Cerca de 600 famílias já conquistaram moradia na luta dos

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Cerca de 600 famílias já conquistaram moradia na luta dos
Ano VII - nº
92
São Paulo - SP - Outubro de 2011 - Publicação mensal
Cerca de 600 famílias já
conquistaram moradia na luta
dos movimentos populares
Linhas Centrais
Serviço Taximov
promete comodidade e
eficiência a passageiros
Pág. 5
Saúde no Centro
Conheça os cuidados
a serem tomados
com os pés
Pág. 8
Artes e Cultura
O movimento de moradia popular obteve várias conquistas,
nos últimos 20 anos. Entre elas, entidades do segmento
destacam os edifícios da região central: Maria Paula,
Brigadeiro Tobias, Fernão Sales, Riskallah Jorge e
Hotel São Paulo (prédio mais alto, no centro da foto). Pág. 3
Linhas Centrais
Poetas lançam no Senac 24 de Maio
o Verso e Anverso das emoções
Pág. 5
Condephaat inicia processo de tombamento
do Cine Belas Artes
Pág. 12
Três homens baixos
estreia no Teatro Jaraguá, em novembro
Pág. 14
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SP - Outubro 2011
Comunidade
Geógrafo alemão
detecta problemas em
espaço público
no Centro
A pesquisa é um instrumento vital ao descobrimento.
Na esfera da Geografia não
é diferente. Para o alemão
Tobias Töpfer, doutorando
na área e pesquisador da
Universidade de Innsbruck,
na Áustria, isto leva a visualização de detalhes sobre a
singularidade de São Paulo.
Com este objetivo, ele veio
ao Brasil, onde permaneceu,
em sua última estada, por oito
meses meses, e dias antes de
retornar ao seu país esteve na
sede do Centro em Foco para
conhecer o acervo de edições
antigas do jornal, em cujo conteúdo encontrou
informações particulares sobre o
Centro. “Estive
em cidades de
vários países e
cada uma apresenta uma identidade própria”,
assegura.
Seguindo esta linha em
sua tese para doutorado em
Geografia, Tobias escolheu o
centro de São Paulo e a praça
da Sé como temas a serem
desenvolvidos. Os segmentos
destacados são os espaços
públicos desenvolvidos “não
apenas no aspecto físico, mas
também quanto e como são
utilizados pela população ao
longo do tempo”. A pesquisa,
como ele garante, ainda está
no começo, e nos relatos vem
se destacando as participações de grupos de usuários
- como moradores - dos equipamentos públicos.
Chico Alves
2
Túnel problemático - Na
região central da cidade,
Tobias percebe fatores que
acabam dificultando o trânsito e, por consequência, a
vida do paulistano; ou seja,
são criados para solucionar,
mas trazem problemas. “No
vale do Anhangabaú existe
um túnel (João Paulo II) - que
liga a avenida Prestes Maia
com as avenidas Nove de
Julho e Vinte e Três de Maio
-, mas no período de chuvas
os transtornos são inúmeros
para os usuários do túnel e seu
entorno”, revela.
“Todos os usuários têm
influência direta
na modificação do espaço
público no decorrer dos anos”,
menciona. Como
critério fundamental, Tobias
assinala a participação da administração pública que integra outro grupo modificador
desses espaços, onde existe a
percepção de atuar baseando-se nas necessidades de outros
grupos que interagem com a
área física ocupada.
Para o geógrafo, o centro
de São Paulo precisa retomar
o conceito de área de moradia,
“trazendo as pessoas para
mais perto do trabalho”. Com
isto, ele acredita, haveria uma
melhor distribuição e combinação entre zonas residenciais
e comerciais, e os problemas
da região seriam mais rapidamente resolvidos. (P.S.)
Acontece
Máquina
Eu par tilho da opinião de que a sociedade
em que vivemos é uma
máquina devoradora e
cruel. Sim, ela é cruel,
mas só é assim porque
é feita de peças muito
pequenas -- nós mesmos
-- que se preocupam
somente em cumprir
seus pequenos deveres
dia após dia. É esse o
combustível da máquina: cumprimento do dever -custe o que custar -- para se chegar ao final do mês
são e salvo. Muitas destas “peças” se omitem quando
poderiam ajudar, prejudicam os outros por sucesso
profissional, mentem, ou simplesmente não estão “nem
aí”. A desculpa é sempre a mesma: família para cuidar,
contas para pagar, futuro pela frente.
A máquina-sociedade se alimenta dessa cegueira
fragmentada de pessoas que cuidam das suas coisas
e somente das suas coisas, e o resto é resto. E assim
a coisa vai. Quem só se preocupa consigo mesmo,
com sua família e com seus amigos, esquece que não
é amigo de muita gente, que não é família de muita
gente e que é um estranho para muita gente. Um dia
a coisa volta: alimentamos a máquina e a máquina se
alimenta de nós. No fim, a máquina-sociedade continua
cruel e as pessoas continuam sendo peças “cegas” que
se acham muito humanas.
Nilson De Lourenço
professor de inglês
[email protected]
Viaduto Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br
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SP - Outubro 2011
3
Comunidade
Movimento de moradia popular mantém viva atuação no Centro
afirma, a ocuBenedito Barbosa
pação de um
prédio vazio é
se encerra com
o Programa de
Arrendamento
Residencial
( PA R ). “ N a
região central
de São Paulo
existem cinco prédios dentro
conta com ocupações nas ruas
deste programa. Normalmente,
Martins Fontes, Mauá e Maria
estes imóveis levam os nomes
Domitila, além de outros três
das ruas em que estão instanas avenidas Casper Líbero, São
lados, como no caso das ocuJoão e Prestes Maia”.
pações das ruas Maria Paula,
Já o programa de locação
Brigadeiro Tobias, Fernão Sales,
social da Prefeitura de São
Riskallah Jorge e do Hotel São
Paulo dispõe de prédios na Vila
Paulo. Todos eles representam
dos Idosos, nas ruas Senador
o sucesso do movimento de
Feijó, Riachuelo e Asdrúbal do
moradia popular”, frisa.
Nascimento. Na locação social
uma família pode permanecer
Locação social - Dentro do
em um prédio por quatro anos.
programa Minha Casa, Minha
Período este renovável por mais
Vida foram conquistados na
quatro - neste caso, cada famíação da UNMP cinco prédios
lia deve dispor de pagamento
na Vila Monumento, um na rua
orçado em 10% do salário à
Conselheiro Crispiniano, outro
Caixa Econômica Federal (CEF).
na avenida Ipiranga e mais um
na rua Maria Domitila. Dito desGrande luta - O coordetaca que “atualmente o centro
nador da UNMP revela que o
de São Paulo, por intermédio
período entre a ocupação até a
do movimento de moradia,
confirmação de sua posse, pode
levar de quatro
a cinco anos.
O interessado
em adquirir um
imóvel próprio,
na condição de
ocupante de
um prédio precisa entrar em
contato com
entidades como: Movimento
de Moradia da Região Centro
(MMRC), Movimento dos Sem
Teto do Centro (MSTC), União
de Luta no Centro (ULC) e União
dos Movimentos de Moradia
da Grande São Paulo e Interior
(UMM), entre outras.
“Há sempre uma grande luta
e estes movimentos populares
estão mudando a cara de São
Paulo e tornam-se referências
dentro e fora do país”, disse.
Exemplo disto, como ele coloca,
é o treinamento a que os ocupantes são submetidos antes
de entrarem em um prédio.
“Todo projeto de moradia
popular apresenta treinamento
envolvendo técnicos da Caixa
Econômica Federal (CEF) e de
outros setores públicos, para
que as pessoas possam entrar
Paulo Souza
A jornada Nacional por
Moradia Popular realizada em
4 de outubro aconteceu simultaneamente em 20 estados
brasileiros e reuniu em São
Paulo, mais de duas mil pessoas.
A informação é do coordenador
da União Nacional por Moradia
Popular (UNMP), o advogado
Benedito Roberto Barbosa, o
popular Dito.
Segundo ele, esta manifestação resultou nos chamados
“efeitos preliminares”, explica.
“Um deles é o agendamento
de audiência com a presidenta
Dilma, em Brasília, onde estaremos discutindo o repasse de
R$ 200 milhões, para a compra
antecipada de prédios vazios
dentro do programa Minha
Casa, Minha Vida; solicitaremos
ao Planalto a elaboração de uma
minuta de salvaguarda, para
evitar mais despejos em áreas
para desapropriações e construções em terrenos destinados
à Copa de 2014; a implantação
de um Sistema Nacional de
Desenvolvimento Urbano, e a
discussão sobre as condições
dos prédios ocupados.”
Em instância federal, Dito
adequadamente nos prédios. O
treinamento implica não apenas
no caráter de preservar a higiene
de um ambiente, mas também a
convivência em um condomínio
para evitar a degradação pós-ocupação”, assinala.
Além disto, os novos vizinhos, antes ocupantes, enfrentam o preconceito em relação às
suas origens. Dito finaliza: “Para
algumas pessoas, a convivência
com classes distintas equivale
à uma invasão de espaço, por
não aceitarem, por exemplo,
que a empregada doméstica
com sua família saia de um
bairro periférico para morar no
Morumbi, acreditando que o
bairro é apenas ‘seu’ e que isto
desvaloriza a região e o seu
imóvel. Mas não é verdade,
porque mesmo no centro de São
Paulo observamos a existência
de gente originária de vários
lugares.”
Mais informações do movimento de moradia popular
podem ser obtidas no site:
www.sp.unmp.org.br ou pelo
e-mail: [email protected]
Por Paulo de Souza
Dia Nacional de Luta pela Moradia Popular é lembrado com manifestação.
Paulo Souza
Pelo menos 800 pessoas ocuparam um prédio
abandonado na avenida Cásper Líbero, na região
central da cidade, no final da tarde do dia 4,
quando se comemorou o Dia Nacional de Luta
pela Moradia Popular. A data também foi marcada
com ato de pelo menos duas mil manifestantes
em caminhada iniciada no largo do Paissandu até
a Caixa Econômica Federal (CEF), na praça da Sé.
Segundo o coordenador da União de Movimentos pela Moradia (UMM), o advogado Benedito Roberto Barbosa, a mobilização até a
Caixa Econômica Federal teve por objetivo pressionar os governos Federal, Estadual
e Municipal quanto aos recursos que deveriam ser destinados à moradia popular “e
não exclusivamente ao Plano de Aceleração ao Crescimento (PAC)”, explicou.
Prédios abandonados - Levantamento feito pela União de Movimentos pela
Moradia indica déficit de 640 mil moradias. Benedito Barbosa disse existir atualmente,
somente na região central de São Paulo, pelo menos 40 mil prédios em situação de
abandono. “Com o IPTU - Imposto Territorial e Predial Urbano - progressivo, tem gente
abrindo uma ‘portinha’ no prédio alegando ser de caráter social. Mas não é verdade.”
De acordo com o coordenador da União de Movimentos pela Moradia, nos seis
primeiros dias deste mês foram organizadas quatro ocupações de prédios. Todos
eles em condições de abandono. “Por isto exigimos por meio desta manifestação,
a destinação de recursos a estes prédios abandonados para serem utilizados devidamente por este povo em luta pela moradia”, concluiu. (P.S.)
4
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SP - Outubro 2011
Comunidade
Salários melhores geram crescimento econômico
Pep
Campanhas salariais de trabalhadores trazem impacto positivo na indústria, no comércio e na geração de emprego
O aumento do emprego e
da renda dos trabalhadores
tem trazido impactos positivos
para toda a economia brasileira. E campanhas salariais
de grandes categorias, como
a dos bancários, são fundamentais para manter essa
política. Segundo dados do
Dieese, 84,4% das categorias
de trabalhadores conquistaram aumento real de salários no primeiro semestre de
2011, medida que movimenta
o comércio e a indústria e
mantém a economia interna
forte.
“Com salários melhores
todos ganham. Os trabalhadores compram. As empresas
vendem, a indústria produz. E
tudo isso gera empregos”, destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Ban-
cários de São Paulo, Osasco
e Região.
A greve nacional da categoria chega nesta segunda-feira
17 de outubro, aos 21 dias, e
só aconteceu e se estendeu
por culpa dos banqueiros.
Após forte mobilização dos
bancários, a federação dos
bancos (Fenaban) apresentou
proposta que prevê reajuste
salarial de 9%, sendo 1,5% de
aumento real, ou seja, além da
reposição da inflação. Já para o
piso, o reajuste é maior (12%),
o que elevaria o salário inicial
de R$ 1.250 para R$ 1.400.
Além do aumento real que
caminha para o oitavo ano
consecutivo nos salários, vales
refeição e alimentação e da
valorização maior no piso que
pode chegar a dois anos seguidos, acumulando reajuste de
30% no período, os bancários
também tiveram de fazer greve
para arrancar dos banqueiros
maior participação nos lucros
e resultados (PLR).
A proposta apresentada
prevê o pagamento da regra
básica da Participação nos
Lucros e Resultados (PLR) de
90% do salário mais R$ 1.400.
Assim, a parte fixa, que em 2010
foi de R$ 1.100,80, será reajustada em 27,18%. Nos maiores
bancos, como Itaú Unibanco,
Bradesco e Santander, os trabalhadores devem receber
2,2 salários a título de PLR.
Isso porque a regra determina
que devam ser distribuídos no
mínimo 5% lucro líquido. Se
isso não acontecer, os valores
de PLR devem ser aumentados
até chegar a 2,2 salários com
teto de R$ 17.220,04.
Além da regra básica, os
bancários também têm direito
a receber valor adicional à PLR
de até R$ 2.800, o que significa
aumento de 16,66% em relação ao que foi pago em 2010.
Em todo o país são 484 mil
bancários, dos quais 135 mil
em São Paulo, Osasco e região.
“Essas conquistas quando se
efetivam trazem reflexos para
toda a economia. Desde o restaurante e o comércio do bairro
até os grandes pólos indústrias
são movimentados, fortalecendo o mercado interno e a
economia nacional”, ressalta
Juvandia. “Os bancos devem
muito à sociedade brasileira.
Ganham muito aqui e têm condições de pagar melhores salários e contratar mais bancários
para melhorar o atendimento à
população.”
A proposta apresentada na
sexta rodada de negociação
prevê ainda a contratação
de 5 mil bancários na Caixa
Econômica Federal. E ainda
traz outros avanços com a
inclusão da cláusula que coíbe
o transporte de valores por
bancários e o fim da divulgação de rankings individuais dos
funcionários, combatendo o
assédio moral.
A greve poderá chegar ao
fim dia 17. Graças à mobilização da categoria e tendo em
vista os avanços conquistados
na mesa de negociação, o
Comando Nacional dos Bancários orienta a aprovação da
proposta nas assembleias de
trabalhadores o encerramento
da greve.
Por Elisângela Cordeiro
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SP - Outubro 2011
5
Linhas Centrais
Sistema inédito em taxi melhora atendimento a cliente
Ao final da corrida o
taxista aciona o botão
verde do e-Flows indicando que está livre.
“Ele pode optar por
atender a uma corrida
particular”, esclarece.
Ao final do percurso
o cliente é orientado a
fazer a avaliação sobre
o serviço que recebeu.
atendente faz a triagem
dos pedidos. Pelo sistema Taximov isto não
acontece.
Paulo Souza
Um sistema revolucionário
promete não apenas conforto,
mas segurança, rapidez, eficiência e personalização. Tudo isto
como resultado da engenhosidade do sistema e-Flows. “O
equipamento foi desenvolvido
a partir da linguagem Java para
o sistema Nokia e Sinbiam, dispondo de mapas digitalizados”,
como informa Nathan Vasconcelos Ribeiro, diretor executivo
da e-Flows Coneecting Needs e
da empresa do Serviço Taximov.
O e-Flows é um aparelho do
tamanho de um telefone celular
e pode ser afixado ao lado de um
GPS. Com ele, o taxista recebe e
emite mensagens breves sobre
uma determinada corrida. “O
cliente pode pedir uma minivan,
carro filmado, taxi blindado ou
até mesmo um taxista bilíngue
que o nosso sistema localizará
o profissional preenchendo os
requisitos do cliente”, explica.
Segundo Nathan Ribeiro, o
usuário solicita um taxi pela internet ou por telefone do Serviço
Taximov cujo sistema localiza em
poucos segundos um taxi num
raio de até 5 km do solicitante.
Sem exclusividade - Em
cada corrida realizada o Serviço
Taximov ganha R$ 3,00 quando
o pagamento é efetuado em
dinheiro. Como pessoa jurídica o cliente pode pagar por
e-voucher: uma senha da fatura
relativa a corrida e que pode
ser pago online. “É uma forma
de eliminar a burocracia.” Um
mês depois a Serviço Taximov
recebe R$ 10,00 do taxista por
este serviço prestado.
“No momento contamos
com 70 taxistas, mas estamos
expandindo esta frota de prestadores de serviço”, frisa. Para
atrair novos parceiros taxistas
o produto tem sido apresentado
em pontos ou diretamente ao
Depoimentos – “Em
breve teremos outros
itens implantados ao
sistema, como por
exemplo, um botão de
emergência estrategiNathan Ribeiro
camente instalado para
ser acionado pelo taxista em um
taxista. “Não há necessidade
caso de emergência, e também
dele trabalhar exclusivamente
estaremos contando com uma
com a gente, porque neste caso
profunda análise sobre os pontos
o profissional que atua dentro
que apresentem maior concende uma cooperativa ou de um
tração de possíveis usuários. Por
ponto de rotatividade poderá
exemplo, uma noite de sextase valer desta ferramenta para
-feira e um local que apresente
trabalhar”, disse.
uma grande concentração de
De acordo com Nathan
executivos. A partir de um mapeRibeiro, diferente do que, por
amento antecipado, teremos
exemplo, pode ocorrer em uma
como concentrar nessa região
cooperativa de taxis, em que um
um grande número de taxistas
atendente privilegia um ou outro
que utilizem o sistema e-Flows.
taxista com uma boa corrida,
O publicitário e proprietário
no Taximov vem em primeiro
do Jornal Granja News, Rodrigo
a localização com a disponibiliRodrigues, utiliza os serviços
zação do taxista e em segundo
desta empresa desde julho último
se ele preenche as exigências
e reconhece a excelência no
do passageiro/cliente, diferente
resultado final. “Utilizo os taxisdo que acontece quando um
tas do Serviço Taximov tanto
para minha empresa como para
minha família. Gostei muito da
segurança de saber quem é o
taxista que transportará meus
funcionários, minha esposa e
meus filhos. Percebo que as
cooperativas ganham muito e
os taxistas pagam altas taxas.
Pelo que sei, com o Taximov é
diferente.”
Há cinco anos como taxista
Amauri Giudice Loureiro fala
sobre o que mudou após integrar o quadro do Serviço Taximov a partir de junho deste
ano. “Aderi ao serviço porque o
movimento no ponto em que eu
trabalho caiu 40%. Atendíamos
concessionárias de veículos que
fecharam contrato com rádios-táxi. Com o Taximov, passei a
atender uma clientela diferenciada. O serviço tem grande
possibilidade de crescimento
e pode representar uma boa
renda adicional”, conclui. (P.S.)
Serviço:
Serviço de taxi
(11) 4148-6623
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Lançamento do livro Verso e Anverso no SENAC 24 de Maio
A arte nunca foi sinônimo de
coerência, ao contrário, vive do
contrassenso e da subjetividade.
E é com esse respaldo antagônico que os poetas Carlos Moura
e Alberto Gattoni lançam seu
livro de estreia Verso e Anverso,
em 28 de outubro, sexta-feira, no
SENAC 24 de Maio.
Habituês dos tradicionais
saraus poéticos de São Paulo, o
publicitário Alberto Gattoni e o
jornalista Carlos Moura reúnem
nesta coletânea, trabalhos que
até então permaneciam eternizados apenas a um seleto grupo
de amigos, amantes do mais
antigo gênero literário.
Inspirados nas memórias
juvenis e em seu cotidiano na
região central da cidade, os
dois poetas contextualizam a
amizade, o amor e as agruras
de seu tempo em poesias de
formatos variados e diferentes
linguagens. Uma mistura de
estilos autorais, que segundo
Gattoni, “não interferem, inclusive servem para quebrar a
monotonia de um livro exclusivamente de poesia”.
O título Verso e Anverso
não se restringe a uma licença
poética. É o resultado da peculiaridade na formatação do livro,
onde cada autor inicia sua escrita
em uma face e encerra a “performance literária” exatamente
no meio da publicação, ou seja,
em suas páginas centrais. As
orelhas do livro foram escritas
pela escritora Kina de Oliveira e
a jornalista Aline Gattoni.
A ideia de publicar o livro
em parceria foi uma iniciativa de
Carlos Moura, que se identificou
com a poesia de Gattoni logo
em seu primeiro contato com
o poeta. “Assim que conheci
alguns poemas do Gattoni em
saraus aqui no Centro, tive
vontade de convidá-lo para a
realização de um livro, o que
fiz ainda em 2009 e hoje temos
a concretização da ideia”. O
jornalista espera que o conteúdo da obra agrade os leitores
do Centro em Foco e agora
mantém seus esforços na distri-
buição da obra para, quem sabe,
encaminhar novas produções
com o companheiro de escrita.
Já o poeta Alberto Gattoni,
que dedica grande parte de
seu tempo à poesia, “mas não
tanto quanto gostaria”, a rotina
da escrita ainda faz falta em seu
processo de criação: “Acabo
escrevendo sem uma regularidade, e as poesias surgem nos
mais variados horários, de tarde,
de noite, de madrugada”. Com
o contínuo exercício da escrita,
a expectativa de Gattoni é produzir mais, “não pela vaidade
da publicação, mas pelo prazer
de transmitir uma coisa minha
que envolve meus sentimentos
e a forma como vejo o mundo”.
Para a realização de Verso
e Anverso Moura e Gattoni
tiveram o apoio cultural de
tradicionais estabelecimentos
comerciais do região central:
Apfel Restaurante Vegetariano
(rua Dom José de Barro, 99), Bar
e Lanches Estadão (vd. Nove de
Julho, 193), Grêmio PMSP (rua
Líbero Badaró, 182 - 4º and.),
Neves Bomfim Administração
de Imóveis (rua 24 de Maio, 77
- 12º and.), Nutrissima/ Muscle
Tribe (av. São João, 439 - loja
101 - Galeria do Rock) e Óptica
O2 (rua Br. de Itapetininga, 50 2º and. Sala 211).
O SENAC 24 de Maio assumiu
a logística do lançamento, por
manter parcerias com os autores.
Por José Eduardo Bernardes
Serviço:
Lançamento de livro
SENAC 24 de Maio, 208
28/10, às 18h
Preço: R$ 18,00
6
SP - Outubro 2011
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Saúde no Centro
Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92
Fibras dietéticas na alimentação previnem doenças
As fibras dietéticas não só previnem doenças, como melhoram a qualidade de vida dos usuários.
A relação entre o consumo
de fibras dietéticas na alimentação e a prevenção de diversas
doenças crônico-degenerativas
vem sendo estudada e comprovada há muitos anos. Em
1969, o pesquisador Burkitt
já observava que a incidência
de doenças cardiovasculares,
câncer, intestino preso e outros
problemas poderiam estar
associados à baixa ingestão de
fibras na dieta.
As fibras solúveis como os
cereais (aveia, cevada, milho,
centeio e psilium), as frutas
(banana, maçã), as leguminosas (feijões, ervilhas), além de
couve-flor, cenoura, entre outros
alimentos, contribuem para a
diminuição de fatores de risco
para doenças cardiovasculares,
visto que, regulam a concentração de colesterol e suas frações
(LDL e HDL) e diminuem a absorção de gorduras. Além disso, são
indicadas para pessoas com Dia-
betes Mellitus, pois retardam o
esvaziamento gástrico, evitando
o aumento da glicemia após a
refeição e reduzem a absorção
dos carboidratos.
As fibras insolúveis, encontradas em grãos integrais,
agem de maneira a melhorar
a sensibilidade à insulina e
consequentemente diminuem
o estresse oxidativo do organismo. Assim, podemos constatar que o consumo adequado
de fibras solúveis e insolúveis
é relacionado à menor risco
de doenças, melhorando a
qualidade de vida das pessoas.
Ao optar por uma refeição saudável e variada, rica
em vegetais, grãos integrais,
frutas e leguminosas, estamos
optando também por uma vida
mais longa e feliz, para toda a
nossa família. Bom apetite!
8
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SP - Outubro 2011
Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92
Nossos Pés
Nossos pés sempre foram alvo de muitos cuidados.
causam dores, inchaços, dificuldade de
cicatrização. As patologias podem atingir a
todos, porém, algumas
são mais comuns em
idosos, como: esporão
de calcâneo, fasceíte
plantar, joanete.
Pés de crianças:
verrugas plantares,
o ‘’olho de peixe’’, é
muito comum em crianças e
adolescentes. Não há dificuldade em tratar.
M ulhe r e s ou hom en s,
jovens ou idosos, podem sofrer
de alguma patologia que atinge
os pés:
Micose: doença causada
por fungos. Existem muitos
tipos de fungos na natureza,
porém vamos nos ater aos que
se instalam nos pés. São microorganismos parasitas, pois precisam de um hospedeiro para
sobreviver, se alimentam de
queratina, uma proteína encontrada na pele, na unha; gostam
do meio quente e úmido. É
uma patologia muito comum,
porém desagradável. Causa
grande desconforto social (verDivulgação
Pés diabéticos: necessitam
de muita atenção, em função
das consequências trazidas pela
doença. Como: a diminuição da
micro vascularização, dificulta a
regeneração tecidual - qualquer
ferimento fica muito difícil de
cicatrizar; diminui a sensibilidade das extremidades, por isso
o diabético precisa observar
bem seus pés, constantemente.
Outras conseqüências comuns
são: micoses entre os dedos;
onicocriptose (unha encravada);
bolhas; ulcerações - qualquer
ferimento pode causar grandes
transtornos.
Pés de idosos: com o tempo
nosso corpo sofre transformações, externas: rugas, ressecamento da pele, e internas: hormonais, circulatórias, ósseas.
Uma das par tes do corpo
que mais sofrem com estas
modificações corporais são
os pés. Problemas na coluna,
ou postural causam danos na
biomecânica dos pés, causando dores, calos, calosidades,
deformações ungueais. Falta de
cálcio, além do enfraquecimento
ósseo, pode enfraquecer as
unhas. Problemas circulatórios
gonha); odor, coceira (entre
os dedos, na planta, ou dorso
dos pés); quando instalada
nas unhas (onicomicose) pode
engrossar a mesma, causando
dor pela pressão do calçado.
É preciso tratar. O trabalho do
podólogo é essencial para que
isto aconteça, limpando a área,
indicando algum óleo essencial.
Hoje, com o uso de aparelhos
(LED, Laser e alta freqüência),
consegue-se tratar tal patologia
de uma maneira não tóxica e
não invasiva.
Oni c oc rip tose (unha
encravada): a mais comum e
frequente patologia dos pés,
ou melhor, das unhas. Causa
muita dor, odor, principalmente
quando vem acompanhada de
Ação Social com resultados econômicos
Seminário: Pessoa com deficiência
Ação Social com resultados econômicos
BRASIL FRENTE A COPA DO MUNDO E OLIMPÍADAS.
Desenvolver uma nova cultura empresarial, apoiada na diversidade, demonstrando as oportunidades que envolvem o universo da pessoa com deficiência é
o objeto de estudo desse seminário, no contexto das estimativas do Censo do
IBGE, apontando que 14% da população brasileira estão nesta categoria, em
um granuloma (carne
esponjos a, que tem
grande concentração
de vasos s aguíneos
e terminações nervosas, sangrando muito
ao encostar ou bater.
Quem tem uma unha
encravada quer retirá-la
o mais rápido possível,
porém tem muito medo
de sentir dor. O podólogo é um especialista nesta
área. Com materiais adequados
e principalmente esterilizados
ele consegue facilmente tratar
uma “unha encravada”. O procedimento envolve desde um
anestésico, de ordem natural,
até o uso de Laser de Baixa
Potência, para analgesiar. É
um tratamento muito eficaz,
relativamente rápido e correto.
A retirada (da espícula) é feita
com bisturis, também não é um
processo invasivo (cirúrgico).
Processo cirúrgico só com o
médico.
Correção de unha: muitas
vezes após a retirada de uma
unha encravada, há a necessidade de um acompanhamento
da mesma para que ela não
encrave novamente. Existem
vários dispositivos que o podólogo pode utilizar para que a
unha cresça de uma maneira
correta, para não reincidir o
problema. Se nenhum dos dispositivos, como guta percha,
silicones, fibras de alginato
der resultado positivo, deve-se
recorrer à mudança de formato
da unha, usando outros dispositivos, tais como fibras de memória molecular, bracket, botons e
elásticos (órteses).
Existem outras patologias
que acometem os pés como:
calos, calosidades, psoríase,
bolhas, tumores, joanetes, esporão de calcâneo, mau perfurante
plantar, bromidrose (chulé),
hiperidrose (excesso de suor),
fasceíte plantar, neuroma de
Morton, fissuras. Outros tratamentos como: reflexologia,
esfoliação e indicação de palmilhas. Procure um podólogo.
Marlei Perrotti
Podologa e reflexoterapeuta há
27 anos
www.delpe.com.br
Tel (11) 3255-4641
Metrô República
várias faixas econômicas e em todos os níveis de escolaridade.
Considerando que a área de recursos humanos acusa um déficit de profissionais capacitados, que deve crescer a partir das novas demandas criadas com
a futura realização da Copa do Mundo no Brasil, esse seguimento da população,
hoje fora do mercado de trabalho, poderia preencher esta lacuna e, ao mesmo
tempo, obter a sua desejada inclusão social.
O seminário pretende desmistificar a visão assistencialista, propondo uma
visão estrategista, em que a justiça social é sinônimo de eficiência e meritocracia.
Local: Universidade Gama Filho | Data: 19 de outubro
Horario: 8h30 às 12h30 | Inscrições e informações: (11) 3120-6856
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SP - Outubro 2011
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Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92
Ortodontia, uma especialidade para todos!
mínima para um
bom tratamento
ortodôntico.
Tanto as crianças,
como os jovens e
adultos precisam
de uma perfeita
saúde periodontal
para que exista
sucesso no tratamento. É imprescindível que haja
uma condição
de higiene bucal
f avo r áve l, c om
hábitos de higiene
regrados: escovação e uso do
fio dental após as refeições,
bem como ao acordar e antes
de ir dormir, principalmente. A
falta desses cuidados ocasiona
a instalação da inflamação nos
tecidos que sustentam o dente,
o c o r r e n d o s a n g r a m e n t o,
de trat amentos
mais complexos,
possibilitando a
reabilitação aos
pacientes que
sofreram perdas
precoces de dentes
e que apresentam
estética comprometida. Nesses
casos, são usados,
além da ortodontia,
dentística restauradora, endodontia,
prótese, cirurgia e
Um caso executado em nossa clínica.
periodontia.
conhecido como gengivite. A
No exame clínico são colhipermanência desse quadro se
das as informações necessárias
agrava causando mobilidade
para o correto planejamento,
dentária, isto é, amolecimento
isto é, são observados dentes
e posterior perda dos dentes.
presentes e ausentes, próteses,
Hoje, a integração das especondições periodontais, cáries
cialidades odontológicas com a
e desarmonias de crescimento
ortodontia permite a realização
e desenvolvimento da face.
Chico Alves
A ortodontia é uma das
especialidades da odontologia
que está em constante desenvolvimento. É ela que atua na
prevenção e tratamento de problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento
das disfunções dento-faciais.
O ortodontista é o profissional habilitado a corrigir
e prevenir tais problemas, e
essas correções podem ser
feitas em qualquer fase da
vida do paciente. O perfil do
paciente que busca tratamento
ortodôntico sofreu alterações
graças às exigências estéticas
e às mudanças sócio-culturais. O que antes era apenas
destinado a jovens e crianças,
hoje engloba adultos e idosos,
que cada vez mais se mostram
preocupados com a aparência.
Existe uma condição
Para complementar as informações obtidas é que solicitamos
exames como a documentação
ortodôntica, que é composta
por radiografias, modelos de
gesso das arcadas dentárias e
fotografias. É através da análise
criteriosa desses exames que
realizamos os planejamentos
ortodônticos e identificamos
o tipo de aparelho ideal para
cada caso. Podemos dizer
que a devolução do sorriso ao
paciente, em qualquer fase da
vida, tornou-se uma realidade
inconteste, com os progressos
da ortodontia.
Dr. Juliano Salgado Brottel
Especialista em ortodontia
CROSP 73098
Rua Bento Freitas, 162
sala 208 - Centro
Tel.: 3221-3878
CONSELHO TUTELAR - Eleições - Domingo, 16/10
Para Conselheira Tutelar da Sé vote em Marise Martins, candidata nº 41028.
Ela defende: “Para um futuro promissor, precisamos garantir
às crianças e aos adolescentes um presente digno: Escutemo-las.
Se eleita, poderei defender, com legitimidade, o que tanto nos vem revoltando assistir:
o descaso reiterado em não garantir direitos pelo seu crescimento sadio e, condigno.
Por aquelas que nunca escolheram o seu destino, privadas dos benefícios
necessários ao seu desenvolvimento humano, sendo excluídas de soluções
obrigatórias, pela simples razão de lutarem pela sua sobrevivência.
Devemos educá-las de modo a podermos crescer em um coletivo,
digno e justo, tornando-as cidadãs.”
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SP - Outubro 2011
Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92
O sedentarismo físico e emocional está fora de moda!
Como escrevi na edição
anterior, a prática de Liang
Gong (giná s t ic a chine s a)
ensina o ser humano a alongar, respirar de acordo com
cada situação vivida e envolve
os pontos de acupuntura e as
emoções. Iniciamos uma série
de exercícios, que realizados
corretamente muita diferença
vai fazer na vida do praticante.
Nesta edição, apresento
mais uma sequencia para
você que está colecionando
nosso Saúde no Centro. Estes
exercícios são criados para
prevenir algumas doenças,
entre elas as relacionadas
com as articulações e tendões. É grande a variedade de
movimentos e posições, mas,
como os exercícios estão
divididos em grupos, seu
aprendizado torna-se facil. O
ritmo é importante, porque
trabalha a ansiedade e educa
sua respiração, devem ser
feitos lentamente.
Outra técnica comumente
praticada na China é a de
banhos terapêuticos. Então,
para somar a esta sessão de
exercícios, você pode preparar com dois litros de água,
um grande chá de Hortelã para
banhar seu corpo após a prá-
tica da seqüência proposta.
Experimente! O máximo que
pode acontecer, é você gostar!
E até o próximo mês!
Ana Paula Leijoto
HOLUS Terapia Alternativa
[email protected]
www.holusterapia.com.br
Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco. site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected]
Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - Conteúdo: matérias da redação e artigos assinados por especialistas colaboradores.
Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.
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SP - Outubro 2011
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Comunidade
Demitido da Unidade Básica
de Saúde (UBS) República, em
6 de setembro, o dr. Daniel
Ferreira apontou como principal motivo de sua demissão, a
maneira como se envolveu com
as causas populares na região
central. Com palavras a esse
respeito dirigidas a dezenas de
ex-pacientes, reunidos na praça
Dom José Gaspar na tarde do
dia 27 de setembro, o médico
deu início ao “apitaço em defesa
da qualidade do atendimento
feito pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) e em defesa do
Conselho Municipal de Saúde”.
Antes de entrar na UBS República, dr. Daniel e os pacientes
manifestantes realizaram caminhada. Passaram pelo viaduto do
Chá, onde em frente à Prefeitura
de São Paulo, se reuniram a catadores de material reciclável que
reivindicavam a reconstrução de
Fotos: Paulo Souza
Médico e pacientes realizam ‘apitaço’ em frente à UBS República
um galpão incendiado na zona
sul, há alguns anos. A enfermeira
aposentada Creusa Maria da
Silva, disse ao Centro em Foco
ter conhecido o dr. Daniel na
recepção da UBS República
“onde ele dava explicações básicas sobre alimentação”.
Também foram apontadas
como causas desta mobilização,
a falta de creches para, pelo
menos 125 crianças, na região
central; insuficiência de médicos;
o pedido de aumento de 15 para
30 minutos no atendimento a
pacientes pelo SUS; implantação
de equipamentos de acessibilidade, tais como rampa e elevador,
na UBS República, onde estas
e outras reivindicações foram
apresentadas ao seu Conselho
Gestor, reunido naquela tarde
para deliberar sobre medidas
debatidas no mês anterior.
Já no interior da UBS, ladeado pelos demais manifestantes
e diante do Conselho Gestor, dr.
Daniel Ferreira afirmou sem ser
contestado: “Todos vocês aqui
reunidos sabem muito bem
que jamais faltei e apresentava
um alto índice de atendimentos
em domicílios”. Os ex-pacientes e simpatizantes à causa do
médico popular ostentavam
cartazes improvisados, pedindo
não apenas a readmissão dele,
mas também outras medidas
destinadas a qualidade no atendimento aos usuários da unidade.
Sobre a acessibilidade dos
pacientes com deficiências físicas, a gerência da UBS República
afirmou ser possível apenas a
implantação de elevador. No
final deste mês, o mesmo Conselho Gestor volta a se reunir
para deliberar sobre as reivindicações apresentadas pelo
médico. Inclusive analisando
a sua demissão. Questionada
pelo Centro em Foco sobre as
argumentações apresentadas
por dr. Daniel e seus pacientes,
a Secretaria Municipal da Saúde,
por intermédio da Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste, enviou à redação, pela
internet, a resposta abaixo.
“A Coordenadoria Regional de
Saúde Centro-Oeste informa que
o médico citado pela reportagem
foi desligado de suas funções no
dia 6 de setembro de 2011. Cabe
ressaltar que a população atendida
na Unidade Básica de Saúde (UBS)
República não ficou desassistida,
pois outro profissional foi designado à vaga e já está atendendo
os pacientes”. (P.S.)
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SP - Outubro 2011
Artes e Cultura
Dezenas de
pessoas se reuniram no começo da
noite do último dia
5, em frente ao Cine
Belas Artes, para
comemorarem
com “champanhe”
- na verdade, com
guaraná - a abertura do processo de
tombamento deste cinema. A
medida foi adotada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat),
entidade vinculada ao governo
estadual e significa a continuidade de exibições de filmes
pelo Cine Belas Artes.
Entre os presentes na manifestação estava o vereador e
presidente do diretório muni-
Fotos: Paulo Souza
Condephaat abre processo para tombamento do Cine Belas Artes
cipal do PSB, Eliseu Gabriel.
Na ocasião ele explicou que a
responsabilidade no município
em tombar edificações históricas está a cargo do Conselho
Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico, Cultural
e Ambiental da Cidade de São
Paulo (Conpresp) vinculado à
Secretaria Municipal de Cultura,
apoiado pelo corpo técnico
do Departamento do Patri-
mônio Histórico (DPH). “Esta
entidade não viu apenas a
qualidade física do Belas Artes
e se esqueceu do aspecto de
memória e história constituído
pelo cinema”, disse. O vereador
acredita que o tombamento do
Belas Artes servirá como um
alerta à cidade, “em relação à
memória nela existente”.
Outra manifest ante na
comemoração foi a presidente
da Associação dos Amigos e
Moradores pela Preservação
do Alto da Lapa e Bela Aliança
(Assampalba), Maria Laura
Fogaça Zei. Ela lembrou ter
frequentado o Cine Belas Artes
por mais de 20 anos. “Tínhamos
por rotina sair do cinema, atravessar a avenida da Consolação
pela passagem subterrânea,
onde sempre havia exposições
e depois chegávamos ao Bar
Após longa jornada no CCBB
e no Teatro Imprensa, a peça “12
Homens e Uma Sentença” volta
aos palcos paulistas, desta vez
sediada no teatro TUCARENA.
O texto do norte-americano
Reginald Rose, sob direção de
Eduardo Tolentino, permanece
na capital até 20 de novembro,
com apresentações sextas e
sábados, às 21h e domingos,
às 19h30.
Originalmente escrita para
uma série de TV americana em
1954, a montagem só ganhou
fama e prestígio após a produção
cinematográfica “12 Angry Men”
(Doze Homens Furiosos) encabeçada por Henry Fonda e dirigida
por Sidney Lumet, em 1957. Em
1963 ganhou sua primeira versão
para o teatro, além de diversas
montagens para a TV e cinema
no mundo todo, até desembarcar
no Brasil em 2010.
Durante as mais de 100 apresentações da temporada tupiniquim, o texto traduzido por
Ivo Barroso, já pôde ser visto
por quase 30 mil espectadores
Divulgação
“12 Homens e Uma Sentença”
reestreia no Teatro TUCARENA
e angariou reconhecimentos
importantes como o prêmio
de Melhor espetáculo do ano e
duas indicações ao Prêmio Shell
(melhor diretor, Eduardo Tolentino e melhor ator, Norival Rizzo).
No palco, doze homens são
incumbidos de decidir o futuro
de um jovem, acusado de assassinar seu pai com uma facada. Se
condenado, sua sentença será
a cadeira elétrica. Baseada nos
tribunais americanos, a decisão
dos jurados deve ser unânime e
não da maioria, como acontece
na justiça brasileira. Se houver
em um deles uma dúvida razoável a respeito da culpabilidade
deste garoto, ele não poderá ser
condenado.
Tr an c a f i a do s em uma
pequena e abafada sala de júri, os
doze homens, escaldados pelo
forte calor do Verão nova-iorquino,
são impelidos a decidir a sorte
desse réu, após ouvirem dias de
julgamento, provas e testemunhas
deste controverso caso. Com base
nas evidências, estes antagônicos
jurados irão se confrontar em
um surpreendente exercício de
argumentação, onde a culpa e a
inocência, os preconceitos e as
ideologias inerentes a cada um
dos personagens serão decisivos
para o desfecho deste caso.
Para reproduzir as intensas
representações do filme de
Sidney Lumet, o diretor Eduardo Tolentino, se amparou na
qualidade dos atores. “Trata-se
de algo que envolve ideias e
discussões, por isso é importante saber como tornar isso
ao mesmo tempo atraente e
impactante, como no filme. Precisamos estruturar a montagem
para que vá além da fala e esteja
tanto no corpo dos atores como
no palco”, declara.
Além de Norival Rizzo, compõem o espetáculo os atores
Adriano Bedin, Brian Penido,
Ricardo Dantas, Zé Carlos
Machado, Oswaldo Mendes,
Augusto Cesar, Fernando Medeiros, Haroldo Ferrari, Henri Pagnoncelli, Oswaldo Ávila, Riba
Carlovich, Gustavo Trestini e Ivo
Muller.
Serviço:
12 Homens e Uma Sentença
Teatro TUCARENA - rua Monte
Alegre, 1024. Horários: sex. e
sáb. às 21h e dom. às 19h30
Ingressos: R$ 40 (sex.) R$ 50
(sáb. e dom.)
Riviera (fechado
há cerca de quatro
anos), onde encontrávamos, por
a c a s o, p e s s o a s
como Arrigo Barnabé”, lembrou.
Para o escritor
Afonso Lima, o Cine
Belas Artes gera o
mercado da cultura,
em São Paulo. “No período da
ditadura militar, muita gente
vinha para este cinema para
assistir filmes considerados proibidos e cujas exibições somente
aconteciam após a 0h e no
subssolo.” Ele ainda destacou
a importância do Belas Artes na
realização de vários ciclos, além
dos muitos cineastas nacionais
que preferiam exibir seus filmes
neste cinema. (P.S.)
Exposição
Laços de
Família
Até 7 de novembro,
das 8h às 24h, no Espaço
Clóvis Graciano, do Novotel
Jaraguá, o paulistano pode
visitar a exposição “Laços
de Família”, que apresenta
obras das artistas Ana Júlia
Del Bianco Afarelli e Heloisa
Afarelli. O hotel fica na rua
Martins Fontes, 71 - Bela
Vista, próximo da Biblioteca
Mário de Andrade e estação
de metrô Anhangabaú. A
entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas
pelo telefone (11) 2802-7000.
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SP - Outubro 2011
Artes e Cultura
Paula Kossatz
“Três Homens Baixos” revela fraquezas do universo masculino
Nascida a partir de uma brincadeira do autor Rodrigo Murat
com a peça “Três Mulheres
Altas”, de Edward Albee, estreia
no próximo dia 05 de novembro
no Teatro Jaraguá, a comédia
de costumes “Três Homens
Baixos”. No elenco, os atores
Francisco Cuoco, Anselmo
Vasconcelos e Orlando Vieira
encenam as facetas do universo masculino sob a batuta
do diretor Jonas Bloch.
U tiliz ando
clichês do
p a d r ã o ma s culino de compor t amento,
três amigos de
infância - o professor universitário Ciro (Francisco Cuoco),
o banqueiro
de jogo do
bicho Samuca
(Anselmo Vasconcellos) e o
publicitário Titi (Orlando Vieira)
- continuam se encontrando
periodicamente para colocar
o papo em dia numa mesa de
bar. Até que em um desses
encontros eles se veem obrigados a rever seus valores.
Amparados por essa
amizade, cada personagem
passa a revelar seus próprios
dramas existenciais, envoltos
em uma trama melodramática
de suas intimidades e fraquezas. Segredos começam
a vir à tona numa espécie de
desabafo coletivo. Descobre-se que um é homossexual, o
outro é impotente e o terceiro
é o “corno” da história. Para o
diretor Jonas Bloch, “a representação dos maiores temores
do macho brasileiro”.
O diretor inclusive foi um
dos atores da primeira montagem do espetáculo em 2001.
Segundo Jonas, os personagens estão mais dinâmicos,
assim como algumas cenas
da peça: “Explorei ao máximo
o grande talento dos atores e
fomos construindo essa nova
versão em um clima divertido,
ideal para se montar uma
comédia. Participei como ator
da primeira montagem desta
peça e, 10 anos depois, mais
maduro, creio que conseguimos um excelente aproveita-
mento do texto para divertir
ainda mais o público”.
O ator Francisco Cuoco
t ambém tem antiga rela ção com o texto. Ele integrou a montagem em 2004,
interpretando o publicitário
Titi. “Quando fiz a peça tive
muitos momentos de alegria
e de prazer. Isto vai acontecer
novamente. Teatro é tudo.
Peça ‘cabeça’ ou não, estaremos sempre refletindo o ser
humano”, afirma. Para Cuoco,
o teatro é um espelho das
contradições do homem: “A
maioria do público vai rir muito
e adorar. Alguns, poucos, vão
torcer o nariz. Esquecem que
verdades e profundidades,
preferencialmente, podem e
devem ser expressadas com
humor”.
Outro que conhece bem o
espetáculo é Orlando Vieira,
ator e produtor da monta-
gem atual. Orlando comemora
o retorno ao texto 10 anos
depois e garante que o clima
leve e descontraído permanece. “Quando participei da
primeira montagem, substituindo Herson Capri, lembro-me como se fosse hoje que
não conseguíamos dizer todo
o texto. Tínhamos que esperar o público parar de rir para
continuar a cena. Durante os
ensaios, continuamos gargalhando com as gags que foram
surgindo”, completa.
Por José Eduardo Bernardes
Serviço:
Três Homens Baixos
Teatro Jaraguá - Rua Martins
Fontes, 71
Horários: sex. às 21h30, sáb.
às 21h e dom. às 19 horas
Ingressos: R$ 50 (sex. e dom.)
e R$ 60 (sáb.)
Está em cartaz no Espaço
Parlapatões a peça “Serpente
Verde, Sabor Maçã”, inspirada
nas fábulas cinematográficas
do diretor Tim Burton, com
doses tragicômicas do teatro
do absurdo. Idealizado pelo
dramaturgo Jô Bilac e pela atriz
de “stand-up comedy” Larissa
Câmara, o espetáculo tem direção de Lavínia Pannunzio e trilha
sonora composta pelo “Titã”
Branco Mello.
A trama revela as conspirações de uma mulher chamada
Senhora G (Lulu Pavarin), que
recebe seus visitantes com xícaras de chá sabor maçã. Simpática
e misteriosa, ela julga o destino
destes personagens de acordo
com sua índole e decreta a
fatalidade de seu futuro envenenando-os, ou não, com a bebida.
“Ela decide quem vive, quem é
bom ou mau. O ‘G’ de seu nome
vem de God. Ela se declara uma
mentirosa compulsiva, o que é
rico para uma atriz, que ganha
liberdade para criar o persona-
Fábio Messias
“Serpente Verde, Sabor Maçã” em cartaz no Parlapatões.
gem”, comenta Lulu Pavarin.
Apesar de sua postura justiceira, “ela é absolutamente
humana, sujeita a todas as alterações pela qual uma pessoa qualquer pode passar. A peça não
é psicológica, mas vem muito
carregada de uma potência
humana, que pode levar o personagem de uma heroína trágica, a
uma mulher melodrama”, conta a
diretora Lavína Pannunzio.
Mesmo renegando a alcunha
de reflexão psicológica, o espetáculo levanta questões como
a idealização do ser humano
incorruptível e degeneração de
relações sem amor. “Ela procura
uma pessoa digna, totalmente
boa, algo que não existe. A plateia até vai torcer para a Senhora
G aplicar sua justiça quando
conhecer a integridade de alguns
personagens”, afirma a atriz Lulu.
As tiranias da Senhora G - que
vive em um mundo fantástico,
cercada por seu frutuoso jardim
de rosas e dialogando com os
objetos da casa - são acompanhadas de perto pela dona do
imóvel, a Senhora White (Ângela
Figueiredo). Desesperada para
desalojar a inquilina de sua casa,
White contrata um detetive (Fernando Fecchio) que investigará os
misteriosos acontecimentos que
envolvem a Senhora G.
O texto, que além das referências do cineasta Tim Burton,
ganhou toques de filmes como
“Este Mundo é dos Loucos”,
de Philippe de Broca e “Cidade
dos Sonhos”, de David Lynch,
foi criado em apenas uma noite
de trabalho compartilhado entre
os autores Jô Bilac e Larissa
Câmara. “Tenho muita influência
do melodrama, enquanto o Jô é
muito influenciado pelo Nelson
Rodrigues. Por isso nós precisamos equacionar nossos estilos e
diferenças”, afirma Larissa.
O “Titã” Branco Mello, que
assina a trilha do espetáculo,
também buscou referências e
paralelos no cinema, desde os
suspenses de Hitchcok, aos
“filmes B” de Bela Lugosi. No
entanto, o “Heavy Metal” de
bandas como Black Sabbath e
Metallica, assim como às trilhas
de Bernard Hermann, foram o
pano de fundo para o processo
de criação. “A música tem uma
relação mística. Eu não vejo diferença entre a composição para
o teatro, para o cinema, ou para
uma banda”, declara o músico.
Por José Eduardo Bernardes
Serviço:
Serpente Verde, Sabor Maçã
Espaço Parlapatões - Praça
Franklin Roosevelt, 158
Horários: qui. e sex. às 21h.
Ingressos: R$15 e R$30
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SP - Outubro 2011
15
Artes e Cultura
Alguns trastes, uma avenida e um bocado de poesia!
“Dia da Intervenção Poética na Avenida Paulista” mobiliza artistas e ganha a simpatia do público.
Enquanto milhares de pessoas, que pagaram suntuosos
valores por seus ingressos, se
apinhavam para ver grandes
bandas no Rock In Rio, alguns
coletivos artísticos ocupavam
a mais paulista das avenidas
para praticar o seu terrorismo
poético, sem pretensões megalomaníacas: o Dia da Intervenção Poética trouxe reflexões e
sorrisos aos transeuntes que
passavam pela avenida Paulista, no último dia 25.
Idealizado pelo coletivo “Os
Imprestáveis”, o evento reuniu
aproximadamente 60 artistas,
que ficaram concentrados no
quarteirão entre a Rua Peixoto
Gomide e a Alameda Minis-
tro Rocha Azevedo. O
primeiro domingo da
primavera foi recepcionado, em São Paulo, por
uma fina garoa e temperatura baixa, que não
afastaram o entusiasmo
do grupo. Quem passou
por lá se surpreendeu
com o que viu. A estudante Juliana Lira, 23
anos, gostou da abordagem. “Eu achei bem legal, eles
nos deram flores, declamaram
poesia e modificaram minha
tarde”. A jovem refletiu sobre
a forma que o evento foi conduzido. “Estou acostumada a
ver a Paulista como palco de
protestos e eles nos fizeram
surpreenderam, como
o pastor que pregava
a “Bíblia”, literalmente,
com prego e martelo.
Outra intervenção que
chamou a atenção foi
o “Inverso”, em que o
espectador levava para
c a s a p o ema s f e i to s
improvisadamente.
pensar e rir sem violência. Foi
muito agradável”.
O evento durou duas horas,
com o discurso de uma arte
menos contemplativa e mais
interativa, promovendo, sem
cunho político, a convivência
do diverso. Algumas propostas
Os Imprestáveis
O grupo idealizador do
evento foi formado há dois anos
e é constituído por Cristiane
Bastos, Le Carvalhaes, André
Renato, Fernando Martins Lara
e Bodão. Exceção a Bodão,
que é técnico de som, todos os
outros são professores. A ideia
do conceito do grupo surgiu
através do poema “Teoria do
Traste”, do poeta Manoel de
Barros. O intuito, para Fernando
Lara, foi o de “Fazer os trastes
emitirem vozes que fossem
compatíveis, que conseguissem
se expressar coletivamente”.
André explica esse deslocamento do “traste”: “O Manoel
de Barros resgata uma visão de
mundo poética, anti-utilitária,
anti-positivista e uma visão
infantil, de se encantar pelas
coisas. Para esse padrão de
cidadão do mundo do trabalho,
nós nos reconhecemos como
imprestáveis”.
Por Igor Carvalho

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