Suicídio medidas preventivas militares

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Suicídio medidas preventivas militares
ARTIGO CIENTÍFICO
Fatores Relacionados ao Suicídio no Exército
Brasileiro: medidas preventivas.
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RESUMO
O trabalho realizado por este oficial teve por desígnio verificar se o Exército Brasileiro tem
relacionado medidas preventivas ou profiláticas contra o suicídio, particularmente nas
situações do dia-a-dia nas Organizações Militares, a fim de subsidiar os comandantes em
todos os níveis para que possam reconhecer os fatores de risco ou relacionados ao
suicídio e, de antemão, tomarem as devidas ações para evitá-lo. Para tanto, a pesquisa
analisou as causas que levam um indivíduo a cometer tal ato, delimitou o perfil suicida em
potencial, e verificou se há procedimentos dentro da Força voltados para a contenção do
ato suicidógeno e ao final, levantou os fatores de risco e os associados com o suicídio a
fim de que se obtivessem evidências que fundamentassem uma lista de procedimentos
para a elaboração de um livreto de assessoramento aos Comandantes em todos os
níveis, em particular aos que comandam Unidades e Grandes Unidades, para auxiliá-los a
combaterem ou inibirem dentro das fileiras das suas tropas o autocídio. Para analisar as
possíveis causas do ato e delimitar o perfil suicidógeno, foram utilizados trabalhos
desenvolvidos por pesquisadores, cientistas e profissionais da área que realizaram
estudos na tentativa de explicar os motivos que levam uma pessoa a atentar contra a
própria vida, bem como a realização de uma pesquisa de campo abordando militares que
servem em unidades dos Comandos Militares de Área do Leste, Sul, Nordeste e CentroOeste onde se tenham apresentado casos de suicídio. Paralelamente, buscou-se ter
acesso às informações junto aos órgãos competentes da Instituição para se ter uma visão
geral do fato no Exército como um todo, a fim de se consubstanciar, da melhor forma, o
trabalho. Dessa maneira, foi possível verificar que não obstante haja meios dentro da
Força Terrestre que colaborem para inibir atitudes que venham a desencadear o suicido,
os mesmos não são devidamente explorados e seguidos a rigor, o que leva a se
considerar a necessidade de reajustamento nessa questão a fim de se aplicar, com maior
ênfase, a liderança em todos os níveis, de se buscar maior preocupação para com o bemestar sócio-econômico do militar, e principalmente de se cultuar mais os valores de vida,
de família e religiosidade o que, juntos, dificultarão o surgimento de fatores que venham a
desencadear ações suicidógenas.
Palavras chaves: 1. Suicídio. 2. Militar Suicida. 3. Profilaxia e Prevenção contra o Suicídio.
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1 INTRODUÇÃO
A vida é o maior bem que um homem possui. E a nossa Carta Magna1, no seu Art. 5º,
já chama atenção das Instituições Nacionais para esta preocupação.
Nos últimos anos, o Exército vem se preocupando com o problema do suicídio, o qual
vem aumentando dentro da Instituição (ANDRADE2, 2005, p.15), onde já chegou a ponto
de ceifar vidas de Comandantes de Grandes Unidades. E estes números são confirmados
também no mundo como um todo, e diversos são os fatores que colaboram para o seu
incremento, independentemente da classe social, da faixa etária, do sexo, profissão ou
região geográfica.
O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O
significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação
de matar). Esta conotação especifica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto
geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção e provoca a
própria morte.
Pode ser realizado através de atos (tiro, envenenamento ou enforcamento), o que se
poderia chamar de suicídio ativo; ou por omissão (recusa em alimentar-se, por exemplo),
constituindo o suicídio passivo.
São considerados ‘tentativas de suicídio’ quaisquer atos não fatais de automutilação
ou de auto-envenenamento. São comportamentos onde há risco de morte ou tentativas
mal-sucedidas de suicídio. Esses atos são conhecidos como parassuicídio.
O suicídio é a conseqüência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que
envolve e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal
ponto que a morte, para o autocida, torna-se único refúgio e a inevitável solução dos
problemas.
Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por
exemplo, é mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a
puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice.
As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como
alcoolismo, dependência tóxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que
induzem um indivíduo a atentar contra a própria vida.
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1
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de
outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional nº 31, de 14-12-2000. 27. ed. São Paulo: Saraiva,
2001.
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ANDRADE, José Eduardo, Suicídio no Exército: como prevenir. 1ª ed. Rio de Janeiro: ECEME, 2005
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Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio. Podemos incluir como
exemplo o insucesso no matrimônio ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso,
isolamento social e o fracasso financeiro.
A depressão também está aliada aos casos de suicídio. Aliás, que se dê ênfase: em
torno de 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva! Contudo, no
auge das crises depressivas o indivíduo fica menos vulnerável as tentativas do suicídio
ativo. Isto porque a depressão é caracterizada principalmente pela desmotivação,
desinteresse e letargia do raciocínio. Nesse momento, o indivíduo não se dispõe a
nenhuma atividade, inclusive aquela que o faça a cometer o ato de se matar. Alcançado
este estágio, a tendência é a omissão.
No mundo, suicidam-se diariamente 2.000 pessoas. Nos Estados Unidos são 30.000
suicídios por ano (quase 100 por dia). No geral, 7% dos suicidas sofrem de dependência
alcoólica. Aproximadamente 90% de quem tenta, avisa antes. Quem já fez uma tentativa
tem 30% mais chances de repetir do que quem nunca tentou, pois aquele que tenta o
suicídio e não o vê consumado é candidato natural à recidiva, que culmina tão logo se lhe
apresenta o móvel desencadeador do desejo.
Segundo Cassorla (CASSORLA, 2005)3, a grande maioria das pessoas já pensou em
algum momento em sua vida, cometer o suicídio.
O suicídio afeta no mínimo outras 6 pessoas, podendo ter impacto – caso ocorra em
um ambiente de trabalho – em centenas delas.
O custo do suicídio pode ser estimado em termos de DALYs (disability-adjusted-lifeyears, ou anos de vida ajustados às limitações). De acordo com este indicador, em 1998,
o suicídio foi responsável por 1,8% do custo total de doenças em todo o mundo, variando
entre 2,3% em países de alta renda a 1,7% em países de baixa renda. Este é um custo
equivalente ao das guerras e homicídios, grosseiramente aproxima-se do dobro do custo
do diabetes, e também equivale ao custo do trauma e asfixia neonatais (OMS, 2000)4.
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3
CASSORLA, Roosevelt M. S. O que é o Suicídio. São Paulo: Brasiliense, 2005, pág. 9.
4
Organização Mundial de Saúde (ONU). Suicide Prevention Program (SUPRE). Suíça, Genebra, 2000.
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2. DESENVOLVIMENTO
Embora estejamos procurando encontrar medidas preventivas contra o suicídio,
mister se faz conceber que todo e qualquer tratamento mais profundo que se dê ante um
militar parassuicida, deve-se procurar um auxílio do profissional da área, o qual estará
mais apto a ajudá-lo a discernir melhor a força de fatores constitucionais, biológicos,
psicológicos e socioculturais no seu sofrimento.
Que este humilde trabalho, sem pretensões inauditas, é o extrato de uma obra deste
próprio autor, onde o estudo foi mais aprofundado e mais abrangente; e que o presente
documento tem como objetivo nortear as atitudes iniciais e urgentes dos comandantes em
todos os níveis, perante um militar com sintomas suicidógenos com vistas a ampará-lo e
desviá-lo de tais agouros até que se obtenha condições de encaminhá-lo a um
profissional da área de saúde adequado para o devido tratamento.
Nesse ínterim, procuraremos trazer à ciência de todos, através deste importante meio
de informação e comunicação acadêmico-militar, o extrato de algumas idéias e sugestões
a fim de que possamos amealhar soluções para inibirmos o suicídio dentro das nossas
fileiras. Se não, vejamos.
O suicídio não consiste unicamente no ato voluntário que produz a morte instantânea.
O indivíduo pode matar-se ou procurar a sua morte de uma forma consciente ou
inconsciente; todos aqueles que, de um modo ou de outro, apressam a extinção das suas
forças vitais, contrariamente ao período normal que lhe é dado pela natureza, são
considerados também suicidas.
O comandante – aproveitando os caracteres de liderança que lhe são afetos – deve,
portanto, desenvolver nos seus homens as pulsões de vida, orientando-os também a
saberem como lidar com os impulsos de morte que em determinadas situações, também
auxiliam no desenvolvimento e na manutenção da vida; tomando o cuidado de alertá-los
quanto às situações de conflito, quando essas pulsões poderiam se exacerbar e dar
passagem a mecanismos autodestrutivos, terminando por acelerar a morte, que deixa de
ser natural e passa a ser provocada pelas doenças, por acidentes ou atos inconscientes
ou conscientes de autoextermínio.
Os fatores internos e externos se entrelaçam e agem na psique do suicidômano. Que
uma área interfere na outra, e que ao estudar o caso do militar parassuicida que está sob
suas mãos, o Comandante deve procurar ter uma visão ampla e holística dos fatores que
podem estar desencadeando o processo suicidógeno; e não esquecer de que a sua
atuação como comandante será a de prevenir e evitar o desencadeamento dos fatores
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suicidógenos, e que o alcance dos seus trabalhos estará no limite que imporá a si
encaminhar o militar parassuicida às mãos de um especialista da área mental.
O suicídio e tentativa de suicídio são fenômenos que ocorrem em populações com
características diversas. E as motivações psicológicas e sociais devem ser também
diferentes. Os suicidas, diferentemente daqueles que tentaram suicidar-se, geralmente
usam métodos mais violentos, e neles a intensidade e a gravidade dos conflitos são
maiores, além de que eles têm mais dificuldades de contato social e são mais isolados.
Com a menor diferenciação entre papéis masculinos e femininos em nossa
sociedade, veremos cada vez mais homens ‘tentando o suicídio’ e mulheres violentas,
homicidas. Portanto, o trabalho de prevenção contra o suicídio deve, desde já, abranger
as militares com a mesma atenção dada aos casos de autocídio masculino.
Há a possibilidade de se evitar o suicídio nos casos de tentativas em relação aos
jovens do que aos mais velhos, devido à impulsividade e o despreparo daqueles em
relação ao planejamento mais detalhado e minucioso destes – o que dificulta ou até
mesmo impede o socorro em tempo hábil.
O casamento normalmente protege o indivíduo contra idéias suicidógenas pelo apoio,
pela presença de filhos, pelas menores chances de solidão que encontrará o casado, etc.
Por outro lado, os mais jovens (particularmente cabos e soldados, 3º Sgt, Asp Of e 2º
Ten) devem ser orientados a retardarem a sua união marital pelo tempo necessário para
uma estabilização sócio-econômica e psicológica. Solteiros e divorciados estão em maior
risco para o suicídio. Um bom casamento protege o indivíduo contra idéias suicidógenas
por proporcionar companhia e amparo nas horas difíceis, além de normalmente gerar
filhos felizes e pródigos, contribuindo com futuros bons militares. Por outro lado, a Força
deve buscar coibir o casamento prematuro por parte dos seus integrantes que não
tenham alcançado a idade maturada e a condição econômico-social adequada sob pena
de
deparar-se
com
gravidezes
indesejadas,
infidelidades,
crimes
passionais,
desagregação familiar os quais originam filhos-problema e desajustamentos sociais
capazes de provocar situações que desencadeiem os fatores suicidógenos.
A Instituição deve envidar esforços para o apoio aos filhos oriundos de casamentos
desfeitos a fim de evitar-se futuramente que aquelas crianças abandonadas sejam os
soldados-problema do futuro. Daí a participação do EB em palestras nas escolas públicas,
incentivando a formação do caráter sólido e responsável, bem como do capital intelectual
do futuro soldado brasileiro e defensor da Pátria que procurará voltar as suas energias de
jovem para o embasamento seguro e responsável em busca de maior mobilidade social
para si e para a sua família em um período vindouro.
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O militar com pensamentos ou atitudes suicidógenas não deve ficar próximo ou ter
facilitado o seu acesso a meios que possam lhe causar a morte.
O controle acirrado contra drogas protegerá os futuros recursos humanos de que o
País necessita para defendê-lo, fornecendo massa humana mais preparada psico e
organicamente para cumprir com o seu dever de cidadão.
O processo de seleção dos conscritos deve manter-se longe das áreas onde o estudo
epidemiológico mostrou-se desfavorável às condições sociais, não obstante a idéia da
participação do Exército nessas áreas como Mão Amiga no tocante a palestras
esclarecedoras sobre o assunto e demais atividades afins.
Há também a necessidade de se educar os militares a buscarem uma fé que possa
arrastá-los para bem longe das idéias autocidas, promovendo em si os impulsos de vida;
de procurarem participar de cultos religiosos e se aterem a uma religião, a qual irá
desenvolver a sua fé e a crença de que o mundo não se acaba no caixão e que essa
crença, essa confiança os ajudarão a superar as suas dificuldades, proporcionando as
devidas condições de sobrevivência para os mesmos, prevenindo-os e afastando-os de
pensamentos autodestrutivos.
Outro fator a se levar em consideração é mobiliar a Força Terrestre com um maior
número de médicos psiquiatras. Identificar, avaliar e manejar pacientes parassuicidas é
uma importante tarefa do médico – que tem um papel fundamental na prevenção do
suicídio. A falta de um número maior destes – no mínimo em Hospitais de Guarnição (H
Gu) – tem levado componentes da Força com distúrbios mentais a consultarem clínicos.
Que em última instância, onde não há psiquiatras na guarnição, pode-se procurar
apoio de médicos ou psiquiatras civis mais próximos até que se possa transferir o militar
para um hospital da Instituição com o apoio adequado. E ainda, antes que se chegue a
este caso, o Exército poderia – através dos seus órgãos responsáveis – selecionar
médicos clínicos gerais, educados para identificar e tratar casos de depressão, bem como
reciclar os que já operam dentro da força, com a realização de cursos e estágios em
faculdades e clínicas afins.
Os militares com distúrbios mentais ou que atravessam períodos de depressão,
alcoolismo e esquizofrenia devem ser submetidos a avaliações psicológicas e exames de
saúde mental, regularmente.
A inexistência de um sistema público de ajuda psicológica e/ou psiquiátrica no País
sinaliza ao Exército que ele deve realizar testes mais rigorosos nos conscritos e nos
militares em geral que entram nas suas fileiras, a fim de detectar possíveis caracteres
suicidômanos nos futuros integrantes, bem como a manutenção da realização de tais
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testes ou similares uma vez a cada ano ou semestre, ou mais vezes ainda, nos
parassuicidas em potencial. Não nos esquecendo de que como Mão Amiga, o Exército
Brasileiro também poderia participar pró-ativamente na busca do saneamento da saúde
do País seja através de palestras em escolas de redes públicas, abordando o tema e
outros que direta ou indiretamente influenciam contra ou a favor dos aspectos da
suicidomania (alcoolismo, drogas, falta de atividades físicas, etc.); seja através da
participação dos nossos profissionais da área da saúde mental junto à sociedade civil – o
que poderá redundar em troca de experiências e ensinamentos; ou ainda através de
outros apoios, como na área social, econômica, tecnológica, dentre outras, as quais
corroborarão em uma união de esforços contra os caracteres suicidógenos ou contra seus
agentes facilitadores.
Dar atenção aos militares da reserva e seus familiares seria mais uma preocupação
nossa no combate ao suicídio dentro da Força; particularmente aos reformados, pois são
os que mais apresentam problemas de saúde, devido à idade avançada ou ao problema
de saúde que os levou à reforma. Com esses, as medidas preventivas contra o suicídio
devem ser mais atuantes, pois vivenciam uma nova fase da sua vida (aposentado), ou
enfrentam problemas de saúde e sociais que são inerentes às idades mais avançadas
(tais como perda de cônjuge, solidão, ociosidade, etc) – sendo muitas das vezes atacados
por doenças crônicas – o que aumenta o risco do suicídio. Além disso, a Instituição,
através da sua cadeia de comando, deveria promover mais atividades voltadas para
esses militares (encontros, competições ou atividades desportivas, concursos literários,
bailes da 3ª idade, passeios, etc).
Deve se estimular o culto ao esporte, pois as atividades físicas afastam as doenças,
previnem o organismo contra as mesmas, valorizam a saúde afastando as drogas de
quem dela faz uso; e ainda por cima, deixam o ser humano com mais autoconfiança em si
mesmo e com maior autoestima. “Um belo corpo desperta e forma uma bela alma”.
Está fora de cogitação qualquer atitude de eutanásia em se tratando de doenças
terminais. Primeiro, devido à ética que todo médico deve se ater, pois prestou juramento
que o seu concurso seria sempre para salvar vidas. Segundo, por que não cabe ao
homem julgar – como a própria religião já afirmou – o destino de ninguém, nem de si
mesmo. Em qualquer extremo que esteja um moribundo, ninguém pode dizer com certeza
que sua última hora chegou.
O comandante, de posse dessas informações, deverá procurar, dentro da sua área de
competência, criar motivações externas para os seus comandados a fim de que o mesmo
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busque as pulsões de vida e se afaste dos pensamentos suicidas, pois o parassuicida é
um indivíduo que está em um estado de desequilíbrio consigo mesmo e/ou com os outros,
o que gera para si uma tensão represada, e da qual procurará se livrar através de ações
conscientes ou inconscientes, descarregando esse conflito contra alguém (impulso
destrutivo), ou contra si mesmo (impulso autodestrutivo).
As necessidades fisiológicas e as de segurança – necessidades primárias do ser
humano – são voltadas para a conservação pessoal do indivíduo e que elas dominam a
direção do comportamento da pessoa. É importante o comandante descobrir qual
necessidade fisiológica ou de segurança que está faltando para o militar parassuicida e
que está o impelindo a atentar contra a sua própria existência (falta de dinheiro,
alimentação), ou ainda se ele mesmo (o comandante) não é o causador de alguns desses
problemas no parassuicida (por causa de arbitrariedade, decisões inconsistentes e/ou
incoerentes, etc.). Que as demais necessidades abordadas por Maslow5 não estarão no
rol de importância do parassuicida, enquanto as duas anteriores (Fisiológicas e de
Segurança) não tiverem sido atendidas. Partindo desse pressuposto, o comandante
chegará à conclusão de que as necessidades sociais (participar de grupos de amizades,
de reuniões sociais, por exemplo) não estarão sendo também, consequentemente
atendidas [e é por isso que o parassuicida torna-se resistente, antagônico e às vezes
hostil com relação às pessoas que o cercam – o que o levará à falta de adaptação social
e à solidão (o que é ruim para quem esteja com intenções suicidógenas, ou sob essas
condições)].
Da mesma forma acontece com relação às necessidades de estima: que elas também
não estarão sendo procuradas pelo suicidômano, e que por isso, ele estará com a sua
estima baixa, com baixa confiança em si mesmo, achando que ninguém o aprova
socialmente, e conseqüentemente se auto desvalorizando, e cada vez mais se
“afundando” no seu mar de preocupações, sem encontrar saída, e nem tendo condições
psíquicas para encontrá-las.
Em se tratando desses aspectos, mister se faz o comandante prevenir todos esses
problemas, procurando atender as necessidades ‘maslownianas’, e assim colaborar e
prevenir contra o surgimento de militares com sintomas suicidógenos, buscando promover
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5
QUINTELA Filho, Crispiniano Batista. A Comunicação Interpessoal como uma das Bases no
Desenvolvimento do Comando, Chefia e Liderança. Rio De Janeiro: Escola De Aperfeiçoamento
De Oficiais, 2004 apud MASLOW.
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condições para que todos aqueles que estejam sob o seu comando atinjam as suas
metas fisiológicas, de segurança, sociais, de estima, e de auto-realização, pois a nãoobservância desses fatos pode ser o estopim inicial para o desencadeamento de fatores
suicidógenos.
Outro aspecto a ser levado em conta é que o suicidômano não procura a morte, e sim
uma outra vida que ele imagina existir no além-túmulo, segundo os seus mecanismos
psíquicos de fuga e de defesa; isso como uma forma derradeira para chamar a atenção
de outrem para as suas fantasias mentais, mesmo que essas fantasias lhe levem para o
engodo de uma triste sina que ele acarretará para si, como para os seus.
O comandante deve estar atento aos sinais deixado por suicidômanos, como bilhetes
e cartas.
O suicídio afeta no mínimo outras 6 pessoas, podendo ter impacto – caso ocorra em
um ambiente de trabalho – em centenas delas. Prevenir um suicídio é mais econômico e
menos traumático tanto para o Exército como para os indivíduos (familiares e colegas de
trabalho) que conviveram com o suicida ou que convivem com um parassuicida, pois os
gastos com medicamentos, funerais, tratamentos psicológicos de dependentes e
familiares do suicida ou com o próprio parassuicida chegam a equivaler-se a custos de
guerras e homicídios, variando entre 2,3% a 1,7% do custo total de doenças, onerando os
cofres públicos – e em particular o orçamento da Força Terrestre. Desgasta também a
imagem da Força, além de trazer inconvenientes e traumas psicológicos para os que
foram marcados com o drama.
De posse dessas informações, os comandantes, chefes e líderes não devem publicar
fotografias ou bilhetes ou cartas de suicídio para o público que não tem ingerência sobre o
assunto; não devem noticiar detalhes específicos do método usado; não devem
apresentar razões simplistas; não devem glorificar ou sensacionalizar o suicídio; não
devem usar estereótipos sócio-culturais; e nem devem dividir a culpa pelo ato suicida com
outros.
Devem se referir ao suicídio como consumado e não como bem sucedido;
apresentarem aos subordinados apenas os dados relevantes; realçarem as alternativas
ao suicídio; publicarem indicadores de risco e sinais de aviso; fornecerem informações
sobre formas de ajuda e recursos gratuitos disponíveis, como o apoio fornecido por
entidades como o Centro de Valorização da Vida (CVV, 2002)6.
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6
CVV: Manual do Voluntário. 3ª ed. São Paulo: Edições FAE, 2002.
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Deve-se verificar se no caso de um militar parassuicida, alguém próximo a ele não foi
vítima de suicídio (pais, avós, irmãos, parentes e amigos próximos), pois a dor do suicídio
de um desses elementos pode estar desencadeando os fatores suicidógenos no militar
em questão.
O comandante de U ou GU poderá destacar um ou mais elementos para auxiliar o
militar enlutado por suicídio a fim de ajudá-lo a solucionar e resolver os problemas
advindos [funeral, relatórios junto a legistas e à polícia, acionamento do seguro de vida
(SFC), médicos, auxílio na organização dos pagamentos de contas, nos contatos com
prestadoras de serviços e etc.].
Deve-se visitar domicílios de suicidas ou de suicidômanos, com o intuito de verificar
se os familiares ou o próprio parassuicida precisa de ajuda psicológica urgente.
Particularmente se for soldado ou cabo, que tem seus familiares dependentes do sistema
único de saúde pública – em que os atendimentos médico e social deixam muito a
desejar. Isso vale também para o sargento, subtenente ou oficial que passam por
dificuldades financeiras e não têm condições de fazerem frente a despesas médicas deste
tipo. E ainda: deve-se buscar incentivar os companheiros de farda mais próximos a se
revezarem em uma “escala” de visita ao colega enlutado, formulando atividades e ações
para que o mesmo se desvencilhe o mais rápido possível do “estado e do pensamento de
luto”.
Em caso de se tratar de um enlutado por suicídio (particularmente de filhos ou
cônjuges), seria oportuno avaliar a conveniência de se movimentar este militar para outra
guarnição – caso seja de carreira e esteja morando em sua cidade natal e próxima a
parentes e amigos mais íntimos. Manter o contato, o apoio e as visitas desses parentes e
amigos é importante para que o indivíduo supere melhor as adversidades advindas de
fatos como esse.
Há de se atentar para o acompanhamento daqueles que já se encontram sob os
cuidados psiquiátricos a fim de se evitar o abandono dos tratamentos, bem como da
seriedade, sigilo, profissionalismo e confiança a serem demonstrados quando da
assistência ao suicidomaníaco, pois o meio castrense pode levá-lo a uma tendência a
buscar manter o seu “status quo”, por temer qualquer mudança – mesmo que seja para
melhor – que fosse alterar a sua vida ou provocar penosos e sofridos transtornos para si,
dentro da Força.
Deve-se envidar esforços para que todos os integrantes da Força adquiram uma
apólice de seguro de vida que possa cobrir e amparar fatos deste tipo, bem como
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diligenciar ações junto às seguradoras que amparam os militares (como o Fundo de Apoio
à Moradia - FAM) a passarem a proteger e amparar familiares de militar suicida.
A socialização, aspecto importante na convivência grupal – situação comum aos
militares – deve ser buscada em todos os momentos possíveis pelos comandantes. Que
todo indivíduo busca integrar-se com outros, sendo aí a oportunidade onde os
comandantes podem atuar na prevenção contra o suicídio nas suas fileiras, ao
promoverem a toda hora e a todo instante, nas oportunidades que lhe aparecerem,
atividades que possam reunir os seus subordinados e familiares: datas festivas que
possam reuni-los no quartel, comemorações de alguma vitória ou aspecto importante para
a OM, concursos em que se tenha a participação familiar (o esforço em conjunto com
esta, é muito importante), atividades de congraçamento entre oficiais, praças e servidores
civis, dentre outras.
A Força Terrestre deve construir mecanismos para verificar as competências dos
comandantes em todos os níveis a fim de ter ciência de que os mesmos não contribuem
indireta ou diretamente para a ocorrência de parassuicidas no âmbito de sua GU/U, ou
seja, se esse militar que se encontra na cadeia de comando diretamente ligado ao
parassuicida, não esteja de certa forma criando no ambiente externo deste parassuicida
uma atmosfera aniquiladora, limitadora, restritiva, ameaçadora que venha estar afetando
o seu desenvolvimento natural ou o seu amadurecimento como ser humano.
Não se deve mandar de volta para o ambiente persecutório, antes do devido
acompanhamento psiquiátrico, o paciente socorrido do ponto de vista orgânico.
A liderança participativa, em detrimento da autocrática ou autoritária e até mesmo da
delegativa – por ser o estilo de liderança que mais se coaduna com a necessidade cada
vez maior de influenciar o comportamento humano e conduzir pessoas ao cumprimento
do dever – é a que melhor permite estabelecer os vínculos de coesão, colaboração e
união, pois proporciona ao líder e ao comandante “ouvir”, controlar e conhecer melhor os
seus homens, bem como eles entre si. Isso contribui para estimular a confiança, a
comunicação e o diálogo, a disposição para aceitar erros do outro, afastando todos da
solidão, depressão e do sentimento de inutilidade e de desinteresse que configuram como
alguns dos fatores causais para futuro desencadeamento de atitudes suicidógenas.
A importância de se desenvolver a capacidade de comunicação para o exercício da
liderança, colocando-se no lugar do outro, facilita enxergar – na ótica do subordinado – as
suas dificuldade, aspirações, e como o mesmo está a observar o mundo exterior, tendo
assim, melhores possibilidades de ajudá-lo e melhores condições de preveni-lo e
defendê-lo contra atitudes suicidômanas.
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A família é célula-máter da sociedade. O indivíduo oriundo de um lar desajustado,
provavelmente será um militar desajustado. Que indivíduos oriundos de lares conturbados
e, muitas vezes, desfeitos em situações também conturbadas, (onde o jovem sofreu
grandes traumas com a separação de seus pais, por exemplo), podem apresentar,
posteriormente, desequilíbrios emocionais que podem comprometer sua saúde mental,
levando a ficar à mercê dos fatores desencadeantes de atitudes suicidógenas, o que
poderá o levar a cometer um ato suicida. Este aspecto é importante à medida que
associamos a sociedade – composta por civis que adentram ano a ano no Exército – a
esses militares. O Exército Brasileiro poderá contribuir contra o suicídio dentro das suas
fileiras, ao promover campanhas em valorização das famílias que compõem a Família
Militar.
O levantamento da convivência social do futuro pretendente à carreira das armas se
faz necessária, no que tange a amigos e locais onde freqüenta: como clubes, barzinhos,
escola e igrejas (se for o caso) e este levantamento é de fundamental importância, tendo
em vista que a partir daí pode-se traçar, mesmo que sumariamente, um perfil de sua
personalidade e suas preferências. Que o levantamento supracitado vem corroborar para
a análise do comportamento do futuro militar no que se refere ao envolvimento com as
drogas. O contato com substâncias entorpecentes em indivíduos que portam armas de
fogo apresenta um alto risco de periculosidade para aqueles que com ele convivem, pois
tais pessoas perdem a noção do certo e errado. E a partir daí, conduzir-se para um ato
atentatório contra a vida, dele ou de outrem, seria mera questão de oportunidade.
Cabe lembrar o estreito relacionamento entre o consumo de drogas, a dependência
física e o endividamento para sustentar o vício – que é uma das causas que levam o
militar a cometer o suicídio.
A Força Terrestre deveria incentivar, através da sua cadeia de comando a ‘adoção’ de
militares – particularmente alunos de escolas de formação, Cb, Sd NB e EV que se
encontram longe dos seus familiares (os conhecidos “laranjeiras”) – por famílias de
Of/Praças (padrinhos). Essas atitudes contribuiriam para diminuir os sentimentos de
solidão que às vezes se apoderam de tais indivíduos, e conseqüentemente,
desencadeam possíveis estados de depressão, fator de risco preponderante para o
suicídio.
A carreira militar, como tantas outras, sempre despertou a admiração da sociedade
brasileira e, portanto, o interesse em ingressar na carreira das armas é almejado por
muitos, fazendo com que o número de pretendentes seja superior ao número de vagas
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existentes. E isso abre uma janela para que o Exército Brasileiro possa selecionar muito
bem seus integrantes, até mesmo aqueles que prestarão o serviço militar obrigatório, pois
é notório que, atualmente, a quase totalidade dos conscritos é de voluntários. Nesse
interem, o trabalho realizado para a seleção dos que almejam a carreira militar torna-se
uma das principais ferramentas no que tange a prevenção. O fato de não se incorporar
um futuro suicida às fileiras do Exército evita, de antemão, desgastes psicológico, social e
financeiro, dentre outros, tanto para os integrantes da Organização Militar, como para a
imagem da Força junto à sociedade brasileira. Assim sendo, a seleção complementar
pode ser aperfeiçoada com uma entrevista muito mais rigorosa, devendo ser realizada por
profissionais do mais alto gabarito e com experiência na identificação de problemas
atinentes à seleção dos novos contingentes. A comissão de seleção deve ser composta
de profissionais altamente qualificados, inclusive por profissionais ligados à parte de
saúde mental como psicólogos e/ou psiquiatras.
A aplicação de testes psicológicos é outro instrumento importantíssimo à disposição
daqueles que realizam a seleção, testes esses muito eficazes na identificação de
indivíduos com problemas na saúde mental.
Na ficha de entrevista, preenchida por todos os futuros militares, deve-se fazer
constar, obrigatoriamente, itens que facilitem a identificação, mesmo que sumária, da
personalidade do indivíduo, tais como:
A existência de algum vício como beber, fumar, ou até mesmo consumo de drogas
ilícitas (lembrando que o jovem que consome drogas, normalmente iniciou seu vício pela
“maconha”, sendo, portanto, possível associar que o ato de fumar pode ser considerado um
primeiro estágio, que levaria ao consumo do “baseado”);
A existência de casos de suicídio na família;
A existência de problemas de envolvimento com drogas lícitas e ilícitas na família;
Traumas sofridos na infância;
Pais separados: se houve algum sofrimento ao jovem no processo de separação;
Caso os pais residam sobre o mesmo teto, procurar levantar como é o
relacionamento do casal, se vive em harmonia ou em constantes brigas (lembrando que o
indivíduo proveniente de um lar feliz, quase sempre está imune de cometer um ato suicida);
Local onde mora, que locais freqüenta, com que freqüência (neste aspecto esse
levantamento busca identificar as companhias do jovem, sua rotina e possíveis
envolvimentos com pessoas e locais incompatíveis com a carreira das armas);
Se o jovem pratica esporte regularmente, qual o tipo de esporte e com que
freqüência (pois a prática desportiva com regularidade propõe um corpo são e
conseqüentemente uma mente sã).
15
Os Cmt das GU/U devem buscar contato com alguém da família, ou até mesmo
vizinho do militar com predisposições suicidômanas, no intuito de acessar informações a
cerca de alteração de comportamento como queda nas notas escolares, frequência aos
colégios, faculdades e/ou cursos, perda de apetite, entre outros (isso mostra um possível
envolvimento com drogas, pois estas geram alteração comportamental). Para ratificar o
exposto, os responsáveis pela incorporação dos novos integrantes da Força poderão
solicitar, daqueles rapazes e moças que estão sendo entrevistados, a apresentação da
carteira profissional ou do boletim escolar ao jovem que deseja incorporar às fileiras do
Exército, pois esses documentos apresentam sua regularidade e o seu comprometimento
com a profissão ou com os estudos. E, normalmente, a pessoa comprometida com aquilo
que faz, possivelmente não estará envolvida com o consumo de drogas, estará a pleno de
pulsões de vida, e consequentemente, com grandes chances de estar longe de problemas
suicidógenos.
Por outro lado, é de elevada importância a participação do Exército Brasileiro – como
“Mão Amiga” – em palestras que difundam a carreira militar nas escolas públicas,
empresas e universidades, à medida que orienta o jovem na canalização das suas forças
e energias para o embasamento seguro e responsável em busca de uma maior
mobilidade social para si e para a sua família no futuro.
Também é de suma importância para o combate ao suicídio, a promoção de
atividades culturais, desportivas e intelectuais dentro da sociedade, por parte do Exército
Brasileiro em parcerias com prefeituras, estabelecimentos de ensino e órgãos
governamentais. O jovem que cultua o esporte, a cultura e os estudos é um jovem que
passa a valorizar mais a saúde, a sua autoestima e o seu crescimento individual e
coletivo, afastando-se, nesse ínterim dos impulsos destrutivos, das drogas e dos
caracteres suicidômanos, transformando-se em melhores ferramentas na mão da
sociedade para que a mesma possa atingir plenamente os seus objetivos em relação à
valorização da vida através de recursos humanos mais preparados psico e organicamente
para cumprir com os seus deveres de cidadão.
Durante os trabalhos de pesquisa sobre o tema, buscou-se todas as fontes possíveis,
capacitadas e interessadas em solucionar, ou ao menos minimizar o suicídio. Nesse
ínterim, buscou-se também as obras e trabalhos feitos por cientistas e pesquisadores que
labutam na sociedade civil brasileira e mundial como um todo contra o suicídio. Destarte,
o autor conseguiu trabalhos científicos publicados no Brasil e no exterior, onde pôde
16
extrair dados importantes para a busca de soluções ou amenizações, ou ainda de atitudes
preventivas sobre o problema do suicídio.
Alguns desses autores foi o cientista paulista Laércio B. Fonseca com algumas de
suas obras, uma das quais intitulada a “Física Quântica e Espiritualidade – Uma
abordagem científica sobre o espírito, a consciência e os fenômenos paranormais” 7, na
qual o referido autor utiliza como base os mais modernos avanços da Física Quântica e
da Teoria da Relatividade de Einstein. Outros autores, como o senhor Hernani Guimarães
Andrade e a senhora Marlene Nobre elucidaram e iluminaram dúvidas relativas ao interrelacionamento que há entre o ser humano e o que denominam energias extracorpóreas.
Foi a Senhora Marlene Nobre, com o estudo da sua obra intitulada “A Obsessão e suas
Máscaras” 8, que afirmou ser o pensamento um dos atributos e propriedades específicas
do Espírito. No seu livro, a ilustre autora destaca o papel primordial da glândula pineal –
denominada glândula da vida mental, através da qual, todos os fenômenos anímicos e
espiríticos se produzem (NOBRE 1997).
Corroborando com as afirmações da Sra. Nobre, o doutor e cientista brasileiro Sérgio
Felipe de Oliveira – através do seu trabalho: “A GLÂNDULA PINEAL – Novos Conceitos e
Avanços nas Pesquisas”9, já ministrada em faculdades de diversas cidades brasileiras e
no exterior (Lisboa, Londres, Miami, Quebec e Paris), afirma que o Manual de Estatísticas
de Desordens Mentais da American Psychical Associations colocou, em um dos seus
importantes capítulos sobre questões étnicas e culturais, o seguinte: “O médico deve
tomar cuidado para não diagnosticar erroneamente como alienação ou psicose casos de
pessoas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas falecidas, porque isso pode não
significar uma alucinação ou psicose”. Já começa a haver aqui – continua o doutor – uma
abertura para a hipótese espiritual... do ponto de vista factual inclusive! E isso, segundo o
autor, abre espaço dentro do CID-1010, mais comumente conhecido como Código
Internacional de Doenças, que passa a reconhecer o estado de transe e a possessão por
espírito como diagnóstico médico. Ou seja, estado de transe e possessão por espírito é
hoje diagnóstico médico segundo o número F44.3 do CID-10.
_____________
7
FONSECA, Laércio. FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE: uma abordagem científica sobre os
fenômenos paranormais e a espiritualidade. Limeira/SP: 2005.
8
NOBRE, Marlene Rossi. S. A Obsessão e suas Máscaras: um estudo da obra de André Luiz. São Paulo:
Editora Jornalística Fé, 1997.
9
http://www.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ em 04 Abril de 2010
10
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (ONU) - Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde – apud http://www.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ em 04 Abril de
2010
17
Este renomado doutor e cientista – é mestre pelo Instituto de Ciências Biomédicas de
São Paulo, atua nas áreas de neuro, da ciência, da clínica médica e da psiquiatria; é
diretor do Pineal Mind Instituto de Saúde, neurocientista, idealizador e diretor do Projeto
Unispírito; e já teve alguns de seus trabalhos publicados em revistas de prestígio como a
Superinteressante11 e a Revista ISTO É12.
Por outro lado, o engenheiro e pesquisador Hernani Guimarães Andrade13 completoume os ensinamentos colhidos nas obras da senhora Nobre, relatando que na ex-URSS,
parapsicólogos desenvolveram em meados do Séc. XIX, a técnica da efluviografia,
descoberta pelo casal de cientistas Semyon Davidovich Kirlian e Valentina Khrisanova
Kirlian. Segundo revela a publicação americana “Notícias Psíquicas” de Set/1971 (PINGA
FOGO, 1971)14 em artigo da Ph.D. Thelma Moss da Universidade da Califórnia, esses
refinados métodos permitiram aos pesquisadores soviéticos obterem fotografias da aura
de seres vivos. Os espantosos resultados obtidos através desta técnica levaram àqueles
cientistas a admitirem a existência real de um corpo fluídico intimamente relacionado com
o corpo somático. Deram a esse duplo-somático o nome de corpo bioplasmático (Apud
PINGA FOGO, 1971) que o Dr. Hernani alcunhou, anos mais tarde em uma das suas
obras, de Modelo Organizador Biológico15.
Relata-nos ainda, o fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas
(IBPP), situado em São Paulo e de renome internacional, que na Inglaterra, outro
cientista, através de antigo jornal (semanário) londrino “Psychic News”, cujo editor –
Senhor Maurice Barbanell (1902-1981), também apresentou fotografias expressivas
desses fenômenos estudados pelos seus irmãos do leste europeu, amparando a ciência
na positivação da existência do corpo espiritual ou modelador do nosso corpo físico, e
afirmando que certas doenças antes de se manifestarem no corpo físico se manifestam
neste corpo bioplasmático.
Os estudos e pesquisas desses autores contribuem e muito para minorar os
problemas de suicido na Força à medida que abrem portas de conhecimentos para
_____________
11
OLIVEIRA, S. F. ENTRE VIVOS E MORTOS-MÉDIUNS. Superinteressante, v. 252, p. 64-73, 2008
OLIVEIRA, S. F. OS MÉDICOS DO ALÉM. REVISTA ISTO É, v. -, p. 36-42, 1995.
13
ANDRADE, Hernani Guimarães. Reencarnação no Brasil (Oito casos que sugerem renascimento). 1ª ed.
São Paulo: Casa Editora O Clarim, 1998.
14
PINGA FOGO com Francisco Cândido Xavier. Produção de Versátil Home Video – Video Spirite,
sob Direção de Oceano Vieira de Melo, Edição e Montagem de Guilherme Cavalcante e Gustavo
Goulart Ribeiro São Paulo: REDE TUPI, 21 de Dezembro de 1971, estúdios e auditórios da TV-Tupi,
Canal 4 de São Paulo. 2 DVDs (6 horas), son., preto e branco.
15
ANDRADE, Hernani Guimarães. A CASE SUGGESTIVE OF REINCARNATION: JACIRA & RONALDO. 3ª
ed. São Paulo: Van Moorsel, Andrade & Cia Ltda, 1980. Obra relacionada ao tema, em conjunto com outros
pesquisadores e cientistas americanos e indianos.
12
18
comandantes, chefes e líderes, e, por conseguinte, mais campos de atuação e subsídios
extraordinários para quem tem buscado, incessantemente, meios de abater os transtornos
causados pelo suicídio dentro da Força.
Por este motivo, este intercalado de dados relevantes para a Força Terrestre, pois se
procura aqui levar à ciência do leitor, a capacidade e a possível influência que um
obsessor desencarnado, uma influência extracorpórea, pode sugerir para uma pessoa
desequilibrada emocional e psiquicamente. Que nos mecanismos de mediunidade – em
que o ser humano serve como meio entre o plano material e o espiritual – destaca-se o
papel primordial da pineal, denominada glândula da vida mental, através da qual, todos os
fenômenos anímicos e espiríticos se produzem (NOBRE 1997). E no caso do presente
estudo, é quando o obsessor, através da pineal do obsediado, age no seu estado
hormonal, levando-o à prostração, ao desânimo e ao desespero da tentativa de suicídio.
Há estudos clínicos que têm comprovado a influência extracorpórea. Nesse ínterim,
deve-se atentar para as ideoplastias, idealizadas através do pensamento, pois o ser
encarnado as cria, incessantemente, extravasando-o, através do corpo mental, o que
poderá ser utilizado pelo ser desencarnado contra o indivíduo, e que por isso, os líderes e
chefes devessem enfatizar o valor do pensamento e a importância da autodisciplina, bem
como as atitudes que fazem da rotina, o hábito da vida. Todo comandante e líder devem
educar e orientar os seus comandados com relação à valorização dos seus pensamentos,
pois pelo que podemos auferir dos ensinamentos aprendidos pelas experiências e
conclusões de físicos pesquisadores é que toda matéria é energia tornada visível e que
toda energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os
nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o
bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que
devemos realizar.
No plano extracorpóreo, lidamos mais diretamente com um fluido vivo e multiforme,
estuante e inestancável a nascer-lhe da própria alma: o seu pensamento contínuo!
Fluido esse que seria um subproduto do fluido cósmico universal, de modo que
através dele, a criatura assimilaria a força emanante do Criador, esparsa em todo o
Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação,
a partir de si mesma. Que esse fluido vivo é a matéria mental de fundamental importância
para o entendimento do homem e dos seus canais de comunicação com os outros seres
do universo, com o seu Criador e a sua própria essência divina. Por outro lado, a
preocupação com o liderado deve ser interesse constante do líder militar. Conhecer
detalhadamente cada liderado é praticamente impossível, mas deve ser perseguido
19
sempre. Entender como as pessoas pensam e agem num mundo em constante mudança
é um desafio para o líder. Nesse ínterim, a necessidade de que diuturnamente os
comandantes, chefes e líderes busquem educar os seus comandados em relação aos
próprios pensamentos (e, por conseguinte com suas próprias atitudes) a fim de que não
atraiam para si, jaezes negativos, criando assim, condições suicidógenas para si próprios.
E isso é deveras importante, em se tratando de obsessões que podem levar o homem
encarnado a praticar a violência fatal contra si próprio, devido às intercessões alheias à
vontade dele, não obstante provocadas e atraídas pela sua conduta, pelos desequilíbrios
advindos de leituras não-edificantes e que se introjetam na sua mente, pelo que ouve e
assiste, pelos ambientes que freqüenta, pelos seus comportamentos e atitudes, e
principalmente, pelas suas palavras e pelos seus pensamentos, quando lhe restarão os
resíduos finais dessas influenciações que transformarão a sua mente em um cadinho,
qual forno a fundir todas essas energias negativas e pulsões destrutivas contra si próprio
e de maneira incontrolável.
20
3. CONCLUSÃO
A presente dissertação analisou os fatores relacionados ao suicídio no exército
brasileiro e suas medidas preventivas.
O estudo da proteção à vida dos Recursos Humanos da Força Terrestre é uma
questão que envolve todos os Comandantes, em todos os níveis.
Para se chegar à resposta ao problema levantado, foram apresentados aspectos
específicos e argumentos lógicos a fim de subsidiar os Cmt em todos os níveis a como
proceder diante de um militar com propensões suicidógenas.
Após analisar o material bibliográfico e os resultados dos questionários e das
entrevistas, propõe-se o seguinte:
Implementar – através dos comandantes em todos os níveis – o desenvolvimento
das pulsões de vida nos seus homens, orientando-os também a saberem como lhe dar
com os impulsos de morte que, embora encaminhem o homem para o estado de inércia –
em determinadas situações, também auxiliam no desenvolvimento e na manutenção da
vida, tomando o cuidado de alertá-los quanto às situações de conflito, quando essas
pulsões poderiam se exacerbar e dar passagem aos mecanismos autodestrutivos,
terminando por acelerar a morte, que deixa de ser natural e passa a ser provocada pelas
doenças, por acidentes ou atos inconscientes ou conscientes de autoextermínio.
Ensiná-los a fugir das situações de conflito através do esporte (contrário ao
estresse), das atitudes contrárias aos vícios (álcool, fumo, drogas, glutonaria, sexolatria,
ganância, egoísmo, dentre outros), da vida familiar (que ampara e protege o indivíduo
contra as mazelas do ambiente social), da religião (através da fé e da crença de que
existe uma Força Superior a ele, e que estará sempre o guiando no caminho do sucesso,
da paz, da felicidade e da vida), do lazer (que se oporá à vida de tensão que o trabalho
nos obriga a levar em determinados dias, contrabalanceando esses momentos de
pressão), da paciência, da humildade, do amor, da convivência social que os ajudarão a
superar as suas dificuldades de vida de uma maneira mais producente.
Orientar os integrantes da Força quanto ao momento e às condições favoráveis da
união marital a fim de se adquirir uma estabilização sócio-econômica e psicológica
necessária.
Envidar esforços para o apoio aos filhos oriundos de casamentos desfeitos a fim de
evitar-se futuramente que aquelas crianças abandonadas sejam os soldados-problema do
futuro
21
A participação do EB em palestras nas escolas públicas, incentivando a formação
do caráter sólido e responsável e o capital intelectual do futuro soldado brasileiro e
defensor da Pátria que procurará voltar as suas energias de jovem para o embasamento
seguro e responsável em busca de uma maior mobilidade social para si e para a sua
família no futuro.
Impedir e dificultar o militar com pensamentos ou atitudes suicidógenas de ficar
próximo ou ter facilitado o seu acesso a meios que possam lhe causar a morte.
Ter o controle acirrado contra as drogas – que causam dependência física – fator
desencadeante para o desengatilhamento de problemas que levam à aproximação do
indivíduo a problemas que sugerem suicidomania.
Mobiliar a FT com um maior número de psiquiatras nos quartéis. No mínimo em H
Gu. Na sua impossibilidade e em última instância, onde não há psiquiatras médicos na
guarnição (caso de guarnições isoladas ou de OM da região amazônica), pode-se
procurar apoio de médicos ou psiquiatras civis mais próximos até que se possa transferir
o militar para um hospital da Instituição com o apoio adequado. E ainda, antes que se
chegue a este caso, o Exército poderia – através dos seus órgãos responsáveis –
selecionar médicos clínicos gerais educados para identificar e tratar casos de depressão,
bem como reciclar os que já operam dentro da força, com a realização de cursos e
estágios em faculdades e clínicas afins.
Orientar os Cmt para atentarem para o militar que tenha consultado um médico
para tratamento psiquiátrico, pois estatisticamente, em torno de 60% dos parassuicidas
que consultaram um médico antes de se matar, finalizaram o seu intento; e
principalmente, orientar o referido militar a ser levado a um clínico específico para o
tratamento do caso (psiquiatra). Não se esquecendo, em todos esses casos levantados,
de se procurar proteger a identidade e a confiança do indivíduo que procura a Força para
a solução dos seus problemas porque está passando, pois algumas pessoas encaram o
fato como algo tão íntimo que não deve ser motivo de conversa, retraindo-se por terem
medo de revelar suas verdadeiras emoções, de terem crises de choro ou de que outros
pensem que elas são fracas, imaginando que o seu problema é algo inconcebível para um
militar, favorecendo daí o disparo das suas inconsistências internas.
Submeter aqueles que apresentam distúrbios mentais e que atravessam períodos
de depressão, alcoolismo e esquizofrenia a avaliações psicológicas e exames de saúde
mental, regularmente.
Realizar testes mais rigorosos nos conscritos e nos militares em geral, que entram
nas fileiras do Exército a fim de detectar possíveis caracteres suicidômanos nos futuros
22
integrantes, bem como a manutenção da realização de tais testes ou similares uma vez a
cada ano ou semestre, ou mais vezes ainda nos parassuicidas em potencial.
Encaminhar os militares com sintomas de depressão a um psiquiatra e não a um
clínico geral
Ficar em estado de alerta, quando o militar apresentar em conjunto com
depressões severas, os seguintes sintomas: cansaço, tristeza, perda de concentração,
ansiedade, irritabilidade, distúrbios de sono, dores em diferentes partes do corpo sem
causas aparentes.
Dar maior atenção aos militares da reserva e seus familiares, particularmente os
reformados. Os recém-passados para a reserva, por estarem vivenciando uma nova fase
da sua vida (aposentado), e os que já se encontram há mais tempo devido aos problemas
de saúde e sociais (perda de cônjuge, solidão, ociosidade, etc) inerentes às idades mais
avançadas – o que poderá acarretar doenças crônicas – em que o risco do suicídio é
maior. Além da necessidade de acompanhar a sua saúde, a Instituição através da sua
cadeia de comando, deveria promover mais atividades voltadas para esses militares
(encontros, competições ou atividades desportivas, concursos literários, bailes da 3ª
idade, passeios, etc).
Estimular desde cedo, o culto ao esporte. “Um belo corpo desperta e forma uma
bela alma”. As atividades físicas afastam as doenças, previnem o organismo contra as
mesmas, valorizam a saúde afastando, quem dela faz uso, as drogas; e deixam o serhumano com mais autoconfiança em si mesmo e com maior autoestima.
Abominar a atitude de eutanásia, em se tratando de doenças terminais.
Não se ater somente aos fatores externos que o parassuicida, muita das vezes,
não tem controle; mas atentar também e principalmente, para as forças internas, que a
depender de como estejam, interferem indiretamente nas forças externas, alheias ao
parassuicida.
Atentar para os sinais deixados por suicidômanos nas suas fileiras. Normalmente,
o suicida deixa bilhetes ou cartas com acusações, ou desculpando-se por sentir-se como
um peso nas costas de alguém, ou ainda desculpando-se de ou desculpando alguém pelo
mal que lhe teria feito, ou ainda mais não condenando ninguém.
Orientar os seus comandantes em todos os níveis a descobrir qual necessidade
fisiológica ou de segurança que está faltando para o militar parassuicida e que está o
impelindo a atentar contra a sua própria existência (falta de dinheiro, alimentação), ou
ainda se ele mesmo (o comandante) não é o causador de alguns desses problemas no
parassuicida (por causa de arbitrariedade, decisões inconsistentes e/ou coerentes, etc).
23
Procurar, em suma, atender as necessidades ‘Maslownianas’ dos seus militares,
promovendo condições para que todos aqueles que estejam sob o seu comando atinjam
as suas metas fisiológicas, de segurança, sociais, de estima, e de auto-realização.
A Instituição deve procurar desenvolver uma política de pessoal que possa
oferecer aos seus integrantes um salário suficiente para alimentar, abrigar e proteger a si
mesmo e às suas famílias de uma maneira satisfatória, regulamentos claramente
definidos, bem como proporcionar – através de seus comandantes, chefes e diretores um
ambiente de trabalho seguro (que livre os seus comandados de privações ou ameaças),
pois – se não observadas, podem desencadear premissas suicidógenas.
Conscientizar seus comandantes em todos os níveis a compreender que os
paradigmas podem gerar atitudes radicais de condicionamento a métodos que excluem e
rejeitam, como inexeqüíveis, quaisquer outras abordagens e procedimentos que não os
que estejam adequados a eles. Nesse caso, é necessário que o chefe, comandante ou
líder esteja cônscio deste fato a fim de ter condições de interpretar fatos sem estar sob o
condicionamento do seu protótipo individual quando do estudo de situações suicidógenas.
Conscientizar a Força quanto à importância do pensamento, procurando enfatizar o
valor da autodisciplina, bem como as atitudes que fazem da rotina, o hábito da vida.
Divulgar que o suicídio afeta no mínimo outras 6 pessoas, podendo ter impacto –
caso ocorra em uma organização de trabalho – em centenas delas.
Procurar diminuir o impacto de um caso de suicídio dentro da Organização,
referindo-se ao mesmo como consumado e não como bem sucedido, apresentando
apenas os dados relevantes, realçando as alternativas ao suicídio, publicando indicadores
de risco e sinais de aviso. Fornecendo informações sobre formas de ajuda e recursos
gratuitos disponíveis, não publicando fotos ou bilhetes/cartas do suicida, não noticiando
detalhes específicos do método usado, não apresentando razões simplistas, nem
glorificando ou sensacionalizando o suicídio, nem usando estereótipos sócio-culturais e
muito menos dividindo a culpa.
Procurar destacar, dentro da sua cadeia de comando, um ou mais elementos para
auxiliar o militar enlutado por suicídio a fim de ajudá-lo a solucionar e resolver os
problemas advindos [funeral, relatórios junto a legistas e à polícia, acionamento do seguro
de vida (SFC), médicos, auxílio na organização dos pagamentos de contas, nos contatos
com prestadoras de serviços e etc]. E ainda: incentivar os companheiros de farda mais
próximos a fazerem uma “escala” de visita ao colega enlutado, formulando atividades e
ações para que o mesmo se desvencilhe o mais rápido possível do “estado de luto”.
24
Levantar junto à família do parassuicida, alguma data que possa desencadear
“Reações de Aniversário” de suicídio de alguém da família do dito cujo, pois são datas
que poderão ser mais fáceis o desencadeamento do plano de suicídio.
Orientar os seus comandantes em todos os níveis para não mandarem de volta
para o ambiente persecutório e causador de desencadeamentos suicidógenos e antes do
devido acompanhamento psiquiátrico, o paciente socorrido do ponto de vista orgânico
mental.
Orientar os Comandantes em todos os níveis a visitar, através da sua cadeia de
comando, domicílios de suicidas ou de suicidômanos, com o intuito de verificar se os
familiares ou o próprio parassuicida precisa de ajuda psicológica urgente. Particularmente
se for soldado ou cabo, que tem seus familiares dependentes do sistema de saúde
pública – em que os atendimentos médico e social deixam muito a desejar. Isso vale
também para o sargento, subtenente ou oficial que passam por dificuldades financeiras e
não têm condições de fazer frente a despesas médicas deste tipo.
Envidar esforços para que se evite o abandono do tratamento por parte dos
pacientes parassuicidas, bem como alertar para a seriedade, sigilo, profissionalismo e
confiança a serem demonstrados quando da assistência ao suicidomaníaco, pois o meio
castrense pode levá-lo a uma tendência a buscar manter o seu status quo, por temer
qualquer mudança – mesmo que seja para melhor – que fosse mudar a sua vida ou
provocar penosos e sofridos transtornos para si, dentro da Força.
Participar pró-ativamente na busca do saneamento da saúde do País contra o
suicídio, atacando o mal pela raiz: seja através de palestras nas escolas (fornecedoras de
futuros recursos humanos para a defesa da Pátria) abordando o tema e outros que direta
ou indiretamente influenciam contra ou a favor dos aspectos da suicidomania (alcoolismo,
drogas, atividades físicas, por exemplo); seja através da integração de esforços com a
saúde pública através de orientações e participações dos nossos profissionais da área da
saúde mental, o que poderá redundar em troca de experiências e ensinamentos; ou, seja
através de outros apoios, como na área social, econômica, tecnológica, etc. que
corroborarão em uma união de esforços contra os caracteres suicidógenos ou seus
agentes facilitadores.
Incentivar a socialização – importante aspecto na convivência grupal – em todos os
momentos possíveis. É nessas oportunidades onde os comandantes podem atuar na
prevenção contra o suicídio nas suas fileiras, ao promoverem a toda hora e a todo
instante, nas chances que lhe aparecerem, atividades que possam reunir os seus
subordinados e familiares: datas festivas que possam reuni-los no quartel, comemorações
25
de alguma vitória ou aspecto importante para a OM, concursos em que se tenha a
participação familiar (o esforço em conjunto com esta, é muito importante), atividades de
congraçamento entre oficiais, praças e servidores civis, dentre outras.
Ainda no que concerne à importância da socialização, o Exército deveria avaliar a
conveniência de se movimentar um militar enlutado por suicídio para outra guarnição –
caso seja de carreira e esteja morando em sua cidade natal e próxima a parentes e
amigos mais íntimos. Manter o contato, o apoio e as visitas desses parentes e amigos é
importante para que o indivíduo supere melhor as adversidades advindas de fatos como
esse.
Construir mecanismos para verificar as competências dos comandantes em todos
os níveis a fim de ter ciência de que os mesmos não contribuem indireta ou diretamente
para a ocorrência de parassuicidas no âmbito de sua GU, ou seja, se esse militar que se
encontra na cadeia de comando diretamente ligado ao parassuicida, não esteja de certa
forma criando no ambiente externo deste parassuicida uma atmosfera aniquiladora,
limitadora, restritiva, ameaçadora que venha estar afetando o seu desenvolvimento
natural ou o seu amadurecimento como ser humano.
Preferir a liderança participativa (mais democrática) em detrimento da delegativa e,
principalmente, da autocrática (autoritária), por ser o estilo que mais se coaduna com a
necessidade, cada vez maior, de influenciar o comportamento humano e conduzir
pessoas ao cumprimento do dever, além de permitir a construção dos vínculos de coesão,
colaboração e o desenvolvimento do trabalho de equipe, em melhores condições.
Sugere-se ainda, manterem-se abertas as portas para as pesquisas referentes ao
assunto, pois devido ao tema que requer muito mais aprofundamento, não se tem dúvidas
de que há mais medidas preventivas a se formular a fim de conter o suicídio. Se possível,
em comunhão com órgãos internacionais e civis brasileiros que estão em combate contra
o suicídio.
Acredita-se por fim, que este trabalho possa contribuir para que se confeccione um livreto
de assessoramento aos Comandantes de U e GU, corroborando para que estes tenham
melhores
condições
para
combater
ou
inibir
o
suicídio.
26
4. REFERÊNCIAS
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Guuiim
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mulgada em 5 de outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional nº 31, dee 1144-1122--22000000.. 2277.. eedd.. SSããoo PPaauulloo:: SSaarraaiivvaa,, 22000011..
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RAASSIILL.. EExxéérrcciittoo.. PPoorrttaarriiaa ddoo C
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maannddaannttee ddoo EExxéérrcciittoo nnoo.. 336666,, ddee 3300 ddee jjuullhhoo ddee 22000022..
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DFF,, nn.. 3333,, pp.. 11--111122,, 1166 aaggoo.. 22000022..
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Nºº.. 000033 -- PPrrooggrraam
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maa ddee PPllaanneejjaam
meennttoo ddoo EExxéérrcciittoo--.. SSIIPPLLEEXX 11:: M
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RAASSIILL.. EExxéérrcciittoo.. SSiisstteem
maa ddee PPllaanneejjaam
meennttoo ddoo EExxéérrcciittoo--.. SSIIPPLLEEXX 22:: A
Avvaalliiaaççããoo ddoo
EExxéérrcciittoo.. BBrraassíílliiaa,, D
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DF, 2008.
BBR
RAASSIILL.. EExxéérrcciittoo.. SSiisstteem
maa ddee PPllaanneejjaam
meennttoo ddoo EExxéérrcciittoo--.. SSIIPPLLEEXX 33:: PPoollííttiiccaa M
Miilliittaarr
TTeerrrreessttrree.. BBrraassíílliiaa,, D
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DF, 2008.
BBR
RAASSIILL.. EExxéérrcciittoo.. SSiisstteem
maa ddee PPllaanneejjaam
meennttoo ddoo EExxéérrcciittoo--.. SSIIPPLLEEXX 44:: C
Coonncceeppççããoo
EEssttrraattééggiiccaa ddoo EExxéérrcciittoo.. BBrraassíílliiaa,, D
DFF,, 22000088..
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RAASSIILL.. EExxéérrcciittoo.. SSiisstteem
maa ddee PPllaanneejjaam
meennttoo ddoo EExxéérrcciittoo--.. SSIIPPLLEEXX 55:: D
Diirreettrriizzeess
EEssttrraattééggiiccaass.. BBrraassíílliiaa,, D
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BBR
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maannddaannttee EEBB,, ddee 1199 ddee ddeezzeem
mbbrroo ddee 22000033.. R
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O qquuee éé oo SSuuiiccííddiioo.. SSããoo PPaauulloo:: BBrraassiilliieennssee,, 22000055..
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Gaaiiaa,, 22000077..
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