Cerca de 600 famílias já conquistaram moradia na luta dos
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Cerca de 600 famílias já conquistaram moradia na luta dos
Ano VII - nº 92 São Paulo - SP - Outubro de 2011 - Publicação mensal Cerca de 600 famílias já conquistaram moradia na luta dos movimentos populares Linhas Centrais Serviço Taximov promete comodidade e eficiência a passageiros Pág. 5 Saúde no Centro Conheça os cuidados a serem tomados com os pés Pág. 8 Artes e Cultura O movimento de moradia popular obteve várias conquistas, nos últimos 20 anos. Entre elas, entidades do segmento destacam os edifícios da região central: Maria Paula, Brigadeiro Tobias, Fernão Sales, Riskallah Jorge e Hotel São Paulo (prédio mais alto, no centro da foto). Pág. 3 Linhas Centrais Poetas lançam no Senac 24 de Maio o Verso e Anverso das emoções Pág. 5 Condephaat inicia processo de tombamento do Cine Belas Artes Pág. 12 Três homens baixos estreia no Teatro Jaraguá, em novembro Pág. 14 visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie Pontos de distribuição do Jornal. Retire seu exemplar gratuitamente Centro Velho Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio Prado Banca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do Café Banca das Apostilas – rua Boa Vista Liberdade Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161 Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472 Bela Vista Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da Consolação Banca GV - Av. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí (em frente Pharma & Cia); Centro Novo Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca São Luís – av. São Luís República Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629 Arouche Banca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436 Sta Cecília Banca Angelical – av. Angélica, 500 Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia Vila Buarque Banca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436 Expediente www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Comunidade Geógrafo alemão detecta problemas em espaço público no Centro A pesquisa é um instrumento vital ao descobrimento. Na esfera da Geografia não é diferente. Para o alemão Tobias Töpfer, doutorando na área e pesquisador da Universidade de Innsbruck, na Áustria, isto leva a visualização de detalhes sobre a singularidade de São Paulo. Com este objetivo, ele veio ao Brasil, onde permaneceu, em sua última estada, por oito meses meses, e dias antes de retornar ao seu país esteve na sede do Centro em Foco para conhecer o acervo de edições antigas do jornal, em cujo conteúdo encontrou informações particulares sobre o Centro. “Estive em cidades de vários países e cada uma apresenta uma identidade própria”, assegura. Seguindo esta linha em sua tese para doutorado em Geografia, Tobias escolheu o centro de São Paulo e a praça da Sé como temas a serem desenvolvidos. Os segmentos destacados são os espaços públicos desenvolvidos “não apenas no aspecto físico, mas também quanto e como são utilizados pela população ao longo do tempo”. A pesquisa, como ele garante, ainda está no começo, e nos relatos vem se destacando as participações de grupos de usuários - como moradores - dos equipamentos públicos. Chico Alves 2 Túnel problemático - Na região central da cidade, Tobias percebe fatores que acabam dificultando o trânsito e, por consequência, a vida do paulistano; ou seja, são criados para solucionar, mas trazem problemas. “No vale do Anhangabaú existe um túnel (João Paulo II) - que liga a avenida Prestes Maia com as avenidas Nove de Julho e Vinte e Três de Maio -, mas no período de chuvas os transtornos são inúmeros para os usuários do túnel e seu entorno”, revela. “Todos os usuários têm influência direta na modificação do espaço público no decorrer dos anos”, menciona. Como critério fundamental, Tobias assinala a participação da administração pública que integra outro grupo modificador desses espaços, onde existe a percepção de atuar baseando-se nas necessidades de outros grupos que interagem com a área física ocupada. Para o geógrafo, o centro de São Paulo precisa retomar o conceito de área de moradia, “trazendo as pessoas para mais perto do trabalho”. Com isto, ele acredita, haveria uma melhor distribuição e combinação entre zonas residenciais e comerciais, e os problemas da região seriam mais rapidamente resolvidos. (P.S.) Acontece Máquina Eu par tilho da opinião de que a sociedade em que vivemos é uma máquina devoradora e cruel. Sim, ela é cruel, mas só é assim porque é feita de peças muito pequenas -- nós mesmos -- que se preocupam somente em cumprir seus pequenos deveres dia após dia. É esse o combustível da máquina: cumprimento do dever -custe o que custar -- para se chegar ao final do mês são e salvo. Muitas destas “peças” se omitem quando poderiam ajudar, prejudicam os outros por sucesso profissional, mentem, ou simplesmente não estão “nem aí”. A desculpa é sempre a mesma: família para cuidar, contas para pagar, futuro pela frente. A máquina-sociedade se alimenta dessa cegueira fragmentada de pessoas que cuidam das suas coisas e somente das suas coisas, e o resto é resto. E assim a coisa vai. Quem só se preocupa consigo mesmo, com sua família e com seus amigos, esquece que não é amigo de muita gente, que não é família de muita gente e que é um estranho para muita gente. Um dia a coisa volta: alimentamos a máquina e a máquina se alimenta de nós. No fim, a máquina-sociedade continua cruel e as pessoas continuam sendo peças “cegas” que se acham muito humanas. Nilson De Lourenço professor de inglês [email protected] Viaduto Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 2864-0770 / 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] / Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006 / Colaboradores: Cecília Queiroz, Giscard Luccas, José Eduardo Bernardes Jr. e Paulo de Souza - Depto Comercial: Carlos Moura - Editoração Eletrônica, Composição e Arte: Douglas Borba Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 20.000 exemplares - Distribuição Gratuita. As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal. www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 3 Comunidade Movimento de moradia popular mantém viva atuação no Centro afirma, a ocuBenedito Barbosa pação de um prédio vazio é se encerra com o Programa de Arrendamento Residencial ( PA R ). “ N a região central de São Paulo existem cinco prédios dentro conta com ocupações nas ruas deste programa. Normalmente, Martins Fontes, Mauá e Maria estes imóveis levam os nomes Domitila, além de outros três das ruas em que estão instanas avenidas Casper Líbero, São lados, como no caso das ocuJoão e Prestes Maia”. pações das ruas Maria Paula, Já o programa de locação Brigadeiro Tobias, Fernão Sales, social da Prefeitura de São Riskallah Jorge e do Hotel São Paulo dispõe de prédios na Vila Paulo. Todos eles representam dos Idosos, nas ruas Senador o sucesso do movimento de Feijó, Riachuelo e Asdrúbal do moradia popular”, frisa. Nascimento. Na locação social uma família pode permanecer Locação social - Dentro do em um prédio por quatro anos. programa Minha Casa, Minha Período este renovável por mais Vida foram conquistados na quatro - neste caso, cada famíação da UNMP cinco prédios lia deve dispor de pagamento na Vila Monumento, um na rua orçado em 10% do salário à Conselheiro Crispiniano, outro Caixa Econômica Federal (CEF). na avenida Ipiranga e mais um na rua Maria Domitila. Dito desGrande luta - O coordetaca que “atualmente o centro nador da UNMP revela que o de São Paulo, por intermédio período entre a ocupação até a do movimento de moradia, confirmação de sua posse, pode levar de quatro a cinco anos. O interessado em adquirir um imóvel próprio, na condição de ocupante de um prédio precisa entrar em contato com entidades como: Movimento de Moradia da Região Centro (MMRC), Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), União de Luta no Centro (ULC) e União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e Interior (UMM), entre outras. “Há sempre uma grande luta e estes movimentos populares estão mudando a cara de São Paulo e tornam-se referências dentro e fora do país”, disse. Exemplo disto, como ele coloca, é o treinamento a que os ocupantes são submetidos antes de entrarem em um prédio. “Todo projeto de moradia popular apresenta treinamento envolvendo técnicos da Caixa Econômica Federal (CEF) e de outros setores públicos, para que as pessoas possam entrar Paulo Souza A jornada Nacional por Moradia Popular realizada em 4 de outubro aconteceu simultaneamente em 20 estados brasileiros e reuniu em São Paulo, mais de duas mil pessoas. A informação é do coordenador da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), o advogado Benedito Roberto Barbosa, o popular Dito. Segundo ele, esta manifestação resultou nos chamados “efeitos preliminares”, explica. “Um deles é o agendamento de audiência com a presidenta Dilma, em Brasília, onde estaremos discutindo o repasse de R$ 200 milhões, para a compra antecipada de prédios vazios dentro do programa Minha Casa, Minha Vida; solicitaremos ao Planalto a elaboração de uma minuta de salvaguarda, para evitar mais despejos em áreas para desapropriações e construções em terrenos destinados à Copa de 2014; a implantação de um Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano, e a discussão sobre as condições dos prédios ocupados.” Em instância federal, Dito adequadamente nos prédios. O treinamento implica não apenas no caráter de preservar a higiene de um ambiente, mas também a convivência em um condomínio para evitar a degradação pós-ocupação”, assinala. Além disto, os novos vizinhos, antes ocupantes, enfrentam o preconceito em relação às suas origens. Dito finaliza: “Para algumas pessoas, a convivência com classes distintas equivale à uma invasão de espaço, por não aceitarem, por exemplo, que a empregada doméstica com sua família saia de um bairro periférico para morar no Morumbi, acreditando que o bairro é apenas ‘seu’ e que isto desvaloriza a região e o seu imóvel. Mas não é verdade, porque mesmo no centro de São Paulo observamos a existência de gente originária de vários lugares.” Mais informações do movimento de moradia popular podem ser obtidas no site: www.sp.unmp.org.br ou pelo e-mail: [email protected] Por Paulo de Souza Dia Nacional de Luta pela Moradia Popular é lembrado com manifestação. Paulo Souza Pelo menos 800 pessoas ocuparam um prédio abandonado na avenida Cásper Líbero, na região central da cidade, no final da tarde do dia 4, quando se comemorou o Dia Nacional de Luta pela Moradia Popular. A data também foi marcada com ato de pelo menos duas mil manifestantes em caminhada iniciada no largo do Paissandu até a Caixa Econômica Federal (CEF), na praça da Sé. Segundo o coordenador da União de Movimentos pela Moradia (UMM), o advogado Benedito Roberto Barbosa, a mobilização até a Caixa Econômica Federal teve por objetivo pressionar os governos Federal, Estadual e Municipal quanto aos recursos que deveriam ser destinados à moradia popular “e não exclusivamente ao Plano de Aceleração ao Crescimento (PAC)”, explicou. Prédios abandonados - Levantamento feito pela União de Movimentos pela Moradia indica déficit de 640 mil moradias. Benedito Barbosa disse existir atualmente, somente na região central de São Paulo, pelo menos 40 mil prédios em situação de abandono. “Com o IPTU - Imposto Territorial e Predial Urbano - progressivo, tem gente abrindo uma ‘portinha’ no prédio alegando ser de caráter social. Mas não é verdade.” De acordo com o coordenador da União de Movimentos pela Moradia, nos seis primeiros dias deste mês foram organizadas quatro ocupações de prédios. Todos eles em condições de abandono. “Por isto exigimos por meio desta manifestação, a destinação de recursos a estes prédios abandonados para serem utilizados devidamente por este povo em luta pela moradia”, concluiu. (P.S.) 4 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Comunidade Salários melhores geram crescimento econômico Pep Campanhas salariais de trabalhadores trazem impacto positivo na indústria, no comércio e na geração de emprego O aumento do emprego e da renda dos trabalhadores tem trazido impactos positivos para toda a economia brasileira. E campanhas salariais de grandes categorias, como a dos bancários, são fundamentais para manter essa política. Segundo dados do Dieese, 84,4% das categorias de trabalhadores conquistaram aumento real de salários no primeiro semestre de 2011, medida que movimenta o comércio e a indústria e mantém a economia interna forte. “Com salários melhores todos ganham. Os trabalhadores compram. As empresas vendem, a indústria produz. E tudo isso gera empregos”, destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Ban- cários de São Paulo, Osasco e Região. A greve nacional da categoria chega nesta segunda-feira 17 de outubro, aos 21 dias, e só aconteceu e se estendeu por culpa dos banqueiros. Após forte mobilização dos bancários, a federação dos bancos (Fenaban) apresentou proposta que prevê reajuste salarial de 9%, sendo 1,5% de aumento real, ou seja, além da reposição da inflação. Já para o piso, o reajuste é maior (12%), o que elevaria o salário inicial de R$ 1.250 para R$ 1.400. Além do aumento real que caminha para o oitavo ano consecutivo nos salários, vales refeição e alimentação e da valorização maior no piso que pode chegar a dois anos seguidos, acumulando reajuste de 30% no período, os bancários também tiveram de fazer greve para arrancar dos banqueiros maior participação nos lucros e resultados (PLR). A proposta apresentada prevê o pagamento da regra básica da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 90% do salário mais R$ 1.400. Assim, a parte fixa, que em 2010 foi de R$ 1.100,80, será reajustada em 27,18%. Nos maiores bancos, como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, os trabalhadores devem receber 2,2 salários a título de PLR. Isso porque a regra determina que devam ser distribuídos no mínimo 5% lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 17.220,04. Além da regra básica, os bancários também têm direito a receber valor adicional à PLR de até R$ 2.800, o que significa aumento de 16,66% em relação ao que foi pago em 2010. Em todo o país são 484 mil bancários, dos quais 135 mil em São Paulo, Osasco e região. “Essas conquistas quando se efetivam trazem reflexos para toda a economia. Desde o restaurante e o comércio do bairro até os grandes pólos indústrias são movimentados, fortalecendo o mercado interno e a economia nacional”, ressalta Juvandia. “Os bancos devem muito à sociedade brasileira. Ganham muito aqui e têm condições de pagar melhores salários e contratar mais bancários para melhorar o atendimento à população.” A proposta apresentada na sexta rodada de negociação prevê ainda a contratação de 5 mil bancários na Caixa Econômica Federal. E ainda traz outros avanços com a inclusão da cláusula que coíbe o transporte de valores por bancários e o fim da divulgação de rankings individuais dos funcionários, combatendo o assédio moral. A greve poderá chegar ao fim dia 17. Graças à mobilização da categoria e tendo em vista os avanços conquistados na mesa de negociação, o Comando Nacional dos Bancários orienta a aprovação da proposta nas assembleias de trabalhadores o encerramento da greve. Por Elisângela Cordeiro www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 5 Linhas Centrais Sistema inédito em taxi melhora atendimento a cliente Ao final da corrida o taxista aciona o botão verde do e-Flows indicando que está livre. “Ele pode optar por atender a uma corrida particular”, esclarece. Ao final do percurso o cliente é orientado a fazer a avaliação sobre o serviço que recebeu. atendente faz a triagem dos pedidos. Pelo sistema Taximov isto não acontece. Paulo Souza Um sistema revolucionário promete não apenas conforto, mas segurança, rapidez, eficiência e personalização. Tudo isto como resultado da engenhosidade do sistema e-Flows. “O equipamento foi desenvolvido a partir da linguagem Java para o sistema Nokia e Sinbiam, dispondo de mapas digitalizados”, como informa Nathan Vasconcelos Ribeiro, diretor executivo da e-Flows Coneecting Needs e da empresa do Serviço Taximov. O e-Flows é um aparelho do tamanho de um telefone celular e pode ser afixado ao lado de um GPS. Com ele, o taxista recebe e emite mensagens breves sobre uma determinada corrida. “O cliente pode pedir uma minivan, carro filmado, taxi blindado ou até mesmo um taxista bilíngue que o nosso sistema localizará o profissional preenchendo os requisitos do cliente”, explica. Segundo Nathan Ribeiro, o usuário solicita um taxi pela internet ou por telefone do Serviço Taximov cujo sistema localiza em poucos segundos um taxi num raio de até 5 km do solicitante. Sem exclusividade - Em cada corrida realizada o Serviço Taximov ganha R$ 3,00 quando o pagamento é efetuado em dinheiro. Como pessoa jurídica o cliente pode pagar por e-voucher: uma senha da fatura relativa a corrida e que pode ser pago online. “É uma forma de eliminar a burocracia.” Um mês depois a Serviço Taximov recebe R$ 10,00 do taxista por este serviço prestado. “No momento contamos com 70 taxistas, mas estamos expandindo esta frota de prestadores de serviço”, frisa. Para atrair novos parceiros taxistas o produto tem sido apresentado em pontos ou diretamente ao Depoimentos – “Em breve teremos outros itens implantados ao sistema, como por exemplo, um botão de emergência estrategiNathan Ribeiro camente instalado para ser acionado pelo taxista em um taxista. “Não há necessidade caso de emergência, e também dele trabalhar exclusivamente estaremos contando com uma com a gente, porque neste caso profunda análise sobre os pontos o profissional que atua dentro que apresentem maior concende uma cooperativa ou de um tração de possíveis usuários. Por ponto de rotatividade poderá exemplo, uma noite de sextase valer desta ferramenta para -feira e um local que apresente trabalhar”, disse. uma grande concentração de De acordo com Nathan executivos. A partir de um mapeRibeiro, diferente do que, por amento antecipado, teremos exemplo, pode ocorrer em uma como concentrar nessa região cooperativa de taxis, em que um um grande número de taxistas atendente privilegia um ou outro que utilizem o sistema e-Flows. taxista com uma boa corrida, O publicitário e proprietário no Taximov vem em primeiro do Jornal Granja News, Rodrigo a localização com a disponibiliRodrigues, utiliza os serviços zação do taxista e em segundo desta empresa desde julho último se ele preenche as exigências e reconhece a excelência no do passageiro/cliente, diferente resultado final. “Utilizo os taxisdo que acontece quando um tas do Serviço Taximov tanto para minha empresa como para minha família. Gostei muito da segurança de saber quem é o taxista que transportará meus funcionários, minha esposa e meus filhos. Percebo que as cooperativas ganham muito e os taxistas pagam altas taxas. Pelo que sei, com o Taximov é diferente.” Há cinco anos como taxista Amauri Giudice Loureiro fala sobre o que mudou após integrar o quadro do Serviço Taximov a partir de junho deste ano. “Aderi ao serviço porque o movimento no ponto em que eu trabalho caiu 40%. Atendíamos concessionárias de veículos que fecharam contrato com rádios-táxi. Com o Taximov, passei a atender uma clientela diferenciada. O serviço tem grande possibilidade de crescimento e pode representar uma boa renda adicional”, conclui. (P.S.) Serviço: Serviço de taxi (11) 4148-6623 www.taximov.com.br Lançamento do livro Verso e Anverso no SENAC 24 de Maio A arte nunca foi sinônimo de coerência, ao contrário, vive do contrassenso e da subjetividade. E é com esse respaldo antagônico que os poetas Carlos Moura e Alberto Gattoni lançam seu livro de estreia Verso e Anverso, em 28 de outubro, sexta-feira, no SENAC 24 de Maio. Habituês dos tradicionais saraus poéticos de São Paulo, o publicitário Alberto Gattoni e o jornalista Carlos Moura reúnem nesta coletânea, trabalhos que até então permaneciam eternizados apenas a um seleto grupo de amigos, amantes do mais antigo gênero literário. Inspirados nas memórias juvenis e em seu cotidiano na região central da cidade, os dois poetas contextualizam a amizade, o amor e as agruras de seu tempo em poesias de formatos variados e diferentes linguagens. Uma mistura de estilos autorais, que segundo Gattoni, “não interferem, inclusive servem para quebrar a monotonia de um livro exclusivamente de poesia”. O título Verso e Anverso não se restringe a uma licença poética. É o resultado da peculiaridade na formatação do livro, onde cada autor inicia sua escrita em uma face e encerra a “performance literária” exatamente no meio da publicação, ou seja, em suas páginas centrais. As orelhas do livro foram escritas pela escritora Kina de Oliveira e a jornalista Aline Gattoni. A ideia de publicar o livro em parceria foi uma iniciativa de Carlos Moura, que se identificou com a poesia de Gattoni logo em seu primeiro contato com o poeta. “Assim que conheci alguns poemas do Gattoni em saraus aqui no Centro, tive vontade de convidá-lo para a realização de um livro, o que fiz ainda em 2009 e hoje temos a concretização da ideia”. O jornalista espera que o conteúdo da obra agrade os leitores do Centro em Foco e agora mantém seus esforços na distri- buição da obra para, quem sabe, encaminhar novas produções com o companheiro de escrita. Já o poeta Alberto Gattoni, que dedica grande parte de seu tempo à poesia, “mas não tanto quanto gostaria”, a rotina da escrita ainda faz falta em seu processo de criação: “Acabo escrevendo sem uma regularidade, e as poesias surgem nos mais variados horários, de tarde, de noite, de madrugada”. Com o contínuo exercício da escrita, a expectativa de Gattoni é produzir mais, “não pela vaidade da publicação, mas pelo prazer de transmitir uma coisa minha que envolve meus sentimentos e a forma como vejo o mundo”. Para a realização de Verso e Anverso Moura e Gattoni tiveram o apoio cultural de tradicionais estabelecimentos comerciais do região central: Apfel Restaurante Vegetariano (rua Dom José de Barro, 99), Bar e Lanches Estadão (vd. Nove de Julho, 193), Grêmio PMSP (rua Líbero Badaró, 182 - 4º and.), Neves Bomfim Administração de Imóveis (rua 24 de Maio, 77 - 12º and.), Nutrissima/ Muscle Tribe (av. São João, 439 - loja 101 - Galeria do Rock) e Óptica O2 (rua Br. de Itapetininga, 50 2º and. Sala 211). O SENAC 24 de Maio assumiu a logística do lançamento, por manter parcerias com os autores. Por José Eduardo Bernardes Serviço: Lançamento de livro SENAC 24 de Maio, 208 28/10, às 18h Preço: R$ 18,00 6 SP - Outubro 2011 www.jornalcentroemfoco.com.br Saúde no Centro Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92 Fibras dietéticas na alimentação previnem doenças As fibras dietéticas não só previnem doenças, como melhoram a qualidade de vida dos usuários. A relação entre o consumo de fibras dietéticas na alimentação e a prevenção de diversas doenças crônico-degenerativas vem sendo estudada e comprovada há muitos anos. Em 1969, o pesquisador Burkitt já observava que a incidência de doenças cardiovasculares, câncer, intestino preso e outros problemas poderiam estar associados à baixa ingestão de fibras na dieta. As fibras solúveis como os cereais (aveia, cevada, milho, centeio e psilium), as frutas (banana, maçã), as leguminosas (feijões, ervilhas), além de couve-flor, cenoura, entre outros alimentos, contribuem para a diminuição de fatores de risco para doenças cardiovasculares, visto que, regulam a concentração de colesterol e suas frações (LDL e HDL) e diminuem a absorção de gorduras. Além disso, são indicadas para pessoas com Dia- betes Mellitus, pois retardam o esvaziamento gástrico, evitando o aumento da glicemia após a refeição e reduzem a absorção dos carboidratos. As fibras insolúveis, encontradas em grãos integrais, agem de maneira a melhorar a sensibilidade à insulina e consequentemente diminuem o estresse oxidativo do organismo. Assim, podemos constatar que o consumo adequado de fibras solúveis e insolúveis é relacionado à menor risco de doenças, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Ao optar por uma refeição saudável e variada, rica em vegetais, grãos integrais, frutas e leguminosas, estamos optando também por uma vida mais longa e feliz, para toda a nossa família. Bom apetite! 8 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92 Nossos Pés Nossos pés sempre foram alvo de muitos cuidados. causam dores, inchaços, dificuldade de cicatrização. As patologias podem atingir a todos, porém, algumas são mais comuns em idosos, como: esporão de calcâneo, fasceíte plantar, joanete. Pés de crianças: verrugas plantares, o ‘’olho de peixe’’, é muito comum em crianças e adolescentes. Não há dificuldade em tratar. M ulhe r e s ou hom en s, jovens ou idosos, podem sofrer de alguma patologia que atinge os pés: Micose: doença causada por fungos. Existem muitos tipos de fungos na natureza, porém vamos nos ater aos que se instalam nos pés. São microorganismos parasitas, pois precisam de um hospedeiro para sobreviver, se alimentam de queratina, uma proteína encontrada na pele, na unha; gostam do meio quente e úmido. É uma patologia muito comum, porém desagradável. Causa grande desconforto social (verDivulgação Pés diabéticos: necessitam de muita atenção, em função das consequências trazidas pela doença. Como: a diminuição da micro vascularização, dificulta a regeneração tecidual - qualquer ferimento fica muito difícil de cicatrizar; diminui a sensibilidade das extremidades, por isso o diabético precisa observar bem seus pés, constantemente. Outras conseqüências comuns são: micoses entre os dedos; onicocriptose (unha encravada); bolhas; ulcerações - qualquer ferimento pode causar grandes transtornos. Pés de idosos: com o tempo nosso corpo sofre transformações, externas: rugas, ressecamento da pele, e internas: hormonais, circulatórias, ósseas. Uma das par tes do corpo que mais sofrem com estas modificações corporais são os pés. Problemas na coluna, ou postural causam danos na biomecânica dos pés, causando dores, calos, calosidades, deformações ungueais. Falta de cálcio, além do enfraquecimento ósseo, pode enfraquecer as unhas. Problemas circulatórios gonha); odor, coceira (entre os dedos, na planta, ou dorso dos pés); quando instalada nas unhas (onicomicose) pode engrossar a mesma, causando dor pela pressão do calçado. É preciso tratar. O trabalho do podólogo é essencial para que isto aconteça, limpando a área, indicando algum óleo essencial. Hoje, com o uso de aparelhos (LED, Laser e alta freqüência), consegue-se tratar tal patologia de uma maneira não tóxica e não invasiva. Oni c oc rip tose (unha encravada): a mais comum e frequente patologia dos pés, ou melhor, das unhas. Causa muita dor, odor, principalmente quando vem acompanhada de Ação Social com resultados econômicos Seminário: Pessoa com deficiência Ação Social com resultados econômicos BRASIL FRENTE A COPA DO MUNDO E OLIMPÍADAS. Desenvolver uma nova cultura empresarial, apoiada na diversidade, demonstrando as oportunidades que envolvem o universo da pessoa com deficiência é o objeto de estudo desse seminário, no contexto das estimativas do Censo do IBGE, apontando que 14% da população brasileira estão nesta categoria, em um granuloma (carne esponjos a, que tem grande concentração de vasos s aguíneos e terminações nervosas, sangrando muito ao encostar ou bater. Quem tem uma unha encravada quer retirá-la o mais rápido possível, porém tem muito medo de sentir dor. O podólogo é um especialista nesta área. Com materiais adequados e principalmente esterilizados ele consegue facilmente tratar uma “unha encravada”. O procedimento envolve desde um anestésico, de ordem natural, até o uso de Laser de Baixa Potência, para analgesiar. É um tratamento muito eficaz, relativamente rápido e correto. A retirada (da espícula) é feita com bisturis, também não é um processo invasivo (cirúrgico). Processo cirúrgico só com o médico. Correção de unha: muitas vezes após a retirada de uma unha encravada, há a necessidade de um acompanhamento da mesma para que ela não encrave novamente. Existem vários dispositivos que o podólogo pode utilizar para que a unha cresça de uma maneira correta, para não reincidir o problema. Se nenhum dos dispositivos, como guta percha, silicones, fibras de alginato der resultado positivo, deve-se recorrer à mudança de formato da unha, usando outros dispositivos, tais como fibras de memória molecular, bracket, botons e elásticos (órteses). Existem outras patologias que acometem os pés como: calos, calosidades, psoríase, bolhas, tumores, joanetes, esporão de calcâneo, mau perfurante plantar, bromidrose (chulé), hiperidrose (excesso de suor), fasceíte plantar, neuroma de Morton, fissuras. Outros tratamentos como: reflexologia, esfoliação e indicação de palmilhas. Procure um podólogo. Marlei Perrotti Podologa e reflexoterapeuta há 27 anos www.delpe.com.br Tel (11) 3255-4641 Metrô República várias faixas econômicas e em todos os níveis de escolaridade. Considerando que a área de recursos humanos acusa um déficit de profissionais capacitados, que deve crescer a partir das novas demandas criadas com a futura realização da Copa do Mundo no Brasil, esse seguimento da população, hoje fora do mercado de trabalho, poderia preencher esta lacuna e, ao mesmo tempo, obter a sua desejada inclusão social. O seminário pretende desmistificar a visão assistencialista, propondo uma visão estrategista, em que a justiça social é sinônimo de eficiência e meritocracia. Local: Universidade Gama Filho | Data: 19 de outubro Horario: 8h30 às 12h30 | Inscrições e informações: (11) 3120-6856 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 9 Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92 Ortodontia, uma especialidade para todos! mínima para um bom tratamento ortodôntico. Tanto as crianças, como os jovens e adultos precisam de uma perfeita saúde periodontal para que exista sucesso no tratamento. É imprescindível que haja uma condição de higiene bucal f avo r áve l, c om hábitos de higiene regrados: escovação e uso do fio dental após as refeições, bem como ao acordar e antes de ir dormir, principalmente. A falta desses cuidados ocasiona a instalação da inflamação nos tecidos que sustentam o dente, o c o r r e n d o s a n g r a m e n t o, de trat amentos mais complexos, possibilitando a reabilitação aos pacientes que sofreram perdas precoces de dentes e que apresentam estética comprometida. Nesses casos, são usados, além da ortodontia, dentística restauradora, endodontia, prótese, cirurgia e Um caso executado em nossa clínica. periodontia. conhecido como gengivite. A No exame clínico são colhipermanência desse quadro se das as informações necessárias agrava causando mobilidade para o correto planejamento, dentária, isto é, amolecimento isto é, são observados dentes e posterior perda dos dentes. presentes e ausentes, próteses, Hoje, a integração das especondições periodontais, cáries cialidades odontológicas com a e desarmonias de crescimento ortodontia permite a realização e desenvolvimento da face. Chico Alves A ortodontia é uma das especialidades da odontologia que está em constante desenvolvimento. É ela que atua na prevenção e tratamento de problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento das disfunções dento-faciais. O ortodontista é o profissional habilitado a corrigir e prevenir tais problemas, e essas correções podem ser feitas em qualquer fase da vida do paciente. O perfil do paciente que busca tratamento ortodôntico sofreu alterações graças às exigências estéticas e às mudanças sócio-culturais. O que antes era apenas destinado a jovens e crianças, hoje engloba adultos e idosos, que cada vez mais se mostram preocupados com a aparência. Existe uma condição Para complementar as informações obtidas é que solicitamos exames como a documentação ortodôntica, que é composta por radiografias, modelos de gesso das arcadas dentárias e fotografias. É através da análise criteriosa desses exames que realizamos os planejamentos ortodônticos e identificamos o tipo de aparelho ideal para cada caso. Podemos dizer que a devolução do sorriso ao paciente, em qualquer fase da vida, tornou-se uma realidade inconteste, com os progressos da ortodontia. Dr. Juliano Salgado Brottel Especialista em ortodontia CROSP 73098 Rua Bento Freitas, 162 sala 208 - Centro Tel.: 3221-3878 CONSELHO TUTELAR - Eleições - Domingo, 16/10 Para Conselheira Tutelar da Sé vote em Marise Martins, candidata nº 41028. Ela defende: “Para um futuro promissor, precisamos garantir às crianças e aos adolescentes um presente digno: Escutemo-las. Se eleita, poderei defender, com legitimidade, o que tanto nos vem revoltando assistir: o descaso reiterado em não garantir direitos pelo seu crescimento sadio e, condigno. Por aquelas que nunca escolheram o seu destino, privadas dos benefícios necessários ao seu desenvolvimento humano, sendo excluídas de soluções obrigatórias, pela simples razão de lutarem pela sua sobrevivência. Devemos educá-las de modo a podermos crescer em um coletivo, digno e justo, tornando-as cidadãs.” 10 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 92 O sedentarismo físico e emocional está fora de moda! Como escrevi na edição anterior, a prática de Liang Gong (giná s t ic a chine s a) ensina o ser humano a alongar, respirar de acordo com cada situação vivida e envolve os pontos de acupuntura e as emoções. Iniciamos uma série de exercícios, que realizados corretamente muita diferença vai fazer na vida do praticante. Nesta edição, apresento mais uma sequencia para você que está colecionando nosso Saúde no Centro. Estes exercícios são criados para prevenir algumas doenças, entre elas as relacionadas com as articulações e tendões. É grande a variedade de movimentos e posições, mas, como os exercícios estão divididos em grupos, seu aprendizado torna-se facil. O ritmo é importante, porque trabalha a ansiedade e educa sua respiração, devem ser feitos lentamente. Outra técnica comumente praticada na China é a de banhos terapêuticos. Então, para somar a esta sessão de exercícios, você pode preparar com dois litros de água, um grande chá de Hortelã para banhar seu corpo após a prá- tica da seqüência proposta. Experimente! O máximo que pode acontecer, é você gostar! E até o próximo mês! Ana Paula Leijoto HOLUS Terapia Alternativa [email protected] www.holusterapia.com.br Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco. site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - Conteúdo: matérias da redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba. www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 11 Comunidade Demitido da Unidade Básica de Saúde (UBS) República, em 6 de setembro, o dr. Daniel Ferreira apontou como principal motivo de sua demissão, a maneira como se envolveu com as causas populares na região central. Com palavras a esse respeito dirigidas a dezenas de ex-pacientes, reunidos na praça Dom José Gaspar na tarde do dia 27 de setembro, o médico deu início ao “apitaço em defesa da qualidade do atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e em defesa do Conselho Municipal de Saúde”. Antes de entrar na UBS República, dr. Daniel e os pacientes manifestantes realizaram caminhada. Passaram pelo viaduto do Chá, onde em frente à Prefeitura de São Paulo, se reuniram a catadores de material reciclável que reivindicavam a reconstrução de Fotos: Paulo Souza Médico e pacientes realizam ‘apitaço’ em frente à UBS República um galpão incendiado na zona sul, há alguns anos. A enfermeira aposentada Creusa Maria da Silva, disse ao Centro em Foco ter conhecido o dr. Daniel na recepção da UBS República “onde ele dava explicações básicas sobre alimentação”. Também foram apontadas como causas desta mobilização, a falta de creches para, pelo menos 125 crianças, na região central; insuficiência de médicos; o pedido de aumento de 15 para 30 minutos no atendimento a pacientes pelo SUS; implantação de equipamentos de acessibilidade, tais como rampa e elevador, na UBS República, onde estas e outras reivindicações foram apresentadas ao seu Conselho Gestor, reunido naquela tarde para deliberar sobre medidas debatidas no mês anterior. Já no interior da UBS, ladeado pelos demais manifestantes e diante do Conselho Gestor, dr. Daniel Ferreira afirmou sem ser contestado: “Todos vocês aqui reunidos sabem muito bem que jamais faltei e apresentava um alto índice de atendimentos em domicílios”. Os ex-pacientes e simpatizantes à causa do médico popular ostentavam cartazes improvisados, pedindo não apenas a readmissão dele, mas também outras medidas destinadas a qualidade no atendimento aos usuários da unidade. Sobre a acessibilidade dos pacientes com deficiências físicas, a gerência da UBS República afirmou ser possível apenas a implantação de elevador. No final deste mês, o mesmo Conselho Gestor volta a se reunir para deliberar sobre as reivindicações apresentadas pelo médico. Inclusive analisando a sua demissão. Questionada pelo Centro em Foco sobre as argumentações apresentadas por dr. Daniel e seus pacientes, a Secretaria Municipal da Saúde, por intermédio da Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste, enviou à redação, pela internet, a resposta abaixo. “A Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste informa que o médico citado pela reportagem foi desligado de suas funções no dia 6 de setembro de 2011. Cabe ressaltar que a população atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS) República não ficou desassistida, pois outro profissional foi designado à vaga e já está atendendo os pacientes”. (P.S.) 12 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Artes e Cultura Dezenas de pessoas se reuniram no começo da noite do último dia 5, em frente ao Cine Belas Artes, para comemorarem com “champanhe” - na verdade, com guaraná - a abertura do processo de tombamento deste cinema. A medida foi adotada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), entidade vinculada ao governo estadual e significa a continuidade de exibições de filmes pelo Cine Belas Artes. Entre os presentes na manifestação estava o vereador e presidente do diretório muni- Fotos: Paulo Souza Condephaat abre processo para tombamento do Cine Belas Artes cipal do PSB, Eliseu Gabriel. Na ocasião ele explicou que a responsabilidade no município em tombar edificações históricas está a cargo do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, apoiado pelo corpo técnico do Departamento do Patri- mônio Histórico (DPH). “Esta entidade não viu apenas a qualidade física do Belas Artes e se esqueceu do aspecto de memória e história constituído pelo cinema”, disse. O vereador acredita que o tombamento do Belas Artes servirá como um alerta à cidade, “em relação à memória nela existente”. Outra manifest ante na comemoração foi a presidente da Associação dos Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba), Maria Laura Fogaça Zei. Ela lembrou ter frequentado o Cine Belas Artes por mais de 20 anos. “Tínhamos por rotina sair do cinema, atravessar a avenida da Consolação pela passagem subterrânea, onde sempre havia exposições e depois chegávamos ao Bar Após longa jornada no CCBB e no Teatro Imprensa, a peça “12 Homens e Uma Sentença” volta aos palcos paulistas, desta vez sediada no teatro TUCARENA. O texto do norte-americano Reginald Rose, sob direção de Eduardo Tolentino, permanece na capital até 20 de novembro, com apresentações sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h30. Originalmente escrita para uma série de TV americana em 1954, a montagem só ganhou fama e prestígio após a produção cinematográfica “12 Angry Men” (Doze Homens Furiosos) encabeçada por Henry Fonda e dirigida por Sidney Lumet, em 1957. Em 1963 ganhou sua primeira versão para o teatro, além de diversas montagens para a TV e cinema no mundo todo, até desembarcar no Brasil em 2010. Durante as mais de 100 apresentações da temporada tupiniquim, o texto traduzido por Ivo Barroso, já pôde ser visto por quase 30 mil espectadores Divulgação “12 Homens e Uma Sentença” reestreia no Teatro TUCARENA e angariou reconhecimentos importantes como o prêmio de Melhor espetáculo do ano e duas indicações ao Prêmio Shell (melhor diretor, Eduardo Tolentino e melhor ator, Norival Rizzo). No palco, doze homens são incumbidos de decidir o futuro de um jovem, acusado de assassinar seu pai com uma facada. Se condenado, sua sentença será a cadeira elétrica. Baseada nos tribunais americanos, a decisão dos jurados deve ser unânime e não da maioria, como acontece na justiça brasileira. Se houver em um deles uma dúvida razoável a respeito da culpabilidade deste garoto, ele não poderá ser condenado. Tr an c a f i a do s em uma pequena e abafada sala de júri, os doze homens, escaldados pelo forte calor do Verão nova-iorquino, são impelidos a decidir a sorte desse réu, após ouvirem dias de julgamento, provas e testemunhas deste controverso caso. Com base nas evidências, estes antagônicos jurados irão se confrontar em um surpreendente exercício de argumentação, onde a culpa e a inocência, os preconceitos e as ideologias inerentes a cada um dos personagens serão decisivos para o desfecho deste caso. Para reproduzir as intensas representações do filme de Sidney Lumet, o diretor Eduardo Tolentino, se amparou na qualidade dos atores. “Trata-se de algo que envolve ideias e discussões, por isso é importante saber como tornar isso ao mesmo tempo atraente e impactante, como no filme. Precisamos estruturar a montagem para que vá além da fala e esteja tanto no corpo dos atores como no palco”, declara. Além de Norival Rizzo, compõem o espetáculo os atores Adriano Bedin, Brian Penido, Ricardo Dantas, Zé Carlos Machado, Oswaldo Mendes, Augusto Cesar, Fernando Medeiros, Haroldo Ferrari, Henri Pagnoncelli, Oswaldo Ávila, Riba Carlovich, Gustavo Trestini e Ivo Muller. Serviço: 12 Homens e Uma Sentença Teatro TUCARENA - rua Monte Alegre, 1024. Horários: sex. e sáb. às 21h e dom. às 19h30 Ingressos: R$ 40 (sex.) R$ 50 (sáb. e dom.) Riviera (fechado há cerca de quatro anos), onde encontrávamos, por a c a s o, p e s s o a s como Arrigo Barnabé”, lembrou. Para o escritor Afonso Lima, o Cine Belas Artes gera o mercado da cultura, em São Paulo. “No período da ditadura militar, muita gente vinha para este cinema para assistir filmes considerados proibidos e cujas exibições somente aconteciam após a 0h e no subssolo.” Ele ainda destacou a importância do Belas Artes na realização de vários ciclos, além dos muitos cineastas nacionais que preferiam exibir seus filmes neste cinema. (P.S.) Exposição Laços de Família Até 7 de novembro, das 8h às 24h, no Espaço Clóvis Graciano, do Novotel Jaraguá, o paulistano pode visitar a exposição “Laços de Família”, que apresenta obras das artistas Ana Júlia Del Bianco Afarelli e Heloisa Afarelli. O hotel fica na rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista, próximo da Biblioteca Mário de Andrade e estação de metrô Anhangabaú. A entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 2802-7000. www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 13 14 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 Artes e Cultura Paula Kossatz “Três Homens Baixos” revela fraquezas do universo masculino Nascida a partir de uma brincadeira do autor Rodrigo Murat com a peça “Três Mulheres Altas”, de Edward Albee, estreia no próximo dia 05 de novembro no Teatro Jaraguá, a comédia de costumes “Três Homens Baixos”. No elenco, os atores Francisco Cuoco, Anselmo Vasconcelos e Orlando Vieira encenam as facetas do universo masculino sob a batuta do diretor Jonas Bloch. U tiliz ando clichês do p a d r ã o ma s culino de compor t amento, três amigos de infância - o professor universitário Ciro (Francisco Cuoco), o banqueiro de jogo do bicho Samuca (Anselmo Vasconcellos) e o publicitário Titi (Orlando Vieira) - continuam se encontrando periodicamente para colocar o papo em dia numa mesa de bar. Até que em um desses encontros eles se veem obrigados a rever seus valores. Amparados por essa amizade, cada personagem passa a revelar seus próprios dramas existenciais, envoltos em uma trama melodramática de suas intimidades e fraquezas. Segredos começam a vir à tona numa espécie de desabafo coletivo. Descobre-se que um é homossexual, o outro é impotente e o terceiro é o “corno” da história. Para o diretor Jonas Bloch, “a representação dos maiores temores do macho brasileiro”. O diretor inclusive foi um dos atores da primeira montagem do espetáculo em 2001. Segundo Jonas, os personagens estão mais dinâmicos, assim como algumas cenas da peça: “Explorei ao máximo o grande talento dos atores e fomos construindo essa nova versão em um clima divertido, ideal para se montar uma comédia. Participei como ator da primeira montagem desta peça e, 10 anos depois, mais maduro, creio que conseguimos um excelente aproveita- mento do texto para divertir ainda mais o público”. O ator Francisco Cuoco t ambém tem antiga rela ção com o texto. Ele integrou a montagem em 2004, interpretando o publicitário Titi. “Quando fiz a peça tive muitos momentos de alegria e de prazer. Isto vai acontecer novamente. Teatro é tudo. Peça ‘cabeça’ ou não, estaremos sempre refletindo o ser humano”, afirma. Para Cuoco, o teatro é um espelho das contradições do homem: “A maioria do público vai rir muito e adorar. Alguns, poucos, vão torcer o nariz. Esquecem que verdades e profundidades, preferencialmente, podem e devem ser expressadas com humor”. Outro que conhece bem o espetáculo é Orlando Vieira, ator e produtor da monta- gem atual. Orlando comemora o retorno ao texto 10 anos depois e garante que o clima leve e descontraído permanece. “Quando participei da primeira montagem, substituindo Herson Capri, lembro-me como se fosse hoje que não conseguíamos dizer todo o texto. Tínhamos que esperar o público parar de rir para continuar a cena. Durante os ensaios, continuamos gargalhando com as gags que foram surgindo”, completa. Por José Eduardo Bernardes Serviço: Três Homens Baixos Teatro Jaraguá - Rua Martins Fontes, 71 Horários: sex. às 21h30, sáb. às 21h e dom. às 19 horas Ingressos: R$ 50 (sex. e dom.) e R$ 60 (sáb.) Está em cartaz no Espaço Parlapatões a peça “Serpente Verde, Sabor Maçã”, inspirada nas fábulas cinematográficas do diretor Tim Burton, com doses tragicômicas do teatro do absurdo. Idealizado pelo dramaturgo Jô Bilac e pela atriz de “stand-up comedy” Larissa Câmara, o espetáculo tem direção de Lavínia Pannunzio e trilha sonora composta pelo “Titã” Branco Mello. A trama revela as conspirações de uma mulher chamada Senhora G (Lulu Pavarin), que recebe seus visitantes com xícaras de chá sabor maçã. Simpática e misteriosa, ela julga o destino destes personagens de acordo com sua índole e decreta a fatalidade de seu futuro envenenando-os, ou não, com a bebida. “Ela decide quem vive, quem é bom ou mau. O ‘G’ de seu nome vem de God. Ela se declara uma mentirosa compulsiva, o que é rico para uma atriz, que ganha liberdade para criar o persona- Fábio Messias “Serpente Verde, Sabor Maçã” em cartaz no Parlapatões. gem”, comenta Lulu Pavarin. Apesar de sua postura justiceira, “ela é absolutamente humana, sujeita a todas as alterações pela qual uma pessoa qualquer pode passar. A peça não é psicológica, mas vem muito carregada de uma potência humana, que pode levar o personagem de uma heroína trágica, a uma mulher melodrama”, conta a diretora Lavína Pannunzio. Mesmo renegando a alcunha de reflexão psicológica, o espetáculo levanta questões como a idealização do ser humano incorruptível e degeneração de relações sem amor. “Ela procura uma pessoa digna, totalmente boa, algo que não existe. A plateia até vai torcer para a Senhora G aplicar sua justiça quando conhecer a integridade de alguns personagens”, afirma a atriz Lulu. As tiranias da Senhora G - que vive em um mundo fantástico, cercada por seu frutuoso jardim de rosas e dialogando com os objetos da casa - são acompanhadas de perto pela dona do imóvel, a Senhora White (Ângela Figueiredo). Desesperada para desalojar a inquilina de sua casa, White contrata um detetive (Fernando Fecchio) que investigará os misteriosos acontecimentos que envolvem a Senhora G. O texto, que além das referências do cineasta Tim Burton, ganhou toques de filmes como “Este Mundo é dos Loucos”, de Philippe de Broca e “Cidade dos Sonhos”, de David Lynch, foi criado em apenas uma noite de trabalho compartilhado entre os autores Jô Bilac e Larissa Câmara. “Tenho muita influência do melodrama, enquanto o Jô é muito influenciado pelo Nelson Rodrigues. Por isso nós precisamos equacionar nossos estilos e diferenças”, afirma Larissa. O “Titã” Branco Mello, que assina a trilha do espetáculo, também buscou referências e paralelos no cinema, desde os suspenses de Hitchcok, aos “filmes B” de Bela Lugosi. No entanto, o “Heavy Metal” de bandas como Black Sabbath e Metallica, assim como às trilhas de Bernard Hermann, foram o pano de fundo para o processo de criação. “A música tem uma relação mística. Eu não vejo diferença entre a composição para o teatro, para o cinema, ou para uma banda”, declara o músico. Por José Eduardo Bernardes Serviço: Serpente Verde, Sabor Maçã Espaço Parlapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158 Horários: qui. e sex. às 21h. Ingressos: R$15 e R$30 www.jornalcentroemfoco.com.br SP - Outubro 2011 15 Artes e Cultura Alguns trastes, uma avenida e um bocado de poesia! “Dia da Intervenção Poética na Avenida Paulista” mobiliza artistas e ganha a simpatia do público. Enquanto milhares de pessoas, que pagaram suntuosos valores por seus ingressos, se apinhavam para ver grandes bandas no Rock In Rio, alguns coletivos artísticos ocupavam a mais paulista das avenidas para praticar o seu terrorismo poético, sem pretensões megalomaníacas: o Dia da Intervenção Poética trouxe reflexões e sorrisos aos transeuntes que passavam pela avenida Paulista, no último dia 25. Idealizado pelo coletivo “Os Imprestáveis”, o evento reuniu aproximadamente 60 artistas, que ficaram concentrados no quarteirão entre a Rua Peixoto Gomide e a Alameda Minis- tro Rocha Azevedo. O primeiro domingo da primavera foi recepcionado, em São Paulo, por uma fina garoa e temperatura baixa, que não afastaram o entusiasmo do grupo. Quem passou por lá se surpreendeu com o que viu. A estudante Juliana Lira, 23 anos, gostou da abordagem. “Eu achei bem legal, eles nos deram flores, declamaram poesia e modificaram minha tarde”. A jovem refletiu sobre a forma que o evento foi conduzido. “Estou acostumada a ver a Paulista como palco de protestos e eles nos fizeram surpreenderam, como o pastor que pregava a “Bíblia”, literalmente, com prego e martelo. Outra intervenção que chamou a atenção foi o “Inverso”, em que o espectador levava para c a s a p o ema s f e i to s improvisadamente. pensar e rir sem violência. Foi muito agradável”. O evento durou duas horas, com o discurso de uma arte menos contemplativa e mais interativa, promovendo, sem cunho político, a convivência do diverso. Algumas propostas Os Imprestáveis O grupo idealizador do evento foi formado há dois anos e é constituído por Cristiane Bastos, Le Carvalhaes, André Renato, Fernando Martins Lara e Bodão. Exceção a Bodão, que é técnico de som, todos os outros são professores. A ideia do conceito do grupo surgiu através do poema “Teoria do Traste”, do poeta Manoel de Barros. O intuito, para Fernando Lara, foi o de “Fazer os trastes emitirem vozes que fossem compatíveis, que conseguissem se expressar coletivamente”. André explica esse deslocamento do “traste”: “O Manoel de Barros resgata uma visão de mundo poética, anti-utilitária, anti-positivista e uma visão infantil, de se encantar pelas coisas. Para esse padrão de cidadão do mundo do trabalho, nós nos reconhecemos como imprestáveis”. Por Igor Carvalho
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