fortalecer
e implementar as condições atuais das florestas plantadas da empresa através do
aumento da produtividade, racionalização dos recursos explorados e respeito à
comunidade
onde a empresa está inserida, corrigindo falhas ou imperfeições,
estabelecendo metas a curto, médio e longo prazo contribuindo para o máximo retorno do
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
capital investido, sempre demonstrando comprometimento as normas estabelecidas pelas
regras do bom manejo florestal determinadas pelo CERFLOR (Certificação Florestal) e
pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal).
Neste contesto as metas deste plano de manejo são:
Período
Metas
Respeito às leis e normas federais e
estaduais no gerenciamento das florestas
Criar
oportunidades
para
o
desenvolvimento dos funcionários
Identificação
dos
impactos
sociais
causados pelas atividades florestais.
Abastecimento da industria madeireira.
Melhorar o desempenho das atividades
através de padronização e procedimentos.
Reconhecimento dos serviços florestais.
Curto
Utilização otimizada dos recursos florestais
Desenvolvimento da região onde se
inserem as atividades florestais da
empresa
Fortalecer os relacionamentos com a
sociedade.
Redução
dos
impactos
ambientais
relacionado às atividades silviculturais.
Ampliar a utilização das florestas de
conservação para programas sociais.
Médio
Busca pela melhoria da qualidade da
madeira reflorestada.
Melhoria das condições ambientais das
UMFs.
Formação de centros de educação
ambiental.
Promover a conservação e a melhoria dos
recursos ambientais
Longo
4-PROCESSOS DO MANEJO FLORESTAL
Nos processos envolvidos no ciclo da produção florestal a preocupação com as
condições do ambiente são uma constante durante todas as etapas do manejo, desde a
escolha da semente até a fase final, que consiste na colheita e abastecimento da unidade
fabril. Estes processos estão caracterizados da seguinte forma em ordem cronológica:
•
Planejar o suprimento de madeira;
•
Obter sementes compatíveis às características edafoclimáticas da região;
5
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
•
Produzir e formar as mudas;
•
Implantar floresta;
•
Condução adequada para obtenção da madeira necessária (desrama e desbaste);
•
Colheita florestal;
•
Transportar a madeira;
•
Buscar fontes alternativas de madeira (compra de outros produtores);
•
Integrar as operações florestais;
•
Gerenciar as licenças cabíveis a atividade;
•
Respeitar o meio ambiente e sociedade.
Essas operações possuem procedimentos específicos elaborados e
documentados pela equipe técnica da empresa e são repassados aos colaboradores
responsáveis pelas atividades de campo, garantindo a qualidade das operações de
manutenção, condução e exploração florestal. A implantação e implementação desses
documentos são garantidas através de acompanhamento constante e coletas de dados,
sistematizada e aperfeiçoada sempre em busca da melhoria para prevenir, mitigar ou
corrigir os impactos ambientais e sociais ligados a atividade florestal.
5-GERENCIAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO
Para o gerenciamento e sistematização das atividades florestais foram designados,
um engenheiro florestal, um engenheiros agrônomos, dois chefes de campo e uma equipe
com 63 funcionários florestais.
As florestas são acompanhadas através de inventários florestais realizados pela
equipe técnica em conjunto com funcionários treinados para exercerem esta função. Os
dados são inseridos em um programa específico de processamento de dados e
relacionados com os mapas das unidades florestais, a partir desse momento, as decisões
relacionadas ao manejo da floresta são comentadas e discutidas entre os responsáveis
pela coordenação das atividades que serão desenvolvidas em cada setor.
:
Diretoria Florestal
Gerencia
Florestal
Gerentes de campo
Extração Florestal
Gerente de campo
Silvicultura
Segurança do trabalho
Funcionários
de campo
Funcionários
de campo
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Organograma para condução das Atividades Florestais da Barra do Cravarí.
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
6-CARACTERIZAÇÃO
A empresa detém áreas de manejo florestal no município de Palma Sola – SC,
onde está instalada a unidade de beneficiamento e também possui propriedades nos
municípios de Marmeleiro – PR, Flor da Serra PR, Bom Jesus do Sul – PR e Santo
António do Sudoeste PR. Num total de 5.980 ha reflorestados.
Todas as unidades florestais apresentam mapas atualizados, nos quais estão
delimitadas, a reserva legal, as áreas de preservação permanente, os recursos hídricos,
as estradas e as áreas de efetivo reflorestamento.
A empresa também explora áreas na região de Mato Grosso no município de
Brasnorte MT, onde realiza Manejo Florestal numa área de 40.000ha através de técnicas
de Exploração de Impacto Reduzido.
Para efeitos legais, todas as áreas da empresa foram adquiridas de seus donos e
em suas escrituras foram averbadas as áreas de reserva legal necessárias a cada
propriedade. Com a finalidade de não descaracterizar o conhecimento tradicional são
mantidos os nomes das fazendas conforme são conhecidos pela população, como mostra
o quadro 4.
Visando amenizar conflitos e conservar a identidade cultural das áreas abrangidas
pelas unidades de manejo, a empresa mantém programas de auxílio, divulgação e
organização das atividades culturais, religiosas, esportivas, educacionais e de saúde no
município de Palma Sola SC.
Recentemente, seguindo orientações, a Barra do Cravarí solicitou a Fundação
Nacional do Índio (FUNAI) a declaração da não existência de áreas indígenas nas
proximidades das unidades florestais, demonstrando sua preocupação com as
comunidades da área de abrangência das atividades florestais.
Mapa 01 Localização do município e áreas indígenas
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
6.1 Comunidades da área de influência das unidades florestais
Quadro 3 - Fonte pesquisa fundação cultural de Palma Sola
Nome das Comunidades
Localização KM no município
Novo Cerro Azul
Linha Sagrada Família
Linha São João
Linha São José
Encruzilhada
Coxilha Negra
Linha Perini
Linha Nova União
Linha Brasil
Progresso do Oeste
Santo Inácio
Linha Paraíso
Santa Terezinha
Linha Trichês
Linha Formosa
Linha Santa Catarina
Linha São Paulo
Linha São Cristóvão
Linha Nova Esperança
Linha São Roque
Linha São Pedro
Linha São Vicente
Esquina Melo
Linha Idaugusta
Linha Santa Lúcia
Linha Odilândia
Linha São Luiz
Linha Gaúcha
Linha Barra Grande
Linha Betel
13
07
10
13
13
16
09
20
17
10
12
07
20
25
24
22
16
12
12
04
15
30
06
12
24
07
24
22
20
24
9
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
7-ZONEAMENTO DAS PROPRIEDADES
7.1 Quadro representativo das unidades florestais certificadas
Área Total
(ha) incluindo
estradas e
carreadores
Área de
Reserva
Legal
(RL)
(ha)
Área de
Preservação
Permanente
(ha)
Área
reflorestada
com
exóticas
(ha)
Área de
Floresta
Ombrofila
Mista
(ha)
Estoque de
madeira
reflorestada
(M3)
Unidade
Fazenda
Set 05
Piscina
Coxilha
negra
Seger
Pazini
Sandri/
Peninha
485,06
97,96
45,32
280,3
145,29
135.000
22,43
4,52
5,45
16,49
0
6291
41,48
493,32
8,30
137,18
3,20
59,27
28,16
163,79
7,85
261,55
163,29
33,14
30,91
125,48
3,46
7167
34979
Plantio
2010
São João
393,21
78,64
65,47
80,02
237,08
Set 12
Set 03
Set 22
Set 14
Set o7
29265
Quadro 4
7.1.1 Quadro representativo das unidades florestais que foram incluídas no escopo
de certificação 2011.
Área de
Reserva
Legal
(RL)
(ha)
Área de
Preservação
Permanente
(ha)
Área
reflorestada
com
exóticas
(ha)
Área de
Floresta
Ombrofila
Mista
(ha)
Estoque de
madeira
reflorestada
(M3)
Unidade
Fazenda
Área Total
(ha) incluindo
estradas e
carreadores
Setor 21
São Roque
406,4827
49,59
52,01
297,24
81,30
163497
Setor 24
São José
145,87
29,17
25,93
100,40
10,54
50020
Quadro 5
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
7.1.2 Quadro representativo das unidades florestais certificadas até dezembro de
2015.
Floresta
Área
Ombrofila reflorestada
Mista (ha) com exóticas
Área de
reserva
legal
(RL)
Estoque de
madeira
reflorestada
(m3)
Resolução
e
Período
Unidade
Fazenda
Área
(ha)
Setor15
São
Cristovão
793,8
124,38
187,2
473,58
158,6
197435
Setor 25
Fagundes
191,6522
55,63
3,04
132,51
38,33
43874
92,9436
10,8
8,87
71,66
18,59
40804
126,37
19,16
1,58
103,6
25,27
29766
44,08
4,43
6,98
32,21
8,82
10466
145,87
25,93
10,75
100,4
29,17
50020
Falta de
áreas nativas
Compra de
terras 2011
Compra de
terras 2011
Compra de
terras 2011
Compra de
terras 2011
Compra de
terras 2011
130,8
13,11
6,41
107,79
26,16
33349
Falta de
áreas nativas
Compra de
terras 2011
731,4187
95,69
51,27
580
146,28
96280
Falta de
áreas nativas
Compra de
terras 2011
406,4827
49,59
52,01
297,24
81,30
163497
OK
OK
Setor 18
Setor 19
Setor 20
Setor 24
Setor 28
Setor 29
Setor 21
Rio Verde
Seger
Rio verde
asfalto
Rio verde
do meio
São José
Fazenda
Bom
Jesus
Fazenda
Laieado
Grande
São
Roque
APP
Pendências
Aprovação de
georreferenci
amento
Falta de
áreas nativas
Falta de
áreas nativas
Falta de
áreas nativas
2011
Quadro 6
7.1.3 Quadro representativo das áreas de alto valor de conservação
Unidade
florestal
Setor 07 Faz.
São João
Setor 22 Faz.
Pazinnii.
Setor 15 Faz.
São Cristovão
Setor 08 Faz
São João
Quadro 7.
Área total
Área floresta
nativa
Área em APP
Área de
Florestas de
alto valor de
conservação
393
237,08
66,79
303,87
493
261,55
59,27
320,8
794
187,20
124,38
312,15
504
336,62
102,95
439,57
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
7.1.4 Ocupação Florestal
Gráfico com parativo e ntre Áre as de Produção e Flore s tas
de Cons e rvação( 2011)
3%
14%
APP(Florest a de Preservação)
Florest a de conservaçaõ
49%
Ref lorest ament o de exót icas
34%
Out ros
O gráfico acima mostra a preocupação com conservação dos ambientes florestais
nativos onde metade da área florestal esta ocupada com áreas de conservação
ecológica.
Gráfico Representativo da Ocupação Florestal Comercial do Solo.
Distribuição de Espécies(2011)
9%
P. taeda
16%
P. ellioti
Araucária
4%
8%
63%
E. dunnii
E. grandis
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
7.1.5 – Logística
Para garantir ideal logística de abastecimento da fabrica e reduzir os custos de
transporte as UMF da empresa ficam localizadas próximas ao centro de consumo com
uma distância mínima de 5Km e máxima de 70 Km, como pode ser observado no mapa 2
e quadro 7.1.3.
Quadro demonstrativo das distâncias entre UMF e centros de consumo
Unidade
Fazenda
Área (ha)
Distancia do centro
de consumo (KM)
Set 05
Piscina
485,06
05
Set 12
Coxilha negra
22,43
10
Set 03
Seger
41,48
7
Set 22
Pazini
493,32
6
Set 14
Sandri/ Peninha
163,29
6
Set o7
São João
393,21
10
Setor 21
São Roque
406,4827
30
Setor15
São Cristovão
793,8
04
Setor 25
Fagundes
191,6522
30
Setor 18
Rio Verde Seger
92,9436
30
Setor 19
Rio verde asfalto
126,37
30
Setor 20
Rio verde do meio
44,08
25
Setor 24
São José
145,87
25
Setor 28
Fazenda Bom Jesus
130,8
60
Setor 29
Fazenda Lageado Grande
731,4187
70
Quadro 7
13
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
7.1.6 Mapa representativo da localização das unidades florestais.
Mapa 1 - Unidades florestais
8.0 CARACTERIZAÇÃO BIOCLIMÁTICA DA REGIÃO.
8.1-Vegetação
A vegetação nativa é denominada segundo o IBGE como Floresta Ombrófila Mista
com predomínio da espécie Araucária angustifólia e sub-bosque pouco denso onde se
encontram algumas mirtáceas e grande regeneração de erva mate (Ilex paraguariensis), e
espécies pertencentes às famílias, meliácea, Boraginaceae, Lauraceae entre outras. A
vegetação também se caracteriza pela grande presença da Samambaia açu ( Dicksonia
sellowiana), principalmente próximo as áreas ciliares.
Nas propriedades da empresa, localizadas sobre o domínio de vegetação de Mata
Atlântica, encontram-se vários maciços de floresta nativa em um total aproximado de
2.600 ha, como ilustra a figura 1.
Para demonstrar seu compromisso em atender as leis ambientais a empresa vem
tomando atitudes conservacionistas, focando na preservação de áreas ciliares e na
conservação das florestas de Araucária angustifólia símbolo da cultura regional. Dentro
das áreas de vegetação foi constatado, a presença de áreas de reprodução do papagaio
do peito roxo (Amazona vinacea) espécie ameaçada de extinção devido a diminuação das
florestas de araucária.
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Figura 1 - Maciço de Floresta Nativa
Figura 2- Floresta de araucária
8.2-Solo e Relevo
O solo predominante é do tipo latossolo brumo distrófico com relevo ondulado a
fortemente ondulado, apresenta regiões com solos profundos e manchas de solos rasos.
Com característica argilosa e ph baixo são solos onde cuidados na mecanização
devem ser empregados e monitorados, principalmente devido aos efeitos da compactação
do solo durante as operações florestais.
Por serem solos com características de acidez elevadas e pobres em nutrientes,
são realizados trabalhos de melhoramento de sua fertilidade com a finalidade de atender
as exigências nutricionais das espécies florestais.
Composição principal dos solos onde acontecem as operações de manejo florestal
Tipo de solos
Latossolo Bruno Distrófico
Solos Litólicos
Terra Roxa Estruturada Distrófica
Característica do Relevo
Relevo ondulado a suave ondulado
Os Relevos predominantes são o forte
ondulado, ondulado e montanhoso mas
pode ocorrer o escarpado.
Relevo ondulado, forte ondulado, suave
ondulado e montanhoso
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Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
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(Mapa 3) Mapa Topográfico do terreno
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
8.3-Clima
O clima predominante é o Mesotérmico de verão quente com índice pluviométrico
anual em torno de 2.400mm.
.
Precipitação Anual Media Durante o Período de 2001 a 2010
3000
2698
2698
2654
Precipitação (mm)
2500
2618
2489
2365
2300
2145
2000
1798
1682
Pluviosidade
1500
1000
500
0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Anos
Gráfico 1: Índice pluviométrico anual médio da Sub- Bacia do Rio Chicão
8.4-Recursos Hídricos
A importância da água no contexto geopolítico atual faz dela elemento de
pesquisas no intuito de conservar a sua qualidade e melhorar as condições de uso e
aproveitamento da mesma em um determinado sistema. A água é um recurso vital para
qualquer atividade que o homem realize. Por isso mesmo, atualmente, organismos
nacionais e internacionais apontam a poluição e a escassez das águas como o maior
problema ambiental que a humanidade irá enfrentar neste século.
Para o planejamento de suas atividades a Barra do Cravarí reconhece a bacia
hidrográfica como unidade principal para o manejo florestal e realiza ações de
caracterização e conservação dessas áreas monitorando indicadores que influenciam na
qualidade do manejo florestal e nas atividades do Manejo Florestal.
As unidades florestais da empresa estão localizadas dentro de duas grandes
bacias hidrográficas denominadas bacia hidrográfica do Paraná e bacia hidrográfica do rio
Uruguai. Para o planejamento florestal é utilizado o conceito de Sub- bacias hidrográficas
envolvendo as Sub- bacias dos rios Chicão, Capetinga, Lageado Grande e Verde este
ultimo já no estado do Paraná. Na tabela abaixo podem ser observadas as informação
referentes às sub- bacias onde se encontram as áreas de manejo florestal.
Caracterização das sub – bacias hidrográficas onde ocorre o Manejo Florestal
Micro bacia
Área de
floresta
(ha)
Comprimento
do Rios
(m)
Área de
Drenagem
(ha)
Perímetro da
bacia
(m)
Rio Chicão
565
86.319
4660,73
31783
Rio
12.015
426.000
26750
82116
Micro
bacia
Lageado
Chicão
Capetinga
17
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Capetinga
Rio Lageado
Grande
Rio Verde
24926
870.000
48218
98085
Lageado
grande
Em fase de elaboração
8.5-Localização das propriedades dentro das Sub-Bacias
Área (ha)
Bacia
da
Hidrográfica
Propriedade
Setor
Propriedades
Micro bacia
3
Seger
41,48
Rio Uruguai
5
Piscina
8,80
Rio Uruguai
5
Piscina
485,60
Rio Uruguai
7
São João
26,32
Rio Uruguai
7
São João
27,80
Rio Uruguai
7
São João
29,88
Rio Uruguai
7
São João
194,67
Rio Uruguai
7
São João
26,30
Rio Uruguai
7
São João
44,50
Rio Uruguai
7
São João
53,17
Rio Uruguai
8
São João
504,95
Rio Uruguai
9
Prigo
203,95
Rio Uruguai
9
Prigo
36,50
Rio Uruguai
9
Prigo
116,90
Rio Uruguai
11
São Pedro
66,20
Rio Uruguai
12
Coxilha Negra
22,44
Rio Uruguai
Rio das
Antas
13
Breda
9,17
Rio Uruguai
Rio das
Antas
13
Breda
4,84
Rio Uruguai
Rio das
Antas
14
Sandri/Peninha
152,50
Rio Uruguai
Rio das
Antas
14
Sandri/Peninha
10,79
Rio Uruguai
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Sub - Bacia
Rio
Lageado
Grande
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Capetinga
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
18
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
Rio das
Antas
15
São Cristovão
760,86
Rio Uruguai
15
São Cristovão
9,55
Rio Uruguai
15
São Cristovão
14,52
Rio Uruguai
15
São Cristovão
8,88
Rio Uruguai
16
Escondida
197,72
Rio Uruguai
22
Pazini/Lopes
471,00
Rio Uruguai
Rio das
Antas
22
Pazini/Lopes
14,70
Rio Uruguai
Rio das
Antas
22
Pazini/Lopes
7,63
Rio Uruguai
Rio das
Antas
23
Faz. Damo
105,34
Rio Uruguai
Rio das
Antas
23
Faz. Damo
221,75
Rio Uruguai
Rio das
Antas
25
Fagundes
191,65
Rio Paraná
18
Rio Verde Seger
92,94
Rio Paraná
19
Rio verde asfalto
60,72
Rio Paraná
19
Rio verde asfalto
65,65
Rio Paraná
42,01
Rio Paraná
2,08
Rio Paraná
20
20
Rio verde do
meio
Rio verde do
meio
21
São Roque
406,48
Rio Paraná
24
São José
15,07
Rio Paraná
24
São José
13,70
Rio Paraná
24
São José
23,23
Rio Paraná
24
São José
19,09
Rio Paraná
24
São José
10,81
Rio Paraná
24
São José
13,43
Rio Paraná
24
São José
13,95
Rio Paraná
24
São José
24,20
Rio Paraná
24
São José
5,13
Rio Paraná
24
São José
7,26
Rio Paraná
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Sem
denominação
Rio Chicão
Rio Chicão
Rio Chicão
Rio Chicão
Rio
Capetinga
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio
Lageado
Grande
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
19
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
28
Fazenda Cidade
de Bom Jesus
130,80
27
Linha Esperança
43,30
27
Linha Esperança
47,20
29
Fazenda
Lageado Grande
731,42
Sem
denominação
Sem
Rio Paraná
denominação
Sem
Rio Paraná
denominação
Sem
Rio Paraná
denominação
Rio Paraná
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
Rio Verde
(Mapa 4) Localização do município de Palma Sola dentro bacia Hidrográfica.
9-CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E INFRAESTRUTURA DOS MUNICÍPIOS DE
ABRANGÊNCIA.
Os municípios de abrangência constituem-se em uma área em fase de expansão,
face aos investimentos em agricultura, silvicultura, serviços, lacticínio e criação de
matrizes suínas. A diversidade cultural da região caracteriza-se pela origem de seus
habitantes que, em sua maioria, são descendentes de italianos e alemães.
As regiões onde se localizam as UMFs da empresa são interligadas por estradas
federais, estaduais e municipais, permitindo o fácil deslocamento de mão de obra e
insumos não sendo o acesso considerado um problema para instalação das florestas nos
municípios. A comunicação pode se dar por linhas telefônicas normais, celulares e
Internet, já que todos os municípios são cobertos pelos serviços básicos de comunicação.
O pouso e decolagem de aeronaves comerciais são realizados nos municípios de
Chapecó - SC e Cascavel - PR que se localizam a distâncias que variam de 180 a 250
quilômetros das UMFs da empresa. Os aeroportos internacionais mais próximos estão
localizados em Curitiba-PR e Foz do Iguaçu –PR ambos a distancia de aproximadamente
20
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
400 quilômetros. O estado de conservação das rodovias permite o fácil deslocamento
dos aeroportos até as unidades produtoras de madeira.
Todos os municípios apresentam escolas municipais fornecendo ensino de nível
fundamental e médio, e em alguns já estão sendo instaladas faculdades melhorando a
vida cultural dos habitantes e evitando o deslocamento das comunidades para centros
urbanos que ofereçam ensino superior. As redes hospitalares dos municípios de
abrangência da das UMF´s envolvem apenas hospitais municipais equipados para
realizarem os primeiros socorros e tratamentos de doenças cotidianas, porem a presença
de um hospital regional equipado para todos os tipos de atendimentos, localizado no
município de Francisco Beltrão- PR a poucos quilômetros das UMFs da empresa, garante
o atendimento em casos considerados graves e de risco a vida.
A rede bancaria dos municípios é ampla contando com agencias de diferentes
bancos permitindo o fácil pagamento do pessoal e a transferência de recursos.
Principais rodovias de acesso: SC 427 e BR 153
Principais agências bancárias: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander.
Os preços da terra praticados na região são variados e dependem de fatores como
declividade, localização e oferta, podendo sofrer volatilização conforme as condições da
agricultura, os preços são classificados como os mais valorizados do país para áreas
onde a declividade permite a utilização de maquinário.
Valor praticado do preço da terra .(Pesquisa 2011)
Terra de fácil mecanização
Terras de difícil mecanização
25.000,00 / ha
7.500,00/ha
Os municípios de abrangência das atividades florestais são marcados pelas
peculiaridades constatadas na organização do espaço regional, a partir das condições
apresentadas pelo quadro natural e daquelas que se manifestaram no decorrer de sua
evolução econômica, social e cultural.
As tabelas abaixo representam os aspectos relacionados às condições sócio
econômicas dos municípios de abrangência dos reflorestamentos da Barra do Cravarí.
Esses levantamentos são base para estudos sociais realizados pela empresa, com a
finalidade de identificar e reduzir os impactos sociais ligados as atividades florestais.
21
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
22
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
25
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26
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
9.1- Caracterização socioeconômica das florestas
Valores
Função
Produção
Explícitos
Relocação de recursos
Produção
Proteção
Pecuniários
Pecuniários
Intangíveis
Conservação
Enquadramento
paisagístico e recreio
Serviços
Emprego e distribuição de
renda.
Toras para industria
madeireira.
Biomassa para energia.
Sementes para alimentação
.
Treinamento para qualificação
da mão de obra.
Investimentos sociais
Manutenção dos recursos
possibilitando garantias de
qualidade de água.
Conservação e proteção do
solo.
Evita a necessidade de
relocação das áreas de
capitação de água e reduzindo
os custos do abastecimento.
Efeito positivo para os
usuários e para a micro bacia.
Manutenção dos recursos
genéticos
Classificação e conservação
dos habtats.
Classificação de recursos de
fauna e flora.
Exploração em Mosaico
florestal.
Enquadramento de locais de
interesse da população,(
recreação e religioso).
Justificativa
Com a implantação, monitoramento e implementação do planejamento florestal a
Barra do Cravarí projeta o seu futuro e busca a exploração racional do meio local,
modernizando suas atividades, obedecendo à legislação, reduzindo os impactos,
conservando a paisagem e seus componentes, conscientizando e ajudando a sociedade,
reduzindo o desperdício e aumentando a lucratividade dos reflorestamentos. Quando
implementado as expectativas são a redução dos custos em atividades de silvicultura,
27
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
colheita e transporte florestal, através da padronização das atividades melhorando a
logística das operações.
As técnicas de produção de madeira que constam no Programa de Gestão
Florestal da empresa são baseadas em experiências e pesquisas realizadas por
especialistas e adaptadas para as situações locais.
10-MANEJO FLORESTAL
10.1- Identificação da Legislação
Para um planejamento eficiente das atividades de manejo toda a legislação
pertinente para uma boa condução das plantações florestais é identificada e incorporada
as atividades da empresa, tendo o cumprimento da legislação brasileira e o
reconhecimento dos acordos internacionais como parte integrante das atividades
florestais.
Essa atividade consiste em uma revisão do sistema legal nacional, estadual e
municipal sendo atualizadas e revisadas periodicamente, abrangendo leis relacionadas a
geração de resíduos, social e ambiental, conforme documento digital denominado Pasta
de Atualização de Legislação; Doc 0021.
10.2-Planejamento Florestal
Para o abastecimento anual da empresa são necessários 60.000m3 de madeira
oriundas dos reflorestamentos de Pinus, Eucalyptus e Araucária. O manejo florestal
acontece em regime de desbaste em diferentes épocas do crescimento das florestas e
depende dos dados processados através do inventário florestal, o qual indica o melhor
momento para as intervenções nas plantações.
Nos plantios de Eucalyptus as intervenções ocorrem em ciclos curtos, o que
propicia a obtenção de lenha para produção de energia na primeira interferência,
geralmente aos 4 anos de idade. Para os plantios de Pinus as intervenções de desbaste
geralmente ocorrem a partir do 7º ano de vida do povoamento, sendo a madeira
destinada à produção de sarrafos e lâminas. Para as araucárias as intervenções ocorrem
em ciclos mais longos e geralmente de acordo com as necessidades da fábrica.
O ciclo médio para corte raso do Pinus é estimado entre 18 e 22 anos, para o
Eucaliptos entre 13 e 16 anos. O esquema do ciclo produtivo está representado nas
figuras, 3, 4,5.
As principais espécies utilizadas nos reflorestamentos são: Pinus taeda, Pinus
elliottii, E. grandis, E. dunni e .E. benthamii A empresa possui alguns experimentos com
outras espécies desses gêneros que estão em avaliação de crescimento.
Após a colheita florestal as áreas são reformadas e de acordo com a aptidão para
a produção devem ser escolhidas as espécies que devem ser implantadas e manejadas.
Esquema dos ciclos produtivos das florestas comerciais da Barra do Cravarí
Agroflorestal S/A.
28
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Figura 3: Ciclo Floresta comercial de Pinus sp
Figura 4: Ciclo Floresta Comercial de Eucalyptus sp.
Figura 5: Ciclo Floresta Comercial de Araucaria angustifólia
29
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PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Representação da quantidade de madeira utilizada pela industria
Produtividade por utilização da madeira 1 Semestre 2011
5000
4399
4500
3728
4000
Peso (T)
3500
3337
3000
2642
2362
2056,62
2500
T de Madeira Destinada para
Biomassa
1271,24
1500
500
T de madeira destinada para
laminação
1944
2000
1000
T de madeira utilizada para serraria
2996
756
333,83
982
507,33
761,87
260,76
796,09
708,39
501,8
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Meses
Produtividade por utlização da madeira 2 Semestres2011
4500
4000
4037
3758
3509
3500
3205
Peso (T)
3000
2000 1560,65
1500
1000
Madeira destinada para Serraria (T)
2197
2500
1282,98
602,47
500
1535,93
1320,68
413,88
1896
1722,76
Madeira destinada para energia (T)
1196,26
593,38
649,51
Madeira destinada para Laminação (T)
712,8
0
0
Julh
Agost
Setem
Out
Nov
Dez
Meses
Portanto os processos que envolvem o planejamento florestal são:
• Mapeamento das propriedades;
•
Escolha da espécie de acordo com as características da área (solo e clima);
•
Planejamento de estradas;
•
Implantação das florestas;
•
Operações de silvicultura;
•
Condução das florestas;
•
Acompanhamento da produção das florestas;
•
Monitoramento florestal;
30
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
•
Prevenção contra incêndios;
•
Exploração e transporte florestal.
Contingente Florestal
Setor de atuação
Desbaste
Corte Raso
Transporte
Operadores de máquinas
Gerentes operacionais
Ajudandes de silvicultura
Vigias florestais
Total
Quantidade
24
6
5
7
2
24
7
75
10.3-Mapeamento da Área
O mapeamento das unidades florestais é a primeira fase para a implantação da
floresta, nessa etapa fica determinado o uso e ocupação do solo presente e futuro, dando
ênfase para proteção dos recursos ambientais, seguindo como princípios as leis
ambientais nacionais e os indicadores do processo de certificação florestal FSC. Como
ilustra o mapa 6.
Durante o zoneamento ecológico, é realizado um levantamento dos fragmentos de
floresta nativa dentro das unidades de manejo com o objetivo de verificar da existência de
maciços de vegetação e utilizá-los como áreas de conservação planejando a ligação
entre os fragmentos através das áreas destinadas a Preservação Permanente, conforme
o documento Estratégias para Levantamento e Conservação da Flora; Doc 0013 e
Estratégias para Levantamento e Conservação da Fauna; Doc 0012.
A declividade da área de cada unidade florestal e o tipo de solo são mapeados e
utilizados como ferramentas na escolha da aptidão de cada unidade de produção dentro
das unidades de manejo florestais, buscando o melhor desenvolvimento da espécie
reflorestada e a utilização racional do ambiente.
O mapeamento determina a densidade e a rota de das estradas florestais, levando
em consideração os dados extraídos dos levantamentos topográficos, ambientais e do
maquinário disponível para as operações florestais, Programa de Planejamento de
Estradas - Doc 0016.
As propriedades da empresa estão passando por recadastramento no Instituto
Nacional de Terras (INCRA), com o objetivo de mitigar e evitar problemas futuros. Durante
o mapeamento foi realizado levantamento de áreas indígenas que poderiam estar
presentes nas áreas de influência das unidades florestais.
Com o mapeamento as características ambientais da área são observadas com a
finalidade de identificar pontos da paisagem de relevante beleza que podem no futuro
serem utilizados como áreas de educação ambiental e abertas a visitação monitorada.
31
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Mapeamento das unidades Florestais da Barra do Cravarí
Mapa 6 - Setor 22 Pazini
Os mapas relacionados às unidades florestais são documentados através do
Programa de Mapeamento Florestal Doc 0024.
Figura 6 - Base geodésica
Figura 7 - Marco geodésico
10.4-Escolha da Espécie
Os gêneros Pinus e Eucalyptus são utilizados nos reflorestamentos da empresa,
pelo já conhecido potencial de crescimento e aproveitamento madeireiro.
32
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
Para a escolha das espécies e origem das sementes são utilizados dados
levantados durante as etapas de zoneamento e monitoramento das unidades florestais,
tais como: tipo de solo, profundidade de solo, declividade, índice pluviométrico e
temperatura média anual, dados coletados pelo programa de monitoramento ambiental da
empresa.
.Como o programa de melhoramento está na fase inicial, a empresa ainda adquire
sementes de institutos de pesquisa e/ou empresas reflorestadoras, levando em
consideração o grau de melhoramento da espécie e a origem das sementes.
As espécies utilizadas com maior freqüência: Pinus taeda e Eucalyptus grandis,
Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamiii.
A empresa apresenta reflorestamentos implantados com Araucária angustifólia que
estão em fase de corte final e devem ser substituídos por espécies exóticas, devido as
dificuldades burocráticas para novos plantios dessa espécie o que acarreta na falta de
interesse em investimentos na pesquisa e desenvolvimento da silvicultura da espécie.
10.5-Planejamento das Estradas
As estradas florestais são planejadas antes das operações de plantio considerando
as características do solo e a topografia do terreno. Os ramais principais de extração
destinados ao escoamento da produção devem possibilitar o tráfego dos caminhões o ano
todo. Esses ramais são planejados para que a estaleragem da madeira ocorra nas
margens permitindo que o transporte aconteça constantemente conforme o documento
Qualidade para Operações de Corte Raso e Desbaste;Doc0011 e Doc 007 em conjunto
com o documento Programa de Planejamento de Estradas Doc 0016.
As estradas de escoamento, quando possível, são planejadas de maneira a
receberem o máximo de insolação diária para uma rápida secagem após as chuvas.
permitindo o tráfego florestal sem esforço demasiado das máquinas, além de facilitar e
reduzir a necessidade de manutenção. A abertura de faixas de insolação é essencial
para uma perfeita secagem do leito da estrada e são abertas antes do início da extração
florestal, conforme cita o documento Programa de Qualidade nas Atividades de Desbaste
Doc 007.
As estradas florestais da empresa são classificadas em primárias, secundárias e
terciárias, o método de planejamento e conservação são discutidos e comentados em
campo com os funcionários responsáveis pela atividade.
10.6-Implantação e Condução da Floresta
10.6.1-Produção de Mudas
As mudas utilizadas nos reflorestamentos da Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
são produzidas em viveiro terceirizado com capacidade para 10 milhões de mudas/ano.
Todas as mudas são produzidas a partir da germinação das sementes adquiridas de
institutos de pesquisa e de empresas reflorestadoras, produzidas em APS´s (Áreas de
produção de sementes
Para que as mudas sejam produzidas com a qualidade exigida pela empresa o
padrão de qualidade, e as recomendações adequadas sobre o manejo do viveiro florestal
e cuidados com meio ambiente são apresentados ao produtor das mudas conforme
documento Qualidade para Produção de Mudas Doc 009.
33
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
O ciclo de produção das mudas varia conforme a espécie e pode levar de 90 a 120
dias para o Eucalipto e de 180 a 190 dias para o Pinus, todo o processo de classificação
das mudas antes da expedição é repassado ao responsável através do documento para
qualidade das mudas. citado acima.
As mudas fora do padrão de exigência são rejeitadas e estratégias para diminuir o
índice de perda são adotadas, como: melhoria na aeração do substrato, adubação
adequada, raleio e remoção de mudas nos períodos certos entre outros especificados no
documento interno, Qualidade para Produção de Mudas Doc 009.
Características de mudas que seguem o padrão de qualidade
Figura 8 Qualidade de raízes
Figura 9 Qualidade da parte aérea
Figura 10 Qualidade da muda
10.6.2-Operações de Silvicultura
As operações de silvicultura envolvem as etapas necessárias para a implantação,
manutenção e condução dos maciços florestais, têm o objetivo de manter a qualidade e a
sanidade da floresta. Essas operações ocorrem em períodos pré-determinados através do
monitoramento constante das plantações e são essenciais para o estabelecimento da
floresta. Os documentos que estabelecem os padrões de qualidade durante as atividades
são elaborados pela equipe técnica e repassados aos colaboradores florestais por
treinamentos agendados junto com a documentação para os gerentes de equipe.
Através de um programa de auditorias internas realizadas nas áreas onde ocorrem
as operações florestais é avaliado a aplicação das instruções passadas durante os
treinamentos, as planilhas utilizadas para realização das auditorias e o diário de campo
são analisados e arquivados em documentos específicos para cada atividade. Quando
uma falha no processo é reconhecida medidas de ajustes são adotadas e aplicadas pelos
responsáveis de área.
As operações realizadas e os documentos internos que estabelecem a qualidade
das atividades estão relacionadas abaixo:
34
Barra do Cravarí Agroflorestal S/A
PMF – Plano de Manejo Florestal 2011
A) Remoção de resíduos:
Após as operações de extração florestal o resíduo (galhada) que fica acumulado sobre
o solo é removido para utilização como fonte de energia conforme o Programa de
Gerenciamento de Resíduos Doc 0018 e o Programa de Qualidade do Plantio Doc 008.
B) Capina pré-plantio;
Antes da realização da capina as características do relevo, a espécie florestal,
densidade de infestação e espécies competidoras são observadas para que as decisões
sobre o método mais adequado de eliminação do mato competição seja implantado. Os
métodos empregados na área podem variar desde uma roçada e coroamento até a
aplicação de agrotóxicos, onde são observadas as licenças cabíveis.
Muitas vezes devido a características especiais como vento, chuva e declividade
ocorrem operações de capina química e roçada em uma mesma área de plantio. Esses
procedimentos são realizados com pessoal treinado e orientado conforme o Programa de
Qualidade do Plantio Doc 008.
Figura12 Área com coroamento
Figura 11 Plantio realizado apenas com
coroamento e roçada
C) Combate às formigas;
Operação realizada em diferentes fases da vida do povoamento florestal e ocorrem
seguindo um cronograma que leva em conta a colheita florestal, condições do clima e a
época de reprodução das formigas, conforme mostra o documento Manejo de Pragas e
Doenças Doc 0015. Buscando a conservação ambiental o combate a formigas é realizado
através de monitoramento constante e com a utilização de isca formicida a base de
compostos orgânicos como orienta as normas do Conselho de Manejo Florestal (FSC).
D) Preparo do solo e calagem
Durante as operações de preparo do solo as condições de topografia e as
características físicas e químicas do solo são observadas pela empresa respeitando a
declividade do terreno, conservando o solo e protegendo os recursos hídricos da
microbacia. As etapas dessas operações são padronizadas em documentos da qualidade
que servem de auxilio para a tomada de decisão sobre fatores como preparo de solo,
colheita florestal, conservação e degradação da paisagem. Os procedimentos e os
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padrões de cuidado com o solo é estabelecido pelo Programa de Qualidade de Plantio
Doc 008 e Programa de Planejamento de Estradas; Doc 0016.
Figura 13 Preparo do solo
Figura 14 Aplicação de calcário
E) Plantio/irrigação;
Pelas características climáticas da região o plantio de Eucalypitus, ocorre
principalmente entre os meses de setembro e outubro, procurando estabelecer plantios
em épocas mais quentes evitando perdas por geadas, os procedimentos de plantio e
irrigação seguem as normas estabelecidas pelo Programa de Qualidade de Plantio Doc
008. O plantio de Pinus ocorre entre os meses de junho a julho procurando estabelecer
em épocas mais frias porem com maior intensidade de chuvas evitando completamente a
necessidade de irrigação de plantio.
A irrigação, quando necessária é realizada através de bicos dosadores de forma
localizada, resultando em economia de água e aumento da produção, reduzindo o
escoamaneto para fora da cova.
F) Adubação de plantio;
Essa operação ocorre após as mudas serem colocadas no solo, a quantidade e a
formulação da adubação é baseada na análise de solo realizada antes das operações de
plantio, conforme Programa de Qualidade de Plantio Doc 008.
Normalmente são utilizadas formulações de NPK mais micronutrientes, para que as
necessidades nutricionais da espécies sejam supridas.
G) Replantio/irrigação.
A atividade de replantio ocorre quando, durante o monitoramento, é constatado um
índice de mortalidade superior a 7% do total de mudas implantadas, conforme os
procedimentos documentados em Programa de Qualidade de Plantio Doc 008.
H) Monitoramento de mortalidade
Essa operação ocorre entre um período de três a quatro meses após o plantio tem a
função de avaliar a qualidade do plantio e das mudas, é realizada por amostragem
utilizando as parcelas permanentes do inventário florestal.
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10.6.3-Controle e Utilização de Agrotóxicos
A Barra do Cravarí Agroflorestal S/A utiliza agrotóxicos para o controle de pragas e
doenças que, eventualmente, possam atacar os plantios. A utilização de defensivos
ocorre sempre em caráter curativo, quando as demais alternativas não surtem os efeitos
desejados, com exceção das formigas cortadeiras, eliminação de plantas daninhas e
eliminação de rebrota, onde o uso é freqüente, conforme mostra o documento Manejo de
pragas e Doenças Doc 0015.
Os procedimentos legais para utilização de defensivos são considerados,
utilizando apenas agrotóxicos liberados para a cultura em questão, os cuidados
necessários para a aplicação como, sinalização da área, utilização de epi´s e condições
climáticas são considerados, como ilustra a figura 8. Os vizinhos das unidades florestais
recebem orientações especificas sobre o risco potencial da aplicação dos defensivos em
suas atividades e modo de vida.
O transporte, armazenagem e os equipamentos necessários para a utilização
desses produtos são fornecidos pela empresa aos funcionários, obedecendo às normas
técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e do Meio Ambiente. Todos os produtos
são licenciados pelo IBAMA e Ministério da Agricultura conforme revisão da legislação em
pasta digital Doc 0021.
As instruções de uso como: dosagem, método de aplicação, condições climáticas,
seguem a orientação do fabricante, conforme documento manejo de Pragas e Doenças
Doc 0015.
Os funcionários responsáveis pela a aplicação de agrotóxicos realizam testes
anuais para detecção de concentrações de defensivos acima do estabelecido em lei.
A organização atende também aos princípios da certificação florestal excluindo de
suas atividades os agrotóxicos banidos pelo Sistema de Certificação Florestal (FSC).
Figura 15 Placas de aviso de risco de contaminação.
Controle de agroquímicos utilizados pela organização.(média anual)
Produtos
Quantidades KG
Fungicida
5
Inseticida
275
Herbicida
274
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10.6.4-Condução das Florestas
A condução das florestas faz parte das operações de silvicultura, ocorrem em
períodos pré-determinados após a implantação florestal, seguindo um planejamento
baseado em dados recolhidos em campo pelos responsáveis de área. Essas operações
garantem à floresta condições ideais de crescimento. Os procedimentos para garantir a
qualidade dessas atividades estão documentados e são repassados aos funcionários
através de treinamentos conforme Programa de qualidade de plantio e desrama Doc 008
e Doc 014.
As operações realizadas estão relacionadas abaixo:
A) Coroamento e capina química;
A atividade de coroamento e capina química ocorre durante o primeiro ano de
estabelecimento do plantio e é realizada de forma manual, devido as características do
terreno, seguindo os procedimentos de qualidade conforme o documento Programa de
Qualidade de Plantio Doc 008.
B) Adubação de manutenção;
Essa atividade ocorre apenas quando é avaliada a necessidade de adubação após a
cultura estar estabelecida, o procedimento segue padrões de qualidade e orientação
conforme Programa de Qualidade de Plantio Doc 008. Para a adubação são usadas
diferentes formulações de NPK, conforme as condições físicas e químicas do solo .
C) Combate às formigas;
Operação realizada em diferentes fases da vida do povoamento florestal e ocorrem
seguindo um cronograma que leva em consideração a data de plantio e ultima aplicação
de isca formicida.
D) Desrama
A operação de desrama tem a função de garantir a qualidade da madeira produzida. O
momento das intervenções é determinado pela idade, diâmetro e altura do povoamento,
seguindo o Programa de Qualidade da Desrama - Doc 0014.
Essa operação é realizada manualmente com a utilização de cabos extensores e
serrotes de poda.
Figura 17 Aspecto de áreas que sofreram operações de Desrama
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E) Desbaste.
Operação de desbaste tem a finalidade de melhorar as condições de utilização do
ambiente pelas espécies florestais, favorecendo o aumentando a produtividade individual
de cada árvore.
O desbaste utilizado pela Barra do Cravarí é do tipo MISTO (sistemático e seletivo)
com a remoção completa de linhas e a escolha de árvores entre as linhas removidas.
Para um controle eficiente da qualidade e planejamento dos desbastes os colaboradores
seguem um Programa de Qualidade do Desbaste elaborado e documentado pelos
técnicos da empresa conforme Doc 007.
Aspecto de áreas que sofreram operações de desbate.
Figura 18 - Linhas abertas pela operação de desbaste misto
10.6.5-Acompanhamento Florestal
O acompanhamento florestal faz parte de um conjunto de operações anuais de
coleta de dados, onde os parâmetros específicos de crescimento são analisados através
de estatísticas dos volumes e incrementos florestais.
Essas operações são fundamentais para o planejamento das intervenções
florestais e do abastecimento da fábrica, auxiliando nas projeções do incremento florestal.
As operações realizadas estão relacionadas abaixo:
A) Locação de parcelas permanentes de medições.
As unidades florestais são acompanhadas através de medições anuais dentro das
parcelas permanentes demarcadas em campo com a utilização de estacas. Para
determinar o número representativo de parcelas é realizado um inventário preliminar onde
os dados recolhidos são processados e é determinado o número correto de parcelas que
devem ser instaladas em cada unidade de trabalho. Conforme indica o manual técnico
para inventário florestal Doc 0025.
B) Medições dos parâmetros necessários.
Para essa operação são designados funcionários treinados para preenchimento
correto das fichas de campo onde parâmetros essenciais como diâmetro a altura do peito
(DAP) e altura das árvores são coletados através de equipamentos como fita métrica e
hipsômetros. Conforme indica o manual técnico para inventário florestal Doc 0025.
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C) Processamento dos dados em escritório
Após coletados os dados passam para o setor de processamento onde são inseridos
em programa especifico para avaliações como, área basal, incrementos, volume, diâmetro
e altura.
D) Avaliação e tomada de decisões.
Nessa etapa fica definido o estoque de madeira em cada unidade florestal que serve
de auxílio para o planejamento de colheita, extração e desrama florestal.
Parâmetros de desenvolvimento da floresta também são avaliados para que seja
determinado as melhores procedências para cada condição de sítio dentro das unidades
florestais.
Incremento total/ ano
Volume(m3)
G(área
basal)M2
D(diâmetro)
96712,90
10642,27
6256,543
PRODUTIVIDADE MÉDIA ATUAL DAS FLORESTAS DA
BARRA DO CRAVARÍ
Pinus taeda:
22 a 24 m cúbicos / ha
Eucalyptus sp:
42 a 45 m cúbicos /ha.
Distribuição Diamétrica (E. dunnii 5 anos)
250
N de Indivíduos
200
150
Distribuição diamétrica
100
50
0
5 a 11
11 a 17
17 a 23
23 a 29
29 a 35
Classe de diâmetro
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10.6.6-Monitoramento Florestal
O monitoramento florestal envolve as práticas de cuidado com a sanidade das
florestas, através de um planejamento de vistorias que avaliam a ocorrência de ataques
de organismos patógenos nas plantações florestais e suprem de informações os
responsáveis pelas decisões de adotar ou não medidas de controle, conforme Programa
de Manejo de Pragas e Doenças Doc 0015.
As operações são realizadas através de amostragem das áreas plantadas com
instalação de armadilhas e fornecem informações sobre o nível populacional dos agentes
causadores de injúrias. Para as formigas cortadeiras o monitoramento é especifico e
diferenciado, já que o ataque pode ocorrer durante todo o ciclo florestal, conforme
Programa de Manejo de Pragas e Doenças Doc 0015.
Os cuidados com a floresta envolvem também o monitoramento das plantas
competidoras durante os primeiros anos de condução dos reflorestamentos, avaliando o
nível de competição entre a cultura e as plantas daninhas.
Para o monitoramento das espécies competidoras foi realizado um trabalho de
identificação e densidade absoluta das espécies que ocorrem nas áreas em reforma
florestal com a finalidade de serem observadas as espécies que realmente podem
competir com o desenvolvimento da cultura.
Figura 19 Parcelas para monitoramento da Vespa da Madeira
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Figura 21 Monitoramento de plantas competidoras
Espécies encontradas em áreas de pré plantio
Família
Amaranthaceae
Apoynaceae
Asclepiadaceae
Asteraceae
Asteraceae
Asteraceae
Asteraceae
Asteraceae
Bignoniaceae
Cyperaceae
Commelinaceae
Compositae
Malvaceae
Nome científico
Amaranthus hybridus
Oxypetalum wightianum
Asclepias curassavica
Conyza canadesis
Mikania hirsutissima
Nome popular
Caruru roxo
Cipó-de-leite
Paina-de-sapo
Buva preta
Cipó cabeludo
Baccharis
Baccharis uncinella
Vernonia Glabrata
Vassoura
Vassoura
Assa peixe roxo
Pyrostegia venusta
Cipó são joão
Cyperus ferax Rich
Capim-de-cheiro
Maria mole
Melastomatacea
Commelina longicaulis
Achyrocline satureioides (Lam.)
Sida rhombifolia l.
Leandra australis
Poaceae
Poaceae
Poaceae
Melênis minutiflora P. Beauv
Panicum maximum
setaria geniculata
Capim gordura
Capim guiné
Capim rabo de raposa
Solanaceae
Solanaceae
Solanaceae
Urticaceae
Solanum aculeasttis imum
Solanum erianthum D. Don.
Solanum granuloso-leprosum
Urera baccifera
Juá
Fumeiro bravo
Espinho de porco
Ortiga
Total de indivíduos
Macela
Guanxuma
Pixirica
10.6.7-Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
Em algumas fazendas a prevenção contra incêndios florestais é realizada com o
auxílio de vigias que monitoram constantemente o perímetro das propriedades e têm
informações sobre umidade do ar, índice pluviométrico e temperatura conforme o
Programa de Vigilância Florestal Doc 0010 e o Programa de Proteção e Combate a
Incêndios Florestais Doc 006.
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Nas unidades florestais próximas a sede da empresa, o monitoramento é realizado
em parceria com pequenos agricultores e/ou moradores das proximidades, os quais
comunicam à sede que é responsável pelo acionamento das equipes de combate,
seguindo o Programa de Proteção e Combate a Incêndios Florestais Doc 006.
Além desses procedimentos, outros cuidados como: construção de aceiros,
roçadas e desrama preventiva têm a finalidade de diminuir o material combustível do
interior dos reflorestamentos. Medidas de restrição de acesso as áreas florestais também
foram tomadas através da utilização de placas e restrições físicas nas estradas.
O acesso ao equipamento e aos pontos de captação de água é conhecido por
todos os funcionários que fazem parte da frente de combate e estão especificados no
Programa de Proteção e Combate a Incêndios Florestais Doc 006. Anualmente ocorrem
treinamentos em parcerias com o corpo de bombeiro do município para que a brigada de
incêndio da empresa esteja preparada para eventuais ocorrências. Existe um
procedimento de registro de incêndios onde são avaliadas as áreas de maior incidência
para que medidas extras de prevenção sejam tomadas. Por considerar um problema de
extrema importância a Barra do Cravarí realiza campanhas de prevenção de incêndios
junto a comunidade, buscando a conscientização da população sobre os danos
econômicos e ambientais dos incêndios florestais.
Figura 23 Treinamento brigada de incêndio
Figura 22 Treinamento brigadista.
10.7-Exploração e Transporte Florestal
10.7.1-Exploração
A exploração florestal é um conjunto de atividades executadas para a colheita da
madeira, envolvem as operações de corte, desgalhamento, desponta, arraste,
traçamento, empilhamento, carregamento e transporte da madeira, para o controle da
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qualidade dessas atividades existem documentos específicos que são seguidos pelos
colaboradores do processo de exploração florestal, como Programa de Qualidade do
Desbaste Doc 007 e Programa de Qualidade do corte Raso Doc 0011.
Devido à necessidade de um número significativo de pessoas e utilização de
maquinário de grande porte, essas operações são responsáveis por aproximadamente
70% dos custos da madeira colocada no pátio da empresa, por isso, recebem atenção
especial envolvendo manutenção adequada e treinamento dos funcionários.
As operações de derrubada, traçamento, desgalhe e desponta, são realizadas de
forma semi mecanizada utilizando motosserras e as operações de arraste, empilhamento
carregamento e transporte são realizados com os seguintes equipamentos:
a) Skidder - trator arrastador utilizado para o baldeio das árvores até o pátio de
processamento intermediário;
b) Carregadeiras - máquinas de grande porte utilizadas para empilhar/carregar a
madeira para o transporte;
c) Trator de esteira – maquina de grande porte utilizada para arraste de toras onde
o trator de arraste não tem acesso.
O sistema de extração utilizado pela empresa é denominado Sistema de Toras
Longas, onde as árvores são semi-processadas no local da derrubada e, posteriormente,
arrastadas em forma de fuste até o pátio intermediário onde ocorrem às operações de
traçamento e empilhamento, seguindo o Programa de Qualidade de Corte Raso e
Desbaste Doc 0011 e Doc 007.
Durante a atividade de exploração florestal a conservação do meio ambiente é
determinante para a qualidade da operação, portanto, cuidados com os remanescentes
florestais, áreas de conservação e geração de resíduos são observados pelos
colaboradores florestais conforme Programa de Qualidade do Corte Raso Doc 0011 e
Programa de Qualidade do Desbaste Doc 007
Conjunto Florestal utilizado na exploração das unidades.
Derrubada,
desponta e
desgalhe
Motosserra
Arraste
Traçamento
Empilhamento e
carregamento
Skider
Motosserra
Carregadeiras
Volume de madeira explorado diariamente
Volume m3
350
Área explorada com corte raso anualmente
Área (ha)
75
Área explorada com desbaste anualmente
Área (ha)
130
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Custo do M3 de média em toras no pátio da empresa
CUSTO R$/ M3
29,08
Quantidade de maquinário utilizado na exploração florestal
Maquinário
Quantidade
Skider
1
Motosserras
7
Carregadeiras
3
Tratores de esteira
2
Retroescavadeira
1
10.7.2-Transporte das Toras e recebimento de toros
A operação de transporte está relacionada com a remoção da madeira do pátio
intermediário até a unidade beneficiadora. É controlada através de pesagem dos
caminhões de transporte que em conjunto com o documento de origem, garantem a
rastreabilidade da madeira explorada. Os colaboradores são orientados a seguir os
procedimentos de carregamento através de treinamentos e de procedimentos
documentados.
Para otimizar os trabalhos e conseguir um planejamento ideal da frota de
transporte a empresa investe em projetos de dendrometria com a finalidade de obter
dados que auxiliem em decisões como umidade ideal, percentagem de cacas e
conversões peso volume.
Um sistema de reclamações e monitoramento do transporte, foi elaborado pela
empresa possibilitando que os afetados pelas operações tenham acesso a canais de
reclamações ou opiniões sobre a conduta dos motoristas, conforme especifica a política
de atendimento a comunidade.
Dimensionamento de frota para Transporte Florestal
Maquinário
Quantidade
Volkswagen 26-300
1
Volkswagen 26-310
1
Scania P124 Ga 6X4 360
2
Mercedes Bens 2213
1
10.7.3-Manutenção e Revisão dos Equipamentos
Para garantir o bom funcionamento e aumentar a disponibilidade mecânica das
máquinas florestais, a Barra do Cravarí utiliza um programa interno de
manutenção/serviços, levando em consideração as conformidades técnicas, ambientais e
de segurança do trabalhador com a utilização de um caminhão oficina responsável pelo
abastecimento, trocas de óleo, engraxamento e manutenções periódicas. Essas medidas
diminuem o tempo de paradas das máquinas florestais ajudando a aumentar o rendimento
da operação.
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Os dados referentes a cada máquina florestal são anotados para que seja possível
determinar os tempos de parada e o motivo, esse conhecimento é necessário para que se
obtenham dados concretos sobre a produtividade do maquinário florestal.
O programa de manutenção preventiva está em fase de implantação, 1ª fase:
montagem e instalação do caminhão oficina (figura 24), e a 2ª fase: treinamento dos
funcionários no preenchimento das planilhas, já foram implantadas e monitoradas. A
empresa está caminhando para a última etapa de implantação do programa que consiste
na verificação das principais causas de quebras com perda de tempo e a estratégia para
solucioná-las. Com isso a Barra do Cravarí busca a exploração racional dos recursos
otimizando a produção, reduzindo o tempo de parada do maquinário, ampliando o
conhecimento das condições de trabalho do maquinário florestal.
Figura 24 Caminhão oficina e manutenção de máquinas
Custo do anual médio do maquinário florestal
CUSTO MÉDIO R$
522.365,41
10.7.4-Aprimoramento e Melhoria da Tecnologia Florestal
As atividades de melhoria e aprimoramento florestal são realizadas em parceria
com institutos de pesquisa e universidades e têm como objetivo manter atualizados as
atividades florestais da empresa através da coleta de dados de uma ou mais atividades
visando auxiliar na melhoria constante do manejo florestal.
As novas tecnologias desenvolvidas são transferidas para as operações florestais,
objetivando a redução de custos, aumento da produtividade e da sustentabilidade das
florestas.
Para o início do programa a empresa definiu estrategicamente reverter maiores
investimentos para Programas de Melhoramento Genético Florestal em parceria com o
Instituições de Pesquisas e empresas do setor, até o momento já foram instalados alguns
programas como :
Programa Novos Cultivares: Programa de teste para híbridos de Eucalyptus dunnii
desenvolvidos pela USP (Universidade de São Paulo) e o IPEF (Instituto de Pesquisa e
Estudos Florestais. Programa foi instalado em setembro de 2008 e vem sendo
acompanhado através de inventários anuais e observação de geadas constatando plantas
que resistiram a temperaturas de até 4 graus negativos com cultivares de grande
potencial para fazerem parte dos mosaicos florestais da empresa.
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Figura 25 Programa novos cultivares
Figura 26 Clone Programa Novos Cultivares
Programa para Formação de Populações Núcleo: Programa coordenado pela
parceria IPEF, UNESP e USP, tem o objetivo de reunir os materiais genéticos melhorados
existentes em empresas e estações experimentais permitindo ampliar a base de matérias
com potencial para empresas participante estabelecendo nas empresas núcleos de
melhoramento e conservando material genético, maiores especificações estão presentes
no documento Programa de Populações Núcleo Doc 0022. Este programa da inicio ao
programa de melhoramento genético da empresa sendo instalado em dezembro de 2009.
Figura 27 Populações Núcleo de Melhoramento.
Programa de seleção de matrizes clonais: Esse programa é desenvolvido péla Barra do
Cravarí , visando à melhoria de suas florestas redução de custos de extração e melhor
aproveitamento das áreas com ganhos consideráveis de incremento florestal e
homogeneidade das florestas. Através de testes de características consideradas de
herdabilidade como porcentagem de casca, densidade, peso aparente são testados e a
seleção realizada somente após a análise dos dados recolhidos
Figura 28 Brotação de árvores selecionadas
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Localização geográfica de algumas das matrizes clonais selecionadas
Programas dendrométricos: Tem como finalidade fornecer dados para decisões
importantes no Manejo Florestal, influenciando no rendimento das operações de colheita
e transporte, fornecendo dados como percentagem de casca dos povoamentos florestais,
peso dos povoamentos florestais e conversões de peso para volume, importante também
para determinar o rendimento dos produtos beneficiados
(Figura ) Tomada de dados para estimativa de peso
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11-PROGRAMAS DE AUXÍLIO À COMUNIDADE E COLABORADORES
A Barra do Cravarí Agroflorestal S/A tem um compromisso com a população dos
municípios onde realiza suas atividades e através de programas de comunicação e apoio
social visa auxiliar as comunidades vizinhas aos seus empreendimentos. Na primeira
etapa são realizados levantamentos dos aspectos sociais do município, com o auxilio dos
órgãos públicos e estudado a influencia da empresa sobre todos os aspectos sociais,
dando atenção especial a fatores que levam a exclusão social como educação e
tecnologia da informação.
Para determinação dos indicadores utilizados para caracterizar os impactos sociais
são considerados e reconhecidos alguns processos internacionais como: Processo de
Montreal / Processo de Helsinque/ Proposta de Tarapoto. Abaixo segue alguns
investimentos sociais da empresa:
Como a região não favorece o aparecimento de mão de obra especializada a
empresa incentiva seus funcionários através de programas de treinamentos com
investimentos em cursos de capacitação profissional.
Investimento em capacitação interna
R$ 13772,96
A empresa investe e incentiva a comunidade sendo parceira da sociedade em
realizações esportivos, culturais, religiosos e educacionais, sempre em busca de um
convívio harmonioso com a sociedade.
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Principais metas dos programas sociais
Nortear as ações sociais da empresa.
Elaborar programas de ação social que
influenciem a comunidade.
Formar parcerias para atitudes sociais
Curto
responsáveis.
Criar estímulo para a volta aos estudos de
seus colaboradores.
Ampliar o conhecimento da sociedade para
com as atividades de manejo florestal da
organização.
Elevar o nível de educação de seus
colaboradores.
Ampliação do relacionamento com a
comunidade.
Ampliar estudos para áreas de visitação e
Médio
recreação.
Melhorar a consciência ambiental da
população.
Fortalecer o relacionamento com os
pequenos e médios agricultores.
Elevar a participação da sociedade nas
atividades da empresa.
Criação de áreas para visitação pública.
Longo
Aumento da consciência ambiental.
Implantação de programas de extrativismo
não madeireiro.
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Figura 30 Programa de educação ambiental (Comemoração ao dia da água 2010)
Figura 31 campanha de mobilização comunitária para os afetados por enchentes e deslizamentos 2010
Figura32 Comemoração a Semana mundial do meio ambiente
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Em parcerias com os órgãos extencionistas municipais como EPAGRI e SINTRAF
a Barra do Cravarí vem estabelecendo uma relação harmônica com a sociedade
permitindo que todos os envolvidos reconheçam as atividades da empresa.
Investimentos em atividades e eventos regionais, quadro 2
Cultural
30.490,00
Religioso
3.000,00
Esportivo
6.489,70
Educacional
23.181,00
Saúde
34.316,00
Quadro2 - Dados retirados do setor de contabilidade dezembro 2010
Buscando alternativas do suprimento de madeira e com a visão de manter o
pequeno agricultor no campo, a empresa vem realizando estudos para viabilizar
programas de fomento florestal aos pequenos e médios proprietários de terra.
.Com o intuito de melhorar o contato com a comunidade a empresa tem um canal
de comunicação aberto divulgando telefones de contato através de uma política de
atendimento a comunidade.
12-PLANO DE REDUÇÃO E CONTROLE DE EMERGÊNCIAS
A empresa adota operações que visam identificar, reduzir e controlar os impactos
ambientais negativos, decorrentes das atividades florestais, evitando danos à propriedade
e à coletividade.
Algumas das atividades envolvidas nessas operações seguem abaixo:
• Monitoramento de focos de incêndios e métodos de prevenção;
•
Monitoramento e revisão do maquinário florestal;
•
Métodos de contenção de vazamentos;
•
Monitoramento dos resíduos do maquinário florestal;
•
Treinamento dos funcionários para evitar acidentes e/ou lesões;
•
Formas de estocagem e abastecimento do combustível utilizado.
Gráfico dos resíduos gerados no segundo semestre de 2010
52
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13-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO AMBIENTE E RECUPERAÇÃO DO
AMBIENTE
As atividades de monitoramento do ambiente consistem em operações que buscam
conhecer os recursos naturais de maneira a minimizar os impactos do manejo das
plantações florestais. Esses procedimentos ocorrem principalmente dentro de 5 grupos
monitorados que são:
A) Flora
Foi elaborado e implantado o Programa de Estratégias para Levantamento e
Conservação da Flora; Doc 0013, onde estão inseridos todos os cronogramas e as ações
necessárias para se conhecer, a estrutura da vegetação e os impactos causados pelo
manejo florestal, buscando minimizar os impactos resultantes da exploração do ambiente.
Os trabalhos realizados demonstraram a presença de espécies incluídas na lista de
ameaçadas de extinção como a Araucária angustifólia (Pinheiro do Paraná) e a ,
Dicksonia sellowiana (samanbaia açu).
As estratégias de conservação adotadas pela Barra do Cravarí, tem como exemplo
a remoção dos plantios florestais que em alguns casos avançaram dentro das áreas de
conservação, legalizando os projetos e monitorando a regeneração da área.
A empresa participou e apoiou em janeiro de 2009 o programa para monitoramento
e conhecimento do estado de conservação da flora de Santa Catarina, em parceria com o
programa estadual de inventário florestal coordenado pela universidade de Blumenau
(FURB) com descrição e catalogação das espécies, buscando um levantamento
elaborado da vegetação com a finalidade de estabelecer estratégias de conservação.
Outra atitude conservacionista é o plantio alternado entre áreas reflorestadas e
áreas com florestas nativas estabelecendo mosaicos florestais garantindo a mobilidade e
migração da fauna e estabelecendo corredores ecológicos. Como o manejo florestal é
direcionado para madeiras de desdobro as intervenções florestais realizadas pela Barra
do Cravarí, favorecem a formação do sub bosque, rico em árvores frutíferas, que se
desenvolvem na sombra dos reflorestamentos, garantindo alimento e facilitando o
deslocamento da fauna na paisagem florestal.
A estratégia de locação das áreas de reserva legal permitiram a formação de
maciços florestais de grande extensão garantindo a conservação da vegetação e o abrigo
para fauna local. Por apresentarem características especiais muitas das áreas escolhidas
são consideradas florestas de alto valor de conservação com atributos únicos que são
monitorados e avaliados como estratégia de conservação da empresa.
Figura 34 - App. em monitoramento da regeneração
Figura 33 Exemplar de Dicksonia sellowiana
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Figura 35 - Beleza cênica das florestas de alto valor para conservação
Algumas espécies de ocorrência nas Umfs.
Nome Científico
Nome Vulgar
Ilex dumosa Reissek
Ilex paraguariensis A.St.-Hil.
Ilex microdonta Reissek
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
Piptocarpha angustifolia Dusén ex Malme
Clethra scabra Pers.
Cyathea sp
Sapium glandulosum (L.) Morong
Bernardia pulchella (Baill.) Müll. Arg.
Ateleia glazioviana Baill.
Cinnamomum amoenum (Nees) Kosterm.
Nectandra lanceolata Nees
Ocotea puberula (Rich.) Nees
Ocotea pulchella (Nees) Mez
Lauraceae
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché
Cedrela fissilis Vell.
Hennecartia omphalandra Poiss.
morta
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
Myrsine sp.
Myrtaceae
NI não coletada
NI coletada
Erythroxylum deciduum A. St.-Hil.
Prunus myrtifolia (L.) Urb.
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Casearia decandra Jacq.
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler
Allophylus edulis (A. St.-Hil. et al.) Radlk.
Diatenopteryx sorbifolia Radlk.
Matayba elaeagnoides Radlk.
Luehea divaricata Mart.
Família
caúna-branca
erva-mate
Aquifoliaceae
Aquifoliaceae
Aquifoliaceae
jerivá
Arecaceae
vassourão-miúdo
Asteraceae
carne-de-vaca
Clethraceae
Cyatheaceae
leiteito
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
timbó
Fabaceae
canela-sebo
Lauraceae
canela-branca
Lauraceae
canela-guaicá
Lauraceae
canela-imbuia, lageana Lauraceae
Lauraceae
Laxmanniaceae
cedro
Meliaceae
Monimiaceae
morta
morta
capororoca
Myrsinaceae
capororoca
Myrsinaceae
Myrtaceae
NI
NI
cocão
Rhizophoraceae
pessegueiro-bravo
Rosaceae
mamica-de-porca
Rutaceae
guaçatunga
Salicaceae
Salicaceae
vacúm
Sapindaceae
maria-preta
Sapindaceae
miguel-pintado
Sapindaceae
açoita-cavalo
Tiliaceae
Arbóreo Regeneração
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B) Fauna
Foi elaborado e implantado o Programa de Estratégias para a Conservação da Fauna
Doc 0012, onde estão inseridos todos os cronogramas e as ações necessárias com o
objetivo de conhecer a população de aves e mamíferos presentes nas unidades florestais
possibilitando estabelecer procedimentos que buscam minimizar os impactos negativos
da exploração do ambiente. O monitoramento é realizado por vigias florestais treinados
que monitoram a fauna através de pegadas, fotografias e localização do avistamento no
mapa da unidade florestal.Também soa estabelecidas parcerias com universidades para
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aprimoramento dos dados coletados. Os dados já demonstram a eficiência do programa
de conservação da empresa, indicando que os trabalhos de educação ambiental, técnicas
de manejo e treinamento dos funcionários estão funcionando, pois apontando espécies
consideradas topo da cadeia alimentar e áreas de reprodução de espécies que fazem
parte da lista de espécies ameaçadas como o papagaio do peito roxo. Esses estudos
devem apontar a diversidade animal e vegetal das áreas florestais da Barra do Cravarí,
dando subsídios para outros programas de conservação e ajudam a caracterizar as
florestas de alto valor de conservação
Figura 37 Exemplar da fauna encontrado na
Figura 38 Marcação dos locais de reprodução da fauna
UMF da empresa
Figura 39 Monitoramento da fauna
C) Água
Para a conservação dos recursos hídricos, são elaborados mapas temáticos
localizando rios, córregos, nascentes e açudes, identificando possíveis áreas que possam
estar em desacordo com a legislação
Durante o planejamento e elaboração dos mapas é prioritário o monitoramento das
áreas de florestas ciliares, identificando seções da área onde a floresta nativa foi
substituída, realizando nesses locais os procedimentos necessários para a conservação
do recurso, como ilustra a imagem da UMF Pazini setor 22. Esses procedimentos são
parte integrante da estratégia de conservação ambiental da empresa com objetivo de
transformar a área ciliar em corredores de floresta nativa, conforme programa Estratégia
para Levantamento e Conservação da Flora Doc 0013.
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As sub-bacias hidrográficas onde estão inseridas as unidades florestais da
empresa são mapeadas com o objetivo de acompanhamento do uso do solo e da
contribuição das UMFs na conservação da paisagem e na preservação dos recursos
hídricos, assim como ilustra o mapa (...).Outros fatores importantes que indicam a saúde
das sub- bacias também são analisados como turbidez da água, vazão dos principais rios
e índice pluviométrico dentro das sub- bacias.
(
Figura 40 - Rio das Antas formado pelos rios L. grande e Capetinga
Figura 41 - Imagem de satélite da área ciliar em regeneração recuperada pela empresa
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(Mapa 6) Bacia Hidrográfica Rio Chicão principal fonte de abastecimento do município de Palma Sola
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D) Solo
Para um melhor aproveitamento das condições nutricionais e físicas dos solos das
unidades de manejo esta em desenvolvimento o mapeamento e delimitação dos
diferentes tipos de solo dentro das unidades florestais.
A Barra do Cravarí tem a visão de que o solo é um dos principais componentes que
determinam o sucesso do empreendimento florestal e toma medidas para minimizar o
impacto das operações florestais, como plantio direto e monitoramento de erosão
procedimentos inseridos nos programas de Planejamento e Manutenção de estradas Doc
0016, Programa de Qualidade de Plantio Doc 008, Programa de Qualidade de Corte Raso
Doc 0011 e Programa de Qualidade de Desbaste Doc 007.
O programa de monitoramento dos solos das unidades florestais, leva em
consideração características da estrutura, fertilidade e declividade garantindo a melhor
forma de ocupação do terreno visando à redução do processo erosivo e da deposição de
sedimentos em rios e lagos. . Esse programa está implantado e documentado conforme
documento interno denominado Estratégia para Conservação de Solos Doc 0020 e auxilia
nas atividades de plantio e mecanização florestal, buscando minimizar o impacto
ambiental causado pelos efeitos da mecanização dos solos.
O relevo das unidades florestais é estudado e dividido em classes de declividade
auxiliando na tomada de decisões sobre os métodos de manejo que devem ser utilizados,
assim como ilustra o mapa 4
As classes de aptidão do solo são quantificadas e colocadas em tecnologia digital
favorecendo a melhor observação dos responsáveis pelo manejo das unidades. O
respeito pelas áreas de encosta é garantido através do monitoramento e manutenção das
florestas nativas evitando o processo erosivo e garantindo a sustentabilidade do manejo
florestal. A classificação dos solos das UMF auxilia na tomada de decisão sobre a
mecanização da área, locação ou relocação de estradas, forma de plantio, tratos culturais
e na utilização agrotóxicos.
Figura 42 Conservação e manutenção de estradas
Figura 43 Áreas de declividade mantendo a vegetação na entre linha
Figura 44 Preparo do solo em nível
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Classificação dos solos de algumas UMFs da organização.
Faz
Declividade(d)
05
Suave
Ondulado3a8%
07
Suave
Ondulado3a8%
14
Forte
Ondulado10a45%
21
Suave
Ondulado 3 a8%
22
Suave
Ondulado 3 a 8%
Profundidade Suscetibilidade
Pedregosidade
efetiva
à erosão
Muito
profundo
+de 200cm
Muito
profundo
+de 200cm
Profundo
100 a200cm
Muito
profundo
+de 200cm
Muito
profundo
Fertilidade
Grau de Drenagem
limitação
Ligeiro
Não
pedregosa
Alto
Bem
drenado
Ligeiro
Não
pedregosa
Alto
Bem
drenado
Forte
Não
pedregosa
Alto
Bem
drenado
Ligeiro
Não
pedregosa
Alto
Bem
drenado
Ligeiro
Não
pedregosa
Alto
Bem
drenado
E) Clima.
Buscando relacionar as variações climáticas com as operações de manejo florestal,
principalmente as ligadas ao programa de proteção das florestas, escolha das espécies e
extração florestal a empresa conta com mini estações metereológicas instaladas em três
pontos estratégicos nos municípios de Palma Sola-SC, Bom Jesus do Sul-PR e
Marmeleiro-PR, onde dados como variação de temperatura, umidade e índice
pluviométrico são recolhidos diariamente. Os dados, depois de trabalhados ajudam no
planejamento do manejo florestal que leva em consideração as épocas de maior
intensidade de chuvas locando as atividades em solos de menor declividade e fácil
acesso, reduzindo o processo de degradação do solo e diminuindo a sedimentação dos
rios e córregos. Esse procedimento é documentado e arquivado pelos responsáveis do
programa de proteção das florestas e está denominado como Manejo de pragas e
Doenças; Doc 0015 e Programa de Vigilância Florestal Doc 0010
O monitoramento do clima auxilia a empresa no zoneamento florestal das espécies
da unidade de produção, permitindo a redução dos riscos de perdas por adversidade
severas de clima, principalmente áreas onde as temperaturas podem chegar a 5 graus
negativos impossibilitando o estabelecimento de algumas espécies.
Os vigias florestais são treinados e capacitados para entender os instrumentos e
realizar a coleta de dados.
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Figura 45 Frio extremo
Figura 46 Efeito da geada
O monitoramento constante do clima ajuda nas estratégias de prevenção de incêndios
florestais comuns em épocas de secas.
Média da temperatura mínima
registrada no inverno 2011
-80C
14- FLORESTAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO.
Florestas de Alto valor de Conservação podem ser utilizadas como salvaguardas
contra a redução ou destruição de valores ambientais produzidos pelas florestas,
contribuindo para conservação de espécies, estudos do ambiente, proteção dos recursos
hídricos e manutenção da cultura regional. Devido a esse status essas áreas são
utilizadas para estudos que podem identificar modificações no ambiente florestal e se
necessário levar a modificações nas operações de Manejo Florestal.
Um dos principais estudos realizados é a identificação e a demarcação das
formações florestais, após esta etapa é realizada uma avaliação das áreas demarcadas
para a verificação do enquadramento das florestas nos critérios que caracterizam as
florestas de Alto Valor de Conservação, a terceira etapa é o planejamento e a definição
dos estudos necessários para se conservar os valores observados, juntamente com a
escolha do grau de aprofundamento necessário e o conhecimento profissional necessário.
Para caracterização e identificação dos critérios que classificam as Florestas de
Alto Valor de Conservação os critérios estabelecida pelo Conselho de Manejo Florestal
(FSC).
Tabela com as áreas florestais Caracterizadas como florestas de Alto valor de
Conservação.
Unidade
florestal
Setor 07 Faz.
São João
Setor 22 Faz.
Área total
Área floresta
nativa
Área em APP
Área de
Florestas de
alto valor de
conservação
393
237,08
66,79
303,87
493
261,55
59,27
320,8
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Pazinnii.
Setor 15 Faz.
São Cristovão
Setor 08 Faz
São João
794
187,20
124,38
312,15
504
336,62
102,95
439,57
15-PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES FLORESTAIS
O programa tem o objetivo de estimular os funcionários envolvidos nas atividades
de manejo florestal através de treinamentos para que possam exercer com confiança
suas atividades. Os treinamentos relacionados aos aspectos de segurança são realizados
e registrados de acordo com as normas legais, buscando a conscientização para o uso
dos equipamentos de segurança e os riscos da não utilização dos mesmos.
É utilizado o método direto de conscientização através de reuniões periódicas,
onde são expostos aos funcionários os acidentes que ocorreram, as conseqüências e as
causas, visando à realização das operações de forma correta e segura.
O programa é ministrado em reuniões periódicas e tem como objetivo a construção
de uma consciência crítica, visando mudanças no comportamento diário dos
trabalhadores florestais da empresa e é documentado, conforme o Programa de
capacitação dos Colaboradores Florestais Doc 0017.
A preocupação com seus colaboradores é parte integrante da política da empresa
que anualmente promove a Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho
(SIPAT) onde são abordados assuntos relacionados ao dia a dia do trabalhador florestal.
Figura 47 treinamento de colaboradores
Figura 48 Treinamento de colaboradores
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Figura 49 Funcionários durante atividades da SIPAT
16. PROGRAMAS DE COOPERAÇÃO AO APRENDIZADO.
O programa de cooperação ao aprendizado da Barra do Cravarí tem a finalidade
de estimular parcerias com universidades, fornecendo aos alunos em formação
oportunidades de vivencia em uma empresa florestal buscando desenvolver e implantar
metodologias com a finalidade de obter padronização
das
atividades florestais
realizadas pela empresa
A empresa acredita que esses programas podem gerar trocas significativas de
experiência mantendo assim as atividades modernizadas e atualizadas.
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