AZEVEDO, Lorna das Graças Martins Rosa Pires Pinheiro de
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AZEVEDO, Lorna das Graças Martins Rosa Pires Pinheiro de
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO LORNA DAS GRAÇAS MARTINS ROSA PIRES PINHEIRO DE AZEVEDO INFLUÊNCIA DOS ATRIBUTOS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE RESTAURANTES Belo Horizonte 2014 LORNA DAS GRAÇAS MARTINS ROSA PIRES PINHEIRO DE AZEVEDO INFLUÊNCIA DOS ATRIBUTOS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE RESTAURANTES Projeto de dissertação apresentado ao Curso de Mestrado Profissional do Centro Universitário UNA, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração. Área de Concentração: Inovação e Dinâmica Organizacional. Orientador: Prof. Dr. Luiz Rodrigo Cunha Moura. Coorientador: Prof. Dr. Gustavo Quiroga Souki. Belo Horizonte Centro Universitário UNA 2014 Às pessoas que sempre estiveram ao meu lado pelos caminhos da vida me acompanhando, apoiando e principalmente acreditando em mim. Em especial a minha mãe, Leonidia, que eu amo incondicionalmente e sempre fez de tudo para eu me sentir a pessoa mais especial do mundo, a minha avó, Nilda, pela sabedoria e carinho, e principalmente ao meu esposo, Flávio, pela paciência, pelo incentivo, pela força e pelo amor incondicional. AGRADECIMENTO Concluir o mestrado não foi fácil, tampouco tranquilo. Mas posso dizer que ao longo desse processo contei com o apoio e carinho de diversas pessoas especiais que confiaram no meu sucesso. Desta forma, gostaria de agradecer a todos aqueles que sempre estiveram ao lado. Primeiramente, a Deus, que em Sua infinita misericórdia me abençoou com a oportunidade de realizar este mestrado e me concedeu paz, saúde, sabedoria e perseverança para concluir mais esse desafio. Ao meu orientador, Professor Doutor Luiz Rodrigo Cunha Moura, que durante todo o período de desenvolvimento deste trabalho me apoiou e me conduziu para o alcance desse objetivo. Agradeço-lhe principalmente pela paciência e disponibilidade, pela segurança transmitida a cada conversa, que me proporcionou novo fôlego para vencer as inseguranças do caminho. Ao meu coorientador, Professor Doutor Gustavo Quiroga Souki, pela confiança e pelo companheirismo. Agradeço-lhe pelas preciosas contribuições para o desenvolvimento deste trabalho. Agradeço também ao corpo docente do Centro Universitário UNA, em especial aos professores do mestrado. Destaco meus agradecimentos à Professora Doutora Íris Goulart, que sempre esteve do meu lado dando-me força e conselhos; ao Professor Doutor Mário Reis e à Professora Doutora Lucília Machado, que sempre me incentivaram a seguir a vida acadêmica e fazer o mestrado. Aos amigos do Centro Universitário UNA e Centro Universitário UNI-BH, a todos aqueles que acreditaram que eu seria capaz. A Bárbara Madureira, que me ajudou a dar os primeiros passos e me serviu de inspiração para chegar até aqui. Aos bibliotecários e às amigas Juliana Marjorie, Dayanne Falsoni e Lorena Barros, que por diversas vezes me auxiliaram com empréstimos de livros. Aos amigos da Anima, que compartilharam os momentos de alegrias e sacrifícios. Agradeço especialmente ao Ricardo Paiva, que acreditou no meu potencial e me possibilitou cursar o mestrado; Cynthia Filippo, por confiar em mim e nunca me deixar desistir; e à Gilmara Machado, que sempre esteve ao meu lado disposta a ajudar. A minha família, por ser a base de tudo que sou. A minha vó Nilda, pela sabedoria e amor, pelas orações nos momentos em que me senti mais fraca e com vontade de abandonar o barco. Agradeço aos tios e tias, que sempre estiveram ao meu lado e sempre me amaram como a uma filha. Aos primos e primas, que compreenderam a minha ausência nos eventos familiares. Em especial, agradeço a minha prima-irmã e madrinha, Lívia, que me ajudou imensamente neste e em vários momentos da minha vida. A minha mãe, a razão da minha existência. Pelo amor, companheirismo, dedicação e compreensão dos momentos que passei estudando e abdiquei de sua companhia. Agradeço por ser a pessoa a quem mais admiro, amo e respeito.. Por me inspirar nela vivi o ontem, tenho forças para viver o hoje e coragem para viver o amanhã e sempre. Ao meu esposo, Flávio, que aceitou se casar comigo em meio a artigos e trabalhos do mestrado. Por ser a pessoa mais especial que conheci. Por me amar e me compreender, ser meu companheiro e grande amigo, meu maior incentivador e cúmplice, por sempre acreditar em mim, pelo ombro amigo com o qual sempre pude contar e principalmente por fazer parte da minha vida e tornar meus dias mais felizes. Deixo aqui o meu muito obrigada a você, o grande amor da minha vida. Ao meu pai, que já se foi, mas que ainda está presente dentro de mim, em minha vida e em meus pensamentos. Ao meu sogro, Enelson, e minha sogra, Sônia, por compreenderem os momentos que me privei de suas companhias para dedicar-me aos estudos. A minha cunhada, Luciana, que entre um voo e outro sempre se preocupou comigo Ao meu cunhado, Cícero, que sempre que esteve presente e me proporcionou momentos de grande alegria. Aos amigos Thiago Caires (Lobão), Lázaro, Joatan, Erick e Mateus, que sempre estiveram presentes e dispostos a ajudar. Enfim, a todos aqueles que acreditaram no meu potencial e me auxiliaram para chegar até aqui. Meu muito obrigada! “Vá firme na direção da sua meta... Porque o pensamento cria... O desejo atrai e a fé realiza!” (Autor desconhecido). RESUMO O ato de alimentar-se possibilitou ao ser humano evoluir ao longo dos tempos e proporcionar mudanças na coletividade que estimularam o surgimento dos primeiros restaurantes, o ingresso da mulher no mercado de trabalho, o aquecimento da economia nas últimas décadas e as mudanças dos hábitos de consumo da nova classe média brasileira que influenciam o crescimento do setor de restaurantes no país. Nesse contexto, torna-se relevante aos empresários desse setor atentar para as variáveis que influenciam a escolha e a decisão dos consumidores, possibilitando o desenvolvimento e adaptação dos produtos e serviços prestados por seus estabelecimentos, de modo a garantir a satisfação e fidelização de seus clientes. Sendo assim, este trabalho buscou identificar quais são os atributos importantes dos restaurantes, considerando o comportamento do consumidor em seu processo decisório. Para tanto, foi conduzida pesquisa bibliográfica sobre alimentação fora do lar, comportamento do consumidor, atributos e hedonismo à luz de diferentes autores, com o intuito de fornecer conhecimentos suficientes para embasar a fase de pesquisa de campo que foi conduzida em uma capital do Sudeste brasileiro. Ela se dividiu em duas etapas metodológicas. A primeira fase foi conduzida por meio de uma pesquisa qualitativa baseada em entrevistas individuais gravadas com 23 consumidores em restaurantes. As contribuições dessa etapa serviram como base para a elaboração do instrumento de pesquisa quantitativa. Na segunda etapa realizouse levantamento quantitativo com amostra de 600 consumidores em restaurantes fast food, rodízio, self service e a la carte, resultando em 438 questionários válidos que foram analisados estatisticamente pautados no agrupamento dos atributos em dimensões correspondentes (atendimento, beleza, conforto, localização próxima, localização conveniente, possibilidade de escolha, crianças, comodidade, promoções, valor percebido, entretenimento, fila, organoléptica apresentação e bebida) e empregando as técnicas de avaliação da normalidade, avaliação de observações atípicas, análises descritivas, identificação do desviopadrão da amostra, avaliação da unidimensionalidade, da confiabilidade interna, da validade convergente e da discriminante, além da análise de variância e análise de agrupamento da amostra. Os resultados obtidos neste estudo indicam que, sob a ótica do consumidor, os atributos podem sofrer variações de relevância de acordo com cada tipo de restaurante analisado. Observa-se que os atributos relacionados a higiene, qualidade da comida, atendimento e preço compõem a lista do aspectos mais importantes no processo decisório do consumidor dos quatro tipos de restaurantes (self service, rodízio, fast food e à la carte). A identificação desses atributos revelou similaridades entre os restaurantes pesquisados, além de possibilitar a comparação dos resultados obtidos com outras pesquisas realizadas na área. Palavras-chave: Restaurantes. Atributos do restaurante. Tipos de restaurante. Comportamento do consumidor. ABSTRACT The act of eating allowed human beings to evolve over time and provided changes in the collectivity that stimulated the emergence of the first restaurants, the entry of women into the labor market, the heating up of the economy in recent decades, and the changes of new Brazilian middle class consumption habits that influence the restaurant industry’s growth in the country. In this context, it is relevant to entrepreneurs in this sector to pay attention to the variables that impact the choice and the decision of consumers, enabling the development and adaptation of products and services for their stores to ensure the satisfaction and loyalty of their customers. Thus, this study aimed to identify what are the important attributes of restaurants, considering consumers behavior in their decision process. To this end, we conducted a bibliographical research on food outside the home, consumer behavior, attributes and hedonism in the light of different authors, in order to provide sufficient knowledge to support the phase of field research that was conducted in a Southeast Brazilian capital. This was divided into two methodological steps. The first phase was conducted using a qualitative research based on single-taped interviews with 23 consumers in restaurants. The contributions of this phase were the basis for the elaboration of quantitative research instrument. In the second step was conducted quantitative survey with a sample of 600 consumers in fast-food restaurants, “rodízio”, buffet, a la carte restaurant, resulting in 438 valid questionnaires that were analyzed statistically guided the grouping of attributes in the corresponding dimensions (care, beauty, comfort, close location, convenient location, possibility of choosing, children, comfort, deals, perceived value, entertainment, lines, organoleptic presentation and drink) and using the evaluation of normality techniques , evaluation of atypical observations, descriptive analyzes, identification of the standard deviation of the sample, assessing unidimensionality, internal reliability, convergent validity and discriminant, and variance analysis and grouping of sample analysis. The results of this study indicate that, from the perspective of the consumer, the attributes of relevance may vary according to each type of restaurant reviewed. It is observed that the attributes related to hygiene, food quality, service and price make the list of the most important aspects in the decision making process of the consumer of the four types of restaurants (self service, rodizio, fastfood and a la carte). Identifying these attributes revealed similarities between the restaurants studied, in addition to enabling comparison of results with other surveys conducted in the area. Key words: Restaurants. Restaurant Attributes. Types of restaurant. Consumer behavior. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Pirâmide de Maslow ........................................................................... 40 FIGURA 2: Modelo Integrativo de Nicósia (1966) ................................................. 48 FIGURA 3: Comportamento do consumidor – Modelo EKB.................................. 50 FIGURA 4: Processo de compra de serviços........................................................ 61 FIGURA 5: Níveis de conhecimento sobre os produtos........................................ 67 FIGURA 6: Estrutura cognitiva do consumidor...................................................... 70 FIGURA 7: Hierarquia de valor ............................................................................. 72 FIGURA 8: Como os atributos afetam a possibilidade de avaliação ..................... 75 FIGURA 9: Modelo relacionando preço, qualidade e valor ................................... 77 FIGURA 10: O método de pesquisa...................................................................... 82 FIGURA 11: Processo de elaboração de amostragem ......................................... 93 FIGURA 12: Fórmula de padronização de variáveis ........................................... 150 FIGURA 13: Árvore construto atendimento......................................................... 243 FIGURA 14: Árvore construto beleza.................................................................. 244 FIGURA 15: Árvore construto fila........................................................................ 244 FIGURA 16: Árvore construto localização conveniente ...................................... 245 FIGURA 17: Árvore construto localização próxima ...Erro! Indicador não definido. FIGURA 18: Árvore construto comodidade ......................................................... 247 FIGURA 19: Árvore construto conforto ............................................................... 248 FIGURA 20: Árvore construto crianças ............................................................... 249 FIGURA 21: Árvore construto entretenimento..................................................... 250 FIGURA 22: Árvore construto promoções........................................................... 251 LISTA DE QUADROS QUADRO 1: Classificação de tipos de restaurantes ............................................. 32 QUADRO 2: Definições de atributos, benefícios e valores ................................... 69 QUADRO 3: Níveis de abstração do modelo estrutural cognitivo ......................... 71 QUADRO 4: Estudos realizados sobre a temática................................................ 79 QUADRO 5: Etapas da pesquisa .......................................................................... 83 QUADRO 6: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa............................ 86 QUADRO 7: Atributos por dimensão................................................................... 105 QUADRO 8: Características físicas mais valorizadas em um restaurante.......... 125 QUADRO 9: Bebidas .......................................................................................... 135 QUADRO 10: Estudos realizados na área .......................................................... 264 LISTA DE TABELAS TABELA 1: Tipo de estabelecimento .................................................................. 139 TABELA 2: Gênero ............................................................................................. 139 TABELA 3: Estado civil ....................................................................................... 140 TABELA 4: Renda pessoal.................................................................................. 141 TABELA 5: Grau de escolaridade ....................................................................... 141 TABELA 6: Tempo em que o entrevistado frequenta esse tipo de restaurante .. 142 TABELA 7: Última vez que o entrevistado frequentou esse tipo de restaurante . 143 TABELA 8: Média de frequência em um restaurante desse tipo durante um mês143 TABELA 9: Época do ano com maior frequência nesse tipo de restaurante....... 144 TABELA 10: Estatística descritiva das variáveis do estudo ................................ 147 TABELA 11: Elementos outliers multivariados .................................................... 151 TABELA 12: Estatística descritiva das variáveis do estudo ................................ 153 TABELA 13: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante .................... 157 TABELA 14: Relação dos cinco atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante................................................................. 163 TABELA 15: Relação dos cinco atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante................................................................. 169 TABELA 16: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante fast food .............................................................................................................. 177 TABELA 17: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food .............................................................................................................. 178 TABELA 18: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 179 TABELA 19: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 180 TABELA 20: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 181 TABELA 21: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 182 TABELA 22: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte ................................................................................................................ 183 TABELA 23: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte ............................................................................................................. 184 TABELA 24: Atributos da bebida por tipo de restaurante.................................... 185 TABELA 25: Relação dos três atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante ........................................................................................ 187 TABELA 26: Relação dos três atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante................................................................. 190 TABELA 27: Relação dos três atributos com maior desvio-padrão na dimensão bebidas no restaurante Fast food........................................................................ 193 TABELA 28: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food .............................................................................................................. 194 TABELA 29: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 195 TABELA 30: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 195 TABELA 31: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 196 TABELA 32: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 197 TABELA 33: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte ................................................................................................................ 198 TABELA 34: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte ................................................................................................................ 199 TABELA 35: Atributos da comida por tipo de restaurante................................... 200 TABELA 36: Relação dos cinco atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante................................................................. 201 TABELA 37: Relação dos cinco atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante................................................................. 205 TABELA 38: Relação dos três atributos com maior desvio-padrão na dimensão comida em restaurante fast food......................................................................... 210 TABELA 39: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food .............................................................................................................. 211 TABELA 40: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 212 TABELA 41: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio ................................................................................................................. 212 TABELA 42: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 213 TABELA 43: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service .......................................................................................................... 214 TABELA 44: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte ................................................................................................................ 215 TABELA 45: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte ............................................................................................................. 216 TABELA 46: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: restaurantes .. 220 TABELA 47: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: comida .......... 220 TABELA 48: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: bebida ........... 220 TABELA 49: Comunalidade do construto atendimento ....................................... 222 TABELA 50: Comunalidade do construto beleza ................................................ 222 TABELA 51: Comunalidade do construto conforto.............................................. 222 TABELA 52: Comunalidade do construto localização próxima ........................... 223 TABELA 53: Comunalidade do construto localização conveniente..................... 223 TABELA 54: Comunalidade do construto possibilidade de escolha.................... 223 TABELA 55: Comunalidade do construto crianças ............................................. 224 TABELA 56: Comunalidade do construto comodidade ....................................... 224 TABELA 57: Comunalidade do construto promoções ......................................... 224 TABELA 58: Comunalidade do construto valor percebido .................................. 225 TABELA 59: Comunalidade do construto entretenimento................................... 225 TABELA 60: Comunalidade do construto fila ...................................................... 225 TABELA 61: Comunalidade do construto organoléptica ..................................... 226 TABELA 62: Comunalidade do construto apresentação ..................................... 226 TABELA 63: Comunalidade do construto bebida ................................................ 226 TABELA 64: Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas............. 228 TABELA 65: Valores de variância média extraída e confiabilidade composta para os construtos utilizados na pesquisa................................................................... 230 TABELA 66: Cargas cruzadas dos indicadores para os construtos .................... 234 TABELA 67: Análise de Variância Anova: valores F e valor P ............................ 236 TABELA 68: Atendimento ................................................................................... 236 TABELA 69: Beleza ............................................................................................ 237 TABELA 70: Localização próxima....................................................................... 237 TABELA 71: Localização conveniente ................................................................ 238 TABELA 72: Comodidade ................................................................................... 239 TABELA 73: Entretenimento ............................................................................... 239 TABELA 74: Fila.................................................................................................. 240 TABELA 75: Organoléptica ................................................................................. 241 TABELA 76: Estatísticas descritivas dos construtos ........................................... 242 TABELA 77: Matriz de correlação e de significância do construto atendimento . 310 TABELA 78: Matriz de correlação e de significância do construto beleza .......... 310 TABELA 79: Matriz de correlação e de significância do construto conforto ........ 310 TABELA 80: Matriz de correlação e de significância do construto localização próxima ............................................................................................................... 310 TABELA 81: Matriz de correlação e de significância do construto localização conveniente......................................................................................................... 311 TABELA 82: Matriz de correlação e de significância do construto possibilidade de escolha................................................................................................................ 311 TABELA 83: Matriz de correlação e de significância do construto crianças........ 311 TABELA 84: Matriz de correlação e de significância do construto comodidade . 311 TABELA 85: Matriz de correlação e de significância do construto promoções ... 312 TABELA 86: Matriz de correlação e de significância do construto valor recebido3123 TABELA 87: Matriz de correlação e de significância do construto entretenimento3123 TABELA 88: Matriz de correlação e de significância do construto fila ................ 313 TABELA 89: Matriz de correlação e de significância do construto organoléptica 313 TABELA 90: Matriz de correlação e de significância do construto apresentação3144 TABELA 91: Matriz de correlação e de significância do construto bebida...........314 LISTA DE SIGLAS ABF Associação Brasileira de Franchising ABIA Associação Brasileira da Indústria de Alimentos ABRASEL Associação Brasileira de Bares e Restaurantes ANOVA Análise de Variância AVE Variância média extraída BDTD Biblioteca Digital de Teses e Dissertações CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior CHAID Chi-Square Automatic Interaction Detector ECD Consultoria Especializada em Food Service IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBM International Business Machines KMO Kaiser-Meyer-Olkin PIB Produto Interno Bruto POF Pesquisa de Orçamentos Familiares RAE Revista de Administração de Empresas SCIELO Scientific Electronic Library Online SPSS Statistical Package for the Social Science SUMÁRIO1 1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 21 2 PROBLEMA DA PESQUISA/QUESTÃO NORTEADORA................................ 25 3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 27 4 OBJETIVOS....................................................................................................... 31 4.1 Objetivo geral ................................................................................................. 31 4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 31 5 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 32 5.1 Alimentação fora do lar ................................................................................... 32 5.2 Comportamento do consumidor ...................................................................... 35 5.3 Necessidades do consumidor ......................................................................... 38 5.4 Processo decisório do consumidor ................................................................. 44 5.4.1 Reconhecimento da necessidade ................................................................ 51 5.4.2 Busca de informações.................................................................................. 52 5.4.3 Avaliação de alternativas/ pré-compra ......................................................... 54 5.4.4 Compra ........................................................................................................ 56 5.4.5 Consumo...................................................................................................... 57 5.4.6 Avaliação pós-consumo ............................................................................... 58 5.4.7 Descarte....................................................................................................... 59 5.5 Processo de compra em serviços ................................................................... 59 5.5.1 Pré-compra .................................................................................................. 61 5.5.2 Avaliação das alternativas do serviço .......................................................... 62 5.5.3 Compra do serviço ....................................................................................... 63 5.5.4 Pós-compra.................................................................................................. 63 5.6 Simbolismo...................................................................................................... 64 1 Este trabalho foi revisado de acordo com as novas regras ortográficas aprovadas pelo Acordo Ortográfico assinado entre os países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em vigor no Brasil desde 2009. E foi formatado de acordo com a ABNT NBR 14724 de 17.04.2011. 5.7 Atributos .......................................................................................................... 66 5.7.1 Classificação dos atributos........................................................................... 71 5.7.2 Os atributos no processo de tomada de decisão ......................................... 76 6 METODOLOGIA ................................................................................................ 81 6.1 Proposição e definição do problema de pesquisa........................................... 83 6.2 Elaboração das hipóteses ............................................................................... 84 6.2.1 Tipo de pesquisa.......................................................................................... 84 6.3 Verificação e testes de hipóteses.................................................................... 86 6.3.1 Fases da pesquisa ....................................................................................... 86 6.3.1.1 Primeira etapa: pesquisa qualitativa ......................................................... 86 6.3.1.1.1 Análise de conteúdos ............................................................................. 88 6.3.1.2 Segunda etapa: pesquisa quantitativa ...................................................... 90 6.3.1.2.1 Pré-teste................................................................................................. 90 6.3.2 População e amostra da pesquisa ............................................................... 92 6.3.2.1 Definição da população-alvo ..................................................................... 93 6.3.2.2 Determinação da composição da amostra ................................................ 93 6.3.2.3 Seleção técnica de amostragem ............................................................... 94 6.3.2.4 Determinação do tamanho da amostra ..................................................... 94 6.3.2.5 Nível de confiança e margem de erro ....................................................... 95 6.3.2.6 Execução do processo de amostragem .................................................... 96 6.3.3 Coleta dos dados e preparação dos dados.................................................. 97 6.3.4 Tratamento dos dados ................................................................................. 98 7 ANÁLISE DOS DADOS..................................................................................... 99 7.1 Fase qualitativa ............................................................................................... 99 7.1.1 Identificação dos atributos.......................................................................... 100 7.1.2 Preço.......................................................................................................... 107 7.1.3 Motivação................................................................................................... 108 7.1.4 Comida....................................................................................................... 112 7.1.5 Comportamental......................................................................................... 115 7.1.6 Promoção................................................................................................... 120 7.1.7 Frequência ................................................................................................. 122 7.1.8 Ambiente .................................................................................................... 123 7.1.9 Limpeza...................................................................................................... 125 7.1.10 Estacionamento ....................................................................................... 128 7.1.11 Segurança................................................................................................ 130 7.1.12 Entretenimento......................................................................................... 131 7.1.13 Atendimento ............................................................................................. 133 7.1.14 Bebida ...................................................................................................... 134 7.1.15 Localização .............................................................................................. 135 7.2 Fase quantitativa........................................................................................... 136 7.2.1 Análise estatística ...................................................................................... 137 7.2.2 Dados faltantes e descrição da amostra .................................................... 139 7.2.3 Normalidade............................................................................................... 147 7.2.4 Observações atípicas................................................................................. 150 7.2.5 Estatística descritiva da amostra................................................................ 152 7.2.5.1 Atributos do estabelecimento .................................................................. 153 7.2.5.1.1 Fatores mais relevantes ....................................................................... 156 7.2.5.1.2 Fatores menos relevantes.................................................................... 168 7.2.5.2 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante........................ 173 7.2.5.3 Desvio-padrão......................................................................................... 176 7.2.5.3.1 Fast food .............................................................................................. 177 7.2.5.3.2 Rodízio ................................................................................................. 179 7.2.5.3.3 Self service........................................................................................... 181 7.2.5.3.4 À la carte .............................................................................................. 183 7.2.5.4 Atributos da bebida ................................................................................. 185 7.2.5.4.1 Fatores mais relevantes ....................................................................... 186 7.2.5.4.2 Fatores menos relevantes.................................................................... 189 7.2.5.4.3 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante..................... 192 7.2.5.4.4 Desvio-padrão...................................................................................... 193 7.2.5.5 Atributos da comida ................................................................................ 199 7.2.5.5.1 Fatores mais relevantes ....................................................................... 200 7.2.5.5.2 Fatores menos relevantes.................................................................... 204 7.2.5.5.3 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante.................... 208 7.2.5.5.4 Desvio-padrão...................................................................................... 209 7.2.6 Unidimensionalidade .................................................................................. 216 7.2.7 Confiabilidade interna................................................................................. 227 7.2.8 Validade convergente ................................................................................ 230 7.2.9 Validade discriminante ............................................................................... 232 7.2.10 Análise de variância ................................................................................. 235 7.2.11 Análise de agrupamento .......................................................................... 241 7.2.11.1 Avaliação dos fatores e diferenças entre as variáveis demográficas.... 241 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 253 9 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS ..................... 273 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 276 APÊNDICES ....................................................................................................... 285 21 1 INTRODUÇÃO A sociedade atual vive em uma era pautada pelas grandes transformações sociais, econômicas, culturais, políticas e tecnológicas, que estimulam a mudança de hábitos arraigados e difundidos pelos indivíduos por séculos. Conforme reportagem divulgada na revista Bares & Restaurantes (novembro/dezembro, 2010), entre os costumes alterados pelas mudanças oriundas das novas relações que se constituem, a alimentação fora da residência torna-se uma tendência nas grandes cidades. Estas apresentam ritmo de vida frenético que não permite que as pessoas tenham tempo nem disposição para dedicarem-se ao ato de cozinhar, mas exige delas alimentar-se para garantir os nutrientes fundamentais para manter o funcionamento de seu organismo e garantir sua sobrevivência. Essa sobrevivência faz com que a história da alimentação se confunda com a história da humanidade. Partindo do pressuposto de que as necessidades de subsistência estão relacionadas aos desafios de sobrevivência do indivíduo, o ato de se alimentar é tão antigo quanto a espécie humana. Salvadó, Lorda e Ripollés (2005) defendem que os primeiros humanos do planeta Terra alimentavam-se inicialmente de frutos, vegetais e sementes encontrados em bosques considerados seu habitat original. Com as mudanças climáticas que afetavam o planeta, as áreas anteriormente povoadas tornaram-se secas e áridas, obrigando os primatas a mudarem seus hábitos e exigindo novas estratégias de adaptação. Nesse novo cenário e com a necessidade de se alimentar, os homens primitivos passam a inserir em sua dieta alimentos vegetais (folhas, frutos, sementes e tubérculos), restos de animais consumidos crus e logo iniciam o processo de caça para consumo. Segundo Rebelato (1997), a conquista do alimento para satisfação da fome era a principal preocupação e atividade dos homens primatas. 22 Flandrin e Montanari (1998) ressaltam que a necessidade de sobrevivência permitiu ao homem a descoberta e controle do fogo e este propiciou o processo de cozimento dos alimentos, ocasionando melhor degustabilidade e o estímulo ao desenvolvimento orgânico do homem. Fatores como a evolução dos povos, a prática da agricultura e pecuária podem ser citados como aspectos que possibilitaram o aumento da quantidade e qualidade dos alimentos existentes, permitindo a partir de então a prática da estocagem e o escambo. De acordo com Vidrik (2006), a produção contínua de gêneros alimentícios cultivados para garantir a sobrevivência dos indivíduos, em algumas situações, causaram sobras de produtos que eram trocados por outros tipos de insumos produzidos por comunidades diferentes. Essas trocas estimularam grandes mudanças na sociedade. Com o avanço das técnicas culinárias e utensílios que auxiliavam a preparação dos alimentos, surgem as primeiras casas comerciais, oferecendo bebidas e algum tipo de alimentação, principalmente para os viajantes. Com o surgimento desses estabelecimentos tornou-se mais fácil adquirir alimentos fora da residência. O termo restaurante, como preleciona Spang (2003), surgiu na França a partir do século XVI, ao denominar as casas comerciais que forneciam comida restauradora que se referia especificamente a uma sopa que reabilitava os doentes. Caldos ricos que incluem carnes de aves e boi, diversas raízes, cebolas, ervas e, segundo as receitas, especiarias, açúcar-cande, pão torrado ou cevada, manteiga, assim como produtos de aparência tão insólita quanto pétalas secas de rosas, passas, âmbar, etc. (PITTE, 1998, p. 55). Rebelato (1997) afirma que, no continente americano, os primeiros restaurantes surgiram nos mesmos moldes difundidos na Europa, onde as tabernas eram consideradas casas públicas que forneciam bebidas e comidas para a população local e estalagens eram estabelecimentos que se localizavam à beira de estradas e ofereciam comida e hospedagem aos viajantes. 23 De acordo com Maricato (2001), alguns autores relatam que a origem desse tipo de estabelecimento no Brasil foi em 1599, quando um português chamado Marcos Lopes fundou um estabelecimento que comercializava alimentação para viajantes. Barreto e Senra (2001) e Jesus (2005) corroboram, alegando que o desenvolvimento industrial teve significativo impacto na vida das pessoas e principalmente na forma como elas se alimentavam. Inicialmente, o ato de se alimentar possuía um caráter exclusivo de atendimento das necessidades nutricionais do indivíduo. Mas com o passar dos tempos a alimentação se sobressaiu com a responsabilidade de saciar não somente a fome do indivíduo, como também de realizar seu anseio por outras satisfações hedônicas que a refeição pudesse propiciar. O desenvolvimento dos restaurantes no Brasil está diretamente relacionado ao crescimento do setor de hoteleiro, que teve sua expansão com a abertura dos Hotéis Cassino no período de 1930 a 1951. Durante esse período poucos eram os estabelecimentos que serviam exclusivamente comida. Com a proibição e o fechamento dos cassinos no país, o setor de restaurantes foi prejudicado e passou por um período de estagnação, voltando a expandir-se a partir de 1964 até os dias de hoje (REBELATO, 1997). De acordo com Fonseca (2002), esse tipo de estabelecimento atualmente apresenta um conceito cada vez mais complexo, representando os diversos modelos existentes, do mais simples ao mais elaborado, fornecendo determinado tipo de comida a um público-alvo, atendendo aos anseios de um grupo em dado ambiente. O autor ressalta que os clientes buscam frequentar restaurantes por diferentes motivos, entre eles é possível identificar: pessoas com o intuito de adquirir o status de frequentar o mesmo recinto que pessoas importantes, por ser um ambiente que apresenta um estilo específico, por sentir-se à vontade com o clima proporcionado pela composição do ambiente e a música, por aprovar um cardápio com preparações atraentes, tradicionais, inovadoras ou regionais, por ter curiosidade despertada por indicações ou inovações, pelo preço versus qualidade e competitividade com o mercado e por apreciar um chefe de cozinha famoso ou um estilo de serviço oferecido de forma diferenciada. 24 Concomitantemente com esse desenvolvimento dos estabelecimentos, detecta-se um fator na contemporaneidade que estimula o ato de alimentar-se fora de casa, o novo papel que a mulher assume na sociedade. Segundo Muraro (1971 apud REBELATO, 1997, p. 322), ao ser inserida no mercado de trabalho a mulher passa a não ambicionar o título de “dona de casa”, como era caracterizado seu papel na sociedade. Ela manifesta o desejo de ter independência econômica e realização profissional. Com isso, a preparação de alimentos que antes eram realizados dentro do ambiente familiar perde espaço para o novo papel que a mulher assume na sociedade. Com essas mudanças na sociedade, famílias que antes realizavam suas refeições em casa buscam novas possibilidades de alimentarem-se fora de casa, o que desenvolve o setor de alimentação fora do lar. Dados publicados pela Fundação Carlos Chagas (2009 apud LEAL 2010, p. 123) revelam que no período compreendido entre 1976 e 2002 houve crescimento de 25 milhões de trabalhadoras no mercado de trabalho. Com a inserção da mão-deobra feminina nesse período, as mulheres desempenharam papel superior ao dos homens no crescimento econômico do país. 25 2 PROBLEMA DA PESQUISA/QUESTÃO NORTEADORA Com as mudanças ocorridas no meio social, o mercado de alimentação em restaurantes apresentou acentuado aumento na procura desse tipo de serviço. Estimulado por esse fenômeno, o setor de alimentação fora do lar possibilitou a criação de uma variedade de opções de tipos de restaurantes com conceitos e classificações diferentes, sendo disponibilizados para os clientes de acordo com a necessidade de cada um deles. Por isso, é importante que as empresas do ramo de restaurantes busquem identificar as variáveis que influenciam a escolha e a decisão dos consumidores, permitindo que essas empresas conheçam cada vez mais o público-alvo, adequem os produtos fornecidos, os serviços prestados e os demais itens relacionados a esse contexto, apresentem a identificação dos aspectos considerados como diferenciais para os clientes e proporcionem diferencial competitivo frente aos concorrentes. Antes de realizar uma compra, Karsaklian (2011) recomenda que o consumidor passe por uma etapa de processamento das informações. Nesse processo ele seleciona e combina os elementos existentes em sua memória com outros dados oriundos do meio externo, permitindo decidir pela compra ou não de um produto. Tomando como base todo o exposto supracitado, o problema da presente pesquisa fundamenta-se no fato de que a manutenção dos clientes em restaurantes depende das variáveis consideradas determinantes em relação aos produtos e serviços prestados, bem como às suas atitudes e intenções comportamentais durante a fase de decisão de compra. Alguns produtos oferecem um conjunto maior de valores que outros, e os clientes vão preferir os produtos cujos valores satisfazem melhor as suas necessidades e desejos. Para que uma empresa avalie sua capacidade de satisfazer a necessidade e desejo dos clientes, ela precisa medir as percepções do valor que seus produtos ou serviços oferecem (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001, p. 97). Com base nesse problema, a pesquisa será norteada por meio do seguinte questionamento: quais são os atributos e o seu nível de importância para os 26 consumidores em seu processo decisório para a escolha de restaurantes? Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para ampliar a compreensão do estudo sobre o comportamento do consumidor em restaurantes, bem como subsidiar as estratégias de marketing para o setor. 27 3 JUSTIFICATIVA O avanço da economia, o ingresso da mulher no mercado de trabalho e as mudanças dos hábitos de consumo da nova classe média no Brasil têm proporcionado significativo crescimento do setor de restaurantes no país atualmente. Carneiro (2012) relata que, nos últimos 10 anos, com a elevação da renda e das oportunidades de emprego no Brasil, os serviços de alimentação obtiveram crescimento no país atingindo média 15% ao ano contra o varejo de produtos alimentícios, que chegou a 12%. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA apud CARNEIRO, 2012), o setor de serviços de alimentação (restaurantes, bares, lanchonetes e até refeições servidas em supermercados) faturou R$ 235 bilhões em 2012, crescimento de 16% em relação a 2010. No Brasil, do ponto de vista econômico, este setor é altamente integrado ao restante da economia e sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) é tão significativa que eleva esta categoria a ter mais valor que todas as outras atividades, podendo ser caracterizada como setor-chave na economia brasileira (VASCONCELOS, 2006. p. 9). Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008-2009 notificam que 31,1% dos gastos com alimentação dos brasileiros foram feitos fora de casa. Por meio da análise regional é possível identificar que a região Sudeste do país se destaca ao atingir o percentual 37,2% com gastos com alimentação realizados fora e casa. Enzo Donna, diretor da Consultoria Especializada em Food Service (ECD), em entrevista concedida a Carneiro (2012) para a Folha de São Paulo, ressalta que o número de refeições diárias preparadas no país deve subir de 62 milhões para 70 milhões em 2014, ano em que o país sediará a Copa do Mundo. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) destaca também o grande potencial do setor para a geração de trabalho, oferecendo possibilidades 28 de primeiro emprego, inclusão de mão-de-obra não especializada, estímulo constante de qualificação profissional e desenvolvimento de novas carreiras. Para atender aos grandes eventos que o país sediará em 2014 e 2016, verbas estão sendo destinadas para melhoria de estabelecimentos e investimento em treinamento de funcionários. A crescente importância do setor de restaurantes no contexto econômico nacional, a concorrência acirrada entre a ampla diversidade de tipos e opções de estabelecimentos existentes e principalmente a necessidade constante de conquistar clientes para garantir a sobrevivência em um mercado altamente competitivo demandam a identificação de critérios segundo os quais os clientes avaliam a excelência dos serviços prestados em um restaurante. Pesquisas foram realizadas utilizando as seguintes para palavras como chave de busca: atributos, restaurantes, comportamento do consumidor em restaurantes, processo decisório em restaurantes, nas bases de dados de periódicos científicos nacionais e internacionais (Scientific Electronic Library Online - SCIELO, Google acadêmico, Revista de Administração de Empresas - RAE publicações, Periódicos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior CAPES, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - BDTD e EBSCO). Foi considerada a avaliação qualis A1, A2, B1 e B2 com a limitação de período de pesquisa entre os anos de 1995 a 2013. Identificou-se que os estudos relativos ao emprego da ciência administrativa à disposição dos gestores das organizações no setor de alimentação ainda encontram-se incipientes. Isso porque a maior parte dos trabalhos nessa área possui enfoque restrito na Gastronomia e Turismo. Outro aspecto que colabora para esse cenário é o fato de que os estudos desenvolvidos com enfoque na gestão limitam-se a pesquisas exploratórias realizadas em restaurantes sem o compromisso de limitar-se a um tipo. Nesse sentido, a maior parte das publicações não foca os trabalhos em um único tipo de restaurante, fato que impede a identificação de características que podem ser consideradas diferentes para cada tipo de restaurante existente. Em relação à contribuição teórica deste trabalho frente a esse contexto, visa-se contribuir com os estudos da área de gestão empresarial e marketing, 29 especificamente tratando de temas relacionados ao comportamento do consumidor e à relevância dos atributos identificados pelos clientes, referentes à área de serviços alimentícios, possibilitando a aplicação prática de teorias já desenvolvidas na academia, principalmente nas disciplinas relacionadas a Administração, Gastronomia, Turismo e Hotelaria. Além disso, viabiliza à comunidade científica um novo incentivo a dedicar estudos que expliquem os fenômenos desse setor em plena expansão. Diferentes estudos realizados visam contribuir diretamente com o desenvolvimento do setor de restaurantes, utilizando os conhecimentos da área de marketing ao analisar aspectos que geram valor para o consumidor e por sua vez geram diferenciais competitivos. A exemplo disso, Singh (2006) promove um estudo que procura identificar como as cores podem ser utilizadas por gestores de restaurantes e outros comércios com o intuito de aumentar ou diminuir o apetite, melhorar o humor, acalmar os clientes e reduzir a percepção do tempo de espera, entre outros. Park (2004) buscou mensurar os atributos e os valores utilitários e hedônicos restaurantes coreanos de fast food. E Glanz et al. (2007) investigaram para compreender sob a ótica dos gestores de redes americanas de fast food o processo, a motivação e os desafios existentes em oferecer opções mais saudáveis em seus menus. Vários autores descrevem pesquisas sobre o comportamento do consumidor (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005; KARSAKLIAN, 2011; MOWEN; MINOR, 2003; SAMARA; MORSCH, 2005). O fruto desses trabalhos embasa estudos sobre o comportamento do consumidor em diversas áreas: comportamento do consumidor de supermercado, de usuários de internet, dos jovens, de idosos e crianças, de consumidores de serviços bancários, de consumidores de viagens de lazer, de consumidores da indústria de refrigerantes, em relação ao consumo e comercialização da carne bovina, de consumidores influenciados pela mídia e pela cultura, entre outros. Além disso, uma série de pesquisas sobre o comportamento do consumidor, tanto no Brasil quanto no exterior, trabalha também com questões relacionadas à alimentação e restaurantes, por exemplo: Novaes (2004), Jesus (2005), Afonso 30 (2007), Albrecht (2010), Truocchio e Antonialli (2008), Josiam e Monteiro (2004), Moura et al. (2011), Saab (2011), Barbosa (2006), Pimenta (2008), Duque (2006), De Moura et al. (2009) e Christino e Souki (2004). Os produtos e comportamentos avaliados focalizam temas como: alimentação fora do domicílio; consumo de produtos orgânicos; consumo de carne suína; consumo de churrasco; satisfação de clientes de serviços de restaurantes; comportamento de compra e a percepção dos atributos da água mineral; percepções dos consumidores sobre os restaurantes indianos na América, influências do ambiente de prestação de serviços em restaurantes de comida japonesa; percepção do consumidor de carne suína acerca dos atributos na decisão de compra; experiência de compra em restaurantes. Em termos gerenciais, ao se determinar os atributos considerados importantes para os clientes, o presente trabalho fornece melhor entendimento dos fatores que influenciam a escolha de restaurantes, contribuindo também para que as empresas tenham mais conhecimento sobre o que é esperado de um restaurante, bem como identificar o que é geralmente menos valorizado pelos clientes. Na prática, dispondo dessas informações, as empresas poderão adequar suas características como ponto de venda, mix de produtos, marca, preços e condições de pagamento, propagandas e promoções, entre outras características, de acordo com os atributos e expectativas declarados pelos clientes. Consequentemente, poderão priorizar seus esforços para atender aos atributos considerados mais importantes pelos clientes no momento de decisão de compra, promovendo oportunidades de criação de diferenciais competitivos na área de atuação. Por fim, a pesquisa justifica-se também pela importância em se estudar o setor de restaurantes, elemento importante na infraestrutura econômica e turística e, como tal, deve estar mais bem preparado para atender seus clientes. Acredita-se que o trabalho irá contribuir para o setor como um todo e mais especificamente para Belo Horizonte, que ainda tem carências para oferecer serviços de melhor qualidade aos clientes de forma geral, haja vista que a própria prefeitura e entidades de classe recentemente ofereceram cursos para donos de restaurantes e profissionais que atendem direta e indiretamente os consumidores. 31 4 OBJETIVOS Considerando-se a problematização apresentada são apresentados os seguintes objetivos: 4.1 Objetivo geral Identificar quais são os atributos e o seu nível de importância para os consumidores em seu processo decisório para a escolha de restaurantes. 4.2 Objetivos específicos a) Caracterizar, entre as variáveis identificadas, quais são consideradas pelos consumidores como mais importantes em seu processo de escolha (decisório) em relação a quatro tipos de restaurantes (self service, rodízio, fast food e à la carte). b) Agrupar esses atributos em dimensões ou fatores correspondentes e validá-los estatisticamente. c) Comparar os resultados obtidos nesta pesquisa com os resultados de outras pesquisas relacionadas aos atributos de restaurantes ou similares. d) Identificar se existem diferenças significativas em relação à importância dos construtos encontrados a partir dos atributos, considerando variáveis demográficas distintas. e) Detectar se existem diferenças significativas em relação à importância dos construtos encontrados a partir dos atributos, considerando níveis distintos de consumo (perfis dos consumidores) e de restaurantes e variáveis comportamentais. f) Identificar se existem diferenças entre o nível de importância dos atributos e dos fatores encontrados, por parte dos consumidores, em relação aos restaurantes de self service, rodízio, fast food e à la carte. 32 5 REFERENCIAL TEÓRICO 5.1 Alimentação fora do lar O mercado de alimentação fora do lar é definido pela ABRASEL como todo e qualquer tipo de estabelecimento que forneça alimentação aos consumidores que procurem refeições fora dos seus lares. Segundo Jesus (2005), a cada dia os restaurantes se tornam cada vez mais atrativos, não só por sua gastronomia, mas também pelos momentos de lazer e diversão que podem proporcionar aos seus visitantes. Estimulados por essa realidade, o setor de restaurante oferece ampla diversidade de tipos, conceitos e classificações de estabelecimentos que buscam atender os variados públicos existentes, suprindo as necessidades de cada um deles. Fonseca (2002) demonstra a grande variedade de classificações e subclassificações existentes de restaurantes, conforme QUADRO 1: QUADRO 1: Classificação de tipos de restaurantes - continua Classificação Restaurantes tradicionais Restaurantes internacionais Restaurante gastronômico Subclassificações Características Apresentam cardápio mais extenso, com preparações tradicionais e de aceitação geral do seu público. Geralmente localizados em hotéis ou em locais de hospedagem, possuem cardápio com preparações reconhecidas e consagradas, o ambiente é decorado de forma clássica com enxovais e baixelas de primeira linha e possuem carta de vinhos representativa. Caracteriza-se pela presença de chefe de cozinha de renome e por cardápio de grande inventividade. Possui também a figura de um sommelier. Seus ambientes geralmente são reduzidos, podendo comportar até 80 pessoas. 33 QUADRO 2: Classificação de tipos de restaurantes - continua Classificação Subclassificações Grill Restaurante de especialidades são estabelecimentos que se especializam em determinado produto, preparação, método de cocção, país, região ou outro fator. Brasseries Choperias Fusion Food Típicos São restaurantes que possuem variações como país (japonês, francês, italiano, árabe, etc.), região, cultura, hábitos sociais e de comportamento. Coffee Shop Restaurantes com comidas de fácil preparação e apresentação simples. Ficam abertos 24 horas, pois são pontos de venda onde se pode comer a qualquer hora refeição leve e rápida. Lanchonetes Possuem ambientação simples e serviço informal. Os clientes podem assentar-se em mesas ou em frente de balcões. Possuem alta rotatividade de assentos e gasto médio relativamente baixo. Seu cardápio possui geralmente sanduíches e petiscos. Fast-Food são restaurantes de comida rápida, seus produtos são vendidos de forma simples, os métodos são fáceis e descomplicados a ponto de uma criança poder entendê-los. Características Casas especializadas em grelhados que apresentam ambiente elegante com serviço à la carte com cortes nobres e apresentados em pequenas peças fatiadas à mesa. Possuem também guarnições bem trabalhadas e mesas de frios. Restaurantes e casas de bebidas típicas da Baviera, possuem geralmente dois salões, um para serviços de bebidas e outro para os serviços de refeições. São uma variação das brasseries europeias, oferecem petiscos como batata frita, provolone à milanesa, calabresa acebolada, entre outros, que acompanham muito bem as bebidas de mais destaque como o chope e a cerveja. Ao contrário das brasseries, não fazem distinção de espaços, servindo comidas e bebidas em um mesmo ambiente. É a culinária da fusão de elementos de várias culturas, são baseadas em mesclar alimentos e técnicas para obter um resultado único, diferente e inusitado. É a culinária da criação, da combinação e de laboratório e as preparações são experiências que deram certo, visto que é necessário domínio sobre a arte de cozinhar. Casual Dinning Self-Service Apresenta cardápio mais representativo em termos gastronômicos, o serviço é atencioso e eficiente em que se misturam características de um restaurante tradicional. Visa principalmente à clientela que possui limitação de tempo ou de orçamento para suas refeições. Caracteriza-se por alimentação rápida e variada, em que o serviço é assumido em sua maioria pelo cliente. Sua organização é do tipo “fluxo obrigatório”, na qual o cliente segue um percurso predefinido pela organização para servir-se dos pratos expostos e encontrando caixa ou balança ao final deste. 34 QUADRO 3: Classificação de tipos de restaurantes - conclui Classificação Subclassificações Refeitórios Restaurante de coletividade fornece alimentos para elevado número de pessoas. Catering Buffets Casas noturnas Rotisseries Outros tipos de estabelecimentos que fornecem algum tipo de alimentação. Características Podem ser encontrados em grandes empresas para o fornecimento de alimentação dos seus funcionários. Existem ainda as cantinas, que são pequenas lanchonetes que servem lanches rápidos e bebidas em escolas ou empresas. Empresas especializadas em preparação de alimentos em meios de transporte como trens, ônibus intermunicipais ou interestaduais ou ainda internacionais e aviões. Empresas especializadas no fornecimento e serviço de alimentação em domicílio ou em lugar definido pelo cliente. Basicamente é o serviço para festas, coquetéis e banquetes. Locais onde se encontram todos os tipos de atrações, espetáculos, variedades, músicas, danças, comidas e bebidas. Casa de massas frescas ou italianas que vende pratos prontos e para viagem. Casas de chá Oferece serviço do mais simples, com pouca variedade de chás e biscoitos, até o mais requintado, com grande variedade de chás, leite, chocolate, biscoitos, pães, torradas, bolos, tortas entre outros. Doçarias Apesar do nome e de terem uma grade variedade de doces finos, chocolates, tortas e bolos, também apresentam salgadinhos, queijos, sorvetes e produtos de panificação, sendo que os clientes podem consumi-los no local ou levá-los para casa. Sorveterias São estabelecimentos cujo grande diferencial é o sorvete artesanal com ampla variedade de sabores. Em épocas fora de temporada de calor, desenvolve atividades semelhantes às das doçarias. São bares intimistas e fechados onde as pessoas se reúnem para beber com hora marcada para abrir e fechar. Basicamente fornecem bebidas e tira-gosto. Mais popularmente conhecido como loja de conveniência, é um lugar em que pode se encontrar Drugstores ampla variedade de coisas, de torta pronta para comer até remédios. Oferecem todos os tipos de sucos, vitaminas e Casas de sucos e bebidas à base de leite e produzidos a partir de vitaminas frutas frescas ou polpas congeladas. Fonte: adaptado pela autora, com base em Fonseca (2002). Pubs Segundo a ABRASEL, novos estabelecimentos voltados para a alimentação surgem a cada dia e as franquias ganham destaque nacional. Em 2011, o crescimento das franquias bateu a marca de 16,9%, atingindo o faturamento de R$ 88,8 bilhões de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). O levantamento demonstra, ainda, a evolução do setor em 14,5%, com a inserção 35 de 54 novas marcas disputando a preferência dos consumidores, que ganham com o aumento da concorrência, qualidade e diversidade de refeições oferecidas a preços competitivos. A reportagem escrita por Carneiro (2012) relata que empresários brasileiros se reuniram na cidade de São Paulo com consultores americanos que apresentavam nova tendência do mercado de alimentação fora do lar, que já desponta nos Estados Unidos da América. O chamado fast casual trata-se de um modelo de restaurante em que os consumidores recebem uma refeição rápida e padronizada, como no fast food, mas também dispõem de ambiente e serviços personalizados. Nos últimos cinco anos esse modelo de negócio cresceu 11% nos Estados Unidos contra 1,4% do conhecido fast food. O crescimento do setor de alimentação fora do lar possibilitou a criação de mais diversidade de produtos e serviços a serem oferecidos aos consumidores de alimentação em restaurantes. Na comercialização dos alimentos, em restaurantes e hipermercados, há ampla oferta de produtos, marcas, lançamentos, serviços e os consumidores têm dificuldade para selecionar criteriosamente os produtos a serem adquiridos (LEAL, 2010, p. 124). Leal (2010) ressalta que a ampla diversidade de opções existentes tende a gerar mais complexidade no momento de decisão de escolha do consumidor. Por consequência, eleva o interesse dos pesquisadores em compreender o comportamento desse consumidor, buscando identificar os atributos considerados relevantes na avaliação e decisão de escolha de um restaurante frente à gama de opções existentes. 5.2 Comportamento do consumidor Na tentativa de compreender o comportamento do consumidor, muitos autores pautam seus estudos na busca de entendimento da satisfação de necessidades e desejos de determinados segmentos de atuação, com base nos processos e 36 comportamentos tanto observáveis quanto não observáveis, o que estimula uma gama de conceitos sobre o tema. De acordo com Jaccard, Brinberg e Ackerman (1986), o foco principal das pesquisas realizadas com consumidores busca identificar quais são os atributos considerados importantes, influenciam as preferências e determinam a escolha de um produto. Várias abordagens evoluíram para essa finalidade nas disciplinas do comportamento consumidor e da Psicologia social. Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), o comportamento do consumidor pode ser compreendido como a atividade que as pessoas exercem quando adquirem, consomem e dispõem de serviços e produtos, também podendo ser definido como um campo da ciência que estuda as atividades do consumidor. Sob outra ótica, o comportamento do cliente é definido como as atividades físicas e mentais realizadas por clientes de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações, como comprar e utilizar produtos e serviços, bem como pagar por eles (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001, p. 29). Para Mowen e Minor (2003), o comportamento do consumidor é um estudo que aborda as unidades compradoras e os processos de trocas ocorridas no processo de obtenção e consumo de mercadorias e serviços adquiridos. O comportamento do consumidor é definido por Gade (1980, p. 11) como: “atos individuais que envolvem diretamente a atenção e o uso econômico de bens e serviços, incluindo os processos decisórios que precedem e determinam estes atos”. Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), compreender as variáveis que influenciam o comportamento de compra do consumidor é importante, pois permite que empresários invistam na qualificação dos produtos e serviços fornecidos, considerando efetivamente os desejos e as necessidades reais do público-alvo. 37 Dessa forma, é importante que as empresas busquem mecanismos que proporcionem o entendimento e monitoramento permanentemente do comportamento do consumidor e seja possível criar vantagens competitivas frente aos seus concorrentes. Entender os comportamentos do consumidor e os processos relacionados ao consumo proporciona uma série de benefícios que auxiliam os gerentes na tomada de decisão. Mowen e Minor (2003) fornecem uma base de conhecimento para que pesquisadores de marketing estudem os consumidores, além de auxiliar na compreensão dos fatores sociais que influenciam o comportamento dos indivíduos. O estudo do comportamento do consumidor de alimentos tem adquirido notoriedade tanto na literatura do marketing, como também na literatura de Nutrição, Sociologia, Antropologia e Piscicologia (sic). Isso se deve, sobremaneira, às funções desempenhadas pelas (sic) alimentação, uma vez que desempenha, ao mesmo tempo, as funções nutricionais e simbólicas (BEDNASKI et al., 2007, p. 3). Blackwell, Miniard e Engel (2005) afirmam que o consumidor não decide comprar um produto ou utilizar um serviço de forma aleatória. O consumidor opta pela compra ou utilização de um serviço com base em um problema rotineiro. Uma empresa raramente consegue atender todos os públicos de um determinado mercado. Dessa forma, os profissionais de marketing devem buscar identificar as necessidades, desejos e as demandas do mercado-alvo escolhido. Para cada segmento ou mercado-alvo a empresa deve desenvolver uma oferta que ofereça algum benefício atrativo para o seu público. Assim, o consumidor escolhe entre diversas ofertas com base naquilo que parece proporcionar mais valor (KOTLER; KELLER, 2006). Um segmento de mercado é um grupo de consumidores com necessidades e comportamentos semelhantes que diferem do restante do mercado (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 41). De acordo com esses autores, o objetivo desse processo é identificar grupos de pessoas que possuem comportamentos similares e permitem que as empresas adaptem as mercadorias 38 e serviços, embalagens e/ou as estratégias de comunicação para atender às necessidades específicas do grupo e, com isso, aumentar as chances de vendas. Para Kotler e Keller (2006), o comportamento do consumidor é interferido por fatores culturais que estão relacionados à influência dos grupos de referência, família, papéis e posições sociais. Além de fatores pessoais respeitantes às características particulares das pessoas, as vivências do indivíduo, as experiências que estão sendo vividas e os fatores psicológicos que estão relacionadas a motivação, percepção, aprendizagem, crenças e atitudes também influenciam diretamente no comportamento dos consumidores. A vantagem de uma empresa em segmentar o mercado é desenvolver um mix de marketing específico, para atender às necessidades e vontades exclusivas de determinado grupo de pessoas não compartilhadas por outras pessoas pertencentes a grupos maiores (MOWEN; MINOR, 2003). 5.3 Necessidades do consumidor Tontini (2003) enfatiza que o surgimento de inúmeros produtos e serviços oriundos do processo de globalização e dos avanços tecnológicos elevou o desejo de satisfação das necessidades dos clientes como forma de garantir a sobrevivência das empresas. Ao conseguir atender aos desejos dos clientes, estes ficam satisfeitos e tornam-se fiéis. Um benefício das empresas em reconhecer as necessidades de determinado segmento, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), é revelar potenciais oportunidades de diferenciais competitivos. A identificação de um segmento de mercado com necessidades e desejos não atendidos pode ser interpretada como possibilidades para o desenvolvimento de novos negócios, inovações de produtos e criação de vantagens competitivas. Entretanto, o ato de compra não surge do nada. Conforme esclarecido por Karsaklian (2011), o ponto inicial de uma compra é a motivação que se relaciona 39 diretamente a uma necessidade que induz um desejo. Esse desejo, por sua vez, salienta as preferências por determinadas forças específicas em atender à motivação inicial e essas preferências referem-se diretamente ao autoconceito de identificar um produto/serviço que corresponda aos critérios que atendam a si mesmo. Gade (1980) ressalta que estudiosos da Psicologia e do marketing dedicam seus estudos de modo a compreender os motivos que levam uma pessoa a comprar ou desistir da compra de bens e produtos. Gade (1980) e Mowen e Minor (2003) acrescentam que a motivação consiste em atividades que estimulam a pessoa em busca de um objetivo de compra, que deriva de um estímulo que impulsiona o reconhecimento de uma necessidade, que pode partir do próprio indivíduo (fontes internas) ou de fontes externas, como propagandas comerciais, comentários, entre outros. Ainda de acordo com Gade (1980), o fato de sentir fome pode ser considerado um estímulo interno que impulsionará o sujeito a exercer um comportamento que vise a minimizar esse desconforto. Essa motivação persistirá até o momento da saciedade dessa necessidade ou até que outra motivação surja. Ainda de acordo com o autor, é premissa para estudiosos compreender que os estímulos fisiológicos conhecidos como necessidades básicas ou primárias derivam do sistema biológico e enviam impulsos de modo a garantir a sobrevivência e o conforto do indivíduo. Entretanto, torna-se relevante também a compreensão dos hábitos, costumes e normas que derivam do relacionamento em comunidade e que influenciam e determinam as escolhas do indivíduo, conhecidas como necessidades secundárias ou psicológicas (psicossociais). Segundo Karsaklian (2011), a corrente humanista apresenta teorias que creem que o indivíduo pode manifestar suas necessidades internas e externas por meio dos níveis que vão do fisiológico até o psicológico. Entre as teorias existentes destaca-se a de Maslow. A teoria da hierarquia de necessidades foi proposta pelo psicólogo Abraham Maslow, em 1943, em seu trabalho intitulado “A Theory of Human Motivation”, 40 baseado na publicação “Organismic Theory of Personality”, de Kurt Goldstein em 1939 (BROUWER, 2008). Gade (1980) apresenta a teoria da hierarquia de Maslow como uma importante teoria de motivação, em que desejos e necessidades são organizados em níveis que obedeceriam a uma escala de patamares que são alcançados à medida que o grau anterior é satisfeito. FIGURA 1: Pirâmide de Maslow Fonte: adaptado pela autora, com base em Karsaklian (2011). Karsaklian (2011), Brouwer (2008) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) aduzem que as necessidades do primeiro nível são conhecidas como fisiológicas. Elas são consideradas necessidades primordiais de sobrevivência, sendo a base de todos os desejos, podendo ser representadas como a necessidade de saciar a fome, de matar a sede, de descansar, etc. Na história da humanidade, satisfazer essas necessidades absorvia quantidades substanciais de tempo e energia das pessoas. Só após a saciedade dessas necessidades é permitido ao indivíduo perceber outros estímulos. 41 Com as necessidades fisiológicas atendidas, surgem as necessidades de segurança, definidas por Karsaklian (2011) como a necessidade do indivíduo de se proteger de todas as maneiras possíveis das ameaças existentes. Blackwell, Miniard e Engel (2005) complementam que os dias em que os indivíduos se preocupavam com os predadores já se foram. Entretanto, outras ameaças da atualidade despertam preocupação e colocam a vida dos indivíduos em risco. Esses fatores motivam o investimento em itens que oferecem a sensação de menos vulnerabilidade e garantem ao indivíduo satisfazer sua necessidade e passar para o próximo nível. O terceiro patamar está relacionado a necessidades de afeto, que para Karsaklian (2011) está ligada ao sentimento afetivo e emocional de ser aceito e amado pela sociedade. Os humanos, no entendimento de Blackwell, Miniard e Engel (2005), são seres sociais que necessitam de amor e companhia. Para se relacionar com outras pessoas, o ser humano investe em produtos que auxiliam a se tornar mais atraente e interessante. Consome produtos utilizados como símbolo de amor e adquire animais de estimação. Brouwer (2008) destaca que a necessidade de amar e ser amado desenvolve importante papel do ciclo de vida das pessoas e motiva as pessoas a cuidarem da família e dos filhos. Karsaklian (2011), Brouwer (2008) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) apresentam o quarto patamar correspondente à necessidade de status e estima, como o desejo de prestígio, de status, de reputação, de confiança para enfrentar o mundo, independência, liberdade, atenção e importância, de estima dos outros e de autoestima, fazendo com que se deseje também ser o mais querido. Algumas pessoas desejam ser vistas como bem-sucedidas, talvez ricas, outras como atraentes e sofisticadas. A imagem social ou status é baseada nas preocupações pessoais de como se é percebido pelo outro, é a necessidade de projeção da imagem no meio social. Essa imagem depende, em parte, dos 42 produtos que as pessoas compram e consomem (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). Brouwer (2008) refere que o dinheiro possui papel dúbio no atendimento dessa necessidade, pois pode propiciar a aquisição de bens que vão suprir as necessidades de estima. Por outro lado, o próprio dinheiro pode ser uma importante fonte de estima e reconhecimento. Com os demais níveis saciados, surge a necessidade de desenvolver potenciais (KARSAKLIAN, 2011). Nesse nível, o indivíduo busca se aprimorar, conhecer, estudar, organizar e filosofar a fim de alcançar seu autoconhecimento e autodesenvolvimento, visto que essas necessidades não estão relacionadas às necessidades de sobrevivência, mas sim ao crescimento do homem como tal. Brouwer (2008) afirma que nesse estágio as necessidades se apresentam de formas diferentes para cada indivíduo, o aprofundamento do tema vai depender dos interesses de cada pessoa. A emergência de atendimento dessas necessidades depende da satisfação prévia dos itens anteriores. Algumas necessidades possuem prioridade sobre as outras, mas necessidades fisiológicas são mais básicas e assumem prioridade principal (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). A hierarquia de Maslow é útil, auxilia a refletir que as pessoas em seu cotidiano atribuem prioridades diferentes às suas necessidades. Nos estudos do marketing, de acordo com Gade (1980), é comum classificar os motivos que estimulariam o consumidor a comprar a partir de motivos primários e seletivos (estão relacionados à saciedade das necessidades primárias), racionais e emocionais (relacionados a dados objetivos da realidade, que gera a ambiguidade nas ações dos consumidores e possibilita ao marketing ora estimular o lado emocional, ora o racional dos consumidores), de fidelidade ou de clientela (relacionam-se as vantagens que as empresas oferecem para fidelizar os clientes) e conscientes e inconscientes (são os motivos conscientes e inconscientes que os consumidores possuem). 43 Em pesquisa realizada sobre os indicadores de qualidade do restaurante universitário da Universidade do Sagrado Coração – Bauru – SP por Vidrik (2006), é ressaltado que o ato de se alimentar em um restaurante permite ao consumidor atender a diversas necessidades existentes de forma simultânea. Entre elas, de modo prioritário destaca-se o atendimento das necessidades fisiológicas em repor energias para garantir a sobrevivência do indivíduo. Permite estabelecer um elo de confiança no momento do reconhecimento e aprovação da higiene do estabelecimento e conservação dos alimentos servidos, satisfazendo a necessidade de segurança. Proporciona momentos de relacionamento com outras pessoas em atendimento ao aspecto social. Supre a necessidade de estima, fornecendo meios de prestígio de modo a criar uma atmosfera de amizade. Por fim, atende à necessidade de autorrealização ao possibilitar uma gestão participativa, permitindo inferir por meio de pesquisas ou contato direto com a gerência nos processos do estabelecimento. Karsaklian (2011) esclarece que à medida que é suprida a necessidade em determinado nível, esta passaria para um nível mais alto. Esses níveis não independem uns dos outros e a satisfação de um nível não elimina a necessidade de satisfação do outro. A teoria é fundamentada em três hipóteses: a) Um indivíduo sente várias necessidades que não têm a mesma importância e que podem então ser hierarquizadas. b) Ele procura primeiramente satisfazer a necessidade que lhe parece ser a mais importante. c) Uma necessidade cessa de existir (por algum tempo) quando ela foi satisfeita e o indivíduo procura, neste caso, a satisfação da necessidade seguinte. Ao identificar uma necessidade real, surge uma expectativa do consumidor. Em seguida, é desencadeado um processo de busca de informações internas baseadas em experiências passadas ou externas, que são compostas de opiniões de amigos, familiares ou conhecidos que tiveram experiências, além de meios de sua confiança como jornais, revistas, entre outros (FONSECA, 2002). De forma geral, aos buscar informações relacionadas a restaurantes, os principais aspectos 44 analisados são: preço, distância, cardápio, serviço, ambiente e frequência. Logo após a identificação de possíveis opções, chega a fase da avaliação das alternativas. Essas alternativas podem sofrer influência da ocasião, grupo de pessoas e experiências passadas. A construção será moldada e constante até o momento em que o cliente chegue à sua decisão final. Para Karsaklian (2011), o trajeto do consumidor ao efetivar a aquisição do produto ou serviço passa pelo processamento da informação, que é a forma com que ele seleciona e combina a informação que recebe do meio externo com aquela existente em memória. Essa combinação de informações é utilizada para decidir pela compra ou não de determinado bem. De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), as variações de importância que os consumidores atribuem às suas diversas necessidades afetam a tomada de decisão, ao variar a avaliação dos produtos de acordo com os benefícios oferecidos. 5.4 Processo decisório do consumidor O processo de decisão do consumidor, segundo Mowen e Minor (2003), consiste em um conjunto de processos que inicia com o reconhecimento de um problema, em que se busca uma solução. Para isso, o consumidor avalia as alternativas que atendam de forma satisfatória ao problema e depois seleciona uma das opções e avalia os resultados dessa escolha. Blackwell, Miniard e Engel (2005) asseveram que ninguém inicia e realiza um processo de compra a não ser que exista um problema, uma necessidade ou um desejo. Esse processo de tomada de decisão na vida dos indivíduos inicia-se nos primeiros estágios da vida, de acordo com Gade (1980). Ainda segundo o autor, o processo caracteriza-se por uma ação baseada em um propósito, que trará resultados em relação ao tempo presente e futuro. Essa atitude faz com que o 45 indivíduo se encontre em posição responsável por si próprio, mensurando os prós e contras de sua aquisição. Estas podem ser avaliadas como úteis e o conduzirão à alegria ou trarão arrependimento. Para Sheth, Mittal e Newman (2001), compreender o próprio processo decisório permite ao cliente aprimorar suas decisões futuras. A decisão de realizar a compra de um produto ou serviço por um consumidor pode ser tomada individualmente e, algumas vezes, por um grupo de pessoas. Ao decidir por um processo de compra é fundamental que sejam exercidos pelo menos três papéis pelo(s) cliente(s): o primeiro papel exercido é o do comprador, indivíduo que efetivamente participa da obtenção do produto/serviço no mercado. O segundo papel desempenhado é do pagante, indivíduo que arca com as despesas financeiras da compra. Por fim, o usuário, que consome ou utiliza o produto ou o serviço. Esses autores acrescentam que o consumo individual pode ocorrer em três tipos de lugares: em casa, onde as decisões são tomadas com antecedência; em locais públicos, onde se tornam importantes os valores sociais do usuário, em detrimento dos valores do pagante; e nas organizações empresariais. Em locais públicos e em contextos organizacionais, as decisões de compra são tomadas próximas do momento do consumo ou de forma imediata. Nessas opções o valor da conveniência do papel do comprador adquire muito mais importância do que em uma compra caseira. Bispo e Cazzarini (1998) defendem que as pessoas não se atentam à quantidade de decisões que são tomadas diariamente. A maior parte das decisões tomadas é rotineira, na qual o risco de se optar por uma alternativa incorreta para resolução do problema normalmente não apresentará sérias consequências. Essas decisões são tomadas sempre que existe um problema que tem alternativas para a solução. Mesmo como uma solução única, existe ainda a opção de tomar ou não a decisão. A forma como os indivíduos tomam suas decisões, de acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), é influenciada e moldada por diversos fatores 46 determinantes, que se dividem em três categorias: diferenças individuais, influências ambientais e processos psicológicos. Nas diferenças individuais, o comportamento do consumidor é afetado por cinco categorias: valores e personalidade (características individuais, os valores, crenças e padrões de comportamento), recursos do consumidor (tempo, dinheiro e recepção de informação e capacidade de processamento), motivação (acontece quando um comportamento objetivo é energizado e ativado), conhecimento (inclui ampla coleção de itens tais como disponibilidade e características dos produtos e serviços, onde e quando comprar e como utilizar os produtos) e atitude (é a avaliação geral de uma alternativa, variando de positiva a negativa). Sobre as influências ambientais, os autores afirmam que os compradores são influenciados pela cultura (valores, ideias, artefatos e outros símbolos significativos que auxiliam os indivíduos a se comunicar, interpretar e avaliar como membros da sociedade), classe social (são divisões dentro da sociedade de indivíduos que compartilham valores, interesses e comportamentos similares), família (a família normalmente é a unidade de decisão primária, com padrão complexo e variável de papéis e funções), influência pessoal (são as influências que afetam as decisões de compra) e situação (os comportamentos se alteram, assim como as situações). Os processos psicológicos dizem respeito à influência sofrida por meio do processamento da informação (que identifica como as pessoas recebem, processam e fazem sentido da comunicação de marketing), à aprendizagem (processo pelo qual a experiência leva a mudanças em conhecimento e comportamento) ou à mudança de comportamento e atitude (objetivo do marketing que reflete influências psicológicas básicas). Para Sheth, Mittal e Newman (2001), é de grande relevância para os profissionais de marketing entender o processo decisório pelo qual passa o cliente. Esse entendimento auxilia a organizar e empregar seus esforços de modo que impacte o processo decisório do cliente. 47 Quando se pensa em um indivíduo fazendo uma escolha, tende-se a limitar a atenção aos benefícios de um produto ou serviço (ou seja, aos valores que ele irá satisfazer), sejam eles relacionados com o desempenho ou com os resultados socioemocionais. Essa visão é limitada, restringindo o decisor ao papel de usuário. Na realidade, para o decisor individual, os papéis de pagante e de usuário são pertinentes também, de modo que os valores de atendimento, conveniência, econômico e de financiamento (ou seja, os valores de mercado relevantes para os papéis de comprador e pagante) tornam-se igualmente importantes. Em algumas situações, alguns desses valores podem determinar a escolha (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001, p. 483). No entendimento de Goodhope (2013), uma gama de instrumentos é utilizada por diversas organizações com o intuito de identificar junto aos consumidores o impacto do investimento contínuo no fortalecimento da marca, dos produtos e serviços e dos outros compostos do marketing. Entre as principais ferramentas empregadas, destaca-se a adoção de modelos de comportamento do consumidor, que atuam como guia de gestão. Na compreensão do complexo processo de compra do consumidor, Karsaklian (2011) afirma que diversos pesquisadores desenvolveram modelos que buscavam representar a realidade. Entre os modelos desenvolvidos recebem destaque o de Nicosia (1966), o de Howard e Sheth (1969) e o de Engel, Kollat e Blackwell (1973), que serão apresentados a seguir. Lopes e Da Silva (2011) apresentam o modelo proposto por Francesco Nicósia, em 1966, como um modelo com foco no comportamento individual do consumidor, em que é dado destaque ao processo decisório e não ao processo de compra. De acordo com Karsaklian (2011), o modelo apresentado na FIG. 2 foi inspirado em um programa de computador. O modelo analisa a decisão do consumidor em um processo de divisão em campos de atividade e subdivididos em subcampos. 48 FIGURA 2: Modelo Integrativo de Nicósia (1966) Fonte: Karsaklian (2011). Lopes e Da Silva (2011) esclarecem que o comportamento de compra possui como antecedente uma atividade de pesquisa e avaliação das informações disponibilizadas pela publicidade. Nessa fase inicia-se o processo descrito no modelo proposto por Nicósia (1966), em que são percorridas as etapas de subcampos e campos de atividade. Nesta fase do processo, a mensagem que informa os atributos do produto (subcampo 1) mescla-se com a informação prévia que o consumidor já possui (subcampo 2), dando origem a uma atitude. A atitude dispara a etapa de investigação e avaliação das relações instrumentais, tais como disponibilidade (de marcas, produtos, serviços, etc.) e expectativas (campo 2), resultando na motivação específica e situacional (decisão pelo produto, marca, fornecedor, entre outros), que culmina na realização (ou não) da aquisição (campo 3) (LOPES; DA SILVA, 2011, p. 9). De acordo com Karsaklian (2011), esse modelo jamais foi atualizado ou testado, assim, seu poder de previsão ainda é desconhecido. Atualmente ele tem um cunho histórico, representando um dos primeiros esforços das ciências sociais e da economia na compreensão desse processo. 49 O modelo de Howard e Sheth segue a corrente behaviorista e foi publicado em 1969. De acordo com Lopes e Da Silva (2011), esse modelo busca esclarecer o comportamento do consumidor a partir do processo de comparação dos produtos e marcas, tendo como base a racionalidade do comportamento do consumidor, o modo ordenado do processo de avaliação e decisão e a influência do fenômeno externo que venha estimular a compra. Ele busca compreender como o consumidor transforma a aprendizagem obtida por meio dos estímulos de marketing (inputs) em decisões de compra (outputs). Ainda segundo os autores, é um dos mais empregados e debatidos. Karsaklian (2011) realça que esse modelo é um dos mais complexos e elaborados, considerado referência para o estudo e previsão do comportamento do consumidor de produtos e marcas. Possui como ideia central identificar as formas de aprendizagem do consumidor ao avaliar as alternativas apresentadas. Nests processo são avaliadas as variáveis consideradas inputs que remetem aos estímulos oriundos do ambiente comercial (produtos), simbólico (propaganda) e social (comunicação boca a boca). Por outro lado, os outputs constituem as respostas observáveis do consumidor, nível de atenção, compreensão, atitude, intenção e o comportamento de compra. O modelo de Engel, Kollat e Blackwell (1973), de acordo com Karsaklian (2011), é um modelo analítico com detalhes teórico-científicos, que por meio de uma estrutura explicativa busca identificar o comportamento consumidor traçando relações entre as variáveis e sua expressão mensurável. A ferramenta se decompõe em quatro módulos, tendo como ponto central o processo de decisão, que por sua vez se subdivide em cinco etapas: reconhecimento do problema, busca pela informação, avaliação das alternativas e a escolha e a análise após a compra. Esse modelo foi desenvolvido e aprimorado posteriormente por Blackwell, Miniard e Engel (2005), conforme mostra a FIG. 3, recebendo alguns ajustes e a inserção de mais dois estágios: consumo e descarte. Esses autores comentam que mesmo que alguns pesquisadores adotem terminologias diferentes para os estágios que 50 compõem o instrumento, ele continuará auxiliando os profissionais de marketing a descobrir por que as pessoas compram ou não. O estímulo de compra surge a partir da identificação de um problema e em seguida busca-se a resolução do problema (MOWEN; MINOT, 2003). Para atingir a resolução do problema, o consumidor percorre etapas citadas anteriormente, que consistem em reconhecer o problema, buscar informações, avaliar alternativas, efetivar a compra, avaliar o pós-consumo e, por fim, o descartar. Entretanto, Kotler e Keller (2006) afirmam que os consumidores nem sempre passam por todas as etapas ao realizar uma compra. De modo geral, as etapas podem ser eliminadas ou invertidas. A seguir, será detalhada cada etapa do modelo citado. FIGURA 3: Comportamento do consumidor – Modelo EKB Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 86). 51 5.4.1 Reconhecimento da necessidade A primeira etapa desse processo ocorre a partir do reconhecimento de uma carência. Diversos autores definem a fase de reconhecimento da necessidade. “O reconhecimento do problema ocorre sempre que o consumidor percebe uma diferença significativa entre o seu estado atual e algum estado desejado ou ideal” (SOLOMON, 2008, p. 328). Para Mowen e Minor (2003), o problema surge quando a satisfação está em desequilíbrio, seja porque o estado real diminui ou o nível desejado eleva-se, atingindo um nível considerado crítico. Esses fatores estimulam o consumidor a agir para restaurar o equilíbrio. Sheth, Mittal e Newman (2001) definem o problema como qualquer privação, desconforto ou ausência física ou psicológica sentida por uma pessoa. Ao reconhecer um problema ou necessidade a ser satisfeita, o cliente identifica a necessidade em comprar algo que faça restaurar o estado normal de conforto em termos físicos e psicológicos. De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), o estímulo a uma compra deriva-se a partir do reconhecimento das necessidades de consumo. Esse reconhecimento ocorre a partir do momento em que o indivíduo percebe a diferença entre o que é tido como o ideal versus o estado atual das coisas. O estímulo à compra acontece quando os consumidores confiam que os benefícios do produto em solucionar o problema inicial valem mais que o dispêndio financeiro. O reconhecimento do problema pode ocorrer de duas formas: por estímulos internos, conhecidos como estímulos de problemas, são estados de desconforto percebido – como já foi dito, físicos ou psicológicos; ou estímulos externos solução são itens de informação de mercado que levam o cliente a perceber o problema (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001, p. 486). A essência do conceito do reconhecimento da necessidade do consumidor deriva do surgimento de um problema que lhe causa privação, gerando desequilíbrio em 52 seu estado atual. E a partir do reconhecimento dessa necessidade, o consumidor busca adquirir algo que o faça retornar ao equilíbrio. Esse parecer é compartilhado por Solomon (2008), Mowen e Minor (2003), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) Conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005), os profissionais de marketing por muitas vezes destacam em propagandas necessidades ou problemas não percebidos pelos consumidores e os despertam para necessidades não reconhecidas anteriormente. Assim como os consumidores, gestores devem acompanhar as tendências, pois como os consumidores mudam, mudam também seus problemas e necessidades. 5.4.2 Busca de informações Ao reconhecer o problema/necessidade, o consumidor passa para a segunda etapa, a busca de informações com o objetivo de resolver/satisfazer o problema/necessidade, conforme definido pelos autores. Solomon (2008, p. 329) opina que “a busca de informações é o processo pelo qual o consumidor pesquisa o ambiente à procura de dados adequados para tomar uma decisão razoável”. Ao identificar uma necessidade, Gade (1980) propõe que o consumidor poderá ou não buscar informações para satisfazê-la. Ao optar pela busca de informações, o consumidor a realizará com base na necessidade sentida, de acordo com os gastos em termos de tempo e energia que despenderá. Nesse processo o consumidor poderá utilizar fontes pessoais e meios de comunicação para avaliar a qualidade, as características e os atributos dos bens desejados. O consumidor pode ser passivo e captar apenas as informações que o cerca ou se tornar ativo, realizando a busca de informações em fontes interna (recuperando o conhecimento na memória) ou externa (coletando informações 53 entre os pares, familiares e no mercado) (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). Sheth, Mittal e Newman (2001) esclarecem que ao reconhecer a necessidade os clientes buscam informações de várias maneiras, com o objetivo de resolver o problema. Em poucas situações eles conseguem identificar todas as marcas existentes no mercado no momento de se decidir, sendo mais comum considerar apenas um conjunto de marcas conhecidas e já utilizadas pelo consumidor (conjunto conhecido) ou apenas as marcas de serviço ou produto de que o cliente se recorda no momento de tomar a decisão (conjunto evocado). Ainda segundo os autores, nem todas as marcas atreladas aos conjuntos citados serão capazes de proporcionar a satisfação das necessidades do cliente. As marcas que atendem às necessidades formam um novo conjunto denominado considerado. Todas as ações de marketing têm como objetivo mínimo posicionar a marca trabalhada nesse conjunto considerado de seus clientes-alvo. Quando os consumidores estão infelizes com seus produtos ou marca, a busca se expande para incluir outras opções (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL 2005, p. 77). Samara e Morsch (2005) corroboram Gade (1980) e sugerem que a busca de informações está diretamente relacionada à quantidade de tempo e de energia que um indivíduo deseja destinar ao processo de coleta de informações antes da tomada de decisão. As autoras defendem que as fontes de informação podem ser categorizadas como empresariais (divulgações da própria empresa) ou não empresariais, divulgações que independem do controle da empresa - pessoais e independentes (ponto de vista do cliente, comentários de amigos e conhecidos). Quando o consumidor fica exposto às informações durante o processo de busca externa, Blackwell, Miniard e Engel (2005) relatam que ele começa a processar o estímulo por meio de etapas em que um ou mais sentidos são ativados. A partir da exposição, pontos de atenção alocam a capacidade de processamento de informação, quanto mais relevante o conteúdo da mensagem, maior será a atenção atraída. Caso a atenção seja atraída, a mensagem é compreendida e 54 processada, cabendo a avaliação da relevância da mensagem. Ela pode ser considerada aceitável e retê-la, deixando armazenada na memória, ou inaceitável e será descartada. O objetivo primordial de uma mensagem é impactar as crenças ou atitudes existentes, mudando-as ou alterando-as, fincando acessível em um futuro próximo. Com as informações coletadas, chega o momento de avaliar as alternativas existentes. 5.4.3 Avaliação de alternativas/ pré-compra O objetivo da terceira etapa é a avaliação das possibilidades identificadas após o processo de busca de informações. Solomon (2008, p. 329) apregoa que, “no estágio de avaliação das alternativas, o consumidor compara as opções identificadas como potencialmente capazes de resolver o problema que iniciou o processo de decisão”. Nesse estágio, como acentuam Blackwell, Miniard e Engel (2005), os consumidores avaliam as alternativas absorvidas ao longo do processo de busca de informações, que o permite comparar os diferentes produtos e marcas existentes, estreitando o grupo de alternativas antes de se decidir pela compra. Para isso, o consumidor avalia alternativas recentes ou preexistentes armazenadas na memória e identifica o que mais lhe proporcionará mais satisfação com a compra e o consumo. Os pesquisadores denominam os processos de avaliação dos clientes, segundo Sheth, Mittal e Newman (2001), em modelos de escolha. Estes se dividem em duas amplas categorias. A primeira, conhecida como modelo compensatório, consiste em processo no qual o cliente decide sobre a escolha, ponderando a totalidade de atributos de um produto (ou benefícios de um serviço), comparandoos entre pontos fracos e fortes em um ou mais atributos entre todos os produtos. Já os modelos não compensatórios são subdivididos em quatro novos grupos: no modelo conjuntivo, o cliente delimita os limites mínimos de todos os atributos considerados importantes. A partir daí, as alternativas são examinadas para 55 identificar aquelas que satisfaçam os limites mínimos em todos os atributos definidos como importantes e que possuem chances de serem selecionadas. Nesse caso, o cliente poderá buscar outro modelo decisório e reavaliar as alternativas até que apenas uma opção resista ao final processo. Em situação contrária, caso nenhuma alternativa satisfaça o limite mínimo, mesmo que em uma característica única, esta é descartada. Caso as alternativas existentes não atendam aos limites mínimos preestabelecidos, o cliente poderá rever seus parâmetros definidos ou utilizar outro modelo decisório (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). No segundo modelo, conhecido como disjuntivo, o cliente avalia a presença ou não de atributos, não se importando com o grau ou medida em que esses atributos estão presentes, estando disposto a compensar um atributo por outro (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). No modelo lexicográfico os clientes classificam as alternativas existentes tendo como base o atributo considerado mais importante. E a partir daí, destaca aquela mais bem qualificada. Ocorrendo empate em mais de uma alternativa, são escolhidas aquelas mais bem classificadas com o segundo critério mais importante, e assim por diante, até se determinar uma única alternativa (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). E, por fim, a eliminação por aspectos considera os atributos por ordem de relevância e define valores de descarte. Nesse processo são examinadas todas as alternativas tendo em vista, o atributo mais importante, admitindo apenas aquelas que satisfaçam o nível mínimo do atributo mais importante. Se mais de uma alternativa satisfaz essa exigência, o cliente continua avaliando as alternativas restantes com base no segundo atributo mais relevante, identificando pré-requisitos até restar uma única opção (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). A forma pela qual os indivíduos avaliam suas escolhas é influenciada tanto por diferenças individuais quanto por variáveis ambientais (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 79) Ainda de acordo com os autores, os critérios empregados para avaliar os atributos remetem aos valores pessoais, necessidades e estilo de 56 vida de cada indivíduo. Além de avaliar o que comprar, os consumidores avaliam também onde vão realizar a compra, aplicando-se critérios de avaliação dos pontos de venda. Segundo Mowen e Minor (2003), os consumidores levam em consideração o grau de importância e a qualidade dos atributos, identificando até que ponto as opções existentes contam com elas. Os consumidores, de acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), constantemente monitoram atributos tais como quantidade, tamanho, qualidade e preço. Nesse aspecto, os atributos recebem a classificação de salientes (são os mais importantes para o consumidor. Exemplo: preço e confiabilidade) ou determinantes (determinam a marca ou loja escolhido pelo consumidor. Exemplo: detalhes como estilo e acabamento). Oscilações nesses aspectos podem levar o consumidor a alterar as escolhas marcas e produtos. 5.4.4 Compra A compra é o ponto central do processo decisório. Autores como Samara e Morsch (2005), Sheth, Mittal e Newman (2001) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) citam que após realizar as etapas anteriores e diagnosticar a alternativa que atende a todos os quesitos predeterminados, o cliente efetiva a compra. Ao percorrer todo o processo decisório e chegar a essa fase, Samara e Morsch (2005) reforçam que o consumidor incorpora todo o conhecimento absorvido nas etapas anteriores, efetua os acordos e arranjos contratuais de pagamento e formalmente realiza efetivamente a compra do bem. O comportamento do consumidor no momento da compra é subdividido por Sheth, Mittal e Newman (2001) em três fases. A fase inicial consiste na identificação da escolha, em que é concluído o processo em que o usuário e suas necessidades e desejos tornam-se mais importantes. Na etapa seguinte ocorre a predisposição para adquirir um bem. Nessa fase as preocupações do sujeito 57 pagante ganham destaque (se o pagante não é o usuário final, uma aprovação de orçamento pode ser necessária). A última fase está relacionada à efetivação da compra, ou seja, negociar a transação, buscar e obter do vendedor a transferência de direito, pagar pelo produto ou serviço, receber a posse do produto ou o compromisso de serviço do vendedor. Para Samara e Morsch (2005), essas fases apresentadas podem, a princípio, parecer automáticas no cotidiano, mas são fases sistemáticas e complexas que podem variar de acordo com o porte da compra. Após decidir sobre a compra, Blackwell, Miniard e Engel (2005) afirmam que os clientes passam por duas fases: a primeira refere-se à escolha do vendedor e a segunda à escolha do produto dentro da loja após a influência do vendedor, das vitrines e das propagandas no ponto de venda. O bom vendedor é aquele que consegue gerenciar os atributos gerais, a imagem da loja, alcançando uma carteira de clientes no mercado-alvo. Gade (1980) lembra que ainda existe um tipo de processo decisório considerado não planejado, muito rápido, que acontece em caso de compras impulsivas. Nesse modelo o consumidor recorda-se de uma necessidade e quebra o padrão habitual de compra. 5.4.5 Consumo Após a efetivação da compra e de tomar posse do produto, o consumidor pode consumi-lo imediatamente ou em um momento posterior. De acordo com Mowen e Minor (2003), o momento central dessa etapa do processo diz a respeito à utilização/consumo efetivo do bem adquirido. É relevante que ao utilizar o bem leia as informações e siga as instruções disponibilizadas. Essa ação pode auxiliar a prevenir de problemas que podem surgir devido ao uso inadequado. A forma pela qual os consumidores utilizam os produtos, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), pode afetar diretamente a sensação de satisfação do 58 consumidor com as compras realizadas, que por sua vez influenciam a probabilidade de comprar novamente essa marca ou o produto em uma oportunidade futura. Mowen e Minor (2003) preconizam que a experiência de consumo consiste em um grupo de conhecimentos e sentimentos despertados no consumidor ao longo da experiência vivida por uma pessoa durante a utilização de um produto ou serviço. A experiência de consumo pode ser dividida em utilização do produto, atuação do serviço como se estivesse participando de uma representação e por meio do impacto do estado de espirito e sentimentos sobre a experiência de consumo. 5.4.6 Avaliação pós-consumo Após o passo de consumo do bem adquirido, o consumidor exerce a avaliação pós-consumo, em que são refletidas e constatadas a satisfação ou insatisfação com a compra realizada. Mowen e Minor (2003) esclarecem que a avaliação do pós-consumo é o momento em que o consumidor compara os resultados do desempenho real e a expectativa esperada. Blackwell, Miniard e Engel (2005) ressaltam, ainda, que ao longo e após o consumo as avaliações no estágio de pós-compra podem ser semelhantes ao importante estágio de avaliação de alternativas que ocorre antes da compra caso a experiência for satisfatória. Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), a satisfação com o desempenho do produto acontece quando a avaliação da performance atende ou supera as expectativas do consumidor. Por outro lado, quando as experiências e desempenho frustram as expectativas, a insatisfação ocorre. A expectativa do consumidor por ser considerada como uma hipótese, conforme exposto por Gade (1980). Nesse caso a experiência pode proporcionar satisfação e gerar uma confirmação que reforçará o comportamento realizado e estimulará o consumidor a repetir a compra. Já na hipótese de desenvolver uma frustração, 59 esta será rejeitada e resultará da eliminação desse comportamento que não irá se repetir. Quando ocorre insatisfação com os produtos ou serviços, de acordo com Mowen e Minor (2003), o consumidor pode tomar diferentes atitudes que podem corresponder a nada fazer e esquecer o incidente, tratar diretamente na loja ou por telefone e reclamar com o gerente para que ele se responsabilize, evitar de comprar naquela loja novamente, contar para amigos e parentes sobre a experiência desagradável ocorrida e os convencer a não comprar lá, reclamar publicamente em órgãos públicos de defesa ou enviar uma carta para um jornal, boicotar a empresa e até criar uma empresa concorrente. 5.4.7 Descarte Solomon (2008) menciona que muitas vezes os consumidores possuem a necessidade de descartar as coisas adquiridas anteriormente, seja porque estas já cumpriram sua função inicial ou por não se enquadrarem mais na visão que os consumidores têm de si próprios. Nesse último estágio do processo, Blackwell, Miniard e Engel (2005) descrevem que o consumidor realiza o descarte optando por realizá-lo por completo, pela reciclagem ou revenda. Selos, cupons explicativos e dicas nas embalagens, de acordo com Solomon (2008), são técnicas empregadas para estimular o descarte e a reciclagem consciente. 5.5 Processo de compra em serviços Diferentemente do processo de compra de produtos, Lovelock e Wright (2001) mostram que muitas vezes é complicada a compreensão do modo pelo qual os serviços são criados e disponibilizados aos clientes, porque na grande maioria dos casos os insumos e resultados fornecidos são intangíveis. 60 Zeithaml, Bitner e Gremler (2011, p. 4) definem que de modo geral e simples os serviços são “atos, processos e atuações oferecidos ou coproduzidos por uma entidade ou pessoa, para outra entidade ou pessoa”. Os autores evidenciam, ainda, a existência de diferenças latentes entre produtos e serviços, sendo importante identificá-los. Diferentemente dos produtos, os serviços são mais heterogêneos, intangíveis, perecíveis, mais difíceis de avaliar e a produção por muitas vezes ocorre ao mesmo tempo em que o consumo. Sendo assim, o processo de compra de serviços é bem semelhante ao ser utilizado para a aquisição de bens de consumo, porém existem diferenças que serão apresentadas. Na FIG. 4 serão descritas as etapas do processo de compra de serviços por Lovelock e Wright (2001), que dividem o processo em fases de consciência da necessidade (que compreende a etapa de pré-compra, procura de informações e avaliação de fornecedores alternativos), fase de encontro do serviço (requisição do serviço e entrega) e etapa do pós-compra (avaliação do desempenho do serviço e intenções futuras). 61 FIGURA 4: Processo de compra de serviços Fonte: adaptado pela autora, com base em Lovelock e Wright (2001, p. 81). O esquema exibido possibilita a identificação das relações existentes entre as etapas do processo de compra de serviços por consumidores. As diferenças sinalizadas por Zeithaml, Bitner e Gremler (2011) no processo de compra de serviços em relação ao processo de compra de bens de consumo podem ser percebidas nas etapas descritas a seguir. 5.5.1 Pré-compra A decisão de compra e utilização de um serviço por parte de um cliente, de acordo com Lovelock e Wright (2001), acontece na etapa inicial de pré-compra. Nesta, o discernimento das necessidades e expectativas é fundamental, pois influencia as alternativas a serem consideradas no momento de decisão do consumidor. A partir do reconhecimento dessas necessidades, Zeithaml, Bitner e 62 Gremler (2011) esclarecem que os consumidores buscam informações sobre os serviços que atendam às suas necessidades. Para Lovelock e Wright (2001), a busca de informações por parte de um cliente pode variar da mais simples e casual a uma busca demorada e complexa em que se permite identificar diferentes fornecedores e possibilita mensurar os riscos e benefícios que cada opção pode proporcionar antes de tomar a decisão de compra. Ao se sentir inseguro em relação à aquisição de um serviço, o consumidor pode selecionar informações a partir de fontes pessoais respeitadas (amigos e conhecidos), confiar na reputação da empresa, procurar garantias e fianças, procurar oportunidades para experimentar o serviço antes de comprar, perguntar funcionários bem informados sobre serviços concorrentes, examinar pistas tangíveis ou evidências físicas, além de utilizar a internet para comprar ofertas do serviço. Ao se sentir seguro com as possibilidades apresentadas, o consumidor passa para a próxima etapa de avaliação das alternativas. 5.5.2 Avaliação das alternativas do serviço De acordo com Zeithaml, Bitner e Gremler (2011), o conjunto de alternativas consideradas por clientes de serviços provavelmente é inferior ao conjunto de alternativas para bens de consumo. Para adquirir um produto em uma loja, os consumidores possuem a possibilidade de comparar com mais clareza todas as alternativas possíveis, entretanto, ao adquirir serviços o cliente tende a visar a um estabelecimento que oferece apenas uma marca à venda. Além disso, apresenta reduzido número de opções existentes que têm o mesmo tipo de serviço em uma dada região geográfica. Os principais fatores que atingem a tomada de decisão de um cliente quanto à qualidade de um serviço, como sugerido por Lovelock e Wright (2001), são: a apresentação do ambiente no qual será prestado o serviço (inclui todas as características físicas, tangíveis do ambiente), os profissionais que executam o serviço e os serviços de suporte (matérias-primas e equipamento, além de todos 63 os processos dos bastidores que permitem ao pessoal de frente realizar adequadamente seu trabalho). Frente às dificuldades enfrentadas para coletar e avaliar a qualidade das experiências, Zeithaml, Bitner e Gremler (2011) salientam que alguns clientes optam por selecionar a primeira alternativa aceitável e finalizar o processo de avaliação de alternativas partindo diretamente para o processo de compra do serviço. 5.5.3 Compra do serviço Após a avaliação das alternativas, o consumidor de fato adquire um dado serviço. Zeithaml, Bitner e Gremler (2011) afirmam que ainda se sabe muito pouco sobre os momentos da aquisição de um dado serviço. Assim como ocorre no momento de aquisição de uma refeição em um restaurante, o serviço é adquirido, produzido, presenciado, utilizado e avaliado pelo cliente quase simultaneamente. 5.5.4 Pós-compra No campo de atuação do marketing, muita atenção vem sendo dispensada às avaliações de recompra e escolha do cliente (ZEITHAML; BITNER; GREMLER, 2011, p. 105). A etapa de pós-compra é definida por Lovelock e Wright (2001) como a parte final no processo de compra do serviço, na qual o cliente avalia a qualidade do serviço e determina sua satisfação ou insatisfação com o resultado do serviço. Zeithaml, Bitner e Gremler (2011) defendem que as avaliações de pós-compra e pós-experiência de um serviço permitem aos clientes elaborarem uma avaliação que determina com precisão a probabilidade existente de retornarem e continuarem ou não como clientes da organização prestadora. 64 Nesse contexto, Barbosa, Farias e Souza (2013) ressaltam que considerável porcentagem de clientes vive experiências que vão muito além do simples fato de consumir um produto ou serviço. As experiências vividas e avaliadas por esses consumidores possibilitam a identificação de atributos e simbolismos que proporcionam aos profissionais de marketing a possibilidade de melhor compreensão do comportamento do consumidor. 5.6 Simbolismo O serviço prestado pelo setor de alimentação de acordo com Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988) consiste em uma experiência subliminar e emocional, que ao ser avaliada devem-se considerar os diferentes aspectos subjetivos multidimensionais relacionados aos sentidos e à emoção do indivíduo. Wolff (2002) ressalta que a compreensão do indivíduo passa pela interpretação do sistema de símbolos que o homem utiliza para interpretar e armazenar tudo que vai além dos aspectos arquivados na memória, chegando aos símbolos que ficam no inconsciente humano. Cada indivíduo, de acordo com Gade (1980), possui uma imagem própria do mundo, que é construída a partir da percepção dos estímulos absorvidos por meio dos sentidos. Esses estímulos são selecionados e sofrem influências de diferentes aspectos únicos do indivíduo, sejam eles a história de vida passada, personalidade e o meio ambiente físico e social, que após combinados determinarão o comportamento do consumidor. De acordo com Krause (2014), rica em simbolismos, a Gastronomia ocupa importante espaço na sociedade moderna que vai além do simples fato de saciar a fome do indivíduo. Ela recebe a notoriedade de atração turística e em muitos casos atua como meio de suprir carências emocionais e intelectuais das pessoas. Algumas empresas, como asseguram Blackwell, Miniard e Engel (2005), utilizam os sentimentos experimentados por seus clientes no momento do consumo como forma de posicionar seus produtos, sendo possível focar-se nos sentimentos positivos despertados durante a experiência ou de modo a ressaltar o produto 65 e/ou serviço e reduzir, tanto por consumidores quanto por fornecedores, as indesejáveis sensações negativas. Para Wilkie (1994 apud WOLF, 2002, p. 13), cada indivíduo vive em um mundo simbólico. Para isso, é empregado o processo de simbolização para compreender e recriar o mundo físico em um mundo simbólico. Dessa forma, para compreender uma experiência de consumo, de acordo com Barbosa (2006), é relevante identificar as expectativas do usuário pregressas ao consumo, bem como os significados inerentes às experiências vividas durante a execução do serviço, e as recordações que este levará dessa experiência. A compreensão desses fatores possibilita a identificação de aspectos que serão guardados na memória, sejam elas vividas em um momento corriqueiro (utilitário) ou em um evento atípico (hedônico). A experiência vivida em um restaurante por um cliente pode ser interpretada como um pacote único tangível e intangível de produtos e serviços (HARRINGTON; OTTENBACHER; KENDALL, 2011). Nesse sentido, é de extrema relevância para os gestores de restaurante orientarem suas ações de modo a agregar valor aos atributos tangíveis e intangíveis dos produtos e serviços ofertados de modo a ganhar vantagem competitiva e gerar satisfação aos seus clientes. Ao analisar a qualidade de uma experiência gastronômica, Krause reconhece ser importante levar em consideração que esta se trata de uma experiência orgânica, sendo inadequado avaliar isoladamente um dos três principais aspectos básicos que o compõem, sendo eles o ambiente, o produto (alimento) e o serviço prestado. Salazar, Farias e Lucian (2008) enfatizam a existência de uma relação entre a percepção de satisfação dos consumidores em restaurantes gastronômicos com o ambiente de serviço, sendo relevante a compreensão de como os elementos que compõem o ambiente de um restaurante influenciam as reações afetivas, cognitivas, físicas e comportamentais dos frequentadores. Já as expectativas sobre o desempenho do produto/serviço influenciam diretamente o consumidor nos momentos anteriores ao consumo, conforme 66 ressaltado por Mowen e Minor (2003). Esses autores afirmam que essas expectativas podem ser provenientes de diferentes fatores, sejam eles aspectos promocionais, efeitos assegurados pelo produto ou serviço, o preço, suas características físicas e principalmente as experiências pregressas dos clientes. Contudo, durante a experiência de consumo de um produto ou serviço, Blackwell, Miniard e Engel (2005) demonstram que diferentes sentimentos também são despertados nos consumidores, entre eles sensações positivas, como o prazer e o alívio, ou negativas, como raiva e culpa, que se manifestam de maneiras e graus de intensidade diferentes, de acordo com cada consumidor. Entretanto, a maior parte das experiências cotidianas desperta baixos sentimentos nos consumidores. Barbosa (2006) destaca que a identificação da experiência de consumo tornou-se o fator principal para a compreensão do comportamento do consumidor e a base para uma nova perspectiva para o marketing, conhecida como marketing experiencial. Blackwell, Miniard e Engel (2005) descrevem que o consumo se diferencia à medida que o consumidor reconhece que a experiência tenha proporcionado reforço positivo e tenha tido resultado agregador, reforço negativo, permitindo evitar um possível resultado não satisfatório ou uma punição quando o consumo traz um resultado negativo. 5.7 Atributos Em um cenário de acirrada competição Tontini e Theiss (2005) constataram que garantir a satisfação do cliente torna-se o ponto crucial das empresas que desejam manter-se no mundo comercial. Pois, ao se considerar satisfeito, o consumidor fica menos sensível aos preços e mais disposto a investir em produtos provados e já testados que garantam a saciedade de suas necessidades. Martilla e James (1977 apud GOMES; HEIN, 2011, p. 1) reportam que, estimulados pelo movimento dos concorrentes, as necessidades apresentadas pelos clientes e a importância dos atributos se modificam e despertam novos hábitos na sociedade. 67 As crenças e percepções adquiridas nas experiências vividas em uma oportunidade de consumo, de acordo com Gustafsson e Johnson (2004), são identificadas como benefícios ao cliente. Ainda de acordo com os autores, os benefícios da avaliação global oriundos da experiência de consumo são considerados fonte de antecedentes primários da satisfação do cliente. Essa satisfação, por sua vez, influencia diretamente as intenções e predisposições comportamentais do consumidor ao comprar um produto, adquirir um serviço ou repetir a compra anterior (fidelização). De acordo com Peter e Olson (2009), os consumidores possuem variados níveis de conhecimento constituídos. Esses níveis são construídos à medida que conceitos significativos distintos são acumulados e associados em categorias maiores e mais abstratas de conhecimento. Esses níveis são utilizados para a interpretação de novos elementos e em decisões de compras futuras. Do nível mais abstrato ao menos abstrato, existem quatro níveis (classe, espécie, marca e modelo/característica) de conhecimento, conforme demonstrado na FIG. 5: FIGURA 5: Níveis de conhecimento sobre os produtos Fonte: adaptado pela autora, com base em Peter e Olson (2009). Ainda de acordo com esses autores, nenhum dos níveis de conhecimento constituído capta os significados totais de um objeto, evento ou comportamento, cada um é utilizado para uma finalidade (PETER; OLSON, 2009). Dessa forma, “um aspecto muito importante em pesquisas relacionadas ao comportamento do consumidor é a identificação das verdadeiras razões que levam os consumidores a decidir a compra dos produtos” (ESPINOZA; HIRANO, 2003, p. 1). 68 Blackwell, Miniard e Engel (2005) afirmam que ao analisar as opções de compras existentes entre as diferentes opções de produtos, serviços, marcas e lojas disponíveis, o consumidor realiza um processo de comparação entre os itens que já conhece com o que considera mais importante para atender à sua necessidade. Os critérios de avaliação empregados nesse processo variam de acordo com cada indivíduo e são diretamente influenciados por diferenças individuais e variáveis ambientais. As avaliações podem ser recentes ou preexistentes, fato este que proporciona a redução das opções existentes antes de efetuar a compra e conduz para a opção que provavelmente lhe trará mais satisfação com a compra. O consumidor, em seu processo decisório, deve decidir entre classes e espécies diferentes, marcas variadas e modelos alternativos. Peter e Olson (2009) prelecionam que os pesquisadores para o desenvolvimento de estratégias de marketing devem identificar os três tipos de conhecimentos empregados pelos consumidores, sejam eles: sobre os atributos ou características, sobre as consequências ou benefícios positivos de sua utilização ou sobre os valores que eles ajudam os consumidores a satisfazer ou alcançar. Chrzan e Elrod (1995, apud ESPARTEL, 1999, p. 32) referem que entre os estudiosos da área de marketing existe uma disposição a analisar as preferências do consumidor sobre marcas por meio dos atributos agregados a ela. Ainda sob a ótica desses autores, os produtos devem ser avaliados a partir da soma dos atributos, benefícios e valores. Sendo assim, é relevante definir cada aspecto sob o ponto de vista de diferentes autores, evitando possíveis distorções conceituais. 69 QUADRO 4: Definições de atributos, benefícios e valores Autor Ano Conceito de atributos São classificados em dois grupos: os atributos concretos representam as características Olson e Reynolds, físicas, tangíveis dos produtos. Por outro lado, e Wu, Day e 1983/1988 os atributos abstratos representam as McKay características subjetivas intangíveis, como a qualidade, conforto e elegância do produto. Woodruff e Gardial Espartel 1996 1999 Joas 2002 Vieira e Gava 2006 Os produtos são identificados pelos consumidores como pacotes de atributos. Atributos correspondem às características, aos componentes. As partes ou os aspectos de produtos ou serviços são o que descrevem sobre o produto em questão. Atributos são propriedades ou características intrínsecas ao produto, sendo concretos, observáveis, mensuráveis e de elevada importância na escolha de alternativas e estão integrados à formação da preferência do consumidor entre marcas. Atributos como a representação das características físicas e concretas de um determinado produto e estes se relacionam à preferência do consumidor a uma marca. A escolha do objeto para a tomada de decisão de compra dá-se a partir da percepção de um ou mais atributos. Atributos são representados por adjetivos, isto é, aquilo que o produto é, suas características, seus componentes e suas funções. Conceito de benefício Os benefícios são classificados em benefícios funcionais ligados aos resultados tangíveis obtidos quase que diretamente pelos consumidores quando eles usam um produto. Já os benefícios psicossociais referem-se aos resultados psicológicos e sociais obtidos com o uso do produto. Eles são internos e pessoais, a maioria possui características afetivas. Benefícios são funções e utilidades decorrentes da posse ou consumo e entram na formação da preferência como avaliadoras da performance do produto. Os benefícios refletem as funções e as utilidades frutos da posse ou do consumo desse produto, que formam a avaliação da performance do produto. Fonte: adaptado pela autora. Conceito de Valores Os valores instrumentais são os modos de conduta preferidos. São formas de comportamento que têm valor positivo para uma pessoa. Já os valores terminais são estados do ser ou estados psicológicos gerais. 70 Espartel (1999) sintetiza que os atributos estão relacionados às características tangíveis que se integram à formação da preferência, enquanto os benefícios correspondem às funções de utilidade e desempenho do produto/serviço. Sendo assim, Peter e Olson (2009) destacam a relevância dos profissionais da área de marketing em identificar os atributos considerados mais importantes e a forma como esse conhecimento é empregado no processo cognitivo e na tomada de decisão do consumidor. Nos estudos de Olson e Reynolds (1983), corroborados por Wu, Day e McKay (1988), é abordado o modelo estrutural cognitivo do consumidor com os seis níveis, conforme mostra a FIG. 6. Já Peter e Olson (2009) agrupam os atributos concretos e abstratos e os valores instrumentais e terminais, representando uma cadeia sucinta de apenas quatro níveis. Mesmo com essa alteração, mantém-se a função original do modelo em proporcionar a análise do conhecimento do consumidor sob a influência dos atributos e suas consequências nos benefícios e valores/riscos. FIGURA 6: Estrutura cognitiva do consumidor Fonte: adaptado pela autora, com base em Wu, Day e McKay (1988). Nesse modelo apresentado por Peter e Olson (2009) são descritas as estruturas racionais de meios-fim, nas quais são ligados os atributos concretos (que correspondem às características físicas do produto) aos atributos abstratos (aspectos intangíveis como qualidade), os benefícios funcionais (vantagens tangíveis da utilização do produto), os benefícios psicológicos (vantagens sociais e psicológicas da utilização do produto), os valores instrumentais (estão relacionados à forma comportamental de agir da pessoa) e, por fim, os valores terminais (a preferência de ser do indivíduo). Assim, os atributos são considerados o principal aspecto de influência do comportamento do consumidor em seu processo de tomada de decisão de compra, julgando-os em função de suas experiências, valores e crenças pessoais (PETER; OLSON, 2009). 71 Espartel (1999) apresenta o QUADRO 3 com os significados e exemplos sugeridos pelo modelo: QUADRO 5: Níveis de abstração do modelo estrutural cognitivo Nível de abstração Valores terminais Valores instrumentais Significado Consequência bastante abstrata no uso do produto Consequência abstrata no uso do produto Exemplo Autoestima Ser o centro das atenções Benefícios psicológicos Consequências sociais e psicológicas no uso do produto Ser visto como especial pelos outros Benefícios funcionais Consequências tangíveis e imediatas no uso do produto Algo de fácil manuseio Representação abstrata de Boa qualidade atributos concretos Representação cognitiva das Atributos concretos Preço características físicas do produto Fonte: adaptado pela autora, com base em Peter e Olson (1996 apud ESPARTEL, 1999). Atributos abstratos Em se tratando de serviços, Ghisi, Merlo e Nagano (2006) reconhecem que alguns atributos possuem mais influência na percepção de valor por parte do consumidor. A identificação desses atributos críticos que estabelecem a satisfação possibilita a segmentação e adequação da oferta do serviço para seu público. Essa adequação favorece a avaliação da qualidade e a satisfação do serviço prestado. 5.7.1 Classificação dos atributos Autores como Mowen e Minor (2003), Ezpinoza e Hirano (2003) e Ghisi, Merlo e Nagano (2006) afirmam ser fundamental para os profissionais da área de marketing conhecer os atributos e os pesos que estes possuem na avaliação do cliente. A identificação desses atributos possibilita implementos e melhorias no fornecimento de produtos e serviços. Nesse sentido, ao realizar os estudos sobre atributos de produtos e motivações de compra, Espartel (1999) detecta que as classificações dos atributos variam de acordo com os autores e estudos realizados. 72 As classificações dos atributos, segundo Grohmann, Battistella e Schoedler (2012), variam de acordo com as diferentes linhas de pensamento. Entre as classificações existentes, a que é mais utilizada habitualmente é a divisão em atributos concretos e abstratos ou tangíveis e intangíveis. De acordo com Woordruff e Gardial (1996 apud ESPINOZA; HIRANO, 2003 p. 103), os atributos fazem parte de uma cadeia de valor. Nessa interpretação, os atributos concretos (aspectos físicos e tangíveis) são os primeiros a serem interpretados pelos consumidores, seguidos dos abstratos (características intangíveis), que geram consequências funcionais e psicológicas, sejam elas positivas ou negativas. FIGURA 7: Hierarquia de valor Fonte: adaptado pela autora, com base em Woordruff e Gardial (1996 apud ESPINOZA; HIRANO, 2003). Outra classificação de grande notoriedade é a apresentada por Zeithalm (1988), na qual o processo de decisão de compra é influenciado pelas avaliações dos atributos intrínsecos (composto de componentes físicos como design, durabilidade e tamanho) e dos extrínsecos (características intangíveis de um produto, como preço e a marca). 73 Para Alpert (1971 apud ESPINOZA; HIRANO, 2003, p. 99), os atributos são classificados em salientes, importantes e determinantes. Os atributos salientes agem como um conjunto total de atributos percebido por determinado público consumidor, sem possuir qualquer grau de importância ou determinação no processo de compra. São reconhecidos em determinado produto ou marca, para um grupo específico. Já os atributos importantes são considerados um subgrupo dos atributos salientes. São atributos considerados importantes no momento da escolha de um produto, por determinado grupo de consumidores, mas não são considerados determinantes da compra, visto que os consumidores, muitas vezes, os consideram presentes em todos os produtos de determinada categoria ao qual se examina a possibilidade de compra. Por outro lado, os determinantes são atributos cuja existência e percepções apresentam-se como a melhor possibilidade de resposta da satisfação de seus desejos em determinado produto ou marca. Para Nowlis e Simonson (1997 apud ESPARTEL 1999, p. 34), os atributos possuem duas classificações. A primeira são os comparáveis (atributos entre os quais os consumidores podem fazer comparações de forma mais fácil e precisa. Por exemplo: preço) e a segunda os enriquecidos (são mais difíceis de comparar, mas são mais significativos quando analisados separadamente do produto. Por exemplo: marca). Tontini e Theiss (2005) expõem, por meio do Modelo Kano de Qualidade Atrativa e Obrigatória (BERGER et al., 1993; KANO, 1984; MATZLER et al., 1996; TONTINI, 2003), uma classificação de três tipos de atributos que influenciam a satisfação do cliente: a) Atributos obrigatórios: correspondem às funções básicas de um produto (pré-requisitos). Caso esses atributos não estejam presentes ou sejam insuficientes, despertarão a insatisfação do consumidor. Porém, se estiverem presentes ou se apresentarem suficientes, eles não despertarão satisfação. b) Atributos unidimensionais: exigidos pelo cliente, tornam sua satisfação proporcional ao nível de performance do atributo. 74 c) Atributos atrativos: estimulam uma satisfação mais que proporcional, porém a sua ausência não gera insatisfação. Esse tipo de atributo não é explícito nem esperado pelo cliente. Além destes atributos, esses mesmos autores apresentam mais dois outros tipos: atributos neutros: são aqueles que ao estarem presentes não geram satisfação, e se ausentes não trazem insatisfação; e atributos reversos: são aqueles cuja presença gera insatisfação. Lovelock e Wright (2001) mencionam três diferentes categorias de atributos que são empregadas pelos consumidores em momentos diferentes em um processo de compra: a) Atributos de procura: características do produto que os consumidores podem avaliar imediatamente antes da compra. b) Atributos de experiência: características do desempenho do produto que os clientes podem avaliar apenas durante a entrega do serviço. c) Atributos de confiança: características do produto que os clientes podem não conseguir avaliar mesmo depois da compra e do consumo. Na FIG. 8 Lovelock e Wright (2001) apresentam de modo visual as três diferentes categorias de atributos e como estas afetam a possibilidade de avaliação do consumidor. 75 FIGURA 8: Como os atributos afetam a possibilidade de avaliação Fonte: Lovelock e Wright (2001, p. 76). Os autores demonstram que os atributos de procura podem ser mais fáceis para o consumidor avaliar no momento da decisão de escolha. Esse atributo corresponde à aquisição de itens tangíveis como produtos de maneira geral, como cadeiras e roupas. Já os atributos de experiência só podem ser avaliados no momento da utilização do produto ou execução do serviço. Nesse aspecto, em se tratando de restaurantes, é o momento da avaliação da refeição servida. E, por fim, a avaliação mais difícil de ocorrer é a relacionada aos atributos de confiança. Mesmo tendo o serviço prestado, o consumidor por muitas vezes não consegue identificar. Peter e Olson (2009) destacam que é relevante entender como os atributos e o conhecimento cognitivo influenciam na compreensão e tomada de decisão. 76 5.7.2 Os atributos no processo de tomada de decisão Espinoza e Hirano (2003) esclarecem que ao longo do processo de decisão de compra o consumidor possui as mais diferentes opções de produtos/serviços capazes de atender às suas necessidades. Nesse processo são selecionadas, integradas e julgadas informações pertinentes à marca e outros aspectos relacionados para chegar a um julgamento que definirá a compra. Harrington, Ottenbacher e Kendall (2011), em estudo realizado em restaurantes de luxo, defendem que por muitas vezes os clientes de restaurantes decidem-se com base na avaliação de diferentes critérios que se relacionam à qualidade dos alimentos, preços, entre outros benefícios que geram valor. Nesses casos, a abordagem mais comum a ser empregada pelo consumidor é a utilização dos atributos de produtos e serviços para avaliar as alternativas das opções e decidir-se. Esse método é definido por Grunert (1989) como abordagem multiatributos. Tendo em vista esse cenário, Blackwell, Miniard e Engel (2005) alertam que os consumidores constantemente monitoraram os atributos considerados relevantes, como a quantidade, tamanho, qualidade e preço. As alterações nesses indicadores podem afetar diretamente as escolhas de marca e produto. Ao reconhecer o aumento nos preços de uma determinada marca de sua a preferência, o consumidor avaliará o motivo do aumento e determinará se é justa ou não. Se a percepção for negativa, esse fator poderá provocar a diminuição das intenções de compra do produto ou serviço. Para identificar essa tendência, Zeithaml (1988) propõe um modelo em que busca compreender o que os consumidores entendem por qualidade, valor e preço. O modelo propõe mensurar como os conceitos de preço percebido, qualidade percebida e valor percebido influenciam na decisão de compra, apresentando um relacionamento direto entre os atributos do produto, intrínsecos e extrínsecos. Esses aspectos formam as percepções de qualidade, preço e valor das diferentes alternativas consideradas no momento da compra. 77 Portolan (2011) defende que no modelo proposto por Zeithaml (1988) “os atributos do produto levam o indivíduo a identificar a presença de benefícios ou a ausência de sacrifícios, formando uma percepção geral em relação ao produto” (PORTOLAN, 2011, p. 56). FIGURA 9: Modelo relacionando preço, qualidade e valor Fonte: adaptado pela autora, com base em Zeithaml (1988). Borges (2010) adverte que na base do modelo proposto Zeithaml (1988) estão os atributos intrínsecos e extrínsecos e o preço se divide entre o preço objetivo (refere-se ao preço monetário) e o preço percebido (corresponde à avaliação de barato ou caro). Os três fatores que sustentam o modelo determinam a qualidade percebida, correspondentes à avaliação do lucro que o consumidor obterá ao adquirir esse produto ou marca. Esse modelo demonstra que o processo de decisão de compra relaciona-se à avaliação dos atributos extrínsecos e intrínsecos do produto por parte do consumidor, levando-o a perceber os níveis de qualidade, preço e valor das diferentes alternativas no momento da compra. Espartel (1999) acentua que a grande questão desse modelo é a identificação de quais atributos (intrínsecos ou extrínsecos) de um produto os consumidores 78 utilizam como indicadores de qualidade. Essa resposta é relativa e depende da situação em que podem ser empregados os atributos intrínsecos ou extrínsecos. Outro ponto importante de ser analisado é a qualidade percebida. Entendendo qualidade como superioridade ou excelência, a qualidade percebida seria a forma como o consumidor julga essa superioridade (ZEITHAML, 1988). “Um elemento complementar importante à qualidade é a comunicação desta ao consumidor, pois o nível de qualidade de um produto é, muitas vezes, comunicado através de sua aparência” (KOTLER; ARMSTRONG, 1993 apud ESPARTEL, 1999, p. 37). Em relação ao valor percebido, em pesquisa realizada em uma empresa de sucos de frutas, Zeithaml (1988) identificou que o termo valor apresentava diferentes significados para vários consumidores. Ao analisar as diferentes abordagens para o termo, relacionou os enfoques de relação do valor ao preço, à utilidade, ganharpagar e utilidade por unidade monetária despendida. Sendo assim, a autora conceitua valor como: a avaliação total do consumidor sobre a utilidade de um produto, baseada na percepção do que é percebido e do que é dado (ZEITHAML, 1988, p. 14). Angnes e Moyano (2013), ao realizar estudo exploratório sobre os atributos de escolha de serviços em restaurantes, defendem que é fundamental a identificação de modo assertivo dos atributos considerados relevantes para os clientes. Por meio de uma lista de atributos é possível que os estabelecimentos do ramo de restaurantes aperfeiçoem suas pesquisas e procurem nortear o processo mercadológico com base nas necessidades do consumidor e criar valor. Para Gustafsson e Johnson (2004), as empresas devem concentrar seus esforços na identificação de atributos e benefícios que tragam satisfação aos seus clientes e melhorem sua performance. O aspecto essencial para se investir é aquele que possui alto grau de importância e baixo desempenho, ou seja, pontos que podem ser trabalhados e apresentem mais impacto na satisfação e lealdade do consumidor. Aspectos de alto desempenho e impacto tornam-se vantagem competitiva para empresa. 79 Segundo Souki et al. (2010), diversos autores nacionais e internacionais já conduziram pesquisas com o intuito de identificar atributos que são considerados relevantes pelos consumidores no momento da escolha de restaurantes. Entretanto, não existe consenso quanto aos atributos considerados mais importantes. QUADRO 6: Estudos realizados sobre a temática - continua Autor Trabalho Angnes e Moyano Atributos de escolhas em serviços de restaurantes: um estudo exploratório Carvalho Liu e Jang Tinoco e Ribeiro Namkung e Soocheong Meister Siebeneichler, et al. Tomada de decisão pelo método AHP: Escolha de churrascarias rodízio em Brasília com base em atributos de preferência dos clientes Perceptions of Chinese restaurants in the U.S.: What affects customer satisfaction and behavioral intentions? Estudo qualitativo dos principais atributos que determinam a percepção de qualidade e de preço dos consumidores de restaurantes à la carte Are highly satisfied restaurant customers really different? A quality perception perspective Pesquisa de satisfação dos clientes do restaurante Vermelho Grill A satisfação de clientes de restaurantes: uma avaliação da satisfação e da importância dos atributos Ano Tipo de restaurante avaliado 2013 Não distingue o tipo de restaurante 2011 Churrascaria rodízio 2009 Comida chinesa 2008 À la carte 2008 À la carte Comida, atmosfera e serviço. 2008 Casa de carnes à la carte Limpeza, ambiente e atendimento. 2007 Atributos de mais importância: limpeza, cardápio, atendimento, qualidade dos pratos e preço. Os itens que Não distingue o apresentaram mais satisfação, tipo de de acordo com a pesquisa, restaurante foram: limpeza, localização, acesso, qualidade dos pratos e apresentação pessoal dos atendentes. Atributos mais importantes Comida e pratos, atendimento, preço e condições de pagamento, ambiente, estacionamento e localização. Carnes em geral, cordialidade, atendimento em geral, promoções, carnes exóticas, limpeza, rapidez, preço, outras variedades de bebida, aparência dos funcionários... Qualidade dos alimentos (sabor dos alimentos), a confiabilidade do serviço e limpeza do meio ambiente. Comida, atendimento, ambiente, tempo de espera, limpeza, segurança, instalações de apoio, cardápio, privacidade, atributos da bebida, confirmação de expectativas, exatidão e decoração. 80 QUADRO 7: Estudos realizados sobre a temática - continua Autor Trabalho Ano Tipo de restaurante avaliado Atributos mais importantes Rodrigues e Sabes Percepção do consumidor de alimentos “fora de casa”: um estudo multicaso na cidade de Campo Grande/MS 2006 Churrascaria e restaurante vegetariano Sabor dos alimentos Andaleeb e Conway Customer satisfaction in the restaurant industry: an examination of the transactionspecific model Andersson e Mossberg Mehta e Maniam Yüksel e Yüksel Kivela, Reece e Inbakaran The dining experience: do restaurants satisfy customer needs? Marketing determinants of customers’ attitude towards selecting a restaurant Measurement of tourist satisfaction with restaurant services: a segment-based approach 2006 2004 2002 2003 Indústria de serviços de restaurantes (Não distingue o tipo de restaurante) Não distingue o tipo de restaurante Seleção de restaurante para lazer ou negócios Não distingue o tipo de restaurante Consumer research in Não distingue o the restaurant 1999 environment. Part 2: tipo de research design and restaurante analytical methods Fonte: elaborado pela autora. Qualidade dos serviços (capacidade de resposta), preço e qualidade dos alimentos (ou confiabilidade) Qualidade dos produtos (comida) Qualidade da comida, fatores ambientais, imagem e equipe amigável. Qualidade do serviço, qualidade do produto, diversidade do cardápio, higiene, conveniência e localização, barulho, rapidez no atendimento, preços e valores, facilidades e ambiente. Ambiente, segurança e cardápio. No capítulo destinado às considerações finais deste trabalho, serão apresentados os resultados obtidos nesta pesquisa bem como os outros trabalhos desenvolvidos na área com esta temática, o que possibilitará atender ao objetivo específico de comparar os resultados obtidos nesta pesquisa com os de outras investigações relacionadas aos atributos de restaurantes ou similares. 81 6 METODOLOGIA De acordo com Laville e Dione (1999), com o passar dos tempos o homem identificou a fragilidade do conhecimento restrito ao senso comum, às tradições e/ou à intuição. Essa identificação estimulou ao homem expandir, compreender e dispor de métodos confiáveis para construir o saber, perpetuando-se aos dias atuais. Muitos acadêmicos e profissionais de mercado da atualidade utilizam métodos diferenciados para determinar a importância dos atributos e benefícios de produtos e serviços, entretanto, poucas pesquisas exploram os métodos que forneçam as melhores medidas de importância, conforme Gustafsson e Johnson (2004). Ao caracterizar a pesquisa, Gil (2002) a apresenta como um processo coerente e metódico desenvolvido a partir da utilização de métodos, técnicas e outros processos científicos divididos em fases, com o objetivo de oferecer soluções para os problemas. Dessa forma, ao longo deste capítulo serão apresentados os métodos e técnicas utilizados para a realização deste estudo, abrangendo o tipo e a natureza de pesquisa realizada, a população pesquisada, as técnicas de coleta dos dados, as amostras coletadas e os parâmetros para as análises estatísticas. A seguir são descritas as etapas detalhadas por Laville e Dione (1999) a serem percorridas pelo pesquisador a partir da proposição e definição de um problema, passando pela formulação e verificação das hipóteses, até a conclusão da pesquisa. 82 FIGURA 10: O método de pesquisa Fonte: adaptado pela autora, com base em Laville e Dione (1999, p. 84). a) Propor e definir um problema: nessa etapa o pesquisador deverá conscientizar-se de um problema, torná-lo significativo, delimitá-lo e formulá-lo em forma de pergunta. b) Elaborar uma hipótese: nesse momento o pesquisador procura analisar os dados disponíveis, formula as hipóteses provisórias e busca prever as implicações lógicas. c) Verificar a hipótese: nessa etapa o pesquisador deve decidir sobre os dados necessários, realizar a coleta, após analisar, avaliar e interpretar os dados em relação à hipótese. d) Concluir: por fim, o pesquisador deve validar, invalidar ou modificar as hipóteses, desenvolver um esquema que permita explicar os resultados e trabalhar com o intuito de evitar generalizações na conclusão. De acordo com o apresentado pelos autores, a presente pesquisa se desdobrará de acordo as etapas apresentadas no QUADRO 5: 83 QUADRO 8: Etapas da pesquisa Etapas Propor e definir um problema de pesquisa Elaborar uma hipótese Verificar a hipótese Concluir Objetivos Identificar e conhecer o tema da pesquisa. Elaborar um problema relevante a partir de ideias ou de fenômenos observados. Definir e delimitar o problema de pesquisa. Detalhamento do recorte teórico da pesquisa. Definição do escopo de atividades a serem realizadas. Atividades Revisão da bibliografia. Observação de fenômenos. Revisão da bibliografia. Definição do objetivo de pesquisa, objetivos específicos e atividades a serem realizadas. Realização de entrevistas com o público-alvo da pesquisa acerca Identificação dos atributos dos comportamentos estudados. considerados relevantes para Desenvolvimento do questionário decisão de compra para os a partir das informações da etapa consumidores em restaurantes, anterior. Pré-teste do questionário bem como as variáveis e trabalho de campo. Validação da relacionadas; identificação do amostra e dos construtos. Realizar processo de decisão de compra análises estatísticas de consumidores. discriminantes entre construtos e variáveis. Agregação de significado e sentido aos dados obtidos e aos resultados estatísticos, em conjunto com a base teórica relacionada à pesquisa. Se Responder o problema da necessário, realizam-se novas pesquisa. Explicitar novas pesquisas qualitativas, com o indagações que poderão surgir objetivo de entender melhor os com os resultados esperados. dados quantitativos obtidos. Delimitação das principais limitações do estudo realizado. Definição de novos caminhos a serem seguidos em pesquisas futuras. Fonte: elaborado pela autora. 6.1 Proposição e definição do problema de pesquisa Ao longo desse processo metodológico foram realizadas pesquisas bibliográficas, observações do fenômeno, leitura de artigos científicos, trabalhos de mestrado e doutorado e levantamento de informações sobre o setor de restaurantes, permitindo o aprofundamento do conhecimento sobre o tema. Para Gil (2002), o principal benefício de uma pesquisa bibliográfica é possibilitar ao investigador a identificação de fenômenos que não se poderia identificar diretamente. 84 A partir das informações coletadas legitimou-se o problema da pesquisa a ser respondido nesta dissertação, na qual serão identificados entre as dimensões avaliadas os atributos mais relevantes pelos consumidores em restaurante. Todas as atividades executadas ao longo deste trabalho buscarão em sua essência atender ao problema da pesquisa, bem como os outros objetivos propostos. 6.2 Elaboração das hipóteses Com base nas informações coletadas e descritas na etapa anterior, foi possível definir o escopo da pesquisa, o objetivo principal, os objetivos específicos, bem como o roteiro das atividades a serem desenvolvidas para que o resultado final apresentasse resposta ao problema definido. 6.2.1 Tipo de pesquisa Mediante os critérios definidos para atender às expectativas do presente estudo, optou-se por dividir a metodologia de coleta de dados em duas etapas, que serão apresentadas a seguir. Na primeira fase buscou-se realizar uma abordagem exploratória baseada em pesquisa bibliográfica e entrevistas qualitativas. A abordagem exploratória é considerada por Andrade (2010) como o primeiro passo para o desenvolvimento de um trabalho científico, é a etapa que possibilita a avaliação da relevância do assunto para a realização da pesquisa. Ela possui como objetivo principal fornecer informações sobre determinado assunto, promover a delimitação do tema, definir os objetivos ou hipóteses e permitir a descoberta de novo tipo de enfoque para o trabalho. Gil (2002) ensina que o planejamento desse tipo de pesquisa é flexível e por muitas vezes envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que possuem conhecimento sobre a temática e análise de exemplos que levam ao entendimento do mesmo. 85 A segunda fase foi conduzida por meio de pesquisa descritiva, com o intuito de identificar os relacionamentos entre os construtos e variáveis listadas na fase qualitativa. Andrade (2010) esclarece que esse tipo de pesquisa baseia-se na observação, registro, análise, classificação e interpretação dos fatos, sem que o pesquisador exerça interferência neles. A abordagem descritiva, de acordo com Gil (2002), possui o objetivo de descrever as particularidades de determinado grupo ou fenômeno, possibilitando estabelecer relações entre variáveis. A utilização de técnicas padronizadas é uma das principais características desse tipo de pesquisa, que possibilita a identificação de opiniões, atitudes e crenças de determinada população. Malhotra (2006) realça que esse tipo de pesquisa permite identificar de modo assertivo características de grupos consumidores, vendedores, organizações ou áreas do mercado, possibilita estimar a porcentagem de unidades em uma população específica que compartilham determinado comportamento ou possuem percepções de características de produtos. Em seu objetivo específico, o presente estudo buscou caracterizar, entre as variáveis identificadas, quais são consideradas pelos consumidores como mais importantes, possibilitando o seu alinhamento com o método descritivo. Considerando, ainda, que esta investigação busca gerar conhecimento para o setor de restaurantes, pode-se classificá-la como pesquisa aplicada, motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não (VERGARA, 2003). 86 6.3 Verificação e testes de hipóteses 6.3.1 Fases da pesquisa Para desenvolvimento e validação deste trabalho, como informado anteriormente, ele foi dividido em duas etapas distintas, sendo a primeira qualitativa e a segunda fase quantitativa, conforme descrito brevemente por Malhotra (2006). QUADRO 9: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa Objetivo Amostra Coleta de dados Análise de dados Resultados Pesquisa Qualitativa Pesquisa Quantitativa Alcançar compreensão qualitativa Quantificar os dados e generalizar das razões e motivações os resultados da amostra para a subjacentes população-alvo Número reduzido de casos não Grande número de casos representativos representativos Não estruturada Estruturada Não estatística Estatística Desenvolvem compreensão inicial Recomendam linha de ação final Fonte: Malhotra (2006, p.155). 6.3.1.1 Primeira etapa: pesquisa qualitativa De acordo com Malhotra (2006), a pesquisa qualitativa corresponde a uma investigação não estruturada, exploratória baseada restritamente em amostras que possibilitam a percepção e compreensão do contexto de determinado problema. Esse tipo é comumente utilizado em explorações detalhadas, em debates de informações confidenciais (delicadas ou embaraçosas), em situações em que o respondente pode ser influenciado a seguir a resposta de um grupo, na compreensão de um comportamento complexo, em entrevista com profissionais da área, em entrevista com concorrentes que não desejam disseminar informações importantes e em ocasiões em que a experiência do consumo de um produto é estritamente sensorial. Nessa primeira fase de coleta de dados, para possibilitar a compreensão e identificação dos comportamentos de consumidores de restaurantes, optou-se por realizar entrevistas qualitativas exploratórias, com abordagem pessoal direta com 87 frequentadores desse tipo de estabelecimento, com a finalidade de listar os atributos considerados relevantes para a tomada de decisão de compra e escolha do local para alimentar-se. Segundo Tontini e Theiss (2005), tradicionalmente as pesquisas realizadas com o objetivo de identificar atributos iniciam-se com a decomposição dos produtos e serviços a serem estudados em atributos específicos com base na experiência de pessoas pesquisadas, sendo utilizadas pesquisas em profundidade ou em grupos de foco. Nesse modelo são detectados os atributos que satisfazem as necessidades do cliente com base no questionamento da importância e no grau de desejo atribuído para cada um, de forma que, proporcionalmente, quanto superior for a qualidade do produto/serviço avaliado ou seu desempenho em seus atributos, maior a satisfação do consumidor. As principais vantagens desse tipo de pesquisa, de acordo com Malhotra (2006), é a baixa restrição para aplicação em qualquer segmento, além da possibilidade de análises pessoais mais profundas, permitindo atribuir as respostas a um entrevistado. Já as limitações estão associadas ao alto investimento, combinado com o elevado tempo gasto para a coleta, que acabam tornando inviáveis as aplicações em grandes amostras, além do risco de falta de estrutura, que torna os resultados suscetíveis à influência do entrevistador. Mesmo com desvantagens, a realização de entrevistas em profundidade é considerada uma das ferramentas comumente utilizadas para a realização de pesquisas. O roteiro de entrevistas foi desenvolvido à luz dos autores e estudos realizados que embasaram o referencial teórico anteriormente descrito, contando também com a contribuição de especialistas da área de marketing norteando suas considerações em atender aos objetivos gerais e específicos definidos nos capítulos anteriores. Foram entrevistados 23 frequentadores de restaurantes, selecionados de forma não probabilística por conveniência, que responderam as questões disponíveis no roteiro de pesquisa elaborado (APÊNDICE A). 88 Marconi e Lakatos (2011) ressaltam que a entrevista aberta atua como um guia geral com tema não específico, possibilitando ao entrevistador a flexibilidade para manipulá-lo. Esse tipo de ferramenta permite a análise e interpretação de aspectos profundos, principalmente sobre as investigações de hábitos, atitudes, tendências de comportamento. O método de entrevista em profundidade, segundo Malhotra (2006), permite ao entrevistador, após a pergunta inicial, a utilização de um formato não estruturado, conduzindo a entrevista por meio das respostas do entrevistado e pelas sondagens realizadas a fim de aprofundar em um tema da pesquisa. Neste estudo, as entrevistas foram conduzidas pelo entrevistador, que primeiramente esclareceu aos respondentes que o tratamento dos resultados possuía caráter exclusivamente acadêmico. As entrevistas foram gravadas em meio digital e utilizadas para futuro refinamento e validação do questionário a ser aplicado na fase quantitativa da pesquisa. 6.3.1.1.1 Análise de conteúdos Para realizar a análise das respostas coletadas nas entrevistas, foi utilizada a técnica de análise de conteúdos. Laville e Dione (1999) conceituam que o princípio da análise de conteúdos consiste em desmembrar toda a estrutura e seus elementos com o intuito de identificar suas diferentes características e extrair sua significação. Segundo Bardin (1979), a análise de conteúdos é uma técnica de análise de significados e significantes baseada em um conjunto de recursos que visam a analisar as comunicações e desenvolver métodos que visam a descrever e decifrar as mensagens, extraindo indicadores qualitativos e quantitativos. A técnica de análise de conteúdos, conforme Malhotra (2006), possibilita a descrição sucinta, sistêmica e quantitativa do conteúdo transmitido por meio de 89 comunicação, possibilitando a observação do contexto quanto às análises de palavras, caracteres, temas e outros aspectos presentes. Bardin (1979) apresenta os três eixos da análise de conteúdos que abrange a préanálise (organização dos materiais e sistematização das ideias principais em um esquema preciso). Essa organização divide-se em cinco etapas: a) leitura flutuante - nessa primeira etapa ocorre o contato com os documentos coletados; b) escolha dos documentos - consiste na delimitação do que será analisado; c) formulação de hipóteses e objetivos - consiste nas identificações das hipóteses a serem pesquisadas; d) referenciação dos índices e elaboração de indicadores consiste na determinação de indicadores por meio de recortes de texto e documentos de análise; e) preparação do material - trata-se da preparação (edição) do material a ser utilizado. O segundo eixo contempla a exploração do material e a definição de categorias. Por fim, o último eixo baseia-se no tratamento dos resultados, inferência e interpretação - é o momento do emprego da intuição, da análise reflexiva e crítica. A análise de conteúdos, segundo Laville e Dione (1999), não possui um roteiro rígido a ser seguido. As autoras sugerem o emprego de procedimentos comumente utilizados baseado em um recorte de conteúdos e elementos que são ordenados em categorias e constituirão as unidades de análise (unidades de classificação ou de registro). O tipo de recorte selecionado e o modo como serão agrupados serão determinantes para a qualidade da análise e das conclusões. Uma vez agrupadas, o pesquisador deve submetê-las a tratamento estatístico, possibilitando facilmente enumerar palavras ou frases. Após, esses elementos são agrupados por parentescos de sentido, possibilitando o emprego de três modos de categorização: no modelo aberto, as categorias não são fixas no início, mas criam forma ao longo da própria análise. O modelo fechado permite ao pesquisador decidir, a princípio, as categorias, apoiando-se em um ponto de vista teórico. Já o modelo misto permite a adequação dos dois modelos anteriores, cujas categorias são determinadas no início, mas possibilita ao pesquisador modificá-las em função do que a análise revelará. 90 Ao final, deve-se realizar a categorização final à luz dos critérios da grade de análise, definindo a categoria que melhor convém a cada uma das unidades de análise. 6.3.1.2 Segunda etapa: pesquisa quantitativa Para a realização dessa etapa, foram extraídas as variáveis de maior incidência em cada dimensão da pesquisa qualitativa. Esses atributos foram classificados em níveis que, combinados, compuseram os estímulos para avaliação por parte dos entrevistados. Foi elaborado um questionário estruturado, utilizando-se, para sua aplicação, de uma escala likert variando de zero (discordo totalmente) a 10 (concordo totalmente), permitindo ao entrevistado a indicação do grau de concordância/relevância ou discordância com cada uma das afirmações sobre o objeto de estímulo, possibilitando, assim, a identificação de maior precisão dos dados coletados. As perguntas foram escalonadas em ordem específica, admitindo ao entrevistado fazer sua escolha dentro de um conjunto predeterminado de respostas. As perguntas elaboradas compuseram a base do questionário principal, que por sua vez foi replicado dando origem a quatro novos tipos de questionários: um exclusivo para avaliações de restaurantes à la carte, outro para restaurante fast food, um para self service e, por fim, um para restaurantes rodízio. Após serem redigidos, os questionários foram aplicados em uma população reduzida como pré-teste antes de sua utilização definitiva. 6.3.1.2.1 Pré-teste Malhotra (2006) esclarece que o pré-teste é o teste do questionário formulado para realização da pesquisa, com pequena parcela de entrevistados com o objetivo de identificar, eliminar e corrigir problemas potenciais. 91 O pré-teste da referida pesquisa foi conduzido no mês de fevereiro de 2014 com 32 entrevistados. Foram avaliados aspectos como clareza, compreensão dos entrevistados quanto às questões abordadas, bem como a relevância das variáveis e construtos a serem pesquisados. Conforme Marconi e Lakatos (2010), após a tabulação dos dados recolhidos por meio do pré-teste, é possível identificar possíveis falhas no questionário, como: inconsistências, complexidade inacessível, perguntas das supérfluas questões, ambiguidade ou que causam ou linguagem constrangimento ao respondente, falta de ordem ou se são extensas. Identificadas as falhas, deve-se adequar o questionário para alcançar-se o êxito da pesquisa. Até o mais bem formulado questionário, de acordo com Malhotra (2006), pode sofrer alterações após a fase do pré-teste. Sendo assim, desaconselha-se que um questionário seja aplicado de forma definitiva sem a realização da fase de préteste. Malhotra (2006) e Marconi e Lakatos (2010) corroboram que o pré-teste pode ser aplicado em mais de uma situação e em populações com características semelhantes, com o intuito de garantir o aprimoramento do questionário final, mas jamais na que será estudo. Para Marconi e Lakatos (2010), o pré-teste possibilita a identificação de três aspectos importantes nos questionários. A primeira é a fidedignidade, aspecto que garante os mesmos resultados ao ser aplicado por outra pessoa; a segunda é a validade de que os dados recolhidos são realmente necessários à pesquisa; e a operatividade, que avaliza que o vocabulário utilizado seja acessível e possua significado claro. Ao realizar o pré-teste, buscou-se avaliar quaisquer dúvidas em relação à interpretação das questões e identificar possíveis falhas nos formulários. Nesse pré-teste foi possível identificar pequenas falhas ortográficas, a ausência de instruções para a marcação dos quesitos, a adequação de algumas frases que poderiam gerar falha na interpretação, além de permitir mensurar o tempo médio 92 para preenchimento da pesquisa, que apresentou média de 15 minutos por participante. 6.3.2 População e amostra da pesquisa Segundo Andrade (2010), em um universo de pesquisa pode não ser viável estudar a totalidade de uma população. Dessa forma, são selecionados elementos desse todo que serão investigados e considerados como uma amostra da população ou do universo. Amostra, como referem Marconi e Lakatos (2010), corresponde a uma porção/parcela extraída do universo. Já universo consiste em definir quais pessoas ou coisas serão pesquisadas, classificadas quanto às suas propriedades comuns. Malhotra (2006) define população como a soma de todos os elementos que compartilham características comuns, compreendendo o universo da pesquisa e a amostra como um subgrupo de elementos da população ou de objetos de estudo. O ponto de atenção da amostra é a definição de uma parte que seja representativa do todo e garantia que a partir dos resultados obtidos na pesquisa possa-se inferir e legitimar os resultados da população total, caso esta fosse verificada. Dessa forma, o autor sugere cinco estágios para o processo de elaboração de uma amostragem: 93 FIGURA 11: Processo de elaboração de amostragem Fonte: adaptado pela autora, com base em Malhotra (2006, p. 322). 6.3.2.1 Definição da população-alvo Segundo Malhotra (2006), a delimitação da população-alvo pode apresentar dificuldades para o pesquisador. A população-alvo é definição em termos de elementos, unidades amostrais, extensão e período. Para a realização desta pesquisa sobre o comportamento dos consumidores de restaurantes, a população-alvo é limitada aos consumidores/frequentadores de restaurantes. 6.3.2.2 Determinação da composição da amostra A determinação da composição da amostra ou determinação do arcabouço amostral é definida por Malhotra (2006) como a identificação dos elementos que constituem a população-alvo. Para a realização deste estudo, a composição da 94 amostra é restrita aos consumidores/frequentadores de restaurantes à la carte, fast food, rodízio e self service. 6.3.2.3 Seleção técnica de amostragem A escolha de uma técnica de amostragem, de acordo com Malhotra (2006), envolve diferentes decisões de natureza abrangente, incluindo a técnica de abordagem amostral a ser empregada na pesquisa. Para a realização deste trabalho será empregada a técnica de amostragem não probabilística por julgamento, na qual são selecionados os elementos da população por conveniência com base no julgamento do pesquisador. 6.3.2.4 Determinação do tamanho da amostra Malhotra (2006) define que o tamanho da amostra corresponde ao número de elementos a serem pesquisados. Hair Jr. et al. (2009) evidenciam que o dimensionamento da amostra deve ser compatível com a pesquisa ou estudo a ser realizado, sobretudo se a população ou universo for consideravelmente grande, como é o caso desta pesquisa, abrangendo grande quantidade de restaurantes em Belo Horizonte-MG e seus milhões de consumidores/ frequentadores. Malhotra (2006) e Hair Jr. et al. (2009) acrescentam que determinar o número exato da amostra é um procedimento complexo, pois se deve atender ao equilíbrio entre os aspectos quantitativos e qualitativos, tais como a importância da decisão, natureza da pesquisa, número de variáveis, natureza da análise, tamanhos amostrais utilizados em estudos similares, taxas de incidências, índices de finalização, custo, tempo, tangibilidade e a capacidade de resposta aos objetos pesquisados. Assim, o pesquisador deverá tomar importantes decisões ao se deparar com as diversas formas estatísticas de determinar o tamanho da amostra a ser pesquisada, entre elas determinar o grau de segurança (geralmente, utilizam-se 95%), definir o nível de precisão especificado, ou seja, delimitar a 95 margem aceitável de erros, e determinar a variabilidade da população, ou seja, a sua homogeneidade. Há de se considerar, então, que Hair Jr. et al. (2009) indicam que o mínimo aceitável é o de cinco casos (registros) para cada variável presente em algumas análises estatísticas multivariadas. Assim, pode ser que o número inicial de 385 questionários válidos não seja suficiente para a realização da pesquisa, demandando maior número de casos válidos para a realização das análises estatísticas. 6.3.2.5 Nível de confiança e margem de erro Hair Jr. et al. (2009) alertam que comumente o nível de segurança dos estudos estatísticos com populações seja definido em 95%. Essa margem de precisão do estudo pode ser especificada pelo próprio pesquisador, considerando o prévio conhecimento do perfil da população a ser avaliada. Seguindo as recomendações dos autores, nesta pesquisa estabeleceu-se nível de confiança de 95% com margem de erro máximo de 5% para mais ou para menos. Isso significa que ao serem coletados 100 levantamentos com a mesma metodologia, 95 deles estariam dentro da margem prevista de 5% de erro. A definição do cálculo amostral proposto por Malhotra (2006) parte da determinação do intervalo de confiança em torno de médias ou proporções, com base na fórmula do erro-padrão: n = (π (1 − π ) z ²) / D ² Sendo: n = Tamanho da amostra π = Proporção da amostra favorável 1-π= Proporção da amostra desfavorável Z= Variável padronizada D= Nível de precisão 96 O autor considera o nível de precisão em 0,05 e o nível de confiança de 95%, sendo assim, o valor tabelado de Z=1,96. O valor estimado para π é de 0,5, sendo o mesmo para 1-π. Considerando não ser possível determinar quem concorda totalmente ou discorda totalmente das proposições feitas no questionário, há que se estimar em 50% o valor de cada atributo, assumindo que é de 50% a probabilidade de um julgamento ou outro ocorrer. Tomando por base esse cálculo, determina-se o tamanho confiável a título de amostra para a presente pesquisa com base nos cálculos, conforme se segue: n = (π (1 − π ) z ²) / D ² n= (0,5*(1-0,5)*(1,96)²)/(0,05)² n=384,16 Como o resultado foi fracionado, considera-se o arredondamento da amostra para 385 questionários válidos. Para atender aos objetivos de amostragem de questionários válidos, foram aplicados 600 questionários brutos, em virtude de possíveis questionários em branco ou inválidos que foram descartados e outros que foram perdidos devido à taxa de desistência e recusa no preenchimento. Além disso, para alcançar o objetivo deste trabalho, os questionários foram formulados com 46 atributos em relação ao restaurante, 11 atributos em relação à comida e sete atributos em relação à bebida. Então, o número de questionários válidos deveria ser de no mínimo 230 casos, já que os atributos dos restaurantes, comidas e bebidas foram analisados separadamente. Ao final da coleta de dados, computaram-se 438 questionários válidos, atendendo às expectativas descritas anteriormente. 6.3.2.6 Execução do processo de amostragem Para Malhotra (2006), a execução dessa etapa do processo exige especificação detalhada das decisões sobre a população, composição e tamanho da amostra, unidade amostral e técnica de amostragem, após a definição das etapas da 97 amostra e treinamento dos entrevistadores para garantir a qualidade dos dados coletados. 6.3.3 Coleta dos dados e preparação dos dados Na etapa seguinte, após a execução processo de amostragem e realização do pré-teste com a adequação questionário, ocorreu a fase de aplicação e coleta dos dados. Para aplicação dos questionários foram recrutados pesquisadores voluntários de confiança da pesquisadora, apresentados ao trabalho a ser desenvolvido, orientados sobre a forma de abordar os participantes, norteados sobre como identificar o público-alvo predefinido e esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa. Foram aplicados 600 questionários (150 de restaurantes fast food, 150 de restaurante rodízio, 150 de restaurante à la carte, e 150 de restaurantes self service) no mês de fevereiro de 2014. As coletas foram realizadas em horários distintos em praças públicas de diferentes regiões da capital e em um centro universitário mineiro. Após a aplicação dos questionários, foi realizada a verificação aprofundada dos questionários coletados para analisar as tendências de preenchimento ou incongruência nas respostas dos entrevistados. Por exemplo, questões com duas ou mais marcações para o mesmo quesito, questionários com muitas marcações incompletas ou com questões visivelmente marcadas por meio de um padrão não aleatório. Os formulários considerados inválidos foram descartados, restando 438 válidos, que compõem a amostra utilizada nesta pesquisa e tiveram seus dados compilados e analisados. Ressalta-se que a quantidade de formulários utilizados para tratamento e análise dos dados atende ao pré-requisito que define a quantidade mínima de casos estipulados anteriormente. 98 6.3.4 Tratamento dos dados De acordo com Aaker, Kumbar e Day (2001), antes de iniciar a análise estatística é importante que os dados obtidos por meio de questionários sejam preparados, analisados e transformados para a análise. Essas etapas realizadas adequadamente buscam garantir a qualidade dos resultados. Laville e Dione (1999) apresentam três etapas de tratamento que devem anteceder a análise dos dados. A fase de codificação dos dados consiste em atribuir códigos a cada um dos dados coletados e após os itens são ordenados em categorias. O segundo passo consiste na transferência dos dados coletados para um quadro informatizado que recebe o nome de bases de dados. Por fim, é feita a verificação dos dados coletados, em que o pesquisador deverá descartar os questionários que não atenderem aos propósitos da pesquisa ou possuam dados incompreensíveis, omissões, ambiguidades, inconsistências, entre outros problemas que inviabilizem a utilização dos dados. 99 7 ANÁLISE DOS DADOS Nos tópicos a seguir serão trabalhados os dados oriundos das pesquisas realizadas na fase qualitativa e quantitativa. Nessas análises foram empregadas técnicas analíticas, percentuais, descritivas e estatísticas que permitirão inferir e interpretar os resultados obtidos, com o intuito de ampliar os entendimentos sobre a temática e atender aos objetivos desta pesquisa. 7.1 Fase qualitativa Diante da natureza e dos objetivos deste estudo, como primeira etapa desta pesquisa realizou-se uma fase qualitativa com 23 participantes que responderam a perguntas elaboradas baseadas nos objetivos propostos com base nas 15 dimensões predefinidas. Dessa amostra, 15 entrevistados foram convidados a responder as questões relativas a restaurante, sem distinção de tipo ou categoria; outros dois participantes responderam as perguntas norteadas pelas experiências vividas em restaurante fast food, dois em restaurante à la carte, dois em self service e dois em restaurante rodízio. As entrevistas foram coletadas no período de 14 de outubro a 30 de dezembro de 2013, na cidade de Belo Horizonte-MG. O tempo de duração de cada entrevista foi de acordo com as respostas de cada entrevistado, tendo, em média, 33 minutos cada entrevista, com total aproximado de 15 horas de gravação digital. Posteriormente, cada entrevista foi transcrita na íntegra no mês de janeiro de 2014. Após serem transcritas, as respostas foram análisadas por meio da técnica de discurso de Bardin (1979). Os entrevistados foram selecionados de forma aleatória, com faixa étaria entre 23 e 62 anos, de diferentes classes sociais e estado civil. A maioria dos entrevistados declarou possuir no mínimo um filho. Todos os entrevistados declararam realizar refeições em restaurante no mínino uma vez na semana. 100 Após a identificação do perfil dos entrevistados, procurou-se atender ao objetivo da pesquisa, identificando os atributos considerados mais importantes pelos consumidores na sua decisão por restaurantes. Para isso, foram direcionadas perguntas relacionadas às seguintes dimensões predefinidas: identificação dos atributos, preço, motivações, comida, comportamental, promoção, frequência, ambiente, limpeza, estacionamento, segurança, entretenimento, atendimento, bebida e localização, que abrangem os principais aspectos de um restaurante. 7.1.1 Identificação dos atributos Nessa dimensão genérica, os entrevistados foram instigados a avaliar quais são os atributos considerados relevantes em refeição e restaurantes. Ao serem estimulados a determinar de forma rápida as três primeiras palavras que vêm à cabeça quando se pensa em um restaurante, os entrevistados responderam: comer, beber, ir embora, atendimento, boa alimentação, conforto, boa comida, local limpo, fila, refeição, rapidez, almoço, comida, qualidade, sofisticação, alimento saudável, ambiente, preço, refeição, higiene, aconchegante e bonito. Percebe-se que, ao pensar em restaurantes, os entrevistados possuem tendência a considerar um conjunto de aspectos físicos, culturais, alimentares e subjetivos que associam a imagem do restaurante. Para melhor compreensão desses aspectos, será avaliado neste tópico o ponto de vista dos entrevistados sobre os atributos relacionados ao estabelecimento físico do restaurante, de forma separada das características relacionadas aos produtos comercializados. Ao serem questionados sobre os principais atributos que sempre são levados em consideração ao escolher um restaurante, os participantes ressaltaram a limpeza/higiene nos ambientes (salão, banheiro, cozinha, fachada, estacionamento, etc.), utensílios (pratos, copos, talheres, bandejas, etc.) e 101 mobiliários (mesas, cadeiras, buffets, etc.), variedade em opções de refeições e bebidas, boa localização, qualidade no atendimento, bom cardápio, comida de qualidade e com sabor atrativo, boa recomendação de amigos, custo-benefício satisfatório, promoções, bom tempero, ambiente aconchegante que ofereça uma experiência agradável, preço justo, estacionamento, funcionários bem treinados e cordiais que gostam de trabalhar, boa organização do restaurante, variedade de formas de pagamento, decoração de bom gosto, iluminação adequada, climatização do ambiente e boa ventilação. Os entrevistados ressaltam que obrigatoriamente um restaurante deve oferecer comida de boa qualidade, bom atendimento, boa higiene, excelente variedade de comidas no cardápio, comodidade, conforto, segurança, preço justo, variedade, organização, boa aparência, ambiente agradável, espaço para o tráfego de pessoas entre as mesas e cadeiras, variedade em opções de pagamento, mobiliarios confortáveis e privacidade no momento da refeição. Qualidade da comida, bom atendimento, limpeza, porque essas características demonstram que o estabelecimento é bom ou não, ele garante que você tem conforto, que você tem comida de qualidade, tudo isso (Entrevistado 5). Higiene, conforto, aparência, importante (Entrevistado 9). atendimento. Porque acredito ser Comida boa, higiene e preço. O ambiente deve ser agradável, cadeiras boas para se sentar e ter privacidade (Entrevistado 11). O que mais agrada os entrevistados em um restaurante é a variedade, o bom preço, o bom atendimento, a comodidade, a aparência do restaurante, qualidade e o sabor da comida, um cardápio diferenciado, ambiente seguro, tranquilidade, a beleza e decoração, conforto, a higiene e a localização. A maioria dos entrevistados afirma conhecer algum restaurante conhecido há mais tempo que lhe traz lembranças positivas e que gostaria de continuar frequentando por razões que remetem a momentos de felicidade vividos naquele ambiente, por tradição, por conhecer os funconários e receber atendimento personalizado, por se sentir confortável, por oferecer comida variada e bem feita, 102 por se sentir valorizado, por ter prazer em comer bem e por remeter a um ambiente alegre e familiar. Sim, tradição, né. Geralmente esses lugares são lugares que você conhece há mais tempo, a indicação é mais antiga, os funcionários são mais antigos também, então acaba que eles conhecem mais o prato, o atendimento é mais personalizado, porque as pessoas são geralmente pessoas que frequentam há mais tempo, então eu acho que é um ambiente mais próximo (Entrevistado 5). Sim. Ambiente alegre, amizade, bom atendimento, boa comida, e familiar (Entrevistado 9). Do ponto de vista dos entrevistados, os restaurantes podem despertar sentimentos positivos aos frequentadores, sendo eles a curiosidade em experimentar algo novo, tranquilidade, comodidade, satisfação em comer, prazer de estar em boa companhia, felicidade, alegria em saciar a fome, conforto, ousadia, glamour e relaxamento. Em outras situações, podem ser despertados sentimentos negativos como gula, preocupação com a higiene geral, receio com a qualidade da comida, frustração com o sabor e o tempero utilizado na refeição, sensação de desorganização, falta de paz e sossego por causa do excesso de barulho, tristeza e insatisafação com o atendimento. Existem restaurantes que trazem lembranças negativas tais como atraso no momento da entrega da comida, garçons despreparados, mau atendimento, falta de asseio, problemas de conservação nos alimentos, sentimento de nojo, comida ruim, objeto localizado na comida, lugar escuro, barulhento, lugar cheio e sujo. As principais vantagens de comer em um restaurante em comparação a comer em casa é que os preparados em restaurante são mais gostosos, possuem tempero diferenciado, não dão trabalho para fazer, possuem mais variedade e não é necessário lavar as louças ao final da refeição. Os principais fatores observados em restaurante que desagradam os entrevistados são o excesso de barulho, a falta de higiene, mau atendimento, cheiro de fumaça de cigarro, pessoas mal-educadas, garçons despreparados, comidas que não combinam, comidas mal preparadas, local cheio, alto preço, 103 pedidos errados, demora no atendimento, fila para servir e pagar a refeição, demora no preparo da comida, problemas com a máquina do cartão de crédito e débito, valor mínimo para pagar em cartão ou cheque e problema no preparo da comida. A principais reclamações sobre os estabelecimentos frequentados pelos participantes são a demora no atendimento, garçons mal treinados, falta de higiene no estabelecimento, a falta de educação das pessoas que frequentam o restaurante, ambiente apertado e desconfortável, falta de atenção, desorganização, longas filas para pagar a refeição, falta de mesas e cadeiras para fazer a refeição, pedidos incorretos, mau atendimento, talheres e pratos sujos e a proximidade da ala de fumantes com a de não fumantes. Atendimento demorado, limpeza, garçom mal-educado (Entrevistado 10). Atendimento, fila pra pagar, fila enorme e ultrapassa o horário de almoço, ambiente muito apertado, dificuldade pra sentar, tem que pensar na satisfação do cliente (Entrevistado 2). Desorganização é o maior problema (Entrevistado fast food 1). Demora, falta de atenção, mau atendimento (Entrevistado à la carte 1). Muitas vezes o espaço, que é pequeno, você tem que ficar arrastando cadeira pra ter espaço para o outro entrar (Entrevistado self service 2). De forma geral, a falta de higiene no restaurante, falta de asseio na preparação da comida, encontrar itens no prato que não condizem com o alimento, mau atendimento, comida ruim, preço alto, localização afastada e o público que frequenta o restaurante foram levantados como os principais motivos mencionados pelos entrevistados como justificativa para não se consmuir outras vezes em um restaurante. Do ponto de vista dos entrevistados, para considerar um restaurante atrativo, deve-se investir na limpeza, na qualidade do alimento, atendimento, aparência e cheiro da comida, cardápio diferenciado, preço justo, ambiente bonito e aconchegante, boa refeição e promoções que ofereçam diferenciais aos concorrentes. 104 Por outro lado, as principais vantagens e benefícios de consumir produtos em restaurante estão relacionados a: variedade dos pratos servidos, interação com outras pessoas, paladar diferenciado da comida feita em casa, bebidas servidas, praticidade, agilidade em comer e ir embora, facilidade de não precisar preparar a comida em casa e limpar a cozinha e a comodidade de ser servido. A interação, e o paladar diferenciado da comida normal, a reunião com pessoas afins, um bate-papo, talvez uma bebida, um drink, alguma coisa assim (Entrevistado 4). Não ter que preparar minha própria comida (Entrevistado 7). Comodidade de não ter a cozinha suja (Entrevistado 11). Os entrevistados de restaurante rodízio destacam a vantagem de comer muito e pagar um preço único pela refeição, além de ter várias opções de tipos e sabores à disposição. Já o entrevistado de fast food afirma que a vantagem de comer um sanduíche é de apenas saciar uma vontade, pois esse tipo de alimento não fornece algum tipo de benefício, principalmente para a saúde: “vantagem é matar a vontade. Benefício não tem nenhum” (Entrevistado fast food 1). As principais características citadas como fatores que levam os participantes a decidir pela refeição em determinado restaurante são a aparência da comida, o cheiro do alimento, a aparência dos funcionários, a vontade de comer um prato específico, a variedade, o sabor do alimento, os ingredientes utilizados na receita, receitas exóticas, temperos, comida com aspecto de nova e disposição dos pratos, higiene nos locais de contato com o público do restaurante, a relação custo-benefício, atendimento, tempo, necessidade, preço, a ilustração do prato no cardápio, indicação de amigos e familiares, comida com temperatura adequada para o consumo, variedade em saladas e em bebidas, a localização, a agilidade do fornecimento da comida e a comodidade. 105 A qualidade da comida, o sabor, comida saudável, opções de comida, de suco, atendimento e aparência das pessoas com uniforme e pessoas limpas, com divisão de tarefas respeitadas (Entrevistado 2). Eu sou muito de olhar para a aparência da comida, se estiver bonita eu experimento, e também pelo cheiro, pelo local também. Chegar num local limpinho e a comida está bonita, isso me instiga muito (Entrevistado 3). As principais queixas de produtos servidos em restaurantes mencionados pelos entrevistados são produto com a aparência de velho e estragado, refeição fora do ponto, sem tempero ou em temperatura inadequada, pratos que não correpondem à imagem comercializada, falta de variedade, pedra no feijão, comida pesada, prato errado, comida estragada ou com muito sal, objetos e insetos misturados na comida. Os principais atributos destacados pelos entrevistados foram estratificados e classificados nas dimensões predefinidas e serão apresentados em palavras e frases, conforme QUADRO 7: QUADRO 10: Atributos por dimensão - continua Dimensão Atributos Preço Custo, benefício, forma de pagamento, cartão de crédito, cartão de débito, dinheiro, vale-alimentação, cupom do restaurante, cartão de benefícios de empresa, cheque, preço justo, preço, custo benefício satisfatório, variedade de formas de pagamento, bom preço. Boa recomendação de amigos, momentos de felicidade vivido naquele ambiente, por tradição, por conhecer os funcionários e receber atendimento personalizado, por se sentir confortável, por oferecer comida variada e bem feita, por se sentir valorizado, em ter prazer em comer bem e por remeter um ambiente alegre e familiar, não dá trabalho para fazer, não necessita lavar as louças ao final da refeição, conhecer um novo local, gostar da comida do restaurante, comemorações, a qualidade e sabor da comida, o ambiente agradável, falta de opção em casa, falta de alimento para fazer comida em casa, ter a possibilidade de se divertir, indicação de amigos, pelo atendimento, preço, qualidade da comida, higiene, necessidade, a beleza do local, interagir com amigos e familiares, conhecer novos lugares e ambientes, a falta de tempo e disposição para fazer comida em casa. Comer, beber, boa comida, refeição, almoço, comida, alimento saudável, variedade em opções de refeições, bom cardápio, comida de qualidade e com sabor atrativo, bom tempero, excelente variedade de comidas no cardápio, variedade, qualidade e o sabor da comida, cardápio diferenciado, comida ruim, tempero diferenciado, problema no preparo da comida, sabor/gosto, marca, a aparência, qualidade, variedade, apresentação, a sensação de ser um produto fresco e a limpeza do produto. Motivações Comida 106 QUADRO 11: Atributos por dimensão - conclui Dimensão Atributos Comportamental Ir embora, comodidade, tranquilidade, conforto, satisfação em comer, prazer de estar em boa companhia, felicidade, alegria em saciar a fome, conforto, ousadia, glamour, relaxamento, gula, preocupação com a higiene geral, receio com a qualidade da comida, frustração com o sabor e o tempero utilizado na refeição, sensação de desorganização, falta de paz e sossego por causa do excesso de barulho, tristeza e a insatisfação com o atendimento, pessoas maleducadas, indicação do chefe ou garçom, cônjuges/namorado, parentes e amigos. Promoções Promoções, brindes, sensação de ganhar, sensação de vantagem, atrativo, promover a satisfação no cliente, gerar fidelização com o estabelecimento, atrair nova clientela, representar um sinal de atenção e agradecimento ao cliente por frequentar o restaurante, programa de relacionamento, bonificação do cliente com pontos para trocar em produtos ou refeições grátis no aniversário, até sobremesa grátis. Frequência Assiduidade, fidelidade, retornar. Ambiente Conforto, sofisticação, ambiente, aconchegante, bonito, utensílios, ambiente aconchegante que ofereça uma experiência agradável, decoração de bom gosto, iluminação adequada, climatização do ambiente, boa ventilação, comodidade, conforto, ter espaço para o tráfego de pessoas entre as mesas e cadeiras, ter mobiliários confortáveis, proporcionar privacidade no momento da refeição, a beleza e decoração, garçons despreparados, lugar escuro, barulhento, lugar cheio, falta de mesas e cadeiras para fazer a refeição, proximidade da ala de fumantes com a de não fumantes. Limpeza Local limpo, higiene, limpeza/higiene nos ambientes (salão, banheiro, cozinha, fachada, estacionamento, etc.), utensílios (pratos, copos, talheres, bandejas e etc.) e mobiliários (mesas, cadeiras, buffets, etc.), boa higiene, a aparência do restaurante, falta de asseio, problemas de conservação nos alimentos, sentimento de nojo, objeto localizado na comida, sujo, falta de higiene no restaurante, falta de asseio na preparação da comida, itens no prato que não condizem com o alimento. Estacionamento Estacionamento, não se incomodarem em achar um local para estacionar nas proximidades do restaurante, comodidade, praticidade e segurança dos consumidores que possuem carro, não desejam deixar o carro na rua ou em estacionamentos terceirizados na proximidades do restaurante a ser frequentado como justificativa, vaga, estacionar. Segurança Segurança, ambiente seguro, perigoso, ambiente escuro, local afastado, que não passam sensação de segurança. Entretenimento Divertir-se e tornar a experiência um momento de distração, televisão para assistir ao telejornal, espaço para as crianças se divertirem, música ambiente, happy hour, jantares, datas especiais, datas festivas (dia das mães, dia dos namorados, e dia das crianças), finais de semanas, agradável, descontraído, volume da música deve ser baixo e que permita a conversa entre as pessoas, aparelho de televisão. Atendimento Atendimento, fila, rapidez, qualidade no atendimento, funcionários bem treinados e cordiais que gostam de trabalhar, boa organização do restaurante, bom atendimento, organização, pedidos errados, demora no atendimento, fila para servir e pagar a refeição, demora no preparo da comida, problemas com a máquina do cartão de crédito e débito, valor mínimo para pagar em cartão ou cheque. Bebida Variedade em opções de bebidas, bebidas alcoólicas, não alcoólicas, cerveja, refrigerante, vinho, champagne, água com gás, água mineral, suco natural. Localização Boa localização, localização, distância, perto e longe. Fonte: dados da pesquisa. 107 7.1.2 Preço Nas perguntas realizadas nessa dimensão buscou-se identificar como a relação custo-benefício influencia a decisão de escolha e compra dos entrevistados em restaurantes. A maioria dos entrevistados acredita que o preço mais alto praticado por um restaurante não está diretamente relacionado à qualidade do produto a ser comercializado por ele. Sendo assim, os restaurantes que comercializam os proodutos com preços elevados não necessariamente possuem um produto de melhor qualidade. Outros fatores, como localização e a forma de atendimento, podem influenciar diretamente no valor do produto a ser comercializado. Não. Porque eu acho que os restaurantes hoje variam de preço mais pela localização e não pela qualidade do serviço. Se você está num bairro mais luxuoso, o preço obviamente vai ser mais caro, mas às vezes tem um mesmo restaurante em outro bairro é mais barato e a comida é a mesma (Entrevistado 3). Não. Porque podem ter outros valores agregados ao produto, o atendimento, a localização. Para mim são vários fatores que vão interferir no valor do produto, não apenas a sua matéria-prima (Entrevistado 1). Acredito que não, mas deveria. A gente tem essa mania, de associar o preço com a qualidade do local, mas nem sempre o preço alto quer dizer um bom produto, infelizmente (Entrevistado 12). Para a maioria dos entrevistados o preço dos produtos comercializados por um restaurante influencia diretamente a escolha e, por consequência, a decisão de consumo. O valor que a pessoa posssui para gastar com a alimentação determina o tipo de restaurante e refeição ela escolherá levando em consideração principalmente a relação custo-benefício do produto. Bem, é bem uma influência bem forte, porque ou eu tenho pra pagar ou eu não tenho, então é uma influência direta (Entrevistado 5). Basicamente, olhando o meu orçamento, se eu estou disponível pra comer naquele local ou se eu tenho que buscar um local mais barato (Entrevistado 12). Os principais fatores que levam os entrevistados a pagar mais caro por uma refeição em um restaurante são: qualidade e sabor da comida, qualidade do 108 atendimento, localização, variedade de opções de comida, ambiente, uma comemoração, cardápio diferenciado, um chefe renomado e a indicação de um familiar ou amigo. Em relação à forma de pagamento utilizada, as principais são: dinheiro, cartão de débito e credito e tíquete-alimentação. As formas de pagamento consideradas indispensáveis pelos entrevistados em qualquer restaurante são cartão de crédito e débito, dinheiro, vale-alimentação, cupom do restaurante, cartão de benefícios de empresa e cheque: “débito, cartões de benefícios de empresas, vale-refeição, débito de bandeiras mais conhecidas, dinheiro lógico e cheque em algumas oportunidades pode ser considerado também” (Entrevistado 1). Percebe-se que o preço do produto comercializado em um restaurante inflluencia diretamente a decisão de escolha de um restaurante. O cliente busca pagar um preço justo pelo produto a ser consumido, adequando o valor praticado no restaurante à faixa de preço condizente com o orçamento existente. O alto valor cobrado por alguns restaurantes não garante qualidade superior dos produtos, mas em casos de pagar mais caro por uma refeição o cliente busca identificar atributos diferenciados que justifiquem um valor mais alto. Outro aspecto interessante para considerar a escolha e decisão de um restaurante é a variedade de opções de forma de pagamento. 7.1.3 Motivação A fim de avaliar os principais motivos que levam as pessoas a frequentarem restaurantes, foram formuladas perguntas que refeltiam as principais razões que incentivam as pessoas a frequentarem restaurantes, quais são os principais agentes influenciadores na decisão de escolha e as preferências dos entrevistados. Os principais motivos que levam as pessoas a frequentarem um restaurante do ponto de vista dos participantes são: falta de tempo para cozinhar em casa, praticidade, não saber cozinhar, curiosidade em conhecer um novo local, gostar 109 da comida do restaurante, comemorações, a qualidade e sabor da comida, o ambiente agradável, falta de opção em casa, falta de alimento para fazer comida em casa, ter a possibilidade de divertir-se, a vontade de sair de casa, indicação de amigos, atendimento, preço, qualidade da comida, higiene, necessidade e a beleza do local. As principais motivações declaradas pelo entrevistados para consumir produtos em restaurantes são: almoçar, jantar, lanchar, saciar uma vontade, comemorar, aproveitar uma boa alimentação, interagir com amigos e familiares, conhecer novos lugares e ambientes e a falta de tempo e disposição para fazer comida em casa. Os motivos que me levam normalmente são a comida boa mesmo, o ambiente agradável, sempre que me levam a comer em restaurante, principalmente a comida. Eu sempre vou por causa de uma comidinha boa, mas eu sempre coloco o conjunto ambiente confortável e limpinho que você chega e se sente agradável, você senta, você está tranquilo, uma comida boa pra mim (Entrevistado 3). Principalmente a necessidade de fazer refeição e a falta de tempo para prepará-las (Entrevistado 7). A vontade de sair de casa e comer fora (Entrevistado fast food 1). Os tipos de restaurantes mais conhecidos entre os entrevistados são: fast food, comida mineira, comida caseira, comida temática (japonesa, italiana, tailandesa, chinesa, europeia, americana, indiana), à la carte, churrascaria, pizzaria, self service, cozinha fusion e molecular. Já os restaurantes lembrados como de mais preferência dos entrevistados são os japoneses, comida mineira, churrascarias, comida caseira, la carte, steak house, comida tailandesa, casa de massas, self service, comida alternativa/vegetariana e pizzaria. Todos os entrevistados afirmaram já terem ido a algum restaurante mesmo sem intenção de ir, pois outras pessoas sugeriram frequentar o local. As principais razões para isso estão relacionadas principalmente ao desejo em satisfazer a vontade das pessoas que estavam em sua companhia: “sim. Nem sempre não decidimos tudo. Vamos pela companhia e não pelo local” (Entrevistado 7). 110 Os participantes preferem frequentar os restaurantes em grupos e compartilhar o momento da alimentação. Os principais motivos para essa preferência estão relacionados à possibilidade de interagir e socializar com as pessoas enquanto estão comendo: “em grupo. Porque acho que a refeição é sempre bom você fazer acompanhado, é interessante você ter companhia pra você conversar, então eu prefiro em grupo” (Entrevistado 5). A maioria dos entrevistados reconhece que é influenciada por cônjuges/namorado, parentes e amigos na escolha de um restaurante, principalmente quando estão saindo juntos e necessitam decidir por um ambiente que proporcione a satisfação de todos. Às vezes sim, se a gente estiver em grupo, a gente vai pegar pelo que a maioria gosta, então o que a maioria decidir a gente vai nesse mesmo (Entrevistado 3). Sim. A preferência da família normalmente prevalece sobre a preferência única, como a ideia é que a pessoa sente-se junto com a família, geralmente opta por um local onde todo mundo se sinta bem alimentado (Entrevistado 1). Ao alimentarem sozinhos, os participantes afirmam não sofrer influências na escolha do restautante: “muito raramente. Em situações que vamos almoçar juntos e eu quero agradar. Mas de forma geral, como almoço sozinho não existe este tipo de influência” (Entrevistado 7). Ao serem questionados se ao entrar em um restaurante a pessoa já possui em mente a refeição que ela deseja comer, a maioria dos entrevistados afirmou que não possui e decide-se ao ter contato com as opções da casa. A indicação do chefe ou garçom, variedade dos pratos, a aparência da comida, o cheiro, a opinião de amigos e familiares, o cardápio, os ingredientes, a ilustração do prato e a possibilidade de obter novas experiências de sabores e tempero são fatores que influenciam as pessoas a experimentarem novos pratos. A maioria dos entrevistados acredita que a argumentação do garçom é confiável e pode influenciar a escolha de uma refeição ao indicar as sugestões da casa, a qualidade de determinada refeição, destacando os ingredientes e o modo de 111 preparo da receita, a quantidade de pessoas que são servidas em cada porção e os acompanhamentos. Acredito que sim. Às vezes ele pode mudar minha escolha, se ele acertar eu confio na palavra dele (Entrevistado 9). Ele é conhecedor do restaurante, então ele tem mais experiência do que eu. Eu acredito que sim, ele consegue me convencer. Se ele tiver os argumentos certos, ele vai conseguir me convencer a mudar de prato se eu estiver predisposta a experimentar algo novo (Entrevistado 6). A serem questionados sobre a influência que as propagandas exercem no comportamento de compra em restaurantes, a maior parte acredita que as propagandas exercem muita influência nos consumidores e os gestores de restaurantes devem investir em propagandas para instigar a curiosidade em visitar o local, apresentar os pratos oferecidos e ressaltar as novidades existentes no restaurante. Acho que sim. Eu acho que essas propagandas são bem convincentes. Eles mostram aquelas comidas, mesmo que o restaurante não seja aquilo tudo, só de você olhar aquilo ali, já te dá aquela vontade imensa, acho que influencia demais (Entrevistado 3). Muito, as propagandas normalmente instigam a curiosidade do novo, naquela pessoa, seja lá de acordo com as necessidades que ela tem no dia-a-dia (Entrevistado 4). Em relação à propaganda, um entrevistado de fast food ressaltou que a imagem dos produtos comercializados por esse tipo de estabelecimento é bastante atrativa, mas muitas vezes não corresponde à realidade: “as ilustrações do sanduíche não correspondem à verdade” (Entrevistado fast food 1). Outros entrevistados acreditam que a propaganda exercida por restaurante de modo geral influencia pouco a escolha de um restaurante. Já as indicações e promoções são ressaltadas como fatores que exercem mais influência. Pouco. As pessoas vão mais a restaurantes por promoções ou indicação, então uma propaganda normal e contínua talvez não vá influenciar (Entrevistado 6). De maneira geral pouco, acho que vai mais por indicação (Entrevistado 7). 112 Ao decidir pela escolha de um restaurante, alguns participantes afirmaram buscar informações em algumas situações antes de se decidir e ir ao local. Os principais meios utilizados para a busca de informações são internet, revistas e guias de bares e restaurantes e com amigos e familiares que já frequentaram o local, considerados a fonte de informação mais confiável. Normalmente sim. Internet, amigos e familiares. Amigos e familiares são mais confiáveis. Fiquei sabendo de restaurante, aí busco informações na internet, pesquiso a localização e depois pego indicação com amigos e familiares (Entrevistado 10). Por fim, os fatores que estimulam os participantes a retornarem a um restaurante são: a qualidade da comida, o bom atendimento, satisfação em estar no local, necessidade de se alimentar, praticidade, beleza e a possibilidade de comemorar uma data especial. De modo geral, existem diversos fatores que vão desde razões pessoais a sociais que motivam as pessoas a frequentarem e consumirem produtos em restaurantes. Os principais agentes influenciadores na decisão de escolha são os amigos e familiares, além de informações contidas na internet. 7.1.4 Comida Nesse aspecto, foram apresentados questionamentos aos participantes sobre a atividade-fim de um restaurante, o fornecimento de comida. Buscou-se identificar a relevância da qualidade da comida para a classificação positiva de um restaurante, avaliou-se a disposição dos consumidores em variar os pratos e ressaltaram-se os aspectos mais valorizados em um produto consumido em um restaurante. O primeiro questionamento procurou identificar se o simples fato de servir uma boa comida já define um restaurante como bom. Essa pergunta estimulou os participantes a avaliar os restaurantes por meio de uma classificação subjetiva baseada em critérios pessoais do que pode ser considerado bom. 113 A maioria dos entrevistados afirmou que um restaurante não pode ser classificado apenas pela qualidade da comida servida, pois outros fatores, como higiene, atendimento, localização, as bebidas, o público, o ambiente, forma de pagamento, o entretenimento e o estacionamento, influenciam diretamente na classificação do restaurante como bom. Pode-se considerar, mas não só a comida, né. Eu acho que o ambiente tem que estar limpo, estar agradável, não adianta você ter uma comida boa, se você olhar para as paredes e está tudo mofada, você não vai ficar legal num lugar deste. Eu acho que não é só a comida que a gente considera um restaurante como bom não, eu acho que a aparência também conta muito (Entrevistado 3). 70%. Além de questão de higiene, bom atendimento e melhor plano localização (Entrevistado 7). Além dos itens destacados, os entrevistados de restaurante self service e rodízio mencionam a variedade de pratos como fatores que influenciam a classificação do restaurante. Já outros entrevistados asseguraram que oferecer boa comida exclusivamente garante, sim, o status de um bom restaurante. Estes justificaram a resposta baseando-se no papel principal de um restaurante, que é fornecer comida e nada mais. Desta forma, a avaliação de restaurante deve se pautar primordialmente na comida fornecida. Sim. Pois as pessoas vão lá é para comer (Entrevistado 8). Sim. Porque o restaurante, a principal coisa que tem que ser boa é a comida, se a comida for ótima, muito bom. Agora se ele tiver um diferencial isso seria bem interessante, mas principalmente a comida, a comida tem que ser o carro-chefe mesmo (Entrevistado 5). Outro aspecto avaliado foi a tendência dos pesquisado a variar as refeições. Ao serem questionados sobre essa possibilidade, a maioria dos participantes respondeu gostar de variar o que comer. A justificativa para esse hábito está atrelada à vontade de conhecer novos sabores e, principalmente, para não enjoar da comida cotidiana. 114 Os entrevistados que não possuem o hábito ou simplesmente não gostam de variar o que comer assumem essa preferência por ser mais prático, por já saber o que comer e, principalmente, por se sentirem satisfeitos com aquela refeição predeterminada. Gosto de pedir sempre a mesma refeição. Pelo fato de ir a lugares que normalmente frequento, eu já busco aquela refeição que me agrada sempre (Entrevistado 3). Gosto sempre da mesma coisa, porque eu já sei mais ou menos o que gosto e o que como (Entrevistado 14). Percebe-se a tendência dos consumidores de self service e fast food em manter um padrão de pratos cotidianamente, diferentemente dos outros tipos, que gostam de variar. Ao avaliar as características mais valorizadas dos produtos consumidos em restaurantes entre os entrevistados, são ressaltados os aspectos ligados ao sabor/gosto, marca, aparência, qualidade, variedade, apresentação, a sensação de ser um produto fresco e a limpeza do produto. Valorizo num produto, qualidade do produto mesmo, vou muito pela marca (Entrevistado 3). A aparência, porque a gente primeiro come com os olhos (Entrevistado 5). Um entrevistado de restaurante fast food salientou que a imagem do sanduíche conta muito no momento da escolha da refeição: “o que mais me valorizo é a imagem e o gosto do sanduíche” (Entrevistado fast food 1). Sendo considerada a atividade-fim de qualquer restaurante, a comida ganha papel de destaque na visão dos entrevistados. Entretanto, a comida de forma exclusiva não apresentou relevância majoritária que a definisse como ponto mais importante na classificação de um restaurante de forma positiva. Percebe-se que os aspectos mais valorizados pelos entrevistados para avaliar os produtos consumidos em um restaurante são diversos e seguem tendência pessoal e subjetiva. 115 7.1.5 Comportamental No aspecto comportamental, tentou-se identificar as principais razões, preferências, influências e o perfil dos consumidores de restaurantes sob o ponto de vista dos entrevistados. Para os entrevistados, os produtos em restaurantes são consumidos por motivos diferentes, entre eles saciar a fome, experimentar novos pratos e temperos, qualidade, satisfação de um gosto/paladar, para comer algo diferente, por ser prático, por não ter como comer em casa no horário do trabalho ou para sair de casa. Ao serem questionados sobre a razão de algumas pessoas não consumirem produtos em restaurantes, os entrevistados justificam que possivelmente essas pessoas não confiam no preparo ou qualidade dos alimentos, por preferirem comida caseira ou por acharem caro. De maneira geral, os entrevistados descrevem os consumidores de restaurantes como pessoas famintas, com pouco tempo para fazerem comida em casa, que gostam de interagir em momentos de lazer, trabalhadores que precisam se alimentar, farristas, apressados, estressados, práticos, casados, ricos, pobres, pessoas que moram sozinhas e que viajam muito ou buscam diversão. Eu acho que são pessoas que geralmente trabalham muito, têm pouco tempo em casa pra fazer uma comida, ou pra diversão, pessoas assim, como é que eu vou dizer, entre aspas, os farristas que gostam de tomar uma cervejinha, fora isso, o que eu vejo assim, dia a dia são pessoas trabalhadoras (Entrevistado 3). O perfil comportamental da pessoa que irá se alimentar em um estabelecimento é tido como um aspecto que pode influenciar o processo de decisão de escolha em restaurantes. As pessoas vão buscar se alimentar em locais que estão de acordo com suas características comportamentais. Pessoas nervosas e sem paciência vão evitar locais cheios e com filas, as menos exigentes vão se adaptar a maior quantidade de restaurantes e as mais calmas vão buscar locais que se adéquem à sua personalidade. 116 Sim. Com certeza as pessoas menos exigentes aceitam mais, as pessoas mais exigentes não possuem tanta paciência (Entrevistado 7). Sim. Se é uma pessoa mais agitada ela prefere comer e sair logo (Entrevistado 10). Sim, pessoa nervosa, com pouco tempo, entra em um restaurante lotado, não vai voltar nunca mais (Entrevistado 13). O sentimento despertado nas pessoas que se alimentam em restaurantes na visão dos participantes é positivo, deixam-nas satisfeitas, felizes, saciadas, com uma sensação positiva, alimentada e contente com a experiência vivida. Me sinto bem, me sinto feliz, saciada, porque eu gosto de me alimentar bem (Entrevistado 6). Me sinto bem. Porque eu gosto daquele ambiente, com as pessoas conversando, comendo alguma coisa, etc., botar a conversa em dia (Entrevistado 1). Os principais produtos consumidos em restaurantes citados pelos entrevistados são as carnes, saladas, tortas, pudim, vinho, arroz, feijão, pratos salgados, bebida, almoço/jantar, refrigerante, salada, omelete, bebida alcoólica, macarrão, peixe, sanduíche, batata frita, churrasco, comida japonesa, bala, chicletes, suco, sobremesa, sorvete e petit gateau. Esses produtos são consumidos em restaurantes por motivos diferentes, entre eles, saciar a fome, experimentar novos pratos e temperos, qualidade, por atender a um gosto/paladar, para comer algo diferente, por ser prático, por não ter como comer em casa no horário do trabalho ou para sair de casa. Existe uma tendência dos entrevistados a acreditar que a idade dos consumidores influencia na compra de produtos em restaurantes. Os entrevistados acreditam que em cada fase da vida a pessoa possui um tipo de satisfação, um paladar e suas preferências tendem a mudar de acordo com a idade. As pessoas mais jovens são menos exigentes, comem mais e não possuem tanta preocupação com o que comer. Já as pessoas com mais idade se preocupam em comer alimentos mais saudáveis. 117 Acredito que sim. As pessoas mais novas são menos exigentes (Entrevistado 7). Influência. Os jovens não querem comer comida normal. Uma pessoa de idade prefere uma salada com peito de frango, uma comida mais light, não é uma pessoa de hambúrguer, refrigerante (Entrevistado 2). Sim, pessoa mais nova come mais (Entrevistado 14). Um entrevistado opina que pessoas com mais idade possuem mais condições para consumir produtos e serviços de um restaurante: “sim. Eu acho que primeiro a independência mesmo, né, as pessoas mais velhas têm maior condição de comprar num restaurante, de comer fora, então eu acho que isso influencia também” (Entrevistado 5). A limitação da condição financeira fica mais clara quando questionado aos entrevistados se a renda influencia na compra em restaurantes. Os entrevistados afirmam que a renda da pessoa determina a escolha do restaurante e até a refeição que ela vai fazer: “sim. Obviamente, a sua renda define até que preço você pode pagar em um restaurante, até quanto você pode gastar com isso” (Entrevistado 11). A renda da pessoa determina o nível do restaurante que ela irá freqüentar. Caso sua renda aumente ou reduza, os hábitos alimentares podem ser alterados e adaptados a uma nova classe social. Sim. A minha renda me permite frequentar alguns restaurante que estão na faixa de valor que eu aceito pagar por uma comida e fatalmente, se a renda melhorar eu passo a frequentar lugares onde a refeição seja mais cara (Entrevistado 1). A classe social a que as pessoas pertencem define o tipo de restaurante que ela frequentará. Aquelas com melhor condição financeira têm mais possibilidades de escolha e frequentam restaurantes mais sofisticados. Sim. Quem tem renda maior possui a possibilidade de frequentar locais melhores (Entrevistado 7). 118 Sim, eu acho que cada classe vai num tipo de restaurante, acho que quem tem uma classe mais alta não vai no restaurante popular, pelo menos eu não vejo muito (Entrevistado 3). Para os entrevistados, o estado familiar (casado, solteiro, com namorada, com filhos, etc.) do consumidor influencia o comportamento e a decisão de escolha de restaurantes. Quando está acompanhado, a têndencia é escolher restaurantes que se adéquem à necessidade de todos. Sim. Normalmente quando você está com mais pessoas, você vai em um local que sirva refeições que atendem a todos (Entrevistado 10). Sim. Uma pessoa que vai com a família, certamente ela vai ter um perfil de escolha de restaurante que condiz com a quantidade de pessoas que estão lá, com a faixa etária das mesmas, é isso (Entrevistado 1). Para cada ocasião levam-se em consideração restaurantes mais propícios para atender à necessidade do momento, sejam eles encontros familiares que devem possuir espaço para as crianças brincarem enquanto os pais se alimentam, locais mais reservados e aconchegantes mais frequentados por casais e ambientes mais agitados frequentados preferencialmente por solteiros. Influência. Tem restaurante que é para pessoas solteiras, outros para casados, varia muito da época que a pessoa está vivendo (Entrevistado 2). Sim. Primeiramente acredito que financeiro, né, por exemplo, para levar a família toda no restaurante geralmente vai ser em um restaurante que tenha um valor um pouco menor, que tenha atração para criança, né, é, que atenda às vezes bebida alcoólica. Assim, quando a pessoa está solteira ou está com o amigo, ela vai escolher um lugar que dê pra conversar mais alto, uma coisa mais dinâmica, e quando ela está com o namorado, é casado, só casal, geralmente o ambiente escolhido é mais tranquilo, que dê pra conversar (Entrevistado 5). No momento da escolha de um restaurante, os entrevistados afirmam que em alguns momentos arriscam, já em outras ocasiões gastam pouco tempo coletando informações a partir da indicação de amigos e familiares, consulta na internet e guias de bares e restaurantes: “nessas questões eu sou bem rápida. Pego a indicação com uma pessoa, se eu conheço a pessoa e é de confiança e ela falar que é bom, eu estou indo, ela me influencia totalmente” (Entrevistado 3). 119 Para os entrevistados, nem sempre os consumidores chegam a um restaurante decididos sobre o que vão consumir. Muitas vezes eles definem consumir itens que não foram planejados. Quase sempre o garçom, o cardápio, a ilustração, o preço e a apresentação dos pratos influenciam a escolha definitiva do prato. Eu acho que a maioria não vai decidida não. Acho que é mais na hora mesmo, você vai com uma ideia na cabeça, quando você chega tem que aquele tanto de opção, aí você muda tudo (Entrevistado 3). Sim. Eu acredito que eles chegam decididos, mas também comem coisas que não foram planejadas, né, porque se for indicado pelo garçom ou se chegarem no lugar e virem alguma coisa que eles acharem interessante é possível que eles comam também (Entrevistado 5). Sim, por exemplo, muitas das vezes eu escolho o que eu conheço e depois pelo preço (Entrevistado fast food 1). Alguns entrevistados comentam não ficarem inseguros ou com receio de consumir produtos e serviços de um restaurante pela primeira vez. Não. Acho que eu tenho que experimentar como tudo na vida, pode-se gostar ou não (Entrevistado 4) Não. Acho que a comida é mais tradicional. Eu não tenho receio assim. A cozinha pode estar pegando fogo, se eu não ver o rato saindo lá de dentro, não ligo muito (Entrevistado 2). . Já outros demonstraram algum tipo de receio em consumir produtos em restaurantes desconhecidos, por não conhecerem a higiene da casa, a qualidade dos produtos ou até mesmo por não ter as expectativas atendidas. Com receio sim, às vezes por saber se a comida realmente é boa, se a higiene do restaurante é adequada, eu sempre fico com esse receio (Entrevistado 3). Sim. Porque eu posso não, não atender à expectativa que eu criei ao chegar naquele local (Entrevistado 7). Alguns respondentes acreditam não existir diferenças entre homens e mulheres no momento de decidir o que comer. Entretanto, a maioria acredita que as mulheres necessitam de mais ajuda para escolher o que comer, pois são mais indecisas, são mais atentas para a qualidade e higiene e procuram alimentar-se de forma mais saudável. 120 As mulheres, com certeza. As mulheres sempre são mais difíceis de agradar do que os homens. Os homens às vezes se contentam muito mais fácil e são menos exigentes que as mulheres. Acho até que é convencionado que a mulher tem que cozinhar, então ela tem um senso crítico bem maior que o homem (Entrevistado 6). Os principais motivos que levam os consumidores a se tornarem fiéis a um restaurante do ponto de vista dos entrevistados são: o bom atendimento, a qualidade e o sabor da comida, limpeza, comodidade, ser bem recebida, local agradável, o modo de preparo da alimentação, o cardápio, o bom preço, segurança, a variedade, localização e a simpatia dos funcionários. 7.1.6 Promoção Para avaliar a importância de itens promocionais, os entrevistados foram questionados se brindes e promoções influenciam o comportamento do consumidor e como. Além disso, foram convidados a refletir sobre os pontos em que os gestores de restaurantes devem ter atenção para fidelizar os clientes. De forma geral, os itens promocionais são bem aceitos pelos entrevistados e são considerados um agrado para os consumidores. A sensação de ganhar algo é bem aceita e destacada pelos participantes como algo que gera a sensação de vantagem, independentemente do que seja concedido. Com certeza, todo mundo quer ganhar alguma coisa sempre (Entrevistado 6). Influência. As pessoas gostam muito, a vantagem que as pessoas querem ter, ganhar alguma coisa, independente do que for (Entrevistado 2). Os brindes e promoções são considerados um atrativo a mais, que pode promover a satisfação do cliente, gerar fidelização com o estabelecimento, principalmente em restaurantes self service, atrair nova clientela ou representar um sinal de atenção e agradecimento ao cliente por frequentar o restaurante. Sim. A gente vê isso como um agrado, uma atenção especial e retorna (Entrevistado 5). 121 Influência. Parece que é um jeito de agradecer o cliente por ele ter ido ali, ele sempre vai querer voltar, nem que seja só pelo brinde, mas ele vai, parece que é uma recepção a mais que ele faz para o cliente (Entrevistado 3). Ao serem questionados se os restaurantes devem investir em promoções e brindes, os respondentes afirmaram ser interessante que esses estabelecimentos invistam nesse tipo de atrativos. Os entrevistados de fast food comentam que nesse segmento as promoções no preço e no produto são bastante atrativas para tornar frequente a concorrência. Deve, oferecendo uma promoção, um desconto, um brinde, uma sobremesa (Entrevistado 2). Deve fazer uma promoção atrativa no preço e no produto (Entrevistado fast food 1). Para os gestores de restaurantes são sugeridas ações que vão desde a criação de banco de dados para receber o cadastro dos principais dados dos clientes e promover um programa de relacionamento que possibilite o envio de propagandas, cardápio do dia e bonifique o cliente com pontos para trocar em produtos ou refeições grátis no aniversário, até sobremesa grátis. Esse programa de bonificações ou premiações é reconhecido como algo que visa a fortalecer a relação existente entre o cliente e o restaurante. Sim, é, mantendo um cadastro dos clientes que lá frequentam, e sempre mandando alguma propaganda, alguma promoção (Entrevistado 4). Sim. Marcar as vezes que o cliente vai para ganhar descontos ou refeições. No dia do seu aniversario você não paga (Entrevistado 10). Um entrevistado opina que esse tipo de promoção pode estabelecer um laço que proporcione mais frequência do cliente e possibilite um atendimento personalizado. Sim. Promoções para que o cliente possa ir sempre naquele restaurante, principalmente porque isso vai gerar mesmo uma relação do cliente com aquele restaurante. Eu acho que até as pessoas, funcionários vão conhecer mais aquela pessoa, então a tendência é que a pessoa tenha um atendimento mais personalizado (Entrevistado 5). 122 Os brindes são lembrados como um aspecto influenciador de crianças em restaurantes fast food: “brinde e promoções influenciam as crianças” (Entrevistado fast food 1). Na opinião dos entrevistados, os gestores de restaurante devem investir em promoções e programas de fidelidade, em produtos de qualidade, em pesquisas de satisfação do consumidor, identificação do perfil dos clientes, estratégias para encantar o cliente, na qualidade do atendimento, em informações para os funcionários sobre os produtos comercializados, preço justo, presteza e boa apresentação para manter e fidelizar os clientes. 7.1.7 Frequência Para avaliar os aspectos relacionados à frequência dos consumidores em restaurantes, foi questionado aos participantes sobre a assiduidade mensal, as ocasiões frequentadas, as preferências que estimulam a frequência a um restaurante e os fatores que motivam a trocar de restaurante. Os entrevistados selecionados visitam quatro a 30 vezes por mês um restaurante, e comparecem para almoçar ou jantar, comemorar aniversários, sair nos finais de semana com a família, participar de comemorações específicas, no horário de almoço do serviço e almoçar/jantar com amigos ou cônjuge. Os respondentes são estimulados a frequentar restaurantes quando necessitam alimentar-se, comemorar uma data especial, são indicados a conhecer um novo restaurante, têm vontade de comer algo diferente, ao receberem bom atendimento, para sair e interagir com os amigos e familiares, para frequentar um ambiente agradável, experimentar uma nova comida, ver gente nova e conhecer a qualidade dos serviços e produtos servidos. A maioria tem preferência por algum restaurante com características variadas como a qualidade da comida, o preço, o fato de se sentir acomodado no restaurante como se fosse a própria casa, a comida boa, o ambiente confortável, 123 a limpeza, o tempero, a qualidade dos serviços, a apresentação do local, o sabor, os pratos diferentes, preço fixo, comida leve, praticidade, conveniência, localização, comodidade, ambiente e o bom atendimento. Para eles, os consumidores trocam frequentemente de restaurante quando desejam experimentar novos sabores, pois se sentem enjoados com a mesma comida, por terem tido alguma insatisfação no restaurante, pelo alto preço, por não gostarem do tempero, pela falta de higiene, por problemas no atendimento ou por questões pessoais. As razões alegadas para que um consumidor não volte mais a um restaurante estão relacionadas a péssimo atendimento, comida estragada, problemas com a higiene, itens inapropriados na comida, preço inadequado, má-produção da comida, experiência negativa de forma geral e qualidade ruim da comida. 7.1.8 Ambiente Na dimensão ambiente, buscou-se identificar quais as principais características físicas de um restaurante que são valorizadas ou consideradas diferenciais no momento da escolha do restaurante. Ao avaliarem se o aspecto conforto e beleza do restaurante pode ser um diferencial no momento da escolha do restaurante e por que, a maioria afirmou que a beleza é importante e que é um aspecto que atrai as pessoas a frequentarem o restaurante: “sim, entende-se que algo bonito tem algo bom” (Entrevistado 6). Alguns entrevistados exaltam que a beleza não é fundamental, visto que existem outros aspectos mais importantes, como o conforto. Conforto sim, beleza não. Não sou apegado a delirar com a beleza. Prefiro a comida boa (Entrevistado 7). Não para mim. Conforto até que pesa um pouco, tem que ter uma cadeira confortável. Mas a beleza não (Entrevistado self service 1). 124 O conforto foi abordado por todos os entrevistados como um diferencial no momento da escolha do restaurante. O conforto possibilita sensação de mais satisfação na experiência: “sim, claro. Porque eu acho que faz toda a diferença. Quando você está se sentindo bem confortável, você se alimenta melhor, isso indiretamente compõe na sua satisfação com o restaurante” (Entrevistado 12). A beleza e o conforto contribuem para formar um ambiente diferenciado, agradável, aconchegante, atrativo, que estimula o ato de alimentar-se com prazer e proporciona positiva sensação para os clientes. Sim. Porque o ambiente agradável contribui pra uma melhor experiência (Entrevistado 1). Sim, porque o bonito atrai, o limpo atrai, o confortável atrai (Entrevistado 6). Sim. Dá vontade de comer bem, ao contrário das lanchonetes, que é um entra e sai (Entrevistado 9). Sim. Eu gosto de comer em locais bonitos e confortaveis. Não basta ter uma comida boa (Entrevistado 10). Com certeza. É preferível você poder aliar a alimentação, você comer uma comida gostosa e você estar em um ambiente legal, confortável também (Entrevistado self service 2). Um entrevistado comenta que esses fatores são importantes, desde que não encareçam o preço dos serviços e produtos fornecidos pelo restaurante: “desde que isso não afete o preço, sim” (Entrevistado 11). Ao serem questionados sobre as características físicas mais valorizadas em um restaurante, foi apresentada uma variedade de aspectos que foram agrupados em dimensões e sentidos, conforme QUADRO 8: 125 QUADRO 12: Características físicas mais valorizadas em um restaurante Dimensão Características Limpeza Limpo e higiênico. Iluminação Local claro, bem iluminado e iluminação adequada. Ventilação Climatizado e bem arejado. Mobiliário Ambiente Mesas individuais, cadeiras confortáveis e mesas confortáveis. Espaço amplo, salão longe da rua para evitar barulho, confortável, organizado, agradável, aconchegante, possua espaço entre as mesas e cadeiras, espaço aberto e aconchegante. Decoração Bonito, com enfeites, boa aparência e colorido. Fonte: dados da pesquisa. Todos os entrevistados de self service, à la carte e rodízio propuseram que o ambiente deve ser amplo e que possibilite o tráfego de pessoas entre as mesas e cadeiras sem incomodar os outros clientes. Ficou nítido no depoimento dos entrevistados a relevância do conforto e beleza como um diferencial no momento da escolha de um restaurante. Outras características físicas valorizadas estão relacionadas a limpeza, iluminação, ventilação, mobiliário, ambiente e deçoração. 7.1.9 Limpeza Para avaliar a importância do quesito limpeza/higiene dos restaurantes sob o ponto de vista dos participantes, foram incluidas três perguntas que abordavam a higiene da cozinha, dos banheiros e dos talheres, pratos e copos disponíveis para a refeição. Na pergunta relacionada à higiene da cozinha, foi questionado se o entrevistado já procurou conhecer a cozinha do restaurante, quantas vezes e qual foi a percepção dele. Os participantes que já visitaram a cozinha de um resturante pelo menos uma vez encontraram situações satisfatórias em algumas vezes e em outras situações totalmente decepcionantes: “já. Algumas quatro ou cinco vezes. Algumas gostei, outras não” (Entrevistado 8). 126 Em grande parte das vezes alguns entrevistados afirmaram ter encontrado uma situação de higiene satisfatória. Sim. Na maioria das vezes eu entro e encontro uma higiene satisfatória (Entrevistado 12). Já, umas três, uma me decepcionou muito, outras duas foram bem interessantes, gostei do que eu compre (Entrevistado 1) Nas situações em que afirmaram ter visitado ao menos uma vez a cozinha do restaurante e encontraram situação negativa, declararam nunca mais voltar àquele restaurante: “uma vez, no que eu fui foi detestável, nunca mais voltei no restaurante” (Entrevistado 3). Alguns entrevistados se mostraram mais detalhistas que os outros e possuem um nível de exigência diferenciado em relação às avaliações de higiene. Sim. Muitas vezes eu vou nas cozinhas pra ver se trabalham certinho com a entrada de alimentos, preocupação com higiene e restaurante, almoxarifado, desperdício, vestimenta adequada. Complicado, os melhores restaurantes de Belo Horizonte são os mais complicados, os mais caóticos (Entrevistado 13). Alguns entrevistados nunca visitaram a cozinha de um restaurante por não terem tido oportunidade ou mesmo interesse. Um deles relata que, por uma experiência vivida anteriormente, possui a percepção de que as cozinhas de restaurante não possuem boa higiene e que, por vezes, é servida aos clientes a comida do dia anterior. Dessa forma, ele recomenda não olhar esse departamento, senão o cliente ficará sem opções para alimentar-se. Nunca visitei. Mas sei que muitas cozinhas são nojentas, não tem boa higiene. Trabalhei em restaurantes e sei que de vez em quando guardam comida para soltar no dia posterior, olho muito pelo sabor, se olhar muito pra cozinha, não vai comer em lugar nenhum (Entrevistado 2). Os entrevistados de restaurante fast food descrevem nunca terem visitado a cozinha de um estabelecimento, apenas já observaram os pontos da cozinha que são visíveis no balcão de atendimento. 127 Quando questionados sobre a importância da conservação e aparência dos banheiros de um restaurante, todos ressaltaram ser importante que esses espaços estejam limpos, com boa iluminação e com odor agradável. Sim, porque a partir do momento que tem o banheiro limpo, aquele estabelecimento pra mim ele é organizado e limpo também. Recomendo restaurantes que têm banheiro limpo, odorizador e alcool pra passar nas mãos (Entrevistado 2). Percebe-se que os entrevistados associam a limpeza e conservação dos banheiros à limpeza e organização de todos os outros ambientes do restaurante. Sim, denota a limpeza do local , se um banheiro está bem limpo, conservado, obviamente as outras repartições, os outros lugares, partes do restaurante estarão também, entre elas a cozinha, que é a mais importante (Entrevistado 4). Sim, acredito que a maneira que o restaurante cuida das suas dependências influi na qualidade do serviço prestado (Entrevistado 1). Fundamentais, porque eu associo a limpeza dos restaurantes com a limpeza de todo o ambiente (Entrevistado 10). Sim, pelo banheiro dá pra você ter uma noção de que pé está lá dentro. Dá pra ter uma noção (Entrevistado 14). São. Porque isso informa que é tudo bem cuidado (Entrevistado à la carte 1). São. Geralmente o cuidado do estabelecimento me faz pensar como é lá na cozinha (Entrevistado self service 1). Mesmo sendo considerado um fator relevante para avaliação da higiene e organização do restaurante, para um participante esse aspecto não compromete a frequência em determinado restaurante: “são, mas não ao ponto de me fazer ir ou não àquele restaurante” (Entrevistado 5). Ao serem perguntados sobre o hábito de certificar a limpeza de talheres, copos e pratos em restaurantes e por que, muitos responderam conferir se os utensílios a serem utilizados para o consumo do alimento estão devidamente higienizados. Sim, porque em algum momento os utensílios podem não estar limpos da maneira correta (Entrevistado 1). Sim, porque eu não gosto que nenhum esteja sujo, principalmente prato (Entrevistado self service 2). 128 Os entrevistados justificam que esse hábito de conferir os utensílios é motivado pela necessidade de garantir a segurança com a higiene no momento da alimentação. Sim, para garantir higiene (Entrevistado 5). Tenho. É questão de higiene, né, eu sou muito chata com essas coisas (Entrevistado 3). Com certeza. Higiene é fundamental (Entrevistado 11). Um respondente justifica que a falta de higiene em alguns aspectos pode ser ocasionada por falha humana e o hábito de conferir a higiene dos objetos previne possíveis falhas: “claro, porque pode haver uma falha humana e eu não quero estar sujeita a ela” (Entrevistado 11). Mesmo não tendo o hábito de conferir os utensílios, alguns entrevistados reconhecem observar e confiar na higiene e qualidade dos restaurantes. Não. Se o restaurante apresenta qualidade não confiro (Entrevistado 8) Muito raramente. Não sou tão apegado a detalhes e carrego um grau de confiança (Entrevistado 6). Não fico conferindo, mas observo (Entrevistado 9). Por meio das respostas coletadas para as perguntas relacionadas ao fator higiene, é possivel identificar que mesmo sendo avaliado com níveis de exigência diferente, é possivel atestar que o asseio dos ambientes e utensílios disponibilizados para os clientes reflete a higiene do restaurante. Dessa forma, o quesito higiene/limpeza é percebido como algo relevante. 7.1.10 Estacionamento Para avaliar a importância do estacionamento em restaurantes, foram feitas duas perguntas ao todos os entrevistados. A primiera buscou identificar se o estacionamento é um aspecto decisivo na escolha de um restaurante e por que. 129 Nessa pergunta ficou claro que o estacionamento não pode ser considerado um fator decissivo na escolha de restaurantes de qualquer tipo. Decisivo não, mas importante, porque dependendo do local que você frequenta, o estacionamento te dá uma certa facilidade, comodidade e quem vai a restaurante quer ir pra relaxar, quer comodidade em todos os sentidos (Entrevistado 2). Muitos entrevistados disseram que esse fator não é decisivo, por não se incomodarem em achar um local para estacionar nas proximidades do restaurante, por terem a facilidade de ir a pé em locais próximos ou por não possuírem carro: “não, nunca foi, estacionamento a gente sempre dá um jeitinho” (Entrevistado 3). Já os respondentes que afirmaram ser interessante que o estabelecimento possua estacionamento sugerem a comodidade, praticidade e segurança dos consumidores que possuem carro e não desejam deixar o carro na rua ou em estacionamentos terceirizados na proximidades do restaurante a ser frequentado como justificativa para essa pergunta. A segunda pergunta objetivou identificar se o entrevistado já havia deixado de frequentar determinado restaurante por não localizar vaga para estacionar e quantas vezes isso ocorreu. A maioria das pessoas afirmou já ter ido embora sem frequentar o restaurante, por não conseguir um local para estacionar mais de uma vez. Apenas dois nunca passaram por esse tipo de situação e ambos declararam anteriormente não possuir carro. Já, três vezes. Eu cheguei no restaurante na Pampulha e não tinha vaga pra estacionar e o local é um local onde não tem mais vagas próximas, a vaga mais próxima seria dentro do restaurante local e lá não tinha mais vaga disponível (Entrevistado 5). Por meio dos depoimentos é possível identificar que o estacionamento não é um item decisivo para a escolha do restaurante, mas pode influenciar na decisão de escolha caso não existam vagas que permitam ao consumidor estacionar seu carro no estabelecimento ou nas proximidades. 130 7.1.11 Segurança No âmbito segurança, os entrevistados foram questionados se já deixaram de ir a algum restaurante pois se sentiram inseguros e por quê. As respostas para essa pergunta não se resumiram a aspectos de segurança pública (assaltos, violência) ou privada em ambientes, mas também abrangeram os aspectos da segurança alimentar e a sensação de segurança no serviço prestado pelo restaurante. A maioria dos participantes não se recorda de ter tido problemas relacionados à segurança em algum aspecto que estimulasse a deixar de frequentar um restaurante. Outros reportaram ter tido problemas com o serviço prestado, com a qualidade ou a higiene da comida. Após o ocorrido, deixaram de frequentar o local: “sim, encontrei problema com a comida” (Entrevistado 7). Um dos entrevistados sobre restaurantes à la carte relembra que já foi embora de um restaurante por receber um prato trocado e pela demora no serviço prestado: “sim, muitas vezes eu saía já na mesa. Trocaram os pratos, demora no serviço, mau atendimento” (Entrevistado à la carte 1). Os outros atestam que deixaram de frequentar lugares que foram assaltados repetidas vezes, localizados em região considerada perigosa, ambiente escuro, local afastado e que não passam sensação de segurança: “sim, porque eu já fiquei sabendo de lugares que foram assaltados repetidas vezes ou que à noite é um lugar mais perigoso, então eu prefiro não arriscar” (Entrevistado 1). Nesse aspecto, a segurança pode ser considerada fator relevante para estimular a frequência dos consumidores, independentemente do tipo de restaurante selecionado. 131 7.1.12 Entretenimento Na dimensão entretenimento foram direcionadas três perguntas que avaliaram a importância de experiências de entretenimento/lazer como atributos de um restaurante. Ao serem indagados de forma genérica se os restaurantes devem investir em atrações para entretenimento e por que, os participantes revelaram que depende do tipo de restaurante, do público que frequenta e da forma de entretenimento. Depende do tipo de restaurante, porque existem restaurantes com ambiente voltado pra isso, como, por exemplo, pode ter uma dupla lá tocando uma música, alguma coisa, e em outros ambientes mais reservados, ter um negócio mais íntimo assim que não condiz (Entrevistado 6). Para os que responderam pensando em restaurante do tipo fast food, o estabelecimento não necessita investir em entretenimento. Já os entrevistados de rodízio, à la carte e self service, assim como os demais entrevistados, acreditam que o entretenimento contribuiu para tornar o ambiente mais agradável. Além desse tipo de avaliação, outro aspecto importante abordado foi o horário e dia da semana para acontecer esse tipo de entretenimento. No horário do almoço durante a semana, ele é menos relevante, fato também realçado por um entrevistado de self service. Se for um restaurante para jantar e almoço de final de semana sim. Para almoço dia de semana acho pouco relevante (Entrevistado 9). Sim. Acho que na hora do almoço nem tanto, pessoal quer mais tranquilidade. Num jantar seria mais legal, uma música mais tranquila, mpb, pop (Entrevistado self service 2). Mesmo que alguns entrevistados determinem que o restaurante não é um local para entretenimento, e sim exclusivo para alimentação, o entretenimento aparece como uma opção para prender a atenção do cliente e possibilitar mais atratividade e empatia com o ambiente do restaurante. 132 Sim, porque atrações de entretenimento ajudam ao cliente a aguardar a refeição. Em alguns lugares a comida demora muito tempo e se houver entretenimento ele vai aguardar ali e não vai nem ver o tempo passar (Entrevistado 5). Sim, porque acaba que fica um ambiente agradável, eu tiro de exemplo um restaurante que eu levei meus pais uma vez para jantar lá, no aniversário de casamento. Eles começaram a tocar um piano, aquilo para mim foi delicioso, dá vontade de ficar no restaurante a noite inteira, eu acho que isso aí, nossa, chama demais o cliente, é um lugar que sempre que eu posso eu vou. É caro, mas sempre que eu posso eu vou, porque acaba que você ganha o cliente com um lugar agradável, uma musiquinha de fundo (Entrevistado 3). O entretenimento em restaurantes agrega valor para as pessoas que buscam aproveitar o momento da alimentação para se divertir e tornar a experiência um momento de distração. Sim, porque o horário da alimentação pode ser aproveitado de outras maneiras, então eu acho que é um diferencial para um restaurante se ele ofertar isso também (Entrevistado 1). Sim, porque é o tempo da gente já é corrido, dependendo do entretenimento, algo simples já pode tornar aquele momento mais agradável (Entrevistado 4). Sim. Entretenimento. Faz o ambiente ficar mais calmo (Entrevistado à la carte 1) Grande parte dos entrevistados manifestou interesse em frequentar restaurantes que invistam em algum tipo de entretenimento, seja a televisão para assistir ao telejornal, espaço para as crianças se divertirem ou música ambiente. A respeito de se os restaurantes devem investir em música, em qual situação e por que, quase todos os entrevistados consideraram que os restaurantes devem investir, sim, em música ambiente. Em relação à situação em que a música deve ser inserida no contexto do restaurante, os entrevistados citaram os momentos happy hour, jantares, datas especiais, datas festivas (dia das mães, dia dos namorados e dia das crianças), e finais de semanas: “sim, datas comemorativas, datas especiais ou em conjunto, porque torna o ambiente mais agradável, as pessoas vão entender que ali é uma data especial, uma comemoração especial” (Entrevistado 4). 133 O principal motivo relatado para os restaurantes investirem em música é tornar o local mais agradável e descontraído. Nas entrevistas ficou evidente que o volume da música deve ser baixo e que permita a conversa entre as pessoas. Sim, todas, eu acho que deixa o ambiente tão agradável, acho que quando você está comendo é um momento tão seu, uma musiquinha te deixa tão, você sai de si, você esquece o serviço, problema, você fica ali com a musiquinha, almoçando tranquilo (Entrevistado 3). Se for música ambiente, pode ser bom. Mas música alta atrapalha a conversa (Entrevistado 12). Para identificar a importância do aparelho de televisão em um restaurante, os entrevistados foram perguntados sobre qual a relevância da localização da televisão no momento da escolha de uma mesa em um restaurante. A maioria dos entrevistados pessoalmente não caracteriza esse item como algo importante no momento da escolha de uma mesa. Entretanto, salientaram a existência de pessoas que frequentam restaurantes para assistir a algum programa/evento e que nesse momento a escolha da mesa próximo da televisão é relevante: “às vezes, sim, porque a gente pode estar indo querer assistir algum evento no restaurante, alguma coisa do tipo” (Entrevistado 6). Dessa forma, o entretenimento em restaurantes pode ser avaliado como algo importante, dependendo do local, da ocasião/momento e da forma adotada pelo restaurante para executar a atração. 7.1.13 Atendimento Ao serem sondados de forma específica se o atendimento pode ser considerado um diferencial em um restaurante, os respondentes foram unânimes em dizer que o atendimento é um diferencial muito importante para a decisão de um restaurante: “sim, porque pra mim é um dos fatores mais importantes nos restaurantes” (Entrevistado 3). Para eles, o atendimento está diretamente relacionado ao processo de fidelização do cliente em um restaurante: “sim, porque o tratamento com as pessoas pra mim é o que pode definir se a pessoa vai voltar lá ou não” (Entrevistado 6). 134 De acordo com os participantes, o atendimento é o maior contato que o cliente tem com o restaurante. A experiência de ser bem atendido ou receber atendimento diferenciado, com atenção e tratamento com exclusividade proporciona a sensação de prazer e bem-estar em frequentar o local. Com certeza! Porque quando você é bem atendido em um restaurante, você tem mais comodidade, eu diria assim, você tem maior prazer de frequentar aquele lugar, você se sente mais motivado a frequentar aquele lugar, receber um tratamento mais personalizado eu acho que faz diferença sim (Entrevistado 1). Com certeza sim. Porque se o cara te atende bem, se é uma pessoa agradável, ele te leva a voltar lá pelo atendimento que ele teve com você em outras horas (Entrevistado self service1). Essa sensação faz com que o cliente se sinta mais confiante com a escolha realizada e seguro em retornar mais vezes: “sim, porque pessoas bem recebidas, bem atendidas, retornam àquele restaurante, sentem um desejo de voltar” (Entrevistado 2). Entre as dimensões apresentadas, o atendimento pode ser considerado um dos aspectos mais relevantes na decisão de escolha, idependentemente do tipo de restaurante avaliado. 7.1.14 Bebida No tocante ao tipo de bebida que um restaurante deve oferecer e por que, os respondentes tiveram a liberdade de expressar seus desejos e gostos pessoais ou associar a bebida a ser servida a um tipo de comida ou restaurante. Todos os tipos de bebida, porque os perfis são variados, pra mim sempre suco, qualquer tipo de suco (Entrevistado 3). De acordo com o tipo de comida que se vende lá, porque eu acho que o restaurante tem que pensar nisso se ele vender determinado tipo de alimento, ele tem que vender determinado tipo de bebida, acho que refrigerante é sempre essencial, mas, por exemplo, num restaurante de massas não pode faltar um bom vinho (Entrevistado 7). 135 Foi descrita uma gama de bebidas alcoólicas e não alcoólicas que devem agradar todo tipo de público, independentemente do estilo do restaurante: “variado desde bebidas alcoólicas e não alcoólicas, porque geralmente quando a pessoa está se alimentando ela quer tomar alguma coisa pra acompanhar, eu sou assim” (Entrevistado 6). As bebidas citadas foram contabilizadas e classificadas no QUADRO 9: QUADRO 13: Bebidas Classificação Alcoólica Cerveja Não alcoólica Suco Natural Vinho Refrigerante Champagne Água com gás Água mineral Fonte: dados da pesquisa. O suco natural foi a opção mais citada entre os entrevistados. Essa bebida foi exaltada pela qualidade, sabor, por ser mais natural, ser considerado bom para a saúde e por atender todos os públicos: “eu, particularmente, eu gosto de um suco, que eu acho mais natural, eu acho mais saudável” (Entrevistado 4). O refrigerante foi referido mais vezes e se justificou como a opção que atende a maioria das pessoas, principalmente as crianças, mesmo com opções mais genéricas, como a água, que foi citada apenas uma vez. Assim como o refrigerante, o vinho foi indicado quatro vezes e apareceu como a bebeida alcoólica mais citada na pesquisa, ficando à frente da cerveja e do champagne. 7.1.15 Localização Sobre a relevância da localização na decisão de escolha de um restaurante, a maioria dos entrevistados, de modo geral, julgou esse item como um fator 136 importante no dia-a-dia, principalmente no horário de almoço, quando o tempo para a realização das refeições é mais restrito. Quanto mais perto, melhor para realizar refeições rápidas. Em momentos com mais tempo para locomoção o fator distância não tem grande relevância: “para um almoço do dia-a-dia, sim, para um jantar, nem sempre” (Entrevistado 11). Esse fator foi considerado importante, principalmente ao se levar em consideração a comodidade para a realização no momento do almoço para pessoas que trabalham de dia. Entretanto, foi classificado como uma característica que influencia indiretamente a decisão de escolha de um restaurante. De forma secundaria sim (Entrevistado 12). É para um restaurante que seja cotidiano para mim, eu preciso que seja perto. Mas óbvio que eu posso me deslocar para ir em um restaurante que seja bom (Entrevistado 6). Com certeza, se for um restaurante que for perto da minha casa ou do meu trabalho, com certeza ele vai ser mais interessante, porque pode ter aqueles que são muito bons, mas pelo fato dele ser distante minha frequência, apesar de um ser um excelente restaurante, será muito menor (Entrevistado 9). De modo geral, a localização também foi relevante para os entrevistados que responderam às perguntas sobre os tipos de restaurantes específicos, mas não se caracteriza como aspecto primordial para a escolha. Entretanto, percebe-se que os entrevistados de restaurante self service valorizam mais a proximidade do restaurante do que os consumidores dos outros tipos de restaurante. O fator localização pode ser considerado um atributo relevante secundário no processo de decisão do consumidor em restaurantes. 7.2 Fase quantitativa Conforme descrito no capítulo metodologia, nessa etapa foi feito um levantamento do tipo survey com corte transversal, em que foram coletadas as informações de uma dada amostra da população somente uma vez, contemplando 600 137 questionários aplicados em espaços públicos e em um centro universitário da capital do Sudeste brasileiro. A seleção dos respondentes foi feita por conveniência. Neste capítulo será apresentada a técnica estatística utilizada, bem com as análises dos resultados gerados. 7.2.1 Análise estatística De acordo com Kerlinger (1979), convivemos em um mundo onde nada é definitivamente exato, tudo corresponde a possibilidades probabilísticas dos fatos ocorrerem. Nos diversos ramos da ciência, o que difere cada campo do outro é a grau de certeza dos acontecimentos acontecerem. É fundamental compreender que todas as ciências são probabilísticas e que os pesquisadores e cientistas não apenas falam probabilisticamente, mas vivem probabilisticamente em seu universo de pesquisas. A estatística possui como função tratar e minimizar as diferenças existentes entre diferentes grupos ou classes de pessoas ou objetos. Além disso, possui a atribuição de confirmar os resultados alcançados pelo pesquisados (KAPLAN, 1975). A Estatística é conceituada por Kerlinger (1979) como: “uma filha da probabilidade. Em parte, é um instrumento que mostra aos cientistas em que medida o resultado de suas pesquisas é seguro e, assim, quanto suas asserções são dignas de confiança” (KERLINGER, 1979, p. 75). Sobre a aplicação da análise estatística em pesquisas, Laville e Dione (1999) documentam que, se realizadas com discernimento e reflexão, esse instrumento permite compreender e esclarecer os fenômenos e as situações, possibilitando a criação do saber. Hair Jr. et al. (2009) evidenciam que a definição de cada técnica estatística depende diretamente do problema da pesquisa, objetivos, validação dos pressupostos e tipo de escala utilizada no instrumento de coleta dos dados. 138 Para realização desta pesquisa, foram empregadas as técnicas estatísticas para a análise de dados. A análise multivariada adotada é definida como “métodos estatísticos que simultaneamente analisam múltiplas medidas sobre cada indivíduo ou objeto sob investigação. Qualquer análise simultânea de mais de duas variáveis de certo modo pode ser considerada uma análise multivariada” (HAIR JR. et al., 2009, p. 26). Durante o processo estatístico, foram verificadas as incidências dos dados faltantes, identificadas as variáveis impactadas e avaliada a existência de um padrão para a ausência. Para as variáveis que indicaram índice superior a 5%, foi realizado o teste t, que consiste em um teste de hipótese de médias para avaliar a existência de diferença significativa entre eles ou não. Foi procedido também o teste Little’s MCAR, com o intuito de verificar o tipo de aleatoriedade existente nos dados ausentes. Foi empregado também o teste Kolgomorov-Smirnov, utilizado para verificar a normalidade da distribuição na amostra. Para as análises estatísticas multivariadas foram utilizados os softwares Statistical Package for the Social Science – SPSS versão 15.0 e o International Business Machines (IBM) Amos. De acordo com Hair Jr. et al. (2009), esse tipo de software de pacotes estatísticos elaborados para computadores de grande porte agora se encontram disponíveis para computadores pessoais, permitindo, assim, que tanto o meio empresarial quanto o acadêmico-científico o utilizem como ferramenta para realização de análises estatísticas. Para a análise dos dados, foram considerados 438 questionários válidos. Destes, manteve-se proporção equiparada de questionários por tipo de estabelecimento. Do total válido, 106 questionários corresponderam a pesquisas realizadas com entrevistados que responderam às perguntas com base nas experiências em restaurantes à la carte. O restaurante self service mostrou índice de 24,7%, correspondente a 108 questionários válidos. Já os restaurantes classificados como rodízio e fast food tiveram quantidade equivalente de questionários válidos para análise, cada um com uma frequência de 112 incidências, correspondente a 25,6%. 139 TABELA 1: Tipo de estabelecimento Fast food Rodízio Self service À la carte Total Frequência 112 112 108 106 438 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 25,6% 25,6% 24,7% 24,2% 100,0% Mesmo com 162 questionários descartados, percebe-se que a quantidade de questionários válidos foi suficiente para a realização da pesquisa, excedendo o limite mínimo de 385 casos válidos para a realização das análises estatísticas, conforme descrito na seção de metodologia dessa dissertação. Além disso, contemplaram-se mais de cinco casos para cada variável utilizada na análise estatística. 7.2.2 Dados faltantes e descrição da amostra Ao longo deste tópico serão avaliadas as características demográficas que compõem a amostra da pesquisa. Identificam-se, também, as questões não respondidas ou parcialmente incompletas pelos entrevistados, avaliando se esses fatores podem comprometer as análises, ocasionado tendências ou vieses. Tendo em vista os dados demográficos coletados na amostra, percebe-se que o escopo definido na metodologia de coletar uma quantidade proporcional de questionários por gênero foi atendido. De acordo com os questionários válidos, percebe-se que a proporção de homens e mulheres é praticamente a mesma, diferenciando-se em apenas cinco indivíduos do sexo feminino a mais. TABELA 2: Gênero Feminino Masculino Total Frequência 220 215 435 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 50,6% 49,4% 100,0% 140 Outra característica identificada na pesquisa diz respeito ao estado civil do entrevistado. Ao avaliar a amostra, percebe-se que a maior porcentagem dos respondentes é de solteiros, correspondendo a 50,7% - cerca de 222 entrevistados. Os participantes que declararam ser casados/união estável representaram 41,8% dos indivíduos totais, seguidos dos divorciados/separados, que representaram 5,9%, e os viúvos, que ocuparam a menor participação, com 1,6%. TABELA 3: Estado civil Solteiro Casado / União estável Divorciado / Separado Viúvo Total Frequência 222 183 26 7 438 Fonte: dados da pesquisa, Percentual 50,7% 41,8% 5,9% 1,6% 100,0% Ao avaliar o estado civil dos entrevistados, é possível perceber com clareza a quantidade superior de entrevistados solteiros correspondentes a 50,7% da amostra. Entretanto, ao agrupar os outros status apresentados, nota-se que esse novo grupo assume a fatia de 49,3% da representatividade da amostra. Isso demonstra equilíbrio quanto ao perfil dos entrevistados ao selecionar os respondentes. Em relação à renda pessoal, os entrevistados deveriam indicar em qual faixa monetária se enquadravam, considerando o salário mínimo vigente no Brasil na ordem de R$ 724,00. Aproximadamente 31,2% dos respondentes declararam receber entre R$ 1.449,00 e R$ 3.620,00, o que corresponde a valores entre dois e cinco salários mínimos. Já 28,9% (124 indivíduos) responderam contar com renda de até dois salários mínimos, na faixa de R$ 1.448,00. Outros 73 indivíduos (17,0%) notificaram renda entre R$ 3.621,00 e R$ 5.792,00, correspondentes a cinco e oito salários mínimos, seguidos dos entrevistados que informaram renda entre R$ 5.793,00 e R$ 7.964,00 (oito e 11 salários mínimos), equivalentes a 12,4%. E os 24 respondentes tinham renda entre 11 e 14 salários mínimos (R$ 7.965,00 a R$ 10.136,00). Apenas 21 participantes (4,9%) possuíam renda pessoal acima de R$ 10.136,00, o que equivale a uma renda superior a 14 salários mínimos. 141 TABELA 4: Renda pessoal Até R$ 1448,00 Entre R$ 1449,00 até R$ 3620,00 Entre R$ 3621,00 até R$ 5792,00 Entre R$ 5793,00 até R$ 7964,00 Entre R$ 7965,00 até R$ 10136,00 Acima de R$ 10136,00 Total Frequência 124 134 73 53 24 21 429 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 28,9% 31,2% 17,0% 12,4% 5,6% 4,9% 100,0% Pode-se afirmar, com base na análise dos dados expostos, que apenas 39,9% dos entrevistados possuíam renda pessoal superior a R$ 3.621,00. No tocante ao grau de escolaridade dos entrevistados, 32,6% possuem o grau superior incompleto, seguido dos 21,7% que informaram possuir ensino médio e os 20,1% com ensino superior completo. Entre as análises, nota-se o baixo índice de entrevistados que declararam não possuir escolaridade (em torno de 2%) ou o ensino primário/fundamental (1,1%) ou mestrado/doutorado. TABELA 5: Grau de escolaridade Não possui Primário/Fundamental Ensino médio Superior incompleto Superior completo Especialização/Pós-graduação Mestrado/Doutorado Total Frequência 1 5 95 143 88 73 33 438 Fonte: dados da pesquisa. Percentual ,2% 1,1% 21,7% 32,6% 20,1% 16,7% 7,5% 100,0% Ao avaliar a porcentagem de indivíduos que possuem escolaridade superior completa (superior completo, especialização/pós-graduação e mestrado/ doutorado), obteve-se o índice de 44,3%, equivalente a 194 participantes. Percentual inferior ao índice de 55,4% correspondeu a 243 pessoas que possuem algum grau de escolaridade compreendida entre o ensino primário/fundamental e superior incompleto. 142 Em uma das questões estabelecidas, o entrevistado deveria indicar a opção que representasse o período correspondente ao tempo de convivência com o tipo de restaurante selecionado. A maior parcela dos respondentes (204, ou seja, 46,6%) frequenta o tipo de restaurante selecionado há mais de 10 anos, seguidos dos frequentadores entre cinco e 10 anos, com a porcentagem de 24,9% (109 participantes) e aqueles que frequentam há menos de um ano, com 52 incidências (11,9%). O período que evidenciou menor incidência de respostas corresponde aos frequentadores que possuem no mínimo um ano e no máximo três anos de convivência com o tipo de estabelecimento selecionado. TABELA 6: Tempo em que o entrevistado frequenta esse tipo de restaurante Frequência Há menos de um ano 52 Entre um ano e menos de três anos 29 Entre três e menos de cinco anos 44 Entre cinco anos e 10 anos 109 Há mais de 10 anos 204 Total 438 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 11,9% 6,6% 10,0% 24,9% 46,6% 100,0% Infere-se, por meio das análises, que 100% dos entrevistados que tiveram suas pesquisas válidas frequentam no mínimo há menos de um ano o tipo de estabelecimento objeto de estudo das pesquisas aplicadas, sendo capazes de avaliar os aspectos relativos a esse restaurante. Ao serem interpelados sobre o período correspondente à experiência mais recente nesse tipo de restaurante, o entrevistado foi conduzido a marcar a opção que identificava a última vez que frequentou esse tipo de restaurante. Percebe-se grande incidência de respondentes que tiveram experiência recente no tipo de restaurante selecionado - 161 (36,9%), respondendo terem frequentado o tipo de restaurante na última semana. No último mês foram compiladas 112 indicações (25,7%) ou no próprio dia da realização da pesquisa, com o percentual de 14,4% ou 63 entrevistados. 143 TABELA 7: Última vez que o entrevistado frequentou esse tipo de restaurante Hoje Na última semana No último mês Nos últimos seis meses No último ano Há mais de um ano Total Frequência 63 161 112 64 22 14 436 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 14,4% 36,9% 25,7% 14,7% 5,0% 3,2% 100,0% Apura-se, também, diferença mínima entre os 64 respondentes que tiveram experiência nos últimos seis meses e os 63 entrevistados que tiveram experiência no dia da entrevista. E, ainda, o baixo índice de indivíduos que frequentaram esse tipo de restaurante no último ano ou em mais de um ano, que somados atingem 8,2% do percentual total de entrevistados, equivalente a 36 incidências. Nas perguntas que se seguem, buscou-se identificar as incidências mensais e a época que levam aos consumidores a frequentarem esse tipo de restaurante selecionado. Sobre a média de frequência mensal no tipo de restaurante avaliado, os entrevistados deveriam indicar a opção que representasse sua assiduidade. A maior parcela dos respondentes (31,8%) frequentam entre duas e quatro vezes por mês um determinado tipo de restaurante. TABELA 8: Média de frequência em um restaurante desse tipo durante um mês Menos de uma vez Uma vez Entre duas e quatro vezes Entre cinco e 10 vezes Mais de 10 vezes Total Frequência 85 96 138 55 60 434 Fonte: dados da pesquisa. Percentual 19,6% 22,1% 31,8% 12,7% 13,8% 100,0% Para identificar se existe uma época do ano definida pelos consumidores para frequentarem esse tipo de estabelecimento, foi dada a opção aos participantes de selecionar mais de uma alternativa válida. Dessa forma, a maior parcela de 144 entrevistados (282 incidências de respostas) acusou não existir uma época definida para frequentar o determinado tipo de restaurante avaliado. Outra opção de destaque na análise dos dados apresentados é a frequência dos entrevistados em datas especiais para realizar comemorações (24,4%) e aos finais de semana (22,8%). Entre as análises passíveis de ocorrer com os dados apresentados, destaca-se o fato de 253 respondentes (58,3% do total) afirmarem frequentar determinado tipo de restaurante mais de duas vezes por mês. Essa espécie de informação sobre a frequência de consumo é de extrema relevância para os gestores que buscam manter seu empreendimento em um cenário de acirrada competição. A utilização de informações como essas possibilita a adoção de medidas que busquem atender às necessidades dos clientes e principalmente fornece condições para o desenvolvimento de estratégias de fidelização de clientes. As respostas obtidas nas duas questões anteriores revelam que mais de 75% dos respondentes frequentaram um tipo de restaurante nos últimos 30 dias. Isso demonstra a importância desse setor no cotidiano dos consumidores e significa expressiva possibilidade de investimento para novos empresários, retratando principalmente a oportunidade de ampliação e fidelização de clientes em restaurantes já existentes. TABELA 9: Época do ano com maior frequência nesse tipo de restaurante Frequência Não existe uma época definida 282 Início do mês 34 Final do mês 14 Finais de semana 100 Em datas especiais para comemorar 107 Não respondeu 6 Total Múltiplo 438 Obs: tabelas de respostas múltiplas não totalizam necessariamente 100%. Fonte: dados da pesquisa. Percentual 64,4% 7,8% 3,2% 22,8% 24,4% 1,4% Em menor proporção, 7,8% dos entrevistados frequentaram esse tipo de restaurante no início do mês e apenas 3,2% frequentaram no final do mês. Aproximadamente 1,4% dos entrevistados não respondeu à pergunta. Esse tipo 145 de levantamento pode ser considerado um aspecto de grande relevância para os gestores de restaurantes que desejam traçar suas estratégias de modo a atender e prever as necessidades do seu público-alvo. A identificação de datas comemorativas e períodos do ano em que os consumidores são mais propensos a frequentar restaurantes possibilita um planejamento de ações voltadas para estimular o consumo nessas datas, além de proporcionar a adequação dos serviços e cardápios diferenciados para atender o público. Além das perguntas relacionadas à assiduidade de consumo no tipo de restaurante selecionado, buscou-se também a caracterização demográfica da amostra, com o intuito de identificar possíveis semelhanças e diferenças entre os cruzamentos de perfis e comportamentos na escolha de determinados restaurantes. Os dados ausentes ou perdidos são uma realidade nas pesquisas, conforme descrito por Hair Jr. et al. (2009). Esses consistem em elementos que não estão disponíveis para análise, pois não foram assinalados pelos respondentes ou foram omitidas em algum erro no momento da tabulação dos dados. Cabe ao pesquisador determinar as razões pelas quais os dados não foram encontrados para selecionar uma ação apropriada (HAIR JR. et al., 2009). Tendo em vista a extensão do questionário aplicado e a disponibilidade de resposta de alguns participantes, talvez alguns participantes consideraram já terem respondido a perguntas similares, considerando, assim, que as respostas já haviam sido dadas. Alguns entrevistados, ao longo da pesquisa, questionaram se de fato a pesquisa necessitava abordar tantos quesitos para identificar os atributos. Essas situações podem ter influenciado a quantidade de perguntas que ficaram sem respostas. Para avaliação dos dados ausentes, obtiveram-se as estatísticas apresentadas na coluna 4 da TAB. 10, adiante. De acordo com Hair Jr. et al. (2009), para adotar uma atitude corretiva para os dados faltantes o pesquisador deverá identificar se os dados são aleatórios ou não. Testes estatísticos são úteis para a identificação dos grupos das variáveis de interesse. 146 Tendo em vista o exposto por Hair Jr. et al. (2009), utilizou-se um teste para determinação da análise das variáveis. As variáveis com mais de 5% de dados faltantes devem ser consideradas na análise do teste t de aleatoriedade. Malhotra (2006) esclarece que o teste t é univariado, com amostra pequena e é aplicado quando o desvio-padrão é desconhecido. Como nenhuma das variáveis apresentou percentual de dados ausentes acima de 5%, foi desnecessária, dessa forma, a realização do teste de aleatoriedade dos dados ausentes. Por outro lado, foi realizado o teste de Little’s MCAR, em que as hipóteses envolvidas são apresentadas a seguir: H0: os dados são ausentes completamente ao acaso H1: os dados não são ausentes completamente ao acaso O valor p encontrado para esse teste foi de 0,000, indicando a rejeição da hipótese nula e, consequentemente, que os dados não são ausentes ao acaso. Malhotra (2006) preconiza que tratar as respostas faltantes reduz os problemas que podem ocorrer durante o processo estatístico, principalmente se a proporção de respostas omitidas for superior a 10%. Para tratar essas respostas, podem-se adotar dois meios: a indução de um valor neutro (inserção de uma resposta média da variável no lugar da resposta ausente), garantindo que o valor médio da variável não seja impactado e as outras análises estatísticas como a correlação não sejam alteradas. Ou adotar a substituição de uma resposta atribuída que consiste em aplicar um padrão de respostas adotadas por outro entrevistado para atribuir uma resposta adequada para as questões omitidas. A adoção dessa opção exige considerável esforço e pode induzir a uma parcialidade. Conforme mostra a TAB. 10, mesmo que nenhuma variável tenha exibido quantidade superior a 5% de dados ausentes nas análises multivariadas, optou-se por preencher os dados faltantes com a média da sua respectiva variável. 147 7.2.3 Normalidade Segundo Hair Jr. et al. (2009), a análise multivariada é uma das técnicas empregadas na identificação do padrão de variáveis pesquisadas individualmente ou multivariadas, o que se chama de normalidade. Os dois testes mais utilizados para calcular o nível de significância em relação a uma distribuição normal são o Shapiro-Wilks e o Kolmogorov-Smirnov. Para dados não métricos envolvendo amostragem única, Malhotra (2006) recomenda o teste qui-quadrado de Kolmogorov-Smirnov, que compara a distribuição cumulativa de uma variável com distribuição especificada. Dessa forma, para avaliar a existência de normalidade das variáveis empregadas neste estudo, foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, no qual as hipóteses testadas são as apresentadas a seguir: H0: a variável segue uma distribuição normal H1: a variável não segue uma distribuição normal TABELA 10: Estatística descritiva das variáveis do estudo - continua Atributos Casos DesvioMédia Válidos Padrão (2) (1) (3) Ausentes (4) Outliers Valor p – Normalidade Univariados (6) (5) Qtde % Baixos Altos 0 0,0% 0,000 13 0 Ambiente limpo. 438 9,42 1,28 Alta qualidade no atendimento. Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Rapidez no atendimento. Cardápio bonito. 436 8,83 1,53 2 0,5% 0,000 3 0 437 6,64 2,76 1 0,2% 0,000 0 0 438 438 8,65 6,27 1,69 2,66 0 0 0,0% 0,0% 0,000 0,000 8 0 0 0 Comida de qualidade. Baixo preço. 438 437 9,50 6,93 1,16 2,21 0 1 0,0% 0,2% 0,000 0,000 9 0 0 0 Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Localização conveniente. Localização perto do trabalho. 435 7,62 2,06 3 0,7% 0,000 2 0 437 438 7,83 5,78 1,87 2,90 1 0 0,2% 0,0% 0,000 0,000 2 0 0 0 Localização perto de casa. Aparelhos de TV. 436 437 5,97 3,99 2,76 3,15 2 1 0,5% 0,2% 0,000 0,000 0 0 0 0 Brindes às crianças. 437 3,94 3,31 1 0,2% 0,000 0 0 148 TABELA 11: Estatística descritiva das variáveis do estudo - continua Atributos Amplo horário de funcionamento. Ventilação agradável. Área exclusiva para fumantes. Alimentos c/ baixo teor calórico. Garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Marca bem conceituada. Ampla variedade de produtos. Casos Média Válidos (2) (1) DesvioPadrão (3) Ausentes (4) Qtde % 2 0,5% Baixos 8 Altos 0 0,0% 0,5% 0,2% 0,000 0,000 0,000 5 0 0 0 0 0 0 0,0% 0,000 0 0 2,63 1,70 0 0 0,0% 0,0% 0,000 0,000 0 1 0 0 7,92 1,84 1 0,2% 0,000 3 0 436 8,16 2,48 2 0,5% 0,000 12 0 437 8,23 2,41 1 0,2% 0,000 10 0 437 6,52 2,22 1 0,2% 0,000 0 0 437 8,72 1,83 1 0,2% 0,000 7 0 438 8,16 2,07 0 0,0% 0,000 9 0 438 8,17 1,98 0 0,0% 0,000 4 0 436 437 4,83 8,14 2,50 1,99 2 1 0,5% 0,2% 0,000 0,000 0 5 0 0 437 437 6,77 5,78 2,77 3,51 1 1 0,2% 0,2% 0,000 0,000 0 0 0 0 436 5,06 3,56 2 0,5% 0,000 0 0 437 7,15 2,86 1 0,2% 0,000 0 0 437 437 6,71 8,23 2,62 1,85 1 1 0,2% 0,2% 0,000 0,000 0 5 0 0 437 438 8,69 6,53 1,80 2,76 1 0 0,2% 0,0% 0,000 0,000 6 0 0 0 437 8,49 1,87 1 0,2% 0,000 4 0 436 7,87 2,23 2 0,5% 0,000 6 0 437 8,30 2,09 1 0,2% 0,000 7 0 7,67 2,25 438 436 437 8,69 6,98 6,20 1,68 3,91 3,08 0 2 1 438 7,82 2,44 438 438 6,38 8,07 Ambiente bonito. 437 Estacionamento gratuito aos clientes. Estacionamento de fácil acesso. Decoração elegante. Música ambiente agradável. Local para crianças se divertirem. Monitores para cuidarem das crianças. Promoções para os clientes mais frequentes (ex. cartão fidelidade). Atendimento personalizado. Ambiente aconchegante. Garçons/atendentes cordiais. Garçons que conheçam as preferências dos clientes. Cadeiras e/ou mesas confortáveis. Sem filas para servir a comida ou o buffet. Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Outliers Univariados (6) 0,000 436 Diversas formas de pagamento. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Localização em região da cidade que seja considerada segura. Localização em bairro nobre. Cardápio fácil de entender. Valor p – Normalidade (5) 149 TABELA 12: Estatística descritiva das variáveis do estudo - conclui Atributos Diversão para os clientes (ex. shows, apresentações, etc.). Ambiente divertido. Casos Média Válidos (2) (1) 437 5,58 DesvioPadrão (3) 2,97 Ausentes (4) Qtde % 1 0,2% Valor p – Normalidade (5) Outliers Univariados (6) 0,000 Baixos 0 Altos 0 437 6,17 2,73 1 0,2% 0,000 0 0 437 437 7,15 8,54 2,30 1,68 1 1 0,2% 0,2% 0,000 0,000 0 8 0 0 437 8,88 1,72 1 0,2% 0,000 10 0 437 8,90 1,53 1 0,2% 0,000 4 0 437 438 9,41 8,96 1,14 1,36 1 0 0,2% 0,0% 0,000 0,000 7 4 0 0 Boa qualidade dos ingredientes. O modo de preparo da comida. Ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Temperos utilizados na preparação da comida. Boa higiene. Comida fresca. 438 9,37 1,05 0 0,0% 0,000 4 0 435 8,94 1,67 3 0,7% 0,000 9 0 437 8,40 1,70 1 0,2% 0,000 2 0 438 8,49 1,77 0 0,0% 0,000 4 0 438 438 9,74 9,62 0,78 0,91 0 0 0,0% 0,0% 0,000 0,000 11 11 0 0 Cheiro agradável. Temperatura adequada. 438 435 9,51 9,37 0,97 1,18 0 3 0,0% 0,7% 0,000 0,000 9 11 0 0 Baixo teor de calorias ou gordura. Sabor. 438 6,83 2,84 0 0,0% 0,000 0 0 438 9,12 1,47 0 0,0% 0,000 8 0 Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Ampla variedade de bebidas. 438 435 8,73 8,98 1,68 1,66 0 3 0,0% 0,7% 0,000 0,000 5 6 0 0 438 8,36 1,93 0 0,0% 0,000 7 0 438 9,11 1,62 0 0,0% 0,000 8 0 437 9,69 0,90 1 0,2% 0,000 12 0 438 9,52 1,09 0 0,0% 0,000 9 0 Seja um restaurante bonito. Espaço para o tráfego de pessoas entre mesas e cadeiras. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Sabor. Boa aparência. A qualidade dos ingredientes (p. ex., se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. Estar na temperatura adequada. Fonte: dados da pesquisa. Pode-se observar, na coluna 5 da TAB. 10, que nenhuma das variáveis apresentou distribuição normal, visto que o valor p do teste de Kolmogorov- 150 Smirnov para todas as variáveis foi abaixo de 0,05, indicando a rejeição da hipótese H0. 7.2.4 Observações atípicas Hair Jr. et al. (2009) observam que as observações atípicas ou outliers são dados que se encontram fora do intervalo dos outros dados observados. Esse tipo de informação, a princípio, não pode ser caracterizado como prejudicial ou benéfico, mas revela uma frente de análise para o tipo de informação que possa fornecer. São identificados quatro tipos de observações atípicas: a) surge por meio do erro de procedimento ou falha na codificação; b) surge como resultado de algum evento extraordinário; c) observação extraordinária que surge e que o pesquisador não consegue explicar; d) observações que estão no intervalo usual de valores para cada variável, mas são únicas em sua combinação de valores entre as variáveis. Essas observações atípicas devem ser identificadas como univariadas, bivariadas ou multivariadas, sendo julgadas a partir de suas características ou por meio dos objetivos definidos na análise. Para identificação de outliers univariados, realizou-se a padronização das variáveis e em seguida foram avaliados os casos com escore acima de 3,28 (em torno de 99,9% de dados típicos estão no intervalo -3,28 a 3,28) para a referida variável. Segundo Bussab e Morettin (2004), a padronização consiste em expressar as variáveis em termos de unidades de desvio-padrão. A operacionalização consiste em subtrair a média e dividir pelo desvio-padrão de modo que se tenha média zero e variância igual a um, ou seja (FIGURA 12): FIGURA 12: Fórmula de padronização de variáveis Sendo: Z representa a nova variável, Y a variável anterior, o desvio-padrão. a média aritmética e 151 Como se pode observar, a coluna 6 da TAB. 10 mostra a quantidade de outliers univariados de cada variável. Como serão utilizadas técnicas multivariadas neste estudo, foi calculada a distância empregando a D2 de Mahalanobis, definida como a “medida da distância, em um espaço multidimensional, de cada observação em relação ao centro médio das observações” (HAIR JR. et al., 2009, p. 72). Considerando a distribuição das distâncias como sendo qui-quadrado com 64 graus de liberdade (quantidade de variáveis envolvidas), obtiveram-se os níveis de significância para cada observação. A TAB. 11 apresenta as observações que possuem outliers multivariados, ou seja, valores abaixo de 0,001. TABELA 13: Elementos outliers multivariados Elemento da Amostra Significância Elemento da Amostra Significância 3 7 0,0000 0,0005 155 159 0,0000 0,0000 8 11 0,0000 0,0000 172 175 0,0000 0,0000 12 17 0,0000 0,0000 180 182 0,0000 0,0000 25 27 0,0000 0,0000 195 220 0,0000 0,0000 28 31 0,0000 0,0000 232 239 0,0000 0,0002 36 41 0,0004 0,0000 246 265 0,0000 0,0000 45 53 0,0006 0,0000 296 347 0,0000 0,0000 63 68 0,0000 0,0000 355 365 0,0002 0,0001 69 74 0,0000 0,0000 367 369 0,0000 0,0000 88 97 0,0001 0,0000 372 388 0,0000 0,0001 113 129 0,0000 0,0005 391 404 0,0000 0,0000 130 135 0,0000 0,0000 406 409 0,0000 0,0000 136 140 0,0004 0,0005 410 412 0,0002 0,0000 141 0,0000 Fonte: dados da pesquisa. 152 Ao realizar a análise dos outliers multivariados, foram diagnosticados 53 casos, em que se destacaram 20% da amostra do restaurante fast food, sendo passível de exclusão. A partir deste resultado, buscou-se identificar a existência de outliers multivariados em cada amostra separada (fast food, rodízio, à la carte e self service), com a possibilidade de gerar maior impacto nos resultados. Nenhum outlier multivariado foi encontrado para cada amostra em separado (quatro amostras, uma para cada tipo de restaurante). Todavia, como as análises iriam englobar os quatro tipos de restaurantes juntos, para fins de análise, os casos com outliers multivariados foram retirados da amostra. 7.2.5 Estatística descritiva da amostra Levando em consideração as diferenças marcantes existentes entre os variados tipos de restaurantes, buscou-se por meio desta pesquisa diagnosticar os atributos considerados importantes para a escolha de um restaurante do ponto de vista do consumidor, por meio da comparação dos diferentes tipos existentes. A definição dos grupos de restaurantes que compõem este estudo foi baseada na aceitação e representatividade no contexto diário do consumidor brasileiro. A decisão para a escolha dos tipos de restaurantes, bem como a indicação das relações a serem observadas ao longo do trabalho, foi traçada por especialistas da área de marketing. Durante a fase qualitativa, foi possível identificar aspectos relevantes quanto à alteração do comportamento dos consumidores ao avaliar as mesmas características em diferentes restaurantes, fato este que será comprovado por meio das análises da fase qualitativa. Dessa forma, neste capítulo é avaliado, por meio da estatística descritiva das variáveis, quais atributos são considerados mais importantes por tipo de restaurante. Com isso, possibilita-se a classificação dos atributos mencionados por nível de importância e o cruzamento das informações obtidas com os demais tipos de restaurantes em busca de equivalências, semelhanças e/ou diferenças ressaltadas pelos consumidores ao avaliar o mesmo atributo entre os diferentes tipos de restaurantes. 153 Na constituição do instrumento de pesquisa qualitativa foram divididas as questões em quatro blocos: atributos do estabelecimento, atributos de bebidas, atributos da comida e dados demográficos do entrevistado. As análises a seguir seguirão essa divisão para melhor compreensão. 7.2.5.1 Atributos do estabelecimento Ao iniciar a análise descritiva da amostra, apresenta-se a média das avaliações obtidas em cada item avaliado pelos participantes da pesquisa, bem como o desvio-padrão identificado. Ressalta-se que os dados apresentados na TAB. 12 seguem a ordem das questões apresentadas no roteiro original das entrevistas, seguindo a ordem por tipo de restaurante (fast food, rodízio, self service e à la carte). TABELA 14: Estatística descritiva das variáveis do estudo - continua Tipo de estabelecimento Atributos Fast food Rodízio Self service À la carte DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão Ambiente limpo. Alta qualidade no atendimento. Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Rapidez no atendimento. Cardápio bonito. Comida de qualidade. Baixo preço. Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Localização conveniente. Localização perto do trabalho. Localização perto de casa. Aparelhos de TV. Brindes para as crianças. Amplo horário de funcionamento. Ventilação agradável. Área exclusiva para fumantes. Alimentos com baixo teor calórico. 9,6 9,0 0,9 1,4 9,5 9,1 1,2 1,3 9,4 8,5 1,0 1,6 9,6 9,2 1,2 1,0 6,8 2,3 7,2 2,2 6,6 2,8 6,5 2,9 9,1 6,3 9,5 7,3 1,5 2,3 1,1 2,3 8,8 5,9 9,6 7,0 1,4 2,8 0,9 1,9 8,4 6,5 9,4 6,7 1,7 2,8 1,1 2,0 8,7 6,8 9,8 6,8 1,4 2,1 0,7 1,9 7,3 1,9 8,0 1,8 7,6 1,9 8,0 2,0 8,1 6,5 6,7 4,0 4,4 8,3 8,9 6,8 1,6 2,6 2,7 3,1 3,6 1,9 1,6 4,0 7,9 4,6 5,3 4,0 4,0 8,0 8,8 7,2 1,8 2,6 2,8 3,1 3,1 1,9 1,5 3,9 7,6 7,2 6,4 4,2 3,7 7,1 8,7 6,7 1,6 2,5 2,3 3,0 2,9 2,4 1,4 3,9 7,9 5,3 6,1 4,0 3,9 7,6 9,0 7,9 1,8 2,6 2,6 3,2 3,1 2,0 1,2 3,4 6,7 3,0 5,8 3,0 6,6 2,8 6,5 3,0 154 TABELA 15: Estatística descritiva das variáveis do estudo - continua Tipo de estabelecimento Fast food Rodízio Self service À la carte Atributos DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão Garçons/atendentes que tenham 7,9 2,4 8,3 2,0 7,7 2,4 8,4 2,0 profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Marca bem conceituada. 7,2 2,5 6,3 2,2 6,0 2,6 7,0 2,3 Ampla variedade de produtos. 8,4 1,3 8,1 1,6 8,1 1,7 8,0 1,7 Ambiente bonito. 8,0 1,4 8,2 1,6 7,8 1,6 8,3 1,6 Estacionamento gratuito aos 9,0 1,6 8,6 1,8 7,5 2,7 8,5 2,0 clientes. Estacionamento de fácil acesso. 9,0 1,4 8,7 1,7 7,7 2,6 8,3 2,1 Decoração elegante. 6,7 1,7 6,7 1,9 6,1 2,3 7,4 1,9 Diversas formas de pagamento. 9,0 1,4 8,6 1,9 8,7 1,6 9,0 1,3 Funcionários com aparência 8,2 2,0 8,6 1,4 8,2 1,7 8,5 1,7 profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Localização em região da cidade 8,5 1,7 8,5 1,6 7,9 1,8 8,6 1,8 que seja considerada segura. Localização em bairro nobre. 4,8 2,4 4,9 2,4 4,6 2,5 5,3 2,4 Cardápio fácil de entender. 8,3 1,5 8,1 1,9 7,9 2,1 8,5 1,7 Música ambiente agradável. 6,6 2,4 7,5 2,4 6,5 2,9 7,4 2,3 3,4 6,7 3,3 5,3 3,2 5,4 3,7 Local para crianças se divertirem. 5,9 Monitores para cuidarem das 5,1 3,4 5,9 3,4 4,7 3,3 5,2 3,7 crianças. Ppromoções para os clientes 7,6 2,5 7,3 2,7 7,3 2,8 7,3 2,7 mais frequentes (ex. cartãofidelidade) Atendimento personalizado. 7,2 2,4 7,1 2,5 6,4 2,4 7,3 2,1 Ambiente aconchegante. 8,4 1,6 8,5 1,6 7,9 1,7 8,6 1,7 Garçons/atendentes cordiais. 8,8 1,4 8,7 2,0 8,8 1,5 9,0 1,2 Garçons que conheçam as 6,6 2,5 7,0 2,6 6,6 2,9 7,0 2,3 preferências dos clientes. Cadeiras e/ou mesas 8,6 1,3 8,8 1,8 8,5 1,6 8,9 1,6 confortáveis. Sem filas para servir a comida 8,1 2,0 8,3 1,8 7,3 2,1 8,4 2,0 ou o buffet. Sem filas para pagar a comida 8,4 1,9 8,8 1,5 7,9 1,9 8,9 1,6 ou que o garçom traga a conta rapidamente. Diversão para os clientes. (ex. 5,8 3,0 6,2 2,8 5,1 2,9 5,7 2,9 shows, apresentações, etc.). Ambiente divertido. 6,2 2,7 6,8 2,3 5,7 2,7 6,5 2,6 Seja um restaurante bonito. 7,1 2,3 7,4 2,0 7,2 2,0 7,7 1,9 Espaço para o tráfego de 8,7 1,3 8,6 1,6 8,6 1,6 8,6 1,5 pessoas entre mesas e cadeiras. Garçons/atendentes que anotem 9,2 1,2 9,1 1,4 8,9 1,5 9,1 1, os pedidos de forma correta. 2 Relação custo-benefício 9,1 1,3 9,1 1,4 8,9 1,4 9,1 1,1 adequada considerando o que se paga e o que se recebe. O sabor. 9,5 0,8 9,6 0,7 9,3 1,0 9,7 0,7 Boa aparência. 8,9 1,3 9,1 1,1 9,1 1,3 9,0 1,2 155 TABELA 16: Estatística descritiva das variáveis do estudo - conclui Atributos Boa qualidade dos ingredientes. O modo de preparo da comida. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Os temperos utilizados na preparação da comida. Boa higiene. Comida fresca. Cheiro agradável. Temperatura adequada. Baixo teor de calorias ou gordura. O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (p.ex., se for o caso de drinks e sucos). Ampla variedade de bebidas. A qualidade dos ingredientes (p. ex., se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. Temperatura adequada. Tipo de estabelecimento Fast food Rodízio Self service À la carte DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão 9,5 0,8 9,4 0,9 9,4 0,9 9,5 0,8 9,3 1,1 9,1 1,4 9,1 1,3 9,2 1,2 8,4 1,4 8,7 1,5 8,6 1,6 8,5 1,6 8,6 1,5 8,7 1,4 8,5 1,5 8,8 1,8 9,9 9,8 9,6 9,6 7,3 9,4 8,8 9,3 0,5 0,5 0,8 0,9 2,6 1,1 1,4 1,0 9,7 9,7 9,6 9,5 6,6 9,1 9,0 9,1 0,8 0,7 0,9 0,8 2,8 1,5 1,3 1,4 9,7 9,5 9,4 9,3 7,3 9,1 8,9 9,0 0,8 1,0 0,9 1,2 2,4 1,4 1,5 1,4 9,9 9,7 9,7 9,6 6,7 9,3 9,0 9,4 0,5 0,6 0,7 0,9 3,0 1,1 1,3 0,9 8,7 1,5 8,7 1,5 8,3 1,8 8,5 1,6 9,4 1,1 9,2 1,3 9,1 1,4 9,4 1,1 9,8 0,6 9,8 0,5 9,7 0,8 9,6 0,8 Fonte: dados da pesquisa. 9,6 9,6 0,9 0,9 9,9 9,8 0,5 0,6 De posse dos dados apresentados na TAB. 12, dividiram-se as informações contidas nela em quatro tipos de classificações básicas: atributos classificados como mais relevantes, atributos classificados como menos relevantes, atributos com maior desvio-padrão e atributos de menor desvio-padrão. Essa divisão possibilitou a origem de novas tabelas, que serão apresentadas e analisadas a seguir. Na TAB. 13 demonstra-se a relação de questões que avaliam os atributos dos restaurantes. Na construção dessa tabela e das outras que são fruto da TAB. 12, manteve-se a ordem dos tipos de restaurantes utilizados anteriormente, além de classificar os atributos avaliados a partir da maior média obtida em cada modalidade de restaurante. 156 7.2.5.1.1 Fatores mais relevantes Ao analisar os resultados que compõem a TAB. 13, é possível identificar, por meio da classificação realizada, os atributos com a maior e a menor média de avaliação por parte dos entrevistados, em cada tipo de restaurante. No próximo bloco o entrevistado foi conduzido a avaliar a percepção de importância de cada afirmativa, variando entre uma escala definida entre muito baixo (com pontuação zero) e muito alta (com pontuação máxima em 10 pontos). As respostas foram tratadas e obtiveram-se a pontuação média da classificação e o desvio-padrão de cada item. Nota-se, na TAB. 13, que ao classificar os quesitos em ordem de maior pontuação já é possível identificar os atributos de maior e menor relevância em cada tipo de restaurante. Para concentrar-se nos aspectos que atendem aos objetivos desta pesquisa, será apresentada a TAB. 14 com os cinco atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante, levando-se em consideração sua classificação por meio da pontuação (média) de relevância obtida em cada quesito. A análise a seguir abrange os maiores e os menores resultados obtidos por cada um dos quatro tipos de restaurantes pesquisados, para após investigar os aspectos que são congruentes e/ou divergentes em cada tipo. 157 TABELA 17: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - continua Atributos Ambiente limpo. Comida de qualidade. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Rapidez no atendimento. Rodízio DesvioMédia Padrão Fast food DesvioMédia Padrão 9,6 0,9 Comida de qualidade. 9,6 0,9 9,5 1,1 Ambiente limpo. 9,5 1,2 9,2 1,2 Alta qualidade no atendimento. 9,1 1,3 9,1 1,3 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,1 1,4 Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Ventilação agradável. 9,1 1,4 8,8 1,5 8,8 1,5 9,1 1,5 Diversas formas de pagamento. 9,0 1,4 Estacionamento de fácil acesso. Estacionamento gratuito aos clientes. 9,0 1,4 9,0 1,6 Rapidez no atendimento. 8,8 1,4 Alta qualidade no atendimento. 9,0 1,4 Cadeiras e/ou mesas confortáveis. 8,8 1,8 Ventilação agradável. 8,9 1,6 Garçons/atendentes cordiais. 8,7 2,0 À la carte DesvioMédia Padrão Self service DesvioMédia Padrão Ambiente limpo. Comida de qualidade. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Garçons/atendentes cordiais. 9,4 1,0 Comida de qualidade. 9,8 0,7 9,4 1,1 Ambiente limpo. 9,6 1,2 8,9 1,5 Alta qualidade no atendimento. 9,2 1,0 1,4 Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,1 1,1 8,9 8,8 1,5 9,1 Ventilação agradável. 8,7 1,4 Garçons/atendentes cordiais. 9,0 1,2 Diversas formas de pagamento. Espaço para o tráfego de pessoas entre mesas e cadeiras. Cadeiras e/ou mesas confortáveis. 8,7 1,6 Ventilação agradável. 9,0 1,2 8,6 1,6 Diversas formas de pagamento. 9,0 1,3 8,5 1,6 1,6 Alta qualidade no atendimento. 8,5 1,6 Cadeiras e/ou mesas 8,9 confortáveis. Sem filas para pagar a 8,9 comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. 1,6 158 TABELA 18: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - continua Atributos Garçons/atendentes cordiais. Fast food DesvioMédia Padrão 8,8 1,4 Estacionamento de fácil acesso. 8,7 1,3 8,6 1,3 8,5 1,7 Ambiente aconchegante. 8,4 1,6 Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. 8,4 1,9 Ampla variedade de produtos. 8,4 Espaço para o tráfego de pessoas entre mesas e cadeiras. Cadeiras e/ou mesas confortáveis. Localização em região da cidade que seja considerada segura. Estacionamento gratuito aos clientes. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Espaço para o tráfego de pessoas entre mesas e cadeiras. Diversas formas de pagamento. Ambiente aconchegante. Rodízio DesvioMédia Padrão 8,7 1,7 8,6 1,8 8,6 1,4 8,6 8,2 1,7 Ampla variedade de produtos. 8,1 1,7 1,6 Ambiente aconchegante. 7,9 1,7 8,6 1,9 Cardápio fácil de entender. 7,9 2,1 8,5 1, 7,9 7,9 6 1,3 Localização em região da cidade que seja considerada segura. Rapidez no atendimento. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Self service DesvioMédia Padrão 8,4 1,7 8,5 1,6 Localização em região da cidade que seja considerada segura. Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Rapidez no atendimento. À la carte DesvioMédia Padrão 8,7 1,4 8,6 1,5 8,6 1,8 Ambiente aconchegante. 8,6 1,7 Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). 8,5 1,7 1,8 Cardápio fácil de entender. 8,5 1,7 1,9 Estacionamento gratuito aos clientes. 8,5 2,0 Espaço para o tráfego de pessoas entre mesas e cadeiras. Localização em região da cidade que seja considerada segura. 159 TABELA 19: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - continua Fast food Rodízio Self service À la carte DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão Cardápio fácil de 8,3 1,5 Sem filas para servir 8,3 1,8 Ambiente bonito. 7,8 1,6 Sem filas para servir a 8,4 2,0 entender. a comida ou o buffet. comida ou o buffet. Amplo horário de 8,3 1,9 Garçons/atendentes 8,3 2,0 Estacionamento de 7,7 2,6 Garçons/atendentes 8,4 2,0 funcionamento. que tenham profundo fácil acesso. que tenham profundo conhecimento dos conhecimento dos produtos oferecidos, produtos oferecidos, auxiliando os clientes auxiliando os clientes em suas escolhas. em suas escolhas. Seus funcionários 8,2 2,0 Ambiente bonito. 8,2 1,6 Garçons/atendentes 7,7 2,4 Estacionamento de 8,3 2,1 tenham uma que tenham profundo fácil acesso. aparência profissional conhecimento dos (ex. garçons, produtos oferecidos, atendentes, caixa, auxiliando os clientes etc.). em suas escolhas. Localização 8,1 1,6 Ampla variedade de 8,1 1,6 Possua iluminação 7,6 1,9 Possua ambiente 8,3 1,6 conveniente. produtos. adequada ao bonito. ambiente do restaurante. Sem filas para servir 8,1 2,0 Possua cardápio fácil 8,1 1,9 Tenha localização 7,6 1,6 Iluminação adequada 8,0 2,0 a comida ou o buffet. de entender. conveniente. ao ambiente do restaurante. Ambiente bonito. 8,0 1,4 Amplo horário de 8,0 1,9 Estacionamento 7,5 2,7 Ampla variedade de 8,0 1,7 funcionamento. gratuito aos clientes. produtos. Garçons/atendentes 7,9 2,4 Iluminação adequada 8,0 1,8 Sem filas para servir 7,3 2,1 Localização 7,9 1,8 que tenham profundo ao ambiente do a comida ou o buffet. conveniente. conhecimento dos restaurante. produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Promoções para os 7,6 2,5 Localização 7,9 1,8 Promoções para os 7,3 2,8 Área exclusiva para 7,9 3,4 clientes mais conveniente. clientes mais fumantes. frequentes (ex. frequentes (ex. cartão-fidelidade). cartão-fidelidade) Atributos 160 TABELA 20: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - continua Atributos Baixo preço cobrado. Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Atendimento personalizado. Marca bem conceituada. Seja um restaurante bonito. Área exclusiva para fumantes. Rodízio DesvioMédia Padrão Fast food DesvioMédia Padrão À la carte DesvioMédia Padrão Self service DesvioMédia Padrão 7,3 2,3 Música ambiente agradável. 7,5 2,4 Localizado perto do trabalho. 7,2 2,5 Seja um restaurante bonito. 7,7 1,9 7,3 1,9 Seja um restaurante bonito. 7,4 2,0 Seja um restaurante bonito. 7,2 2,0 Amplo horário de funcionamento. 7,6 2,0 7,2 2,4 7,3 2,7 Amplo horário de funcionamento. 7,1 2,4 Decoração elegante. 7,4 1,9 7,2 2,5 Promoções para os clientes mais frequentes. (ex. cartão fidelidade) Área exclusiva para fumantes. 7,2 3,9 Área exclusiva para fumantes. 6,7 3,9 Música ambiente agradável. 7,4 2,3 7,1 2,3 7,2 2,2 Baixo preço cobrado. 6,7 2,0 Promoções para os clientes mais frequentes (ex. cartãofidelidade). 7,3 2,7 6,8 4,0 7,1 2,5 6,6 2,8 Atendimento personalizado. 7,3 2,1 Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Atendimento personalizado. Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). 161 TABELA 21: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - continua Fast food DesvioMédia Padrão 6,8 2,3 Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Atributos Aimentos com baixo teor calórico. 6,7 3,0 Decoração elegante. 6,7 1,7 6,7 2,7 Localização perto de casa. Música ambiente agradável. 6,6 2,4 Rodízio DesvioMédia Padrão Paixo preço cobrado. 7,0 1,9 Garçons que conheçam as preferências dos clientes. Ambiente divertido. Local para crianças se divertirem. Decoração elegante. 7,0 2,6 Alimentos com baixo teor calórico. 6,6 2,8 6,8 6,7 2,3 3,3 6,5 6,5 2,8 2,9 6,7 1,9 Cardápio bonito. Música ambiente agradável. Atendimento personalizado. 6,4 2,4 Localização perto de casa. 6,4 2,3 6,1 6,6 2,5 Marca bem conceituada. 6,3 2,2 Localização perto do trabalho. 6,5 2,6 ODiversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.). 6,2 2,8 Cardápio bonito. 6,3 2,3 Cardápio bonito. 5,9 2,8 Ambiente divertido. 6,2 2,7 Monitores para cuidarem das crianças. 5,9 3,4 Garçons que conheçam as preferências dos clientes. Garçons que conheçam as preferências dos clientes. Self service DesvioMédia Padrão 6,6 2,9 Decoração elegante. Marca bem conceituada. Ambiente divertido. Marca bem conceituada. Garçons que conheçam as preferências dos clientes. Cardápio bonito. Baixo preço cobrado. À la carte DesvioMédia Padrão 7,0 2,3 7,0 2,3 6,8 6,8 2,1 1,9 6,5 2,9 Ambiente divertido. 6,5 2,6 2,3 Alimentos com baixo teor calórico. 6,5 3,0 6,0 2,6 6,1 2,6 5,7 2,7 Localização perto de casa. Diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.) 5,7 2,9 Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). 162 TABELA 22: Atributos do estabelecimento por tipo de restaurante - conclui Atributos Local para crianças se divertirem. Diversão para os clientes (ex. shows, apresentações, etc.) Ofereça monitores para cuidarem das crianças. Localização em bairro nobre da cidade. Brindes para as crianças. Aparelhos de TV. Fast food DesvioMédia Padrão 5,9 3,4 5,8 3,0 5,1 3,4 4,8 2,4 4,4 3,6 4,0 3,1 Rodízio Alimentos com baixo teor calórico. Localização perto de casa. Média 5,8 3,0 5,3 2,8 Esteja localizado 4,9 2,4 em um bairro nobre da cidade. Localização perto 4,6 2,6 do trabalho. Brindes para as crianças. Aparelhos de TV . 4,0 3,1 4,0 3,1 Desvio- Padrão Local para crianças se divertirem. Diversão para os clientes (ex. shows, apresentações, etc.) Ofereça monitores para cuidarem das crianças. Localização em bairro nobre da cidade. Aparelhos de TV. Brindes para as crianças. Fonte: dados da pesquisa. Self service À la carte DesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão 5,3 3,2 Local para crianças se 5,4 3,7 divertirem. 5,1 2,9 4,7 3,3 4,6 2,5 4,2 3,0 3,7 2,9 Seja localizado perto do trabalho. 5,3 2,6 5,3 2,4 5,2 3,7 Aparelhos de TV. 4,0 3,2 Brindes para as crianças. 3,9 3,1 Localização em bairro nobre da cidade. Monitores para cuidarem das crianças. 163 TABELA 23: Relação dos cinco atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante Rodízio DesvioMédia Padrão Fast food DesvioMédia Padrão À la carte DesvioMédia Padrão Self service DesvioMédia Padrão Ambiente limpo. 9,6 0,9 Comida de qualidade. 9,6 0,9 Ambiente limpo. 9,4 1,0 Comida de qualidade. 9,8 0,7 Comida de qualidade. 9,5 1,1 Ambiente limpo. 9,5 1,2 Comida de qualidade. 9,4 1,1 Ambiente limpo. 9,6 1,2 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Rapidez no atendimento. 9,2 1,2 Alta qualidade no atendimento. 9,1 1,3 8,9 1,5 Alta qualidade no atendimento. 9,2 1,0 9,1 1,3 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,1 1,4 8,9 1,4 1,1 1,5 Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. 9,1 1,4 8,8 1,5 Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,1 9,1 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Garçons/atendentes cordiais. 9,1 1,2 Fonte: dados da pesquisa. 164 A) Fast food Ao iniciar a análise pela modalidade fast food, é relevante o destaque dos cinco primeiros itens com a maior média de avaliações do ponto de vista dos participantes. Nota-se que esses aspectos mais bem avaliados receberam pontuação média entre 9,1 e 9,6 pontos. Ao avaliar o atributo limpeza nesse tipo de estabelecimento, os entrevistados, por meio da afirmativa “tenha um ambiente limpo”, sublinharam esse aspecto como o mais importante entre as questões analisadas, apresentando a maior média com 9,6 pontos e desvio-padrão de 0,6. Considerando o segundo aspecto mais relevante do ponto de vista dos consumidores, destaca-se o atributo qualidade. Ao avaliar a afirmativa “ofereça comida de qualidade”, a média das classificações das avaliações atingiu a pontuação de 9,5, com desvio-padrão de 1,1. Em terceiro lugar, os entrevistados participantes da pesquisa que avaliaram o restaurante Fast food atribuíram uma pontuação média de 9,2 pontos com desviopadrão de 1,2 para a afirmativa “Possua garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta”, avaliando a eficiência/qualidade do serviço prestado por garçons/atendentes neste tipo de restaurante. No quesito “ofereça relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe”, os participantes pontuaram a relevância desse aspecto com 9,1 pontos, com margem de desvio-padrão de 1,3. Já o aspecto rapidez no atendimento ocupa o quinto lugar, com pontuação média de 9,1 e desvio-padrão de 1,5. Por se tratar de um tipo de restaurante que possui em sua essência o fornecimento de alimentação rápida, sendo esse seu principal diferencial frente aos outros tipos de restaurantes, já era possível prever que o atributo ocupasse as primeiras colocações. Dessa forma, sua posição ficou em quinto lugar. 165 Assim, entre os diferentes aspectos mensurados nesse tipo de restaurante, realçam-se em ordem de prioridade os mais importantes: limpeza (primeiro lugar), qualidade da comida (segundo lugar), qualidade no atendimento (terceiro lugar), relação custo-benefício (quarto lugar) e rapidez do atendimento (quinto lugar). B) Rodízio Dando continuidade à análise dos resultados, parte-se para a identificação dos cinco atributos que receberam a maior média na avaliação do restaurante rodízio. Entre os aspectos com maior pontuação média, verifica-se nota superior a 9,0 pontos. Com a pontuação mais alta entre os itens estudados, a relevância desse tipo de estabelecimento em oferecer comida de qualidade recebeu a pontuação média de 9,6 e desvio-padrão de 0,9. A limpeza foi o segundo atributo de maior relevância para os entrevistados que avaliaram o tipo de restaurante rodízio, com pontuação média de 9,5 pontos e desvio-padrão de 1.2. O terceiro atributo de maior relevância citado pelos participantes indica a relevância da qualidade/eficiência dos serviços prestados pelo restaurante, aspecto que visa a enaltecer a importância do atendimento, com relevância média de 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,3. A quarta e a quinta colocação dos atributos de maior relevância empataram com 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,4. Na quarta posição destaca-se novamente a importância desse tipo de restaurante em oferecer aos seus clientes qualidade no atendimento. Por outro lado, na quinta posição, a afirmativa “ofereça adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe” mostra a importância da relação preço-benefício em frequentar esse tipo de restaurante. Esse aspecto teve grande notoriedade, pois se relaciona à característica principal desse tipo de restaurante, que se paga uma taxa fixa para se comer à vontade. 166 Ao sintetizar os atributos de maior relevância para os consumidores em restaurante rodízio, destaca-se em ordem de maior relevância: a qualidade da comida (primeiro lugar), limpeza (segundo lugar), qualidade no atendimento (terceiro e quarto lugar) e preço (quinto lugar). C) Self service Ao iniciar a análise do tipo de restaurante self service, os cinco atributos com maior pontuação receberam notas entre 8,8 e 9,4 pontos. Nota-se que o atributo de maior relevância considerado pelos entrevistados é a limpeza, item este que foi avaliado por meio da afirmativa “tenha o ambiente limpo”, com média da pontuação por de 9,4 e desvio-padrão de 1. Ocupando a segunda colocação entre os atributos mais importantes, a afirmativa “ofereça comida de qualidade” traduz a importância do ponto de vista dos entrevistados de que esse tipo de restaurante ofereça qualidade nos alimentos comercializados. A opção recebeu pontuação de 9,4 e desvio-padrão de 1,1. Ao avaliar a importância da qualidade/eficiência do atendimento em um restaurante self service, os participantes pontuaram a frase “possua garçons/ atendentes que anotem os pedidos de forma correta” com média de 8,9 e desviopadrão de 1,5. Outro aspecto relevante para os frequentadores de restaurante self service é a relação preço-benefício oferecido. Na opção “ofereça adequada relação custobenefício considerando o que se paga e o que se recebe”, a pontuação média obtida por esse quesito foi de 8,9 pontos de relevância, com desvio-padrão de 1,4. Seguiu-se a relevância de o estabelecimento possuir garçons/atendentes cordiais, avaliado com 8,8 pontos e desvio-padrão de 1,5. Os atributos considerados pelos entrevistados de maior relevância no restaurante self service são: limpeza (primeiro lugar), qualidade na comida (segundo lugar), 167 qualidade/eficiência no atendimento (terceiro lugar), preço (quarto lugar) e qualidade no atendimento (quinto lugar). D) À la carte Partindo para a análise do último tipo de restaurante avaliado nesse quesito, os atributos com maior pontuação receberam média entre 9,1 e 9,8 pontos. O atributo qualidade na comida teve a maior média de pontuação entre os itens avaliados pelos participantes. Com 9,8 pontos de média e desvio-padrão de 0,7, a afirmativa “ofereça comida de qualidade” traduz a relevância do quesito para os participantes. Com média de 9,6 pontos (desvio-padrão 1,2) os consumidores de restaurantes à la carte classificam a limpeza do ambiente como o segundo aspecto mais importante de um restaurante desse tipo. Já a alta qualidade no atendimento também é um aspecto considerado também relevante e recebeu pontuação alta 9,2 pontos e desvio-padrão de 1,0 -, ocupando o terceiro lugar na classificação. A relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe classificou-se como o quarto atributo de maior relevância desse tipo de restaurante, obtendo 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,1. Por fim, a afirmativa que buscava avaliar a importância desse tipo de restaurante possuir garçons/atendentes que garantam que os pedidos realizados sejam anotados adequadamente foi tida como um aspecto relevante, com pontuação média de 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,2. Diante disso, os atributos mais importantes nos restaurantes à la carte foram: qualidade na comida (primeiro lugar), limpeza (segundo lugar), qualidade no atendimento (terceiro lugar), preço (quarto lugar) e qualidade/eficiência no atendimento (quinto lugar). 168 7.2.5.1.2 Fatores menos relevantes Na TAB. 15 exibem-se os cinco atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante. 169 TABELA 24: Relação dos cinco atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante Fast food Rodízio Self service À la carte DesvioMédia Padrão DesvioMédia Padrão DesvioMédia Padrão Desvio Média Padrão Atributos Aparelhos de TV. 4,0 3,1 Aparelhos de TV. 4,0 3,1 Brindes para as crianças. 3,7 2,9 Brindes para as crianças. 3,9 3,1 Brindes para as crianças. 4,4 3,6 Brindes para as crianças. 4,0 3,1 Aparelhos de TV. 4,2 3,0 Aparelhos de TV. 4,0 3,2 Localização em bairro nobre da cidade. 4,8 2,4 4,6 2,5 Monitores para cuidarem das crianças. 5,1 3,4 4,7 3,3 Diversão para os clientes (ex. shows, apresentações, etc.). 5,8 3,0 5,1 2,9 Esteja localizado em um bairro nobre da cidade. Localização em bairro 4,9 2,4 Monitores para nobre da cidade. cuidarem das crianças. Localização perto de 5,3 2,8 Ofereça diversão para casa. os clientes. (ex. shows, apresentações e etc...) Fonte: dados da pesquisa. Localização perto do trabalho. 4,6 2,6 Ofereça monitores para cuidarem das crianças. Localização em bairro nobre da cidade. Seja localizado perto do trabalho. 5,2 5,3 3,7 2,4 5,3 2,6 170 A) Fast food Ao analisar os cinco itens com menor pontuação no tipo de restaurante fast food, percebe-se que as notas variaram entre 4 e 5,8 pontos. Avaliando profundamente os aspectos de menor relevância nesse tipo de restaurante, destacam-se, na última colocação, em que se analisam as formas de entretenimento a partir da avaliação da afirmativa “possua aparelhos de TV”, 4,0 pontos e desvio-padrão de 3,1. Em penúltimo lugar, a opção em fornecer brindes para as crianças, com avaliação média de 4,4 e desvio-padrão de 3,6. Esse aspecto possibilita a avaliação das estratégias utilizadas por algumas cadeias de fast food que oferecem lanches diferenciados e acrescentam brindes para agradar as crianças. Na afirmativa “esteja localizado em bairro nobre da cidade.”, os consumidores participantes da pesquisa julgam pouco relevante esse aspecto, atribuindo média de 4,8 pontos e desvio-padrão de 2,4. Outro atributo considerado pouco relevante, com média de 5,1 e desvio-padrão de 3,4, foi a importância desse tipo de estabelecimento “oferecer monitores para cuidarem das crianças”. Assim como o aspecto de menor média apresentada nesse tópico, o atributo entretenimento aparece novamente na afirmativa “ofereça diversão para os clientes (ex. shows, apresentações, etc.)”, com baixa pontuação média - apenas 5,8 pontos e desvio-padrão de três pontos. Os atributos de baixa relevância (em ordem de menor prioridade) para os consumidores que avaliaram os restaurantes fast food são: entretenimento, promoções, localização, segurança e, novamente, entretenimento. Nota-se que os atributos considerados menos importantes receberam pontuação média inferior a seis pontos e com alto nível de desvio-padrão variando entre 3,7 e 2,4 pontos. 171 B) Rodízio Os itens no restaurante rodízio com a menor pontuação média foram pontuados com notas inferiores a 5,3 pontos de média. Ao analisar os aspectos com menor relevância para os frequentadores de restaurante rodízio, nota-se empate de quesitos com pontuação de 4,0 e desviopadrão e 3.1. Essa pontuação baixa reflete a pouca importância desse tipo de estabelecimento em possuir aparelhos de TV e oferecer brindes para as crianças. Outro aspecto de baixa relevância citado pelos entrevistados nesse tipo de restaurante é a localização. Três aspectos que avaliam esse atributo receberam pontuação média baixa em relação aos outros atributos. A afirmativa “seja localizado perto do trabalho” assume a antepenúltima posição da lista, com média 4,6 (desvio-padrão de 2,6). É seguida da afirmativa que avalia a importância desse estabelecimento ser localizado em bairro nobre da cidade, recebendo apenas 4,9 pontos em média (desvio-padrão de 2,4). Por fim, que esse restaurante seja localizado próximo de casa, com média de 5,3 e desvio-padrão de 2,8. Dessa forma, para esse tipo de restaurante os atributos de menor relevância em ordem são: possuir aparelho de TV (entretenimento), brindes para as crianças (promoção) e oferecer localização específica (localização). C) Self service Por se tratar de um restaurante com alto índice de frequentadores que buscam alimentação imediata principalmente no horário do almoço, observa-se que os itens com pontuações mais baixas retratam ponto secundários. Nota-se que os itens classificados com baixa relevância apresentaram pontuação igual ou inferior a 5,1 pontos. Com a pontuação mais baixa entre os diversos itens avaliados, a afirmativa “ofereça brindes para as crianças” recebeu apenas 3,7 pontos em média (desvio- 172 padrão de 2,9), seguido da necessidade desse tipo de restaurante possuir TV com 4,2 pontos em média (desvio-padrão de 3,0). A afirmativa que buscou mensurar a importância desse tipo de restaurante possuir localização em bairro nobre da cidade foi pontuada em média com 4,6 pontos, com desvio-padrão de 2,5. Foi seguida da opção que investigou a importância desse estabelecimento oferecer monitores para cuidarem das crianças, com pontuação de 4,7 e desvio-padrão de 3,3. Assim como os itens abordados, a importância desse tipo de estabelecimento proporcionar momentos de entretenimento para os clientes no momento do consumo recebeu pontuação média baixa, com apenas 5,1 pontos (desvio-padrão de 2,9). Os aspectos de menor relevância para os consumidores em restaurantes self service são: promoção (brindes para as crianças), entretenimento (possuir aparelho de TV), localização (esteja localizado em um ponto nobre da cidade), segurança (ofereça monitores para cuidar das crianças) e novamente entretenimento (diversão para os clientes). D) À la carte Ao avaliar os aspectos com menor relevância entre os itens avaliados em restaurantes à la carte, identificou-se que os aspectos possuem pontuação entre 5,3 e 3,9 pontos. Nessa análise salienta-se a baixa importância desse tipo de estabelecimento oferecer brindes para as crianças, com 3,9 pontos (desviopadrão de 3,1 pontos). A necessidade desse tipo de restaurante possuir aparelhos de TV obteve baixa classificação, recebendo apenas 4,0 pontos (desvio-padrão de 3,2 pontos). Seguiu-se a baixa relevância em disponibilizar monitores para cuidar das crianças com 5,2 pontos (desvio-padrão de 3,7 pontos). Além dos aspectos já citados, nota-se a baixa relevância da localização desse tipo de estabelecimento, aspecto este que ocupa a quarta posição (localizado em 173 um bairro nobre da cidade), com 5,3 pontos de relevância e desvio-padrão de 2,4, e a quinta (localizado perto do trabalho), com 5,3 pontos e 2,6 de desvio-padrão. Quanto aos aspectos de menor relevância sob a ótica dos entrevistados, realçamse-se os atributos com menor pontuação média na classificação geral das avaliações: promoção (ofereça brindes para as crianças), entretenimento (possua aparelhos de TV), segurança (ofereça monitores para cuidarem das crianças) e localização (região e proximidade próxima do trabalho). 7.2.5.2 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante Nas TAB. 14 e 15 destacam-se semelhanças existentes entre os cinco primeiros atributos em nível de relevância nos quatro tipos de restaurantes. Em especial, ao identificar a primeira colocação dos atributos de maior relevância do ponto de vista dos entrevistados, percebe-se que o aspecto que possibilita a avaliação do restaurante em oferecer comida de qualidade, é considerado o atributo de extrema relevância nos restaurantes rodízio e à la carte. Além disso, ocupa o segundo lugar entre os atributos mais bem avaliados no fast food e self service. Dessa forma, é possível constatar a relevância desse atributo como condição sine qua non na avaliação do consumidor durante seu processo decisório, fato relevante para receber investimento por parte dos gestores do setor. Outro aspecto de destaque é a limpeza. Foi considerado o atributo mais importante entre os aspectos avaliados nos restaurantes fast food e self service e em segundo lugar nos outros tipos de restaurantes. A limpeza do ambiente, assim como o aspecto qualidade da comida, foi reconhecida como um fator primordial para definir a escolha dos consumidores, o que converge com as informações coletadas na fase qualitativa desta pesquisa. Na terceira posição observa-se semelhança entre os atributos dos restaurantes fast food e self sevice, além do rodízio e à la carte. 174 Ao avaliar a semelhança dos restaurantes fast food e self service, detecta-se a semelhança na atuação de garçons e atendentes no momento de registrar o pedido do cliente, receber o valor correspondente e disponibilizar o pedido feito. Nesse contexto, os entrevistados enfatizaram a importância de que garçons/ atendentes anotem os pedidos de forma correta, evitando possíveis enganos. Em ambos os restaurantes o cliente decide o que irá consumir com base em uma limitação de opções existentes. No self service o consumidor limita-se a optar pela variedade e possibilidade de combinações disponíveis no dia, além de decidir pela quantidade de alimentação a ser consumida. Por outro lado, no fast food o consumidor escolhe entre os tipos comidas (muitas vezes lanches) predeterminadas pelo estabelecimento e as bebidas existentes para compor seu pedido. Por outro lado, na quarta colocação dos principais atributos dos restaurantes fast food, self service e à la carte, constata-se a importância em oferecer adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe. Isso difere do tipo de restaurante rodízio, que apresentou na quarta colocação a relevância de o estabelecimento possuir garçons e atendentes que anotem os pedidos de forma correta, assim como o restaurante à la carte que elegeu esse aspecto na quinta colocação. Na quinta colocação, os restaurantes fast food e self service apresentam como fator relevante o atendimento. Nesse aspecto, mesmo com classificação de importância semelhante, o atributo atendimento pode e deve ser avaliado de acordo com o contexto de cada restaurante. O fast food, na percepção dos respondentes, deve possuir atendimento rápido, mesmo que na maioria das vezes o atendimento desse tipo de estabelecimento seja formado por pessoas jovens e com menos experiência em relação ao atendimento ao público e pouca informação dos produtos utilizados na composição da alimentação fornecida pelo estabelecimento. Por outro lado, no restaurante self service espera-se encontrar garçons mais atenciosos e experientes no atendimento ao público e principalmente que entendam dos produtos que estão sendo servidos. Mesmo em situações diferentes, o investimento em treinamento dos atendentes/garçons trará 175 qualidade ao atendimento e agregará valor na percepção consumidor no momento da escolha. Por fim, no restaurante rodízio a quinta colocação compete ao desejo de que esse tipo de estabelecimento ofereça adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe, visto que muitas vezes essa opção de restaurante é frequentada por um público diverso. Nota-se que na quinta colocação não ocorreram semelhanças entre os atributos. Observa-se tendência dos entrevistados a ressaltarem os aspectos relevantes relativos às especificidades de cada tipo de restaurante. Por se tratar de um tipo de restaurante que possui o propósito de fornecer comida rápida, os consumidores que avaliaram o restaurante fast food destacaram, em quinto lugar, a importância desse tipo de estabelecimento em garantir rapidez no atendimento. Por outro lado, nessa mesma posição os entrevistados que avaliaram o rodízio enalteceram o fato desse tipo de estabelecimento oferecer adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe, visto que a proposta desse restaurante é garantir que o consumidor se alimente abundantemente por um preço fixo. Em se tratando de self service, o fornecimento de comida a quilo possibilita ao consumidor escolher o que comer e principalmente dosar a quantidade de alimento a ser consumido e pagar essencialmente por aquilo que consumir. Nesse sentido, a relação com garçons/atendentes se torna pontual e essencial. Dessa forma, torna-se relevante que esses atendentes sejam cordiais. O restaurante à la carte possui como característica principal o fornecimento de alimentos em porções ou pratos predeterminados apresentados em cardápios ou por garçons/atendentes que esclarecem as dúvidas, sugerem pratos, recebem os pedidos e os servem, característica esta que foi ressaltada ao considerar que esse tipo de estabelecimento possui alta qualidade no atendimento. 176 7.2.5.3 Desvio-padrão Assim como realizado nos tópicos anteriores, serão apresentadas neste capítulo as cinco primeiras posições de mais destaque e menor desvio-padrão por tipo de restaurante. De acordo com Stevenson (1981), “o desvio-padrão de um conjunto de números é a raiz quadrada positiva da variância” (STEVENSON, 1981, p. 30), sendo definida como a medida estatística utilizada para cálculos de distribuições. Wolffenbüttel (2006) esclarece, também, que o desvio-padrão é uma medida que possibilita a avaliação de valores utilizados para identificar se a média dos fatores está próxima ou distante da média geral dos elementos. Na análise dos resultados é preciso considerar que quanto menor for o índice do desvio-padrão, mais próximo da média este se encontra. Por outro lado, quanto maior o desvio, maior é a dispersão dos números em relação à média. Desta forma, a seguir serão apresentados os dados que apresentaram maior e menor desvio-padrão entre os aspectos avaliados. Acredita-se que alguns quesitos, como, por exemplo, “ofereça brindes para as crianças”, tenham mais significado e relevância para alguns entrevistados (exemplo, aqueles que possuem filhos) do que para outros, o que pode contribuir para elevar a dispersão da pontuação dos entrevistados e, por conseqüência, o aumento do índice do desvio-padrão. No caso de o restaurante possuir área de fumantes, isso pode ter ocorrido em virtude de que a grande maioria das pessoas não fuma e não se importa com a existência dessa comodidade. Por outro lado, pode ser que as pessoas que fumam tenham avaliado esse item como muito importante, esclarecendo o alto índice do desvio-padrão. O mesmo tipo de raciocínio pode ter ocorrido em relação à existência de uma televisão. Aqueles que não estão interessados em assistir à televisão podem ter avaliado com baixas notas a importância desse atributo e o inverso pode ter ocorrido com aqueles que, mesmo durante as refeições, se sentem interessados em programas de TV. 177 7.2.5.3.1 Fast food Para ser possível a identificação dos atributos com maior desvio-padrão na avaliação do restaurante fast food, na TAB. 16 exibe-se a classificação das cinco questões com índice mais alto. TABELA 25: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante fast food Fast food Atributos Média Desvio-Padrão Área exclusiva para fumantes. 6,5 4,1 Local para crianças se divertirem. 5,8 3,6 Monitores para cuidarem das crianças. 5,1 3,6 Brindes para as crianças. 4,1 3,6 3,8 3,1 Aparelhos de TV. Fonte: dados da pesquisa. Como descrito na TAB. 16, são identificados os aspectos com maior índice de desvio-padrão que representam quesitos com baixa classificação entre a lista de aspectos avaliados pelos entrevistados. Nas duas primeiras colocações destacase o atributo ambiente. A importância de um restaurante fast food possuir área exclusiva para fumantes recebeu média de 6,5 e 4,1 de desvio-padrão, exibindo a maior margem desse tipo de restaurante. Em segundo lugar avaliou-se a relevância desse estabelecimento possuir local para as crianças se divertirem, média de 5,8 e desvio de 3,6. Surge em terceiro lugar o aspecto segurança, com média de 5,1 e desvio de 3,6 ao mensurar-se a importância desse estabelecimento em oferecer monitores para cuidarem das crianças. Em quarto lugar está a relevância do fast food em oferecer brindes para as crianças que, assim como os outros dois anteriores, apresentou média de 4,1 e desvio-padrão de 3,6. Por fim, a relevância desse ambiente possuir aparelhos de TV, com índice de desvio-padrão de 3,1 e média 3,8. No restaurante fast food os atributos mensurados que apresentaram maior desvio-padrão na média das respostas recebidas pelos entrevistados foram: ambiente, segurança, promoção e entretenimento. 178 Por outro lado, ao avaliar as questões com menor desvio-padrão, nota-se que estes variaram entre 3,1 e 4,1 pontos e se relacionam aos aspectos com melhor classificação entre as questões avaliadas. TABELA 26: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food Fast food Atributos Média Desvio-padrão Ambiente limpo. 9,6 0,9 Comida de qualidade. 9,5 1,1 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,2 1,2 Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. 9,1 1,3 Ampla variedade de produtos. 8,4 1,3 Fonte: dados da pesquisa. Em meio às questões avaliadas com menor desvio-padrão destaca-se em primeiro lugar a relevância de um restaurante fast food oferecer comida de um ambiente limpo, com desvio-padrão de 0,9 e 9,6 pontos na média de classificação geral. Seguiu-se a importância de ser oferecida comida de qualidade com 1,1 de desvio-padrão e média de classificação de 9,5. Em terceiro lugar nesse quesito, salienta-se a qualidade/eficiência de garçons e atendentes anotarem o pedido de maneira correta, atingindo 9,2 pontos e desvio-padrão de 1,2. Em quarto lugar, com desvio-padrão de 1,3 e pontuação média de 9,1, surge a relevância desse tipo de restaurante em oferecer adequada relação custo-benefício. Por fim, o quesito que avalia a importância do restaurante fast food em oferecer grande variedade de produtos obteve média de 8,4 e desvio-padrão de 1,3. Entre os quesitos de menor desvio-padrão estão os cinco primeiros colocados, em ordem: “tenha um ambiente limpo” (atributo de limpeza); “ofereça comida de qualidade” (atributo de qualidade na comida); “possua garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta” (atributo atendimento); “ofereça adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe” (atributo de preço) e “ofereça grande variedade de produtos” (atributo de comida). 179 Nessa análise destaca-se que os itens com menor desvio-padrão possuem entre 0,9 e 1,3 pontos. 7.2.5.3.2 Rodízio Ao avaliar os mais altos índices de desvio-padrão do restaurante rodízio, notamse aspectos semelhantes às questões registradas no restaurante fast food. TABELA 27: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio Rodízio Atributos Média Desvio-padrão Área exclusiva para fumantes. 7,2 3,9 Monitores para cuidarem das crianças. 5,9 3,4 Local para crianças se divertirem. Brindes para as crianças. Aparelhos de TV. 6,7 4,0 4,0 3,3 3,1 3,1 Fonte: dados da pesquisa. Entre os aspectos com mais alto índice de desvio-padrão encontra-se a relevância desse tipo de estabelecimento oferecer área exclusiva para fumantes, com média de 7,2 pontos de relevância e desvio-padrão de 3,9. O aspecto que avaliou a relevância em oferecer monitores para cuidar das crianças foi pontuado em média de 5,6 na escala de relevância e contou com desvio-padrão de 3,4. Possuir um lugar para as crianças se divertirem assumiu o terceiro lugar, com pontuação média de 6,7 pontos e desvio-padrão de 3,3. Seguiram-se as opções que analisaram a importância desse estabelecimento oferecer brindes para as crianças com 4,0 pontos e desvio-padrão de 3,1 e possuir aparelhos de TV com 4,0 de desvio-padrão e 3,1 pontos de média de relevância. Os aspectos com maior desvio-padrão entre os quesitos avaliados no restaurante rodízio são: “possua área exclusiva para fumantes” (avaliação do atributo ambiente), “ofereça monitores para cuidarem das crianças” (avaliação do atributo segurança), “possua um local para crianças se divertirem” (avaliação do atributo 180 entretenimento), “ofereça brindes para as crianças” (avaliação do atributo promoção) e “possua aparelhos de TV” (avaliação do atributo entretenimento). A TAB. 19 possibilita a identificação e análise dos cinco aspectos avaliados pelos entrevistados com menor desvio-padrão no restaurante rodízio. TABELA 28: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio Rodízio Atributos Média Desvio-padrão Comida de qualidade. 9,6 0,9 Ambiente limpo. 9,5 1,2 Alta qualidade no atendimento. 9,1 1,3 Rapidez no atendimento. 8,8 1,4 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9,1 1,4 Fonte: dados da pesquisa. Ao avaliar os cinco colocados entre os atributos de menor desvio-padrão, nota-se que oferecer comida de qualidade obteve média geral de 9,6 e desvio de 0,9. Em segundo lugar, ter ambiente limpo apresentou desvio-padrão de 1,2 e média geral de 9,5. Em terceiro lugar surge a importância desse tipo de restaurante oferecer elevada qualidade no atendimento, com 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,3. Já em quarto e quinto lugares ficaram empatados com índice de 1,4 de desvio-padrão a relevância da rapidez no atendimento (8,8 pontos) e possuir garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta (9,1 pontos). Os cinco atributos com menor desvio-padrão apresentados pelos entrevistados para o restaurante rodízio são: comida de qualidade, limpeza do ambiente e atendimento. 181 7.2.5.3.3 Self service Assim como nas análises anteriores, na TAB. 20 apresentam-se as questões com maior desvio-padrão na avaliação dos restaurantes self service. Percebe-se que, assim como nos outros restaurantes, as questões com desvio-padrão elevado possuem classificação média-baixa. TABELA 29: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service Self service Atributos Média Desvio-padrão Área exclusiva para fumantes. 6,7 3,9 Monitores para cuidarem das crianças. 4,7 3,3 Local para crianças se divertirem. 5,3 3,2 Aparelhos de TV. 4,2 Diversão para os clientes. (ex. shows, 5,1 apresentações, etc.). Fonte: dados da pesquisa. 3,0 2,9 As cinco afirmativas com maior desvio-padrão dos restaurantes self service possuem variação de 4 a 2,9 pontos de desvio. Ao avaliar a relevância desse tipo de restaurante possuir área exclusiva para fumantes, o desvio-padrão foi de 3,9, e a média de classificação de 6,7 pontos. Ao apresentar 3,3 pontos de desvio, a opção que avaliava a importância em oferecer monitores para cuidarem das crianças (4,7 pontos na classificação média) ficou em segundo lugar. O atributo entretenimento nesse tipo de restaurante a partir da afirmativa “possua um local para crianças se divertirem” apresentou desvio-padrão de 3,2 pontos e média de 5,3, ocupando o terceiro lugar. E a opção que buscou analisar a importância em possuir aparelhos de TV exibiu desvio-padrão de 3,0 pontos e média na classificação geral de 4,2 em quarto lugar. Ao mensurar a importância desse estabelecimento oferecer diversão para os clientes, o desvio-padrão foi de 2,9 pontos, com 5,1 pontos na classificação geral. Os cinco aspectos de maior desvio-padrão nesse tipo de restaurante são: “possua área exclusiva para fumantes” (ambiente), “ofereça monitores para cuidarem das 182 crianças” (segurança), “possua um local para crianças se divertirem” (entretenimento), “possua aparelhos de TV” (entretenimento) e “ofereça diversão para os clientes” (entretenimento). Já os aspectos com menor desvio-padrão nesse tipo de restaurante estão demonstrados na TAB. 21. TABELA 30: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service Self service Média Desvio-padrão Atributos Ambiente limpo. 9,4 1,0 Comida de qualidade. Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Ventilação agradável. 9,4 1,1 8,9 1,4 8,7 1,4 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 8,9 1,5 Fonte: dados da pesquisa. O aspecto com o menor desvio-padrão no restaurante self service foi o atributo limpeza, por meio da avaliação dos entrevistados da questão “tenha ambiente limpo”, com desvio-padrão de 1 ponto e média de relevância de 9,4 pontos. Em segundo lugar, oferecer comida de qualidade teve pontuação de 9,4 na classificação de relevância e 1,1 ponto de desvio-padrão. Seguiu-se a opção que avaliava a importância desse tipo de restaurante oferecer adequada relação custo-benefício considerando o que se paga e o que se recebe, com desviopadrão de 1,4 e média de 8,9 na classificação de relevância. Na quarta colocação está a relevância desse estabelecimento oferecer ventilação agradável, com índice de 1,4 de desvio-padrão e 8,7 pontos. E na quinta posição a opção desse tipo de estabelecimento, possuir garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta, o desvio-padrão foi de 1,5, com 8,9 pontos de média. Dessa forma, os atributos avaliados com menor desvio-padrão são: limpeza, comida, preço, ambiente e atendimento. 183 7.2.5.3.4 À la carte Ao analisar as resultados obtidos na avaliação do restaurante à la carte (TAB. 22), é possível identificar os cinco atributos com maior desvio-padrão. TABELA 31: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Atributos Média Desvio-padrão Local para crianças se divertirem. 5,4 3,7 Monitores para cuidarem das crianças. 5,2 3,7 Área exclusiva para fumantes. 7,9 3,4 Aparelhos de TV. 4,0 3,2 3,9 3,1 Brindes para as crianças. Fonte: dados da pesquisa. Com 3,7 pontos de desvio-padrão, as questões “possua um local para crianças se divertirem” (média de 5,4 pontos) e “ofereça monitores para cuidarem das crianças” (média de cinco pontos) ocupam a primeira e segunda colocação, respectivamente. Na terceira colocação aparece a avaliação da relevância desse tipo de estabelecimento possuir área exclusiva para fumantes, com 7,9 pontos na classificação de relevância e 3,4 pontos de desvio-padrão. Seguiu-se a opção sobre relevância do atributo entretenimento, ao avaliar a relevância desse estabelecimento em possuir aparelhos de TV, classificada com 4,0 pontos de relevância e 3,2 de desvio-padrão. Em quinto lugar classifica-se a relevância de oferecer brindes para as crianças, com 3,9 pontos de relevância e 3,1 de desviopadrão. Entre os cinco colocados com maior desvio-padrão apresentam-se os atributos: ambiente, segurança, ambiente, entretenimento e promoção. Já as cinco questões com menor índice de desvio-padrão serão apresentados na TAB. 23. 184 TABELA 32: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Atributos Média Desvio-Padrão Comida de qualidade. Alta qualidade no atendimento. Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. 9,8 9,2 0,7 1,0 9,1 1,1 Ambiente limpo. 9,6 1,2 9,0 1,2 Garçons/atendentes cordiais. Fonte: dados da pesquisa. A questão de menor desvio-padrão entre os aspectos avaliados pelos entrevistados foi o oferecer comida de qualidade com média de 9,6 pontos e desvio de 0,7 ponto. O segundo aspecto com menor desvio-padrão, “ofereça alta qualidade no atendimento”, teve um ponto de desvio-padrão e média de 9,2 pontos. Já na terceira colocação, a afirmativa “ofereça adequada relação custobenefício considerando o que se paga e o que se recebe”, o desvio-padrão foi de 1,2 e nove pontos. Na quarta e quinta colocações entre os cinco classificados, as questões “tenha um ambiente limpo” (pontuação média de 9,6 pontos) e “tenha garçons/ atendentes cordiais” (pontuação média de nove pontos) ficaram empatadas com 1,2 ponto de desvio-padrão. Com os menores desvios-padrão na avaliação do restaurante à la carte são apresentados os atributos relacionados a comida, preço e atendimento. De modo geral, percebe-se nas análises anteriores que as afirmativas com maior desvio-padrão possuem baixa pontuação na classificação geral de relevância, bem como o contrário também é válido. Os índices com menor desvio-padrão correspondem às questões mais bem avaliadas na classificação de relevância. 185 7.2.5.4 Atributos da bebida Iniciando a análise dos atributos correspondentes à bebida, a TAB. 24 contém os dados tabulados na ordem das informações coletas. Conforme ressaltado anteriormente, por sugestão de especialistas de marketing optou-se por avaliar os aspectos da bebida e comidas servidas pelos quatro tipos de restaurantes separadamente dos aspectos que avaliaram o estabelecimento. TABELA 33: Atributos da bebida por tipo de restaurante Atributos O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). A ampla variedade de bebidas. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. Estar na temperatura adequada. Fast food Tipo de Estabelecimento Rodízio Self service À la carte DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão 9,4 1,1 9,1 1,5 9,1 1,4 9,3 1,1 8,8 1,4 9,0 1,3 8,9 1,5 9,0 1,3 9,3 1,0 9,1 1,4 9,0 1,4 9,4 0,9 8,7 1,5 8,7 1,5 8,3 1,8 8,5 1,6 9,4 1,1 9,2 1,3 9,1 1,4 9,4 1,1 9,8 0,6 9,8 0,5 9,6 0,9 9,9 0,5 9,7 0,8 9,6 0,8 9,6 0,9 9,8 0,6 Fonte: dados da pesquisa . Os aspectos avaliados na dimensão bebida identificaram a importância da higiene de copos e taças, da bebida encontrar-se na temperatura adequada, do sabor, da qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos), do modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos), da boa aparência e da grande variedade de bebidas. 186 7.2.5.4.1 Fatores mais relevantes Na TAB. 25 encontram-se os atributos correspondentes à dimensão bebida, com a maior e a menor média de avaliação por parte dos entrevistados, em cada tipo de restaurante. Neste bloco o entrevistado foi conduzido a avaliar a percepção de importância de cada afirmativa variando entre uma escala definida entre muito baixa (com pontuação zero) e muito alta (com pontuação máxima em 10 pontos). As respostas foram tratadas e atingiram-se a pontuação média da classificação e o desvio-padrão de cada item. 187 TABELA 34: Relação dos três atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante Atributos Fast food DesvioMédia Padrão Atributos Rodízio DesvioMédia Padrão Boa higiene dos copos ou taças. 9,8 0,6 Boa higiene dos copos ou taças. 9,8 0,5 Temperatura adequada. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 9,7 0,8 9,6 0,8 9,4 1,1 Temperatura adequada. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Atributos Self service DesvioMédia Padrão Atributos À la carte DesvioMédia Padrão Boa higiene dos copos ou taças. 9,6 0,9 Boa higiene dos copos ou taças. 9,9 0,5 Temperatura adequada. 9,2 1,3 A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. 9,6 0,9 9,8 0,6 9,1 1,4 Temperatura adequada. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 9,4 0,9 188 Como são apenas sete questões que avaliam a dimensão bebida, serão classificados como fatores mais relevantes apenas os três primeiros quesitos entre os aspectos com melhor pontuação na classificação geral. A) Fast food Ao avaliar os três primeiros colocados na dimensão bebida em restaurante fast food, destaca-se como aspecto primordial para os consumidores a garantia da boa higiene dos copos ou taças, com a média de 9,8 pontos de relevância e desvio-padrão de 0,6. Já a temperatura adequada da bebida obteve pontuação média de 9,7 nas avaliações dos entrevistados e desvio-padrão de 0,8 ponto. E em terceiro lugar, a qualidade dos ingredientes utilizados na preparação de sucos e drinks foi classificadas com 9,4 pontos e desvio-padrão de 1,1. B) Rodízio O aspecto de maior relevância nas bebidas servidas aos consumidores em restaurantes rodízio, de acordo com a TAB. 25, é a boa higiene dos copos ou taças, com 9,8 pontos e desvio-padrão de 0,5 ponto. A seguir, a temperatura adequada da bebida com 9,6 pontos e desvio-padrão de 0,8 e da qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos), com desvio-padrão de 1,3 e classificação média de 9,2 pontos. C) Self service Na avaliação da dimensão bebida, ao observarem-se os dados da TAB. 25, apura-se empate na primeira posição entre “boa higiene dos copos ou taças” e “estar na temperatura adequada”, com avaliação de 9,6 e desvio-padrão de 0,9 na primeira posição. A qualidade dos ingredientes utilizados para fazer drinks e sucos ocupa o terceiro lugar na relevância dos consumidores quanto à bebida em restaurantes self service - 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,4. 189 D) À la carte O atributo considerado de maior relevância entre os aspectos do quesito bebidas é a garantia, por parte do restaurante self service, em garantir a boa higiene dos copos ou taças, com pontuação média de 9,9 pontos e desvio-padrão de 0,5. Logo após, a importância da bebida ser servida na temperatura adequada, com média 9,8 e desvio-padrão de 0,6. E em terceiro lugar, o modo de preparo da bebida recebeu pontuação média de 9,4 e desvio-padrão de 0,9. 7.2.5.4.2 Fatores menos relevantes Dos aspectos mensurados na dimensão bebida, na TAB. 26 estão os dados com pontuação inferior ao índice de relevância. Assim como no tópico anterior, serão apresentados apenas os três fatores de menor relevância nessa dimensão. 190 TABELA 35: Relação dos três atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante Atributos Ampla variedade de bebidas. Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fast food DesvioMédia Padrão 8,7 1,5 8,8 9,3 1,4 1,0 Atributos Ampla variedade de bebidas. Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Rodízio DesvioMédia Padrão Atributos Ampla variedade de bebidas. 9,0 1,3 Boa aparência. 9,1 1,4 O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. 8,7 1,5 Self service DesvioMédia Padrão 8,3 1,8 8,9 9,0 1,5 1,4 Atributos Ampla variedade de bebidas. Boa aparência. O sabor. À la carte DesvioMédia Padrão 8,5 1,6 9,0 9,3 1,3 1,1 191 A) Fast food Ao avaliar a dimensão bebida no tipo de restaurante fast food, em primeiro lugar está o quesito ampla variedade de bebidas, com pontuação média (mais baixa) de 8,7 pontos de relevância e 1,5 de desvio-padrão. A boa aparência da bebida é dos aspectos considerados com menor relevância no julgamento dos frequentadores de restaurante fast food, recebendo pontuação de 8,8 pontos e desvio-padrão de 1,4. E em terceiro lugar, o modo de preparo classificou-se com 9,3 pontos e desvio-padrão de um ponto. B) Rodízio Entre questões avaliadas na dimensão bebida no restaurante rodízio, o item que pretende mensurar a importância desse tipo de estabelecimento ofertar aos clientes ampla variedade de bebidas classificou-se com a pontuação mais baixa entre os aspectos avaliados, recebendo nota 8,3, com desvio-padrão de 1,8. Já a aparência das bebidas fornecidas nesse tipo de restaurante foi avaliada com 8,9 pontos e desvio-padrão de 1,5, assumindo a segunda colocação entre os aspectos menos relevantes. Em terceiro lugar entre os aspectos menos relevantes surge o modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos), com média de 9,0 pontos de relevância e desvio-padrão de 1,4. C) Self service No tipo de restaurante self service, de acordo com os participantes da pesquisa, é pouco relevante que esse estabelecimento ofereça ampla variedade de bebidas (média de 8,3 pontos e desvio-padrão de 1,8). Outro aspecto considerado pouco relevante para os frequentadores de restaurante self service ao avaliar a dimensão é a boa aparência das mesmas (média de 8,9 e desvio-padrão de 1,5), assim como o modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos), que recebeu baixa pontuação entre os aspectos avaliados (média de nove pontos e desvio-padrão de 1,4). 192 D) À la carte O aspecto que avaliava a importância em ofertar ampla variedade das bebidas foi considerado pelos frequentadores de restaurante à la carte como o critério de menor relevância, sendo pontuado com 8,5 e desvio-padrão de 1,6. Outro aspecto de baixa relevância para esse tipo de consumidor é a boa aparência da bebida, com média de 9,0 pontos e desvio-padrão de 1,3, seguido pela opção em que se analisou a importância do sabor da bebida com nota de 9,3 pontos e desviopadrão de 1,1. 7.2.5.4.3 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante Ao estudar os resultados contidos nas TAB. 25 e 26, percebem-se semelhanças existentes entre a classificação dos atributos, independentemente do tipo de restaurante. Considerando os aspectos de maior relevância para os tipos de restaurantes avaliados, nota-se na TAB. 25 que o atributo limpeza teve a maior relevância para os consumidores nos quatro tipos de restaurantes pesquisados. Assim como oferecer bebidas na temperatura adequada ocupou a segunda colocação, independentemente do tipo de restaurante. Também é possível identificar a semelhança existente entre os tipos de restaurantes fast food, rodízio e self service ao analisar a qualidade dos ingredientes utilizados na preparação de bebidas (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos) como itens de relevância. Já na TAB. 26 é possível constatar a baixa relevância sob o ponto de vista dos entrevistados em restaurantes fast food, rodízio, self service e à la carte ao ofertarem a seus clientes ampla variedade de bebidas, que ocupou o último lugar na avaliação geral dessa dimensão. Ao avaliar o segundo aspecto de menor relevância, observa-se também consenso entre os consumidores dos quatro tipos de restaurantes ao classificar a boa aparência das bebidas. 193 Por fim, ocupando o antepenúltimo lugar na classificação geral dos atributos de maior relevância na avaliação de restaurantes fast food, rodízio, self service, os consumidores citaram o modo de preparo de bebidas (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Isso difere dos consumidores à la carte que registram nessa mesma posição o aspecto que avalia a importância do sabor. 7.2.5.4.4 Desvio-padrão Conforme descrito na dimensão restaurante, neste tópico são apresentados os índices com maior e menor desvio-padrão em cada tipo de restaurante. Para isso serão avaliados os três aspectos com maior e os três com menor desvio-padrão na classificação geral da dimensão bebidas. A) Fast food Na TAB. 27 expõem-se os três atributos com maior desvio-padrão entre os itens avaliados na dimensão bebidas no restaurante fast food. TABELA 36: Relação dos três atributos com maior desvio-padrão na dimensão bebidas no restaurante fast food Fast food Atributos Ampla variedade de bebidas. Boa aparência. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. Média 8,7 Desvio-Padrão 1,5 8,8 1,4 9,4 1,1 Diante dos itens descritos na TAB. 27 é possível identificar que a ampla variedade de bebidas recebeu pontuação média de 8,7 pontos e teve o maior desvio-padrão (1,5) entre os identificados na tabulação dos dados. Seguiram-se a boa aparência da bebida, com desvio de 1,4 ponto e pontuação de 8,8, e a qualidade dos ingredientes utilizados, com 9,4 pontos e índice de desvio-padrão de 1,1 194 Na análise dos resultados, infere-se que no aspecto variedade nas bebidas muitos consumidores esperam principalmente nesse tipo de restaurante encontrar tipos de bebidas populares (água, milk shake, refrigerante e suco), sendo de baixa importância a oferta de maior gama de bebidas. Em contrapartida, existem consumidores que se sentem limitados com as ofertas populares. Já o aspecto boa aparência pode ter apresentado alto desvio-padrão, por se tratar de item de menor relevância para alguns entrevistados e baixa para outros. No terceiro aspecto, percebe-se que muitas vezes o consumidor não tem acesso a ingredientes utilizados na preparação de bebidas. Dessa forma, a variação do desvio-padrão pode ser justificado pela falta de referência de alguns consumidores sobre a qualidade dos produtos. Em situação oposta, na TAB. 28 abordam-se os três quesitos com menor desviopadrão entre os itens avaliados. TABELA 37: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food Fast food Atributos Boa higiene dos copos ou taças. Temperatura adequada. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. Média 9,8 Desvio-Padrão 0,6 9,7 0,8 9,3 1,0 Diante do exposto, identifica-se que o atributo limpeza (boa higiene dos copos ou taças) recebeu pontuação média alta (9,8 pontos) e o menor desvio-padrão (0,6) entre os aspectos avaliados da dimensão bebidas. Ressalta-se, assim, a importância desse atributo para os consumidores em restaurante fast food. Em segundo lugar, a relevância das bebidas serem servidas na temperatura adequada nesse tipo de restaurante obteve pontuação de 9,7 e desvio-padrão de 0,8. O modo de preparo da bebida ficou na terceira colocação dos aspectos avaliados com menor desvio-padrão, com 1,0 ponto, e classificação de relevância de 9,3 pontos. 195 B) Rodízio A seguir serão identificados os quesitos da dimensão bebida que apresentaram o maior-desvio-padrão no restaurante rodízio (TAB. 29). TABELA 38: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio Atributos O sabor. Média 9,1 A ampla variedade de bebidas. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. Rodízio Desvio-padrão 1,5 8,7 1,5 9,1 1,4 Ao analisar as informações detalhadas na TAB. 29, percebe-se que o índice de maior desvio-padrão nesse tipo de restaurante compreende o sabor, com média de 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,5. Isso pode ser considerado um item de menor relevância para uns consumidores e de maior relevância para outros. Foi seguido pela avaliação da importância em oferecer ampla variedade de bebidas, com desvio-padrão de 1,5 e média de classificação de 8,7 pontos. Por fim, o modo de preparo apresentou desvio-padrão de 1,4 ponto, ocupando o terceiro lugar entre os aspectos com maior desvio-padrão. Na TAB. 30 serão demonstrados os itens com menor desvio-padrão entre os itens da dimensão bebidas em restaurantes rodízio. TABELA 39: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio Atributos Média 9,8 Boa higiene dos copos ou taças. Rodízio Desvio-Padrão 0,5 Temperatura adequada. 9,6 0,8 Boa aparência. 9,0 1,3 Fonte: dados da pesquisa Com os dados apresentados na TAB. 30 é possível inferir que o aspecto “boa higiene dos copos ou taça” foi o índice com menor desvio-padrão (0,5) na 196 dimensão avaliada. E “estar na temperatura adequada” apareceu em segundo lugar, com desvio-padrão de 0,8 e classificação média de 9,6 pontos de relevância. “Boa aparência” ocupou a terceira locação dos aspectos com menor desvio-padrão (1,3) entre os itens avaliados por frequentadores de restaurante rodízio. C) Self service Para ser possível a análise dos itens avaliados com maior desvio-padrão no restaurante self service, a TAB. 31 traz os três quesitos com maior índice. TABELA 40: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service Self service Atributos A ampla variedade de bebidas. Boa aparência. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. Média 8,3 Desvio-Padrão 1,8 8,9 1,5 9,1 1,4 Entre os itens identificados com maior desvio-padrão, a ampla variedade de bebidas obteve média de 8,3 pontos na escala de relevância desvio-padrão de 1,8. Na segunda colocação entre as avaliações com maior desvio-padrão, a boa aparência das bebidas servidas recebeu média 8,9 na classificação, com desviopadrão de 1,5. Seguiu-se o item sobre a relevância da qualidade dos ingredientes utilizados, por exemplo, no preparo de drinks e sucos, que exibiu desvio-padrão de 1,4 e pontuação de 9,1 pontos. Nesse caso, as pessoas que frequentam self service podem estar mais interessadas em consumir bebidas do “dia-a-dia”, ao contrário de outros frequentadores de restaurantes. Por outro lado, podem existir clientes desse tipo de restaurante que se interessam em ter muitas opções de escolha e, nesse caso, 197 poderem variar acerca do sabor e tipo da bebida no seu “dia-a-dia”. Pode ser que existam dois grupos de consumidores distintos. A TAB. 32 serão apresentados os quesitos com menor desvio-padrão na avaliação da dimensão bebidas para consumidores em restaurantes self service. TABELA 41: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service Atributos Boa higiene dos copos ou taças. Self service Média Desvio-Padrão 9,6 0,9 Temperatura adequada. 9,6 0,9 O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 9,0 1,4 Fonte: dados da pesquisa. Com os dados apresentados é possível identificar empate entre a boa higiene dos copos e taças e estar na temperatura adequada, representando o quesito com menor desvio-padrão no grupo de questões analisadas pelos consumidores, cuja classificação média foi de 9,6 pontos de relevância e variação de 0,9 ponto de desvio-padrão. Depois veio o quesito sobre a importância do modo de preparo das bebidas, com variação de 1,4 ponto de desvio-padrão e 9,0 pontos na classificação geral. Os valores baixos reforçam a importância desses itens, principalmente os que obtiveram maior pontuação em relação à importância para os clientes de self service. D) À la carte Na análise dos dados da dimensão bebidas em restaurantes à la carte são listados na TAB. 33 os itens com maior desvio-padrão. 198 TABELA 42: Relação dos três atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Atributos A ampla variedade de bebidas. Média 8,5 Desvio-Padrão 1,6 9,0 1,3 9,4 1,1 Boa aparência. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Fonte: dados da pesquisa. A ampla variedade de bebidas servidas por um restaurante à la carte apresentou pontuação de 8,5 na média de classificação e o maior desvio-padrão (1,6) entre os quesitos avaliados pelos entrevistados. Isso pode ter sido agravado pela baixa relevância desse aspecto para alguns consumidores que possuem preferência em consumir bebidas popularmente servidas e pela alta relevância para outros consumidores que buscam algum tipo de bebida específica. Em segundo lugar, a boa aparência é um aspecto que apresentou desvio-padrão de 1,3 e 9,0 pontos na classificação geral, seguido do aspecto que avalia a importância desse tipo de restaurante em garantir a qualidade dos ingredientes utilizados na preparação de bebidas, que ao ser tabulado acusou desvio-padrão de 1,1 de variação e 9,4 pontos na classificação geral. Assim como em restaurantes self service, no caso dos frequentadores em restaurantes à la carte, pode ser que existam dois grupos de consumidores: os que desejam variedade e os que não se importam tanto com esse atributo. Na TAB. 34 visibilizam-se os índices com menor desvio-padrão dos itens avaliados no tipo de restaurante à la carte. 199 TABELA 43: Relação dos três atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Atributos Boa higiene dos copos ou taças. Temperatura adequada. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Média 9,9 Desvio-Padrão 0,5 9,8 0,6 9,4 0,9 Fonte: dados da pesquisa. A boa higiene de copos e taças no tipo de restaurante à la carte recebeu pontuação média de 9,9 pontos na classificação de relevância e menor desviopadrão de 0,5 ponto de variação. A importância da bebida a ser servida na temperatura adequada teve variação de 0,6 ponto, classificando-se com 9,8 pontos de média. Por fim, o modo de preparo obteve pontuação média de 9,4 na classificação geral e desvio-padrão de 0,9. É importante observar que esses itens receberam pontuação alta em relação ao grau de importância e baixo desvio-padrão. Nesse caso, reforça-se a importância desses itens, o que deve ser considerado tanto em termos teóricos para se conhecer o comportamento do consumidor, quanto em termos gerenciais, com o intuito de se diferenciar dos seus concorrentes ou, pelo menos, atender às necessidades – por meio de atributos – consideradas mais importantes pelos clientes. 7.2.5.5 Atributos da comida Ao analisar os atributos correspondentes à dimensão comida, é possível diagnosticar os aspectos mais relevantes e os menos relevantes para os entrevistados em cada tipo de restaurante. Na TAB. 35, como nas análises anteriores, o entrevistado foi conduzido a avaliar a percepção de importância de cada afirmativa, variando numa escala definida entre muito baixo (com pontuação zero) e muito alta (com pontuação máxima em 10 pontos). A partir das respostas obtidas, estas foram tratadas e obtiveram-se a pontuação média da classificação e o desvio-padrão de cada item. 200 TABELA 44: Atributos da comida por tipo de restaurante Atributos O sabor. Tipo de estabelecimento Rodízio Self service Fast food À la carte DesvioDesvioDesvioDesvioMédia Padrão Média Padrão Média Padrão Média Padrão 9,5 0,8 9,6 0,7 9,3 1,0 9,7 0,7 Boa aparência. 8,9 1,3 9,1 1,1 9,1 1,3 9,0 1,2 Boa qualidade dos ingredientes. O modo de preparo da comida. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Os temperos utilizados na preparação da comida. 9,5 0,8 9,4 0,9 9,4 0,9 9,5 0,8 9,3 1,1 9,1 1,4 9,1 1,3 9,2 1,2 8,4 1,4 8,7 1,5 8,6 1,6 8,5 1,6 8,6 1,5 8,7 1,4 8,5 1,5 8,8 1,8 Boa higiene. 9,9 0,5 9,7 0,8 9,7 0,8 9,9 0,5 Comida fresca. 9,8 0,5 9,7 0,7 9,5 1,0 9,7 0,6 Cheiro agradável. 9,6 0,8 9,6 0,9 9,4 0,9 9,7 0,7 Temperatura adequada. 9,6 0,9 9,5 0,8 9,3 1,2 9,6 0,9 Baixo teor de calorias ou gordura. 7,3 2,6 6,6 2,8 7,3 2,4 6,7 3,0 Fonte: dados da pesquisa. 7.2.5.5.1 Fatores mais relevantes Conforme adotado nas dimensões anteriores, apresentam-se no decorrer deste capítulo os itens avaliados pelos entrevistados com maior pontuação entre os itens da dimensão comida, com destaque para os cinco aspectos mais bem avaliados, levando em consideração a relevância do atributo na classificação geral. Na TAB. 36 serão apresentados os cinco atributos de maior relevância na dimensão comida por tipo de restaurante. 201 TABELA 45: Relação dos cinco atributos de maior relevância para os consumidores por tipo de restaurante Atributos Fast food Atributos DesvioMédia Padrão Rodízio Média DesvioPadrão Self service Média DesvioPadrão Atributos À la carte Média DesvioPadrão Boa higiene. 9,9 0,5 Comida fresca. 9,7 0,7 Boa higiene. 9,7 0,8 Boa higiene. 9,9 0,5 Comida fresca. 9,8 0,5 Boa higiene. 9,7 0,8 Comida fresca. 9,5 1,0 Comida fresca. 9,7 0,6 Cheiro agradável. 9,6 0,8 O sabor. 9,6 0,7 Cheiro agradável. 9,4 0,9 O sabor. 9,7 0,7 Temperatura adequada. O sabor. 9,6 0,9 9,6 0,9 0,9 Cheiro agradável. 9,7 0,7 0,8 9,5 0,8 Boa qualidade dos ingredientes. O sabor. 9,4 9,5 Cheiro agradável. Temperatura adequada. 9,3 1,0 Temperatura adequada. 9,6 0,9 Fonte: dados da pesquisa. 202 A) Fast food Ao avaliar os cinco itens mais bem conceituados pelos frequentadores de restaurantes fast food, nota-se que a limpeza ocupa lugar de destaque entre os atributos de maior relevância na dimensão comida. À boa higiene da comida foi atribuída a maior pontuação média da categoria, com 9,9 pontos na média geral e desvio-padrão de 0,5. Em segundo lugar surge a relevância da comida ser servida fresca nesse tipo de restaurante, classificado com média de 9,8 pontos pelos participantes e desviopadrão de 0,5 ponto. O fato de oferecer comida com cheiro agradável ficou em terceiro lugar na classificação geral, com 9,6 pontos (desvio-padrão 0,8). Na quarta posição, estar na temperatura adequada recebeu dos consumidores participantes da pesquisa média de 9,6 pontos e desvio-padrão de 0,9. O próximo quesito buscou avaliar a relevância desse tipo de restaurante oferecer a alimentação na temperatura adequada. Assim como no aspecto anterior, esse aspecto recebeu pontuação média de 9,4 pontos (desvio-padrão de 1,2). Entre a gama de aspectos avaliados na dimensão comida destacam-se os itens de maior relevância por ordem de pontuação. Em primeiro lugar, os consumidores indicam a importância da boa higiene dos alimentos servidos; em segundo lugar, é salientada a importância que a comida servida esteja fresca; seguida da opção em oferecer comida com cheiro agradável; na quarta colocação é apresentada a importância de estar na temperatura adequada; e na quinta colocação, o sabor. B) Rodízio Quanto aos cinco atributos considerados de maior relevância na dimensão comida em restaurante rodízio, houve empate entre os dois itens que receberam a maior pontuação no âmbito relevância. Os quesitos “que a comida esteja fresca” e “boa higiene” ocuparam a primeira colocação, com média de 9,7 pontos, diferenciando-se no índice de desvio-padrão. 203 Nas posições seguintes, apura-se também empate entre os quesitos “sabor” e “ter cheiro agradável”, com 9,6 pontos, diferenciando-os apenas no desvio-padrão de cada item. Ocupando a quinta colocação, o quesito “estar na temperatura adequada” recebeu 9,5 pontos na classificação geral e desvio-padrão de 0,8. Em ordem de relevância, considerando o aspecto comida em restaurante rodízio, citam-se: importância da comida ser fresca, boa higiene, o sabor, ter cheiro agradável e estar na temperatura adequada. C) Self service No ranking dos itens de maior relevância na dimensão comida em restaurante self sevice, em primeiro lugar aparece a boa higiene, recebendo pontuação média de 9,7 pontos e desvio-padrão de 0,8. Seguiu-se a importância desse tipo de estabelecimento fornecer comida fresca com 9,5 pontos e desvio-padrão de um ponto. Os quesitos classificados em terceiro (ter um cheiro agradável) e quarto lugares (boa qualidade dos ingredientes) foram avaliados com 9,4 pontos e desvio-padrão de 0,9. Na quinta posição de relevância, o sabor, foi pontuado com 9,3 pontos e desvio-padrão de um ponto. Como aspecto principal na avaliação da dimensão comida em restaurante self service, a boa higiene foi considerada o aspecto mais relevante entre os itens, seguida da importância em oferecer comida fresca, apresentar cheiro agradável, boa qualidade dos ingredientes e oferecer sabor. D) À la carte Entre os aspectos analisados no restaurante à la carte, a boa higiene foi considerada o quesito de maior relevância, recebendo média de 9,9 pontos. A relevância de a comida estar fresca, o sabor e apresentar cheiro agradável foram 204 classificados com 9,7 pontos e desvio-padrão de 0,6 para o item que classificou em segundo lugar e 0,7 para os itens que ficaram em terceiro e quarto lugares. Em quinto lugar, os frequentadores de restaurantes à la carte ressaltaram a importância da alimentação ser servida na temperatura adequada (9,6 pontos e 0,9 de desvio-padrão). Por ordem de classificação, a boa higiene do restaurante à la carte foi mencionada como aspecto principal sob o ponto de vista dos participantes, seguido da relevância da comida estar fresca, do sabor, de apresentar cheiro agradável e de estar na temperatura adequada. 7.2.5.5.2 Fatores menos relevantes Serão apresentados na TAB. 37 os dados com menor pontuação na dimensão comida, considerando o índice de relevância sob o ponto de vista dos participantes. Assim como no tópico anterior, serão apresentados apenas os cinco fatores de menor relevância nessa dimensão. 205 TABELA 46: Relação dos cinco atributos de menor relevância para os consumidores por tipo de restaurante Atributos Fast food Rodízio Self service À la carte DesvioMédia Padrão DesvioMédia Padrão DesvioMédia Padrão DesvioMédia Padrão Baixo teor de calorias ou gordura. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Temperos utilizados na preparação da comida. 7,3 2,6 8,4 1,4 8,6 1,5 Boa aparência. 8,9 1,3 O modo de preparo da comida. 9,3 1,1 Baixo teor de calorias ou gordura. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Os temperos utilizados na preparação da comida. O modo de preparo da comida. Boa aparência. 6,6 2,8 8,7 1,5 8,7 1,4 9,1 1,4 9,1 1,1 Baixo teor de calorias ou gordura. Temperos utilizados na preparação da comida. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 7,3 2,4 8,5 1,5 8,6 1,6 Boa aparência. 9,1 9,1 O modo de preparo da comida. Fonte: dados da pesquisa. Baixo teor de calorias ou gordura. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. Os temperos utilizados na preparação da comida. 6,7 3,0 8,5 1,6 8,8 1,8 1,3 Boa aparência. 9,0 1,2 1,3 O modo de preparo da comida. 9,2 1,2 206 A) Fast food Oferecer alimentações com baixo teor de calorias e gorduras foi o aspecto de menor relevância para os participantes da pesquisa em restaurante fast food, recebendo pontuação média de 7,3 pontos e desvio-padrão de 2,6. Seguiu-se a relevância em oferecer ampla variedade de opções de pratos, com 8,4 pontos na média e desvio-padrão de 1,4. A importância dos temperos utilizados na preparação dos alimentos também obteve baixa relevância, com pontuação média de 8,6 pontos e desvio-padrão de 1,5. Assim também o item boa aparência pontuou com apenas 8,9 na média de relevância e desvio-padrão de 1,1. E o modo de preparo da comida recebeu 9,3 pontos e desvio-padrão de 1,1 Com base nas informações descritas na TAB. 37, os elementos com menor relevância para os consumidores em restaurantes fast food são: “ter baixo teor de calorias ou gordura” (com menor pontuação), “a grande variedade de pratos” ou “opções de comida”, “os temperos utilizados na preparação da comida”, “boa aparência” e “o modo de preparo da comida”. B) Rodízio Com a menor pontuação obtida na escala de relevância do restaurante rodízio, o item que avalia a importância da comida possuir baixo teor de calorias ou gordura apareceu com 6,6 pontos e desvio-padrão de 1,1, ocupando o primeiro lugar no ranking dos aspectos de menor relevância. Vieram em seguida a importância desse tipo de estabelecimento fornecer grande variedade de opções de comida e o aspecto que avalia a relevância dos temperos utilizados na preparação dos alimentos, ambos com 8,7 pontos e diferenciando-se apenas no indicador de desvio-padrão (1,5 e 1,4, respectivamente). E em quarto (modo de preparo) e quinto lugares (a boa aparência) na avaliação dos itens com menor relevância na dimensão comida em restaurante rodízio, a pontuação foi de 9,1 pontos e desviopadrão de 1,4 e 1,1, respectivamente. 207 Por ordem de menor relevância na avaliação da dimensão comida em restaurante rodízio, estão: comida com baixo teor calórico (primeiro lugar), ampla variedade de opções de comida (segundo lugar), os temperos utilizados no preparo da alimentação (terceiro lugar), modo de preparo da comida (quarto lugar) e a boa aparência (quinto lugar). C) Self service Ao avaliar os aspectos de menor relevância na dimensão comida em restaurantes self service, apurou-se que apresentar baixo teor calórico foi classificado com a menor pontuação recebida - apenas 7,3 pontos de média na escala de relevância. O item que mensura a importância do tempero utilizado na preparação da comida também recebeu pontuação baixa na comparação com os demais aspectos avaliados, com 8,5 pontos e desvio-padrão de 1,5. Em terceiro lugar, a ampla variedade de opções de comida com 8,6 pontos e desvio-padrão de 1,6. Ocupando a quarta e quinta colocações sucessivamente, a boa aparência e o modo de preparo da comida receberam 9,1 pontos e desvio-padrão de 1,3. Os aspectos de menor relevância para os frequentadores de restaurantes self service ao avaliar a dimensão comida são: comida com baixo teor de calorias, temperos utilizados no preparo, ampla variedade de opções de comida, boa aparência dos pratos e o modo de preparo da comida. D) À la carte Em restaurantes à la carte os participantes da pesquisa atribuíram 6,7 pontos e desvio-padrão de 1,1 para: oferecer comida com baixo teor de calorias e gorduras, que foi o aspecto de menor relevância na dimensão comida. Seguiramse a ampla variedade de opções de pratos com 8,5 pontos e desvio-padrão de 1,6 e a relevância dos temperos utilizados na preparação da comida com 8,8 pontos e desvio-padrão de 1,8. 208 A boa aparência da alimentação também teve baixa pontuação, com 9,0 pontos e desvio-padrão de 1,2, assim como o modo de preparo da comida, com 9,2 pontos e desvio-padrão de 1,2. Por ordem de menor importância para os consumidores em restaurantes à la carte, apresentar alimentação com baixo teor calórico ficou na primeira colocação e em segundo lugar a importância desse tipo de estabelecimento oferecer ampla variedade de opções de comida, dos temperos utilizados no preparo, da boa aparência e do modo de preparo da comida. 7.2.5.5.3 Semelhanças e diferenças entre os tipos de restaurante Entre os aspectos avaliados nos quatro tipos de restaurantes na dimensão comida, houve semelhanças existentes entre a colocação dos atributos. No restaurante fast food, assim como no self service e à la carte, o aspecto de maior relevância é a boa higiene dos alimentos. Esse aspecto ocupa o segundo lugar na avaliação do restaurante rodízio. Por outro lado, oferecer comida fresca foi classificado como aspecto de maior relevância para o restaurante rodízio e ocupa a segunda colocação dos demais restaurantes. Na terceira colocação do ranking dos restaurantes fast food e self service, observa-se a relevância da alimentação possuir cheiro agradável, que aparece na quarta posição do restaurante rodízio e à la carte. Assim também o sabor, que ocupa a terceira colocação para os restaurantes rodízio e à la carte e a quinta colocação para os restaurantes fast food e self service. Estar na temperatura adequada aparece em quarto lugar na classificação do restaurante fast food e em quinto nos restaurantes rodízio e à la carte. Apenas na classificação do restaurante self service o aspecto boa qualidade dos ingredientes ficou entre os cinco atributos de maior relevância, o que pode ser 209 considerado diferencial entre os outros tipos de restaurante. Pode-se inferir que nesse tipo de restaurante esse aspecto foi citado pelos consumidores por se tratar de uma alimentação popular e de consumo diário, representando maior destaque entre os outros tipos de restaurantes que possuem frequência esporádica. Ao observar os itens de menor relevância para os frequentadores de restaurantes, percebe-se consenso independentemente do tipo de restaurante no aspecto oferecer alimentação com baixo teor calórico, com a menor pontuação. Em segundo lugar, nos restaurantes fast food, rodízio e à la carte; e em terceiro lugar no self service a ampla variedade de opções de comida aparece com baixa pontuação. Em segundo lugar no ranking do restaurante self service a importância dos temperos utilizados na preparação da comida também manifestou baixa relevância para os demais restaurantes, ocupando o terceiro lugar. Na quarta colocação dos restaurantes fast food, self service e à la carte e em quinto no rodízio, a boa aparência da comida teve baixa pontuação. Assim como a afirmativa que buscou mensurar a relevância do modo de preparo da comida, que se classificou em quarto lugar no restaurante rodízio e em quinto nos demais restaurantes. 7.2.5.5.4 Desvio-padrão Como descrito nas dimensões anteriores, neste tópico são apresentados os índices com maior e menor desvio-padrão em cada tipo de restaurante. Para isso, serão avaliados os cinco aspectos com maior e os cinco com menor desviopadrão na classificação geral da dimensão comida. A) Fast food Na TAB. 38 demonstram-se os itens com o maior índice de desvio-padrão na avaliação de importância sob a ótica dos frequentadores de restaurantes fast food na dimensão comida. 210 TABELA 47: Relação dos três atributos com maior desvio-padrão na dimensão comida em restaurante fast food Fast food Média Desvio-Padrão Baixo teor de calorias ou gordura. 7,3 2,6 Temperos utilizados na preparação da comida. 8,6 1,5 A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 8,4 1,4 Boa aparência. 8,9 1,3 O modo de preparo da comida. 9,3 1,1 Fonte: dados da pesquisa. Por meio dos dados informados na TAB. 38 é possível identificar que o índice com maior desvio-padrão é também o com menor pontuação na classificação geral: oferecer alimentação com baixo teor de calorias ou gorduras, com desviopadrão de 2,6 e média de 7,3. Por se tratar de um tipo de restaurante em que a alimentação servida em sua grande maioria são sanduíches, já era possível prever uma baixa pontuação para o baixo teor de calorias e gorduras. Entretanto, infere-se, por meio do desvio-padrão, que esse aspecto pode possuir índice de relevância superior ou inferior para parte dos entrevistados. Outro aspecto que apresenta alto desvio-padrão entre os aspectos avaliados é a relevância dos temperos utilizados no preparo da comida com 1,5 e pontuação 8,6 na classificação geral, seguido da ampla variedade de opções de pratos com desvio-padrão de 1,4 e pontuação de 8,4, da boa aparência com desvio-padrão de 1,3 e pontuação de 8,9 e do modo de preparo da comida com 1,1 de desviopadrão e 9,3 pontos de relevância. Entre os cinco colocados com maior desvio-padrão estão os aspectos em ordem de maior índice: baixo teor de calorias ou gordura (2,6), temperos utilizados na preparação da comida (1,5), ampla variedade de “pratos” ou opções de comida (1,4), boa aparência (1,3) e modo de preparo (1,1). Na TAB. 39 destacam-se os quesitos com menor desvio-padrão entre a relação avaliada pelos participantes da pesquisa. 211 TABELA 48: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante fast food Fast food Média Desvio-Padrão Boa higiene. 9,9 0,5 Comida fresca. 9,8 0,5 O sabor. 9,5 0,8 Boa qualidade dos ingredientes. 9,5 0,8 Cheiro agradável. 9,6 0,8 Fonte: dados da pesquisa. Entre os aspectos que tiveram menor desvio-padrão na avaliação da dimensão comida em restaurante fast food, nota-se que o atributo higiene recebeu a maior pontuação e o menor índice de desvio-padrão (0,5). Isso aconteceu também com o item que aborda a importância da comida ser servida fresca, que também exibiu 0,5 de desvio-padrão. O sabor, a boa qualidade dos ingredientes e o cheiro agradável apresentaram desvio-padrão de 0,8 ponto, diferenciando-se apenas na pontuação média obtida por cada item. Os atributos com menor desvio-padrão são: boa higiene (primeiro lugar), comida estar fresca (segundo lugar), sabor (terceiro lugar), boa qualidade dos ingredientes (quarto lugar) e ter cheiro agradável (quinto lugar). B) Rodízio Na TAB. 40 têm-se os cinco atributos com o maior desvio-padrão entre os aspectos avaliados em restaurante rodízio. 212 TABELA 49: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante rodízio Média Rodízio Desvio-Padrão Baixo teor de calorias ou gordura. 6,6 2,8 A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 8,7 1,5 Temperos utilizados na preparação da comida. 8,7 1,4 O modo de preparo da comida. 9,1 1,4 Boa aparência. 9,1 1,1 Fonte: dados da pesquisa. Ao analisar as informações da TAB. 40, salienta-se em primeiro lugar o aspecto sobre a relevância de ter baixo teor de calorias ou gordura, com índice de 2,8 pontos de desvio-padrão, seguido da opção ampla variedade de “pratos” ou opções de comida com 1,5 de desvio-padrão e do tempero utilizado na preparação da comida com 1,4 ponto de desvio-padrão. No restaurante rodízio os itens por ordem de maior desvio-padrão são: “ter baixo teor de calorias ou gordura”, com 2,8 de desvio-padrão, “a ampla variedade de “pratos” ou opções de comida”, com índice de 1,5 de desvio-padrão, “a ampla variedade de “pratos” ou opções de comida” e “modo de preparo da comida”, com 1,4 de desvio, e “boa aparência”, com 1,1. Na TAB. 41 serão apresentados os aspectos com menor índice de desvio-padrão nesse tipo de restaurante. TABELA 50: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante rodízio Rodízio Média Desvio-Padrão Comida fresca. 9,7 0,7 O sabor. 9,6 0,7 Boa higiene. 9,7 0,8 Temperatura adequada. 9,5 0,8 Cheiro agradável. 9,6 0,9 Fonte: dados da pesquisa. 213 A TAB. 41 mostra empate considerando-se os itens de menor desvio-padrão. Os aspectos comida fresca e sabor apresentaram o índice 0,7 de desvio-padrão, diferenciando-se apenas na pontuação média recebida de 9,7 e 9,6 respectivamente. O segundo menor desvio-padrão também empatou entre boa higiene e estar na temperatura adequada (0,8), diferenciando-se apenas na pontuação média recebida de 9,7 e 9,5, respectivamente. Em quinto lugar, ter cheiro agradável apresentou índice de 0,9 de desvio-padrão e média de 9,6. Por ordem de classificação de menor desvio-padrão, comida fresca e sabor se classificaram com 0,7 ponto, seguido de boa higiene e estar na temperatura adequada, com 0,8 ponto, e ter cheiro agradável, com 0,9 ponto. C) Self service Para ser possível a análise dos índices de desvio-padrão em restaurantes self service, na TAB. 42 pode ser vista a relação dos cinco atributos com maior pontuação. TABELA 51: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante self service Média 7,3 Baixo teor de calorias ou gordura. Self service Desvio-Padrão 2,4 A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 8,6 1,6 Temperos utilizados na preparação da comida. 8,5 1,5 Boa aparência. 9,1 1,3 O modo de preparo da comida. 9,1 1,3 Fonte: dados da pesquisa. A relevância da comida servida em restaurante self service possuir baixo teor calórico ou gorduras teve o maior índice de desvio-padrão, com 2,4 pontos. Outro aspecto que exibiu elevado índice de desvio-padrão foi a relevância da oferta de ampla variedade de opções de comidas, com 1,6 ponto, seguido da importância 214 dos temperos utilizados na preparação da comida, com 1,5 ponto. Nas últimas posições do ranking, houve empate com 1,3 ponto de desvio-padrão e pontuação média de 9,1 pontos na classificação geral dos quesitos aparência e modo preparo da comida. Entre os cinco colocados com maior desvio-padrão, apresentam-se os aspectos em ordem de maior índice: baixo teor de calorias ou gordura (2,4), ampla variedade de “pratos” ou opções de comida (1,6), temperos utilizados na preparação da comida (1,5), boa aparência e modo de preparo (1,3). A TAB. 43 demonstra os aspectos com menor desvio-padrão na avaliação de restaurantes self service. TABELA 52: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante self service Self service Média Desvio-Padrão Boa higiene. 9,7 0,8 Cheiro agradável. 9,4 0,9 Boa qualidade dos ingredientes. 9,4 0,9 Comida fresca. 9,5 1,0 O sabor. 9,3 1,0 Fonte: dados da pesquisa. A questão de menor desvio-padrão entre os aspectos avaliados pelos entrevistados foi a boa higiene, com 0,8 ponto e média de 9,7. O segundo aspecto com menor desvio-padrão empatou entre ter cheiro agradável e boa qualidade dos ingredientes, com 0,9 ponto e média de 9,4. Na quarta e quinta colocações, as questões “que a comida esteja fresca” (pontuação média de 9,5 pontos) e “o sabor” (pontuação média de 9,3 pontos) ficaram empatadas com um ponto de desvio-padrão. Com os menores desvios-padrão na avaliação do restaurante à la carte são apresentados os atributos relacionados a: boa higiene, possuir cheiro agradável, boa qualidade dos ingredientes, estar fresca e sabor. 215 D) À la carte Na TAB. 44 são apresentados os cinco atributos com maior desvio-padrão entre os itens avaliados na dimensão comida no restaurante à la carte. TABELA 53: Relação dos cinco atributos de maior desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Média Desvio-Padrão Baixo teor de calorias ou gordura. 6,7 3,0 Temperos utilizados na preparação da comida. 8,8 1,8 A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 8,5 1,6 O modo de preparo da comida. 9,2 1,2 Boa aparência. 9,0 1,2 Fonte: dados da pesquisa. Dos itens com maior desvio-padrão, servir comida com baixo teor calórico ou gordura recebeu pontuação média de 6,7 pontos na escala de relevância e alto índice de desvio-padrão de 3,0. Na segunda colocação das avaliações com maior desvio-padrão, os temperos utilizados na preparação da comida recebeu média de 8,8 pontos na classificação, com desvio-padrão de 1,8. Seguiu-se item sobre a relevância de ser ofertada ampla variedade de pratos ou opções de comida, com desvio-padrão de 1,6 e pontuação de 8,5 pontos. Com 1,2 ponto de desvio-padrão, os quesitos modo de preparo da comida e a boa aparência empataram e diferenciaram-se apenas pela pontuação média recebida, 9,2 e 9,0 pontos, respectivamente. Os aspectos com menor desvio-padrão na dimensão comida em restaurante à la carte encontram-se na TAB. 45. 216 TABELA 54: Relação dos cinco atributos de menor desvio-padrão do restaurante à la carte À la carte Média Desvio-Padrão Boa higiene. 9,9 0,5 Comida fresca. 9,7 0,6 O sabor. 9,7 0,7 Cheiro agradável. 9,7 0,7 Boa qualidade dos ingredientes. 9,5 0,8 Fonte: dados da pesquisa. Ao avaliar os cinco colocados dentre os atributos de menor desvio-padrão, a média geral da boa higiene foi de 9,9 e o desvio de 0,5. Em segundo lugar, oferecer comida fresca recebeu desvio-padrão de 0,6 e média geral de 9,7. Em terceiro lugar, vem a importância do sabor e ter cheiro agradável, com 9,7 pontos e desvio-padrão de 0,7. Em quinto lugar, surge a boa qualidade dos ingredientes, com índice de 0,8 de desvio-padrão e 9,5 pontos de relevância. Os cinco construtos com menor desvio-padrão apresentados pelos entrevistados para o restaurante à la carte são: higiene, comida fresca, sabor, cheiro agradável e qualidade dos ingredientes. 7.2.6 Unidimensionalidade Neste tópico analisam-se os construtos empregados para mensurar os quesitos pesquisados, permitindo, assim, identificar se eles refletem uma única dimensão ou não. Pereira (2004) esclarece que o processo de construção do pensamento requer síntese dos fatores em divisões unidimensionais, que se baseiam na premissa de detectar o aspecto médio existente entre as categorias, considerando-se a regularidade dos intervalos. Para abstrair a unidimensionalidade dos construtos, realizou-se para cada um a análise fatorial exploratória, que de acordo com Malhotra (2006) consiste em um processo similar à regressão múltipla, sendo utilizado para sumarizar e reduzir os 217 dados. Nesse processo são avaliadas as relações de interdependência existente entre as variáveis pesquisadas, sendo empregado amplamente nas pesquisas de marketing na identificação de dimensões latentes ou fatores que esclareçam a correlação existente em um grupo de variáveis ou na identificação de conjunto restrito de variáveis não relacionadas ou ainda no reconhecimento de um conjunto reduzido de variáveis que permite uma análise multivariada. Hair Jr. et al. (2009) aludem que a redução dos dados na análise fatorial pode ser extraída por meio da criação de escalas em cada dimensão. A partir daí os dados podem ser interpretados e possibilitam a análise de número reduzido de conceitos em relação à quantidade de variáveis individuais originais. Os autores indicam que o tamanho da amostra apresenta no mínimo cinco casos para cada variável, sendo ideal de 10 a 20 observações por variável pesquisada, aspecto este que foi atendido nesta pesquisa. Entre os pressupostos para a realização da análise fatorial, Hair Jr. et al. (2009) definem a linearidade como uma das técnicas multivariadas baseadas em medidas que buscam identificar associações correlacionadas entre as variáveis. Hair Jr. et al. (2009) e Malhotra (2006) informam que ao longo do processo analítico é utilizada como base uma matriz (tabela) de correlação que apresenta as intercorrelações existentes entre as variáveis e que possibilita a identificação visivelmente das variáveis correlacionadas. Caso não seja detectado um número de correlações superior a 0,30 (a baixa correlação existente entre as variáveis), a análise fatorial possivelmente será inapropriada. De modo geral, as correlações existentes entre as variáveis foram consideradas muito satisfatórias. As matrizes de correlação estão descritas no APÊNDICE H. Para compor a análise, é relevante, também, a realização do teste de esfericidade de Bartlett, que é definido por Hair Jr. et al. (2009) como um teste estatístico que busca captar a significância geral das correlações existentes entre as variáveis que compõem uma matriz. Para os autores, quanto maior a amostra, mais eficiente se torna o teste de Bartlett na identificação das correlações existentes. Pereira (2004) acentua que Bartlett testa a hipótese da matriz de correlação em uma matriz de identidade em que a diagonal corresponde a um e as outras 218 medidas iguais a zero, não possibilitando, assim, correlação entre as variáveis. Já em caso de hipótese nula, esta é passível de ser excluída nos casos em que a significância seja inferior a 0,05 e o nível de significância adotado de 5%. Outro aspecto a ser verificado é o Kaiser-Meyer-Olkin (KMO), que de acordo com Malhotra (2006) é um índice utilizado na avaliação da adequação de uma análise fatorial. Por meio desse índice são observados os valores obtidos, em que são considerados os valores entre 0,5 e um como altos e apropriados e os inferiores a 0,5 como possivelmente inadequados. Pereira (2004) defende que quanto mais próximo de um,1 maior a adequação dos dados, sendo considerada a seguinte escala: a) Valores compreendidos na casa dos 90 possuem ótima adequação para a análise fatorial. b) Valores compreendidos na casa dos 80 possuem adequação boa para a análise fatorial. c) Valores compreendidos na casa dos 70 possuem adequação razoável para a análise fatorial. d) Valores compreendidos na casa dos 60 possuem adequação medíocre para a análise fatorial. e) Valores compreendidos na casa dos 50 ou inferiores são considerados inadequados para a análise fatorial. Segundo Hair Jr. et al. (2009), poucas vezes um pesquisador limita-se a utilizar um único critério para determinar os dados a serem extraídos. Inicialmente são definidos critérios para orientar a primeira interpretação. Já na fase de interpretação são revelados novos fatores que, por sua vez, são interrelacionados em uma avaliação de estrutura. Nesse processo, o pesquisador deve atentar a garantir um conjunto representativo e conciso de informações, pois se poucos dados forem conservados, algumas dimensões podem ser comprometidas. Por outro lado, dados em excesso podem gerar certa complexidade no momento do rotacionamento. 219 Mesmo que a matriz não rotada possibilite a identificação de relações e variáveis, Malhotra (2006) acredita que ela dificilmente fornece dados que podem ser interpretados, visto que nesse momento os fatores se correlacionam com outras variáveis. Nesse caso, para possibilitar a visualização e interpretação correta dos dados, a presente pesquisa optou por realizar rotações ortogonais que, de acordo com Hair Jr. et al. (2009), consistem em manter os fatores de modo independente nos quais os fatores identificados sejam mantidos em eixos 90 graus. O método para promover essa rotação será o varimax que, conforme Malhotra (2006), é o mais empregado nesse tipo de análise. Ele age reduzindo a quantidade de variáveis com altos pesos em determinado fator, possibilitando a interpretabilidade dos fatores e resultando em fatores não correlacionados. Hair Jr. et al. (2009) esclarecem que o processo de rotação fatorial ajusta os eixos com o intuito de obter uma solução simples e pragmática para a análise. Para realização desta pesquisa, todas as análises fatoriais foram realizadas sem os outliers ou dados atípicos multivariados. Análise de componentes, de acordo com Hair Jr. et al. (2009), é um modelo fatorial que se baseia em uma matriz de correlação reduzida, em que as unidades são empregadas na diagonal da matriz de correlação. Considerando que diversos construtos foram identificados na etapa qualitativa, a análise fatorial procedeu de forma que esses construtos fossem testados de forma isolada. Em alguns casos – como, por exemplo, localização, ambiente, entre outros –, os fatores se dividiram em subfatores, indicando a existência de mais de um fator para o construto “original”. A TAB. 46 mostra a relação dos construtos obtidos. No caso da importância dos atributos de um restaurante, os 46 itens geraram 12 dimensões ou fatores, retendo o total de 34 itens. 220 TABELA 55: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: restaurantes Construtos Importância dos Atributos Medida de Adequacidade (KMO) Teste de Esferecidade de Bartlett Valor Teste Sig. Atendimento Beleza 0,780 0,701 327,435 326,868 0,000 0,000 Conforto Localização próxima 0,500 0,500 97,082 135,399 0,000 0,000 Localização conveniente Possibilidade de escolha 0,584 0,500 95,048 46,032 0,000 0,000 Crianças Comodidade 0,627 0,500 591,955 442,204 0,000 0,000 Promoções Valor percebido 0,500 0,500 74,301 36,071 0,000 0,000 Entretenimento Fila 0,647 0,500 415,86 169,805 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. Para as comidas, dos 11 itens foram retidos oito, com a formação de dois fatores. TABELA 56: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: comida Construtos Importância Atributos da Comida Organoléptica 2 Apresentação Medida de Adequacidade (KMO) Teste de Esferecidade de Bartlett Valor Teste Sig. 0,800 574,512 0,000 0,647 252,296 0,000 Fonte: dados da pesquisa. Por fim, para as bebidas, foram retidos todos os fatores e a escala se mostrou unidimensional. TABELA 57: Valores KMO e do teste de esfericidade de Bartlet: bebida Construto Importância dos Atributos Bebida Bebida Medida de Adequacidade (KMO) 0,791 Teste de Esferecidade de Bartlett Valor Teste Sig. 726,866 0 Fonte: dados da pesquisa. 2 De acordo com Ferreira (2009), em “O novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, organoléptica diz-se de propriedade demostrada por um corpo, ou por uma substância, e que impressiona um ou mais sentidos. 221 De modo geral, observa-se que os valores de KMO e o teste de esfericidade de Barllett das dimensões avaliadas são considerados satisfatórios. Na TAB. 46, alguns construtos com a medida de KMO inferior a 0,60 podem ser interpretados como natural, visto que a análise fatorial executada abordou em conjunto os quatro tipos diferentes de restaurantes, e não separadamente. É notório que esses quatro tipos de restaurantes apresentam características divergentes em sua definição, inclusive na percepção e expectativa de seus consumidores, o que pode ter comprometido o indicador KMO. A exemplo disso, o construto “localização próxima” (com KMO 0,500) é formado por dois itens que buscam avaliar a relevância desse tipo de estabelecimento ser localizado perto de casa e perto do trabalho. Esse aspecto pode ser considerado de extrema relevância para os consumidores de restaurante self service que, em sua essência, são trabalhadores e/ou pessoas que buscam almoçar com certa praticidade. Pode também ser tido como de menor relevância para os outros perfis de consumidores de restaurantes à la carte, fast food e rodízio. Além disso, os construtos que possuem somente dois itens sempre apresentam o valor do KMO igual a 0,500. Nesse caso, a análise de adequação é feita avaliando-se o Alpha de Cronbach. Outro aspecto analisado foi a comunalidade dos itens avaliados. Essa comunalidade é definida por Hair Jr. et al. (2009) como a medida de variância existente entre uma variável e as outras que compõem a pesquisa. Pereira (2004) destaca que a comunalidade ou communality permite identificar a relevância de uma variável no escopo desenvolvido para a análise fatorial. Uma comunalidade pequena representa, por sua vez, baixa contribuição dessa variável. 222 TABELA 58: Comunalidade do construto atendimento Itens do Construto Componente Comunalidade Garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). 0,616 0,380 0,522 0,273 0,576 0,3332 0,625 Garçons/atendentes cordiais. Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 0,622 Alta qualidade no atendimento. 0,668 0,491 Rapidez no atendimento. Variância Explicada pelo componente = 34,999%. Fonte: dados da pesquisa. 0,391 0,387 0,446 0,242 Atendimento personalizado. Na análise dos dados da TAB. 49, é possível identificar a unidimensionalidade existente entre os itens que compõem o construto atendimento. De modo geral, os dados são satisfatórios, contudo, os itens “os seus funcionários tenham aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.)” e “tenha rapidez no atendimento” apresentaram comunalidade inferior a 0,30. Além disso, a variância explicada está baixa, com aproximadamente 35%. TABELA 59: Comunalidade do construto beleza Itens do Construto Ambiente bonito. Decoração elegante. Restaurante bonito. Componente 0,852 0,818 0,837 Variância Explicada pelo componente = 69,863%. Fonte: dados da pesquisa. Comunalidade 0,726 0,669 0,701 A TAB. 50 exibe a unidimensionalidade existente entre os itens que compõem o construto beleza, exibindo resultados satisfatórios para as comunalidades (acima de 0,30) e variância explicada de cerca de 70%. TABELA 60: Comunalidade do construto conforto Itens do Construto Ventilação agradável. Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Componente Comunalidade 0,858 0,858 0,737 0,737 Variância Explicada pelo componente = 73,673%. Fonte: dados da pesquisa. 223 Os dados da TAB. 51 mostram a unidimensionalidade existente no construto conforto, além dos bons resultados de comunalidade (acima de 0,30) e variância de 74%, aproximadamente. TABELA 61: Comunalidade do construto localização próxima Itens do Construto Componente Localização perto do trabalho. 0,879 Localização perto de casa. 0,879 Variância Explicada pelo componente = 77,300%. Fonte: dados da pesquisa. Comunalidade 0,773 0,773 Na TAB. 52 são apresentados os itens que compõem o construto localização próxima. Assim como o construto anterior, este apresenta uma única dimensão, além de possuir comunalidade superior a 0,30 e variância explicada de 77,300%. TABELA 62: Comunalidade do construto localização conveniente Itens do Construto Componente Comunalidade Localização conveniente. 0,626 0,392 Localizado em região da cidade que seja considerada segura. 0,799 0,638 Localizado em bairro nobre da cidade. 0,737 0,543 Variância Explicada pelo componente = 52,447%. Fonte: dados da pesquisa. Os dados da TAB. 53 correspondem aos dados do construto localização conveniente. Com resultados superiores a 0,30 de comunalidade e variância explicada de aproximadamente de 52%, destaca-se a dimensionalidade única do construto. TABELA 63: Comunalidade do construto possibilidade de escolha Itens do Construto Componente Comunalidade Ampla variedade de produtos. 0,818 0,668 Cardápio fácil de entender. 0,818 0,668 Variância Explicada pelo componente = 66,836%. Fonte: dados da pesquisa. De modo geral, os dados da TAB. 54 que apresentam a comunalidade do construto possibilidade de escolha são satisfatórios, em que são abordados os 224 resultados de comunidade de cada item superiores a 0,30 e variância explicada de 66,836%. TABELA 64: Comunalidade do construto crianças Itens do Construto Componente Comunalidade Brindes para as crianças. Local para crianças se divertirem. 0,717 0,923 0,514 0,853 Monitores para cuidarem das crianças. 0,921 0,849 Variância Explicada pelo componente = 73,857%. Fonte: dados da pesquisa. A TAB. 55 traz a unidimensionalidade existente entre os itens que compõem o construto crianças, com resultados satisfatórios para as comunalidades (acima de 0,30) e variância explicada de aproximadamente de 74%. TABELA 65: Comunalidade do construto comodidade Itens do Construto Componente Comunalidade Estacionamento gratuito aos clientes. 0,956 0,914 Estacionamento de fácil acesso. 0,956 0,914 Variância Explicada pelo componente = 91,391%. Fonte: dados da pesquisa. A unidimensionalidade existente no construto comodidade está demonstrada na TAB. 56, além dos bons resultados de comunalidade (acima de 0,30) e alta variância de 91,391%. TABELA 66: Comunalidade do construto promoções Itens do Construto Componente Comunalidade Baixo preço cobrado. 0,843 0,710 Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). 0,843 0,710 Variância Explicada pelo componente = 71,009%. Fonte: dados da pesquisa. Na TAB. 57 são listados os itens que compõem o construto promoções. Assim como o construto anterior, este possui uma única dimensão, além de comunalidade superior a 0,30 e variância explicada de 71,009%. 225 TABELA 67: Comunalidade do construto valor percebido Itens do Construto Componente Comunalidade Diversas formas de pagamento. 0,806 0,650 Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. 0,806 0,650 Variância Explicada pelo componente = 64,999%. Fonte: dados da pesquisa. De modo geral, os dados referentes à comunalidade do construto valor percebido são satisfatórios, contendo os resultados de comunidade de cada item superiores a 0,30 e variância explicada de cerca de 65%. TABELA 68: Comunalidade do construto entretenimento Itens do Construto Componente Comunalidade Música ambiente agradável. 0,732 0,536 Diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.). 0,893 0,797 Ambiente divertido. 0,889 0,791 Variância Explicada pelo componente = 70,803%. Fonte: dados da pesquisa. A TAB. 59 exibe a unidimensionalidade do construto entretenimento. Nos resultados obtidos observa-se que os itens relataram comunalidade superior a 0,30 e variância explicada de aproximadamente de 71%. TABELA 69: Comunalidade do construto fila Itens do Construto Componente Comunalidade 0,894 0,799 Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta 0,894 rapidamente. Variância Explicada pelo componente = 79,937%. Fonte: dados da pesquisa. 0,799 Sem filas para servir a comida ou o buffet. Os dados da TAB. 60 correspondem aos dados do construto fila. Com resultados superiores a 0,30 de comunalidade e variância explicada de cerca de 80%, ressalta-se a dimensionalidade única do construto. 226 TABELA 70: Comunalidade do construto organoléptica Itens do Construto Componente Cheiro agradável. 0,854 Comida fresca. 0,845 Boa higiene. 0,770 Temperatura adequada. 0,791 Variância Explicada pelo componente = 66,559%. Fonte: dados da pesquisa. Comunalidade 0,730 0,715 0,592 0,626 De modo geral, os dados da TAB. 61 descrevem a comunalidade do construto organoléptica considerados satisfatórios, visto que os resultados apresentados de comunidade de cada item são superiores a 0,30 e variância explicada de 66,836%. TABELA 71: Comunalidade do construto apresentação Itens do Construto Boa aparência. O modo de preparo da comida. A ampla variedade de opções de pratos ou opções de comida. Temperos utilizados na preparação da comida. Componente Comunalidade 0,579 0,782 0,685 0,779 0,335 0,612 0,470 0,607 Variância Explicada pelo componente = 50,586%. Fonte: dados da pesquisa, Os dados da TAB. 62 correspondem aos dados do construto apresentação. Com resultados superiores a 0,30 de comunalidade e variância explicada de aproximadamente de 51%, tem dimensionalidade única. TABELA 72: Comunalidade do construto bebida Itens do Construto Componente O sabor. 0,674 Boa aparência. 0,636 O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e 0,727 sucos). A ampla variedade de bebidas. 0,475 A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de 0,705 drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. 0,709 Temperatura adequada. 0,72 Variância Explicada pelo componente = 44,727%. Fonte: dados da pesquisa. Comunalidade 0,454 0,404 0,529 0,226 0,497 0,502 0,519 Na TAB. 63 são registrados os itens que compõem o construto bebida. De modo geral, os dados são satisfatórios, com comunalidade superior a 0,30. Contudo, o 227 item “a ampla variedade de bebidas” apresentou comunalidade inferior a 0,30 e variância explicada de 45% aproximadamente. 7.2.7 Confiabilidade interna Durante o processo de análise dos dados também foi possível identificar a confiabilidade interna das escalas utilizadas nos questionários, além dos construtos pesquisados. De acordo com Hair Jr. et al. (2009), confiabilidade consiste na avaliação de um grupo de indicadores de uma variável. Pereira (2004) ressalta que assim como em um processo de síntese de dimensões, é necessário o estabelecimento das definições de relações. Um indicador só é considerado satisfatório se formado por medidas que apresentam correlações coesas, ou seja, apresente fatores com abordagem específica que se relacionem entre si ao avaliar o mesmo objeto de estudo. O indicador mais utilizado para mensurar a confiabilidade é o coeficiente Alpha (α) de Cronbach, que tem a relação existente entre as variâncias internas e as covariâncias. A medida Alpha de Cronbach, segundo Hair Jr. et al. (2009), busca mensurar a confiabilidade por meio da variação de zero a um, considerando o valor 0,70 como limite inferior de aceitabilidade e chegando a 0,60 para pesquisas exploratórias. Os resultados obtidos na análise de confiabilidade interna são descritos na TAB. 64: 228 TABELA 73: Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas - continua Construto Atendimento Alpha de Cronbach 0,703 Itens Alta qualidade no atendimento. Garçons/atendentes que tenham um profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Atendimento personalizado. Beleza 0,774 Conforto 0,623 Localização próxima 0,706 Localização conveniente 0,529 Possibilidade de Escolha 0,500 Crianças 0,820 Comodidade 0,906 Promoções 0,580 Valor Percebido Entretenimento Alpha se item for retirado 0,677 0,671 0,687 0,640 Garçons/atendentes cordiais. 0,668 Garçons que conheçam as preferências dos clientes. 0,656 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 0,682 Ambiente bonito. 0,680 Decoração elegante. 0,718 Restaurante bonito. 0,692 Ventilação agradável. Não se aplica Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Não se aplica Localizado perto do trabalho. Não se aplica Localizado perto de casa. Não se aplica Localização conveniente. 0,534 Localizado em região da cidade que seja considerada segura. 0,297 Localizado bairro nobre da cidade. 0,437 Ampla variedade de produtos. Não se aplica Cardápio fácil de entender. Não se aplica Brindes para as crianças. 0,918 Local para crianças se divertirem. 0,638 Monitores para cuidarem das crianças. 0,644 Estacionamento de fácil acesso. Não se aplica Estacionamento gratuito aos clientes. Não se aplica Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Não se aplica Baixo preço cobrado. Não se aplica 0,455 Diversas formas de pagamento. Não se aplica 0,791 Relação custo-benefício adequada considerando o Não se aplica que se paga e o que se recebe. Ambiente divertido. 0,633 Diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.). 0,628 Música ambiente agradável. 0,85 229 TABELA 74: Valores de Alpha de Cronbach para as escalas utilizadas - conclui Construto Fila Organoléptica Alpha de Cronbach 0,745 0,825 Itens Sem filas para servir a comida ou o buffet. Não se aplica Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Não se aplica Boa higiene. 0,807 Comida fresca. 0,76 Cheiro agradável. 0,746 Temperatura adequada. Apresentação Bebida 0,667 0,761 Alpha se item for retirado 0,8 Boa aparência. 0,669 O modo de preparo da comida. A ampla variedade de opções de pratos ou opções de comida. Temperos utilizados na preparação da comida. 0,554 O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). A ampla variedade de bebidas. 0,611 0,554 0,729 0,730 0,705 0,775 A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 0,709 Boa higiene dos copos ou taças. 0,738 Temperatura adequada. 0,732 Fonte: dados da pesquisa. Observando a TAB. 64, é possível identificar que, no geral, a confiabilidade das dimensões é adequada. Todavia, ao avaliar os construtos isoladamente, percebese que algumas exclusões podem propiciar elevação da medida Alpha de Cronbach, permitindo melhorar os indicadores. Exclusivamente para conforto, localização próxima, possibilidade de escolha, comodidade, promoções, valor percebido e fila, essas exclusões não são possíveis, não existem itens suficientes que possibilitem a supressão com o intuito de melhorar o indicador. Além disso, alguns fatores, como localização conveniente, possibilidade de escolha, promoções e valor percebido têm o Alpha inferior a 0,600, considerado inadequado. Destes, apenas o construto localização permite a supressão de itens com o intuito de melhorar o indicador, sendo que a melhor opção é desconsiderar o item “tenha localização conveniente” e elevar um pouco o índice de 0,529 para 0,534. 230 7.2.8 Validade convergente Após mensurar a unidimensionalidade e confiabilidade interna, chega o momento de verificar a validade. Segundo Hair Jr. et al. (2009), a validade consiste em medir de forma precisa um conceito. O métodos mais utilizados são a validade convergente, discriminante e nomológica. Para iniciar o processo de validação desta pesquisa, será utilizada primeiramente a validade convergente que, de acordo com Malhotra (2006), exibe o grau da escala em que existe correlação positiva entre duas medidas de um mesmo construto. Hair Jr. et al. (2009) prelecionam que essa validade busca confirmar a correlação existente entre outas medidas já conhecidas, sendo que, se a escala apresenta altos índices de correlações, pode-se dizer que esta mede o conceito desejado. A carga de cada um dos itens deve apresentar 0,7 como valor satisfatório e 0,5 como limite mínimo. Para avaliação dos dados resultantes será considerada satisfatória a carga fatorial padronizada igual ou acima de 0,5, a variância média extraída (AVE) mínima de 0,45 e a confiabilidade composta igual ou acima de 0,70. TABELA 75: Valores de variância média extraída e confiabilidade composta para os construtos utilizados na pesquisa - continua Construto Itens Atendimento Alta qualidade no atendimento. Garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Funcionários com aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Atendimento personalizado. Beleza Variância Média Confiabilidade Carga Fatorial Extraída (AVE) Composta Padronizada 0,635 0,623 0,401 0,346 0,784 0,585 Garçons/atendentes cordiais. Garçons que conheçam as preferências dos clientes. 0,645 Garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 0,591 Ambiente bonito. Decoração elegante. 0,868 0,826 Restaurante bonito. 0,600 0,697 0,874 0,810 231 TABELA 76: Valores de variância média extraída e confiabilidade composta para os construtos utilizados na pesquisa - continua Construto Itens Conforto Ventilação agradável. Localização próxima Localização conveniente Possibilidade de Escolha Crianças Comodidade Iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Localizado perto do trabalho. Localizado perto de casa. Localização conveniente. Localizado em região da cidade que seja considerada segura. Localizado em bairro nobre da cidade. Ampla variedade de produtos. Cardápio fácil de entender. Brindes para as crianças. Variância Média Confiabilidade Carga Fatorial Extraída (AVE) Composta Padronizada 0,735 0,847 0,772 0,871 0,521 0,765 Valor Percebido 0,887 0,853 0,903 0,698 0,742 0,725 0,667 0,800 0,780 0,852 0,713 Local para crianças se divertirem. Monitores para cuidarem das crianças. 0,739 0,893 0,925 Estacionamento de fácil acesso. 0,914 0,922 0,955 Estacionamento gratuito aos clientes. Promoções 0,827 Promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Baixo preço cobrado. 0,956 0,704 0,826 Entretenimento Ambiente divertido. Diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.). Música ambiente agradável. Fila Sem filas para servir a comida ou o buffet. Sem filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Organoléptica Boa higiene. Comida fresca. Ter um cheiro agradável. Temperatura adequada. Apresentação Boa aparência. O modo de preparo da comida. A ampla variedade de opções de pratos ou opções de comida. Temperos utilizados na preparação da comida. 0,899 0,775 Diversas formas de pagamento. Relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. 0,956 0,756 0,649 0,787 0,704 0,877 0,852 0,922 0,944 0,786 0,897 0,799 0,888 0,892 0,665 0,888 0,503 0,799 0,757 0,844 0,859 0,800 0,596 0,822 0,627 0,767 232 TABELA 77: Valores de variância média extraída e confiabilidade composta para os construtos utilizados na pesquisa - conclui Construto Bebida Variância Média Confiabilidade Carga Fatorial Extraída (AVE) Composta Padronizada 0,657 0,446 0,848 0,644 Itens O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 0,750 A ampla variedade de bebidas. 0,512 A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. 0,711 0,682 Temperatura adequada. 0,694 Fonte: dados da pesquisa. A partir da análise da TAB. 65 é possível afirmar que a maioria dos construtos atende aos requisitos da validade convergente. Em relação à carga fatorial padronizada, apenas o item “tenha rapidez no atendimento” do construto atendimento relatou valor inferior a 0,5. Por outo lado, todos os outros itens apresentaram valor satisfatório nesse quesito. Ao avaliar a AVE dos construtos, verifica-se que atendimento e bebida possuem valor abaixo do mínimo recomendado por Netemeyer, Bearden e Sharma (2003), que é de 0,45. Já os outros construtos apresentaram índice superior ao mínimo considerado adequado. Em relação aos dados da confiabilidade composta, todos os construtos apresentaram valores acima de 0,7, sendo considerados adequados para a análise. 7.2.9 Validade discriminante Ao contrário da validade convergente, a validade discriminante, conforme Hair Jr. et al. (2009), busca por meio da medição de correlação conceitos similares, porém distintos. Malhotra (2006) esclarece que a validade discriminante mostra em até que ponto as variáveis pertencentes a um mesmo construto não se 233 correlacionam. Hair Jr. et al. (2009) acreditam que a correlação fruto desse índice deve ser baixa, comprovando que a escala empregada apresenta a diferença existente entre as variáveis. Ainda de acordo com os autores, a validade discriminante é mantida quando a variância média é superior à variância participada entre os construtos. A validação discriminante possui um conceito completar ao da validação convergente: espera-se que dois conjuntos de indicadores (que representam dois conceitos teoricamente diferentes) não formem um fator unidimensional. Três critérios para realização da validação discriminante foram propostos: avaliação das cargas cruzadas dos indicadores, comparação com a raiz quadrada das AVEs e o critério do valor máximo de 0,85 para a correlação entre os construtos. Na avaliação das cargas cruzadas dos indicadores, espera-se que cada item possua carga mais alta com o construto ao qual pertence do que com qualquer outro (HENSELER; RINGLE; SINKOWICS, 2009). Hair Jr. et al. (2009) ressaltam que nessa análise o valor da variância média extraída deve ser superior ao quadrado da correlação existente entre eles. Por meio da validação das cargas cruzadas verificou-se que os indicadores possuem carga mais alta nos respectivos construtos do que em qualquer outro, conforme registrado por Henseler, Ringle e Sinkowics (2009). Tal resultado é apresentado na TAB. 66. 234 TABELA 78: Cargas cruzadas dos indicadores para os construtos Apresentação Atendimento Bebida Beleza Comodidade Conforto Crianças Entretenimento Fila Localização Localização Possibilidade Organoléptica Promoções Conveniente Próxima de Escolha 0,709 0,48 0,588 0,649 0,483 0,668 0,404 0,513 0,288 0,835 0,326 0,469 0,336 0,358 0,956 0,336 0,557 0,271 0,394 0,253 0,857 0,181 0,326 0,13 0,294 0,322 0,271 0,859 0,332 0,418 0,209 0,497 0,309 0,231 0,476 0,839 0,34 0,461 0,397 0,36 0,387 0,22 0,181 0,417 0,894 0,26 0,44 0,207 0,427 0,362 0,402 0,366 0,417 0,304 0,722 0,132 0,08 0,012 0,077 0,014 0,154 0,226 0,164 0,059 0,295 0,878 0,523 0,473 0,594 0,261 0,338 0,303 0,101 0,126 0,358 0,179 -0,018 0,816 0,424 0,52 0,32 0,456 0,38 0,405 0,309 0,425 0,297 0,358 0,205 0,363 0,817 0,189 0,285 0,195 0,113 0,2 0,266 0,204 0,316 0,226 0,235 0,263 0,167 0,203 0,839 0,373 0,423 0,456 0,283 0,289 0,206 0,067 0,2 0,29 0,204 0,037 0,35 0,334 0,145 Fonte: dados da pesquisa. 235 A validação discriminante dos construtos foi obtida por meio da comparação das raízes quadradas das AVEs com as correlações entre os mesmos. Por questão de inteligibilidade, os resultados obtidos para a raiz quadrada da AVE foram colocados na diagonal principal da matriz de correlação (assinaladas em negrito). A TAB. 66 permite observar que todas as correlações entre os construtos apresentaram valor abaixo de 0,85, com forte evidência de que os construtos são distintos entre si. Outro fator identificado é que as correlações entre os construtos não superam as raízes das variâncias médias extraídas na análise convergente, como pode ser comparado nas TAB. 65 e 66. 7.2.10 Análise de variância Para avaliar a existência de diferença significativa existentes entre os quatro tipos de restaurantes, optou-se por realizar a análise de variância (ANOVA) (SOARES; FARIAS; CÉSAR, 2002). A ANOVA, de acordo com Hair Jr. et al. (2009), consiste em uma técnica estatística multivariada utilizada para identificar se as amostras de dois ou mais grupos surgem de populações com médias iguais. Malhotra (2006) descreve as etapas que norteiam a análise de variância de um fator. Esse processo é composto de identificação das variáveis dependentes e independentes, decomposição da variação total, medição dos efeitos, teste da significância e interpretação de resultados. Ao empregar essa técnica, foram realizadas comparações entre todos os pares possíveis de serem formados entre os quatro grupos (self service, fast food, rodízio, à la carte). Como resultado do teste, encontra-se o valor P. Caso exista ao menos um par com diferença significativa, o valor P será inferior ou igual a 0,05. Assim, com o valor igual ou abaixo de 0,05, rejeita-se a hipótese de que as diferenças das médias não são estatisticamente significativas. 236 TABELA 79: Análise de Variância Anova: valores F e valor P Médias Self Fast food Rodízio service À la carte Atendimento 8,5 8,5 8,1 8,6 Beleza 7,3 7,4 7,0 7,8 Conforto 8,1 8,4 8,2 8,5 Localização próxima 6,6 5,0 6,8 5,7 Localização conveniente 7,2 7,1 6,7 7,3 Possibilidade de escolha 8,3 8,1 8,0 8,3 Crianças 5,1 5,5 4,6 4,8 Comodidade 9,0 8,6 7,6 8,4 Promoções 7,0 7,1 6,6 6,6 Valor percebido 9,0 8,8 8,8 9,1 Entretenimento 6,2 6,8 5,8 6,5 Fila 8,3 8,6 7,6 8,6 Ornganoléptica 9,7 9,6 9,5 9,7 Apresentação 8,8 8,9 8,8 8,9 Bebida 9,3 9,2 9,1 9,3 Fonte: dados da pesquisa. Teste F F 4,406 4,229 1,691 14,030 2,919 1,282 2,071 9,395 1,531 1,441 4,092 8,186 2,799 0,253 2,052 Geral 8,4 7,4 8,3 6,0 7,0 8,2 5,0 8,4 6,8 8,9 6,3 8,3 9,6 8,8 9,2 Sig. 0,005 0,006 0,168 0,000 0,034 0,280 0,104 0,000 0,206 0,230 0,007 0,000 0,040 0,859 0,106 Para as situações em que o valor P apresentou valor inferior a 0,05, foi realizado o teste Post Hoc de Duncan que, como informam Hair Jr. et al. (2009), consiste em um teste estatístico que visa avaliar diferenças significativas entre todas as possíveis combinações de grupos onde estão localizadas. Os resultados são apresentados nas TAB. 68 a 75. TABELA 80: Atendimento Grupos Tipo de Estabelecimento N 1 8,1 2 Self service 103 Fast food 91 8,5 Rodízio À la carte 98 93 8,5 8,6 Sig. 1 0,338 Fonte: dados da pesquisa. Na análise do construto atendimento, nota-se que o restaurante à la carte apresentou a maior média (8,6) entre os tipos de restaurantes avaliados, seguido dos restaurantes fast food e rodízio, que exibiram média de 8,5 pontos. Observase que essas médias são estatisticamente significativas. Já a média do restaurante self service foi de 8,1 pontos e a diferença para os restaurantes à la 237 carte, rodízio e fast food não foi estatisticamente significativa. Os resultados demonstram a importância do quesito atendimento para qualquer um dos tipos de restaurante, entretanto, no restaurante à la carte ele possui grande relevância, pois o garçom é o principal elo da relação existente entre o restaurante e o cliente. Por meio do atendimento prestado pelo garçom conhecem os serviços e os produtos comercializados, optam pela melhor opção, são servidos e realizam o pagamento da refeição. TABELA 81: Beleza Grupos Tipo de Estabelecimento N Self service 103 1 7 Fast food Rodízio 91 98 7,3 7,4 7,4 À la carte 93 0,12 0,071 Sig. 2 7,8 Fonte: dados da pesquisa. No caso do construto beleza, o tipo de restaurante à la carte obteve média maior (7,8 pontos) do que os restaurantes self service (7,0 pontos) e fast food (7,3 pontos) e essa média foi estatisticamente significativa. No caso do tipo de restaurante rodízio (média de 7,4 pontos), a diferença para os restaurantes à la carte, self service e fast food não foi estatisticamente significativa. Esses resultados apresentam relação de significância com a realidade, pois, em princípio, o restaurante à la carte visa prover experiências que vão além da comida para os seus clientes. Nesse tipo de restaurante são valorizadas também a beleza e harmonia do ambiente. TABELA 82: Localização próxima Grupos Tipo de Estabelecimento N Rodízio 98 À la carte Fast food 93 91 Self service 103 Sig. 1 5 2 3 5,7 6,6 6,8 1 Fonte: dados da pesquisa. 1 0,516 238 Quanto ao atributo localização próxima, observa-se que o tipo de restaurante self service apresentou a maior pontuação (6,8 pontos), seguida do restaurante fast food, com 6,6 pontos, média estatisticamente significativa. O restaurante à la carte obteve 5,7 pontos e o rodízio a menor pontuação (cinco). O self service possui como característica principal servir refeição no período do almoço, principalmente para trabalhadores que possuem pouco tempo para deslocar-se para alimentar. Nota-se que esse tipo de estabelecimento busca localizar-se em pontos estratégicos de grande movimentação e nas proximidades de empresas, o que pode ser considerado uma justificativa para que o restaurante self service receba pontuação alta no quesito localização próxima. TABELA 83: Localização conveniente Grupos Tipo de Estabelecimento N Self service 103 Rodízio Fast food 98 91 À la carte 93 Sig. 1 6,7 2 7,1 7,1 7,2 7,3 0,071 0,386 Fonte: dados da pesquisa. Ao analisar os dados provenientes da avaliação estatística do construto localização conveniente, percebe-se que o estabelecimento à la carte recebeu a maior pontuação (7,3) entre os restaurantes avaliados, seguido do fast food (7,2 pontos), rodízio (7,1 pontos) e, por fim, o self service (6,7 pontos). Os itens que compõem esse construto foi considerado de maior relevância no à la carte, visto que para frequentar esse tipo de restaurante os consumidores muitas vezes não se deixam influenciar pela proximidade, mas sim pela conveniência de chegar ao local. 239 TABELA 84: Comodidade Tipo de Estabelecimento N Self service À la carte 103 93 Rodízio Fast food 98 91 Sig. Grupos 1 7,6 2 8,4 8,6 9 1 0,054 Fonte: dados da pesquisa. Na categoria comodidade, o restaurante fast food exibiu a maior pontuação (nove), seguido do restaurante rodízio com 8,6 pontos, à la carte com 8,4 e por último o self service com 7,6. Estes resultados mostram a importância do aspecto comodidade no restaurante fast food, que se relaciona às principais características desse tipo de estabelecimento, pois busca fornecer a alimentação com rapidez e praticidade. No caso do self service, a comodidade não foi reconhecida como um aspecto tão importante, provavelmente pelo fato de que as pessoas que frequentam esse tipo de restaurante estão apressadas e gastam pouco tempo no estabelecimento, em comparação com os outros três tipos de restaurante. TABELA 85: Entretenimento Grupos Tipo de Estabelecimento N Self service Fast food 103 91 À la carte Rodízio 93 98 Sig. 1 5,8 6,2 2 6,2 6,5 6,8 0,185 0,065 Fonte: dados da pesquisa. Foi atribuída a maior média (6,8) ao restaurante rodízio, em relação ao entretenimento, seguido do à la carte com 6,5 e do fast food com 6,2 pontos. Já o self service apresentou a menor média (5,8). Por meio dos resultados verifica-se a relevância do entretenimento em um restaurante rodízio. Ao optar por esse tipo de estabelecimento para alimentar-se, o consumidor busca viver uma experiência que pode durar por hora. Dessa forma, o entretenimento ganha espaço e contribui para tornar a experiência mais proveitosa e satisfatória. Por outro lado, detecta-se 240 que nesse quesito os restaurantes self service e fast food exibiram a menor média, representando, assim, aspecto de menor relevância em restaurantes que proporcionam uma alimentação rápida. Esse resultado é coerente, considerandose que nos casos de à la carte e rodízio as pessoas provavelmente buscam mais do que simplesmente alimentar-se. E mostra que elas buscam também entretenimento. TABELA 86: Fila Grupos Tipo de Estabelecimento N 1 7,6 2 Self service 103 Fast food 91 8,3 Rodízio À la carte 98 93 8,6 8,6 Sig. 1 0,124 Fonte: dados da pesquisa. No caso do construto fila, houve empate entre os restaurantes à la carte e rodízio, com 8,6 pontos, seguido do fast food com 8,3 pontos e do self service com 7,6. Nesse aspecto, os restaurantes à la carte e rodízio sobressaíram com pouca fila, o que pode ser interpretado como sua característica, visto que o atendimento, as comidas e muitas vezes o pagamento são realizados na mesa em que o consumidor está acomodado, evitando, assim, a formação de filas. No entanto, há menor relevância no restaurante self service, no qual essencialmente a forma de servir e pagar pela refeição é por meio da tradicional fila, diferente do que se esperava, visto que de modo geral as pessoas estão no horário de almoço e, portanto, possuem muitas coisas a resolver e têm pressa. Ao contrário do que se supunha, a média desse item foi estatisticamente significativa para baixo no self service na comparação com os restaurantes à la carte, rodízio e fast food. 241 TABELA 87: Organoléptica Grupos Tipo de Estabelecimento N Self service Rodízio 103 98 À la carte Fast food 93 91 Sig. 1 9,5 9,6 2 9,6 9,7 9,7 0,108 0,401 Fonte: dados da pesquisa. Os dados obtidos por meio das análises do construto organoléptico possibilitam a identificação do empate entre os restaurantes fast food e à la carte, seguidos pela pontuação obtida pelo restaurante rodízio (9,6) e do self service (9,5). Nota-se a relevância desse tipo de quesito para todos os restaurantes, em especial para os fast food e à la carte, que receberam a maior pontuação e são considerados subsídios para que o consumidor consiga se decidir entre as opções do cardápio. 7.2.11 Análise de agrupamento A análise de agrupamento, também conhecida como análise de cluster, é definida por Hair Jr. et al. (2009) como uma técnica analítica que divide os elementos estudados em subgrupos mutuamente excludentes, tendo como base a similaridade existente entre os itens. Essa análise envolve três etapas básicas: a primeira consiste em identificar as semelhanças existentes entre os itens, determinando a quantidade de subgrupos; a segunda consiste em dividir os elementos e encaixá-los nos subgrupos recém-criados; e na terceira se estabelece o perfil das variáveis para determinar a aplicação da análise discriminante aos grupos pela técnica de agrupamento. 7.2.11.1 Avaliação dos fatores e diferenças entre as variáveis demográficas Após o ajuste do modelo, os construtos foram operacionalizados com base nos escores não padronizados, ou seja, estes se encontram na mesma escala das 242 variáveis que os originaram. A partir de então, foram obtidas as estatísticas descritivas para tais construtos, conforme descrito na TAB. 76. TABELA 88: Estatísticas descritivas dos construtos Intervalo de Confiança de 95% Limite Inferior Média Limite Superior Desvio-Padrão Apresentação Atendimento 8,8 8,4 8,9 8,5 9,0 8,6 1,0 1,0 Bebida Beleza 9,3 7,3 9,4 7,4 9,4 7,6 0,7 1,5 Fila Localização convincente 8,1 7,1 8,3 7,3 8,4 7,4 1,7 1,4 Localização próxima Organoléptica 5,8 9,6 6,0 9,6 6,3 9,7 2,4 0,7 Comodidade Conforto 8,2 8,2 8,4 8,4 8,6 8,5 2,0 1,4 Crianças Entretenimento 4,8 6,1 5,1 6,3 5,4 6,5 2,9 2,3 Poss. escolha Promoções 8,0 6,6 8,2 6,8 8,3 7,0 1,4 1,9 9,1 1,1 Valor percebido 8,8 8,9 Fonte: dados da pesquisa. Para avaliação da existência de diferenças significativas entre os construtos considerados no estudo e variáveis de perfil, foi utilizada a análise Chi-Square Automatic Interaction Detector (CHAID). Tal técnica proposta por Kass (1980) permite avaliar o relacionamento entre uma variável dependente e outras, em nível categórico ou contínuo e o resultado é apresentado em forma de árvore, indicando as variáveis preditoras que mais são associadas à variável dependente. Os subconjuntos resultantes têm mais homogeneidade internamente em relação à variável dependente e com a maior heterogeneidade possível entre os subconjuntos formados. Os critérios de divisão ou agrupamento utilizados nessa técnica foram fixados em 5%, ou seja, os subconjuntos possuem significativa diferença ao se utilizar o teste qui-quadrado (no nível de 5%). As variáveis utilizadas no CHAID foram baseadas em questões demográficas e comportamentais e são apresentadas a seguir: a) Tempo que frequenta esse tipo de restaurante. 243 b) Época do ano em que mais frequenta esse tipo de restaurante; c) gênero; d) estado civil; e) renda pessoal; f) grau de escolaridade; g) recentidade: quando foi a última vez que frequentou restaurante desse tipo; h) frequência: quantas vezes em média frequenta estaurante desse tipo. Os construtos com diferenças significativas são os que se seguem (FIG. 13). FIGURA 13: Árvore construto atendimento Fonte: dados da pesquisa. Houve diferenças no atendimento somente em relação ao nível de escolaridade para os restaurantes fast food, rodízio e à la carte. Percebe-se que os indivíduos que possuem nível mais alto de escolaridade (mestrado e/ou doutorado) são mais exigentes em relação ao atendimento do que os de escolaridade mais baixa comparativamente. 244 FIGURA 14: Árvore construto beleza Fonte: dados da pesquisa. Em relação à beleza, nenhum grupo de consumidores foi encontrado, nem em termos comportamentais nem em termos demográficos. As diferenças observadas são somente aquelas já identificadas anteriormente nos testes de diferença entre os tipos de restaurante. FIGURA 15: Árvore construto fila Fonte: dados da pesquisa. 245 Da mesma forma que ocorreu com o construto beleza, a fila também não teve grupo de consumidores, nem em termos comportamentais nem demográficos. As diferenças registradas são somente aquelas já identificadas anteriormente nos testes de diferença entre os tipos de restaurante. FIGURA 16: Árvore construto localização conveniente. Fonte: dados da pesquisa. No caso da localização conveniente, novamente os grupos de consumidores não apresentaram diferenças significativas considerando-se as variáveis demográficas e comportamentais. Somente houve diferença em relação aos tipos de restaurante que já foram identificadas anteriormente. 246 FIGURA 17: Árvore construto localização próxima Fonte: Dados da pesquisa. Considerando estatisticamente o construto significativas localização encontradas próxima, são as únicas relacionadas diferenças ao tipo de restaurante (que já foram identificadas anteriormente). Não houve diferenças para as variáveis comportamentais e demográficas. 247 FIGURA 18: Árvore construto comodidade Fonte: dados da pesquisa. Os resultados, em se tratando da comodidade, são os mais interessantes. Primeiramente, existe uma divisão entre fast food, self service e rodízio junto com o restaurante à la carte. Nesse último caso, os frequentadores mais antigos (com mais de cinco anos) desses dois tipos de restaurantes valorizam mais a comodidade do que os mais recentes. Além disso, entre esses mais antigos, aqueles que frequentam até uma vez por mês esses dois tipos de restaurantes valorizam mais a comodidade do que os consumidores mais frequentes. Pode ser, nesse caso, que os menos frequentes desejem uma experiência mais cômoda para usufruírem de sua ida ao restaurante. 248 A comodidade é mais importante para os frequentadores de fast food comparando-se com os outros três tipos de restaurante. É interessante notar que os frequentadores medianos (aqueles que não são heavy users nem aqueles que vão ao fast food somente esporadicamente) que vão entre uma e quatro vezes por mês ao fast food valorizam mais a comodidade do que aqueles que vão muito pouco ou os que vão com mais frequência ao fast food. Por fim, aqueles que foram mais recentemente também ao fast food da mesma forma valorizam mais a comodidade do que os que foram ao fast food há mais tempo. FIGURA 19: Árvore construto conforto Fonte: dados da pesquisa. No tocante ao conforto, os que frequentaram o tipo de restaurante no dia em que responderam à pesquisa consideram esse item menos importante do que aqueles que não foram ao tipo de restaurante pesquisado no dia da pesquisa. 249 FIGURA 20: Árvore construto crianças Fonte: dados da pesquisa. É possível perceber diferenças significativas concernentes às características demográficas de estado civil e escolaridade no caso do construto crianças. Para os consumidores solteiros existe menos importância para esse tipo de construto na comparação com os indivíduos casados, divorciados, viúvos ou, ainda, que vivem em união estável. Isso pode ser facilmente explicado pela expressiva possibilidade de existência de crianças nas famílias desses indivíduos com estado civil diferente de solteiros. Ainda em relação aos solteiros, essa importância diminui ainda mais em termos significativos, quando o nível de escolaridade está abaixo do superior completo. 250 FIGURA 21: Árvore construto entretenimento Fonte: dados da pesquisa. Quando se analisa os dados obtidos em relação ao entretenimento, os respondentes com nível de escolaridade até o superior completo valorizam mais o entretenimento do que aqueles que possuem pós-graduação, mestrado ou doutorado. Nesse último grupo, os que frequentam restaurantes do tipo rodízio ou à la carte valorizam bem mais o entretenimento do que quando frequentam fast 251 food ou self service. Isso pode ocorrer em virtude de que o tempo de permanência em restaurantes fast food e self service é bem mais curto do que em restaurantes do tipo rodízio e à la carte, os quais, em princípio, são procurados não somente pela comida, mas também como lazer. Ainda em relação aos restaurantes self service e fast food, a valorização do entretenimento é mais forte em relação àqueles que frequentam há menos de cinco anos esses tipos de restaurante, na comparação com o grupo que frequenta há mais de cinco anos. FIGURA 22: Árvore construto Promoções Fonte: dados da pesquisa. 252 O último construto a ser analisado são as promoções. Nesse caso, os solteiros valorizaram mais as promoções do que os consumidores de outros estados civis. Além disso, para os casados, divorciados, viúvos e os que vivem em união estável que vão pouco ao restaurante (menos de uma vez por mês), as promoções são mais importantes do que para aqueles que vão mais vezes. Aliás, é possível observar que quanto maior a frequência das idas do consumidor ao restaurante, menor é a importância das promoções. Outro resultado dessa análise indica, ainda, que os indivíduos que vão menos de cinco vezes por mês ao restaurante e que vão nos finais de semana ou no final do mês valorizam mais as promoções do que aqueles que vão mais de cinco vezes por mês ou que vão menos de cinco vezes, mas que frequentam os restaurantes sem data definida, no início do mês ou em datas especiais. Especificamente para as promoções, pode-se considerar, então, que elas são mais valorizadas pelos “não solteiros” e pelas pessoas que sempre frequentam os restaurantes nos finais de semana ou no final do mês. Estes provavelmente esperam promoções justamente na época em que irão frequentar. Aqueles que já possuem datas especiais ou que frequentam sem época definida se importam menos com as promoções. A análise geral deste tópico é de que, em princípio, não existem segmentos bem definidos em relação ao tipo de restaurante em relação às características demográficas e comportamentais. Uma conclusão é de que em alguns construtos a percepção da importância por parte dos clientes é relativamente semelhante ou não apresenta diferenças estatisticamente significativas nos tipos de restaurante à la carte e rodízio. Pode ser uma sugestão para pesquisa futura descobrir se o tipo de público é o mesmo, se os benefícios buscados são semelhantes, enfim, buscar respostas para as opiniões semelhantes sobre a importância de alguns construtos. 253 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS De grande importância para a sociedade, o restaurante ocupa espaço de extrema relevância no cotidiano de diversas pessoas na modernidade. Desde o surgimento das primeiras casas comerciais que serviam algum tipo de alimentação aos viajantes até o desenvolvimento dos diferentes tipos de restaurantes disponíveis na atualidade, esse tipo de estabelecimento passou por diversos processos de adaptação, de modo a atender às expectativas dos consumidores e superar os desafios propostos pela concorrência do setor. Com base no panorama apresentado, buscou-se por meio deste estudo identificar os atributos e o seu nível de importância no processo decisório do consumidor pela escolha de restaurantes. Para tanto, partiu-se, primeiramente, para a revisão de conhecimentos teóricos já desenvolvidos sobre a temática alimentação fora do lar, permeando a identificação do comportamento do consumidor com base nos estágios que compõem o processo decisório e, por fim, aprofundando-se nos estudos sobre simbolismo e atributos reconhecidos pelos consumidores. A partir da revisão bibliográfica, constatou-se a existência de uma lacuna referente aos estudos sobre a identificação dos atributos que influenciam o comportamento do consumidor em restaurantes, estimulando, assim, a realização de uma pesquisa que possa contribuir com os estudos sobre o tema e possibilite a utilização dos resultados obtidos para cooperar com o aprimoramento de empresas do setor. Para tanto, foram realizadas pesquisas de campo divididas em duas fases. A primeira possibilitou a identificação dos aspectos físicos, culturais, alimentares e subjetivos que influenciam diretamente o consumidor ao longo do processo decisório de determinado restaurante. Confirmou-se que, ao reconhecer a necessidade básica de se alimentar, o consumidor identifica a melhor forma para atender a esse anseio. Os principais motivos que levam as pessoas a frequentarem um restaurante são falta de tempo para cozinhar em casa, praticidade, não saber cozinhar, curiosidade em conhecer um novo local, gostar da comida do restaurante, comemorações, a qualidade e o 254 sabor da comida, o ambiente agradável, falta de opção em casa, falta de alimento para fazer comida em casa, ter a possibilidade de se divertir, a vontade de sair de casa, indicação de amigos, pelo atendimento, preço, qualidade da comida, higiene, necessidade e a beleza do local. Decidido alimentar-se em um restaurante - a melhor opção para saciar essa necessidade -, o consumidor inicia o processo de busca de informações para mapear as opções existentes e futuramente tomar a decisão do melhor restaurante para atender a essa necessidade. De acordo com os resultados qualitativos, conclui-se que, por se tratar geralmente de uma aquisição de baixo custo, a maioria dos entrevistados, quando busca informações, gasta pouco tempo coletando elementos para se decidir. Para isso, as fontes comumente utilizadas são a internet, guias de bares e restaurantes locais e a recomendação de amigos e familiares, sendo esta destacada pelos entrevistados como a fonte mais confiável. O aspecto conforto e beleza do restaurante podem ser considerados um diferencial no momento da escolha do restaurante, pois este é um aspecto citado por atrair as pessoas a frequentarem o restaurante. Ao considerar possuir as informações suficientes para tomar uma decisão, o consumidor avalia as alternativas com base nos atributos considerados relevantes e que atendem às suas expectativas. Na fase qualitativa foi possível identificar uma gama de características que são levadas em consideração no momento da escolha de um restaurante. Os atributos ressaltados nessa fase foram agrupados em dimensões subjetivas correspondentes, permitindo uma análise categorizada e posteriormente a identificação de seu nível de importância no processo decisório. A quantitativa foi segmentada em quatro tipos de restaurante (fast food, rodízio, self service e à la carte), permitindo a mensuração da relevância de cada atributo detectado na etapa anterior sob a ótica do freqüentador, abrangendo os aspectos do restaurante, da comida e da bebida fornecida. 255 A partir dos resultados obtidos, pode-se considerar que para o restaurante fast food a higiene é tida como o atributo de maior relevância na escolha de um restaurante, seguido dos atributos qualidade da comida (em segundo lugar), atendimento – eficiência em relação ao pedido (em terceiro lugar), preço – custo x benefício (quarto lugar) e atendimento – rapidez no atendimento (em quinto lugar). Por outro lado, na avaliação do restaurante rodízio, a qualidade da comida foi considerada o atributo de maior relevância na escolha de um restaurante, seguido dos atributos higiene – tenha ambiente limpo (em segundo lugar), atendimento – ofereça alta qualidade (em terceiro lugar), atendimento – eficiência em relação ao pedido (quarto lugar) e preço – custo x benefício (em quinto lugar). Ao avaliar os atributos de relevância em um restaurante self service, a higiene destaca-se como o atributo de maior relevância na escolha de um restaurante, seguido dos atributos qualidade da comida (em segundo lugar), atendimento – eficiência em relação ao pedido (em terceiro lugar), preço – custo x benefício (quarto lugar) e atendimento – ofereça cordialidade (em quinto lugar). Por fim, em um restaurante à la carte a qualidade da comida destaca-se como o atributo de maior relevância na escolha de um restaurante, seguido dos atributos higiene – tenha ambiente limpo (em segundo lugar), atendimento – ofereça alta qualidade (terceiro lugar), preço – custo x benefício (quarto lugar) e atendimento – eficiência em relação ao pedido (em quinto lugar). Ressalta-se que poucos foram os atributos que se diferenciaram entre os tipos de restaurantes, diferenciando-se apenas na intensidade da relevância do aspecto em cada tipo de restaurante. Contudo, a identificação dos atributos de maior relevância em restaurantes sob a ótica dos consumidores propicia aos empresários do setor uma excelente oportunidade para investir de modo assertivo em aspectos que transparecem ao seu público a excelência do estabelecimento nos fatores que de fato influenciam o processo decisório. Ao reconhecer e considerá-los satisfatórios, o consumidor se sentirá mais seguro em viver uma nova experiência gastronômica e possibilitará ao estabelecimento a oportunidade 256 de desenvolver junto a ele um relacionamento duradouro (fidelização). Garantir que o consumidor tenha suas expectativas atendidas gera estímulo no cliente para tecer comentários e recomendações positivas para outras pessoas. Trata-se de um fato extremante positivo para os restaurantes, visto que as recomendações de pessoas próximas (de confiança) que já frequentaram determinado restaurante são consideradas por muitos como a fonte de informação mais confiável para analisar a melhor opção durante o processo decisório. Assumindo colocação de destaque em todos os tipos de restaurante, a higiene do estabelecimento é mencionado por muitos consumidores como o aspecto essencial para um local que serve alimentação. Desta forma, é relevante que os ambientes (fachada, corredores, acessos, rampas, salão principal de consumo, banheiros, lavabos, cozinha, depósito, estacionamento, pisos em geral, áreas de lazer e jardins), mobiliários e eletrodomésticos (mesas, cadeiras, balcões, buffets, freezer e geladeiras, fogão, coifas, pias, mostruários, etc.), utensílios (pratos, copos, taças, colheres, facas, garfos, pegadores, panelas, bandejas, entre outros) e outros complementos (forros de mesa, vestimenta do funcionário, lixeiras, suportes de temperos, saleiro, paliteiro, etc.) que compõem um restaurante devem ser bem conservados, organizados e limpos. Deve-se manter atualizados os certificados e documentos junto à vigilância sanitária, prefeitura e outros órgãos, bem como providenciar dedetização periódica em todas as instalações. Inclusive, alguns desses certificados e documentos podem estar ao alcance da vista dos clientes, criando a sensação de higiene, qualidade e cuidado por parte dos gestores. As lixeiras devem possuir tampa para evitar que insetos e outros bichos tenham acesso aos restos orgânicos; os lixos devem ser bem acondicionados em sacos de plásticos fechados e reservados longe da cozinha e da dispensa. Os colaboradores necessitam ser treinados e conscientizados de que a limpeza é uma responsabilidade de todos, além de ser um aspecto de extrema importância para a saúde de todos e qualidade do estabelecimento. A higienização constante das mãos de forma adequada com água e sabão e a utilização de álcool, gel bactericida ou germicida para complementar o processo é medida simples que 257 deve ser disseminada entre todos colaboradores. Além disso, é essencial a utilização de vestimentas limpas, calçados fechados, luvas para manipulação de produtos, máscaras sobre a boca, bonés ou redes de proteção para os cabelos. É importante ressaltar que unhas devem estar sempre aparadas (para as mulheres é aconselhável não utilizar esmaltes, apenas base), cabelos bem cortados ou penteados, brincos, anéis e relógios devem ser evitados para as pessoas que manipulam alimentos e o fumo é estritamente proibido aos profissionais que estão preparando, manipulando ou cuidando da conservação do alimento. Assim como a higiene, o atributo qualidade da comida foi lembrado como um dos atributos mais importantes para muitos consumidores. Por se tratar do core business de qualquer restaurante, é extremamente relevante que a comida servida tenha qualidade considerável (além de atender a outros aspectos organolépticos e de apresentação que serão abordados ao longo deste capítulo). Sendo assim, para garantir a qualidade da comida servida, é importante que os alimentos, matérias-primas e temperos tenham procedência garantida e reconhecida, além de possuir qualidade adequada. Alimentos (secos e não perecíveis) e matérias-primas devem ser organizados e acondicionados em local fresco e ventilado, os produtos perecíveis devem ser mantidos em condição, validade e temperatura adequada, além de assegurar a qualidade da água utilizada no preparo da alimentação. Outro aspecto de extrema relevância para os consumidores em restaurantes é o atendimento recebido. Do momento em que um cliente adentra em um restaurante até a sua saída ele está exposto ao atendimento oferecido pelo estabelecimento. É fundamental que os funcionários sejam treinados e acompanhados constantemente, de modo a assegurar a excelência no atendimento prestado. Aspectos como agilidade, empatia, presteza e cordialidade são requisitos fundamentais para os funcionários que exercem atendimento ao público. Interagir com o cliente desde o momento em que este adentra ao estabelecimento é de extrema relevância: auxiliar no processo de escolha da mesa, apresentar-se, fornecer o cardápio, esclarecer as dúvidas existentes e aguardar calmamente a decisão do pedido são ações simples, mas de extrema importância. O atendimento prestado não deve ser robotizado, deve-se procurar 258 estabelecer uma relação leve e amistosa, permitindo contato visual, simpatia e disponibilidade. Toda a equipe deve procurar evitar gírias e palavras que podem ser compreendidas de forma desagradável, principalmente pelo cliente. Comunicação clara e eficaz entre clientes e garçons/atendentes e, por sua vez, com o local de preparo pode ser considerada um fator de sucesso para que o pedido seja atendido da maneira correta. Garçons e atendentes devem possuir domínio dos produtos, pratos, quantidades, formas de preparo e preços dos itens comercializados para possibilitar esclarecer as dúvidas dos clientes, bem como evitar constrangimentos. É importante que o estabelecimento cumpra o horário de atendimento estabelecido (abertura e fechamento do estabelecimento), garantindo que dos primeiros até os últimos clientes recebam atendimento de qualidade e usufruam de toda uma estrutura preparada para o atendimento. O preço, assim como os outros atributos referidos anteriormente, representa um aspecto de alta relevância no processo de decisão do consumidor. Considerado fator condicionante para a escolha de determinado restaurante, o preço dos produtos comercializados pode determinar o público, bem como a sua frequência no estabelecimento. É notório que alguns fatores como estrutura, localização, produtos e serviços ofertados, entre outras características, podem influenciar diretamente no valor cobrado no restaurante. Entretanto, é importante a atuação de uma gestão competente que avalie a rentabilidade de cada produto comercializado e equilibre com os gastos globais, de modo a garantir a sustentabilidade do negócio. Apresentar os preços e formas de pagamento de forma clara e transparente proporciona ao consumidor mais segurança para consumir. É fundamental que os produtos comercializados tenham relação custobenefício adequada e que o consumidor consiga perceber essa característica. Promoções e descontos são vistos com bons olhos pelos consumidores e podem constituir a estratégia de muitos restaurantes para atrair novos clientes. Nos atributos que avaliam a relevância da comida servida por um restaurante fast food destaca-se a higiene, seguida de comida fresca (em segundo lugar), cheiro agradável (em terceiro lugar), temperatura adequada (quarto lugar) e sabor (em quinto lugar). 259 Já ao identificar os atributos que avaliam a comida servida por um restaurante rodízio, realça-se a comida fresca como o de maior relevância, seguida de higiene (em segundo lugar), sabor (em terceiro lugar), cheiro agradável (quarto lugar) e temperatura adequada (em quinto lugar). Assim como nos tipos anteriores, entre os aspectos que avaliam a comida servida por um restaurante self service salienta-se a higiene como o de maior relevância, seguida de comida fresca (em segundo lugar), cheiro agradável (em terceiro lugar), qualidade dos ingredientes (quarto lugar) e sabor (em quinto lugar). Por fim, ao avaliar a comida servida por um restaurante à la carte sobressai-se o aspecto higiene como o de maior relevância, seguido de comida fresca (em segundo lugar), sabor (em terceiro lugar), cheiro agradável (quarto lugar) e temperatura adequada (em quinto lugar). Assim como na identificação dos atributos relevantes dos restaurantes, os relacionados à comida apresentaram baixa variação entre os tipos de restaurantes, diferenciando-se apenas no grau de intensidade da relevância na comida servida por cada tipo. A higiene ocupa local de destaque também na dimensão comida. A comida servida deve ser asseada, mantida e conservada adequadamente. Frutas e verduras devem ser higienizadas e acomodadas em locais que preservem suas características e garantam sua qualidade. Mesas e balcões que auxiliam o preparo da comida devem ser revestidos de materiais impermeáveis e limpos. Recipientes e tábuas devem ser lavadas com água quente e a comida servida em vasilhas, panelas, pegadores e talheres limpos. Oferecer comida fresca também é um aspecto de alta relevância para os consumidores em restaurantes. Dessa forma, investir em processos que permitam o preparo da comida a partir da escolha do consumidor pode ser uma solução, entretanto, é importante ter atenção ao tempo de preparo para não gerar excessivo tempo de aguardo pelo consumidor. É relevante que os ingredientes, principalmente as frutas, ovos, leite, verduras e legumes que compõem as 260 saladas, carnes e frios estejam frescos. Comidas que necessitam de fritura devem ser preparadas, de preferência, momentos antes do consumo, para conservar o aspecto e sabor. Sabor e cheiro agradável são dois atributos que estão intimamente ligados e se destacam como fatores de grande relevância na dimensão comida. Muitos consumidores buscam frequentar restaurantes com o intuito de vivenciar novas experiências de sabores e aromas. Para proporcionar o atingimento desses quesitos, existem diferentes formas de preparo, podendo ser utilizados temperos e especiarias, molhos e combinações de ingredientes e bebidas que ressaltem o sabor e aroma do alimento. É importante sempre dosar os temperos para que haja equilíbrio e harmonia do sabor e do cheiro da comida, evitando superdosagem ou combinações desagradáveis É relevante que garçons e atendentes conheçam as combinações de sabores para que consigam orientar de forma adequada os clientes, além de proporcionar aroma adequado. Os aspectos organolépticos da comida possibilitam aos consumidores a avaliação das características por meio de um ou mais sentidos, permitindo o julgamento antecipado do alimento. Detalhes como a coloração dos alimentos e a seleção dos produtos utilizados na preparação ou decoração dos pratos (por exemplo, evitar folhas murchas ou “quebradas”) podem contribuir para uma avaliação positiva. Além disso, gotas de água nas frutas remetem ao frescor da manhã, a iluminação sob os alimentos ressaltam as cores, a limpeza da borda dos pratos e vasilhas em que as comidas estão servidas remetem à limpeza e o aspecto arrumado da comida (evitar deixar a comida remexida) conota organização e frescor do alimento. Aspectos como esses são simples e agregam fatores sensíveis aos sentidos, que, por sua vez, proporcionam aprovação quanto às questões subjetivas de frescor, higiene, temperatura, entre outros atributos que compõem a dimensão comida. A exemplo disso, é interessante que os gestores de restaurantes atentem para a aparência e a apresentação dos produtos, bem como para os utensílios utilizados para comportar e servir. Cuidados como esses contribuem para atestar que o alimento servido esteja limpo e fresco. 261 A temperatura adequada da comida é outro item reconhecido pelos consumidores como de grande relevância no momento de decisão. Investir em estufas, buffets para frios, superfícies quentes (fogão à lenha), congeladores, panelas de pedra e outros recursos que mantenham a temperatura do alimento (seja ele quente ou frio) é essencial para preservar a temperatura do alimento servido e garantir a satisfação dos clientes. A qualidade dos ingredientes utilizados na preparação da comida também foi um item tido como muito importante pelos respondentes da pesquisa. Para isso, é importante investir em produtos de qualidade e em marcas conhecidas e atentar para os prazos de validade e conservação dos produtos de modo adequado. Assim também aspectos relacionados ao sabor da comida, estar fresca, possuir cheiro agradável e garantir higiene adequada à qualidade dos ingredientes devem ser objeto de atenção e controle por parte dos gestores do restaurante. Entretanto, ao avaliar os atributos relacionados à bebida servida por um restaurante fast food ressalta-se o aspecto higiene – dos copos e taças – como o atributo de maior relevância, seguido de temperatura adequada (em segundo lugar) e qualidade dos ingredientes - por exemplo, se for o caso de drinks e sucos (em terceiro lugar). Na identificação das características da bebida servida por um restaurante rodízio, nota-se semelhança com o restaurante fast food. Enfatiza-se o aspecto higiene – dos copos e taças – como de maior relevância, seguido de temperatura adequada (em segundo lugar) e qualidade dos ingredientes - por exemplo, se for o caso de drinks e sucos (em terceiro lugar). Assim como nos tipos de restaurantes anteriores, observam-se os mesmos resultados no self service, com o aspecto higiene – dos copos e taças – como o atributo de maior relevância, seguido de temperatura adequada (em segundo lugar) e qualidade dos ingredientes - por exemplo, se for o caso de drinks e sucos (em terceiro lugar). 262 Já quanto à bebida em um restaurante à la carte, apurou-se que o aspecto higiene – dos copos e taças – foi o de maior relevância, seguido de temperatura adequada (em segundo lugar) e modo de preparo - por exemplo, se for o caso de drinks e sucos (em terceiro lugar). Nota-se que praticamente todos os relevantes são os mesmos e possuem o mesmo grau de relevância, independentemente do tipo de restaurante. Destaca-se apenas o modo de preparo dos drinks e sucos, que foi considerado relevante exclusivamente no restaurante à la carte. Entre os itens avaliados na dimensão bebida, a higiene foi a mais relevante nos quatro tipos de restaurante. A higiene de copos e taças foi indicada como de extrema relevância, assim como jarras, coqueteleiras e outros itens que dão suporte ao preparo e consumo de sucos, drinks, refrigerantes, água, cervejas, milk-shakes, caldas, vinhos, etc. devem ser bem lavados com água (de preferência quente) e sabão. Além disso, é fundamental que as frutas utilizadas no acompanhamento ou preparação de sucos e drinks sejam higienizadas antes da utilização. Deve-se garantir que a água utilizada para produzir sucos e pedras de gelo seja limpa, filtrada e de procedência garantida. Canudos e misturadores devem ser descartados e nunca reaproveitados. Outro aspecto de grande relevância para os consumidores ao avaliar os itens relacionados à bebida servida por restaurantes é a temperatura adequada das mesmas. Para isso, é importante o investimento em gelo, baldes e pegadores, suportes e recipientes térmicos que auxiliam na conservação da temperatura da bebida. É importante ter geladeiras e freezer que consigam atingir graus que permitam à bebida atingir baixos níveis. Por fim, o modo de preparo de drinks e sucos foi indicado como um dos principais atributos que influenciam o processo decisório do consumidor. Mesmo sendo um processo que varia de acordo com cada tipo de bebida a ser preparada, pode-se considerar a utilização de recursos, liquidificadores, mixers, caldas, combinação de temperos, leite, água, entre outros produtos e modos de preparo, no momento da decisão de escolha. Estabelecimentos que investem em treinamentos de 263 coquetelaria e preparo de drinks diferenciados para seus colaboradores podem contar com esse diferencial competitivo. Os atributos identificados de grande relevância nas dimensões restaurante, comida e bebida compõem uma gama de processos que devem ser acompanhados e melhorados continuamente, visto que impactam diretamente a percepção da qualidade do restaurante por parte do cliente e, consequentemente, seu nível de satisfação. Frente aos resultados obtidos nesta pesquisa, é possível comparar com resultados obtidos em outras pesquisas similares. 264 QUADRO 14: Estudos realizados na área - continua Autor Trabalho Ano Tipo de restaurante avaliado Angnes e Moyano Atributos de escolhas em serviços de restaurantes: um estudo exploratório 2013 Não distingue o tipo de restaurante Carvalho Tomada de decisão pelo método AHP: escolha de churrascarias rodízio em Brasília com base em atributos de preferência dos clientes 2011 Churrascaria rodízio Liu e Jang Perceptions of Chinese restaurants in the U.S.: What affects customer satisfaction and behavioral intentions? 2009 Comida chinesa Tinoco e Ribeiro Estudo qualitativo dos principais atributos que determinam a percepção de qualidade e de preço dos consumidores de restaurantes à la carte 2008 À la carte 2008 À la carte Comida, a atmosfera e o serviço. 2008 Casa de carnes à la carte Limpeza, ambiente e atendimento. Não distingue o tipo de restaurante Atributos de maior importância: Limpeza, cardápio, atendimento, qualidade dos pratos e preço. Os itens que apresentaram mais satisfação, de acordo com a pesquisa, foram: limpeza, localização, acesso, qualidade dos pratos e apresentação pessoal dos atendentes. Namkung e Soocheong Meister Siebeneichler et al. Are highly satisfied restaurant customers really different? A quality perception perspective Pesquisa de satisfação dos clientes do restaurante Vermelho Grill A satisfação de clientes de restaurantes: uma avaliação da satisfação e da importância dos atributos 2007 Atributos mais importantes Comida e pratos, atendimento, preço e condições de pagamento, ambiente, estacionamento e localização. Carnes em geral, cordialidade, atendimento em geral, promoções, carnes exóticas, limpeza, rapidez, preço, outras variedades de bebida, aparência dos funcionários. Qualidade dos alimentos (sabor), a confiabilidade do serviço e limpeza do meio ambiente. Comida, o atendimento, o ambiente, o tempo de espera, a limpeza, a segurança, as instalações de apoio, o cardápio, a privacidade, os atributos da bebida, a confirmação de expectativas, a exatidão e a decoração. 265 QUADRO 15: Estudos realizados na área - conclui Autor Rodrigues e Sabes Andaleeb e Conway Andersson e Mossberg Mehta e Maniam Trabalho Percepção do consumidor de alimentos “fora de casa”: um estudo multicaso na cidade de Campo Grande-MS Customer satisfaction in the restaurant industry: an examination of the transaction-specific model The dining experience: do restaurants satisfy customer needs? Marketing determinants of customers’ attitude towards selecting a restaurant Ano Tipo de restaurante avaliado Atributos mais importantes 2006 Churrascaria e restaurante vegetariano Sabor dos alimentos 2006 2004 2002 Indústria de serviços de restaurantes (não distingue o tipo de restaurante) Não distingue o tipo de restaurante Qualidade dos serviços (capacidade de resposta), o preço e a qualidade dos alimentos (ou confiabilidade) Qualidade dos produtos (comida) Seleção de restaurante para lazer ou negócios Qualidade da comida, os fatores ambientais, a imagem, e equipe amigável. Yüksel e Yüksel Measurement of Tourist Satisfaction with Restaurant Services: A Segment-Based Approach 2002 Não distingue o tipo de restaurante Qualidade do serviço, qualidade do produto, diversidade do cardápio, higiene, conveniência e localização, barulho, rapidez no atendimento, preços e valores, facilidades e ambiente. Kivela, Reece e Inbakaran Consumer research in the restaurant environment. part 2: research design and analytical methods 1999 Não distingue o tipo de restaurante Ambiente, segurança e do cardápio. Fonte: elaborado pela autora. 266 Por meio do QUADRO 10 verifica-se que tanto no cenário nacional quanto internacional a identificação dos atributos que influenciam a escolha e satisfação dos consumidores em restaurante desperta interesse nos pesquisadores. Mesmo com estudos restritos nessa área, é possível comprar os resultados obtidos nesta pesquisa com outros resultados fruto de demais investigações. Na revisão feita na literatura, poucos são os estudos que especificam o tipo de restaurante avaliado, diferentemente desta pesquisa, que foi conduzida com foco específico em quatro tipos de restaurantes: fast food, à la carte, self service e rodízio. De modo geral, assim como nesta pesquisa, atributos ligados ao atendimento, limpeza, preço, atendimento, comida, segurança, estacionamento, localização, entre outros, foram avaliados e apresentaram relevância sob a ótica dos consumidores. Além disso, destaca-se que os resultados apresentados demonstram algumas semelhanças com alguns estudos (como atendimento, preço, higiene e ambiente) e divergência com outros. No estudo exploratório realizado por Angnes e Moyano (2013) com o intuito de identificar os atributos de escolhas em serviços de restaurantes (não foi especificado o tipo) em Santa Cruz do Sul (RS), foram identificados 27, sendo que os de maior incidência tiveram resultados semelhantes aos obtidos nesta pesquisa. Os aspectos que exibiram destaque naquele estudo foram: comidas e pratos, atendimento, preço e ambiente. Nota-se que na avaliação dos cinco atributos de maior relevância desta pesquisa, independentemente do tipo de restaurante avaliado, o aspecto comida, atendimento e preço está presente e coincide com os achados de Angnes e Moyano (2013). Assim como Angnes e Moyano (2013), Siebeneichler et al. (2007) realizaram estudo com o intuito de captar a importância dos atributos de restaurantes (não foi especificado o tipo) de uma cidade da região noroeste do Rio Grande do Sul. Os autores buscaram, além da importância dos atributos, avaliar também a satisfação de clientes de restaurantes. Esses atributos foram agrupados em maior importância: limpeza, cardápio, atendimento, qualidade dos pratos e preço. E itens que proporcionam mais satisfação: limpeza, localização, acesso, qualidade dos pratos e apresentação pessoal dos atendentes. Entre os atributos mais 267 importantes, citam-se: limpeza, atendimento, qualidade dos pratos e preço, coincidentemente com os da presente pesquisa e corroborando os itens obtidos por Angnes e Moyano (2013). Apenas o atributo cardápio se distinguiu dos aspectos mais relevantes abordados nesta investigação e na de Angnes e Moyano (2013). Por ser considerada a atividade-fim de qualquer restaurante, a comida teve papel de destaque em ambas as pesquisas. Angnes e Moyano (2013) obtiveram o aspecto comidas e pratos com a maior incidência. Já neste estudo a comida apresentou grande relevância já na fase qualitativa, tanto que se optou na fase qualitativa por criar uma dimensão com perguntas exclusivas para identificar os critérios específicos da comida. Percebe-se que os aspectos mais valorizados pelos entrevistados para avaliar os produtos consumidos em um restaurante são diversos, entre eles a qualidade da comida e dos ingredientes, boa higiene dos produtos, comida fresca, cheiro agradável, temperatura adequada e o sabor. Na literatura internacional também existem ocorrências de estudos com esta temática. Yüksel e Yüksel (2003) mensuraram a satisfação de turistas em restaurantes (não foi especificado o tipo). Os participantes eram convidados a mencionar quais atributos influenciam diretamente na satisfação dos consumidores. Entre os aspectos citados destacam-se qualidade do serviço, qualidade do produto, diversidade do cardápio, higiene, conveniência e localização, barulho, rapidez no atendimento, preços e valores, facilidades e ambiente. Nota-se que na referida pesquisa foram identificados atributos semelhantes aos das outras já citadas (qualidade do produto, higiene, atendimento e preços), além de corroborar os resultados do presente pesquisa. Um ponto de destaque nas investigações dessa área é a relevância da qualidade da comida/produto. Por meio dela são ressaltados aspectos ligados ao sabor/gosto, marca, aparência, qualidade, variedade, apresentação, a sensação de ser um produto fresco e a limpeza do produto. Assim como a comida, o atendimento pode ser tido como um dos mais relevantes na decisão de escolha, idependentemente do tipo de restaurante avaliado. Assim também a higiene: mesmo avaliada com níveis de exigência diferente, é possivel atestar que o 268 asseio dos ambientes e utensílios disponibilizados para os clientes reflete a higiene do restaurante, aspecto de grande relevância sob o ponto de vista dos consumidores. O atendimento também ,é relevante na decisão de escolha, idependentemente da pesquisa ou do tipo de restaurante avaliado, pois ele é a interface de maior contato que o cliente tem como o restaurante. A experiência de ser bem atendido ou receber atendimento diferenciado, com atenção e tratamento com exclusividade proporciona sensação de prazer e bem-estar em frequentar o local. Já ao avaliar a dimensão preço, os participantes enalteceram sua importância como fator condicionante para a escolha de determinado restaurante, pois o valor gasto pelo consumidor em uma refeição deve ser condizente com o orçamento proposto. A relação custo-benefício influencia diretamente na escolha dos restaurantes e ficou evidente que o gasto com alimentação em restaurantes está relacionado às condições financeiras do consumidor. Os consumidores afirmam ter ciência que a localização, a forma de atendimento e outros aspectos relacionados ao requinte do restaurante podem influenciar diretamente no preço da refeição e serviço prestados. Existe também a percepção, por parte dos consumidores, em acreditar que os altos preços praticados por alguns restaurantes não garantem a qualidade do produto comercializado. Ressalta-se ainda, que outros atributos foram considerados relevantes na pesquisa de Yüksel e Yüksel (2003) e que não foram citados nas outras pesquisas nacionais. Entretanto, mesmo não ocupando posição de destaque entre os aspectos encontrados na avaliação dos restaurantes fast food, self service, à la carte e rodízio, ao longo desta pesquisa os participantes analisaram também a relevância do cardápio, localização/conveniência, facilidades (estacionamento e monitores para cuidar das crianças) e ambiente, que foram abordados na pesquisa internacional. Sabe-se que nem sempre o consumidor chega a um restaurante decidido do que vai consumir. Muitas vezes o consumidor pode ser influenciado pelo garçom, pelo cardápio, por ilustrações, pelo preço e apresentação dos pratos, que podem 269 estimular o consumo de itens que não foram planejados. Dessa forma, mesmo que seja importante que um restaurante possua cardápio claro, atraente e completo, isso é considerado fator secundário no momento da decisão. O fator localização também pode ser um atributo relevante no processo de decisão do consumidor em restaurantes, mas não se caracteriza como primordial para a escolha. Entretanto, percebe-se que os entrevistados de restaurante self service Valorizaram mais a proximidade do restaurante do que os consumidores dos outros tipos de restaurante. Assim como a localização, o estacionamento não foi considerado um item decisivo para a escolha do restaurante, mas pode gerar influências na decisão de escolha caso não existam vagas que permitam ao consumidor estacionar seu carro no estabelecimento ou nas proximidades. Outro aspecto especificamente contemplado neste estudo foi o ambiente. Nele buscou-se identificar quais as principais características físicas de um restaurante são valorizadas ou consideradas diferenciais no momento da escolha do restaurante. Entretanto, mesmo sendo relevante, não foi classificado entre os cinco atributos mais bem avaliados. Mesmo não sendo classificados como mais relevantes em um restaurante, é aconselhável aos gestores ter atenção com os aepectos relacionados a esses atributos, pois indiretamente estes influenciam a decisão dos consumidores. Durante a fase de análise de variância por tipo de restaurante, foi possivel apurar que os contrutos atendimento, beleza, localização próxima, localização conveniente, comodidade, entretenimento, fila e os aspectos organolépticos não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Já no conforto houve diferença estatisticamente significativa entre os tipos de restaurante, recebendo destaque para o restaurante à la carte, que obteve a maior pontuação nesse quesito. Assim também o conforto e a possibilidade de escolha tiveram diferenças estatisticamente significativas e maior pontuação média com empate entre fast food e à la carte nesses quesitos. Os construtos crianças e promoções 270 apresentaram diferenças estatisticamente significativas, com maior média para o restaurante rodízio. Quanto ao valor percebido, o restaurante à la carte recebeu a maior média. E a apresentação obteve a maior pontuação nos restaurantes rodízio e à la carte. Por fim, a bebida, que apresentou a maior pontuação para o fast food e à la carte. De modo geral, para ter sucesso em um empreendimento que se caracterize como um desses tipos de restaurantes, é relevante que os gestores busquem garantir o atendimento dos construtos sem diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de restaurantes. Além disso, de modo específico, é fundamental que os gestores tenham ciência dos construtos considerados estatisticamente significativos para cada tipo específico de restaurante e garantam a excelência destes. A exemplo disso, é relevante que gestores de restaurante fast food garantam também a excelência dos construtos possibilidade de escolha e bebida. Assim como os gestores de restaurantes fast food, os de restaurante rodízio devem garantir a excelência dos construtos crianças, promoções e apresentação. Já os de restaurantes à la carte devem garantir o conforto, possibilidade de escolha, valor percebido, apresentação e bebida. Nas análises de variância realizadas foi possivel identificar diferenças que coincidem com as expectativas já previstas tendo como base a experiência oriunda do senso comum. A exemplo disso, nota-se que entretenimento e crianças foram considerados mais importantes no rodízio, por nesse tipo de restaurante a experiência de consumo ser prolongada e o cliente permanecer por mais tempo no estabelecimento, além de favorecer o convívio em grupo (familias). Assim como para o restaurante self service, a localização próxima torna-se mais relevante do que para os outros, o que pode ser justificado com base na realidade desse tipo de estabelecimento, notoriamente reconhecido por fornecer alimentação na hora do almoço para trabalhadores que têm pouco tempo para o deslocamento. Por outro lado, ao avaliar o contruto possibilidade de escolha, apreende-se que sua relevância para os fast food e à la carte (que receberam a maior pontuação) não condiz com o que se esperava com base no senso comum. Isso porque esses dois tipos de estabelecimento oferecem limitada opção de alimentos disponíveis em seus cardápios. 271 Os resultados desta pessquisa, por meio da análise CHAID, demostram que os construtos avaliados podem variar de acordo com o perfil demografico do público que frequenta cada modalidade de restaurante. A identificação de tendências baseadas em perfis demograficos possibilita aos gestores investir em aspectos que tragam a satisfação de seus clientes em aspectos-chave. Ao analisar o atendimento, mesmo sendo considerado de extrema relevância para os quatro tipos de restaurantes, conforme mencionado anteriormente, observa-se a partir da análise do perfil demografico que esse aspecto teve maior relevância para os restaurantes fast food, à la carte e rodízio e principalmente para o público com mestrado ou doutorado. Isso pode ser interpretado ao se considerar o alto nível de exigência desse público. Aspectos como esses devem ser considerados pelos gestores de restaurantes como parâmetro para treinar a equipe que realiza atendimento, de modo a garantir atendimento de qualidade. Outro construto que apresentou resultados diferenciados considerando o perfil demografico é a comodidade. Entre os restaurantes avaliados, o fast food teve a maior média, sendo relevante principalmente para os frequentadores que vão até quatro vezes a esse tipo de restaurante e o frequentaram na última semana. Isso era um aspecto esperado, tendo em vista as características desse tipo de restaurante, que visa fornecer alimentação rápida e cômoda para o consumidor. Assim também o conforto foi mais relevante para os consumidores que frequentaram restaurante recentemente. Ao avaliar o construto criança, infere-se que ele teve menor relevância para os consumidores solteiros na comparação com os indivíduos casados, divorciados, viúvos ou que vivam em união estável. Esse fato pode ser facilmente explicado pela acentuada possibilidade de existência de crianças nas famílias desses indivíduos com estado civil diferente de solteiro. A identificação do público frequentador possibilita aos gestores de restaurantes a adequação de espaços para garantir a satisfação dos clientes que valorizam ou não esse construto. Percebe-se, no entanto, que beleza, fila, localização conveniente e localização próxima, em relação ao grupo de consumidores, não apresentaram diferenças significativas com base nas variáveis demográficas e comportamentais. 272 Dessa forma, conclui-se que o presente estudo atingiu seu propósito em identificar quais são os atributos e o seu nível de importância no processo decisório do consumidor na escolha de restaurantes. Além disso, atendeu aos objetivos específicos de: a) caracterizar, entre as variáveis identificadas, quais são consideradas pelos consumidores como mais importantes em seu processo de escolha (decisório) em relação a quatro tipos de restaurantes (self service, rodízio, fast food e à la carte); b) agrupar esses atributos em dimensões ou fatores correspondentes e validá-los estatisticamente; c) comparar os resultados obtidos nesta pesquisa com os de outras investigações relacionadas aos atributos de restaurantes ou similares; d) identificar se existem diferenças significativas em relação à importância dos construtos encontrados a partir dos atributos, considerando variáveis demográficas distintas; e) detectar se existem diferenças significativas em relação à importância dos construtos encontrados a partir dos atributos, considerando níveis distintos de consumo (perfis dos consumidores) e de restaurantes e variáveis comportamentais; f) e identificar se existem diferenças entre o nível de importância dos atributos e dos fatores encontrados, por parte dos consumidores, em relação aos restaurantes self service, rodízio, fast food e à la carte. Finalmente, espera-se que os resultados obtidos neste estudo contribuam para o desenvolvimento acadêmico e gerencial do setor de restaurantes. 273 9 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS Como grande parte dos estudos realizados no meio acadêmico, esta pesquisa apresenta limitações, que devem ser apresentadas, com o intuito de esclarecer os fatores limitadores existentes, evitando possíveis equívocos em sua interpretação. Dessa forma, neste tópico serão descritas essas limitações que surgiram ao longo do desenvolvimento do trabalho, entre elas a restrição quanto à amostragem. A pesquisa baseou-se em um corte transversal que reflete o momento atual social, histórico, político, cultural e econômico, limitando, assim, a comparação dos resultados em tempos passados. Por se tratar de investigação realizada com amostra definida por conveniência com restrita parcela de consumidores em restaurantes residentes na capital mineira, esse fator impossibilita a generalidade dos resultados obtidos, tendo em vista a baixa representatividade na população total. Tendo em vista que parte dos respondentes foi abordada em espaços públicos, deve-se considerar a possibilidade de respostas menos rigorosas ou dadas com pressa em virtude do tamanho do questionário e da falta de tempo. Ressalta-se que grade parte da amostra de respondentes mais jovens corresponde a estudantes de nível superior, o que obviamente pode gerar distorções em relação à população jovem de forma em geral, apesar de a amostra não ser representativa da população. Outro fator limitador nos resultados relaciona-se à quantidade de questionários que foram invalidados na fase de preparação e tratamento de dados. Acredita-se que esses questionários não foram preenchidos completamente ou o foram ao acaso, seguindo uma seqüência-padrão, o que invalidou e reduziu as respostas válidas utilizadas nas análises. 274 Quanto aos resultados obtidos por meio do processo de análise estatística, de modo geral os valores de KMO e teste de esfericidade de Barllett das dimensões avaliadas foram satisfatórios. Assim como a unidimensionalidade e a confiabilidade interna dos construtos, que também, em sua grande maioria, apresentaram indiciadores adequados. Os construtos que exibiram indicadores inferiores aos recomendados pelas referências da área de estatística podem ter sido impactados pelo processo de análise, em que se optou por tratar os dados dos quatro tipos restaurantes em conjunto (fast food, à la carte, rodízio e self service) e não em separado, levando-se em conta uma análise individual para cada tipo. Nesse caso, pode ocorrer que alguns itens tenham apresentado valores muito discrepantes em relação ao tipo de restaurante, ou seja, valores baixos, quando eram esperados valores próximos para os mesmos atributos. O fato de o comportamento do consumidor sofrer uma gama de influências cotidianamente faz com que pensamentos, julgamentos e atitudes sejam alterados frequentemente e apresentem características diferentes entre pessoas, contribuindo para que essa área do conhecimento seja mutável, complexa, rica e intrigante para os pesquisadores. No caso específico desta pesquisa, isso não foi diferente, o que possibilita a abertura para sugestões de pesquisas futuras. Entre essas sugestões, está a utilização do mesmo modelo empregado nesta pesquisa para a identificação de atributos de maior relevância para os consumidores da capital mineira em outros tipos de restaurantes. Recomenda-se também o emprego dos critérios e tipos de restaurantes utilizados nesta pesquisa para a aplicação em diferentes cidades, estados ou países, possibilitando a identificação de resultados semelhantes e/ou distintos dos localizados na capital mineira. Pode-se, em outro estudo, analisar os atributos por tipo de restaurante, exigindo uma amostra maior de participante do que a coletada por cada restaurante. Outra possibilidade válida para a continuidade dos estudos é a identificação de fatores (estado civil, situação financeira, existência de filhos, etc.) que contribuam para elevar o desvio-padrão em alguns quesitos aqui mensurados, o que pode 275 mostrar um nicho de mercado com características diferentes das do público-alvo do restaurante. Propõe-se, ainda, realizar uma nova pesquisa considerando as mesmas análises empregadas neste estudo, porém com uma amostra maior. Isso possibilitaria também uma análise estatística dos construtos relacionados aos atributos criados individualmente para cada um dos quatro tipos de restaurante. Além disso, é possível desenvolver um estudo para avaliar a qualidade de um restaurante, na qual seriam utilizados os construtos obtidos a partir desta pesquisa, acrescidos de mais um, o de qualidade geral. Dessa forma, poder-se-ia criar um modelo estrutural para analisar não somente a consistência da escala, mas também a sua validade nomológica. Por fim, pode-se sondar em novas pesquisas quais as motivações que levam as pessoas a frequentarem determinado tipo de restaurante em detrimento de outro. 276 REFERÊNCIAS AAKER, D.; KUMBAR, V.; DAY, G.S. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 2001. AFONSO, B.P.D. Influências do ambiente da prestação de serviços no comportamento do consumidor: um estudo comparativo em dois restaurantes de culinária japonesa. 01/09/2007. 1v. 128p. Mestrado Profissionalizante. 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Para isso, os mestrandos precisam desenvolver em seu projeto para a obtenção do título de mestres uma pesquisa de campo em que as informações individuais serão mantidas em sigilo e possuam apenas o caráter estatístico. Desta forma, gostaria de convidá-lo(la) a participar da pesquisa a ser realizada pela aluna Lorna Martins sobre a identificação dos atributos de restaurantes. Sua colaboração é muito importante. Desde já agradeço sua participação. Lorna Martins Data da coleta dos dados: ____/____/____ Horário: ____:____ Cidade:________________________________________________________________ Sexo:___________________________ Idade:_____________________________ Estado Civil:_________________________ Tem filhos:________________________ Quantos:_________________ Qual sua profissão?_________________ Esta trabalhando?___________________ Qual seu horário de trabalho?___________________________ Recebe algum benefício da empresa para alimentação?_______________________ Qual?________________________________________ A empresa em que trabalha possui restaurante ou cantina?____________________ Você almoça fora?____________________ Com qual frequência?_______________ Você janta fora?_______________________ Com qual frequência?______________ 286 1. Quais os atributos que você sempre leva em consideração ao escolher um restaurante? 2. 3. 4. 5. Quantas vezes por mês você vai a restaurantes? Qual seu gasto médio a cada vez que você vai a um restaurante? Em que ocasiões você costuma frequentar restaurantes? Quais as principais razões do seu consumo em restaurantes? Explique. 6. Você já procurou visitar a cozinha do restaurante? Quantas vezes? O que você achou? 7. A conservação e aparência do banheiro de um restaurante são importantes para você? Explique. 8. Qual seu tipo de restaurante preferido? 9. Quais os tipos de restaurantes que você conhece? 10. O que te levaria a deixar de consumir em um determinado restaurante? Explique. 11. Estacionamento é um aspecto decisivo na escolha de um restaurante? Por quê? 12. Quais as principais características que levam você a decidir pela refeição em determinado restaurante? Descreva-as. 13. Quais são os fatores que o levariam a pagar mais caro por uma refeição em um restaurante? Explique. 14. Em sua opinião, quais as principais vantagens e benefícios de consumir em restaurantes? Explique. 15. Você se comporta de forma diferente em relação a restaurantes conhecidos e aos desconhecidos? O que você faz de diferente em relação a um e em relação ao outro? Por quê? 16. Os seus amigos, família ou cônjuge/namorada influenciam na escolha do restaurante? Como? 17. Você já foi a um restaurante que não tinha intenção de ir porque as pessoas que estavam com você resolveram ir lá? Por que acabou indo lá? 18. Você considera que um restaurante deve investir em atrações para entretenimento? Por quê? 19. Você acha que servir uma boa comida já é suficiente para considerar um restaurante como bom? Por quê? 20. Você acredita que um restaurante com preço mais alto indica um produto de melhor qualidade? 21. Você tem preferência por um tipo de restaurante? Quais? 22. Quando você deseja comemorar, qual tipo de restaurante de sua preferência? Por quê? 23. Existe um restaurante em que você vai com mais frequência? O que faz você preferir quase sempre esse restaurante? 24. Quais foram às características que você percebeu serem fundamentais para essa preferência? Explique 25. No momento em que entra no restaurante, você já tem em mente a refeição que deseja comer? 26. Quais são os fatores que poderiam influenciá-lo(la) a experimentar outra refeição? 27. Você costuma pedir sempre a mesma refeição ou gosta de variar o que vai comer? Explique. 28. Você acha que os restaurantes devem investir em música? Em qual situação? Por quê? 29. Você possui o hábito de conferir se talheres, pratos e copos estão limpos quando você vai a um restaurante? Por quê? 30. Quais são as características indispensáveis em um restaurante? Por quê? 31. Quais são suas queixas sobre os restaurantes que você frequenta? 32. Qual o fator que mais lhe atrai no momento de escolha da refeição? 33. Quaissentimentos um restaurante desperta em você? Quais são positivos? Quais são negativos? 287 34. O conforto e a beleza do restaurante são considerados um diferencial no momento de escolha do restaurante? Por quê? 35. O garçom pode lhe influenciar no momento da escolha da comida? Como? 36. Qual a importância da argumentação do garçom? Ela é confiável? Ele pode mudar a sua escolha inicial? Por quê? 37. Você prefere ir a esse tipo de estabelecimento sozinho ou em grupo? Por quê? 38. Existe algum restaurante antigo que você gostaria de continuar frequentando? Quais são suas características? 39. Você já deixou de ir algum restaurante, pois se sentiu inseguro(a)? Por quê? 40. Existe algum restaurante que lhe traz lembranças positivas? Quais são essas lembranças? Explique. Quais são suas características? Explique. 41. Existe algum restaurante que lhe traz lembranças negativas? Quais são essas lembranças? Explique. Quais são suas características? Explique. 42. Quais são os atributos mais valorizados em restaurante? Por quê? 43. Quais são as características comportamentais que os consumidores em restaurantes possuem? Por quê? 44. A localização da televisão é considerada importante no momento da escolha de uma mesa em um restaurante? 45. Quais são os motivos que levam você a comer em um restaurante? 46. O que mais lhe agrada em um restaurante? Por quê? 47. O que mais lhe desagrada em um restaurante? Por quê? 48. Você normalmente vai a um restaurante sozinho(a) ou acompanhado(a)? Com amigos, colegas de trabalho ou namorado(a)? 49. Você já teve queixas com algum produto que comeu? Quais as principais queixas? 50. O atendimento pode ser considerado um diferencial em um restaurante? Por quê? 51. Você acha que as propagandas influenciam no comportamento dos consumidores de restaurantes? Como isso acontece? 52. A idade influencia na compra de restaurantes? Como? 53. A renda influencia na compra de restaurantes? Como? 54. Os brindes e promoções influenciam o comportamento dos consumidores em restaurantes? Como? 55. Você já deixou de frequentar um restaurante por não achar vaga para estacionar? Quantas vezes? 56. A personalidade do consumidor influencia no comportamento de compra de restaurantes? Como? 57. O “estado familiar” (casado, solteiro, com namorada, com filhos, etc.), influencia no comportamento do consumidor de restaurantes? Como? 58. Cite três palavras que vêm à sua cabeça quando você pensa em restaurante (tem de ser rápido. O entrevistado não pode ficar pensando muito tempo). 59. Quais as diferenças entre os produtos preparados em casa e os preparados em restaurantes? Explique. 60. Quais as vantagens de se comer em um restaurante em comparação com comer em casa? 61. Quais produtos geralmente você consome em restaurantes? Por quê? 62. O que você mais valoriza em restaurantes? 63. O que você mais valoriza em um produto consumido em um restaurante? 64. Por que você consome esse tipo de produto? 288 65. Você acha que um restaurante deve investir em programas de fidelização? Como? 66. Como você descreve as características de uma pessoa que se alimenta em restaurantes? 67. Qual forma de pagamento você costuma utilizar para pagar a conta do restaurante? Quais formas de pagamento você considera indispensáveis para um restaurante? 68. Quais os principais problemas que você observa nos restaurantes? 69. Qual tipo de bebida você espera que um restaurante sirva? Por quê? 70. Pense em seus amigos que não consomem produtos em restaurantes. Por que você acha que eles não gostam de restaurantes? 71. O que o (a) faz retornar a um restaurante? 72. O que o (a) estimula a frequentar um restaurante? Por quê? 73. Quais as características que um restaurante deve possuir para ser atrativo para você? Por quê? 74. O que você espera encontrar quando vai a um restaurante? 75. Como você se sente ao consumir produtos em restaurantes? Por quê? 76. Quem você acha que consome mais em restaurantes: homens ou mulheres? Por quê? 77. Quais as características físicas de um restaurante que você valoriza? 78. Quais fatores “pesam” mais na hora em que uma pessoa pensa em alimentar-se em um restaurante? Por quê? 79. A localização do restaurante é importante na sua decisão de escolha? 80. Quanto você gasta em média se alimentando em restaurantes no mês? 81. O que obrigatoriamente um restaurante deve oferecer? Por quê? 82. Quando você tem de decidir sobre a escolha de um restaurante, você busca informações para tomar decisões antes de escolher? Quais são as fontes? (internet, amigos, redes sociais, familiares, etc.). Quais são as fontes mais confiáveis? Por quê? Descreva como ocorre essa busca de informações. 83. Quanto tempo você gasta buscando informações e como você considera que já possui informações suficientes para tomar a decisão? 84. Você acredita que consumidores chegam ao restaurante decididos em relação ao que irão consumir? Ou eles consomem produtos e serviços que não foram planejados de antemão? Descreva. 85. O preço dos serviços de um restaurante é um indicador de qualidade? Por quê? 86. Como o preço influencia em sua decisão? 87. Você fica com receio ou com medo quando vai consumir serviços de um restaurante pela primeira vez? Por quê? 88. Quais são os fatores que motivam os consumidores a trocar de restaurante frequentemente? O que faz um consumidor nunca mais voltar a um restaurante? Por quê? 89. Quais são os fatores que motivam os consumidores a se tornarem fiéis a um determinado restaurante? O que faz um consumidor sempre procurar o mesmo restaurante? Por quê? 90. O que os gestores de restaurantes devem fazer para fidelizar os clientes? Como isso ocorre? 91. Quem necessita de mais ajuda para decidir o que comer: os homens ou as mulheres? Existem diferenças entre esses grupos? Descreva. 92. Qual é o estilo de vida do consumidor em restaurantes? Por quê? 93. Qual a época do ano em que as pessoas mais procuram por restaurantes? Por quê? 289 APÊNDICE B 1. Quais os atributos que você sempre leva em consideração ao escolher um restaurante? 10. O que o(a) levaria a deixar de consumir em um determinado restaurante? Explique. 12. Quais as principais características que levam você a decidir pela refeição em determinado restaurante? Descreva-as. 14. Em sua opinião, quais as principais vantagens e benefícios de consumir em restaurantes? Explique. 15. Você se comporta de forma diferente em relação a restaurantes conhecidos e desconhecidos? O que você faz de diferente em relação a um e a outro? Por quê? Identificação dos atributos 21. Você tem preferências por um tipo de restaurante? Quais? 22. Quando você deseja comemorar, qual o tipo de restaurante de sua preferencia? Por quê? 24. Quais foram as características que você percebeu serem fundamentais para essa preferencia? Explique 30. Quais são as características indispensáveis em um restaurante? Por quê? 31. Quais são suas queixas sobre os restaurantes que você frequenta? 32. Qual o fator que mais lhe atrai no momento de escolha da refeição? 33. Quais sentimentos um restaurante desperta em você? Quais são positivos? Quais são negativos? 38. Existe algum restaurante antigo que você gostaria de continuar frequentando? Quais são suas características? 40. Existe algum restaurante que lhe traz lembranças positivas? Quais são essas lembranças? Explique. Quais são suas características? Explique. 41. Existe algum restaurante que lhe traz lembranças negativas? Quais são essas lembranças? Explique. Quais são suas características? Explique. 42. Quais são os atributos mais valorizados em restaurante? Por quê? 46. O que mais lhe agrada em um restaurante? Por quê? 47. O que mais lhe desagrada em um restaurante? Por quê? 49. Você já teve queixas com algum produto que comeu? Quais as principais queixas? 58. Cite três palavras que vem à sua cabeça quando você pensa em restaurante (tem de ser rápido. O entrevistado não pode ficar pensando muito tempo). 59. Quais as diferenças entre os produtos preparados em casa e os preparados em restaurantes? Explique 60. Quais as vantagens de se comer em um restaurante em comparação a comer em casa? 62. O que você mais valoriza em restaurante? 68. Quais os principais problemas que você observa nos restaurantes? 73. Quais as características que um restaurante deve possuir para ser atrativo para você? Por quê? 74. O que você espera encontrar quando vai a um restaurante? 78. Quais fatores “pesam” mais na hora em que uma pessoa pensa em alimentarse em um restaurante? Por quê? 290 Preço 81. O que obrigatoriamente um restaurante deve oferecer? Por quê? 3. Qual seu gasto médio a cada vez que você vai a um restaurante? 13. Quais são os fatores que o(a) levariam a pagar mais caro por uma refeição em um restaurante? Explique. 20. Você acredita que um restaurante com preço mais alto indica um produto de melhor qualidade? 67. Qual forma de pagamento você costuma utilizar para pagar a conta do restaurante? Quais as formas de pagamento você considera indispensáveis para um restaurante? (colocar nos atributos) 85. O preço dos serviços de um restaurante é um indicador de qualidade? Por quê? 86. Como o preço influencia em sua decisão? 5. Quais as principais razões do seu consumo em restaurantes? Explique. 8. Qual seu tipo de restaurante preferido? 9. Quais os tipos de restaurantes que você conhece? 16. Seus amigos, família ou cônjuge/namorada(o) influenciam na escolha do restaurante? Como? 17. Você já foi a um restaurante em que não tinha intenção de ir porque as pessoas que estavam com você resolveram ir lá? Por que acabou indo? Comportamental Comida Motivações 26. Quais fatores poderiam influenciá-lo (la) a experimentar outra refeição? 35. O garçom pode influenciar no momento da escolha da comida? Como? 36. Qual a importância da argumentação do garçom? Ela é confiável? Ele pode mudar a sua escolha inicial? Por quê? 37. Você prefere ir a esse tipo de estabelecimento sozinho ou em grupo? Por quê? 45. Quais são os motivos que leva você a comer em um restaurante? 48. Você normalmente vai a um restaurante sozinho(a) ou acompanhado(a)? Com amigos, colegas de trabalho ou namorado(a)? 51. Você acha que as propagandas influenciam no comportamento dos consumidores de restaurantes? Como isso acontece? 71. O que faz você retornar a um restaurante? 82. Quando você tem de decidir sobre a escolha de um restaurante, você busca informações para tomar decisões antes de escolher? Quais são as fontes? (internet, amigos, redes sociais, familiares, etc.). Quais são as fontes mais confiáveis? Por quê? Descreva como ocorre essa busca de informações. 19. Você acha que servir uma boa comida já é suficiente para considerar um restaurante como bom? Por quê? 63. O que você mais valoriza em um produto consumido em um restaurante? 25. No momento em que entra no restaurante, você já tem em mente a refeição que deseja comer? 27. Você costuma pedir sempre a mesma refeição ou gosta de variar o que vai comer? Explique. 43. Quais são as características comportamentais que os consumidores em restaurantes possuem? Por quê? 52. A idade influencia na compra de restaurantes? Como? 53. A renda influencia na compra de restaurantes? Como? 291 56. A personalidade do consumidor influencia no comportamento de compra de restaurantes? Como? 57. O “estado familiar” (casado, solteiro, com namorada, com filhos, etc.), influenciam no comportamento do consumidor de restaurantes? Como? 61. Quais produtos geralmente você consome em restaurantes? Por quê? 64. Por que você consome esse tipo de produto? 66. Como você descreve as características de uma pessoa que se alimenta em restaurantes? 70. Pense em seus amigos que não consomem produtos em restaurantes. Por que você acha que eles não gostam de restaurantes? 75. Como você se sente ao consumir produtos em restaurantes? Por quê? 76. Quem você acha que consome mais em restaurantes: homens ou mulheres? Por quê? 80. Quanto você gasta em média se alimentando em restaurantes no mês? 83. Quanto tempo você gasta buscando informações e como você considera que já possui informações suficientes para tomar a decisão? 84. Você acredita que consumidores chegam ao restaurante decididos em relação ao que irão consumir? Ou eles consumem produtos e serviços que não foram planejados de antemão? Descreva. 87. Você fica com receio ou com medo quando vai consumir serviços de um restaurante pela primeira vez? Por quê? 89. Quais são os fatores que motivam os consumidores a se tornarem fiéis a um determinado restaurante? O que faz um consumidor sempre procurar o mesmo restaurante? Por quê? 91. Quem necessita de mais ajuda para decidir o que comer: os homens ou as mulheres? Existem diferenças entre esses grupos? Descreva. 92. Qual é o estilo de vida do consumidor em restaurantes? Por quê? Frequência Promoção 93. Qual a época do ano em que as pessoas mais procuram por restaurantes? Por quê? 54. Os brindes e promoções influenciam o comportamento dos consumidores em restaurantes? Como? 65. Você acha que um restaurante deve investir em programas de fidelização? Como? 90. O que os gestores de restaurantes devem fazer para fidelizar os clientes? Como isso ocorre? 2. Quantas vezes por mês você vai a restaurantes? 4. Em que ocasiões você costuma frequentar restaurantes? 23.Existe um restaurante em que você vai com mais frequência? O que faz você preferir quase sempre esse restaurante? 72. O que estimula você a frequentar um restaurante? Por quê? 88. Quais são os fatores que motivam os consumidores a trocar de restaurante frequentemente? O que faz um consumidor nunca mais voltar a um restaurante? Por quê? 34. O conforto e a beleza do restaurante são considerados um diferencial no momento de escolha do restaurante? Por quê? 77. Quais as características físicas de um restaurante que você valoriza? 6. Você já procurou visitar a cozinha do restaurante? Quantas vezes? O que você achou? 7. A conservação e aparência do banheiro de um restaurante são importantes para você? Explique. 29. Você possui o hábito de conferir se talheres, pratos e copos estão limpos quando você vai a um restaurante? Por quê? 11. Estacionamento é um aspecto decisivo na escolha de um restaurante? Por quê? 55. Você já deixou de frequentar um restaurante por não achar vaga para estacionar? Quantas vezes? 39. Você já deixou de ir algum restaurante, pois se sentiu inseguro(a)? Por quê? 18. Você considera que um restaurante deve investir em atrações para entretenimento? Por quê? 28. Você acha que os restaurantes devem investir em música? Em qual situação? Por quê? 44. A localização da televisão é considerada importante no momento da escolha de uma mesa em um restaurante? Bebida 50. O atendimento pode ser considerado um diferencial em um restaurante? Por quê? 69. Qual tipo de bebida você espera que um restaurante sirva? Por quê? Localização Atendimento Entretenimento Segurança Estacionamento Limpeza Ambiente 292 79. A localização do restaurante é importante na sua decisão de escolha? 293 APÊNDICE C CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Pesquisa sobre comportamento do consumidor de restaurantes fast food Caro(a) Senhor(a), Solicito sua colaboração para responder o questionário adiante. Trata-se de uma pesquisa científica de mestrado que está sendo conduzida no Centro Universitário UNA sobre o comportamento dos consumidores de restaurantes. Em momento algum você será identificado, mas sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erradas para as questões. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. Por favor, não deixe alguma questão em branco. É importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem. Por favor, leia atentamente as instruções e os enunciados abaixo antes de responder as questões. Instruções de preenchimento: marque com X sua opção de resposta. 1. Em relação aos fatores mais importantes que um restaurante fast food deve ter, veja os itens abaixo. A minha percepção de importância é: Para que eu escolha um restaurante FAST FOOD é Muito Muito importante que ele... Baixa Alta 1. Tenha ambiente limpo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2. Ofereça alta qualidade no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 sobremesa no dia do aniversário do cliente). 4. Tenha rapidez no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5. Tenha cardápio bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6. Ofereça comida de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7. Possua baixo preço cobrado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8. Possua iluminação adequada ao ambiente do 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 restaurante. 9. Tenha localização conveniente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10. Seja localizado perto do trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11. Seja localizado perto de casa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12. Possua aparelhos de TV. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 13. Ofereça brindes às crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14. Possua amplo horário de funcionamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15. Ofereça ventilação agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 16. Possua área exclusiva para fumantes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 17. Ofereça alimentos com baixo teor calórico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18. Possua garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 auxiliando os clientes em suas escolhas. 19. Tenha marca bem conceituada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 294 20. Ofereça ampla variedade de produtos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 21. Possua ambiente bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 22. Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 23. Tenha estacionamento de fácil acesso. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 24. Possua decoração elegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 25. Ofereça diversas formas de pagamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 26. Seus funcionários tenham aparência profissional 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (ex. garçons, atendentes, caixa e etc.). 27. Esteja localizado em região da cidade que seja 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 considerada segura. 28. Esteja localizado em bairro nobre da cidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 29. Possua cardápio fácil de entender. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 30. Possua música ambiente agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 31. Possua local para crianças se divertirem. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 32. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 33. Faça promoções para os clientes mais 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 frequentes (ex. cartão-fidelidade) 34. Tenha atendimento personalizado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 35. Ofereça ambiente aconchegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 36. Tenha garçons/atendentes cordiais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 37. Possua garçons que conheçam as preferências 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 dos clientes. 38. Possua cadeiras e/ou mesas confortáveis. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 39. Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 40. Não tenha filas para pagar a comida ou que o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 garçom traga a conta rapidamente. 41. Ofereça diversão para os clientes (ex. shows, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 apresentações, etc.). 42. Possua ambiente divertido. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 43. Seja um restaurante bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 44. Possua espaço para o tráfego de pessoas entre 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 as mesas e cadeiras. 45. Possua garçons/atendentes que anotem os 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 pedidos de forma correta. 46. Ofereça relação custo-benefício adequada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 considerando o que se paga e o que se recebe. 2. Em relação aos fatores mais importantes que a comida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à comida A minha percepção de importância é: Baixa Alta oferecida pelo restaurante fast food, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3. Boa qualidade dos ingredientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4. O modo de preparo da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5. A ampla variedade de “pratos” ou opções de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 comida. 6. Os temperos utilizados na preparação da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7. Boa higiene. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8. Comida fresca. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 9. Cheiro agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10. Temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11. Baixo teor de calorias ou gordura. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 295 3. Em relação aos fatores mais importantes que a bebida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à bebida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante fast food, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 drinks e sucos). 4. A ampla variedade de bebidas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 caso de drinks e sucos). 6. Boa higiene dos copos ou taças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. Há quanto tempo você restaurante fast food? frequenta um ? Há menos de um ano. ? Entre um ano e menos de três anos. ? Entre três e menos de cinco anos. ? Entre cinco anos e 10 anos. ? Há mais de 10 anos. 6. Quando foi a última vez que você frequentou um fast food? (Atenção: marque somente uma opção) ? Hoje. ? Na última semana. ? No último mês. ? Nos últimos seis meses. ? No último ano. ? Há mais de um ano. 10 10 10 10 10 10 10 5. Existe uma época do ano em que você frequenta mais um fast food? (Atenção: pode-se marcar mais de uma opção) ? Não existe uma época definida. ? Início do mês. ? Final do mês. ? Finais de semana. ? Em datas especiais para comemorar. 7. Quantas vezes em média você frequenta um fast food durante um mês? ? Menos de uma vez. ? Uma vez. ? Entre duas e quatro vezes. ? Entre cinco e 10 vezes. ? Mais de 10 vezes. 8. Qual é o seu sexo? 9. Qual é o seu estado civil? ? Feminino. ? Masculino. ? Solteiro. ? Casado / União estável. ? Divorciado / Separado. ? Viúvo. 10. Qual é a sua renda pessoal? 11. Qual é a sua escolaridade? ? Até R$ 1.448,00. ? Entre R$ 1.449,00 e R$ 3.620,00. ? Não possui. ? Primário/Fundamental. ? Entre R$ 3.621,00 e R$ 5.792,00. ? Ensino médio. ? Entre R$ 5.793,00 e R$ 7.964,00. ? Superior incompleto. ? Entre R$ 7.965,00 e R$ 10.136,00. ? Superior completo. ? Acima de R$ 10.136,00. ? Especialização/Pós-graduação. ? Mestrado/Doutorado. TERMINOU! MUITO OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO! 296 APÊNDICE D CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Pesquisa sobre comportamento do consumidor de restaurantes à la carte Caro(a) Senhor(a), Solicito sua colaboração para responder o questionário adiante. Trata-se de uma pesquisa científica de mestrado que está sendo conduzida no Centro Universitário UNA sobre o comportamento dos consumidores de restaurantes. Em momento algum você será identificado, mas sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erradas para as questões. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. Por favor, não deixe alguma questão em branco. É importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem. Por favor, leia atentamente as instruções e os enunciados abaixo antes de responder as questões. Instruções de preenchimento: Marque com X sua opção de resposta. 1. Em relação aos fatores mais importantes que um restaurante à la carte deve ter, veja os itens abaixo. A minha percepção de importância é: Para que eu escolha um restaurante à la carte é Muito Muito importante que ele... Baixa Alta 1. Tenha ambiente limpo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Ofereça alta qualidade no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 sobremesa no dia do aniversário do cliente). 4. Tenha rapidez no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. Tenha cardápio bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 6. Ofereça comida de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Possua baixo preço cobrado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8. Possua iluminação adequada ao ambiente do 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 restaurante. 9. Tenha localização conveniente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10. Seja localizado perto do trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11. Seja localizado perto de casa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12. Possua aparelhos de TV. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 13. Ofereça brindes às crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 14. Possua amplo horário de funcionamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 15. Ofereça ventilação agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 16. Possua área exclusiva para fumantes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 17. Ofereça alimentos com baixo teor calórico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18. Possua garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 clientes em suas escolhas. 19. Tenha marca bem conceituada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 297 20. Ofereça ampla variedade de produtos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 21. Possua ambiente bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 22. Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 23. Tenha estacionamento de fácil acesso. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 24. Possua decoração elegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 25. Ofereça diversas formas de pagamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 26. Seus funcionários tenham aparência profissional (ex. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 garçons, atendentes, caixa, etc.). 27. Esteja localizado em região da cidade que seja 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerada segura. 28. Esteja localizado em bairro nobre da cidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 29. Possua cardápio fácil de entender. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 30. Possua música ambiente agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 31. Possua local para crianças se divertirem. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 32. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 33. Faça promoções para os clientes mais frequentes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (ex. cartão-fidelidade) 34. Tenha atendimento personalizado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 35. Ofereça ambiente aconchegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 36. Tenha garçons/atendentes cordiais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 37. Possua garçons que conheçam as preferências dos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 clientes. 38. Possua cadeiras e/ou mesas confortáveis. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 39. Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 40. Não tenha filas para pagar a comida ou que o garçom 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 traga a conta rapidamente. 41. Ofereça diversão para os clientes. (ex. shows, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 apresentações, etc.). 42. Possua ambiente divertido. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 43. Seja um restaurante bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 44. Possua espaço para o tráfego de pessoas entre as 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 mesas e cadeiras. 45. Possua garçons/atendentes que anotem os pedidos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 de forma correta. 46. Ofereça relação custo-benefício adequada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerando o que se paga e o que se recebe. 2. Em relação aos fatores mais importantes que a comida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à comida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante à la carte, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. Boa qualidade dos ingredientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. O modo de preparo da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 6. Os temperos utilizados na preparação da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Boa higiene. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8. Que a comida esteja fresca. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9. Ter cheiro agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11. Ter baixo teor de calorias ou gordura. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 298 3. Em relação aos fatores mais importantes que a bebida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à bebida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante à la carte, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 drinks e sucos). 4. A ampla variedade de bebidas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 caso de drinks e sucos). 6. Boa higiene dos copos ou taças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. Há quanto tempo você frequenta um restaurante à la carte? ? Há menos de um ano. ? Entre um ano e menos de três anos. ? Entre três e menos de cinco anos. ? Entre cinco anos e 10 anos. ? Há mais de 10 anos. 6. Quando foi a última vez que você frequentou um à la carte? (atenção: marque somente uma opção) ? Hoje. ? Na última semana. ? No último mês. ? Nos últimos seis meses. ? No último ano. ? Há mais de um ano. 8. Qual é o seu sexo? ? Feminino. ? Masculino. 5. Existe uma época do ano em que você frequenta mais um à la carte? (Atenção: pode-se marcar mais de uma opção) ? Não existe uma época definida. ? Início do mês. ? Final do mês. ? Finais de semana. ? Em datas especiais para comemorar. 7. Quantas vezes em média você frequenta um à la carte durante um mês? At ? Menos de uma vez. ? Uma vez. ? Entre duas e quatro vezes. ? Entre cinco e 10 vezes. ? Mais de 10 vezes. 9. Qual é o seu estado civil? ? Solteiro. ? Casado / União estável. ? Divorciado / Separado. ? Viúvo. 10. Qual é a sua renda pessoal? 11. Qual é a sua escolaridade? ? Até R$ 1.448,00. ? Entre R$ 1.449,00 e R$ 3.620,00. ? Não possui. ? Primário/Fundamental. ? Entre R$ 3.621,00 e R$ 5.792,00. ? Ensino médio. ? Entre R$ 5.793,00 e R$ 7.964,00. ? Superior incompleto. ? Entre R$ 7.965,00 e R$ 10.136,00. ? Superior completo. ? Acima de R$ 10.136,00. ? Especialização/Pós-graduação. ? Mestrado/Doutorado. TERMINOU! MUITO OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO! 10 10 10 10 10 10 10 299 APÊNDICE E CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Pesquisa sobre comportamento do consumidor de restaurantes rodízio Caro(a) Senhor(a), Solicito sua colaboração para responder o questionário adiante. Trata-se de uma pesquisa científica de mestrado que está sendo conduzida no Centro Universitário UNA sobre o comportamento dos consumidores de restaurantes. Em momento algum você será identificado, mas sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erradas para as questões. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. Por favor, não deixe alguma questão em branco. É importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem. Por favor, leia atentamente as instruções e os enunciados abaixo antes de responder as questões. Instruções de preenchimento: marque com X sua opção de resposta. 1. Em relação aos fatores mais importantes que um restaurante rodízio deve ter, veja os itens abaixo. A minha percepção de importância é: Para que eu escolha um restaurante rodízio, é Muito Muito importante que ele... Baixa Alta 1. Tenha ambiente limpo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2. Ofereça alta qualidade no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 sobremesa no dia do aniversário do cliente). 4. Tenha rapidez no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5. Tenha cardápio bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6. Ofereça comida de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7. Possua baixo preço cobrado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8. Possua iluminação adequada ao ambiente do 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 restaurante. 9. Tenha localização conveniente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10. Seja localizado perto do trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11. Seja localizado perto de casa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12. Possua aparelhos de TV. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 13. Ofereça brindes às crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14. Possua amplo horário de funcionamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15. Ofereça ventilação agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 16. Possua área exclusiva para fumantes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 17. Ofereça alimentos com baixo teor calórico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18. Possua garçons/atendentes que tenham profundo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. 19. Tenha marca bem conceituada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20. Ofereça ampla variedade de produtos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 300 21. Possua ambiente bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 22. Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 23. Tenha estacionamento de fácil acesso. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 24. Possua decoração elegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 25. Ofereça diversas formas de pagamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 26. Seus funcionários tenham aparência profissional (ex. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 garçons, atendentes, caixa, etc.). 27. Esteja localizado em região da cidade que seja 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerada segura. 28. Esteja localizado em bairro nobre da cidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 29. Possua cardápio fácil de entender. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 30. Possua música ambiente agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 31. Possua local para crianças se divertirem. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 32. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 33. Faça promoções para os clientes mais frequentes (ex. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 cartão fidelidade) 34. Tenha atendimento personalizado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 35. Ofereça ambiente aconchegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 36. Tenha garçons/atendentes cordiais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 37. Possua garçons que conheçam as preferências dos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 clientes. 38. Possua cadeiras e/ou mesas confortáveis. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 39. Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 40. Não tenha filas para pagar a comida ou que o garçom 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 traga a conta rapidamente. 41. Ofereça diversão para os clientes. (ex. shows, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 apresentações, etc.) 42. Possua ambiente divertido. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 43. Seja um restaurante bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 44. Possua espaço para o tráfego de pessoas entre as 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 mesas e cadeiras. 45. Possua garçons/atendentes que anotem os pedidos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 de forma correta. 46. Ofereça relação custo-benefício adequada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerando o que se paga e o que se recebe. 2. Em relação aos fatores mais importantes que a comida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à comida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante rodízio, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. Boa qualidade dos ingredientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. O modo de preparo da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 6. Os temperos utilizados na preparação da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Boa higiene. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8. Que a comida esteja fresca. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9. Ter cheiro agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11. Ter baixo teor de calorias ou gordura. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 301 3. Em relação aos fatores mais importantes que a bebida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à bebida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante rodízio, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 drinks e sucos). 4. A ampla variedade de bebidas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 caso de drinks e sucos). 6. Boa higiene dos copos ou taças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. Há quanto tempo restaurante rodízio? você frequenta um ? Há menos de um ano. ? Entre um ano e menos de três anos. ? Entre três e menos de cinco anos. ? Entre cinco anos e 10 anos. ? Há mais de 10 anos. 6. Quando foi a última vez que você frequentou um rodízio? (atenção: marque somente uma opção) ? Hoje. ? Na última semana. ? No último mês. ? Nos últimos seis meses. ? No último ano. ? Há mais de um ano. 5. Existe uma época do ano em que você frequenta mais um rodízio? (atenção: podese marcar mais de uma opção) ? Não existe uma época definida. ? Início do mês. ? Final do mês. ? Finais de semana. ? Em datas especiais para comemorar. 7. Quantas vezes em média você frequenta um rodízio durante um mês? At ? Menos de uma vez. ? Uma vez. ? Entre duas e quatro vezes. ? Entre cinco e 10 vezes. ? Mais de 10 vezes. 8. Qual é o seu sexo? 9. Qual é o seu estado civil? ? Feminino. ? Masculino. ? Solteiro. ? Casado / União Estável. ? Divorciado / Separado. ? Viúvo. 10. Qual é a sua renda pessoal? 11. Qual é a sua escolaridade? ? Até R$ 1.448,00. ? Entre R$ 1.449,00 e R$ 3.620,00. ? Não possui. ? Primário/Fundamental. ? Entre R$ 3.621,00 e R$ 5.792,00. ? Ensino médio. ? Entre R$ 5.793,00 e R$ 7.964,00. ? Superior incompleto. ? Entre R$ 7.965,00 e R$ 10.136,00. ? Superior completo. ? Acima de R$ 10.136,00. ? Especialização/Pós-graduação. ? Mestrado/Doutorado. TERMINOU! MUITO OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO! 10 10 10 10 10 10 10 302 APÊNDICE F CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA – MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Pesquisa sobre comportamento do consumidor de restaurantes self service Caro(a) Senhor(a), Solicito sua colaboração para responder o questionário adiante. Trata-se de uma pesquisa científica de mestrado que está sendo conduzida no Centro Universitário UNA sobre o comportamento dos consumidores de restaurantes. Em momento algum você será identificado, mas sua participação é muito importante. Não há respostas certas ou erradas para as questões. O essencial é que sua avaliação seja sincera. Em caso de dúvidas, converse com o pesquisador que está aplicando o questionário. Por favor, não deixe alguma questão em branco. É importantíssimo que você preencha as questões na ordem em que as mesmas aparecem. Por favor, leia atentamente as instruções e os enunciados abaixo antes de responder as questões. Instruções de preenchimento: marque com X sua opção de resposta. 1. Em relação aos fatores mais importantes que um restaurante self service deve ter, veja os itens abaixo. A minha percepção de importância é: Para que eu escolha um restaurante self service, é Muito Muito importante que ele... Baixa Alta 1. Tenha ambiente limpo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2. Ofereça alta qualidade no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 sobremesa no dia do aniversário do cliente). 4. Tenha rapidez no atendimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5. Tenha cardápio bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 6. Ofereça comida de qualidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7. Possua baixo preço cobrado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8. Possua iluminação adequada ao ambiente do 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 restaurante. 9. Tenha localização conveniente. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10. Seja localizado perto do trabalho. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11. Seja localizado perto de casa. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12. Possua aparelhos de TV. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 13. Ofereça brindes para as crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14. Possua amplo horário de funcionamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15. Ofereça ventilação agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 16. Possua área exclusiva para fumantes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 17. Ofereça alimentos com baixo teor calórico. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18. Possua garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 clientes em suas escolhas. 19. Tenha marca bem conceituada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20. Ofereça ampla variedade de produtos. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 303 21. Possua ambiente bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 22. Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 23. Tenha estacionamento de fácil acesso. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 24. Possua decoração elegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 25. Ofereça diversas formas de pagamento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 26. Seus funcionários tenham aparência profissional 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). 27. Esteja localizado em região da cidade que seja 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerada segura. 28. Esteja localizado em bairro nobre da cidade. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 29. Possua cardápio fácil de entender. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 30. Possua música ambiente agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 31. Possua local para crianças se divertirem. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 32. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 33. Faça promoções para os clientes mais frequentes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (ex. cartão-fidelidade) 34. Tenha atendimento personalizado. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 35. Ofereça ambiente aconchegante. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 36. Tenha garçons/atendentes cordiais. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 37. Possua garçons que conheçam as preferências dos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 clientes. 38. Possua cadeiras e/ou mesas confortáveis. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 39. Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 40. Não tenha filas para pagar a comida ou que o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 garçom traga a conta rapidamente. 41. Ofereça diversão para os clientes. (ex. shows, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 apresentações, etc.). 42. Possua ambiente divertido. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 43. Seja restaurante bonito. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 44. Possua espaço para o tráfego de pessoas entre as 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 mesas e cadeiras. 45. Possua garçons/atendentes que anotem os pedidos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 de forma correta. 46. Ofereça relação custo-benefício adequada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 considerando o que se paga e o que se recebe. 2. Em relação aos fatores mais importantes que a comida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à comida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante self service, eu considero importante... 1. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3. Boa qualidade dos ingredientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 4. O modo de preparo da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 5. A ampla variedade de “pratos” ou opções de comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 6. Aos temperos utilizados na preparação da comida. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7. Boa higiene. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8. Que a comida esteja fresca. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 9. Ter cheiro agradável. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11. Ter baixo teor de calorias ou gordura. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 304 3. Em relação aos fatores mais importantes que a bebida deve ter, veja os itens abaixo. No que se refere especificamente à bebida oferecida A minha percepção de importância é: Baixa Alta pelo restaurante self service, eu considero importante... 8. O sabor. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 9. Boa aparência. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 drinks e sucos). 11. A ampla variedade de bebidas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 caso de drinks e sucos). 13. Boa higiene dos copos ou taças. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14. Estar na temperatura adequada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4. Há quanto tempo você restaurante self service? frequenta um ? Há menos de um ano. ? Entre um ano e menos de três anos. ? Entre três e menos de cinco anos. ? Entre cinco anos e 10 anos. ? Há mais de 10 anos. 6. Quando foi a última vez que você frequentou um self service? (atenção: marque somente uma opção) ? Hoje. ? Na última semana. ? No último mês. ? Nos últimos seis meses. ? No último ano. ? Há mais de um ano. 5. Existe uma época do ano em que você frequenta mais um self service? (atenção: pode-se marcar mais de uma opção) ? Não existe uma época definida. ? Início do mês. ? Final do mês. ? Finais de semana. ? Em datas especiais para comemorar. 7. Quantas vezes em média você frequenta um self service durante um mês? ? Menos de uma vez. ? Uma vez. ? Entre duas e quatro vezes. ? Entre cinco e 10vezes. ? Mais de 10vezes. 8. Qual é o seu sexo? 9. Qual é o seu estado civil? ? Feminino. ? Masculino. ? Solteiro. ? Casado / União estável. ? Divorciado / Separado. ? Viúvo. 10. Qual é a sua renda pessoal? 11. Qual é a sua escolaridade? ? Até R$ 1.448,00. ? Entre R$ 1.449,00 e R$ 3.620,00. ? Não possui. ? Primário/Fundamental. ? Entre R$ 3.621,00 e R$ 5.792,00. ? Ensino médio. ? Entre R$ 5.793,00 e R$ 7.964,00. ? Superior incompleto. ? Entre R$ 7.965,00 e R$ 10.136,00. ? Superior completo. ? Acima de R$ 10.136,00. ? Especialização/Pós-graduação. ? Mestrado/Doutorado. TERMINOU! MUITO OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO! 305 APÊNDICE G 19. Tenha marca bem conceituada. 1. Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. 6. Ofereça comida de qualidade. Frequência Promoção Comportamental Motivações 25. Ofereça diversas formas de pagamento. 46. Ofereça relação custo-benefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Comida Preço Relacionamentos do item 1. Em relação aos fatores mais importantes que um restaurante deve ter. 7. Possua baixo preço cobrado. 2. Não tenha filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. 17. Ofereça alimentos com baixo teor calórico. 20. Ofereça ampla variedade de produtos. 16. Possua área exclusiva para fumantes. 3. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). 13. Ofereça brindes àas crianças. 33. Faça promoções para os clientes mais frequentes. (ex. cartão-fidelidade) 14. Possua amplo horário de funcionamento. 5. Tenha cardápio bonito. Ambiente 8. Possua iluminação adequada ao ambiente do restaurante. 15. Ofereça ventilação agradável. 35. Ofereça ambiente aconchegante. 38. Possua cadeiras e/ou mesas confortáveis. 43. Seja um restaurante bonito. 44. Possua espaço para o tráfego de pessoas entre as mesas e cadeiras. 21. Possua ambiente bonito. Limpeza 24. Possua decoração elegante. 1. Tenha ambiente limpo. Localização Atendimento Entretenimento Segurança Estacionamento 306 22. Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 23. Tenha estacionamento de fácil acesso. 27. Esteja localizado em região da cidade que seja considerada segura. 32. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. 12. Possua aparelhos de TV. 30. Possua música ambiente agradável. 31. Possua local para crianças se divertirem. 41. Ofereça diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações e etc...) 42. Possua ambiente divertido. 2. Ofereça alta qualidade no atendimento 18. Possua garçons/atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. 4. Tenha rapidez no atendimento. 26. Seus funcionários tenham aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). 29. Possua cardápio fácil de entender. 34. Tenha atendimento personalizado. 36. Tenha garçons/atendentes cordiais. 37. Possua garçons que conheçam as preferências dos clientes. 45. Possua garçons/atendentes que anotem os pedidos de forma correta. 9. Tenha localização conveniente. 10. Seja localizado perto do trabalho. Comida 11. Seja localizado perto de casa. 2. Esteja localizado em bairro nobre da cidade. Relacionamentos do item 2. Em relação aos fatores mais importantes que a comida deve ter. 1. O sabor. 2. Boa aparência. 3. Boa qualidade dos ingredientes. 4. O modo de preparo da comida. 5. A grande variedade de “pratos” ou opções de comida. 6. Os temperos utilizados na preparação da comida. 7. Boa higiene. 8. Que a comida esteja fresca. 9. Ter cheiro agradável. 10. Estar na temperatura adequada. 11. Ter baixo teor de calorias ou gordura. 307 Frequência Bebidas Relacionamentos do item 3. Em relação aos fatores mais importantes que a bebida deve ter. 1. O sabor. 2. Boa aparência. 3. O modo de preparo (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 4. A grande variedade de bebidas. 5. A qualidade dos ingredientes (por exemplo, se for o caso de drinks e sucos). 6. Boa higiene dos copos ou taças. 7. Estar na temperatura adequada. Relacionamentos dos itens de 4 a 7. 4. Há quanto tempo você frequenta um restaurante? 5. Existe uma época do ano em que você frequenta mais um restaurante? 6. Quando foi a última vez que você frequentou um restaurante? 7. Quantas vezes em média você frequenta um restaurante durante um mês? 308 APÊNDICE H - Matrizes de correlação dos construtos utilizados na pesquisa TABELA 89: Matriz de correlação e de significância do construto atendimento - continua Correlação Possua garçons/ atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Seus funcionários tenham aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Tenha atendimento personalizado. Tenha garçons/ atendentes cordiais. Possua garçons/ atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Ofereça alta qualidade no atendimento. Tenha rapidez no atendimento. Possua garçons/atendentes Seus que tenham um funcionários profundo conhecimento dos tenham produtos aparência profissional (ex. oferecidos, garçons, auxiliando os clientes em suas atendentes, escolhas. caixa, etc.). 1,000 0,205 Tenha um atendimento personalizado. 0,271 Possua garçons/atendentes Tenha que anotem os garçons/atendentes pedidos de forma cordiais. correta. 0,245 0,258 Ofereça alta qualidade no atendimento. 0,339 Tenha rapidez no atendimento. 0,182 0,205 1,000 0,251 0,218 0,233 0,248 0,079 0,271 0,251 1,000 0,298 0,218 0,222 0,136 0,245 0,218 0,298 1,000 0,337 0,249 0,192 0,258 0,233 0,218 0,337 1,000 0,277 0,203 0,339 0,248 0,222 0,249 0,277 1,000 0,352 0,182 0,079 0,136 0,192 0,203 0,352 1,000 309 TABELA 90: Matriz de correlação e de significância do construto atendimento - conclui Possua garçons/atendentes Seus que tenham um funcionários profundo conhecimento dos tenham produtos aparência profissional (ex. oferecidos, garçons, auxiliando os clientes em suas atendentes, escolhas. caixa, etc.). Sig. (1tailed) Possua garçons/ atendentes que tenham profundo conhecimento dos produtos oferecidos, auxiliando os clientes em suas escolhas. Seus funcionários tenham aparência profissional (ex. garçons, atendentes, caixa, etc.). Tenha atendimento personalizado. Tenha garçons/ atendentes cordiais. Possua garçons/ atendentes que anotem os pedidos de forma correta. Ofereça alta qualidade no atendimento. Tenha rapidez no atendimento. 0,000 0,000 Tenha um atendimento personalizado. Possua garçons/atendentes Tenha que anotem os garçons/atendentes pedidos de forma cordiais. correta. Ofereça alta qualidade no atendimento. Tenha rapidez no atendimento. 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,062 0,000 0,000 0,000 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,062 0,004 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. 0,000 0,000 310 TABELA 91: Matriz de correlação e de significância do construto beleza Possua Possua decoração Seja um restaurante ambiente bonito elegante bonito Correlação Possua ambiente bonito. 1,000 0,546 0,582 Possua decoração elegante. 0,546 1,000 0,515 Seja um restaurante bonito. 0,582 0,515 1,000 Sig. (1Possua ambiente bonito. 0,000 0,000 tailed) Possua decoração elegante. 0,000 0,000 Seja um restaurante bonito. 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. TABELA 92: Matriz de correlação e de significância do construto conforto Correlação Sig. (1tailed) Ofereça ventilação agradável 1,000 0,473 Ofereça ventilação agradável. Possua iluminação adequada ao ambiente do restaurante. Ofereça ventilação agradável. Possua iluminação adequada ao 0,000 ambiente do restaurante. Fonte: dados da pesquisa. Possua iluminação adequada ao ambiente do restaurante 0,473 1,000 0,000 TABELA 93: Matriz de correlação e de significância do construto localização próxima Correlação Sig. (1tailed) Seja localizado perto do trabalho 1,000 0,546 Seja localizado perto do trabalho. Seja localizado perto de casa. Seja localizado perto do trabalho. Seja localizado perto de casa. 0,000 Fonte: dados da pesquisa. Seja localizado perto de casa 0,546 1,000 0,000 TABELA 94: Matriz de correlação e de significância do construto localização conveniente Esteja localizado em Esteja Tenha região da cidade que localizado em localização seja considerada bairro nobre da conveniente segura cidade 1,000 0,279 0,184 0,279 1,000 0,384 Correlação Tenha localização conveniente. Esteja localizado em região da cidade que seja segura. Esteja localizado em bairro nobre 0,184 da cidade. Sig. (1Tenha localização conveniente. tailed) Esteja localizado em região da 0,000 cidade que seja segura. Esteja localizado em bairro nobre 0,000 da cidade. Fonte: dados da pesquisa. 0,384 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 311 TABELA 95: Matriz de correlação e de significância do construto possibilidade de escolha Correlação Sig. (1tailed) Ofereça grande variedade de produtos 1,000 0,337 Ofereça ampla variedade de produtos. Possua cardápio fácil de entender. Ofereça grande variedade de produtos. Possua cardápio fácil de entender. Possua cardápio fácil de entender 0,337 1,000 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. TABELA 96: Matriz de correlação e de significância do construto crianças Correlação Ofereça brindes às crianças. Possua local para crianças se divertirem. Ofereça monitores para cuidarem das crianças. Sig. (1Ofereça brindes àas crianças. tailed) Possua local para crianças se divertirem. Ofereça brindes às crianças 1,000 0,476 0,469 Possua local para crianças se divertirem 0,476 1,000 0,848 0,000 0,000 Ofereça monitores para cuidarem das 0,000 crianças. Fonte: dados da pesquisa. Ofereça monitores para cuidarem das crianças 0,469 0,848 1,000 0,000 0,000 0,000 TABELA 97: Matriz de correlação e de significância do construto comodidade Correlação Sig. (1tailed) Ofereça Tenha um estacionamento estacionamento gratuito aos clientes de fácil acesso Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 1,000 0,828 Tenha estacionamento de fácil acesso. 0,828 1,000 Ofereça estacionamento gratuito aos clientes. 0,000 Tenha estacionamento de fácil acesso. 0,000 Fonte: dados da pesquisa. TABELA 98: Matriz de correlação e de significância do construto promoções Correlação Sig. (1tailed) Possua baixo preço cobrado 1,000 Possua baixo preço cobrado. Faça promoções (ex. gratuidade na 0,420 refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Possua baixo preço cobrado. Faça promoções (ex. gratuidade na 0,000 refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). Fonte: dados da pesquisa. Faça promoções (ex. gratuidade na refeição ou sobremesa no dia do aniversário do cliente). 0,420 1,000 0,000 312 TABELA 99: Matriz de correlação e de significância do construto valor recebido Ofereça diversas formas de pagamento 1,000 Correlação Ofereça diversas formas de pagamento. Ofereça relação custo-benefício 0,300 adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Sig. (1Ofereça diversas formas de pagamento. tailed) Ofereça relação custo-benefício 0,000 adequada considerando o que se paga e o que se recebe. Fonte: dados da pesquisa. Ofereça relação custobenefício adequada considerando o que se paga e o que se recebe 0,300 1,000 0,000 TABELA 100: Matriz de correlação e de significância do construto entretenimento Correlação Sig. (1tailed) Possua músiica ambiente agradável Possua músiica ambiente agradável. 1,000 Ofereça diversão para os clientes. 0,466 (ex. shows, apresentações, etc.). Possua ambiente divertido. 0,458 Possua músiica ambiente agradável. Ofereça diversão para os clientes. 0,000 (ex. shows, apresentações, etc.). Possua um ambiente divertido. 0,000 Fonte: dados da pesquisa. Ofereça diversão para os clientes. (ex. shows, apresentações, etc.) 0,466 1,000 Possua ambiente divertido 0,458 0,744 0,744 0,000 1,000 0,000 0,000 0,000 TABELA 101: Matriz de correlação e de significância do construto fila Não tenha filas para pagar a comida ou Não tenha filas para servir a que o garçom traga a comida ou o buffet conta rapidamente 1,000 0,599 Correlação Não tenha filas para servir a comida ou o buffet. Não tenha filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Sig. (1Não tenha filas para servir a comida ou o tailed) buffet. Não tenha filas para pagar a comida ou que o garçom traga a conta rapidamente. Fonte: dados da pesquisa. 0,599 1,000 0,000 0,000 313 TABELA 102: Matriz de correlação e de significância do construto organoléptica Correlação Sig. (1tailed) Ter cheiro agradável 1,000 0,627 0,537 0,603 Que a comida esteja fresca 0,627 1,000 0,564 0,551 0,000 Ter cheiro agradável. Que a comida esteja fresca. Boa higiene. Estar na temperatura adequada. Ter cheiro agradável. Que a comida esteja fresca. 0,000 Boa higiene. 0,000 0,000 Estar na temperatura adequada. 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. Boa higiene 0,537 0,564 1,000 0,435 0,000 0,000 Estar na temperatura adequada 0,603 0,551 0,435 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 TABELA 103: Matriz de correlação e de significância do construto apresentação A ampla Os temperos O modo variedade de opções de pratos utilizados na de Boa ou opções de preparação preparo aparência da comida comida da comida 1,000 0,324 0,274 0,194 0,324 1,000 0,297 0,526 0,274 0,297 1,000 0,399 Correlação Boa aparência. O modo de preparo da comida. A ampla variedade de opções de pratos ou opções de comida. Os temperos utilizados na 0,194 0,526 preparação da comida. Sig. (1Boa aparência. 0,000 tailed) O modo de preparo da comida. 0,000 A ampla variedade de opções de 0,000 0,000 pratos ou opções de comida. Os temperos utilizados na 0,000 0,000 preparação da comida. Fonte: dados da pesquisa. 0,399 1,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 314 Sig. (1-tailed) Correlação TABELA 104: Matriz de correlação e de significância do construto bebida O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (p. ex., se for o caso de drinks e sucos). A ampla variedade de bebidas. A qualidade dos ingredientes (p.ex., se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. Estar na temperatura adequada. O sabor. Boa aparência. O modo de preparo (p. ex., se for o caso de drinks e sucos). A amplavariedade de bebidas. A qualidade dos ingredientes (p. ex., se for o caso de drinks e sucos). Boa higiene dos copos ou taças. Estar na temperatura adequada. Modo de A qualidade preparo (p. dos Boa ex., se for o ingredientes A ampla (p.ex., se for o higiene Estar na caso de Boa drinks e variedade caso de drinks dos copos temperatura O sabor aparência sucos) de bebidas e sucos) ou taças adequada 1,000 0,418 0,401 0,137 0,338 0,422 0,384 0,418 1,000 0,498 0,180 0,330 0,237 0,314 0,401 0,498 1,000 0,278 0,458 0,335 0,375 0,137 0,180 0,278 1,000 0,414 0,208 0,229 0,338 0,330 0,458 0,414 1,000 0,396 0,353 0,422 0,237 0,335 0,208 0,396 1,000 0,631 0,384 0,314 0,375 0,229 0,353 0,631 1,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 Fonte: dados da pesquisa. 0,000 0,000